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Produtos destinados exclusivamente à exportação passaram a ter registro automático. Com a mudança, sinalizada em circular do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, os fiscais federais deixarão de analisar previamente os registros, ficando sob responsabilidade das empresas o atendimento à legislação do país importador. Para controlar o processo, as equipes do Mapa realizarão auditorias das determinações previstas em lei. A decisão está prevista no decreto 10.468 de 18 de agosto, que alterou o decreto 9.013 de 29 de março de 2017.

>> Confira a circular completa aqui <<

Foto: Kwangmoozaa/iStock

A reforma tributária proposta pelo governo de Eduardo Leite vai provocar um impacto econômico importante à cadeia láctea gaúcha, considerando sua aprovação nos termos em que foi apresentada. Os dados levados pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) à reunião da Câmara Setorial do Leite nesta quinta-feira (3/9) mostram os efeitos negativos do projeto de lei aplicados aos anos de 2021 a 2023 com base na proposta de extinção da isenção do leite pasteurizado e criação do Fundo Devolve ICMS no percentual de 10%. Do montante total impactado, grande parte se refere à comercialização para o mercado interestadual. A medida se torna preocupante, uma vez que no Rio Grande do Sul 60% do leite UHT é comercializado para outros estados, apontou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Além disso, o levantamento mostra que o fim da isenção sobre o leite pasteurizado (a proposta prevê alíquotas de 12%, para o ano de 2021 e 2022 e 17% a partir de 2023), também impactará o setor em um montante considerável e, por consequência, voltará ao produtor de leite. Isso poderá resultar novamente em aumento no número de produtores do Estado que deixam a atividade.

O secretário-executivo do Sindilat afirma ser importante uma reforma tributária, mas como está em andamento também a reforma federal, ele defende que o ideal é que houvesse mais tempo para discutir o projeto. E, além disso, que o governo do Estado pudesse avaliar uma prorrogação das alíquotas desse ano e no próximo ano, com mais tempo e em conjunto com os outros elos da economia, trabalhasse na construção de uma alternativa viável para ambos, já que esse é um ano atípico “O Rio Grande do Sul viveu uma das piores estiagens dos últimos anos e com advento da pandemia estão todos se reinventando”, ressalta. O coordenador da Câmara Setorial, Jeferson Smaniotto, reforçou que a proposta do governo reduzirá os recursos de toda a cadeia produtiva e comprometerá a competitividade do setor, que já concorre em desigualdade sob o ponto de vista da logística com vizinhos como Santa Catarina e Paraná.

“A contribuição ao fundo reduzirá muito a competitividade do produto gaúcho. Queremos evitar o que houve em outras situações, quando houve uma grande saída de produtores da atividade. Não podemos retroceder neste aspecto”, pontuou Palharini. Em função da urgência de se fazer frente ao PL da Reforma Tributária do RS, a Câmara Setorial já agendou uma reunião híbrida para a próxima quinta-feira (10/9) com a participação presencial de representantes de 10 entidades e demais integrantes de forma remota.

Outro tema levado à reunião foram os números atualizados do Mais Leite Saudável, programa que permite às empresas participantes utilizar créditos presumidos do PIS/Pasep e da Cofins, da compra do leite in natura utilizado como insumo de seus produtos lácteos. As ações propostas devem corresponder, no mínimo, a 5% do valor de créditos a que tem direito. De acordo com o auditor fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Roberto Lucena, até agora, a iniciativa soma R$ 362 milhões investidos em projetos, sendo 24,1% do Rio Grande do Sul, além de R$ 7,2 bilhões em crédito presumidos às empresas. “O Estado já tem mais de R$ 85 milhões em projetos, boa parte desse recurso já utilizado e outros em utilização”, afirmou Lucena, lembrando que os projetos têm duração de até 3 anos e muitas empresas já estão partindo para o seu segundo ou terceiro projeto. Dos 2.246 municípios brasileiros que aderiram ao programa, 17,3% são gaúchos. Implantado no primeiro semestre deste ano, o novo sistema que habilita laticínios, agroindústrias e cooperativas de leite no Programa Mais Leite Saudável vem imprimindo agilidade nos processos de avaliação de projetos apresentados pelas empresas. A operação agora é feita exclusivamente de forma online através do Portal de Serviços do governo federal (https://www.gov.br/pt-br).

