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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 22 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.269


Indústria de lácteos contribui para receita e criação de empregos, diz relatório da Global Dairy Platform

À medida que a indústria de lácteos se desenvolve, há benefícios consideráveis para governos, comunidades, produtores e moradores em termos de receita e criação de empregos nesses países, segundo um relatório da Global Dairy Platform. O relatório sobre o desenvolvimento socioeconômico do setor de lácteos foi divulgado em sua reunião geral anual em Paris, em parceria com a FAO das Nações Unidas. 

Este é o mais recente de uma série baseada na ferramenta de Metodologia de Impacto dos Lácteos (DIM) e apresentou vários outros pontos interessantes que apoiam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. Segundo o relatório, mais de 110 milhões de produtores em todo o mundo se beneficiam diretamente da produção de leite, com o setor criando empregos e oportunidades de negócios ao longo das cadeias de valor e fornecendo leite nutritivo e outros produtos lácteos para mais de seis bilhões de consumidores.

Primeiramente, à medida que as rendas nacionais aumentam, como indicado pelo PIB, os sistemas nacionais de produção leiteira mudam para um menor número de propriedades com rebanhos maiores e de vacas com maior produtividade. Com o aumento médio da produção de leite (indicativo do desenvolvimento do setor de laticínios), uma proporção menor da população vive em fazendas leiteiras, e os que vivem ganham mais com o empreendimento. Menos pessoas trabalham em fazendas e mais trabalham na indústria de processamento de laticínios, ambos com rendas mais altas. Mais leite é disponibilizado por pessoa, uma maior proporção da população consome leite e o preço do varejo cai, tanto em termos reais quanto em relação aos salários médios. Além disso, uma quantidade maior do leite produzido é canalizada para mercados formais, e a receita tributária potencial da produção e venda de leite e produtos lácteos aumenta, conclui o relatório.

O resumo observa: “O relatório explora relações entre o desenvolvimento do setor de laticínios e vários indicadores sociais ligados ao leite e aos produtos lácteos provenientes dos bovinos. Indicadores em nível de país, que compreendem 97 variáveis estatísticas, foram coletados para 187 países e territórios em diferentes regiões do mundo, com representantes de economias de baixa, média-baixa, média-alta e alta renda. Em um estudo transversal com ano base de 2018, o desenvolvimento do setor de lácteos foi aproximado pela produção média de leite e foram selecionados indicadores que resumem aspectos da subsistência dos produtores de leite, emprego em plantas de processamento de leite, consumo de leite e produtos lácteos e benefícios para os governos.”

“Por meio desses benefícios, o setor de lácteos pode contribuir para alcançar os ODS com foco social: erradicação da pobreza (ODS1), fome zero (ODS2), boa saúde e bem-estar (ODS3), educação de qualidade (ODS4) e trabalho decente e crescimento econômico (ODS8). Durante o processo de transformação do setor de laticínios, muitos produtores migrarão para outros setores como empregados, mas para alguns essa transição pode ser um contraponto aos benefícios da transformação setorial que precisa ser gerenciada. Muitos empregos são criados ao longo da cadeia de valor dos laticínios, proporcionando crescentes oportunidades de emprego para a população.”

No entanto, houve advertências no relatório, que observou: “Se não forem tomados os devidos cuidados, a progressão observada dos sistemas leiteiros pode ser acompanhada por externalidades negativas que reduziriam os muitos benefícios sociais obtidos. Por exemplo, oportunidades alternativas de emprego devem ser criadas para aqueles que deixam o setor e cuidados devem ser tomados para evitar danos ambientais resultantes da concentração de produção. É necessário garantir que o desenvolvimento do setor de lácteos abranja todas as dimensões da sustentabilidade.” Para mais informações, visite o site clicando aqui.

As informações são do Dairy Industries International e Global Dairy Platform, traduzidas pela equipe MilkPoint.


Valor Bruto da Produção atingirá R$1,31 trilhão na safra 24/25

O Ministério da Agricultura e Pecuária divulgou a primeira estimativa do Valor Bruto da Produção para a safra 2024/2025. O valor atingirá R$1,31 trilhão, um aumento de 7,6%. Desse montante, R$ 874,80 bilhões correspondem às lavouras (67,7% do total) e R$ 435,05 bilhões à pecuária (32,6%).

Em relação à safra 2023/2024, as lavouras tiveram aumento de 6,7%, e a pecuária avançou 9,5%.

Para as culturas de laranja e café a evolução dos preços foram fatores mais relevantes nestes resultados e, para a soja e arroz foi o crescimento da produção a maior influência. Nos rebanhos pecuários foi a melhoria dos preços o mais significativo no resultado.

Considerando a participação relativas das principais culturas e rebanhos pecuários no resultado total (em R$ bilhão):

O Valor Bruto da Produção é uma publicação mensal do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base nas informações de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e nos preços coletados nas principais fontes oficiais.


No estudo, são abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.

A publicação integral pode ser acessada no site do Mapa, clicando aqui. 

As informações são do MAPA

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1842 de 21 de novembro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

A bovinocultura de leite enfrenta desafios em função do estresse causado pelo calor, impactando o consumo de forragem pelas matrizes e causando o vazio forrageiro em muitas propriedades. As pastagens perenes e de azevém estão em final de ciclo, e o campo nativo apresenta menor desenvolvimento devido ao clima adverso. O manejo do rebanho requer cuidados específicos para minimizar os impactos das altas temperaturas, incluindo a oferta de sombra e água em abundância.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as pastagens anuais de verão ainda não estão no ponto adequado para sua utilização, e as reservas de silagem estão quase esgotadas, limitando a suplementação e exigindo uso da produção de pré-secado e feno como complemento. 

Na de Caxias do Sul, o estado corporal dos animais se manteve adequado, sem restrição alimentar. O tempo seco contribuiu para a redução de mastites e problemas de casco. 

Na de Erechim, a atividade leiteira apresenta bom desempenho em razão das pastagens, favorecidas pelas chuvas, pelas temperaturas mais altas e por uma redução da umidade e do barro, e do correto controle de saúde dos rebanhos. 

Na de Passo Fundo, as condições para a produção de leite estão adequadas, e os bovinos se encontram em diferentes fases de desenvolvimento. Porém, as altas temperaturas exigem cuidados adicionais com sombra e água para os animais. 

Na de Pelotas, a produção ainda está reduzida, mas são observados sinais de recuperação em função do avanço do plantio de milho para silagem e do bom desenvolvimento das pastagens de verão. 

Na de Porto Alegre, os produtores estão focados no manejo para a implantação das pastagens de verão e no controle sanitário.

Na de Santa Maria, a falta de chuva e as altas temperaturas afetaram o crescimento das pastagens. Os produtores estão monitorando moscas e carrapatos e adotando estratégias de 
controle. 

Na de Santa Rosa, a luminosidade favoreceu o desenvolvimento das forrageiras, mas as altas temperaturas exigiram ajustes no manejo de pastagem e do rebanho para garantir o bem-estar dos animais e a estabilidade da produção de leite. Em muitas propriedades, já há infestação de carrapatos em decorrência do calor e da umidade. 

Na de Soledade, a oferta de pasto para o gado leiteiro depende de pastagens de inverno e azevém tetraplóides. O preço do leite tem animado os produtores. (As informações são da EMATER/RS, adaptadas pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Instabilidade no tempo marca os próximos dias no Estado
A previsão para os próximos quatro dias no Rio Grande do Sul será marcada pela permanência da estabilidade no tempo, onde o sol brilhará entre nuvens até o final de semana. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 47/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Segunda-feira (25/11): um cavado de onda curta nos níveis médios se amplificará, intensificando um cavado em superfície entre o Paraguai e o Rio da Prata, da qual, estará associado a uma frente estacionária sobre o oceano. Neste contexto, haverá o aumento gradativo da nebulosidade sobre o RS e condições para a ocorrência de precipitação com intensidade variando de fraca a moderada na Região Sul. O tempo deverá mudar para uma condição de instabilidade com elevação nas temperaturas no decorrer do dia. Terça-feira (26/11): a mesma condição atmosférica do dia anterior se repetirá, porém com possibilidades para a ocorrência de precipitação de intensidade fraca na Região Sul. Em suma, a tendência para o tempo é de instabilidade, que será observada por todo o estado, simultânea com o aumento da nebulosidade e elevação nas temperaturas no decorrer do dia. Quarta-feira (27/11): a ação do Jato de Baixos Níveis - no transporte de ar úmido e quente da Amazônia para a Região do Conesul - intensificará o cavado pré-frontal em superfície, que se localizará entre o Paraguai e o Uruguai. Logo, uma frente fria associada a um ciclone extratropical no oceano se formará e ingressará sobre o RS, provocando o desenvolvimento de nuvens de trovoada e, consequentemente, chuvas com intensidade variando de moderada a forte sobre as regiões Sul e Campanha e parte da Fronteira Oeste. O tempo deverá permanecer instável durante todo esse período com temperaturas em declínio sendo observadas a partir do início da tarde. Para os próximos sete dias os prognósticos indicam chuvas mais intensas nas regiões Sul, Fronteira Oeste e Missões, com volumes de 20 mm chegando até os 100 mm. No norte, na divisa com o estado de Santa Catarina, são esperados volumes entre 20 mm e 30 mm. Nas demais regiões do estado, os volumes previstos devem variar entre 2 mm até 30 mm. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.

 
 

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Porto Alegre, 21 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.268


Mapa promove e participa da Semana Mundial de Conscientização sobre Antimicrobianos

Serão debatidos o uso responsável de antimicrobianos em avicultura, suinocultura, bovinocultura, cães e gatos, equinocultura, assim como as diretrizes e recomendações internacionais para controle e prevenção da AMRPromovida e realizada todos os anos de 18 a 24 de novembro, a Semana Mundial de conscientização sobre o uso de antimicrobianos (WAAW – sigla em inglês) traz como tema em 2024 "Eduque. Colabore. Faça agora!".A campanha faz parte das ações coordenadas sobre o tema pela Aliança Quadripartite - Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), Organização Mundial de Saúde (OMS) e Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) -, que busca aumentar a conscientização e a compreensão de toda a sociedade a respeito da resistência aos antimicrobianos (AMR – sigla em inglês), que é um dos maiores desafios para a saúde pública global, com importante impacto na saúde humana e dos animais.

No contexto da saúde animal, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) participará de um seminário virtual promovido pela “Aliança para o uso responsável de Antimicrobianos” para fomentar a conscientização acerca do uso responsável de antimicrobianos na área animal e, ao mesmo tempo, incentivar as melhores práticas a serem adotadas pelos médicos veterinários, técnicos, produtores e sociedade em geral.

O evento ocorrerá nos dias 18 e 19/11 (segunda e terça-feira) e a inscrição pode ser realizada por aqui.

Na oportunidade, serão debatidos o uso responsável de antimicrobianos em avicultura, suinocultura, bovinocultura, cães e gatos, equinocultura, assim como as diretrizes e recomendações internacionais para controle e prevenção da AMR.

Além disso, em conjunto com o Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o Mapa também participará do Webinar WAAW - Uma Só Saúde em 21/11 (quinta-feira), o qual será transmitido via https://webinar.aids.gov.br/.

ANTIMICROBIANOS

Os antimicrobianos são medicamentos utilizados no tratamento de infecções, principalmente as de origem bacteriana, e são essenciais para a preservação da saúde humana e animal, bem como do bem-estar animal. Porém, o uso inadequado ou excessivo de medicamentos aumenta o risco de AMR e, em todo o mundo, pessoas, plantas e animais estão morrendo de infecções que não podem ser tratadas, mesmo com os mais poderosos antimicrobianos. As consequências são preocupantes e podem ocorrer a longo e médio prazo.

Na área animal, é obrigatória a prescrição veterinária para a comercialização de qualquer produto antimicrobiano de uso veterinário, estabelecido pela Instrução Normativa Mapa nº 26/2009, e também para os produtos destinados à alimentação animal contendo esses medicamentos, de acordo com a Portaria 798/2023.

