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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 09 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.239


Devemos oportunizar ou suprimir a seleção de pasto?

Há um antigo dilema no manejo de pastagens sobre a questão da seletividade. Por um lado, se argumenta que é mais vantajoso oportunizar condições para que os animais selecionem pasto; por outro, que é mais eficiente proporcionar acesso a pastagens homogêneas e evitar seleção. E, ainda, há quem considere a seletividade algo a ser evitado e defenda ser melhor aplicar técnicas que visem tornar os animais mais vorazes para suprimi-la.

Em um estudo recente realizado por professores da Facultad de Agronomía, Universidad de la Republica, no Uruguai, Menegazzi et. al, 2021, trouxeram resultados interessantes sobre o tema. O estudo avaliou o efeito de 3 alturas residuais em pastagens de festuca, representando altura residual baixa, média e alta: No outono-inverno, 6, 9 e 12 cm, respectivamente e, na primavera, 9, 12 e 15 cm. A altura de entrada na pastagem foi a mesma em todos os tratamentos e era definida pelo número de folhas da pastagem (3 folhas) e altura (18-20 cm). O experimento foi conduzido na Estação Experimental “Dr. Mario A. Cassinoni”, em Paysandú, com vacas holandesas em pastejo, durante outono-inverno e primavera. Na primavera, onde ocorreram as medições, não houve suplementação volumosa ou concentrada, para isolar o efeito do manejo do pasto. 

Pastejo mais intenso, menor consumo

Dentre os resultados, o consumo de matéria seca (MS) de pasto foi menor na menor altura residual (14,8 kg) enquanto nas alturas residuais média e alta, não houve diferença significativa em consumo de MS de pasto (ambos na faixa de 18 kg kg). Ou seja, quando forçados a rebaixar mais intensamente o pasto, o consumo de MS por animal foi prejudicado, em comparação aos rebaixamentos menores.

Mesmo consumo de pasto, mas produtividades diferentes

Mesmo com o consumo de MS similar entre os residuais alto e médio houve diferenças em produção de leite: na altura residual mais alta, as vacas produziram mais leite (quase 19 L/vaca/dia) do que na altura média (cerca de 16 L/vaca/dia). 

Isso foi explicado pelo fato de que, com a altura residual mais alta, os animais tiveram mais oportunidade de selecionar pasto de maior qualidade, o que resultou em maior qualidade do pasto consumido e, consequentemente, maior conversão de matéria seca de pasto em produção de leite. 

Note que, a produtividade alcançada no tratamento de maior intensidade (menor altura residual) foi de 13 L/vaca/dia, onde o consumo de MS também foi menor. 

Maior seleção, maior produtividade

Com a diferença em produtividade mesmo quando o consumo de MS do pasto é igual, esse estudo reforça a tese de que quando as vacas podem selecionar o pasto que consomem, ingerem mais nutrientes e, com isso, produzem mais individualmente. Foi o que ocorreu quando o rebaixamento do pasto era menor, deixando mais sobra de pasto, no que é chamado por eles de "manejo laxo".

Avaliando também outros critérios discutidos no artigo, como frequência e duração das refeições de pastejo e períodos de ruminação, tempo diário de pastejo e ruminação, e além de ingestão de matéria seca e produção de leite, os cientistas ressaltaram que "o manejo “laxo” resultou em uma maior ingestão de nutrientes digestíveis e, portanto, maior produção de leite, alcançada por meio de adaptações comportamentais ao longo do processo de pastejo expressando maior seletividade.”

A implicação prática disso é que, ao trabalhar com residuais de pasto mais altos, que oportunizam a seleção, se eleva a produção individual dos animais em sistemas a pasto.
Referência

Menegazzi G, Giles PY, Oborsky M, Fast O, Mattiauda DA, Genro TCM and Chilibroste P (2021) Effect of Post-grazing Sward Height on Ingestive Behavior, Dry Matter Intake, and Milk Production of Holstein Dairy Cows. Front. Anim. Sci. 2:742685. doi: 10.3389/fanim.2021.74268


A crise econômica da Argentina afeta a produção de laticínios

De acordo com um relatório do USDA, o setor de laticínios da Argentina está enfrentando desafios significativos este ano, causados pela crise econômica do país.A combinação de inflação nos insumos domésticos e controles cambiais instituídos pelo governo, incluindo restrições à saída de capital e controles sobre pagamentos de dívidas externas, está afetando a produção de leite, a competitividade das exportações e o consumo doméstico.A Argentina está passando por uma crise econômica caracterizada por recessão, diminuição do poder de compra e aumento dos custos de bens essenciais. Os produtores de leite locais dependem muito dos insumos produzidos internamente, incluindo ração, maquinário e combustível.A política de remoção de subsídios de várias categorias, especialmente de eletricidade, significa que o custo da energia aumentou mais rápido do que a inflação e mais rápido do que o preço do leite, tornando os produtos lácteos mais caros. Esse cenário econômico levou à diminuição das vendas de produtos lácteos e ao aumento dos custos de produção.

Por outro lado, a situação é ainda mais exacerbada pelos efeitos duradouros da seca do ano passado, que se estendeu até 2024. Da mesma forma, os custos de produção, principalmente concentrados de ração, milho e derivados de soja, foram particularmente caros em termos de poder de compra do leite durante grande parte de 2021 e 2022. Da mesma forma, as secas globais e o conflito entre a Ucrânia e a Rússia levaram a um aumento acentuado nos preços dos grãos nos últimos dois anos.

Em 2023, os produtores de leite sustentaram a produção mantendo e aumentando os suplementos do rebanho para compensar a disponibilidade reduzida de pastagens. No entanto, essa decisão complicou ainda mais sua situação financeira, resultando em um ônus financeiro para o segundo semestre de 2023 e mudanças constantes no poder de compra de ração.

Desvalorização da moeda para promover as exportações
Para promover as exportações, a Argentina facilitou a desvalorização da moeda para tornar os produtos lácteos mais competitivos no mercado global. Um peso mais fraco se traduz em preços mais baixos para os compradores estrangeiros.

As taxas de câmbio e a inflação eram tão desvantajosas para os produtores nacionais que geraram uma incerteza significativa sobre se os comerciantes ficariam com os estoques ou se haveria uma corrida para obter moeda estrangeira, principalmente em dólares americanos.

Como resultado da desvalorização, os volumes de exportação de laticínios aumentaram 10% nos primeiros 5 meses de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023. Em especial, as exportações de queijo devem aumentar de 85.000 toneladas em 2023 para 100.000 toneladas em 2024.

No entanto, internamente, a situação econômica continua desafiadora. O aumento nos custos de produção levou a preços mais altos para os produtos lácteos no mercado interno. Com a inflação corroendo o poder de compra do consumidor, muitas famílias estão lutando para comprar produtos alimentícios básicos, levando a um declínio no consumo doméstico previsto.

A previsão é de que o consumo doméstico de leite fluido caia para 1,6 milhão de toneladas em 2024, 7% abaixo de 2023. A queda no consumo de todos os produtos lácteos representa um desafio significativo para o setor. Os produtores precisam escolher entre focar nos mercados de exportação mais lucrativos ou continuar atendendo ao mercado doméstico cada vez mais sensível a preços.

Redução recorrente na produção de leite
De acordo com o relatório de novembro de 2023 do USDA, 2022 terminou com uma produção total de 11.557.000 t, 0,04% maior que a de 2021. Devido à grave seca, o relatório prevê uma ligeira diminuição na produção de laticínios, estimando um declínio de aproximadamente 1% para 11.441.000 t em volume até o final de 2023 em comparação com 2022.

De janeiro a junho de 2024, a produção de leite da Argentina caiu 13% em comparação com o mesmo período de 2023. Em 2023, a produção de leite totalizou 11,7 milhões de toneladas, mas a previsão é que esse número caia 7% para 10,8 milhões de toneladas em 2024.

Esse declínio reflete desafios macroeconômicos significativos, principalmente a desvalorização do peso e as altas taxas de inflação, exacerbando os custos de produção já elevados.

As margens dos produtores sofreram uma pressão substancial devido à desvalorização da moeda, que aumentou o custo da ração e dos insumos importados para os produtores. Além disso, a redução do tamanho dos rebanhos e a menor disponibilidade de ração aprofundam ainda mais a queda na produção.

A queda consistente na produção de leite nos últimos cinco anos destaca a luta do setor para manter os níveis de produção em meio ao aumento dos custos e à instabilidade econômica.

Iniciativas governamentais para impulsionar o setor de laticínios
O governo argentino introduziu várias medidas para apoiar o setor de laticínios em resposta aos desafios atuais. Em dezembro de 2023, o governo reabriu os registros de exportação agrícola como parte de uma estratégia mais ampla para impulsionar as exportações e gerar receita em moeda estrangeira.

No mesmo mês, o governo também introduziu uma taxa de câmbio “mista” para as exportações agrícolas, que combinava a taxa de câmbio oficial com uma taxa de câmbio local não oficial. Essa abordagem proporcionou uma taxa mais favorável para os exportadores, aumentando sua competitividade nos mercados internacionais.

No entanto, embora essas medidas de apoio às exportações de produtos lácteos tenham trazido muitos benefícios, as medidas destinadas a ajudar a combater a inflação foram mistas. Os consumidores argentinos ainda estão enfrentando taxas de inflação anuais de quase 300% para alimentos e bebidas não alcoólicas, incluindo o leite, e espera-se que a tendência continue, limitando o crescimento da demanda doméstica de laticínios.

Tabela 1 – Resumo da produção de leite de vaca dos principais exportadores (milhões de toneladas)

Para apoiar ainda mais o setor de laticínios, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina anunciou o decreto 506/2023 (em espanhol) em 4 de outubro de 2023, que suspende as tarifas de exportação de produtos lácteos e derivados até 31 de dezembro de 2023.

O secretário Juan José Bahillo enfatizou o “compromisso do governo de apoiar os produtores diante da queda dos preços internacionais” e afirmou que “essa decisão permitirá que eles melhorem seus níveis de renda”.

A iniciativa inclui produtos como leite em pó, diferentes tipos de leite, iogurte, soro de leite, manteiga, queijo, lactose, doce de leite e sorvete. O Secretário enfatizou a importância desse decreto para produtos como o leite em pó integral, que é o principal produto de exportação da Argentina e uma referência para os preços do leite cru.

Em 1º de julho de 2024, o governo adotou o Decreto 557/2024, prorrogando as medidas atuais até 30 de junho de 2025. E, finalmente, em 6 de agosto de 2024, o governo publicou o Decreto 697/2024, prorrogando permanentemente a suspensão das tarifas de exportação de todos os produtos lácteos.

A política visa aumentar a produção e o processamento de leite e estimular o investimento no setor de laticínios, o que também fortaleceria ainda mais a presença dos produtos lácteos do país nos mercados internacionais para aumentar as receitas de exportação.  Dairy Global via Edairy News

Portaria Interministerial MDA/MDS/MAPA Nº 5, de 30 de agosto de 2024, publicada no DOU no dia 02/09/2024

Art. 1º Fica instituída a Estratégia de Desenvolvimento da Produção de Leite na Agricultura Familiar, com o objetivo de fomentar a produção leiteira, por meio de ações e estratégias para aumentar a produtividade, a qualidade, a industrialização e o consumo de leite, promovendo o aumento da competitividade , da renda, do bem estar socioeconômico de seus produtores e viabilizando a permanência no campo e a sucessão rural. Acesse aqui a Portaria Interministerial MDA/MDS/MAPA Nº 5 na íntegra. (Elaboração: Terra Viva)


Jogo Rápido

Inscrições para o 10º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo vão até 01/11
Seguem abertas até o dia 01/11 as inscrições para a 10ª Edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo. Nesta edição de aniversário, a premiação vai destacar o profissional mais premiado ao longo das dez edições. Podem ser inscritos trabalhos jornalísticos sobre o setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios em três categorias: impresso, eletrônico e on-line. Os trabalhos precisam ter sido publicados/veiculados entre 02/11/2023 e 01/11/2024 e não há limite de número de inscrições por candidato. A previsão é de que os finalistas sejam divulgados até o dia 29/11 e os vencedores revelados no dia 19/12. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular; segundos e terceiros classificados receberão troféus. Para garantir a inscrição, é preciso completar a ficha com os dados solicitados, para cada trabalho inscrito, que devem ser enviados por e-mail para imprensasindilat@gmail.com. Também é necessário encaminhar o Documento de Identidade do autor; a cópia do Registro Profissional; o atestado de autoria em caso de matérias não assinadas; e atestado de data de veiculação para as produções em que não houver referência expressa ao período. Regulamento e Ficha de inscrição aqui. (SINDILAT/RS)

 
 

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Porto Alegre, 08 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.238


Mapa lança aplicativo pioneiro para agilizar análises laboratoriais no setor agropecuário

O aplicativo significa um avanço para registros de coleta e de rastreabilidade de amostras, acessível por fiscais do MAPA e credenciados. Entretanto, ainda não resolve o maior desafio, que é o controle e estatística da qualidade e representatividade da amostragem, especialmente para qualidade do leite. 

