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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 06 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.259


Perspectivas para o leite brasileiro, segundo Rabobank

O Rabobank produziu um estudo das Perspectivas para o Agronegócio Brasileiro 2025. Segundo o relatório, 2024 foi positivo para o setor no país após um 2023 de grandes desafios. Os produtores de leite conseguiram manter níveis adequados de rentabilidade com o preço do leite em patamares relativamente elevados ao longo do ano e os custos de produção em níveis estáveis.A indústria também conseguiu operar em um cenário mais favorável, ainda que com o da matéria-prima elevado. A demanda do consumidor final voltou a crescer com melhoras nos indicadores de renda e emprego, o que permitiu ao setor preservar as suas margens em várias categorias e aumentar as vendas em volume em alguns segmentos.A primeira metade do ano foi marcada por produção no campo acima do esperado, principalmente no primeiro trimestre, quando a produção avançou 3,6% comparada com o mesmo período de 2023. Já no segundo trimestre de 2024 a captação formal de leite avançou apenas 1%, comparada como mesmo período de 2023, em parte por causa da queda de 10% no Rio Grande do Sul, que sofreu com as maiores enchentes da sua história no final de abril. As importações recuaram 4,6% em volume no primeiro semestre, porém se mantiveram em patamar historicamente elevado (131 mil toneladas de janeiro a junho). Apesar do aumento da disponibilidade de leite no campo e das importações em patamares elevados, os preços ao produtor avançaram consideravelmente de R$ 2,13/litro em janeiro para R$ 2,75/litro em junho.Na segunda metade de 2024, os efeitos da maior estiagem registrada no Brasil em mais de 40 anos, frearam o avanço da produção no terceiro trimestre. As condições extremas de calor impactam negativamente o conforto das vacas e a disponibilidade de pastagens, reduzindo a produtividade, principalmente em fazendas menores.Mas apesar dos desafios com o clima, a rentabilidade dos produtores se manteve em patamares positivos no segundo semestre de 2024. De acordo com dados do MilkPoint Mercado, o indicador de receita menos o custo da ração tem se mantido no maior patamar do ano no terceiro trimestre (R$ 44/vaca/dia), e provavelmente deve continuar em níveis elevados no quarto trimestre. Isto porque esperamos queda apenas moderada dos preços ao produtor nos meses finais de 2024, considerando a desaceleração da oferta no segundo semestre e a dinâmica positiva da demanda.Assim, a produção de leite no Brasil deve fechar o quarto trimestre com crescimento e alcançar um avanço total de aproximadamente 1,5% em volume para 2024 como um todo, comparado com o nível de 2023. Com relação ao mercado internacional, as importações brasileiras se mantiveram em patamares elevados no segundo semestre, e devem encerrar o ano em patamares semelhantes aos níveis de 2023 (278 mil toneladas).

A migração de pequenos produtores para outras atividades e a consolidação da base produtora em menos produtores ativos aumentou em 2024, como era esperado, e deve continuar em 2025. A rentabilidade dos produtores de grande porte tende a permanecer mais elevada do que a do pequeno produtor e os incentivos da indústria para pagamento por qualidade e volume, continuam impulsionando as margens e os investimentos (em tecnologia, genética e eficiência) dos maiores produtores, levando-os a crescer bem acima da média. O fator mão de obra deve continuar sendo um grande desafio para os produtores em 2025, com oferta limitada de funcionários capacitados e comprometidos na atividade, a tendência é continuar a ver aumento de investimentos em robôs de ordenha e tecnologia para aliviar a dependência em mão de obra.

E o mercado internacional?

Olhando para 2025, o Rabobank espera leves altas dos preços internacionais em continuação com a tendência apresentada em 2024. A oferta global está encontrando dificuldades para engatar um novo ciclo de expansão na maioria das regiões e inclusive mostra claros sinais de esgotamento na China, que tem sido o principal contribuinte ao crescimento da produção global nos últimos três anos.

Regulamentações adicionais, volatilidade climática e custo da mão de obra, são alguns dos fatores restringindo o avanço da oferta internacional em regiões como Europa e Oceania. Por outro lado, a demanda global tende a se manter estável no agregado em 2025, apesar das compras menores da China em 2024, estímulos adicionais devem nivelar o consumo no próximo ano. Outras regiões importadoras como o sudeste asiático devem sustentar as compras globais com crescimento demográfico e econômico.

Para o Brasil, preços internacionais levemente maiores não devem impactar consideravelmente o nível das importações. O preço do leite no Brasil tende a continuar dentre os mais caros do mundo, o que mantém as importações competitivas mesmo com câmbio mais depreciado.

Para a curva de preço ao produtor, parece provável que inicie 2025 em patamar elevado, limitando o espaço potencial para novas altas no primeiro semestre (salvo algum problema exógeno relevante). Já no segundo semestre poderá apresentar quedas relevantes, isto porque as margens elevadas ao produtor no segundo semestre de 2024 e primeiro semestre de 2025, devem estimular a produção de forma significativa, fortalecendo a oferta.

Com relação à demanda local, vale a pena considerar que os preços do leite e derivados estarão em patamares levemente mais altos no primeiro trimestre de 2025, comparado com os níveis de 2024, e os níveis de comparação de vendas serão elevados. Estes dois fatores podem levar a crescimentos nominais menores na primeira metade de 2025, comparado com 2024.

Por outro lado, o mercado financeiro espera mais um ano de crescimento econômico em 2025 no Brasil, porém em ritmo levemente menor comparado com 2022-2024 (próximo de 3%), com projeções atuais do PIB avançando próximo de 1,8% em 2025 e inflação próxima de 4%. Esperamos que a continuação do ciclo de crescimento econômico permita manter o nível de desemprego em patamares baixos, o que deve sustentar o consumo e permitir alguns ganhos adicionais em volume desde que a inflação permaneça sob controle. No ano de 2024, mais uma vez ficou evidente que quando o consumidor brasileiro percebe uma melhora no seu poder de compra, a categoria dos lácteos tende a performar melhor. A exceção deve continuar sendo o leite fluído (não refrigerado) que continuará enfrentando desafios com mudanças de tendências de consumo e desaceleração do crescimento demográfico.

A volatilidade climática mais uma vez deve ser monitorada e poderá trazer novos impactos negativos para a produção. Porém, os investimentos em tecnologia, genética e eficiência devem ajudar os produtores a navegar as oscilações do clima em 2025.

Pontos de Atenção:

A procura por produtos com alto teor de proteína e zero açúcar devem dar fôlego adicional aos produtos lácteos funcionais em 2025 no mercado brasileiro.
A evidente desaceleração no crescimento da produção na China deve levar a maior equilíbrio entre oferta e demanda global nos próximos anos.
 
As informações são do relatório anual Perspectivas para o Agronegócio 2025, do Rabobank. 


GDT: forte aumento nos preços no início de novembro

Os preços internacionais dos principais derivados lácteos apresentaram expressivos aumentos no primeiro leilão do mês, no 367º leilão de lácteos da plataforma GDT, realizado no dia 05/11. O GDT Price Index (média ponderada dos produtos) passou por uma valorização de 4,8%, atingindo USD 3.997/tonelada – o maior valor desde setembro de 2022.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

As principais categorias acompanhadas apresentaram altas durante o leilão. Nesse cenário, a maior valorização percentual ficou para a categoria da manteiga, que obteve uma aumento de 8,3% no preço médio, sendo negociado na média de US$ 6.990/tonelada. Por outro lado, o menor aumento, ficou com a categoria da muçarela, com um leve aumento de 0,9%, fechando com preço médio de US$4.607/tonelada.
O leite em pó desnatado apresentou alta de 4,0% sendo negociado na média de US$ 2.850/tonelada, avanço similar ao do leite em pó integral, que foi negociado na média de US$ 3.713/tonelada, obtendo valorização de 4,4%. Além disso, a categoria do queijo cheddar, também apresentou alta de 4,0%, fechando na média de US$ 4.973/tonelada.
Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 05/11/2024.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

No primeiro leilão do mês de novembro, o volume negociado apresentou queda, colaborando para os avanços nos preços. Com um total de 36.595 toneladas sendo negociadas, uma retração de  6,1% em relação ao volume negociado no evento anterior, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Além da oferta restrita, o bom momento de demanda também tem refletido em avanços nos preços. As compras da região norte asiática (contemplando a China), que vinham puxando as altas recentes, voltaram a diminuir neste último leilão. Em compensação, observou-se uma atuação mais forte das compras do Oriente Médio, com crescimentos expressivos das aquisições de leite em pó integral e manteiga pela região.

No mercado futuro de leite em pó integral na Bolsa de Valores da Nova Zelândia, as projeções indicam um leve aumento nos preços do leite em pó integral em comparação com os preços praticados anteriormente para os contratos vencidos nos mesmos períodos. Conforme mostrado no gráfico 3.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e do Uruguai, países que historicamente praticam preços acima do Global Dairy Trade (GDT), em grande parte devido à Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, que impõe tarifas de quase 30% sobre importações de fora do bloco.

Entretanto, os preços mais elevados do mercado internacional diminui a diferença entre os preços do Mercosul em relação aos outros principais países exportadores, aumentando a atratividade dos lácteos da Argentina e do Uruguai para os países importadores.

Nesse cenário, o Brasil tende a continuar enfrentando uma disputa mais acirrada com outros países importadores pelos lácteos do Mercosul, o que pode resultar em retração do volume importado de lácteos pelo Brasil nos próximos meses.

Bebida láctea pronta para beber com Whey é a nova queridinha do mercado

Quem visita um supermercado, mercearia ou até farmácia já percebeu a crescente presença de uma nova categoria de bebidas que, até pouco tempo, era praticamente inexistente no Brasil: as bebidas lácteas prontas para beber com whey protein. Essa categoria vem ganhando destaque no mercado brasileiro de alimentos e bebidas, especialmente em um contexto no qual conveniência e nutrição são prioridades para os consumidores. Esses produtos se tornaram uma opção saudável, prática e saborosa para aqueles que buscam um estilo de vida equilibrado e ativo.

Com a crescente preocupação com uma alimentação mais saudável, as bebidas proteicas se consolidaram como uma alternativa ao snack tradicional, beneficiando tanto atletas quanto pessoas que desejam melhorar sua dieta diária. As bebidas com whey oferecem altos níveis de proteína, favorecendo a recuperação muscular e fornecendo energia ao longo do dia. Essa demanda é impulsionada pelo fortalecimento do movimento de saudabilidade, que ganhou ainda mais relevância após a pandemia, quando o foco na saúde se intensificou.

Para atender aos anseios dos consumidores, é fundamental aos fabricantes que desejam se adaptar à essa tendência crescente garantir a qualidade, a segurança e o sabor das bebidas. Além disso, a diversificação do portfólio, adaptando produtos já existentes para novas embalagens é uma estratégia importante para impulsionar o crescimento e ampliar as opções disponíveis aos consumidores.

A indústria do leite no Brasil está passando por uma fase de revitalização, com um portfólio diversificado que inclui leites sem lactose, com menor teor de gordura, leite tipo A2 e as bebidas proteicas com whey. Esses produtos atendem a nichos específicos, tornando as marcas mais competitivas. O segmento de bebidas lácteas prontas para beber com whey, que em 2022 representou cerca de 4% das vendas de leites aromatizados, segundo a consultoria Nielsen, já demonstra um crescimento expressivo e tem grande potencial de expansão.

Segundo dados da Mordor Intelligence, o mercado global de bebidas proteicas prontas para beber foi avaliado em 1,3 bilhão de dólares em 2020, com uma projeção de crescimento de 7,72% ao ano até 2027. No Brasil, o crescimento desse segmento é ainda mais acentuado, com um aumento de 48% nas vendas entre 2021 e 2022. Em 2023, a Tetra Pak registrou um salto de 82% nas vendas de embalagens para bebidas proteicas, passando de 132 milhões de unidades em 2022 para 242 milhões em 2023. Marcas tradicionais de leite UHT em embalagens cartonadas já estão explorando essa nova oportunidade de mercado, mas ainda há espaço para novos players entrarem nessa disputa.

Produtos com atributos de maior saudabilidade e sustentabilidade oferecem um valor agregado nas prateleiras, e os consumidores brasileiros estão dispostos a pagar por isso. De acordo com o Tetra Pak Index – estudo que identifica as tendências de consumidores, promovendo novas oportunidades de crescimento para clientes em todo o mundo –, 31% dos brasileiros afirmam que estariam dispostos a pagar um pouco mais por produtos que atendam a essas preocupações. O relatório analisa as preferências dos consumidores em relação à saúde e sustentabilidade, destacando o que eles buscam em termos de alimentos.