Além disso, as atividades para estimular o uso racional de antimicrobianos em animais estão previstas no Plano de Ação Nacional para Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos no âmbito da Agropecuária (PAN-BR AGRO). (FONTE: MAPA)


GDT: preços em alta acendem sinal de alerta para importações brasileiras

O preço médio dos produtos negociados apresentou novo aumento no 368º leilão de lácteos da plataforma GDT, realizado no dia 19/11. O GDT Price Index (média ponderada dos produtos) passou por uma valorização de 1,9%, atingindo USD 4.089/tonelada – o maior valor desde julho de 2022.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Apesar do cenário geral altistas, algumas categorias apresentaram retração nos preços. Nesse cenário, a maior valorização percentual ficou para a categoria do leite em pó integral, que obteve uma valorização de 3,2% no preço médio, sendo negociado na média de US$ 3.826/tonelada – renovando o valor máximo dos últimos anos. Por outro lado, a maior retração, ficou com a categoria da muçarela, com uma queda de 6,6%, fechando com preço médio de US$4.315/tonelada.

O leite em pó desnatado apresentou alta de 0,9% sendo negociado na média de US$ 2.882/tonelada, avanço similar ao da manteiga, que foi negociada na média de US$ 7.008/tonelada, obtendo valorização de 0,5%. A manteiga que é um produto que vem sendo valorizado no mercado internacional e tem operado em patamares de preços elevados.

Gráfico 2. Preço Médio Manteiga – Leilão GDT (USD/ton).

Fonte: Global Dairy Trade (GDT) – elaborado pelo MilkPoint Mercado.

Além disso, a categoria do queijo cheddar, apresentou desvalorização de 3,1%, fechando na média de US$ 4.834/tonelada.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 19/11/2024.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

No segundo leilão do mês de novembro, o volume negociado apresentou queda, colaborando para um novo avanços nos preços internacionais. Com um total de 36.244 toneladas sendo negociadas, houve uma retração de  1,0% em relação ao volume negociado no evento anterior, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.
Além do menor volume ofertado no leilão, que deu suporte para as altas dos preços, a demanda mais firme neste momento também tem colaborado para a valorização de algumas categorias, como o observado para os leites em pó. Neste último leilão voltamos a observar um volume de compras mais forte da região norte asiática (que contempla a China), especialmente para a o leite em pó integral.

No mercado futuro de leite em pó integral na Bolsa de Valores da Nova Zelândia, os contratos atuais também apontam para um aumento nos preços em relação aos valores registrados anteriormente para contratos com vencimentos nos mesmos períodos. Conforme mostrado no gráfico 3.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?
Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e do Uruguai, países que historicamente praticam preços acima do Global Dairy Trade (GDT), em grande parte devido à Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, que impõe tarifas de quase 30% sobre importações de fora do bloco.

Desta forma, os preços mais altos no mercado internacional têm reduzido a diferença de competitividade entre os produtos do Mercosul e os de outros grandes exportadores globais. Isso torna os lácteos da Argentina e do Uruguai mais atraentes para os países importadores.

Com esse cenário, o Brasil deve enfrentar uma concorrência mais acirrada com outros países na importação de lácteos do Mercosul. Além disso, a recente desvalorização do real frente ao dólar tem mantido a taxa de câmbio em patamares elevados, reduzindo o poder de compra dos importadores brasileiros.

Na conjuntura atual, o Brasil tende a manter as importações de lácteos em níveis elevados. No entanto, essa dinâmica indica uma provável redução no volume importado nos próximos meses (Milkpoint)

Como a Tetra Pak está impulsionando o mercado de RTD com whey protein no Brasil

O mercado de alimentos e bebidas proteicas no Brasil vem passando por uma transformação: nos últimos cinco anos, segundo dados da Abiad (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres), o setor registrou um crescimento de 75%. E, com essa ascensão, a demanda por soluções inovadoras e eficientes no processamento de bebidas RTD (prontas para beber) com whey protein é cada vez maior. Nesse cenário, a Tetra Pak, líder mundial em soluções para o processamento e envase de alimentos e bebidas, é a parceira ideal para produtores que buscam se destacar nesse mercado promissor.

“Aqui na Tetra Pak, acompanhamos cada etapa da produção das bebidas RTD com whey protein dos nossos clientes, garantindo que eles se mantenham competitivos e na vanguarda do setor”, afirma Ana Paula Forti, Diretora de Processamento da Tetra Pak Brasil. O soro, que antes era um subproduto descartado, agora é conhecido como "o ouro do leite", uma base para criar produtos de alto valor agregado.

As bebidas RTD com whey protein, disponíveis em embalagens práticas, têm conquistado consumidores de diferentes perfis – muito além de esportistas –, que buscam conveniência e saúde em um só produto.  E para atender essa demanda, os produtores contam com o suporte completo da Tetra Pak desde o processamento até o envase sustentável de seus produtos.

Soluções tecnológicas e sustentáveis para o mercado 

Uma pesquisa do Instituto Akatu revela que 48% dos brasileiros já consideram o impacto ambiental na hora da compra. O Tetra Pak Index, um relatório global produzido anualmente que identifica as tendências de consumo e revela novas oportunidades de crescimento para clientes em todo o mundo, mostra que 70% dos consumidores acreditam que produtos saudáveis devem também ser sustentáveis. “Para atender também a essa demanda, na Tetra Pak, onde a sustentabilidade está no centro de nossa estratégia, nos preocupamos em oferecer aos nossos clientes opções sustentáveis desde os equipamentos, passando pelas soluções até chegar ao envase, reduzindo o desperdício e o consumo de água e energia”, completa Danilo Zorzan, Diretor de Marketing da Tetra Pak Brasil.

A produção das bebidas RTD com whey protein começa com o aproveitamento das proteínas do soro do leite, obtido na produção de queijos. Para essa etapa, a Tetra Pak oferece o Sistema de Filtração por Membrana, uma tecnologia de ponta que não só melhora a sustentabilidade dos processos, mas também garante a qualidade superior dos produtos.

Já para a etapa de mistura da proteína, que permite a incorporação de sabores ao produto, o destaque é o Industrial Protein Mixer, lançado globalmente em 2024, que proporciona a homogeneização otimizada dos ingredientes proteicos. Essa tecnologia inovadora reduz a formação de espuma, o que minimiza a perda de produto – um diferencial importante para uma matéria-prima de alto valor como o whey protein.

O processo de tratamento térmico também é crucial para a segurança e conservação das bebidas. A Tetra Pak oferece a recente tecnologia UHT Direto, que aquece e resfria o produto rapidamente, preservando o sabor e garantindo a segurança alimentar. Por fim, os equipamentos da Tetra Pak garantem um envase asséptico, que, associado às embalagens também assépticas, mantêm os alimentos livres de qualquer contaminação, além de conservá-los saborosos por meses, sem a necessidade de conservantes ou de refrigeração antes do consumo. (Milkpoint)


Jogo Rápido

ROTULAGEM: Anvisa publica painel sobre alegações plenamente reconhecidas em alimentos 
Lista e outros documentos orientam empresas sobre regularização desses produtos. A Anvisa publicou um painel com informações sobre o uso de alegações plenamente reconhecidas na rotulagem de alimentos. Essas alegações são aquelas de propriedades funcionais para nutrientes com funções plenamente reconhecidas em alimentos pela comunidade científica. Para esses nutrientes, as empresas não precisarão demonstrar sua eficácia ou submetê-los a análise prévia para inserir a informação na rotulagem do produto. Confira a publicação em: Painéis de Consulta de Alimentos  >> Alegações Plenamente Reconhecidas. Além da lista e dos requisitos de composição do produto para uso das alegações, também foi disponibilizada uma Nota Técnica com as orientações completas sobre o tema. (Anvisa)

 
 

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Porto Alegre, 19 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.267


Portaria aprova orientações para apresentação de propostas de convênios com a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária

Publicada no Diário Oficial da União, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, a Portaria SDA/MAPA n. 1.197, de 11 de novembro de 2024, aprovando orientações para apresentação de propostas de convênios com a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária, no exercício de 2024, devido à ocorrência do estado de calamidade pública em parte do território nacional para atendimento às consequências derivadas de eventos climáticos no estado do Rio Grande do Sul.O convênio visa atender às consequências derivadas de eventos climáticos no estado do Rio Grande do Sul, com recursos de crédito extraordinário ao Ministério da Agricultura e Pecuária, destinado ao Programa Defesa Agropecuária, na Ação "Fortalecimento do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária - SUASA no estado do Rio Grande do Sul".

A Portaria pode ser acessada, clicando aqui. (Conagro)


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT adaptado pelo SINDILAT/RS

O aumento sazonal da produção de leite na América do Sul está abaixo dos padrões históricos

A produção de leite na América do sul, de acordo com relatórios, começou a diminuir a diferença em relação aos anos anteriores, mas ainda é baixa nos principais países produtores de leite da região. O Uruguai e o Brasil estão atrasados na comparação com as projeções de produção da Argentina à medida que a primavera foi se aproximando. 

Em decorrência do clima seco adverso, a produção do Uruguai registra importante queda da disponibilidade de leite interanual. Uma tendência positiva é o aumento do preço do leite ao produtor, e que vem sendo reforçada diante da retração da produção em importantes bacias leiteiras globais. 

Os preços da alimentação para os produtores de leite, de um modo geral, continuam estáveis, enquanto que o preço do leite ao produtor evolui em função da tensão da demanda.  Mas, a disponibilidade de alimentação animal para os produtores de leite brasileiros está apertada diante das condições climáticas e dos recentes incêndios florestais. 
O comércio de produtos lácteos na América do Sul permanece em um ritmo sustentável. 

Apesar da oferta restrita de leite, os exportadores da Argentina e Uruguai disseram que o ritmo das compras dos clientes está em níveis elevados, como vem ocorrendo nos últimos tempos. No que se refere às importações dos Estados Unidos da América (EUA), analistas antecipam que os derivados de soro de leite produzidos na América do Sul poderão começar a ser enviados para utilizadores finais estadunidenses, em decorrência da restrição da oferta do complexo lácteo de soro nos EUA. (Relatório USDA - Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido

Parmalat lança linha EnergyFit para potencializar desempenho nos treinos
A Lactalis, acaba de anunciar sua nova linha de produtos lácteos voltada para o público fitness sob a marca Parmalat. Batizada de EnergyFit, a coleção chega ao mercado com o objetivo de atender às necessidades nutricionais em diferentes momentos do treino, com foco em recuperação, energia e desempenho muscular. O destaque da linha inclui o Pós-Treino Recovery com sabor chocolate, que combina Cálcio, Magnésio e Vitaminas do Complexo B para ajudar na regeneração muscular e reposição de nutrientes perdidos durante os exercícios. Além disso, a marca aposta na Creatina Creapure®, uma versão pura e reconhecida por sua alta qualidade, que promete melhorar a performance atlética e reduzir a sensação de fadiga. Para manter os atletas hidratados durante a prática esportiva, o Intra-Treino Hydra com sabor limão oferece uma combinação de carboidratos e eletrólitos. Com o lançamento, a Parmalat entra no segmento de produtos esportivos, mirando consumidores que buscam praticidade e benefícios científicos no suporte às suas atividades físicas. Essa expansão da marca demonstra a crescente atenção do setor de alimentos para a demanda por opções funcionais e saudáveis. (Lactalis via instagram adaptado pelo SINDILAT/RS)

 
 

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Porto Alegre, 18 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.266


Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo consolida uma década de reconhecimento

A 10ª edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo tem 42 trabalhos concorrendo. Com o encerramento das inscrições no dia 15 de novembro, eles ficaram divididos entre 10 na categoria Impresso, 17 na categoria On-line e 15 na categoria Eletrônico, marcando a edição comemorativa de dez anos da premiação. Foram recebidos trabalhos que foram publicados ou veiculados entre 2 de novembro de 2023 e 1 de novembro de 2024, abordando o setor lácteo sob diferentes perspectivas. Os temas incluem o desenvolvimento tecnológico, os avanços na produção e os desafios enfrentados pela indústria de laticínios, que destacam a importância do setor na economia e no agronegócio gaúcho.A comissão julgadora é composta por representantes da Farsul, Fetag-RS, Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (Sindjors) e do Sindilat/RS. O grupo se reúne no dia 28 de novembro para a avaliação dos trabalhos, definindo os finalistas que serão conhecidos no dia  29 de novembro.Os vencedores serão revelados no Jantar de Confraternização do Sindilat/RS, marcado para o dia 19 de dezembro. Os primeiros colocados de cada categoria receberão um troféu e um celular iPhone, enquanto os segundos e terceiros lugares serão agraciados com troféus. Além disso, em homenagem a uma década de existência do prêmio, haverá uma premiação especial para o jornalista que mais se destacou ao longo desses dez anos, consolidando o compromisso do Sindilat/RS em valorizar o trabalho da imprensa e sua contribuição para o desenvolvimento do setor lácteo. As informações são da Assessoria de Imprensa do Sindilat/RS

Informativo Conjuntural 1841 de 14 de novembro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

A produção de leite segue estável. Não há relatos de problemas sanitários no rebanho, mas a oferta de sombra e água tem sido essencial devido ao aumento de calor.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em São Gabriel, os produtores estão utilizando principalmente o campo nativo, que, em função da alta oferta e qualidade, apresenta boa produtividade. Houve redução no fornecimento de concentrados.

