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O número de produtores de leite em atividade no Rio Grande do Sul caiu 52,28% de 2015 para 2021. Em contrapartida, a queda de produção foi de apenas 3,15%. Os dados são do Relatório da Cadeia Produtiva de Leite de 2021, apresentado em coletiva na tarde desta quarta-feira (8/9) pela Emater/RS-ASCAR. O evento aconteceu na casa da entidade, no Parque de Exposições Assis Brasil em Esteio (RS). O secretário executivo do Sindicato da Indústria dos Laticínios do RS (Sindilat-RS), Darlan Palharini, afirmou que os dados confirmam um padrão de comportamento. “Há alguns anos, temos queda do número de produtores. A atividade leiteira exige fisicamente do produtor. Como consequência que com o avançar da idade, esses produtores são forçados a deixar a atividade, mesmo com um mercado aquecido. Essa é uma das principais causas para esse fenômeno", aponta.

O estudo foi apresentado pelo gerente técnico da Emater/RS, Jaime Ries, e traz outros dados como a queda cumulativa do número de animais, de 25,94%, mas o aumento cumulativo de concentração de animais por propriedade, de 55,32%. A maior parte dos produtores concentra sua estratificação entre 201 a 300 e 301 a 500 litros de leite por dia. "Vemos um número mais concentrado de animais por propriedade, mesmo que o número fixo dos mesmos tenha caído", explica Ries.

O gerente ainda analisa que o maior desafio do setor diz respeito à inovação e tecnologia para manter o interesse do produtor. "Algumas coisas simples, como o calçamento da área de ordenha, podem fazer diferença para o conforto do produtor e um aumento da quantidade e qualidade do leite”, finaliza. Os dados ainda apontam que boa parte dos resultados obtidos diz respeito à agricultura familiar. Palharini aproveitou para complementar a ideia, destacando a necessidade de fomento público. "O principal papel das entidades, neste momento, é pensar estrategicamente o setor. Se tivéssemos um forte investimento em ciência e tecnologia, manteríamos os produtores ainda mais tempo na atividade”, complementa.

Sindilat na Expointer 2021

A participação do Sindilat na feira conta com a parceria da Tetra Pak, marca internacional que é referência em embalagens para alimentos.

Crédito de foto: Kimberly Winheski

Com vista no aprimoramento da produtividade e da competitividade dos produtos, os países que compõem o Mercosul precisam trabalhar de forma conjunta. Essa foi a tônica da fala do embaixador do Uruguai Guillermo Valles em live realizada nesta terça-feira (RS) pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) e pelo Jornal Correio do Povo com o apoio da Tetra Pak. “Os biomas que compartilhamos, sobretudo com o Sul do Brasil, Argentina e boa parte do Paraguai, indicam claramente que é essa a região geográfica, mas também outras no Centro-Oeste do Brasil, onde fica a reserva natural para alimentar uma população que no ano de 2050 deve ter um acréscimo de 2,5 bilhões de pessoas”, declarou.

Segundo ele, é necessário deixar brigas pequenas de lado e manter o olhar no horizonte. “Temos que conhecer bem quais são as condições de competitividade, quais os problemas de competitividade que temos”, afirmou. Ele ainda ressaltou que é necessário que os países do Mercosul busquem novos mercados como países do Golfo e da Ásia. “Temos que pensar em como podemos melhorar a inserção internacional”, acrescentou. Além disso, o embaixador destacou a importância que a tecnologia terá cada vez mais no campo daqui para frente.

Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o setor produtivo do leite tem evoluído bastante, no entanto, ainda são necessárias ações estratégicas para o crescimento do segmento em termos de produtividade e competitividade. "Se compararmos com a cadeia de suínos e de aves, em tecnologia, eles estão um pouco à frente. Claro que não dá para fazermos uma comparação nua e crua, até porque são realidades diferentes. Mas dentro dessa estratégia de repensar um pouco o setor do leite é preciso termos ações efetivas, como a aproximação com a Embrapa Pecuária Sul, de Bagé (RS), e com os países do Mercosul, como o Uruguai”. Assim como o embaixador, Palharini ressaltou a importância de ultrapassar as situações adversas entre os países do bloco para a expansão do setor. "Cada país do Mercosul acaba olhando para a sua economia, quando na verdade somos um único bloco”.

