A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 8194/14, do Senado, que torna obrigatória a indicação do teor de lactose nas embalagens de leite e de todos os produtos que contenham a substância. A forma como a informação será impressa deverá ser definida por regulamento, diz o texto. O projeto modifica o Decreto¬Lei nº 986/69, que institui normas básicas sobre alimentos. Segundo o autor, senador Paulo Bauer (PSDB¬SC), a medida vai proteger as pessoas com intolerância à lactose – incapacidade de digerir completamente o açúcar predominante no leite, devido à ausência ou insuficiência de uma enzima chamada lactase no corpo. Como consequência, a substância chega ao intestino grosso inalterada, provocando retenção de água, diarreias e cólicas. “A intolerância à lactose afeta, no mínimo, 50% da população brasileira. Portanto, o conhecimento do teor de lactose presente nos alimentos é uma condição essencial para essas pessoas administrarem seu consumo diário de cálcio e de vitamina D”, argumenta. Intolerante à lactose, o músico Renato Mendes conta que a única forma de evitar o consumo da substância é ler o rótulo dos produtos em detalhe. Para ele, divulgar a informação em local visível na embalagem, vai facilitar a vida de pessoas como ele. "As pessoas nem sempre fazem o que eu faço, que é olhar atrás no produto, ver a quantidade de leite, se dá para ingerir ou não, aí acaba consumindo mais do que o corpo aguenta. Tendo aviso na embalagem, poderia ser evitado", diz. Tramitação O projeto está pronto para ser analisado pelo Plenário da Câmara dos Deputados.
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Parque Assis Brasil: Governo busca ajuda privada
O secretário da Agricultura, Ernani Polo, adiantou ontem que a intenção do Estado é recuperar as estruturas do Parque de Exposições Assis Brasil, danificadas por um temporal em dezembro, por meio de parceria com empresas e entidades de representação agrícola. A abertura de negociação, segundo ele, deverá ocorrer tão logo chegue o laudo técnico da Secretaria de Obras com as estimativas de custo. O motivo alegado foi a situação financeira do Estado. “Como se dará essa parceria ainda temos de ver. A ideia é reunir o Conselho do parque, em conjunto com o governo e, a partir daí, encontrarmos uma alternativa boa para todos”, afirmou, observando que as entidades também têm interesse no conserto dos pavilhões. Pelas palavras de Polo, a recuperação deverá contar com uma participação mínima do caixa público. “Pode ser que alguma parte dos trabalhos fique por conta do Estado e então será necessário abrir processo licitatório”, admitiu o secretário. “Seja como for, é certo que o parque estará pronto e em condições até o início da próxima Expointer”, previu, referindo-se a uma das maiores exposições agropecuárias da América Latina, marcada para o período de 29 de agosto a 6 de setembro. (Correio do Povo)
Maior parceira do Brasil, China reduz importação
Principal parceira comercial do Brasil, a China diminuiu em 19,9% as suas importações em janeiro, refletindo a queda nos preços de matérias ¬primas como o minério de ferro e a desaceleração da economia do gigante asiático. O Brasil foi o terceiro país mais "castigado" entre os principais parceiros comerciais chineses, com queda de 39,8% nas vendas, resultado que só não foi pior que os de Indonésia (54,8%) e África do Sul (contração de 42%). Esse movimento de queda das commodities já fez o Brasil perder em 2014 o posto de nono maior parceiro comercial chinês. (Terra Viva)
Máquinas
As vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias das montadoras para as revendas totalizaram 3.245 unidades no país em janeiro, queda de 21,6% em comparação a dezembro de 2014 e recuo de 13,9% sobre o mesmo mês de 2014, segundo dados divulgados ontem pela Anfavea. Conforme a entidade, foi o pior desempenho em um mês de janeiro desde 2009. (Valor Econômico)
Chuvas regulares até março ajudam agricultura do país, mas não aliviam reservatórios
