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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 06 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.280


Balança Comercial de Lácteos: dados de novembro de 2024

No mês de novembro, mesmo com acréscimo das exportações, as importações também apresentaram pequeno avanço. O que esperar para os próximos meses?No mês de novembro, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo registrado para balança comercial de lácteos foi de -199 milhões de litros em equivalente-leite, em linha com o observado no mês de outubro. Mesmo com acréscimo das exportações, as importações também apresentaram pequeno avanço, mantendo o déficit elevado na balança comercial, conforme pode-se observar no gráfico 1.Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
Exportações em Novembro
As exportações de lácteos alcançaram 4,79 milhões de litros em equivalente-leite, representando um crescimento de 7,9% em relação a outubro. No entanto, o volume exportado segue modesto frente às importações.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Entre os produtos exportados, a manteiga se destacou, com 203 toneladas, registrando um aumento percentual expressivo de 111% em relação ao mês anterior. Os elevados preços no mercado internacional têm gerado algumas oportunidades de exportações para essa categoria.

Por outro lado, outras categorias registraram queda nos volumes exportados, como o soro de leite (-32%) e o leite condensado (-12%). Já os cremes de leite apresentaram crescimento de 19%, atingindo 706 toneladas.

Importações em Novembro
As importações totalizaram 204,3 milhões de litros em equivalente-leite em novembro, registrando uma leve alta de 0,5% em relação a outubro. Quando comparadas ao mesmo mês do ano anterior, o aumento foi de 3,2%. Esse patamar elevado de volume internalizado no último mês ainda reflete um cenário de negociações ocorridas há cerca de 2-3 meses, quando a demanda interna estava mais aquecida, com preços em alta no mercado brasileiro e alta competitividade do produto importado.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Entre os produtos importados, o leite em pó integral segue sendo o maior volume, com  cerca de 13 mil toneladas importadas, um aumento de 2% em relação ao mês anterior. Os queijos, por sua vez, apresentaram um leve recuo de 1%, totalizando 6,7 mil toneladas, mas permanecendo em níveis historicamente elevados. 

Cabe destacar que novembro teve três dias úteis a menos que outubro, limitando crescimentos maiores do volume total do mês, apesar de ter apresentado aumento significativo na média diária por dia útil.

Dados para as diferentes categorias

Abaixo, pode-se observar o equilíbrio entre importações e exportações para as principais categorias de lácteos nos últimos 2 meses.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em novembro de 2024.

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em outubro de 2024.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.

O que esperar dos próximos meses?

Para os próximos meses, a expectativa é de que os volumes importados permaneçam em patamares elevados, mas com tendência de redução gradual. O mercado internacional segue evidenciados preços altos, como observado no leilão Global Dairy Trade (GDT), aumentando a competição entre outros mercados pelo leite do Mercosul. Além disso, o dólar acima de R$6,00 tende a atuar como um limitador para as importações brasileiras.

Somada a menor competitividade de preços, a oferta sazonalmente menor da Argentina e do Uruguai tende a influenciar negativamente a disponibilidade para o mercado brasileiro, enquanto no Brasil a oferta interna tem crescido, pressionando os preços domésticos para algumas categorias importantes, como temos observado para o Leite UHT e Queijos. (Milkpoint)


Líderes dos blocos anunciam acordo entre UE e Mercosul

Negociações levaram 25 anos. Apesar do anúncio, o acordo não será assinado em Montevidéu e ainda passará por longo trâmite burocrático e análise pelos parlamentos de cada país integrantes dos dois blocosLíderes do Mercosul e da União Europeia anunciaram nesta sexta-feira (6) a conclusão das negociações para o acordo comercial entre os dois blocos. O anúncio foi feito pelo presidente do Uruguai, Lacalle Pou, que comanda interinamente o Mercosul, e pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que está em Montevidéu, onde acontece a cúcúpula de chefes de Estado do bloco sul-americano.“Foram 25 anos de negociações. Hoje volto para casa mais tranquilo. A soma dos acordos frustrados gerava incerteza. Não é só um acordo comercial. Um acordo desse tipo não é solução, mas não há soluções mágicas”, disse o uruguaio, durante a abertura da reunião.

Apesar do anúncio, o acordo comercial UE-Mercosul não será assinado em Montevidéu. Após o acordo entre as partes, ainda haverá um longo trâmite burocrático, como a tradução para várias línguas e análise pelo Parlamento Europeu e pelos parlamentos de cada país integrantes dos dois blocos.

Em pronunciamento à imprensa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu que o acordo "trará benefícios importantes para consumidores e empresas de todos os lados", já que a Europa é o segundo parceiro comercial do Mercosul.

Para os europeus, detalhou, haverá "processos aduaneiros mais simples e acesso preferencial a matérias-primas fundamentais", que devem beneficiar as 60 mil empresas que atualmente exportam para o Mercosul - das quais 30 mil são pequenas e médias. "É uma situação de ganha-ganha", resumiu. "O acordo vai poupar 4 bilhões de euros às empresas europeias, ao mesmo tempo que expande nosso mercado e abre novas oportunidades para crescimento e emprego para ambas as partes."

A líder europeia, por sua vez, parabenizou os negociadores pela dedicação na busca de um consenso. “Trabalharam de maneira incansável durante anos em prol de um acordo equilibrado e tiveram sucesso. O laço entre Europa e os países do Mercosul é um dos mais fortes do mundo. É um laço que se ancora na confiança e está atravessado por herança compartilhada que acarreta séculos de aprendizado mútuo”, disse ela.

Von Der Leyen também disse que o acordo manda “uma mensagem forte para o mundo”. “Demonstramos que as democracias podem se apoiar mutuamente. Esse tipo de acordo não é apenas uma oportunidade econômica, mas uma oportunidade política”, argumentou, antes de mencionar os principais números da parceria, que cria um mercado de 700 milhões de pessoas.

Segundo ela, o acordo comercial também é um passo para o Acordo de Paris, que trata das mudanças climáticas e voltou a entrar em risco com a expectativa de saída dos Estados Unidos. “O presidente Lula fez esforços para proteger a Amazônia, mas proteger a Amazônia é uma responsabilidade compartilhada”, disse a líder europeia.

Ela afirmou que o acordo garante que os investimentos vão respeitar “de certa forma” o patrimônio natural do Mercosul. “É uma situação na qual há ganhadores de parte a parte. Somos um parceiro comercial do Mercosul, então vocês já sabem como negociamos”, disse a alemã, ao mencionar as 60 mil empresas europeias que exportam atualmente para os países do blovo sul-americano.

Em uma sinalização para os europeus críticos ao acordo, sobretudo no setor agrícola, Leyen disse que os padrões da Europa para aquisição de alimentos e bebidas não sofrerão alterações. “Esse acordo vai poupar 4 bilhões de euros para as empresas europeias. Ao mesmo tempo, expande nosso mercado e abre novas oportunidades para crescimento e emprego em mbas as partes”, completou.

Comunicado
Em comunicado conjunto, Mercosul e União Europeia afirmam que o acordo comercial entre os blocos está "pronto para revisão legal e tradução" e que estão "determinados para conduzir tais atividades nos próximos meses, com vistas à futura assinatura do acordo". Leia a íntegra:

“Os Estados Partes Signatários do MERCOSUL – a República da Argentina, a República Federativa do Brasil, a República do Paraguai e a República Oriental do Uruguai – e a União Europeia anunciaram, na 65ª Reunião de Cúpula do MERCOSUL (Montevidéu, 6 de dezembro de 2024), a conclusão final das negociações de um Acordo de Parceria entre as duas regiões, após mais de duas décadas de negociações.

Tomando em conta o progresso realizado nas últimas décadas até junho de 2019, o MERCOSUL e a União Europeia engajaram-se, desde 2023, em intenso processo de negociações para ajustar o acordo aos desafios atuais enfrentados nos níveis nacionais, regionais e global. Nos últimos dois anos, as duas partes realizaram sete rodadas de negociações, , entre outras reuniões, e comprometeram-se a revisar as matérias relevantes.À luz do progresso alcançado desde 2023, o Acordo de Parceria entre o MERCOSUL e a União Europeia está agora pronto para revisão legal e tradução. Ambos os blocos estão determinados para conduzir tais atividades nos próximos meses, com vistas à futura assinatura do acordo. (Valor Econômico)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1844 de 5 de novembro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

A transição das pastagens de inverno para as de verão ainda afeta a atividade leiteira em função do vazio forrageiro. O tempo quente e chuvoso tem favorecido o crescimento das pastagens de verão, mas o estresse térmico impacta o consumo de alimentos por parte das vacas e a produção de leite. Embora os animais apresentem boa condição corporal, o aumento da pressão de endo e ectoparasitas exige atenção, como de berne, mosca-dos-chifres e carrapato, para os quais devem ser aplicadas práticas de manejo e controle.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Manoel Viana, os produtores de leite relatam aumento na produção, impulsionado pela maior oferta de pastagens anuais de verão e perenes, o que melhora a dieta das matrizes. Já se recomenda alterar os horários de acesso dos animais aos piquetes para aproveitar os momentos mais frescos do dia como forma de garantir maior ingestão de forragem verde. 

Na de Caxias do Sul, a sanidade dos rebanhos de leite está estável, proporcionada pelo controle eficaz de ectoparasitas. O estado corporal das matrizes segue satisfatório devido à alimentação abundante, principalmente de pastagens de qualidade e silagem. 

Na de Erechim, nos arredores das propriedades e estábulos, diminuiu o excesso de umidade e barro, o que colabora para a redução do risco de doenças, como mastite, de problemas de casco e de lesões, causadas por escorregões e atolamentos. 

Na de Frederico Westphalen, os dias secos e ensolarados favoreceram o desenvolvimento das pastagens, aumentaram o consumo de alimentos e melhoraram o bem-estar animal.

Na de Ijuí, a produção de leite está estável, mas o aumento da temperatura já afeta o consumo animal em decorrência do estresse térmico, especialmente em propriedades com falta de sombra. 

Na de Passo Fundo, os animais apresentaram condições sanitárias e nutricionais adequadas, e as ações de controle de ectoparasitas estão em andamento.

Na de Pelotas alguns produtores precisaram investir em geradores. Em muitas propriedades, o pastejo iniciou nas áreas de pastagens de verão, aumentando a produção de leite. 

Na de Santa Maria, os produtores continuam monitorando infestações de mosca e carrapato e adotando estratégias, como troca de piquetes, homeopatias e uso de carrapaticidas, conforme necessário. 

Na de Santa Rosa, as altas temperaturas exigiram ajustes no manejo das propriedades, e houve redução no tempo de pastejo e fornecimento de alimentos conservados para complementar a dieta. 

