Pular para o conteúdo

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 05 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.894


Estado lança metas da agricultura de baixo carbono durante Fórum Gaúcho de Mudanças Climáticas
 
O Rio Grande do Sul lançou, nesta quinta-feira (4/5), as metas do Plano da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC+ RS), com as diretrizes para promover a adaptação à mudança do clima e o controle das emissões de gases de efeito estufa (GEE) na agropecuária gaúcha, visando ao aumento da eficiência e resiliência dos sistemas produtivos.  O lançamento aconteceu durante a 4ª edição do Fórum Gaúcho de Mudanças Climáticas (FGMC), no auditório do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MPRS).
 
Segundo o governador Eduardo Leite, que participou do evento, esse tipo de projeto tem como intenção fazer com que o Estado seja um exemplo em relação aos compromissos climáticos. “Precisamos ter a consciência de que a preocupação com o meio ambiente deve estar alinhada com os aspectos econômicos e sociais. E nosso governo tem a compreensão que é a partir deste posicionamento que poderemos ter um Estado verdadeiramente sustentável”.
 
O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Giovani Feltes, explicou que o Plano ABC+ RS tem como objetivo promover a adaptação à mudança do clima e o controle das emissões de GEE na agropecuária do RS. “Com a publicação do plano pretendemos expandir em 4,6 milhões de hectares até 2030, o que resultará na redução de cerca de 75 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente. E para atingir essas metas a Secretaria da Agricultura vai estimular políticas públicas que incentivem a adoção das tecnologias do Plano ABC+”, enfatizou.
 
O FGMC foi presidido pela secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann. “Nós temos certeza de que esse ambiente, promovido pelo Governo do Estado, vai trazer importantes avanços porque traz a sociedade e as práticas factíveis para a redução, mitigação e adaptação às mudanças climáticas”, reforçou a secretária durante a abertura.
 
O diretor substituto do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação (Depros), Gustavo dos Santos Goretti, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), afirmou que o "RS é o terceiro Estado a lançar seu plano. Incluímos novas linhas de tecnologia e uma delas é a irrigação que faz muita diferença ao Estado, para mitigar os efeitos da estiagem. Precisamos mostrar aos produtores as tecnologias que a gente conhece para que eles possam diminuir as perdas que possam ter na produção".
 
O ABC+ RS é considerado uma política pública que promove o engajamento ativo do setor produtivo e da sociedade, integrando produtividade, adaptação e mitigação efetiva, ao cenário da agropecuária brasileira.
 
Ao longo dos anos, mais de 50 milhões de hectares já adotaram tecnologias ABC como o Sistema Plantio Direto, Fixação Biológica de Nitrogênio, Florestas Plantadas e Sistemas de Integração, a Integração Lavoura-Pecuária, Integração Lavoura-Floresta, Integração Pecuária Floresta ou mesmo a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. O novo ciclo do ABC+ inclui novas tecnologias adaptadoras e mitigadoras, como o Sistema Plantio Direto com hortaliças, a Terminação Intensiva, e os Sistemas Irrigados, além de dar um destaque maior aos Sistemas Agroflorestais. Também prevê o fortalecimento das estratégias de adaptação à mudança do clima e incorpora o conceito de Abordagem Integrada da Paisagem (AIP) à gestão do uso do solo nas propriedades rurais, microrregiões e territórios.
 
Para o coordenador do Comitê Gestor do ABC+ RS e pesquisador da Seapi, Jackson Brilhante, a publicação das metas é um marco para o Estado do Rio Grande do Sul e sinaliza para os mercados o compromisso do Estado com a produção agropecuária sustentável. “O produtor gaúcho é referência no cenário nacional e mundial em termos de adoção das tecnologias de agricultura de baixa emissão de carbono, pois ele está cada vez mais convencido da necessidade de produzir mais, com menor custo e menor impacto ambiental. Esse plano foi construído a várias mãos em conjunto com representantes do setor agropecuário, de instituições de pesquisa, ensino e extensão”, afirmou. 
 
Fórum de Mudanças Climáticas
 
Além do Plano ABC+ RS, desenvolvido pela Secretaria de Agricultura Seapi, será feito pela Sema, com a condução da Assessoria do Clima, um inventário de emissões de GEE, assim como uma análise de riscos e vulnerabilidades climáticas.
 
“Tudo isso levará à criação do plano de mitigação, que vai zerar o balanço das emissões de GEE nas diversas cadeias produtivas do Estado. A Sema ainda conta com projetos como o EstimaGás, que faz a mensuração dos GEE em aterros sanitários; o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), instrumento econômico que recompensa e incentiva serviços ambientais; e o Agrigooders, programa de recompensa por boas práticas ambientais”, reforçou Marjorie.
 
Durante o evento, foi assinado o Protocolo de Intenções entre o Estado e federações, que objetiva a promoção do Plano de Descarbonização das Cadeias Produtivas do RS. Assinaram o documento o governador Eduardo Leite, a secretária Marjorie, o secretário Feltes, e o secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, juntamente com os representantes da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do RS (Fecomércio-RS), e da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).
 