O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), por meio da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e da Subsecretaria de Tecnologia da Informação (STI), lançou o Mapa LABs, aplicativo único para coleta de amostras e envio de resultados de análises laboratoriais. Esta é a primeira solução tecnológica da Plataforma de Serviços Integrados da Defesa Agropecuária (PSDA) e tem como objetivo integrar informações e conferir maior celeridade de processos para os diferentes entes envolvidos. 

A operação do aplicativo irá iniciar pelo monitoramento oficial e privado de patógenos previsto no Programa Nacional de Controle de Patógenos, reunindo resultados obtidos pelas coletas oficiais do MAPA e pelo setor produtivo no seu controle de qualidade, em atendimento ao previsto na Instruções Normativa SDA/MAPA nº 20, de 2016 e Instrução Normativa SDA/MAPA nº 60, de 2018. Acesse aqui. (Terra Viva)


CONSELEITE MINAS GERAIS - RESOLUÇÃO DE FECHAMENTO DO MÊS DE SETEMBRO/2024

A diretoria do Conseleite Minas Gerais no dia 7 de Outubro de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:a) os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o 
produto entregue em Setembro/2024 a ser pago em Outubro/2024.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 

Co-op abre suas portas para Wuhan

A Fonterra abriu seu sexto centro de aplicação na China para atender à crescente demanda por ofertas de serviços de alimentação.

Com sede em Wuhan, o novo centro de aplicação aproximará a cooperativa do mercado local e permitirá o rápido lançamento de aplicações de produtos inovadores em resposta às tendências de mercado e às necessidades dos clientes locais.

A cooperativa afirma que os centros de aplicação desempenham um papel fundamental na promoção da inovação e na adaptação das ofertas de serviços de alimentação da Fonterra aos gostos, cultura e tendências da área em que estão localizados.

Falando na cerimônia de inauguração do centro neste mês, Teh-han Chow, presidente-executivo da Fonterra Greater China, disse que Wuhan é conhecida por sua localização estratégica como uma porta de entrada para o coração da China e apresenta oportunidades para desenvolvimento de alta qualidade.

"Wuhan, como uma fortaleza estratégica para a ascensão da China central e uma nova cidade de primeira linha, vem desenvolvendo ativamente indústrias-chave como bebidas, chá premium e laticínios nos últimos anos. Tornou-se um ícone culinário na China central com forte impulso de consumo gastronômico.

"Nosso centro de aplicação em Wuhan visa não apenas atender à forte demanda na China central, mas também apoiar o desenvolvimento da indústria de laticínios local e expandir sua influência no mercado nacional."

A instalação recém-inaugurada fornecerá uma plataforma para explorar o uso dos produtos lácteos da Fonterra em vários canais de foodservice. Outros centros de aplicação da Fonterra na China estão em Pequim, Xangai, Guangzhou, Chengdu e Shenzhen.

O centro de aplicação de Wuhan é equipado com instalações modernas, projetadas para visitas de clientes e demonstrações em larga escala. Uma equipe de especialistas técnicos e chefs da Fonterra está sediada neste centro de aplicação. Eles ajudarão a cocriar diversos cenários de aplicação e fornecerão experiência interativa para clientes por meio de seminários de desenvolvimento de produtos, demonstrações e ensinamentos virtuais ao vivo.

No início deste mês, a Fonterra anunciou que investiria US$ 150 milhões para construir uma nova fábrica de creme UHT em sua unidade de Edendale, em Southland.

O investimento faz parte da estratégia da cooperativa de aumentar ainda mais o valor expandindo seus negócios de Foodservice na Ásia e aumentando a capacidade de produção de produtos de alto valor. (Dairy News)


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Dairy Vision 2024
As indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido na inscrição para o Dairy Vision 2024. As vendas estão no primeiro lote e seguem abertas até o dia 29 de setembro. O acesso para garantir o benefício deve ser feito CLICANDO AQUI. Um dos principais fóruns de estratégia e negócios do setor lácteo brasileiro discute, neste ano, os impactos da chegada no campo de diferentes inovações, entre elas, a Inteligência Artificial. Serão dois dias de palestras e encontros na cidade de Campinas (SP). Os cinco painéis acontecem nos dias 05 e 06 de novembro e tratam de: Desafios e oportunidades para a cadeia do leite no Brasil; A transformação do ambiente de negócios na cadeia do leite; O que há de novo no horizonte? Startups to watch; Um olhar sobre o leite na América Latina; Indo além do leite: o que a ciência está trazendo de inovação; e Inovação aplicada ao segmento de alimentos. As informações do evento e programação completa estão em www.dairyvision.com.br. 

 
 

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Porto Alegre, 07 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.237


BALANÇA COMERCIAL: Importações dos lácteos fecham setembro em estabilidade

Após o expressivo recuo nas importações de lácteos no mês de agosto, no mês de setembro as importações ficaram em estabilidade. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo registrado no mês de setembro chegou a -177 milhões de litros em equivalente-leite, registrando uma alta mensal de cerca de 2 milhões de litros em relação a agosto, conforme pode ser observado no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As exportações de lácteos apresentaram avanço no último mês, com 4,9 milhões de litros em equivalente-leite exportados em setembro, o aumento mensal foi de 22%, mantendo um patamar semelhante ao observado anteriormente para as exportações brasileiras, conforme mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As importações de setembro ficaram praticamente estáveis, apresentando sutil queda mensal. Ao todo, foram importados cerca 182,1 milhões de litros em equivalente leite, registrando uma queda mensal de 0,3%, como mostra o gráfico 3. Apesar do recuo, as importações de lácteos ainda se mantém em um patamar considerado elevado, também semelhante ao observado nos meses anteriores deste ano.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Em relação às categorias exportadas no último mês, as maiores variações mensais de volume foram apresentadas pelas categorias de soro de leite, que teve aumento  de 180 toneladas (+44%) e fechou o mês com volume exportado de 592 toneladas em setembro; além da categoria de creme de leite, que aumentou seu volume no mês em 171 toneladas (+32%) e fechou setembro com 706 toneladas  exportadas.

Do lado das importações, o principal destaque ficou com o grupo de queijos, que teve aumento no mês de 379 toneladas (+7), fechando com volume de 5.925 toneladas – o  que representa o maior volume mensal de importações da categoria de toda a série histórica.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de agosto e julho de 2024.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em setembro de 2024

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em agosto de 2024

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.
 
O que podemos esperar para os próximos meses?

Apesar do aumento nos preços registrados durante o mês de setembro no leilão GDT, o maior leilão internacional de lácteos, que impactou as cotações dos lácteos no Mercosul, alguns produtos importados, como o leite em pó integral e a muçarela, mantiveram-se mais competitivos em relação aos produtos nacionais. Essa competitividade de preços continua sendo um dos principais fatores que influenciam as importações brasileiras.

No entanto, outro aspecto começou a ganhar destaque recentemente: o aumento das exportações argentinas e uruguaias para fora do Mercosul, que se tornaram mais significativas nos últimos meses. Esse cenário levanta questionamentos sobre a disponibilidade de lácteos do Mercosul para o mercado brasileiro, o que pode se tornar um fator limitante para as importações.

Portanto, apesar das incertezas, as importações brasileiras devem se manter, no restante de 2024, em níveis semelhantes aos observados recentemente, com atenção voltada para a disponibilidade dos nossos principais fornecedores do Mercosul e de suas estratégias comerciais no mercado internacional. (Milkpoint)


Genética de baixo metano até 2026?

Os agricultores da Nova Zelândia poderão ter acesso a genética de elite com baixo teor de metano até 2026. A empresa de melhoria de rebanho LIC diz que isso teria o potencial de fazer uma diferença real para os fazendeiros, ajudando a garantir que as reduções de emissões não venham ao custo da redução da produção de leite. A cooperativa de propriedade dos fazendeiros tem trabalhado com parceiros para criar uma vaca com baixo teor de metano. Em seu relatório de sustentabilidade para o ano encerrado em 31 de maio, divulgado na semana passada, a cooperativa afirma que seu programa de pesquisa sobre metano, em colaboração com a CRV e a Pāmu (antiga Landcorp) e com financiamento do NZ Agricultural Greenhouse Gas Research Centre (NZAGRC), está progredindo bem. 

"Continuamos investigando a ligação entre as emissões de metano dos touros e seus descendentes, com a intenção de criar vacas mais amigáveis ao clima e que produzam menos metano", diz. 

O programa está agora em seu quarto ano. 

"Inicialmente descobrimos que a genética de um touro desempenha um papel na quantidade de metano que ele emite. Os touros mais baixos no teste emitiram cerca de 15-20% menos metano do que a média, após contabilizar a comida ingerida. 

"No ano passado, esses touros foram acasalados com novilhas de fazendas Pāmu e agora estamos testando as emissões de metano desses descendentes para garantir que a variação genética seja representativa de seus pais, e informaremos esses resultados no próximo ano. (Dairy News)

Forrageiras de inverno são alternativas para a nutrição do gado leiteiro

As vantagens do uso das forrageiras de inverno para nutrição do gado leiteiro foram destaque do dia de campo realizado em Chapada, na terça-feira (01/10). A propriedade do agricultor Gilmar Luís Hendges, localizada na Linha São João, interior do município, recebeu os participantes para atividade técnica promovida pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), Sementes Scherer e Embrapa Trigo, com apoio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Inspetoria Veterinária.

Os temas apresentados durante o dia de campo enfocaram o manejo sustentável de pastagens de inverno, os resultados tecnológicos de cultivares de pastagem e planejamento forrageiro (pré-secado e silagem), plantabilidade, manejo e desempenho de cereais de inverno na produção de leite e aspectos técnicos para elaboração da silagem de inverno.

Este é o quinto dia de campo de forrageiras de inverno que realizamos em Chapada, sempre em parceria com a Sementes Scherer e Embrapa Trigo. Nosso objetivo principal é levar conhecimento e informação aos produtores de leite. A implantação de unidades demonstrativas é a estratégia que adotamos e, dessa forma, conseguimos apresentar aos produtores diferentes materiais e os resultados obtidos com diferentes práticas e manejos, tanto na parte de pastejo dos animais, quanto para produção de pré-secado e silagem. Nosso intuito também é estimular o produtor a fazer reserva de alimento. As forrageiras de inverno são uma ferramenta importante para a redução de custo na produção de leite e uma opção para a reserva de alimento, garantindo a nutrição do rebanho em períodos de intempéries. Dessa maneira, estimulamos a produção de leite de forma sustentável, com eficiência técnica, produtiva e econômica, declarou o extensionista rural e coordenador regional de sistemas de produção animal da Emater/RS-Ascar, Valdir Sangaletti.

Na ocasião, um representante da SDR falou sobre o programa de financiamento de forrageiras de inverno e verão que o Estado dispõe, através do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper), e sobre os incentivos que a Secretaria oferta aos produtores de leite. Mais de 110 pessoas participaram da atividade técnica, entre produtores de leite, lideranças e representantes de empresas ligadas ao setor.

Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Frederico Westphalen


Jogo Rápido

Agro emprega número recorde
O mercado de trabalho está aquecido no agro brasileiro. De abril a junho, o setor empregou um recorde de 28,6 milhões de pessoas. É o maior número desde o início da série histórica, em 2012, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O acréscimo foi de 643 mil pessoas (ou 2,3%, se comparado com o segundo trimestre do ano passado). E os setores das agroindústrias e dos agrosserviços foram os que mais registraram crescimento. (Zero Hora)

 
 

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Porto Alegre, 04 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.236


MTE inicia fiscalização sobre igualdade salarial

O próximo prazo para publicação do relatório vence no dia 30 e empregadores podem ser multados caso descumpram a obrigação

A fiscalização sobre os relatórios de transparência salarial, elaborados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) com dados passados pelas empresas com 100 ou mais funcionários e que devem ser publicados nos respectivos sites e redes sociais, terá início em outubro. O próximo prazo para publicação vence no dia 30. Caso os empregadores descumpram a obrigação, serão autuados e podem receber multa de 3% sobre a folha salarial, limitada a R$ 141,2 mil (100 salários mínimos).

