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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 18 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.349


A aquisição de leite, no 4° trimestre de 2024, foi de 6,79 bilhões de litros

Acréscimo é de 4,6% em relação ao 4° trimestre de 2023, e aumento de 6,7% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.No 4º trimestre de 2024, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 6,79 bilhões de litros, acréscimo de 4,6% em relação ao 4° trimestre de 2023, e aumento de 6,7% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. Trata-se da maior aquisição de leite nesses estabelecimentos nos últimos quatro anos, performando a segunda maior aquisição da série histórica, superada apenas pela ocorrida no quarto trimestre de 2020. No Gráfico I.12 é possível perceber um comportamento cíclico no setor leiteiro, em que os 4 os trimestres regularmente apresentam pico de produção em relação aos trimestres anteriores, impulsionado pelo período de safra em algumas das principais bacias leiteiras do País. O mês de maior captação dentro do período foi dezembro, no qual foram contabilizados 2,34 bilhões de litros de leite.

No comparativo do 4º trimestre de 2024 com o mesmo período em 2023, o acréscimo de 295,7 milhões de litros de leite captados, em nível nacional, é proveniente de aumento de produção registrado em 12 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. Em nível de Unidades da Federação, os acréscimos mais relevantes ocorreram em Paraná (+121,25 milhões de litros), Minas Gerais (+98,64 milhões de litros) e Santa Catarina (+43,29 milhões 27 de litros). Em compensação, as reduções mais significativas ocorreram em Rondônia (-19,15 milhões de litros), Goiás (-12,19 milhões de litros) e Espírito Santo (-11,92 milhões de litros).  Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 25,2% da captação nacional, seguido por Paraná (15,9%) e Santa Catarina (12,8%) (Gráfico I.13).

O preço médio do litro de leite cru pago ao produtor, no 4º trimestre de 2024, foi de R$ 2,76, valor 31,4% acima do praticado no trimestre equivalente do ano anterior. Em comparação ao preço médio auferido no 3° trimestre de 2024, houve decréscimo de 1,4%. (Gráfico I.14)

Segundo o IPCA, o item Leite e derivados teve aumento de 10,37% no acumulado de janeiro a dezembro de 2024, superior ao Índice geral da inflação de +4,83% no mesmo período. Dos oito subitens desta lista, as maiores variações no período foram verificadas no Leite longa vida (+18,83%), Leite em pó (+9,26%) e Leite condensado (+8,46%). (Gráfico I.15).

A maior parte da captação de leite pelos laticínios brasileiros foi realizada por estabelecimentos de grande porte, que receberam mais de 150 mil litros de leite/dia (6,4% do total de estabelecimentos) e foram responsáveis por 68,2% do volume de leite cru captado no 4º trimestre de 2024 (Tabela I.13).

No 4º trimestre de 2024, participaram da Pesquisa Trimestral do Leite 1 927 estabelecimentos, 678 (35,2%) registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), 830 (43,1%) nos Serviços de Inspeção Estadual (SIE) e 419 (21,7 %) nos Serviços de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 88,3%, 10,5% e 1,2% do total de leite captado. O Estado do Amapá foi a única Unidade da Federação a não participar da Pesquisa, por não apresentar estabelecimento elegível ao universo investigado. 

(Fonte Indicadores IBGE: Estatística da Produção Pecuária - Aquisição de Leite, editado pelo Sindilat)


Inteligência artificial na produção leiteira

Universidade de Passo Fundo prepara-se para desenvolver pesquisa inédita no Rio Grande do Sul, a qual pretende monitorar a saúde animal a partir do uso de algoritmos e tecnologias que analisem amostras do leite

No campo, cada detalhe faz a diferença para reduzir as perdas, aumentar a produtividade e a rentabilidade. Com olhar voltado para o futuro, a Universidade de Passo Fundo (UPF) prepara-se para utilizar a inteligência artificial como ferramenta estratégica em uma pesquisa inovadora. A iniciativa pioneira da universidade no Rio Grande do Sul foi contemplada com R$ 2 milhões em recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para a montagem do laboratório multidisciplinar que vai utilizar algoritmos combinados com tecnologia para diagnósticos antecipados da saúde das vacas, por meio da coleta de amostras de leite.

O coordenador do curso de Medicina Veterinária da UPF, professor Carlos Bondan, lidera o projeto de pesquisa e explica que o leite é um fluido orgânico, a exemplo do sangue que é utilizado para apurar doenças através da análise de laboratório.

“Vamos analisar inclusive parâmetros que não são muito frequentes e solicitações por parte dos produtores”, adianta, acrescentando que as novas avaliações têm potencial de identificar problemas nas fêmeas leiteiras, principalmente aqueles relacionados ao metabolismo e, às condições nutricionais, além das doenças infecciosas.

“É um primeiro passo desafiador. Porque vamos precisar de amostras individuais por vaca e atualmente o controle leiteiro no Brasil não é realizado de uma forma tão intensa e corriqueira como em outros países”, explica Bondan. Segundo ele, isso já é comum no Canadá, Estados Unidos e alguns países da Europa. “Na Holanda, uma vez por mês, os produtores coletam o leite das vacas em ordenha para esse tipo de análise, tendo informações individuais de cada exemplar. Então consegue-se, por vezes, até antever um problema sanitário prestes a ocorrer”, sublinhou.

Com o projeto, o coordenador do curso de Medicina Veterinária da UPF antecipa que se quer ir além, inclusive, com um prognóstico de uma doença subclínica nas fêmeas em virtude de indicadores já existentes. “A intenção é mostrarmos problemas que irão resultar em perdas. Seja de bem-estar, produtiva ou de qualidade do leite”, explica. Bondan, ressalta que as variações do clima e do solo em que o alimento foi cultivado (para as vacas leiteiras) são alterações que também podem trazer comprometimentos para a produtividade, a qualidade e a saúde dos animais. “Por isso, criaremos um banco de dados onde iniciaremos com as mais diferentes informações. É aí que entra a inteligência artificial, avaliando estatisticamente um problema que vamos determinar”, detalha.

De acordo com Bondan, o objetivo final do projeto é bem audacioso se a cadeia láctea se somar a ideia, que é fazer com que o Rio Grande do Sul seja positivamente diferenciado no setor. “Tornar o nosso leite conhecido como o melhor em termos de qualidade, produção e rentabilidade do Brasil”, afirmou. Para isso, a intenção é criar uma ferramenta em que todos os atores do sistema produtivo gaúcho possam ter acesso, tanto o produtor, quanto os técnicos e a indústria.

Nessa direção, o professor Carlos Bondan adianta que será criada uma inteligência artificial específica para o projeto. “Não compraremos nenhum software ou metodologia. Serão desenvolvidos única e exclusivamente pela Universidade de Passo Fundo”, garante.

Bondan detalha que as equipes de trabalho já estão formadas e que a iniciativa aguarda apenas a licitação para a aquisição de equipamentos de alto valor. “O projeto em si tem um orçamento de R$ 5 milhões, mas com os recursos que obtivemos com a Finep já conseguiremos iniciá-lo”, pontuou.

O coordenador do curso de Medicina Veterinária da UPF antecipa ainda que a expectativa é de que as primeiras conclusões e resultados do projeto sejam apurados no período de dois a cinco anos.

“Vai depender muito da aderência da cadeia láctea porque eu não consigo produzir informação se não tenho dados, análise de leite. E não é avaliação do tanque refrigerador do leite, embora esse também seja importante, mas não mais do que as análises individuais”, sublinhou.

Bondan destaca que quanto mais propriedades leiteiras participarem mais robusto será o banco de dados e mais assertiva será a inteligência artificial. “Precisaremos de rebanhos distribuídos em diversas regiões do Rio Grande do Sul. Existem muitas diferenças edafoclimáticas (de clima e solo) que compreendem desde a temperatura, o índice pluviométrico, o solo, as plantas. As condições particulares de uma determinada região ou microrregião influenciam o leite”, explica.

O professor acredita que o conjunto de informações do banco de dados e suas correlações poderá auxiliar na tomada de decisões do produtor rural para entregar um leite ainda melhor. “Temos uma preocupação muito grande com o setor produtivo do leite. Entendemos que é muito importante para as economias locais e do Estado do Rio Grande do Sul”, conclui. Bondan chamou atenção para o fato de o alimento gaúcho possuir qualidade e sua produção seguir uma série de legislações rígidas, estabelecidas por órgãos federais, estaduais e municipais. “Queremos torná-lo ainda melhor. Tudo evolui e o produtor não pode ficar obsoleto no uso de tecnologia pois isso pode refletir diretamente na sua receita e ganho”, finaliza. (Correio do Povo)

Fórum MilkPoint Mercado: É AMANHÃ! Confira a programação completa

Acontece amanhã, em Campinas, a 17ª edição do Fórum MilkPoint Mercado. Confira a programação completa e participe!

O Fórum MilkPoint Mercado 2025 está chegando. A sua 17ª edição acontece amanhã, 18 de março, em Campinas/SP.

No evento, vamos discutir os principais desafios e oportunidades para a indústria láctea em 2025, trazendo insights estratégicos sobre temas essenciais. Confira a programação completa:

Bloco 1 - Cenários de Mercado
Abertura do Painel - Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios da MilkPoint Ventures

Cenário do consumo de lácteos: como fechamos 2024 e como começamos 2025 - André Penariol, CEO da BU Rock Conecta

Cenário econômico e possíveis impactos do novo governo americano no mercado lácteo no mundo - Glauco Carvalho, Pesquisador da Embrapa

Do Campo ao Mercado: Sustentabilidade, Gestão Financeira e Logística no Setor Lácteo - Ben French, Diretor Associado do Programa de Suprimentos Sustentáveis VIVE na Czarnikow e Tom Soutter, Trader Sênior na Czarnikow

Tendências do Mercado Lácteo no Mercosul para 2025 - Andres Padilla, Industry Specialist na Rabobank Brasil

Proteção de preços de milho e soja: o que já poderíamos ter feito e o que ainda podemos fazer olhando o cenário para 2025? - Alberto Pessina, Fundador e CEO da Agromove

Cenários para o mercado lácteo - Matheus Napolitano, Analista de Mercado na MilkPoint Ventures

O futuro da produção de leite no Brasil - Marcelo Pereira de Carvalho, CEO da MilkPoint Ventures

Perguntas e Debate

Bloco 2 - Gestão de Custos e Eficiência Operacional na Cadeia Láctea

Logística compartilhada na distribuição de produtos lácteos: oportunidades e limitações do mercado brasileiro - Graciela Civolani, Diretora de Suply Chain na Danone

Gargalos e Oportunidades nos custos da cadeia de abastecimento de leite de produtores - Juliana Santiago, Consultora de Projetos da MilkPoint Ventures e Luana Chiminasso, Consultora de Projetos Jr. da MilkPoint Ventures

Uso de Instrumentos FOSS para otimização dos processos lácteos adicionando valor a cadeia - Priscila Tortelli, Diretora Geral da FOSS no Brasil

Perguntas e Debate

Milk break

Oportunidades na precificação do leite matéria-prima - onde estamos/dificuldades/oportunidades - Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios da MilkPoint Ventures

Desbloqueando a Performance por meio da Digitalização da Cadeia de Suprimentos - Fede Lang, Head of Customer Success, MADCAP

Perguntas e Debate

Mesa Redonda: Sistemas de remuneração do leite: para qual direção caminha a indústria?
Armindo José Soares Neto, Diretor Executivo de Captação na Alvoar Lácteos
Edney Murillo Secco, Diretor de Compra de Lácteos no Grupo Piracanjuba
Rafael Junqueira, Diretor de Captação de Leite - Lactalis do Brasil e Uruguai
Ricardo Rodrigues, Diretor Compras de Leite & Agropecuária na Scala
Roberto Victor Hegg, Diretor de Supply Chain na Tirolez

Encerramento e Queijos & Vinhos

Estes e outros temas serão abordados por especialistas do setor, reunindo os principais players da cadeia láctea para um dia de muito conhecimento e networking.

Se não puder estar presencialmente, você ainda tem a chance de acompanhar todas as análises estratégicas e debates do Fórum MilkPoint Mercado na modalidade online, com transmissão ao vivo e acesso às gravações por 30 dias.

Se você ainda não garantiu sua participação, essa é a sua última chance! Acesse o site oficial do evento e inscreva-se agora. Não fique de fora do debate que definirá os rumos do mercado lácteo! Associados do Sindilat garantem 10% de desconto clicando aqui.

Milkpoint


Jogo Rápido

MILHO/CEPEA: Estoques baixos e demanda aquecida sustentam alta de preços
Os preços do milho seguem em alta na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Dados da Conab indicam que os estoques iniciais da temporada 2024/25 são de apenas 2,04 milhões de toneladas, inferior às 2,1 milhões de toneladas apontadas em fevereiro/25. Os preços do milho seguem em alta na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, o impulso vem da combinação de estoques baixos com a demanda aquecida pelo cereal. No encerramento da semana passada, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) se aproximava dos R$ 90/saca de 60 kg, patamar nominal verificado pela última vez em abril de 2022. Dados da Conab indicam que os estoques iniciais da temporada 2024/25 são de apenas 2,04 milhões de toneladas, inferior às 2,1 milhões de toneladas apontadas em fevereiro/25 e bem abaixo das 7,2 milhões de toneladas da safra 2023/24. O atual estoque representa apenas 2,4% do consumo anual do milho pelo mercado interno, estimado pela Conab em 86,97 milhões de toneladas em 2024/25. (Terra Viva)


 
 
 

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Porto Alegre, 17 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.348


Live sobre a Plataforma SDA Digital trará novidades para registro de estabelecimentos sob SIF

O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), vinculado à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), promoverá no dia 25 de março de 2025, às 09h30, uma live especial para apresentar a Plataforma SDA Digital e suas novas funcionalidades para o registro de estabelecimentos sob o Serviço de Inspeção Federal (SIF).