Também fizeram parte da mesa o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, a Delegada Nadine Anflor, vice-presidente da Assembleia Legislativa, o procurador-geral de Justiça do RS, Marcelo Dornelles, o promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente do MP, Daniel Martini.
 
Fazem parte do fórum representantes do governo do Estado, sociedades civil e científica. As próximas reuniões estão previstas para acontecer nos dias 29 de agosto e 21 de dezembro.
 
Metas do RS até 2030
 
Ao todo são oito metas previstas para estímulo à adoção de sistemas, práticas, produtos e processos de produção sustentável, com compromissos até 2030:
 
● Ampliar em 1,43 milhões de hectares as áreas com adoção de Práticas para Recuperação de Pastagens Degradadas (PRPD);
● Ampliar em 600 mil hectares a área com adoção de Sistema de Plantio Direto;
● Ampliar em 1,005 milhão de hectares a área com adoção de Sistemas de Integração, sendo 1 milhão de hectares referentes a Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e 5 mil hectares referentes a Sistemas Agroflorestais;
● Ampliar em 322 mil de hectares a área com adoção de florestas plantadas;
● Ampliar em 1 milhão de hectares a área com adoção de Bioinsumos;
● Ampliar em 216 mil hectares a área com adoção de Sistemas Irrigados;
● Ampliar em 11,8 milhões de metros cúbicos a adoção de manejo de resíduos da produção animal;
● Ampliar em 200 mil os bovinos em terminação intensiva.
 
As informações são do Governo do Estado do Rio Grande do Sul

Piracanjuba apresenta novidades na linha Whey

Whey - De acordo com a Recommended Dietary Allowance (RDA), o valor de referência para consumo de proteínas é de 75g, em uma dieta padrão de 2000 kcal diárias. Esses índices, no entanto, estão abaixo das necessidades diárias de alguns indivíduos, como é o caso daqueles que se exercitam, por exemplo.

Pensando em apoiar os consumidores na rotina da alimentação, com a ingestão apropriada de nutrientes, a Piracanjuba expandiu a linha de produtos Whey que, agora, passa a contar com 10 produtos. As novidades são os Piracanjuba Whey 15g, na versão 250ml, nas opções Chocolate, Morango e Coco, e, em embalagens de 1L, nos sabores Coco e Chocolate. A versão de 23g, já existente no portfólio da marca, continua disponível em 5 sabores: Cacau, Banana, Baunilha, Frutas Vermelhas e Pasta de Amendoim.

“Piracanjuba Whey é para quem treina de forma mais leve, ou para que se exercita em atividades de alto impacto. É uma opção leve e saborosa para lanches e para quem busca aumento diário da ingestão de proteínas. Ao desenvolver as versões com 15g de proteínas, queremos atender novos públicos, levando ainda mais opções para atender variadas necessidades”, comenta a Gerente de Marketing, Lisiane Campos.

Além da quantidade de proteínas por porção, os novos Piracanjuba Whey 15g possuem embalagens exclusivas, com layout único, destacado pelas cores que remetem à força e à robustez. Os produtos são apresentados em embalagens assépticas Tetra Pak, assegurando a qualidade e a conservação dos nutrientes.

“Variamos sabores, para atender diferentes paladares, e pensamos ainda nos públicos que possuem intolerância à lactose ou com restrição ao consumo de açúcares. Além disso, para trazer maior dulçor, sem, contudo, aumentar as calorias, utilizamos stevia nas versões 23g, e sucralose, nas de 15g. Piracanjuba Whey é para quem quer manter o corpo em movimento, sem abrir mão do sabor e qualidade”, complementa Lisiane.

Dentro de alguns dias, os novos produtos estarão disponíveis nos principais pontos de vendas de todo o Brasil e nos canais de e-commerce. (Piracanjuba)

Indústria do queijo: como o foco em digitalização e sustentabilidade contribuem para o crescimento

Indústria do queijo tem taxa de crescimento global que deve alcançar 6,8% entre 2020 e 2025. Fernanda Rocha, da Tetra Pak Brasil, explica o potencial deste mercado global e no Brasil.

Com sua origem estipulada em mais de 10 mil anos, o queijo é um dos alimentos mais apreciados em todo o mundo. Seja o Cheddar, da Inglaterra, o Feta, da Grécia, ou até a famosa Mussarela, originada na Itália e adaptada para o que conhecemos hoje como pizza-cheese, o queijo faz parte da culinária de diversos países, incluindo o Brasil.

E com uma taxa de crescimento global que deve alcançar 6,8% entre 2020 e 2025, segundo dados levantados pela Mondor Intelligence, a indústria queijeira tem potencial para sua consolidação em âmbito global, e sem dúvida possibilidade de expansão e fortalecimento no mercado brasileiro.

Hoje, já temos uma indústria forte em território nacional, mas que ao mesmo tempo possui potencial para crescer, seja por meio de aumento de capacidade ou por otimização de sua base instalada. Por exemplo, ainda há muito a ser explorado quando falamos em padronização dos produtos, na digitalização do pátio fabril e na produção com foco na sustentabilidade.