A popularidade das bebidas prontas para beber com whey reflete uma transformação nos hábitos de consumo e cria uma oportunidade significativa para a indústria de alimentos e bebidas. Empresas e laticínios interessados em aproveitar essa tendência devem buscar parceiros estratégicos que possam garantir um crescimento sustentável nesse mercado em expansão, oferecendo produtos de alta qualidade que atendam às expectativas dos consumidores modernos. (Guia Lat)


Jogo Rápido

Regule seu metabolismo com uma dieta equilibrada e a ingestão ideal de cálcio
Em estudo recente, pesquisadores mostraram que consumir de cerca de 1200 mg de cálcio por dia, o equivalente a 3 porções de leite desnatado, pode reduzir os marcadores de glicação, associados à resistência à insulina e alterações metabólicas.Portanto, para portadores de diabetes tipo 2 ou indivíduos que desejam melhorar a saúde metabólica, as propriedades do leite desnatado podem ser grandes aliadas! Fonte: Increased calcium intake from skimmed milk in energy-restricted diets reduces glycation markers in adults with type 2 diabetes and overweight: a secondary analysis of a randomized clinical trial. Nutrition Research, v. 127, p. 40-52, 2024. (VIA BEBA MAIS LEITE)

 
 

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Porto Alegre, 05 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.258


Consumo de lácteos: OMS e FAO Destacam Importância dos Lácteos nas Dietas Saudáveis: Oportunidades para Produtores e Processadores de Leite no Brasil
 
Com a crescente pressão para oferecer dietas saudáveis e promover a sustentabilidade ambiental, os produtores e processadores de alimentos enfrentam o desafio de atender a essas demandas.
 
O que realmente significa “dieta saudável”? Em um novo relatório, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) detalharam diretrizes para orientar consumidores e produtores sobre o que constitui uma alimentação saudável. As orientações incluem o papel de produtos lácteos, como uma fonte essencial de nutrientes.
 
Segundo o documento, uma dieta saudável deve ser:
 
● Adequada: Deve fornecer nutrientes essenciais em quantidades adequadas, de acordo com a idade, gênero, e nível de atividade.
● Equilibrada: Deve incluir uma proporção adequada de proteínas, carboidratos e gorduras.
● Moderada: Deve limitar o consumo de açúcar, sódio, carne vermelha e alimentos ultraprocessados.
● Diversificada: Deve incluir uma variedade de alimentos nutritivos.
 
Esse conceito é particularmente importante para grupos vulneráveis, como crianças de até dois anos, para quem a OMS recomenda o consumo diário de alimentos de origem animal, incluindo produtos lácteos, que fornecem proteínas de alta qualidade e vitaminas essenciais.
 
A importância das proteínas na dieta e o papel dos lácteos
O consumo de proteínas é uma preocupação central nas dietas atuais. A OMS recomenda que as proteínas representam entre 10% a 15% da ingestão diária de energia dos adultos, com níveis variáveis de acordo com a faixa etária. Para adultos, a ingestão segura é de 0,83g de proteína por kg de peso corporal por dia. Por exemplo, uma pessoa de 60 kg deve consumir cerca de 50g de proteínas diárias.
 
Os produtos lácteos, que são ricos em proteínas de alta qualidade, ganham destaque como uma fonte ideal para atender a essas recomendações. Além disso, o consumo moderado de laticínios com baixo teor de gordura contribui para o controle de ingestão de gorduras saturadas, promovendo saciedade e, potencialmente, ajudando no controle do peso.
 
Lácteos funcionais: Benefícios para a saúde intestinal e além
Além do valor nutricional básico, a OMS e a FAO destacam que produtos lácteos funcionais, como o kefir e o iogurte fortificado, têm papel importante na saúde intestinal e são fontes essenciais de vitaminas e minerais. Para o setor lácteo brasileiro, essa ênfase nos lácteos funcionais representa uma oportunidade para explorar produtos que atendam a um público interessado em alimentos com benefícios adicionais para a saúde.
 
Dietas saudáveis e sustentabilidade ambiental
Além de apoiar a saúde, as dietas saudáveis têm um papel fundamental na transição sustentável do sistema agroalimentar. O relatório da OMS e FAO ressalta que padrões alimentares sustentáveis podem ajudar a reduzir o uso excessivo de recursos naturais, combater a perda de biodiversidade e diminuir a emissão de gases de efeito estufa.
 
Nesse sentido, os laticínios, quando produzidos de forma responsável, podem se alinhar a essas metas de sustentabilidade. No Brasil, onde a produção de leite é um setor crucial, a implementação de práticas sustentáveis, como o manejo adequado de pastagens e o uso responsável de recursos hídricos, pode reduzir o impacto ambiental e contribuir para a oferta de produtos lácteos sustentáveis.
 
Para os produtores e processadores de lácteos no Brasil, as novas diretrizes da OMS e da FAO trazem várias oportunidades:
 
● Atendimento à demanda por proteínas de alta qualidade: Com a popularidade de dietas ricas em proteínas, há uma oportunidade para desenvolver produtos lácteos que atendam a essa tendência, como iogurtes e queijos ricos em proteínas.
● Lácteos funcionais e fortificados: Investir em produtos como kefir e iogurtes com adição de probióticos pode atrair consumidores que buscam alimentos com benefícios para a saúde intestinal.
● Alinhamento com práticas sustentáveis: Produtores que adotam práticas que respeitam o meio ambiente podem se diferenciar no mercado, alinhando-se com as demandas globais por produtos que contribuem para a sustentabilidade.
● Educação do consumidor: Compartilhar informações sobre os benefícios dos laticínios para uma dieta equilibrada pode ajudar a educar os consumidores brasileiros sobre o papel positivo dos produtos lácteos na saúde.
 
A definição de uma dieta saudável pela OMS e FAO inclui produtos lácteos como uma fonte valiosa de nutrientes e uma opção de alimento que contribui para a saúde intestinal e o bem-estar geral. 
 
Para os produtores e processadores de lácteos no Brasil, esse reconhecimento oferece um incentivo para investir em produtos de alta qualidade e com benefícios para a saúde, promovendo o setor de maneira sustentável. 
 
Com uma abordagem estratégica, o setor lácteo brasileiro pode se posicionar para atender tanto à demanda interna quanto às expectativas globais por alimentos saudáveis e sustentáveis.
 
Com informações do Dairy Reporter via edairynews

GDT - GLOBAL DAIRY TRADE

FONTE: GDT ADAPTADO PELO SINDILAT/RS

Ainda em profunda reestruturação, cooperativa redesenha marca: "Temos que voltar à mesa do gaúcho"

Com sede em Nova Petrópolis, empresa vendeu e fechou lojas para concentrar forças na fábrica

Ainda se recuperando de uma forte crise financeira e prestes a completar 57 anos, a cooperativa Piá está "de cara nova". O primeiro produto a mudar a embalagem é um achocolatado, colocado à venda em supermercados de 122 cidades gaúchas, com expectativa de dobrar este número até o final do ano. A nova caixa também reduz custos da empresa, que é a toada da reestruturação encabeçada pelo presidente da cooperativa, Jorge Dinnebier. 

— Além de atualizar a marca, economizamos em torno de 12% nas embalagens, tirando, por exemplo, o fundo —  explica Dinnebier. — Optamos por este produto porque ainda temos algumas embalagens antigas dos outros e não podemos desperdiçar nada. Na medida em que forem terminando, as novas terão esta mudança também — disse em entrevista ao podcast Nossa Economia, de GZH. 

Presidente da cooperativa Piá, Jorge Dinnebier mostra novas embalagens de achocolatado.  - Cooperativa Piá / Divulgação

O novo desenho da embalagem foi aprovado em assembleia com associados da cooperativa de Nova Petrópolis. O mascote, que é "guri", ganhou boné e tênis. A ideia é aumentar em 35% o faturamento do achocolatado. Nos próximos meses, a mudança será vista também nas embalagens de leites, natas, requeijão, doce de leite, iogurtes e outros.

Como prometeu logo que assumiu a Piá, Dinnebier conduz um forte enxugamento para colocar todas as forças na atividade industrial, recuperando a produção. A marca deixa de operar varejos. Em março, a cooperativa vendeu seu último supermercado para o grupo Andrezza, de Caxias do Sul. As unidades não compradas, incluindo agropecuárias, foram fechadas.  

— Estamos produzindo o que realmente tenha margem positiva. Hoje, 30% do nosso faturamento é do leite UHT (longa vida) e 70% de derivados, o que gera resultado um pouco maior — diz Dinnebier. — Temos que voltar gradativamente à mesa do consumidor gaúcho. Não é fácil. Com as enchentes, sofremos muito. Nossos associados perderam muita coisa nas suas propriedades e diminuíram a produção de leite — lamenta. 

Dinnebier diz ainda que há muita procura de grandes redes de supermercados pelos produtos da Piá, mas a retomada está sendo feita com calma. 

— Não adianta voltar sem poder dar sequência. Neste primeiro ano, retornamos às menores lojas e, aos poucos, voltaremos aos maiores. Eu preciso de leite, de capital de giro e de estrutura comercial. (GZH)


Jogo Rápido

Você sabia que o queijo pode ser um aliado valioso da saúde dos idosos?
Estudo recente revelou que o consumo de queijo pode AUMENTAR A FORÇA E A MASSA MUSCULAR em idosas que apresentam sinais de sarcopenia – caracterizada pela perda progressiva desta massa muscular – graças à sua relação com o metabolismo energético das células musculares. Fonte: Effects of cheese ingestion on muscle massand strength in possible sarcopenia women: an open-label, parallel-group study. Nutrition & Metabolism, v. 21, n. 64, p. 12, 2024. (Beba Mais Leite)

 
 

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Porto Alegre, 04 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.257


Vacas com calor podem produzir 5 litros de leite a menos por dia

Para reduzir os efeitos do estresse térmico, animais precisam de alimentação enriquecida de minerais, além de sombra e água fresca

Temperaturas acima de 32º C já começam a provocar desconforto nos animais e, no caso das vacas leiteiras, a influenciar na produção. Por isso, os criadores são orientados a proporcionar mais conforto térmico ao animal, como investir em ambientes climatizados. A alimentação também é ponto importante para reduzir o estresse térmico.

César Meinerz, produtor rural de Estrela (RS), já começou a preparar o rebanho para enfrentar o verão, porque ele sabe que a vaca com calor come menos e, consequentemente, produz menos leite. “Temos 180 vacas em lactação atualmente, com média de 37 litros por dia. Se não cuidar, elas diminuem a produção e podem até morrer”, conta Meinerz ao Agro Estadão. Além de manter as vacas confinadas em temperatura até 10º C inferior ao ambiente externo, o produtor investe em um complemento alimentar feito à base de minerais. 

Misturado à ração e à silagem, o composto atua no metabolismo do animal para que ele não sinta tanto calor e, com isso, não diminua a produção de leite. “Em vez de 5, 6 ou 7 litros, a gente vê que a produção de leite diminui em 1 litro ou no máximo 1,5 litro”, conta. Uma das empresas fornecedoras desse tipo de produto é a gaúcha Mig-Plus. O composto mineral Mig Fresh auxilia na regulação da temperatura corporal, segundo Rubem Frosi, engenheiro agrônomo e gerente da empresa. 

“Ele contém uma substância feita de extrato de pimenta que atua na dilatação dos vasos sanguíneos e, com isso, o calor é dissipado. Indiretamente, ao não sofrer com o calor, há uma melhora na ingestão da dieta. Ao ingerir 1 kg de matéria seca a mais, a vaca pode produzir até 2 litros de leite a mais”, explica Frosi.

Na prática, o mix mineral ajuda a manter o apetite da vaca. O engenheiro lembra ainda que o estresse térmico pode chegar a um nível que não é mais possível recuperar. “Temperatura de 30ºC e umidade de 80% já corre o risco de óbito”, alerta. 

Estresse térmico reduz concentração de sólidos no leite
O estresse calórico no animal também diminui a concentração de sólidos no leite, como proteínas e lactose. De acordo com o Sindilat-RS, a situação é mais comum em animais de descendência europeia, como as raças Holandesa e Jersey, concentradas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

“No verão de 2024, chegamos a ter um pico de mais de  500 mil litros no dia que não foi possível industrializar. Isso representa 0,16% da nossa produção diária e é um número bem significativo, pois diminui a competitividade e aumenta o custo de produção”, afirma Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat.  

