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Cerca de uma vez por semana, o telefone soa no mercado Dill Pickle Food Coop, em Logan Square, bairro "artístico" em Chicago, e a pergunta é quase sempre a mesma: "Tem leite?". Orgânico, para ser mais exato. "Há pessoas que ligam e dizem: 'Eu sei que o caminhão chega na terça¬-feira, você pode me separar três garrafas?'", diz Dana Bates-Norden, funcionária responsável pela compra de bens perecíveis. Desde o ano passado, o leite em garrafas de vidro produzido por fazendas orgânicas do Meio-¬Oeste dos Estados Unidos começou a esgotar-¬se apenas dois dias após chegar à loja. "Quando comecei há dois anos, sentia que acabaria perdendo uma boa parte do leite orgânico; agora, não consigo nem manter o estoque." Os americanos gastaram em torno de US$ 35 bilhões em alimentos orgânicos em 2014. Cerca de US$ 5,1 bilhões foram gastos em laticínios, mais que o dobro de dez anos antes, conforme dados do "Nutrition Business Journal" publicados no site do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Os produtores têm dificuldade para atender a demanda, uma vez que o leite ¬ cujo preço pode chegar a quase o dobro do comum ¬ vem sendo vendido por varejistas como o Walmart Stores Inc., e redes como o McDonald's Corp. Mesmo em Wisconsin, o Estado com mais estabelecimentos leiteiros orgânicos, algumas lojas exibem placas alertando para a falta do produto. No Fresh Madison Market, em Madison, capital do Estado, as vendas de leite orgânico dobraram nos últimos 12 meses, e a alta na demanda levou à falta do produto durante dez dias no início de janeiro, segundo o dono da loja, Jeff Maurer. "Temos clientes mais conscientes sobre os benefícios dos orgânicos", disse Jim Hyland, porta¬voz da Roundy's Supermarkets, de Milwaukee. Algumas das 149 lojas da rede, em Wisconsin e Illinois, sofreram falta do produto em 2014. O espaço destinado a laticínios orgânicos dobrou nos últimos cinco anos. Isto "não é algo que vai encolher", disse. Não são apenas os moderninhos que vêm aderindo aos orgânicos. Cerca de 45% dos americanos buscam produtos orgânicos, segundo pesquisa do Gallup de agosto. No Dill Pickle, em Chicago, os clientes são bem variados, incluindo solteiros jovens, famílias e consumidores mais velhos. As vendas de leite orgânico subiram 9,5% nos 11 primeiros meses de 2014, para 2,26 bilhões de libras-¬peso, segundo dados mais recentes do USDA. Em contraste, a demanda por leite convencional recuou 3,8%, para 43,49 bilhões de libras-¬peso no mesmo período. O preço de varejo do leite orgânico subiu 8,4% no ano encerrado em 6 de fevereiro, para US$ 3,89 por meio galão (1,893 litro), segundo o USDA. O preço do leite convencional subiu 14%, para US$ 1,92. O leite vendido como orgânico deve vir de vacas criadas sem hormônios ou antibióticos e os animais devem alimentar-¬se de pastagens orgânicas ou comer apenas ração orgânica ¬ milho ou outros grãos que não sejam transgênicos nem tratados com defensivos químicos. Tudo isso é regulamentado pelo governo. Ter a certificação de produção orgânica é um processo demorado e caro. Pelas atuais regras do USDA, o processo pode levar três anos, até que os agricultores convertam as pastagens e as plantações de grãos em orgânicas. No terceiro ano de transição, os animais tem de ser tratados apenas com alimentos orgânicos, o que pode elevar os custos em cerca de US$ 365 mil em uma fazenda com 500 vacas, segundo Andrew Dykstra, presidente da Chico, uma aliança de produtores de laticínios orgânicos na região oeste dos EUA, com sede na Califórnia. A Organic Valley, maior cooperativa de agricultores orgânicos nos EUA, paga parte do custo das fazendas leiteiras que queiram fazer a conversão. Para encorajar as conversões, a cooperativa aumentou a compensação neste ano para 75%, segundo o CEO George Siemon. Para Kathie Arnold, dona de 140 vacas leiteiras na Twin Oaks Dairy, em Truxton, Nova York, a alta nos preços lhe permite investir em novos equipamentos. Ela estima que sua produção vendida em janeiro rendeu cerca de 14% a mais do que um ano antes, maior alta anual desde que converteu sua produção para orgânica, em 1998. "Chegamos a um ponto em nossas instalações em que não podemos crescer sem expandir¬nos para outros terrenos". Os consumidores vêm aumentando as compras de leite orgânico porque o produto é visto como mais saudável, segundo Bob Goldin, vice¬-presidente executivo da firma de pesquisas Technomic Inc. . São as qualidades decorrentes da ausência de hormônios e antibióticos que atraem os consumidores, diz Goldin. "Não é necessariamente uma ligação lógica, mas é isso o que muitos consumidores definem como saudável. A definição do que é saudável vem mudando." (Valor Econômico)