Em Santana do Livramento, a produção diminuiu em razão da perda de qualidade da forragem como resultado do fim do ciclo do azevém e de aveias. 

Na de Caxias do Sul, as temperaturas amenas à noite e mais elevadas durante o dia favoreceram o bem-estar dos animais, tanto a pasto quanto em confinamento. 

Na de Erechim, a saúde dos rebanhos está dentro da normalidade, e houve redução no risco de doenças em decorrência da adequada umidade. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite permanece estável, e há expectativa de aumento na produção no próximo mês em virtude da maior oferta de pastagem. 

Na de Ijuí, os animais apresentam adequada sanidade e baixa incidência de parasitas externos, como carrapato e mosca-dos-chifres. 

Na de Passo Fundo, os rebanhos demonstraram boa produtividade, e não houve registros significativos de problemas sanitários. As condições climáticas beneficiam o bem estar dos animais. 

Na de Pelotas, as altas temperaturas afetaram o bem-estar das vacas leiteiras, exigindo atenção à oferta de sombra e água. Quedas de energia afetaram alguns produtores, que estão investindo em geradores. 

Na de Porto Alegre, os animais apresentam boa condição corporal e sanitária devido ao reforço na suplementação alimentar, necessária durante o período de vazio forrageiro. 

Na de Santa Rosa, o sistema silvipastoril tem sido uma alternativa para mitigar o calor, que prejudica os rebanhos. Contudo, há baixa oferta de forragem. A condição corporal dos animais está satisfatória, mas o aumento de ectoparasitas exige controle. 

Na de Soledade, a oferta de forragem para o gado leiteiro é composta por pastagens anuais de inverno e pastagens perenes de verão. A melhora no preço pago pelo leite tem gerado otimismo entre os produtores.

As informações são da EMATER/RS adaptadas pelo SINDILAT/RS

Previsão de tempo: semana será de instabilidade

A previsão para os próximos dias no Rio Grande do Sul será marcada pela permanência do tempo firme com destaque para amplitudes térmicas. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 46/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

A tendência para o início da semana será de instabilidade devido à formação e o deslocamento de uma frente fria que causará o declínio nas temperaturas.

Segunda-feira (18/11): uma frente fria associada a uma frente estacionária sobre o oceano se formará ao longo da faixa de fronteira com o Uruguai. Diante disso, haverá possibilidades para a ocorrência de precipitação de intensidade fraca entre as regiões Oeste e Campanha, e moderada sobre a Região Sul. No geral, o tempo deverá ser instável com temperaturas tendo um declínio a partir do amanhecer.

Terça-feira (19/11): à medida que o anticiclone for ingressando sobre o estado, a instabilidade se espalhará para a metade norte, o que deverá causar precipitação de intensidade variando de fraca a moderada entre as regiões Oeste, partes da Campanha e Sul, Região Central e Região Metropolitana. As temperaturas deverão seguir em declínio no decorrer do dia.

Quarta-feira (20/11): com o deslocamento do anticiclone migratório sobre o RS, a tendência da instabilidade será de se espalhar por todas as regiões, provocando chuva de intensidade variando de fraca a moderada na maior parte do estado, e moderada a forte nas regiões Metropolitana, Central, Região dos Vales e Litoral Norte. Além disso, as temperaturas deverão ter o mesmo declínio dos dias anteriores.

Para os próximos sete dias, os prognósticos indicam chuvas mais intensas no centro e sul do RS. Estas chuvas podem adquirir volumes mais expressivos na faixa entre a Fronteira Oeste e o litoral. Nestas áreas os volumes devem chegar a 100 mm podendo ultrapassar esse valor em alguns pontos. No norte e no extremo sul do estado os acumulados devem ser observados em quantidades inferiores variando entre 2 mm até 30 mm.

O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.

As informações são da SEAPI adaptadas pelo SINDILAT/RS


Jogo Rápido

“Plantando o Bem” passa por 15 cidades gaúchas e alcança mais de 2.500 crianças
O Programa “Plantando o Bem”, idealizado pela Cooperativa Santa Clara, concluiu a sua 9ª edição, alcançando mais de 2.500 crianças em 15 cidades onde a Cooperativa atua. Neste ano, o programa levou aos municípios a peça de teatro “A Cozinha Mágica dos Sabores Saudáveis”. Além da apresentação, os alunos receberam materiais para criar pequenos bonecos usados em teatros de dedo, que abordam o tema da alimentação saudável.  As últimas apresentações ocorreram na quarta-feira (06), durante a 32ª Feira do Livro, no Centro Cultural Mãe de Deus, em Carlos Barbosa. A encenação foi criada exclusivamente para a Cooperativa Santa Clara e executada pelo Grupo Ueba, de Caxias do Sul. Criado em 2016, o “Plantando o Bem” já encantou mais de 27 mil crianças de mais de 100 escolas em 20 cidades gaúchas. Como um dos projetos de responsabilidade social da Cooperativa Santa Clara, a iniciativa integra as ações voltadas para ESG. Seu principal objetivo é promover a conscientização e o cuidado com o meio ambiente entre crianças e adolescentes, de forma divertida e acessível.  “Projetos como esses que fazem valer a história da Santa Clara. Nosso objetivo é motivar e incentivar as pessoas a trabalharem com base nos pilares de ESG, especialmente a sustentabilidade, e criar essa conscientização desde as escolas, assim como fazemos dentro da Santa Clara. Temos vários projetos de descarbonização que visam combater as crises climáticas. Mas como podemos corrigir isso? A resposta está nas atitudes. Cada um de nós, de forma individual e coletiva, deve agir, somando esforços para criar os diferenciais necessários para ajudar na descarbonização. O nosso trabalho é justamente esse, e temos como meta reduzir em 30% as emissões de gases de efeito estufa até 2030,” afirma diretor administrativo e financeiro, Alexandre Guerra. (As informações são da Cooperativa Santa Clara)

 
 

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Porto Alegre, 14 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.265


Ata do Copom vê risco fiscal e alerta para alta de juros

Colegiado destaca os gastos públicos e defende a disciplina fiscal

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central reforçou o alerta sobre risco fiscal na ata da última reunião divulgada ontem e disse que uma piora adicional das expectativas de inflação pode prolongar a alta de juros. O colegiado do BC destacou que a percepção dos agentes do mercado financeiro sobre o crescimento dos gastos públicos e a sustentabilidade do arcabouço fiscal vem tendo impactos relevantes sobre as expectativas e o câmbio.Ao reforçar a necessidade de sustentabilidade das regras fiscais, o comitê falou em transparência, previsibilidade e compromisso. No comunicado já tinha defendido a “apresentação e execução” de medidas estruturais para o orçamento fiscal. “Uma política fiscal crível, embasada em regras previsíveis e transparência em seus resultados, em conjunto com a persecução de estratégias fiscais que sinalizem e reforcem o compromisso com o arcabouço fiscal nos próximos anos são importantes elementos para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de riscos dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”, afirma o documento.No debate, o Copom diz também ter enfatizado o desafio de estabilizar a dívida pública devido a aspectos mais estruturais do orçamento público. Foi mencionado ainda que a redução de crescimento dos gastos, principalmente de forma mais estrutural, pode colaborar para o crescimento econômico no médio prazo por meio de seu impacto nas condições financeiras, no prêmio de risco (rentabilidade adicional cobrada pelos investidores no Brasil) e na melhor alocação de recursos.O colegiado, por sua vez, diz incorporar em seus cenários uma desaceleração no ritmo de crescimento dos gastos públicos ao longo do tempo. Na última quarta-feira, o Copom decidiu, por unanimidade, intensificar o ritmo de alta de juros e elevou a taxa básica (Selic) em 0,5 ponto percentual, de 10,75% para 11,25% ao ano. Na ata, o colegiado repetiu que o ambiente externo permanece “desafiador”, apontando como principal fator de incerteza a possível mudança na política econômica nos Estados Unidos, logo após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais.“Com relação aos Estados Unidos, permanece grande incerteza sobre o ritmo da desinflação e da desaceleração da atividade econômica”, diz o colegiado. “Em paralelo, a possibilidade de mudanças na condução da política econômica também traz adicional incerteza ao cenário, particularmente com possíveis estímulos fiscais, restrições na oferta de trabalho e introdução de tarifas à importação”, acrescenta.

Ainda assim, o comitê continua trabalhando com um cenário de desaceleração gradual e ordenada da economia norte-americana. O ciclo de alta de juros no Brasil teve início na reunião anterior, em setembro, quando o Copom optou por um movimento mais gradual, de elevação de 0,25 ponto porcentual - primeiro aumento feito no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). (Jornal do Comércio)


Como termina 2024 e quais as previsões para 2025 para o setor lácteo americano?

A previsão de outubro para a produção de leite nos EUA em 2024 é menor do que a previsão do mês anterior. O tamanho do rebanho leiteiro deverá permanecer inalterado em 9,335 milhões de cabeças, mas a produção de leite por vaca agora está projetada para ser de 10.975 kg (24.195 libras), 2,27 kg (5 libras) a menos do que a estimativa anterior, devido a um crescimento levemente menor na produção por vaca em função de um envelhecimento do rebanho de vacas produtivas e de uma quantidade limitada de novilhas de reposição. 

Essa redução na produtividade por vaca deverá resultar em uma produção total de leite de 102,4 bilhões de kg (225,8 bilhões de libras) em 2024, o que é 45,4 milhões de kg (0,1 bilhão de libras) a menos que a previsão anterior e 254 milhões de kg (0,56 bilhão de libras) a menos que o nível de produção de 2023. Apesar das margens melhorarem para os produtores de leite em 2024, o rebanho leiteiro deverá permanecer abaixo dos níveis de 2023 devido ao rebanho de reposição limitado.

A previsão revisada para as importações de produtos lácteos dos EUA em 2024, com base em gordura do leite, aumentou para 4,22 bilhões de kg (9,3 bilhões de libras), 136 milhões de kg (0,3 bilhão de libras) a mais que a estimativa anterior. A projeção de importações com base em sólidos não gordurosos permanece inalterada em 3,13 bilhões de kg (6,9 bilhões de libras). O aumento na previsão geral de importação se deve principalmente às projeções mais altas de importação de manteiga e queijo, que compensam a menor importação de outros produtos lácteos.

As projeções para exportações de 2024 com base em gordura do leite permanecem inalteradas em relação à previsão do mês passado, em 5,26 bilhões de kg (11,6 bilhões de libras), enquanto as exportações com base em sólidos não gordurosos estão projetadas em 22,32 bilhões de kg (49,2 bilhões de libras), 136 milhões de kg (0,3 bilhão de libras) a mais. Espera-se que o aumento nas exportações de produtos lácteos desnatados e soro de leite em pó compense a redução nas exportações de outros produtos lácteos.