A auditora fiscal federal agropecuária do MAPA, Milene Cé, levou para o encontro as principais modificações no Riispoa, que sofreu adequações recentes com base nas mais recentes legislações do Código de Defesa do Consumidor, Lei da Liberdade Econômica e o Estatuto Nacional da Microempresa. “O objetivo das mudanças do regulamento é a simplificação de processos”, disse Milene. Segundo ela, o novo Riispoa traz a racionalização dos procedimentos de fiscalização e gera uma maior eficiência na prestação de serviços à sociedade. Entre as mudanças está que os produtos poderão constar somente a data de validade e não mais a data de fabricação e validade.

As mudanças no Riispoa podem ser conferidas no site do MAPA clicando aqui.

O valor de referência do leite no Rio Grande do Sul atingiu R$ 1,5082 no mês de agosto, 3,83% acima do consolidado de julho (R$ 1,4526). O valor segue tendência nacional de alta e é o mais elevado da série histórica do Conseleite/RS. Segundo dados apresentados nesta terça-feira (25/08), o que se verifica neste momento é um aumento de demanda e importações desfavorecidas pelo câmbio valorizado. O queijo mussarela destacou-se com recuperação de preço, principalmente, em função de mudanças nos hábitos de consumo. “O mercado está aquecido. Nos últimos 14 anos, nunca atingimos esse valor, o que é compreensível no momento atual. A dúvida agora é se essa valorização terá seguimento ao longo do ano”, pontuou o professor da UPF e responsável  pelo levantamento do Conseleite, Marco Antonio Montoya.

Segundo o presidente do Conseleite, Rodrigo Rizzo, o cenário é de valorização do leite e de reconhecimento do trabalho no campo, uma vez que o produtor também vem recebendo mais por litro. “É um momento justo para o setor em função de nossos custos”, completou o vice-presidente do Conseleite, Alexandre Guerra.  Ele citou que, apesar de estarmos em plena safra, as indústrias estão trabalhando com estoques menores, o que garante maior giro  e melhor operação. “O setor lácteo está passando pelo seu pico de produção e captação, e o preço está em um patamar adequado que reflete o cenário e o auxílio-emergencial concedido pelo governo”, salientou Guerra.

Rizzo alertou que, com o aumento do preço do leite, acende-se uma luz amarela em relação à retomada da atratividade das importações.  Apesar da valorização cambial, as aquisições externas voltam a ser uma opção de oferta, o que já se verifica nos números da balança comercial de lácteos nos meses de julho e agosto. “É algo que deixa o setor em alerta”, ponderou o presidente.

Implantado no primeiro semestre deste ano, o novo sistema que habilita laticínios, agroindústrias e cooperativas de leite no Programa Mais Leite Saudável vem imprimindo agilidade nos processos de avaliação de projetos apresentados pelas empresas. A operação agora é feita exclusivamente de forma online através do Portal de Serviços do governo federal (https://www.gov.br/pt-br). Após, clicar na categoria “Agricultura e Pecuária”. Na sequência, em “Licenciamento e Habilitação” e “Mercado Interno”. Neste link estará “Habilitar Laticínios ou Cooperativas de leite no Programa Mais Leite Saudável” por onde poderá enviar o projeto, via web, de qualquer local do país.

O Programa Mais Leite Saudável permite às empresas participantes utilizar créditos presumidos do PIS/Pasep e da Cofins, da compra do leite in natura utilizado como insumo de seus produtos lácteos. As ações propostas devem corresponder, no mínimo, a 5% do valor de créditos a que tem direito.

De acordo com o auditor fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Roberto Lucena, a migração para a plataforma online, além de agilizar as habilitações, permite a consolidação de resultados de uma forma mais ampla, uma vez que as planilhas são analisadas em uma única ferramenta. Segundo ele, os projetos entregues antes desta sistemática permanecem em análise no modelo anterior.

Segundo dados atualizados referentes ao Rio Grande do Sul, até agora foram 101 projetos ingressos no Programa Mais leite Saudável, sendo que 45 estão concluídos. “Isso significa mais de 40 mil produtores beneficiados direta e indiretamente, num investimento que supera os R$ 85 milhões nas mais variadas ações de atendimento ao produtor rural”, destaca Lucena.

A fim de se enquadrar na iniciativa, é preciso apresentar um projeto com foco em assistência técnica gerencial com, no mínimo, 5% do valor dos créditos a que o estabelecimento tem direito. Ao participar do programa a cooperativa ou laticínio passa a contar com a possibilidade de utilizar os créditos gerados a partir da compra e processamento do leite. A intenção, com o novo sistema, é trazer mais agilidade, transparência e controle dos projetos aprovados. “Essa era uma antiga reivindicação nossa e da cadeia produtiva, que agora pode ser acessada a qualquer tempo e local”, completa.

