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O novo guia orientativo do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite (PQFL), publicado no dia 19 de novembro, foi tema do primeiro encontro organizado nesta quarta-feira (11/12) pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). Com a presença de técnicos das indústria de laticínios, a reunião debateu pontos específicos do guia e levantou dúvidas sobre artigos da legislação. “Quanto mais próximos estivermos da regulamentação e do entendimento sobre a legislação, mais aptos estaremos para construir maneiras de gerenciar e qualificar os produtores”, afirmou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini.

O PQFL é uma ferramenta contínua de controle elaborada pela empresa ou cooperativa de laticínio. Neste plano são definidas as políticas da indústria em relação aos produtores de leite, devendo contemplar as exigências das Instruções Normativas 76 e 77, assistência técnica e gerencial e capacitação dos produtores, focando em gestão da propriedade e implementação de boas práticas agropecuárias.

Para o auditor fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) Roberto Lucena, responsável por sanar as dúvidas levantadas no encontro, o PQFL serve de auxílio para as empresas conseguirem administrar melhor seus fornecedores, se adequando as exigências e boas práticas da cadeia leiteira. “O objetivo do plano é atender todas as propriedades, mas com metas plausíveis e dentro da estrutura acessível pela empresa”, reforçou. Segundo o auditor, é essencial que o PQFL apresente informações que sejam verídicas e que o MAPA consiga entender como serão efetuadas as ações pontuadas pela indústria.

De acordo com a consultora de qualidade do Sindilat, Letícia Vieira, o guia pode ser construído calibrando a prioridade de cada laticínio. “Com base na sua lista de prioridades, cada empresa pode estabelecer como irá atender, em primeiro lugar, os pontos mais graves”, explicou.

O plano é obrigatório para os três níveis de inspeções: Serviço de Inspeção Municipal (SIM), Serviço de Inspeção Federal (SIF) e Coordenadoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal (CISPOA).

Acesse o guia orientativo do PQFL aqui (bit.ly/GUIAPQFL).

 

Foto: Letícia Breda 

Destacando os principais pontos das normas de destinação de lácteos, portaria nº 241, publicada em 28 de novembro, no Diário Oficial da União (DOU), que estão gerando dúvidas para a cadeia produtiva do leite, a médica veterinária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Milene Cé esclareceu dúvidas durante a sua palestra para os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), na última quinta-feira (05/12). Na ocasião, Milene ressaltou que o setor tem até 27 de janeiro de 2020 para se manifestar, via e-mail,  sobre a referida consulta pública.

Segundo a médica veterinária do Mapa, as normas de destinação são um complemento das Instruções Normativas do Leite (INs) 76 e 77, em vigor desde maio de 2019, e do novo RIISPOA, que está aguardando regulamentação de artigos a fim de ter uma interpretação uniforme. “Essas normas são tão importantes quanto as INs 76 e 77”, disse. Para a consultora de qualidade do Sindilat, Leticia Vieira, a normativa que está em consulta pública já era aguardada há muito tempo, pois substitui uma legislação desatualizada em seu processo industrial. “A nova proposta parece mais adequada aos processos produtivos atuais”, afirma.

As normas de destinação incluem: aproveitamento condicional (destino do leite cru e produtos que se apresentam em desacordo com os requisitos estabelecidos na legislação), aproveitamento industrial (destino de leite cru e derivados pelo estabelecimento, que se apresentam em desacordo com os requisitos estabelecidos na legislação) e inutilização (destino de leite cru e produtos que se apresentam em desacordo com os requisitos estabelecidos na legislação, cujos desvios não permitem seu aproveitamento na elaboração de produtos para o consumo humano e animal).

Aproveitando a rodada de reuniões técnicas que vêm sendo realizadas, o Sindilat irá promover, nesta quarta-feira (11/12), uma reunião para os técnicos das empresas associadas com a presença do Auditor Fiscal Federal Agropecuário do Mapa Roberto Lucena, que deverá auxiliar nas principais dúvidas referentes ao novo guia orientativo do Programa de Qualificação de Fornecedores de Leite, publicado em novembro de 2019.

Crédito: Stéphany Franco

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) esteve presente na premiação, que aconteceu nessa segunda-feira (09/12), na Assembleia Legislativa do Estado. A Cooperativa Santa Clara, que possui 107 anos de história, é associada ao sindicato desde 1969. De acordo com o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, essa láurea é mais do que merecida pelo trabalho ético e sério realizado por cerca de 2 mil colaboradores e 5,5 mil produtores associados à cooperativa.  “Isso é a distinção e o reconhecimento da história da Santa Clara, solidificado por tudo aquilo que ela construiu”, disse.

