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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 19 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.884


Leite/América do Sul

Contatos da região dizem que os padrões climáticos sazonais começam a trazer chuvas necessárias para diversas áreas do continente. Ainda assim, o outono é um pouco mais quente do que o normal. 

O calor, no entanto, não é suficiente para afetar o conforto animal. Agentes do setor esperam que as chuvas, apesar da temperatura mais elevada, possam fazer com que as pastagens cresçam na temporada outono/inverno. A produção de leite continua limitada, e as mudanças não esperadas no curto prazo, para reverter os efeitos da seca prolongada e do calor persistente de vários anos, especialmente, em algumas áreas da Argentina e Uruguai. Muitos fazendeiros tiveram que vender suas férias para o mercado de carne diante da grave falta de pastagens e aumento dos custos da ração que prevaleceram por três anos consecutivos. 

O interesse brasileiro por importações é voraz. Argentina e Uruguai continuam enviando commodities lácteas para o grande vizinho. Contatos sul-americanos, tanto de fora como de dentro do Brasil, dizem que essa tendência deve mostrar inflexão em algum momento, mas, atualmente, as importações são notáveis, mês após mês, ano após ano.

Como as fábricas de processamento do Mercosul continuam lutando com a oferta limitada de leite, não há expectativa de que os preços caiam tão cedo, mesmo que outros mercados globais venham sofrendo pressão de baixa.

Os esperados da safra de milho e soja continuavam caindo na Argentina. Já o mercado global de grãos espera uma produção robusta do Brasil, enquanto seus vizinhos esperam uma das piores safras. As expectativas de rendimento dos grãos uruguaios são semelhantes às da Argentina, já que os padrões climáticos, mesmo que tenham melhorado um pouco antes, não devem chegar a tempo de ter efeitos sobre os grãos já plantados. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)  



FAZENDA RAR: EMPREENDEDORISMO SOB TODOS OS ÂNGULOS

A Fazenda RAR, localizada em Vacaria/RS, traz em seu DNA a força empreendedora e o legado de seu fundador, produzindo leite de qualidade que resulta em um produto final de excelência: o legítimo queijo Grana.O que vem primeiro: o leite ou o queijo? Na Fazenda RAR, os queijos do tipo Grana chegaram muito antes da produção de leite. Essa inversão da lógica foi o resultado da ousadia e visão empreendedora daquele que deu início ao grupo que leva a marca de seu nome e seu legado, o Sr. Raul Anselmo Randon.

Os grandes braços do Grupo Randon requerem um pouco de história para serem compreendidos, já que contêm a força empreendedora marcada pela vida e legado do saudoso Sr. Raul Anselmo Randon. Quem nos ajuda a contá-la é Ângelo Lacerda Serrano, Médico Veterinário e Gerente da Fazenda RAR há 16 anos. “Vou tentar ser o mais fiel possível à versão dos fatos”, promete ele.  

"Seu Raul Randon comprou essa fazenda em Vacaria, região dos Campos de Cima da Serra Gaúcha, em 1976. Ele foi um pioneiro na região ao plantar maçãs. Naquela época, ninguém conhecia, ninguém cultivava maçãs ainda. A maçã era toda importada para consumo no Brasil. Nessa época, a fazenda tinha apenas cavalos Puro-sangue e algumas vacas usadas para a produção de leite destinado ao pessoal da fazenda, apenas para consumo interno", explica ele.

Na década de 1990, um amigo sugeriu que Seu Raul criasse um laticínio de queijo italiano na fazenda. A princípio, relutou, pois sabia que muitos laticínios estavam falindo. Esse amigo o convenceu a visitar um laticínio na Itália, que foi a inspiração para o negócio. Inicialmente, o Sr. Raul passou a importar o queijo, como uma espécie de teste para o mercado brasileiro. Com o sucesso das vendas, a construção do laticínio na Fazenda RAR foi iniciada. A RAR é a única empresa fora da região produtora de queijo Grana na Itália que tem permissão para produzir esse tipo de queijo. “Seu Raul comprou o direito de produzir o queijo Grana de um consórcio produtor na Itália e importou algumas vacas da raça Holandês dos Estados Unidos para começar a produção de leite”, conta Ângelo. A notícia do avião que chegou com as vacas importadas ganhou destaque na imprensa local e internacional. “Imagina só a curiosidade das pessoas ao saberem de um carregamento de 65 vacas Holandês prenhes chegando ao Aeroporto Internacional de Porto Alegre em um voo proveniente dos Estados Unidos”.

O ciclo da produção 

A Fazenda RAR conta com um setor dedicado exclusivamente à maternidade, que inclui tanto a fase pré-parto, que ocorre cerca de 30 dias antes do nascimento do animal, quanto a própria maternidade, onde ocorre o parto em si e o bezerreiro, onde os animais permanecem até atingirem cerca de 80-90 dias de idade, até que estejam prontos para serem transferidos para a próxima fase do ciclo de vida. Cada um dos três subsetores tem equipes de funcionários trabalhando em três turnos diferentes para garantir que os animais recebam os cuidados e atenção necessários em todas as fases de desenvolvimento.

O responsável pelo setor realiza uma série de procedimentos essenciais para garantir bem-estar dos animais, incluindo a identificação da bezerra e a colostragem. Essa última é feita até uma hora após o nascimento e repetida após oito horas. Todo esse cuidado inicial é fundamental para garantir um bom desenvolvimento das bezerras. Depois disso, o animal é transferido para o bezerreiro, onde outra equipe assume a responsabilidade de cuidar dos animais até o desaleitamento. Na sequência, cada bezerra é acomodada em uma casinha individual com cama de palha de trigo, além de ter água e ração à vontade desde o primeiro dia. Durante os primeiros 70 dias de vida, a bezerra é alimentada com leite. Posteriormente, aos 80 ou 90 dias, o animal é transferido para o setor de recria. 

Durante os primeiros seis meses de vida, são mantidos em lotes com cerca de 25 a 30 animais. Somente aqueles entre seis meses e um ano permanecem no pasto. Com um ano ou treze meses, os animais são transferidos para um lote maior, o lote de inseminação, em um galpão com espaço adequado para cada animal, mas sem as divisórias de cama. Quando o animal é diagnosticado como prenhe, segue para outro lote. Cerca de 25 dias antes do parto, os animais são levados para um setor de pré-parto. Após o parto, quando alojados em outro setor, os pelos do úbere são removidos e a cauda é tosada antes da ordenha.
O animal permanece no circuito de ordenha até cerca de 60 dias antes do próximo parto, quando é transferido de volta para o pré-parto e o processo se repete. Na fazenda, são realizadas três ordenhas diárias, com início nos intervalos de 7h30, 15h30 e 23h30. Trata-se de uma ordenha rotatória com 50 postos. Cada turno é composto por um grupo de trabalho, que inclui ordenhadores, tratadores e responsáveis pela limpeza das instalações.

No final, tudo vira queijo 

Todas as estratégias nutricionais e de infraestrutura foram adotadas com o objetivo de produzir o leite adequado para a fabricação do queijo tipo Grana. “Para garantir o bem-estar e conforto, os animais são confinados desde o pré-parto até a lactação. Durante o período de produção, os animais não podem consumir alimentos que contenham clorofila ativa, já que isso afeta a cor da gordura do leite. Em vez disso, a alimentação do rebanho é composta de silagem, pré-secado ou feno, que ajudam a inativar a clorofila.”, explica Ângelo. 

A produção de queijo na RAR acontece dentro da mesma área da fazenda, cerca de quinhentos metros do laticínio. O leite produzido no local passa por um sistema de resfriamento instantâneo e é armazenado em tanques isotérmicos de 20 mil litros, sendo que cada turno possui um tanque específico. Os tanques são levados em uma sequência específica para a fábrica de queijos todos os dias, e o processo de fabricação acontece internamente, sem a necessidade de utilizar leite de terceiros. “Atualmente, nossa produção de leite está entre 45 a 47 mil litros, e nosso objetivo é aumentá-la para 60 mil litros. Para alcançar essa meta, estamos focados em manter a alta qualidade do nosso leite, com sólidos e proteínas elevados. Além disso, nosso queijo é produzido a partir de leite não pasteurizado, o que exige um alto padrão de qualidade”. De acordo com Ângelo, a produção de leite é altamente dependente das pessoas envolvidas no processo, que têm um impacto significativo no resultado final, seja positivo ou negativo. “Como o setor opera 24 horas por dia, 365 dias por ano, é essencial que as pessoas envolvidas estejam altamente comprometidas e motivadas. Para garantir isso, é necessário que essas pessoas sejam bem remuneradas e se sintam valorizadas pelo trabalho que realizam”.

Atualmente, a estrutura hierárquica da fazenda é composta pelos diretores e o CEO, o gerente e todo o time da fazenda, composto por um coordenador e um agrônomo. Além disso, há um facilitador para cada setor da fazenda. “Por exemplo, há um facilitador administrativo que lida com as questões de RH, controladoria e lançamentos. Existe um facilitador da ordenha que gerencia os três turnos de ordenha e é liderado por Rosa, uma profissional com mais de 20 anos de experiência na fazenda, que começou como ordenhadora e agora é responsável pelos três turnos de ordenha. Cada facilitador recebe um salário diferenciado e tem possibilidades de crescimento diferentes, mas todos possuem conhecimentos práticos sobre a operação da fazenda”, explica Ângelo. 

Futuro do leite 

Ângelo entende que a produção de leite é uma atividade feita de desafios e oportunidades. Segundo ele, o maior desafio está relacionado à gestão dos custos: “Nós atuamos como um vendedor externo para a fábrica, que é nosso único cliente e nos paga o preço de mercado. Além disso, o crescimento é outro desafio que demanda estabilidade. Não é fácil fazer crescer organicamente um rebanho Holandês”. Apesar desses desafi os, Ângelo tem uma visão de futuro positiva. Ele acredita que o crescimento é fundamental para o sucesso da produção e afi rma que não vão parar com a capacidade atual da infraestrutura, e prevê mais investimentos. Como diria Seu Raul “o céu é o limite”. (Revista Leite integral)

Megaoperação do Vigifronteira apreende mais de 90 toneladas de produtos irregulares nos estados da região sul do país

A ação resultou em um prejuízo aos infratores de aproximadamente R$ 6 milhões em multas e apreensões

Para combater o trânsito irregular de alho, cebola, agrotóxicos, bovinos, produtos de origem animal e demais produtos e insumos agropecuários, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou em conjunto com agências estaduais e federais uma megaoperação nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 

A 35ª Operação Ronda Agro do Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteira) apreendeu 90 toneladas de produtos de origem vegetal, incluindo alhos e cebolas, 2,8 toneladas de produtos de origem animal, 29.530 litros de bebidas contrabandeadas e clandestinas, 900 litros de agrotóxicos, 122 unidades de produtos veterinários e 37 bovinos em situação irregular. 

Ao todo, foram emitidos nove autos de infração, 10 termos de apreensão e 14 termos de inspeção e fiscalização que resultaram em um prejuízo aos infratores de aproximadamente R$ 6 milhões em multas e apreensões. Também foram realizadas quatro prisões em flagrante e três conduções para a delegacia de polícia para investigação de atividades ilícitas relacionadas ao crime de contrabando. 