O evento será transmitido pelo Canal da Enagro no YouTube (acesse aqui) e contará com a presença de Carla Bueno (DIREC/DIPOA) e Paulo Groba (CSG/DIPOA), que abordarão as principais novidades do sistema, facilitando o entendimento e a adesão dos usuários ao novo formato digital.

O que esperar da live?

● Apresentação das novas funcionalidades da Plataforma SDA Digital.

● Esclarecimento de dúvidas sobre o uso da ferramenta.

● Sessão interativa de perguntas e respostas com os especialistas.

Os interessados em enviar perguntas previamente podem acessar o formulário oficial por meio do link: https://forms.office.com/r/msJVyv6DvR.

Recursos e materiais adicionais:

Para aqueles que desejam se aprofundar no tema, estão disponíveis os seguintes materiais:

● Informações gerais sobre o Registro de Estabelecimentos - SIF ou ER: Clique aqui

● Manual da Plataforma SDA Digital: Acesse aqui

● Acesso à Plataforma SDA Digital: https://sdadigital.agricultura.gov.br/sda/home

A iniciativa reforça o compromisso do MAPA com a modernização dos processos e a digitalização dos serviços, promovendo maior agilidade e transparência no registro de estabelecimentos sob inspeção federal.

Não perca! Anote na agenda: 25 de março, às 09h30, no Canal da Enagro no YouTube.
 
Sindilat com informações do MAPA

Inteligência artificial na produção leiteira

Universidade de Passo Fundo prepara-se para desenvolver pesquisa inédita no Rio Grande do Sul, a qual pretende monitorar a saúde animal a partir do uso de algoritmos e tecnologias que analisem amostras do leite

No campo, cada detalhe faz a diferença para reduzir as perdas, aumentar a produtividade e a rentabilidade. Com olhar voltado para o futuro, a Universidade de Passo Fundo (UPF) prepara-se para utilizar a inteligência artificial como ferramenta estratégica em uma pesquisa inovadora. A iniciativa pioneira da universidade no Rio Grande do Sul foi contemplada com R$ 2 milhões em recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para a montagem do laboratório multidisciplinar que vai utilizar algoritmos combinados com tecnologia para diagnósticos antecipados da saúde das vacas, por meio da coleta de amostras de leite.

O coordenador do curso de Medicina Veterinária da UPF, professor Carlos Bondan, lidera o projeto de pesquisa e explica que o leite é um fluido orgânico, a exemplo do sangue que é utilizado para apurar doenças através da análise de laboratório.

“Vamos analisar inclusive parâmetros que não são muito frequentes e solicitações por parte dos produtores”, adianta, acrescentando que as novas avaliações têm potencial de identificar problemas nas fêmeas leiteiras, principalmente aqueles relacionados ao metabolismo e, às condições nutricionais, além das doenças infecciosas.

“É um primeiro passo desafiador. Porque vamos precisar de amostras individuais por vaca e atualmente o controle leiteiro no Brasil não é realizado de uma forma tão intensa e corriqueira como em outros países”, explica Bondan. Segundo ele, isso já é comum no Canadá, Estados Unidos e alguns países da Europa. “Na Holanda, uma vez por mês, os produtores coletam o leite das vacas em ordenha para esse tipo de análise, tendo informações individuais de cada exemplar. Então consegue-se, por vezes, até antever um problema sanitário prestes a ocorrer”, sublinhou.

Com o projeto, o coordenador do curso de Medicina Veterinária da UPF antecipa que se quer ir além, inclusive, com um prognóstico de uma doença subclínica nas fêmeas em virtude de indicadores já existentes. “A intenção é mostrarmos problemas que irão resultar em perdas. Seja de bem-estar, produtiva ou de qualidade do leite”, explica. Bondan, ressalta que as variações do clima e do solo em que o alimento foi cultivado (para as vacas leiteiras) são alterações que também podem trazer comprometimentos para a produtividade, a qualidade e a saúde dos animais. “Por isso, criaremos um banco de dados onde iniciaremos com as mais diferentes informações. É aí que entra a inteligência artificial, avaliando estatisticamente um problema que vamos determinar”, detalha.

De acordo com Bondan, o objetivo final do projeto é bem audacioso se a cadeia láctea se somar a ideia, que é fazer com que o Rio Grande do Sul seja positivamente diferenciado no setor. “Tornar o nosso leite conhecido como o melhor em termos de qualidade, produção e rentabilidade do Brasil”, afirmou. Para isso, a intenção é criar uma ferramenta em que todos os atores do sistema produtivo gaúcho possam ter acesso, tanto o produtor, quanto os técnicos e a indústria.

Nessa direção, o professor Carlos Bondan adianta que será criada uma inteligência artificial específica para o projeto. “Não compraremos nenhum software ou metodologia. Serão desenvolvidos única e exclusivamente pela Universidade de Passo Fundo”, garante.

Bondan detalha que as equipes de trabalho já estão formadas e que a iniciativa aguarda apenas a licitação para a aquisição de equipamentos de alto valor. “O projeto em si tem um orçamento de R$ 5 milhões, mas com os recursos que obtivemos com a Finep já conseguiremos iniciá-lo”, pontuou.

O coordenador do curso de Medicina Veterinária da UPF antecipa ainda que a expectativa é de que as primeiras conclusões e resultados do projeto sejam apurados no período de dois a cinco anos.

“Vai depender muito da aderência da cadeia láctea porque eu não consigo produzir informação se não tenho dados, análise de leite. E não é avaliação do tanque refrigerador do leite, embora esse também seja importante, mas não mais do que as análises individuais”, sublinhou.

Bondan destaca que quanto mais propriedades leiteiras participarem mais robusto será o banco de dados e mais assertiva será a inteligência artificial. “Precisaremos de rebanhos distribuídos em diversas regiões do Rio Grande do Sul. Existem muitas diferenças edafoclimáticas (de clima e solo) que compreendem desde a temperatura, o índice pluviométrico, o solo, as plantas. As condições particulares de uma determinada região ou microrregião influenciam o leite”, explica.

O professor acredita que o conjunto de informações do banco de dados e suas correlações poderá auxiliar na tomada de decisões do produtor rural para entregar um leite ainda melhor. “Temos uma preocupação muito grande com o setor produtivo do leite. Entendemos que é muito importante para as economias locais e do Estado do Rio Grande do Sul”, conclui. Bondan chamou atenção para o fato de o alimento gaúcho possuir qualidade e sua produção seguir uma série de legislações rígidas, estabelecidas por órgãos federais, estaduais e municipais. “Queremos torná-lo ainda melhor. Tudo evolui e o produtor não pode ficar obsoleto no uso de tecnologia pois isso pode refletir diretamente na sua receita e ganho”, finaliza. (Correio do Povo)

Fórum MilkPoint Mercado: É AMANHÃ! Confira a programação completa

Acontece amanhã, em Campinas, a 17ª edição do Fórum MilkPoint Mercado. Confira a programação completa e participe!

O Fórum MilkPoint Mercado 2025 está chegando. A sua 17ª edição acontece amanhã, 18 de março, em Campinas/SP.

No evento, vamos discutir os principais desafios e oportunidades para a indústria láctea em 2025, trazendo insights estratégicos sobre temas essenciais. Confira a programação completa:

Bloco 1 - Cenários de Mercado
Abertura do Painel - Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios da MilkPoint Ventures

Cenário do consumo de lácteos: como fechamos 2024 e como começamos 2025 - André Penariol, CEO da BU Rock Conecta

Cenário econômico e possíveis impactos do novo governo americano no mercado lácteo no mundo - Glauco Carvalho, Pesquisador da Embrapa

Do Campo ao Mercado: Sustentabilidade, Gestão Financeira e Logística no Setor Lácteo - Ben French, Diretor Associado do Programa de Suprimentos Sustentáveis VIVE na Czarnikow e Tom Soutter, Trader Sênior na Czarnikow

Tendências do Mercado Lácteo no Mercosul para 2025 - Andres Padilla, Industry Specialist na Rabobank Brasil

Proteção de preços de milho e soja: o que já poderíamos ter feito e o que ainda podemos fazer olhando o cenário para 2025? - Alberto Pessina, Fundador e CEO da Agromove

Cenários para o mercado lácteo - Matheus Napolitano, Analista de Mercado na MilkPoint Ventures

O futuro da produção de leite no Brasil - Marcelo Pereira de Carvalho, CEO da MilkPoint Ventures

Perguntas e Debate

Bloco 2 - Gestão de Custos e Eficiência Operacional na Cadeia Láctea

Logística compartilhada na distribuição de produtos lácteos: oportunidades e limitações do mercado brasileiro - Graciela Civolani, Diretora de Suply Chain na Danone

Gargalos e Oportunidades nos custos da cadeia de abastecimento de leite de produtores - Juliana Santiago, Consultora de Projetos da MilkPoint Ventures e Luana Chiminasso, Consultora de Projetos Jr. da MilkPoint Ventures

Uso de Instrumentos FOSS para otimização dos processos lácteos adicionando valor a cadeia - Priscila Tortelli, Diretora Geral da FOSS no Brasil

Perguntas e Debate

Milk break

Oportunidades na precificação do leite matéria-prima - onde estamos/dificuldades/oportunidades - Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios da MilkPoint Ventures

Desbloqueando a Performance por meio da Digitalização da Cadeia de Suprimentos - Fede Lang, Head of Customer Success, MADCAP

Perguntas e Debate

Mesa Redonda: Sistemas de remuneração do leite: para qual direção caminha a indústria?
Armindo José Soares Neto, Diretor Executivo de Captação na Alvoar Lácteos
Edney Murillo Secco, Diretor de Compra de Lácteos no Grupo Piracanjuba
Rafael Junqueira, Diretor de Captação de Leite - Lactalis do Brasil e Uruguai
Ricardo Rodrigues, Diretor Compras de Leite & Agropecuária na Scala
Roberto Victor Hegg, Diretor de Supply Chain na Tirolez

Encerramento e Queijos & Vinhos

Estes e outros temas serão abordados por especialistas do setor, reunindo os principais players da cadeia láctea para um dia de muito conhecimento e networking.

Se não puder estar presencialmente, você ainda tem a chance de acompanhar todas as análises estratégicas e debates do Fórum MilkPoint Mercado na modalidade online, com transmissão ao vivo e acesso às gravações por 30 dias.

Se você ainda não garantiu sua participação, essa é a sua última chance! Acesse o site oficial do evento e inscreva-se agora. Não fique de fora do debate que definirá os rumos do mercado lácteo! Associados do Sindilat garantem 10% de desconto clicando aqui.

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Jogo Rápido

Mudança de gestão na superintendência do Rio Grande do Sul
O advogado Glauto Lisboa Melo Júnior tomou posse, nesta sexta-feira (14), no cargo de superintendente regional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no Rio Grande do Sul. Glauto Lisboa é funcionário da Conab desde 2008 e já foi assistente da Superintendência Regional e superintendente Regional da Companhia no estado. (Conab)


 
 
 

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Porto Alegre, 14 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.347


Como melhorar o ambiente das vacas?

Pesquisadores da Universidade de Nottingham destacam a importância do enriquecimento ambiental para um manejo mais estimulante e saudável para os animais. Confira!Compreender o comportamento das vacas leiteiras tem sido um tema de destaque na pesquisa em ciência leiteira nas últimas décadas. Em uma edição especial do JDS Communications dedicada ao comportamento dos animais leiteiros, um novo estudo destaca a importância do enriquecimento ambiental para melhorar o bem-estar das vacas mantidas em confinamento.Pesquisadores da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, descobriram que a introdução de um objeto novo e simples no ambiente das vacas pode reduzir significativamente comportamentos associados ao tédio, tornar o ambiente mais envolvente e ajudar a comunidade científica a compreender melhor os efeitos do confinamento no comportamento animal.

Alison L. Russell, pesquisadora da School of Veterinary Medicine and Science da Universidade de Nottingham e investigadora principal do estudo, explicou: “A pesquisa tem se concentrado cada vez mais em garantir o melhor bem-estar possível para as vacas leiteiras sob nossos cuidados, especialmente aquelas mantidas em ambientes fechados. O confinamento pode ser benéfico para a saúde e o bem-estar das vacas, além de trazer vantagens para as fazendas. No entanto, também pode levar a condições monótonas que predispõem os animais ao tédio, um estado emocional negativo que devemos evitar.”

Embora estudos sobre enriquecimento ambiental tenham demonstrado resultados positivos na redução do tédio em outras espécies animais, há pouca pesquisa nessa área para vacas leiteiras confinadas.

Russell e sua equipe buscaram entender se a oferta de um objeto de enriquecimento novo, como é frequentemente feito para suínos, poderia estimular as vacas e ajudar a comunidade leiteira a compreender melhor os comportamentos associados ao tédio. O estudo envolveu 71 vacas Holandesas alojadas em baias com camas de areia e acesso a uma escova automática, ferramenta já amplamente reconhecida como uma fonte positiva de enriquecimento para bovinos.

Os pesquisadores então introduziram um novo objeto no ambiente das vacas – uma boia inflável de navegação suspensa na altura dos ombros dos animais – instalada na área de descanso dos currais por um período de três semanas.

Russell explicou: “Escolhemos a boia porque é segura, praticamente indestrutível e oferece uma oportunidade totalmente nova de interação para as vacas.”

O comportamento das vacas durante esse período foi comparado com as semanas anteriores, quando nenhum enriquecimento adicional estava presente. Os pesquisadores registraram continuamente as interações com a boia, bem como dados coletados no sistema de ordenha robotizado usado no experimento.

“Nós registramos não apenas se as vacas interagiam com a boia, mas também dois comportamentos associados ao tédio, além de comportamentos de autocuidado”, explicou Russell.