Para o presidente da Santa Clara, Rodrigo Bruno Sauthier, o Sindilat é uma das entidades importantes nesta jornada. “Todas as entidades que trabalham para o bem a gente tem que dar valor porque agregando as forças a gente consegue muito mais”, e completou: “É uma alegria muito grande pra nós, a cooperativa ser homenageada entre tantas outras cooperativas muito boas que tem dentro do Rio Grande do Sul”.

O prêmio é conferido anualmente pela Assembleia Legislativa do Estado, por meio da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, à pessoas e entidades que se destacaram no setor primário, como forma de prestar reconhecimento pelo trabalho realizado.

Foto: Mirna Messinger

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) completou, em 2019, meio século de história, muito trabalho e dedicação ao setor lácteo gaúcho. A festa em comemoração, realizada na noite desta quinta-feira (05/12), no Plaza São Rafael, em Porto Alegre (RS), reuniu representantes de diferentes entidades ligadas à atividade leiteira no Rio Grande do Sul, além de autoridades, como o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ruy Irigaray, que representou o governador do Estado na cerimônia, o deputado federal Jerônimo Goergen e os deputados estaduais Ernani Polo e Eric Lins.

Em seu discurso, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, destacou a dedicação dos ex-presidentes do sindicato, ao longo dos 50 anos, em prol do crescimento do setor no RS e agradeceu a confiança e o trabalho desenvolvido pelas indústrias associados ao Sindilat. “Como de costume, esse ano foi repleto de desafios. Entre eles, elevar o padrão de qualidade do leite (INs 76 e 77) a um patamar diferenciado, que deverá abrir novos mercados, como ocorreu com a China e Egito”, disse, ressaltando que para o setor conquistar o mercado externo é preciso garantir competitividade, redução de custos, isonomia tributária, sanidade do rebanho e eficiência.

Guerra citou dados da produção leiteira no Estado e salientou que o RS está entre os três principais Estados produtores de leite do Brasil, sendo responsável por 12,5% da produção nacional, com 4,25 bilhões de litros/ano. “Somos líder em produtividade, cerca de 3.400 litros por vaca/ano, e temos mais de 50 mil produtores ligados à indústria”, frisou. Para obter tais resultados, o Sindilat investe diariamente na informação ao homem do campo e seus técnicos, em seminários e fóruns itinerantes pelo interior gaúcho, a fim de sanar dúvidas e capacitar produtores e indústrias.

Na ocasião, o deputado estadual Ernani Polo afirmou que a evolução do setor ocorre a partir do trabalho realizado pelo Sindilat, em parceria com as indústrias e cooperativas, com o objetivo de levar a assistência técnica até o campo. “Ao longo dos anos é possível acompanhar essa evolução e a busca por novos mercados”, contou. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado, Ruy Irigaray, é de suma importância que a indústria esteja indo bem, pois são os empresários que geram emprego e renda ao País, tornando-o mais competitivo. “Os bancos de fomento estão aí para auxiliar o crescimento das empresas”. Fechando os discursos, o deputado federal Jerônimo Georgen, representando a Câmara dos Deputados, ressaltou a importância da criação do Conseleite e do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa).

A noite de comemoração contou com homenagem a todos os ex-presidentes do Sindilat: Helmut Mayer (in memorian), Zildo de Marchi, Frederico Dürr, Arno Kopereck, Gilberto Piccinini, Carlos Feijó e Wilson Zanatta, ao atual presidente, Alexandre Guerra e sua diretoria, e aos associados. Houve, também, a entrega de troféus para os finalistas do 5º Prêmio de Jornalismo do Sindilat, iniciativa que valoriza o trabalho da imprensa que cobre o setor lácteo no RS. Confira os vencedores de cada categoria:

IMPRESSO
1º lugar: Cristiano Vieira / Revista Press Agrobusiness – Reportagem: “Com saúde e sabor: os caminhos do leite”
2º lugar: Fernanda Mallmann / Informativo do Vale – Reportagem: “A colônia é High Tech”
3º lugar: Juliana Bevilaqua dos Santos / Pioneiro- Reportagem: “Um milhão de quilos de queijo”

ELETRÔNICO
1º lugar: Bruno Pinheiro Faustino / TV Cultura – Reportagem: “Leite: uma vocação