A previsão revisada para o uso doméstico de produtos lácteos dos EUA em 2024, com base em gordura do leite, aumentou para 101,03 bilhões de kg (222,7 bilhões de libras), 45,4 milhões de kg (0,1 bilhão de libras) a mais que a estimativa anterior. A projeção para o uso doméstico com base em sólidos não gordurosos foi reduzida para 83,01 bilhões de kg (183,0 bilhões de libras), 45,4 milhões de kg (0,1 bilhão de libras) a menos que a estimativa anterior. Em 2024, o uso doméstico de produtos lácteos deverá cair em relação aos níveis de 2023, principalmente devido à redução na produção de leite e aos preços elevados dos principais produtos lácteos ao longo do ano.

Previsões para 2025

A previsão para a produção de leite dos EUA em 2025 foi revisada para baixo. Embora a previsão para o tamanho do rebanho leiteiro permaneça inalterada em 9,360 milhões de cabeças, a produtividade projetada por vaca foi reduzida em 9 kg (20 libras), para 11.034 kg (24.325 libras), devido a um crescimento esperado mais lento na produção por vaca. Como resultado, a produção total de leite em 2025 agora está estimada em 103,26 bilhões de kg (227,7 bilhões de libras), 90,7 milhões de kg (0,2 bilhão de libras) a menos que a previsão anterior, mas ainda 861 milhões de kg (1,9 bilhão de libras) acima do nível de produção de 2024.

As projeções para as importações de produtos lácteos em 2025 foram revisadas para cima em relação à última previsão. Com base em gordura do leite, as importações em 2025 estão previstas em 3,99 bilhões de kg (8,8 bilhões de libras), enquanto, com base em sólidos não gordurosos, as importações estão projetadas em 3,31 bilhões de kg (7,3 bilhões de libras). Em 2025, são projetados aumentos nas importações de queijo, manteiga, caseína e concentrado de proteína do leite em comparação com a previsão de 2024.

Com base em gordura do leite, as exportações de lácteos para 2025 estão projetadas em 5,17 bilhões de kg (11,4 bilhões de libras), 45,4 milhões de kg (0,1 bilhão de libras) a mais que a previsão do mês passado. No entanto, com base em sólidos não gordurosos, as exportações de lácteos estão projetadas em 22,45 bilhões de kg (49,5 bilhões de libras), 136 milhões de kg (0,3 bilhão de libras) a menos que a previsão anterior. Espera-se um aumento nas exportações de manteiga e produtos à base de manteiga, enquanto estão projetadas reduções nas exportações de produtos lácteos desnatados, queijo, soro de leite em pó e lactose, devido à menor competitividade de preços nos mercados internacionais.

A previsão revisada para o uso doméstico em 2025, com base em gordura do leite, foi ajustada para 101,65 bilhões de kg (224,1 bilhões de libras), 136 milhões de kg (0,3 bilhão de libras) a menos em comparação com a previsão do mês passado, enquanto o uso doméstico com base em sólidos não gordurosos permanece inalterado em 83,46 bilhões de kg (184,0 bilhões de libras). O uso doméstico de produtos lácteos é previsto para superar os níveis de 2024 em 2025, impulsionado principalmente pelo aumento na produção de leite e pela queda projetada nos preços do queijo e da manteiga.

Preços das novilhas de reposição alcançam níveis muito altos

Comparado a 5 anos atrás, os valores das novilhas Holandesas nos EUA hoje estão de duas a três vezes maiores e continuam subindo. Como exemplo, os preços de outubro de 2019 para novilhas de alta qualidade em Turlock, Califórnia, variavam de US$1.300 a US$1.600 por cabeça, enquanto para o mesmo mês em 2024, os preços estão entre US$2.800 e US$3.600. Mesmo em comparação ao ano passado, os valores das novilhas tiveram um aumento considerável, saltando de US$2.400-2.675 em Pipestone, Minnesota, em outubro de 2023, para cerca de US$3.700-3.850 hoje.

Os preços dos bezerros também passaram por uma transformação impressionante. Em outubro de 2019, bezerras Holandesas estavam praticamente sendo dadas por US$5-50 por cabeça em um mercado de Wisconsin e US$18-26 por cabeça em outro mercado na Pensilvânia. Hoje, os valores das bezerras Holandesas estão consistentemente na faixa de US$300-500 em todo o país, enquanto bezerros cruzados com raças de corte continuam a surpreender, com valores atuais frequentemente excedendo US$1.000 por cabeça. 

As informações são do USDA e Dairy Herd Management, traduzidas pela equipe MilkPoint.

O leite e seus derivados são fontes de vitaminas?

O leite é utilizado na nutrição humana há muitos anos. Atualmente, mais de 6 bilhões de pessoas no mundo consomem leite e produtos lácteos (FAO, 2024). O consumo per capita de leite varia entre os diferentes países ao redor do mundo. A inserção do leite na alimentação é incentivada em função de sua composição nutricional, sendo uma fonte de macronutrientes, como proteínas, carboidratos e lipídeos, além de conter micronutrientes, como sais minerais e vitaminas. O leite é amplamente conhecido por ser fonte de alguns nutrientes específicos, como proteínas e o cálcio. Além disso, o leite possui em sua composição vitaminas que são importantes para a saúde humana.

As vitaminas são substâncias biologicamente ativas que compõem a parte orgânica dos nutrientes do leite, incluindo vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e hidrossolúveis (complexo B e C). As vitaminas hidrossolúveis são encontradas na fase aquosa do leite, como no leite desnatado. Por outro lado, as vitaminas lipossolúveis estão presentes na fração lipídica, como no leite integral, creme, queijos e manteiga (Cimmino et al., 2023). A composição do leite pode ser influenciada por fatores genéticos, como a raça da vaca, e por fatores ambientais, como dieta e variações sazonais. Além disso, a composição das vitaminas do leite pode variar conforme a espécie do animal (Tabela 1).

Tabela 1. Teor de vitaminas do leite de diferentes espécies animais (100 g de leite).

A variação na composição das vitaminas do leite, conforme a espécie do animal, ressalta a importância de compreender o papel das vitaminas para a saúde. Entre os leites mais difundido, está o leite bovino, sendo o foco principal. Assim, iremos abordar as principais vitaminas presente no leite bovino e suas implicações na saúde.

Vitaminas do complexo B

O leite destaca-se pelo conteúdo de vitaminas do complexo B (tiamina, riboflavina, niacina, ácido pantotênico, piridoxina e biotina), fornecendo em média 10% a 15% da ingestão diária remondada para a maioria das pessoas (DRI, ingestão dietética recomendada). As vitaminas do complexo B desempenham funções celulares importantes, atuando como cofatores em diversas reações anabólicas e catabólicas (Cimmino et al., 2023). Elas estão envolvidas na função mitocondrial e no metabolismo do carbono, contribuindo para a síntese de aminoácidos, ácidos graxos e para a síntese de pirimidinas. Também participam no ciclo do folato e da metionina, além do metabolismo da glicose. Além disso, estudos têm demonstrado o papel as vitaminas B na depressão, indicando que a baixa ingestão desses nutrientes, especialmente do folato (vitamina B9) e da vitamina B12, está associada à depressão (Ryan et al., 2020).

Vitamina A

O teor de vitamina A no leite está associado principalmente à concentração de gordura do leite, que é influenciado por fatores como a dieta animal e sazonalidade. A vitamina A atua como mediador em vários processos metabólicos e fisiológicas do corpo. Ela é importante no desenvolvimento e diferenciação celular do corpo, principalmente das células epiteliais e do tecido ósseo. Além disso, a vitamina A é essencial no processo de visão, constituindo um componente da retina do olho. Também atua na espermatogênese, desenvolvimento da placenta e o crescimento embrionário (Wozniak et al., 2022). E a ingestão adequada dessa substância contribui para o funcionamento do sistema imunológico.

Vitamina E

A vitamina E se refere a dois grupos de compostos: os tocoferóis e tocotrienóis. No leite integral, a vitamina E encontra principalmente na forma o alfa-tocoferol (>85%) (Flis and Molik, 2021). A vitamina E é um antioxidante que exerce efeito protetor nas membranas celulares contra processos de oxidação e peroxidação. Além disso, ela também atua na modulação da transdução de sinal e reguladora da expressão gênica. Algumas de suas isoformas influenciam a expressão genética em diversos tecidos e células, sendo importantes na prevenção de doenças cardiovasculares, como a doença arterial coronariana e a aterosclerose (Zingg, 2019; Cimmino et al., 2023).

Vitaminas D

O leite é conhecido por ser uma boa fonte de vitamina D (Pereira, 2014). A vitamina D inclui as formas calciferol (D1), ergocalciferol (D2) e colecalciferol (D3) (Cimmino et al., 2023). Ela é um hormônio esteroide produzido endogenamente pela irradiação da luz ultravioleta na pele e/ou pode ser obtida através da dieta.  A vitamina D contribui para aumentar a absorção de cálcio e fósforo no trato gastrointestinal, auxilia na ossificação e a mineralização óssea, melhora a densidade óssea, reduz o risco de fraturas e previne a formação de cãibras musculares. Além disso, o metabolismo ativo da vitamina D pode exercer efeitos imunomoduladores e antiproliferativos (Wozniak et al., 2022).

Vitamina K

A filoquinona (vitamina K1) e menaquinona (vitamina K2) podem ser encontradas no leite bovino Cimmino et al., 2023), sendo a menaquinonda a principal forma presente. A vitamina K é importante na manutenção da saúde, participando de vários processos biológicos. Ela é fundamental na síntese de fatores de coagulação no fígado, e a sua deficiência está associada a um aumento a tendência ao sangramento (Simes et al., 2020). Além disso, a deficiência de vitamina K tem sido associada a algumas condições patológicas, como doenças cardiovascular, doença renal crônica e alguns tipos de câncer (Cranenburg et al., 2012; Simes et al., 2020, 2019).

Produtos lácteos ricos em gordura, como a manteiga, são boas fontes de vitamina K.

As vitaminas são nutrientes requeridas em pequenas quantidades pelo organismo, mas que são essenciais para uma alimentação e nutrição saudável do ser humano, pois a maioria delas não é sintetizada pelo corpo. Elas desempenham funções fisiológicas fundamentais para o crescimento e manutenção da saúde. O leite e os seus derivados são alimentos ricos em uma variedade de vitaminas, contribuindo significativamente para a promoção e manutenção da saúde.
 
FONTE: MILKPOINT


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Desempenho do setor do leite em setembro está na 24ª edição da Revista RS 360
Os dados de setembro do setor do leite estão detalhados na Edição 24 da revista RS360. A análise foi feita pelo auditor-fiscal da Receita Estadual, Felipe Conter Leite, sobre parâmetros de vendas, compras de insumos, compras de bens de capital, valor adicionado e fluxos interestaduais de mercadorias. Eles podem ser analisados acessando a revista, clicando aqui, a partir da página 80.A publicação integra o Programa Desenvolve RS do Executivo gaúcho e os dados serão analisados em live do dia 28/11 às 14h. Para acompanhar, acesse aqui. Pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), participam do encontro o presidente, Guilherme Portella; o 1º vice-presidente, Alexandre Guerra; o diretor-tesoureiro, Ângelo Paulo Sartor; e o secretário-executivo, Darlan Palharini.

 
 

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Porto Alegre, 13 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.264


Deputados aprovam orçamento do RS para 2025 com previsão de déficit de R$ 2,8 bi
 
Os deputados estaduais gaúchos aprovaram nesta terça-feira (12) o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício de 2025 no Rio Grande do Sul, com previsão de déficit de R$ 2,8 bilhões nas contas públicas. A proposta, de autoria do Executivo, segue para sanção do governador Eduardo Leite (PSDB), que tem prazo até 30 de novembro. Além dos 35 votos favoráveis, a matéria recebeu 13 contrários à sua aprovação, das bancadas do PT/PCdoB, do PSOL e do Novo.
 
O projeto encaminhado prevê receitas totais de R$ 83,8 bilhões e despesas de R$ 86,6 bilhões. A peça orçamentária também estima crescimento do PIB gaúcho em 2% para 2025, e crescimento na arrecadação do ICMS - principal imposto estadual - de 14,4% no ano que vem em relação a 2024, com recolhimento de R$ 53,6 bilhões.
 
