Pular para o conteúdo

30/04/2015

6Agricultores familiares de todo o Brasil têm até o dia 06 de maio para preencher o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e continuar acessando políticas públicas e créditos do Governo Federal. O Cadastro é obrigatório e gratuito e tem como finalidade reunir informações ambientais dos imóveis rurais para compor uma base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e de combate ao desmatamento.

A estimativa é de que 5,6 milhões de propriedades rurais façam o Cadastro. Segundo o assessor da Secretaria Executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Marco Pavarino, o agricultor pode ser punido caso não preencha o registro. “Se ele não tiver preenchido o CAR até a data limite, ele estará descumprindo uma determinação da lei. O fato de ele não estar no Cadastro significa que ele será, inclusive, multado por alguma infração ambiental que ele já tenha. Entrar no CAR significa que ele está regularizando a situação ambiental da propriedade dele”, diz.
O CAR, ferramenta do Ministério do Meio Ambiente, é preenchido uma única vez pelos agricultores, que podem acessar novamente o sistema caso haja alguma atualização a ser feita. O registro deve ser feito pela página do sistema na internet – caso o agricultor não tenha acesso, pode preencher de forma offline e salvar as informações no computador, pen drive ou DVD. O produtor deve entrar no link, baixar o programa e seguir as instruções – o próprio sistema fornece as imagens de satélite do imóvel rural.

Ainda de acordo com Pavarino, o Cadastro Ambiental Rural traz informações sobre as áreas de proteção ambiental da propriedade (área de preservação permanente, reserva legal e de uso restrito). Todos os agricultores devem preencher o cadastro, sejam pequenos, médios ou grandes produtores.

“Todos os agricultores devem preencher o CAR, mas os agricultores familiares têm direito a um apoio do poder público para que as propriedades deles sejam inseridas no Cadastro. O MDA está apoiando os agricultores familiares, via Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) ou capacitação, para que os agricultores familiares possam ser inseridos no cadastro”, comenta.

Apoio à agricultura

Para incentivar os agricultores a preencherem o Cadastro, foi criado o Programa de Regularização Ambiental (PRA), que oferece benefícios aos produtores. “Esse Programa só pode ser feito quando o agricultor se cadastrar. Aderindo a esse programa, ele tem alguns benefícios, como ter assistência do poder público, não ser multado em algumas situações e suspender as multas que eventualmente ele tenha”, explica Pavarino.

O MDA disponibilizou um arquivo com o passo a passo para preenchimento do CAR, que pode ser acessado clicando aqui.

As informações são do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

30/04/2015

A Fonterra Co-operative Group Limited reduziu seu preço previsto a ser pago pelo leite para a safra 2014/2015 de NZ$ 4,70 (US$ 3,62) para NZ $4,50 (US$ 3,46) por quilo de sólidos do leite – o equivalente a US$ 0,27 por litro para US$ 0,26 por litro, uma redução de 4,3%. Quando combinado com a faixa estimada de dividendos anunciada anteriormente, de NZ$ 0,20 a 0,30 por ação, o valor do Pagamento Total passa para NZ$ 4,70 a NZ$ 4,80 por quilo de leite (US$ 3,62 a US$ 3,69 por quilo de sólidos ou US$ 0,27 a US$ 0,28 por litro) na atual safra.

O presidente da Fonterra, John Wilson, disse que a redução foi reflexo da volatilidade contínua dos preços internacionais das commodities lácteas, causado pelo excesso de oferta no mercado.

“Nós confiamos nos fundamentos a longo prazo da demanda internacional de leite e derivados, entretanto o mercado ainda não se adaptou e os preços no gDT (plataforma Global Dairy Trade) para produtos que influenciam a nossa previsão de pagamento caíram 23% desde fevereiro. Essa redução irá afetar o fluxo financeiro dos nossos produtores, que precisarão manter-se cuidadosos em seus gastos”.

Gráfico 1. Histórico de preços do gDT

gdt sexta nao pera

“Os produtores já estão com o orçamento apertado. Embora a redução não seja uma notícia agradável, é importante mantê-los atualizados devido às incertezas do mercado atual. Devido a redução da previsão de pagamento pelo leite, nós também estamos abaixando a faixa de pagamento mensal aos fazendeiros. Iremos manter nossos produtores atualizados conforme o decorrer da safra”, concluiu Wilson.