2º lugar: Gabriel Garcia / RBS TV- Reportagem: “Tecnologia no campo melhora o bem estar animal” gaúcha”
3º lugar: Ellen Bonow Bösel / Emater/RS  – Reportagem:  “Agroindústria Estrelat produz leite tipo A”

ONLINE
1º lugar: Juliana Bevilaqua dos Santos / Site Pioneiro - Reportagem: “Um milhão de quilos de queijo”

2º lugar: Joana Colussi / Zero Hora– Reportagem: “Bolsas estimulam educação em cooperativa agroindustrial”
3º lugar: Joana Colussi / Zero Hora - Reportagem: “Os motivos que fazem os jovens ficarem ou deixarem o campo no RS”

FOTO
1º lugar: Lidiane Mallmann / O Informativo do Vale
2º lugar: Marcelo Casagrande / Jornal Pioneiro

3º lugar: Antônio Valiente Samalea / Jornal Pioneiro

Foto: Dudu Leal

O Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no Rio Grande do Sul, referente a 2019, divulgado nesta quinta-feira (05/12), pontuou que o número de produtores de leite vinculados à indústria caiu 22% entre 2017 e 2019. A pesquisa, realizada entre maio e junho deste ano, também apontou que a produção, em 2019, ficou em 4,27 bilhões de litros por ano, sendo que desses, 91,86% (3,9 bilhões de litros) são destinados à indústria. De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, o levantamento serve como base de orientação para que se possam tomar ações públicas e privadas em prol da cadeia. “De 2017 a 2019, tivemos uma redução de 22% de produtores que entregam o leite para as nossas indústrias. Mas, por outro lado, temos uma produção/dia por propriedade que cresceu de 136,5 litros para 213 litros”, destacou. Guerra acredita que, para minimizar os impactos negativos da saída de produtores da atividade, é necessário que toda a cadeia una forças.

Segundo Guerra, o cenário do setor leiteiro no Estado é reflexo do que vem ocorrendo no mundo. “O mercado exige cada vez mais eficiência no que se faz e o Rio Grande do Sul está equipando as propriedades, aumentando a tecnologia do produtor e das indústrias. Essas mudanças servem para melhorar de uma forma contínua a qualidade do leite e a produtividade do setor, e assim continuarmos sendo referência a nível nacional”, disse.

O relatório é dividido em quatro partes: informações gerais sobre a produção de leite no Estado; perfil do produtor de leite vinculado às indústrias; estrutura para processamento da cadeia; e mudanças ocorridas no setor no período de 2015 a 2019. Para o Secretário da Agricultura do RS, Covatti Filho, o governo está centrado em auxiliar o setor lácteo gaúcho, aumentando a produtividade. “Precisamos dessa cadeia no Estado, principalmente incrementando ela com políticas agrícolas. Para a Secretaria da Agricultura, a receita da cadeia do leite gera R$4 bilhões”, afirmou.

Outro ponto que a Emater destacou é a comercialização informal de leite cru, que está presente em 335 municípios gaúchos. Em relação à venda de derivados lácteos de fabricação caseira, o número de cidades cresceu para 394. Conforme o relatório, esses dados representam “um risco à saúde dos consumidores, em função da falta de controle sanitário sobre tais produtos ofertados à população”. Segundo o gerente técnico adjunto da Emater, Jaime Ries, será realizada uma segunda parte mais extensa dessa coletânea de dados, que reunirá uma análise das regionais da Emater/RS e dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes).

Confira o relatório completo aqui.

Foto: Letícia Breda

Trabalhando pelo desenvolvimento do setor lácteo gaúcho, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) completa 50 anos de história em 2019. A comemoração já tem data marcada e será nesta quinta-feira (05/12), a partir das 19h, no Plaza São Rafael, em Porto Alegre (RS). A noite contará com homenagens a todos os dirigentes e associados que atuaram no fortalecimento do sindicato neste meio século de vida.