O descarte acontece porque o leite produzido por vacas que sofrem com o calor perde qualidade para a produção de derivados, como manteiga. Com isso, o produto não se enquadra na legislação brasileira por não ter a concentração necessária de sólidos. Palharini explica que animais a pasto são mais afetados pelo estresse térmico, por isso, a orientação é instalar sombreiros e disponibilizar água corrente à vontade. 

“Também precisamos melhorar a dieta alimentar do animal para produzir um leite mais rico em proteína e não ter esse descarte que prejudica a cadeia como um todo”, afirma, lembrando que é importante contar com o apoio de um técnico.

Atualmente, a produção leiteira do Rio Grande do Sul está em 11 milhões de litros por dia. O estado é o terceiro no ranking de produção de leite, liderado por Minas Gerais e Paraná; Santa Catarina é o quarto.

Fonte: ESTADÃO


Mercado lácteo: O Brasil é o destino de mais de 50% das exportações de lácteos da Argentina

As exportações de lácteos da Argentina em setembro de 2024 totalizaram 31.019 toneladas de produtos, no valor de US$ 115,2 milhões. O Brasil é o principal destino, respondendo por 50,8% dos embarques de lácteos para o exterior, se medidos em dólares.

As informações foram fornecidas e elaboradas pelo Observatorio de la Cadena Láctea, com dados da Dirección Nacional de Lechería/SAGyP e do INDEC.
Isso significa que as exportações argentinas de produtos lácteos aumentaram 11,3% e 9,9% em termos de volume de produtos e valor total em dólares, respectivamente, em comparação com agosto de 2024, ou seja, o mês anterior.

Na comparação ano a ano, elas aumentaram 9,9% em volume, 10,8% em valor em dólares e caíram 1,9% em litros equivalentes de leite.

No período acumulado de janeiro a setembro de 2024, como pode ser visto no folheto, elas aumentaram 8,9% em volume, as receitas em dólares aumentaram 1,8% e os equivalentes em litros superaram o período de janeiro a setembro de 2023 em 11,4%.

A distribuição das exportações por itens principais em termos de valor total em US$ para o período de janeiro a setembro de 2024:

38,8% para leite em pó;

33,0% para queijo em suas diferentes pastas;

18,8% para outros produtos (doce de leite, manteiga, óleo butírico, soro de leite, etc.);

9,4% para produtos confidenciais (lactose, caseína, iogurtes etc.).

A variação por categoria de produto em termos de volume para os nove meses até o final do ano em comparação com o mesmo período em 2023:

Leite em pó +11,6%.

Queijo +17,4%.

Outros produtos +3,2%.

Produtos confidenciais -8,3%.

O destino das exportações (com base no valor em dólares) foi o seguinte

Vale observar que, entre janeiro e setembro de 2024, a participação do Brasil nas exportações de leite em pó integral é um pouco maior do que o normal (58,1%), com a Argélia em segundo lugar, com 30,6%.

Crescimento em linha com o aumento da produção

Em litros equivalentes de leite (janeiro-setembro de 2024), as exportações cresceram 11,4% e representaram 25,2% da produção total (em janeiro-setembro de 2023, representaram 20,5%). Em particular, em setembro de 2024, as exportações representaram 20,8% da produção total do mês, o que implica uma queda acentuada na participação em comparação com os primeiros quatro meses do ano, quando ultrapassaram 30%.

O preço médio de exportação por tonelada foi de US$ 3.650 de janeiro a setembro de 2024, o que implicou uma queda de 6,6% em relação a 2023. No caso específico do leite em pó, o preço médio foi de US$ 3.542/tonelada, 7,2% abaixo do ano anterior.

Por outro lado, o preço médio de exportação alcançado em setembro de 2024, medido em pesos (dólar atacadista BCRA líquido de DEx e Reintegros e dólar Decreto 28-23 80/20), foi 209,1% superior ao preço médio alcançado em setembro de 2023, como referência no mesmo período o IPC Lácteos cresceu 242,8%, o IPIM Lácteos 254,0% e o preço SIGLeA 260,1%, mostrando claramente que a frente exportada é a que teve menor variação.

EdairyNews

Jornada Técnica de Primavera apresenta soluções a produtores de leite

"Proporcionar mais tempo para as vacas pastarem e maior consumo de pasto nesse tempo em que estiverem pastando, usando o comportamento natural bovino". Assim, o engenheiro agrônomo Leandro Ebert, extensionista da Emater/RS-Ascar resume o objetivo da atividade realizada nesta quarta-feira (30/10) com produtores de leite participantes da Rede Elite a Pasto.

Essa foi a terceira e última etapa da Jornada Técnica de Primavera, uma programação técnica realizada nos dias 3, 10 e 30 de outubro, com temas demandados pelos produtores em ações prévias no âmbito do projeto.

Na primeira etapa os participantes integraram a visita técnica "Novidades em Pastagens, Silagens, Bioinsumos e Manejo no Inverno", na propriedade de Gilson Mazarro e família, no Rincão dos Pinheiros, onde o grupo pode conhecer as soluções aplicadas e os resultados obtidos neste inverno. A segunda etapa foi marcada pela reunião técnica "Carrapato sob controle: estratégias para o verão", realizada no Salão do Assentamento Santa Júlia com a condução da médica veterinária e extensionista da Emater/RS-Ascar Elusa Andrade, preparando o grupo para fazer o controle estratégico do carrapato.

Na terceira etapa, Rezomar de Souza e sua família receberam o encontro em sua propriedade, no Assentamento Alvorada, com o tema: "Verão sem estresse: Manejo de Pastagens para Enfrentar o Verão", conduzida por Ebert.

"Inovamos ao aplicar uma nova metodologia didática que chamamos de 'Desafio do Consumo de Pasto no Verão', na qual, através do auxílio de ferramentas visuais, o grupo é convidado a estabelecer rotinas e estratégias de manejo que promovam o máximo consumo de pasto possível por dia. Para isso, eles contam com o conhecimento técnico/científico discutido previamente, usando a situação da propriedade visitada como pano de fundo", explica o extensionista.

Ao término da atividade, os participantes puderam conferir a área de pastagens da propriedade e verificar como algumas das soluções apresentadas já estão sendo implementadas. A família iniciou o acompanhamento com a Emater/RS-Ascar no inverno deste ano na Rede Elite a Pasto e, em poucas semanas, a produtividade leiteira praticamente dobrou, apenas efetuando ajustes na rotina e no manejo de pastagens, com a adoção do Pastoreio Rotatínuo, um conceito de manejo de pastagens concebido a partir da ótica animal que visa otimizar o tempo do animal em pastejo.

A Rede Elite a Pasto é um projeto da Emater/RS-Ascar em Júlio de Castilhos, desenvolvido em conjunto com produtores de leite com a intenção de explorar o potencial de rentabilidade da produção leiteira baseada em pastagens, utilizando os recursos disponíveis nas propriedades das famílias. Para isso, a iniciativa se vale de conhecimentos científicos avançados e tecnologias adequadas às especificidades locais. Atualmente, são cerca de 20 famílias participantes, em três grupos que compõem a Rede.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional Santa Maria.


Jogo Rápido

15/11 é o prazo final de inscrição para o 10º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo
As inscrições para a 10ª Edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo foram prorrogadas e a nova data para encerramento passou a ser dia 15 de novembro. Os trabalhos, no entanto, precisam ter sido publicados/veiculados entre 02/11/2023 e 01/11/2024 e devem tratar sobre o setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios. Não há limite de número de inscrições por candidato, que podem inscrever suas produções nas categorias impresso, eletrônico e on-line. Mesmo com a prorrogação, a previsão é de que os finalistas sejam divulgados até o dia 29 de novembro. Já os vencedores serão revelados no dia 19 de dezembro. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular iPhone; segundos e terceiros classificados receberão troféus. Para garantir a inscrição, é preciso completar a ficha com os dados solicitados, para cada trabalho inscrito, que devem ser enviados para imprensasindilat@gmail.com. Também é necessário encaminhar o Documento de Identidade do autor; a cópia do Registro Profissional; o atestado de autoria em caso de matérias não assinadas; e atestado de data de veiculação para as produções em que não houver referência expressa ao período. Regulamento e Ficha de inscrição aqui. (SINDILAT)

 
 

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Porto Alegre, 01º de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.256


2º Congresso Sindical da Indústria

O segundo dia da edição 2024 do Congresso Sindical da Indústria promoveu troca de ideias, conhecimento e insights e contou com palestras de diferentes assuntos de interesse dos Sindicatos Industriais gaúchos.

Entre os temas abordados estiveram:

Registro Sindical – Regras Atuais
Com Andreia Lopes, especialista em Políticas e Indústria, com foco em Relações Sindicais na CNI, e Aline Elesbão, chefe da Seção de Relações do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho no RS.

Já no Painel: Relações Trabalhistas e Sindicais – Atualizações e Estratégias para empresas e sindicatos, dividido entre os assuntos:

Contribuição Assistencial: direito de oposição, STF e como Conduzir Negociações Eficazes,
advogado mestre em Direito Privado e conselheiro do Contrab Thiago Guedes.

A prevalência do negociado sobre o legislado e a posição atual do STF: (INS)segurança jurídica?
Com o advogado mestre em Direito e conselheiro do Contrab Benôni Rossi.

Desafios Atuais para Empresas: Igualdade e Transparência Salarial, Combate ao Assédio
Com o advogado especialista em Direito do Trabalho e conselheiro do Contrab Gustavo Juchem.

Também foram apresentados cases de boas práticas sindicais:

Sindicato da Indústria da Mineração de Brita, Areia e Saibro do Estado do Rio Grande do Sul (@sindibritas) – sobre o mapeamento das indústrias e jazidas de areia com ferramentas de georreferenciamento.

Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (@sindilatrs) – que ampliou ações, entre elas orientações e boas práticas tributárias e sanitárias para o setor, bem como a integração da cadeia produtiva e a valorização dos produtores.

Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (@simecscaxias) – projeto Escola do Amanhã, para que estudantes desenvolvam habilidades essenciais para o mercado de trabalho. (FIERGS SINDICAL VIA INSTAGRAM)


Créditos: Dudu Leal


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1839 de 31 de outubro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

As condições para a produção de leite foram favoráveis, e os rebanhos apresentam bom estado nutricional e sanitário. Os animais recuperaram o escore corporal e a produção de leite. Em relação à alimentação, os produtores estão priorizando o pastejo, complementando com concentrados para vacas em lactação.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, em algumas propriedades, tem sido utilizado feno, recentemente produzido, para preservar as pastagens até que as condições climáticas melhorem. Os produtores que ainda possuem silagem estão intensificando a suplementação após as chuvas. 

Na de Erechim, a redução das precipitações favoreceu os manejos e os pastoreios em piquetes, aliviando o excesso de umidade nos arredores das propriedades e estábulos, o que diminui a incidência de doenças, como mastites e problemas de casco. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite permanece estável, impulsionada pelo maior uso de alimentos concentrados e conservados, além da maior oferta de pastagens.

Na de Ijuí, em dias de altas temperaturas, os animais têm apresentado sintomas de estresse calórico, especialmente nas propriedades que carecem de áreas sombreadas. 

Na de Pelotas, embora o vazio forrageiro seja uma preocupação, há expectativas positivas em decorrência do início da rebrota das pastagens perenes e da estabilização da produção leiteira, impulsionada pela melhor oferta de alimentos. 

Na de Porto Alegre, os animais apresentam boa condição corporal e sanitária, sendo favorecidos pelas temperaturas amenas e pela suplementação com ração e silagem de milho.  Em relação ao aspecto sanitário, assim como na bovinocultura de corte, observa-se o início da aparição de mosca-dos-chifres (Haematobia irritans). 

Na de Santa Maria, os rebanhos apresentam bom estado nutricional e condição sanitária em função da rotação de piquetes, do ajuste da carga animal e da aplicação contínua de homeopatia como medida preventiva contra doenças comuns. 

Na de Santa Rosa,o barro formado devido às chuvas novamente dificultou os trabalhos na atividade leiteira. A presença de ectoparasitas está aumentando, exigindo controle eficaz. (EMATER/RS adaptado pelo SINDILAT/RS)

Chuva pode retornar ao Estado em algumas regiões

A previsão para os próximos quatro dias no Rio Grande do Sul será marcada pelo retorno da chuva, porém de forma mal distribuída a partir desta sexta-feira (1º/11). É o que aponta o  Boletim Integrado Agrometeorológico 44/2024 da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

Sexta-feira (1º/11): um cavado (área alongada de baixa pressão) em níveis médios entre Argentina e Uruguai criará condições para a ocorrência de nevoeiro e/ou precipitação de intensidade fraca sobre parte da Fronteira Oeste. Por esse motivo, o tempo deverá se tornar instável, de maneira gradual, em relação ao dia anterior, com temperaturas elevadas, nebulosidade sobre a maior parte do Estado e ventos de Quadrante Nordeste se intensificando ao longo da faixa litorânea.