A ação de fiscalização ocorreu nos municípios de Foz do Iguaçu, Santo Antônio do Sudoeste, Barracão, Capanema, Flor da Serra do Sul, São Borja, Porto Xavier, Horizontina, Bossoroca, Porto Vera Cruz, Dionísio Cerqueira, São Miguel do Oeste e Cacoal. 

As equipes estiveram em um depósito de cebolas e alhos contrabandeados, três propriedades rurais, uma revenda de produtos veterinários, seis estabelecimentos importadores de produtos de origem vegetal, três fábricas clandestinas de aguardente e cinco estabelecimentos comerciais de bebidas. Também foram fiscalizados 90 veículos e uma aeronave.

A importação irregular de produtos de origem animal e vegetal, além de ser uma concorrência extremamente desleal para os pequenos e médios produtores brasileiros, também constitui uma das principais formas de introdução e disseminação de pragas e doenças animais em áreas livres, o que pode prejudicar todo o agronegócio brasileiro. 

As operações do Vigifronteira integram o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF). As ações são organizadas pelo Mapa de maneira integrada com órgãos federais e estaduais. Participaram da 35ª Operação Ronda Agro, a Adapar, Cidasc, Seapi, Receita Federal do Brasil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e as Polícias Civis e Militares nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.  (MAPA)


Jogo Rápido 

Mapa, Fazenda, MMA e MDA alinham diretrizes do Plano Safra 2023/2024, com foco na agricultura de baixo carbono
Ministro Fávaro disse que as tecnologias agrícolas de baixa emissão de carbono deverão nortear as políticas de crédito rural do país Quatro ministros se reuniram nesta terça-feira (18) para debater mecanismos de estímulo à produção sustentável de alimentos dentro do Plano Safra 2023/2024. Participaram do encontro os ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, da Fazenda, Fernando Haddad, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.  O ministro Fávaro ressaltou que as tecnologias agrícolas de baixa emissão de carbono vão nortear as políticas de crédito rural. “O Plano Safra 2023/2024 terá a agricultura de baixo carbono como linha mestra. Tenho certeza de que faremos o melhor Plano Safra da história do Brasil”, disse Fávaro, que está em missão oficial em Londres e participou da reunião virtualmente. Segundo ele, o governo está totalmente comprometido com a transição sustentável da produção agrícola. A ideia é que o Plano Safra tenha condicionantes positivas, para que os produtores que aderirem às práticas sustentáveis possam ter melhores condições de financiamento. Segundo Haddad, o Ministério da Fazenda está imerso na agenda de transformação ecológica do país. “Se somarmos esforços, poderemos fazer da agenda ambiental a principal agenda de desenvolvimento do país”, disse. O secretário-executivo em exercício do Mapa, Luiz Rodrigues, disse que as tecnologias de agricultura de baixo carbono também ajudam a criar resiliência para o produtor rural. “Temos que construir uma agricultura contemporânea, sustentável, com uso de agricultura digital e que também seja resiliente. E esse Plano Safra vai ajudar a aumentar a resiliência da agricultura”. O Plano Safra 2023/2024 irá aliar o financiamento das tecnologias agrícolas de diversas áreas com a sustentabilidade da produção. O estímulo pode ser desde o acesso às práticas de assistência técnica, até a concessão de bônus. “Estamos definindo quais as formas de conceder esses benefícios”, explicou o secretário de Política Agrícola em exercício do Mapa, Wilson Vaz. A ministra Marina Silva lembrou que a proposta de agricultura de baixo carbono para o Plano Safra surgiu de uma conversa entre ela e o ministro Fávaro, ainda em janeiro, e afirmou que o Brasil pode ser ao mesmo tempo uma potência agrícola, florestal e hídrica. Segundo ela, o Plano Safra deverá evoluir para que toda a agricultura seja de baixa emissão de carbono. “Podemos chegar a um nível em que os tomadores de recurso poderão receber bônus por esse cumprimento de normas de natureza sustentável para agricultura de baixo carbono”.  O uso de bioinsumos e o incentivo à agricultura regenerativa devem estar presentes no Plano Safra, destacou o ministro Paulo Teixeira. “A transição para uma agricultura regenerativa é um desafio que não podemos adiar, temos que responder imediatamente”, disse.  (MAPA)

 
 

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Porto Alegre, 18 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.883


Sindilat dá início à série de diálogos com os laboratórios oficiais do Estado 

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) deu início, nesta segunda-feira (17/4), a uma rodada de debates com laboratórios que fazem análises oficiais de leite no estado. A proposta, que integra o Grupo de Trabalho de Qualidade, visa sanar dúvidas de associados com relação a análises de antibióticos, de recoleta referente a suspensão do produtor e logística para coleta de amostras. O encontro contou com a participação de 50 representantes das áreas de qualidade e fomento das indústrias. 

O primeiro laboratório a participar da série de conversas foi o Unianálises. Prestador de serviço da Universidade do Vale do Taquari (Univates), é credenciado junto ao Ministério da Agricultura e ao Inmetro. Atualmente atende todo o Rio Grande do Sul, parte de Santa Catarina e algumas empresas do Paraná, realizando ensaios químicos, físico-químicos e biológicos, bem como serviço de amostragem em qualidade do leite in natura, fármacos, rações, entre outros. 

Com relação a logística para a coleta de amostras, Luciano Willy, coordenador comercial da Unianálises, explicou que não há custos nos municípios incluídos na rota do laboratório. “Agendamos, passamos na empresa, pegamos as amostras já coletadas e enviamos ao laboratório. Na rota seguinte, passamos na empresa e levamos a caixa vazia”, afirma. No caso de localidades fora do percurso, o valor deve ser consultado com a Unianálises. 

Anderson Corneli, também da Unianálises, destacou que a empresa trata as recoletas de amostra de produtor suspenso, bem como de novos produtores, como prioridade, apesar de não existir orientação da Coordenação Geral de Laboratórios (Cegal). “Tratamos dessa forma no nosso fluxo para evitar prejuízo para o produtor e para a indústria”, pondera. Os profissionais ainda tiraram dúvidas dos participantes sobre as análises oficiais para antibióticos. 

Segundo o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, a rodada de debates terá sequência nos próximos dias com o Serviço de Análise em Rebanhos Leiteiros (Sarle), da Universidade de Passo Fundo (UFP), e com o Laboratório Universitário de Análises Clínicas da URI. “Estamos fomentando essas conversas tendo a convicção da importância da análise oficial do leite. Esse é um processo essencial para a garantia da qualidade. Dessa forma, não podem restar dúvidas entre os profissionais”, reforça. (Assessoria de imprensa Sindilat)


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: Global Dairy Trade

RS avança na erradicação de doenças na pecuária leiteira

Só no primeiro trimestre de 2023, o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul (Fundesa-RS) pagou a produtores de leite quase R$ 2,5 milhões em indenizações. Os valores correspondem aos processos de controle e erradicação de brucelose e tuberculose, duas enfermidades que causam as maiores preocupações ao setor leiteiro. Ao todo, 906 animais tiveram o abate sanitário indenizado pelo Fundo. Para o presidente do Fundesa-RS, Rogério Kerber, os números “representam o interesse da cadeia em avançar com relação ao controle e erradicação das duas principais doenças do setor”. Conforme Kerber, demonstram um trabalho sério. “Pode-se dizer que o RS é o estado brasileiro onde o Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose se desenvolve com efetividade.”

O número fez parte da apresentação da prestação trimestral de contas do fundo, que ocorreu na tarde desta segunda-feira (17). Os resultados referentes aos meses de janeiro, fevereiro e março foram aprovados pelos conselheiros em Assembleia Geral Ordinária. Ao todo, as saídas do Fundesa, somando indenizações e investimentos setoriais somaram mais de R$ 3,4 milhões. A arrecadação, entre receitas de contribuições e rendimentos financeiros chegou a quase R$ 7 milhões. Sendo assim, o saldo atual do Fundo é de R$ 125,6 milhões.

Também foi aprovada na Assembleia a nova tabela de valores de indenização para a pecuária leiteira, com uma correção média de 8%. “Trata-se de mais uma razão para manter o programa em pleno funcionamento, pois melhora a situação do produtor”, afirma Kerber. Os novos valores passam a valer para os processos protocolados a partir desta segunda-feira (17). Os valores de indenização só são liberados após verificação a aprovação pelos técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação (Seapi). Confira os novos valores na tabela abaixo.

Além das indenizações, o fundo aportou recursos em diferentes áreas da sanidade animal do estado. O investimento em materiais de comunicação para alertar produtores sobre os riscos da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, em aquisição de insumos e materiais para o trabalho do serviço veterinário oficial em situação de emergência e na capacitação e treinamento dos novos médicos veterinários que ingressaram na Secretaria da Agricultura são alguns dos demais destinos dos valores aplicados.

A prestação de contas do Fundesa é realizada a cada três meses e os valores ficam disponíveis no site http://www.fundesa.com.br/prestacao-de-contas. (Fundesa)


Jogo Rápido 

Tá na Mesa: Reforma Tributária
O Secretário-Executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini participou de  reunião com as bancadas federal e da Assembleia Legislativa na FEDERASUL. O encontro, coordenado pelo presidente da FEDERASUL, Rodrigo Sousa Costa, teve ainda a presença do governador Eduardo Leite e de lideranças empresariais e políticas do Estado. Eles avaliaram as questões de interesse do Rio Grande do Sul , apresentada pelo Deputado Federal Aguinaldo Ribeiro, Relator da Reforma Tributária. Leia mais em clicando aqui e assista o vídeo na íntegra clicando aqui. (As informações são da Federasul adaptadas pelo Sindilat)

 
 

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Porto Alegre, 17 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.882


Sindilat/RS é parceiro da Prefeitura de Estrela para implantação de Escola Laticinista

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) vai apoiar a iniciativa da Prefeitura de Estrela (RS) para a implantação de uma Escola Técnica Laticinista no município. O projeto tem como objetivo gerar conhecimento de soluções tecnológicas às empresas da área. A proposta foi detalhada pela secretária de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade, Carine Schwingel, e pelo coordenador do Departamento de Trabalho do Executivo municipal, Daniel da Silva, ao secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini.

Um encontro reunindo representantes e entidades do Vale do Taquari e do Estado está sendo articulado a fim de reunir forças para o desenvolvimento do projeto. “Neste primeiro momento o foco é fornecer qualificação para quem já está na cadeia produtiva do setor lácteo, seja na indústria ou nas agroindústrias. O projeto da prefeitura vem ao encontro do que o Sindicato já faz, que é apoiar a formação continuada, lembrando da importância de trabalharmos também o aumento do consumo através do projeto Na Fazenda Doce de Leite”, aponta Palharini.

Em reunião nesta sexta-feira (14/04), na sede do sindicato em Porto Alegre (RS), Carine explicou que está no horizonte da escola técnica incentivar a formação de mão de obra qualificada para indústrias; a implantação de novas modalidades industriais na criação de negócios derivados do leite; a geração de mão de obra especializada; e a formatação de novas concepções de negócios digitais, como Startups, a fim de impulsionar a cadeia láctea.