Segundo levantamento do MTE, no período de 16 a 22 deste mês, entre 11 mil e 12 mil empresas pegaram os relatórios no site do ministério para divulgação até a próxima segunda-feira.

Esse já é o segundo relatório a ser divulgado. O primeiro foi disponibilizado pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego em março. Documento dessas pastas mostrou que 49.587 empresas com 100 ou mais funcionários do Brasil preencheram as informações relativas ao ano de 2022. Porém, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), havia 50.692 empresas com mais de 100 funcionários no país.

Existem duas liminares do Tribunal Regional Federal (TRF) da 6ª Região e da 3ª Região desobrigando as empresas de publicarem o relatório. Apesar disso, o MTE informou que ainda não foi intimado pela Justiça. Dessa maneira, editou regras para a implementação da Lei nº 14.611, de 2023, que trata da igualdade salarial entre mulheres e homens.Elas estão na Instrução Normativa GM/MTE nº 6, de publicada no Diário Oficial da União na sexta-feira passada.

Segundo a advogada trabalhista Priscila Kirchhoff, sócia do Trench Rossi Watanabe, a IN traz segurança jurídica às empresas com esclarecimentos sobre aspectos operacionais do Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios. Isso porque, diz ela, instrui sobre o formato, conteúdo, metodologia e divulgação pelas empresas nos sites,  redes sociais ou outros canais de ampla divulgação para o acesso por funcionários e a sociedade em geral.

Para Priscila, a IN é positiva, principalmente ao esclarecer sobre a atuação dos auditores durante as fiscalizações. Teria ficado claro que eles observarão o artigo 461 da Confederação das Leis do Trabalho (CLT) durante as ações fiscais e que haverá participação efetiva dos sindicatos de cada categoria. O dispositivo estabelece que “profissionais que exercem a mesma função e prestam o mesmo serviço a um mesmo empregador, na mesma localidade, devem receber o mesmo salário, independentemente de sexo, nacionalidade ou idade”.

“Imaginamos que haverá um aumento no número de autos de infração e ações anulatórias na Justiça do Trabalho já que os fiscais, durante fiscalizações indiretas, podem deixar de se atentar a alguns requisitos, como a perfeição técnica, ocasionando atuações equivocadas”, afirma a advogada trabalhista.

Priscila também destaca que a IN traz mais detalhamento sobre o Plano de Ação para Mitigação da Desigualdade Salarial, cujo formato será de livre escolha do empregador. No entanto, há alguns elementos obrigatórios nele, como: medidas a serem adotadas com prioridade, metas, prazos e mecanismos de aferição, criação de programas e cronograma de execução.

Segundo a advogada, não há necessidade de criação de um plano de ação para cada estabelecimento. Isso pode ocorrer de forma centralizada, diz ela, mas considerando as especificidades de cada unidade.

Priscila questiona, porém, a falta de prazo para a empresa se defender antes da autuação fiscal, se for constatada a existência de diferenças salariais e de critérios de remuneração entre gêneros. A IN aponta que o empregador será notificado pela auditoria fiscal do trabalho para apresentar, em 90 dias, o plano de ação. “De acordo com a literalidade da regulamentação, não há prazo de defesa”, afirma.

Judicialmente, a violação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) tende a ser menos abordada, de acordo com Priscila. Ela entende que, com a publicação do primeiro relatório, “verificou-se que os dados são totalmente anonimizados”. Além disso, os parágrafos 3º e 4º do artigo 15 da IN determinam que a divulgação dos relatórios deve garantir que nenhuma informação individual seja apresentada.

Apesar de dar vários esclarecimentos, a IN não resolve o problema de distorção de dados do primeiro relatório, segundo Priscila. Isso porque manteve o uso da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) como critério para elaboração dos relatórios. “Dentro de um mesmo grande grupo de ocupações existem profissionais em cargos e posições complementarmente distintas, pelo que os salários não necessariamente devem ser iguais.” (Valor Econômico)


Pesquisa sobre leite ganha prêmio global de laticínios

Cientista de alimentos do Instituto Riddet impressionou os jurados em um prêmio internacional da indústria de laticínios, confirmando a força do instituto Palmerston North na pesquisa sobre leite.A pesquisadora de pós-doutorado do Instituto Riddet, Natalie Ahlborn, irá para Paris em outubro após ficar em segundo lugar no Prêmio Cientista em Início de Carreira do Professor Pavel Jelen da Federação Internacional de Laticínios (IDF).Esta não é a primeira vez que cientistas do Riddet Institute são reconhecidos. Em 2022, dois cientistas do Riddet Institute conquistaram os primeiros lugares no mesmo prêmio; Dr. Debashree Roy ficou em segundo e Dr. Nick Smith em quarto.

A IDF é uma autoridade internacional no desenvolvimento de padrões baseados em ciência para o setor global de laticínios, com o prêmio sendo concedido especificamente a cientistas que obtiveram seus títulos mais elevados há três anos ou menos.

Ahlborn tem pesquisado leite processado e seus efeitos na digestão e absorção de nutrientes, como parte do programa de pesquisa 'New Zealand Milk Means More' financiado pelo Ministério de Negócios, Inovação e Emprego (MBIE) no Riddet Institute, sediado na Massey University em Palmerston North. Pasteurização, tratamento UHT e homogeneização são comumente usados para processar leite, mas Ahlborn queria saber o que esses tratamentos significam para a digestão e absorção de nutrientes.

Ela examinou a digestão e absorção de nutrientes do leite no trato gastrointestinal, descobrindo que a proteína do leite UHT foi digerida mais rapidamente, seguida pela proteína do leite pasteurizado homogeneizado, depois pasteurizado não homogeneizado e, finalmente, leite cru. A formação de coalhada e o esvaziamento estomacal de matéria sólida e lipídios também foram medidos. Houve diferenças substanciais na digestão das gorduras e porções sólidas dos leites.

A pesquisa criou um entendimento fundamental de como o processamento afeta a digestão gástrica da proteína do leite e como isso pode contribuir para os resultados nutricionais do leite. Ahlborn diz que as descobertas podem levar a produtos lácteos personalizados que oferecem valor nutricional superior a populações de consumidores com diferentes necessidades nutricionais, como atletas ou idosos.

"À medida que a população global cresce e envelhece, a necessidade de nutrição de qualidade é primordial, e esta pesquisa pode contribuir para suprir essa necessidade."

Ahlborn receberá um certificado impresso reconhecendo a conquista e um honorário de € 200 (NZ$ 360). Ela participará do IDF World Dairy Summit 2024, que será realizado em Paris, França, de 15 a 18 de outubro de 2024, para receber seu prêmio e apresentar sua pesquisa.

O Prêmio Professor Pavel Jelen para Cientistas em Início de Carreira da IDF foi criado para reconhecer o trabalho de cientistas e/ou tecnólogos no campo da ciência e tecnologia de laticínios e é voltado para cientistas em "início de carreira", incluindo estudantes de graduação e pós-graduação.

O nome é uma homenagem ao Professor Pavel (Paul) Jelen, um cientista e educador nascido na República Tcheca que pesquisou ciência e tecnologia de laticínios e era conhecido por incentivar, orientar e educar estudantes, cientistas em início de carreira e tecnólogos.

A IDF é a principal fonte de conhecimento científico e técnico para todos os stakeholders da cadeia de laticínios. Desde 1903, a IDF fornece um mecanismo para o setor de laticínios atingir um consenso global sobre como ajudar a alimentar o mundo com produtos lácteos seguros e sustentáveis.

O Riddet Institute é um Centro de Excelência em Pesquisa da Nova Zelândia e é sediado pela Massey University em Palmerston North. (Dairy News)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1835 de 3 de outubro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Em algumas regiões, segundo relatos, as chuvas intensas do período causaram falta de energia e perda de leite devido à impossibilidade de resfriamento. O excesso de chuvas e barro 
também comprometeu o manejo dos rebanhos e o uso das pastagens, afetando o bem-estar animal e favorecendo casos de mastite. Apesar desses desafios, no geral, a produção de leite está em níveis ajustados para a época, se comparada ao mesmo período do ano passado.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, as estradas para escoamento da produção estão em condições precárias em razão dos ventos fortes, causando 
falta de energia em muitas propriedades. 

Na de Caxias do Sul, o bem-estar dos bovinos a campo foi favorecido pelas temperaturas amenas, embora alguns animais confinados tenham necessitado de ventiladores para evitar estresse térmico. As pastagens de inverno, como aveia e azevém, apresentaram bom desenvolvimento e facilitaram o manejo do gado. 

Na de Frederico Westphalen, os dias secos e ensolarados do período favoreceram o desenvolvimento das culturas e o consumo de pasto pelos animais, além de melhorar o bem estar geral. 

Na de Ijuí, a produção se mantém estável, mas houve uma diminuição no volume produzido nas propriedades que utilizam sistema de produção a pasto. A necessidade de complementação com forragens conservadas está crescendo nessas propriedades.

Na de Passo Fundo, o ciclo de produção segue normal. Houve uma recuperação gradual do escore corporal dos animais e um aumento na produção de leite, impulsionado pela maior oferta de alimentos volumosos disponíveis no campo. 

Na de Santa Maria, os produtores estão atentos ao bem-estar das vacas leiteiras, realizando manejo do rebanho e monitoramentos regulares de parasitas e mastites. 

Na de Santa Rosa, as chuvas recentes intensificaram a formação de barro nos corredores e nas áreas de tráfego, principalmente em pequenas propriedades, comprometendo a higiene pré-ordenha e aumentando o risco de elevação da Contagem Bacteriana Total (CBT). 

Na de Soledade, a oferta de pastagens anuais de inverno foi restrita devido a condições climáticas desfavoráveis, mantendo a necessidade de complementar a alimentação com volumosos conservados. (EMATER/RS adaptado pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Rio Grande do Sul terá tempo estável durante o fim de semana
A previsão para os próximos quatro dias no Rio Grande do Sul será marcada pelo retorno do tempo estável até o fim de semana. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 40/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).  Sábado (5/10) e domingo (6/10): a crista em altos e médios níveis deverá se intensificar e manter o anticiclone migratório, em superfície, estagnado próximo ao Rio da Prata. Por isso, o tempo deverá seguir estável e agradável, com temperaturas mais elevadas sendo observadas em relação aos últimos dias. Segunda-feira (7/10): com a aproximação de um vórtice ciclônico associado a um cavado (área alongada de baixa pressão) em altos e médios níveis no oeste da Cordilheira dos Andes, um cavado pré-frontal em superfície deverá se formar entre o Paraguai e o Rio Grande do Sul. Nesse contexto, haverá a probabilidade para a ocorrência de nevoeiro sobre a Região Central, Região das Missões e Região Noroeste. No decorrer do dia, as temperaturas deverão ser mais amenas. Terça-feira (8/10): à medida que o vórtice ciclônico se deslocar sobre o interior da Argentina em conjunto ao cavado em altos e médios níveis, o sistema em superfície do dia anterior se intensificará, provocando chuva de intensidade fraca a moderada em parte da Região da Fronteira Oeste, Região das Missões, parte da Região Central, Região Noroeste e parte da Região Norte. As temperaturas deverão apresentar um leve declínio na maioria das regiões e, em função da aproximação deste sistema, poderão ser observados ventos oceânicos mais intensos do quadrante nordeste sobre a Região Sul. Quarta-feira (9/10): o vórtice ciclônico vinculado ao cavado em altos e médios níveis, que na ocasião deverá se localizar entre a Argentina e o Uruguai, dará origem a uma frente fria em superfície que provocará precipitação de intensidade moderada sobre as regiões da Fronteira Oeste e parte da Região das Missões. As temperaturas deverão seguir em leve declínio, por conta da intensidade dos ventos vindos do oceano de quadrante nordeste ao longo de todo o litoral gaúcho. Os prognósticos indicam chuvas de intensidade fraca a moderada na metade Norte do estado, com volumes mais baixos ao longo do litoral. As precipitações devem variar de 2 mm na Região Central, aumentando progressivamente em direção ao Norte, onde podem atingir até 50 mm em áreas isoladas. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.

 
 

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Porto Alegre, 03 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.235


Piracanjuba usa inteligência artificial para atualizar fotos e estampa caixas de leite na busca por pessoas desaparecidas

Milhões de embalagens de leite se transformam em amuletos de esperança com tecnologia que mostra como pessoas desaparecidas há décadas estariam nos dias de hoje.