Sábado (2/11): um cavado em altos níveis no interior da Argentina conduzirá, em superfície, o deslocamento de uma frente fria sobre o oceano, que passará próxima ao Rio Grande do Sul, possibilitando a ocorrência de precipitação de intensidade fraca sobre partes das regiões Sul, Campanha, Fronteira Oeste, Metropolitana e dos Vales. Na Região Noroeste, a intensidade da precipitação poderá variar de fraca a moderada. Logo, o tempo deverá seguir pouco instável, na maioria das regiões, com aumento de nebulosidade sobre o Estado e temperaturas em leve declínio, no decorrer do dia.

Domingo (3/11): um novo cavado em altos níveis sobre o Paraguai intensificará sua amplitude e influenciará a formação de um cavado em superfície entre o Paraguai e o Rio Grande do Sul durante o período do dia. Nessas condições, haverá pouca instabilidade sobre o Estado e possibilidades para a ocorrência de nevoeiro e de precipitação de intensidade fraca em parte das regiões Sul, Serra Gaúcha e Planalto, inclusive com temperaturas mais agradáveis ao longo do dia. A tendência para os próximos três dias será de instabilidade devido à chegada de uma frente fria.

Segunda-feira (4/11): a mesma configuração atmosférica do dia anterior deverá se repetir, e o tempo permanecerá pouco instável com possibilidades para a ocorrência de chuva de intensidade fraca em partes da Região Norte e Missões. Além disso, deverá ser observado céu entre nuvens na maioria das regiões e temperaturas amenas no decorrer do dia.

Terça-feira (5/11): o cavado em superfície entre o Paraguai e o Rio Grande do Sul se intensificará, gerando uma frente fria com precipitação de intensidade fraca, ao longo da faixa entre a Fronteira Oeste, Central, parte da Sul, dos Vales e parte da Metropolitana, a moderada sobre a Fronteira Oeste. O tempo deverá ficar instável sobre todo o Estado com temperaturas em leve declínio até o final do dia.

Quarta-feira (6/11): a chegada da frente fria no Estado pela fronteira com o Uruguai deverá provocar precipitação de intensidade moderada a forte entre a Fronteira Oeste e a Região da Campanha, e de intensidade fraca entre a Região Sul, Central, dos Vales e Metropolitana. No geral, o tempo deverá permanecer mais instável em relação aos últimos dias, e as temperaturas devem apresentar uma elevação gradual no decorrer do dia.

Para os próximos sete dias, a previsão é de chuvas mais intensas nas regiões Oeste e Centro do Estado, com acumulados entre 30 e 100 mm. Já no Leste, incluindo áreas do Nordeste, Litoral, Centro-Sul e Extremo Sul, os volumes de chuva tendem a ser inferiores, variando entre 2 e 30 mm.

O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.


Jogo Rápido

Alta do ICMS dos combustíveis vai superar inflação

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis vai subir em 1º de fevereiro de 2025 para gasolina, etanol e diesel; e vai cair para o gás. O reajuste foi aprovado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne Ministério da Fazenda e secretarias estaduais. Vale para todo o país, inclusive no Rio Grande do Sul. Embora seja um tributo estadual, o valor passou a ser nacional após lei de 2022, pela qual também deixou de ser um percentual aplicado em cima de um valor estimado de venda. O último aumento entrou em vigor em fevereiro de 2024. Na gasolina e no etanol, a alíquota, que é fixa, subirá de R$1,37 para R$1,47. A alta de R$0,10 representa aumento de 7,3%, acima da inflação acumulada em 12 meses, que está em 4,47%. Para diesel e biodiesel, passará de R$1,06 para R$1,12, aumento de R$0,06. Ou seja, reajuste de 5,7%.  Já o imposto sobre o gás liquefeito de petróleo (GLP, gás de cozinha) e gás liquefeito derivado de gás natural (GLGN) terá uma pequena redução. O valor do tributo passará de R$1,41 para R$1,39, diminuição de R$0,02. O repasse às bombas, para o consumidor, tende a ser imediato. O setor não projeta preços. Presidente do sindicato que representa os postos de combustíveis, o Sulpetro-RS, João Carlos Dal'Aqua diz que o valor fixo trouxe previsibilidade, mas enfatiza que o aumento supera a inflação.  – Enfim, nossa batalha é que todos paguem o ICMS – diz ele, que se reuniu nesta semana com a Receita Estadual reforçando a importância de se combater a sonegação de impostos em combustíveis. (Zero Hora)

 
 

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Porto Alegre, 31 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.255


Governo estadual apresenta plano para guiar desenvolvimento do RS nos próximos anos 

Ferramenta que visa alavancar a economia gaúcha definiu 12 segmentos prioritários para o crescimento; a perspectiva menos conservadora prevê triplicar a taxa anual de crescimento do PIB gaúcho

O governo estadual apresentou nesta quarta-feira (30) o Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável, instrumento concebido para alavancar a economia do Rio Grande do Sul. A perspectiva do Palácio Piratini é de duplicar e, em cenário otimista, triplicar a taxa anual de crescimento do PIB gaúcho nos próximos anos.

Planejado para orientar o desenvolvimento com projeções que vão até o ano de 2040, o projeto foi estruturado a partir de um estudo da consultoria McKinsey e definiu 12 grupos de produtos e serviços com potencial de impulsionar a produtividade. Nesse rol, os mercados da cadeia agropecuária e da transição energética serão as principais apostas para agregar valor na economia gaúcha.

Os detalhes da ferramenta foram apresentados pela manhã a jornalistas e o lançamento oficial ocorre durante a tarde, na Fundação Iberê Camargo. Além do plano, o governo está criando a Invest.RS, agência que será responsável por atrair investimentos e promover comercialmente o Rio Grande do Sul.

Os estudos para a criação do instrumento começaram antes da enchente de maio e incluíram entrevistas e workshops com empresários e especialistas. A gestão do plano de desenvolvimento será vinculada à estrutura do Plano Rio Grande, idealizado para recuperar o Estado depois do desastre climático de maio.

Na apresentação, o governo frisou que o projeto foi concebido como estratégia de longo prazo, que tenha continuidade em futuras administrações mesmo em caso de mudança na orientação ideológica no comando do governo. O vice-governador Gabriel Souza aponta que será preciso mostrar resultados ainda no governo atual para que a ferramenta se torne consenso no futuro.

— Temos o restante do governo, que são dois anos e dois meses, para fazer o plano mostrar resultados concretos, para que a sociedade tenha um senso de pertencimento e do tamanho desse plano para o Estado e cobre os próximos governantes a mantê-lo em funcionamento — avalia Gabriel.

Na apresentação do plano, Sérgio Canova Júnior, sócio da McKinsey, apontou que um dos principais desafios do Estado será a qualificação do capital humano, visto que o RS tem a pirâmide etária mais envelhecida do Brasil e precisará atrair trabalhadores de outros lugares para ampliar a produtividade.

O governador Eduardo Leite destacou, no evento de lançamento do plano, que a ciência e o trabalho técnico desenvolvido por meio desse programa criam ambiente para um crescimento sustentado, sem as oscilações que a economia gaúcha vem apresentando nos últimos anos. Na visão do chefe do Executivo gaúcho, esse conjunto de ações abre caminho para um avanço estrutural: 

— A partir desses cinco habilitadores, com esse diagnóstico, podemos observar quais são os desafios para que a gente possa ter o nosso mapa, nossa jornada, definida para nos levar até onde queremos ir.

Durante a abertura do evento, realizado na Fundação Iberê Camargo, o CEO da CMPC, Francisco Ruiz-Tagle, a diretora da Bebidas Fruki, Aline Eggers Bagatini, e o presidente da Randoncorp, Daniel Randon, dividiram o palco com o governador Eduardo Leite. Os líderes empresariais saudaram o plano e destacaram a necessidade de avançar em pontos como infraestrutura, retenção de talentos e melhorias logísticas para aumento de competitividade no Rio Grande do Sul.

As quatro perspectivas
A estratégia de selecionar produtos e serviços prioritários para o crescimento compreende quatro perspectivas econômicas:

Sustentação - Inclui produções que já são relevantes na economia gaúcha e podem ser alavancadas

Ascensão - Considera as vantagens competitivas do RS para agregar valor em produtos e serviços com demanda em crescimento

Inovação - Visa aproveitar oportunidades atreladas a macrotendências globais nas quais o RS tem potencial 

Manutenção - Setores sem grande perspectiva de ascensão, mas que contribuem com geração de emprego e renda e promoção da identidade cultural e regional

Os 12 setores

No estudo para a elaboração do plano, foram mapeados 12 setores estratégicos para alavancar a economia nos próximos anos, que se enquadram nos conceitos das perspectivas econômicas apresentadas acima. Veja quais são eles e alguns produtos e serviços que abrangem:

Cadeia agropecuária - Grãos, carnes, leite, processamento de alimentos, melhoramento genético, produção de sementes de leguminosas e biotecnologia.

Máquinas agrícolas - Tratores, colheitadeiras, máquinas automatizadas conectadas à internet e de agricultura de precisão.

Fertilizantes - Produção de diferentes formas, que vão da convencional, com matéria-prima importada, até a exploração de pedras fosfáticas, fertilizantes verdes, biofertilizantes e nanofertilizantes.

Produtos regionais de nicho - Vinhos, espumantes, azeites e noz pecã.

Silvicultura, papel e celulose - Produção de celulose, papéis e embalagens, produtos de madeira, biomateriais, nanocristais e nanofibras

Produtos de transição energética - Biodiesel, energias renováveis, etanol, biogás, biometano, hidrogênio verde e combustível sintético

Máquinas, equipamentos e semicondutores - Máquinas para indústrias, eletrodomésticos, equipamentos para energias renováveis, semicondutores e novos materiais, como o grafeno

Automotivo e cadeia - Veículos convencionais, como automóveis, motocicletas e ônibus, peças, carros e ônibus elétricos, sistemas eletrônicos e novos materiais.

Cadeia petroquímica - Resinas, polímeros reciclados, fibras sintéticas, produtos plásticos, polímeros verdes, bioplásticos e plásticos degradáveis

Turismo - Serviços tradicionais como alimentação, acomodação e transporte, novos polos e oferta de serviços digitais, inteligentes e automatizados

Saúde - Equipamentos de diagnóstico básicos e por imagem, equipamentos de precisão, equipamentos para terapias (incluindo celular e genética), produção de fármacos, medicamentos e terapias avançadas e materiais médicos.

Produtos e serviços digitais - Prestação de serviços de TI, data centers, desenvolvimento de softwares, soluções setoriais e investimento em inteligência Artificial (IA).

Os cinco habilitadores

O governo identificou que são necessárias iniciativas articuladas em torno de cinco áreas que podem alavancar a competitividade do RS. São elas:

Capital humano - Atrair e reter pessoas, melhorar a qualidade da educação básica e profissional, ampliar e consolidar as escolas em tempo integral.

Inovação - Fortalecer o ecossistema de inovação com foco na aplicação prática, o que pode contribuir para maior conversão em riqueza.

Ambiente de negócios - Facilitar a realização de negócios e a atração de investimentos a fim de ampliar o desenvolvimento econômico.

Infraestrutura - Ampliar cobertura da infraestrutura, diversificar e qualificar a malha logística e atender áreas com menor cobertura.

Recursos naturais - Ampliar produtividade agropecuária com práticas sustentáveis e aumentar resiliência climática e a descarbonização para impulsionar o desenvolvimento sustentável.

Projeção de crescimento

A perspectiva para o crescimento da economia gaúcha a partir da aplicação do plano apontam para um crescimento de até 3% ao ano no PIB gaúcho até 2030. Em um cenário conservador, esse índice seria de 2% ao ano.

Para efeitos de comparação, nos últimos cinco anos a média de avanço anual foi de 1%.

GZH


Redução da emissão de gases eleva produtividade de fazendas de leite

De acordo com a gerente executiva de agricultura regenerativa da Nestlé, Bárbara Sollero, a produção de leite representa cerca de 30% das emissões de gases do efeito estufa da companhia.