Na de Soledade, as pastagens de verão estão oferecendo forragem adequada ao rebanho leiteiro, beneficiadas pelas condições climáticas favoráveis. O manejo adequado das pastagens e do rebanho é essencial para garantir a eficiência da produção leiteira. (EMATER/RS)


Jogo Rápido

Dairy UK celebra esclarecimento de termos de laticínios
O Tribunal de Apelações Britânico concluiu um caso sobre o uso de termos lácteos em marcas registradas, decidindo a favor do setor de laticínios. Comentando, a Dra. Judith Bryans, presidente-executiva da Dairy UK, disse: “Estamos muito satisfeitos que o Tribunal de Apelação tenha decidido a favor da Dairy UK no caso referente à marca registrada, “Post Milk Generation”. Esta decisão unânime restabelece a decisão original do Intellectual Property Office, que declarou a marca registrada inválida para produtos à base de aveia.” Esta decisão esclarece a proteção legal dos termos de laticínios, segundo os quais o termo “leite” é reservado para leite de vaca, exceto em circunstâncias definidas. No cerne da questão legal estava se essas regras se estendem a marcas registradas, e o Tribunal de Apelação agora confirmou que este é o caso. (Dairy Industries)

 
 

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Porto Alegre, 05 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.279


ABIQ realiza Simpósio 2024 com inspirações para o amanhã

A ABIQ recebeu no dia 27 de novembro, no Circolo Italiano em São Paulo, Associados Queijeiros e Afins e convidados para o 13 Simpósio, destinado a oferecer insights sobre as perspectivas para os negócios em 2025 e inovações que estão impactando a produção de queijos.Mas de 100 pessoas estiveram presentes nessa manhã de trabalho, com palestras que foram ministradas por especialistas em suas áreas.João Maschetto e Vinicius Pochetto Cracasso, da Scanntech, mostraram a evolução do consumo de queijos em 2024 e o que esperar para 2025, com base nas vendas do varejo Brasil, enquanto Roberto Padovani, economista chefe do Banco BV discorreu sobre possibilidades para a economia brasileira nos próximos anos e seus desafios.Maicon Spada, da Ultracheese compartilhou as experiências práticas e resultados, do uso da inteligência artificial em diversas etapas de todo ciclo de produção de queijos, desde o recebimento da matéria prima até a distribuição.  As três palestras trouxeram informações úteis para inspirar decisões para o novo ano que em breve se iniciará.Embora o mercado em 2024 tenha sido pressionado pela alta do preço leite e seus impactos nos derivados, houve crescimento de consumo na categoria de perecíveis e especialmente em queijos, mas com queda de rentabilidade para o setor.Essa pressão de preços da matéria prima dever perdurar em 2025 e a economia apresenta perspectivas de crescimento bem moderado, indicando um caminho de cautela. Por outro lado, o uso de novas tecnologias como a Inteligência Artificial, poderão propiciar ganhos de produtividade interna que podem melhorar a rentabilidade.O evento foi apoiado pelas empresas Associadas:   Arla Foods, Cap Lab, Cryovac, Daxia, Dsm-Firmenich, Fermentech, Gea Soavi Brasil, Globalfood, IFF, Multivac, Novonesis, Prozyn, Relco e Tetra Pak.

Para encerrar o encontro, um almoço foi servido para propiciar mais momentos de encontros e troca de informações. (Abiq)


Mercado global de laticínios: Espera-se um maior crescimento da oferta de leite e ganhos de margem para os produtores em 2025

O aumento dos preços do leite na fazenda e os custos favoráveis da ração estão melhorando as margens das fazendas leiteiras.Um novo relatório da RaboResearch prevê o crescimento da oferta de leite nas maiores regiões exportadoras no segundo semestre de 2024. Espera-se que o crescimento continue em 2025, com ganhos previstos em todas as principais regiões pela primeira vez desde 2020.O aumento dos preços do leite na fazenda e os custos favoráveis da ração estão melhorando as margens das fazendas de laticínios, enquanto a demanda global por laticínios permanece mista em meio a pressões econômicas.O crescimento da oferta de leite torna-se positivo
“A RaboResearch espera um crescimento de 0,5% na oferta de leite das 7 grandes regiões de exportação no segundo semestre de 2024, impulsionado por picos sazonais significativos na Oceania”, diz Michael Harvey, analista sênior de laticínios da RaboResearch.“O crescimento da oferta manterá seu ritmo em 2025, com ganhos esperados em todas as 7 grandes regiões exportadoras pela primeira vez desde 2020.”A RaboResearch prevê um crescimento da oferta de leite de 0,8% em 2025. Os custos acessíveis de ração e a melhoria do clima estão apoiando o crescimento da oferta de leite.

Os preços e as margens do leite na fazenda estão em alta
Os preços mais firmes das commodities chegaram aos produtores de leite nas regiões de exportação, com os preços locais de farmgate melhorando consideravelmente no segundo semestre de 2024.

Em partes da Europa e da Nova Zelândia, os preços do leite na porteira da fazenda estão próximos dos recordes de 2022. O aumento dos preços do leite e a alimentação acessível melhoraram as margens das fazendas de laticínios, que provavelmente se expandirão ainda mais em 2025.

Importações chinesas de produtos lácteos devem melhorar

A China fez um progresso significativo no reequilíbrio dos estoques, com a expectativa de que a produção de leite caia 1,5% ao ano em 2025.

“Esperamos que a série de três anos de queda nos volumes líquidos de importação da China termine em 2025, com uma melhora de 2% nas importações em relação ao ano anterior”, diz Harvey. “Isso é liderado pela redução da oferta e pelo otimismo quanto à recuperação da demanda dos consumidores.”

Os preços do leite na fazenda estão próximos dos mínimos de 10 anos, provocando reduções de rebanho e saídas de fazendas. A demanda por lácteos continua lenta, mas há algum otimismo de que o fundo do ciclo está próximo.

A demanda global por lácteos permanece mista
A dinâmica da demanda global por lácteos continua mista, com os gastos dos consumidores ainda sob pressão em muitas economias.

Os canais de foodservice continuam lentos na maioria dos principais mercados. A inflação de laticínios no varejo permanece mista nos principais mercados, com a deflação em alguns mercados ajudando os orçamentos dos consumidores.

“Os consumidores estão comendo mais em casa, apoiando o varejo, mas há sinais contínuos de redução de compras e algumas reduções nas compras, especialmente nos mercados emergentes. É necessário um aumento significativo na renda e na confiança do consumidor para estimular a demanda de lácteos para níveis mais normais”, explica Harvey.

Fundamentos equilibrados dos laticínios e incertezas comerciais rumo a 2025
“Os fundamentos globais de laticínios permanecem equilibrados até 2025. Há mais leite e produtos lácteos em desenvolvimento, e a demanda também deve melhorar em 2025. No entanto, a geopolítica, as doenças e o clima podem influenciar o comércio e a produção”, adverte Harvey.

“Com a eleição de Donald Trump, os mercados estão atentos ao risco de aumento do protecionismo dos EUA e possíveis tensões comerciais.

O ressurgimento de tarifas pode interromper os fluxos comerciais de laticínios, enquanto a ameaça de deportações em massa pode prejudicar a disponibilidade de mão de obra agrícola nos EUA”, explica Harvey.

“Enquanto isso, o Ministério do Comércio da China iniciou uma investigação sobre os subsídios aos laticínios da UE, o que pode ter consequências de longo alcance para as exportações europeias de creme líquido e vários queijos.”

O gerenciamento de surtos de doenças – gripe aviária nos EUA e língua azul na Europa – também é um fator importante a ser observado. Há otimismo quanto ao fato de que as vacinas para ambas as doenças poderiam mitigar os impactos na produção em 2025. (The Dairy Site)

Leite spot: recuo nos preços na primeira quinzena de dezembro de 2024

Segundo dados do MilkPoint Mercado, na primeira quinzena de dezembro, o leite spot apresentou recuo. 

Segundo dados do MilkPoint Mercado, na primeira quinzena de dezembro, o leite spot apresentou um leve recuo, se estabelecendo em R$2,67 por litro – queda de R$0,07 frente aos valores da quinzena anterior, que havia se estabelecido em R$2,74 na média Brasil.

Gráfico 1. Preços da média Brasil do leite spot (R$/litro).

O aumento na captação de leite pelas indústrias, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, combinado com a redução nos preços de venda de algumas categorias de derivados, refletiram em novos recuos nos preços praticados no mercado spot nesta primeira quinzena do mês.

Nesse cenário, o volume de vendas negociado pelas empresas monitoradas apresentou crescimento em relação à quinzena anterior, enquanto os compradores adotaram uma postura mais cautelosa, reduzindo um pouco o volume de compras

Você sabe como é realizado o levantamento do leite spot? Confira aqui a metodologia. Acompanhe o histórico de valores do leite spot e de outros indicadores do leite, como Conseleites e Cepea, na nossa página de preço do leite. E pode se atentar ao futuro do setor com os dados disponibilizados no MilkPoint Mercado.  (Milkpoint)


Jogo Rápido

Dairy UK celebra esclarecimento de termos de laticínios
O Tribunal de Apelações Britânico concluiu um caso sobre o uso de termos lácteos em marcas registradas, decidindo a favor do setor de laticínios. Comentando, a Dra. Judith Bryans, presidente-executiva da Dairy UK, disse: “Estamos muito satisfeitos que o Tribunal de Apelação tenha decidido a favor da Dairy UK no caso referente à marca registrada, “Post Milk Generation”. Esta decisão unânime restabelece a decisão original do Intellectual Property Office, que declarou a marca registrada inválida para produtos à base de aveia.” Esta decisão esclarece a proteção legal dos termos de laticínios, segundo os quais o termo “leite” é reservado para leite de vaca, exceto em circunstâncias definidas. No cerne da questão legal estava se essas regras se estendem a marcas registradas, e o Tribunal de Apelação agora confirmou que este é o caso. (Dairy Industries)

 
 

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Porto Alegre, 04 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.278


Fiergs prevê 2025 com crescimento do RS acima da média nacional 

Entidade estima que produção industrial tenha alta de 3,2% em relação a este ano 

Ao apresentar balanço de 2024 e perspectivas para 2025 nesta quarta-feira (3), a Federação das Indústrias do Estado (Fiergs) projetou crescimento do PIB gaúcho para o próximo ano de 3,3%, enquanto a média nacional deve ficar em 2,1% (veja detalhes abaixo). No dia em que o PIB nacional voltou a surpreender, o presidente da instituição, Cláudio Bier, afirmou, sobre essa superação:— Podem ter certeza.Para o fechamento deste ano, a Fiergs prevê o mesmo cenário: alta do PIB de 4,1% no RS — a despeito da enchente — e de 3,2% na média nacional.O que sustenta a projeção de forte crescimento da economia gaúcha para 2025, desta vez, não é só a boa safra agrícola. É a produção industrial, projetada em 3,2%. Conforme a Fiergs, esse desempenho deve refletir a baixa base de comparação deste ano.O chefe da Unidade de Estudos Econômicos da Fiergs, Giovani Baggio, admitiu que os economistas têm "errado sistematicamente" as projeções de crescimento do PIB nacional. Avisou, ainda, que depois da nova surpresa desta quarta-feira, a Fiergs deve corrigir sua projeção de fechamento deste ano.

— O principal motivo é o aumento da renda disponível, variável que o Banco Central apresenta e reúne todos os tipos de renda, inclusive benefícios sociais. Houve um considerável aumento na renda das famílias, com mercado de trabalho também aquecido. O último fator são as reformas feitas desde 2016, a trabalhista, a de crédito. Isso tem ajudado nessa surpresa que a gente tem visito no crescimento.

A coluna quis saber, já que as surpresas vêm desde o ano passado, quando os modelos serão atualizados. Baggio disse que “a partir de agora, devemos levar esses fatores em conta”. 

Segundo o economista, a meteorologia — uma das variáveis mais determinantes para a economia gaúcha — melhorou com previsão de que o fenômeno La Niña seja fraco neste verão, o que permitiria uma safra agrícola mais robusta.