O bloqueio atmosférico que impedia a formação de chuvas mais frequentes e prolongadas durante o verão no Sudeste, Centro¬Oeste e Nordeste do Brasil já não existe mais, e essas regiões com lavouras e reservatórios assolados pela seca ao longo de 2014 e em janeiro deverão ser beneficiadas por precipitações normais em fevereiro e março. Na avaliação do meteorologista Marco Antônio dos Santos, da Somar, essas chuvas vão beneficiar a agricultura, estancando, mas não revertendo, perdas nas safras atingidas pelas altas temperaturas e baixa umidade. No entanto, no caso dos reservatórios, as precipitações apenas serão suficientes para elevar um pouco o nível, sem afastar riscos de racionamento, de água ou energia hidrelétrica. "Daqui por diante (sem os bloqueios de massas de ar quente), as frentes frias vão conseguir avançar com mais facilidade provocando chuvas mais regulares", afirmou Santos, nesta quintafeira. Segundo ele, as áreas de café, cana¬de¬açúcar e grãos, importantes culturas de um dos maiores produtores globais de alimentos, serão beneficiadas por chuvas "bem regulares" no mês de fevereiro. "E assim vai, e provavelmente o mês de março também será assim, com chuvas dentro da média... No mínimo, chuvas dentro da média, algumas localidades podem ter mais." Para o agrometeorologista, o céu somente está aberto atualmente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e extremo sul de Mato Grosso do Sul, que em geral receberam mais chuvas no período seco das regiões Sudeste, central e Nordeste do país. "Essas regiões ao sul podem ter um período um pouquinho mais seco agora, mas não teremos ausência de chuvas...", disse ele, explicando que antes toda umidade da Amazônia estava direcionada para o Sul, e, agora, com o fim do bloqueio atmosférico, essa umidade passou para a região central, como normalmente acontece no verão. Produtores de soja, milho, cana e café já relataram perdas nas áreas mais afetadas pelo tempo seco do final do ano passado e início de janeiro. E as chuvas agora poderão recuperar somente algumas poucas lavouras. "As perdas contabilizadas até agora já não voltam mais, se teve perda na soja, no milho, na cana, elas não se recuperam mais... Tivemos quase 2014 inteiro e agora janeiro com chuvas abaixo da média", observou Santos. RESERVATÓRIOS Com o retorno da regularidade de chuvas típicas de verão, a tendência é que o nível dos reservatórios de água tenha somente uma ligeira recuperação ou que não caia mais. Segundo ele, os volumes previstos não serão suficientes para elevar os mananciais ao ponto de o país chegar no período de tempo mais seco, a partir de abril, com alguma folga. "Para melhorar o sistema, precisaria chover pelo menos 20 dias direto, uma chuva como a que temos visto hoje, precisaria ocorrer direto", disse ele. Como isso não deve ocorrer, "o máximo que pode acontecer são pequenas elevações do nível (dos reservatórios). O sistema Cantareira (que abastece a região metropolitana de São Paulo e outras cidades do interior) pode sair do seus 5 por cento, e ir para... vamos supor 10. Ainda é uma situação extremamente de risco." (Reuters)
Frente parlamentar estuda proposta para setor leiteiro
Objetivo do grupo é ampliar o debate sobre a crise enfrentada por produtores de leite e indústrias do segmento no Rio Grande do Sul Rio Grande do Sul, destacou a crise enfrentada pelo setor leiteiro gaúcho como um dos assuntos a ser debatido nesta legislatura. Ao lançar a Frente Parlamentar em Defesa da Cadeia Produtiva do Leite, Weber propôs a composição de um grupo para avaliar a situação e sugerir alternativas. “Os preços pagos estão reduzindo, há excesso de leite em pó no Estado e indústrias decretaram falências. Fora isso, há produtores que não estão conseguindo entregar leite para os laticínios”, dimensionou. No Rio Grande do Sul, os preços estão abaixo da média nacional, de R$ 0,84, sendo comercializados por R$ 0,70 a R$ 0,76 chegando até a patamares