O diretor executivo da Fonterra, Theo Spierings, disse que a falta de acordos geopolíticos em locais como Rússia, Oriente Médio e norte da África impactam a demanda global por lácteos. Segundo Spierings: “Eventos como o deslocamento de refugiados da Líbia para a Europa somados a fatores como a baixa nos preços do petróleo, afetam a demanda global por produtos lácteos”.

A Fonterra também anunciou sua estimativa mais recente para a produção de leite da Nova Zelândia na estação atual: 1,607 milhões de quilos de sólidos. A quantidade é baseada nas recentes condições de produção, mas o valor final dependerá das condições até o final da safra.

As informações são da Fonterra, traduzidas pela Equipe MilkPoint.

30/04/2015

11212294 769663123148112 404225362 nO Workshop “Avaliação de Risco" promovido pela parceria ABLV & G100 sob patrocínio da empresa de embalagens cartonadas SIG Combibloc, foi realizado nessa terça-feira (29/04), em Passo Fundo/ RS . Na oportunidade, os participantes receberam uma cartilha lida e discutida detalhadamente com a ajuda da empresa de consultoria "Gestão Láctea".

O workshop também contou com a palestra do chefe do Laboratório de Qualidade do Leite da Embrapa Gado Leite – CNPGL, Marcelo Bonnet, que fez explicações sobre o leite no estado do Rio Grande do Sul. O diretor executivo do Sindilat, Darlan Palharini, relatou sobre os projetos técnicos voltados para apoiar as empresas e os produtores nas questões de segurança alimentar ao longo da cadeia láctea. Ele detalhou os projetos que se encontram em andamento.

O Workshop “Avaliação de Riscos“ teve a presença de 110 técnicos das empresas e cooperativas dos laticínios do Rio Grande Do Sul e de Santa Catarina. Os técnicos dos laticínios presente são responsáveis sobretudo pela compra e recepção de leite que chegam às indústrias e cooperativas. Outros workshops serão desenvolvidos no interior de São Paulo, Goiânia, Belo Horizonte e Garanhuns (PE). (Terra Viva)

29/04/2014

O desequilíbrio entre exportações e importações de produtos lácteos no primeiro trimestre do ano acendeu o que o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, define como “alerta do setor”, que vai pedir “medidas corretivas” às autoridades.

Será mobilizada a bancada gaúcha para pedir ao governo federal que dificulte a entrada do produto no mercado interno ou busque mais alternativas para vender o excedente no exterior. Levantamento de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior feito pelo Sindilat mostra que, no primeiro trimestre deste ano, o Brasil importou 28,8 milhões de quilos de lácteos, ao custo de 100,5 milhões de dólares, volume e valores superiores aos 22,5 milhões de quilos e 95,5 milhões de dólares do mesmo período de 2014.

Ao mesmo tempo, as exportações foram bem menores e decrescentes, caindo de 21,7 milhões de quilos, com ingresso de 78,7 milhões de dólares, para 13,9 milhões de quilos a 51,8 milhões de dólares. Guerra observa que o Brasil produz mais de 36 bilhões de litros de leite por ano e está no caminho de se tornar autossuficiente e exportador, situação que não combina com os atuais números da balança comercial.

Para o dirigente, essas importações acabam desregulando o mercado interno, tirando a margem da indústria e prejudicando os produtores também. “Entendemos que está entrando mais do que é preciso e tem que haver controle”, ressaltou.

Segundo Guerra, no mercado interno o preço do leite longa vida reagiu e o do leite em pó ainda precisa melhorar. “Entrando produto de fora aumenta a oferta e fica difícil recuperar o preço”, salienta. “Os órgãos brasileiros têm que trabalhar protegendo a cadeia láctea brasileira”, reiterou Guerra. O secretário da Agricultura, Ernani Polo, considera a questão “muito preocupante”, pois entende que ampliar importações no momento em que há crescimento na produção significa dificultar o escoamento do produto em todo o país.

A situação é mais crítica para o Rio Grande do Sul, que envia 60% de sua produção para outros estados e para fora do país. As compras no exterior, mesmo que feitas por outros estados, dificultam a circulação do produto gaúcho. Polo frisa que é preciso conscientizar o governo brasileiro da importância que o setor leiteiro tem na economia do país e da necessidade de reduzir a importação. (Correio do Povo)

volume

Tabela Importação/Exportação 1º Trimestre 2014/2015 em Volume (litro):

volume dois

Dias de produção do RS correspondente à diferença exportação/importação:

volume tres

Dados: MDIC

29/04/2015

leiteee2Ferramenta de planejamento vai ajudar pequenos produtores a melhorarem a gestão da produção de leite Ribeirão Preto/SP Mais uma vez o Sebrae estará presente na Agrishow – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola, que será realizada em Ribeirão Preto/SP, este ano entre 27 de abril a 01 de maio. Desta vez, a instituição vai lançar o Planeja Leite, uma ferramenta de gestão da produção leiteira que será oferecida a pequenos produtores rurais.

