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Na noite desta quinta-feira (18/07), o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Guilherme Portella, assumiu como diretor da nova comissão que irá presidir a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).

Na noite desta quinta-feira (18/07), o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Guilherme Portella, assumiu como diretor da nova comissão que irá presidir a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). Alexandre Guerra, atual primeiro vice-presidente do sindicato, será um dos vice-presidentes do Centro das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Ciergs). A presidência caberá a Claudio Affonso Amoretti Bier, no período de 2024 a 2027, tanto da Fiergs quanto do Ciergs.

Representando o setor industrial leiteiro, Portella indica que a tarefa no grupo será atuar para a promoção do desenvolvimento do Estado no período pós-tragédia climática. “O nosso setor do leite é presente em 493 municípios do Rio Grande do Sul. Nossa experiência e capilaridade certamente ajudarão no desenvolvimento de estratégias de impacto para consolidar um novo ciclo de crescimento que assegure a manutenção do setor industrial, em todos seus segmentos, com seus empregos e geração de renda. Apenas assim nosso estado poderá se recuperar logo, evitando maiores perdas nos negócios e na arrecadação de impostos, que garantem novos investimentos em infraestrutura, educação e desenvolvimento”, assinala o presidente do Sindilat.

Com experiência em gestões anteriores, Guerra lembra que Fiergs e Ciergs sempre atuaram na defesa dos interesses dos setores industriais gaúchos e o momento exige que este protagonismo se acentue. “Na diretoria anterior, coordenei o Conagro no qual o Sindilat também atua, e abrimos diversas frentes de trabalho que precisamos continuar. São projetos ligados à irrigação, à logística com Ferroeste, além do Observatório das Indústrias, com a coleta de dados para planejamento e tomada de decisões. Os desafios são enormes. Com muito trabalho, ao lado do presidente Bier e da nova diretoria, queremos mais uma vez demonstrar a força e a importância das entidades no desenvolvimento das nossas indústrias e do nosso Estado”, aponta.

 

Crédito da foto: Dani Barcelos

Emater/RS: Informativo Conjuntural 1824 de 18 de julho de 2024  | PREVISÃO METEOROLÓGICA - 18 a 24 de Julho  |  MP vai anistiar quem perdeu tudo

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Já estão definidos os 18 jurados que terão a missão de avaliar as propriedades inscritas no 3º Prêmio Referência Leiteira. Ao todo, na categoria de Cases de Sucesso concorre 22 iniciativas em seis categorias: Inovação (2), Sustentabilidade Ambiental (4), Bem-estar Animal (2), Protagonismo Feminino (5), Sucessão Familiar (5) e Gestão da Atividade Leiteira (4).

Entre os critérios que os jurados vão analisar para determinar as iniciativas vencedoras, estão a abrangência e relevância da ação, o grau de consolidação da experiência e a replicabilidade, e a possibilidade de a solução ser adotada por outras propriedades. O primeiro encontro do grupo de avaliação aconteceu nesta sexta-feira (12/07), em formato virtual.

Os jurados foram divididos em quatro grupos. O Grupo 1 avaliará as categorias Inovação e Gestão da Atividade Leiteira e é composto por Carlos Alberto Machado, coordenador da Comissão das Indústrias de Equipamentos para a Pecuária de Leite (Ciepel) do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers); Sandro Fávero, jornalista, apresentador e editor de Agro da Rádio Guaíba, Carlos Magno, médico veterinário da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR); Alberi Noronha, analista da Embrapa; e Letícia Vieira, médica veterinária e consultora da área da qualidade do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat/RS).

Os avaliadores do Grupo 2 das categorias Sustentabilidade e Bem-Estar Animal são Jackson Brilhante, pesquisador do Laboratório de Microbiologia Agrícola da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi); Ana Esteves, médica veterinária e jornalista de agronegócio do Jornal do Comércio; Emerson Pereira, secretário de Desenvolvimento Rural de Ijuí; Rogério Dereti, analista da área de pesquisa e transferência de tecnologia em leite da Embrapa; e por Marcelo Camardelli, secretário adjunto da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA).