Os deputados de oposição ao governo Leite criticaram os investimentos propostos pra as áreas de saúde e educação. "A Constituição exige que 25% dos investimentos dos estados sejam aplicados nas escolas públicas, e o orçamento retira R$ 3 bilhões que deveriam estar na escola pública e não estão", disse o líder da bancada do PT no parlamento, deputado Miguel Rossetto.
 
Um levantamento realizado pela equipe econômica do deputado Adão Pretto (PT) identificou o percentual de 19,4% dos investimentos pra educação e 9,38% para a saúde. Pela Constituição, os índices mínimos para estes setores são de 25% e 12%, respectivamente. Na área da educação, entretanto, um acordo firmado em setembro deste ano entre o governo do Estado e o Ministério Público permite o Piratini de não cumprir esta meta de mínimo constitucional.
 
Outra questão presente na LOA é o empenho financeiro pra a reconstrução do Estado após a catástrofe climática de maio de 2024. Conforme o líder do governo Leite na Assembleia Legislativa, deputado estadual Frederico Antunes (PP), os recursos economizados pelo Estado em função da suspensão da dívida do RS com a União serão destinados para a recuperação após as enchentes. "Os valores que não vão ser necessários o Estado pagar de juros provenientes da dívida para, exclusivamente, a contenda de fazermos ações que retornem ao Estado aquilo que ele perdeu na catástrofe", pontuou o parlamentar.
 
Para a gestão e captação destes recursos, o governo do RS criou ainda em maio, no período mais crítico das cheias, o Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), que tem a vigilância e fiscalização de um Conselho. Na LOA de 2025, está previsto aporte de cerca de R$ 4,2 bilhões ao Funrigs. (Jornal do Comércio)

Prévia IBGE: captação de leite recua no 3º trimestre de 2024

De acordo com os dados preliminares da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, divulgados nesta terça-feira (12/11), no 3º trimestre de 2024 a captação formal de leite no Brasil enfrentou um sutil recuo em relação ao terceiro trimestre de 2023. Com uma estimativa de 6,2 bilhões de litros captados, o recuo foi de 0,6% para o 3° trimestre de 2023, como mostra o gráfico 1, com uma diferença de menos 35 mil litros de leite em relação ao mesmo período do ano anterior.

Gráfico 1. Captação formal: Variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE. 
 
É importante destacar que os dados para o 3º trimestre, que são prévios, poderão ser reajustados para a publicação dos dados oficiais (que devem ser publicados no dia 05/12).

Os resultados do último trimestre seguiram sendo influenciados por questões climáticas. A estrutura produtiva da região Sul do país foi afetada pelas enchentes que ocorreram em maio deste ano, com danos sendo ainda refletidos nos últimos meses, o que provavelmente acarretou um pico de produção abaixo do esperado para o último trimestre na região. Além dos efeitos climáticos no Sul do país, as temperaturas elevadas, episódios de queimadas e a extensão do período de seca em outras regiões, como Centro-Oeste e Sudeste, também atrasou a entrada do período de maior produção de leite dessas áreas, trazendo o recuo observado para o terceiro trimestre do ano.

Os resultados de cada mês podem ser observados na tabela a seguir:

Tabela 1. Captação mensal de leite no Brasil (Prévia)

Fonte: IBGE - elaborado pelo MilkPoint Mercado

Dessa forma, o resultado para o 3º trimestre de 2024 apresentou um sutil recuo anual, puxado principalmente pelos resultados negativos de agosto e setembro, que são justamente os meses que tendem a apresentar maior produção de leite na região Sul do país, a maior região produtora.

Gráfico 2. Volume da captação formal de leite no Brasil

Fonte: IBGE – elaborado pelo MilkPoint Mercado

Apesar dos reflexos climáticos ainda estarem presentes nos resultados do último trimestre, para os últimos meses de 2024 é esperada a recuperação gradual e sazonal da produção de leite para o período, com uma maior influência das regiões Sudeste e Centro-Oeste no volume total, que possuem seu período de safra a partir de novembro. Vale a ressalva que no final de 2023 o maior estado produtor do país, Minas Gerais, apresentou uma produção de leite abaixo do histórico para o período, e, caso a produção do estado volte para seus patamares habituais, poderemos observar uma variação anual mais forte para o último trimestre do ano. Seguiremos acompanhando.

(Observação: os dados acima mencionados são em relação à prévia divulgada pelo IBGE. A publicação definitiva, que será divulgada no próximo mês, poderá sofrer alterações)

Produção de leite com lucratividade recebe ênfase em dia de campo

Como produzir leite com lucratividade foi o tema transversal do Dia de Campo que atraiu agricultores e lideranças à propriedade das famílias de José Kroth e do filho, Fábio André Kroth, na localidade de Linha Fátima, em Nova Candelária, na quarta-feira (06/11). A ação foi promovida pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, e pela Secretaria Municipal de Agricultura de Nova Candelária, com o apoio do Sicredi, da Cresol e da Sicoob.

Junto à propriedade, que é uma Unidade de Referência Tecnológica (URT), foram abordados quatro temas convergentes à rentabilidade e à qualidade de vida em propriedades voltadas à atividade leiteira.

Na estação conduzida pelo extensionista da Emater/RS-Ascar e engenheiro de produção Elir Paulo Pasquetti, e pelo proprietário Fábio André Kroth, receberam ênfase aspectos da gestão da propriedade e da sucessão familiar. Foi reforçada a importância de pontos estratégicos como a gestão das pessoas em relação à organização das atividades, disponibilidade de mão de obra e capacitação continuada, bem como aspectos técnicos relativos ao manejo do solo, da água, do rebanho, da alimentação, da qualidade da produção, dos controles técnicos e financeiros e dos investimentos.

Cuidados que se refletiram em alguns dos resultados obtidos pela família, em relação à produção e ao retorno econômico. Com o controle efetuado, foi possível observar um crescimento de mais de 200 mil litros de leite na propriedade, no período de 2007 a 2023. Há 16 anos eram produzidos 55.484 litros por ano; em 2023, o volume de produção chegou a 256.713 litros.

A importância do pré-parto na produtividade das vacas leiteiras também foi abordada no Dia de Campo. O médico veterinário Renan Stefler falou sobre aspectos relacionados à secagem das vacas, ao bem-estar animal, ao período de transição e o pós-parto. Destacou a relação entre a capacidade de ingestão de alimentos, a produção do leite e o escore corporal dos animais e seus respectivos reflexos na produção do leite.

O sistema de produção de leite a pasto foi tema da estação conduzida pelo extensionista da Emater/RS-Ascar de Três de Maio Leonardo Rustik e pelo assistente técnico regional Jorge Lunardi, com contribuições do produtor José Kroth. Os técnicos enfatizaram a necessidade de adaptar o sistema de produção às características de cada propriedade rural. Ao destacar o sistema de produção de leite, alertaram para a necessidade da adubação e manejo adequado das pastagens e a reserva de alimentação para os animais, através da silagem, do feno e do pré-secado. Sintetizaram dizendo que para produzir leite é necessário alimentação de qualidade, água e sombra para os animais.

A qualidade de vida das famílias rurais, aspecto fundamental para a permanência e a sucessão rural, foi abordada pela assistente técnica regional da Emater/RS-Ascar Vanessa Gnoatto, pela extensionista Luciele Boiczuk e pelas agricultoras Marli e Carine Kroth. A relação entre a produção diversificada de alimentos para autoconsumo na propriedade, a segurança alimentar, a redução de custos e a promoção da saúde foram enfatizadas. As famílias anfitriãs são exemplo desta consciência, segundo dados apresentados, juntas produzem 86% do que consomem em termos de alimentação.

O Dia de Campo contou com a participação de 82 produtores e lideranças, o que fez com que as entidades promotoras manifestassem seu agradecimento. O evento também oportuniza que as estratégias sejam adaptadas e adotadas em outras propriedades.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Santa Rosa


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ÚLTIMA CHANCE: Inscrições para o 10º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo encerram nesta sexta-feira, dia 15/11
Ainda dá tempo para inscrever trabalhos jornalísticos na 10ª edição do Prêmio Sindilat/RS. O prazo está aberto até a sexta-feira, dia 15/11. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular iPhone; segundos e terceiros serão agraciados com troféus. Não há limite de número de inscrições por candidato, que podem inscrever suas produções nas categorias impresso, eletrônico e on-line. Podem participar trabalhos que tenham sido publicados/veiculados entre 02/11/2023 e 01/11/2024, que tratem sobre o setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios. Para garantir a inscrição, é preciso completar a ficha com os dados solicitados, para cada trabalho inscrito, que devem ser enviados para imprensasindilat@gmail.com. Regulamento e Ficha de inscrição aqui. (SINDILAT)

 
 

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Porto Alegre, 12 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.263


Consumo de lácteos | O consumo de produtos lácteos ricos em proteínas no café da manhã aumenta a concentração e a saciedade

Os resultados do estudo revelaram que as jovens participantes se sentiram mais saciadas e com menos fome após um café da manhã à base de laticínios, com alto teor de proteína e baixo teor de carboidratos, em comparação com um café da manhã com baixo teor de proteína e alto teor de carboidratos ou sem café da manhã.Um novo estudo mostra que um café da manhã rico em proteínas de origem láctea não só é mais satisfatório em comparação com uma refeição rica em carboidratos ou com a omissão do café da manhã, mas também ajuda a aumentar a concentração nas primeiras horas críticas do dia, segundo pesquisadores publicados no Journal of Dairy Science.A pesquisadora principal do estudo cruzado e randomizado, Dra. Mette Hansen, professora associada do Departamento de Saúde Pública da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, lembra que “estudos epidemiológicos mostram claramente que pular o café da manhã está associado a um maior risco de sobrepeso, e outros estudos de intervenção indicam que vários componentes da dieta – com baixo teor de proteína, fibra e cálcio – podem ter um efeito prejudicial na regulação do peso. Isso sugere que o conteúdo do café da manhã pode influenciar seu impacto sobre a saúde”.Portanto, os pesquisadores queriam saber se um café da manhã com alto teor de proteína e baixo teor de carboidratos reduziria a ingestão de calorias ao longo do dia e ajudaria as pessoas a se sentirem saciadas por mais tempo do que se pulassem o café da manhã ou comessem uma refeição com alto teor de carboidratos.

Assim, a Dra. Hansen e sua equipe se propuseram a testar sua teoria em um estudo randomizado no qual acompanharam 30 mulheres jovens por três dias de teste separados por pelo menos dois dias. No dia anterior a cada teste, os níveis de atividade física e as dietas das mulheres foram padronizados. As participantes, com idades entre 18 e 30 anos, tinham um índice de massa corporal (IMC) superior a 25, o que as classificava como obesas ou com sobrepeso.

Durante o estudo, os participantes tomaram um café da manhã rico em proteínas, composto de iogurte skyr e aveia, ou uma refeição pobre em proteínas e rica em carboidratos, composta de pão integral com geleia de framboesa e suco de maçã. Ambas as refeições tinham o mesmo conteúdo e densidade de energia e a mesma quantidade de fibras e gorduras. O grupo de controle não tomou café da manhã (exceto por um copo de água).

Após o café da manhã, a equipe calculou a ingestão de energia dos participantes no almoço e durante o resto do dia e avaliou o apetite entre as refeições. Foram coletadas amostras de sangue entre o café da manhã e o almoço para analisar os hormônios intestinais reguladores do apetite, a insulina e a glicose. Por fim, a equipe mediu o desempenho dos participantes em um teste de concentração duas horas e meia após o café da manhã.

Os resultados do estudo revelaram que as jovens participantes se sentiram mais saciadas e com menos fome após um café da manhã à base de laticínios, com alto teor de proteína e baixo teor de carboidratos, em comparação com um café da manhã com baixo teor de proteína e alto teor de carboidratos ou sem café da manhã.