Estão disponíveis um vídeo explicativo e um manual para envio de projetos.

 

Estratégias do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT) e o impacto para a cadeia leiteira, tendo como base a Instrução Normativa nº 10 de 03/03/2017 do Ministério da Agricultura. Esse será o tema da live promovida pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) nesta sexta-feira (14/8), às 15h. A transmissão ocorrerá através do canal no YouTube do Suasa.

Participarão da conversa dessa semana os Auditores Fiscais Federais Agropecuários (AFFAs) da Secretaria de Defesa Agropecuária Janice Barddal, gestora nacional do PNCEBT do Departamento de Saúde Animal, e Plínio Lopes, do Departamento de Suporte e Normas. A live faz parte de uma série de debates promovidos pelo Suasa.

A Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa prepara um documento que será levado ao governador Eduardo Leite e aos deputados da Casa com a posição de diferentes setores do agronegócio gaúcho sobre os projetos 184, 185 e 186 que tratam da Reforma Tributária. As sugestões começaram a ser compiladas em audiência pública virtual realizada na manhã desta quinta-feira (13/08) que contou com mais de cem lideranças, entre elas o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra. Proposta pelo deputado Zé Nunes, a reunião tratou dos impactos das mudanças no setor primário, especialmente na agroindústria gaúcha. Um grupo de parlamentares seguirá trabalhando no tema e reunindo estudos produzidos pelas diferentes entidades para fechar um texto único, que também deverá contar com a colaboração de outras Comissões da Assembleia.

Segundo o parlamentar, os projetos do governo atingem um setor estratégico que é o agronegócio, que concentra 50% do PIB do Rio Grande do Sul. O aumento de alíquotas de ICMS e a contribuição para o DEVOLVE-ICMS afetarão produtos que, atualmente, são isentos de tributação, como o leite pasteurizado, por exemplo. Aumentando o custo tributário, alegou Zé Nunes, o governo eleva o preço dos alimentos, penalizando as camadas mais pobres da população. “Queremos ouvir os segmentos. É muito importante que os deputados tenham as informações para subsidiar sua posição. Há uma preocupação com a falta de competitividade que essa proposta pode trazer. A saída para o RS está na produção, na atividade econômica. Projetos que reduzam a competitividade e onerem os mais pobres me preocupam.”

Um dos pontos mais combatidos durante a audiência foi a criação do Fundo de Desenvolvimento Econômico e de Equilíbrio Fiscal (DEVOLVE-ICMS) previsto no PL 184/2020. O presidente da Comissão de Agricultura da AL, deputado Adolfo Brito, citou que já estão sendo preparados destaques para minimizar o impacto dos projetos sobre as isenções concedidas ao setor produtivo.

As lideranças do agronegócio alternaram-se em falas conclamando por mais competitividade. Em sua manifestação, Alexandre Guerra lembrou que o Rio Grande do Sul depende do mercado do estado, mas que também mais de 60% da produção precisa ver vendida em outras regiões do país, enfrentando grande custo logístico. “O que temos de incentivo é apenas o necessário para equalizar nossa competitividade com os outros estados. Não há como definir os preços de venda e nem temos margem para absorver esse impacto, por isso é necessário fazer ajustes à reforma proposta pelo governo”, alegou. Segundo ele, o temor é que o peso tributário acabe onerando todo o setor, chegando, inclusive, ao produtor rural. Guerra citou os efeitos em cascata da elevação tributária, com aumento de insumos no campo e redução de compensação tributária no varejo o que, prevê o dirigente, acabará sendo revertido para a produção. “O setor lácteo infelizmente não tem margem para perder qualquer percentual e envolve hoje mais de 50 mil famílias gaúchas que vendem o leite regularmente para as indústrias de laticínios”, alertou.

A Piracanjuba, empresa associada ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), comemorou nesta terça-feira (28/7), 65 anos de fundação. Considerada uma das quatro maiores indústrias de laticínios do Brasil, o grupo conta com sete unidades fabris, localizadas em Bela Vista de Goiás (GO), Governador Valadares (MG), Maravilha (SC), Sulina (PR), Araraquara (SP), Três Rios (RJ) e Carazinho (RS). Com mais de 160 itens na linha de produtos, a empresa possui capacidade de processamento de mais de 6 milhões de litros de leite por dia, produção que gera cerca de 3,2 mil empregos.