Padronização e digitalização
Pensando um pouco sobre a questão da padronização, temos que entender as variações encontradas nos processos da indústria, o que consequentemente impactam na variabilidade do produto entregue ao consumidor.

Há muito o que se explorar dentro do universo fabril, por exemplo, quando olhamos para o volume de dados existentes em cada lote fabricado. Esta abordagem cabe em todos os cenários, sejam desde os menores até grandes volumes, e é importante entender o tamanho do impacto dessa variação do processo nas características finais do produto e como isso afeta a rentabilidade do negócio.

E isso se conecta ao ponto da digitalização do pátio fabril. Ao permitir que a tecnologia adentre ao chão de fábrica, ela otimizará a produção, trazendo padronização do produto e, consequentemente, entregando melhores resultados ao produtor.

Desde a recepção do leite, passando por todo o processo de produção da coalhada até a salga e resfriamento final, é possível investir na indústria queijeira para que traga uma constante na produção do queijo, com equipamentos que mantenham a qualidade e características iniciais do queijo. E isso permitirá inclusive o desenvolvimento dos colaboradores, que poderão se especializar e focar nas etapas mais técnicas e estratégicas da produção, deixando o restante da operação dentro de uma realidade mais tecnológica e digitalizada.

Sabemos que uma mudança como essa acontece a longo prazo e precisa ser avaliada sob diversos pontos de vista, mas é importante iniciar essa discussão, mostrando o quanto esse novo mindset irá beneficiar o setor, tornando-o cada vez mais forte e consolidado no Brasil.

Sustentabilidade
Com isso, chegamos a um terceiro ponto necessário para a indústria queijeira quando pensamos em seu fortalecimento: a sustentabilidade. Hoje o tema já está presente em todos os setores, e devemos colocar em pauta quando pensamos não só em novos projetos, mas também em como adequar linhas existentes. Dentro do processamento de queijos, existem oportunidades para otimizar o uso dos recursos hídricos, e a indústria pode, e deve, pensar em alternativas para que toda a produção do alimento seja mais sustentável e com o menor impacto para nosso planeta.

Quando pensamos no processo da mussarela, por exemplo, é necessário promover o aquecimento da coalhada para realizar a etapa de filagem, promovendo a estrutura de fibras alongadas características a este queijo. O processo tradicional consiste em manter o equipamento inundado com água quente, consumindo um elevado volume de água e por consequência gerando efluente a ser tratado.

Hoje, máquinas que realizam a filagem a seco do queijo mussarela, por exemplo, são uma inovação no mercado e permitem que no momento de filar a massa, esse procedimento seja feito a seco, ou seja, sem a necessidade de adição de água no processo.

Outra aplicação consolidada e muito presente no mercado são de soluções de filtração por membranas, que podem ser utilizadas com a finalidade de concentrar desde o soro até promover a separação e concentração de proteína do soro e outros componentes.

Nesse processo, por exemplo, milhares de litros de água por dia são recuperados antes que sejam direcionados para a estação de tratamento de efluentes. Com isso, é possível, por exemplo, que a água seja usada na limpeza do pátio fabril e na lavagem dos caminhões, trazendo ainda mais economia para o local.

Como iniciar essas mudanças?
Agora que temos uma ideia de algumas ações que podem se tornar realidade no setor queijeiro, a dúvida que fica é: como fazer tudo isso?

Se queremos um pátio fabril digitalizado e com uma produção padronizada, gerando assim melhores resultados para a indústria, precisamos incorporar a realidade tecnológica nesse processo. Sejam máquinas para prensagem, salga ou drenagem, passando pela inserção de linhas completas de produção, e chegando até aos maquinários com foco na eficiência e sustentabilidade, a digitalização e tecnologia precisam estar presentes em todas as etapas do processo.

E todo esse investimento em inovação também depende de outros fatores, como a manutenção preventiva, fornecimento de peças e insumos, e até mesmo treinamentos de funcionários para adaptação à nova realidade. São iniciativas a médio e longo prazos que fazem a diferença e que tornam a fábrica em si, e a indústria como um todo, competitivas e sólidas o suficiente para se consolidarem diante dos desafios do futuro.

A indústria queijeira é parte fundamental da nossa economia, e aqui na Tetra Pak temos como meta apoiar e sermos uma parceira estratégica em seu desenvolvimento e na busca de oportunidades para os produtores desse alimento que é uma paixão de todos nós.