Nas projeções da Fiergs, as exportações devem crescer cerca de 4% em 2025, mesmo com a guerra comercial esperada com Donald Trump. Tanto Bier quanto Baggio ainda acreditam que o Brasil pode se beneficiar com o esperado tarifaço dos Estados Unidos. O economista observou, porém, que como a política de Trump deve ser inflacionária, o dólar se manterá forte e deve elevar o custo dos insumos no Brasil. (Zero Hora)


GDT 369°: preço do leite em pó segue em alta no mercado internacional

O preço médio dos produtos negociados apresentou novo aumento no 369º leilão de lácteos da plataforma GDT, realizado no dia 03/12. O GDT Price Index (média ponderada dos produtos) passou por uma valorização de 1,2%, atingindo USD 4.193/tonelada – o maior valor desde julho de 2022.Gráfico 1. Preço médio leilão GDT.Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Apesar de um cenário de alta no preço médio do leilão, diversas categorias apresentaram retração nos preços. Nesse cenário, a única valorização percentual ficou novamente para a categoria do leite em pó integral, que obteve uma valorização de 4,1% no preço médio, sendo negociado na média de US$ 3.984/tonelada – renovando o valor máximo dos últimos 2 anos. Por outro lado, a maior retração, ficou com a categoria da manteiga, com uma queda de 5,2%, fechando com preço médio de US$6.680/tonelada.

A muçarela registrou uma queda de 4,5%, sendo negociada a uma média de US$ 4.120 por tonelada, enquanto o leite em pó desnatado, que também apresentou retração nos preços, teve uma desvalorização de 1,0%, fechando a US$ 2.848 por tonelada. Além disso, o queijo cheddar sofreu uma nova desvalorização de 3,2%, alcançando a média de US$ 4.689 por tonelada.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 03/12/2024.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

No primeiro leilão do mês de dezembro, o volume negociado apresentou queda, colaborando para as altas dos preços do leite em pó integral. Com um total de 33.630 toneladas sendo negociadas, houve uma retração de 7,7% em relação ao volume negociado no evento anterior, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Além da redução na oferta durante o leilão, que serviu como um dos principais fatores de suporte para a elevação dos preços, a demanda mais firme, especialmente neste período, tem desempenhado um papel crucial na valorização de diversas categorias. Esse cenário é particularmente evidente no caso do leite em pó integral, cujo mercado se beneficiou tanto do ajuste na oferta quanto do interesse crescente dos compradores.

Nos últimos eventos, tínhamos observado uma atuação mais forte das compras da região do Norte da Ásia (que contempla a China) refletindo nas altas dos preços. Já neste último leilão, o destaque de crescimento ficou com as compras da África (região que contempla a Argélia, um dos principais compradores de lácteos do mundo).

No mercado futuro de leite em pó integral na Bolsa de Valores da Nova Zelândia, os contratos atuais também apontam para um aumento nos preços em relação aos valores registrados anteriormente para contratos com vencimentos nos mesmos períodos. Conforme mostrado no gráfico 3.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e do Uruguai, países que historicamente praticam preços acima do Global Dairy Trade (GDT), em grande parte devido à Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, que impõe tarifas de quase 30% sobre importações de fora do bloco.

Os preços mais altos no mercado internacional têm diminuído a diferença de competitividade entre os produtos do Mercosul e os de outros grandes exportadores globais, fazendo com que os lácteos da Argentina e do Uruguai se tornem mais atraentes para esses países importadores.

Nesse sentido, a região da África, especialmente se tratando de países como a Argélia, é uma importante compradora de lácteos do Mercosul e tem demonstrado um apetite mais forte de compras recentemente – o que pode intensificar ainda mais a competição com o Brasil pelas compras do Mercosul.

Além disso, a taxa de câmbio R$/dólar tem atingido as suas máximas históricas recentemente, reduzindo o poder de compra dos importadores brasileiros.

Nesse cenário, as atuais condições sugerem uma possível redução no volume importado nos próximos meses, à medida que os efeitos da taxa de câmbio e da competitividade internacional se intensificam. (Milkpoint)

Assembleia aprova reajuste de 5,25% do salário mínimo regional; novo valor é de R$ 1.656,51

Foram 40 votos favoráveis e três contrários à proposta enviada pelo Poder Executivo. Deputados de oposição se dividiram entre elogios e críticas ao projeto

Por 40 votos favoráveis e três votos contrários, a Assembleia Legislativa do RS aprovou, nesta terça-feira (3), o salário mínimo regional. Com a decisão, que deve ser analisada para sanção ou veto do Executivo, autor da proposta, o menor valor de remuneração formal no Estado passa de R$ 1.573,89 para R$ 1.656,51, significando um reajuste de 5,25%.

Durante a sessão, deputados ocuparam a tribuna para defender diferentes posicionamentos. Emendas que propunham elevação do percentual estipulado no texto do governador Eduardo Leite e antecipação da database foram apresentadas, mas não prosperaram.

— Saudamos a iniciativa do governador de enviar a proposta. Esta política é uma conquista dos trabalhadores. Nossa bancada propõe emenda para que o percentual seja de 9% pagos a partir de dezembro, pois é um mês importante para as famílias e a reposição da inflação é minimamente justa — apontou o deputado Miguel Rossetto (PT).

Em manifestação contrária, o deputado Felipe Camozzato (NOVO) sustentou que a perda do poder de compra do salário se deve à inflação e disse, segundo sua visão, que não adianta elevar a remuneração dos trabalhadores sem outras ações governamentais.

— Por que não votamos um piso de R$ 5 mil ou de R$ 10 mil? Não sejamos mesquinhos, de R$ 20 mil, então? Não irá resolver se o governo continuar a emitir moeda e alimentar a inflação — considerou.

Após breve período de discussão, requerimentos de preferência foram debatidos. Houve decisão favorável a uma emenda, protocolada pelo deputado Guilherme Pasin (PP), definindo que os reajustes terão vigência a partir da publicação da lei, isso é, sem retroatividade a partir da database, que é 1º de maio.

Ao final da votação, o painel do plenário teve pane, não sendo possível identificar a autoria dos votos. Após a sessão, a Mesa Diretora da Assembleia publicou os votos no site da Casa.

Novos valores por faixas de categorias

Faixa I - R$ 1.656,51
Na agricultura e na pecuária; nas indústrias extrativas; em empresas de capturação do pescado (pesqueira); empregados domésticos; em turismo e hospitalidade; nas indústrias da construção civil; nas indústrias de instrumentos musicais e de brinquedos; em estabelecimentos hípicos; empregados motociclistas no transporte de documentos e de pequenos volumes - "motoboy”; empregados em garagens e estacionamentos.

Faixa II - R$ 1.694,66
Nas indústrias do vestuário e do calçado; nas indústrias de fiação e de tecelagem; nas indústrias de artefatos de couro; nas indústrias do papel, papelão e cortiça; em empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas, vendedores ambulantes de jornais e revistas; empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas; empregados em estabelecimentos de serviços de saúde; empregados em serviços de asseio, conservação e limpeza; nas empresas de telecomunicações, teleoperador (call centers), “telemarketing”, “call-centers”, operadores de “voip” (voz sobre identificação e protocolo), TV a cabo e similares; empregados em hotéis, restaurantes, bares e similares.

Faixa III - R$ 1.733,10
Nas indústrias do mobiliário; nas indústrias químicas e farmacêuticas; nas indústrias cinematográficas; nas indústrias da alimentação; empregados no comércio em geral; empregados de agentes autônomos do comércio; empregados em exibidoras e distribuidoras cinematográficas; movimentadores de mercadorias em geral; no comércio armazenador; auxiliares de administração de armazéns gerais.

Faixa IV - R$ 1.801,55
Nas indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico; nas indústrias gráficas; nas indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana; nas indústrias de artefatos de borracha; em empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e de crédito; em edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares; nas indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas; auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino); empregados em entidades culturais, recreativas, de assistência social, de orientação e formação profissional; marinheiros fluviais de convés, marinheiros fluviais de máquinas, cozinheiros fluviais, taifeiros fluviais, empregados em escritórios de agências de navegação, empregados em terminais de contêineres e mestres e encarregados em estaleiros; vigilantes; marítimos do 1º grupo de aquaviários que laboram nas seções de convés, máquinas, câmara e saúde, em todos os níveis (I, II, III, IV, V, VI, VII e superiores).

Faixa V - R$ 2.099,27
Para os trabalhadores técnicos de nível médio, tanto em cursos integrados, quanto subsequentes ou concomitantes. (Zero Hora)


Jogo Rápido

Criança tem que tomar leite integral? Pode ser desnatado ou semidesnatado? Nutricionista explica
Nutricionista explica em quais situações um leite tem preferência sobre o outro. O leite desnatado é nada mais do que um tipo de leite do qual a gordura é retirada. Ele é uma opção interessante para pessoas que precisam reduzir o consumo de gorduras na alimentação, assim como o semidesnatado. Nesse sentido, muitos ainda têm dúvidas se eles seriam escolhas seguras quando se trata de crianças. A nutricionista Priscilla Primi, colunista do GLOBO, explica que, a princípio, optar pelo leite desnatado depende das necessidades alimentares da criança. Isto é, se ela realmente precisa evitar gordura ou não. — Se essa criança estiver em fase de desenvolvimento, com o peso normal, o ideal é que ela tome o leite integral. Esse leite entra com um “extra” de calorias que o corpo precisa quando está nessa fase — afirma. De acordo com a recomendação mais recente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o leite de vaca integral pode ser inserido na alimentação da criança somente após os 12 meses. O indicado é que seja feito o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida e, a partir daí, seja feita a introdução de alimentos in natura e minimamente processados, mantendo a amamentação por dois anos ou mais, conforme a necessidade de cada criança e família. Primi pondera que, por outro lado, se a criança estiver com sobrepeso e colesterol alto, então o leite desnatado ou semidesnatado se tornam boas opções. A principal diferença entre eles está na porcentagem de gordura, enquanto primeiro tem menos de 0,5, o segundo pode ter cerca de 1,4% e já o leite integral, a partir de 3%. — Mas se o objetivo é não ingerir gorduras, é melhor o desnatado. Porque a partir disso você tem as vantagens do leite, como as vitaminas e minerais, mas sem as gorduras — afirma. No quesito calorias, o leite integral tem cerca de 150 calorias por xícara, o leite semidesnatado tem cerca de 120, e o leite desnatado, 80. E no caso dos idosos, o leite desnatado vale? A nutricionista observa que para os idosos também é preciso levar em consideração quais são as necessidades individuais. — Se o idoso tem alguma doença associada, como colesterol alto e triglicérides altas, o leite desnatado é o mais indicado. Contudo, caso o idoso esteja abaixo do peso normal, em estado de desnutrição, o leite integral deve ser consumido — aponta. (O Globo via Edairy News)

 
 

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Porto Alegre, 03 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.276


De onde vem metade do leite brasileiro?

As últimas estatísticas divulgadas pelo IBGE sobre a pecuária de leite no Brasil apresentam um quadro curioso. A grande maioria dos municípios do país possui alguma produção de leite. Este é um dado interessante, considerando que, em diversos outros setores do agro brasileiro como soja, café, laranja e cana-de-açúcar, para citar alguns, a concentração é clara, não são tantos municípios que exibem alguma produção nestes setores.Ainda que a produção de leite seja dispersa no território nacional, os dados de produção de leite no Brasil em 2023 mostram que há um processo de concentração desta produção. Podemos calcular a concentração da produção leiteira de cada município do país como a razão entre a produção média de leite (litros/ dia) e a área deles (quilômetros quadrados do município). Organizando os municípios brasileiros em ordem decrescente de densidade da produção, identificamos uma fração diminuta do território nacional, com densidade igual ou superior a 78 litros/ dia/ km2, que já responde por metade do leite produzido em todo o país (Figura 1).