Pesquisador e chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso, afirmou que a entidade busca levar tecnologia aos criadores a fim de fazer diferença no campo. "Na década de 70, o Brasil era um país eminentemente importador. Importávamos feijão, carne e uma infinidade de alimentos. De lá para cá nós quadruplicamos a produção de alimentos, enquanto aumentamos uma porção de área muito menor, não chegamos a dobrar a área. Isso basicamente pelo uso da tecnologia". A live foi mediada por André Malinoski.

>> Confira a live completa em https://www.youtube.com/watch?v=4wl0XL8CQMM&t=1844s

Foto: Reprodução/ Correio do Povo

A produção leiteira gaúcha ganhará, a partir de 2021, um novo parâmetro de produtividade e qualidade. É o Prêmio Referência Leiteira, projeto capitaneado pela Secretaria da Agricultura, Emater/RS e pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) e que visa destacar as propriedades em termos de eficiência produtiva e qualidade do leite, mas que também fazem um trabalho diferenciado em relação ao bem-estar animal e à saúde dos seus produtores e funcionários. O prêmio foi anunciado em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (6/9). O evento ocorreu na Casa da Indústria de Laticínios, no Boulevard do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), e também de forma remota.

A proposta, explica o presidente do Sindilat, Guilherme Portella, começou a ser gestada no início deste ano e vem demonstrar que é possível obter resultados diferenciados independentemente do número de vacas em lactação de uma propriedade. “Precisamos entender qual o caminho mais curto para elevar a competitividade da produção láctea gaúcha e garantir que nossos produtores vivam bem e sintam-se realizados com sua atividade. E valorizar esses bons exemplos é uma forma de mostrar a todos que podemos crescer sempre”, completou Portella. O presidente da Emater/RS, Edmilson Pedro Pelizari, ressalta a importância socioeconômica do setor e a sua capilaridade no Estado. Segundo ele, esse trabalho corrobora a ação de extensão rural e de assistência que a Instituição executa na totalidade dos municípios do Estado. “Esse prêmio busca dar visibilidade ao que de melhor existe na pecuária leiteira do RS”, pontuou Pelizari.

Atuando na concepção do projeto, o extensionista da Emater/RS e engenheiro agrícola Diego Barden dos Santos, explicou que a Emater terá papel importante na verificação dos dados das propriedades. “Esse prêmio vai mostrar que temos propriedades com indicadores tão bons quanto aqueles obtidos por grandes produtores internacionais”, projeta, confiante de que o setor lácteo tem uma representatividade que transcende o aspecto econômico. “É o leite que alimenta a criança. Então é esse produtor que cuida da alimentação das futuras gerações”, salientou.

De acordo com o secretário adjunto da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Rodriguez, a iniciativa não traz o sentimento de competição aos participantes, mas de reconhecimento. "Premiar é importante, não porque introduz competição, mas porque que ela estabelece um status de reconhecimento daqueles que adotaram as regras maiores e que conseguiram inserir cada vez mais assistência técnica, mais acompanhamento e tenham qualidade e produtividade", disse Rodriguez durante a coletiva.

Como Participar
Neste primeiro ano, o Prêmio Referência Leiteira avaliará indicadores de tambos gaúchos no período de outubro de 2021 a junho de 2022 em três categorias: Produtividade da Terra, Qualidade do Leite e Grau de Competitividade. A primeira avalia a quantidade de litros produzidos por ano em relação à área utilizada (litros/hectare/ano). A segunda mensurará índices qualitativos do leite como a Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem Bacteriana Total (CBT). Nesta categoria, a certificação de propriedades como livres de tuberculose e brucelose renderá pontos extras aos tambos inscritos. Por fim, a terceira categoria desafia-se a correlacionar a quantidade de litros de leite produzido nas propriedades com o número de pessoas envolvidas, considerando seu grau de dedicação em termos de carga horária e capacidade laboral.

Para participar, os produtores interessados precisam inscrever-se junto aos escritórios municipais da Emater/RS até 30 de setembro. Os extensionistas da Emater/RS farão o aferimento dos dados ao longo dos meses de forma a indicar os melhores resultados de acordo com a categoria. Serão premiados os três melhores produtores em cada categoria. A entrega dos prêmios deve ocorrer durante a Expointer 2022.