Composto por um painel visual, por uma oficina presencial de quatro horas e uma consultoria de duas horas, o Planeja Leite vai ajudar os produtores a se planejarem e fazerem a gestão da produção leiteira. O lançamento oficial da ferramenta será na quarta-feira, 29 de maio, 14h, no estande do Sebrae¬ com a participação do presidente da instituição, Paulo Skaf.

O painel visual aborda nove temas: expectativa do produtor com relação ao faturamento, composição do rebanho, questões referentes à área de pastagem do gado e da recria no verão e no inverno, além de relacionar as áreas necessárias para pastagem e as de lavoura para alimentação dos animais; quais os resultados a serem alcançados, as lições aprendidas e próximos passos. É um quadro completo e didático que o produtor preenche com papéis adesivos.

A oficina presencial explica como funciona o quadro e como deverá ser preenchido. Aborda essencialmente a importância do planejamento contínuo e que esteja de acordo com as expectativas do produtor. Permitirá a análise dos resultados, das necessidades e ajustes que devem ser realizados para a manutenção e crescimento da produção leiteira. Já a consultoria, deverá ser realizada após a oficina.

Com o quadro preenchido, ele será reajustado com a ajuda de um consultor para que esteja de acordo com a capacidade produtiva de cada propriedade. “No Produza Leite são tratados também itens zootécnicos a partir de uma meta financeira estimada, porém factível para se alcançar, com auxílio de outras ferramentas do portfólio, além de dar margem para avaliar o impacto das novas tecnologias na produção”, explica Bruno Caetano, superintendente do Sebrae.

Depois de apresentado na Agrishow, o Planeja Leite estará disponível nos escritórios regionais do Sebrae¬ espalhados em todo estado de São Paulo. Informações pelo 0800 570 0800. (Terra Viva)

29/04/2015

070621142235341Ao buscar alternativas para diversificar a produção na propriedade da família, o produtor Hélio da Rosa optou pela produção leiteira. Para tanto, o agricultor buscou o auxílio da Emater/RS¬Ascar com a intenção de investir na produção de leite a base de pasto.
A família, residente na localidade de Rincão dos Corrêas, interior do município de Estrela Velha, sempre teve no tabaco a principal fonte de renda e buscando a diversificação, destinou 5,5 hectares da propriedade rural para o cultivo de pastagem para os animais, utilizando o sistema voisin. A família possui atualmente 12 vacas em lactação e espera aumentar o rebanho para 16 com as novilhas que estão em época para parir.

A propriedade rural da família possui uma área total de 31,6 hectares, em que são produzidos, além do fumo, feijão, soja, milho em grão e, para a pastagem, milheto, aveia e sorgo.

O técnico em agropecuária da Emater/RS¬Ascar, Fernando Redin, expõe que a família e os extensionistas têm realizado atividades na propriedade com o objetivo de aumentar a área destinada à pastagem e futuramente implantar um sistema de irrigação para garantir a qualidade do pasto durante todo o ano. "O agricultor nos relata que além de ser um alimento para a família, o dinheiro arrecadado com a comercialização do leite garante a compra de outros alimentos necessários para o sustento da família, sem depender do dinheiro das culturais anuais para isso", relata o extensionista.

Ainda segundo o extensionista, no município existe atualmente uma associação de produtores de leite que conta com 110 integrantes, e a produção supera os 400 mil litros por mês. "O leite além de ser alimento é uma ótima fonte de renda para os agricultores e a atividade não requer tanto o uso de agrotóxicos, como as outras culturas anuais", finaliza Redin. (Emater)

3ºanoCom o objetivo de discutir o tema Sucessão da Propriedade Rural, a Emater, em parceria com a Embrapa Pecuária Sul e a prefeitura, realizou uma palestra recente para jovens provenientes do meio rural. O evento aconteceu durante a Mostra Agropecuária, que comemora os 15 anos de emancipação do município.