“Temos avançado nas parcerias e, junto ao Governo do Estado, obtivemos avaliação positiva por parte da Secretaria da Educação. Para o financiamento, recebemos indicação de emendas parlamentares e seguimos buscando a viabilização financeira. Vamos iniciar a fase de formatação da proposta pedagógica”, aponta a secretária. Para as aulas teóricas, a Prefeitura deve utilizar a estrutura da Escola Estadual de Educação Profissional Estrela e o espaço do Centro Empresarial de Inovação, Tecnologia e Qualificação (Ceitec). Já as aulas práticas serão ministradas em parceria com a Universidade do Vale do Taquari (Univates).  (Assessoria de Imprensa Sindilat RS)

             


Italac lança leite A2 em embalagem cartonada Tetra Pak
 
A Italac acaba de lançar no mercado brasileiro o leite Italac A2, envasado em embalagem cartonada Tetra Brik® Aseptic 1000 Edge. O novo produto chega para compor um portfólio de 150 produtos Italac, com o objetivo de diversificar as opções de leite, trazendo mais possibilidades dentro das necessidades de cada consumidor.
 
Com a possibilidade de ser configurada em mais de mil maneiras diferentes para atender às necessidades do seu mercado, a embalagem cartonada Tetra Brik® Aseptic oferece uma série de volumes, desde bebidas de dose única de 80 ml até embalagens tamanho família de 2.000 ml, e é fornecida em sete formatos diferentes: Base, Edge, Mid, Slim, Square, Ultra e Ultra Edge.
 
               
 
“Celebramos a chegada do Leite A2 da Italac com a certeza de que temos no mercado um produto de alta qualidade, envasado em embalagem cartonada, e que atende as necessidades do consumidor. Que o lançamento seja mais um passo em uma parceria de sucesso entre Tetra Pak Brasil e Italac, e que juntos possamos continuar nossa jornada de proteção dos alimentos, das pessoas e do planeta”, finaliza Luis Eduardo Ramirez, gerente de marketing da categoria de Lácteos da Tetra Pak Brasil.
 
Além do fornecimento das embalagens cartonadas, a Tetra Pak também é a responsável pelos equipamentos para processamento do leite A2 da Italac. A companhia possui um portfólio abrangente para dar suporte ao processamento e envase de leite branco, que inclui equipamentos e componentes para personalizar o design de cada etapa do processo, desde a recepção do leite cru até a embalagem final. Seja com foco em preservar o sabor de "leite fresco" do alimento, nos custos operacionais mais baixos, no menor impacto ambiental, entre outros, a Tetra Pak possui opções para apoiar a personalização em linhas de processamento com desempenho garantido.
 
“O Leite Italac A2 é proveniente de vacas com genótipo A2A2, que naturalmente produzem um alimento de mais fácil digestão. É um leite que contém apenas a B-caseína A2, ao contrário do leite convencional, que possui os dois tipos de B-caseína, A1 e A2.  Esse é o produto ideal para pessoas que sentem desconforto digestivo ao consumir leite comum, mas não abre mão do sabor e das propriedades do leite”, afirma Andreia Alvares, gerente de marketing da Italac.
 
Certificação VACAS A2A2 - A certificação VACAS A2A2 da Integral Certificações (IC) atesta a produção e comercialização do leite A2 no Brasil e mencionou o lançamento Italac como ponto positivo para a marca: "Tornar-se referência em produtos lácteos, diversificar sua linha de produtos em outros segmentos e atuar no cenário nacional", finaliza Andreia. A certificação é a única forma legal e segura de comercializar o leite e derivados provenientes de vacas A2A2 no Brasil.
 
A genotipagem dos animais, bem como os processos de identificação, obtenção, armazenamento, logística e processamento do leite são auditados e ajustados às normas que garantem a rastreabilidade e impedem a mistura do leite contendo B-caseína A1 ao leite contendo somente B-caseína A2. Para mais informações, acesse o site oficial da Italac. (Guialat)
 
 
Fenasul/Expoleite espera número menor de animaisEvento, que ocorre entre 17 e 21 de maio, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, reflete limitações do setor leiteiro depois de estiagens em sequência, afirma presidente da Gadolando, Marcos TangDaqui a exatos 30 dias, o Parque de Exposições Assis Brasil abre os portões para a 16ª Fenasul e a 44ª Expoleite. As exposições são as primeiras a ocorrer após o governo estadual ter confirmado sua inserção permanente no calendário oficial de eventos do Rio Grande do Sul. Previstos anualmente para o terceiro final de semana de maio, os eventos ocorrem de 17 a 21 do próximo mês, em Esteio, e trazem uma pecuária de leite resiliente e vencedora após o terceiro ano de safra cultivada sob estiagem. Segundo o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, a expectativa é receber em torno de cem exemplares da raça Holandesa, 80 da Jersey e 70 das raças Gir e Girolando.

“Tivemos que apertar o sapato. Muitas vacas não conseguiram representar seu esplendor. A estiagem influenciou na apresentação do gado jovem e no número de participantes”, explica. O cenário de escassez na alimentação para o gado também trouxe dificuldades ao deslocamento de expositores, pois, em maioria, pertencem à agricultura familiar. “Participar de uma feira envolve custo. Além da estiagem, temos dificuldade de mão de obra. Os criadores precisam ter equipe lá fora e aqui no parque”, detalha o dirigente É sob este cenário de superação que os organizadores mobilizam-se ao máximo para garantir intensa programação e trazer novidades ao público. A agenda está por conta do grupo formado por Gadolando, Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Prefeitura de Esteio, Federação das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) e Associação Gaúcha de Professores Técnicos de Ensino Agrícola (AGPTEA).

Uma das novidades é a integração das atividades entre os criadores das quatro raças leiteiras presentes ao evento. Além de premiações em conjunto para congregar criadores, a edição deste ano elegerá a Grande Campeã Suprema Multiraças. A vaca será escolhida por um colegiado de juízes entre todas as que alcançaram o grande campeonato. As atrações culturais ficarão a cargo da Prefeitura de Esteio, com rodeio, apresentações de danças típicas gauchescas, participação dos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) e comércio. A aguardada Feira da Agricultura Familiar também se fará presente, com oferta de produtos típicos coloniais e artesanais.

O concurso leiteiro organizado pela Gadolando terá seu ápice no dia 18 de maio com o tradicional banho de leite nos criadores cujas vacas sagraram-se campeãs. “Eu sempre afirmo, ninguém ganha concurso leiteiro na feira, isto tem que ser feito em casa e é um trabalho de muita dedicação e muito conhecimento. E a vaca para ganhar um concurso leiteiro precisa ter boa genética, produzir bem, comer bem e conseguir fazer tudo isso, expressar tudo isso diante de um público, então precisa também ter temperamento e docilidade para tanto”, complementa Tang. (Correio do povo)


Jogo Rápido 

Santa Clara conquista o 1° lugar no Top of Mind na categoria Queijos
Pelo 13º ano consecutivo, a Cooperativa Santa Clara conquistou o 1° lugar no Top of Mind na categoria Queijos. O reconhecimento foi entregue pela Revista Amanhã, em cerimônia realizada na terça-feira (11/04), em Porto Alegre (RS). Com a vitória, a empresa se consagra no ranking das marcas que seguem invictas desde o início de suas categorias na premiação. A cooperativa ainda pontuou entre as quatro marcas de leite mais lembradas.  Com 111 anos de atuação, a Santa Clara é a mais antiga cooperativa de laticínios em atividade no Brasil. Associada ao Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), tem capacidade instalada que permite a industrialização de 800 mil litros de leite por dia e que resultam em uma linha de mais de 200 itens, entre leite, queijos, bebidas lácteas, Temper Cheese, requeijão e outros derivados. As indústrias estão localizadas nas cidades gaúchas de Carlos Barbosa, Getúlio Vargas e Casca. O prêmio Top of Mind chega a 33 edições revelando e premiando o ranking de marcas mais lembradas. É realizado pela Revista Amanhã e Engaje Pesquisas através de entrevistas com 1.200 consumidores de todas as regiões do Rio Grande do Sul, que foram captadas entre os dias 5 e 26 de janeiro de 2023. Veja todos os vencedores por categoria clicando aqui. (Assessoria de Imprensa Sindilat RS)

 
 

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Porto Alegre, 14 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.881


Piá é a marca de leite mais lembrada e vence o prêmio Top of Mind

A Cooperativa Agropecuária Petrópolis Ltda, a Piá é a marca de Leite mais lembrada entre os consumidores gaúchos. O reconhecimento pelo 1° lugar no Top of Mind foi entregue pela Revista Amanhã, em cerimônia realizada na terça-feira (11/04), em Porto Alegre (RS). A empresa ainda se consagrou no ranking entre as marcas mais destacadas na categoria Doce de Leite. 

Associada ao Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), a Piá foi fundada em 1967, na cidade gaúcha de Nova Petrópolis. Além da unidade de processamento de leite e da unidade de processamento de frutas, conta ainda com duas fábricas de rações, dois centros de distribuição, dois postos de recebimento de leite, uma rede de supermercados e agropecuárias com 17 lojas. Atualmente, sua área de atuação abrange 85 municípios e a distribuição dos produtos concentra-se basicamente nos três estados do Sul e em regiões de São Paulo.

O prêmio Top of Mind chega a 33 edições revelando e premiando o ranking de marcas mais lembradas. É realizado pela Revista Amanhã e Engaje Pesquisas através de entrevistas com 1.200 consumidores de todas as regiões do Rio Grande do Sul, que foram captadas entre os dias 5 e 26 de janeiro de 2023. Veja todos os vencedores por categoria clicando aqui. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


Indústria lança ofensiva para reanimar o consumo de leite

Empresas criam campanha para tentar aumentar as vendas

Depois de dois anos seguidos de baixa de vendas de leite longa vida - algo que essa indústria não viu em seu histórico recente no país -, as gigantes do ramo se uniram para investir R$ 12 milhões em um movimento para incentivar o consumo da bebida.Com a inflação e a queda do poder de compra das pessoas, as vendas de leite das integrantes da Associação Brasileira da Indústria de Lácteos Longa Vida (ABLV) caíram 5% no ano passado em comparação a 2021, chegando perto de 6,4 bilhões de litros, segundo uma estimativa prévia. O resultado oficial deverá sair em algumas semanas. Em 2021, o volume já havia recuado perto de 3,5%.

O cenário atual incentivou as indústrias a trabalharem numa ofensiva de comunicação, algo que não era levado adiante pela ABLV há pelo menos 15 anos. “Mas este [efeito do cenário macroeconômico] não é o único motivo”, disse Laércio Barbosa, presidente da ABLV. “O produto tem sofrido ataques nas redes, e a ideia é informar sobre a qualidade nutricional do alimento”.

Em época de creme de leite feito de arroz, carne de laboratório e uma miscelânea de novidades vistas no mundo alimentício, a ideia da indústria é entregar informações sobre a bebida, sem “fazer ataques” a outros segmentos, garante o dirigente.

Campanha
A partir deste domingo entra no ar a campanha “A vida pede leite”, que será veiculada em tevês abertas e por assinatura, e contará com um exército de influenciadores (em torno de 60 pessoas) nas redes sociais.

Além disso, os milhões inicialmente investidos por Piracanjuba, Lactalis, Jussara, Italac, Alvoar (Betânia e Embaré) e outras marcas que estão sob o guarda-chuva representativo da ABLV, também vão fomentar equipes que visitarão nutricionistas e médicos.

O universo dos lácteos longa vida, que além do leite UHT soma achocolatados, creme de leite e leite condensado, é bilionário. Entre os associados e não associados da ABLV move-se R$ 50 bilhões anuais. A ideia é atrair apoiadores para o movimento.