7º Prêmio Sindilat de Jornalismo
As inscrições para o 7º Prêmio Sindilat de Jornalismo serão abertas nesta segunda-feira (6/9) e se estendem até o dia 12/11/21. O mérito é concedido anualmente pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) em reconhecimento ao trabalho da imprensa que acompanha o setor. Neste ano, a premiação contemplará três categorias: Impresso, Eletrônico e On-line.

Podem se inscrever ao 7º Prêmio Sindilat de Jornalismo profissionais que tenham trabalhos publicados entre 24/11/2020 e 12/11/2021 em veículos nacionais e que abordem a produção de lácteos e derivados na bacia leiteira do Rio Grande do Sul. Para participar, é preciso preencher a ficha de inscrição (https://www.sindilat.com.br/site/wp-content/uploads/2021/09/FICHA-DE-INSCRICAO_2021.pdf) e remeter documentação e cópia do trabalho para o e-mail imprensasindilat@gmail.com. Mais detalhes sobre o processo podem ser conferidos no regulamento (https://www.sindilat.com.br/site/wp-content/uploads/2021/09/REGULAMENTO-2021.pdf) publicado no site do Sindilat.

O presidente do Sindilat, Guilherme Portella, destaca que a premiação mais uma vez vai reconhecer talentos do jornalismo que no decorrer do ano se debruçaram sobre pautas que evidenciam a realidade do setor, sua importância econômica e dinamismo. “O agronegócio como um todo fez e está fazendo a sua parte na pandemia. E com o setor lácteo não é diferente. Temos produtores, entidades e também profissionais da imprensa que nos ajudam diariamente a repercutir o que é toda essa cadeia produtiva”, pontua Portella. Os primeiros colocados nas três categorias receberão um troféu e um iPhone. Os segundos e terceiros premiados receberão troféu.

Sindilat na Expointer
O Sindilat participa da Expointer com o espaço institucional A Casa da Indústria de Laticínios. O espaço estará aberto ao público visitante durante todos os dias da feira e contará com a parceria da Tetra Pak, marca internacional referência em embalagens para alimentos. A multinacional participará de palestra onde sobre as tendências de consumo no setor lácteo, em evento para associados no dia 9 de setembro às 10h.

Crédito da foto: Carolina Jardine

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) realizará na próxima segunda-feira (06/09), às 14h, coletiva de imprensa para anunciar novo projeto de estímulo à produtividade, boa gestão e gerenciamento do setor lácteo gaúcho. O encontro contará com o presidente do Sindilat, Guilherme Portella, e com o presidente da Emater, Edmilson Pedro Pelizari.

Na ocasião, também será dada a largada para o 7° Prêmio Sindilat de Jornalismo, distinção que reconhece trabalhos jornalísticos relevantes que abordam o setor lácteo.

Em função das restrições decorrentes da pandemia de Covid-19, o evento ocorrerá de forma híbrida: presencialmente na Casa da Indústria de Laticínios, no Boulevard do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), e remotamente pelo link https://sindilat.webex.com/sindilat-pt/j.php?MTID=ma9ebfb9970f7f1b04140fc8948586bb5

O que: Coletiva Sindilat na Expointer 2021
Quando: 6/9 (segunda-feira) - 14h
Link: https://sindilat.webex.com/sindilat-pt/j.php?MTID=ma9ebfb9970f7f1b04140fc8948586bb5

(Fonte: Assessoria de Imprensa Sindilat)

Como em todos os anos, o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat) e suas empresas associadas estarão presentes na Expointer, que acontece de 4 a 12 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Neste ano, o Sindilat promoverá uma intensa participação institucional no espaço ‘Casa da Indústria de Laticínios’.

O espaço institucional estará aberto ao público visitante durante todos os dias da feira e contará com a parceria da Tetra Pak, marca internacional que é referência em embalagens para alimentos. A multinacional é convidada do Sindilat para palestra online onde vai abordar as tendências de consumo no setor lácteo, em evento para associados programado para o dia 9 de setembro (quinta-feira), a partir das 10h.