A Piracanjuba, em parceria com a Associação Mães da Sé, instituição que desde 1996 ajuda famílias na busca por seus entes, lança a campanha Desaparecidos, uma iniciativa desenvolvida pela Ampfy, que combina Inteligência Artificial com a experiência de um perito criminal para criar imagens que mostram como pessoas, que desapareceram há décadas, estariam nos dias de hoje.
 
Dados do Anuário da Segurança Pública 2024 mostram que no ano passado foram registrados 80.317 casos em todo o país, 3,2% a mais em relação a 2022. A ação reedita um movimento dos anos 80, que estampava fotos de pessoas desaparecidas em caixas de leite nos Estados Unidos e que, agora, ganha uma releitura por meio da tecnologia. 
 
Com o uso de ferramentas de I.A. e a colaboração do perito Hidreley Diao, especialista na técnica de projeção de idade, a campanha faz uso da gigantesca capilaridade e distribuição da Piracanjuba, 9ª marca mais escolhida nos lares de todo o país, para aumentar significativamente a chance de que essas pessoas sejam encontradas, ao transformar retratos antigos em cenas atuais, inserindo-as em situações do cotidiano. 
 
"Piracanjuba é sinônimo de qualidade e cuidado. Uma marca que chega nos lugares mais distantes do Brasil, coloca seu predomínio a favor de uma causa nobre e urgente: trazer esperança e, quem sabe, voltar a reunir famílias," afirma o CCO da Ampfy, Fred Siqueira. 
 
Produzidas pela Tetra Pak, milhões de embalagens serão distribuídas, contando com a logística da Piracanjuba, em todo o território nacional. "Uma marca da envergadura da Piracanjuba, com um propósito tão bonito de fazer o bem, eleva a nossa causa e nos dá visibilidade e alcance que nunca tivemos antes", comenta a presidente da Associação Mães da Sé, Ivanise Esperidião da Silva. 
 
No endereço www.piracanjuba.com.br/desaparecidos o público pode saber mais sobre a iniciativa e obter mais informações sobre cada uma das pessoas apresentadas na campanha. O perfil da Mães da Sé no Instagram vai mostrar diversas fotos e até vídeos, tudo feito por I.A. a partir de um único retrato antigo. 
 
Para promover a ação, a Ampfy criou uma estratégia de comunicação com diversas ações que serão divulgadas nas redes sociais da marca, mídia exterior e com influenciadores que engajaram na causa. 
 
"Esta é uma iniciativa que nos enche de esperança. Os produtos Piracanjuba estão presentes no dia a dia das famílias, acompanhando muitos momentos de união e alegria à mesa. É muito triste o desaparecimento de um membro da família; é algo que afeta a todos. Com essa ação, queremos gerar empatia e contribuir para a busca dessas pessoas", reforça a diretora de Marketing do Grupo Piracanjuba, Lisiane Campos. "Desaparecidos é uma ação perene. Estamos muito envolvidos com ela e já olhando para sua continuidade no próximo ano", conclui.  
 
Essa é a primeira fase da campanha, que tem tempo indeterminado e deve receber novas imagens nas fases seguintes.  (Piracanjuba) 


Tetra Pak Brasil elucida alguns dos principais mitos que rondam a produção de queijo

O povo brasileiro é cheio de paixões e, entre elas, está o queijo, cujo consumo per capita chega a cerca de 5,6 kg ao ano, segundo a Abiq (Associação Brasileira das Indústrias de Queijo). Seja ele mussarela, duro, semiduro ou cremoso, o queijo faz parte do dia a dia e das refeições do país, sendo uma oportunidade para produtores que buscam expandir seus negócios. Essa tendência se reflete no crescimento global da indústria queijeira que, segundo a Mordor Intelligence, deve  A Tetra Pak, líder em soluções e inovações, é a parceira ideal para otimizar a produção de queijo, oferecendo equipamentos tecnológicos que garantem eficiência e qualidade. A empresa tem em seu portfólio equipamentos que automatizam processos críticos, reduzem desperdícios e aumentam a produtividade, permitindo que os produtores atendam à crescente demanda sem comprometer a qualidade. Além disso, os produtores também podem contar com a vasta experiência da Tetra Pak no setor.Apesar da popularidade do queijo, muitos mitos ainda cercam o seu processo de produção. Ideias equivocadas, que não correspondem à realidade, continuam a ser disseminadas. Para esclarecer essas questões, Ana Paula Forti, Diretora de Processamento da Tetra Pak Brasil, desvenda alguns dos principais mitos que rondam a produção de queijo, ajudando os produtores a entenderem o que é verdade e o que é ficção.

Mito nº 1 – O queijo produzido artesanalmente é melhor do que o queijo produzido em máquinas

Ambas as maneiras de produzir têm seus méritos e podem produzir queijos de alta qualidade – que não dependem apenas do método de fabricação, mas de vários fatores, como a qualidade do leite, o processo de maturação e as técnicas utilizadas. O queijo produzido em máquinas pode ser mais seguro em termos de controle de qualidade e higiene. Além disso, os equipamentos atuais permitem a existência de uma linha de produção homogênea, que pode garantir a qualidade do processo. A homogeneização da produção auxilia na implementação de práticas sustentáveis e seguras ao longo de toda a produção de alimentos e protege não apenas a saúde dos consumidores, mas também contribui para a preservação do meio ambiente. A Tetra Pak, além dos equipamentos, tecnologias e soluções, também capacita os produtores para garantir que suas linhas de produção funcionem de forma consistente e uniforme, aumentando a eficiência e a qualidade.

Mito nº 2 – Minha produção é pequena, não vale a pena investir em maquinário

A Tetra Pak é uma parceira que atende a todos os produtores: pequenos, médios e grandes. Com soluções personalizadas e escaláveis, a empresa oferece equipamentos que se adaptam às necessidades específicas de cada produtor, independentemente do tamanho da produção. O equipamento correto e adaptado ao tamanho de sua produção pode auxiliar na eficiência e consistência do seu produto, permitindo uma maior produção em menos tempo. Conforme a demanda cresce e os clientes são fidelizados, os produtos auxiliam no aumento da produção, mantendo a qualidade. Além disso, equipamentos como os da Tetra Pak são projetados para atender a rigorosos padrões de higiene, reduzindo o risco de contaminação e melhorando a segurança do alimento.

Mito nº 3 – A produção local não pode competir com produções maiores 

Na verdade, mais do que o tamanho da produção, o importante é se atentar às demandas do mercado. Assim, mesmo os produtores menores podem ganhar mais espaço e aproveitar essa oportunidade para profissionalizar sua produção e deixá-la mais tecnológica. A Tetra Pak pode auxiliar não apenas oferecendo os equipamentos mais modernos, mas também com apoio direto, garantindo qualidade e excelência, além de propor as melhores soluções. Entre os serviços oferecidos estão: manutenção, insumos, serviços de treinamento, serviços especializados, componentes de planta, serviços digitais e de automação, entre outros. Investir em tecnologia e conhecimento significa permitir a criação de novos produtos e a melhoria dos existentes, possibilitando a diferenciação da marca no mercado

Mito nº 4 – Uma linha de produção com equipamentos gastará mais dinheiro, energia, água e matéria-prima

Na verdade, a tecnologia é uma excelente aliada para a economia a longo prazo, que possibilita otimização dos recursos e a redução de desperdícios. Equipamentos modernos são projetados para serem mais eficientes, utilizando menos energia e água, e minimizando o desperdício de matéria-prima. Todas as soluções de processamento e envase da Tetra Pak, bem como suas embalagens, têm como premissa o uso sustentável de recursos e a redução do impacto ambiental em todas as etapas do processo produtivo. Um exemplo de redução do impacto da produção é o sistema de lubrificação a seco, que economiza 35 mil litros de água por linha produtiva ao ano, reduz gastos com energia elétrica e em até 75% a quantidade de horas demandadas na manutenção. Já nos equipamentos para queijo, a Tetra Pak® Filadeira a Vapor DDA, responsável por realizar a filagem a seco do queijo mussarela, oferece maior rendimento e flexibilidade, além de menor impacto ambiental, já que não utiliza água para esse processamento. 

“O objetivo da Tetra Pak é apoiar o produtor com soluções de ponta a ponta, desde a concepção de um produto, passando por processamento e envase, até o seu lançamento. Mantemos um compromisso com a inovação e as necessidades do mercado. Investir em tecnologia é moldar o futuro da produção de queijo, garantindo qualidade superior, eficiência operacional e sustentabilidade, como pede o consumidor moderno”, conclui Ana Paula Forti, Diretora de Processamento da Tetra Pak.

Para mais informações acesse:
https://www.tetrapak.com/pt-br/solutions/end-to-end-solutions/queijos

Sobre a Tetra Pak: A Tetra Pak é líder mundial em soluções para processamento e embalagem de alimentos. Atuamos próximo aos nossos clientes e fornecedores, proporcionando acesso a alimentos seguros e nutritivos para centenas de milhões de pessoas em mais de 160 países todos os dias. Com mais de 24 mil funcionários em todo o mundo, nos comprometemos a tornar os alimentos seguros e disponíveis em todos os lugares, e prometemos proteger o que é bom: alimentos, pessoas e o planeta. (Milkpoint)

Rio Grande do Sul fecha segundo quadrimestre no azul, mas recua em relação a 2023

As contas públicas do Rio Grande do Sul fecharam no azul no segundo quadrimestre de 2024. De acordo com o Relatório de Transparência Fiscal (RTF), divulgado pela Secretaria da Fazenda (Sefaz) nesta segunda-feira (30), o resultado orçamentário, que reflete a diferença entre receitas e despesas, totalizou R$ 5 bilhões de janeiro a agosto. No mesmo período de 2023, o valor foi maior, atingindo R$ 6,6 bilhões, impulsionado pela privatização da Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento).

As receitas correntes, que excluem receitas intraorçamentárias, somaram R$ 40,9 bilhões, superando as despesas correntes.  As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa com a presença da secretária da Sefaz, Pricilla Santana.

Apesar da crise que o Estado enfrenta devido às enchentes de maio, a receita de ICMS se recuperou a partir de julho, somando R$ 1,5 bilhão a mais nos primeiros oito meses em comparação com o mesmo período do ano anterior. Segundo a Fazenda, parte desse crescimento está relacionado às novas formas de tributação sobre combustíveis e energia elétrica. O ICMS de todos os estados tem registrado crescimento de 10% em relação ao ano passado.

Segundo a secretária, a Lei Complementar 194/22 impactava na arrecadação. Com o fim dos efeitos no combustível e energia, isso recompôs a receita dos estados no geral. "Tivemos uma mudança estrutural. Esses elementos reposicionaram a arrecadação, mas não é um fenômeno privativo nosso. Associamos isso ao nível de emprego, que está bom, e as políticas públicas de retomada, como o Pronampe, e esperamos que esse fenômeno de incremento seja mais perene", considerou. Em agosto desse ano, foram arrecadados R$ 4,98 bilhões, ante os R$ 3,73 bilhões de agosto do ano passado.

As despesas aumentaram devido à necessidade de maior suporte à população neste momento de reconstrução. Além disso, desde a suspensão da dívida com a União, o Estado deixou de repassar R$ 783 milhões ao Tesouro Nacional, direcionando esse valor ao Fundo do Plano Rio Grande.

Até agosto, foram executados R$ 1 bilhão em despesas diretamente relacionadas à calamidade, com destaque para as ações emergenciais fundo a fundo (R$ 282 milhões), o Programa Volta por Cima (R$ 225 milhões), transferências para a rede hospitalar (R$ 117 milhões) e o Pronampe Gaúcho (R$ 100 milhões).

De acordo com Pricilla, a economia gaúcha se mostrou resiliente, mas isso não significa que não está sofrendo os efeitos da calamidade. "A gente percebe que a economia estabilizou em um patamar menor, isso é perda de capital. É neste ponto que temos que focar na reconstrução a partir de agora. Digo que estamos num estado de calamidade permanente", ponderou.

Em relação às perspectivas para o futuro, a Sefaz acredita que os  resultados fiscais até o final do ano dependerão do comportamento da arrecadação e dos impactos advindos das ações de reconstrução. Além disso, com a Lei 206/2024, que autoriza a União a postergar o pagamento da dívida de entes federativos em caso de desastres climáticos, o Regime de Recuperação Fiscal também teve a revisão de seu plano adiada, enquanto, em paralelo, seguem debates federativos sobre o Propag, que tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados e pode influenciar os próximos balanços.

Questionada se o superávit poderia refletir em aumento de salário para servidores ou em reajuste de carreira, a secretária considerou que o pacote aprovado pela Assembleia Legislativa para aumento salarial já é bastante robusto e foi feito no momento propício.   