inferiores, próximos de R$ 0,50 – uma das razões é o excesso de leite no Estado. Com cerca de 15 adesões, embora não seja necessário cumprir um número mínimo de participantes, a Frente deve se voltar para a questão do valor, acompanhando o direcionamento do poder público estadual e das entidades representativas do setor, que pleiteiam junto à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a compra de leite em pó. “Na semana que vem devemos estar em Brasília com demais entidades do setor, solicitando a compra de leite em pó em volume substancial” – a intenção é chegar a 10 mil toneladas. Também na próxima semana, Weber pretende realizar a primeira reunião da Frente para avaliar possíveis propostas para minimizar os efeitos da crise. O parlamentar já adianta, no entanto, que os debates devem abranger, também, a questão dos intermediários do setor e a prática das indústrias nesse momento considerado como crítico, principalmente, pelos produtores. “Temos confirmação de que em alguns lugares há indústrias se recusando a recolher leite do pequeno produtor. E sabemos que existem indústrias do setor lácteo com crédito presumido e empréstimos, mas entendemos que empresas que se recusam a trabalhar com o pequeno produtor não podem ter isenção de impostos”, argumenta Weber, salientando que é possível limitar esse tipo de atuação com leis a serem elaboradas pelos parlamentares. “Não existe nenhuma proposta pronta, nosso primeiro objetivo é debater o tema e ouvir as sugestões de todos.” (Jornal do Comércio)
Importação argelina de lácteos avança 70%
País adquiriu o equivalente a US$ 1,91 bilhão em leite e derivados no ano passado. Gastos com açúcar, porém, recuaram, apesar do aumento do volume comprado. Algérie Presse Service (APS)* www.aps.dz Argel – As importações argelinas de produtos lácteos somaram US$ 1,91 bilhão no ano passado, um aumento de 69% em relação a 2013, de acordo com o Centro Nacional de Informática e Estatísticas das Alfândegas (CNIS, na sigla em francês). O volume importado chegou a 396 mil toneladas, um crescimento de 43% na mesma comparação. Já as importações de açúcar recuaram 4,74% no ano passado em relação ao ano anterior e ficaram em US$ 861 milhões. Em termos de quantidades, porém, a Argélia comprou do exterior quase 2 milhões de toneladas, um acréscimo de 6,17% sobre 2013. A redução dos gastos com açúcar, ao mesmo tempo em que o volume importado cresceu, é devida à queda do preço do produto no mercado internacional. A abundância de oferta nos principais países produtores ¬ entre os quais o Brasil é o maior ¬ e a baixa dos preços do petróleo, que teve por efeito a diminuição da produção de etanol nas plantas sucroalcooleiras, pressionaram as cotações do açúcar para baixo. No caso do leite, o governo argelino tem adotado medidas de apoio à produção local com o objetivo de limitar as importações. Nesse sentido, o ministro da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Abdelouahab Nouri, disse recentemente que foi implementado um programa para aumentar o rebanho leiteiro nacional e ampliar a área destinada à produção de forragem. A produção argelina de leite passou de 1,2 bilhões de litros em 2000 para 3,5 bilhões em 2014, mas isso ainda não é o suficiente para atender a demanda nacional, estimada em 5 bilhões de litros por ano. As importações totais de alimentos pela Argélia somaram US$ 11 bilhões no ano passado, um aumento de 19% sobre 2013. Do Brasil, as importações argelinas de açúcar somaram US$ 642,4 milhões em 2014, uma redução de 9,2%% em relação ao ano anterior, segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) brasileiro. De lácteos, o Brasil exportou à Argélia o equivalente a US$ 32,7 milhões no ano passado, contra zero em 2013. (Agência de Notícia Brasil-Árabe)
Índice FAO dos preços dos lácteos