O resultado do leilão GDT da última terça-feira (17/02) apresentou forte alta de 10,1% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$3.366/tonelada. O leite em pó integral teve alta, de 13,7%, sendo cotado a US$ 3.272/tonelada, o maior preço desde julho de 2014. O leite em pó desnatado também teve elevação em seus preços, de 5,7%, sendo cotado a US$ 2.744/tonelada. Já o queijo Cheddar teve variação positiva nos preços, finalizando o leilão a US$ 3.054/tonelada, queda de 16,8%.  O volume comercializado apresentou queda de 18% com relação ao último leilão, com 22.957 toneladas vendidas.  As condições de seca na Nova Zelândia aliadas aos menores preços recebidos pelos produtores no final de 2014 tem reduzido a oferta no país, contribuindo para uma pressão de alta nos preços dos lácteos ofertados no Leilão GDT. Mesmo após 5 eventos consecutivos com preços em alta, na comparação com o Leilão GDT do mesmo período de 2014, os preços apresentam-se 32,9% menores. (MilkPoint, com informações do Global Dairy Trade)

A Embrapa Gado de Corte lançará a cultivar de Panicum maximum híbrida BRS Tamani e o mangueiro digital na edição 2015 da Dinâmica Agropecuária (Dinapec). O evento acontece de 11 a 13 de março, na vitrine tecnológica da Empresa, em Campo Grande (MS). Catorze Unidades da Embrapa estarão presentes, além de parceiros, apresentando tecnologias, palestras e oficinas. A BRS Tamani tem porte baixo, com muitas folhas e perfilhos, que proporcionam boa cobertura de solo e alto valor nutritivo. “É um capim de fácil manejo, indicado para solos de média a alta fertilidade, sendo importante opção para sistemas de produção no bioma Cerrados”, diz a pesquisadora da Embrapa Gado de Corte, Liana Jank, líder da equipe responsável pelo trabalho de desenvolvimento da nova cultivar. Outra vantagem observada no ensaio de pastejo, realizado no Cerrado do Distrito Federal, foi o bom estabelecimento quando implantada, além de elevada persistência nos períodos seco e chuvoso. “Lembrando que apresenta baixa tolerância ao encharcamento do solo e, portanto, não é indicada para áreas sujeitas a alagamentos temporários”, acrescenta a pesquisadora. O desempenho da BRS Tamani demonstra elevada capacidade produtiva, com a vantagem de oferecer forragem de melhor valor nutritivo quando comparada à cultivar Massai. A cultivar é resultado de cruzamento feito na Embrapa Gado de Corte em 1992. Os trabalhos de seleção foram realizados em parceria com a Embrapa Acre, Embrapa Cerrados, Embrapa Gado de Leite, Embrapa Pecuária Sul, Embrapa Rondônia, e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. “A forrageira foi registrada no ano passado junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento”, informa Liana. Ela explica que, avaliada em parcelas sob cortes manuais, a BRS Tamani alcançou a produção anual de 15 toneladas/hectare de matéria seca de folhas em Campo Grande. “Em experimento em rede conduzido em sete locais, a cultivar destacou-se pela maior porcentagem de folhas que as cultivares Tanzânia-1 e Massai e pela qualidade da forragem, tendo apresentado 9% mais proteína bruta que a Tanzânia, durante o ano, e 3% maior digestibilidade no período de chuvas”, destaca. Com previsão de chegar ao mercado a partir de agosto deste ano, a BRS Tamani foi desenvolvida em parceria com a Unipasto e é resultado de um trabalho conjunto, sob a coordenação da Embrapa Gado de Corte, com as Unidades Embrapa Acre, Embrapa Cerrados, Gado de Leite, Embrapa Pecuária Sul e Embrapa Rondônia. Outra novidade que será apresentada na Dinapec 2015 é o novo mangueiro digital, ou seja, um mangueiro antiestresse, desenvolvido em parceria com a Tramasul, para o manejo dos bovinos de acordo com o Programa Boas Práticas Agropecuárias (BPA) – Bovino de Corte, da Embrapa. A estrutura também servirá como laboratório para o desenvolvimento de projetos pelos alunos do curso de mestrado profissional em Pecuária de Precisão da Faculdade de Computação da UFMS, em parceria com a Embrapa. Segundo o chefe de Transferência de Tecnologia, Pedro Paulo Pires, no mangueiro digital serão geradas informações sobre os bovinos a partir de ferramentas eletrônicas desenvolvidas pela Embrapa Gado de Corte e por parceiros. Alguns exemplos são a balança de passagem e o e-apart, uma estrutura composta de eletrônica, mecânica e software responsável pelo aparte automático de animais, por meio de filtros inteligentes desenvolvidos por softwares associados ao uso do chip eletrônico, que identifica os animais por rádio frequência, de modo rápido, inquestionável e seguro para o manejo. (Portal Lácteo)