Um estudo encomendado pela Nestlé junto a 948 de seus 1,1 mil fornecedores de leite constatou que quanto menor a emissão de gases do efeito estufa, maior a produtividade pecuária das fazendas participantes do seu programa de boas práticas.

Segundo dados prévios do levantamento, o grupo composto por 25% das fazendas com menor emissão produziu, em média, 26 litros de leite por vaca em lactação por dia – praticamente o dobro do registrado entre o quarto de fazendas mais emissoras, com 13 litros por animal em lactação por dia.

De acordo com a gerente executiva de agricultura regenerativa da Nestlé, Bárbara Sollero, a produção de leite representa cerca de 30% das emissões de gases do efeito estufa da companhia. O levantamento, afirma, servirá de base para que a empresa alcance sua meta de reduzir em 20% suas emissões até 2025 e em 50% até 2030.

“O meio pelo qual vamos descarbonizar as nossas operações em agricultura é adotando práticas regenerativas”, assegura a executiva. Dentre as metas da Nestlé, está o de adquirir 30% de sua matéria-prima de fazendas que adotem tais práticas.

Localizada em Santa Rosa de Goiás, a 90 quilômetros de Goiânia, a produtora Célia Rezende está entre os fornecedores considerados referência pela Nestlé. Em pouco tempo, ela passou da categoria de fazendas com práticas de sustentabilidade básicas, como o não revolvimento do solo, para a categoria “ouro”.

“Tirar leite é fácil, mas se adequar custa. Essa foi a nossa maior dificuldade e tivemos que nos adaptar”, comenta a produtora. O resultado foi imediato. Após iniciar o cultivo do próprio milho, integrado com a criação dos animais, ela conseguiu eliminar um custo mensal de R$ 3 mil com alimentação animal e viu produção diária por animal aumentar, em média, 50 litros.

“A partir da hora que paramos de ter esse gasto extra com os animais passamos a ter recursos para investir r melhorar em outras áreas. Então fez, realmente, uma diferença muito grande”, destaca a produtora.

Segundo o levantamento, as fazendas fornecedoras da Nestlé que adotam práticas de agricultura regenerativa tiveram uma produtividade 8% maior no plantio de grãos para silagem com 18% menos emissão. Ainda de acordo com a companhia, os produtores atendidos já conseguiram, ao todo, reduzir em 14% suas emissões no último ano.

“Ao obter o dado dessas fazendas, conseguimos saber exatamente quais as emissões e de onde elas estão vindo para que possamos aprimorar nossa jornada rumo a descarbonização”, completa Sollero. (Globo Rural via Edairy News)

LEITE/CEPEA: Preço ao produtor

Por Natália Grigol

Cepea, 29/10/2024 – Como esperado pelos agentes do setor, o preço do leite captado em setembro seguiu em alta. A pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). Apesar de o preço do leite pago ao produtor acumular avanço real de 36,4% desde o início de 2024, a média de janeiro a setembro deste ano (de R$ 2,58/litro) é 4,7% inferior à do mesmo período de 2023.

A valorização do leite cru em setembro se explica pela maior competição dos laticínios e cooperativas na compra de matéria-prima – num contexto em que a oferta vinha crescendo de forma lenta, devido ao clima mais seco (sobretudo no Sudeste e Centro-Oeste) e aos estoques de lácteos em volumes abaixo do normal.

Mesmo com as adversidades climáticas, a captação de leite em setembro seguiu em alta por conta da estratégia das indústrias em assegurar volume para reabastecer seus estoques. Assim, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea subiu 8,3% de agosto para setembro.

A elevação da captação foi possível devido ao aumento dos preços no campo, acompanhando a valorização dos lácteos em setembro. A pesquisa do Cepea com apoio da OCB mostrou que o leite UHT, o queijo muçarela e o leite em pó se valorizaram 7,6%, 2,7% e 1,3% no atacado paulista em setembro.

Porém, o movimento altista pode não perdurar por muito tempo. O avanço da captação e o recuo nas cotações dos derivados e do leite spot a partir da segunda quinzena de outubro fortalecem a perspectiva de que os preços no campo em outubro possam apresentar viés de queda.

Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de setembro/2024)

Fonte: Cepea-Esalq/USP.

Tabela 1. Preços líquidos nominais do leite cru captado em setembro/24 nos estados que compõem a “Média Brasil”. Preços líquidos não contêm frete e impostos. Valores e variações nominais.

Fonte: Cepea-Esalq/USP. 

Tabela 2. Preços líquidos nominais do leite cru captado em setembro/24 nos estados que não estão incluídos na “Média Brasil”. Preços líquidos não contêm frete e impostos. Valores e variações nominais.

Fonte: Cepea-Esalq/USP. 


Jogo Rápido

Quem produz o leite brasileiro: dados atualizados e exclusivos de 2024
O setor leiteiro brasileiro tem passado por grandes transformações, exigindo informações atualizadas para decisões estratégicas mais seguras. Ainda há uma lacuna de dados precisos para entender essas mudanças, e quem atua no setor sabe que contar com informações recentes é fundamental para se adaptar e prosperar. Pensando nisso, a MilkPoint Ventures realizou, em 2024, a atualização da pesquisa “Quem Produz o Leite Brasileiro”.  O estudo abrangeu 12 estados do país e envolveu 65 empresas, responsáveis por captar 23,4 milhões de litros de leite por dia, representando uma parcela significativa (35%) da produção formal no Brasil.  Com a participação de 43 empresas não cooperativas e 22 cooperativas, a pesquisa oferece uma visão detalhada da estrutura produtiva. Além disso, em comparação com os dados de 2023, houve um aumento interessante na amostra de pequenos produtores, dado o perfil das novas empresas participantes, refletindo de forma mais precisa a base produtiva brasileira. Os dados coletados são essenciais para entender as mudanças no setor ao longo da última década. Em comparação com estudos anteriores, como o de 2013, é possível observar o impacto das evoluções econômicas, tecnológicas e sociais no perfil dos produtores.   No relatório completo, você encontra:  Estratificação do número de produtores e do volume de leite; Crescimento do tamanho médio dos produtores nas últimas pesquisas; Avaliação da eficiência do sistema estabulado na produção; Informações acerca dos índices atuais de qualidade do leite. Essas e outras análises estão disponíveis gratuitamente para quem busca compreender melhor o cenário leiteiro brasileiro. CLICANDO AQUI. (Milkpoint)

 
 

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Porto Alegre, 30 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.254


Iniciativa desenvolve ferramenta para seleção genômica de gado leiteiro

Por meio de uma parceria entre a Embrapa e associações de criadores, tecnologia reunirá informações levantadas por programas de melhoramento ao longo de 40 anos

Pesquisadores da Embrapa estão trabalhando com associações de criadores das raças Holandesa, Gir Leiteiro e Girolando para criar uma ferramenta de avaliação genômica baseada nos dados reunidos ao longo de quatro décadas de seleção genética no país.

Em fase de desenvolvimento, a tecnologia está em processo de incorporação dos dados dos respectivos programas de melhoramento em curso com previsão de ser lançada em 2026 a partir de parceria com empresas privadas que atuem no mercado de genética. As companhias interessadas poderão se inscrever em edital lançado pela estatal.

A ideia inicial é avaliar as características de produção de leite em até 305 dias e a idade ao primeiro parto. A reunião das informações das diferentes linhagens genéticas, segundo os pesquisadores, permitirá aos produtores identificar quais os melhores touros Gir Leiteiro para o cruzamento com vacas Holandesas, e vice-versa, visando obter o melhor Girolando a partir de uma análise única de dados dos três programas.

As avaliações contemplarão aspectos genômicos (do DNA dos animais), características que são expressas (chamadas de fenótipos), como produção leiteira, e pedigree, para obter a classificação dos touros de acordo com a composição racial das progênies que se quer obter.

“A avaliação genômica multirracial é um avanço possibilitado pelo conhecimento e pela experiência acumulados nos programas de seleção dessas raças leiteiras,” explica o pesquisador da Embrapa Claudio Napolis Costa.

Desse modo, afirma, será possível mitigar a endogamia e o risco de defeitos genéticos no cruzamento dos animais.

“Isto é particularmente benéfico para características com baixa herdabilidade ou dados limitados em raças individuais, conforme já demonstrado por resultados preliminares obtidos pela nossa equipe”, detalha o também pesquisador da Embrapa, Marcos Vinícius da Silva.

Nos últimos 20 anos, o fator genético foi responsável por um incremento de 28% na produção de leite de vacas da raça Girolando e de 31% entre os animais Gir Leiteiro, segundo números apresentados pelas respectivas associações de criadores.

De acordo com a Embrapa, o Brasil produziu 35,4 bilhões de litros de leite em 2023 com um rebanho de 15,7 milhões de vacas ordenhadas, número semelhante ao existente no início da década de 1980, quando o Brasil produzia apenas 11,2 bilhões de litros. (Globo Rural)


Semana do Leite recebe todos os públicos na Estação Experimental Terras Baixas

O tradicional “Dia de Campo do Leite” foi ampliado e, neste ato, as atividades com foco na cadeia produtiva serão realizadas durante a “Semana do Leite”.

A programação vai de 5 a 8 de novembro na Estação Experimental Terras Baixas, da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão. Em cada dia haverá um direcionamento para que todos os públicos sejam atendidos, como os pesquisadores e os técnicos, os produtores e também os consumidores.

Além disso, estarão presentes agroindústrias de laticínios para que os visitantes conheçam os produtos.

“É um espaço de discussões das questões ligadas à cadeia produtiva do leite, como políticas públicas e técnicas. Atualizar os produtores e técnicos, mostrar para a população urbana a produção do leite e trazer essa discussão para a Região Sul”, diz o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Waldyr Stumpf Junior, sobre o objetivo da semana e a complexidade que a envolve.

“A ideia também é avaliar a situação atual do setor leiteiro, onde estamos e onde queremos chegar. Isso é muito importante, pois, daqui para frente, chegamos a um ponto que já era difícil, e com a enchente, a situação piorou.

A reconstrução da atividade é o objetivo ao qual queremos chegar, complementa o coordenador regional da Emater/RS-Ascar em Pelotas, Ronaldo Maciel, sobre os assuntos que serão discutidos na Semana do Leite.

Pensando nisso, no primeiro dia (5) ocorrerá o Simpósio “Leite RS 2024: Reconstrução e Renovação”. Com o viés mais institucional, é aberto para todos os públicos.

Devem ser discutidos temas como políticas públicas e as perspectivas do setor com enfoque no produtor e nos sistemas de produção, proposições da pesquisa e assistência técnica, extensão rural e um debate sobre os principais desafios pós crise climática.

No dia 6, acontecerá o “12º Dia de Campo do Leite” com três estações temáticas destinadas aos técnicos e produtores leiteiros.

A primeira é a “Resistir”, que destaca a importância da resistência na cadeia do leite, desde a produção até o consumo, evidenciando os benefícios para toda a sociedade. Já a segunda é a “Reconstruir”, com soluções e tecnologias que permitam reconstruir, recuperar ou remediar os efeitos de crises climáticas.

E a última é a estação “Renovar”, com o propósito de enxergar o que é preciso mudar para que as perdas não se repitam.

O engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Cesar Roberto Demenech, explicou que os produtores enfrentaram tanto fortes chuvas quanto estiagem neste ano, e o Simpósio abordará esses desafios. “Esse primeiro e segundo dia vêm nesse sentido de ‘tivemos problemas, vamos ter problemas, mas podemos nos preparar’”, diz Demenech.

O terceiro dia (7) terá o “Dia de Campo Leite RS: Sustentabilidade, Qualidade de vida para o consumidor” destinado para comunidade urbana.

O intuito é mostrar para o consumidor todo o processo do leite até chegar na mesa de casa. Escolas de Capão do Leão e de Pelotas levarão seus alunos, e os interessados em conhecer mais da cadeia leiteira também podem participar do evento. Ainda no terceiro dia, haverá uma reciclagem sobre as técnicas para inseminadores.

A “Semana do Leite” é uma realização da Embrapa, Emater/RS-Ascar, Coopar, Plataforma Colaborativa Sul, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e governo federal. (Jornal Tradição, via Edairy news, adaptado pelo SINDILAT/RS)

LEITE/AMÉRICA DO SUL: A produção de leite na Argentina e no Uruguai continua caindo na comparação interanual

DEPARTAMENTO DE AGRICULTURA DOS ESTADOS UNIDOS (USDA) RELATÓRIO 43/2024 SOBRE O MERCADO INTERANCIONAL DE PRODUTOS LÁCTEOS AMÉRICA DO SUL - COTAÇÃO DAS PRINCIPAIS COMMODITIES LÁCTEAS

A produção de leite na Argentina e no Uruguai continua caindo na comparação interanual Informações procedentes da Argentina e do Uruguai dizem que a produção de leite está em queda na comparação interanual, nos dois países. Dependendo da área, a redução pode variar de 5% a 10% quando comparada com o período equivalente de 2023. 

