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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 17 de fevereiro de 2023                                                    Ano 17 - N° 3.844


Sindilat reforça necessidade de medidas para proteger a indústria leiteira frente o Mercosul

A necessidade de implementação de políticas públicas, por parte dos governos gaúcho e federal, que protejam a indústria leiteira gaúcha frente aos incentivos que vêm sendo concedidos ao setor no Uruguai e na Argentina foi reforçada durante a primeira reunião de 2023 do Conselho da Agroindústria (Conagro). O encontro contou com a participação do secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul, Ernani Polo.O fortalecimento do mercado leiteiro através de medidas de apoio fiscal, conforme o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, sempre foi descartado pelo governo federal sob a alegação de que feriria acordos firmados pelo Mercosul. “O que defendemos é que os países vizinhos, ao adotarem estas políticas de incentivo, acabaram por abrir um precedente para que o Brasil possa efetivamente olhar esta questão novamente e de uma outra forma”, apontou, ao informar que o sindicato está fazendo um estudo sobre os benefícios concedidos para a indústria na Argentina, e para os pequenos produtores, no Uruguai.Ainda com relação ao Mercosul, Marcos Oderich, vice-presidente do Centro das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Ciergs), acrescentou que a falta de unificação das legislações que tratam da rotulagem dos produtos também tem sido um entrave para os negócios. “Na parte dos produtos de alimentação, temos três legislações distintas e com exigências diferentes como para as informações nutricionais. Não há equalização e precisamos fazer uma rotulagem para cada país, aumentando os custos na indústria”, ponderou. 
 
Créditos da fotos: Gisele OrtolanDe acordo com o secretário Ernani Polo, as demandas serão levadas em agendas que estão sendo construídas com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e com o de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. “Vamos estabelecer uma dinâmica em que a pasta do Desenvolvimento Econômico atue de forma transversal e integrada às demais estruturas do Estado e da União para dinamizar o fortalecimento de todos os setores produtivos gaúchos, buscando ainda a atração de investimentos e a abertura de mercados”, apontou.

No encontro, que aconteceu na quarta-feira (15/02) na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre, integrantes do Conagro e o representante do governo gaúcho acertaram ainda manter uma rotina de encontros para dar seguimento às pautas que foram destacadas e que incluíram a necessidade de medidas de combate à estiagem a fim de garantir a produção de insumos, como o milho, para a cadeia de proteína. “São temas de desenvolvimento e de sobrevivência. Vamos fazer o possível para avançar através de um trabalho conjunto”, apontou Alexandre Guerra, coordenador do Conagro e vice-presidente do Sindilat. (As informações são da Assessoria de Imprensa do Sindilat/RS)


EMATER: Informativo Conjuntural 1750 de 16 de fevereiro de 2023

BOVINOCULTURA DE LEITEPor conta da dificuldade de haver pastagens suficientes para suprir as demandas dos rebanhos leiteiros, os produtores estão aumentando o uso de alimentos suplementares, como feno, rações, resíduos de lavoura, para evitar uma queda ainda maior da produtividade. As temperaturas se mantiveram elevadas e afetaram o bem-estar dos animais devido ao estresse térmico, reduzindo o consumo de alimentos. A escassez e a má qualidade da água impactam diretamente os parâmetros de qualidade do leite, pois geram um aumento expressivo nos casos de problemas de acidez do leite. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a sequência de dias de temperaturas muito elevadas, incluindo as temperaturas noturnas, causou grande estresse e limitação no consumo de forrageiras pelas matrizes bovinas. Mesmo em propriedades que ainda dispõem de oferta razoável de pasto verde, os produtores relatam que os animais evitam o deslocamento para a realização do pastejo devido ao calor extremo. Em Candiota, muitos açudes estão secos, e outros praticamente só possuem água de má qualidade. Em Hulha Negra, os produtores que dependem quase exclusivamente de feno e de silagem, além da ração, estão com grande dificuldade de comprar os produtos. Na de Caxias do Sul, em função da baixa umidade nos campos, há uma paralisação no crescimento das forragens, reduzindo a oferta de alimentos. Houve registro de queda na produção de leite em diversos locais. Os produtores que possuem estoques de silagem aumentaram o volumoso da dieta dessa fonte de nutrientes. Na de Erechim, as chuvas propiciaram melhora nas condições das pastagens, aumentando a produtividade das vacas leiteiras. Na de Ijuí, o calor excessivo está prejudicando o processo reprodutivo das vacas, aumentando a taxa de retorno ao cio e o intervalo entre partos. Na de Frederico Westphalen, a baixa qualidade da silagem, a falta de pastagens em quantidade e qualidade e, principalmente, a falta de água repercutirão nos próximos meses, provocando a redução na produção e/ou a elevação do custo de produção pelo aumento no uso de alimentos concentrados. Na de Passo Fundo, os produtores voltam a manifestar preocupação com a elevação dos custos de produção do leite. Na de Pelotas, em Pedras Altas, as aguadas não estão em condições de serem utilizadas para o consumo dos animais. Em Turuçu, houve considerável queda na produção de leite e, apesar das chuvas, ainda há dificuldade de alimentar os animais, pois as pastagens foram bastante prejudicadas pela estiagem. Na de Porto Alegre, o rebanho leiteiro ainda necessita de ampla suplementação na dieta. Há registro de intensa infestação por carrapatos. Os produtores seguem com dificuldade de comercialização das vacas de descarte. Na de Santa Rosa, como resultado da diminuição de oferta de forragem, há uma redução de 17% na produtividade diária. Muitos produtores estão comprando áreas de plantio de milho para garantir a produção de silagem. As fontes de água apresentam nível baixo em algumas propriedades, e os produtores estão utilizando água da rede pública para dessedentação animal. Na de Soledade, como resultado do calor excessivo e da restrição alimentar pela baixa oferta de pasto, estimam-se perdas médias na faixa de 18% na produção de leite. MILHO SILAGEM
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim, onde são cultivados aproximadamente 20 mil hectares, boa parte dos produtores realizou novo plantio. Contudo, na segunda safra, observa-se o forte ataque de cigarrinha na cultura. Na de Frederico Westphalen, os efeitos da estiagem continuam a comprometer a produtividade e a qualidade do produto. A colheita alcançou, na semana, 98% da área estimada de aproximadamente 37 mil hectares cultivados na região. Na de Santa Rosa, o milho silagem safra tem seu corte antecipado, uma vez que o produto está secando rapidamente e apresentando perdas na produtividade, além da redução da qualidade de silagem. (Emater/RS)O que é novo (e o que não é) nas ações do RS para enfrentar a estiagem

Ao apresentar o Supera Estiagem, Estado coloca no radar medidas de curto, médio e longo prazo; uma das grandes novidades é a anistia no programa Troca-Troca de Sementes

Das ações apresentadas pelo governo do Estado nesta sexta-feira (17) para o enfrentamento da estiagem, há as que se enquadram como novidade e as que representam a continuidade de ações adotadas no ano passado, em tempos igualmente de falta de chuva. A anistia de produtores familiares que participam do Troca-Troca de Sementes está na categoria de demandas agora atendidas — e soma R$ 22,5 milhões. A liberação de R$ 17,4 milhões para 220 municípios cadastrados poderem construir cisternas (660 no total), com a minuta do decreto já pronta e publicação prevista para as próximas semanas, é a concretização de iniciativas do Avançar RS de 2022, para citar dois exemplos.

Para o que batizou de Supera Estiagem, o governo do Estado elencou anda quatro eixos de ação, com tempos diferentes: curto, médio e longo prazo. 

— É a superação da estiagem que estamos passando e também ações para as que vierem. A situação de estiagem afeta fortemente a economia do Estado — justificou o governador Eduardo Leite, pontuando os números ainda ressonantes das perdas registradas no ano passado.

O Valor Adicionado Bruto (VAB) da agropecuária teve um tombo de 50,5% (conforme dados até setembro) e teve um papel decisivo no recuo de 6,6% do PIB gaúcho, frente a um crescimento de 3,2% do brasileiro. Com frequência recorrente, nos últimos quatro anos, três foram de estiagem, o governador entende que o governo federal precisa desenvolver um programa permanente, semelhante ao direcionado ao combate da seca no Nordeste (guardadas as proporções de cada realidade, como frisou Leite).

Entre as emergências já impostas pelo tempo presente e as necessidades a serem supridas no tempo futuro, a irrigação volta à cena como um dos pontos cruciais para o enfrentamento  perene da falta de chuva (no verão, diga-se de passagem). Para chegar lá, será necessário escalar algumas montanhas. A começar pelos entraves legais que são apontados como impeditivo para o avanço do sistema no RS — na soja, principal cultura de verão, apenas 2,38% da área era irrigada na safra 2021/2022. Como as divergências na área do Bioma Pampa, que são alvo de ação do Ministério Público Estadual e vinham sendo tratadas em um  grupo de trabalho com integrantes das partes interessadas.

O chefe da Casa Civil, Artur Lemos, afirmou que até o final do primeiro semestre uma proposta será apresentada pelo governo ao MP, na tentativa de se chegar a um acordo.  

No que diz respeito à irrigação, há ainda a proposta de subvenção de projetos de irrigação, via Avançar RS, em uma soma de R$ 20 milhões. Já há minuta do decreto. 

— No momento que tivermos clareza do nosso orçamento, poderemos expandi-lo. O Estado vai avançar na proporção do que a gente confirme e tenha a disponibilidade orçamentária, mas não estamos deixando de agir imediatamente com algumas ações — explicou o governador, em relação à decisão em ação movida por Estados em relação à exclusão das tarifas de transmissão e distribuição e dos encargos setoriais (Tust e Tusd) da base de cálculo do ICMS sobre as operações com energia elétrica.

A votação em plenário pode representar o acréscimo ou a perda de R$ 2 bilhões por anopara as receitas do Estado. (Zero Hora)


Jogo Rápido 

Estado terá temperatura mais amenas pelos próximos dias
A temperatura permanecerá mais amena no Rio Grande do Sul pelos próximos sete dias. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 07/2023, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. No decorrer da sexta (17/02), o deslocamento de uma frente fria vai provocar chuva em todo o Estado, com possibilidade de temporais isolados. No sábado (18) e domingo (19), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firme, com temperaturas amenas em todas as regiões e mínimas inferiores a 10°C em diversas localidades. Na segunda (20) e terça-feira (21), o ingresso de ar quente e úmido manterá a elevação das temperaturas, com maior variação de nuvens e pancadas de chuva, típicas de verão, nos setores Norte e Nordeste. Na quarta-feira (22), o tempo seco vai predominar em todo o Estado, com temperaturas próximas de 35°C na maioria das regiões. Os totais de precipitação previstos deverão oscilar entre 10 e 20 mm na maioria das localidades. Nas faixas Norte, Nordeste e no Extremo Sul, os volumes deverão variar entre 20 e 35 mm. O boletim também aborda a situação das culturas de soja, milho, hortigranjeiros, tomate e uva, além da situação das criações de bovinos de leite e da apicultura. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)


 
 
 

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Porto Alegre, 15 de fevereiro de 2023                                                    Ano 17 - N° 3.841


França lança campanha de promoção do leite em versão mangá

Desde 5 de fevereiro, está sendo veiculada a campanha publicitária Les Produits Laitiers, na França, com uma série de três anúncios publicitários visando alcançar a nova geração.Após o lançamento, em novembro passado, do mangá Mukaï, que se passa em uma fazenda leiteira, os gráficos japoneses foram escolhidos para esta nova campanha publicitária, a primeira feita no estilo mangá.Thierry Roquefeuil, presidente da Centro Nacional Interprofissional de Economia do Lácteos (Cniel) e seu conselho de administração, pediu à equipe que "desenhasse uma nova campanha de comunicação para marcar uma nova geração".

De fato, há 40 anos, cada geração é marcada por uma campanha de lácteos na França. Em 1981, a geração X descobriu em sua televisão o anúncio “Mangeons du lait” e o famoso jingle que marcou as gerações que que falam que os “laticínios são nossos amigos para toda a vida”. Mais recentemente, em 2009, a Geração Y mergulhou no universo, muito em alta na época, das animações 3D da “Pixar” com “Les Bonies” e Paf Paf Paf le Loup.

