RS: Mapa irá auditar serviço veterinário em setembro
De 2 a 6 de setembro, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) irá auditar o serviço de defesa agropecuária do Rio Grande do Sul para verificar o andamento das melhorias implantadas desde outubro de 2017, quando foi feita a última avaliação. A inspeção vai começar um dia após o encerramento da 42ª Expointer, que ocorrerá no estado de 24 de agosto a 1º de setembro, considerada uma das maiores feiras agropecuárias do mundo.
A auditoria estava prevista inicialmente para 2020, mas será antecipada em função da solicitação do governo do Rio Grande do Sul de retirar a vacinação contra a aftosa antes de junho de 2021, conforme prevê o cronograma previsto no Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA).
Quatro veterinários dos estados de Minas Gerais, do Mato Grosso e do Tocantins percorrerão seis municípios gaúchos e a capital. Irão avaliar 42 itens que vão desde recursos humanos, a situação dos postos fixos de fiscalização agropecuária, revendas de vacinas até Unidades Veterinárias Locais (UVL) e Escritórios de Atendimento à Comunidade.
A cada três anos, todos os estados têm o Serviço Veterinário Oficial (SVO) auditado, como determina o programa QualiSV. O objetivo é verificar se as unidades da Federação estão cumprindo as diretrizes básicas da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), entre elas disponibilidade de recursos humanos e capacidade de certificação.
Os resultados esperados nas auditorias são: permitir uma visão mais clara, atualizada e global dos serviços veterinários, transparência, regularidade e agilidade do sistema de avaliação destes serviços e orientação para aperfeiçoamento dos pontos fracos.
Auditorias
As próximas auditorias serão realizadas em Pernambuco, de 16 a 20 de setembro; no Maranhão, de 30 de setembro a 4 de outubro; em Rondônia, de 7 a 11 de outubro; no Rio de Janeiro, de 21 a 25 de outubro; em Minas Gerais, de 18 a 22 de novembro; e no Espírito Santo, de 25 a 29 de novembro. (As informações são do Mapa)
Copom corta Selic pela primeira vez em 16 meses, de 6,5% para 6%
O Banco Central do Brasil se juntou ao movimento global de alívio monetário com a redução de 0,50 ponto percentual na Selic – taxa básica de juros da economia -, anunciada após reunião desta quarta-feira (31). A decisão dos membros do Comitê de Política Monetária (Copom) foi tomada por unanimidade.
O mercado estava dividido entre a aposta de um corte de 0,25 ponto percentual ou de 0,50. Estacionada nos 6,5% há mais de um ano, a Selic passa agora aos 6% ao ano — uma nova mínima histórica no Brasil.
No comunicado, o Copom destaca o avanço do processo de reformas e sinaliza um corte de mesma magnitude na próxima reunião. “O Comitê avalia que a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste adicional no grau de estímulo”.
O Copom, que se reúne a cada 45 dias para discutir a Selic, não mexia na taxa desde março de 2018. A reunião desta semana foi a terceira sob o comando de Roberto Campos Neto, presidente do BC desde fevereiro.
O caminho para a redução dos juros foi pavimentado por uma mistura de fatores: fraqueza persistente nos dados de atividade econômica, inflação controlada e reforma da Previdência aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados.
Juros mais baixos tendem a estimular a atividade econômica por meio de crédito mais barato e estímulo ao consumo.
A decisão da instituição foi acertada, segundo Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados. “De fato, as expectativas eram de uma inflação sob controle, sem se desviar da meta mesmo no cenário de corte de taxa, como se viu no relatório de inflação de junho”.
Para o economista, o comitê abre espaço para um novo corte de 0,5 p.p. na próxima reunião e talvez um possível 5% sendo alcançados esse ano. “A reforma da previdência ajuda nessa possibilidade, mas o central segue sendo um IPCA muito sob controle e um nível de atividade em recuperação muito frágil ainda”, diz.
A queda dos juros por si só não deve incentivar a economia, segundo André Perfeito, economista chefe da Necton, “mas trará efeitos benignos para a inflação de ativos, notadamente bolsa se valores e títulos públicos”, diz.
Na leitura de Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos, com a decisão, o BC mostra que vê uma melhora importante no balanço de risco de inflação e mostra confiança na sua estratégia. “É como se ele dissesse que não precisa ir devagar, pois confia na sua estratégia”.
O impacto do corte na economia, no entanto, deve ser marginal, segundo a economista. “Impacta de alguma forma o mercado de crédito, a confiança do empresário, mas nossa fraqueza é muito mais estrutural do que por demanda”. (As informações são do portal Exame)