Figura 1 - Área de maior concentração da produção leiteira no Brasil, 78 ou mais litros/ dia/ km2, 2023.

Área de maior concentração da produção leiteira no Brasil. 78 ou mais litros/ dia/ km2, 2023.
Fonte: PPM adaptado por Embrapa (2024).
 
Esta área de maior concentração da produção brasileira abrange importantes bacias leiteiras do Sul, Sudeste e do Nordeste brasileiro e também áreas relevantes do estado de Goiás. Esta área equivale a apenas 291 mil quilômetros quadrados, ou seja, 3% da área territorial do país.

É curioso observar que a concentração espacial da produção brasileira aumenta a cada ano. Entre 2013 e 2023 a contribuição da área de maior concentração da produção no total do leite produzido no país passou de 41% para 50%. Um expressivo aumento de quase um ponto percentual ao ano. A produção de leite no país só aumentou nesta área. Entre 2013 e 2023 a produção da área de menor concentração, ou 97% do território nacional, diminuiu de 55,2 para 48,0 milhões de litros/ dia. Por outro lado, a área de maior concentração exibiu aumento de 38,6 para 48,9 milhões de litros/ dia em apenas dez anos, em contraste com a produção total brasileira, que pouco se alterou nestes dez anos.

Neste período, o número de vacas ordenhadas no país diminuiu de 23,0 para 15,7 milhões de cabeças. Na área de maior concentração da produção este número também caiu de 5,6 para 4,6 milhões, uma queda notável considerando o aumento de 27% na produção desta região em dez anos. Nestas regiões mais dinâmicas observa-se incremento de produção e redução do número de animais, um reflexo da crescente especialização na pecuária de leite (Tabela 1).

Tabela 1 - Área, produção e produtividade da pecuária leiteira no Brasil, em áreas de menor e maior densidade de produção, 2013-2023.

Área, produção e produtividade da pecuária leiteira no Brasil, em áreas de menor e maior densidade de produção, 2013-2023.

Fonte: PPM adaptado por Embrapa (2024).
 
A concentração espacial da produção também coincide com a concentração do processo de inovação tecnológica na produção leiteira. A produtividade da região de maior concentração da produção evoluiu mais rapidamente que a outra área e alcança valor significativamente superior à média nacional: 3.849 litros/ vaca/ dia em 2023 contra 2.264 litros/ vaca/ dia no Brasil neste mesmo ano. É o Brasil cuja produtividade já se aproxima à observada na Nova Zelândia, importante produtor e exportador de lácteos no contexto global.

É visível o processo de concentração espacial na produção e nos processos de inovação tecnológica da pecuária leiteira. Este é um movimento importante e necessário para permitir a redução de custos de transporte e melhorar a oferta de bens e serviços necessários à maior competitividade da cadeia brasileira de lácteos frente ao mundo. A pequena fração de 3% do território nacional, que já produz metade do leite brasileiro, mostra que há polos dinâmicos na produção leiteira que devem ser mais bem conhecidos, estimulados e cujas experiências e trajetórias podem ajudar ao agronegócio do leite a trilhar no caminho do desenvolvimento sustentável e da competitividade. (POR SAMUEL JOSE DE MAGALHAES OLIVEIRA E GLAUCO RODRIGUES CARVALHO PARA MILKPOINT)


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT editado pelo SINDILAT

BC acha que precisa subir juros por desemprego baixo e economia ir bem

"No caso do Brasil, enfrentar isso não tem bala de prata", disse o futuro presidente do BC em evento na quinta-feira (28)

O diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central no ano que vem, Gabriel Galípolo, voltou a repetir que a autarquia segue firme na persecução da meta de inflação de 3%, “ainda que possa parecer estranho para muita gente”, pontua o diretor.

Galípolo reconhece que a economia doméstica vai bem, com crescimento surpreendendo para cima e a taxa de desemprego em nível baixo – e é justamente por isso que o BC entende que é preciso subir juros, afirma. “O BC é o cara chato da festa, de diminuir o som quando as coisas parecem estar indo bem. Mas isso acontece para desacelerar e as coisas não saírem do controle”, disse o diretor, no evento Esfera Brasil, promovido pelo Esfera Recebe, em São Paulo.

O futuro presidente do BC ainda avalia que é um tema complexo explicar a resiliência maior da economia com juros mais altos. “É um tema para essa geração enfrentar”, frisou. “No caso do Brasil, enfrentar isso não tem bala de prata, envolve analisar todos os tipos de dissonâncias que existem para o que são as melhores práticas globais, seja do ponto de vista de políticas públicas no âmbito fiscal, seja no âmbito da taxa de juros, no tema da desindexação, por exemplo”, detalhou.

Galípolo ainda pontuou que um elemento que não tem mitigação a juros mais altos é o Tesouro, e lembrou que a taxa fixada pelo Tesouro não é a mesma fixada pelo BC. “Este convívio com taxa de juros mais alta se faz sentir, sim, em um peso maior sobre o Tesouro”, disse. “E eu acho que deveria ser um debate que não envolve só a atribuição do Banco Central, mas também de como é que a gente consegue normalizar as políticas econômicas no Brasil e conseguir aproximá-las do que são as melhores práticas internacionais, para que a gente possa ter mais potência e poder ter o mesmo efeito sem precisar dar uma dose tão alta”, complementou.

‘Juro em nível mais contracionista’
Galípolo reforçou nesta quinta (28) que, pelos indicadores, é lógico supor que a taxa de juro precisará de um juro em nível mais contracionista.

“Pelos indicadores, é lógico supor que precisará de juro em nível mais contracionista”, disse o diretor durante evento do Grupo Esfera. Mas, de acordo com Galípolo, o BC segue firme no objetivo de perseguir a meta de inflação.“Isso pode se dar em doses diferentes, por mais custos, por menos custos, mas esse é um mandato do Banco Central em que a gente segue firme, recebe esse objetivo de perseguição da meta. Ainda que seja, muitas vezes, por um motivo que, para muita gente, pode ser estranho”, disse Galípolo, acrescentando que o BC está achando que precisa subir juros.

“O Banco Central, às vezes, é esse cara que é meio que o chato da festa. Normalmente, a festa parece uma coisa mais legal. Então, vamos baixar um pouco o som, vamos segurar um pouco a bebida para ter certeza que ninguém vai se machucar até o final da festa”, disse Galípolo. (Infomoney)


Jogo Rápido

Galípolo descarta recorrer a reservas para conter alta do dólar
O futuro presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, afirmou nesta 2ª feira
(2.dez.2024) que, sob sua direção, a autarquia não recorrerá ao uso das reservas cambiais de US$ 370 bilhões do Brasil para intervir no valor do dólar. A declaração foi dada durante evento da XP Investimentos, em São Paulo. Segundo Galípolo, a atuação do BC será focada em situações de desequilíbrio. "Essa é uma discussão que às vezes vai surgir: 'Tem US$ 370 bilhões em reservas, por que não segura o dólar no peito?'. Quem está no mercado e está assistindo sabe que não é assim que funciona, e efetivamente a gente vai continuar fazendo atuações só por questões de desfuncionalidade como essa de você ter uma sazonalidade no final de ano", disse. A moeda norte-americana segue acima de R$ 6 desde a 6ª feira (29.nov). Foi o maior patamar nominal de fechamento na história. Nesta 2ª (2.dez), a moeda fechou a R$ 6,07 e renovou o recorde.nO atual diretor de política monetária do BC ainda afirmou que o câmbio flutuante é um dos "pilares" da matriz econômica brasileira e que está cumprindo seu papel "muito bem". "O câmbio flutuante é um dos pilares da nossa matriz econômica, essencial para que a gente possa passar por momentos como esse que a gente tá vendo agora. Então eu não vejo nenhum tipo de mudança significativa, o câmbio flutuante tá cumprindo seu papel muito bem", finalizou. O BC pode interferir para frear a cotação da moeda norte-americana injetando dólares no mercado, já que uma maior oferta da moeda norte-americana ajuda a desacelerar a desvalorização do real. (Poder 360)

 
 

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Porto Alegre, 02 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.275


Nereida Vergara é a homenageada da 10ª edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo

A jornalista Nereida Vergara, editora de Rural do Correio do Povo, é a  homenageada especial da 10ª edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo. A decisão foi chancelada pela Comissão Julgadora, durante reunião realizada na manhã do dia 28/11 e levou em conta a pontuação acumulada pela profissional pelos prêmios conquistados ao longo da década. Segundo o presidente da Comissão, o jornalista Antônio Goulart, conselheiro da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), a distinção faz jus ao comprometimento da jornalista na cobertura do setor do agronegócio. “É uma importante iniciativa, pois reconhece a constância do trabalho da profissional, que tem ampla experiência nas redações dos jornais impressos”.  Nereida Vergara recebeu a notícia nesta segunda-feira (02/12) em uma visita do Sindilat/RS ao Correio do Povo. A gerente de comunicação Jéssica Aguirres entregou à jornalista em mãos o convite para a festa de Final de Ano do Sindilat/RS, que acontece no dia 19/12, oportunidade na qual será formalizada a homenagem. “Acho uma grande honra ser a maior ganhadora do prêmio até aqui. Confesso que acho a cadeia leiteira apaixonante e adoro aprender cada detalhe da produção à industrialização. Fiquei emocionada”, disse a jornalista. O Secretário Executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, lembrou a trajetória da profissional, que sempre dedicou atenção à pauta do leite. “O setor lácteo não é um segmento simples. E, cobrir o dia a dia das pautas do leite exige dedicação. Premiar profissionais desta forma é reconhecer o esforço de todos que, assim como Nereida, dedicam-se ao segmento”, apontou.

Assessoria de imprensa do SINDILAT/RS


Consumo em alta leva preço do boi gordo a patamar recorde

Indicador Cepea/B3 bateu recorde nesta semana, quando o valor nominal do gado chegou a R$ 352,65 por arrobaO preço da arroba do boi gordo atingiu nova máxima histórica nesta semana no Brasil, puxado pela forte demanda por carne bovina nos mercados interno e externo. O consumo em alta já havia feito os abates de bovinos baterem recorde no primeiro semestre.O indicador do boi gordo Cepea/B3 bateu recorde na terça-feira (26), quando o valor nominal chegou a R$ 352,65 por arroba. Ontem, o índice fechou a R$ 352,10 por arroba.A última vez em que o preço do gado chegou a esse nível foi após o auge da pandemia de covid-19, em março de 2022, quando a cotação foi a R$ 352,05 por arroba. “Realmente, é a maior alta da série histórica de preço do boi no Brasil, e as razões disso são demandas no mercado interno e externo bastante aquecidas”, disse João Figueiredo, analista da Datagro Pecuária.O especialista lembra que, apesar dos sinais de início da virada de ciclo pecuário na oferta de gado, o quadro é diferente do que se viu em 2022. Naquele ano, a oferta de animais estava mais restrita e o ciclo era de baixa.“Estamos com mais de 30 milhões de bois abatidos até setembro, um patamar de abates recorde, e o boi subindo desse jeito. É muito impressionante”, avalia.