A produção brasileira, que cresceu significativamente na primavera de 2023, está mantendo os números do ano passado. O clima é o catalisador do declínio. No Brasil, não apenas os produtores enfrentam o tempo muito seco, mas também são impactados pelas fumaças dos incêndios florestais que permanece em algumas áreas do maior país da região. 

Os mercados de commodities da América do Sul estão firmes em decorrência da limitação da oferta de leite mencionada anteriormente e as expectativas futuras. Os clientes brasileiros e argelinos continuam comprando leite em pó desnatado (SMP). As queijarias estão ativas, o que reduziu a disponibilidade de matéria seca desnatada, segundo os contatos. Os mercados de gorduras de leite e proteínas de soro de leite estão, particularmente, com notável tendência de alta. Os compradores brasileiros dizem que existem necessidades relacionadas com as festas que se aproximam, em particular para produtos de confeitaria, impulsionando os importadores a aumentar os estoques. 


Relatório USDA: 

https://www.ams.usda.gov/market-news/individual-dairy-market-newscommodity-reports#International

Tradução livre: www.terraviva.com.br


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Dairy Vision 2024
As indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido na inscrição para o Dairy Vision 2024. As vendas estão no primeiro lote e seguem abertas até o dia 29 de setembro. O acesso para garantir o benefício deve ser feito clicando aqui. Um dos principais fóruns de estratégia e negócios do setor lácteo brasileiro discute, neste ano, os impactos da chegada no campo de diferentes inovações, entre elas, a Inteligência Artificial. Serão dois dias de palestras e encontros na cidade de Campinas (SP). Os cinco painéis acontecem nos dias 05 e 06 de novembro e tratam de: Desafios e oportunidades para a cadeia do leite no Brasil; A transformação do ambiente de negócios na cadeia do leite; O que há de novo no horizonte? Startups to watch; Um olhar sobre o leite na América Latina; Indo além do leite: o que a ciência está trazendo de inovação; e Inovação aplicada ao segmento de alimentos. As informações do evento e programação completa estão em www.dairyvision.com.br. 

 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 29 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.253


Setor lácteo prevê 2025 positivo, mas com desafios

O setor lácteo brasileiro projeta um 2025 positivo, mas com alguns desafios para a manutenção da rentabilidade da atividade no médio prazo. A projeção alicerçada em estudos capitaneados pela Embrapa Gado de Leite foi debatida na manhã desta terça-feira (29/10) entre lideranças do setor industrial e dos produtores gaúchos durante reunião mensal do Conseleite, na sede do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), em Porto Alegre (RS). 

Em uma apresentação densa e repleta de reflexões que dialogam com a realidade do Rio Grande do Sul, o economista e pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Glauco Carvalho, alertou que a estabilidade dos preços do leite vem sendo mantida por um crescimento econômico projetado em 3% do PIB para 2024, sustentado pela expansão do crédito, consumo das famílias e gastos do governo. No entanto, um arrojo maior nos investimentos é necessário para sustentar o desenvolvimento no longo prazo, alerta Carvalho. No setor lácteo, há ameaças reais no horizonte, entre elas, está a falta de competitividade do leite brasileiro frente aos importados, que seguem ingressando no Brasil a taxas crescentes. A apresentação do especialista foi viabilizada por meio de parceria entre o Conseleite, Sindilat/RS e a Fecoagro.

Com produção estagnada, o mercado brasileiro torna-se um prato cheio para a produção externa. De janeiro a setembro de 2024, a importação de lácteos cresceu 6%. Um cenário motivado apenas por questões de mercado uma vez que, enquanto o preço do leite em pó no Brasil é de R$ 27,87, o importado chega ao Brasil a R$ 20,28. “A importação tende a seguir elevada, pois o produto importado está mais competitivo. A medida do governo para limitar a importação tirou o laticínio da jogada, mas as compras seguem via tradings e varejistas”, disse citando também a abertura de um nicho de companhias que vêm operando no porcionamento de produtos para redistribuição no mercado interno. “O que preocupa é que nossa produção está perdendo participação no abastecimento doméstico”, alertou.

O segredo para o equilíbrio está em tornar a produção nacional mais competitiva, reduzindo custos de produção. Um modelo que, segundo o presidente do Sindilat/RS, Guiherme Portella, já foi exitoso ao fundamentar a expansão do setor avícola brasileiro. “Com base na redução de custos por quilo, se conseguiu elevar o consumo interno, expandir produção e, só então, achar o caminho das exportações”, comparou. Segundo ele, a tendência deve estar atrelada à valorização do produtor eficiente, independentemente do tamanho e produção mensal. 

Outra potencialidade indicada pelo pesquisador da Embrapa é a exploração de nichos de maior valor agregado e que trabalhem o consumo dentro da fatia populacional que o Brasil dispõe hoje, com boa parte da população mais velha. Com o baixo crescimento demográfico e com a renda relativamente estagnada na última década, o caminho é explorar potencialidade e funcionalidades, criando demandas em novas faixas de idade e renda. “Aqui temos o papel da inovação e a possibilidade de trabalhar itens diferentes para rendas diferentes. É importante explorar nichos de mercado e inovar, para melhorar as vendas”. 

Segundo ele, a rentabilidade das operações com produtos como leite UHT e queijo muçarela vem reduzindo no tempo, sendo necessários importantes ganhos de eficiência na indústria para manter rentabilidade, citando características intrínsecas do mercado lácteo que o colocam nessa situação, como alta pulverização industrial, baixo poder de negociação e achatamento de margens no setor.

Riscos do clima

Glauco Carvalho apresentou dados que confirmam o impacto dos episódios climáticos na produção brasileira. Segundo ele, as enchentes no Rio Grande do Sul promoveram um declínio imediato de 750 mil litros/dia na bacia leiteira gaúcha no mês de maio. O impacto foi continuado e, apesar do patamar de produção ter se recuperado, verifica-se, no campo, uma difícil retomada. O principal motivo é a falta de comida abundante para acelerar a produção das vacas, o que indica que a coleta a pleno só deve ocorrer em um novo ciclo de produção de forragens.

Os impactos climáticos na produção não se limitaram ao RS. De acordo com dados da Embrapa, no mês de setembro, houve aumentos de até 3°C na temperatura em um cinturão que cruza o Brasil de Sul e Norte. “Isso teve muito impacto na produção nos últimos meses”, salientou o especialista, sinalizando que a situação deve se normalizar no próximo trimestre com temperaturas e precipitações mais próximas da média histórica.  (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)

Crédito: Carolina Jardine


​CONSELEITE/RS divulga projeção do leite para outubro

O valor de referência do leite projetado para o mês de outubro é de R$ 2,5844 no Rio Grande do Sul. O indicador foi divulgado nesta terça-feira (29/10) durante reunião do Conseleite, na sede do Sindilat, em Porto Alegre (RS). A projeção, lastreada nos dados dos primeiros 20 dias do mês, está acima do projetado em setembro, o que sinaliza uma recuperação de preços no Estado. Segundo o vice-coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, que conduziu a reunião nesta terça-feira. “Há uma certa estabilidade no mercado nos últimos 90 dias, que fortalece toda a cadeia produtiva. Esperamos que essa harmonia se mantenha”, disse. (Jardine Comunicação)

CONSELEITE–PARANÁ

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 29 de Outubro de 2024 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Setembro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Outubro de 2024, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Outubro de 2024 é de R$ 4,4627/litro.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (FAEP)


Jogo Rápido

Prorrogado para 15/11 o prazo de inscrição para o 10º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo 
As inscrições para a 10ª Edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo foram prorrogadas e a nova data para encerramento passou a ser dia 15 de novembro. Os trabalhos, no entanto, precisam ter sido publicados/veiculados entre 02/11/2023 e 01/11/2024 e devem tratar sobre o setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios. Não há limite de número de inscrições por candidato, que podem inscrever suas produções nas categorias impresso, eletrônico e on-line. Mesmo com a prorrogação, a previsão é de que os finalistas sejam divulgados até o dia 29 de novembro. Já os vencedores serão revelados no dia 19 de dezembro. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular iPhone; segundos e terceiros classificados receberão troféus.  Para garantir a inscrição, é preciso completar a ficha com os dados solicitados, para cada trabalho inscrito, que devem ser enviados para imprensasindilat@gmail.com. Também é necessário encaminhar o Documento de Identidade do autor; a cópia do Registro Profissional; o atestado de autoria em caso de matérias não assinadas; e atestado de data de veiculação para as produções em que não houver referência expressa ao período. Acesse o regulamento e a ficha de inscrição clicando aqui. (SINDILAT)

 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 28 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.252


A produção de leite na Argentina está se recuperando?

A Direção Nacional de Leite divulgou seu relatório mensal de produção de leite na Argentina, e os dados trazidos por este documento geraram otimismo para o final do ano no setor. De acordo com os dados oficiais, analisados pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), os produtores de leite ordenharam 1,015 bilhão de litros em setembro.

Isso significa um aumento de 2,2% em relação a agosto, mas, na verdade, é um aumento de 5,6% se for considerado o volume médio diário. Além disso, embora tenha sido 1,9% inferior a setembro de 2023, esta é a menor variação interanual em mais de um ano, já que é preciso voltar a agosto de 2023 para encontrar uma taxa melhor.

Produção de leite volta a crescer 

"Normalmente, a produção no mês de setembro aumenta cerca de 4% em relação a agosto (em média diária), e neste ano houve uma melhoria, subindo 5,6%, resultado da importante recuperação que vem ocorrendo em relação aos fracos registros desde o início do ano e na mesma época do ano passado", destacou o OCLA em relação a esses dados.

Ao analisar a evolução do setor, o organismo lembrou que a queda na produção foi se aprofundando durante a primeira parte do ano, acumulando uma redução de 14,5% no primeiro quadrimestre em comparação ao mesmo período de 2023.

Mas, a partir desse momento, "na maioria das regiões os dados começaram a melhorar significativamente, com uma recuperação entre maio e julho das fortes quedas, com um leve retrocesso em agosto; e em setembro passado, a recuperação voltou a se destacar", continuou.

Por esse motivo, "espera-se que, se o ritmo de recuperação iniciado em maio continuar, além da comparação com um último trimestre muito fraco de 2023 e considerando que o último trimestre do ano é o de maior participação na produção total, o acumulado anual fique em torno de 6% abaixo do registrado com relação ao ano anterior", detalha o OCLA.

E o mais importante é que "também é provável que os valores de outubro a dezembro possam estar no quadrante positivo na comparação interanual", finaliza.

As informações são do Infocampo, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


CONSELEITE MINAS GERAIS

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 25 de Outubro de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Agosto/2024 a ser pago em Setembro/2024.

b) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Setembro/2024 a ser pago em Outubro/2024.

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Outubro/2024 a ser pago em Novembro/2024.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 

Centro de Liderança Pública promove edição especial do Fórum de Competitividade e Reconstrução do RS

Os mecanismos competitivos de recuperação da economia gaúcha pós-enchentes de abril e maio  foram tema do Fórum de Competitividade e Reconstrução do RS, promovido pelo Centro de Liderança Pública (CLP) durante a manhã de quinta-feira (24/10), em Porto Alegre. O evento reuniu lideranças governamentais, especialistas e empresários para debater ações no âmbito da infraestrutura, saneamento, sustentabilidade, planejamento urbano e inovação, entre outros pilares que compõem a avaliação do Ranking de Competitividade dos Estados e Municípios.

O governador Eduardo Leite destacou que, a partir do Ranking de Competitividade, é possível não só celebrar os avanços, mas também lembrar que estes dados são um instrumento de gestão que ajuda a traçar a rota de partida e de chegada. "Nos últimos anos, colocamos em prática uma agenda profunda de transformação do RS", disse o governador, ressaltando que tudo o que é necessário para o reequilíbrio fiscal do Estado foi e está sendo feito e que agora é preciso que a União reconheça os esforços do RS, em especial no que tange à questão da suspensão da dívida pública. "O que depende de nós, temos feito, mas precisamos que a União nos olhe com mais atenção", disse.