Os festejos de aniversário vieram acompanhados de uma grande conquista: a empresa foi uma das marcas mais escolhidas do Brasil em 2019. Uma pesquisa realizada pela Kantar, líder global em dados, insights e consultoria, colocou a Piracanjuba no oitavo lugar do ranking Brand Footprint, sendo 242 milhões de vezes escolhida pelos consumidores. O resultado positivo é fruto do desempenho da marca. "Temos a ciência de que trabalhar com seriedade e transparência rende posições relevantes", afirmou a gerente de marketing do laticínio, Lisiane Guimarães, após a divulgação da lista.

Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, ter no sindicato cases de sucesso mostra que o futuro do setor lácteo gaúcho necessita cada vez mais de competitividade. "O setor lácteo tem uma grande importância para a sociedade brasileira, através deles alimentamos as pessoas e geramos empregos. A Piracanjuba vem efetuando um trabalho fundamental para fomentar essa indústria", destacou.

 

A projeção para o valor de referência do leite no Rio Grande do Sul em julho é de R$ 1,4244, alta de 1,82% em relação ao consolidado de junho (R$ 1,3989). A estimativa foi apresentada na reunião virtual do Conseleite/RS nesta terça-feira (28/07) e indica estabilidade de mercado, com recomposição do preço dos queijos. O professor da UPF Marco Antônio Montoya pontuou que, com a concentração do consumo dentro das residências em função quarentena, o que se vê é uma valorização dos alimentos. Segundo o levantamento do Conseleite, a maioria dos derivados lácteos no primeiro semestre de 2020 está acima dos valores praticados no mesmo período de 2019. Contudo, com o avanço da safra e o típico aumento de produção no segundo semestre do ano, a tendência é que os preços se mantenham nesse patamar.

O presidente do Conseleite, Rodrigo Rizzo, reforçou que a estabilidade do leite no Rio Grande do Sul segue tendência também verificada em outros itens da cesta básica, mas alertou que o momento é de cautela. “A variação cambial tem ajudado. Estamos vivendo um bom momento, mas é preciso atenção com investimentos”, alertou.

A posição foi reforçada pelo vice-presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, que informou que o câmbio no atual patamar deixou o leite importado pouco competitivo no mercado nacional, favorecendo a produção local. De acordo com Guerra, a estabilidade do mercado nos meses de junho e julho traz alento a um setor que enfrentou muita pressão ao longo dos últimos anos. “Deixamos para trás a volatilidade registrada em março e abril e entramos em um cenário de estabilidade em junho e julho, um patamar necessário para o setor se manter”, completou.

Outro fator citado pelo Conseleite para fomento ao consumo de alimentos foi o auxílio emergencial concedido pelo governo federal às famílias de baixa renda. “Esse valor de R$ 600,00 tem sido revertido para consumo de alimentos em casa”, destacou Rizzo.

O Conseleite também debateu a Reforma Tributária proposta pelos governos estadual e federal. As entidades ligadas ao Conseleite estão estudando o tema e as possíveis contribuições.

Crédito: Carolina Jardine

Diante da possibilidade de o Rio Grande do Sul avançar em seu status sanitário para livre de aftosa sem vacinação, torna-se essencial que o Estado tenha condições de atender sozinho às necessidades das cadeias produtivas que atuam no segmento da proteína animal. O milho tem papel estratégico nesse aumento de competitividade do setor de carnes e leite, por ser o principal insumo da ração dos animais, tanto os bovinos de corte, quanto os de leite, os suínos, as aves e outros.

A importância do cereal para a economia gaúcha e para a renda dos produtores foi o ponto central do segundo seminário do Programa Estadual de Produção e Qualidade do Milho (Pró-Milho RS): Produção e Produtividade de Milho, realizado na manhã desta quarta-feira (22/7), e que contou com a participação das entidades envolvidas no desenvolvimento de ações dentro do programa, instituído por meio de decreto do governo gaúcho no início deste ano. O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, acompanhou as deliberações e apresentação dos primeiros diagnósticos do programa. Além das entidades, o encontro virtual foi aberto a produtores, com uma participação que superou mais de 500 espectadores. O evento foi aberto pelo presidente da Emater-RS, Geraldo Sandri, que classificou o programa como um dos mais importantes já desenvolvidos em prol da cadeia do milho.