Em 2023, a organização leiteira decidiu aceitar o desafio e marcar a Geração Z inspirando-se no mundo japonês do mangá, que atualmente é muito popular na França. A Geração Z representa os consumidores de amanhã. É também a mais sensível e a mais afetada pelas questões sociais, diminuindo o consumo de laticínios devido à mudança nos padrões de consumo. Mais de um terço dos jovens já não toma o café da manhã diário, onde o leite ocupa um lugar importante. Eles comem apenas uma refeição por dia e são adeptos dos lanches: um único prato, sem entrada ou sobremesa.

Mangá e lácteos, uma campanha de comunicação inédita: Em novembro passado, Mukaï, o primeiro mangá francês sobre agricultura, coproduzido pela Les Produits Laitiers/Cniel, conta a história do neto de um fazendeiro que ajuda seu avô na fazenda durante o dia e, à noite, transforma-se em um guerreiro para salvar o mundo. Agora, além do mangá, foi lançada a campanha publicitária na televisão, com três anúncios de 25 a 30 segundos sobre o setor leiteiro, a alimentação e o meio ambiente, marcando o grande retorno dos lácteos. Os comerciais usam a famosa voz de Brigitte Lecordier, que ficou conhecida por fazer a voz de Son Goku em Dragon Ball. Os anúncios também contam com o jingle “laticínios são nossos amigos para toda a vida”, cantado por Lecordier. Este primeiro anúncio de mangá francês será transmitido de 5 de fevereiro a 17 de março de 2023 nos canais familiares (M6, C8, TMC, W9, NRJ12, TFX, Chérie 25, RTL9, Téva, etc.), no horário nobre e nas redes sociais. O mangá também estará presente no estande da empresa France Terre de Lait no International Agricultural Show, de 25 de fevereiro a 5 de março de 2023, que apresentará um livro gigante com algumas páginas do mangá. Exemplares estarão à disposição e poderão ser autografados pelo autor. Uma campanha cofinanciada: O orçamento atribuído a esta campanha publicitária é de 1,7 milhão de euros (US$ 1,82 milhão), 36% dos quais financiados por fundos europeus. Esse valor representa 4,3% do orçamento de comunicação da Cniel, na França. Veja os anúncios clicando aqui (As informações são do Milkpoint)


Assembléia elege nova Diretoria e reconduz Fabio Scarcelli para o triênio 2023 a 2026

Em Assembléia Geral realizada em 09 de fevereiro na sede da ABIQ, os Associados Queijeiros elegeram a nova Diretoria da entidade para o triênio 2023 a 2026 e reconduziram à Presidência, Fábio Scarcelli.
 
Além da eleição da nova Diretoria, com representantes das indústrias de queijos de diversos pontos do Brasil, também foram aprovadas as contas do exercício de 2022 e o budget e planos de ação para 2023.Com a ajuda e aconselhamento dos membros da nova Diretoria e com o apoio dos Associados, Fabio Scarcelli comprometeu-se a mais um triênio de trabalho e dedicação ao desenvolvimento e a defesa das indústrias brasileiras de  queijos.  (ABIQ)


Paraguai – Divisas com exportações da indústria láctea superaram US$ 45 milhões em 2022

Exportações – A indústria de laticínios paraguaia conseguiu enviar ao exterior 11.806 toneladas de produtos pelo valor de US$ 45.432.414 em 2022, o que representou crescimento de 42% em volume e 63% em divisões para o país, de acordo com dados da Rede de Investimentos e Exportações (Rediex), do Ministério da Indústria e Comércio (MIC).

O presidente da Câmara Paraguaia da Indústria de Laticínios (Capainlac), Erno Becker, disse ao La Nación que o crescimento representa um sinal positivo para o setor e destacou que entre os produtos exportados se encontram o leite em pó e a manteiga.

Acrescentou que para este ano a tendência é de manter o crescimento, devendo fechar 2023 com expansão de 5%. É importante lembrar que em 2021 foram exportadas 8.286 toneladas de produtos lácteos no valor de US$ 27.817.702.

Interesse em Taiwan e Chile

O representante da entidade destacou a importância dos novos mercados. Mencionou que Taiwan representa um destino estratégico e que pode ser conquistado.

Becker afirmou que outro destino que está no foco é o Chile. Adiantou que as negociações para começar a exportar já estão em andamento. Atualmente, o principal mercado dos produtos lácteos paraguaios é o Brasil, seguido pela Bolívia, além dos mercados da Turquia, Dubai, Emirados Árabes e República Dominicana, ressaltou o presidente da Capainlac.

Consumo e desenvolvimento de mais produtos

Por outro lado, Becker disse que é importante buscar aumentar o consumo local de produtos lácteos. Afirmou que uma forma seria desenvolver novas variedades de queijos.

O consumo paraguaio de lácteos é cerca de 135 litros per capita, por ano, abaixo do recomendado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), que é de 185 litros per capita. No Brasil, está em torno de 160 litros per capita; Argentina e Uruguai ultrapassam os 200 litros. (Fonte: La Nacion – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
 

Jogo Rápido 

VOLTA AS AULAS: Por que o queijo é necessário na lancheira do seu filho?
Entre os alimentos nutricionalmente ricos, os queijos têm um papel relevante e, por serem de diferentes tipos, possibilitam muita variedade na hora de preparar lanches que as crianças gostam. Com a volta às aulas, sempre a preocupação das mães é preparar uma lancheira que seus filhos gostem, mas que também cumpra seu papel de alimentá-los. Entre os alimentos nutricionalmente ricos, os queijos têm um papel relevante e, por serem de diferentes tipos, possibilitam muita variedade na hora de preparar lanches que as crianças gostam. Entre os nutrientes importantes nos queijos, estão a vitamina D, o cálcio e o fósforo. Vitamina D é o termo utilizado para descrever uma classe de hormônios esteróides que ajudam na absorção do cálcio e fósforo nos intestinos. Na ausência de quantidades adequadas de vitamina D, apenas 10-15% do cálcio é absorvido. No caso do fósforo, esta porcentagem é de 60%. Uma vez que o cálcio e o fósforo são os principais minerais presentes nos ossos, a deficiência de vitamina D afeta a massa óssea, podendo resultar na desmineralização óssea (raquitismo) em crianças. A vitamina D é importante também em várias outras funções fisiológicas, desempenhando um papel importante na imunidade e prevenção de uma série de doenças crônicas, incluindo câncer, diabetes e problemas cardiovasculares. ABIQ)


 
 
 

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Porto Alegre, 15 de fevereiro de 2023                                                    Ano 17 - N° 3.841


Mapa premia 27 empresas e cooperativas do agronegócio por boas práticas de integridade
 
Selo Mais Integridade reconhece empresa e cooperativas do agro que adotam ações de responsabilidade social, sustentabilidade e ética
 
Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) entregou, nesta terça-feira (14), no auditório da Apex-Brasil, em Brasília, o certificado para as empresas e cooperativas agropecuárias ganhadoras do Selo Mais Integridade. O prêmio é um reconhecimento para empresas que desenvolvem boas práticas de integridade com enfoque na responsabilidade social, sustentabilidade ambiental e ética.
 
Neste ano, 27 organizações foram premiadas, sendo que 11 receberam a premiação pela primeira vez, representada pelo Selo Verde, e 16 alcançaram a renovação do certificado, representada pelo Selo Amarelo. As contempladas podem usar a marca do Selo em seus produtos, sites comerciais, propagandas e publicações.
 
Além disso, as empresas premiadas podem ter: o reconhecimento de possíveis parceiros internacionais; o aumento motivacional da equipe e prestadores de serviços; melhor classificação de risco em operações de crédito junto às instituições financeiras oficiais; maior engajamento com outras corporações nacionais que se relacionam com o mercado internacional e precisam comprovar a prática de ESG (Environmental, Social and Governance - Ambiental, Social e Governança, em português).
 
O secretário-executivo do Mapa, Irajá Lacerda, destacou que a administração pública avançou muito nos últimos anos e o Mapa teve destaque especial com uma atividade e agenda intensa sobre o tema Integridade. “A nossa gestão será marcada por reforçar os pilares que envolvem a governança e o fortalecimento da integridade”.
 
O presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana, disse que atualmente há um desejo grande de vários setores de trabalhar programas como o Selo Mais Integridade. “Isso é uma exigência do mercado, é uma exigência dos consumidores na hora da compra estabelecer critérios para levar o produto para casa. Isso vem crescendo no mundo”, destacou.  
 
“A nossa missão é sempre buscar uma agenda de coordenação dentro do governo visando garantir uma segurança jurídica muito maior para quem exerce atividade econômica no país”, disse o  ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho. 
 
Também participaram do evento o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula; o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado federal Pedro Lupion; o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, e a diretora da Alliance For Integrity, Alice Guimarães. 
 
Na ocasião, os representantes das empresas agraciadas também assinaram Pactos pela Integridade que firmam o compromisso público de manutenção das boas práticas, além de receberem a imagem do Selo. 
 
Esta é a quinta edição do Selo Mais Integridade e o Mapa é o pioneiro entre os ministérios do governo federal na implementação de um selo setorial alinhado ao Programa de Fomento à Integridade Pública (Profip), da Controladoria-Geral da União (CGU). 
 
Boas Práticas: Durante a cerimônia, também foram reconhecidas as melhores iniciativas de boas práticas de empresas do setor. Na categoria “Integridade e Ética”, a empresa UPL do Brasil Indústria e Comércio de Insumos Agropecuários foi premiada pelo projeto "Game 'Compliance em Ação' + Programa de Embaixadores".  Na categoria “Responsabilidade Social” (enfoque trabalhista), o destaque foi para a Baldoni Produtos Naturais Comércio e Indústria com o programa "Projeto Anjos do Sertão". Já na categoria “Sustentabilidade Ambiental”, as contempladas foram a Adecoagro Vale Do Ivinhema S.A. pelo "Projeto Biogás - Redução e eliminação do uso de combustíveis fósseis" e a Iharabras S/A Indústrias Químicas pelo programa "Cultivida". Pela primeira vez, o Selo Mais Integridade foi entregue às cooperativas do setor do agronegócio.  Também foram entregues menção honrosa à Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) que representam as organizações mais premiadas.
 
Sobre o Selo Mais Integridade: Para receber o selo, a empresa ou cooperativa precisa comprovar que tem programa de compliance, código de ética e conduta, canais de denúncia efetivos, ações com foco na responsabilidade social e ambiental e promover treinamentos para melhoria da cultura organizacional. É preciso também estar em dia com as obrigações trabalhistas e não ter multas relacionadas ao tema nos últimos dois anos, não ter casos de adulteração ou falsificação de processos e produtos fiscalizados pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, ter ações de boas práticas agrícolas enquadradas nas metas de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e não ter cometido crimes ambientais (nos últimos 24 meses).  A documentação dos interessados é analisada pelo Comitê Gestor do Selo, composto por representantes de instituições públicas e privadas, que concede a premiação. 
 
Veja a lista das empresas premiadas em 2023:
 
Selo Verde
● Agrobiológica Soluções Naturais Ltda (Agrobiológica Soluções)
● Agrobiológica Sustentabilidade S.A. (Agrobiológica Sustentabilidade)
● Aliança Agrícola do Cerrado S.A. (Aliança Agrícola do Cerrado – Sodrugestvo)
● Basf S.A. (Basf)
● Castrolanda - Cooperativa Agroindustrial Ltda
● Copacol - Cooperativa Agroindustrial Consolata
● Girassol Agricola Ltda (Grupo Girassol Agrícola)
● Laticínios Bela Vista Ltda (Piracanjuba)
● Ouro Fino Química S.A. (Ourofino Agrociência)
● Sinagro Produtos Agropecuários S.A. (Grupo Sinagro)
● Suinco - Cooperativa De Suinocultores Ltda
 
Selo Amarelo
● Agrícola Xingu S.A. (Xinguagri)
● Agrifirm do Brasil Nutrição Animal Ltda (Agrifirm Do Brasil)
● Baldoni Produtos Naturais Comércio e Indústria (Baldoni Agroindústria)
● Bsbios Industria e Comercio De Biodiesel Sul Brasil S.A. (Bsbios – Energia Renovável)
● Companhia Nitro Química Brasileira (Nitro)
● Frigorífico Jahu Eireli (Frescatto Company)
● Icl America do Sul S.A.
● Iharabras S/A Indústrias Químicas (Ihara)
● Indústria e Comércio De Alimentos Supremo Ltda (Supremo Carnes)
● Marfrig Global Foods S.A.
● Mig Plus Agroindustrial Ltda
● Ouro Fino Saúde Animal Ltda
● Ouro Fino Agronegócio Ltda
● Solubio Tecnologias Agrícolas Ltda
● Três Corações Alimentos S.A.
● Três Tentos Agroindustrial S.A. (Três Tentos) 
 
As informações são do MAPA

Argentina: As fazendas leiteiras argentinas fecharam mais um ano com o menor preço do leite do mundo

Entre outros aspectos que explicam a  crise quase permanente em que vive o leiteiro argentino, está  o baixo preço que os produtores recebem  pelo leite cru entregue na porta.