Com foco na abertura de mercados internacionais, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vem trabalhando para garantir o acesso de produtos do agronegócio brasileiro ao comércio externo. Dentre eles está o Paquistão, que aprovou, no último dia 19 de janeiro, a habilitação de estabelecimentos de carne de aves a exportarem para aquele país. O Paquistão não importa carne de aves de outro país, apesar de ser a principal proteína animal consumida pela população de mais de 180 milhões de pessoas. “A aprovação demonstra o reconhecimento do sistema de controle oficial brasileiro e possibilitará o acesso de vários estabelecimentos exportadores ao mercado paquistanês”, afirmou a secretária de Relações Internacionais do Mapa, Tatiana Palermo. A Rússia é outro país que está em constante comércio com o Brasil. No último dia 29 de janeiro, o Serviço Federal de Vigilância Sanitária e Fitossanitária (Rosselkhoznadzor) autorizou novos estabelecimentos brasileiros a exportarem carne de aves e produtos lácteos para o mercado russo. No caso de carne de aves, oito estabelecimentos foram habilitados, totalizando 52 autorizados a exportarem para a Rússia. Já de produtos lácteos e derivados, três novos estabelecimentos foram autorizados. Com isso, o Brasil passa a contar com 10 laticínios que podem exportar ao país. “Após visita oficial à Rússia que ocorrerá ainda no primeiro semestre deste ano, a expectativa é que haja novas habilitações dos estabelecimentos brasileiros”, comentou Tatiana. Outra novidade é com relação à Venezuela. O Ministério da Agricultura e Terras do país informou que, como fruto da missão do Mapa, realizada em janeiro deste ano, haverá prorrogação, até 15 de maio 2015, da habilitação dos estabelecimentos para exportação de carne de aves, suínos e bovinos ao país. “Antes da missão, as habilitações dos estabelecimentos exportadores de carne bovina e de aves tinham o prazo de validade até o dia 31 de março de 2015. Já os estabelecimentos exportadores de carne suína estavam com a habilitação vencida desde 31 de dezembro de 2014″, afirmou a secretária de Relações Internacionais. Atualmente, ambos os países estão negociando o roteiro de missão venezuelana ao Brasil, prevista para início de abril deste ano, com intenção à renovação e habilitação de novos estabelecimentos exportadores de carnes. (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)

O deputado Adolfo Brito (PP) deve ser o próximo presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa. “Está bem encaminhado”, informou o parlamentar, que já presidiu a comissão em outras três oportunidades. A decisão deve ser oficializada pelos deputados após o Carnaval. Os parlamentares progressistas trabalham para comandar o órgão nos dois primeiros anos desta legislatura. A ideia é que o estreante Sérgio Turra seja o presidente em 2016. (Correio do Povo)

Após a Casa Civil segurar sua nomeação por mais de um mês e ter alimentado incertezas de quem chefiaria a área de defesa sanitária no país, o fiscal agropecuário aposentado pelo Mato Grosso, Décio Coutinho, assumiu na última segunda¬feira a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, um dos maiores alvos de críticas na Pasta recentemente. Mesmo respondendo a processos judiciais por supostas irregularidades quando atuou no Indea, órgão de defesa mato¬grossense, ele foi assegurado no posto pela ministra Kátia Abreu. Sua missão é dar "credibilidade" à área e ampliar a participação do setor privado no dia a dia da secretaria, questionada por ingerências políticas e pelos seguidos contingenciamentos de verbas. As metas prioritárias, segundo ele, são: atualizar certificados sanitários de acordos internacionais e bilaterais que não são revisados há mais de cinco anos e contêm exigências antigas que não fazem mais sentido; reduzir prazos de registros de produto e habilitação de estabelecimentos; e viabilizar o Planejamento Nacional de Defesa Agropecuária, com foco na padronização de barreiras sanitárias em Estados de fronteira e ampliação de campanhas de erradicação de doenças animais e vegetais. Assessor técnico até o ano passado na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), entidade presidida por Kátia Abreu entre 2008 e 2014, Coutinho substitui o administrador Rodrigo Figueiredo, que chegou à secretaria em 2013, indicado pelo hoje presidente da Câmara, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB/RJ).