Sefaz considera que suspensão da dívida com a União trará fôlego ao Estado

No total, as parcelas suspensas da dívida com a União pelo período de 36 meses são estimadas em R$ 14 bilhões, que serão atualizadas apenas pelo IPCA e reincorporadas ao saldo devedor da dívida em 2027. O efeito positivo dessa mudança poderá ser de R$ 19 bilhões em razão da não incidência de juros no período. Por isso, é como se o Estado não precisasse arcar com os R$ 14 bilhões suspensos porque os valores a serem perdoados são superiores (R$ 19 bilhões). Com os efeitos da Lei Complementar 206, há uma redução no saldo devedor de R$ 5 bilhões. "Ainda que não tenhamos conseguido o perdão da dívida, conseguimos uma boa flexibilização, que vai nos permitir investir no Estado durante esse período", projetou Pricilla.

A renegociação dos encargos da dívida com a União é objeto de discussão do Projeto de Lei Complementar (PLP) 121/2024, já aprovado no Senado, sobre o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). O texto propõe pagamento da dívida em 360 meses com encargos equivalentes ao IPCA, acrescidos de juros reais que variam de 0% a 2% ao ano, dependendo de condicionantes assumidos pelos entes.

O projeto prevê oito alternativas para a adesão, que incluem a amortização extraordinária aos contratos e investimentos em áreas específicas. Também prevê um Fundo de Equalização Federativa (FEF), que receberá aportes dos Estados e será revertido aos entes com base no Fundo de Participação dos Estados. Com as contribuições para o FEF, o Estado abre mão de uma parte dos seus recursos, fazendo com que os desembolsos para fora sejam, efetivamente, entre 1% a 3% (mesmo que os juros sejam de 0% a 2%).
Pagamento de precatórios tem incremento até agosto
Para enfrentar um dos principais passivos do Estado, seguem os pagamentos recordes de precatórios. Além dos recursos do Tesouro, em 2024, já houve o ingresso de R$ 401 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por meio do programa Pró-Sustentabilidade. Com isso, o Estado já pagou R$ 804 milhões em precatórios até agosto de 2024 e deve superar, até o final do ano, o volume de pagamentos de 2023, que já havia sido recorde.

Confira os resultados das contas públicas dos segundos quadrimestres dos últimos quatro anos (em bilhões de R$):




Jogo Rápido

RS teve inverno sem desconforto térmico para os rebanhos da bovinocultura de leite
A condição climática durante o inverno deste ano não trouxe desconforto térmico aos animais da bovinocultura de leite. Utilizando o Índice de Temperatura e Umidade (ITU), a publicação documenta e identifica as faixas de conforto/desconforto térmico às quais os animais foram submetidos, estimando os efeitos na produção de leite. A condição climática durante o inverno deste ano não trouxe desconforto térmico aos animais da bovinocultura de leite, apenas em episódios pontuais e localizados. Estes são os resultados das análises de dados publicadas no Comunicado Agrometereológico 75 - Especial Biometeorológico Inverno 2024, editado pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi). O Comunicado analisa as condições meteorológicas ocorridas no período, como precipitação pluvial, temperatura e umidade do ar. Utilizando o Índice de Temperatura e Umidade (ITU), a publicação documenta e identifica as faixas de conforto/desconforto térmico às quais os animais foram submetidos, estimando os efeitos na produção de leite. Acesse clicando aqui. (Terra Viva)

 
 

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Porto Alegre, 02 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.234


Lactalis lança websérie e mostra caminhos da rentabilidade na produção leiteira

Novo episódio detalha processos de produção e controle de qualidade, da fazenda à mesa do consumidor

O Rio Grande do Sul produz 4,11 bilhões de litros de leite ao ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo o terceiro maior produtor do Brasil. Responsável por 11,61% da produção nacional, o Estado tem um amplo potencial de expansão de suas bacias leiteiras. Atenta a isso, a Lactalis Brasil está investindo em solo gaúcho para aumentar sua captação por meio de assistência ao produtor rural e oferta de insumos capazes de otimizar a produção e os resultados das propriedades.

É isso o que mostra o segundo dos quatro episódios da websérie “Caminhos do Leite”, lançada pela Lactalis durante a última Expointer, em Esteio. O vídeo começa em uma propriedade rural do município gaúcho de Alecrim, apresentando a rotina dos Herzog, uma das três mil famílias que fornecem leite para a empresa. E são eles que, ao lado dos técnicos da Lactalis, mostram a rotina do produtor de leite e os desafios diários para se obter um alimento cada dia melhor.

Um dos focos do filme é mostrar que a qualidade do produto que chega à mesa do consumidor é influenciada por diferentes fatores como a alimentação das vacas, o manejo, a raça do animal, a higiene na ordenha, entre outros. Ou seja, a garantia de segurança alimentar do consumidor começa no campo.

O episódio mostra as etapas de ordenha, resfriamento, transporte e controle de qualidade na indústria. Também é abordada a parceria com a American Nutrients, empresa responsável pela produção de insumos da marca Muu Care, e itens de higiene e limpeza que garantem a sanidade dos rebanhos e instalações.

Segundo o CEO da Lactalis Brasil, Roosevelt Júnior, a expansão das bacias leiteiras gaúchas esbarra, geralmente, na falta de competitividade e rentabilidade da atividade no campo. Por isso, uma das formas que a companhia encontra para incentivar os produtores também aparece no episódio: produtos são ofertados a preços competitivos e com vantagens que ajudam na lida e nas contas.

Júnior destaca que o objetivo da websérie é esclarecer ao consumidor sobre o funcionamento da cadeia produtiva, ao mesmo tempo em que dialoga com os produtores gaúchos que fornecem leite todos os dias a Lactalis e mostrar que é possível crescer na atividade ao melhorar a gestão e a produção do leite gaúcho.

– A qualidade é uma questão essencial e ela está diretamente atrelada aos cuidados de toda a cadeia produtiva, algo que começa no campo. É na mão do produtor de leite que está o poder de obter um leite mais rico em sólidos e rentável. Isso depende da seleção e do melhoramento genético, da higiene e da sanidade do rebanho– explica.

Para incentivar os produtores a manter boas práticas na produção, a Lactalis oferece assistência técnica, apoio à aquisição de alimentação e ração para os animais, medicamentos, suplementos e material de higiene para a limpeza de estruturas de ordenha e de bem-estar animal.

– Queremos estar ao lado do produtor pelo desenvolvimento da atividade e isso passa, obviamente, pela remuneração e pela produção. Produtores eficientes recebem pelo seu leite e conseguem investir na atividade. Esse é um caminho que se segue muito mais fácil se andarmos em conjunto. A Lactalis está disposta a usar toda sua experiência como líder mundial do setor lácteo no desenvolvimento das bacias leiteiras gaúchas. Porque o leite gaúcho é especial. Carrega esse amor pelo solo e pela nossa cultura. Estamos ao lado do Rio Grande do Sul nessa jornada porque escolhemos estar aqui – afirma Roosevelt Júnior.

Assista ao 1º episódio clicando aqui.

Assista ao 2º episódio clicando aqui.

As informações são de Zero Hora


GDT: leite em pó atinge maior valor dos últimos anos

Os preços internacionais dos principais derivados lácteos apresentaram comportamentos diferentes entre as categorias lácteas no 365º leilão de lácteos da plataforma GDT, realizado no dia 01/10, mas com destaque para valorização da categoria de leite em pó integral.

O GDT Price Index (média ponderada dos produtos) ficou em US$ 3.851/tonelada, como mostra o gráfico 1, com um aumento de 1,2% em relação ao evento anterior.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.
 
As principais categorias acompanhadas e negociadas durante o evento apresentaram tanto oscilações positivas como negativas.

Nesse cenário, a maior variação percentual ficou para a categoria do queijo cheddar, que obteve uma valorização de 3,8%, sendo negociado na média de US$ 4.606/tonelada. Por outro lado, também no grupo de queijos, a muçarela teve redução no seu preço, com retração de 7,7%, fechando com preço médio de US$4.960/tonelada

A categoria do leite em pó integral obteve um expressivo aumento no último leilão, fechando na média de US$ 3.559/tonelada, representando um aumento de 3,0% em relação ao evento anterior e atingindo o maior preço médio desde outubro de 2022.

Em relação às quedas, o leite em pó desnatado apresentou baixa de 0,6% sendo negociado na média de US$ 2.795/tonelada, da mesma forma a categoria da manteiga obteve desvalorização de 1,4%, fechando na média de US$ 6.407/tonelada.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 01/10/2024.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

No primeiro leilão de outubro, o volume negociado apresentou leve aumento. Com um total de 38.848 toneladas sendo negociadas, um aumento de 0,1% em relação ao volume negociado no evento anterior, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Em relação ao equilíbrio entre oferta e demanda no leilão, mesmo com o volume ofertado alcançando os níveis mais altos dos últimos anos, um dos destaques tem sido a retomada das compras do mercado asiático, que tem aumentado seu volume nos últimos eventos. Esse crescimento, somado à demanda constante de países do Oriente Médio, tem dado maior sustentação aos preços.

No mercado futuro de leite em pó integral na Bolsa de Valores da Nova Zelândia, as projeções indicam um aumento preços do leite em pó integral em comparação com os valores atuais, além de também serem superiores aos valores praticados anteriormente para os contratos vencidos nos mesmos períodos, conforme mostrado no gráfico 3.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.
 
E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e do Uruguai, países que historicamente praticam preços acima do Global Dairy Trade (GDT), em grande parte devido à Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, que impõe tarifas de quase 30% sobre importações de fora do bloco.

No entanto, o cenário está mudando. Recentemente, a diferença de preços entre os produtos lácteos do Mercosul e os praticados no GDT diminuiu, refletindo as altas nos leilões globais mais recentes, o que pode trazer maior competição de outros mercados para o Brasil, em relação às exportações do Mercosul.

No momento, o Brasil segue pagando preços superiores aos praticados no leilão GDT, o que indica que o Mercosul deve seguir priorizando os envios ao mercado brasileiro. De acordo com pesquisa semanal do MilkPoint Mercado, atualmente os preços do Mercosul para exportações ao Brasil estão em cerca de USD3.900 a USD4.000/tonelada para o leite em pó integral – enquanto o GDT acaba de atingir USD3.559/tonelada.

Todavia, as altas recentes do GDT ligam um sinal de alerta para os compradores brasileiros, que podem enfrentar uma disponibilidade mais restrita do Mercosul à frente. (Milkpoint)

Há dias sem energia elétrica, produtores de leite em Dom Pedrito (RS) estão tendo que jogar leite fora

Há pelo menos 14 dias Maximiliano Kurtiz Pinto, produtor de leite em Dom Pedrito, no Rio Grande do Sul, está sem energia elétrica em sua propriedade. No caso de Márcio Froehlich, são 9 dias. Em comum, ambos estão tendo prejuízo tendo que jogar o leite ordenhado das vacas fora, já que, sem energia elétrica, não há como armazenar o produto. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, em 2023, o Município produziu 8.127.000 litros de leite.

Chove forte em Dom Pedrito, ao menos, desde 22 de setembro, com ventania, queda de granizo e interrupção do serviço de energia. A Concessionária local do serviço, a CEEE Grupo Equatorial, foi questionada por e-mail sobre a situação, mas ainda não se posicionou sobre o caso. Uma manifestação foi realizada nesta semana em frente ao escritório da empresa nesta semana por produtores de leite. 

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Dom Pedrito, José Roberto Weber, a informação procede. “Esta Equatorial é uma vergonha.Tem gente sendo obrigada a jogar o leite fora pela falta de energia e, outros, com problema nas vacas por não poder esgotá-las”, explicou.

Weber ainda disse que o Sindicato Rural foi chamado hoje para tentar resolver, mas não tem jeito. “A concessionária não tem pessoal nem estrutura para manter os serviços”.

Maximiliano Kurtiz Pinto, pecuarista leiteiro em Dom Pedrito há 10 anos, conta que está há 14 dias sem energia, mas que desde que a Concessionária assumiu o serviço, sua propriedade fica, em média, de 4 a 6 dias por mês sem luz. 

“Nosso problema é muito sério, porque tem produtores que têm que ventilar o arroz, porque o arroz é amarela, e acaba só servindo para ração. Aqui na fronteira é geral esse problema. O pessoal da Equatorial está completamente perdido, porque eles saem para ir em um lugar e vão para outro, e quando a internet deles dá problema, eles dão a ordem de serviço como encerrada e caso embora”. 