“É impossível passar todas as informações em um filme de tevê”, continua Barbosa. O trabalho será distinto, portanto, em cada uma das ações, embora os movimentos tenham objetivo comum de distribuir informação e promover o consumo de leite.

Em um dos filmes que serão veiculados em tevês, por exemplo, escuta-se de uma interlocutora animada que “leite é tudo” e que o alimento é uma importante fonte de cálcio e proteínas. Já em redes sociais ou para o público médico, a disseminação de informações será mais detalhada.

O momento para o início do trabalho é ideal na avaliação da ABLV, já que, mesmo que o cenário econômico não esteja com essa bola toda, o consumo da bebida se recupera. Uma explicação é o recuo de patamares de preços em comparação aos picos de 2022, quando o leite chegou a puxar a inflação de alimentos.

Consumo
Uma pesquisa recente da Kantar informa que o consumo de leite cresceu 3,2% no primeiro bimestre de 2023, para perto de 1,2 bilhão de litros. A bebida alcança 99% dos lares brasileiros.

Barbosa acredita em recuperação de vendas aos níveis de 2021 neste ano porque os preços dificilmente chegarão aos níveis de 2022. Para ele, haverá mais leite disponível no mercado interno, sendo a importação de Argentina e Uruguai uma dessas fontes de fornecimento. O custo do leite em pó dos vizinhos, aliás, é agora mais competitivo que o do competitivo que o do produto nacional, indica boletim da consultoria MilkPoint Ventures.

Relatório elaborado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com base em dados do governo federal, informou nesta semana que as importações de derivados cresceram perto de 200% entre janeiro e março deste ano, para 65,5 mil toneladas.

Afora isso, espera-se que as fazendas brasileiras retomem os volumes produção. Para a ABLV, a produção pode se recuperar dos 5% de queda registrados em 2022, quando o campo entregou 23 bilhões de litros, dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (Valor Econômico)

Dívidas de tributos a negociar

Gaúchos tem R$ 130 bilhões na dívida ativa, mas não se sabe quanto é negociável

Termina em 31 de maio o prazo para contribuintes negociarem débitos de até R$ 50 milhões com a União. Felipe Grando, do escritório RMMG Advogados, caclula que os gaúchos tenham R$ 130 bilhões na dívida ativa, segundo dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Porém, não tem como dizer quanto deste valor é negociável. 

- A definição envolve análise feita pela Receita Federal sobre a capacidade de pagamento do contribuinte. Apenas débitos definidos como de difícil recuperação ou irrecuperáveis são transacionáveis (serem negociados) - diz. 

Entre os benefícios, está uma entrada de 6% do total da dívida, que poderá ser paga em até 12 meses. O saldo poderá ser parcelado, podendo chegar a 133 prestações. O desconto é de até 65% ou de até 70% do valor da inscrição, dependendo do perfil do devedor. No caso dos encargos, como multa e juro, o abatimento é de 100%. É possível ainda utilizar precatórios — próprios ou adquiridos de terceiros — para quitar ou amortizar a dívida, avisa o escritório RMMG. 

Com a negociação, o empreendedor obtém uma certidão que atesta situação de regularidade da empresa. Após o pagamento total, o nome sai da lista de devedores. A adesão deve ser feita pelo site da PGFN. (Zero Hora)


Jogo Rápido 

PREVISÃO METEOROLÓGICA (13 A 16 DE ABRIL DE 2023)
Os próximos sete dias serão úmidos e frios no RS. Entre a quinta (13) e a sexta-feira (14) a propagação de uma frente fria vai provocar chuva, com possibilidade de temporais isolados nos setores. Oeste e Norte, e o ingresso de ar frio favorecerá o declínio das temperaturas em todas as regiões. No sábado (15) e domingo (16), as temperaturas permanecerão amenas em todo Estado, com tempo firme e grande variação de nuvens na maioria das regiões e somente nas faixas Norte, Nordeste e Leste o céu permanecerá encoberto e ainda ocorrerão chuvas isoladas. TENDÊNCIA (17 A 19 DE ABRIL DE 2023) Na segunda-feira (17), o ar seco vai predominar na maior parte do RS, porém a circulação de umidade do mar para o continente manterá a condição de chuvas isoladas nos setores Leste e Nordeste. Entre a terça (18) e quarta-feira (19), o deslocamento de uma nova frente fria provocará chuva na maioria das localidades, com possibilidade de temporais isolados. Os volumes de precipitação previstos deverão oscilar entre 15 e 30 mm na maioria dos municípios. No Extremo Sul, Litoral Norte. Região Metropolitana e na Serra do Nordeste os totais oscilarão entre 35 e 50 mm e poderão superar 60 mm em algumas localidades. (SEAPI)

 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 13 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.880


Setores do leite e de proteínas animais reúnem-se com governador Eduardo Leite

O governador Eduardo Leite receberá, no dia 24 de abril, uma comitiva de representantes dos diferentes setores relacionados à produção de proteína animal. O encontro, agendado para 15h no Palácio Piratini, em Porto Alegre (RS), foi uma solicitação conjunta encabeçada pelas Comissões de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo, de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo e pela Frente Parlamentar da Agropecuária da Assembleia Legislativa. Um dos proponentes da agenda, o deputado Zé Nunes, reforça que o momento é de ouvir o governador sobre os encaminhamentos a serem dados sobre a crise que atravessam os setores. O pleito ganhou eco em diferentes bancadas e contou com apoio de parlamentares a exemplo dos deputados Elton Weber e Luciano Silveira e, inclusive, de secretários de Estado, como o titular da pasta de Desenvolvimento Econômico,  Ernani Polo. 

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) acompanhará a agenda com integrantes da diretoria, que estarão ao lado de lideranças dos setores. “Estamos enfraquecendo uma cadeia produtiva importante para o Rio Grande do Sul e na qual somos referência. Neste momento, a cadeia está se inviabilizando por um conjunto de fatores. Queremos que o governo diga o que pretende, que medidas deve tomar e se pretende desativas medidas que já tomou”, frisou Nunes, lembrando que um dos pleito principais é pela suspenção do FAF.

A preocupação das lideranças é com o desinvestimento por parte de grandes grupos no Rio Grande do Sul uma vez que projetos que uma hora estiveram em solo gaúcho já foram deslocados para outras unidades da federação. “Cada aviário, cada produtor de leite, cada matriz que sai de produção no Rio Grande do Sul aparece em ouro estado”, alertou Nunes.

A ideia é que o encontro sirva como diálogo entre setor produtivo e governo e que lideranças entreguem ao governador suas principais pautas formalizadas. Entre os pontos a serem debatidos, está a necessidade de políticas de estímulo à produção e abastecimento de milho e a liberação de fundos setoriais criados para estímulo à produção e que seguem com recursos congelados. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


Mercado de whey se expande e conquista novos públicos

Lactalis do Brasil apresenta linha de produtos na Arnold South America em São Paulo

O whey protein vem ganhando espaço nas prateleiras e conquistado a rotina alimentar dos brasileiros. Saindo das academias e indo direto para o dia a dia das famílias, ele se tornou um aliado na busca por uma alimentação mais saudável para diferentes idades e estilos de vida. Isso porque, apesar de a dosagem ideal de ingestão variar de pessoa para pessoa, dietas ricas em proteínas estão associadas a um maior controle de peso e a um estilo de vida mais saudável.Consciente desse movimento, a indústria vem investindo em novas versões de apresentação do produto que tem como base a proteína de soro do leite. Maior captadora de leite do país, a Lactalis do Brasil apresenta, esta semana, sua linha de produtos WheyFit da Parmalat durante a Arnold South America, o maior evento de nutrição esportiva, saúde, esportes, lutas, performance, equipamentos, produto e serviços fitness da América do Sul. A exposição, que será realizada no Expo Center Norte, em São Paulo (SP), de 14 a 16 de abril, reúne empresas de diferentes nichos e espera mais de 85 mil visitantes.A Lactalis irá expor em seu estande a linha de produtos Parmalat WheyFit, que oferece opções em pó para preparo da própria pessoa e opções já prontas para o consumo imediato. Os itens são produzidos com base no whey protein fabricado na unidade da Nutrifont, localizada em Três de Maio (RS). A empresa foi a primeira indústria no Brasil a produzir Whey Protein Concentrate (WPC) com 80% de concentração e, atualmente, também fornece o produto para as principais marcas de nutrição esportiva nacionais. “A Nutrifont tem ampla capacidade para atender a esse mercado crescente e estamos consolidando tanto as linhas de produtos fabricados pela Lactalis em suas diferentes marcas quanto fortalecendo a fábrica como fornecedora de whey a todo o mercado de compostos funcionais”, frisou a diretora de vendas e marketing da Nutrifont, Mariza Sant’Ana.Durante a feira, as equipes da Lactalis e Nutrifont estarão explicando aos visitantes sobre a utilização da lactose e WPC 80 no desenvolvimento de alguns produtos e seus benefícios relacionados a uma nutrição esportiva e clínica. A estratégia também é reforçar as peculiaridades dos ingredientes lácteos Nutrifont, que são produzidos utilizando como matéria-prima o soro de leite fresco de alta qualidade processado na fábrica de queijos em Três de Maio (RS).

Com alto grau de automação, a fábrica garante qualidade e padronização da produção. A moderna planta de processamento com equipamentos de última geração conta com tecnologia de filtração por membranas para produção do Concentrado Proteico de Soro de Leite – WPC, desidratado através de processo de secagem "Spray Dryers". Além disso, todos os produtos possuem certificações Kosher e Halal.

WheyFit da Parmalat – A marca Parmalat, conhecida por atuar na busca por uma inovação com funcionalidade e sabor, apresenta a linha de alta proteína Parmalat Whey Fit nas versões em pó (sabores morango e chocolate) e pronta para consumo imediato (sabores chocolate, coco com batata doce e baunilha). Na opção pronta para consumo, o seu diferencial comparado aos demais rótulos existentes no mercado é que possui um maior teor de proteína que carboidratos e menos calorias.

Sobre a Lactalis
Empresa familiar francesa criada em 1933 por André Besnier. O grupo é líder no mercado de lácteos, com presença industrial em 52 países, mais de 270 fábricas e 85.500 funcionários. Iniciou suas atividades no Brasil em 2014 com a aquisição da indústria de queijos da Balkis. Ampliou sua atuação em 2015, com a incorporação de ativos selecionados da LBR e Elebat e marcas como Elegê, Parmalat e Batavo. A Lactalis adquiriu, em 2019, a Itambé e, em 2021, a Confepar. A Lactalis do Brasil opera com as marcas Batavo, Président, Elegê, Cotochés, Poços de Caldas, Itambé e Parmalat. Atualmente, a Lactalis do Brasil é líder em captação de leite no Brasil, somando 2,9 bilhões de litros de leite/ano. Em constante expansão, mantém 23 unidades fabris espalhadas por oito estados (RS, SC, PR, MG, SP, PE, GO, RJ). (Assessoria de imprensa Lactalis do Brasil - Jardine Comunicação)

Ex-ministro do Planejamento diz que o governo precisa de regras e mecanismos para conduzir as contas 

O Brasil tem debatido o aprimoramento do seu marco fiscal, que, independentemente do modelo a ser adotado, não pode deixar de ser um compromisso do Governo e da sociedade com a sustentabilidade das contas públicas e com o futuro na nação. A avaliação é do ex-ministro do Planejamento  do governo Temer, Esteves Colnago, durante a reunião-almoço Tá na Mesa da FEDERASUL nesta quarta-feira (12).