Os comportamentos associados ao tédio incluíam ficar parada sem interagir com o ambiente, um sinal de desengajamento, e recusas na ordenha automática, quando as vacas entram no robô de ordenha buscando estimulação, mesmo após já terem atingido sua produção diária ou antes do intervalo mínimo necessário entre as ordenhas, além de autocuidados, como lamber, mastigar e coçar-se.

“As vacas interagiram prontamente e repetidamente com a boia em um nível comparável ao da escova, o que sugere que a consideraram uma adição positiva ao ambiente”, disse Russell.

Os resultados do estudo também mostraram uma redução tanto no tempo ocioso quanto nas recusas de ordenha quando a boia estava disponível, sugerindo que ferramentas de enriquecimento podem tornar o confinamento mais estimulante.

Curiosamente, o estudo encontrou um aumento no comportamento de autocuidado quando o enriquecimento estava presente. Embora a literatura sobre esse tema seja contraditória, esses comportamentos podem estar ligados a mudanças nos níveis de estresse ou excitação – que podem ser tanto positivos quanto negativos.

“As vacas interagiram livremente com a boia, sugerindo que a experiência foi positiva, e não estressante. No entanto, mais pesquisas são necessárias para compreender completamente esses comportamentos, avaliar se o enriquecimento traria benefícios a longo prazo e identificar os tipos mais eficazes de enriquecimento para vacas leiteiras”, disse Russell.

O uso de enriquecimento ambiental para vacas leiteiras confinadas ainda é um campo pouco explorado e que merece mais investigação. Este estudo contribui para preencher uma lacuna importante no entendimento do comportamento das vacas e reforça a necessidade de estratégias para melhorar seu ambiente de confinamento.

“Esperamos que essas descobertas abram caminho para mais pesquisas sobre o tédio e estados emocionais negativos em vacas leiteiras confinadas – em sintonia com o crescente compromisso de oferecer experiências positivas para os animais e melhorar ainda mais seu bem-estar. Nossa meta é incentivar o desenvolvimento de estratégias de enriquecimento mais eficazes para o setor leiteiro”, concluiu Russell.

As informações são da Feedstuffs, traduzidas pela equipe MilkPoint.


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1858 de 13 de março de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

O bem-estar dos animais foi prejudicado pelas altas temperaturas, resultando em queda na produtividade. Em algumas regiões, as chuvas ajudaram a amenizar o calor e a manter as pastagens.Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção de leite em Hulha Negra ainda está estável, mas já apresenta leve queda em razão do estresse térmico e do fim do ciclo das pastagens de verão. 

A suplementação segue predominantemente com ração e feno, pois poucos produtores ensilaram o milho. 

Na Fronteira Oeste, as pastagens começam a se recuperar em função das chuvas, mas a produção de leite ainda está limitada. 

Na de Ijuí, a qualidade do leite ficou dentro dos padrões, sem exclusões pelos laticínios. O controle de ectoparasitas exigiu mais atenção, e a alimentação foi garantida com silagem e ração, evitando restrições nutricionais. 

Na de Erechim, o excesso de umidade nos estábulos favoreceu os casos de mastite e os problemas nos cascos. No mercado, o preço do leite caiu devido ao aumento da oferta nacional. 

Na de Frederico Westphalen, para mitigar os efeitos do estresse térmico causado pelo calor, os produtores têm utilizado silagem para manter a alimentação dos animais, o que pode aumentar os custos de produção.

Na de Ijuí, a produção de leite sofreu leve queda, atribuída principalmente ao calor excessivo, que afetou o bem-estar dos animais. 

Na de Passo Fundo, a expectativa é de recuperação da produtividade, impulsionada pela retomada das chuvas, pela queda nas temperaturas e pela complementação da alimentação com alimentos conservados e ajustes nas dietas com concentrados. 

Na de Pelotas, há um aumento significativo na população de moscas e carrapatos, o que pode impactar a produção. 

Na de Porto Alegre, o rebanho continua em adequada condição corporal e sanitária, e a produtividade está satisfatória, apesar do calor excessivo. O controle sanitário segue frequente, com foco em carrapatos e bernes. 

Na de Santa Maria, os produtores ainda realizaram suplementação alimentar para minimizar perdas na produção. O calor também tem impactado o bem-estar e a produtividade das vacas. 

Na de Santa Rosa, o calor intenso prejudicou a atividade leiteira, reduzindo o tempo de pastejo e aumentando casos de mastite. Já nas propriedades tecnificadas, os efeitos foram minimizados pela ventilação e aspersão. 

Na de Soledade, as altas temperaturas causaram estresse térmico no rebanho leiteiro, diminuindo a produção.

As informações são Emater, adaptadas pelo Sindilat

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 11/2025 – SEAPI 

Nos últimos sete dias o estado do Rio Grande do Sul experimentou mudanças significativas nas condições meteorológicas. A onda de calor que vinha atingindo todo o estado esteve atuante no início do período, sendo que a partir do dia 09/03 uma frente fria começou a avançar trazendo chuvas, queda de temperatura e ventos fortes, especialmente nas regiões sul e noroeste do estado (Litoral Sul, Sul, Campanha e Fronteira Oeste). 

A colheita de milho de silagem está em estágio avançado, e aproximadamente 80% da área cultivada foi ensilada. Restam 10% das lavouras em desenvolvimento vegetativo, semeadas em safrinha, e 10% entre as fases reprodutivas e o ponto ideal de corte. A produtividade média para safra 2024/2025 foi reavaliada em 36.760 kg/ha, representando redução de 6,8% nos 39.457 kg/ha estimados na ocasião do plantio. 

As altas temperaturas e a baixa umidade impactaram negativamente o crescimento das pastagens, afetando principalmente os campos nativos em solos rasos. As chuvas do período favoreceram a recuperação das forrageiras perenes de verão, mas o consumo ainda está limitado em razão do estresse térmico aos animais. Os produtores já preparam áreas para a implantação de forrageiras de inverno e trigo para pastejo, visando amenizar o vazio forrageiro.

A produção leiteira passou por dificuldades devido às altas temperaturas, que afetam o bem estar dos bovinos de leite e resultaram em queda na produtividade. Apenas após dia 09/03, às chuvas ajudaram a amenizar o calor. O controle de ectoparasitas exigiu mais atenção, e a alimentação foi garantida com silagem e ração, evitando restrições nutricionais.

A previsão para os próximos dias indica que o ciclone associado à frente fria estará em deslocamento para leste, se afastando do litoral sul do estado em direção ao oceano. Ainda são esperadas chuvas associadas a esse sistema nas regiões Sul e Litoral Sul entre os dias 13 e 14, com volumes que podem atingir de 30 a 50 mm, além da região da Campanha e porção sul do Vale do Taquari, Metropolitana e Litoral Norte com volumes menos expressivos nestes dias. Há também prognóstico de chuvas da ordem de 10 a 20 mm no extremo leste da região de Serra e Campos de Cima da Serra entre os dias 13 e 14. Para os dias 15 e 16 não há previsão de precipitação no estado. As temperaturas voltam a subir gradativamente no período, com máximas acima dos 30°C esperadas para as regiões das Missões e Alto Uruguai já nos dias 13 e 14, podendo atingir os 35°C após o dia 15. Nas demais regiões do estado as temperaturas máximas devem ultrapassar os 28°C também nos dias 15 e 16. 

A tendência para os dias subsequentes indica a manutenção de temperaturas elevadas e sem precipitação. A condição pós frontal perde força e as temperaturas seguem elevadas em todo o estado entre os dias 17 e 19 de março, especialmente nas regiões das Missões e Alto Uruguai. Na tarde do dia 19, instabilidades locais podem trazer precipitação leve para as regiões da Fronteira Oeste e Campanha.

 

As informações são da Seapi adaptadas pelo Sindilat


Jogo Rápido

Debate Correio Rural desta quinta-feira abordou produção sustentável na cadeia leiteira
O encontro foi mediado pelo jornalista Poti Silveira Campos, na Casa do Correio do Povo na Expodireto Cotrijal. Foram convidados desta edição Jair da Silva Mello, Gerente de Suprimentos de Leite da CCGL; Geomar Corassa, Gerente de Pesquisa da CCGL; Frederico Trindade, Gerente de Produção Animal da COTRISAL de Sarandi; Leandro Siede, Produtor de Leite, de Ajuricaba; Vitória Siede, Produtora de Leite, de Ajuricaba; Eduardo Condorelli, Diretor Superintendente do SENAR/RS. Assista clicando aqui.  (Correio do Povo)


 
 
 

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Porto Alegre, 13 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.346


Depois das enchentes, setor leiteiro projeta recuperação para 2025

Diferentemente da soja, a produção de leite vive um momento de boas expectativas apesar da estiagem. Com a boa safra de milho, a alimentação dos animais permite uma produção expressiva no Estado. De acordo com o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Darlan Palharini, a expectativa é que o setor registre um crescimento de 5% em relação ao ano passado, quando o RS produziu 4 bilhões de litros. Questões relacionadas à atividade foram debatidas no 20º Fórum do Leite, realizado nesta quarta-feira (12) durante a 25ª Expodireto, em Não-Me-Toque.“O momento é positivo. Estamos com estabilidade de preços e viés de alta para o produtor. Quem trabalha com grãos enfrenta dificuldades por conta da estiagem, mas, com a profissionalização no leite, estamos conseguindo superar esses desafios”, ponderou Palharini. Ele acrescenta que nem mesmo a importação tem causado efeitos tão negativos no setor, uma vez que o consumo interno também tem aumentado.
 
 

Em 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou problemas com matéria-prima e as enchentes impactaram os resultados no segundo semestre. “Temos, para este ano, uma recuperação na produção. A silagem foi boa e não faltou chuva para o milho. Podemos chegar a mais de 4,3 bilhões de litros de produção”, projetou.O gerente de produção animal da Cotrijal, Eduardo Bosse, destaca que a produção de leite tem se mostrado uma alternativa para complementar a renda dos produtores, especialmente em períodos de seca que afetam a soja e outros grãos. “É uma forma de os produtores pagarem suas contas, diversificando a produção”, afirmou.Apesar disso, tanto Bosse quanto Palharini ressaltam que a sucessão familiar e a falta de mão de obra têm prejudicado o setor. “O maior desafio é o abandono na sucessão. Muitos jovens estão deixando o campo”, disse Palharini. “Trabalhar com leite é uma atividade diária, que exige dedicação do produtor. Ainda há desafios climáticos, mas o ciclo do leite é mensal, o que proporciona maior capacidade de recuperação”, acrescentou Bosse.Uma resposta a essas dificuldades tem sido a informatização e a robotização da atividade, além do aumento da produtividade sustentável por animal, temas debatidos no fórum. “Aqui estamos vendo que uma propriedade mais produtiva minimiza as emissões de gases de efeito estufa. É fundamental que avancemos em propriedades sustentáveis”, destacou Palharini.

Aumento da eficiência nas fazendas reduz pegada de carbono
Reconhecido por sua pecuária sustentável, o Rio Grande do Sul pode avançar ainda mais na eficiência das fazendas leiteiras. Um dos palestrantes do 20º Fórum do Leite, o professor associado do Departamento de Medicina Veterinária e Ciência Animal da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, Luiz Pereira, explicou que a perda de energia em uma fazenda resulta no aumento da emissão de metano, um dos principais gases de efeito estufa. “Se aumentamos a eficiência, reduzimos a pegada de carbono”, afirmou. A pegada de carbono é a quantidade total de gases de efeito estufa, principalmente dióxido de carbono (CO₂) e metano (CH₄). Ela mede o impacto ambiental dessas emissões no aquecimento global e pode ser reduzida por meio de práticas sustentáveis, como eficiência energética, uso de fontes renováveis e manejo adequado de resíduos.

Uma das formas de alcançar esse objetivo é melhorando a eficiência alimentar, ou seja, fornecendo mais amido para os animais. Segundo um levantamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) realizado em 1.743 fazendas, apenas duas foram classificadas como de baixa pegada de carbono, enquanto a maioria se enquadrava nas categorias média ou alta.

Outros fatores que influenciam na pegada de carbono são o combustível utilizado nas fazendas e o manejo de dejetos. Além disso, a genética também contribui para o melhor desempenho dos animais. “São medidas que aumentam a produção e reduzem a intensidade das emissões”, explicou o professor.

Uma fazenda com índice abaixo de 1 é considerada de baixa pegada de carbono, enquanto aquelas acima de 2 são classificadas como de alta pegada. “As propriedades de baixo carbono precisam de investimentos. Já as de alta pegada enfrentam problemas estruturais e demandam melhor gestão do rebanho. Se não fizerem isso, é provável que o produtor desista. As que estão na faixa intermediária precisam de uma alimentação com maior teor de amido e melhoramento genético”, detalhou.

Essas fazendas com baixa emissão de gases de efeito estufa estão agregando valor aos seus produtos e encontrando mercados importantes, especialmente na Europa, onde os consumidores buscam alimentos de origem sustentável. (Jornal do Comércio)


Conseleite Minas Gerais

A diretoria do Conseleite Minas Gerais no dia 11 de Março de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:a) os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Fevereiro/2025 a ser pago em Março/2025.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 

 

Bebidas lácteas ‘Sabores Extraordinários’ da Santa Clara chegam às prateleiras

O desenvolvimento deste produto inédito aconteceu em parceria com a empresa TetraPak e demandou mais de um ano de pesquisa, para que a bebida proporcionasse esta experiência sensorial única. 

A Cooperativa Santa Clara apresenta ao mercado as bebidas lácteas “Sabores Extraordinários” em duas versões para surpreender a garotada: morango azedinho e chocolate que gela.
Mais do que sabores, são experiências únicas que só podem ser descobertas ao provar. 

Com embalagens nas cores rosa e azul, os produtos chamam a atenção do público infantil, mas conquistam paladares de todas as idades, despertando curiosidade e proporcionando uma nova sensação a cada gole.   