Um estudo elaborado pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA) mostra isso claramente: as fazendas leiteiras nacionais mais uma vez se posicionaram em 2022 como as que cobraram o menor  valor do planeta por sua produção , pelo menos no que diz respeito ao principal leite dos países produtores.

Em dezembro, o valor médio em dólares foi de  39,2 centavos de dólar por litro , ficando atrás do Uruguai, com 41,5 centavos. O pódio dos piores fica completo com a Nova Zelândia (43,5 cêntimos).

Por outro lado, os produtores que  mais receberam foram os do Reino Unido (62,7) , seguidos dos 27 Estados da União Europeia (60,8) e dos Estados Unidos (54,5).

Paralelamente, o valor pago às fazendas leiteiras argentinas esteve  entre as que menos cresceram ao longo de 2022. 

Com 34,3 centavos, um litro de leite cru na Argentina também foi o mais barato da Terra em dezembro de 2021, mas  muito próximo de 34,4 na Bielo-Rússia  e 34,9 no Uruguai. O problema é que, na maioria dos países,  o preço subiu mais do que na Argentina , onde subiu apenas 14,1%, taxa que só supera os 13,3% nos Estados Unidos e a deflação de 8,3% na Nova Zelândia. (Fuente: Info Campo)

 

 

 

México tem déficit na produção de leite e em 2023 haverá importação

A produção anual de leite no México é de 12 mil 852 milhões de litros, porém, o país é deficitário e este ano a importação vai continuar, admitiu o senador de Morena Ernesto Pérez Astorga.

Segundo a Federação Mexicana de Laticínios, 257.000 produtores de leite operam no país, dos quais 105.541 possuem gado de duplo propósito.

O parlamentar admitiu que neste ano a importação de leite em pó continuará, porém, esclareceu que o Governo Federal está se esforçando para conter os preços e garantir o abastecimento dos produtos da cesta básica.

“De alguma forma, eles continuarão a acontecer. Temos um déficit lácteo no país. Neste momento algumas coletas foram afetadas porque não tínhamos capacidade para resolver a necessidade e foram adquiridos produtos essenciais e graças às ações ágeis do país planejamos bem”.

No país existem 257 mil pequenos e médios produtores de leite. Do total, 121.538 têm 30 vacas ou menos; 28.127 estão entre 31 e 100; 1.022 possuem rebanho de 101 a 600 vacas e 421 produtores possuem mais de 600 cabeças.

As demais, 105.541, têm vacas de duplo propósito (gado e leite).

O senador destacou que, diante da necessidade de conter a inflação, foram dadas facilidades para que os produtores continuem contribuindo.

O refinanciamento foi feito e a inflação não atingiu níveis elevados como em outros países.

“Dentro da cesta básica de produtos importados estamos tentando conter a inflação e as facilidades foram dadas e graças a isso a inflação não disparou para patamares de 12 ou 13 por cento. Isso significaria que se a taxa de juros fosse 10,5 teríamos ido muito mais longe”.

Segundo dados do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, no país existem 98 técnicos agroecológicos que apoiam com formação e promoção da produção e utilização de bioinsumos, para se ter maior produtividade e qualidade do leite. (Portal Lechero - traduzido pelo Sindilat via Deepl)


Jogo Rápido 

Salário mínimo deve ter novo reajuste no dia 1º de maio
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que o salário mínimo, atualmente no valor de R$ 1.302,00, deve passar por aumento ainda este ano. O último reajuste do piso nacional passou a valer no dia 1º de janeiro. “Nós estamos discutindo a busca de espaço fiscal para mudar o valor do salário mínimo ainda este ano. Se houver espaço fiscal, nós haveremos de anunciar uma mudança para 1º de maio”, afirmou o ministro em entrevista ao programa Brasil em Pauta, de domingo (12) na TV Brasil. Além do novo reajuste, a retomada da Política de Valorização do Salário Mínimo também é uma das prioridades da pasta. De acordo com o ministro, a política mostrou bons resultados nos governos anteriores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando Marinho foi ministro do Trabalho, entre 2005 e 2007. (Fonte: Diário do Comércio)


 
 
 

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Porto Alegre, 14 de fevereiro de 2023                                                    Ano 17 - N° 3.840


Está pronta a proposta de correção da tabela do IR

O Ministério da Fazenda já finalizou a proposta para correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), o que deve ampliar a faixa de isenção, hoje no valor de até R$ 1.903,98. A proposta aguarda agora a decisão do presidente Lula. A finalização da proposta foi anunciada ontem pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em pronunciamento na reunião do Diretório Nacional do PT. De acordo com a assessoria do PT, Haddad falou por 40 minutos sobre políticas fiscais e monetárias. 

O ministro informou aos dirigentes partidários que concluiu também o programa Desenrola, que será voltado à renegociação de pequenas dívidas. A última atualização da tabela de Imposto de Renda foi feita em 2015. A falta de correção tem feito com que cada vez mais brasileiros, em especial os de menor renda, passem a pagar o tributo. Com o valor do salário mínimo hoje em R$ 1.302, pela primeira vez na história do país as pessoas que ganham um salário mínimo e meio por mês serão taxadas. 

O valor atual do mínimo foi definido na proposta orçamentária do governo anterior. Durante a campanha eleitoral, Lula chegou a prometer ampliar para R$ 5 mil mensais a faixa de isenção. Durante reunião com centrais em janeiro ele reiterou a sugestão, enfatizando que no Brasil, “quem ganha muito paga pouco”. “Eu tenho uma briga com os economistas do PT. O pessoal fala que se fizer isenção até R$ 5 mil, são 60% da arrecadação. Então, vamos diminuir para o pobre e aumentar para o rico”, concluiu. (Correio do Povo)


EUA: crescimento na indústria de laticínios e preços em tendência de queda

O Rabobank previu que os preços dos lácteos devem continuar com uma tendência de queda no primeiro trimestre de 2023, em meio à ausência da demanda de importações chinesas devido à redução de estoque doméstica antecipada.

No entanto, diz o Rabobank, a partir do segundo trimestre de 2023, o interesse de compra deve se renovar, resultando em maiores importações chinesas em relação ao ano anterior no segundo semestre desse ano e fornecendo um suporte para os mercados globais de lácteos.

De acordo com os analistas do Rabobank, o recente leilão Global Dairy Trade (GDT) em 17 de janeiro foi um evento relativamente tranquilo, caindo 0,1% para um preço médio de US$ 3.393 por tonelada. Desde o início de agosto, apenas 4 dos 11 leilões GDT terminaram acima do evento anterior.
 
Aumento da produção de queijo nos EUA
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) destacou o aumento da produção de queijo nos EUA em seu relatório de novembro sobre produtos lácteos. Em uma base ajustada de 30 dias, a produção aumentou 1,7% em relação ao mês anterior. “No entanto, em uma base anual, a produção caiu 10%, pois os produtores responderam a um mercado de exportação fraco. Devido ao aumento mensal na produção de leite em pó desnatado, os estoques aumentaram 3,4%”, aponta o Rabobank.

O relatório de janeiro sobre as Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Mundial (WASDE) do USDA forneceu uma leitura decepcionante para os produtores dos EUA, disse o Rabobank, com as projeções de preços para 2023 reduzidas em toda a classe de produtos lácteos e leite em meio à fraca demanda doméstica e pressão de preços internacionais. O Rabobank prevê que esses cortes reduzirão as margens dos produtores, o que provavelmente acabará limitando a expansão dos EUA em 2023.

O Índice de Preços ao Consumidor dos EUA para laticínios e produtos relacionados permanece elevado em várias regiões. “Os dados de dezembro mostram um aumento de 15,3% na comparação com relação ao ano anterior. Na Austrália, os dados do quarto trimestre de 2022 mostraram um aumento nos preços dos lácteos e produtos relacionados (+4,2% com relação ao trimestre anterior)”, observa o Rabobank.

“Como resultado, estamos vendo mais sinais de fraqueza na demanda por lácteos, à medida que os consumidores mudam para marcas próprias de supermercados. Olhando para o futuro, há uma preocupação crescente de que a diminuição da confiança do consumidor reduza o consumo, principalmente nos países em desenvolvimento, à medida que as pressões inflacionárias persistem”, acrescenta o Rabobank.
 
Crescimento de lácteos nos Estados Unidos
Durante uma sessão de perspectivas de mercado no Dairy Forum da International Dairy Foods Association, a analista Mary Ledman, do Rabobank, disse que espera que a indústria de lácteos dos EUA cresça a longo prazo. Ela destacou os atuais investimentos domésticos e globais no setor americano de processamento de laticínios.

Ledman acredita que não há confiança para expandir a produção de leite na Europa neste momento. “É devido à retórica política. Lembre-se, nenhuma lei foi aprovada, mas a retórica está abalando a confiança dos produtores de leite.”

Um relatório recente do UBS na Austrália mostrou que os lácteos continuam reduzindo as pressões inflacionárias. Os preços dos laticínios subiram 14% no ano até dezembro. Houve um aumento de 24% nos preços do queijo e de 18% na manteiga.

Os analistas do UBS estão cada vez mais preocupados com a fraqueza da produção australiana de leite. O FreshAgenda divulgou recentemente previsões para uma queda de 6-7% no ano financeiro de 2023 e um declínio adicional de 3-4% no ano financeiro de 2024, para 7,7 bilhões de litros.

A gigante dos supermercados Coles foi a última empresa a aumentar o preço de suas variedades lácteas de marca própria. A Coles disse que foi forçada a aumentar o preço de seu leite em meio a um aumento no custo de embalagem e transporte. A diretora comercial da Coles, Leah Weckert, explicou que o aumento dos custos da cadeia de suprimentos que a Coles está vendo, incluindo pagamentos mais altos aos produtores e processadores de leite, exigiu esses aumentos.

Em outras notícias do mercado, a Fonterra e a Nestlé concordaram com a venda de sua joint venture Dairy Partners Americas (DPA) Brasil para a empresa francesa de laticínios Lactalis por NZD $ 210 milhões (US $ 136 milhões). Espera-se que o negócio seja concluído em meados de 2023, sujeito às aprovações das autoridades reguladoras. O presidente-executivo da Fonterra, Miles Hurrell, disse que a venda da DPA Brasil está alinhada com a estratégia da cooperativa de priorizar seu pool de leite da Nova Zelândia. (As informações são do Dairy Global, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Inscrições para a feira SIAM, no Marrocos, podem ser feitas até o dia 10 de março

Empresas brasileiras poderão participar da feira Salon International de L’Agriculture au Maroc (SIAM 2023), que ocorre entre os dias 02 e 07 de maio deste ano em Meknès, no Marrocos. As inscrições começam nesta segunda-feira (13) e irão até o dia 10 de março neste link. 

O Pavilhão Brasil é coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e com apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

A SIAM, que acontece desde 2006, é voltada para vários setores da agricultura internacional de alimentos e bebidas e maquinários. É um evento business to business, cuja última edição, em 2019, contou com mais de 1.300 expositores de mais de 60 países, além de mais de 85 mil visitantes.

O Mapa incentiva a participação de cooperativas e empresas que planejam entrar no mercado internacional, cujos produtos se adequem ao perfil da feira.  Além disso, oferece a realização de negócios e abertura de novas fronteiras para o agronegócio brasileiro.

Quem pode participar?
Empresas da indústria de alimentos e bebidas, produtos e insumos agropecuários, comerciais exportadoras, tradings, entidades setoriais e cooperativas, desde que para a promoção exclusiva de produtos brasileiros. O Mapa estimula a inscrição de cooperativas e empresas de pequeno porte que planejam se inserir no mercado internacional e cujos produtos se adequem ao perfil da feira. 

Custos de participação
O Mapa e o MRE serão responsáveis pelos custos de contratação do espaço na feira, montagem do estande, apoio de recepcionistas bilíngues e confecção do catálogo do Pavilhão Brasil.  Cada empresa participante será responsável por suas despesas pessoais (passagens aéreas, vistos, vacinas, hospedagem, alimentação etc.) e pelos custos com o envio de amostras. 