De acordo com Conalgo, que iniciou sua carreira no Banco Central e é mestre em economia pela Universidade de Brasília (UNB), se faz necessária a adoção de um conjunto de regras e mecanismos que procuram conduzir as contas públicas e as principais variáveis fiscais para um cenário de maior previsibilidade e sustentabilidade ao longo do tempo. Para ele, a implementação e execução dessas regras e mecanismos, bem como os desafios impostos pela COVID-19 e pela Guerra na Ucrânia, lembra Colnago, têm levado a uma rediscussão dos modelos em uso e a uma busca pelo seu aprimoramento.

Ao falar sobre o Novo Regime Fiscal, o ex-ministro disse que o Governo deu um passo importante ao mostrar as linhas do arcabouço fiscal sinalizando para a sociedade que pretende limitar as despesas. Além disso demonstrou interesse em integrar as regras fiscais existentes e flexibilidade para se ajustar às mudanças na realidade econômica. Ele destacou também como meta a ser alcançada o compromisso de respeitar o teto de gastos.  “As projeções e cenários para os quatro anos ajudam no planejamento fiscal de médio prazo do Governo e, consequentemente, dos agentes econômicos. Esse é o caminho na direção de um marco que busca transparência, credibilidade e reputação como parâmetros e base de sustentação para acompanhamento das principais variáveis que são as receitas, as despesas e o resultado primário”, explicou.

O especialista aponta, entretanto, alguns pontos de atenção. Considerando que o modelo é extremamente dependente da evolução das receitas, a tendência é de dificultar a solidez das contas públicas em momentos de arrefecimento da arrecadação, explicou. “Como estamos em um exercício com déficit projetado pelo Governo superior a R$ 100 bilhões, o modelo e sua dependência da receita coloca foco na carga tributária que já é bastante elevada no Brasil, chegando a 33%”.  

Ao avaliar os 100 dias de Governo, Esteves Colnago destacou a importância de dar andamento a reforma tributária e de olhar para o social. “O setor privado precisa de condições favoráveis para crescer. Quanto às questões sociais, o Governo está honrando os compromissos da campanha”, argumentou.

O economista referiu ainda que é preciso criar um ambiente favorável para a redução da taxa de juros aprimorando o pacto fiscal. “Quanto mais solidez der aos agentes econômicos mais rápida será a redução das taxas”, anunciou.

O Tá na Mesa desta quarta-feira, 12 foi conduzido pelo presidente da FEDERASUL Rodrigo Sousa Costa. O secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini acompanhou o evento. (As informações e imagens são da Federasul)


Jogo Rápido 

Anvisa promove diálogo setorial sobre rotulagem de alimentos alergênicos
Mais de 300 pessoas participaram, no último dia 28 de março, do Diálogo Setorial sobre Rotulagem de Alimentos Alergênicos, promovido pela Anvisa. O encontro virtual teve os seguintes objetivos:  apresentar um panorama do processo regulatório para revisão dos requisitos de rotulagem de alimentos alergênicos, que integra o Projeto 3.2 da Agenda Regulatória 2021/2023; explicar as recomendações do Comitê Conjunto de Especialistas da FAO/OMS para Avaliação de Risco de Alimentos Alergênicos sobre a revisão da lista de alimentos alergênicos de relevância global, a declaração da rotulagem de precaução de alergênicos com base em limites de referência e o desenvolvimento de critérios para excetuar derivados de alergênicos da rotulagem; contextualizar o trabalho em curso no Comitê do Codex sobre Rotulagem de Alimentos (Codex Committee on Food Labelling – CCFL) para revisar as diretrizes para rotulagem de alimentos alergênicos em alimentos embalados e elaborar orientações sobre a rotulagem de precaução de alergênicos; e esclarecer dúvidas e coletar contribuições dos agentes afetados pelo tema ou interessados. As contribuições recebidas ajudaram a identificar vantagens e desvantagens das mudanças regulatórias que estão sendo discutidas internacionalmente, bem como algumas questões que precisam ser tratadas em nível nacional para a melhoria da rotulagem de alimentos alergênicos.  Os subsídios obtidos serão utilizados no processo regulatório para revisão dos requisitos de rotulagem de alimentos alergênicos e na elaboração de posicionamentos para as discussões no âmbito do Codex Alimentarius (programa conjunto da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – FAO e da Organização Mundial da Saúde – OMS, com o objetivo de estabelecer normas internacionais na área de alimentos). A apresentação realizada na reunião pode ser acessada aqui. A gravação da reunião pode ser acessada nos links:  1ª parte da reunião: 1) Panorama da regulamentação nacional sobre rotulagem de alimentos alergênicos e do processo de revisão; 2) Contextualização acerca do trabalho do CCFL sobre rotulagem de alimentos alergênicos; e 3) Recomendações do grupo de especialista da FAO/OMS sobre a lista de alimentos alergênicos. 2ª parte da reunião: 4) Recomendações do grupo de especialistas da FAO/OMS sobre limites de alergênicos para uso da rotulagem de precaução de alergênicos; e 5) Recomendações do grupo de especialistas da FAO/OMS sobre uso da rotulagem de precaução de alergênicos e sobre a abordagem para excetuar derivados de alergênicos da rotulagem. (Ministério da Saúde)

 
 

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Porto Alegre, 12 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.879


Sindilat fala sobre cenário do setor lácteo após estiagem em entrevista à Rádio Portal da Tradição de Passo Fundo

Os impactos da estiagem no setor lácteo gaúcho, a saída de produtores da atividade, a redução da produção e a situação da competitividade foram alguns dos assuntos abordados pelo secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, em entrevista à Rádio Portal da Tradição de Passo Fundo (RS), nesta quarta-feira (12/3). Em conversa com o jornalista Álvaro Damini no Programa Tradição Rural ele elencou os principais fatores que levaram a queda no número de produtores, como a falta de sucessão e a concorrência, em regiões planas como Passo Fundo, com a produção de grãos. 

Em relação aos efeitos da estiagem, Palharini reforçou que os mesmos foram mais sentidos pelas pequenas propriedades, aquelas com produção abaixo de 200 litros de leite dia. “Esses produtores dependem do clima e são os mais impactados. Por não alcançarem a rentabilidade necessária, acabam abandonando a atividade”, acrescentou o executivo. Cenário que, segundo ele, não ocorre em fazendas maiores, com produção acima de 500 litros de leite dia. “Essas propriedades são mais estruturadas e sentem os impactos da estiagem de forma mais amena”, afirmou.    

Confira a entrevista na íntegra clicando aqui.

(Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


França – Produção de leite cai 2% no início do ano

Produção/França – O recuo da coleta de leite na França chegou a 2% entre o início de janeiro a meados de março de 2023, diz o relatório mensal sobre a conjuntura setorial do Centro Nacional Interprofissional de Economia Leiteira (Cniel). A queda parece estar se acelerando em relação a 2022, ano no qual a redução foi de -1,1%. A produção de leite francesa diminui de forma significativa desde o início do ano, explica o economista Benoît Rouyer no último parágrafo do relatório do Cniel: Depois de cair 1,1% em 2022, as pesquisas do FranceAgriMer destacam que a queda é da ordem de 2% nas primeiras 11 semanas de 2023 (até 19 de março).Em escala mundial, a captação de leite está pouco dinâmica em grandes regiões exportadoras nos últimos 12 meses: ligeiro aumento nos Estados Unidos da América (EUA) e União Europeia (UE) e “baixa significativa” na Nova Zelândia (-2%).

Quanto aos preços dos produtos lácteos industrializados, os valores estratosféricos de 2022 foram acompanhados de fortes decréscimos nos últimos meses, e parecem seguir para estabilização nas últimas semanas. “O preço do leite em pó desnatado está com a média de € 2.500/tonelada, [US$ 2.725/tonelada], nas últimas dez semanas do ano. A manteiga permanece € 1000/tonelada acima da média, com cotação em torno de € 5.300/tonelada, [US$ 5.777/tonelada].

Em condições inversas “estão os produtos de grande consumo que permanecem em um contexto de forte inflação, que deverá permanecer durante todo o primeiro semestre de 2023”, segundo o INSEE – Instituto Francês de Estatísticas e Estudos Econômicos. Em um ano, a alta de preços no varejo atinge 19% para os iogurtes e queijos, 25% para a manteiga e passam de 22% para o leite fluído.

Do lado dos produtores, o índice de preços de compras dos meios de produção agrícola (Ipampa) para o leite de vaca, subiu fortemente (+15% em apenas um ano e 32% em dois anos), lembra Benoît Rouyer, resultado da alta de preços da ração, fertilizantes, energia e lubrificantes.

Deve-se lembrar a alta considerável dos preços das embalagens (plástico: +14% em um ano e 28% em dois; papelão: +17% em um ano e 36% em dois anos) além do aumento da gasolina e diesel.

O Cniel relata enfim um preço padrão de € 470/1000 litros de leite de vaca convencional no mês janeiro, conforme pesquisa mensal da FranceAgriMer. Uma alta de 96€ e de 26% desde janeiro de 2021. O preço do leite padrão foi de € 461/1000 litros no mês de dezembro, ou seja € 101 a mais ou 28% em relação ao mesmo mês do ano anterior. (Fonte: Agri Mutuel – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

A referência dos preços mundiais dos alimentos cai em março, pelo 12º mês consecutivo

Índices FAO – O Índice de referência dos preços internacionais dos alimentos caiu em março, pelo 12º mês consecutivo, em decorrência da redução das cotações mundiais dos cereais e óleos vegetais, segundo informou a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) na sexta-feira (07/abr/23).

Índice FAO dos Preços dos Lácteos

O Índice FAO dos preços dos produtos lácteos caiu 0,8% em março, fechando em 130,3 pontos. Caiu 1,1 ponto em relação a fevereiro e ficou 15,6 pontos (10,7%) menor do que o nível registrado em março de 2022. A queda em março foi decorrente das baixas nas cotações de queijo e leite em pó, embora as cotações da manteiga tenham aumentado. A redução ocorrida nos preços do queijo foi consequência do menor volume de compras por parte da maioria dos principais importadores da Ásia, assim como pelo aumento das disponibilidades nos principais países exportadores.

Os preços do leite em pó caíram pelo nono mês consecutivo, refletindo, principalmente, a fraca demanda de importação, especialmente para entregas de curto prazo, e o aumento sazonal da produção de leite na Europa Ocidental. O comércio de manteiga, ao contrário do leite em pó, mantém demanda sólida, especialmente dos países do Norte e Sudeste da Ásia. Com a redução dos excedentes exportáveis na Oceania, devido à redução sazonal na produção de leite, menor do que a projetada, pressionou as cotações da commodity.    