Esse lançamento reforça a inovação no portfólio da Cooperativa Santa Clara, atendendo uma faixa-etária mais específica, sem abrir mão de agradar diferentes públicos. Os “Sabores Extraordinários” são produzidos na unidade industrial de Casca, onde são fabricadas todas as linhas de UHT. 

O desenvolvimento deste produto inédito aconteceu em parceria com a empresa TetraPak e demandou mais de um ano de pesquisa, para que a bebida proporcionasse esta experiência sensorial única.  

Os produtos chegarão aos supermercados da região Sul e São Paulo nos próximos dias. (Coop Santa Clara)


Jogo Rápido

Faturamento com exportação de lácteos do Uruguai cresceu 39% em fevereiro
Fevereiro registrou um forte dinamismo na exportação de produtos lácteos do Uruguai, impulsionado por um maior volume comercializado (+30%) e também por uma valorização do preço médio (+9%) na comparação anual. De acordo com dados aduaneiros, os pedidos de exportação de produtos lácteos em fevereiro deste ano totalizaram cerca de 19.500 toneladas, movimentando aproximadamente US$ 72 milhões. O preço médio de exportação para todos os produtos foi de US$ 3.670 por tonelada. Em fevereiro de 2024, o Uruguai havia exportado cerca de 15 mil toneladas de produtos lácteos a um preço médio de US$ 3.370 por tonelada, totalizando cerca de US$ 52 milhões. Quanto aos destinos, a Argélia liderou as importações em fevereiro, com uma participação de 34%, seguida pelo Brasil (29%). Já os Estados Unidos completaram o pódio (algo incomum) com uma participação de 6,5% (quase US$ 5 milhões em vendas). O leite em pó integral foi o principal produto exportado em fevereiro (72%), com cerca de 13 mil toneladas embarcadas a um preço médio de US$ 3.950 por tonelada. Em janeiro, o valor médio por tonelada havia sido de US$ 3.770. A Argélia foi o principal destino do leite em pó integral, importando quase 6 mil toneladas a um preço médio de US$ 4.001 por tonelada. O Brasil recebeu cerca de 3.800 toneladas a US$ 3.790 por tonelada, enquanto os Estados Unidos importaram 950 toneladas, pagando um preço médio de US$ 4.210 por tonelada. Para 2025, projeta-se um crescimento de 5% nas exportações de produtos lácteos, alcançando um valor estimado de US$ 855 milhões, segundo o relatório do Uruguay XXI. A recuperação dos preços ao longo de 2024 tem sido um fator chave, e espera-se que eles permaneçam firmes pelo menos durante a primeira metade de 2025. As informações são do Tardáguila Agromercados, traduzidos e adaptados pela equipe MilkPoint.


 
 
 

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Porto Alegre, 12 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.345


20º Fórum Estadual do Leite destaca produção eficiente com menor pegada de carbono

Produzir mais leite, com sustentabilidade e rentabilidade são os grandes objetivos da cadeia láctea e também o foco do 20º Fórum Estadual do Leite, realizado nesta quarta-feira (12), na 25ª Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque/RS. A série de palestras reuniu representantes do setor, especialistas e produtores rurais para buscar caminhos para a produção sustentável no Sul do país, observando as lições do mercado internacional e a eficiência enquanto pilar fundamental da sustentabilidade.“O Fórum do Leite, a cada ano, nos dá uma motivação ainda maior. O leite pode ser uma atividade muito difícil e todos nós sabemos disso, mas estamos vendo uma evolução e Cotrijal está trabalhando para a profissionalização, sustentabilidade, eficiência e resiliência do nosso produtor”, ressaltou o presidente da Cotrijal, Nei César Manica, na abertura do evento.
 
O Rio Grande do Sul observa nos últimos anos uma redução no número de produtores e perde cada vez mais espaço entre os principais estados produtores do país, ocupando atualmente a quarta posição no ranking. Por isso, espaços como o Fórum do Leite são fundamentais para qualificar a produção. “Com certeza temos potencial para retomar a importância do leite para o estado e temos a consciência de que a atividade depende da rentabilidade do produtor. Se o produtor não tiver a possibilidade de ter uma remuneração justa e correta, a atividade tem dificuldades para evoluir”, afirmou Caio Vianna, presidente da CCGL.“A sustentabilidade é um caminho sem volta para a produção de leite no Rio Grande do Sul. Aliar eficiência produtiva à redução da pegada de carbono é essencial para garantir a competitividade da atividade e atender às exigências do mercado, que cada vez mais valoriza práticas ambientalmente responsáveis”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS).O Fórum Estadual do Leite é uma realização de Cotrijal e CCGL, com patrocínio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) e Sicredi, além do apoio de FecoAgro/RS, Rede Técnica Cooperativa (RTC), Sistema Ocergs e SmartCoop.

Sul do país
O Rio Grande do Sul tem grande tradição na produção de leite, com um número expressivo de produtores de pequeno porte. No entanto, esse cenário está em transformação, com uma exigência cada vez maior pelo aumento da produção. “Nós temos um processo de consolidação no campo, uma redução no número de produtores e um volume de leite maior por produtor. Esse é um processo com o qual temos que saber lidar com ele, porque vamos ter menos produtores no futuro”, avalia Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios da MilkPoint Ventures, palestrante do fórum.

Para que a produção de leite do Sul do país alcance novos patamares, Valan aponta os seguintes caminhos: “pagar mais por sólidos, ter mais sólidos no leite, ter maior competitividade no campo e na indústria - a indústria brasileira também tem que crescer em termos de tamanho”, avalia. Já para alcançar maior competitividade no campo, dois pilares são fundamentais: a redução no custo de produção e a gestão das propriedades.

Demanda
A evolução da produção de leite não pode ignorar a demanda atual por sustentabilidade no sistema produtivo. “Nós que vendemos alimentos para o consumidor final temos que atender aquilo que consumidor busca. O ponto é como fazer isso de uma maneira que seja economicamente viável para todos que estão envolvidos. Então acho que esse é o grande desafio, o grande aprendizado, mas temos que entender que veio pra ficar”, afirma a gerente de Marketing na Cargill da Europa, Maria Reis.

Nesse contexto, observar as exigências de outros mercados e as soluções encontradas podem ajudar a guiar o processo de adaptação. “O mercado brasileiro está num estágio diferente do que o europeu em termos de sustentabilidade porque lá a pressão é muito grande do governo, dos consumidores, de todos os lados, mas eu acho que entender o que está acontecendo com o outro nos ajuda a ter a mais consciência e ver como podemos adequar aquilo pra nossa realidade no futuro”, pontua Maria.

Sustentabilidade
Para alcançar a sustentabilidade na produção, primeiro é necessário avaliar o processo produtivo e mensurar diversas características, inclusive a pegada de carbono, medida de avaliação das emissões de gases do efeito estufa pela atividade. “Conhecendo qual é a pegada [de carbono] da fazenda, conseguimos ter uma base para escolher as melhores estratégias”, explica o professor adjunto Luiz Gustavo Pereira, da Universidade de Copenhague.

Partindo desse ponto, as propriedades ainda podem contribuir para regeneração ambiental e para o aumento da biodiversidade, além de reduzir o impacto ambiental, diminuindo a pegada de carbono do leite. Propriedades rurais de diferentes portes podem adotar essas estratégias, independentemente do sistema de produção. No entanto, a eficiência é o princípio básico para desenvolver a pecuária leiteira sustentável. “Para ser eficiente, primeiro tem que ter estratégia, sustentabilidade envolve a economia, o social e o meio ambiente. Então é fazer uma boa gestão, fazer o feijão com arroz e mensurar essas novas variáveis que estão no mercado e que estão sendo demandadas pelo consumidor e pelo mercado lácteo no mundo”, conclui Pereira, pesquisador Embrapa Gado de Leite.

*Por Bruna Scheifler | Assessoria de Imprensa Expodireto Cotrijal com Sindilat/RS


Hulha Negra planeja incentivos fiscais para consolidar distrito industrial

A prefeitura de Hulha Negra, na região da Campanha, pretende lançar um pacote de incentivos fiscais e disponibilizar áreas para a instalação de indústrias no município. A iniciativa faz parte de uma estratégia de fortalecimento do setor produtivo local, com foco na valorização das cadeias agrícolas e na geração de empregos, segundo o prefeito Fernando Campani (PT).Em entrevista ao Jornal do Comércio, o chefe do Executivo pontua que a criação do distrito industrial será um passo importante para a economia local. “Estamos instalando o primeiro distrito industrial do município para receber pequenas e médias indústrias”, afirma. Segundo ele, a localização do empreendimento é um diferencial para atração de investimentos. “O distrito ficará na entrada da cidade, com acesso direto à BR-293, permitindo escoamento da produção por rodovias asfaltadas até Rio Grande, além de Uruguai, Argentina e demais regiões do estado”, explica.Além da infraestrutura, o município pretende adotar políticas de incentivo fiscal. “Os tributos municipais serão facilitados e, na fase inicial, as empresas estarão isentas de impostos para viabilizar a instalação e o funcionamento das indústrias”, diz Campani. O objetivo é atrair negócios que agreguem valor à produção local, como leite, grãos e sementes.Também segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, Campani já está em contato com possíveis investidores das Federações das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e de São Paulo (Fiesp), para apresentar as oportunidades da cidade.A administração municipal também está elaborando um edital de concessão de uso de espaços públicos para instalação de restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência e lojas de produtos em geral. O primeiro espaço a ser ofertado serão as lojas da Rodoviária, destinadas a cafeterias, livrarias, tabacarias e lojas de utensílios domésticos. Até o final do ano, a prefeitura também disponibilizará quiosques de serviços gastronômicos no Ginásio de Esportes Municipal. A reforma do ginásio incluirá painéis de exploração publicitária para empresas privadas.

Na sexta-feira (7) a CCGL recebeu a licença ambiental para a operação de um posto de recebimento e concentração de leite, que deve gerar até 100 empregos diretos na cidade. “Temos uma estimativa de produção de 80 mil litros de leite por dia, o que representa uma importante movimentação econômica e social”, destaca. Ele reforça que, além do leite, outras cadeias produtivas também serão beneficiadas pelo incentivo à industrialização.

De acordo com Campani, a prefeitura também busca fortalecer parcerias com instituições de ensino e capacitação profissional. “Temos um polo de universidade aberta e estamos estabelecendo parcerias com a Unipampa, Uergs, Ufpel e Urcamp para incentivar a pesquisa e a extensão universitária no desenvolvimento de negócios”, afirma Campani. O município pretende fomentar startups e pequenos empreendimentos voltados à agroindústria e ao mercado local.

Nesta área, Hulha Negra teve, no fim de fevereiro, o início das obras do Centro de Formação Profissional Rural Campanha (CFPR), administrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) e que terá capacidade para o atendimento de até 8 mil alunos por ano. A construção deve ficar pronta no início de 2026.

Outra ação em andamento é a reestruturação de pontos de comercialização de produtos da agricultura familiar. “Vamos inaugurar uma central de comercialização na entrada do município, voltada para a oferta de produtos agroindustriais”, informa o prefeito.

A prefeitura também pretende manter o incentivo ao fornecimento de alimentos para merenda escolar. “Hulha Negra foi uma das primeiras cidades do Brasil a comprar merenda da agricultura familiar, uma iniciativa que inspirou a legislação nacional sobre o tema”, ressalta Campani. (Jornal do Comércio)

Na Expodireto, Emater/RS-Ascar lança projeto que aposta no futuro do jovem no campo

Nesta terça-feira (11/03), durante a Expodireto Cotrijal 2025, em Não Me Toque, a Emater/RS-Ascar fez o lançamento do Projeto Juventudes do Campo em Movimento. O Projeto é direcionado a jovens rurais com idades de 15 a 29 anos e inclui mulheres e homens, de diversos tipos de público presentes no meio rural, como agricultores e pecuaristas familiares, pescadores artesanais, assentados da reforma agrária e famílias de comunidades indígenas e quilombolas.

A sucessão familiar no campo representa um dos maiores desafios para a continuidade das atividades agropecuárias no Brasil e, especialmente, no RS. A Emater/RS-Ascar reconhece a necessidade de enfrentar esse desafio e desenvolve ações que valorizam a juventude rural e incentivam a sua permanência no campo, proporcionando oportunidades de geração de renda, empreendedorismo e capacitação técnica.