De acordo com a Datagro, em alguma medida, a valorização da arroba já foi repassada ao preço da carne bovina no atacado, que também está em suas máximas históricas, em torno de R$ 23 por quilo. No entanto, não se sabe até que ponto o consumidor doméstico conseguirá absorver os produtos nesses valores no médio e longo prazos, diz a consultoria.Sobre a demanda do mercado externo, Lygia Pimentel, diretora da consultoria Agrifatto, disse que as exportações de carne bovina já bateram recorde antes mesmo de o Brasil encerrar o ano de 2024.No acumulado entre janeiro e outubro, os embarques da proteína alcançaram 2,4 milhões de toneladas, conforme dados do governo federal compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Em todo o ano passado, o Brasil exportou 2,29 milhões de toneladas de carne bovina.

“Até agora, a gente está falando de vendas com preço em dólares mais alto e a cotação do dólar também mais alta. Quando convertemos para reais, o preço da tonelada atingiu recorde”, afirmou.Além das compras da China, os exportadores brasileiros beneficiam-se do declínio da produção americana de gado — tanto de forma direta, como fornecedores, quanto indireta, com a perda de espaço dos EUA no mercado global. Um exemplo disso são os novos mercados em ascensão para embarques brasileiros, como é o caso do México.

Pimentel acredita que, daqui para a frente, a tendência é de ajuste nos preços do gado. Ela argumenta que o consumidor deverá ter dificuldade para absorver os altos valores da carne e que as indústrias frigoríficas também precisarão buscar estratégias para lidar com o aumento de custo. (Globo Rural)

 

Empresas descumprem Lei da Transparência Fiscal

Após período de transição da reforma tributária, deverá ser feita adaptação para a informação de tributos embutidos nos preços

Cerca de metade das notas fiscais emitidas no Brasil está em desacordo com a Lei de Transparência Fiscal (nº 12.741/2012). A constatação é de levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). Essa legislação impõe multa de até R$ 13,6 milhões para empresas que não informam as alíquotas dos tributos incidentes sobre produtos comercializados ou serviços prestados no documento fiscal.

Com base em uma amostra de 6 milhões de notas fiscais escaneadas e armazenadas no aplicativo “Citizen IBPT”, nos últimos dois anos, o que representa em média cerca de 50% no país, o instituto concluiu que a maioria dos estabelecimentos ainda não aderiu de maneira completa e efetiva aos requisitos da legislação.

De acordo com o gerente de Projetos do IBPT, Alcyr de Castro, além da multa, que equivale a três milhões de vezes o valor da Unidade Fiscal de Referência (Ufir), o não cumprimento da legislação pode acarretar outras sanções previstas no artigo 56 do Capítulo VII do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Entre elas: a proibição de fabricação de produto, interdição de estabelecimento, obra ou atividade.

“Muitos estabelecimentos estão em desacordo com o princípio da transparência previsto em lei”, diz Castro. “Suas operações, portanto, estão passíveis de uma sorte de sanções, caso o Procon entenda que a empresa, por estar em desacordo com a Lei da Transparência Fiscal, traz prejuízos ao consumidor”, acrescenta.

Os Procons geralmente atuam se houver registro de reclamação sobre o assunto. "O Procon-SP considera em suas fiscalizações o direito do consumidor de saber a carga tributária de cada produto ou serviço que consome, que devem constar nas notas fiscais e cupons, ou em painéis visíveis no estabelecimento", comenta o órgão por meio de nota.

Segundo a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), em regra, os consumidores não costumam registrar reclamações nesse sentido, o que dificulta a atuação dos Procons. "O Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, coordenado pela Senacon, desenvolve com frequência campanhas de educação para o consumo, incluindo o tema, reforçando, inclusive, a necessidade do consumidor de exigir nota fiscal", explica a secretaria em nota enviada ao Valor.

O IBPT presta o serviço de parametrização das informações que precisam constar das notas fiscais. Na opinião do especialista do instituto, a baixa adesão à exposição dos tributos nas notas se dá, como primeiro motivo, pelo fato de as empresas de software não implementarem essa parametrização. Além disso, ele acredita que há baixa consciência tributária do consumidor, que deixa de reivindicar um direito amparado em lei.

"O indicador de que 50%, em média, das notas fiscais brasileiras estão em desacordo mostra para a sociedade que ainda há muito o que fazer para tornar isso uma realidade", diz Castro. "Um consumidor ou contribuinte consciente cobra as autoridades, os legisladores e conhece os seus direitos."

O levantamento do IBPT mostra que a descrição da carga tributária nas notas fiscais é mais alta nos Estados das regiões Sudeste (57%), Centro Oeste (53,8%) e Sul (50,5%). Já as regiões Norte e Nordeste possuem, ambas, cerca de 45% de discriminação dos tributos nos documentos fiscais. (Valor Econômico)


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Vendas dos supermercados registram crescimento anual de 2,9% em outubro
Para a Black Friday, a Abras trabalha com uma expectativa de 6% a 8% de crescimento nas vendas em relação a 2023; já no Natal, o setor prevê um avanço de 12% no consumo. As vendas do varejo e atacarejo alimentar cresceram 2,9% em outubro ante o mesmo mês de 2023, segundo divulgou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), na manhã desta quinta-feira (28). Em relação a setembro de 2024, o avanço foi de 3,5%, sustentado pelo crescimento da empregabilidade ao longo do ano, afirmou o vice-presidente da Abras, Márcio Milan. No acumulado do ano, o indicador tem alta de 2,67% e permanece acima das projeções do setor, de crescimento de 2,50% em 2024. Os indicadores são deflacionados pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e contemplam supermercados, hipermercados e atacarejo alimentar. O pagamento do 13° salário, as datas festivas e outros benefícios que devem ser pagos ao longo dos últimos meses do ano devem impulsionar o consumo no período, afirma Milan. Para a Black Friday, a associação trabalha com uma expectativa de 6% a 8% de crescimento nas vendas em relação a 2023. Já no Natal, o setor prevê um avanço de 12% no consumo. Os preços da cesta natalina, por sua vez, devem estar, em média, 8% mais altos, impactados pela alta do dólar e fatores climáticos que provocaram a inflação dos alimentos, principalmente nas carnes e nos produtos básicos. "As encomendas de fim de ano já foram feitas. As movimentações mais recentes [do dólar] ainda não foram incorporadas e se persistirem vão interferir nos preços daqui em diante", disse Milan. Na quarta-feira (28), a moeda americana fechou o dia no maior nível nominal da história, aos R$ 5,91, após o anúncio de corte de gastos feito pelo governo federal. Apesar disso, o vice-presidente da Abras entende que houve uma sinalização positiva por parte do governo, especialmente no que diz respeito à isenção do pagamento de Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil. (Valor Econômico)

 
 

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Porto Alegre, 29 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.274


CONSELEITE – SANTA CATARINA

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 29 de Novembro de 2024 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Outubro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Novembro de 2024.Períodos de apuraçãoMês de Outubro/2024: De 30/09/2024 a 03/11/2024
Parcial Novembro/2024: De 04/11/2024 a 24/11/2024

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão.

CONSELEITE/SC


Proposta do governo altera tabela progressiva e forma de calcular IR devido

Mudança que será negociada com o Congresso ao longo de 2025 para vigorar no ano seguinte divide contribuintes em quatro gruposA reforma do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) proposta pelo governo divide os contribuintes em quatro grupos: os isentos, os que têm renda mensal de R$ 5.000,01 a R$ 6,98 mil, aqueles com renda de R$ 6.980,01 a R$ 50 mil e os que ganham mais de R$ 50 mil. O governo pretende discutir as mudanças com o Congresso ao longo de 2025, para que entrem em vigor em 2026.O anúncio dessa reforma junto com o pacote de ajuste fiscal foi mal recebido pelo mercado, por causa de um possível impacto negativo sobre a arrecadação e consequente enfraquecimento do resultado das contas públicas.

O governo, porém, assegura que a renúncia decorrente do maior limite de isenção será compensada pela tributação nas rendas mais altas, de forma que o impacto será zero. A principal medida é a elevação do limite de isenção do IRPF, hoje em dois salários mínimos (R$ 2.824), para R$ 5 mil. Trata-se de uma das principais promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Estima-se que com isso 20 milhões de pessoas serão beneficiadas.

Num segundo degrau, estão as pessoas que ganham mais de R$ 5 mil até R$ 6.980 (valor constante dos estudos da Receita) ou R$ 7,5 mil (valor citado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad). Para esse grupo, haverá uma dedução que reduzirá a base de cálculo do IR.

Aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda estava pautada desde a campanha eleitoral de 2018" — Fernando Haddad

O desconto variará de forma inversamente proporcional à renda. Nesse grupo, estima-se, estão 16 milhões de pessoas.

Na faixa de renda acima dessa e abaixo dos R$ 50 mil, será aplicada a tabela progressiva como existe hoje. Com um detalhe: a primeira faixa de tributação não começará em R$ 5.000,01, mas em R$ 2.824,01.

É por essa razão que o governo estima uma perda de R$ 35 bilhões ao ano com a nova faixa de isenção, enquanto o mercado calcula em torno de R$ 70 bilhões. Esse valor mais alto ocorreria caso a nova faixa de isenção fosse aplicada a todos os contribuintes, o que não é a ideia.

Quem ganha mais de R$ 50 mil por mês estará sujeito a uma taxação mínima. Não se trata de um adicional, explicou um técnico da Receita.

Essa taxa mínima será comparada com tudo o que esse contribuinte recolheu como pessoa física sobre salários, dividendos, aluguéis, aplicações financeiras, dividendos.

Se, considerando todos esses pagamentos, a alíquota mínima não tiver sido alcançada, haverá a cobrança. Do contrário, o mínimo não será exigido.

Se, por exemplo, essa renda vem de um trabalho assalariado com recolhimento do IR na fonte, provavelmente a taxação mínima será ultrapassada. Assim, não haverá necessidade de recolhimento extra. Já quem tem muito rendimento isento, como algumas aplicações financeiras, possivelmente pagará o mínimo. 

A taxação das maiores rendas por meio do imposto mínimo é um conceito novo, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele defende a adoção de regra semelhante a nível global. Essa proposta foi debatida na reunião do G20.

Haddad informou ainda que as deduções do IR com saúde não serão alteradas. No entanto, a isenção concedida em casos de moléstia grave será limitada a quem tem renda de até R$ 20 mil por mês.

Questionado sobre o motivo de as mudanças no IR terem sido anunciadas junto com o pacote de ajuste, o que acabou gerando ruído no mercado, o ministro da Fazenda respondeu que foi uma decisão de Lula, que dialoga não só com o mercado, mas também com a sociedade.

Haddad lembrou que a promessa de elevar a faixa de isenção a R$ 5 mil foi promessa de campanha de Lula, assim como havia sido de Jair Bolsonaro. "Esse tema está pautado nas campanhas eleitorais desde 2018, comentou, acrescentando que sua concretização não deveria ser surpresa. Ele próprio é um estudioso sobre temas de desigualdade e não poderia passar pelo Ministério da Fazenda sem ao menos tentar fazer uma reforma do Imposto de Renda, comentou.