Segundo Kurtiz, neste período em que sua propriedade está produzindo pouco leite, até o momento ele descartou em torno de 2300 litros. “O nosso problema também é o gerador, já que ele não tem força o suficiente para gerar o vácuo necessário para a ordenha, além do barulho, e estas questões que atrapalham o bem-estar animal vão gerar mais prejuízos”, disse.

No caso de Marcio Froehlich, há nove dias falta energia elétrica em sua propriedade em que além de leite, se produz queijos. “Caíram dois postes de energia e uma travessa. Tive que jogar fora em torno de 3,500 litros de leite. Contando com combustível, ração, pastagem, queijo que teve que jogar fora porque uma das câmaras frias o gerador não deu conta, soma um prejuízo de 30 mil reais. Se juntar o estrago na estrutura por causa da chuva, dá cerca de 130 mil”. 

Em contato com a Concessionária, Froehlich detalha que “eles estão perdidos no sistema deles, é um colapso total, eles mentindo para nós, e eles não conseguindo passar as informações para as equipes deles. Eles não tem nem como levantar porte pq não tem caminhão munck”. 

Para ambos produtores, para mais do que o prejuízo financeiro, o problema de não conseguir tocar a operação na propriedade é o maior problema, sem conseguir ordenhar as vacas corretamente e nem estocar o produto.

REUNIÃO

Fábio Avancini Rodrigues, diretor vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), afirma que a entidade possui assento no Conselho de consumidores da CEEE Equatorial, e que este assunto é recorrente. 

“Nós fazemos demandas diretamente com o presidente da companhia, tanto é que o conselho se reúne uma vez por mês, uma na capital e uma nas regiões que apresentam problemas. A próxima será realizada no dia 8 de outubro em Bagé, regional de Dom Pedrito”. 

O que é possível identificar, conforme explica Rodrigues, é que a Equatorial estava sucateada e a CEEE compra a empresa e começa a fazer uma série de investimentos em pessoal, estrutura, com investimentos vultosos, mas lentos, “mas isso não justifica, porque quando compraram a empresa, sabiam destes problemas”.

“Mas posso dizer que a presidência da Concessionária no Rio Grande do Sul mudou neste último ano e o presidente é de origem técnica do setor e formou uma equipe interessante, e algumas regiões estão sentindo essas mudanças, mas não podemos esquecer de eventos climáticos anteriores”. 

A reunião será aberta ao público na próxima terça-feira, dia 8, às 14h na sede da Associação rural de Bagé. Fonte: Notícias Agrícolas 


Jogo Rápido

Desde as excessivas chuvas do outono a indústria uruguaia capta menos leite do que em 2023
A queda da produção de leite e da captação pela indústria está refletida nos três indicadores do Instituto Nacional do Leite (Inale). Uma baixa mensal constante desde as chuvas excessivas do outono, em comparação com os dados de 2023. A captação de agosto caiu, a produção acumulada de 2024 está menor e também houve queda nos últimos 12 meses móveis, encerrados em agosto de 2024.  A comparação interanual mês a mês deste ano, mostra que em janeiro e fevereiro a produção de leite foi maior na comparação interanual. Em março ficou estagnada e desde abril, quando as chuvas excessivas atingiram o país - condições particularmente adversas para os sistemas produtivos de leite - a produção de 2024 foi sempre menor do que a de 2023. Fonte: El Observador | Tradução livre: www.terraviva.com.br

 
 

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Porto Alegre, 01º de outubro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.233


Calculadora do Leite já está disponível no site do Conseleite

A terça-feira (01/10) marcou a entrada em operação da Calculadora do Leite. A ferramenta gratuita está disponível no endereço www.conseleite.com.br/calculadora. Disponibilizada pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do RS (Conseleite), deve auxiliar o produtor a projetar a rentabilidade conforme a qualidade do leite produzido. “É uma melhoria que chega para incentivar os produtores a seguirem adotando as melhores práticas em suas propriedades a fim de que o leite gaúcho aumente sua produtividade, competitividade e qualidade”, assinala Darlan Palharini, secretário executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat/RS).
 
Para o cálculo do valor de referência/mês são equalizados os parâmetros fornecidos pelo produtor àqueles que integram a base de referência padrão do leite. Eles levam em conta o volume (litros por dia), os percentuais de gordura e proteína e índices para contagens de Células Somáticas (CCS) e Bacterianas (CBT). A Calculadora foi elaborada na Câmara Técnica do Conseleite por lideranças dos produtores e indústrias com apoio da Universidade de Passo Fundo (UPF).

As informações são da assessoria de imprensa do SINDILAT/RS


Global Dairy Trade - GDT

Fonte: GDT adaptado pelo SINDILAT/RS

 

Dívida bruta do governo sobe pelo 14º mês seguido e é a maior em 3 anos

Indicador chegou a 78,55% do Produto Interno Bruto em agosto, segundo Banco Central

A dívida bruta do governo geral subiu pelo 14º mês seguido e chegou a 78,55% do Produto Interno Bruto (PIB) em agosto, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) ontem. O nível é o mais alto desde outubro de 2021, quando o patamar da dívida chegou a 79,5% do PIB.

A última vez que o indicador recuou foi em junho de 2023. Naquele mês, a dívida passou de 72,2% para 72,14% do PIB. Desde então, a alta foi de 6,41 pontos percentuais (p.p.). Apenas neste ano, a elevação foi de 4,1 p.p, saindo de 74,4% do PIB em dezembro de 2023.

O mercado e o governo projetam que essa elevação continue nos próximos anos. As expectativas de mercado colhidas pelo BC mostram uma mediana de projeções de 78,15% do PIB para 2024 e sucessivas altas até atingir 89,72% em 2032 e cair para 88,65% no ano seguinte.

Jeferson Bittencourt, head de macroeconomia do ASA e ex-secretário do Tesouro Nacional, afirmou que um percentual “mais elevado” de indexação da dívida à Selic “deve potencializar o efeito do ciclo de aperto monetário sobre a dinâmica da dívida”.

Segundo o BC, 54,9% da dívida bruta é indexada à Selic e cada elevação de 1 p.p. na taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) impacta em alta de 0,44 p.p na relação dívida/PIB, ou R$ 50,3 bilhões.

Bittencourt ressalta também que a ausência de recuperação mais rápida do resultado primário nos próximos anos reduz a capacidade do fiscal neutralizar o efeito da alta dos juros. A projeção da ASA é que a dívida chegue em 77,5% do PIB ao fim deste ano.

“Importante destacar que o movimento da Selic é muito condicionado pela própria situação fiscal, de modo que um melhor resultado primário não só teria um efeito direto no cálculo da dinâmica da dívida, mas atuaria sobre as expectativas viabilizando taxas de juros mais baixas, contribuindo também indiretamente para uma trajetória melhor do indicador", disse.

Em nota, o Bradesco informou que espera um ritmo de alta da relação dívida/PIB mais baixo nos próximos meses. “A antecipação de despesas para o primeiro semestre deve gerar resultados primários mensais melhores no restante do ano. Por outro lado, o início do ciclo de alta da Selic ainda manterá o déficit nominal em níveis elevados.” O Bradesco projeta a dívida bruta em 79,5% no PIB no fim de 2024.

Em entrevista ao Valor na semana passada, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que a estabilização da curva da dívida seria em 2028 e entre 81% e 82% do PIB. Já para este ano, Ceron disse que a equipe técnica estava fechando os detalhes, mas que a dívida bruta deve terminar em cerca de 77,5%, 77,7% ou 77,8% do PIB. Na ocasião, Ceron apontou que alta do PIB ajuda o indicador. No entanto, o novo ciclo de elevação na política monetária pelo BC “tem algum impacto”.

O BC também divulgou que o déficit primário do setor público consolidado acumulado em 12 meses chegou a R$ 256,3 bilhões, vindo de R$ 257,7 bilhões no mês anterior. Renato Baldini, chefe-adjunto do Departamento de Estatísticas do BC, apontou que o número vem caindo “mês a mês” desde maio, quando estava em R$ 280,2 bilhões (2,52% do PIB). (Valor Econômico)

As informações são do Jornal do Comércio


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Dairy Vision 2024
As indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido na inscrição para o Dairy Vision 2024. As vendas estão no primeiro lote e seguem abertas até o dia 29 de setembro. O acesso para garantir o benefício deve ser feito através do link disponível no site do SINDILAT/RS, clicando aqui. Um dos principais fóruns de estratégia e negócios do setor lácteo brasileiro discute, neste ano, os impactos da chegada no campo de diferentes inovações, entre elas, a Inteligência Artificial. Serão dois dias de palestras e encontros na cidade de Campinas (SP). Os cinco painéis acontecem nos dias 05 e 06 de novembro e tratam de: Desafios e oportunidades para a cadeia do leite no Brasil; A transformação do ambiente de negócios na cadeia do leite; O que há de novo no horizonte? Startups to watch; Um olhar sobre o leite na América Latina; Indo além do leite: o que a ciência está trazendo de inovação; e Inovação aplicada ao segmento de alimentos. As informações do evento e programação completa estão em www.dairyvision.com.br. 

 
 

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Porto Alegre, 30 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.232


Relatório sobre produção e consumo de laticínios na América do Norte

O mais recente relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostrou que a produção de leite nos 24 principais estados produtores de leite dos Estados Unidos da América (EUA) totalizou 18,2 bilhões de libras (8,2 milhões de toneladas) em julho, um leve recuo de 0,2% na comparação interanual. A produção em junho de 2024 caiu mais (-1,5%) em relação a junho de 2023. 

Olhando para a produção por vaca, nesses estados, houve aumento de 2 libras (0,9kgs) em julho de 2024 na comparação com o mesmo mês do ano anterior e chegou à média de 2.047 libras (929 quilos). Apesar desses dados, o Serviço de Pesquisa do USDA prevê que ambos os indicadores de produção de 2024 serão menores em comparação com 2023. 

Diferenças entre os estados
Entre todos os principais estados produtores, o Novo México registrou o maior declínio, menos 48 milhões de libras (-8,9%) e Dakota do Sul ganhou 29 milhões de libra (+7,4%). O analista Phil Plourd da Ever.Ag Insights atribuiu a queda de produção registrada nesses estados aos surtos de gripe aviária, uma doença altamente patogênica que atingiu grandes estados produtores de leite, incluindo o Colorado, Idaho e Iowa. 

Situação no Canadá
A comissão Canadense de Laticínios mostrou em suas últimas estatísticas de junho de 2024 pequenas diferenças em relação a um ano atrás. A produção de leite cru no Canadá é medida pelo teor de manteiga do leite, o que varia sazonalmente. “Em junho de 2024, a produção nacional foi de 1,11 milhões de quilos de manteiga em média diária”, afirma a Comissão. “Isso representa um decréscimo de 2,09% em relação ao mês anterior e aumento de 0,62% na comparação com o período equivalente do ano passado, em termos de média diária. 

Mercado
Analistas industriais mostram que o consumo per capita de produtos lácteos está aumentando em cerca de 1 a 2 kg. Isso se deve especialmente ao aumento da população hispânica etambém envelhecimento geral da população, com as pessoas acima de 50 anos consumindo mais produtos lácteos do que qualquer outro grupo no país. O consumo de leite está em declínio, enquanto a venda de outros lácteos, como queijo e iogurte aumentam constantemente. Algumas indústrias de laticínios passaram a comercializar lácteos enriquecidos com mais proteína para atender essa tendência do consumidor. 

Ao norte da fronteira, para assegurar que o consumo de leite e derivados seja firme, o Dairy Farmers Canada lançou um novo programa de recompensa para os consumidores nesta primavera. Ele é identificado pelo chamado logotipo “Blue Cow’, um dispositivo no rótulo que diferencia os produtos lácteos canadenses dos importados. 

Fonte: Dairy Global Tradução livre: www.terraviva.com.br


O aumento do percentual no pagamento por sólidos: produtores de leite da CCGL terão 30% da folha do leite pagos pelo Programa Mais Sólidos, Maior Valor

A partir de 01 outubro de 2024, o Programa Mais Sólidos, Maior Valor da Cooperativa Central Gaúcha Ltda. (CCGL) entrará na Fase 3, com um importante reajuste no modelo de remuneração aos produtores de leite. O peso do pagamento por sólidos, que era de 20%, passará para 30%,do volume de leite comercializado, reforçando o compromisso da cooperativa com a valorização da qualidade e dos sólidos no leite, como gordura e proteína.