A categoria Protagonismo Feminino, Grupo 3, terá como juradas Denize da Rosa, professora de Medicina Veterinária da Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS; Saionara Araújo Wagner, professora pesquisadora da faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Gisele Loeblein, jornalista e colunista de agronegócio na Zero Hora; e Aline Balbinoto, analista de Competitividade Setorial do Sebrae/RS.

Por fim, no Grupo 4, que avaliará as iniciativas em Sucessão Familiar, estão os jurados Andreia Meira, agente técnica da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri/SC); Jonas Wesz, engenheiro-agrônomo da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR); Sergio Bender Supervisor da Embrapa; e Nereida Vergara, jornalista e editora de rural do Correio do Povo.

O resultado dos vencedores será divulgado durante a Expointer 2024 e os ganhadores receberão notebook, certificado e troféu. A premiação é realizada pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), juntamente com a EMATER/RS e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR).

Foto: Fernando Kluwe Dias

Para acompanhar a discussão por especialistas dos temas predominantes na atualidade do mercado brasileiro de lácteos, os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) contam com 10% de desconto na inscrição para o Fórum MilkPoint Mercado. Para se inscrever, acesse: https://register.jalanlive.com/forummercado2024?ticket=cpDn.

Programada para o dia 13 de agosto, a atividade antecede o Interleite Brasil 2024, e será realizada no formato híbrido. A parte presencial acontece na cidade de Goiânia (GO), com transmissão ao vivo.

A programação está distribuída em três blocos principais: Os cenários de mercado; As novas fronteiras de mercado: o Nordeste brasileiro; e Investimentos e financiamento da cadeia láctea brasileira. O cronograma completo pode ser conferido abaixo e no site: https://www.forummilkpointmercado.com.br.

Programação:

Bloco 1 – Os cenários de mercado
09:00 às 09:20 - Cenários para o mercado de grãos - milho e soja
Leonardo Machado, IFAG

09:20 às 09:40 - Como estará a economia brasileira até dezembro e em 2025?
Luis Otávio Leal, Economista-chefe e sócio da G5 Partners

09:40 às 10:00 - Como anda a rentabilidade da produção de leite em Goiás?
Gustavo Lourenzo, Supervisor de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), Senar Goiás

10:00 às 10:10 - Espaço Patrocinador

10:10 às 10:40 - Perguntas e Debate
Leonardo Machado, Assessor Técnico Agricultura, FAEG
Luis Otávio Leal, Economista-chefe e sócio da G5 Partners
Gustavo de Lourenzo, Supervisor de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), Senar Goiás

10:40 às 11:10 - Milk Break

11:10 às 11:30 - Quais as perspectivas de oferta e exportação de leite do Uruguai e da Argentina no restante de 2024?
Vitor Augusto Vieira, Commodity Trader na Interfood Group

11:30 às 11:50 -Demanda de lácteos: como caminhou em 2024 até aqui e o que deve acontecer até o final do ano?
Thais Lordelo Castro, Gerente de Inteligência de Mercado na Scanntech

11:50 às 12:10 - Qual será o cenário de mercado até o final de 2024 e quais as primeiras impressões sobre 2025?
Matheus Napolitano, Analista de Mercado na MilkPoint Ventures

12:10 às 12:40 - Perguntas e Debate
Vitor Augusto Vieira, Commodity Trader na Interfood Group
Thais Lordelo Castro, Gerente de Inteligência de Mercado na Scanntech
Matheus Napolitano, Analista de Mercado na MilkPoint Ventures

12:40 às 14:00 - Almoço

Bloco 2 – As novas fronteiras de mercado: o Nordeste brasileiro

14:00 às 14:30 - Os recentes números de crescimento da produção e consumo no Nordeste
Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios na MilkPoint Ventures

14:30 às 15:15 - Mesa redonda: para onde caminha o mercado lácteo no Nordeste?
Bruno Girão, CEO da Alvoar
Cláudio Rezende, CEO da Damare Alimentos
Arthur Vasconcellos, CEO Ducamp e Presidente do Sileal (Sindicato das Indústrias de Laticinios do estado de Alagoas)