Leite, ainda acrescentou, que o Estado segue exigindo esforços para superar problemas antigos. “O nosso passado continua nos desafiando, mas estamos crescendo de forma constante, como mostra o prêmio Excelência em Competitividade, que recebemos este ano do CLP. Do Estado que devia, agora estamos com capacidade de investir e evoluir em pilares como infraestrutura e segurança pública, além de promover avanços na educação, saúde, turismo e cultura", salientou Leite. 

O governador também falou sobre o Plano Rio Grande, que já proporcionou mais de R$2,1 bilhões em investimentos e que, além da resiliência, busca a ativação da economia em áreas estratégicas para que o RS fique protegido em situações como as ocorridas em maio deste ano. "Não tenho dúvidas que o RS sairá mais forte depois de tudo o que aconteceu. Com o volume de investimentos que conseguimos assegurar com o não pagamento da dívida e com a nossa capacidade orçamentária, vamos conseguir o maior volume de investimento público que o RS já teve. Não vamos só reconstruir o Estado, vamos reconstruir de forma melhor. Tenham confiança no Rio Grande do Sul. Eu já tenho e ela será compartilhada com todos nós", disse.

O secretário de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Ernani Polo, apresentou o painel “Investimentos e Competitividade do Rio Grande do Sul”, juntamente com a secretária de Meio ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, o diretor-geral da CMPC de Guaíba, Antonio Lacerda, e o diretor da Aegea Saneamento e Participações S.A., Fabiano Dallazen. Polo ressaltou que o evento é uma oportunidade de aprofundar o tema da competitividade, destacando que o Ranking do CLP promove uma competição saudável entre os estados, que os incentiva a aprimorar as ações do setor público e formar em parcerias com o privado. "Não se consegue aprimorar somente o público ou só privado, é preciso trabalhar em sintonia, discutir de forma conjunta e, a partir disso, ver a evolução do Estado nos indicadores e pilares do CLP", disse. Polo salienta que a competitividade melhora o ambiente de negócios. "O governador Eduardo Leite sempre diz que é necessário criar um ambiente para que o empreendedor se sinta confortável para investir e, assim, gerar emprego e renda que promovam o desenvolvimento econômico e social".

O embaixador do CLP, Eduardo Fernandez, realçou sobre a cooperação entre público e privado, explicando que com cooperação podem construir a melhora da competitividade. "Temos trabalhado através destes fóruns, já realizados em algumas cidades, de que forma podemos melhorar. O RS é 5º lugar no Ranking e com certeza pode melhorar. O setor privado e público juntos vão construir um Estado cada vez melhor e maior", disse Fernandez.

Ações ambientais que são relacionadas com a competitividade foram apresentadas pela secretária Marjorie, que destacou que sua pasta abrange não só o meio ambiente, mas também a infraestrutura, que é um dos pilares do Ranking. Incentivos fiscais atraentes para energia renováveis e biocombustíveis, planejamento energético estratégico - com estudos que mapeiam os potenciais do RS na área de energia -, planos de transição energética justa, monitoramento do licenciamento ambiental e agricultura sustentável de baixo carbono foram alguns pontos explicados pela secretária. 

 A respeito das privatizações, a titular da Sema explicou que “quando buscamos iniciativas deste tipo, como no caso da Corsan, foi porque nós, enquanto governo do Estado e secretaria, entendíamos que, para alcançarmos os níveis adequados de saneamento, que são a base para tudo, não conseguiríamos fazer isso somente com o setor público”. Ela também relembrou o lema de sua secretaria: "desenvolver para proteger", salientando que o desenvolvimento gera condições e recursos para fortalecer a proteção do meio ambiente. Marjorie  relembrou o lema de sua secretaria: "desenvolver para proteger", salientando que o desenvolvimento gera condições e recursos para fortalecer a proteção do meio ambiente. Ambos os secretários também ressaltaram o papel da Assembleia Legislativa do RS como parceira nas propostas de melhoria do Rio Grande do Sul, demonstrando compromisso na busca por um futuro melhor para o Estado. 

Escolha pelo RS

O diretor-geral da CMPC unidade Guaíba , Antônio Lacerda, explicou porque a CMPC escolheu o Rio Grande do Sul para receber o investimento de R$ 24 bilhões, um dos maiores da história do RS, feito por uma entidade privada. Além das condições climáticas, que favorecem a plantação de eucalipto, ele citou a receptividade do governo estadual em ouvir e entender o projeto, inclusive estabelecendo o Comitê de Monitoramento do Projeto Natureza CMPC, para acompanhar o empreendimento. A educação da população e a qualidade da mão-de-obra também foram pontos levados em consideração para a instalação da indústria em Barra do Ribeiro. Ao explicar que o eixo de decisão da CMPC está saindo do Chile e vindo para o Rio Grande do Sul, Lacerda complementou: “eu já participei de outros projetos e sei que dá trabalho fazer as coisas bem feitas. Teremos a grande satisfação de comemorar um trabalho bem feito conjunto, que vai trazer prosperidade não somente para a empresa, mas também para o RS, para as pessoas que aqui vivem e para fornecedores locais. Isso tem que andar junto, caso contrário, não teremos feito um bom trabalho”, disse. 

O diretor da Aegea Saneamento e Participações S.A., Fabiano Dallazen, diretor da empresa que adquiriu a Corsan, falou sobre a necessidade de olhar o saneamento como parte essencial da infraestrutura, especialmente pelo país ter déficits graves neste setor. Ele citou que quase 100 milhões de brasileiros não têm coleta de esgoto e cerca de 35 milhões não tem água tratada. Para ele, é necessário uma parceria entre poder público e privado para superar os problemas de saneamento, o que, além de melhora na estrutura, tem a capacidade de gerar empregos e dar oportunidades para empresas e fornecedores locais. Ele também citou o projeto que a Aegea está fazendo no Rio de Janeiro, com a despoluição da Baía de Guanabara. “Isso vai ser uma virada de chave. E se podemos fazer isso lá, nós podemos fazer muito mais aqui no RS”, disse. 

Participaram do evento o diretor de Operações do Badesul, Kalil Sehbe, a presidente da Junta Comercial do RS, Lauren Momback, o secretário executivo do Conselho de Desburocratização e Empreendedorismo, Diogo Leuck, o líder do governo na Assembleia, deputado estadual Frederico Antunes, além de autoridades políticas e empresários. Na ocasião, governador Eduardo Leite convidou os presentes para o lançamento do Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável do RS e apresentação da equipe que irá coordenar a Agência de Investimentos do Estado, que será realizado no dia 30 de outubro. 

Ranking de Competitividade dos Estados de 2024

Desenvolvido pelo CLP, o ranking de competitividade avalia as 27 unidades da federação a partir de dez pilares temáticos considerados fundamentais para a promoção da competitividade e melhoria da gestão pública dos estados brasileiros: Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação. 

Desempenho do Estado no Ranking 

- neste ano, o RS ficou em quinto lugar no ranking geral de competitividade, colocação que foi conquistada em 2023 e repetida em 2024, sendo sua melhor marca desde 2018. 

- melhora no desempenho nas seguintes áreas: segurança pública, infraestrutura, capital humano, solidez fiscal e potencial de mercado. 
- na área de segurança pública, passou de quinto para terceiro colocado. 

- subiu cinco posições em infraestrutura 

- subiu duas posições em capital humano, solidez fiscal e potencial de mercado. 

O RS recebeu o prêmio Excelência em Competitividade 2024, que premia os estados que se destacam na priorização da competitividade na formação de sua agenda, por meio de políticas de alto impacto que influenciam diretamente nos indicadores que compõem o Ranking. Também foi Destaque em Crescimento, como reconhecimento por ser o estado que mais evolui no ranking nos últimos quatro anos, subindo de posição nos pilares sustentabilidade social, infraestrutura e segurança pública. (Secretaria de Desenvolvimento RS)


Jogo Rápido

ADVB/RS entrega troféu TOP de Mkt 2024 a vencedores
Profissionais e empresas do ramo de marketing e vendas do Rio Grande do Sul se reuniram, na noite desta quinta-feira (24), em Porto Alegre, para celebrar a edição 2024 do prêmio TOP de Mkt. Promovido há mais de 40 anos pela Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVB/RS), esse é o principal reconhecimento do setor no Estado. Além de homenagear destaques da área, a honraria busca identificar, reconhecer e disseminar as melhores práticas, desenvolvidas por instituições de diferentes segmentos. A Cooperativa Santa Clara, associada do SINDILAT/RS, conquistou o prêmio na categoria Agro. A cerimônia de premiação teve transmissão no YouTube e pode ser assistida clicando aqui. Para acessar a lista completa dos vencedores, clique aqui. (SINDILAT/RS) 

 
 

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Porto Alegre, 25 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.251


Reunião da Câmara Produtiva do Leite faz avaliação do setor

Um estudo sobre os principais desafios do setor leiteiro foi apresentado nesta quinta-feira (24/10), na reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados, de forma presencial e online.

O estudo, apresentado pelo engenheiro agrônomo Jair Mello, gerente de Suprimento de Leite da Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL). De acordo com ele, a produção gaúcha de leite inspecionado deve ficar neste ano em cerca de 2,98 bilhões de litros/ano, segundo dados da Pesquisa Municipal do IBGE. “A produção não cresce há 12 anos e perdemos lugar para os outros estados do Sul, hoje estamos em terceiro lugar”, afirma Jair.

Outros desafios são a melhoria na produtividade dos animais e da terra, a escala de produção e a rentabilidade, as dificuldades para a formação de mão de obra, com cursos de qualificação profissional e adaptação dos currículos das escolas técnicas para atender também essa área de produção, assistência técnica qualificada e a sucessão rural. “É preciso entender as novas gerações, o que os jovens estão buscando, e estimular para que fiquem no campo”, destaca.

O engenheiro agrônomo da CCGL apresentou o exemplo do casal Oliveira, de Eugênio de Castro, que largou o emprego na cidade para assumir a propriedade do pai, de 29,9 hectares, que seria arrendada. A produção passou de 8.559 litros/hectare/ano, em 2012, para 16.250 litros/hectare/ano, em 2023. A média de litros/vaca/dia também aumentou 102%, passando de 12,8, em 2012, para 25,9 em 2023. E o objetivo dos produtores para 2025 é aumentar a produção, a produtividade da terra e tornar a propriedade 100% digital.

Mas Mello destaca que o setor passa por muitos desafios. “Foram três secas, uma enchente, aparecimento da cigarrinha e da doença foliar no milho silagem e ainda o aumento dos custos de produção”, constata.

O coordenador da Câmara, Eugênio Zanetti, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS), colocou em pauta o Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite do Rio Grande do Sul (Fundoleite), que tem um volume de recursos que ainda não está acessível para a cadeia do leite.

De acordo com o secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn, presente na reunião, “a Secretaria está trabalhando internamente no governo para encontrar uma solução para que estes recursos possam ser liberados o mais rapidamente possível. E assim que tivermos esta posição, iremos discutir os termos com a cadeia leiteira, setor tão importante para a economia do nosso estado”. (SEAPI)


CONSELEITE – SANTA CATARINA - RESOLUÇÃO Nº 10/2024

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 25 de Outubro de 2024 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Setembro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Outubro de 2024. 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1838 de 24 de outubro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Segue o período de transição das pastagens de inverno para o preparo das pastagens de verão e para a semeadura de milho para silagem e grãos. Em algumas regiões, o excesso de umidade tem dificultado o manejo das áreas e dos animais, causando problemas nos cascos e na circulação nas instalações. Em relação às condições sanitárias, tem sido fundamental realizar o controle estratégico do carrapato, visando reduzir a pressão do ectoparasita e prevenir surtos nas próximas gerações.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, os potreiros de tifton, jiggs e capim kurumi mantêm a produção devido à alta qualidade dessas pastagens. Na Campanha, a oferta de trevos e cornichão está crescendo, mas o desenvolvimento segue atrasado. Os problemas com barro foram menores em função das chuvas concentradas e dos dias subsequentes ensolarados. 

Na de Erechim, o excesso de chuvas, no último período, prejudicou os manejos e os pastoreios, levando os produtores a oferecerem mais concentrados conservados. A umidade elevada nos arredores das propriedades e estábulos aumentou a incidência de enfermidades, como mastites e doenças de casco. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite permanece estável, e há expectativa de aumento no próximo mês em razão do maior uso de alimentos concentrados e conservados, além da maior oferta de pastagem. 

Na de Ijuí, a produção está estabilizada, e houve leve aumento na produtividade nas propriedades que adotam sistemas de produção a pasto, em virtude da melhora na oferta de alimentos. 

Na de Pelotas, os produtores estão investindo em melhoramento genético e em projetos de custeio. 