Fonte: FAO – Tradução livre: Terra Viva

 

Jogo Rápido 

Ministros debatem diretrizes para a elaboração do Plano Safra com foco na sustentabilidade
O novo Plano Safra deve ser lançado entre os meses de maio e junho e atenderá diferentes categorias de produtores rurais nos mais diversos segmentos. Os ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) estão elaborando em conjunto as diretrizes do Plano Safra 2023-2024, que terá como orientação principal a produção sustentável de alimentos. O tema foi debatido nesta segunda-feira (10) pelos ministros Carlos Fávaro, Marina Silva e Paulo Teixeira, em reunião na sede do Mapa. Fávaro explicou que o Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, conhecido como Plano ABC+, será o indutor das políticas agrícolas brasileiras, voltadas para a agropecuária de baixo carbono. “Estamos com as nossas equipes definindo critérios, incentivos e oportunidades para que tenhamos uma agropecuária voltada à produção com baixa emissão de carbono”, disse. Segundo Fávaro, o novo Plano Safra terá um capítulo importante com diretrizes para o financiamento de atividades de agrofloresta e extrativismo. De acordo com a ministra Marina Silva, o objetivo é que o Plano Safra seja a base da transição para a agricultura de baixo carbono. “E que a gente possa, a partir daí, mostrar que o Brasil pode ser ao mesmo tempo uma potência agrícola, mas também uma potencia ambiental e florestal”. O ministro Paulo Teixeira disse que o Plano Safra deve incentivar a transição para uma agricultura regenerativa. “Podemos aumentar os estímulos para que a gente possa anunciar um grande Plano Safra para a agricultura do Brasil com esses ingredientes de uma agricultura regenerativa e ecológica”. O novo Plano Safra deve ser lançado entre os meses de maio e junho e atenderá diferentes categorias de produtores rurais nos mais diversos segmentos. (MAPA)

 
 

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Porto Alegre, 11 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.878


Sindilat/RS e Embrapa Pecuária Sul avançam na construção de projetos para medição de carbono em propriedades leiteiras

O avanço da pecuária leiteira como atividade estratégica nos sistemas produtivos sustentáveis e o balanço da emissão de carbono em sistemas agropecuários estão no foco do trabalho que vem sendo desenvolvido em conjunto pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) e pela Embrapa Pecuária Sul. Juntas, as entidades darão início a elaboração de uma estratégia com vista à captação de R$ 4 milhões, valor necessário para a aquisição de um conjunto de quatro medidores com os quais será possível iniciar as aferições em rebanhos gaúchos. “Para viabilizar a compra, vamos trabalhar para apresentar uma proposta ao Fundoleite e também levá-la aos parlamentares gaúchos, visando a destinação de recursos através de emendas”, detalha Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS. 

Segundo o chefe-geral e pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso, os equipamentos buscados para dar início ao processo medem os gases metano (CH4), dióxido de carbono (CO2) e, opcionalmente, oxigênio (O2) e hidrogênio (H2) de animais individuais. De acordo com o especialista, também é possível agregar dados de emissões e determinar médias de rebanho. “A atuação conjunta das instituições para a descarbonização da produção de leite no RS, tem como base a expertise já existente no centro de pesquisa com a avaliação do balanço de carbono em bovinos de corte É um passo inicial para realizarmos pesquisas que gerem protocolos para redução das emissões por unidade de leite produzida”, disse. 

Durante a reunião, realizada dia 05/04 na sede da Embrapa em Bagé, a pesquisadora Cristina Genro também apresentou a Prova de Emissão de Gases (PEG), metodologia que vem sendo utilizada nas pesquisas pelo instituto e que buscam mensurar a emissão de gás metano (CH4) por reprodutores bovinos. Segundo ela, o teste visa identificar os animais que têm menor emissão de metano em se considerando cada quilo de alimento consumido e o quilo de peso vivo produzido. “A Embrapa pode contribuir na avaliação dos sistemas de produção leiteira quanto à emissão de Gases de Efeito Estufa, na formação de Unidades de Referência Tecnológica com as boas práticas para se conseguir uma produção de leite com sustentabilidade, de baixo carbono, assim como na capacitação e transferência de tecnologia para os produtores de leite gaúchos”, destaca.

Outra ação prevista, conforme o chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pecuária Sul, Gustavo Martins, é a realização durante a Expointer 2023 de um seminário sobre pesquisa e métodos de medição de carbono em propriedades leiteiras, efetuado por Sindilat/RS e Embrapa. 

 A produção de leite com menor impacto ambiental é uma preocupação que deve dar o tom das linhas de investimentos nos próximos anos. Conforme Palharini, atento a isso, o setor lácteo gaúcho foi um dos primeiros a abrir debate junto ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul sobre a qualificação e a monetização dos créditos de carbono, tema que foi abordado em reunião, no dia 28/02, do Sindilat/RS, com a presença do presidente Guilherme Portella, com a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann.


Balança comercial de lácteos: importações voltam a crescer em março

Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o mês de março encerrou com um novo recuo no saldo da balança comercial de lácteos.Com uma queda de cerca de 53,1 milhões de litros, o último mês obteve um saldo de -198,1 milhões de litros em equivalente-leite. Quando comparado com o resultado obtido em março de 2022, o recuo observado é ainda mais acentuado, visto que no mesmo período no ano passado o saldo obtido ficou em -51,5 milhões de litros.Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos.

As exportações inverteram o movimento do mês anterior e encerraram março com uma queda de aproximadamente 22%, obtendo um total de 5,1 milhões de litros exportados em equivalente-leite. Na variação anual a queda observada foi um pouco superior, ficando em -32,8% em relação aos 7,6 milhões de litros em equivalente-leite que foram exportados em março 2022. Com isso, o resultado de mar/23 foi o menor para as exportações de 2023, até o momento.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Já para as importações, o volume total passou por um avanço de 34,1%, encerrando o mês com 203,2 milhões de litros em equivalente-leite sendo importados para o Brasil. Quando comparado com o resultado obtido em março de 2022 houve um avanço de 243% no volume importado no mês.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Assim como em fevereiro, os preços internacionais se mantendo em patamares baixos, o aumento dos preços dos derivados no mercado interno (no final de 2022 e início de 2023) e a elevação do preço do leite matéria-prima nos últimos meses contribuíram para formar esse cenário de elevação das importações

Dentre os produtos importados, o destaque obtido foi para o leite em pó integral, leite em pó desnatado, queijos e soro de leite, que somaram cerca de 93% de todo o volume importado no mês. Referente a essas categorias, todas obtiveram uma variação mensal positiva, com os queijos obtendo o maior avanço percentual observado, em 44%, seguido do leite em pó integral (+35%), leite em pó desnatado (+20%) e soro de leite (+5,4%).

Enquanto em relação às exportações, a maior participação, de 86%, seguiu sendo composta pelo leite condensado, leite UHT, creme de leite e queijos. De um lado, o leite condensado e os queijos passaram por um recuo em seu volume total exportado, de 25% e 50%, respectivamente, ao passo que o leite UHT obteve uma variação mensal positiva de 67% e o creme de leite de 25%.

A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de março deste ano.

Tabela 1. Balança comercial láctea em março de 2023.

O que podemos esperar para o próximo mês?

Apesar do período da entressafra do leite no Brasil estar se acentuando, a expectativa para o próximo mês é de que as importações passem por recuo em relação ao resultado obtido em março.

Outro ponto de atenção em relação às importações e sua expectativa de queda é referente a diminuição na produção de leite na Argentina e no Uruguai, os principais fornecedores brasileiros, que enfrentam dificuldades para produção de leite diante das secas causadas pelo La Nina.

Entretanto, levando em consideração o câmbio e os preços internacionais, os preços do produto importado ainda segues competitivos frente aos nacionais, o que tende a manter as importações em patamares elevados.

Para exportações, com preços internacionais ainda em baixos patamares e a entressafra do leite no Brasil se iniciando, não se projeta uma janela exportadora para os lácteos brasileiros no curto prazo. Assim sendo, nos próximos meses deveremos observar menor volatilidade nos resultados de importações, exportações e saldo final da balança comercial. (Milkpoint)

Espanha – Importância dos lácteos em todas as fases da vida

Lácteos – Quais são as chaves para manter uma alimentação saudável? Qual o papel de lácteos como o leite, o queijo e o iogurte? A médica Rosaura Leis, reconhecida pediatra com décadas de experiência profissional no Hospital Clínico Universitário de Santiago de Compostela, professora da Faculdade de Medicina da cidade e assessora do Comitê de Sustentabilidade Láctea do InLac, não tem dúvidas de que os lácteos devem compor a base de uma pirâmide alimentar saudável.

Leis recomenda tomá-los todos os dias – pelo menos três porções – para garantir a ingestão de macro e micronutrientes essenciais para nossa saúde.

Leis é pesquisadora principal do grupo de Nutrição Pediátrica do Instituto de Pesquisa Sanitária de Santiago; membro do Ciber de Obesidad; presidenta da Fundação Espanhola de Nutrição (FEN) e do Comitê de Nutrição e Amamentação da Associação Espanhola de Pediatria. Sua tese de doutorado analisou a prevalência da má absorção e intolerância à lactose na Galícia. Mais de 20 anos de experiência, quase duzentos artigos científicos e múltiplos trabalhos de pesquisa sobre boa alimentação e menor risco metabólico em crianças e adolescentes a credenciam.

Em sua opinião, não se entenderiam as dietas mediterrânea e atlântica sem alimentos tão ligados ao território como laticínios. Entre seus benefícios estão: fonte principal de cálcio, vitaminas lipossolúveis e proteínas. Sem esquecer as gorduras, já que cada vez mais pesquisas científicas a associam com menor risco de certas doenças.

Os lácteos nas diferentes etapas da vida

A médica considera imprescindível o consumo de lácteos para a mulher durante a gestação e a amamentação, e para a criança até o final da adolescência, que é quando se alcança o pico máximo de massa óssea. Leis destaca que a mulher gestante deve estar consciente de que tomar leite nesta etapa da vida, dentro de um contexto de boa alimentação e estilo de vida, não somente favorecerá sua saúde, mas também a do seu filho no curto, médio e longo prazo. Os primeiros 1000 dias de vida, incluindo o período fetal, constitui uma janela de oportunidades para prevenir doenças das crianças, de adultos e idosos.

“Não podemos esquecer que uma das doenças mais prevalentes e degenerativas durante a fase adulta é a osteoporose. Com uma ingestão adequada de lácteos, podemos alcançar um pico máximo de massa óssea no final da adolescência, embora tenhamos que manter o seu consumo ao longo de toda a vida”, diz a doutora.

Ela também insiste que a infância é fundamental para a formação dos ossos. “Tudo que armazenamos é garantia da saúde óssea no curto, médio e longo prazo e prevenção da osteoporose”.