O índice FAO dos preços dos produtos lácteos se manteve em 173,8 pontos no mês de janeiro, muito próximo do valor de dezembro. A queda nos preços do queijo e do leite em pó desnatado compensaram a alta da manteiga e do leite em pó integral, deixando-o inalterado. A desvalorização do euro converge as cotações da Europa com as da Oceania e dos Estados Unidos. A chegada de novos suprimentos ao mercado mundial é equilibrada com a seca na Oceania, que reduz a produção sazonal de leite. Enquanto isso, a União Europeia impôs restrições ao bloco para evitar multas aos países que ultrapassarem as cotas, nesta temporada 2014/15 (abril/março) que está chegando ao fim. (FAO)
Tarifaço na conta de luz pode chegar a 26%
As revisões tarifárias extraordinárias, que serão aplicadas a partir de março às distribuidoras de energia elétrica, podem chegar a 26% para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Isso porque, além do valor das cotas da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que devem impactar em 19,97%, há ainda o impacto do aumento das tarifas da usina de Itaipu, calculado em cerca de 6%. Segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, outros fatores podem impactar as revisões, tanto para mais como para menos. “Cada empresa tem a sua cota de Itaipu, e a CDE é proporcional ao mercado” — explicou. Ele também lembrou que haverá uma audiência pública para debater os valores finais da CDE. As distribuidoras do Norte e Nordeste terão aumentos menores, já que os consumidores dessas regiões não recebem a energia de Itaipu. Além disso, o impacto da CDE no Norte e Nordeste do país será de apenas 3,89%. De acordo com Rufino, os reajustes das tarifas de energia, que ocorrerem no segundo semestre do ano, deverão ser menores do que os que já começaram a ser aplicados pela Aneel. Segundo ele, depois que as revisões extraordinárias forem aplicadas e houver a revisão dos índices de bandeiras tarifárias, os aumentos da conta de luz baixarão para patamares menores. Rufino disse também que se as condições de pagamento do empréstimo feito às distribuidoras forem modificadas, poderá haver alteração nos reajustes tarifários já aplicados pela Aneel. Segundo ele, se os parâmetros forem alterados, a diferença poderá ser calculada no próximo processo tarifário das empresas. Rufino ressaltou que as mudanças nas condições do empréstimo estão sendo estudadas pelo Ministério da Fazenda, bem como a possibilidade de uma nova parcela do empréstimo. (Correio do Povo)
Previsão da Fonterra é de produção de leite 3,3% menor
A cooperativa de lácteos da Nova Zelândia, Fonterra, reduziu o volume da sua previsão de produção de leite para a estação de 2014-15 para 1,532 milhões de quilos de sólidos do leite (18,23 bilhões de quilos de leite), refletindo o impacto do clima seco na produção nas últimas semanas. A nova previsão é 3,3% menor do que a produção de 1,584 bilhão de quilos de sólidos do leite (18,84 bilhões de quilos de leite) da estação anterior. A previsão anterior de produção, feita em dezembro do ano passado, tinha sido desse mesmo volume – 1,584 bilhão de quilos de sólidos do leite. A Fonterra disse que cumprirá com todos os atuais compromissos de vendas, mas que planejou reduzir a quantidade de produtos oferecidos na plataforma de leilões, GlobalDairyTrade. O diretor de assuntos cooperativos da Fonterra, Miles Hurrell, disse que a produção diária de leite está agora 6,1% menor do que no mesmo período da estação anterior, à medida que os produtores parecem estar usando mais práticas tradicionais para administrar seus negócios rurais, devido à previsão de baixo pagamento. “Na primeira metade da estação, as excelentes condições de pastagens resultaram em volumes de leite maiores que na estação anterior. A situação mudou significativamente no curso desse mês”. Em algumas regiões, onde a qualidade das pastagens declinou bastante desde o meio de janeiro, os produtores estavam secando as vacas mais cedo. Parece também haver uma redução nos suplementos alimentares, à medida que a economia não suporta seu amplo uso nessa estação, disse Hurrell. A reportagem é do (The New Zealand Herald)