A reforma do IR, se aprovada, valerá a partir de 2026. Para 2025, o que está nos planos do governo é promover apenas o reajuste da primeira faixa de tributação da tabela progressiva, de modo a manter isentas as rendas de até dois salários mínimos. (Valor Econômico)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1843 de 28 de novembro de 2024 

BOVINOCULTURA DE LEITE

A produtividade de leite permanece positiva, embora as altas temperaturas tenham reduzido o tempo de pastejo, impactando a ingestão de alimentos e o desempenho reprodutivo das vacas. O estresse térmico causou leve queda na produção, mas as condições secas melhoraram a qualidade do leite, reduzindo a incidência de mastite. Para mitigar o calor, os produtores ajustaram o manejo, priorizando o pastejo em horários mais frescos. A infestação de carrapato aumentou devido ao calor e à umidade excessiva.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção está estável nas áreas com boa forragem, mas há problemas com o lento desenvolvimento das pastagens e do estresse térmico. 

Na de Caxias do Sul, o calor, durante o dia, afetou o bem-estar das vacas confinadas, que necessitaram de ventilação artificial, mas as temperaturas mais baixas à noite melhoraram o conforto térmico. 

Na de Erechim, a saúde dos rebanhos está dentro da normalidade. Em Erval Grande, a confirmação de casos de raiva exigiu maior vigilância e vacinação nas propriedades próximas ao foco. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite está estável, e há expectativa de aumento em 
razão da maior oferta de pastagem. 

Na de Ijuí, houve pequeno aumento no volume total e o clima seco favoreceu o manejo e a higienização dos animais, mas gerou preocupações em relação ao estresse calórico. Não houve impactos à produção até o momento. 

Na de Lajeado, em Barão, a falta de pastagem resultou em queda na produção de leite, mas as lavouras de milho para silagem estão bem desenvolvidas, sem problemas de pragas ou doenças. 

Na de Passo Fundo, o controle sanitário seguiu sendo realizado principalmente contra mosca-dos-chifres e carrapato. A produção de leite está dentro da normalidade. 

Na de Pelotas, a transição das pastagens da primavera para o verão prejudica a atividade leiteira em função do vazio forrageiro, que é um dos principais problemas. As pastagens de inverno estão fibrosas, e as de verão ainda não oferecem boas condições para o pastejo. 

Na de Santa Maria, as pastagens anuais de verão estão prontas para o pastejo, ajudando a reduzir o vazio forrageiro de primavera, que impacta a produtividade e o escore corporal dos rebanhos. 

Na de Santa Rosa, embora o volume de leite produzido tenha diminuído ligeiramente, a qualidade se manteve dentro dos padrões estabelecidos. (EMATER/RS editado SINDILAT/RS)


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Previsão do tempo
Nos próximos dias, o Rio Grande do Sul será marcado por chuvas irregulares em todas as regiões até o final da semana. No sábado, devido ao deslocamento de um anticiclone migratório em direção ao oceano, haverá estabilidade na metade sul do estado, enquanto chuvas de intensidade fraca a moderada poderão ocorrer nas regiões das Missões, Noroeste, Norte e Campos de Cima da Serra, acompanhadas de temperaturas amenas. No domingo, a intensificação de cavados atmosféricos favorecerá a formação de nevoeiros e chuvas leves em grande parte do estado, com precipitações mais intensas ao longo da faixa de fronteira com o Uruguai, abrangendo as regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste, além do aumento dos ventos e das temperaturas. Na segunda-feira, o avanço de uma frente fria associada a um ciclone extratropical provocará chuvas de intensidade moderada a forte em diversas regiões, incluindo Campanha, Fronteira Oeste, Metropolitana, Vales, Serra e Planalto, acompanhadas de queda nas temperaturas ao longo do dia. Na terça-feira, o deslocamento da frente fria permitirá o retorno da estabilidade, embora ainda possa haver nevoeiros ou chuvas leves na madrugada em algumas áreas do Sul e Campanha, com o sol aparecendo entre nuvens e um declínio acentuado nas temperaturas. Na quarta-feira, o tempo se estabilizará em todas as regiões, com o predomínio do sol, poucas nuvens e temperaturas amenas. Os acumulados de chuva ao longo do período serão mais intensos no centro e norte do estado, com volumes superiores a 100 mm em algumas áreas do extremo norte e noroeste. Na faixa central, os valores deverão variar entre 50 mm e 100 mm, enquanto no sul os acumulados serão menores, oscilando entre 2 mm e 50 mm, com os menores valores registrados no Litoral Sul. 
(SEAPI editado SINDILAT/RS)

 
 

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Porto Alegre, 28 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.273


Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo divulga finalistas da 10ª edição

Reunida na manhã desta quinta-feira (28/11), a Comissão do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo divulgou os finalistas de sua 10ª edição. Com 42 trabalhos disputando três categorias (impresso, on-line e eletrônico), a premiação deste ano destacou-se por inúmeros trabalhos retratando os prejuízos causados pela enchente no Rio Grande do Sul. 
 

Segundo o presidente da Comissão, o jornalista Antônio Goulart, conselheiro da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), a qualidade dos trabalhos apresentados promoveu uma disputa acirrada, principalmente nas categorias impresso e on-line. “Tivemos grande disputa no digital, o que mostra que o prêmio acompanha as mudanças que foram acontecendo nesta década”, destaca Goulart, que compõe o juri desde a primeira edição. O jornalista ainda destacou a renovação de profissionais ao longo dos anos, com constantes inovações e atualizações de assuntos e abordagens.

Na categoria Impresso, disputam a final os jornalistas Ana Esteves, do Jornal do Comércio; Itamar Antonio Pelizzaro, do Correio do Povo; e Lívia Araújo, do Jornal do Comércio. Na On-line, Cleyton Vilarino, do Globo Rural; Elstor Hanzen, do Extra Classe; e Itamar Antonio Pelizzaro, do Correio do Povo. Na categoria Eletrônico, Carina Venzo Cavalheiro, da Emater/RS-Ascar; Eduardo Amaral, da Agrolink; e Eliza Maliszewski, do Canal Rural. 

A comissão julgadora é composta ainda por representantes da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul),  Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (Sindjors) e do Sindilat/RS, entidade promotora da premiação. “Estes 10 anos consolidam este espaço que busca valorizar o trabalho da imprensa e sua atuação no desenvolvimento do setor lácteo”, destaca Darlan Palharini, Secretário Executivo do Sindilat/RS. 

Os vencedores serão revelados no Jantar de Confraternização do Sindilat/RS, no dia 19/12. Os primeiros colocados receberão troféu e celular iPhone, enquanto os segundos e terceiros lugares serão agraciados com troféus. 

Finalistas:

Categoria Impresso 

  • Ana Esteves - Enchentes acirram crise do setor leiteiro no Rio Grande do Sul, Jornal do Comércio
  • Itamar Antonio Pelizzaro - Exemplo que inspira o futuro nos tambos, Correio do Povo
  • Lívia Araújo - Queijos artesanais gaúchos conquistam novos mercados, Jornal do Comércio
Categoria On-line
  • Cleyton Vilarino - Conheça o pastoreio rotatínuo, sistema que auxilia na rentabilidade leiteira, Globo Rural
  • Elstor Hanzen - Superação do descompasso entre desenvolvimento e sustentabilidade é liderada por cooperativas, Extra Classe
  • Itamar Antonio Pelizzaro - Jovens assumem protagonismo para futuro tecnológico no setor leiteiro, Correio do Povo
Categoria Eletrônico
  • Carina Venzo Cavalheiro - Casal de Soledade mostra a bovinocultura de leite como meio para realizar sonhos, Emater/RS-Ascar
  • Eduardo Amaral e Lucas Rivas - Indústria láctea gaúcha resiste após enchentes e projeta crescimento, Agrolink
  • Eliza Maliszewski - Leite: calculadora virtual ajuda produtores gaúchos a planejar preços, Canal Rural

Indicadores do leite são apresentados pela Secretaria da Fazenda

O último trimestre aponta para uma possível estabilização nas vendas do setor de laticínios do Rio Grande do Sul, ainda com redução de 1%, mas mais equilibrado após um período de queda de 5,9%, entre outubro de 2023 e setembro de 2024. A projeção é da Secretaria da Fazenda e foi debatida com o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS).

Na live Diálogos Setoriais, os efeitos das chuvas foram considerados. “Tivemos dificuldades em conseguir coletar leite. Com a perda das pastagens, também se perdeu a alimentação do gado e, evidentemente, teve menor produção, desaquecendo o mercado. Teve indústria que operou normalmente, outras que tiveram que alterar a logística, aumentando os custos de produção”, indicou o 1º Vice-Presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra.

A análise desta quinta-feira, 28/11, incluiu também informações sobre compras de insumos, aquisições de bens de capital, valor adicionado, e fluxos interestaduais de mercadorias. As informações constam na Edição 24 da revista RS360 e pode ser acessada clicando aqui. “São informações importantes que agregam nas análises e nas tomadas de decisões no setor”, aponta Darlan Palharini, Secretário Executivo do Sindilat/RS. 

Além da disponibilização dos dados fazendários para o acompanhamento do setor, o Auditor Fiscal da Receita Estadual, Michel Millem Camara, apresentou outra ferramenta. Os Painéis de Preços Dinâmicos, possibilitam a análise de dados relativos aos preços pagos pelos consumidores para alguns produtos lácteos e podem ser acessados clicando aqui.  

A live faz parte da iniciativa Desenvolve RS. Esta foi a quinta dedicada ao setor lácteo e traz os dados relativos ao terceiro trimestre do ano. A íntegra da transmissão está disponível no canal da Secretaria da Fazenda RS no YouTube, que pode ser acessada aqui.

*As informações são da Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS, com dados da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul

Lactalis investe R$ 250 milhões até 2025 em fábricas em MG

Recursos serão aportados nas unidades industriais da empresa e da Itambé

A francesa Lactalis, maior empresa de lácteos do mundo, anunciou em reunião com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que vai investir R$ 250 milhões no Estado entre 2024 e 2025. Os recursos serão aportados nas unidades industriais da empresa e da Itambé, que pertence ao grupo.O objetivo é modernizar e ampliar a produção, disse o diretor da Lactalis do Brasil, Guilherme Portella, que também preside o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS). De 2020 a 2023, a companhia investiu no Estado R$ 486,3 milhões. Somente em 2023 foram investidos R$ 122,5 milhões em Minas Gerais.

A Lactalis não divulga em quanto pretende ampliar a capacidade produtiva com o investimento novo. No Brasil, a Lactalis registrou receita no ano passado de R$ 15 bilhões e uma captação de 2,7 bilhões de litros de leite, o equivalente a 11,2% do mercado de leite inspecionado no país. A empresa possui 23 fábricas e emprega 12 mil pessoas no Brasil.

Em Minas Gerais, a companhia capta 948 milhões de litros de leite anualmente e emprega 3,65 mil pessoas. O aporte no Estado envolve as unidades da Lactalis nos municípios de Ravena, Curral Novo e Pouso Alto, e as fábricas da Itambé, localizadas em Pará de Minas, Sete Lagoas, Uberlândia e Guanhães.

Em Ravena, a empresa fará melhorias na torre de secagem para produção de soro em pó e melhorias na estação de tratamento de esgoto. Em Pouso Alto, a Lactalis fará ampliação da produção de parmesão e investirá na parte de ultrafiltração.

Em Pará de Minas, a empresa investe em uma nova linha de leite fermentado, na ampliação da produção de iogurte e em modernizações em geral. Em Sete Lagoas, o aporte será feito na instalação de uma nova linha de doce de leite em copos e na ampliação da linha de produção de latas. Em Uberlândia, o foco é uma nova linha de manteiga de pote e modernizações e ampliações em geral.