Para iniciar a atividade, o sociólogo da Embrapa Pecuária Sul, Jorge Sant'Anna, falou sobre os aspectos que envolvem a decisão do jovem permanecer na atividade rural, ou ir buscar outras experiências no meio urbano. Para Sant'Anna, muitos fatores podem contribuir para que o jovem continue no meio rural. Ele acredita que melhorar as condições de renda e trabalho, através de ciência e tecnologia, é um ponto que deve ajudar. "O meio rural não precisa ser atrasado, explorador e precário", diz. Segundo ele, outra questão que deve ser pensada pelo governo é o desenvolvimento de políticas públicas que auxiliem na conquista de crédito, acesso à comunicação, como internet e telefonia móvel de qualidade. "É preciso haver uma mudança de mentalidade.

A sucessão rural, muitas vezes, envolve pensar na morte de um ente querido, e isso acaba sendo um tabu. Também acaba mexendo com o poder paternal, pois para ela transcorrer com naturalidade é preciso que o chefe da família perca seu poder ou pelo menos passe a dividi-lo com o mais jovem", explica o sociólogo. De acordo com Sant'Anna, a propriedade rural precisa começar a ser vista como uma empresa familiar. "Começar a enxergar a produção rural através da perspectiva moderna da teoria da administração pode fazer com que a sucessão seja um assunto debatido com mais facilidade", conclui ele.

Após a palestra do sociólogo, o público foi divido em dois grupos para realizar uma técnica de representação teatral. Um deles desenvolveu uma situação em que um dos filhos da família deveria ter o desejo de permanecer na propriedade. No outro, os jovens possuíam o desejo de partir para o meio urbano. Nas duas situações os participantes apresentaram os motivos para cada uma daquelas escolhas serem feitas, através de diálogos teatrais. Atividade terminou com uma mesa redonda sobre o tema, onde o público presente expôs suas histórias e discutiu sobre os fatores expostos.

Para a extensionista de bem-estar social da Emater, Luana Alves, a discussão do tema é importante. De acordo com ela a constante evasão rural desperta a preocupação com o futuro da produção de alimentos. (Jornal do Comércio)

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, participou nesta terça-feira (28/4) do workshop ABLV&G100 sobre avaliações de risco, na Universidade de Passo Fundo. Acompanharam o dirigente o secretário executivo, Darlan Palharini, e a consultora de Qualidade do sindicato, Letícia Vieira Cappiello.

 

11198763 768583689922722 297096643 n

Guerra elogiou a iniciativa por abordar a qualidade do leite, um assunto de interesse da cadeia produtiva que tem como destinatário final os consumidores. No evento, ele comentou sobre os vários projetos em que o Sindilat está envolvido em busca da qualidade constante do leite.

Entre os projetos estão os que visam a utilização de equipamentos eletrônicos na coleta e medição de vazão do leite. A Cooperativa Santa Clara e a CCGL relataram suas experiências em relação a essa tecnologia.

11125493 768583829922708 1778895103 n

O presidente, que destacou a agenda positiva do setor lácteo, lembrou que o Mapa tem dado destaque ao leite do Rio Grande do Sul, tido como o mais controlado e monitorado do país, e por isso mesmo apontado como de qualidade superior. O workshop lançou, como disseram os organizadores, "um olhar rigoroso sobre a origem, coleta, análise e seleção da matéria-prima desde a fonte até a plataforma da indústria". O evento encerrou-se no início da noite. (ComEfeito Comunicação Estratégia)

27/04/2015

68Discutir o diagnóstico de brucelose animal e conhecer as políticas atuais sobre a doença são os objetivos do encontro sobre brucelose animal programado para o próximo dia 30 de abril. O evento é uma promoção do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com apoio da Supervisão Regional de Santa Maria do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) da Secretaria da Agricultura e Pecuária.

A programação inicia às 8h da manhã da próxima quinta-feira e prossegue durante todo o dia, no auditório Audimax, na UFSM. O professor da UFSM, Geder Paulo Herrmann, abre as palestras apresentando O Projeto de Diagnóstico de Brucelose Animal. A palestra sobre desempenho de teste de brucelose será apresentada pela médica veterinária Alessandra Lopes Goelzer, e o representante da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO), Edemundo Gressler, irá encerrar as atividades da manhã falando sobre a percepção do Programa Estadual de Sanidade Ovina (PROESO) pelos criadores.

Pela parte da tarde, os fiscais agropecuários da SAP, Ivo Kohek Júnior e Gisane Lanes de Almeida, irão falar sobre epididimite ovina, PROESO e sobre ações de controle da tuberculose e brucelose no Estado. O médico veterinário Rafael Martins, representante do Ministério da Agricultura, irá encerrar os debates com uma palestra sobre a situação do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT) e sobre brucelose ovina.