*Fernanda Rocha é Gerente de Vendas de Processamento em queijos da Tetra Pak Brasil. Técnica em Leite e Derivados pelo Instituto de Laticínios Cândido Tostes e Engenheira de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Fernanda Rocha acumula mais de 10 anos no setor de alimentos. Na Tetra Pak desde 2021, a gerente dedica-se a projetos voltados para o setor do queijo. (Food Conection - via Edairy News)


Jogo Rápido

Chuvas e temperaturas baixas marcam os próximos dias no RS
A próxima semana permanecerá com temperaturas mais baixas e com elevados volumes de chuva na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 18/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Entre sexta-feira (05/05) e domingo (07/05), a passagem de uma área de baixa pressão e de uma frente fria provocará chuva em todo o Estado, com possibilidade de temporais isolados e altos volumes acumulados, principalmente na Metade Norte. Na segunda (08/05), o ingresso de uma massa de ar frio e seco afastará a nebulosidade e vai provocar o ligeiro declínio das temperaturas; somente nos setores Norte e Nordeste ainda ocorrerão chuvas fracas e isoladas. Na terça (09/05) e quarta-feira (10/05), a presença do ar frio e seco manterá o tempo firme, com temperaturas amenas em todo o Estado. Os volumes previstos deverão oscilar entre 25 e 60 mm na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul. Nas demais regiões, os totais esperados serão mais elevados e deverão variar entre 70 e 90 mm, podendo superar 125 mm em municípios das Missões, Vale do Uruguai e do Planalto. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.893


No lançamento da Expoleite e da Fenasul, indústria cobra acesso a fundo do setor

Representante do Sindilat-RS falou sobre a necessidade de liberação de recursos do Fundoleite para ações de desenvolvimento da produção 

Foi um café da manhã diferente, com o leite (e seus derivados) ganhando o protagonismo à mesa e nos discursos do lançamento da 44ª Expoleite e 17ª Fenasul, realizado no parque Assis Brasil, em Esteio, nesta quarta-feira (3).  Os eventos simultâneos ocorrem de 17 a 21 de maio e têm entrada gratuita. Durante a apresentação oficial, os desafios inerentes à produção também entraram no cardápio. E o secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios (Sindilat-RS), Darlan Palharini, falou sobre a necessidade de que os cerca de R$ 30 milhões do Fundo Estadual do Leite (Fundoleite) possam ser acessados, para ações de fomento da cadeia. 

— Precisamos resolver esse problema. A Argentina liberou R$ 300 milhões para o setor de lácteos — pontuou, sobre o país vizinho, de onde o Brasil traz parte das importações do produto.

Ao se manifestar, logo depois, o secretário da Agricultura, Giovani Feltes, falou sobre o assunto. Ele explicou que os projetos aprovados precisam passar por trâmites burocráticos, mas que já está sendo feita a análise jurídica. A questão foi levada à Casa Civil, e, conforme Feltes, agora é preciso aguardar.

Criado em 2013, o Fundoleite é formado por arrecadação compulsória, de partes iguais, entre Estado e indústrias. Inicialmente, os repasses eram feitos com o Instituto Gaúcho do Leite (IGL), mediante a celebração de convênio com a Secretaria da Agricultura. Em 2016, o acordo não foi mais renovado. E em 2021, o acesso ganhou um novo modelo de distribuição: 70% do arrecadado passou a ser destinado para projetos na área de assistência técnica de produtores de leite,  outros 20% para apoio e desenvolvimento do setor e 10% para custeio de atividade administrativa. 

A crise enfrentada pelo setor de lácteos apareceu em outras falas na cerimônia de lançamento. Presidente da Associação de Criadores de Gado Holandês (Gadolando), Marcos Tang lembrou que são três anos de condições climáticas adversas:

— O grande desafio do produtor (de leite) é produzir alimento (para o gado). Temos de otimizar o uso das pastagens, porque os silos estão quase vazios.

Representando a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag-RS), o engenheiro agrônomo Kaliton Prestes disse que é preciso avançar para a colheita de três safras em um ano também na pecuária de leite. Gedeão Pereira, presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), destacou que o Brasil é hoje o terceiro maior produtor de lácteos, com a atividade presente em 98% dos municípios brasileiros, acrescentando que é preciso, no entanto, ganhar competitividade. E que é preciso olhar com atenção, entre outras coisas, para os acordos comerciais para além do bloco do Mercosul. 

— A Expoleite e a Fenasul trazem o que há de melhor na genética, que é um dos pilares da competitividade  — acrescentou.

Vice-presidente técnico da Gadolando, José Ernesto Ferreira lembrou que a exposição traz, além de uma disputa saudável, onde se vê a qualidade dos animais perante outros produtores, a possibilidade de que o produtor fique atualizado, faça melhoramento genético e, assim, tenha eficiência melhor na atividade.

— E tem a aproximação do público urbano com o do campo. 

Saiba mais
A 44ª Expoleite e 17ª Fenasul ocorrem de 17 a 21 de maio, no parque Assis Brasil, em Esteio
A entrada no local é gratuita
Além das duas exposições, há ainda a Multifeira de Esteio, que terá mais de 200 expositores, a primeira feira de cutelaria, espaço de inovação e programação cultural, com shows em todas as noites
Há ainda o rodeio artístico de Esteio
A agricultura familiar também marca presença, com 32 empreendimentos
Neste ano, será retomada a Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, marcada para o dia 17 de maio 

As informações são da Zero Hora


Secretaria da Agricultura e setor produtivo alinham apoio à pesquisa de emissões de carbono

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação estuda a formatação de um acordo de estímulo à redução das emissões na pecuária gaúcha. A iniciativa, que já conta com o apoio da Secretaria do Meio Ambiente, está sendo costurada junto à Embrapa Pecuária Sul e tem o apoio de Sindilat e Associação Brasileira de Angus. Os encaminhamentos foram tratados em reunião conduzida pelo secretário adjunto, Márcio Madalena, na manhã desta quinta-feira (4/5), e que contou com chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso, o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, com a presidente da Associação Brasileira de Angus, Mariana Tellechea, e o gerente de Fomento, Mateus Pivato.