O Mapa entrará em contato por e-mail com os expositores selecionados após o término do processo. Para mais informações, entre em contato com a Coordenação-Geral de Promoção Comercial (CGPC), no e-mail cgpc_2@agro.gov.br ou pelo telefone (61) 3218-2425. (MAPA)


Jogo Rápido 

Espanha: O ano de 2022 fechou na UE com um aumento do preço médio do leite de vaca próximo dos 40%
O preço médio do leite de vaca cru na UE fixou-se em 57,41 euros/100 quilos em dezembro, o que representa um aumento de 39,2% face a dezembro de 2021, segundo os últimos dados da Comissão Europeia. Em dezembro, porém, quebrou a sequência de altas iniciada no início de 2021. Nesse mês, registrou-se uma queda de 0,6% em relação a novembro e, embora ainda não sejam conhecidos os dados de janeiro de 2023, Bruxelas aponta para uma nova queda de 0,8%, elevando a média comunitária para 56,97 euros/100 quilos. Ao longo de 2022, todos os Estados-Membros da UE (exceto Malta) registaram aumentos significativos  no preço do leite na fonte. As mais pronunciadas foram as de Portugal (+72%; 54,85 ​​euros/100 quilos em dezembro) e  Espanha (+64%; 57,96 euros/100 quilos), que se situaram ligeiramente acima da média comunitária pela primeira vez em anos. Os preços na Hungria e na Romênia também subiram mais de 60%. No que diz respeito à produção, a Comissão Europeia ainda não divulgou os dados de entrega de dezembro. Até novembro mantiveram-se estáveis ​​em relação ao mesmo período do ano anterior. (Fonte: Agro Popular See More)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 13 de fevereiro de 2023                                                    Ano 17 - N° 3.840


Balança comercial de lácteos: importações seguem estimuladas

Segundo dados divulgados na última quarta-feira (08/02) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos recuou, fechando o mês de janeiro em -146,3 milhões de litros em equivalente-leite.

Os números apontam um leve recuo de aproximadamente -6,3 milhões de litros em equivalente-leite, ou -4,4%. Ao se comparar ao mesmo período do ano passado (janeiro/2022), o saldo permaneceu em nível inferior, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -50,8 milhões de litros, representando uma diferença de aproximadamente -187,9%. Esse cenário se formou em meio as importações se elevando, bem como as exportações em queda.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As exportações passaram por uma variação negativa em janeiro, no comparativo mensal. O período apresentou um recuo de 2,2 milhões de litros no volume exportado, representando um decréscimo de aproximadamente 29,3%. Ao se comparar com janeiro de 2022, observa-se um decréscimo de 9,4 milhões de litros, representando um recuo de aproximadamente 63,9% no volume exportado no período.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Do lado das importações, o ritmo das negociações continuou se elevando ao longo do mês de janeiro. Após apresentar se manter estável entre novembro e dezembro, o primeiro mês do ano apresentou um avanço de 2,7% nas importações, em relação ao mês anterior, com um acréscimo no volume de importações de 4,0 milhões de litros em equivalente-leite.

Analisando o mesmo período do ano passado, nota-se as importações estão bem próximas do observado, porém seguem em um patamar elevado. Em janeiro de 2022, 149,1 milhões de litros em equivalente-leite foram importados; já em 2023 esse valor teve uma leve variação positiva de aproximadamente 1,7%, configurando um aumento de 2,5 milhões de litros em equivalente-leite comparando-se os anos, o que pode ser observado no gráfico a seguir.

Este resultado foi o terceiro maior para o volume de importações no mês de janeiro, ficando atrás apenas de 2017 e 2000.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Os preços internacionais se mantendo em patamares baixos, as quedas que o dólar sofreu ao longo de dezembro e início de janeiro, e o ciclo de altas dos preços no mercado interno contribuíram para formar esse cenário.

Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em janeiro, temos o leite em pó integral, o leite em pó desnatado, os queijos e o soro de leite, que juntos representaram 95% do volume total importado. O leite em pó integral teve um avanço de 15% em seu volume importado. Em contrapartida, o leite em pó desnatado teve uma redução de 19% em seu volume importado. Os queijos, por sua vez, avançaram 24%.

Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite condensado, o creme de leite, o leite UHT, e os queijos, que juntos, representaram 85% da pauta exportadora. O leite UHT avançou cerca de 72%, enquanto o leite condensado e o creme de leite recuaram 37% e 17%, respectivamente.

A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de janeiro deste ano.

Tabela 1. Balança comercial láctea em janeiro de 2023.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.
 
O que podemos esperar para o próximo mês?
O ano de 2023 iniciou com as importações ainda estimuladas, e consequentemente, em patamares elevados. Após se manter estável no último mês do ano, o volume de importações voltou a avançar, mantendo-se em valores elevados neste início de ano. Já as exportações seguiram desestimuladas, apresentando recuos.

Após o ciclo de altas que os derivados lácteos passaram, o início de fevereiro apresentou recuo do Índice MilkPoint Mercado, devido a demanda desestabilizada e afetadas pelos patamares elevados que os preços atingiram. Para as próximas semanas, o cenário baixista deve prevalecer.

Do lado cambial, o dólar vem ganhando força nos últimos dias, frente a dados econômicos norte-americanos e falas do novo governo, com possível intervenção no Banco Central. Além disso, os preços no mercado internacional do Global Dairy Trade, bem como os preços praticados no Mercosul (segundo levantamento do MilkPoint Mercado) passaram por elevações nos últimos relatórios.

Todos esses fatores contribuem para desestimular as importações. Entretanto, aos atuais níveis de preços (no mercado internacional, no mercado brasileiro e da taxa de câmbio) as importações ainda seguem competitivas frente ao produto nacional – o que ainda deve manter as importações em patamares elevados para os próximos meses.  Já do lado das exportações as negociações devem seguir desestimuladas no curto prazo, sem grandes alterações. (Milkpoint Mercado)


Valter Galan convida você para o Fórum MilkPoint Mercado

Como está se desenhando o mercado lácteo e econômico em 2023? Como as incertezas do cenário político afetarão os lácteos? E o mercado internacional? Como tomar decisões estratégicas, competitivas e assertivas? Como os comportamentos de consumo podem influenciar nas relações entre os elos da cadeia? Para onde cresce o leite brasileiro? Como alavancar a competitividade da indústria láctea em 2023?

Sabendo que os questionamentos são muitos em um ambiente altamente dinâmico, o Fórum MilkPoint Mercado tem como missão construir cenários assertivos e iluminar os caminhos para o futuro do leite brasileiro.

Valter Galan, Sócio-Diretor do MilkPoint Mercado, fala sobre a 14ª edição do Fórum MilkPoint Mercado, que ocorrerá no dia 22 de março em formato híbrido, ou seja, presencial em Campinas/SP, ou online e ao vivo para quem assim preferir. Confira clicando aqui.

Em parceria com o portal de notícias Milkpoint, os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) terão direito a desconto na inscrição para participar do 14º Fórum MilkPoint Mercado. No primeiro lote, com vendas até 17 de fevereiro, o bônus é de 5% sobre R$ 600. Para os demais, será de 10%, sendo que o ingresso no segundo lote custa R$ 700 e no terceiro, R$ 800. INSCREVA-SE COM DESCONTO CLICANDO AQUI. (As informações são do Milkpoint e do Sindilat/RS) 


Menor oferta pode elevar preços internacionais de lácteos

A expectativa de produção mais enxuta de leite em regiões fornecedoras importantes, como Mercosul, Nova Zelândia e EUA, acende um sinal de alerta para o segmento em 2023 - e, na esteira, para o consumidor brasileiro. A consequência direta da menor oferta global, como se viu no ano passado no Brasil, é a alta dos preços dos derivados lácteos. Isso porque as indústrias que atuam no país têm ampliado importações em busca de matéria-prima a preços mais competitivos - movimento que acontece desde meados de 2022. Com a menor produção nas fazendas brasileiras, os preços internos de matéria-prima subiram

Em janeiro as importações somaram 151 milhões de litros (equivalente leite), com alta de 132% ante um ano antes. Em 2022 como um todo, aumentaram quase 30% e chegaram a 1,31 bilhão de litros.

Neste primeiro semestre, época de entressafra no Brasil, as companhias estão fechando programações de importação até junho. Não é um movimento incomum, mas há quem já garantiu compras por um tempo mais longo. Se é usual negociar contratos de 90 dias, pelo menos uma grande empresa fechou todo o semestre antecipadamente para escapar de oscilações de preços, afirmou uma fonte do segmento. Com a esperada redução da produção em outros países, desponta uma tendência de alta para o leite em pó integral (o produto mais negociado por essas empresas) no exterior nos próximos meses. 

Projeção elaborada pela consultoria Milkpoint Mercado a partir de dados da plataforma Global Dairy Trade (GDT) e da bolsa de valores NZX Futures, ambas ancoradas na Nova Zelândia - líder global em fornecimento de leite -, mostra, por ora, altas médias para a tonelada um pouco superiores a 2% entre março e junho, com pico de US$ 3,5 mil em junho na NZX Futures. Os valores vinham recuando, após a tonelada do leite em pó alcançar US$ 4,7 mil na GDT em março de 2022. A produção nos EUA e na Nova Zelândia deve crescer, mas menos do que o esperado, diz Valter Galan, sócio da consultoria. Os dois países respondem por 100 bilhões de litros e 21 bilhões de litros, nessa ordem. Atualmente, os importadores brasileiros estão pagando um preço superior ao das referências das plataformas neozelandesas. É que o leite vem de fornecedores do Mercosul, e há um descolamento de cotações entre esses mercados agora. Em janeiro, por exemplo, a tonelada de leite em pó foi negociada a US$ 3,8 mil com os países vizinhos, enquanto rondava US$ 3,3 mil na GDT.

Demanda 
A razão para a valorização no continente americano é a própria demanda brasileira. A diferença de preços entre a matéria-prima nacional e a importada chega perto de 30%. O Brasil, vale lembrar, importa de Argentina e Uruguai porque nestes casos não incide tarifa externa comum (TEC) sobre o leite, de 28%. A Argentina, porém, está enfrentando adversidades climáticas e sua produção poderá cair entre 2% e 5% em 2023, projeta a Milkpoint. O país deverá produzir pouco mais de 11 bilhões de litros neste ano. Por outro lado, é esperada uma recuperação da produção brasileira em 2023, ao menos para repor a queda que ocorreu em 2022, perto de 5%. A produção esbarrou nos 23 bilhões de litros, segundo o IBGE. “Para 2023, o clima é favorável e os custos de alimentação do rebanho caíram. E houve alta de 25% nos preços pagos ao produtor em 2022”, diz Laércio Barbosa, presidente da Associação Brasileira de Lácteos Longa Vida (ABLV). 