Diversas outras atividades especiais estão sendo preparadas pelo Sindilat para a Expointer, como eventos destinados a convidados, lançamento de concurso e seminário. Um dos destaques da programação será a coletiva de imprensa no dia 6/9 (segunda-feira), às 14h, que dará a largada para o período de inscrições ao 7° Prêmio Sindilat de Jornalismo, distinção que reconhece trabalhos jornalísticos relevantes sobre o setor lácteo produzidos por jornalistas e que vai contemplar reportagens nas categorias Impresso/Eletrônico/Online.

Todos os eventos na Casa da Indústria de Laticínios serão realizados presencialmente, mas terão formato híbrido, podendo ser acessados remotamente (em link a ser disponibilizado) também por quem não estiver no Parque. O espaço do Sindilat atenderá o público diariamente das 8h30min às 17h30min e estará localizado na Rua Boulevard, Quadra 46 do Parque Assis Brasil.

Sindilat na Expointer 2021

A participação do Sindilat na feira conta com a parceria da Tetra Pak, marca internacional que é referência em embalagens para alimentos.

Crédito de foto: Carolina Jardine.

O valor de referência do leite projetado para agosto no Rio Grande do Sul atingiu R$ 1,7159 com base em dados apurados nos primeiros dez dias do mês pelo Conseleite. O indicador, divulgado na manhã desta terça-feira (24/08), representa uma elevação de 0,45% em relação ao consolidado de julho, que foi de R$ 1,7082. O professor da UPF e responsável pelo levantamento do Conseleite, Marco Antonio Montoya, constata que o cenário é de estabilidade mesmo em plena safra, uma vez que a tradicional expansão de produção foi arrefecida pelo aumento dos custos de produção e pela perda de áreas de pastagem para a agricultura. “O valor do leite no mercado consumidor não está acompanhando o custo da atividade, e ainda estamos perdendo produtores para o cultivo de soja”, ponderou o coordenador do Conseleite, Alexandre Guerra, lembrando que o consumo de grãos está em alta, com valorização motivada pela demanda internacional e pela expansão do setor de proteína animal.

No campo, a previsão também é de que a produção de leite em 2021 não aumentará como ocorria no período de safra de anos anteriores. Isso porque, com menos recursos e potencial de compra abalado pela inflação, os produtores estão segurando despesas e a expansão de rebanhos. “Isso era verificado em pequenos rebanhos e hoje já se vê médios produtores migrando de atividade”, completou o vice-coordenador do Conseleite, Rodrigo Rizzo. Com a chegada de setembro, espera-se o início do plantio de soja e outras culturas de verão, o que deve reduzir ainda mais as áreas de pastoreio.

Mobilizados, representantes dos produtores e indústrias trataram da urgência em buscar alternativas que mantenham a produção ativa e viável. No Conseleite, é unanimidade a necessidade de políticas públicas que permitam o fomento de um setor tão estratégico para a economia e para a nutrição do povo brasileiro. “Precisamos pensar no futuro, mas também em ações rápidas que nos tragam resultados nesse cenário atual”, sugeriu Guerra. Uma das preocupações apontadas na reunião foi com o aumento da importação de leite em pó, que deve ter impacto severo no mercado gaúcho nos próximos meses.

Com a produção contida no campo, o professor Marco Antonio Montoya apresentou dados que indicam estabilidade de valores do leite entre junho, julho e agosto. Considerando os indicadores a contar de outubro de 2020, o valor de referência apresentou uma leve recuperação, o que cobriu parte dos custos de produção, mas não o suficiente para acompanhar as despesas crescentes na indústria e no campo. Montoya ainda indica que, se comparando com o preço do leite registrado em outros estados, a produção gaúcha ainda está com valores abaixo das demais regiões. “Há questões logísticas envolvidas muito em função do distanciamento dos principais mercados consumidores”, salientou o professor.

Se a inflação atinge a realidade da produção, na ponta também traz impacto no consumo. Guerra lembrou que as famílias também perderam poder de compra nos últimos meses. E o leite, alega ele, é altamente suscetível a essas variações. “É um cenário que exige nossa atenção, assim como os avanços da balança comercial”.