O programa, que inovou o modelo de pagamento no Brasil ao remunerar os produtores não apenas pelo volume de leite, mas também pelos quilos de gordura e proteína fornecidos, foi lançado em 2022 com o objetivo de incentivar a produção de leite com maior rendimento industrial e qualidade superior. Em entrevista, a Coordenadora de Projetos da CCGL, Dra. Natália Marins Bastos, destacou os benefícios que essa nova fase trará para os cooperados.

"O programa Mais Sólidos busca valorizar os esforços dos produtores que investem em produtividade e qualidade do leite, resultando em maior rendimento industrial. Trata-se de um modelo de pagamento inovador no Brasil, que remunera o produtor pelos quilogramas de gordura e proteína fornecidos durante o mês e considera a contagem de células somáticas (CCS), fator relacionado com a qualidade do produto", explicou a coordenadora.

O suporte técnico oferecido pela CCGL é outro ponto fundamental para o sucesso do programa. "Temos no campo um corpo técnico especializado, que auxilia os produtores a identificar os fatores que influenciam direta e indiretamente na produção de gordura e proteína, aumento da produção de leite e redução da CCS. Desde o bem-estar animal e consumo da dieta, até produção de volumosos e fertilidade do solo. O objetivo é otimizar a produção", reforçou Natália.

Com o aumento do peso do pagamento por sólidos de 20 para 30% refletido no preço final da folha do leite, os produtores terão um incentivo financeiro ainda maior, “Já temos produtores que, com 20% da folha do leite sendo pago por sólidos, recebem cerca de 20 centavos a mais por litro. Agora, com o aumento para 30%, esperamos resultados ainda mais positivos”, afirmou.

O Programa Mais Sólidos, Maior Valor, segue sua trajetória de evolução, impulsionando a sustentabilidade e a lucratividade dos produtores cooperados. "Desde o início, nosso objetivo foi aumentar progressivamente o peso do pagamento por sólidos incidindo sobre a folha do leite. Agora, com essa nova fase, estamos dando mais um passo firme em direção a um leite de maior qualidade", concluiu Natália.

Para mais informações sobre o programa e como participar dessa nova fase, os produtores devem entrar em contato com o técnico responsável no sistema CCGL. (As informações são da Assessoria de Imprensa da CCGL)

Com impacto dos eventos meteorológicos, PIB do RS recua 0,3% no 2º trimestre em relação ao 1º trimestre de 2024

Na comparação com o mesmo período de 2023, economia gaúcha cresceu 4,6%

A economia gaúcha no segundo trimestre de 2024, marcado por eventos meteorológicos extremos, registrou variação negativa de 0,3% na comparação com o trimestre anterior. O desempenho nos três grandes segmentos no período entre abril e junho apontou alta nas atividades ligadas à agropecuária (+5,3%), variação de 0,1% nos serviços e queda de 2,4% na indústria. No mesmo período, o Produto Interno Bruto (PIB) do país registrou crescimento de 1,4%.

A apresentação dos resultados do PIB do Rio Grande do Sul, elaborado pelo Departamento de Economia e Estatística da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG), ocorreu nesta terça-feira (24/9), com a presença da titular da SPGG, Danielle Calazans.

Em relação ao mesmo trimestre de 2023, a economia do Rio Grande do Sul cresceu 4,6%, puxada pelo desempenho da agropecuária (+34,6%). Na mesma base de comparação, a alta no PIB do país foi de 3,3%.

A indústria apresentou retração de 1,7% no segundo trimestre, influenciada pelo desempenho negativo de 6,5% da indústria de transformação, a principal do segmento. Das 14 principais atividades industriais, dez apresentaram queda, em especial a atividade de máquinas e equipamentos (-26,3%), produtos químicos (-10,9%) e produtos alimentícios (-5,1%). Com exceção da indústria de transformação, os demais setores registraram alta, com destaque para a eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (+37,9%).

Nos serviços, o Estado apresentou alta de 2,4% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2023. Entre os segmentos da área, o comércio puxou os números positivos, com alta de 5,1% no trimestre, seguido dos serviços de informação (+3,9%). Entre as dez principais atividades comerciais, seis tiveram desempenho positivo, em especial a de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebida e fumo (+12,1%), móveis e eletrodomésticos (18,8%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+9,7%).

"O governo tem trabalhado arduamente para a recuperação do Estado após os efeitos dos eventos meteorológicos que atingiram o território em maio. Após dois anos de estiagens e as inundações recentes, os números do PIB demonstram a resiliência da população gaúcha e auxiliam a orientar as políticas em desenvolvimento para superarmos este momento de dificuldades", ressaltou Danielle Calazans.

Acumulado no ano

No acumulado do primeiro semestre do ano, o PIB do Rio Grande do Sul teve crescimento de 5,4% contra 2,9% do Brasil. A recuperação da produção agrícola em 2024 em relação ao ano anterior, ainda afetado por estiagem, marcou os números da agropecuária. Entre os principais grãos, houve crescimento de 43,8% na produção de soja e de 13,6% na de milho e variação de -0,3% na cultura de arroz. No mesmo período no Brasil, o segmento registrou queda de 2,9%. Nesta mesma base de comparação, a indústria gaúcha cresceu 0,2%, e os serviços, 2,7%.

"As enchentes causaram impactos significativos na economia gaúcha, resultando em quedas expressivas nas produções agropecuária, industrial e de serviços em maio. No entanto, a partir de junho, a produção industrial começou a se recuperar, a construção voltou a crescer, e as vendas no comércio atingiram o maior nível da série, sinalizando um movimento de retomada econômica, ainda que não generalizada para todas as atividades”, avaliou o pesquisador do DEE, Martinho Lazzari.

Quatro trimestres

Nos números acumulados dos últimos quatro trimestres (do 3º trimestre de 2023 ao 2º trimestre de 2024), o PIB do Rio Grande do Sul apresentou crescimento de 2,6%, enquanto no Brasil a alta foi de 2,5%. (SEAPI)


Jogo Rápido

Argentina – As fazendas leiteiras esperam as chuvas “decisivas” para recuperar a produção
Segundo o último relatório do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), são necessárias chuvas “importantes” nos últimos quatro meses do ano, quando são produzidos 38% do total nacional. Segundo a entidade, para reverter a queda da produção é preciso urgentemente de uma ajuda do clima. Os números da produção de leite na Argentina: Em agosto de 2024 a produção foi de 992,8 milhões de litros de leite, o que representa 5,5% acima da produção do mês anterior (igual na média diária) e 6,2% menos na comparação com o mesmo mês do ano anterior.  “Normalmente a produção no mês de agosto sobe cerca de 6,5% em relação a julho (na média diária), e este agosto o percentual ficou um pouco abaixo, 5,5%”, afirma o OCLA.  Se forem analisados os números pelo tamanho das fazendas leiteiras, por níveis de produtividade/eficiência e por região geográfica, fica evidente uma grande diferença em relação ao comportamento da produção, onde existe quedas interanuais significativas em regiões e estratos produtivos. (Fonte: La Voz – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
 

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Porto Alegre, 26 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.231


Cadeia leiteira: o que é preciso para continuar na atividade?

Relação familiar e busca por conhecimento são apontados como caminhos para a permanência

A bovinocultura de leite precisa se tornar uma atividade atrativa para não perder mais produtores rurais. Entidades ligadas ao setor, como cooperativas e representantes da classe produtiva, reconhecem que a manutenção e a prosperidade da atividade leiteira gaúcha dependem tanto da valorização dos jovens na propriedade, quanto de estímulos da própria família. Aproximar a gestão da propriedade rural da tecnologia é outro ponto observado como determinante para a continuidade das famílias na cadeia leiteira.

Hoje são pouco mais de 33 mil produtores de leite no Rio Grande do Sul ligados à indústria, segundo o último Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite, elaborado pela Emater em 2023 – documento que é lançado a cada dois anos. O próximo levantamento será no ano que vem, quando o relatório completa dez anos. Em 2015, o Estado concentrava 84.199 produtores de leite. A redução desses números tem entre as razões a dificuldade de 
sucessão familiar. 

A tecnologia impacta todos os setores produtivos, e no ramo leiteiro não é diferente. Em termos de acesso à tecnologia, a distância entre zona rural e urbana é bem mais estreita. Foi-se o tempo em que os produtores rurais lutavam por acesso à energia elétrica. Agora banda larga é um imperativo básico para levar adiante o setor primário. A adaptação de lidar com ferramentas tecnológicas, desde aplicativos de gestão e monitoramento de rebanho a ordenhadeiras robotizadas, está nas mãos da geração atual.

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, reconhece que as propriedades onde há sucessão familiar se destacam pelos investimentos voltados à tecnologia. “Normalmente as propriedades que têm se destacado na questão de novas tecnologias têm jovens que estão assumindo o gerenciamento”, afirma. 

A prova de que a transformação tecnológica dá resultados está nos números da produção de leite que chega até as indústrias. Palharini observa o patamar de produtividade leiteira no Estado. Os dados da Emater apontam o crescimento da produção mesmo diante da queda do número de produtores. Isto coloca o Rio Grande do Sul como terceiro maior produtor de leite do Brasil, segundo dados do Anuário do Leite 2024, elaborado pela Embrapa. “Embora haja diminuição do número de produtores, não tem diminuição da produção de leite. Quer dizer que aqueles que estão ficando na atividade ou fazendo seus investimentos também têm como visão de médio e longo prazo o ganho em escala. Essas propriedades que continuam na atividade têm esse norte de que precisam aumentar sua produtividade, precisam investir em novas tecnologias do que tem hoje disponível para que realmente consigam se manter na atividade e ter lucratividade também”, avalia Palharini. (ABC Mais)


Conseleite/MG projeta variação de 1,3% no valor de referência do leite a ser pago em outubro

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 25 de Setembro de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2024 a ser pago em Agosto/2024.

b) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Agosto/2024 a ser pago em Setembro/2024.

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Setembro/2024 a ser pago em Outubro/2024.

Períodos de apuração:

Mês de Julho/2024: De 01/07/2024 a 31/07/2024
Mês de Agosto/2024: De 01/08/2024 a 31/08/2024
Parcial de Setembro/2024: De 01/09/2024 a 20/09/2024
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

As informações são do Conseleite Minas Gerais.

Empresas de apostas online receberam em agosto R$ 3 bilhões de beneficiários do Bolsa Família, mostra análise técnica do BC

Em 2024, os valores mensais de transferências para as chamadas de bets variam de R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões. Estudo estima que aproximadamente 15% do que é apostado seja retido por elas

Apenas no mês passado, 56 empresas de apostas e jogos de azar online totalizaram R$ 20,8 bilhões de transferências recebidas. A estimativa é de que, só em agosto, 5 milhões de pessoas pertencentes a famílias beneficiárias do Bolsa Família (PBF) enviaram R$ 3 bilhões às empresas de aposta via Pix, com média de gastos por pessoa de R$ 100. As informações são de análise técnica do Banco Central (BC) sobre o mercado de apostas online no Brasil e o perfil dos apostadores. 

Dentro desse universo de apostadores, 4 milhões são chefes de família, aqueles que de fato recebem o benefício, e enviaram R$ 2 bilhões (67%) por Pix para as bets. De acordo com o estudo, cerca de 17% dos cadastrados no programa apostaram no período.

Em 2024, os valores mensais de transferências para as chamadas de bets variam de R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões. Os dados são referentes a empresas de apostas e jogos de azar que não se identificam no CNAE adequado. Essas empresas, explica o BC, foram identificadas com base em citações na internet e aplicação de filtros com características típicas de transferências de apostas. 

Num comparativo entre apostas online e loterias, o BC apresentou os valores mensais arrecadados pelas modalidades em agosto de 2024. No mês, a média mensal arrecadada pelas loterias foi de R$ 1,9 bilhão. Esse valor corresponde a soma dos valores arrecadados em cada sorteio da Caixa Econômica Federal. Segundo o levantamento do BC, o número de CNPJs de casas lotéricas ativas em agosto de 2024 era de 13.559.

No mesmo mês, o BC identificou um total de 520 CNPJs ativos que se classificaram no CNAE correspondente a jogos de azar e apostas, que registraram uma média mensal em agosto de R$ 300 milhões.

"Com base nas transferências que são feitas dessas empresas para pessoas físicas, estimamos que aproximadamente 15% do que é apostado seja retido pelas empresas, com o restante distribuído aos ganhadores a título de prêmio", destaca o BC. O estudo especial, cujo objetivo é mensurar o tamanho do mercado de jogos de azar e apostas online no Brasil,  foi realizado a partir de uma solicitação do senador Omar Aziz (PSD-AM).