Foto: Carolina Jardine

Segundo Madalena, o governo tem total interesse em ações focadas em redução das emissões ou que permitam um balanço favorável de gases do efeito estuda. “Precisamos mostrar o que já estamos fazendo em relação à mitigação das emissões do agronegócio. O próprio incremento genético dos rebanhos tem que entrar nessa narrativa porque faz com que o animal fique pronto para produção antes e isso reduz as emissões”, pontuou o secretário adjunto.

Uma das primeiras entidades a levar o tema ao governo ainda na gestão anterior do governador Eduardo Leite, o Sindilat integra o grupo que busca uma parceria com o governo do Estado e Ministério da Agricultura para viabilizar a compra de quatro cochos capazes de aferir as emissões de metano de bovinos a campo. A tecnologia, explica Cardoso, precisa ser importada, mas aumentaria consideravelmente a escala e eficiência dos testes em rebanhos de corte e leite. “Os cochos de medição devem ajudar o Rio Grande do Sul a posicionar-se na linha de frente dos estudos de emissões no Brasil. É um projeto de grande interesse do setor lácteos porque representa um ganho e um diferencial produtivo”, completou Palharini, convicto que o assunto deve ser tratado como política de estado.  

Uma das opções aventadas é que o investimento para aquisição dos cochos possa contar com apoio de recursos do Fundoleite. O fundo, cujas verbas estão paradas no Tesouro do Estado, foi criado exatamente para financiar projetos de pesquisa e fomento ao setor lácteo. “Já somos referência no controle de brucelose e tuberculose. Agora, precisamos avançar para o controle de emissões alinhados com os compromissos ambientais assumidos”, completou Palharini. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Reinstalada a Frente Parlamentar do Cooperativismo

A Frente Parlamentar do Cooperativismo foi reinstalada na manhã desta quarta-feira (3), no salão Júlio de Castilhos da Assembleia Legislativa. A Frente será presidida pelo deputado Elton Weber (PSB).

Em sua fala, Weber destacou que o cooperativismo está presente no Rio Grande do Sul há 121 anos e é um dos principais pilares do desenvolvimento, geração de renda, emprego e qualidade de vida do estado. Segundo o deputado, as cooperativas de crédito, trabalho, agropecuário, transporte, produção de bens e serviços, saúde, consumo e infraestrutura desenvolvem os municípios onde estão presentes, pois o dinheiro permanece na comunidade.

A Frente tem como objetivo desenvolver o processo de difusão e fortalecimento do cooperativismo no solo gaúcho visando o desenvolvimento do estado. “Quero dizer a todos do sistema cooperativo que esta Casa estará à disposição na Frencoop para atender, receber e trabalhar pelo cooperativismo gaúcho. Viva as cooperativas! Viva o cooperativismo gaúcho!”. concluiu Weber.

Manifestações
Ao final do ato, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Vilmar Zanchin (MDB), deu posse aos integrantes da Frente Parlamentar. Ele reforçou a importância da Frente na medida que é a única que tem a assinatura de todos os 55 deputados e destacou o pioneirismo do Rio Grande do Sul no sistema de cooperativismo na América Latina.

Também se manifestaram na cerimônia Darci Pedro Hartmann, presidente da Ocergs, e Ronaldo Santini, secretário de Estado de Desenvolvimento Rural.

Presenças
Estiveram presentes no ato Artur Lemos, secretário-chefe da Casa Civil, e Beto Fantinel, secretário de Estado da Assistência Social; além das deputadas Silvana Covatti (PP),  Eliana Bayer (Republicanos) e Delegada Nadine (PSDB) e dos deputados Delegado Zucco (Republicanos), Zé Nunes (PT), Professor Bonatto (PSDB), Paparico Bacchi (PL), Gerson Burmann (PDT), Luciano Silveira (MDB), Airton Lima (Podemos), Guilherme Pasin (PP), Edivilson Brum (MDB), Miguel Rossetto (PT), Felipe Camozzato (Novo), Valdeci Oliveira (PT), Carlos Búrigo (MDB), Capitão Martim (Republicanos), Rafael Braga (MDB), Airton Artus (PDT) e Professor Claudio Branchieri (Podemos). (ALRS)