Conforme a extensionista rural social da Emater/RS-Ascar, Clarice Bock, o projeto surge como uma resposta abrangente a essas demandas e, por meio de experiências práticas, experimentações e troca de saberes, busca garantir não apenas a continuidade das atividades agropecuárias e não agrícolas, mas também um modelo de desenvolvimento sustentável, que respeite e valorize o contexto local. "Por isso o Programa Juventudes em Movimento é a cara da Emater", destaca Clarice. Entre as principais ações dessa iniciativa, merece destaque o Projeto Young Farmers (em tradução livre, Jovens Agricultores), primeiro intercâmbio promovido pela Emater/RS-Ascar com o apoio do Consulado do Canadá, Seymour Learning Center, PH Advisory Group e Overseas Five Educacion Inc. Essa iniciativa oportunizará a ida de 18 jovens ao Canadá, onde, por seis meses, compartilharão experiências de estudo e de trabalho na área da agricultura. Os jovens participantes embarcam no próximo dia 28 de março e, na volta, apresentarão propostas de ações a serem implementadas na unidade de produção familiar na comunidade onde vivem e ideias que possam ser aplicadas na melhoria da agricultura gaúcha.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar


Jogo Rápido

Podcast: sustentabilidade em foco na Expodireto 2025
Confira os desafios e também soluções que vêm sendo implementadas no agronegócio gaúcho. A reportagem do Correio do Povo ouviu autoridades que estiveram presentes na maior feira do agronegócio gaúcho, em Não-Me-Toque, para saber o que vem sendo implementado no estado para uma agropecuária mais sustentável. (Ouça clicando aqui)


 
 
 

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Porto Alegre, 11 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.344


É AMANHÃ: Fórum Estadual do Leite debate pegada de carbono

Com foco na discussão sobre a pegada de carbono na cadeia leiteira, a 20ª edição do Fórum Estadual do Leite será realizada no dia 12 de março com duas palestras dedicadas ao tema. A “Pegada de carbono na pecuária de leite: estágio do conhecimento e oportunidades”, será debatida por Gustavo Ribeiro, doutor e professor na Universidade de Copenhagen (Dinamarca). Já a “Visão geral do mercado de carbono na Europa”, ficará a cargo de Maria Reis, médica Veterinária e gerente de Marketing da Cargill da União Europeia.“A questão da redução das emissões de carbono dialoga, de um lado, com consumidores cada vez mais atentos e preocupados com o meio ambiente e, de outro, com a adoção das melhores práticas no campo incrementado inovações no setor leiteiro que contribuem também para a melhoria da qualidade da produção”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), Todas as atividades estarão concentradas no auditório central da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). A programação terá início às 8h30min com a abertura oficial e também contará com espaço para a discussão dos temas e também com a palestra a "Conjuntura da cadeia láctea no Sul com foco em sólidos", ministrada por Valter Galan, engenheiro Agrônomo e diretor técnico do MilkPoint Ventures em Piracicaba/SP.

 Fórum é uma realização da CCGL e Cotrijal, com patrocínio de BRDE, Sindilat/RS, Sicredi e Senar, e apoio de Sistema Ocergs, RTC, SmartCoop, FecoAgroRS e Expodireto Cotrijal. (Sindilat)


Leite anuncia medidas para enfrentamento da estiagem durante a abertura da 25ª Expodireto Cotrijal

Entre as iniciativas, serão repassados R$ 46,7 milhões, por meio do Fundo a Fundo, a municípios afetadosDurante a abertura da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, nesta segunda-feira (10/3), o governador Eduardo Leite anunciou o repasse, por meio do Fundo a Fundo, de R$ 46,7 milhões a municípios afetados por estiagem, além da publicação de dois decretos relacionados a estratégias de mitigação desse fenômeno, que possibilitarão melhorias no Sistema de Outorga de Água e estabelecerão novas regras para a segurança de barragens. Esses documentos serão publicados no Diário Oficial do Estado ainda nesta semana. 

O governador disse que a Expodireto é um espaço privilegiado para encontros do agronegócio, para a pesquisa e o desenvolvimento do setor. “Por isso, aqui precisamos disseminar as informações mais importantes sobre o momento que estamos vivendo. A superação da estiagem se dará com a proteção das nossas lavouras com irrigação. O Rio Grande do Sul tem feito nos últimos anos ajustes para desburocratizar ao máximo a emissão de licenças para sistemas de irrigação e reservação de água. E hoje fazemos mais anúncios nesta direção, além da liberação de mais recursos para os municípios que já estão vivenciando as dificuldades das estiagens para mitigar o impacto do fenômeno nestas comunidades”, afirmou Leite.  

O presidente da Cotrijal, Nei Mânica, destacou as oportunidades para os expositores e visitantes desta edição da feira. “Nossa 25ª Expodireto está como sempre voltada para a inovação no agronegócio. Oportunizamos para os produtores do Rio Grande e até do exterior que possam vir aqui buscar mais conhecimento, oportunidades de negócios e relacionamentos. Temos a certeza de que todos os setores terão muitos ganhos em geração de negócios e aumento de produtividade”, afirmou. 

No caso do Fundo a Fundo, a Defesa Civil iniciará nova rodada de transferências aos municípios. Dessa vez, os valores poderão subsidiar ações de resposta e restabelecimento nas cidades afetadas por estiagem, que estejam em situação de emergência ou estado de calamidade.

Foram estabelecidas faixas de valores disponíveis a cada cidade, de acordo com o índice populacional, sendo: R$ 250 mil para municípios com até 20 mil habitantes; R$ 300 mil para municípios entre 20.001 até 50 mil habitantes; e R$ 350 mil para municípios com mais de 50 mil habitantes.

O coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel Luciano Boeira, frisou que essa iniciativa visa apoiar os municípios que estejam sofrendo os efeitos da estiagem para que possam atender às necessidades mais urgentes dentro de seus territórios. “A celeridade na avaliação dos requerimentos e na liberação dos recursos garante que o tempo de resposta seja menor, como já fizemos com sucesso nos últimos desastres”, destacou.

As verbas podem ser empregadas em ações de resposta e de restabelecimento pelas prefeituras municipais em situação de emergência ou estado de calamidade pública.

As ações de resposta compreendem aquisição de cestas básicas, kits de higiene pessoal e coletiva, ração animal, água mineral, combustível para caminhões-pipa ou transporte de logística humanitária, contratação de soluções temporárias de acumulação de água para comunidades ou famílias isoladas (assentamentos, povos tradicionais e quilombolas), reservatórios flexíveis, locação de banheiros químicos, máquinas, caminhões-pipa, bombas d’água e geradores de energia, entre outros itens. 

As ações de restabelecimento abrangem: montagem ou reinstalação de redes de água para o abastecimento de comunidades afetadas em área rural; conserto e reparo de geradores para máquinas, como bombas d’água ou motobomba para abastecimento de água a comunidades afetadas e tratamento de poços artesianos contaminados. 

O Fundo a Fundo é um mecanismo de transferência de recursos financeiros que permite que os municípios recebam recursos diretamente do Fundo Estadual de Proteção e Defesa Civil do RS (Fundec/RS), com o objetivo de aplicá-los em áreas atingidas por desastres naturais. 

Sistema de Outorga de Água e segurança de barragens

Os dois novos decretos anunciados pelo governador abordam a gestão de recursos hídricos e a segurança de barragens. Essas ações estão sendo coordenadas pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema).  

Uso de recursos hídricos
O primeiro decreto regula o uso de recursos hídricos no Estado. A principal mudança é a previsão da automatização do processo de outorga, em determinadas situações, que permitirá a análise de projetos de açudes e barragens em menor prazo. A validade das outorgas poderá ser de até 35 anos, conforme o tipo de empreendimento. 

O decreto também cria a outorga emergencial, destinada a situações específicas, como calamidade pública por eventos meteorológicos e secas, e dispensa de outorga de empreendimentos de baixo impacto, que deverão se cadastrar apenas no Sistema de Outorga de Água (Siout-RS). Além disso, obras que visem à segurança das barragens serão dispensadas da necessidade de autorização. O corpo técnico da Sema ficará responsável pela elaboração de um manual para orientar os procedimentos.  

Segurança de barragens
O segundo decreto estabelece regras para a segurança de barragens, alinhando-se à Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). A Sema, por meio do Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento (DRHS), será responsável pela regulamentação e fiscalização de reservatórios artificiais no Estado, incluindo açudes e barragens com altura superior a 15 metros ou capacidade superior a 3 milhões de metros cúbicos. Também abrange barragens de alto risco ou com alto potencial de danos, e é aplicável às barragens de usos múltiplos, exceto aquelas destinadas ao aproveitamento hidrelétrico, que são outorgadas pelo Estado. 

O decreto institui o Programa Barragem Segura, que prevê a elaboração de um diagnóstico situacional dos reservatórios, um cronograma de implementação das novas normas e estratégias de articulação com os Comitês de Bacia e outros órgãos competentes. Para assegurar a participação da sociedade gaúcha, serão realizadas consultas públicas para a revisão periódica das regulamentações.

Irriga+RS está com edital aberto

Além dessas medidas, desde 2023, o governo vem investindo em ações com o lançamento do programa de irrigação Irriga+RS. A primeira fase, que teve edital vigente de agosto a novembro de 2023, destinava ao produtor rural uma subvenção de 20% do valor do projeto, limitado a R$ 15 mil por beneficiário. A fase dois teve início em março de 2024 e segue com edital aberto até 30 de abril de 2025 para receber projetos de irrigação. Neste edital, o teto da subvenção subiu para até R$ 100 mil por produtor. 

Até o momento, são 720 projetos de irrigação recebidos, em ambas as fases, com potencial de subvenção de R$ 25 milhões e mais 9.659 novos hectares irrigados. São projetos recebidos de 173 municípios em que os produtores investirão cerca de R$ 197 milhões em sistemas de irrigação em suas propriedades.

A 25ª edição da Expodireto Cotrijal segue até sexta-feira (14/3), das 8h às 18h.

As informações são da Seapi

Valor Bruto da Produção do agro alcançou R$ 1,41 trilhão em janeiro

Crescimento representa 11% em comparação à safra de 2024

O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária referente à safra 2025, com base em janeiro deste ano, alcançou R$ 1,41 trilhão, um aumento de 11% sobre a safra 2024 (R$ 1,27 trilhão).

Os produtos que tiveram maior aumento foram café (46,1%), mamona (40,5%), cacau (25,0%), amendoim (23,8%), milho (16,7%) e soja (13,4%). As variações negativas mais significativas foram da batata-inglesa (-61,1%), tomate (-20,0%), banana (-9%), trigo (-8,2%) e arroz (-7,2%).

Na atividade de pecuária, a bovina teve maior evolução (21,8%), seguida por aves (6,5%), suínos (4,6%) e leite (2,2%). Já os ovos tiveram redução de 5,6%, não tendo sido captado, neste período, o recente reajuste nos preços.

A atividade de lavoura, considerando as 17 culturas levantadas, teve aumento de 11,0%, e a pecuária bovina, suína, frango, leite e ovos, de 10,9%.

Quanto aos valores da produção, a soja segue tendo a maior participação, respondendo com R$ 341,5 bilhões, seguida do milho com R$ 147,0 bilhões, cana-de-açúcar com R$ 121,6 bilhões e café com R$ 116,4 bilhões. Esses quatro produtos somados representaram 51,8% do total do VBP apurado.

Na pecuária, a bovinocultura responde por R$ 206,1 bilhões, avicultura R$ 113,0 bilhões e leite R$ 69,3 bilhões, sendo que a bovinocultura representou 14,6% do total do VBP.

O fator mais relevante no resultado deste levantamento, para os seis principais produtos que tiveram aumento na participação do VBP, foi o crescimento no preço para café, cacau e milho e o aumento na produção para mamona, amendoim e soja. Na pecuária, o aumento de preço foi o fator mais relevante, exceto para ovos, cujos preços deflacionados tiveram queda de 5,6%.

O Valor Bruto da Produção é calculado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola do Mapa, representando o faturamento bruto na propriedade rural, com base na produção informada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e nos preços vigentes no período, levantados pela Conab e pelo Cepea/Esalq, deflacionados pelo IGP-DI da FGV, com base em janeiro de 2025.

As informações são do MAPA


Jogo Rápido

Preços globais dos alimentos subiram 1,6% em fevereiro, aponta a FAO
Os preços mundiais dos alimentos subiram em fevereiro, pressionados pelo aumento dos açúcares, laticínios e óleos vegetais, mostram dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O índice da entidade — que monitora os preços globais de uma cesta de alimentos básicos — teve uma média de 127,1 pontos em fevereiro, um aumento de 1,6% em relação a janeiro. O indicador ficou 8,2% acima do registrado em fevereiro de 2024 e pouco menos de 21% abaixo de sua máxima histórica, atingida em março de 2022, logo após o início da invasão russa à Ucrânia. Em fevereiro, os preços do óleo vegetal subiram 2% em relação ao mês anterior. Segundo a FAO, esse aumento reflete principalmente os preços mais altos dos óleos de palma, canela, soja e girassol. Os preços dos açúcares subiram 6,6% no mês, quebrando três meses consecutivos de declínio, embora permaneçam 15,8% mais baixos na comparação anual. “O aumento de fevereiro foi motivado por preocupações com a oferta global mais restrita, com perspectivas de produção em declínio na Índia e preocupações com o recente clima seco no Brasil, juntamente com o fortalecimento do real brasileiro em relação ao dólar americano”, disse a FAO, em relatório. Os preços dos laticínios subiram 4% na comparação mensal. Isso reflete um salto nos valores do queijo, devido à forte demanda internacional. Os preços da manteiga se recuperaram, enquanto o leite em pó desnatado registrou um aumento moderado. Os preços dos cereais subiram 0,7% no mês, de acordo com a FAO. O trigo foi responsável por grande parte da variação devido à oferta russa mais restrita e às preocupações com condições desfavoráveis de safra na Rússia, União Europeia e EUA. Enquanto isso, os preços do milho aumentaram, devido à oferta sazonal brasileira mais restrita. Os preços da carne caíram marginalmente 0,1% no mês. (Valor Econômico)


 
 
 

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Porto Alegre, 10 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.343


Expodireto Cotrijal abre nesta segunda-feira com edição que une história e tecnologia para celebrar 25 anos

Evento no norte do RS é considerado uma das principais referências para o agronegócio brasileiro, reunindo empresas do setor, produtores e visitantes

Os olhares do agronegócio brasileiro se voltam para o norte gaúcho a partir desta segunda-feira (10) com a abertura dos portões do Parque da Expodireto, em Não-Me-Toque. Com expectativa de circulação intensa de público e oportunidades de negócios, a edição deste ano celebra os 25 anos da Expodireto Cotrijal.Em diferentes espaços do parque com mais de 600 expositores, os temas da produção vegetal e animal, sustentabilidade e inovação estarão entre as discussões e atividades que integram a programação até sexta-feira (14). A abertura oficial acontece às 9h, no Auditório Central.— A Expodireto é feita não só para vender na hora, mas para mostrar o que se tem, o potencial, as tecnologias, tanto na parte de máquinas quanto também em outras áreas, na produção vegetal, produção animal, além do conhecimento nas palestras e debates. Há 25 anos, não imaginávamos que avançaríamos tanto na tecnologia para o campo, daí o papel tão importante da feira — afirma o vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder.Apesar de não projetar números para a edição, a organização trabalha com os recordes atingidos em 2024, quando a feira reuniu 377 mil visitantes e movimentou mais de R$ 7,9 bilhões em negócios.Economia e desenvolvimento
Na terça-feira (11), o destaque é o 35º Fórum Nacional da Soja, que vai abordar a influência de países como Índia e China no setor, além de prospecções para os mercados de soja e milho na safra 2024/2025. As discussões também devem girar em torno do clima, diante de um cenário de falta de chuva que impacta o Estado.