O estudo destaca que a análise apresenta desafios, pois "muitas empresas que operam jogos de azar e apostas online o fazem sob nomes que não correspondem aos divulgados na mídia e várias delas não estão corretamente classificadas no setor econômico apropriado (CNAE 9200-3/99, relacionado à exploração de jogos de azar e apostas)". Muitas dessas empresas também não atuam exclusivamente no setor de apostas, tornando a análise mais complexa.

"Deve-se realçar que os resultados são estimativas, sujeitas aos riscos dos pressupostos adotados, e são resultados preliminares, dado que o aprofundamento da análise ainda está em desenvolvimento", destaca a análise técnica do BC.

O perfil dos apostadores
A análise feita estima que cerca de 24 milhões de pessoas físicas participaram de jogos de azar e apostas, fazendo ao menos uma transferência via Pix para empresas durante o período analisado. Com relação ao perfil dos apostadores, a maioria tem entre 20 e 30 anos, embora as apostas sejam feitas por indivíduos de diferentes faixas etárias.

Foi identificado ainda que o valor médio mensal das transferências cresce de acordo com a idade. Para os mais jovens, a média é em torno de R$ 100 por mês. Já para os apostadores mais velhos, o valor supera R$ 3 mil por mês, de acordo com dados de agosto de 2024.

"Esses resultados estão em linha com outros levantamentos que apontam as famílias de baixa renda como as mais prejudicadas pela atividade das apostas esportivas. É razoável supor que o apelo comercial do enriquecimento por meio de apostas seja mais atraente para quem está em situação de vulnerabilidade financeira", destaca o Banco Central. 

O BC diz estar atento ao tema e que precisa de mais dados e tempo para avaliar com maior robustez as implicações para a economia, estabilidade financeira e o bem-estar financeiro da população.

Confira o estudo completo CLICANDO AQUI. (Estadão conteúdo via GZH)


Jogo Rápido

UE propõe apoio de 120 milhões de euros a agricultores afetados pelas cheias

A Comissão Europeia propôs alocar € 119,7 milhões da reserva agrícola para apoiar diretamente os agricultores da Bulgária, Alemanha, Estônia, Itália e Romênia que foram afetados por eventos climáticos adversos excepcionais na primavera e no início do verão na segunda-feira, de acordo com um comunicado de imprensa da Comissão.  A Comissão propôs atribuir 10,9 milhões de euros à Bulgária, 46,5 milhões de euros à Alemanha, 3,3 milhões de euros à Estónia, 37,4 milhões de euros à Itália e 21,6 milhões de euros à Roménia. Isso contribuirá para compensar os agricultores desses países que perderam parte de sua produção e, como resultado, parte de sua renda. Os valores apresentados hoje são um sinal de solidariedade da UE com os agricultores afetados, que podem ser complementados em até 200% com fundos nacionais. Uma vez adotadas, as autoridades nacionais terão de distribuir esta ajuda até 30 de abril de 2025 e garantir que os agricultores são os beneficiários finais. Os Estados-Membros em causa terão também de notificar a Comissão até 31 de dezembro de 2024 sobre os detalhes da implementação das medidas, nomeadamente os critérios utilizados para determinar a concessão de ajuda individual, o impacto pretendido da medida, as previsões de pagamentos discriminadas por mês até ao final de abril e o nível de apoio adicional a ser fornecido. A notificação deverá também incluir as medidas tomadas para evitar distorções da concorrência e sobrecompensação. A proposta da Comissão será discutida com todos os Estados-Membros antes que eles decidam sobre sua aprovação durante a reunião do Comitê para a Organização Comum dos Mercados Agrícolas em 7 de outubro. Agricultores em outros Estados-Membros foram afetados por eventos climáticos extremos na segunda metade do verão. A Comissão avaliará se tais danos também justificam que a solidariedade da UE seja fornecida. (The Dairy Site)
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 25 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.230


CONSELEITE–PARANÁ RESOLUÇÃO Nº 09/2024

Na reunião do mês de agosto/2024, o Conselho aprovou os resultados dos estudos da Câmara Técnica relativos aos custos de produção de produtores e indústrias que resultam em novos valores de referência para os derivados lácteos considerados no modelo. A diretoria do Conseleite Paraná alerta que não há comparabilidade com os valores divulgados anteriormente. Serão divulgados valores de referência com e sem revisão até o mês de setembro e a partir de outubro de 2024, apenas valores com revisão.

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 27 de setembro de 2024 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Julho de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Agosto de 2024, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Setembro de 2024 é de R$ 4,6251/litro.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br


La Niña fraca deve marcar clima nos próximos três meses

A ocorrência de um La Niña de fraca intensidade, com chuvas ligeiramente abaixo da média histórica, deve marcar o clima nos meses de outubro, novembro e dezembro. É o que aponta o Boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). As previsões apresentadas pelo boletim são baseadas no modelo estatístico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Apesar do prognóstico de chuvas abaixo da média no trimestre, o mês de outubro poderá ter chuva acima da média, especialmente na metade norte do Rio Grande do Sul. Durante o mês, a temperatura também poderá ficar abaixo da média, com chances de geada tardia e maior risco de granizo.

Os meses de novembro e dezembro devem ter chuvas abaixo do normal para o período, com as temperaturas máximas elevadas e possíveis ondas de calor.

O boletim do Copaaergs é elaborado a cada três meses por especialistas em Agrometeorologia de 16 entidades estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. O documento também lista uma série de orientações técnicas para as culturas do período.

PASTAGENS E PRODUÇÃO ANIMAL

- Considerando o prognóstico de precipitação abaixo da média climatológica, a partir do mês de novembro, promover a manutenção da cobertura de solo e de boa disponibilidade de forragem, ajuste da lotação animal conforme o crescimento da pastagem para otimizar os recursos disponíveis;
- Indica-se manter a lotação animal reduzida nas pastagens de azevém, pois essa ação garantirá uma ressemeadura natural eficiente para o próximo ano, preservando a quantidade e a qualidade do azevém;
- Escalonar os períodos de plantio/semeadura das pastagens cultivadas no verão utilizando mudas/sementes de alto vigor, para garantir um crescimento uniforme;
- Indica-se fazer silagem/feno de cultivos e pastagens de inverno, visando garantir maior disponibilidade de alimento no verão para as categorias de rebanhos mais exigentes, tendo em vista que o prognóstico de precipitação abaixo da média climatológica pode afetar o crescimento e desenvolvimento das pastagens.

Assessoria de Comunicação Social - Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação

Consumo de queijo: Norte-americanos comem, em média, 20 kg de queijo por ano

O consumo per capita de queijo nos EUA mais que dobrou desde que o governo local começou a monitorar o setor, em 1975, segundo reportagem da Bloomberg.
O consumo per capita de queijo nos EUA mais que dobrou desde que o governo local começou a monitorar o setor, em 1975, segundo reportagem publicada pela Bloomberg  Businessweek.

Atualmente, cada norte-americano é responsável, em média, pelo consumo de 42 libras (quase 20 quilos) de queijo por ano — mais do que toda a demanda individual de manteiga, sorvete e iogurte juntos.

As instalações locais para produzir queijos respondem hoje por mais da metade dos US$ 8 bilhões em projetos de laticínios dos EUA programados para entrar em operação entre 2023 a 2026, de acordo com dados da International Dairy Foods Association.

O texto da Bloomberg relata que a Great Lakes Cheese Co. está gastando mais de US$ 700 milhões em uma fábrica em Nova York para dobrar a produção de leite da empresa.

Enquanto isso, a Lactalis USA está fazendo um “grande investimento” para iniciar a produção de queijo feta (de origem de grega) em sua unidade na Califórnia, de olho no crescimento da demanda por este tipo de produto.

Por sua vez, a Sargento Foods Inc. acaba de formar uma parceria com a Mondelēz International Inc. para embalar queijo do tamanho de um biscoito. “Seria difícil andar por qualquer uma de nossas instalações e não tropeçar em uma placa de ‘Em construção’”, disse à Bloomberg o chefe de inovação da Sargento Foods, Rod Hogan.

Na era das dietas de baixa gordura que explodiram no início dos anos 1990, houve uma “guerra nutricional contra as gorduras saturadas”, recordou Corey Geiger, economista-chefe de laticínios do CoBank.

Muitos norte-americanos optaram por produtos como leite desnatado e iogurte light, até que a crescente popularidade de dietas de baixo carboidrato, como Atkins e South Beach, deu um impulso ao queijo na virada do milênio. Nos anos seguintes, a demanda crescente por alimentos ricos em proteínas colocou o queijo novamente no menu, diz a reportagem.

Além disso, a pandemia (da Covid-19) acelerou a ascensão do queijo. Quando os restaurantes fecharam, recorda o texto da Bloomberg, os próprios norte-americanos tentaram recriar seus pratos favoritos, completos com pilhas de queijo.

Os queijos mais tradicionais têm apenas quatro ingredientes — leite, sal, culturas e uma enzima — uma simplicidade que aumenta seu apelo. “‘Gordura’ não é uma palavra tão ruim quanto antes, mas ‘ultraprocessado’ é”, comparou Michael Burdeny, presidente da Challenge Dairy Products Inc., uma produtora de manteiga da Califórnia.

A Agri-Mark Inc., proprietária da Cabot Creamery Cooperative, faz quadrados de queijo projetados como biscoitos, degustados sem necessidade de faca. A linha de cortes da empresa, que começou em 2017 com seis variedades, agora tem uma dúzia.

A Cabot produz mais de 140 produtos de queijo, com novos lançamentos superando as outras categorias de laticínios da empresa, de acordo com Sarah Healy, vice-presidente sênior de marketing da companhia. “O queijo deixou de ser um lanche pelo qual os consumidores se sentiam um pouco culpados”, disse Sarah, à Bloomberg.

Alívio ao setor de lácteos
Os investimentos em queijo serão um alívio bem-vindo para uma indústria norte-americana de laticínios, há décadas prejudicada pela queda na demanda por um copo alto de leite frio, relembrou a reportagem.

Parte deste declínio pode ser atribuída ao consumo de produtos vegetais alternativos, como leite de amêndoa e aveia — uma preocupação que não afeta diretamente o queijo. “Queijos vegetais existem, mas não decolaram muito porque não conseguem igualar a textura, consistência e derretimento do produto real”, observou o texto.

No entanto, alertou a reportagem, especialistas do setor nos EUA alertam sobre potencial excesso de oferta de queijos no país, já que as dietas tendem a mudar.

“Suspeitamos que essa onda de investimento, particularmente em queijo, levará a uma situação de excesso de oferta, pelo menos no curto prazo”, disse Erica Maedke, vice-presidente da pesquisadora Ever.Ag Insights.

Um potencial excesso de queijo pode significar boas notícias para os consumidores dos EUA, que viram os preços do produto atingirem níveis recordes há dois anos, embora tenham caído um pouco desde então.

Preços mais baixos também ajudariam os exportadores norte-americanos a conquistar uma fatia maior dos mercados internacionais, sugeriu a reportagem, acrescentando: “Embora os EUA tenham importado um recorde de US$ 1,8 bilhão em queijo no ano passado, o país é um exportador líquido deste alimento”.

Segundo a analista Cara Murphy, da  HighGround Dairy, se a demanda por queijo não se mantiver ao longo dos próximos anos, outros produtos lácteos — iogurte, creme ou proteína de soro de leite em pó — podem ajudar a amortecer a indústria, embora o leite comum não seja mais o motor de crescimento que já foi.

“Queijo e manteiga são o ‘pão com manteiga’ dos laticínios americanos”, disse a analista, que completou: “A beleza desta indústria é que os laticínios são muito adaptáveis.” Portal DBO via edairy news


Jogo Rápido

 

 Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Dairy Vision 2024
As indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido na inscrição para o Dairy Vision 2024. As vendas estão no primeiro lote e seguem abertas até o dia 29 de setembro. O acesso para garantir o benefício deve ser feito através de link disponibilizado no site do SINDILAT/RS, clicando aqui. Um dos principais fóruns de estratégia e negócios do setor lácteo brasileiro discute, neste ano, os impactos da chegada no campo de diferentes inovações, entre elas, a Inteligência Artificial. Serão dois dias de palestras e encontros na cidade de Campinas (SP). Os cinco painéis acontecem nos dias 05 e 06 de novembro e tratam de: Desafios e oportunidades para a cadeia do leite no Brasil; A transformação do ambiente de negócios na cadeia do leite; O que há de novo no horizonte? Startups to watch; Um olhar sobre o leite na América Latina; Indo além do leite: o que a ciência está trazendo de inovação; e Inovação aplicada ao segmento de alimentos. As informações do evento e programação completa estão em www.dairyvision.com.br. (SINDILAT)