15:15 às 15:45 - Perguntas e Debate
Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios na MilkPoint Ventures
Bruno Girão, CEO da Alvoar
Cláudio Rezende, CEO da Damare Alimentos
Arthur Vasconcellos, CEO Ducamp e Presidente do Sileal (Sindicato das Indústrias de Laticinios do estado de Alagoas)

15:45 às 16:15 - Milk Break

Bloco 3 – Investimentos e financiamento da cadeia láctea brasileira

16:20 às 16:40 - Novas ferramentas para investimento da produção de leite e o caso da Leitíssimo
Octaciano Neto, Diretor de Agronegócio da Suno

16:40 às 17:00 - Espaço Patrocinador

17:00 às 17:40 - Mesa redonda: principais demandas de financiamento do leite brasileiro e como fazer este sistema acontecer?
Danilo Rezende, Fazenda Céu Azul
Craig Bell, Leite Verde/Leitíssimo
Ananias Jayme, Citale

17:40 às 18:10 - Perguntas e Debate

18:10 às 18:20 - Encerramento

Com o fim do período de inscrições, o 3º Prêmio Referência Leiteira consolidou 72 inscrições. Na disputa de Propriedade Referência em Produção de Leite, foram 50 iniciativas inscritas. Já na categoria Cases de Sucesso, são 22 propriedades em seis categorias: Inovação (2), Sustentabilidade Ambiental (4), Bem-estar Animal (2), Protagonismo Feminino (5) , Sucessão Familiar (5) e Gestão da Atividade Leiteira (4).

Conforme o coordenador do Prêmio Referência Leiteira, Jaime Eduardo Ries, da Emater/RS, o próximo passo será a reunião que vai definir a Comissão Julgadora da etapa de Cases. “Entre os critérios que serão analisados, estão a abrangência e relevância da ação, o grau de consolidação da experiência e a replicabilidade, e a possibilidade de a solução ser adotada por outras propriedades”, indica. Já em Propriedade Referência em Produção de Leite (sistemas à base de pasto, semiconfinamento ou confinamento) foram avaliados ao longo do ano itens como: produtividade por hectare (litros/hectare/ano); produtividade por pessoa (litros/pessoa/ano); qualidade do leite, com bonificação para propriedades certificadas livres de tuberculose e brucelose.

Apesar da tragédia climática e suas consequências no campo, a premiação foi mantida visando fortalecer a produção leiteira gaúcha. “O processo de recuperação do Rio Grande do Sul inclui a propagação de iniciativas que façam a diferença na produção, e esta é a missão do Referência Leiteira”, aponta o vice-coordenador da premiação, Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS.

O resultado dos vencedores será divulgado durante a Expointer 2024. A premiação é realizada pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), juntamente com a Emater/RS e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR).

Foto: Fernando Kluwe Dias

Durante reunião virtual do Conseleite, realizada nesta terça-feira (25/06), foi divulgado o valor de R$ 2,5670 como referência projetada para o leite em junho no Rio Grande do Sul. A estimativa é elaborada pela UPF tendo como base dados fornecidos pelas indústrias considerando a movimentação dos primeiros 20 dias do mês.

O coordenador do Conseleite, Allan André Tormen, lembra que tradicionalmente, no início do inverno há uma oferta maior de leite. “Historicamente, ao contrário do Centro-Oeste e Sudeste do país, nossa safra é no inverno. Nesta época, teríamos que estar a pleno vapor com as forrageiras estabelecidas no campo, que estão atrasadas por causa do clima”, indica, ao informar que o Conseleite está acompanhando o ciclo para, ao final, avaliar perdas na produção. A próxima reunião do está marcada para o dia 30/07, no formato online.

Foto: Reprodução

As propriedades leiteiras gaúchas têm até o domingo (30/06) para remeterem a documentação e garantirem participação no 3º Prêmio Referência Leiteira, categoria Cases. A iniciativa teve o prazo estendido após a tragédia climática e foi mantida com o objetivo de fortalecer a produção leiteira gaúcha. 