— Estamos preparados para receber nosso público mesmo em meio ao calor, com arborização e espaços de conforto. O público não ligado ao agronegócio também tem a oportunidade de participar da programação e entender a importância do setor — destacou o presidente da Cotrijal Nei Manica, em entrevista à Rádio Gaúcha.

No espaço da Emater-RS, o turismo rural ganha destaque com programação diária sobre as tendências do setor, que conquista espaço como economia alternativa e opção de lazer. Além disso, a Arena Agrodigital promete inovações e debates sobre as possibilidades da inteligência artificial no campo.

A Expodireto Cotrijal também será palco de Audiência Pública do Senado, na qual deve ser discutida a securitização de operações de crédito rural para produtores afetados por eventos climáticos extremos. O objetivo da iniciativa é renegociar as dívidas com prazos e juros compatíveis.

— Estaremos ao lado dos produtores para encontrar uma solução diante desse cenário de dificuldades. Fomentar esse debate e levá-lo adiante é de grande importância neste momento — completa Schroeder.

Pavilhão Internacional
O Pavilhão Internacional receberá representantes de 70 países e terá a maior quantidade de empresas estrangeiras expositoras na história da Expodireto Cotrijal, com destaque para a participação de empreendimentos de China, Itália, Alemanha, Índia, Polônia e Uruguai.

A grande novidade da área é a participação inédita de uma delegação da Índia, que também contará com um estande na Área Internacional da Câmara de Comércio e Indústria Indo Brasil.

O Pavilhão Internacional também sediará o 6º Seminário China/Brasil da cadeia de suprimentos da Agricultura, Pecuária e Alimentação. O auditório do International Point também terá uma série de eventos e debates, com palestrantes do Brasil e do Exterior.

Agricultura Familiar
O Pavilhão da Agricultura Familiar contará com 222 expositores, sendo 75% agroindústrias e 25% empreendimentos de artesanato. Entre os expositores, também encontram-se produtores de flores e plantas, além de comunidades indígenas.

Os visitantes poderão encontrar no pavilhão uma grande variedade de produtos, incluindo pães, geleias, sucos, salames, queijos, mel, vinhos e cachaças.

Programação
A abertura da feira está marcada para as 9h, no Auditório Central. Devem participar autoridades entidades representantes do agronegócio e delegações internacionais.

Atrações já consagradas como o Pavilhão da Agricultura Familiar, Arena Agrodigital, estações da Emater e Pavilhão Internacional também terão programações próprias, além de fóruns, debates, premiações e palestras. É possível conferir a agenda completa no portal da Expodireto. (Zero Hora)


Balança comercial de lácteos: fevereiro mantém importações em patamar elevado

O saldo da balança comercial de lácteos seguiu recuando ao longo do mês de fevereiro. Entenda como ficam as importações dos lácteos aqui!O saldo da balança comercial de lácteos seguiu recuando ao longo do mês de fevereiro. Com um total de -203,9 milhões de litros em equivalente-leite, fevereiro apresentou um recuo de 6,3 milhões de litros em relação ao mês anterior, com o avanço nas importações de lácteos ainda influenciando neste resultado.Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Em fevereiro, as exportações de lácteos somaram 6,03 milhões de litros em equivalente-leite, apresentando um importante aumento de 27,5% em relação a janeiro, mas, com uma queda ainda expressiva quando comparada a fevereiro de 2024, de -63,5%, como pode ser observado no gráfico abaixo.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

 

As importações totalizaram 209,9 milhões de litros em equivalente-leite em fevereiro, mantendo a tendência de aumento observada até o momento em 2025, com uma variação mensal de 3,7%. No comparativo com fevereiro de 2024, o crescimento foi ainda maior, em 16,5%, como mostra o gráfico 3.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Entre os principais produtos exportados, o soro de leite, que havia apresentado um aumento significativo no mês anterior, apresentou em fevereiro um recuo de 43% em suas exportações. O creme de leite também apresentou um recuo no último mês, de 33%. Enquanto, em contrapartida, outros produtos relevantes como o leite UHT (+33%) apresentaram avanços em suas exportações.

O maior destaque nas exportações ficou para o leite em pó integral, que teve um crescimento expressivo em relação a janeiro e atingiu um volume total de 200,6 toneladas exportadas, sendo o maior volume exportado da categoria dos últimos sete meses.

Para as categorias com maior participação nas importações, as movimentações observadas foram mais sutis. O leite em pó integral continuou obtendo destaque, com um crescimento mensal de 3%, totalizando 14,4 mil toneladas importadas. Já os queijos tiveram uma sutil retração de 1%, praticamente mantendo o volume importado em 4,8 mil toneladas no último mês.

Além do leite em pó integral, o leite em pó desnatado também apresentou aumento em suas importações em fevereiro, com um avanço de 11% em relação a janeiro deste ano.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de fevereiro e janeiro de 2025.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em fevereiro de 2025.

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em janeiro de 2025.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT. 

O que podemos esperar para os próximos meses?

Ao longo do mês de fevereiro algumas importantes movimentações no Mercosul foram observadas para o mercado dos derivados lácteos. O primeiro ponto foi o aumento das compras de outros importantes países compradores, como a Argélia, que em seu último leilão de compra de lácteos focou suas importações principalmente em produtos do Mercosul ao invés de outros fornecedores, como a Oceania, colocando assim outros grandes compradores em concorrência com o Brasil pelos derivados lácteos da América do Sul.

Além desse fator, outro importante ponto começou a reverberar de maneira mais relevante: a disponibilidade de leite dos principais países fornecedores do Mercosul. O período atual é marcado justamente pelo momento onde a produção de leite de países como Argentina e Uruguai estão diminuindo de maneira sazonal, diminuindo assim a disponibilidade de leite para as exportações dos países em questão - sendo eles, justamente, os principais fornecedores de leite ao Brasil.

Dessa forma, levando em consideração esses pontos e o aumento dos preços internacionais diminuindo a competitividade dos derivados lácteos importados em relação aos produtos locais (principalmente para os leites em pó), se torna mais provável que as importações brasileiras apresentem uma tendência de diminuição nos próximos meses. Porém, o patamar deve se manter ainda considerado elevado, devido a proximidade comercial entre os compradores brasileiros e os vendedores do Mercosul que foi criada ao longo dos últimos anos. 

As informações são do Milkpoint

Piracanjuba vai investir R$ 150 milhões na produção de biogás

Recursos são provenientes do Fundo Clima do BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a liberação de R$ 150 milhões via Fundo Clima para financiar a produção de biogás pelo Grupo Piracanjuba em quatro unidades industriais.

Segundo a instituição financeira, o valor será destinado para a implantação de Estações de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEs) com produção de biogás nas unidades de Araraquara (SP), Três Rios (RJ), Carazinho (RS) e São Jorge D´Oeste (PR).

Os recursos também serão aplicados para substituir caldeiras que atualmente consomem combustível fóssil nas unidades de Araraquara e Três Rios. Segundo comunicado do BNDES, os projetos vão transformar a gestão de resíduos líquidos em uma fonte valiosa de energia limpa.

“As intervenções presentes no projeto aprovado pelo BNDES têm como finalidade a descarbonização, a redução na geração de resíduos sólidos e a substituição de combustíveis fósseis por renováveis como fonte de energia da empresa. Objetivos que integram a política de transição energética do governo do presidente Lula e que são possíveis a partir do Novo Fundo Clima, que destinou R$ 10 bilhões a projetos com essa finalidade em 2024”, disse, em nota, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. 

No comunicado, Luiz Claudio Lorenzo, presidente do Grupo Piracanjuba, disse que o biogás será utilizado nas novas caldeiras, que terão alternativas mais sustentáveis de geração de calor nas unidades da empresa, que produz lácteos. (Globo Rural)


Jogo Rápido

O impacto das importações de lácteos no Brasil e as perspectivas para 2025
No ano de 2024 as importações brasileiras de lácteos representaram cerca de 8,4% de toda a disponibilidade de leite do país. E para 2025, o que esperar? No ano de 2024 as importações brasileiras de lácteos representaram cerca de 8,4% de toda a disponibilidade de leite do país. Esse foi o maior percentual já registrado, superando ligeiramente os 8,2% de 2023 e evidenciando a crescente influência do mercado externo no abastecimento interno de lácteos. Quando analisamos a origem dessas importações, percebemos que Argentina e Uruguai foram responsáveis por cerca de 90% de todo o volume importado pelo Brasil. Esses dois países desempenham um papel fundamental na formação da disponibilidade e dos preços do leite no mercado brasileiro, tornando essencial acompanhar de perto suas dinâmicas produtivas e comerciais. Com a chegada de um novo ano, torna-se fundamental entender as tendências do mercado de leite no Mercosul, pois elas desempenham um papel determinante no planejamento estratégico da produção, comercialização e precificação do leite no Brasil.  Por isso, no dia 18 de março, em Campinas - SP, Andres Padilla, Industry Specialist na Rabobank Brasil, estará presente no Fórum MilkPoint Mercado, para discutir sobre o tema: Tendências do mercado lácteo no Mercosul para 2025. Para participarem, associados do Sindilat/RS têm garantido 10% de desconto na inscrição, que pode ser feita clicando aqui. (Milkpoint editado pelo Sindilat)


 
 
 

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Porto Alegre, 07 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.342


Emater/RS: Informativo Conjuntural 1857 de 06 de março de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

Em algumas regiões, apesar do apropriado desenvolvimento das culturas, a queda na produção de leite persiste devido ao estresse térmico e à redução no consumo de alimentos. Para mitigar esses efeitos, os produtores estão intensificando o uso de alimentos conservados, como silagem.Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, em Alegrete, planeja-se antecipar o plantio de pastagens de inverno. 

Em Santana do Livramento, as matrizes estão em bom estado corporal, alimentando-se de campo nativo e suplementos, mas a produção de leite diminuiu em 35% devido ao déficit hídrico. 

Em Aceguá, foi realizada a vacinação contra brucelose em fêmeas de 3 a 8 meses e contra raiva herbívora. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite está em declínio devido à sazonalidade e ao impacto das altas temperaturas, que causam estresse térmico.

Na de Ijuí, a produção e o escore corporal dos animais mantiveram-se estáveis, e há expectativa de melhora em função da retomada das chuvas e da queda das temperaturas, aliadas à suplementação com alimentos conservados e concentrados. 

Na de Passo Fundo, a produção de leite também se manteve estável, e os animais apresentam estado geral satisfatório em virtude do maior uso de alimentos conservados, como silagens, que têm suprido as necessidades nutricionais dos rebanhos.

Na de Pelotas, a produção de leite está dentro do esperado para a época. 

Na de Porto Alegre, as práticas de controle sanitário, principalmente para carrapatos e bernes, estão sendo intensificadas, sendo usados especialmente insumos para reforçar o manejo sanitário e garantir a saúde dos rebanhos. 

Na de Santa Maria, as chuvas melhoraram as condições para a atividade leiteira, aumentando a oferta de pasto, mas a região ainda enfrenta os efeitos críticos da estiagem. 

Na de Soledade, em função das temperaturas mais amenas, o estresse calórico no rebanho diminuiu, assim como as perdas na produção.

As informações são da Emater editadas pelo Sindilat RS


BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 10/2025 – SEAPI

O Rio Grande do Sul teve uma semana marcada pela persistência de uma massa de ar quente, mantendo as temperaturas elevadas e volumes de chuva em níveis fracos a moderados. No período, as precipitações ocorreram de forma bastante irregular. Nas regiões com precipitações mais expressivas, houve recuperação parcial das lavouras de soja. A colheita do milho destinado à produção de silagem está avançada, e mais de 75% da área cultivada foi ensilada. A produtividade média se mantém dentro de parâmetros satisfatórios, apesar da redução da qualidade do material ensilado em parcelas das lavouras impactadas por restrições hídricas durante as fases críticas de floração e enchimento de grãos. Quanto às lavouras do tarde, as precipitações registradas nas últimas semanas contribuíram para o desenvolvimento vegetativo e a manutenção do potencial produtivo dessas áreas.

Apesar do calor intenso, as pastagens nativas e cultivadas apresentam desenvolvimento satisfatório, favorecido por condições climáticas. O campo nativo mantém produção adequada de forragem de qualidade, e as pastagens cultivadas seguem com produção nutricionalmente rica, atendendo às demandas dos rebanhos. Os produtores continuam se organizando para a aquisição de sementes de forrageiras de inverno para o próximo ciclo.

A previsão para os próximos dias indica a chegada de uma frente fria e o enfraquecimento da alta pressão no oceano Atlântico, favorecendo o retorno das chuvas e a redução do calor sobre o estado. 

Entre sexta-feira e sábado (08/03), a chegada de um sistema frontal ao estado deverá provocar a formação de nuvens carregadas, resultando em chuvas generalizadas em todo o território gaúcho. A atuação desse sistema se estenderá até domingo (09/03), trazendo um declínio significativo das temperaturas ao longo do fim de semana, proporcionando um alívio para o calor intenso registrado nos últimos dias.