À parte da oferta de matéria-prima, será preciso observar a demanda - já que o comportamento do consumo interfere nos preços domésticos. As tendências inflacionárias da produção no campo e dos preços ao consumidor devem ser estudadas separadamente, diz Paulo Martins, pesquisador da Embrapa. Por ora, apesar dos desafios, agentes setoriais não esperam que 2023 repita recordes em preços de lácteos como se viu no ano passado. (Valor Econômico)


Jogo Rápido 

Aquisição de leite cru - IBGE
A aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob inspeção sanitária municipal, estadual ou federal foi de 6,23 bilhões de litros, uma redução de 4,2% em relação ao 4º trimestre de 2021, e aumento de 2,0% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. (Fonte: Agência de notícias IBGE)


 
 
 

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Porto Alegre, 10 de fevereiro de 2023                                                    Ano 17 - N° 3.839


Informativo Conjuntural 1749 de 09 de fevereiro de 2023

BOVINOCULTURA DE LEITE 
Assim como a baixa oferta de alimentos volumosos a campo, a redução na disponibilidade de água para dessedentação também impacta a produtividade dos rebanhos leiteiros. Em função do estresse calórico causado pelas altas temperaturas e pela baixa umidade do ar, muitos animais deixam de se movimentar em busca de locais com oferta de pasto ou água, reduzindo, ainda mais, o consumo. Os produtores mais tecnificados tem buscado alternativas para minimizar os impactos do calor, como aumento de ventilação, aspersão de água nos animais e maior disponibilidade de locais com sombra. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção de leite continua caindo nas principais bacias leiteiras da Campanha e da Fronteira Oeste. Em Hulha Negra, alguns produtores estão utilizando silagem de azevém para a manutenção das fêmeas jovens, o que vem apresentando bons resultados. Em Caçapava do Sul, são estimadas perdas de até 30% na produção de leite, enquanto que, em São Borja, estima-se 50% de queda e, em Uruguaiana, pode chegar a 80%. Na de Erechim, há grande insatisfação com o mercado, devido à instabilidade dos preços pagos aos produtores, o que dificulta o planejamento e a gestão de custos da atividade. Na de Caxias do Sul, está sendo realizada a ensilagem do milho, inclusive de áreas que estavam destinadas à produção de grãos para evitar a perda. O milho colhido apresentou boa qualidade e produtividade, mas as perspectivas futuras não são promissoras devido aos efeitos da estiagem durante o período crítico de floração. Na de Frederico Westphalen, estima-se uma redução de 20% na produção de leite; há relatos de municípios com perda de até 35% na produção. Na de Passo Fundo, os animais mantiveram o escore corporal, e a produção de leite das últimas semanas seguiu baixa, mas estável. Na de Pelotas, as chuvas não foram suficientes para redução de perdas. Em Capão do Leão, nota-se uma rápida recuperação das pastagens, porém estima-se queda de 40% no volume diário de leite. Em Pedras Altas, muitos produtores que semearam milho para a produção de silagem estão soltando os animais nas lavouras, como forma de aproveitar as plantas. Nos locais onde houve registro de chuvas, aumentaram os problemas com ectoparasitos (carrapato e berne). Na de Santa Rosa, estima-se uma redução de 11.202 litros de leite produzidos por dia devido à manutenção das temperaturas elevadas e da baixa umidade do ar, causando estresse térmico nos animais e queda na oferta de alimentos e de água. Na de Soledade, em função da falta de pastagens de qualidade, os produtores estão aumentando o uso de alimentos conservados, o que está elevando muito o custo de produção.

Milho silagem
A cultura do milho silagem segue sendo afetada pelos efeitos da falta de chuva no Estado. Na semana, a colheita das lavouras alcançou aproximadamente 55% da área total estimada. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim, na última semana, assim como para o milho grão, a cultura também apresentou efeitos adversos da falta de umidade no solo. Com a maior parte da área já colhida, os produtores realizaram o plantio da segunda safra, visando amenizar a baixa produtividade verificada na safra principal. A qualidade de forragem é variada. Em regiões onde choveu de forma mais consistente, a produtividade é maior e a qualidade do ensilado, melhor. Na de Frederico Westphalen, a colheita do milho silagem avançou para 95% da área estimada. As lavouras cultivadas com milho silagem sentem a falta de chuva. Além da redução na produtividade, a qualidade do produto também preocupa. As plantas estão secando de forma precoce, ficando desidratadas, com folhas secas. Os grãos de milho ainda apresentam muita umidade, limitando a compactação e reduzindo a qualidade da silagem. (Emater)


UR – O impacto da seca está causando perdas de US$ 100 milhões para o setor lácteo

Custos adicionais de suplementação alimentar e queda na produção de leite podem estar causando prejuízos em torno de US$ 100 milhões para os produtores de leite, de acordo com as estimativas realizadas pelo Departamento de Programas e Política Agropecuária do MGAP (OPYPA).

As perdas por aumento dos custos de suplementação estariam entre US$ 58 e US$ 65 milhões por ano. Enquanto a captação, que pode cair em torno de 5%, representa US$ 40 milhões.


A regional de Canelones, na última reunião da Associação dos Produtores de Canelones (ATC), avaliou que a captação de leite está 7,3% menor em relação ao ano passado. “Aqui está muito difícil financeiramente”, disse à Conexão Agropecuaria Justino Zavala, o diretor da ATC. “Os US$ 100 milhões é uma cifra dentro da realidade”, disse.

Fabián Hernández, da Sociedade de Produtores de Leite de Floria, destacou que “é perder dia a dia e cada dia está pior”, com reservas que acabam aumentando o uso de concentrados, em pleno período de parições. E para que os animais “desenvolvam seu potencial de lactação, não podem tomar conhecimento da seca. É um gasto constante”, disse.

As importações de suplementos em 2022 foram as mais elevadas da história (tanto em volume como em preço), destacou o boletim da Opypa, com US$ 56 milhões de importações de suplementos entre outubro de 2022 e janeiro de 2023, um salto de 63% em relação ao ano anterior e 49% mais que a média dos três períodos anteriores. (onte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Diversificação de portfólio é um diferencial para a rentabilidade da indústria de lácteos

Nos últimos anos, temos passado por desafios econômicos expressivos a nível global que atravessam todos os setores e indústrias, criam demandas e impõem necessidades.

Entraves logísticos em cadeias de fornecimento, aumento de preço de insumos, oscilações no valor de moedas e medidas restritivas relacionadas à pandemia sendo aplicadas de forma inconstante ao redor do globo são apenas alguns dos fatores que têm estrangulado as margens de diferentes indústrias.

O setor de alimentos e bebidas não é exceção. A indústria láctea tem atravessado tempos difíceis – especialmente no Brasil, em que assistimos a uma alta de preços do leite, decorrente da queda na produção do campo, que, por sua vez, se dá em função de um contínuo aumento no preço dos insumos utilizados nesta produção. Esse cenário tem estreitado as margens, limitando os investimentos na produção do leite e diminuindo o potencial de oferta, o que é particularmente importante quando consideramos o tamanho da indústria láctea nacional: mais de 34 bilhões de litros de leite por ano, uma produção oriunda de quase 100% dos municípios do país.

A cadeia produtiva emprega, atualmente, tanto no campo quanto na cidade, cerca de 4 milhões de pessoas. Na outra ponta, temos vivido mudanças importantes nos hábitos de consumo de alimentos e bebidas no Brasil, direta ou indiretamente ligadas ao longo período de distanciamento social e à alta de preços da maioria dos produtos nas gôndolas. Para manter margens saudáveis para quem produz e agradar aos consumidores, é fundamental que as indústrias lácteas diversifiquem seus portfólios, apostando em derivados do leite, bebidas fermentadas, bebidas lácteas de alto teor de proteína, leite em pó e, sobretudo, queijos. 

Com relação ao queijo, segundo a Embrapa, 97% dos brasileiros consomem algum tipo de queijo, fazendo do produto um dos derivados do leite com maior presença na cesta de compras. Além disso, uma pesquisa da Tetra Pak com a Lexis Research revela que, no Brasil, 46% das pessoas afirmam ter aumentado a ingestão do alimento durante a pandemia. Assim, é fundamental encontrar parceiros adequados para o desenvolvimento de novos produtos, como fornecedores com conhecimento sobre a indústria e as melhores formas de agregar novas opções ao portfólio, garantindo a rentabilidade buscada.

Esse apoio pode vir desde a criação de receitas para os novos produtos até a aquisição de equipamentos e componentes para as plantas industriais, passando por otimizações e melhorias contínuas durante e após a implementação do processo, o que leva a ganhos de escala e eficiência operacional. Trata-se de fazer mais com menos e inovar em tempos de instabilidade.

Sei que o cenário econômico está instável, mas tenho a visão otimista de que a diversificação de portfólio pode trazer ao produtor a rentabilidade que seu negócio precisa, mesmo durante os momentos de crise. E mais do que isso: quando ela surge aliada às tendências de consumo de alimentos e bebidas, à sustentabilidade e ao bem-estar da população, os resultados positivos são consequência direta. (Fonte: Ciência Do leite)


Jogo Rápido 

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 06/2023 – SEAPI
A próxima semana terá calor e chuvas expressivas no RS. Na quinta-feira (09), a propagação de uma frente fria no oceano manterá a nebulosidade e pancadas de chuva maior parte do Estado, com tempo firme apenas na Campanha e Fronteira Oeste. Entre a sexta (10) e o domingo (12), a presença de uma massa de ar quente manterá o forte calor, com temperaturas acima de 40°C em diversas regiões. Na segunda-feira (13), o tempo firme e o calor seguirão predominado, porém a aproximação de uma nova frente fria vai provocar chuva, com possibilidade de temporais na Zona Sul, Campanha e Fronteira Oeste. Na terça (14) e quarta-feira (15), o deslocamento da frente fria manterá as pancadas de chuva em todo Estado, com risco de tempestades na maioria das regiões. Os volumes esperados deverão oscilar entre 15 e 20 mm na maioria das localidades do RS. No Extremo Sul, Campanha e Fronteira Oeste os valores oscilarão entre 35 e 50 mm e poderão superar 60 mm em alguns municípios. O boletim também aborda a situação das culturas de soja, milho, arroz, feijão e pastagens, além das criações de bovinos e ovinos. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 
 

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Porto Alegre, 09 de fevereiro de 2023                                                    Ano 17 - N° 3.838


UE – O preço do leite de vaca inicia o ano perdendo 0,5 euros

Os primeiros dados divulgados pelo Observatório do Mercado do Leite de Vaca na Europa, referente ao mês de janeiro de 2023, mostram queda de 0,5 euros, fechando em € 56,97/100 kg.

É o segundo mês consecutivo de queda, interrompendo a tendência de alta que vinha desde janeiro de 2021.

Apesar da ligeira redução, houve aumento de 36,2% em relação a janeiro de 2022, quando o valor médio foi de € 41,81.

Entre os principais produtores, Irlanda, Polônia e, especialmente, a Holanda foram os que registraram quedas em janeiro. Os irlandeses perderam 0,6 euros em relação a dezembro, e receberam o preço médio de € 68,37/100 kg, e é o maior valor da União Europeia (UE). Vale lembrar também que é 48,5% superior ao preço de um ano atrás. Os produtores de leite da Polônia tiveram queda de 0,8 euros e receberam a média de € 58,55/100 kg, 46% acima do preço de um ano atrás, quando o preço foi de € 40,09/100 kg. Finalmente, cabe destacar o caso da Holanda, onde a redução em relação a dezembro de 2022 foi de 2,5 euros, para o preço médio de € 60/100 kg, 33% maior do que o valor de janeiro de 2022, quando o preço foi de 45 euros.

Do lado positivo, está o aumento do preço na França, +0,3 euros, para chegar a € 49,86/100 kg, o país onde a taxa de aumento interanual foi a menor, 22,4%.

A Alemanha, o maior produtor da UE, registrou preço de € 57,88/100 kg, com crescimento de 34,5% em relação a janeiro de 2022, quando o preço foi de € 43,03. Desempenho similar ocorreu na Itália, onde os produtores receberam € 57,40/100 kg, o mesmo valor de dezembro, ganhando 45,3% na comparação interanual.

Finalmente, vale destacar que na Espanha, o preço médio foi de € 57,96/100 kg, o que representou aumento de 60,55% sobre janeiro de 2022, quando o valor era de € 36,02/100 kg. Fonte: Agronews Castilla y Leon – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Gigante do setor lácteo: Sooro Renner completa 22 anos de atuação no mercado 
São 22 anos de trabalho, dedicação e produtos com qualidade. A Sooro Renner comemora, neste mês de fevereiro, mais de duas décadas no mercado. Investimento, tecnologia, produtividade, valorização do potencial humano e sustentabilidade marcam o crescimento dessa gigante do setor lácteo.

Tudo começou no dia 1º de fevereiro de 2001. A Sooro Renner iniciou suas operações na cidade de Marechal Cândido Rondon – no Oeste do Paraná. Com uma estrutura simples, a planta processava cerca de 150 mil litros de soro fluido por dia, contava com uma equipe de 13 colaboradores e a produção estava voltada apenas a soro concentrado.

Para o fundador e Diretor-Presidente da Sooro Renner, William da Silva, os 22 anos de atividades bem-sucedidas são resultados de investimentos constantes em tecnologias e em pessoas. "Éramos uma pequena indústria e agora somos a gigante do setor lácteo na América Latina, trabalhamos muito para chegar até aqui e não vamos parar. Sempre focando em investimentos, tecnologias e no capital humano”.

Em mais de duas décadas a produção tomou proporções surpreendentes. Atualmente, a Sooro Renner possui três plantas: uma em Marechal Cândido Rondon - Paraná; uma em Estação - Rio Grande do Sul  e um Centro de Distribuição em Campinas - São Paulo. A capacidade de produção anual total de todas as plantas é de 88 mil toneladas ano; já a capacidade de processamento por dia de soro de leite fluído equivale a mais de 4 milhões de litros. Para atingir esse índice de produção, a Indústria conta com os trabalhos de mais de 500 colaboradores.