O regulamento e a ficha de inscrição podem ser retiradas nos escritórios municipais da Emater/RS ou acessadas pelo link . A premiação é realizada pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), juntamente com a Emater/RS e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR).

Cada propriedade pode se inscrever em apenas uma das seis categorias: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira. É preciso fazer o envio das informações, em remessa única, por correio eletrônico, à Emater/RS (jries@emater.tche.br) e ao Sindilat (sindilat@sindilat.com.br). 

Podem se inscrever as propriedades estabelecidas no Rio Grande do Sul, que comercializem leite cru in natura para indústria ou que processem o leite em agroindústria própria. “Vamos valorizar e fomentar quem produz, ajudando na divulgação das melhores práticas e na propagação de ações inspiradoras na produção, principalmente neste momento de recuperação em que precisamos estar unidos”, reforça o presidente da comissão do Prêmio Referência Leiteira, Jaime Eduardo Ries, da Emater/RS. 

Vice-coordenador da premiação, Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS, informa que o resultado será divulgado durante a Expointer 2024. “A feira está confirmada e vai acontecer de 24 de agosto a 1º de setembro”, destaca.

 

Para enfrentar os impactos após as fortes chuvas e enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul, a indústria leiteira gaúcha e produtores de leite poderão contar com uma série de medidas de socorro. Confirmadas por representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), à diretoria do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). 

Segundo o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, as políticas de crédito devem amenizar a situação principalmente das indústrias e produtores que estão localizadas no Vale do Taquari e que concentram cerca de 10% da produção gaúcha. “Esta região foi a que sofreu com queda na captação e degradação das pastagens e ainda enfrenta problemas de logística para circular com matéria-prima e fazer o transporte de produtos acabados, principalmente em direção à Região Metropolitana”, destaca. 

Matheus Gomes Chaguri, do Departamento de Clientes e Relacionamento Institucional do BNDES, explica que o conjunto de medidas podem gerar um impacto de R$ 20 bilhões, atendem a diversos setores dentre eles a indústria leiteira, produtores e cooperativas nas cidades atingidas pelas inundações em situação de emergência ou estado de calamidade. “Essas iniciativas representam um esforço conjunto para restaurar a estabilidade econômica, proporcionando suporte financeiro essencial para a recuperação das comunidades afetadas”, assinala.

As medidas são operacionalizadas por empresas de todos os portes, exceto o FGI PEAC Crédito Solidário RS, que é destinado exclusivamente para micro, pequenas e médias empresas.  Para maiores informações sobre as ações adotadas pelo BNDES no âmbito das medidas emergenciais do Rio Grande do Sul, acesse o site: https://www.bndes.gov.br/emergenciaisrs

Conheça as medidas: 

  • FGI PEAC Crédito Solidário RS: solução de garantia com potencial de viabilizar R$ 5 bilhões em operações de crédito, por meio de garantias a operações de crédito com micro, pequenas e médias (MPMEs) com Bancos Parceiros. A medida já está em operação. 
  • Programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul: solução de crédito destinada ao financiamento de máquinas e equipamentos, projetos de investimento e reconstrução e capital de giro. Serão disponibilizados R$ 15 bilhões para os clientes que declararam ter sofrido perdas e danos e/ou consequências sociais e econômicas em decorrência dos eventos climáticos extremos relacionados ao decreto de calamidade. A expectativa é que a partir do próximo dia 21 de junho, os recursos estejam disponíveis para os clientes que já tiveram o seu crédito aprovado nas instituições parceiras.

 De forma complementar, o BNDES aprovou refinanciamentos, como BNDES Refin e Refin Agro, que se encontram em operação. Tais medidas irão gerar um alívio financeiro de R$ 6,9 bilhões em prestações, que poderão ser suspensas, de uma carteira de crédito total de R$ 48,1 bilhões. 

  • BNDES Refin: suspensão completa de prestações vencidas ou a vencer, por até 12 meses (standstill), além da possibilidade de ampliar o prazo total do contrato por até 12 meses, de financiamentos contratados com o BNDES. A data limite para protocolo do pleito pelo cliente será até 31.10.2024. 
  • Refin Agro Sul: permite a suspensão, até 15/08/2024, do vencimento das prestações de operações contratadas por meio de Programas Agropecuários do Governo Federal.