Na opinião de Leis e outros especialistas de referência, uma dieta equilibrada inclui de 2 a 3 porções de lácteos por dia para crianças e adultos e de 3 a 4 porções em certas etapas da vida. Uma porção de leite corresponde a 200 ou 250 mililitros e a de iogurte representa 250 gramas (2 iogurtes). A porção de queijo meia cura ou curado equivale a 30 gramas. Se o queijo for fresco, 60 gramas. (Fonte: Portalechero – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido 

China: importações de lácteos caíram 30% nos primeiros dois meses
As importações de lácteos da China registraram uma nova queda em fevereiro, de 6,5% com relação ao ano anterior, em volume. Essa é mais uma queda após a redução de 43% no primeiro mês do ano. Nos dois primeiros meses houve quedas tanto em volume quanto em valor, segundo dados da Alfândega processados pelo site especializado CLAL e divulgados pelo portal argentino OCLA. As importações de lácteos da China foram de 538.944 toneladas, 30% abaixo das 773.621 toneladas do mesmo período de 2022. Em valor, a queda foi de 18%. O preço médio da tonelada importada foi de US$ 4.537.Estas reduções nas compras da China, explica a OCLA, devem-se sobretudo à maior produção local, aos elevados estoques gerados nas grandes compras de 2021, às dificuldades logísticas que implicaram o fechamento de algumas cidades devido a surtos de Covid, aos efeitos colaterais da guerra na Ucrânia e ao processo inflacionário que vem ocorrendo em todas as economias mundiais. Se observada por produtos, no leite em pó integral a queda em relação ao ano anterior foi de 68%. As compras externas passaram de 300.520 toneladas em janeiro/fevereiro de 2022 para 95.557 no início deste ano. Em fevereiro a queda desse produto foi de 31%. O Uruguai, o segundo maior fornecedor de leite em pó integral da China, registrou um forte declínio de 95% em relação ao ano anterior nas exportações em janeiro e fevereiro. A maioria dos fornecedores de lácteos para a China registrou quedas. As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 

 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 06 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.876


Sindilat/RS pede revisão de alíquotas de importação do Whey e medidas de proteção do mercado interno frente à incentivos fiscais na Argentina e Uruguai

Após uma reunião com representantes do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) o deputado federal gaúcho, Heitor Schuch (PSB), encaminhou duas pautas importantes para a indústria leiteira  ao vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. As solicitações tratam da necessidade de revisão da redução de 14% para 4% na alíquota de importação de Suplemento Proteico à base de Whey Protein Concentrado (WPC 80) e Whey Protein Isolado (WPI), ambos proteínas concentradas de soro de leite, para aquisições provenientes de países fora do Mercosul, bem como dos prejuízos causados para os produtores e principalmente para as indústrias de leite em pó e queijos, frente aos subsídios em espécie que vêm sendo concedidos na cadeia do leite na Argentina e no Uruguai. 

“As demandas são muito justas e já estão nas mãos do ministro Alckmin. Acredito que tem caminho para soluções rápidas e definitivas. Na minha opinião, o governo passado errou ao reduzir a alíquota do Whey, pois inviabiliza a produção nacional que perde mercado para o importado. Pedi ao ministro para revogar a medida e salvar a indústria brasileira. Os decretos dos governos argentino e uruguaio são protecionismo puro para o produtor local, mas liquidam com o setor de lácteos do Brasil”, destaca Heitor Schuch ao indicar que também levará as pautas para a Comissão de Indústria e Comércio da Câmara, da qual é presidente.

Cláudio Hausen de Souza, diretor Comercial e Marketing da Sooro Renner Nutrição S/A, empresa com plantas nas cidades de Marechal Cândido Rondon (PR) e Estação (RS), aponta que o setor industrial detectou no mercado de Whey que o favorecimento para a compra do insumo no mercado externo tem crescido, causando prejuízos para a indústria brasileira. “Essa redução no imposto está fazendo com que estejam sendo importados grandes volumes destes ingredientes, a preços muito baixos, se comparados à 2022. O prejuízo é claro às empresas nacionais, dedicadas à produção destes e outros itens lácteos”, afirma. 

Também as pequenas queijarias vêm sendo impactadas negativamente, uma vez que grande parte do que é absorvido de soro pela indústria brasileira é fornecido por estas plantas. “Além disso, o preço desta matéria-prima já caiu no mercado interno, agravando ainda mais os efeitos negativos da desoneração do imposto”, acrescenta o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini.

Ao também reforçar no encontro, que ocorreu na terça-feira (04/04), a necessidade da adoção de políticas públicas pelo governo federal que salvaguardem o setor leiteiro frente aos subsídios que vêm sendo concedidos na Argentina e no Uruguai, Palharini pontuou que os governos vizinhos abriram precedentes frente às regras do Mercosul e da Organização Mundial do Comércio (OMC) ao estabelecerem suas políticas de auxílios provocando a urgência de uma resposta do Brasil a fim de frear o avanço da entrada dos derivados no mercado nacional. “Precisamos encontrar uma forma de equalização neste cenário. Temos percebido, em 2023, um aumento muito grande das importações, principalmente de leite em pó e queijo parmesão, que chegam destes países com preços mais baratos do que os produzidos no Brasil. Há uma desigualdade e ela está atingindo principalmente os produtores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná”, alerta Palharini. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Piracanjuba lança novo site para otimizar experiências do usuário

A partir deste mês, os usuários que navegarem pelo site da Piracanjuba encontrarão uma interface mais moderna e atrativa. O novo layout foi pensado para transmitir proximidade entre a marca e o usuário, além de trazer movimento, pela utilização de formas orgânicas, cores e ilustrações.

Outro ponto interessante é a acessibilidade: a nova página da marca oferece ao público a possibilidade de visualização em cores de alto contraste, alteração do zoom do navegador a partir de simples comandos, tradução virtual em Língua Brasileira de Sinais e leitura de tela.

Além disso, com apenas um clique, os consumidores encontrarão os canais disponíveis para compras on-line. “As mudanças estão em consonância com o quesito usabilidade, ou seja, apresentar uma navegação simplificada para os diferentes públicos, tanto na versão desktop, quanto na mobile”, informa Lisiane Campos, Gerente de Marketing.

A plataforma conta ainda com uma página específica para os produtores de leite que fornecem matéria-prima. O espaço é denominado PROCAMPO, mesmo nome do programa de apoio e relacionamento destinado aos pecuaristas parceiros.

Entre outras atualizações, estão ainda as opções de páginas em inglês e espanhol. “Essas versões foram desenvolvidas especialmente para atender o público do exterior, que consome os produtos nos Estados Unidos, Angola, Bolívia, Chile, Cuba e Paraguai”, complementa a Gerente de Marketing.

Por fim, o menu, destinado à imprensa, ganhou divisões para facilitar a navegação dos usuários por temas de interesse, como lançamentos, reconhecimentos e campanhas. O novo portal foi desenvolvido pela Base Digital, consultoria de tecnologia especializada.

Sobre a Piracanjuba
A Piracanjuba nasceu em 1955, no interior de Goiás. Desde então, estabeleceu esforços para ser reconhecida como uma marca de qualidade, inovadora e que atende as necessidades mais específicas dos consumidores. Exemplo disso foi o lançamento do primeiro leite UHT zero lactose do mercado, em 2012; a entrada no segmento de nutrição infantil, com a linha excellence, em 2021, e criação do primeiro leite A2 de caixinha, em 2022. A manteiga, primeiro item da marca, se mantém no portfólio há mais de sessenta anos.

Para impulsionar as inovações, em 2021, foi criada a Divisão Científica Piracanjuba Health & Nutrition – um departamento totalmente estruturado, que funciona como centro de pesquisa e testes de produtos, com profissionais altamente qualificados e equipamentos de última geração.

Com o propósito Gostamos de fazer bem o que te faz bem, a Piracanjuba é a 6ª marca mais escolhida nos lares de todo o país e está presente em 78% dos lares brasileiros. No ambiente digital, é a 2ª entre as preferidas pelos consumidores, conforme pesquisa Kantar (Ranking Brand Footprint), divulgada em 2022.

Sobre o Laticínios Bela Vista
O Laticínios Bela Vista, detentor da marca Piracanjuba, é uma das três maiores indústrias de lácteos do país, e conta hoje com mais de 3,5 mil colaboradores diretos, que trabalham com a missão de levar alimentos com qualidade e sabor aos lares brasileiros.

As sete Unidades Fabris, localizadas em Bela Vista de Goiás (GO), Governador Valadares (MG), Maravilha (SC), Sulina (PR), Araraquara (SP), Três Rios (RJ) e Carazinho (RS), operam com capacidade produtiva de mais 6 milhões de litros de leite por dia.

Além do portfólio variado, com mais de 180 produtos, que reúnem as marcas Piracanjuba, Pirakids, LeitBom, ChocoBom e MeuBom, a empresa possui licenciamento das marcas Almond Breeze, para o Brasil e alguns países da América do Sul; e licenciamento das marcas Ninho e Molinho (leite UHT), para o território nacional.

A trajetória reúne importantes premiações e reconhecimentos relacionados aos produtos e à gestão, fundamentada em valores como ética, valorização das pessoas e responsabilidade ambiental, social e de governança. Em 2022, foi reconhecido com o Selo Mais Integridade, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). (Fonte: Piracanjuba)

UE – Em março, a média do preço do leite ao produtor cai pelo terceiro mês consecutivo

O Observatório do Mercado do Leite europeu (MMO) divulgou hoje, os dados preliminares do preço médio pago aos produtores de leite da União Europeia (UE-27), no mês de março. Embora tenha ocorrido aumento de 18% em relação ao mesmo mês de 2022, registrou a terceira queda consecutiva, acumulando perdas de 11% desde o mês de dezembro, quando a média atingiu o recorde, € 58,25/100 kg.  

Levando em consideração que os custos de produção apenas ficaram estáveis nos últimos meses, o produtor volta a enfrentar desafios financeiros significativos.

Em relação ao mês anterior, a média do preço pago ao produtor de leite europeu caiu 2,9%.

Na Itália, em decorrência da seca que atinge o país, o preço médio permaneceu 41% acima do registrado um ano antes, e ficou quase estável em relação ao mês anterior. Na Irlanda, onde os preços foram os maiores de toda a União Europeia (UE) € 69,24/100 kg de leite, a queda está sendo mais abrupta (-23,8%), desde o recorde registrado em novembro de 2022. Os produtores da Polônia, o maior produtor de leite do Leste Europeu, receberam 10% menos do que a média da UE no mês de março, o que é historicamente comum. Entretanto, nos meses de novembro e dezembro de 2022, o preço médio pago ao produtor polonês ficou acima da média europeia, um feito inédito.  



Entre os maiores países produtores de leite da UE, a França foi o que pagou menos aos seus produtores em março de 2023. Quase 12% menos do que o concorrente mais próximo, a Alemanha. (Fonte: Terra Viva com dados do Milk Market Observatory)

 

Jogo Rápido 

Sindilat/RS fala sobre redução no número de produtores de leite na RBSTV
O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, falou sobre a retração no número de produtores de leite no Estado nos últimos seis anos, em reportagem da RBSTV. A matéria, veiculada no RBS Notícias desta quarta-feira (05/04), destaca que entre 2015 e 2021 o número de famílias produtoras de leite passou de 84 mil para 40 mil no RS, segundo dados da Emater e do Sindilat/RS. A quantia representa aqueles que vendem para a indústria, cooperativas e queijarias ou que processam o leite em agroindústria própria.  Palharini reforçou a necessidade de o governo apoiar as famílias com a aquisição e instalação de reservatórios de água, além de fomentar a compra de leite e derivados dos produtores gaúchos. "Que tivesse uma política de compra do Estado para escolas para aumentar o consumo de lácteos. E nós não temos nada disso aqui no RS", disse Palharini. A reportagem abordou os principais fatores que contribuem para essa redução, como falta de mão de obra e desinteresse dos descendentes. A matéria foi conduzida pelo repórter Jeferson Ageitos. Confira a reportagem AQUI. (RBS Notícias)

 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 05 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.875


São premiados os vencedores do concurso Arte na Caixinha de Pelotas (RS)

Os nove alunos e alunas e suas professoras vencedores da etapa Pelotas (RS) do concurso Arte na Caixinha foram premiados nesta quarta-feira (05/04). No ato, realizado pela manhã no auditório da Secretaria Municipal de Educação e Desporto (Smed), os classificados em primeiro e segundo lugar foram agraciados com um tablet Galaxy Tab A7 e, assim como os terceiros colocados, com um ano de leite, certificado e medalha. As professoras responsáveis pelas inscrições dos primeiros colocados em cada categoria foram presenteadas com notebook, certificado e 12 meses de leite.