O público alvo do evento, que terá uma carga horária de oito horas, são médicos veterinários, secretários de agricultura dos municípios do Corede Central e alunos do curso de medicina veterinária. (Assessoria de imprensa da Secretaria da Agricultura e Pecuária/ DDA / Região Central)

27/04/2015

68O aprendizado associado a momentos de lazer e divertimento é o diferencial proposto pelo segmento de turismo pedagógico, que tem crescido no mercado brasileiro focado no desenvolvimento de novas empresas no trade. Projetos como o implementado pela Fundação Turística de Joinville, ligada à prefeitura do município catarinense, oferecem a crianças e adolescentes a oportunidade de vivências diversas no campo, enquanto abrem as portas para uma fonte de renda extra entre os agricultores, fomentando também o destino, que é mais conhecido nacionalmente por sua atividade industrial.

“Há muito tempo que viver só do plantio já não é suficiente para sustentar toda a família”, explica o turismólogo Henrique Menestrina, filho de arrozeiros que, junto com o pai, José Menestrina, cumpre a rotina de receber grupos de escolas e da terceira idade, entre outros, em visita à propriedade rural. Ele admite que investir nesta atividade foi a forma encontrada pela família para permanecer no campo. “Hoje em dia, este é nosso principal negócio. Iniciamos no segmento de turismo rural há mais de uma década, mas o movimento começou a ficar forte somente há cinco anos.” A virada que garantiu o da empreitada está vinculada ao projeto Viva Ciranda, criado pela Fundação Turística de Joinville em 2010. A iniciativa do poder público literalmente transformou 14 propriedades da área rural do município em salas de aula ao ar livre.

Ali, alunos de escolas públicas de ensino Fundamental e Médio aprendem a manter contato com a natureza e a respeitar o meio ambiente e os animais. Os atrativos do projeto incluem cenários que vão desde quedas d’água cercadas por orquídeas e pássaros em meio à Mata Atlântica, passando por riachos, mirante para a Serra do Mar, montanhas, cachoeiras e vastos arrozais.

 

5

No caminho, as crianças estudam sobre hortas orgânicas e interagem com diversos tipos de flores e animais, cruzando trilhas ecológicas e consumindo produtos caseiros e café colonial. Abordados previamente na escola, os temas de aprendizado dos passeios incluem ainda o estudo de pequenos bichos, aves exóticas, abelhas e mel, ervas medicinais, águas e nascentes, e tratamento ecológico de esgoto. Depois da visita às propriedades rurais, estes assuntos são novamente desenvolvidos pelos professores, desta vez de forma mais aprofundada, com direito a testes e provas para avaliar o aproveitamento da atividade entre os alunos. A pedagoga e coordenadora do Viva Ciranda, Anelise Falk, conta que, em 2011, a Fundação Turística de Joinville recebeu incentivo de R$ 130 mil do Ministério do Turismo para a viabilização e desenvolvimento do projeto.

Com este dinheiro, foi possível produzir material de divulgação e pedagógico, além de capacitar os produtores, que viajaram para a França e acompanharam, por 10 dias, o modelo de trabalho com turismo pedagógico entre os agricultores locais e estudantes
franceses. “O programa em Joinville foi muito bem estruturado, tanto que disponibiliza até jogos lúdicos sobre todos os temas desenvolvidos nos passeios, evitando o cancelamento de visitas em dias de chuva, quando não é possível desbravar as propriedades”, comenta Anelise.

Somente no ano passado, cerca de 25 mil visitantes passaram pelas 14 propriedades rurais parceiras do projeto Viva Ciranda, sendo que 70% deste público foi de estudantes de diversos níveis, desde o jardim de infância até a universidade. “Deu tão certo que já recebemos inclusive visitas técnicas de secretarias de Turismo de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e de estados da região Norte, que vieram conhecer nosso trabalho para reproduzir o modelo”, comemora a coordenadora do Viva Ciranda.

“É bom para a economia da cidade, e também vira uma outra fonte de renda para quem depende da atividade agrícola”, avalia Anelise. As taxas por pessoa são acessíveis: R$ 8,00 sem lanche, e em torno de R$ 20,00 com refeição inclusa. Todas as visitas são feitas através de agendamento, para que os agricultores possam planejar a apresentação e atividades de acordo com a série escolar demandada. No caso de escolas públicas, o projeto disponibiliza transporte gratuito, em ônibus próprio. (Jornal do Comércio)