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A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, descartou hoje (11) risco de desabastecimento ou inflação de alimentos por causa da falta d'água que afeta o país. Ela explicou que, além das perspectivas de chuvas para os próximos dias, as perdas de produção nos estados mais afetados pela estiagem serão compensadas pela produção em regiões irrigadas. “É um otimismo não exacerbado, é uma torcida bem realista, porque, de fato, foram anunciadas chuvas para todo o Brasil, especialmente no Sudeste. Ficamos otimista por períodos. Neste, estamos otimistas”, disse Kátia, após reunião ministerial para discutir os impactos da seca. “Não estamos vendo caos diante dos nossos olhos”, acrescentou a ministra, ao adiantar que os dados do levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) não trarão diferenças em relação às perspectivas apresentadas em janeiro. Os dados serão apresentados amanhã (12) pela Conab. Segundo Kátia Abreu, a produção de commodities (produtos primários com cotação internacional) não foi afetada, a de carne não depende de questões relacionadas à falta d'água neste momento, e a de leite também não sofrerá grandes impactos porque os produtores são preparados para a fase seca. Em relação ao tomate e à cebola, batata e laranja, que, segundo a ministra, têm grande reflexo sobre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ¬ que mede a inflação oficial ¬ a produção em áreas irrigadas deve compensar as perdas em São Paulo e no Paraná. “Estamos com a expectativa de que perímetros irrigados de Goiás e do Nordeste deverão produzir o suficiente para não termos problemas com estes produtos”, disse ela, lembrando que há 1,2 milhão de hectares irrigados por 17 mil pivôs centrais nestas culturas. De acordo com Kátia Abreu, as medições de umidade do solo feitas por satélite pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mostram que os primeiros dados de fevereiro serão mais favoráveis para os produtores. “Nossa expectativa é positiva porque houve chuva em vários lugares do país onde não choveu no veranico de janeiro. Estamos otimistas porque a leitura desse próximo decêndio fará diferença e melhorará a umidade do solo percebida pelo satélite”, disse. As previsões do Instituto Nacional de Meteorologia mostram que os estados do Ceará, Paraíba e Pernambuco terão estiagem grave, e Bahia, Alagoas e Rio Grande do Norte também serão afetados, em menor grau. Desde o agravamento da estiagem, oito ministros se reúnem com frequência para discutir os impactos da estiagem. Além de Kátia Abreu, participaram da reunião desta quarta¬feira, no Palácio do Planalto, os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, da Integração Nacional, Gilberto Occhi, das Cidades, Gilberto Kassab, do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, de Minas e Energia, Eduardo Braga, da Defesa, Jaques Wagner, e do Planejamento, Nelson Barbosa. (Agência Brasil)

3ºanoA Emater busca recursos do governo federal para auxiliar os agricultores no preenchimento do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O presidente do órgão, Clair Kuhn, esteve no Ministério do Meio Ambiente ontem, em Brasília, tratando do tema. A iniciativa permitirá agilizar o cadastramento no Rio Grande do Sul. O Estado é o lanterna entre todas as unidades da federação, com apenas 912 processos finalizados. Isso correspondente 0,19% das 460 mil propriedades gaúchas. De acordo com Kuhn, a Emater conta com cerca de 200 extensionistas treinados, que poderiam orientar os demais para fazer o trabalho de campo. “Mas para isso há um custo, então a Emater tem de ter um aporte”, explicou. No entanto, ele não informou qual o seria o volume de recursos necessários para implementar a iniciativa. Conforme o presidente, o agricultor, muitas vezes, não está apto a trabalhar com a ferramenta, o que justifica o auxílio da extensão rural. A reivindicação foi recebida pelo secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Paulo Guilherme Cabral, que irão analisar o pedido. O prazo final para o preenchimento do CAR se encerra no dia 6 de maio, mas poderá ser prorrogado por mais um ano. (Correio do Povo)