“No entanto, isso não se traduziu de forma significativa em seus hormônios intestinais ou na ingestão calórica total do dia”, diz o Dr. Hansen, sugerindo que um café da manhã rico em proteínas por si só pode não ser uma solução para a perda de peso.

É interessante notar que as escolhas do café da manhã também afetaram a cognição. Depois de ingerir o iogurte rico em proteínas, os participantes melhoraram suas pontuações nos testes de concentração em comparação com aqueles que não tomaram o café da manhã. Essa melhora cognitiva não foi observada naqueles que comeram torradas com geleia e suco.

Até onde sabemos, os efeitos cognitivos da ingestão aguda de proteínas não foram investigados antes nessa população de mulheres jovens”, afirma o Dr. Hansen.

A equipe do estudo especifica que esses resultados poderiam se beneficiar de mais pesquisas para entender como as escolhas do café da manhã influenciam a saúde ao longo do tempo e em populações mais diversificadas.

Independentemente das metas de peso, esse estudo mostra que um café da manhã à base de laticínios, rico em proteínas e micronutrientes, pode fazer com que você se sinta e tenha um desempenho melhor ao começar o dia, concluem. (EdairyNews)


Participação do RS na Conferência da ONU para o Clima (COP29) destaca ações de adaptação para a resiliência

Chefe de gabinete da Seapi, Joel Maraschin, participará evento, que ocorre no Azerbaijão entre 11 e 22 de novembro

O Rio Grande do Sul estará presente em mais uma Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP29), que será realizada em, no Azerbaijão. O chefe de gabinete da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Joel Maraschin, estará presente, ao lado da secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Marjorie Kauffmann, que representará o Estado no evento.

A programação do RS terá início na próxima quarta-feira (13/11). O primeiro compromisso será uma reunião fechada com o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, com a participação de autoridades. No mesmo dia, está prevista a participação do Estado em evento promovido pelo Pacto Global, uma iniciativa proposta pela ONU para incentivar empresas privadas a adotarem políticas de responsabilidade social e ambiental.

Um dos momentos mais esperados da participação do governo gaúcho na COP29 ocorre na quinta-feira (14/11), no lançamento do Roadmap Climático, uma plataforma desenvolvida pelo Estado que irá mapear as ações dos municípios gaúchos relacionadas às mudanças climáticas. O sistema irá garantir ao governo um banco de dados que servirá de base para o desenvolvimento de políticas públicas de mitigação, adaptação e resiliência locais.

“Esta é a quarta Conferência do Clima em que o Rio Grande do Sul está representado. A cada ano é possível observar a nossa evolução quando o tema são as ações de adaptação para a resiliência. O Estado, sob o comando do governador Eduardo Leite, não quer ficar apenas em assinaturas de acordos, mas sim firmar compromissos e executar políticas públicas factíveis. O Roadmap Climático, alinhado com as estratégias do Proclima 2050 e do Plano Rio Grande, é uma prova disso”, afirmou Marjorie.

A plataforma foi desenvolvida pela Assessoria do Clima da Sema, em parceria com a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, o Instituto Estadual de Dados Espaciais e o Under2, coligação de governos subnacionais que visa alcançar a mitigação das emissões de gases com efeito de estufa. Ainda na quinta-feira, está prevista uma reunião com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Itamaraty.

Com o objetivo de captar recursos, uma série de agendas com Bancos de Desenvolvimento da América Latina e da Europa serão cumpridas durante a programação. O Rio Grande do Sul apresentará projetos que preveem a mitigação das emissões no campo, ações de resiliência para o Vale do Rio Pardo e o projeto de integração do monitoramento hidrometeorológicos dos estados do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul).

O Plano Rio Grande, assim como o Proclima2050, também estará nos palcos da COP29, por meio de palestras e apresentações. Na terça-feira (19,/11) a titular da Sema e o presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Renato Chagas, dividirão o palco do pavilhão do MMA para abordarem o tema: O caminho do Rio Grande do Sul na superação dos desafios climáticos e na construção de infraestruturas resilientes.

Também na terça-feira, no Pavilhão da Agricultura Sustentável das Américas em Baku, o chefe de gabinete da Seapi, Maraschin, discutirá, junto com Marjorie, o tema: Políticas Públicas e Práticas Adaptativas para a Resiliência da Agricultura do Rio Grande do Sul.

“As alterações climáticas têm tido influência direta na economia do Rio Grande do Sul, e sendo nós um Estado em que o agronegócio representa 40% do PIB, as políticas públicas precisam ser adaptadas a essa nova realidade, como forma de mitigarmos esses prejuízos”, destacou Maraschin.

Já na quarta-feira (20/11), Marjorie será uma das convidadas da terceira Reunião Ministerial sobre Urbanização e Mudança Climática.

COP29

A Conferência do Clima é realizada anualmente. A presidência do evento é revezada pelas cinco regiões reconhecidas pela ONU. Este ano, o Azerbaijão foi selecionado para sediá-la. A programação estará dividida entre o Estádio de Baku e hotéis da cidade. A COP29 de Baku será realizada entre 11 e 22 de novembro de 2024. (SEAPI)

Bem estar animal | ‘Investimento em conforto das vacas é estratégia que se paga’, diz especialista em pecuária

Especialista afirma que melhorias no ambiente das vacas resultam em qualidade de vida e retornos positivos na produção e saúde.

O bem-estar das vacas durante o período de transição é fundamental para garantir saúde e produtividade.

Em entrevista no quadro “Raio-X da Pecuária“, Leandro Greco, gerente de serviços técnicos de leite da Kemin, destacou a importância de investir em instalações adequadas e com conforto para essa fase crítica da vida produtiva das vacas.

“Eu encaro a vaca de produção como um atleta de alta performance. A gente tem que dar condições para esse atleta se desenvolver”, afirmou Greco, enfatizando que melhorias no ambiente das vacas resultam em qualidade de vida e retornos positivos na produção e saúde. Ele disse que “o investimento se paga muito rapidamente”, especialmente em um período tão crítico como a transição. Assista aqui. (Canal Rural via edairy news)


Jogo Rápido

Portaria Mapa nº 730 de 07/11/24
A Portaria Mapa nº 730 de 07/11/24, foi publicada no DOU, no dia 8 de novembro de 2024. O que muda? Passa a ser “permitido o uso de amidos e amidos modificados como ingredientes opcionais, em queijos de umidade maior ou igual a 55,0 g/100 g, tratados termicamente e que adotem a forma da embalagem, ou do invólucro que os contém no momento do acondicionamento, em uma proporção máxima de 1% (m/m) do produto elaborado”. Acesse aqui. (Terra Viva)

 
 

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Porto Alegre, 11 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.262


Como o setor leiteiro busca se proteger do efeito do calor sobre a produção

Sindilat e UPF divulgaram, pela primeira vez, orientações aos produtores para garantir a qualidade do produto e o bem-estar dos animais sob altas temperaturas. Diminuição de produtividade por vaca pode chegar a 80%A chegada do calor traz uma preocupação adicional aos produtores de leite, que devem estar atentos à manutenção do volume e qualidade do produto, além, claro, do conforto térmico dos animais. Uma cartilha com orientações aos produtores foi lançada pela primeira vez, neste ano, pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat/RS) e pela Universidade de Passo Fundo (UPF). — Os animais sofrem muito com essas variações climáticas e resulta naquilo que nós denominamos de estresse térmico, ou seja, ele sente muito essa questão e, consequentemente, irá apresentar, ao longo dos dias de intenso calor, várias alterações no seu metabolismo, na ingestão de matéria seca, e isso tudo colabora para problemas como redução na produção e (alteração) na composição do leite — descreve o professor Carlos Bondan, do curso de Medicina Veterinária da UPF, que participou da elaboração da cartilha. O impacto se dá no metabolismo do animal. Sob estresse térmico, a vaca ocupa a maior parte do tempo ofegando, tentando regular sua temperatura, e consequentemente diminui o tempo destinado ao consumo de alimentos. Ingerindo menos nutrientes, há alterações nos sólidos totais do leite, conforme indicam estudos. Outra consequência é a diminuição na capacidade de defesa imunológica dos animais, o que implica em uma maior incidência de quadros infecciosos e doenças, como a mastite. Bondan cita um exemplo comum ao verão gaúcho: sob uma temperatura de 32°C, com uma umidade relativa do ar acima de 90%, somados à ausência de sombra e de água, a diminuição de produtividade por animal pode chegar a 80%. Por isso, a cartilha lançada por Sindilat e UPF recomenda oferecer principalmente conforto e boa alimentação aos animais. Entre as técnicas indicadas estão ainda o uso de aspersores e ventiladores, acesso irrestrito à água e manejo de ordenha nos horários mais frescos do dia. Sobre um possível impacto das mudanças climáticas no futuro da atividade leiteira, Bondan observa que isso é algo que deverá ser observado ao longo do tempo. De acordo com ele, o problema do estresse calórico sempre existiu, mas muitas vezes foi negligenciado por falta de diagnóstico: — Hoje, produtores mais tecnificados, mais conhecedores da causa, se tornam mais preocupados com isso e trazem esses problemas para a academia. Esse efeito há muitos anos a gente conhece, mas ele tem se tornado cada vez mais visível diante dos produtores, da própria indústria, exatamente porque, a partir de agora, nós temos uma identificação, nós temos um diagnóstico.

Segundo o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a discussão sobre a necessidade de uma cartilha surgiu dentro do grupo de qualidade criado pelo sindicato. As empresas deverão imprimir as orientações e enviar aos produtores junto com a nota do leite. 

— A grande maioria dos produtores já sabe, mas nunca é demais relembrar os conceitos básicos — observa. 

O executivo explica que a preocupação com as mudanças climáticas está relacionada à característica do rebanho leiteiro do Rio Grande do Sul, em que predominam as raças europeias (holandesa e jersey). Porém, Palharini acredita que não seria vantajoso alterar o perfil de raças em função da produtividade alcançada por estes animais. 

Apesar da preocupação, o percentual de leite condenado é pequeno diante do volume total de produção. Em 2024, o pico de desvio de crioscopia chegou a 0,16% no mês de janeiro, segundo o Sindilat — nos meses de inverno, o índice não passa de 0,014%. (Zero Hora)


Suporte a produtores de leite aumenta produtividade e ajuda famílias no campo

Novo episódio de websérie da Lactalis Brasil mostra como uma boa gestão faz toda a diferença

O aumento da produtividade no campo passa por um processo organizado e eficiente de gestão. Na cadeia leiteira, não é diferente. Boas práticas no manejo do rebanho e da propriedade tornam os negócios sustentáveis - em todos os sentidos -, além de garantirem a permanência das famílias na atividade e no campo. Aprimorar a gestão é o foco do projeto Lactaleite, implementado pela Lactalis para assessorar os produtores diretamente no campo.

A iniciativa é tema da websérie "Caminhos do Leite", disponível no canal da empresa no YouTube. O terceiro episódio explica o trabalho de suporte dado aos produtores pela Lactalis e relata os resultados já alcançados pelas famílias.

Por meio da história de vida de produtores gaúchos, o filme mostra o impacto da profissionalização da gestão nas novas gerações, que começam a tomar as rédeas da produção. Por trás desse suporte, está o entendimento de que propriedades com gestão eficiente são mais atrativas e convidativas à sucessão. Os especialistas da Lactalis defendem que, nos locais em que as finanças são bem geridas, há previsão de ganhos futuros, planejamento e se vislumbram projetos e melhorias. Tudo isso é fundamental para manter o jovem no campo.

- Nesse assessoramento de gestão que concedemos a nossos pro-dutores, mostramos a importância de abrir a mente para novas ideias, ouvir os filhos e parceiros e implementar melhorias. Isso tudo instigaos filhos a se manterem na atividade porque veem um futuro no campo - explica o CEO da Lactalis Brasil, Roosevelt Júnior.

Evolução
A cadeia leiteira gaúcha dispõe de grandes oportunidades de otimização de processos mesmo que tenha um dos melhores rebanhos do país. - O produtor gaúcho é um dos mais dedicados e eficientes do Bra-sil. No entanto, na hora de gerenciar a propriedade, estimar custos e receitas, sempre há pontos a avançar - observa júnior. Segundo o gestor, é preciso ter atenção na hora de fazer as contas- e isso não quer dizer não gastar.