EVOLUÇÃO NO MERCADO
Nutrição esportiva, ingredientes e nutrição animal integram os segmentos de atuação da Sooro Renner. Indústria é precursora no Brasil na produção de Whey Protein Concentrado 34%, 60% e 80% e a primeira da América Latina a produzir Whey Protein Isolado, além da planta de produção de Permeado Non Caking que é uma das maiores do mundo. Além disso, a Indústria também produz o Whey Protein Microparticulado, produto este estável a tratamentos térmicos de alta temperatura, que entra no portfólio em 2023 para atender as demandas do mercado.

No ano em que a Sooro Renner completa 22 anos de atuação, o mercado pode esperar novos avanços: existem vários projetos em desenvolvimento pela área de Pesquisa e Desenvolvimento da Sooro Renner. Todavia, a tendência é que a empresa priorize o aumento da capacidade de produção e busque a consolidação de mercado através da oferta de um mix de produtos mais consistente, baseado em produtos de maior concentração de proteínas e, consequentemente, também uma maior oferta de Permeado de Whey.  

UM FUTURO PROMISSOR
“Na minha percepção, por meio do privilégio de fazer parte da empresa por já quase 19 anos, acredito que a Sooro Renner dará continuidade ao projeto e desenvolvimento iniciado, de uma forma tímida, porém contínua e estruturada, desde a fundação da Sooro Concentrado em 2001”, destaca o Diretor de Tecnologia e Inovação, Helio Alves Garcia.

Para Garcia, o progresso é resultado de uma série de fatores e da união de esforço. “A continuidade do desenvolvimento se dá através da valorização do potencial humano de sua equipe, do investimento constante nas melhores tecnologias oferecidas pelo mercado em seu segmento de atuação e da inovação, fator este que fez com que a empresa se destacasse e continue se destacando, de seus principais concorrentes no mercado nacional e se equiparar aos maiores players mundiais do segmento de processamento de soro de leite”. 

Existem vários projetos no radar da empresa, tanto projetos produtivos, estruturantes e de caráter socioambiental. No mês de março deste ano, está agendado um evento que envolve os acionistas, os diretores e os gerentes da empresa, com o objetivo de revisar e avaliar o Planejamento Estratégico elaborado em 2021 com vistas a atingir os resultados projetados até 2025. Com base nas decisões estratégicas que serão validadas no evento, os investimentos para o alcance dos propósitos almejados serão definidos.  

DESENVOLVIMENTO CONTÍNUO
A Sooro Renner tem adotado uma política de trabalho extremamente importante para o seu desenvolvimento, que visa o fortalecimento em duas áreas específicas de sua atuação: o Mercado de Matéria Prima (soro de leite) e os parâmetros de ESG (meio ambiente, social e de governança).

Em relação ao Mercado de Matéria Prima, a empresa desenvolve um projeto – faz alguns anos - de fortalecimento de relacionamento com seus fornecedores de soro de leite, através da adoção de uma política de valorização da cadeia produtiva do soro, visando a prática de uma política de preços de compra competitiva, qualificação técnica de fornecedores através de projetos de assistência técnica e comprometimento em adquirir todo o volume de soro de leite ofertado por seus parceiros exclusivos. Esse conjunto de ações garante todo o escoamento de produção dos mesmos, diferentemente das práticas de seus concorrentes. 

Em relação aos parâmetros de ESG, a empresa também está desenvolvendo investimentos relevantes na área ambiental, através de projetos de modernização na área de tratamento de efluentes, reuso de águas de processos, aquisição de áreas para reflorestamento e produção de biomassa, entre outros. No que se refere ao parâmetro Social, projetos de capacitação profissional, através de plataformas de aprendizado e treinamento disponíveis aos colaboradores, benefícios, participação nos lucros, melhorias de instalações e um excelente ambiente de trabalho, são itens relevantes.

Em relação ao parâmetro de Governança, a empresa se aprimora cada vez mais no que se refere ao cumprimento de suas obrigações legais e cumprimentos das normas e leis pertinentes ao negócio, assim como com uma atuação extremamente profissional de seus acionistas, dirigentes e gestores do negócio. Dessa forma, todos os segmentos de atuação e os integrantes dessa gigante do setor lácteo mantêm o mesmo foco: expandir com qualidade, produtividade, valorização do potencial humano e sustentabilidade. (Sooro Renner)

Mapa, MDA e MIDR conversam com produtores do Rio Grande do Sul atingidos pela estiagem

Os ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, se reuniram nesta quarta-feira (8) com parlamentares, prefeitos, representantes de entidades e produtores rurais do Rio Grande do Sul para debater soluções para a estiagem que atinge a produção agrícola no estado. A ideia do encontro foi ouvir as principais demandas dos gaúchos para formular as políticas públicas relacionadas a cada ministério.

O ministro Fávaro disse que a situação dos produtores gaúchos necessita da emergência da atuação do poder público. “Precisamos de ações transversais entre os vários ministérios, entre os três entes federativos e a sociedade civil organizada para encaminharmos medidas emergenciais, como a prorrogação de dívidas, de custeio, de financiamento, mas equalizar isso no Tesouro é importante para que não se torne uma bola de neve impagável para os produtores”, disse. Ele lembrou que as medidas estruturantes também serão importantes para minimizar impactos no futuro.

“Esse não é mais um fenômeno sazonal, mas se repete ao longo do tempo. Precisamos endereçar as políticas públicas de maneira permanente e preventiva”, disse Paulo Teixeira. O ministro Góes destacou que “a capacidade de diálogo e de construção de consenso tem que ser recorrente em todas as práticas do governo”.

O secretário de Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, Ronaldo Santini, apresentou as principais demandas do setor, como o fornecimento de cestas básicas, recursos para a construção de cisternas e qualificação dos produtores para operar os equipamentos, recursos para a compra de grãos para alimentação animal e a prorrogação das parcelas vincendas dos financiamentos federais.

Segundo ele, até o momento 261 municípios gaúchos já declararam situação de emergência, sendo que 128 já foram reconhecidos pela União. “O problema da estiagem vem se agravando a cada ano. Isso já é pauta do nosso governo para que a gente mude a realidade do Rio Grande do Sul no que diz respeito à crise hídrica e que isso não seja só pauta no momento do desespero, como estamos vendo hoje”, disse o secretário.

Também participaram da reunião o senador Luis Carlos Heinze e o deputado federal Dionilso Marcon, representando os parlamentares gaúchos, e a prefeita de Liberato Salzano (RS), Juliane Pensin, representando os prefeitos. (Zero Hora)


Jogo Rápido 

UFSM constata seca mais longa
A estiagem da atual safra está pior que a da safra passada, por estar se prolongando desde julho do ano passado. A informação é do meteorologista do Grupo de Meteorologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Murilo Machado Lopes. Ao mesmo tempo, Lopes afirma que a tendência é de que, a partir da segunda metade de fevereiro, haja episódios de chuva que vão trazer alívio para algumas regiões, especialmente no Norte do Rio Grande do Sul. No entanto, segundo o meteorologista, ainda não serão chuvas suficientes para reverter o déficit hídrico, havendo a possibilidade de a estiagem voltar com força em março. Essas previsões fazem parte do boletim publicado mensalmente pelo grupo da universidade santa-mariense desde setembro do ano passado. Os meteorologistas analisam as condições climáticas do Estado e do continente, bem como as projeções de diferentes centros meteorológicos, entre eles o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Simagro-RS. (Correio do Povo)


 
 
 

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Porto Alegre, 08 de fevereiro de 2023                                                    Ano 17 - N° 3.837


O PREÇO DO LEITE E O SUCESSO NA ATIVIDADE

O produtor sempre se preocupou com o quanto ele recebe, mas será que o preço pago pelo leite é o único responsável pela lucratividade da fazenda?

O aumento no valor pago pelo leite alguns meses atrás fez com que muitos produtores comemorassem, devido ao aumento expressivo nos insumos da cadeia produtiva do leite. No entanto, muitos produtores focam apenas no preço do leite, e muitas das vezes, acabam negligenciando os custos de produção.

O preço do leite é importante para a lucratividade de uma fazenda leiteira, entretanto, a lucratividade está mais associada ao custo e a escala de produção do que propriamente ao preço do leite.

De acordo com os dados apresentados pela Labor Rural e Educampo/Sebrae a correlação entre o preço do leite e o lucro unitário é baixa (Tabela 1), ou seja, fazendas recebendo o mesmo preço de leite podem apresentar lucratividades diferentes. Entretanto, foi encontrada uma alta correlação entre o custo de produção e lucro (Tabela 1), onde fazendas com menor custo de produção apresentaram maior lucratividade. Tabela 1. Correlação entre Preço do leite e a Lucratividade.

O aumento de produtividade com ganho em eficiência é o principal fator para reduzir o custo e aumentar a lucratividade.

A fim de evidenciar esse fato, o Educampo realizou uma análise com 205 fazendas, onde essas foram divididas em dois grupos, um em que as 80 propriedades reduziram o volume de leite, e outro no qual 125 propriedades aumentaram a produção de leite, de modo que, os dois grupos receberam aumento de 10% no preço do leite.

Como resultado, fazendas que aumentaram o volume de leite tiveram aumento menos intenso no custo de produção, refletindo no aumento da margem unitária (Figura 1). Dessa forma, as propriedades que aumentaram o volume de leite ganharam mais por cada litro de leite vendido (Educampo, 2022). No entanto, o ganho de produtividade com eficiência é possível apenas pela adoção de estratégias de planejamento e gerenciamento.

Figura 1. Análise do aumento da produção sobre a lucratividade.

O gerenciamento adequado da propriedade é fundamental para a redução dos custos, já que pela análise dos custos de produção é possível identificar falhas que estejam comprometendo o desempenho da propriedade, garantindo assim a viabilidade do sistema ao passo que estratégias são tomadas para correção dessas falhas.

Portanto, é de suma importância que todos os custos sejam registrados em um banco de dados, de modo a evitar distorção na geração dos indicadores, comprometendo a interpretação da análise. Os custos de produção referem-se a todos os dispêndios ligados ao processo produtivo, ou seja, todos os recursos necessários utilizados para a produção do leite, sendo eles divididos em custos fixos e variáveis. Diferente dos custos variáveis, os custos fixos não variam durante o ciclo de produção (produtos de limpeza de ordenha, reparo e consertos de máquinas, medicamentos, mão de obra), são independentes da escala de produção, portanto, traçar estratégias para diluição desses custos se faz necessário para aumentar a lucratividade, sendo a principal forma, o aumento da produção. Já para os custos variáveis, aqueles que são dependentes da produção (alimento, fertilizante, energia, combustível), o planejamento é a melhor forma de controle de gastos, ou seja, compra estratégica de insumos para o plantio e concentrado, garantem melhor preço, logo redução dos custos.

Apenas conhecer os custos não é o suficiente, é preciso saber interpretá-los, sendo assim, os indicadores são cruciais para mensuração e avaliação do desempenho da uma propriedade. Esses são subdivididos em Indicadores Zootécnicos, Reprodutivos e Econômico-financeiros. Dentre eles, podemos citar exemplos que tem grande influência na eficiência de produção, de tal forma a possibilitar a diluição dos custos:

Receita menos o custo alimentar (RMCA)
Monitorar o indicador RMCA é uma forma simples e objetiva de avaliar o quanto as vacas e o produtor estão sendo eficientes nas suas funções. Do ponto de vista da vaca, podemos inferir sobre a eficiência alimentar, ou seja, sobre a sua capacidade de converter dieta em leite. Assim, espera-se que no início da lactação, as vacas apresentem altos valores de RMCA, ao passo que, o RMCA reduz à medida que a lactação se estende. Isto porque vacas do início ao pico de lactação apresentam maior eficiência de utilização de energia comparado a vacas no terço final de lactação.

Pelo lado do produtor, este indicador nos sugere a eficiência na compra e a produção de alimentos. Assim, a compra estratégica de insumos favorece a obtenção de altos valores de RMCA, à medida que, a compra de insumos nas “altas” de preços favorece a redução dos valores de RMCA, mesmo que se tenha boa genética. Em outras palavras, ter boas vacas não é o suficiente para obter lucro, mas sim, o equilíbrio entre o custo alimentar e o potencial produtivo do rebanho.