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, considerou positiva a liberação de R$ 10 milhões pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a compra de leite em pó das indústrias e cooperativas do Rio Grande do Sul, com o objetivo de repassar aos programas sociais coordenados pelo governado federal. “É importante ressaltar a promessa do governo federal de liberar mais lotes e tirar a pressão dos estoques das indústrias gaúchas”, acrescentou. Segundo ele, com este valor é possível adquirir 900 toneladas e não as quatro mil toneladas solicitadas pelo setor, “mas o importante é que o governo se sensibilizou e prometeu acompanhar o mercado”. Outros R$ 10 milhões serão disponibilizados para compra também de leite UHT, tanto do Rio Grande do Sul quanto de Santa Catarina. A compra do produto longa vida foi aprovada esta semana pelo Conselho Gestor do Programa. As aquisições serão realizadas pela modalidade Compra Direta do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) nestes dois estados da Região Sul. A Compra Direta da Agricultura Familiar permite a aquisição de alimentos, a preços de referência, definidos pelo Grupo Gestor, para distribuição a programas indicados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Podem participar os agricultores familiares organizados em cooperativas ou outras organizações que possuem DAP pessoa jurídica. Cada família pode vender até R$ 8 mil por ano, independente de fornecerem para outras modalidades do PAA e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Guerra, participou nesta terça-feira, 10, da reunião realizada no auditório da Conab, em Brasília, juntamente com o vice-presidente do Sindilat/RS, Raul Lopes Amaral, acompanhando a delegação gaúcha liderada pelo Instituto Gaúcho do Leite (IGL). Amaral considerou importante o retorno da compra de estoque de leite em pó que desde o final de 2013 estava muito reduzida.  Outra reivindicação do setor leiteiro é priorizar o mercado nacional para o leite produzido no país, principalmente na safra, evitando a importação do produto neste período. Além disso, a expectativa é que o governo dê andamento a pedidos de habilitação já encaminhados pela Cosulati, de Pelotas, Cosuel, de Arroio do Meio, e CCGL, de Cruz Alta, entre outras empresas, que já passaram por vistoria para exportar à Rússia. A expectativa, conforme Amaral, é que o governo dê andamento a pedidos de habilitação já encaminhados. A delegação gaúcha foi recebida pelo diretor da Conab, João Marcelo Intini, secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Arnoldo de Campos, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome e pelo diretor Ministério do Desenvolvimento Agrário. Além dos dirigentes do Sindilat/RS, a comitiva foi formada por representantes do governo gaúcho, deputados federais e estaduais, senadora Ana Amélia Lemos (PP), prefeitos das cidades mais atingidas pela crise, por entidades como a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf- Sul) e também por lideranças de cooperativas e produtores rurais. A cadeia produtiva do leite gaúcho vive um momento de estoques mais elevados, que tendem a normalizar com a volta às aulas e chegada da entressafra. A cadeia envolve mais de 120 mil produtores de pequeno porte e a atividade está presente em 453 (90%) dos municípios, cuja economia é fortemente por ela impactada. O sucesso ou não da atividade leiteira em muitos deles, inclusive, ditará seu futuro nos próximos 10 a 15 anos.  Nos últimos anos, houve um crescimento expressivo da produção da matéria-prima. Não houve, contudo, um crescimento correspondente nos mercados consumidores. O mercado interno teria margem para expansão mínima de 30% e o acesso ao mercado externo é limitado e pouco expressivo. Este seria essencial para a exportação de excedentes, tal qual fazem as cadeias de suínos e frangos, por exemplo. (ComEfeito Comunicação Estratégica)