Muitas vezes, é importante saber investir, ganhar escala de produção e aumentar o rebanho para diluir custos fixos. A Lactalis dá suporte aos produtores com assessoramento constante, por meio do Clube do Produtor e também do Lac-taleite - projeto que começou há cinco anos, no Rio Grande do Sul, e hoje atende cerca de 900 produtores em todo o Brasil.

Apoio técnico
Pensado como um programa de assessoramento 360, o Lactaleite ajuda na capacitação para cumprir diversos processos. O corpo técnico da empresa oferece consultoria para composição de ração do gado investimentos e benfeitorias, além de ajudar na escola de insumos e equipamentos.

- Para participar, é preciso vontade de mudar. O Lactaleite não inclui só os grandes produtores. Muito pelo contrário. Ser um produtor Lac-taleite exige vontade de fazer melhor todos os dias. Nossa experiência em produzir leite em diferentes cenários nos traz o conhecimento para orientar esses homens e mulheres que vivem do leite e querem um leite cada vez melhor - conclui o CEO da Lactalis Brasil. Clique aqui e confira o terceiro episódio da websérie Caminhos do Leite. (Zero Hora)

Dia de Campo aborda estratégias para crescimento do setor leiteiro da Metade Sul

A Estação Experimental Terras Baixas, no Campus da UFPel em Capão do Leão, sediou o Dia de Campo do Leite na última terça-feira (06/11), durante a Semana do Leite que se encerrou nesta sexta-feira (08/11). Com o tema "Resistir, Reconstruir e Renovar", o Dia de Campo foi uma realização da Embrapa, Emater, Coopar, Plataforma Colaborativa Sul, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e Ministério da Agricultura e Pecuária. A Semana do Leite, que teve como objetivo mobilizar a cadeia produtiva do leite para recuperação e crescimento do setor, contou com a participação de produtores, técnicos e representantes do setor interessados em fortalecer a cadeia produtiva do leite no Estado.

Na primeira estação do Dia de Campo, foram abordadas questões relacionadas à importância da resistência da cadeia do leite para a sociedade, abrangendo desde a produção até o consumo. As atividades incluíram uma apresentação da Coopar Pomerano sobre o sucesso do cooperativismo, a estrutura de pesquisa em leite da Embrapa Clima Temperado com seus projetos futuros, a contribuição do Lableite para a qualidade do leite e derivados, e os cursos do Cetac com ferramentas de qualificação para gestão e sucessão familiar.

A segunda estação focou em soluções e tecnologias para reconstruir e remediar os impactos da crise climática, com o objetivo de retomar e ampliar a produção de leite. Cinco temas foram discutidos: qualidade do leite, crise climática, planejamento forrageiro, produção de leite seguro, cultivares de gramíneas e leguminosas BRS, ajustes de dietas baseadas em forrageiras, e a prevenção e controle de doenças como leptospirose e controle de carrapatos. Também foram abordadas dificuldades enfrentadas pelos produtores após as enchentes, incluindo manejo de ordenha, teste para mastite clínica, higienização do gado, teste do leite ácido, nutrição, manejo de pastagem, uso de pastagens perenes, homeopatia veterinária e doenças e técnicas relacionadas à silagem e ao manejo de cereais de inverno, como o trigo BRS Reporte, Belajoia, Pastoreio e Tarumaxi.

A terceira e última estação propôs mudanças necessárias para que o agricultor não enfrente novamente as mesmas dificuldades impostas pelas recentes condições climáticas que o Estado sofreu. O foco foi direcionado para o planejamento ambiental das unidades de produção de leite, com o objetivo de superar os desafios das mudanças climáticas. Essa proposta incluiu a parceria com a CPPSUL Cooptil, a recuperação de solos após inundações e enxurradas, a adequação das condições ambientais e o conforto dos animais, além da segurança na captação e no armazenamento de água para a atividade leiteira. Também foram abordados aspectos de saúde única e biosseguridade em contextos de emergência climática.

SIMPÓSIO
O Simpósio do Leite RS, na Estação Experimental Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, no Campus da UFPel, em Capão do Leão, reuniu na última terça-feira (05/11), representantes de órgãos e entidades para discutir políticas públicas e desafios para o desenvolvimento do setor leiteiro na região Sul do Estado. O evento integrou a Semana do Leite, encerrada nesta sexta-feira (08/11), que com o tema Resistir, Reconstruir e Renovar, teve como objetivo mobilizar a cadeia produtiva do leite no fortalecimento do setor. A programação foi realizada pela Embrapa, Emater, Coopar, Plataforma Colaborativa Sul, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e Ministério da Agricultura e Pecuária.

As atividades do simpósio se dividiram em duas programações no início da tarde, sendo a primeira sobre políticas públicas e desenvolvimento do setor leiteiro, das quais foram discutidos temas sobre as políticas públicas e as perspectivas para o desenvolvimento do setor, com foco no produtor e nos sistemas de produção de leite. O Simpósio do Leite RS 2024 buscou oferecer uma plataforma de diálogo entre produtores, pesquisadores e gestores para fortalecer a cadeia produtiva do leite no estado, especialmente diante dos recentes desafios climáticos. (Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar Regional Pelotas)


Jogo Rápido

ÚLTIMA SEMANA: Prazo de inscrição para o 10º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo encerra nesta sexta-feira 
Encerra, no dia 15 de novembro, o prazo de inscrições para a 10ª edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo. Podem ser protocolados trabalhos que tenham sido publicados/veiculados entre 02/11/2023 e 01/11/2024. Eles precisam tratar sobre o setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular iPhone; segundos e terceiros serão agraciados com troféus. Não há limite de número de inscrições por candidato, que podem inscrever suas produções nas categorias impresso, eletrônico e on-line. Para garantir a inscrição, é preciso completar a ficha com os dados solicitados, para cada trabalho inscrito, que devem ser enviados para imprensasindilat@gmail.com. Também é necessário encaminhar o Documento de Identidade do autor; a cópia do Registro Profissional; o atestado de autoria em caso de matérias não assinadas; e atestado de data de veiculação para as produções em que não houver referência expressa ao período. Regulamento e Ficha de inscrição aqui.  (SINDILAT/RS)

 
 

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Porto Alegre, 08 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.261


RAR faz primeira exportação de queijo tipo grana padano para os EUA

A RAR marcou sua entrada no mercado dos Estados Unidos com a primeira exportação de seu queijo tipo grana padano, o Gran Formaggio, produzido em Vacaria (RS). Foram enviados 700 quilos do produto para Miami, o passo inicial de uma estratégia de entrada no mercado norte-americano.“Acreditamos que os Estados Unidos têm potencial para este mercado, inclusive levando em consideração o número de brasileiros estabelecidos na região. Este foi o primeiro embarque para validarmos a aceitação do produto. Nossa estratégia é expandir para outros Estados e para isso estamos estudando o mercado e buscando outras oportunidades”, disse o presidente executivo da RAR, Sergio Martins Barbosa.Barbosa destacou que o Gran Formaggio é o único queijo tipo grana padano produzido fora da Itália a entrar no mercado dos Estados Unidos.“Estamos entrando no maior mercado do mundo. Este movimento contempla nosso plano de expansão que está diretamente ligado à abertura de novos mercados”, afirmou Barbosa.

A empresa já atua com exportações para o Uruguai, Paraguai e Chile, com planos de ampliar o alcance nos Estados Unidos.

Em 2024, a RAR já exportou 2,5 toneladas do seu queijo tipo grana padano. “Explorar novos mercados faz parte da nossa visão de crescimento sustentável”, acrescentou o presidente executivo. (Estadão)


CONSELEITE MINAS GERAIS - RESOLUÇÃO DE FECHAMENTO DO MÊS DE OUTUBRO/2024

A diretoria do Conseleite Minas Gerais no dia 7 de Novembro de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o 
produto entregue em Outubro/2024 a ser pago em Novembro/2024.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1840 de 7 de novembro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Em decorrência do término do ciclo das pastagens do período, como azevém, inicia-se o pastejo das pastagens perenes de verão, incluindo tifton, braquiária e panicuns, além de forrageiras nativas. No que tange ao aspecto sanitário, observa-se um aumento na incidência de berne, mosca-dos-chifres e carrapato, o que demanda a implementação de práticas de controle adequadas.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Manoel Viana, os produtores que dispõem de silagem e grãos de aveia e de trigo conseguem manter a produção, mesmo com a redução na qualidade das pastagens de azevém. Nas áreas com potreiros de pastagens perenes de verão e capineiras, há boa oferta de volumoso de qualidade, contribuindo para a manutenção da produção em conjunto com a suplementação de ração. 

Na de Caxias do Sul, nos sistemas mais intensivos que utilizam silagens e fenos como base forrageira, os estoques estão sendo repostos devido à conclusão da ensilagem de trigo forrageiro e à produção de pré-secados. Nos sistemas baseados em pastagens, as forrageiras de inverno encerraram seu ciclo, restando apenas pastagens perenes e azevéns de ciclo longo como fonte de forragem de qualidade. 

Na de Erechim, a umidade excessiva nas imediações das propriedades e estábulos tem diminuído, reduzindo a presença de barro e, consequentemente, o risco de doenças, como mastite, problemas de casco e lesões decorrentes de escorregões. 

Na de Frederico Westphalen, as condições secas e ensolaradas favoreceram o desenvolvimento das culturas, promovendo aumento do pastejo e melhora do bem-estar animal. 

Na de Ijuí, a produção de leite permanece estável. Houve incremento no número de propriedades que adotam sistemas de produção a pasto. 

Na Passo Fundo, os animais de alta lactação estão recebendo suplementação com alimentos concentrados. 

Na de Porto Alegre, observou-se uma melhora nas vendas de terneiros, especialmente aqueles cruzados com Angus provenientes de matrizes leiteiras. 

Na de Santa Maria, em Júlio de Castilhos, as pastagens perenes, como tifton 85 e Aruana, já estão sendo utilizadas, minimizando o impacto do vazio forrageiro primaveril. 

Na de Santa Rosa, apesar dos altos custos com ração e fertilizantes, os produtores mantêm uma situação financeira favorável devido à disponibilidade de forrageiras para pastejo, o que eleva a produtividade de leite das vacas. O volume de leite produzido permaneceu constante, e a qualidade atendeu aos padrões da maioria dos produtores. (Emater adaptado pelo SINDILAT)


Jogo Rápido

Nos próximos dias, o Rio Grande do Sul enfrentará uma sequência de eventos

 meteorológicos, começando com o retorno da chuva, seguido por uma fase de estabilidade no final de semana. O Boletim Integrado Agrometeorológico 45/2024 da Seapi, em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga, detalha essa previsão. Sábado (09/11) e domingo (10/11): Uma crista de alta pressão entre a Argentina e o Uruguai mantém o tempo estável no Rio Grande do Sul. No sábado, o céu estará claro, com poucas nuvens e temperaturas amenas. No domingo, a nebulosidade aumenta na tarde, e as temperaturas elevam-se gradualmente. Segunda-feira (11/11): Um cavado sobre a Argentina fortalece outro na superfície entre o Paraguai e o Rio Grande do Sul, formando uma frente fria ligada a um ciclone extratropical no oceano. Espera-se instabilidade, com trovoadas e chuvas moderadas a fortes nas regiões Sul e Campanha, e temperaturas caindo ao longo do dia. Terça-feira (12/11): A frente fria traz condições instáveis, com chuvas moderadas a fortes na metade sul e precipitações de intensidade menor ao norte. A intensidade dos ventos aumenta no Sul e ao longo do litoral. Com a entrada de um novo anticiclone, a estabilidade retorna, junto a uma queda nas temperaturas. Quarta-feira (13/11): A presença de um anticiclone migratório estabiliza o tempo em todas as regiões. As temperaturas caem acentuadamente, com possibilidade de geada na madrugada e ao amanhecer em várias regiões. O céu deve ficar claro, com sol e temperaturas mais baixas. O boletim prevê, para os próximos sete dias, chuvas mais intensas na metade sul do Estado, com volumes entre 30 mm e 100 mm, podendo ultrapassar esses valores na Campanha e no Sul. Para a metade norte, são esperadas chuvas entre 20 mm e 50 mm. O boletim também fornece informações sobre o impacto nas culturas e criações de animais. Mais detalhes estão disponíveis em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (Seapi adaptado pelo SINDILAT)

 
 

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Porto Alegre, 07 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.260


O soro pode ser o baú de ouro da indústria de laticínios?