Uma boa notícia, que já foi possível graças à parceria do Governo do Estado com as entidades, veio da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), através do professor do Departamento de Fitotecnia, Alencar Zanon. A partir de monitoramento a campo em diferentes pontos, com lavouras no Rio Grande do Sul nos últimos quatro anos, concluiu-se que é possível ampliar a produção de milho em 2,7 milhões de toneladas sem mexer na área agricultável. “É possível suprirmos a demanda de milho e ainda nos tornarmos superavitários desde que se observem recomendações que vão desde análises com base em clima e solos, rotação de culturas e época de semeadura”, pontuou Zanon, exemplificando ações que dependem apenas de manejo.

As observações a campo trouxeram números importantes que demonstram a importância do sistema de produção que priorize a rotação de culturas. O plantio de milho sobre a área com soja resulta em uma produtividade 23% maior para o cereal. O milho também é capaz de agregar ganhos à cultura mais expressiva economicamente para o Brasil: o plantio de soja sobre o milho aumenta em 8% a produtividade da oleaginosa. Esses e outros aspectos do manejo, classificados pelo estudo como ‘lacunas de produtividade’, em breve poderão ser acessados por todos os agentes da cadeia produtiva, incluindo os produtores, com a disponibilização da cartilha intitulada “Manual para lavouras com o máximo lucro”.

Para uma cultura que em todas as suas frentes representa nada menos que 10% do PIB gaúcho, é crucial que se busquem medidas que evitem a evasão de riquezas do Estado a partir da necessidade de importação permanente do cereal para suprir as necessidades internas. “São cerca de R$ 300 milhões por ano que o Estado gasta e deixa de ganhar com o déficit histórico de milho”, destacou o diretor do Departamento de Políticas Agrícolas e Desenvolvimento Rural da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Ivan Bonetti. O déficit com o milho oscila entre 1,5 milhão e 2,5 milhões de toneladas todos os anos. Em 2020, em função da quebra de 30% da produção por causa da estiagem, a lacuna entre produção e demanda chegou chegará a 2,2 milhões de toneladas.

“Estamos prestes a evoluirmos para a condição de livre de aftosa sem vacinação, o que abrirá um mercado imenso para a nossa cadeia de proteína animal, especialmente pelos mercados asiáticos e da América do Norte. Ou seja, precisamos de mais milho para abastecimento interno”, afirmou Bonetti. Segundo o diretor da Seapdr, o desafio colocado ao Pró-Milho RS passa pela adoção de manejo adequado em algumas regiões gaúchas, aumento da área irrigada (hoje apenas 3% de todas as culturas de sequeiro no Estado fazem uso de algum sistema de irrigação), ampliação da capacidade estática de armazenagem, além da oferta de condições compatíveis de comercialização (venda antecipada, mecanismo de travamento de preços, mercado a termo, mercado futuro, contrato de opções), crédito e de seguro rural. “Todos esses fatores, juntos, vêm para reduzir o risco da cultura ao produtor rural”, afirmou.

O diretor técnico da Emater-RS, Alencar Rugeri, reforçou que a estratégia para avançar na produção e produtividade passa pela rotação de culturas, onde o sistema de produção seja a base de todo o processo não apenas no curto prazo. Já o presidente da Fecoagro, Paulo Pires, destacou a necessidade de o milho ser incluído em programa de política pública do governo. “Não sou muito a favor de subsídios, mas o milho, pela sua enorme importância para a economia gaúcha e nacional, precisa de apoio”, sustentou.

Foto: Karine Viana/Seapdr

Reeleito para gestão 2020/2023, Gilberto Porcello Petry foi empossado presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs/Ciergs) junto ao restante da diretoria nessa segunda-feira (20/7). Na cerimônia, o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, também tomou posse como vice-presidente regional do Ciergs. Seguindo os protocolos de segurança em saúde, o evento contou somente com a presença do dirigente e dos vice-presidentes.

Petry enfatizou ser a indústria a defensora do equilíbrio entre o isolamento social e uma dinâmica estável das atividades econômicas durante a pandemia de Covid-19. Também lembrou que o setor já tinha a prática de utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e que, agora, vem agregando outras medidas de prevenção com o apoio do Serviço Social da Indústria (Sesi) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), além do Banco de Alimentos, na distribuição de mantimentos a instituições. “Caso o isolamento perdure por mais tempo, ao final da crise vamos apenas recolher os fragmentos de empresas e de empregos, em meio a um formidável colapso econômico com brutal redução da receita fiscal”, afirmou.