“A Lactalis acredita na produção leiteira brasileira. Minas Gerais e o Rio Grande so Sul são as principais bases de produção da empresa no país, e os investimentos são realizados para aumentar nossa capacidade produtiva e para ajudar no desenvolvimento dos produtores de leite desses Estados”, afirmou Portella.

Em agosto deste ano, a Lactalis havia anunciado um investimento de R$ 100 milhões nas suas cinco unidades no Rio Grande do Sul, nos municípios de Teotônia, Tapera, Três de Maio, Santa Rosa e Ijuí.

“Como empresa líder no Brasil, temos o compromisso de promover todos os elos do setor de maneira sustentável, auxiliando no desenvolvimento das comunidades no entorno de nossas 23 fábricas e regiões de captação de leite”, acrescentou Portella.

Em nota, o governador de Minas Gerais comemorou o anúncio. “Com a ampliação em nosso Estado desta empresa, líder no mercado de laticínios do mundo, teremos mais empregos e o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva, uma vez que eles são responsáveis por uma série de produtos derivados do leite”, afirmou Zema.

“Este novo aporte reforça a capacidade industrial de Minas, ao mesmo tempo que promove inovação tecnológica e sustentabilidade no setor”, acrescentou em nota o diretor-presidente da Invest Minas, João Paulo Braga.

A Lactalis tem como meta ampliar a sua participação de mercado no país de 11,2% para 15% até 2028. A meta é aumentar a captação para 3,5 bilhões de litros por ano. A companhia é dona de 16 marcas no país, incluindo Elegê, Itambé, Cotochés, Parmalat e Batavo. (Globo Rural)


Jogo Rápido

Reajuste do piso regional gaúcho será votado na próxima semana
A proposta de reajuste do piso salarial regional do Rio Grande do Sul será votada na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul em sessão plenária na próxima terça-feira (3). O projeto de lei (PL) integra um pacote de 35 propostas encaminhado pelo governo Eduardo Leite ao parlamento em regime de urgência no início de novembro. O PL encaminhado pelo Executivo prevê aumento de 5,25% dos salários-mínimos no RS, com valores que variam de R$ 1.656,52 a R$ 2.099,27. O reajuste dos salários mínimos estava previsto para ser apreciado pelos parlamentares junto dos demais itens do pacote do governo, mas após um pedido do líder da oposição na Casa, deputado Miguel Rossetto (PT), ficou acordado em reunião de líderes de bancadas nesta terça (26) o adiantamento da apreciação da proposta. O motivo para este adiantamento é para que os empregadores tenham maior tempo hábil para estipular os orçamentos a partir do novo piso. De acordo com Rossetto, a oposição protocolará duas emendas ao projeto. Uma delas é de revisão do índice do reajuste para 7,7%, o que significaria uma variação entre os salários mínimos de R$ 1.695,08 para a faixa 1 – a mais baixa - a R$ 2.148,14 para a faixa 5. A outra emenda a ser protocolada é relativa a uma garantia da permanência do piso mínimo regional gaúcho como uma política do Estado. (Jornal do Comércio)

 
 

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Porto Alegre, 27 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.272


CONSELEITE MINAS GERAIS - RESOLUÇÃO NOVEMBRO/2024

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 26 de Novembro de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Setembro/2024 a ser pago em Outubro/2024.

b) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Outubro/2024 a ser pago em Novembro/2024.

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2024 a ser pago em Dezembro/2024.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.


CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 


URUGUAI: Preço recebido pela indústria subiu 4% em setembro para US$/lt 0,64

Em setembro, em média, a indústria de laticínios recebeu um preço por litro 

Em setembro, em média, a indústria de laticínios recebeu um preço por litro de leite exportado de US$ 0,55 (medido por litro de leite equivalente), valor 7% superior ao valor recebido há um ano, enquanto o indicador de mercado nacional mercado ficou em US$ 0,89 por litro (-2%), segundo Inale.No período, o preço dos lácteos permaneceu no valor de US$ 0,38 por litro (preços incluem reliquidações). Se for analisada a média ponderada dos últimos 12 meses, os preços de exportação caíram 8%, com valor de US$ 0,52 por litro, enquanto o preço no mercado interno permaneceu estável e atingiu o preço de US$ 0,94 por litro. O preço médio recebido pela indústria foi de US$ 0,64 por litro, que caiu 5%. Por sua vez, o preço do lácteo foi de US$ 0,38 por litro, com queda de 10% no mesmo período.Enquanto isso, se compararmos a média ponderada recebida pela indústria em pesos, nos últimos 12 meses encerrados em setembro foi alcançado um valor de US$ 25,1 (-4%). Foi influenciado pela diminuição do preço de exportação (-7%), mas pelo aumento do preço recebido no mercado interno (+2%). Por sua vez, o preço dos lacticínios nos últimos 12 meses foi de 15 dólares por litro (-9%).A participação do preço da matéria-prima no preço que a indústria recebeu no mês é a média móvel das relações de preços dos últimos três meses; Para setembro apresentou um valor de 59%.Fonte: https://tardaguila.uy via PortalecheroNa UE, a produção de leite está chegando ao mínimo sazonal

A produção de leite continua variando entre os países da Europa Ocidental. Na Alemanha o mínimo sazonal se aproxima. No Reino Unido, a captação vem aumentando ligeiramente, semana após semana. Os dados da União Europeia (UE-27) de setembro de 2024, mostraram que houve queda de somente 0,2% em relação a setembro de 2023. Em julho e agosto, a produção na UE27 caiu 0,6% na comparação interanual. Na semana 45, os preços de creme na UE ficaram acima de € 10.000, chegando a € 10.155 a tonelada. O movimento do preço foi atribuído ao aperto da disponibilidade de leite e à elevada demanda por manteiga. De acordo com o Departamento para o Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (DEFRA), os casos confirmados de língua azul no Reino Unido aumentaram para 157. Foram 155 casos na Inglaterra e 2 no País de Gales. Uma grande cadeia de supermercados do Reino Unido anunciou que irá colaborar com seus principais fornecedores de leite para reduzir em 30% as emissões de gases até 2030. Além do 
apoio à redução das emissões, as empresas anunciaram que manterão seu compromisso com os padrões mais elevados de bem-estar animal. 

De acordo com a União das Empresas de Laticínios da Ucrânia, os preços dos lácteos aumentaram entre 30% e 40% em outubro de 2024, na comparação com outubro de 2023. O número de fábricas de laticínios no país caiu de 178 em 2021, para cerca de 112 em outubro de 2024. 

Uma nova legislação na Rússia padroniza os termos dos rótulos para os produtos lácteos convencionais e orgânicos. A demanda por produtos orgânicos aumentou nos últimos anos, e a nova legislação aumentará a proteção dos produtos orgânicos e sua comercialização. Estima-se que a lei afetará em torno de 14% dos produtos lácteos que são vendidos, atualmente, na Rússia. (Relatório USDA: https://www.ams.usda.gov/market-news/individual-dairy-market-newscommodity-reports#International Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido

É AMANHÃ: Desempenho do setor do leite em setembro está na 24ª edição da Revista RS 360
Os dados de setembro do setor do leite estão detalhados na Edição 24 da revista RS360. A análise foi feita pelo auditor-fiscal da Receita Estadual, Felipe Conter Leite, sobre parâmetros de vendas, compras de insumos, compras de bens de capital, valor adicionado e fluxos interestaduais de mercadorias. Eles podem ser analisados acessando aqui a revista, a partir da página 80. a publicação integra o Programa Desenvolve RS do Executivo gaúcho e os dados serão analisados em live do dia 28/11 às 14h. Para acompanhar, acesse aqui. Pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), participam do encontro o presidente, Guilherme Portella; o 1º vice-presidente, Alexandre Guerra; o diretor-tesoureiro, Ângelo Paulo Sartor; e o secretário-executivo, Darlan Palharini.

 
 

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Porto Alegre, 26 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.271


Conseleite sinaliza leite projetado a R$ 2,4561 em novembro no RS

O valor de referência projetado para o leite em novembro no Rio Grande do Sul é de R$ 2,4561, 4,96% abaixo da estimativa de outubro (R$ 2,5844). Em outubro, o consolidado fechou em R$ 2,5456, -0,05% em relação ao consolidado de setembro (R$ 2,5468). Os dados foram divulgados nesta terça-feira (26/11), durante reunião mensal do Conseleite/RS, colegiado que reúne produtores e indústrias para tratar de assuntos relevantes para o setor lácteo gaúcho. O valor está abaixo dos patamares praticados no mês anterior e, segundo o coordenador do Conseleite, Allan André Tormen, reproduz o momento do ano.

Os valores projetados consideram os dados dos primeiros 20 dias de cada mês. O consolidado vem do balanço geral dos 30 dias do mês anterior.

Foto: Reunião do Conseleite na sede da Farsul
Crédito: Carolina Jardine


A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 26 de Novembro de 2024

na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Outubro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Novembro de 2024, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Novembro de 2024 é de R$ 4,4942/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br.
 
 
Workshop aborda estratégias para comercialização de leite spot: participe!

O mercado de leite spot, uma modalidade de comercialização de leite cru entre indústrias, será tema de um workshop on-line promovido pela Plataforma Leite Spot (PLS). O evento acontecerá no dia 5 de dezembro, às 19h, pela plataforma Google Meet, e será conduzido por Jeferson Farias, consultor com mais de 30 anos de experiência no setor lácteo e sócio da PLS.

O workshop é voltado para agentes do setor lácteo que desejam compreender melhor o funcionamento do mercado de leite spot, desenvolver estratégias de comercialização, definir volumes adequados para negociação e se conectar com compradores e vendedores. Entre os materiais disponibilizados, destaca-se uma planilha exclusiva para auxiliar na tomada de decisão.

Sobre o palestrante: Jeferson Farias é agrônomo e possui uma vasta trajetória na área de lácteos, tendo atuado em grandes empresas nacionais na gestão de originação de leite. Atualmente, além de ser sócio da PLS, é consultor na Originar Consultoria, onde assessora negócios voltados ao mercado de laticínios.

Informações gerais

  • Data: 5 de dezembro de 2024
  • Horário: 19h
  • Local: On-line, via Google Meet
  • Inscrição: R$ 149,90
  • Inscreva-se: Pelo Sympla, clicando aqui.