Foto: Carolina Jardine 
Com informações de BNDES

O Ministério da Agricultura (Mapa) autorizou o uso dos recursos destinados ao Programa Mais Leite Saudável para apoio e reconstrução das bacias leiteiras no Rio Grande do Sul. A medida foi oficializada por meio da portaria nº 687, na segunda-feira (10/06), e prevê possibilidade de destino das verbas do programa para projetos de recuperação liderados por indústrias e cooperativas com operação no Rio Grande do Sul. A decisão do Ministério da Agricultura ocorre em caráter excepcional devido ao reconhecimento do estado de calamidade pública após as enchentes que atingiram diversos municípios gaúchos.

O anúncio atende a pedido liderado pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), com apoio da Ocergs, Fecoagro e Apil ao governo federal, tendo em vista as inúmeras dificuldades que atravessa o setor produtivo do leite. O setor aguarda, para as próximas semanas, a complementação do pacote de apoio ao Rio Grande do Sul, com aumento percentual dos créditos presumidos via Mais Leite Saudável. “Nossa ideia é elevar em oito vezes o recurso aplicado aos produtores via Programa Mais Leite Saudável para recuperação de todos aqueles que foram atingidos em regiões de calamidade ou emergência. Isso extrapola questões de mercado, é uma obrigação social da cadeia produtiva e do governo”, disse o presidente do Sindilat, Guilherme Portella, que esteve em Brasília na última semana defendendo a adoção de políticas de fomento ao leite. “Nos últimos anos, o Mais Leite Saudável oportunizou avanços consistentes na gestão das propriedades rurais por meio de programas desenvolvidos pelos laticínios. Ampliar sua força agora é essencial para recuperação da produção gaúcha”, disse.

Crédito: Carolina Jardine

 

Com a redução do nível das águas no Vale do Taquari e em diversas regiões do Rio Grande do Sul, a captação de leite vem sendo retomada. Nesta terça-feira (7/5), diversas propriedades voltaram a ser acessadas pelos caminhões de leite das indústrias e a coleta tende a aumentar nos próximos dias. Segundo o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, é importante informar à população que não faltará leite no varejo nem para o abastecimento das vítimas. Diversas indústrias associadas ao Sindilat estão, inclusive, dando início a campanhas de arrecadação de recursos, entrega de donativos, materiais de higiene e água aos desabrigados.

Com a alta precipitação do final de semana, o sistema de coleta teve maior prejuízo no domingo (5/5) devido à interrupção de estradas, morte de animais e alagamento de propriedades rurais. Segundo levantamento do Sindilat, cerca de 3 milhões de litros deixaram de ser coletados até o domingo no Rio Grande do Sul. Na segunda-feira (6/5), a situação já começou a ser restabelecida muito em função do apoio entre indústrias. “As empresas estão se ajudando, captando leite de todos os produtores possíveis, daqueles que são seus fornecedores e os que não são também. É a forma que encontramos de garantir renda para essas famílias e não prejudicar ainda mais o abastecimento”, comenta.

Segundo o presidente do Sindilat, Guilherme Portella, a situação é crítica. “Mais importante nesse momento é preservar vidas e apoiar as famílias atingidas”, frisou, lembrando que o setor lácteo é um dos mais ramificados da economia gaúcha com atuação em 493 dos 497 municípios gaúchos. “Estamos preparados para dar aos produtores o suporte necessário para a reconstrução do Rio Grande do Sul. Se agora estamos em dificuldade devido à ramificação de nossa captação também será ela que irá nos permitir fomentar uma retomada pulverizada do nosso Estado”, destacou Portella.

Na indústria, registram-se impactos de abastecimento. Já há falta de produtos como embalagens, itens de limpeza e químicos, uma vez que esses produtos vêm de outras regiões do Brasil e estão retidos nas estradas sem acesso ao Rio Grande do Sul.

Crédito da foto: Jefferson Botega / Agencia RBS