Jogo Rápido

Uruguai– As exportações de produtos lácteos chegaram ao maior nível desde 2014
Exportações/UR – As exportações de produtos lácteos pelo Uruguai totalizaram US$ 70 milhões em abril de 2023, aumentando 29% na comparação interanual. Ficaram em destaque as exportações de leite para o mercado brasileiro, que passaram de quase US$ 2 milhões em abril de 2022, para US$ 38 milhões em abril de 2023, destacou o boletim mensal do Instituto Uruguai XXI. O Brasil é o destino de 35% das exportações totais de lácteos no acumulado de 2023. O montante total exportado entre janeiro e abril supera os US$ 280 milhões e é o mais alto para os primeiros quatro meses do ano, desde 2014, com incremento de 10% em relação ao mesmo período de 2022. As exportações do setor lácteo, que representaram em abril de 2022 cerca de 6% das exportações para o mercado brasileiro, passaram a representar 27% em igual mês de 2023, multiplicando por seis o montante de abril de 2022. O Uruguai está vendendo leite para o Brasil a preços muito bons, em um cenário de preços internos elevados e anúncios de Lula que podem aumentar o consumo, como o aumento do salário mínimo, destacou Justino Zavala Muniz, diretor da Agremiação de Produtores de Canelones (ATC) e conselheiro do Instituto Nacional do Leite (Inale). O setor lácteo está otimista e espera que o Brasil mantenha o bom ritmo de compras até a entrada da primavera, quando a produção local se recupera. Por outro lado, as exportações de abril para a Argélia diminuíram 64% em relação ao mesmo mês do ano passado. (Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 03 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.892


Lançamento da Fenasul Expoleite evidencia esforços de parceiros para promoção do setor
 
Autoridades e entidades participantes da feira esperam recordes de público no evento que ocorre de 17 a 21 de maio
 
A 17ª Fenasul e 44ª Expoleite foi lançada oficialmente nesta quarta-feira (3/5), no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Autoridades e representantes das entidades promotoras e apoiadoras estiveram presentes no café da manhã, no Parque de Exposições Assis Brasil, local da feira. O evento, que vai ocorrer entre entre 17 e 21 de maio, contará com mais de 500 animais inscritos entre as raças Holandesa, Jersey, Gir, Girolando e búfalas leiteiras, coelhos, cavalos e gado de corte.
 
A Fenasul Expoleite é uma realização da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag) e da Prefeitura de Esteio.
 
Para o secretário da Agricultura, Giovani Feltes, a Fenasul Expoleite tem um significado do ponto de vista cultural, social e histórico já consolidado aqui no Estado do Rio Grande do Sul. “Mais do que valorizar a produção leiteira e sua qualidade, mais do que reconhecer a excelência do trabalho daqueles que trabalham no campo, é fundamental comemorar, trocar experiências e compartilhar com a sociedade a importância e relevância de todo um setor produtivo. O Estado tem sido parceiro de todas as atividades setoriais e aqui será o momento de exortar aqueles que produzem, mas também os que consomem, pela reconhecida excelência do nosso agro”, ressaltou.
 
O presidente da Gadolando, Marcos Tang, afirmou, em seu discurso, que todos estão trabalhando para que o evento tenha um recorde de público e faça a integração entre o campo e a cidade. “As feiras servem para mostrar que um depende do outro”, enfatizou, colocando que apesar das dificuldades que o produtor de leite enfrenta, ele tem matrizes com produções excelentes, vitalidade e morfologia para viver muito. Segundo Tang, o setor leiteiro está chegando em uma feira depois de três anos adversos de condições climáticas. “Quem saiu não significa que fosse inoperante, e lamentamos muito, mas quem ficou tem conhecimento e trabalha com genética de ponta. Hoje, é possível produzir com uma vaca o que antes precisava de três e se vê isso no melhoramento genético e na condução deste animal” pontuou.
 
A programação da Fenasul Expoleite terá entrada gratuita e contará com uma intensa programação, como Concurso Leiteiro e Avaliação Morfológica das raças de gado de leite. No dia 19 de maio, a Câmara Setorial do Leite realizará uma reunião direto da feira. O evento contará também com rodeio, multifeira de Esteio com a participação de 32 agroindústrias familiares, seminários técnicos promovidos pela Associação Gaúcha de Professores Técnicos de Ensino Agrícola (Agptea), além de Feira de Terneiros da Farsul com a venda de 500 animais, entre outras atrações.
 
O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, participou do evento.
 
 As informações são da SEAPI, adaptadas pelo Sindilat


Pesquisa aponta que salário médio caiu 6,9% no Brasil em 2022

O salário médio diminuiu em 6,9% em 2022 no Brasil. Conforme um levantamento divulgado pelo Comitê de Oxford para Alívio da Fome (Oxfam) no domingo (30), o número representa queda maior do que o recuo médio de 3,19% registrado em 50 países monitorados. O relatório é baseado em dados da Organização Internacional do Trabalho, além de agências governamentais de estatísticas.Outro ponto registrado pela Oxfam é que, enquanto os trabalhadores viram os valores dos contracheques caírem, os diretores executivos (CEOs) mais bem pagos receberam aumentos de 9% em seus salários. A Oxfam destaca, ainda, que, no Brasil, acionistas de empresas tiveram incremento de 23,8% (US$ 27,3 bilhões), de modo que acumularam US$ 33,8 bilhões.