Com uma produção diária aproximada de 67 milhões de litros de leite inspecionado, conforme aponta o Anuário Leite 2024 da Embrapa, cerca de 24 milhões de litros são destinados à fabricação de queijos. Esse processo gera aproximadamente 22 milhões de litros de soro de leite por dia, o que equivale a cerca de 100 ml de soro por habitante diariamente. Mas a quem interessa esse produto?Esse foi o tema central da palestra "By the Whey, Z Generation", ministrada por Rodrigo Stephani, pesquisador do Inovaleite/UFJF, durante o segundo dia do Dairy Vision 2024. Em sua apresentação, Rodrigo abordou a interação entre pessoas e produtos, especialmente o soro de leite e produtos derivados que o utilizam. Seu foco foi a geração Z (nascidos entre 1995 e 2010), que atualmente representa uma parcela expressiva da população brasileira.Rodrigo apresentou dados recentes que mostram que o consumo de soro de leite é vantajoso entre a Geração Z em comparação com as gerações anteriores, que tradicionalmente viam o soro como um subproduto de menor valor. Ele ressaltou que, do ponto de vista do consumo, a Geração Z é hoje a maior parte da população consumidora e, portanto, é essencial entender suas preferências e tendências.Além disso, Rodrigo destaca um fato curioso: as gerações mais antigas tendem ao consumo de queijos, cuja produção gera soro como coproduto. Em outras palavras, enquanto uma geração consome queijo sem valorizar o soro, outra aprecia o soro, mas não consome tanto queijo. Dessa forma, os hábitos de consumo parecem se complementarem.Preferências de consumo de lácteos entre gerações
De acordo com o Anuário Leite 2023  da Embrapa, a bebida láctea é o produto mais consumido entre adolescentes e crianças, diferentemente de adultos e idosos, para quem esse é o produto lácteo menos consumido, como é possível observar na tabela abaixo:

Atualmente, o soro é o principal coproduto da indústria de laticínios. Embora historicamente subvalorizado, nos últimos anos tem-se demonstrado que essa visão não reflete o real potencial do soro. A produção de Whey Protein Concentrado (WPC) é um exemplo claro do valor agregado desse subproduto. Curiosamente, as gerações nascidas após 1995, que cresceram com acesso a produtos mais sofisticados, tendem a consumir produtos com soro na composição, muitas vezes sem se dar conta de que o coproduto está presente.

O pesquisador também apresentou com exclusividade em sua palestra no Dairy Vision os dados de uma pesquisa realizada pelo Inovaleite em setembro de 2024, na qual 429 pessoas de diferentes faixas etárias foram entrevistadas sobre seus hábitos e percepções em relação ao leite e à bebida láctea. Um dos destaques da pesquisa é a disposição das pessoas em pagar por 200 ml (um copo) de determinado produto lácteo. 

Em todas as categorias de produtos, a Geração Z (15 a 29 anos) demonstra uma disposição maior para pagar por lácteos em comparação com as gerações anteriores, como a Geração Y, Geração X e os Boomers. 

Em relação aos produtos, a Geração Z está disposta a pagar mais pelo leite com chocolate em relação ao leite puro. Por outro lado, os Boomers (nascidos entre 1946 e 1964) preferem pagar menos pelo leite com chocolate do que pelo leite puro.

Quando se trata de bebidas lácteas sabor chocolate, todas as gerações indicam uma menor disposição a pagar, em comparação com o leite sabor chocolate. A situação se agrava quando se menciona a bebida láctea sabor chocolate com soro – ingrediente comum em bebidas lácteas no Brasil. A simples adição do termo "soro" leva a uma queda ainda maior na disposição de compra.

O estudo ganha ainda mais relevância ao investigar a disposição a pagar pela bebida láctea sabor chocolate com "whey", sem menção a um maior teor de proteína, apenas com o uso da palavra "whey". Nesse caso, a disposição a pagar aumenta de forma significativa, especialmente entre os membros da Geração Z. No entanto, os Boomers continuam apresentando uma menor disposição a pagar por esse tipo de produto, o que representa uma perda de oportunidade para o setor, considerando que essa é uma faixa etária que possivelmente tem maior necessidade de uma nutrição específica e pode estar sendo subestimada pelo mercado. 

Atualmente, grande parte do volume de leite produzido no Brasil é destinado à fabricação de queijos. Como resultado, uma quantidade expressiva de soro é gerada, mas ainda não é aproveitada de maneira eficiente, o que representa uma oportunidade promissora para a indústria. Embora algumas empresas já reconheçam o valor do soro e utilizem de forma eficaz, novas iniciativas começam a surgir nesse contexto. No mercado global, o interesse pelo soro vem crescendo de forma consistente. “O Brasil é um dos países que mais gera soro de leite no mundo, e isto definitivamente não é um problema”, mencionou Rodrigo.

Portanto, ao falarmos da cadeia produtiva do leite, é essencial incluir a cadeia do soro, que é parte integrante desse processo. É fundamental superar a percepção de que produtos derivados do soro possuem uma qualidade inferior. 

Sob a perspectiva da sustentabilidade, uma questão cada vez mais relevante, o aproveitamento do soro não é apenas necessário, mas uma decisão inteligente e consciente. É crucial que o público entenda que, ao consumir queijo, deve-se considerar o destino do soro resultante. Desvalorizar esse coproduto é um equívoco, uma vez que ele possui grande importância no mercado nacional e oferece um enorme potencial de crescimento. (Milkpoint)


Balança comercial de lácteos: volume de importações volta a crescer

Após ficar em estabilidade em setembro, o volume total de importações de lácteos voltou a crescer em outubro, influenciado pelo maior de número de dias úteis no último mês. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo registrado no mês de outubro (exportações – importações) chegou a -199 milhões de litros em equivalente-leite, registrando uma queda mensal de cerca de 22 milhões de litros em relação a setembro, conforme pode ser observado no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As exportações de lácteos seguiram em baixos patamares e apresentaram recuo no último mês. Com 4,4 milhões de litros em equivalente-leite exportados em outubro, a queda mensal foi de 10,3%, mantendo um patamar semelhante ao observado durante o ano para as exportações brasileiras, conforme mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As importações de outubro apresentaram aumento mensal. Ao todo, foram importados cerca 203,3 milhões de litros em equivalente leite, registrando um avanço de 11,6% em relação ao mês anterior, como mostra o gráfico 3. Dessa forma, as importações de lácteos ainda se mantém em um patamar considerado elevado.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Em relação às categorias exportadas no último mês, as maiores variações percentuais mensais de volume foram apresentadas pelas categorias de soro de leite, que teve aumento de cerca de 240 toneladas (+41%) e fechou o mês com volume exportado de 833 toneladas em outubro; além da categoria de leite em pó integral, que aumentou seu volume no mês em 28 toneladas e fechou outubro com cerca de 40 toneladas exportadas.

Pelo lado das importações, o principal destaque ficou com o grupo dos queijos, que atingiram a sua máxima histórica, com um total de 6.764 toneladas importadas durante o mês de outubro, um crescimento de 14% frente ao mês anterior. Além disso, a categoria do leite em pó integral, voltou a avançar no mês de outubro, com um total de 12.802 toneladas, o produto teve um crescimento de cerca de 2.180 toneladas (+21%) em relação ao mês de setembro.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de setembro e outubro de 2024.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em outubro de 2024

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em setembro de 2024

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.
 
O que podemos esperar para os próximos meses?

Apesar do aumento nos preços registrados durante o mês de setembro no leilão Global Dairy Trade (GDT), o maior leilão internacional de lácteos, que pressionou as cotações de produtos lácteos no Mercosul, alguns itens importados, como o leite em pó integral e a muçarela, continuaram a mostrar-se mais competitivos em relação aos produtos nacionais. A manutenção dessa competitividade de preços é um dos fatores centrais que impulsionam as importações brasileiras, oferecendo aos compradores alternativas economicamente vantajosas frente ao mercado doméstico.

Contudo, um novo fator começou a influenciar a dinâmica regional: o aumento das exportações argentinas e uruguaias para mercados fora do Mercosul, impulsionado pela maior demanda de novos compradores asiáticos e africanos. Esse redirecionamento das exportações tem ganhado força nos últimos meses, e levanta preocupações para os compradores sobre a futura disponibilidade de produtos lácteos do Mercosul para o mercado brasileiro, podendo representar um fator limitante nas importações.

Diante desse cenário, espera-se que as importações ainda sigam em patamares elevados, mas que passam por pequenas diminuições nos próximos meses. (Milkpoint)

Prêmio SomosCoop destaca a excelência em gestão da Cooperativa Santa Clara

Na noite de segunda-feira (28), a Cooperativa Santa Clara foi agraciada com o Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão RS, na categoria Cooperativas do ramo agropecuário.

O evento, que contou com um Jantar dos Presidentes promovido pelo Sistema Ocergs, reuniu as cooperativas do estado que se destacam por sua gestão exemplar e pelo compromisso com o cooperativismo. A cerimônia ocorreu no Centro de Eventos do Pontal Shopping, em Porto Alegre.

“Estamos muito felizes com este prêmio, que é um reconhecimento a todos da nossa Cooperativa. Isso mostra que, juntos, somos fortes e reconhecidos. Apresentamos resultados financeiros muito positivos, tendo distribuído mais de 150 milhões de reais aos nossos associados nos últimos 10 anos”, destacou Alexandre Guerra, diretor administrativo e financeiro.

Está é a 1º edição da premiação no Estado do Rio Grande do Sul. A análise é realizada pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), utilizando a metodologia baseada no Diagnóstico Governança e Gestão (PDGC) do Sescoop. O reconhecimento também avalia a maturidade da gestão das cooperativas nos setores agropecuário, crédito, infraestrutura, saúde, transporte e trabalho, produção de bens e serviços.

“Esses diagnósticos nos mostram que temos fundamentos sólidos que comprovam o compromisso da Santa Clara com a gestão e governança. Somos referência e pioneiros em muitas frentes, e isso se reflete nos nossos índices.  Além disso, a pesquisa aponta uma série de áreas para mantermos o foco, bem como novas oportunidades, sempre buscando a excelência”, conclui o diretor.

“É com grande honra e satisfação que recebemos este prêmio. Reconhecemos a responsabilidade que temos de valorizar o trabalho árduo e o sacrifício dos nossos associados em nosso segmento. Na linha de frente, devemos sempre zelar pela igualdade em nossa gestão. Graças a esse compromisso e à eficiência de nossa equipe, conquistamos este troféu,” afirmou o presidente da Cooperativa, Gelsi Belmiro Thums. (Edairy News)


Jogo Rápido

Prazo de inscrição para o 10º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo encerra em 10 dias
Encerra, no dia 15 de novembro, o prazo de inscrições para a 10ª edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo. Podem ser protocolados trabalhos que tenham sido publicados/veiculados entre 02/11/2023 e 01/11/2024. Eles precisam tratar sobre o setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular iPhone; segundos e terceiros serão agraciados com troféus.Não há limite de número de inscrições por candidato, que podem inscrever suas produções nas categorias impresso, eletrônico e on-line. Para garantir a inscrição, é preciso completar a ficha com os dados solicitados, para cada trabalho inscrito, que devem ser enviados para imprensasindilat@gmail.com. Também é necessário encaminhar o Documento de Identidade do autor; a cópia do Registro Profissional; o atestado de autoria em caso de matérias não assinadas; e atestado de data de veiculação para as produções em que não houver referência expressa ao período. Acesse aqui. (SINDILAT/RS)