Relação entre número de vacas em lactação e o total de vacas (VL/VT), e entre o rebanho total (VL/RT)
Devemos sempre maximizar o número de animais em lactação, já que estes são responsáveis por gerar a receita da propriedade, de modo que, a relação entre VL/VT seja maior que 83% (10 meses em lactação/12 meses de intervalo entre partos) × 100%, e a de VL/RT entre 45-55%, sendo este último de grande importância, pois a redução na porcentagem resulta em maiores despesas, já que animais que não produzem, apenas geram gastos. Estes indicadores estão associados a boas taxas reprodutivas e de criação de novilhas, os quais propiciam maior número de vacas em lactação, próximas ao pico de lactação (maior eficiência de produção).

Produtividade da mão-de-obra
Um dos maiores gargalos da atividade é a falta de mão de obra, além do seu alto custo, fazer com que o funcionário permaneça na propriedade diante da rotina intensa se tornou um grande desafio, por isso, é imprescindível que seu uso seja otimizado na propriedade. De acordo com EducaPoint (2018), a produtividade ideal por colaborador deve ser pelo menos entre 400 e 500 L/dh. Bons resultados não chegam sem planejamento, para atingir bons indicadores é necessário o investimento na nutrição, qualidade do leite, sanidade e bem-estar dos animais, visto que esses corroboram em ganhos na produção. É importante entender o sistema leiteiro como um quebra-cabeça, no qual, a falta de uma peça impede que tenhamos o máximo potencial.

Além disso, é valido ressaltar que investimento não é “custo”, mas sim uma maneira de aumentar a eficiência produtiva por meio da inserção de novas tecnologias e/ou instalações que proporcionem melhor conforto para os animais, de modo a resultar em um maior retorno, desde que, seja bem delineado e executado. Sendo assim, o controle e gestão dos custos, associados a um rebanho saudável e com genética, são a principal forma para não se tornar refém do preço do leite. (Fonte: Compre Rural)


EUA: o consumidor de lácteos do futuro está envelhecendo

O relatório 'Consumidores de lácteos do futuro: mudando o foco para componentes' mostra que haverá grandes mudanças populacionais nos EUA, com uma população envelhecida e diversificada.

Ben Laine, analista sênior de laticínios da Terrain, disse que conforme você envelhece ao longo da vida, você exige produtos diferentes. “Indo de fórmula infantil a pizza, macarrão com queijo e alguns shakes saudáveis e coisas assim, você exige produtos diferentes à medida que envelhece”, diz ele.

Então, como será a demanda futura por lácteos? Segundo Laine, isso levará as empresas a mergulhar no nível de demanda de componentes e no que é necessário para ser produzido na fazenda. No entanto, Laine acredita que podemos atender à demanda crescente e em constante mudança.

“O crescimento da demanda vai ser um pouco mais lento, até mesmo por causa do crescimento populacional mais lento, mas olhando para o equilíbrio entre produtos integrais e desnatados, isso vai mudar um pouco. Acho que a demanda por gordura láctea continuará crescendo, enquanto a demanda por sólidos desnatados permanecerá relativamente estável”, disse ele.

Laine compartilha que a população envelhecida, como a próxima multidão de mais de 65 anos, mostra um forte crescimento na demanda de gordura, especificamente da gordura láctea. “Essa é uma história positiva para os laticínios”, diz ele. “Ainda não é suficiente para compensar completamente a desaceleração do crescimento populacional, mas é uma perspectiva mais otimista para a gordura do que eu poderia ter pensado originalmente”.

A mudança na mentalidade do consumo de gordura láctea, particularmente em uma população em envelhecimento, é a mudança de perspectiva sobre como a gordura láctea pode se encaixar em uma dieta saudável.

“Especialmente para a população mais velha, eles estão começando de uma base menor, quando a gordura era evitada para, de repente, ela passar a se encaixar em uma dieta saudável”, disse Laine. “Acho que há muito espaço para crescer nesse segmento de idade e acho que ainda haverá daqui para frente.” De acordo com Laine, isso poderia aumentar o consumo de leite fluido.
 
População diversificada
Daqui para frente, o crescimento populacional é desproporcional – já que a taxa natural de substituição é mais lenta do que a taxa de imigração.

“É tipo um lado positivo disso”, compartilha Laine. “É observado níveis mais altos de consumo de leite fluido entre os imigrantes dos EUA. Infelizmente, isso parece diminuir depois de alguns anos, de forma que o consumo maior meio que se normaliza na dieta americana. Mas inicialmente, quando você tem imigrantes recentes nos EUA, você tem um consumo maior de leite fluido entre esses grupos”.

Essa mudança pode levar a população diversificada mais jovem a impulsionar a demanda por outros produtos e impulsionar o crescimento de queijos e pizzas. Laine compartilha que um olhar atento é direcionado para o envelhecimento da população e como podemos comercializar os produtos certos e chamar a atenção dos americanos mais velhos.

“Há muita atenção em como comercializamos para a geração do milênio com a mídia social e isso é muito importante”, disse ele. “No entanto, não podemos negligenciar o que será um grupo muito importante da população em 2030. Todos os baby boomers terão mais de 65 anos. E em 2035, pela primeira vez nos EUA, a parte da população com mais de 65 anos vai superar os americanos mais jovens. Portanto, é uma população importante ficar de olho e garantir que continuemos entendendo como poderemos atender a essas necessidades.” (As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

Argentina: após a estagnação de 2022, produção de leite deve passar por uma leva queda em 2023

O Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA) publicou sua primeira estimativa de produção de leite para 2023, com base em uma pesquisa enviada a 30 indústrias do setor no país.

Segundo esse levantamento, a expectativa é de que seja alcançada uma produção de 11,47 bilhões de litros, 0,7% abaixo dos 11,5 bilhões de litros de 2022.

Vale lembrar que o ano passado fechou com uma produção praticamente igual à de 2021, com crescimento interanual de apenas 0,04%, depois de 2021 ter apresentado crescimento de 4% e 2020, de 7,4%.

Em todo o caso, a OCLA valorizou este resultado alcançado em 2022 apesar de “uma longa lista de fatores adversos”, como o controle de preços no mercado doméstico, a deterioração do poder de compra dos consumidores, a queda dos preços internacional no final do ano e a presença de tarifas de exportação acompanhada de forte atraso cambial.

Mas, mais do que tudo, diante de uma “seca prolongada e generalizada, com aumento dos preços dos concentrados em nível internacional” e dos efeitos negativos nos custos que significou o “dólar soja”.

De fato, segundo a OCLA, o preço do leite ao produtor ficou aquém das necessidades dos produtores ao longo de 2022: o valor subiu 92,8%, enquanto a inflação foi de quase 95% e o custo médio de produção do litro de leite medido pelo INTA subiu 97%.

Para a OCLA, apesar desses contratempos, “essa manutenção da produção em 2022 mostra claramente todo o trabalho que vem sendo realizado nas fazendas leiteiras com a incorporação de insumos e tecnologias de processo, onde melhorias no bem-estar animal, automação de processos, confinamento de rebanhos com mais sombra, mais água disponível, aspersores, ventiladores, aumento das produções individuais” tendo efeitos positivos na produção.
 
Previsões para 2023
Nesse contexto, voltando às previsões para 2023, a OCLA mencionou que “os dados fornecidos correspondem à variação interanual a leite constante para cada mês de 2023 em relação ao mesmo mês do ano anterior e à variação anual total”.

E depois esclareceu também que é apenas uma primeira previsão teórica que provavelmente sofrerá modificações ao longo do ano.


“Esta estimativa apenas tenta dar uma perspectiva para o ano de 2023, com base nos dados disponíveis à data da sua elaboração. As condições de alta volatilidade e incerteza que certamente caracterizarão o ano corrente podem gerar diferenças significativas em relação aos números projetados, que avaliaremos à medida que ocorrerem”, especificou. (As informações são do Infocampo, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido 

Governo nomeia diretora de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura
O governo federal nomeou Ana Lúcia de Paula Viana para o cargo de diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), um dos mais importantes da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura. Defendida pelo setor de proteína animal e pelo ministro Carlos Fávaro, Ana Lúcia mantém o posto que ocupou no governo passado. Ela foi diretora do Dipoa até dezembro, mas foi exonerada junto com os demais cargos de segundo e terceiro escalões no início deste ano. Na sexta-feira, também foram nomeados o secretário-adjunto de Defesa Agropecuária, Márcio Rezende, e o diretor de Saúde Animal, Eduardo de Azevedo Cunha. (Valor Econômico)


 
 
 

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Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2023                                                    Ano 17 - N° 3.836


Ernani Polo assume Secretaria de Desenvolvimento Econômico e garante diálogo com setores produtivos para alavancar economia do RS

Ao tomar posse, o novo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico do RS, Ernani Polo, assegurou que vai investir na escuta dos setores para definir a implementação de políticas que visem ao crescimento das vocações produtivas do Estado. “Vamos conversar muito. A secretaria é transversal e tem como missão encontrar soluções para a sociedade como um todo”, disse. Polo apontou que o Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul (Fundopem/RS), assim como a Junta Comercial, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e o Badesul estarão integrados às estratégias de identificação das vocações regionais para o estabelecimento de planos de negócio, de aumento de produção e de abertura de mercados. 

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Guilherme Portella, avaliou como positiva para o setor a capacidade de articulação do secretário, que foi reeleito deputado estadual e já atuou como secretário da Agricultura em gestões anteriores. “A indústria produtora de leite está confiante de que ele saberá valorizar o que vem sendo feito no Rio Grande do Sul e trabalhará focado na construção de caminhos que ajudem a fomentar e fortalecer os investimentos ativos, pois já demonstrou que tem um perfil dinâmico e resolutivo”, apontou. 

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, acrescenta que há desafios recentes para serem analisados com relação ao setor leiteiro e que serão levados para a discussão com o governo, como os incentivos concedidos ao setor lácteos em países como Argentina e Uruguai. “Vamos pautar que o Executivo esteja atento e faça a análise pela ótica que se impõe na concorrência entre países do Mercosul para preservar para a indústria gaúcha uma participação competitiva no mercado de lácteos interno brasileiro”, sugeriu Palharini. O dirigente acrescenta a necessidade de avanço em outras outras políticas já em curso como a certificações das propriedades livres de brucelose e tuberculose. 

A solenidade de posse aconteceu no início da noite de segunda-feira (6/2) no auditório do Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF) em Porto Alegre - RS com a presença de representantes dos poderes do Estado e de diversos setores produtivos, assim como do governador Eduardo Leite (PSDB), e do vice, Gabriel Souza (MDB). “Desenvolvimento é uma tarefa de todo o governo e da sociedade gaúcha, que deve estar preparada para acolher todas as iniciativas. Não é uma tarefa apenas desta Secretaria, mas de todas as pastas. Tenho certeza de que com o secretário, em conjunto com as demais estruturas do governo, vamos evoluir”, afirmou o governador. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Crédito: Gisele Ortolan)


GDT - 07/02/2023


(Fonte: GDT)

Informativo Conjuntural 1748 de 02 de fevereiro de 2023

Bovinocultura de Leite
A produção de leite segue em queda. Nas propriedades com sistema de produção a pasto, o impacto é maior. As temperaturas elevadas afetam o bem-estar dos animais, reduzindo o consumo de alimentos dos rebanhos leiteiros. A ocorrência de poucas chuvas favoreceu o manejo da ordenha e das condições de higiene e qualidade do leite. Com a estiagem, há poucos registros de infestações por ectoparasitos comuns nesta época do ano, como carrapato bovino. Somente nos locais com registros de chuva, há necessidade de maior número de tratamentos. A margem de lucro dos produtores na comercialização do leite segue baixa, pois os custos de produção subiram e têm se mantido elevados, enquanto os preços, que haviam melhorado, voltaram a cair. Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, apesar dos números das principais empresas com atuação em Aceguá apontarem para um nível de produção semelhante ao mesmo período do ano passado, muitos produtores de menor porte estão sofrendo grandes prejuízos no volume de leite comercializado devido à gradativa restrição na disponibilidade de água e de pastagens. Nas médias e grandes propriedades, a produção tem sido mantida à base de suplementação com feno, silagem e ração, alimentos que seriam guardados para serem utilizados nos meses de outono e inverno. Na de Ijuí, nos sistemas de produção confinados, a produção está estável, porém há muita dificuldade para manter o ambiente com temperaturas favoráveis aos animais. Na de Pelotas, a ocorrência de chuvas, em várias localidades com produção leiteira, melhorou a oferta forrageira. Em Canguçu, alguns produtores realizaram a instalação de sistemas de irrigação. Na de Porto Alegre, a ocorrência de chuvas leves permitiu o rebrote de pastagens, mas ainda não foi suficiente para recuperar as aguadas. Na de Santa Maria, os produtores seguem acumulando prejuízos devido à diminuição da produção. Estima-se que cerca de 100 mil litros de leite deixam de ser coletados diariamente. Na de Santa Rosa, a produção de leite diária está baixando a cada semana; há o registro de produção diária de 1.550.000 de litros de leite, o que representa 12% de redução em relação à produção de novembro de 2022. Somente algumas localidades tiveram registro de chuvas, que amenizaram a situação de estiagem, mas a grande maioria das áreas segue sem oferta de pastagens. Já nas propriedades que utilizam sistemas semiconfinados ou confinação total, os reflexos ainda não são tão perceptíveis em relação à produtividade. Na de Soledade, as lavouras de milho semeadas em outubro e em novembro estão com potencial de produção bastante comprometido em função da estiagem.