Apesar do momento difícil vivido pelo país, Petry diz continuar otimista. “Acredito na capacidade do homem de fazer frente a grandes desafios. Acredito na força do empresário brasileiro que irá retirar desta adversidade novas experiências a serem aplicadas na sua vida e nos seus negócios”, disse.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade e o governador do Estado, Eduardo Leite, participaram da cerimônia por meio de vídeo.

Confira a nominata completa das novas diretorias:

FIERGS
Presidente

Gilberto Porcello Petry

Vice-Presidentes
Arildo Bennech Oliveira
Cezar Luiz Müller
Cláudio Affonso Amoretti Bier
Gilberto Ribeiro
José Alfredo Laborda Knorr
Ricardo Lins Portella Nunes

Diretores
Adair Angelo Niquetti
Alexandre Bittencourt De Carli
Amadeu Pedrosa Fernandes
Antonio Mary Ulrich
Aquiles Dal Molin Junior
Airton Zoch Viñas
Carla Carnevali Gomes
Darcio Klaus
Delorges Antonio Horta Duarte
Élio Jorge Coradini Filho
Ervino Ivo Renner
Gerson Albano Haas
Gilberto Brocco
Gilberto Pedrucci
Hernane Kaminski Cauduro
Iro Schünke
Joni Alberto Matte
Jorge Romeu Ritter
José Augusto Peter Vaniel
José Zagonel
Juarez José Piva
Júlio Carlos Cardoso Kirchhof
Marlos Davi Schmidt
Nelson Eggers
Nerison Antônio Paveglio
Newton Mario Battastini
Norberto Luiz Pasqualotto
Renato Klein
Ricardo Coelho Michelon
Ricardo José Wirth
Roberto Rene Machemer
Roque Noschang
Serafim Gabriel Quissini
Sérgio Bolzan Panerai
Sérgio de Bortoli Galera
Ubirajara Terra
Volnei Luiz Sebben
Walter Rudi Christmann

Conselho Fiscal
Gelson de Oliveira
Reomar Angelo Slaviero
Silvio Colombo
Gilberto Luiz Bortoluzzi
João Altair dos Santos
José Roberto Fraga Goulart

Delegados CNI
Gilberto Porcello Petry
Gilberto Ribeiro
André Meyer da Silva
José Antonio Fernandes Martins

CIERGS
Presidente

Gilberto Porcello Petry

Vice-Presidentes
André Bier Gerdau Johannpeter
José Agnelo Seger
Marcos Odorico Oderich
Maristela Cusin Longhi
Mauro Gilberto Bellini
Thômaz Nunnenkamp

Vice-Presidentes Regionais
Alexandre Guerra
Celso Theisen
Flavio Haas
Iraní Tadeu Cioccari
Jaime Lorandi
Jairo Alberto Zandoná
Mauricio Harger
Otto Trost
Tiburcio Aristeu Grings
Torquato Ribeiro Pontes Netto

Diretores
Ademar De Gasperi
Aderbal Fernandes Lima
Adriano Tollens Cauduro
Alfeu Strapasson
Angelo Garbarski
Aristides Inácio Vogt
Arlindo Paludo
Claudino João José Simon
Cláudio Guenther
Daniel Martin Ely
Daniela Aesse Kraemer
Edilson Luiz Deitos
Edson D'Arrigo
Erasmo Carlos Battistella
Felipe Fuga Roso
Fernando José Ruschel Justo
Geraldo José Alexandrini
Guilherme Scozziero Neto
Ivânio Angelo Arioli
Jaime Bellicanta
Jorge Luiz Buneder
José Carlos Estefenon
José Luis Korman Tenenbaum
Júlio Eggers
Julio Ricardo Mottin Neto
Luiz Felipe Schiavon
Paola Maria Vianna Reginatto
Rafael Gustavo Araujo Ribeiro
Rodrigo Holler Petry
Rui Mendonça
Vittório Antônio da Silva Ardizzone
Volker Lübke,
Walter Rauen de Souza

Conselho Fiscal
Carlos Weinschenck de Faria
José Luiz Bozzetto
Lindonor Peruzzo
Lisandro Rocha dos Santos
Oscar Alberto Raabe
Marcus Coester.

 

Com informações da Fiergs/Ciergs
Crédito da foto: Dudu Leal