A tendência para o início da semana indica temperaturas mais amenas e possibilidade de chuvas concentradas na metade norte e no litoral do estado. Na manhã de segunda-feira (10/03), o sistema frontal que atuou no dia anterior ainda poderá provocar precipitações no norte do RS, antes de seu deslocamento no sentido sudoeste-nordeste. No entanto, ao longo do dia, as chuvas cessarão gradualmente, e as temperaturas permanecerão amenas devido ao avanço de uma massa de ar frio pósfrontal sobre o estado. 

Na terça-feira (11/03), a formação de uma área de baixa pressão no oeste do RS poderá favorecer novas instabilidades, resultando em condições para chuvas no norte do estado. Esse cenário poderá se estender até a quarta-feira (12/03), mantendo a possibilidade de precipitações nessas regiões, enquanto o restante do estado seguirá com tempo firme e temperaturas amenas.

O prognóstico para a próxima semana indica a ocorrência de chuvas no Rio Grande do Sul, com volumes variando de fracos a moderados. Os maiores acumulados são esperados na faixa central do estado, onde os volumes poderão oscilar entre 10 mm e 50 mm, com áreas pontuais na Região Metropolitana, Fronteira Oeste e região Central registrando valores acima de 50 mm. No Sul e na Campanha, os acumulados deverão variar entre 5 mm e 50 mm, enquanto no Norte do estado as precipitações devem ficar entre 2 mm e 30 mm.

As informações são da Seapi

 

Para baratear alimentos, governo anuncia ações em parceria com setor privado

Iniciativas zeram impostos de importação de itens como café, azeite, óleo, milho, biscoitos, macarrão e carne e mantêm percentuais de misturas em combustíveis

Após diversas reuniões com empresários, produtores, agricultores e integrantes do setor produtivo, o Governo Federal anunciou nesta quinta-feira, 6 de março, 16 medidas para baratear os preços dos alimentos ao consumidor final. As ações zeram impostos de importação de itens considerados essenciais, como café, azeite, açúcar, milho, óleo de girassol, sardinha, biscoitos, macarrão e carnes (veja listagem a seguir).

O anúncio foi feito pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, após reunião comandada pelo presidente Lula com os ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), Rui Costa (Casa Civil), Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social) e Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, além do próprio Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).

“São medidas para reduzir preços, para favorecer o cidadão e a cidadã, para que ele possa manter o seu poder de compra, possa ter a sua cesta básica com preço melhor. Isso também acaba estimulando o setor produtivo e o comércio. Todas elas são medidas, desde regulatórias até medidas tributárias, em que o governo está deixando de arrecadar, abrindo mão de imposto para favorecer a redução de preço”, ressaltou Alckmin.

AMPLIAÇÃO – Outra ação no plano regulatório envolve a extensão do Serviço de Inspeção Municipal (SIM). O intuito é possibilitar, pelo período de um ano, a comercialização em todo o território nacional dos produtos que já foram devidamente certificados no âmbito municipal. A medida alcança itens como leite fluido, mel e ovos.

“Vamos, por um ano, dar os efeitos do SIM para todo o território brasileiro. Então, aqueles produtos que já não correm nenhum risco de precarização sanitária – sem nenhum risco à qualidade dos alimentos – a gente vai dar esse efeito”, detalhou o ministro Carlos Fávaro, pontuando que o objetivo da medida é dar competitividade e oportunidade para os produtos da agricultura familiar brasileira.

FORMAÇÃO DE ESTOQUES – No Plano Safra, haverá estímulo à produção de itens da cesta básica e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai investir na formação de estoques reguladores. “Teremos um conjunto de produtos que serão subsidiados para oferecer para a sociedade brasileira, centrando na cesta básica. Além da cesta básica, vimos que tem alguns produtos da agricultura que podem ser insumos para a indústria e são importados. Eles também serão subsidiados”, afirmou Paulo Teixeira.

REPUTAÇÃO – Em outra frente, será lançado o Selo Empresa Amiga do Consumidor, para identificar e incentivar empresas do setor supermercadista que praticam preços equilibrados da cesta básica: uma parceria entre o governo brasileiro e iniciativa privada para dar publicidade aos melhores preços praticados e estimular os preços baixos no mercado.

Medidas para baratear alimentos
Tarifas de importação zerada

Azeite: (hoje, 9%)
Milho: (hoje, 7,2%)
Óleo de girassol: (hoje, até 9%)
Sardinha: (hoje, 32%)
Biscoitos: (hoje, 16,2%)
Massas alimentícias (macarrão): (hoje, 14,4%)
Café: (hoje, 9%)
Carnes: (hoje, até 10,8%)
Açúcar: (hoje, até 14%)
Medidas regulatórias

Biodiesel: mantém mistura de 14% no diesel
Plano Safra com estímulo para produtos da cesta básica
Formação de estoques reguladores pela Conab
Extensão Serviço de Inspeção Municipal por um ano (impacto em leite, mel e ovos)
Reputação

Criação do Selo Empresa Amiga do Consumidor
Link: https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2025/03/para-baratear-alimentos-governo-anuncia-acoes-em-parceria-com-setor-privado

Fonte Agência Gov


Jogo Rápido

O coordenador do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do RS (Conseleite), Darlan Palharini, detalhou os resultados da última reunião do órgão realizada na sede da Cotrisal, em Sarandi. O preço de referência do leite teve uma valorização de 2,36%. Ouça clicando aqui. 


 
 
 

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Porto Alegre, 06 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.341


CNA discute pauta prioritária para o setor lácteo

Entre os principais temas estão antidumping do leite em pó e identificação individual de bovinos.

A Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA promoveu, no 26/2, a primeira reunião de 2025, onde abordou a ação antidumping contra a importação de leite em pó de Argentina e Uruguai, a identificação individual de bovinos e o plano de ação para o ano.
O presidente da comissão, Ronei Volpi, abriu o encontro e destacou a atuação do colegiado para atender as demandas do setor esse ano. Em seguida, o consultor Rodrigo Pupo falou sobre o andamento da investigação de antidumping do leite em pó.A ação foi aberta pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) em dezembro de 2024, a pedido da CNA.Segundo o consultor, a investigação já identificou indícios da prática de dumping nas importações de leite em pó dos dois países que contribuíram significativamente para danos à produção doméstica.Rodrigo Pupo disse afirmou que 20 empresas importadoras no Brasil e sete exportadoras argentinas e uruguaias foram envolvidas, e protocolaram respostas à investigação do governo brasileiro, que deve solicitar, nos próximos dias, informações adicionais às empresas.O consultor ressaltou que a CNA tem contribuído com o governo ao longo de todo o processo de investigação, prestando os esclarecimentos em resposta aos argumentos apresentados pelas partes investigadas.O próximo passo é aguardar as deliberações do Departamento de Defesa Comercial que devem ocorrer entre abril e junho.

A investigação deve seguir até outubro de 2025, no melhor cenário, mas existe a possibilidade de prorrogação até junho de 2026, considerando os prazos legais máximos.

A reunião também discutiu a identificação individual de bovinos. O coordenador de Produção Animal, João Paulo Franco, falou sobre o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB) , lançado em dezembro pelo Ministério da Agricultura.

O coordenar destacou que o ministério vai formar um novo grupo de trabalho, que a CNA fará parte, para definir os próximos passos de implantação do sistema que armazenará os dados de identificação, que tem um prazo de até dois anos para ser desenvolvido e integrado entre o Mapa e os estados.

Somente após a implantação do sistema federal e estaduais é que passará a ser exigida a identificação dos animais com a numeração oficial, com um período de transição para a implementação.

Franco argumentou que a identificação será dividida em duas etapas, com a primeira versando sobre a identificação de fêmeas vacinadas contra brucelose no momento da vacinação e, posteriormente, todos os bovinos.

O prazo máximo para essas duas etapas é de seis anos após os sistemas de gestão das informações forem implantados.

Plano de ação – O assessor técnico da comissão, Guilherme Dias, apresentou as ações estratégicas do colegiado para 2025.

Além da ação de antidumping do leite em pó, a comissão está trabalhando para delinear ferramentas de gestão de risco para a atividade, com o mercado futuro do leite.

“Queremos trazer desenvolvimento para o setor e melhores condições para a produção nacional”, comentou Dias. A proposta é possibilitar a produtores e indústrias comercializarem o leite a preços futuros, desenhando um seguro de preços de compra e venda para o leite.

“Se o produtor trava o preço do leite a R$ 2,50 por litro, e no momento da liquidação do contrato o mercado físico aponta para R$ 2,00, o produtor entrega o leite a R$ 2,00 e recebe R$ 0,50 do seguro”, destacou.

Para tanto foi composto um Grupo de Trabalho na CNA que vem discutindo as propostas, tendo conquistados diversos avanços em 2024, e os trabalhos continuarão em 2025.

Outra ação prevista para o ano é o foco na brucelose, com atuação em diversas frentes para a controlar a enfermidade no país.

A comissão também vai buscar a aprovação de projetos de lei no Congresso Nacional que são de interesse do setor, como, por exemplo, o PL 10.556/2018, que proíbe a nomenclatura dos lácteos em produtos que não sejam derivados, bem como o PL 952/2019, que determina o regramento do limite imposto ao importador brasileiro de leite em pó sobre prazo de validade mínimo do produto. (CNA via Edairy News)


GDT 375: preço do leite em pó integral perde força

O 375º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) foi realizado nesta terça-feira (04/03) e apresentou movimentos variados entre as categorias de produtos. Confira!O 375º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) foi realizado nesta terça-feira (04/03) e apresentou movimentos variados entre as categorias de produtos. O GDT Price Index, que representa a média ponderada dos produtos negociados, fechou em USD 4.209/ton, registrando uma queda de 0,5% em relação ao evento anterior, conforme mostrado no Gráfico 1.Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

Após uma sequência de altas nos últimos meses e a consolidação em patamares mais elevados, o leite em pó integral (LPI), principal produto negociado no GDT, tem mostrado sinais de perda de força e vem registrando pequenos recuos. No último evento, o preço médio da categoria foi de USD 4.061/ton, uma redução de 2,2% em relação ao leilão anterior, conforme ilustra o Gráfico 2.

Gráfico 2. Preço médio LPI.

Por outro lado, algumas categorias registraram avanços significativos, com destaque para a Mozzarella (+7,9%) e a Lactose (+14,0%). A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao término do evento, bem como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 04/03/2025.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Redução no volume negociado

O volume negociado no leilão seguiu em queda. Foram comercializadas 20.977 toneladas, o que representa uma retração de 7,4% em relação ao evento anterior. Esse é o menor volume negociado para um mês de março desde 2018.

Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Impacto nos contratos futuros

Nesse cenário, os contratos futuros de leite em pó integral na Bolsa da Nova Zelândia (NZX Futures) também perderam força e passaram por ajustes negativos para os próximos meses.

Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

O Brasil importa lácteos principalmente da Argentina e do Uruguai, países que, tradicionalmente, praticam preços superiores aos do GDT. Esse diferencial é influenciado pela Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, que impõe tarifas de quase 30% sobre importações provenientes de fora do bloco.

Apesar das recentes quedas nos preços do GDT, os valores internacionais seguem elevados, bem acima da média dos últimos dois anos. Dessa forma, mercados compradores como Oriente Médio, Norte da África (especialmente a Argélia) e Ásia (com destaque para a China) continuam buscando produtos da Argentina e do Uruguai, aumentando a concorrência com o Brasil.

Espera-se que o Brasil mantenha seu volume de importações e siga sendo o principal destino das exportações de lácteos desses países. No entanto, os compradores brasileiros podem enfrentar uma disponibilidade mais limitada, devido à competição com outros mercados.

Nestlé cria hub de marketing digital para fidelizar consumidores

A Nestlé avança em suas estratégias de marketing digital e envio de amostras apostando em tecnologia e Business Intelligence para expandir a comunicação e o engajamento com o consumidor final.

A plataforma Eu Quero Nestlé, criada em 2021, ganhou uma nova versão: a partir de um único cadastro, o consumidor passa a ter acesso a todas as campanhas promocionais ativas das marcas da companhia, como uma central de oportunidades, com personalização.

A meta é alcançar 1 milhão de pessoas já no primeiro ano da nova versão de Eu Quero Nestlé.

A campanha de estreia é a promoção corporativa “Nestlé Faz BBBem”, anunciada em rede nacional, no Big Brother Brasil 25.

Novas ferramentas tecnológicas
Todo o trabalho foi desenvolvido em parceria com a empresa CI&T, especialista global em transformação tecnológica. A nova versão da plataforma utiliza ferramentas digitais para personalizar e analisar dados de forma otimizada.

Além disso, com a aplicação de novas ferramentas, ativação de novos consumidores para conhecerem o site, alta responsividade do site e a evolução do hub em si, a plataforma já obteve um aumento de três vezes mais conversões na promoção atual do que em campanhas anteriores em apenas dois meses, com crescimento no volume de engajamento.

“A versão atualizada de ‘Eu Quero Nestlé’ otimiza a interação dos nossos consumidores com as marcas, dá acesso a todas as campanhas ativas e permite a participação simultânea em várias promoções de forma prática.

A base de tudo isto é a inovação, que é um dos pilares da Nestlé e corresponde a um dos nossos compromissos com clientes e consumidores, vinculados à qualidade de nossos produtos”, explica Daniela Marques, Executiva de Engajamento do Consumidor na Nestlé Brasil. 

Eficiência operacional e segurança de dados
A plataforma também oferece soluções em termos de eficiência operacional. Com a incorporação de um sistema centralizado para operação de cada promoção, os times de produtos e marcas passaram a ganhar mais independência no processo de criação de novas campanhas.

O tempo de desenvolvimento e publicação de novas ações foi impactado positivamente e o processo caiu de até 40 para apenas dois dias.

Outra vantagem com a construção do novo hub foi o reforço à segurança de dados e conformidade das promoções aos usuários e à própria Nestlé.

Com monitoramento e análise contínuos, todas as informações dos consumidores são auditadas e validadas, com mais agilidade, segundo a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).