Milho silagem 
A área estimada de cultivo de milho silagem é de 365.467 hectares, e a produtividade esperada inicialmente é de 37.857 kg/ha. Houve prosseguimento na colheita, e as perdas causadas pela estiagem foram confirmadas na maior parte dos 434 municípios pesquisados. Os danos são maiores nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Santa Maria e Ijuí, com expectativa de redução entre 50% e 60% na produtividade. Nas de Frederico Westphalen e Pelotas, as perdas estimadas variam entre 40% e 45%; nas regiões de Bagé, Erechim, Lajeado e Santa Rosa, entre 30% e 35%; e nas de Passo Fundo, Porto Alegre e Soledade, são entre 20% e 25%. Os menores efeitos foram sentidos na de Caxias do Sul, com estimativa de redução de aproximadamente 5% no volume produzido. Na regional de Erechim, no período, a cultura manifestou sintomas de estresse, causados pelas temperaturas altas e pela falta de umidade no solo. Foram colhidas 70% das áreas, e os produtores retomaram o plantio, após a ocorrência de chuvas. A produtividade obtida variou 30 e 35 t/ha, com qualidade também variável. Na de Frederico Westphalen, as lavouras implantadas em 2022 estão 90% colhidas, e 10% em ponto de corte para ser ensilado. As implantadas em janeiro, em safrinha, estão em desenvolvimento vegetativo. Na de Santa Rosa, continuou o corte antecipado para evitar a diminuição da qualidade da massa vegetal a ser ensilada. Cerca de 80% dos cultivos foram cortados, e a produção é estimada em 20 t/ha. (Emater)


Jogo Rápido 

Concurso de Queijos
Um concurso de queijos Emater e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Caxias do Sul (Smapa) vão promover o 1º Concurso Regional de Queijos Artesanais da cidade. As inscrições estão abertas a produtores de queijo de toda região e podem ser feitas até 15 de fevereiro. É para estimular a melhoria da qualidade dos queijos produzidos na região e valorizar sua produção artesanal. O julgamento dos inscritos será no dia 24 de fevereiro, no Cevitis (antiga Fepagro), em Fazenda Souza. (Jornal do Comércio)


 
 
 

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Porto Alegre, 06 de fevereiro de 2023                                                    Ano 17 - N° 3.835


Seca pressiona preço do leite, mas 2023 pode ser diferente

Com uma estiagem que ganha novos contornos a cada semana, mercado e consumidor ficam atentos à possibilidade de novos sobressaltos no preço do leite, a exemplo do que ocorreu no ano passado. Em função da seca e de outros fatores, a bebida sofreu altas históricas ao longo do ano, com o litro do leite batendo R$ 8 em alguns meses. Em 2023, apesar do quadro persistente, o setor acredita que as oscilações sejam menos intensas.

Secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini diz que, embora mais de 200 municípios já tenham decretado situação de emergência por conta da falta de chuva, o volume de leite recebido pelas indústrias do Estado se mantém dentro da média do ano passado. Os produtores que mais sofrem são os pequenos, que naturalmente produzem menor litragem.

- O setor lácteo tem uma particularidade de que um ano é diferente do outro. Em 2022, a cada quatro meses mudava totalmente o mercado de consumo e os preços. Esperamos pelo menos uma menor volatilidade em 2023 - diz Palharini.

Do lado do produtor, a pressão dos custos é a preocupação que se mantém. Com a qualidade dos grãos de silagem prejudicada, o produtor se vê obrigado a suplementar a ração para que os animais não passem fome. E isso tudo tem um preço, lembra o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang.

Na última semana, Tang percorreu propriedades de diversas regiões do Estado, principalmente no Noroeste, onde se concentra a maior parte da produção leiteira gaúcha, para ver de perto a situação dos produtores. Dentre os que plantam milho, a condição das lavouras é de plantas bastante prejudicadas. Muitos estão apostando no azevém e no trigo para a alimentação das vacas. O cereal de inverno, aliás, tem substituído o milho como alternativa.

- Os prejuízos provocados por uma estiagem infelizmente não se resolvem assim que começa a chover. Vi lavouras onde você precisa procurar a espiga e depois que achar uma espiga, tem que procurar se tem grão. Isso significa uma silagem de péssima qualidade que se precisa suplementar - relata o presidente da Gadolando, atentando para os custos.

Embora o preço de referência do leite venha mostrando tendência de queda (previsto para R$ 2,1592 o litro em janeiro, valor 1,9% menor que o consolidado em dezembro), Tang diz que os produtores têm sido informados sobre reajuste para cima no preço pago pela indústria.

- Isso vai nos ajudar. Hoje, o custo para produzir está perto de R$ 2,50 - diz o presidente, que não acredita em "exorbitâncias" de preço ao consumidor este ano.

Historicamente, o leite tende a estar mais barato nas gôndolas dos supermercados durante o verão. A partir de maio, o preço começa a subir com o aumento do consumo nos meses mais frios.

Para o secretário-executivo do Sindilat, o nível de consumo é outro ponto de atenção. As classes que mais consomem leite são as que mais têm problema de renda. A expectativa é de que o pagamento de auxílios sociais, como o Bolsa Família, melhore a demanda pela bebida nos próximos meses.

- Acredito que não se repetem os aumentos do ano passado, que foram pontuais e pegaram até o mercado de surpresa. Claro que vai ser quase impossível não haver algum repasse de valores, mas não naqueles patamares - projeta Palharini. (Zero Hora)


Avanço nos preços: falta de oferta ou excesso de demanda?

Vamos inicialmente à lei da oferta e da procura: se há excesso de um bem e/ou falta de demanda por este, o preço tende a diminuir. Caso exista falta de um bem e/ou muita procura pelo mesmo, o preço tende a subir.

Pois bem: o que estamos observando no setor lácteo neste início de 2023? Uma nova onda de avanço nos preços do leite e seus derivados... podemos concluir, então, que estamos diante da escassez do produto e/ou de muita procura por parte dos consumidores, certo?

Não exatamente! O avanço na rentabilidade da produção observado no segundo semestre de 2022, além da aceleração nos volumes importados — fator que deve permanecer presente nestes primeiros meses de 2023, visto a competitividade do produto estrangeiro neste momento —, nos sugerem aumento da disponibilidade de leite.

Seria o consumo, então, o fator predominante para o aumento dos preços dos lácteos nestas primeiras semanas de 2023? Mais do que isso, olhando para frente: com a manutenção da perspectiva de maior disponibilidade de leite, o consumo dará sustentação ao patamar mais elevado de preços? O que o consumidor deseja das categorias de lácteos hoje?

Estas são algumas das perguntas que serão respondidas na edição de março do Fórum MilkPoint Mercado, por Mário Ruggiero, diretor da Scanntech. Mário será o responsável pela palestra “Como começamos 2023 em relação ao consumo de lácteos?”, em nosso bloco sobre Cenários de Mercado.

A 14ª edição de nosso evento acontece no dia 22 de março, em Campinas. Caso não possa estar presente neste dia, não se preocupe: o evento será híbrido, podendo também ser acompanhado online. 

Em parceria com o portal de notícias Milkpoint, os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) terão direito a desconto na inscrição para participar do 14º Fórum MilkPoint Mercado. No primeiro lote, com vendas até 17 de fevereiro, o bônus é de 5% sobre R$ 600. Para os demais, será de 10%, sendo que o ingresso no segundo lote custa R$ 700 e no terceiro, R$ 800. INSCREVA-SE COM DESCONTO CLICANDO AQUI. (As informações são do Milkpoint e do Sindilat/RS) 

"Governo começou radicalizado, ideologizado (contra o agro)"

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), dona da maior bancada do Congresso, articula-se para anular série de mudanças promovidas pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva em seu primeiro mês de mandato. O novo presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), que assume o comando da frente hoje, para mandato de dois anos, diz que Lula deu início a um governo "radicalizado e ideologizado" contra o setor e que já tem emendas parlamentares prontas para derrubar atos do presidente que, segundo ele, "esvaziaram" o Ministério da Agricultura.

Quais serão suas primeiras medidas na FPA?
Vamos agir imediatamente para reverter atos do governo Lula, que promoveram o completo esvaziamento do Ministério da Agricultura. Tiraram o Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural da pasta e transferiram para o Ministério do Meio Ambiente. O ministério também perdeu a Companhia Nacional de Abastecimento e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária para o Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar. Isso acabou com a possibilidade de planejamento de longo prazo. É um absurdo gigantesco.

Por quê?
Porque esses ministérios estão enviesados, ideologicamente, em vez de terem posição técnica. Para além da questão ideológica, essa nova composição da Esplanada é o que tem nos preocupado bastante, porque traz enfraquecimento claro e real ao Ministério da Agricultura. Por isso, já estamos tomando medidas.

Quais medidas?
Temos emendas parlamentares prontas para derrubar (decisões) que foram feitas por meio de medida provisória. E se algo foi feito por meio de decreto, vamos apresentar projeto de lei para derrubar.

Qual a avaliação sobre a atuação do ministro Carlos Favaro?
Vejo boa vontade do ministro, a quem tenho apreço e reconheço a capacidade, mas há uma questão ideológica no governo. Hoje, não consegue nem fazer o Plano Safra. A gente precisa garantir que o agro tenha o espaço de direito que representa, um ministério para tratar do setor que responde por um terço dos empregos e da renda. É um absurdo ter de lidar com um esvaziamento desses, perdendo funções para esse Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Por que isso é ruim?
Essa é uma das situações que geram mais preocupação, porque é uma pasta estritamente ideológica, criada com esse objetivo, e ninguém esconde isso. Basta ver quem é o ministro (Paulo Teixeira), um dos mais radicalizados do PT, que já deixou clara qual é sua intenção. Ele disse numa entrevista que a titulação dos assentamentos que fizemos nos últimos anos tem a validade de um papel de pão, que não tem valor jurídico. O que a gente vê, infelizmente, é a tentativa de desmontar o trabalho que foi feito no setor, mas alivia um pouco a situação o fato de Carlos Favaro conhecer o setor, legitimar as nossas demandas.

A bancada do agro será a principal oposição ao governo Lula no Congresso?
Vamos fazer oposição sempre que tiver algum prejuízo para o setor. É óbvio que não posso ser irresponsável e dizer que não iremos apoiar medidas positivas para o setor. Ideologicamente, 90% da bancada é contrária o governo.

Há sinais para isso?
O governo começou muito radicalizado, ideologizado. Tenho dito para as pessoas se acalmarem: o pessoal dos sindicatos rurais, as cooperativas, porque o jogo ainda não começou. Hoje, o governo está surfando sozinho, mas vejo, pelo perfil das bancadas que foram eleitas, tanto na Câmara quanto no Senado, que o governo não vai ter vida fácil.

O agro financiou os atos golpistas de 8 de janeiro?
Isso é guerra de narrativas, do mesmo jeito que, na campanha, fomos chamados de fascistas, de patinho feio, culpados de destruirmos tudo, de sermos o "lobo mau" da sociedade brasileira. O que aconteceu em Brasília não é a representação da direita brasileira. (Zero Hora) 


Jogo Rápido 

PREVISÃO METEOROLÓGICA (02 A 08 DE FEVEREIRO DE 2023)
De 6 a 8 de fevereiro, o tempo deve ser seco e firme em praticamente todo o Estado. Nesta segunda semana do mês, há pequena chance de chuvas rápidas apenas na costa por causa da circulação da brisa marítima. O boletim também aborda a situação das culturas de soja, milho, arroz, feijão e pastagens, além das criações de bovinos e ovinos. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)