Jogo Rápido

A melhor do agronegócio em Laticínios: Laticínios Bela Vista
Campeã do Melhores do Agronegócio na categoria Laticínios neste ano, a Laticínios Bela Vista vive uma fase de transformações. Logo no início de 2024, em janeiro, o grupo revelou a escolha de Luiz Claudio Lorenzo, um profissional com 16 anos de casa, para assumir o posto de principal executivo da companhia. No mês seguinte, anunciou mudanças em sua estrutura societária: antes uma sociedade limitada, ela tornou-se uma sociedade anônima de capital fechado e passou a se chamar Grupo Piracanjuba. Os sócios-fundadores assumiram a presidência do conselho administrativo. O que não mudou foi o objetivo da empresa de seguir crescendo ao ritmo de dois dígitos percentuais ao ano, um desempenho que a fez alcançar oposto de segundo maior grupo de lácteos do Brasil. Em 2023, ano usado como base para a definição do Melhores do Agronegócio, o grupo teve receita líquida de R$ 8,2 bilhões. A companhia tem a meta de dobrar seu faturamento em cinco anos e se estabelecer como uma das principais empresas de nutrição do país. (Global Rural)

 
 

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Porto Alegre, 25 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.270


Uma saída para fortalecer a cadeia leiteira

Novo modelo de produção, em estudo pela Fetag/RS e a Lactalis do Brasil, tornando parceiros produtores gaúchos e indústrias, pode ajudar a baixar os custos de produção do leite e a recuperar o interesse dos pecuaristas pela atividadeProvavelmente antes do final de 2024, um evento reunindo a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag/RS) e a Lactalis, indústria de laticínios de matriz francesa, estabelecida no Estado, deve abrir caminho para um novo modelo de produção na cadeia leiteira. Inspirado na experiência da avicultura e da suinocultura, que praticam com sucesso o sistema de integração, no qual o produtor é parceiro da indústria e recebe insumos em troca da garantia de matéria prima, o novo modelo pretende baixar o custo de produção para dar estabilidade nos preços ao produtor.O diretor de Comunicação Externa, Assuntos Regulatórios e Corporativos da Lactalis do Brasil, Guilherme Portella, também presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), explica que o grande problema enfrentado pelo leite gaúcho é a falta de competitividade. Segundo ele, a perda competitiva está ancorada diretamente no alto custo que precisa ser bancado pelo produtor, o qual reflete no preço final pago pela indústria. "Pela influência do dólar, o preço do leite no Brasil é um dos mais caros do mundo. É mais caro que no Uruguai, na Argentina, na Nova Zelândia ou nos Estados Unidos", diz Portella.O modelo de contrato que está sendo estudado pela Fetag/RS e a Lactalis ainda não está completamente definido. “Vamos estipular balizadores de preços e oferecer ao produtor subsídios para que aumente o volume de leite produzido e seu potencial competitivo”, afirma. Esses incentivos virão na forma de assistência técnica e ração a baixo custo para o rebanho, por exemplo.Neste ano, durante a Expointer, a Lactalis anunciou o investimento de R$ 100 milhões em ampliações de suas plantas no Rio Grande do Sul. Conforme Guilherme, a empresa trabalha sempre na linha de sua capacidade máxima, para otimizar os custos industriais, Por isso, precisa de uma rede sólida de fornecimento de matéria prima, para atender, entre outras fábricas, a localizada no município de Três de Maio, onde são produzidos queijos e consumidos 1,5 milhão de litros por dia na produção.Setorialmente, Guilherme Portella diz que são observados momentos do ano em que há menos leite disponível, como nos períodos de entressafra. “Mas nos últimos se observou a chegada de mais laticínios ao Estado, o que também aumentou a procura por matéria prima”, acrescenta.O vice-presidente da Fetag/RS e coordenador da Câmara Setorial do Leite e Derivados da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Eugênio Zanetti, confirma que a produção de leite no Rio Grande do Sul não cresce há pelo menos 12 anos. Hoje, a média anual gira em torno dos 4,1 bilhões de litros, viabilizada por um número de produtores cada vez menor. O levantamento do setor, feito a cada dois anos pela Emater/RS-Ascar, e divulgado em 2023, durante a Expointer, apontava cerca de 33 mil produtores ainda na ativa, número este que já chegou a quase 100 mil.

“O maior problema que vemos é que a produção de leite sempre foi característica da pequena propriedade, e, em muitos casos, o principal sustento de muitas famílias da agricultura familiar. Essas famílias, quando precisam deixar a atividade por não ter mais condição de bancar os custos, têm muita dificuldade em migrar para outras culturas, como o milho e a soja. Acaba sendo inviável por causa da área que têm disponível”, analisa Zanetti. Tal situação, afirma o dirigente, cria um problema social para os municípios. “O dinheiro do leite, por tradição, movimentava o consumo local, o que vai deixando de acontecer”, lamenta.

O vice-presidente, entretanto, saúda como uma boa perspectiva para o setor a adoção da calculadora do leite, que vai remunerar o produtor com base não apenas na quantidade que oferece, mas, sim, considerando também a qualidade. Validada pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do RS (Conseleite), a calculadora leva em conta o percentual de sólidos do leite – gordura e proteínas –, além da contagem bacteriana. (Fonte: Correio do Povo - Edição pelo SINDILAT/RS)


ARGENTINA: Com sinais de recuperação, caem custos e sobem preços do leite no tambo

Em Novembro de 2024, os custos de produção diminuíram significativamente, impulsionados pela diminuição do preço das rações, enquanto o preço do leite aumentou.Apesar da queda na produção, devido a três anos consecutivos de seca e ao fenômeno “La Niña”, o setor leiteiro dá sinais de recuperação. Isto é indicado por dados divulgados pela revista Márgenes Agropecuários".Os custos totais, expressos em dólares oficiais de paridade, passaram de 2.961 US$/ha em nov/23 para 2.669 US$/ha em nov/24. Esta diminuição é explicada principalmente pelo menor custo da ração balanceada (que em 2023 era cara devido à validade do dólar agrícola).O preço do leite, por sua vez, passou de 0,36 para 0,42 US$/lt, razão pela qual os custos totais expressos em litros de leite diminuíram na comparação interanual de 8.255 para 6.336 lt/ha, refletindo a recomposição da renda leiteira e a redução nos custos totais.As perspectivas produtivas da Argentina mostram uma queda na produção em relação ao ano anterior, especialmente devido à seca extrema que afetou o país durante três anos consecutivos do fenômeno “La Niña”. Esse fenômeno climático, aliado a outros fatores, reduziu significativamente a produção.

No entanto, atualmente, com um contexto macroeconómico um pouco mais favorável para as explorações leiteiras e para a indústria leiteira, prevê-se uma possível recuperação. Embora o número de vacas diminua, espera-se uma melhoria no estado dos animais e na produção, o que ajudaria a reduzir o drop gap, que está estimado em 6,5% face ao ano anterior.

Em termos gerais, à medida que o ano avança, a produção continua abaixo dos níveis de 2023, especialmente no primeiro semestre do ano, onde tanto a seca como a inflação tiveram um papel determinante. Embora tenha sido observada uma melhoria no início da época alta, a falta de chuva continua a ser um desafio, afectando negativamente os níveis de forragem disponível para os animais.

Fonte: https://www.todoagro.com.ar via Portalechero

Produtores e parlamentares se mobilizam contra boicote da carne anunciado por Carrefour

Movimento de repúdio à decisão inclui desde interrupção de fornecimento à rede de hipermercados à instalação de comissão externa da Câmara dos Deputados

O boicote à carne do Mercosul sugerido pelo CEO da rede francesa Carrefour, Alexandre Bompard, reverteu-se em um movimento contra as lojas da marca no Brasil, unindo produtores e parlamentares, com o apoio até mesmo do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. As ações propostas, além de interrupção de fornecimento e de compras nos hipermercados, incluem a eventual instalação de uma comissão externa da Câmara dos Deputados.

Parlamentares ligado ao agronegócio se mobilizaram acompanhando a indignação dos produtores. O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Pedro Lupion (PP-PR), apoiou que o setor de proteínas interrompa o fornecimento de carnes ao Carrefour e demais marcas do grupo no Brasil.

O deputado Alceu Moreira (MDB-RS), diretor de Política Agrícola, pretende apresentar ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), um requerimento para instalar uma comissão externa da Casa com o objetivo de “colocar o dedo na ferida” da rede de hipermercados.

Moreira diz que é preciso avaliar a conduta e as denúncias contra o Carrefour no Brasil. O deputado afirma que há antecedentes “graves” da rede no país, ligados a violações raciais, ambientais e trabalhistas.

No Senado, Tereza Cristina (PP-MS) apresentou um pedido para que o embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain, seja convidado a comparecer à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional para “prestar informações” sobre o posicionamento da França contra um acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, considerando manifestações tanto do presidente Emmanuel Macron durante a reunião do G20, no Rio de Janeiro, no início da semana passada, quanto de Bompard.

Origem da disputa
A disputa está relacionada com a oposição da França a concluir um acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul – integrado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai –, em meio a protestos de agricultores franceses, que temem a concorrência sul-americana.

Na quarta-feira, 20, Bompard disse que a rede deixaria de vender carne procedente do Mercosul, em solidariedade aos agropecuaristas conterrâneos. Bompard também sugeriu que outras empresas adotassem a medida. O anúncio causou imediato repúdio no Brasil, ainda que o Carrefour tenha enfatizado que a decisão se restringia aos estabelecimentos franceses. O desconforto evoluiu desde então.

Interrupção de fornecimento
Na quinta-feira, 21, seis entidades do agronegócio brasileiro se manifestaram afirmando que, se o Mercosul “não serve para abastecer o Carrefour no mercado francês, não serve para abastecer o Carrefour em nenhum outro país”. Na noite do mesmo dia, o ministro da Agricultura endossou o posicionamento. “Me surpreende a presidência local aqui no Brasil dizendo ‘não, nós vamos continuar comprando porque nós sabemos que tem boa procedência. Quem não quer comprar é a matriz lá, a França”, disse Fávaro.

O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (União), se somou à indignação. “Do jeito que você me trata, eu posso também te tratar. Como cidadão, não vou mais comprar nas lojas deles”, disse Mendes em vídeo publicado na internet, na sexta-feira.

De acordo com a imprensa da região, conforme informou a Agência Estado, cerca de 150 supermercados Carrefour no Brasil teriam deixado de ser abastecidos com carne.

Por meio de comunicado, o Grupo Carrefour Brasil negou o desabastecimento. “Tal alegação, veiculada sem identificação de fonte, contribui para desinformação. A comercialização do produto ocorre normalmente nas lojas. Nenhuma loja está desabastecida”, acrescenta o texto.

Deixar de comprar
Ainda na sexta-feira, a Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo distribuiu nota convocando empresários a se “engajarem” ao movimento.

“Somos mais de 500 mil empresas, apenas no Estado de São Paulo, que deixarão de comprar do Carrefour, enquanto insistir em desqualificar nossa carne, questionando uma qualidade comprovada globalmente. Solicitamos o engajamento e a adesão das empresas de hotelaria e de alimentação neste movimento, até que a varejista volte atrás deste posicionamento errôneo e desrespeitoso”, diz a entidade.

A medida se estende às redes Atacadão e Sam’s Club, que pertencem ao grupo francês. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

Capacitação na Fetag-RS aborda emissão de Nota Fiscal Eletrônica
A Fetag-RS promoveu mais uma capacitação sobre a emissão da Nota Fiscal Eletrônica, antecipando a obrigatoriedade que entrará em vigor em 2 de janeiro de 2025. O treinamento, conduzido por técnicos da Sefaz e da Procergs, abordou o uso do aplicativo “Nota Fiscal Fácil”. Durante a capacitação, foram detalhadas as funcionalidades da ferramenta e esclarecidas dúvidas dos participantes. A Fetag-RS tem intensificado os esforços para preparar funcionários de suas regionais e sindicatos, capacitando-os a auxiliar os agricultores no uso do aplicativo e na emissão de notas fiscais eletrônicas de forma prática e eficiente. Além disso, a Federação tem dialogado com a Sefaz e a Procergs em busca de melhorias no sistema, considerando os desafios enfrentados pela agricultura familiar na adoção das novas exigências. Mesmo com essas dificuldades, a Fetag-RS orienta os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais a iniciarem o quanto antes o processo de adaptação, garantindo familiaridade com os recursos disponíveis e evitando transtornos futuros. (FETAG)