O Concurso Cultural Arte na Caixinha é uma iniciativa do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), com apoio da Tetra Pak, e realizado em parceria com a Smed de Pelotas, Embrapa Clima Temperado, Núcleo Jersey de Pelotas, Sicredi, Biscoitos Zezé e Associação Rural de Pelotas. Nesta edição, estiveram em disputa 191 trabalhos, que foram realizados por crianças do Pré II ao 5º ano, sendo 63 deles na Infantil, 79 na Júnior e outros 49 na Juvenil.

Segundo o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, o evento encerra a primeira etapa da iniciativa, que propõe a utilização de diferentes técnicas artesanais e artísticas em caixas de leite UHT explorando a temática “O leite na sua vida”. “A expectativa é que entre os meses de maio e junho possamos dar início a segunda fase do projeto, com novas escolas envolvidas. Entendemos que essa ação é muito positiva, pois envolve as crianças, as famílias, os professores e os órgãos públicos. E ver os pequenos interagindo com o concurso é o ápice”. Para o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso, é uma satisfação participar de um projeto que vai além da pesquisa. “Atingimos a sociedade e o segmento das crianças, levando uma mensagem bonita do agro para eles”. 

Prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, destaca que o projeto revela a cadeia produtiva do leite às crianças com um viés educativo e ao mesmo tempo artístico. “Queremos manter essa parceria com o Sindilat/RS. Nossas escolas reagiram muito bem a essa provocação. E estamos na expectativa da sua sequência”. Sentimento também compartilhado pela secretária Municipal de Educação e Desporto (Smed), Adriane Silveira, que reforça a importância de o concurso “colocar no currículo das escolas um conhecimento da vida”.

Vencedora da Categoria Juvenil com o trabalho A Fazenda, Quevelen Castro do Nascimento, conta que gostou da experiência de fazer o desenho e que “se sentiu emocionada” ao ganhar o concurso. Ela é aluna da Emef Núcleo Habitacional Dunas. Daniele Costa Gonçalves, que conquistou o segundo lugar na categoria com o trabalho Fazenda Genoveva, afirma que aprendeu como funciona o processo da produção de leite assistindo a peça teatral  “Na Fazenda Doce de Leite”. Ela é aluna da Emef Núcleo Habitacional Dunas.

Confira os vencedores:

Categoria Infantil (Pré II e 1º ano)
1º Lugar: Sabrina Buchweitz, trabalho: Fazendinha da Sabrina - professora Elis Renata Barros Mattozo Jeske, da Emef Independência. 
2º Lugar: Pietro Aguiar Almeida, trabalho: Celeiro - professora Tatiane Chollet Amaral, da Emef Núcleo Habitacional Dunas.
3º Lugar: João Afonso Pinto Corrêa, trabalho: A fazendinha do João - professora Elis Renata Barros Mattozo Jeske, da Emef Independência. 

Categoria Júnior (2º e 3º ano)
1º Lugar: João Miguel Cardoso Sedrez, trabalho: As etapas da produção de leite - professora Dalila da Rocha Guths, da Emef Santa Teresinha.  
2º Lugar: Martina Lopes Buchweitz, trabalho: O leite na nossa vida - professora Dalila da Rocha Guths, da Emef Santa Teresinha.  
3º Lugar: Jonas Lacerda da Silva, trabalho: Beba mais leite - professora Gisele Oliveira da Cruz, da Emef Dr. Berchon. 

Categoria Juvenil (4º e 5º ano)
1º Lugar: Quevelen Castro do Nascimento, trabalho: A Fazenda - professora Gloria Elisa Duarte Barcellos, da Emef Núcleo Habitacional Dunas.
2º Lugar: Daniele Costa Gonçalves, trabalho: Fazenda da Genoveva - professora Maria de Fátima da Silva Reis, da Emef Núcleo Habitacional Dunas.
3º Lugar:  Douglas Mickael Mailahn Kohn, trabalho: A Fazenda - professora Cleuza Regina Wetzel, da Emef Dr. Berchon.
CLIQUE AQUI para acessar as fotos do evento. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Créditos: Gustavo Vara)


Condições meteorológicas do verão 2022/2023 impactaram produção de leite no RS

O verão 2022/2023, com estiagem e temperaturas acima da média histórica, teve grande impacto na produção leiteira do Rio Grande do Sul, ocasionando baixa condição corporal das vacas em lactação por má qualidade ou falta de pastagens, falta de água disponível ou perdas nas safras de grãos destinados à nutrição dos animais. É o que aponta o Comunicado Agrometeorológico 51 - Especial Biometeorológico Verão 2022-2023, editado pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

O Comunicado analisa as condições meteorológicas ocorridas no período, como precipitação pluvial, temperatura e umidade do ar. Utilizando o Índice de Temperatura e Umidade (ITU),  a publicação documenta e identifica as faixas de conforto/desconforto térmico às quais os animais foram submetidos, estimando os efeitos na produção de leite.

“A avaliação do trimestre evidenciou períodos consideráveis de estresse térmico impostos aos animais, com elevadas estimativas de queda de produção de leite em todas as regiões do Estado. O quadro se acentuou em vacas lactantes de alta produção, afetando o retorno econômico dos produtores rurais”, detalha a pesquisadora Ivonete Fátima Tazzo. 

Dentre as regiões do Estado, o Vale do Uruguai (municípios de Frederico Westphalen e Santa Rosa) se destacou como a que registrou maiores períodos de desconforto térmico para os animais.

O Comunicado também lista algumas medidas que podem ser adotadas para mitigar os efeitos de condições meteorológicas com potencial de gerar estresse térmico.

A publicação é uma iniciativa do Grupo de Estudos em Biometeorologia, constituído por pesquisadores e bolsistas das áreas da Agrometeorologia e Produção Animal.

O Comunicado Agrometeorológico Especial - Biometeorológico tem publicação trimestral e está disponível na seção de Agrometeorologia da Seapi: www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (Fonte: SEAPI)

Energia solar auxilia na redução de custos nas propriedades

A adoção de fontes limpas e renováveis de energia é um tendência nos sistemas produtivos tanto pelo fato de contribuir para a preservação do meio ambiente, descarbonizando a produção, quanto por proporcionar a redução de custos na medida em que possibilita o aproveitamento da energia captada para o funcionamento de equipamentos como bombas de água, irrigação, refrigeração, entre outros. O excedente ainda vai para o sistema elétrico e se transforma em créditos abatidos na conta e, neste ciclo, a economia gerada se transforma em recursos para investimentos. 

De acordo com o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, a adoção de placas solares tanto nas propriedades leiteiras quanto na indústria láctea representa avanços na melhoria da competitividade de todo o setor. “Com isso, tanto as propriedades quanto a indústria, podem avançar se tornando  autossustentáveis e favorecendo ainda a redução de custos”, assinala. 

Recentemente um novo incentivo à ampliação das plantas fotovoltaicas veio com a ampliação da vigência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis), prorrogada até 31 de dezembro de 2026. A iniciativa, ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, passou também a desonerar peças e equipamentos usados para a fabricação de painéis solares. No total, são 24,25% a menos em impostos que foram zerados em taxas de Importação, era 6%; de Produtos Industrializados (IPI), era 6.5%; de PIS, era 2.1%; e de Cofins, era 9.65%. 

"É uma decisão muito segura a de adquirir o projeto fotovoltaico pois, além de pagar a conta de luz reduzida, em quatro anos, em média, o projeto também estará pago”, analisa Celiana Kappler, da 300 Energy. A executiva de negócios lembra que, de acordo com a Lei 14.300, que entrou em vigor em janeiro deste ano, a redução é de, no mínimo, 80% sobre a conta de luz atual através da captação solar. Cada planta instalada tem estimativa mínima de produção de 25 anos, com no máximo 20% de depreciação.

Clique aqui e confira a íntegra do decreto 11.456, de 28 de março de 2023. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Jogo Rápido 

Cooperação renovada
O Fundesa e a Secretaria da Agricultura (Seapi) renovaram por mais dois anos o acordo de cooperação técnica com a Universidade da Carolina do Norte (NCSU), dos Estados Unidos. Objetivo é seguir com o trabalho de análise de redes de movimentação de animais e cruzamento de dados para permitir o maior controle e atuação sanitária preventiva das equipes de fiscalização da Seapi. (Correio do Povo)

 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.874


GDT - 04/04/2023


(Fonte: GDT)


 

Uruguai: redução do custo de energia elétrica para produtores de leite

Para promover o apoio à cadeia produtiva do leite nacional e considerando a extensão da emergência agrícola declarada pelo Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP), o Governo do Uruguai, por meio do Ministério da Indústria, Energia e Minas (MIEM), assinou um decreto que implementa programa de benefícios comerciais para produtores de leite e empresas ou unidades produtivas da cadeia leiteira.

O benefício, que reduz o custo da energia elétrica para a cadeia produtiva do leite, será mantido durante o período de janeiro a setembro de 2023, aprofundando-o para os produtores com potência contratada superior a 15 kW.
 
Benefícios

O decreto determina que UTE implemente os seguintes benefícios em três grupos:

O primeiro grupo, produtores de leite – Os produtores de leite com potência contratada menor ou igual a 15 kW, terão desconto na tarifa de energia equivalente a 80% do consumo de energia elétrica das fazendas leiteiras para os primeiros 500 kW/mês.

Segundo grupo de produtores de leite – Os produtores de leite não incluídos no número anterior terão um desconto de 20% na tarifa de energia.

Terceiro grupo, indústria de laticínios – As indústrias de laticínios ou unidades industriais da cadeia produtiva de laticínios terão desconto de 15% na tarifa de energia. (As informações são do Todo El Campo, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Leite/América do Sul

O fim do fenômeno La Niña, que está associado a anos consecutivos de seca na América do Sul, ainda não deu alívio nem à colheita, nem à produção de leite em grandes áreas dos principais países produtores e processadores de leite e lácteos do Cone Sul.

Março foi quente e seco, na maior parte do tempo. Observadores da região dizem que a chuva é irregular e algumas áreas recebem precipitações muito necessárias, mas os benefícios climáticos não são generalizados. Apesar das expectativas e das condições mais favoráveis em decorrência de padrões climáticos neutros, os produtores e processadores da região não acreditam em melhoras significativas no curto prazo.  

As importações de commodities lácteas pelo Brasil continuam subindo, já que a produção de leite é instável, e a expectativa é de que caia ainda mais.

Queijo, leite em pó desnatado (SMP) e leite em pó integral (WMP) estão entrando em grandes volumes no maior país do continente, mostram os relatórios. Analistas dizem que devido aos estoques limitados, os preços do SMP e WMP se manterão firmes. Alguns contatos dizem que a produção até o terceiro trimestre está toda contratada. A concorrência de importadores globais foi superada pelo grande interesse brasileiro. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


Jogo Rápido 

Balança comercial 
A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 10,956 bilhões em março. De acordo com dados divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o valor foi alcançado com exportações de US$ 33,060 bilhões e importações de US$ 22,104 bilhões. No ano, a balança comercial acumula resultado positivo de US$ 16,068 bilhões. (Jornal do Comércio)