Os novos cadastros são ativados apenas via One Time Password, uma senha aleatória gerada automaticamente pelo hub que autentica o acesso do consumidor, conferindo um maior nível de proteção durante o acesso e navegação, evitando fraudes. 

“A Nestlé, em parceria com a CI&T, traz mais um exemplo de como a transformação digital pode melhorar a experiência do consumidor e otimizar operações em larga escala.

Esse é um marco importante na experiência do consumidor, pois essa agilidade não apenas melhora a eficiência operacional, mas também proporciona um acesso mais rápido e conveniente às promoções.

Essa inovação é um passo significativo rumo ao futuro das campanhas promocionais, que devem ser guiadas cada vez mais por plataformas unificadas e por IA”, comenta Rodrigo Gardelim, Senior Data & Analytics Manager da CI&T.

Amostras e reviews de produtos
A plataforma Eu Quero Nestlé já é conhecida do público final pela entrega de amostras gratuitas de diferentes produtos da companhia. O canal desempenha um papel na captação de informações primárias e insights para o desenvolvimento e aprimoramento de outros produtos. Em 2023, o site recebeu quase 1.200 usuários únicos.

Considerando que a razão da plataforma era envio gratuito de amostras, desde 2021 quando foi criada, mais de 900 mil samples chegaram a ser enviados, gerando uma taxa de intenção de compra superior a 90%.

“A plataforma permite que os usuários respondam a pesquisas personalizadas, criando um ciclo de feedback que nos permite fazer uma adaptação constante nos produtos e nas campanhas.

Conseguimos mapear os interesses e preferências dos consumidores, tornando a plataforma uma das três maiores fontes de leads qualificados da empresa no Brasil”, destaca Daniela Marques.

Em 2024, a Nestlé impactou mais de 6 milhões de pessoas através de reviews e divulgações orgânicas realizadas pelos próprios consumidores que receberam amostras de produtos via a plataforma. (Guia da Farmácia via Edairy News)


Jogo Rápido

Fórum Estadual do Leite debate pegada de carbono
Com foco na discussão sobre a pegada de carbono na cadeia leiteira, a 20ª edição do Fórum Estadual do Leite será realizada no dia 12 de março com duas palestras dedicadas ao tema. A “Pegada de carbono na pecuária de leite: estágio do conhecimento e oportunidades”, será debatida por Gustavo Ribeiro, doutor e professor na Universidade de Copenhagen (Dinamarca). Já a “Visão geral do mercado de carbono na Europa”, ficará a cargo de Maria Reis, médica Veterinária e gerente de Marketing da Cargill da União Europeia. “A questão da redução das emissões de carbono dialoga, de um lado, com consumidores cada vez mais atentos e preocupados com o meio ambiente e, de outro, com a adoção das melhores práticas no campo incrementado inovações no setor leiteiro que contribuem também para a melhoria da qualidade da produção”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS). Todas as atividades estarão concentradas no auditório central da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). A programação terá início às 8h30min com a abertura oficial e também contará com espaço para a discussão dos temas e também com a palestra a "Conjuntura da cadeia láctea no Sul com foco em sólidos", ministrada por Valter Galan, engenheiro Agrônomo e diretor técnico do MilkPoint Ventures em Piracicaba/SP.  Fórum é uma realização da CCGL e Cotrijal, com patrocínio de BRDE, Sindilat/RS, Sicredi e Senar, e apoio de Sistema Ocergs, RTC, SmartCoop, FecoAgroRS e Expodireto Cotrijal. (Sindilat)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 05 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.340


Previsão da UE para 2025: Produção de leite cai e sobe a fabricação de queijo

A produção de leite na União Europeia (UE) em 2025 deverá declinar em decorrência da redução do número de vacas, margens apertadas, regulamentação ambiental e surtos de doenças.O impacto dessa queda será parcialmente compensado pelo menor consumo de leite fluido, de acordo com o mais recente relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), sobre a UE.A menor oferta de leite forçará as indústrias a decidirem cuidadosamente sobre quais produtos produzir. A previsão é de que a produção de queijo continuará aumentando, impulsionada pelo consumo doméstico, junto com a sólida e contínua demanda de exportação. O maior volume de queijo, em 2025, será em detrimento da fabricação de manteiga, do leite em pó desnatado (SMP) e do leite em pó integral (WMP).

Diminuição da produção de leite
Em 2025, toda a captação de leite da UE está projetada em 149,4 milhões de toneladas, representando baixa de 0,2% em relação à estimativa revisada para o ano, com um declínio marginal da produção de leite de vaca. Margens apertadas, combinadas com restrições ambientais e surtos de doenças nos maiores países produtores continuam empurrado para fora da atividade os pequenos produtores. Em decorrência disso, a expectativa é de que, em 2025, o número de vacas terá um declínio que não será totalmente compensado pelo aumento de produtividade, fazendo com que a captação de leite de vaca seja ligeiramente menor.

A captação do leite de vaca, em 2024, foi estimada em 145,6 milhões de toneladas, 0,3% acima da de 2023. Mas, o consumo doméstico de leite fluido continuará declinando, podendo chegar a 23,5 milhões de toneladas (-0,3%). A redução da produção de leite em 2025, fará com que a captação das indústrias diminua 0,2%, obrigando os processadores a decidir com cuidado a maneira de alocar o leite disponível.

Aumento da produção de queijo em 0,6% Apesar da menor disponibilidade de leite, a produção de queijo na UE27 deverá atingir 10,8 milhões de toneladas, 0,6% a mais em relação a 2024. O aumento do consumo de queijo será impulsionado pelo crescimento da renda e pela melhoria do ambiente econômico, junto com a recuperação do setor de hotéis e turismo.

As exportações de queijo da UE serão beneficiadas pelo aumento do interesse por queijos especiais, e poderão chegar a 1,4 milhões de toneladas em 2025, um aumento moderado de 0,4%, que será limitado pelo crescimento da demanda interna.

Em setembro de 2024, o preço de queijo na UE estava quase no mesmo nível da Oceania, enquanto as cotações nos Estados Unidos da América (EUA) eram significativamente mais altas. Com cerca de 50% das exportações da UE direcionadas para quatro países (Reino Unido, EUA, Japão e Suíça), os exportadores europeus estarão concentrados em fortalecer esses mercados.

A produção de SMP na UE27 deverá atingir 1,4 milhões de toneladas em 2025, registrando queda de 4% em relação a 2024, dada à baixa disponibilidade de leite e a expectativa de que a queda da demanda chinesa continuará pesando nos mercados globais. O consumo doméstico é estimado em 0,68 milhões de toneladas, também 1,4% abaixo do nível de 2024, impactado pela menor oferta de leite cru e aumento da produção de queijo que será beneficiado em detrimento de outros produtos lácteos.

Isso também deve ser provocado pela menor demanda de SMP destinado ao setor de ração, uma vez que haverá redução do número de animais. Em 2025, as exportações de SMP deverão cair 6,8%, após um declínio estimado de 6% das exportações em 2024.

Queda de 5% no WMP
A produção de WMP na UE27, em 2025, está prevista em 580 mil toneladas um declínio de 5%, em relação aos níveis de 2024; a menor oferta de leite irá favorecer a produção de queijo em detrimento do WMP.

O mercado doméstico pode declinar marginalmente, com os altos preços levando ao uso de alternativas ao WMP pela indústria de alimentos. Também haverá queda nas exportações de WMP, em 2025, na comparação com 2024, diante da menor demanda da China e a forte competição com a Nova Zelândia em outros mercados.

Política da UE: Planos estratégicos para cada Estado-Membro
O setor lácteo da UE continua preocupado com a nova Política Agrícola Comum (PAC) e a implementação do Acordo Verde da UE. A percepção da indústria é de que essas duas medidas estão pesando, negativamente, nas decisões dos agricultores em continuar a produção.

De acordo com o relatório do USDA, o fortalecimento das políticas ambientais e mitigação das mudanças climáticas da UE podem precisar de investimentos adicionais, não produtivos e corroer ainda mais a lucratividade da pecuária leiteira. E, devido, em parte, às preocupações dos fazendeiros, novas disposições estão sendo diluídas ou tendo sua implementação adiada.

Em 2025, o impacto da guerra da Ucrânia nos custos de produção deve diminuir. No entanto, a UE mantém seu apoio à Ucrânia, com prorrogação para 05 de junho de 2025, do acordo de isenção de tarifas e cotas para os produtos agrícolas da Ucrânia que entram na UE. Essa disposição, no entanto, tem baixo impacto para o setor lácteo da UE.

Fonte: Dairy Global – Tradução livre: www.terraviva.com.br


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT adaptado pelo Sindilat

18ª edição do Fórum MilkPoint Mercado tem 10% de desconto para sócio Sindilat/RS

Os caminhos para melhorar a eficiência operacional em aspectos como logística de captação, gestão de custos e volatilidade de preços para reverter as perdas da indústria láctea, de produtores e do varejo no valor final pago pelo consumidor na aquisição de derivados lácteos é o foco da 18ª edição do Fórum MilkPoint Mercado. Para participarem, associados do Sindilat/RS têm garantido 10% de desconto na inscrição, que pode ser feita no link: https://register.jalanlive.com/forummmercado?ticket=9708 . 

A edição deste ano será realizada no dia 18 de março na cidade de Campinas (SP). Com o tema “Gestão e Performance: os desafios da indústria láctea brasileira”, o evento terá dois blocos principais: Cenários de Mercado, com previsões para o setor em 2025, incluindo o impacto do novo governo americano e tendências no Mercosul; e Gestão de Custos e Eficiência Operacional na Cadeia Láctea, explorando logística compartilhada, precificação do leite e novas oportunidades para a indústria.

A programação inclui palestras de especialistas, como Andres Padilla (Rabobank Brasil), Graciela Civolani (Danone), Valter Galan (MilkPoint Ventures), além de uma mesa-redonda com grandes líderes do setor, como Rafael Junqueira (Lactalis do Brasil e Uruguai) e Murillo Secco (Grupo Piracanjuba).

Confira a Programação:

9h - 9h30min - Credenciamento e Welcome Coffee
Bloco 1 - Cenários de Mercado
9h30min - 9h35min - Abertura do Painel
9h35min - 10h5min - Cenário do consumo de lácteos: como fechamos 2024 e como começamos 2025
André Penariol, CEO da BU Rock Conecta
10h5min - 10h25min - Cenário econômico e possíveis impactos do novo governo americano no mercado lácteo no mundo
Glauco Carvalho, Pesquisador da Embrapa
10h25min - 10h55min - Tendências do Mercado Lácteo no Mercosul para 2025
Andres Padilla, Industry Specialist na Rabobank Brasil
10h55min - 11h15min - Proteção de preços de milho e soja: o que já poderíamos ter feito e o que ainda podemos fazer olhando o cenário para 2025?
Alberto Pessina, Fundador e CEO da Agromove
11h15min - 11h45min - Cenários para o mercado lácteo
Matheus Napolitano, Analista de Mercado na MilkPoint Ventures
11h45min - 12h15min - Perguntas e Debate
André Penariol, Glauco Carvalho, Andres Padilla, Alberto Pessina, Matheus Napolitano
12h15min - 14h - Almoço
Bloco 2 - Gestão de Custos e Eficiência Operacional na Cadeia Láctea
14h - 14h30min - Logística compartilhada na distribuição de produtos lácteos: oportunidades e limitações do mercado brasileiro
Graciela Civolani, Diretora de Supply Chain na Danone
14h30min - 15h - Gargalos e oportunidades nos custos da cadeia de abastecimento leite de produtores
Juliana Santiago e Luana Chiminasso, Consultoras de Projetos da MilkPoint Ventures
15h - 15h15min - Espaço Patrocinador
15h15min - 15h45min - Perguntas e Debate
Graciela Civolani, Juliana Santiago, Luana Chiminasso
15h45min - 16h30min - Milk Break
16h30min - 17h - Oportunidades na precificação do leite matéria-prima - onde estamos/dificuldades/oportunidades
Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios da MilkPoint Ventures
17h - 17h15min - Espaço Patrocinador
17h15min - 18h15min - Mesa Redonda: Sistemas de pagamento de leite - para qual direção caminha a indústria?
Armindo José Soares Neto (Alvoar Lácteos), Carlos Soares (Nestlé), Murillo Secco (Grupo Piracanjuba), Rafael Junqueira (Lactalis do Brasil e Uruguai), Ricardo Rodrigues (Scala)
18h15min - 20h - Encerramento e Coquetel.


Jogo Rápido

Os lácteos estão em alta, de acordo com a pesquisa da Innova Market Insights 
Os produtos lácteos estão vendo a receita e a renda crescerem em todo o mundo, segundo a pesquisa de mercado Innova Market Insights. Os principais motores desse crescimento são os lançamentos de produtos novos, que cresceram cerca de 2,6% nos últimos cinco anos. A Europa Ocidental responde pela maior fatia dos lançamentos, 36%, e vem seguida pela Ásia e América Latina. Iogurte e queijo, em suas inúmeras variedades, estão entre as categorias mais populares. A principal razão do sucesso dessas categorias ocorre, sem dúvida, pelo fato de abordarem as megatendências de saúde, indulgência e conveniência, e se apresentam continuamente sob novas formas. De acordo com o Innova, “Ingredientes e além”, é uma das tendências centrais para 2025. A qualidade dos ingredientes é o principal critério de compra. Os consumidores querem ingredientes com valor agregado, como benefícios para a saúde, vantagens nutricionais, frescos, maior prazo de validade ou uma característica natural. Um exemplo dessa tendência é o enriquecimento com proteína. A principal prioridade não é apenas o teor de proteína, mas a qualidade da proteína, sua biodisponibilidade e a absorção pelo organismo, diz a pesquisa de mercado. Fonte: Dairy Industries – Tradução livre: www.terraviva.com.br