Foto: Carolina Jardine

O governo do Rio Grande do Sul lançou, nesta quarta-feira (18/8), a 44ª edição da Expointer em clima de superação e de reinvenção. Durante seu discurso no Palácio Piratini, em Porto Alegre (RS), a secretária da Agricultura, Silvana Covatti, afirmou estar otimista em relação à feira. Essa motivação é resultante do momento vivido pelo agronegócio do Estado, que recentemente recebeu o certificado internacional de zona livre da febre aftosa sem vacinação e que produziu uma safra recorde de grãos no verão. “Espero e tenho certeza que todos nós vamos vivenciar um grande evento”, ressaltou.

No lançamento, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) foi representado pelo seu secretário-executivo, Darlan Palharini, que acompanhou o evento de forma virtual através do canal no YouTube do Governo. Segundo ele, o Sindilat deve marcar presença na Expointer deste ano, no entanto, de forma institucional . “Nós estaremos com a nossa casa aberta no parque, mas sem a realização das tradicionais atividades dos anos anteriores. Entendemos que ainda são necessários cuidados em relação à pandemia”, afirmou. A exposição ocorrerá de 4 a 12 de setembro com público limitado de até 15 mil visitantes por dia.

De acordo com Silvana, serão rigorosos os cuidados na vigilância e na saúde das pessoas ao longo da feira. Presente no lançamento, que foi transmitido pelo canal no YouTube do Governo, a secretária da Saúde, Arita Bergmann, destacou que um plano operativo foi desenvolvido para que a exposição “aconteça com a maior segurança possível”. As duas pastas trabalham juntas na realização do evento.

Em sua fala, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, salientou que a exposição traduz dois traços do povo gaúcho: a superação e a reinvenção diante das dificuldades. “A Expointer, mesmo sendo feita de um jeito diferente, não perde a sua alma. Uma alma empreendedora, integradora e de demonstração da grande virtude do nosso Estado, da capacidade empreendedora da nossa gente”, destacou em relação ao evento de 2020 e de 2021.

Sindilat na Expointer 2021

A participação do Sindilat na feira conta com a parceria da Tetra Pak, marca internacional que é referência em embalagens para alimentos.

A Embrapa Gado de Leite lançou nesta sexta-feira (13/8) o livro “Na era do consumidor – uma visão do mercado lácteo brasileiro”. A obra reúne 23 artigos de 30 autores publicados em veículos de comunicação especializados na cadeia produtiva do leite. O lançamento oficial ocorreu em live no canal no Youtube da entidade, a qual pode ser acessada através do link: https://www.youtube.com/watch?v=axVO0V0eRs4.

Dividida em cinco seções, a publicação traz um panorama sobre o consumo de lácteos no Brasil e as mudanças causadas a partir da pandemia de Covid-19 no setor, além de apresentar reflexões do mercado consumidor em relação às redes sociais. "O livro é de extrema importância para o setor lácteo uma vez que reúne informações extremamente importantes para o seu desenvolvimento", afirmou Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). A obra conta com editoria técnica da pesquisadora da Embrapa Kennya Beatriz Siqueira.

Os artigos foram publicados originalmente no portal Milkpoint e nas revistas Indústria de Laticínios, Leite Integral e Balde Branco entre 2019 e 2021. Acesse o livro aqui: https://bit.ly/37DkvMn.

Com informações da Embrapa

Focado em intensificar o intercâmbio comercial com o Brasil, o embaixador do Uruguai Guillermo Valles propôs uma articulação entre os países para destravar projetos logísticos em curso há décadas. O plano de trabalho foi apresentado em reunião com lideranças do setor produtivo do Rio Grande do Sul na manhã desta sexta-feira (6/8) na Sede da Farsul, em Porto Alegre (RS). Interlocutor dos interesses do agronegócio e vendo as potencialidades desse intercâmbio no abastecimento de grãos para a produção de aves, suínos e leite, o senador Luis Carlos Heinze (PP) é defensor do tema, ressaltando a importância de trazer parte da safra de milho uruguaio ao Brasil. Segundo o embaixador, o Uruguai tem amplo potencial para produção de cereais, mas as lavouras não se ampliam exatamente pela falta de estruturas de armazenagem e de vias de escoamento mais competitivas ao mercado internacional. De acordo com Valles, enquanto uma carga de arroz uruguaio precisa percorrer 400 quilômetros por rodovias para ser exportada por Montevidéu, o mesmo produto poderia fazer 200 quilômetros por via fluvial para chegar a Rio Grande.