De acordo com o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a festa dos 50 anos busca exaltar a trajetória dos associados e ex-dirigentes. “Será uma noite para celebrarmos a história e a credibilidade que o setor lácteo gaúcho conquistou ao longo dos anos”, diz, ressaltando que nada é mais gratificante do que dar o devido reconhecimento a quem realizou um trabalho sério e ético pelo desenvolvimento das indústrias no RS.
Na ocasião, ocorrerá a cerimônia de entrega de troféus para os finalistas do 5º Prêmio de Jornalismo do Sindilat, iniciativa que valoriza o trabalho da imprensa que cobre o setor lácteo no RS através de quatro categorias: impresso, online, eletrônico e fotografia. Confira os finalistas:
 
IMPRESSO
Cristiano Vieira / Revista Press Agrobusiness – Reportagem: “Com saúde e sabor: os caminhos do leite”
Fernanda Mallmann / Informativo do Vale – Reportagem: “A colônia é High Tech”
Juliana Bevilaqua dos Santos / Pioneiro- Reportagem: “Um milhão de quilos de queijo”

 

ELETRÔNICO
Bruno Pinheiro Faustino / TV Cultura – Reportagem: “Leite: uma vocação gaúcha”
Ellen Bonow Bösel / Emater/RS  – Reportagem:  “Agroindústria Estrelat produz leite tipo A”
Gabriel Garcia / RBS TV- Reportagem: “Tecnologia no campo melhora o bem estar animal”

ONLINE
Joana Colussi / Zero Hora– Reportagem: “Bolsas estimulam educação em cooperativa agroindustrial”
Joana Colussi / Zero Hora - Reportagem: “Os motivos que fazem os jovens ficarem ou deixarem o campo no RS”
Juliana Bevilaqua dos Santos / Site Pioneiro - Reportagem: “Um milhão de quilos de queijo”

FOTO
Antônio Valiente Samalea / Jornal Pioneiro
Lidiane Mallmann / O Informativo do Vale
Marcelo Casagrande / Jornal Pioneiro

 
Crédito: Carolina Jardine

Durante o lançamento do AVISULAT 2020, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado (Sindilat) reforçou que o congresso mostrará os resultados de ações que o setor leiteiro vem desenvolvendo nos últimos anos. De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a sexta edição do evento trará cases positivos e visão de mercado, focando principalmente na importância das exportações e ações de sanidade. Atualmente, o setor sofre com a diferença entre o que importa e exporta, que varia de 5% a 8% ao ano para importados e menos de 1% para exportados. “Essa imprevisibilidade acaba prejudicando o nosso avanço, mas o Rio Grande do Sul está no caminho certo para obter sucesso. O novo formato está alinhado com a visão de futuro e planejamento que precisamos fomentar para o crescimento do setor”, destacou Palharini. O lançamento ocorreu na manhã desta sexta-feira (29/11), no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. O AVISULAT acontecerá entre os dias 23 e 25 de novembro de 2019, no Centro de Eventos da Fiergs.

A novidade desta edição contará com um espaço dedicado para mostra de projetos e trabalhos científicos de Universidades e Instituições de Pesquisa e uma Central de Startups, voltada para tecnologia e inovação no agronegócio. “Os setores e a população precisam de um Estado mais firme e que dê condições e segurança para investimentos, desenvolvimento e aperfeiçoamento nas mais diversas áreas, como sanidade, sustentabilidade, comércio interno e externo e meio ambiente”, afirmou o diretor-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), José Eduardo Santos, entidade que ao lado do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (SIPS) e Sindilat, promove o evento.

Para Palharini, os laticínios não podem andar atrás dos avanços de competitividade que estão sendo sentidos em outros setores do País, como bovinocultura, suinocultura e avicultura. “Também precisamos entrar nessa corrente exportadora, como já acontece nos setores de proteína. A abertura de mercado externo vai trazer ao setor lácteo gaúcho um status diferenciado em relação aos outros estados da federação”, refletiu. O congresso ainda trará debates em torno da economia global e nacional, buscando entender os efeitos sentidos na transição de governo e abertura de comércio em 2019.

Crédito: Letícia Breda

O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Estado do Rio Grande do Sul aplicou R$ 4.852.788,84 para o pagamento dos pedidos de indenização de produtores de leite. As indenizações se referem aos meses de janeiro a setembro de 2019. No período, foram 485 pedidos, totalizando 3.071 animais, com testes positivos para tuberculose ou brucelose, destinados ao abate sanitário.

O resultado obtido até setembro de 2019 é consequência do trabalho realizado a partir dos fóruns itinerantes acerca das mudanças com a chegada das INs 76 e 77 e do fortalecimento do Programa Mais Leite Saudável, que certifica as propriedades livres de brucelose e tuberculose. Em 2017, foram 393 solicitações de indenização e 2.662 animais abatidos, somando R$ 3.786.683,48.  Já em 2018, foram 416 pedidos e 3.123 animais positivos para essas zoonoses, destinando R$ 4.270.754,18 para o pagamento de indenizações. Um crescimento de 12,78%.

Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, os resultados divulgados mostram que o produtor rural está cada vez mais consciente. “2019 ainda nem acabou e o montante destinado ao pagamento de indenizações, até setembro, já ultrapassa o valor do ano de 2018”, reflete, ressaltando os valores pagos não são somente para vacas em  lactação, mas, também, para terneiras a partir do seu nascimento e para o vazio sanitário da propriedade, onde poderá ser pago até seis meses de receita líquida da propriedade rural, levando em conta a comprovação de venda e quantidade de litros via nota fiscal.

Crédito: Frizi/iStock

Reunindo representante de entidades e indústrias do setor lácteo brasileiro, a Câmara do Leite apresentou dados do cenário nacional e mundial e as perspectivas para o setor em 2020. O encontro, realizado na tarde desta quinta-feira (28/11) em Porto Alegre (RS), é uma iniciativa do Sistema OCB, em parceria com a Fecoagro e Sindilat RS, que tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento da atividade leiteira, através de discussões acerca do custo, preço pago ao produtor, produção, consumo, oferta e demanda.

Trazer para o Rio Grande do Sul um evento que, normalmente, ocorre no Centro-Sul mostra a importância que o Estado tem para a produção leiteira no país. De acordo com o coordenador da Câmara do Leite do Sistema OCB, Vicente Nogueira Netto, a entidade entende que, pelo dinamismo da atividade leiteira no Sul do Brasil, com força no RS, é necessário levar o debate para os locais onde a atividade econômica ocorre. “A Câmara do Leite da OCB é o fórum que reúne as cooperativas do país inteiro”, disse, ressaltando que o foco do encontro é proporcionar um diálogo franco entre as indústrias a partir de dados de especialistas.

Pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Glauco Carvalho destacou que a dificuldade do setor é que os preços ao consumidor não estão aumentando, ou seja, os preços de derivados, que a indústria poderia repassar ao consumidor, não estão sendo repassados. “No geral, para os produtores, 2019 foi um ano bom, mas, para a indústria, foi um ano bastante complicado, principalmente para aquelas que têm produtos mais comoditizados”, afirmou, referindo-se ao UHT padrão, que possui menor valor agregado e margens menores.

Durante o encontro, Carvalho também salientou que a produção mundial de leite está muito fraca em termos de expansão, mas que a demanda chinesa segue firme e tem puxado o mercado internacional. “Os preços de leite estão mais altos lá fora e com uma taxa de câmbio mais valorizada no Brasil, isso segura a importação e acaba sustentando um pouco mais as cotações aqui dentro”. Para o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o setor precisa unir esforços a fim de conquistar novos mercados dentro do país e fora. “A expectativa é que, para o próximo ano, possamos ter recuperação de preços devido à melhora da economia, associada ao câmbio elevado, que segura a importação, nos  favorecendo para pensarmos no mercado externo”.

Foto: Stéphany Franco

Em 2019, o Dairy Vison, fórum promovido pela AgriPoint e Zenith, apostou na inovação como tema central do encontro dos líderes. O evento, que reuniu cerca de 350 representantes de indústrias de laticínios do Brasil e do mundo, foi realizado nos dias 26 e 27 de novembro, em Campinas (SP) e contou com a apresentação de cases, painéis e debates acerca do presente e futuro da atividade leiteira. Temas como indústria 4.0, inteligência artificial e comunicação eficiente para fazer bons negócios ganharam espaço na programação.

Para o fundador e CEO da AgriPoint, Marcelo De Carvalho, o setor lácteo precisa se adaptar constantemente para acompanhar a inovação tecnológica. "Os painelistas mostraram como a tecnologia pode ser usada a favor da indústria, através da inteligência artificial, que é uma aliada para entender o comportamento do consumidor, e da realidade aumentada nas embalagens, por exemplo". De acordo com Carvalho, essa tecnologia permite que, com o auxílio do celular, o consumidor veja hologramas explicando a origem do leite.

É preciso estar atento às mudanças e acompanhar as tendências de mercado, segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra. “O evento apresentou dados mundiais do setor lácteo e nos fez repensar alguns aspectos para conseguir explorar novos negócios, visando o mercado interno e externo”, destacou Guerra, ressaltando que outra questão importante abordada no encontro foi a rastreabilidade para garantir a origem dos produtos para o consumidor, que está adquirindo cada vez mais hábitos saudáveis e isso reflete na busca por informação seja através da internet, seja com a leitura dos rótulos e embalagens.

Foto: Darlan Palharini