No caso da Suécia, a balança pendeu ainda mais para os privilegiados. Lá, a redução da remuneração da classe trabalhadora foi de 10%. Estados Unidos e Reino Unido igualaram-se, com uma porcentagem de 3,2%, mas têm diferenças quanto aos mais abastados. No caso dos EUA, os cem principais CEOs ganharam US$ 24 milhões, em média, no ano passado, quantia 15% maior do que a registrada em 2021. No Reino Unido, o montante foi de US$ 5 milhões, ficando 4,4% acima do atingido no ano anterior.Tais cifras, para efeito de comparação, mostram que um trabalhador dos Estados Unidos teria que se manter em atividade durante 413 anos para conquistar o que o CEO no topo da cadeia recebe em um ano. No caso britânico, o que se nota é que os presidentes de companhias ganham o equivalente a 140 vezes o valor do salário médio dos assalariados.

 organização não governamental adotou como referência dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para fazer os cálculos. Uma das constatações, que instigam a pensar no contexto de desigualdades sociais, é o corte médio de US$ 685 na conta de um bilhão de trabalhadores de 50 países, que acabaria significando uma perda coletiva de US$ 746 bilhões em salários reais, caso os salários tivessem sido reajustados pela inflação.

Na África do Sul, o rendimento dos CEOs não foi tanto, mas a disparidade entre o que eles e os trabalhadores da base embolsaram também é expressiva. Os executivos ampliaram em 13% os salários, somando US$ 800 mil, em média, ao fim de 2022, o que correspondeu a 43 vezes o salário médio dos trabalhadores.

Outro dado que ajuda compreender a dinâmica socioeconômica do país africano concerne aos títulos e ações de empresas. O 1% mais rico concentra 95% dos papéis, proporção que cai para 54% nos Estados Unidos.

Outra informação do relatório diz respeito aos dividendos pagos a acionistas, que alcançaram patamar recorde, após alta de 10%. O total foi de US$ 1,56 trilhão, conforme menciona o documento da Oxfam, que também compilou informações sobre a condição das mulheres na base do mercado de trabalho.

A conclusão é de que a jornada mensal de mulheres e meninas tem, pelo menos, 380 bilhões de horas de atividades de cuidado não remuneradas, o que prova que certos estereótipos de gênero, como a função de se responsabilizar, de forma central, pela criação dos filhos, ainda pesam sobre elas. Com frequência, assinala a Oxfam, trabalhadoras acabam encurtando seus expedientes ou mesmo abandonam os empregos por causa dessas atividades. Além disso, também enfrentam discriminação, assédio e recebem salários mais baixos do que os homens.

Um exemplo que ilustra a forma como o mercado de trabalho trata as trabalhadoras é o dos Estados Unidos. Metade das mulheres negras de lá recebe menos de US$ 15 por hora, em troca de sua força de trabalho.

O coordenador de Justiça Social e Econômica da Oxfam, Jefferson Nascimento, complementa as colocações da entidade com um dado relacionado ao assunto, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em março deste ano. Segundo o órgão, as trabalhadoras do país recebem um salário 22% menor do que os trabalhadores do gênero masculino.

— Até a pandemia, até 2020, havia uma tendência de diminuição da diferença de remuneração entre homens e mulheres, que foi revertida. Tem vários fatores por trás disso. A maior parte do desemprego é de mulheres, a maior taxa de trabalhadores informais é entre mulheres. A gente sabe que o trabalho informal paga, em média, menos do que o trabalho formalizado. Então, de alguma maneira, a precarização do trabalho, esses instrumentos que a incentivam, como a reforma trabalhista de 2017, criaram as condições para que houvesse esse aumento de diferença — diz Jefferson.

Uma das direções apontadas pela Oxfam como solução para os problemas elencados no relatório é tributar devida e proporcionalmente a parcela mais rica em todos os países. A ONG lembra, por exemplo, que os impostos sobre a renda de dividendos e ações caíram de 61%, em 1980, para 42% na atualidade, um dado relevante para a discussão, já que é a partir da cobrança desses encargos que se pode ampliar as verbas públicas em áreas como saúde e educação.O coordenador da Oxfam, observa que, no Brasil, os acionistas receberam, em 2022, cerca de US$ 34 bilhões, que é quase um terço do que todos os países emergentes distribuíram em dividendos no período. E também se aproxima do valor referente ao que trabalhadoras e trabalhadores do país tiveram em cortes de salários.

Para Jefferson, essa margem de lucro entregue aos acionistas deve ser uma das partes que compõem a discussão em torno da reforma tributária, tendo em vista a possibilidade de contrapartida à sociedade que se pode abrir. Ele explica que, no Brasil, a obrigação não se aplica à pessoa física e salienta que a medida já conta com aprovação de ampla parcela da população.