A chave para viabilizar a integração é o fortalecimento do modal hidroviário, estabelecendo um canal direto com o Porto de Rio Grande por meio de hidrovia pela Lagoa Mirim. Para isso, seria essencial aumentar o calado de rios e canais, o que depende de obras de dragagem no Brasil e no Uruguai. O embaixador ressaltou que o investimento nesses processos é ínfimo perto do ganho econômico e que pode ser rateado entre os dois países. O projeto, que está nos planos da Bacia do Prata há 60 anos, poderia ser viabilizado por uma parceria público-privada, o que o consolidaria como a primeira hidrovia público-privada da América Latina. No lado brasileiro, as dragagens precisariam ser efetuadas no Sangradouro, no Canal São Gonçalo e no acesso ao Porto de Santa Vitória do Palmar.

Heinze informou que há projetos tramitando em Brasília no sentido de fortalecer o intercâmbio logístico com o Uruguai por meio de investimentos em infraestrutura. Um deles é a construção de nova ponte em Jaguarão (RS).

Presente ao encontro, o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, frisou a importância de o intercâmbio ser regido por um regramento mínimo que não comprometa nenhum setor produtivo uma vez que produtores uruguaios operam com custos inferiores aos praticados no Brasil. O embaixador concordou com a posição, lembrando que a ideia é agir em bloco, favorecendo os dois países e não impondo concorrência predatória. “É preciso tratar de regulamentações, olhar o espaço comum, juntar as autoridades e tratar da questão de território para que o fator de equilíbrio não seja o contrabando”.

O diretor administrativo da Farsul, Francisco Schardong, informou que o assunto deve ser alvo de uma nova reunião nas próximas semanas. A proposição é integrar o setor produtivo brasileiro e uruguaio para definir uma pauta a ser apresentada durante a Expointer, que ocorre de 4 a 12 de setembro. Também participaram da reunião lideranças da Fetag, Fecoagro, Asgav, Sips e Fundesa.

Segundo o embaixador é primordial que as cidades vejam as potencialidades do campo, uma vez que é dele que sairá a solução para suportar um aumento de 2,5 bilhões de pessoas na população mundial até 2050. “Precisamos produzir 50% mais fibras, 50% mais de alimentos e combustíveis. E de onde vai sair isso de forma sustentável?”, questionou. Consciente das potencialidades da América Latina em abastecer o planeta, ele reforçou que há condições de solo e oferta de água doce capaz de produzir de forma competitiva. Para isso, alertou, é importante que se trabalhe com abertura comercial entre vizinhos.

Brasil e Uruguai tem 1067 quilômetros de fronteira, com seis cidades gêmeas. Apesar da vigência do Mercosul, apenas a aduana de Rivera trabalha de forma integrada nos terminais de cargas. O principal ponto de entrada de cargas uruguaias no Brasil é o Chuí (30%), seguido por Jaguarão (21%) e por Santana do Livramento (9%).

Foto: Carolina Jardine 

A produção de milho no Uruguai para o abastecimento do mercado gaúcho será pauta de reunião entre entidades do agronegócio com o embaixador do Uruguai, Gustavo Vanerio Balbela. O encontro ocorrerá nesta sexta-feira (6/8), às 9h, na sede da Farsul, em Porto Alegre (RS). A nova fronteira agrícola será possibilitada pela ligação da Lagoa Mirim com a Lagoa dos Patos. A reunião é uma demanda organizada pelo senador Luis Carlos Heinze (PP).

Na ocasião, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) buscará um espaço para maior integração com o governo uruguaio e também com o setor produtivo. Isso porque, segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o Uruguai tem um dos menores custos de produção de leite e o RS é mais um corredor de transporte para os derivados do país. “Não vimos no Uruguai um concorrente e sim um fornecedor de produtos lácteos para o Brasil”, acrescentou. As entidades ainda devem tratar sobre o cenário geral do setor lácteo e parcerias com o Inale.

Além de Heinze e de Balbela, devem participar da reunião o presidente do Sindilat, Guilherme Portella, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, e representantes de entidades como Asgav, Fetag e Fecoagro. O presidente da Farsul será representado no encontro por Francisco Schardong.

Crédito da foto: Carolina Jardine