Na de Porto Alegre, continua a suplementação com ração e silagem de milho, e os animais ainda acessam as pastagens de inverno em final de ciclo. 

Na de Santa Maria, a maior parte das pastagens de inverno está finalizando seu ciclo e entrando no tradicional vazio forrageiro da primavera, que se estende do final das pastagens de inverno até o início das de verão. 

Na de Santa Rosa, o pastejo de verão anual e o bom desenvolvimento das pastagens perenes ajudaram na retomada da produção de leite, após o vazio forrageiro. 

Na de Soledade, apesar do atraso no desenvolvimento do azevém, a alta oferta atual beneficia a produção de leite. (As informações são da EMATER/RS adaptadas pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Chuva retorna ao Rio Grande do Sul, mas tempo firme deve predominar no fim de semana
O Boletim Integrado Agrometeorológico nº 43/2024, divulgado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (SEAPI), indica mudanças no clima para os próximos dias no Rio Grande do Sul, com previsão de chuvas seguidas de tempo estável no fim de semana. Nesta quinta-feira (24), a chegada de uma frente fria, impulsionada por um ciclone extratropical que se desloca em direção ao oceano, deve trazer pancadas de chuva e trovoadas, com intensidade de moderada a forte, especialmente nas regiões Sul, Campanha, Fronteira Oeste, Vales, Metropolitana, parte da Serra, Planalto, Noroeste e Norte. O dia será marcado por ventos fortes, começando do quadrante noroeste pela manhã e mudando para oeste ao longo do dia, quando as temperaturas começarão a cair. Na sexta-feira (25), a frente fria ainda manterá a possibilidade de chuvas fracas a moderadas no Litoral Norte e em parte da Serra Gaúcha. O tempo deve seguir instável, com nebulosidade e temperaturas em declínio gradual ao longo do dia. No sábado (26), com a passagem da frente fria, um anticiclone migratório atuará no estado, reduzindo as chuvas. No entanto, ainda há possibilidade de nevoeiros ou chuvas fracas nas regiões Sul, Campanha e parte da Metropolitana, devido à umidade oceânica. O tempo tende a se estabilizar na maioria das regiões, com temperaturas em queda. No domingo (27), o estado deve ter tempo firme, céu com poucas nuvens e a presença do sol em grande parte das regiões, garantindo temperaturas agradáveis ao longo do dia. Entre os dias 28 e 30 de outubro, o clima deve seguir estável no estado. Na segunda-feira (28), uma leve instabilidade poderá ocorrer nas regiões de divisa com Santa Catarina, mas o tempo deve permanecer firme na maior parte do RS. Já na terça-feira (29), uma frente de instabilidade poderá provocar chuvas leves nas regiões das Missões, Noroeste e Litoral Norte, enquanto o restante do estado segue com tempo estável. Na quarta-feira (30), a previsão é de estabilidade e elevação gradual das temperaturas, principalmente nas regiões das Missões, Noroeste e Norte. Ao longo da próxima semana, é esperado que os acumulados de chuva variem entre 30 mm e 100 mm nas regiões da Campanha, áreas Centrais, Metropolitana, Litoral Norte, Serra, Campos de Cima da Serra e Norte do estado. (SEAPI adaptado pelo SINDILAT/RS)

 
 

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Porto Alegre, 24 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.250


CCJ do Senado aprova plano de trabalho de projeto sobre regulamentação da reforma tributária

Para o senador Otto Alencar, líder interino do governo na Casa reforma não deveria ser prioridade na Casa

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal aprovou nessa quarta-feira (23) o plano de trabalho do senador Eduardo Braga (MDB-AM) sobre o projeto de regulamentação da reforma tributária, com as regras para funcionamento do novo sistema, que entrará em vigor gradualmente a partir de 2026.

Pelo cronograma, serão realizadas audiências públicas de 29 de outubro a 14 de novembro, além de duas sessões de debates no plenário do Senado com representantes dos Estados e dos municípios. Mas ele evitou precisar uma data para entrega do parecer e votação. “Não tenho como cravar. Não vou estabelecer uma data”, afirmou o relator.

Ao Valor, o líder interino do governo no Senado, Otto Alencar (PSD-BA), disse que a reforma não deveria ser prioridade na Casa. Ele defende que, antes, os senadores votem a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o projeto de lei instituindo as novas regras sobre emendas parlamentares e a lei do Orçamento de 2025.

“O paciente está sangrando? Tem que botar na sala e operar, ou tem que pedir exame?”, questionou Alencar, que é cirurgião ortopedista de formação. “Só porque querem a grife da reforma tributária?”, criticou.

Apesar de não haver uma data, a expectativa no Senado é conseguir concluir a aprovação no Congresso ainda este ano. Para o líder do União Brasil, senador Efraim Filho (PB), a votação na CCJ deve ocorrer na primeira semana de dezembro e o texto ir rapidamente ao plenário.

Segundo Braga, não é possível falar com exatidão uma data porque, além de negociar alterações com os senadores, será necessário discutir as mudanças com a Câmara dos Deputados — que dará a palavra final sobre o projeto de lei — e com o governo —, já que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem poder de veto sobre o texto aprovado.

O plano de trabalho estabeleceu a realização de 11 audiências públicas na CCJ. Serão ouvidos representantes do governo federal, dos Estados, dos municípios, do setor privado e especialistas da área. Os debates começarão com a participação do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, e do secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, que falarão sobre aspectos gerais do texto. As demais audiências terão temas específicos, como impactos social e no setor produtivo. (Valor Econômico)


Geografia da qualidade: comparação do teor de sólidos no leite nas principais bacias leiteiras do Brasil

A porcentagem de sólidos no leite é um indicador essencial para a produção leiteira, estando diretamente relacionada à qualidade e ao valor agregado desse produto, uma vez que cerca de 60% do leite produzido no país é destinado à produção de lácteos que exigem sólidos. Os componentes do leite, como gordura e proteína, podem variar a depender da raça e estado nutricional das vacas, fase da lactação, frequência de ordenha e saúde da glândula mamária.

Gráfico 1. Distribuição de sólidos no leite nas Mesorregiões Brasileiras.

Fonte: MAPLeite.

No gráfico acima, pode-se analisar a alta variação nos teores de sólidos nas diferentes mesorregiões mapeadas em um dos nossos produtos, o MAPLeite – regiões estas que compõem as principais bacias leiteiras do país. Há uma evidente variação entre estados, fato atribuído não só ao manejo alimentar e genética dos rebanhos, mas também às condições climáticas e aos investimentos em tecnologia associados.

A região Sul destaca-se por superar a média nacional de 7,09% em três das suas mesorregiões: Noroeste Rio-grandense (7,18%), Oeste+Sudoeste Paranaense (7,22%) e Oeste Catarinense (7,30%). Em contraste, o Centro-Sul Goiano (GO) e a Zona da Mata (MG) apresentam valores distantes da média brasileira, não superando 6,9%.

O Sul do Brasil é a maior região produtora do país, tradicionalmente conhecida por deter alto grau de tecnificação no setor agropecuário, com ênfase em práticas de manejo alimentar e genética aprimorada dos rebanhos. O clima mais ameno nessa localização também é um fator favorável aos animais com aptidão leiteira, viabilizando pastoreio de melhor qualidade, além de proporcionar uma zona de conforto térmico e menor gasto energético para manutenção da temperatura, fatos que refletem na composição do leite.

Por outro lado, regiões como o Centro-Sul Goiano e a Zona da Mata mineira enfrentam desafios distintos. O clima quente e seco limita a qualidade das pastagens, impactando diretamente na nutrição e bem-estar dos animais. Nessas áreas, embora já sejam bacias leiteiras consolidadas, o acesso a tecnologias mais avançadas e a adoção de práticas modernas ainda pode ser um desafio para alguns produtores, o que influencia diretamente nas baixas porcentagens vistas acima.

Assim, a análise do teor de sólidos no leite entre as mesorregiões brasileiras evidencia as disparidades regionais na qualidade do leite. Enquanto algumas regiões se destacam pela alta adaptabilidade ao sistema, outras enfrentam desafios estruturais e ambientais que limitam o desempenho. Em todas as regiões, é sempre interessante aumentar as porcentagens de sólidos por meio de seleção genética e criação de fatores ambientais e nutricionais favoráveis, uma vez que esse é um fator atrativo para a indústria de lácteos. (Milkpoint)

X Fórum Oportunidades da Economia promove interação entre setores público e privado para desenvolvimento do RS

O desenvolvimento econômico de um estado depende de um diálogo constante entre os diferentes atores que compõem a economia. No Rio Grande do Sul não é diferente, principalmente em um momento de retomada, após as dificuldades enfrentadas durante o ano de 2024. O X Fórum Oportunidades da Economia segundo o Plano Rio Grande, que acontece no dia 7 de novembro, no auditório do Ministério Público do RS, se destaca como um espaço fundamental para discutir políticas públicas e ouvir as demandas do setor produtivo.

“O futuro da economia gaúcha passa pelo desenvolvimento, não pode ser diferente. E nós precisamos aprofundar esses debates e essa iniciativa no Fórum. Ele é primordial à medida que a gente avança nas políticas públicas e é importante também escutar todas as partes envolvidas. Desde a classe política, que está trabalhando e gestionando com políticas públicas, até a classe empresarial, que está na ponta, empreendendo”, ressalta o secretário-chefe da Casa Civil do Estado, Artur Lemos.

Um dos pilares do Fórum é a capacidade de reunir quem elabora e executa políticas com aqueles que empreendem e movimentam a economia. A interação entre governo e setor privado proporciona uma compreensão mais ampla dos desafios e oportunidades, permitindo a formulação de iniciativas mais eficientes e direcionadas ao desenvolvimento regional.

No time de painelistas confirmados para a 10ª edição do evento constam nomes como: Fernando Lemos, presidente do Banrisul; Ronaldo Santini, secretário do Turismo do RS; César Saut, vice-presidente da Icatu Seguros e presidente da Rio Grande Seguros; Fernando Lucchese, diretor dos hospitais São Francisco, Sto Antônio e Nora Teixeira; Mauro Pilz, diretor da Reiter Log; Antonio Lacerda, diretor-geral da CMPC; Artur Lemos, secretário-chefe da Casa Civil; Cláudio Bier, presidente do Sistema FIERGS; Sergio Canova Junior, diretor da Partner at McKinsey & Company; Marjorie Kauffmann, secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS; Nei Manica, presidente da Cotrijal; e Fernando Postal, diretor de Desenvolvimento do Banrisul.

A apresentação ficará a cargo da comunicadora da TV Pampa Magda Beatriz e a mediação dos debates será conduzida pelo vice-presidente da Rede Pampa, Paulo Sérgio Pinto. A abertura será feita pelo governador Eduardo Leite e o secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, será responsável pelo encerramento do evento.

O X Fórum Oportunidades da Economia é uma iniciativa da Rede Pampa em parceria com Banrisul, Icatú e Rio Grande Seguros, e Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado. O evento no dia 7 de novembro contará com transmissão ao vivo pela Rádio Liberdade, pelo canal no Youtube da TV Pampa e pelo site www.forumoportunidadeseconomia.com.br.

O encontro é direcionado a prefeitos, secretários estaduais e municipais ligados ao desenvolvimento, tribunais de Contas, Justiça e Ministério Público, empresários do Trade Turístico, além de profissionais de imprensa e demais interessados no desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul. As inscrições são gratuitas e limitadas até o dia 6/11 também pelo site www.forumoportunidadeseconomia.com.br. (Jornal o Sul)


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Dairy Vision 2024
 As indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido na inscrição para o Dairy Vision 2024. As vendas estão no primeiro lote e seguem abertas até o dia 29 de setembro. O acesso para garantir o benefício deve ser feito através do link disponível no site do Sindilat/RS, clicando aqui. Um dos principais fóruns de estratégia e negócios do setor lácteo brasileiro discute, neste ano, os impactos da chegada no campo de diferentes inovações, entre elas, a Inteligência Artificial. Serão dois dias de palestras e encontros na cidade de Campinas (SP). Os cinco painéis acontecem nos dias 05 e 06 de novembro e tratam de: Desafios e oportunidades para a cadeia do leite no Brasil; A transformação do ambiente de negócios na cadeia do leite; O que há de novo no horizonte? Startups to watch; Um olhar sobre o leite na América Latina; Indo além do leite: o que a ciência está trazendo de inovação; e Inovação aplicada ao segmento de alimentos. As informações do evento e programação completa estão em www.dairyvision.com.br.