— É um tema que se conecta com esse debate que está se tendo no Brasil, nesse momento, no âmbito da reforma tributária. A gente está debatendo no Congresso Nacional, focando, principalmente agora, no imposto sobre o consumo. Mas, em um segundo momento, e isso tem sido dito no Congresso, se pretende trabalhar com reforma do imposto sobre bens e patrimônio, e é fundamental falar também sobre o retorno da tributação sobre lucros e dividendos — diz. (Zero Hora)

Italac desenvolve linha de produtos para intolerantes em conjunto com supermercados

Italac - A categoria de alimentos sem lactose vem ganhando cada vez mais espaço no cenário mundial e, consequentemente, nas gôndolas dos supermercados no Brasil. Além de oferecer produtos específicos para quem tem diagnóstico de intolerância à lactose, cada vez mais pessoas que buscam um estilo de vida mais saudável optam por itens que atendem esse perfil de consumidor.

Em 2021, uma pesquisa da Euromonitor Internacional mostrou o crescimento de US$1,2 bilhões desta categoria no mercado brasileiro, e expectativa para atingir  US$1,3 bilhões no ano seguinte. O estudo também revelou que o lançamento de produtos sem lactose em todo o mundo alcançou US$ 10,8 bilhões em 2021, mostrando um cenário de oportunidades para a indústria.

Desenvolvimento com supermercadistas

Já nos supermercados do Brasil, a Italac é uma das marcas reconhecidas na indústria pelo portfólio de produtos sem lactose presente em diversas redes do país. De acordo com Andreia Alvares, gerente de marketing da Italac, a marca desenvolve sua linha sem lactose nos pontos de venda junto aos supermercadistas. “Evidenciamos os principais benefícios do produto, seu crescimento de participação na categoria de Leites, e o foco está nos consumidores com intolerância e os que buscam a sensação de bem-estar e leveza ao consumir leite”, explica.

Para a executiva, a categoria de produtos sem lactose já tem um público formado, que conhece e vai a procura dos produtos, mas as redes de supermercados tem papel importante neste trabalho. “Muitas redes estão realizando um excelente trabalho criando seções exclusivas para produtos separados por zero  lactose, zero açúcar, sem glúten, entre outros”, destaca a gerente de marketing da Italac.

Desafio na inovação de produtos

Segundo Andreia, o desafio que esta categoria enfrenta no mercado brasileiro está na inovação de produtos porque é necessário investir em pesquisas, equipamentos e processos. “Hoje é muito importante atender às expectativas dos consumidores, não só para atender uma demanda de mercado, mas para aumentar a relação de proximidade, mostrando o cuidado da marca com a saúde e bem-estar dos consumidores”, diz a gerente de marketing da Italac. (Super Varejo via Terra Viva)


Jogo Rápido

Sindilat participa da segunda rodada do Diálogos Setoriais
(Sefaz) sobre os laticínios gaúchos, a segunda rodada do programa Diálogos Setoriais contará com a participação de representantes do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS). A live ocorrerá no dia 4 de maio, a partir das 9h, no canal da Sefaz no Youtube e se debruçará sobre os números contidos para o setor na edição número 06 da Revista RS 360, publicada no dia 20/04. Os números, com previsão de divulgação trimestral pelo Executivo Estadual, fazem parte do programa Diálogos Setoriais e se agregam como mais uma importante ferramenta para a análise e tomada de decisões com vistas ao crescimento do setor. Links: Revista RS 360 clique aqui. Site Receita.DOC clique aqui . Acompanhe a live clique aqui. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 02 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.891


Indústrias associadas ao Sindilat se destacam no Marcas de Quem Decide do Jornal do Comércio

Piá, Santa Clara, Languiru, Elegê e Batavo estão entre as marcas mais lembradas pelos gaúchos. As associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) se consagraram nas categorias Produtos Lácteos e Cooperativas Agrícolas. O levantamento foi realizado pelo Jornal do Comércio no tradicional prêmio Marcas de Quem Decide. 

A categoria de Produtos Lácteos consagrou a Santa Clara como a mais lembrada, seguida da Piá, que ficou em segundo lugar. Na sequência, está a Elegê em terceiro e a Batavo em quinto. Ao todo, 47 marcas foram citadas pelos consumidores gaúchos. 

Quanto à preferência, a Santa Clara conquista a primeira posição novamente, alcançando o status de marca líder por ser tanto a mais lembrada quanto a de maior preferência nesta edição da pesquisa Marcas de Quem Decide. O ranking das preferidas inclui ainda a Piá em segundo lugar, a Elegê em terceiro e a Languiru em quinto. 

Na categoria Cooperativa Agrícola a segunda, a terceira e a quarta mais citadas são do setor lácteo. Respectivamente: Piá, Santa Clara e Languiru. Em se considerado as marcas preferidas pelo público entrevistado, a Santa Clara se destaca em terceiro lugar, seguida pela Languiru, que ficou em quarto lugar entre as 64 marcas citadas.

O levantamento para definir os vencedores do Marcas de Quem Decide 2023 foi realizado pelo Instituto Pesquisas de Opinião (IPO), através de 400 entrevistas em 13 segmentos pesquisados, 78 categorias avaliadas e 156 questões aplicadas. 

Em 2023, a pesquisa Marcas de Quem Decide chegou a sua 25ª edição se consolidando entre as principais referências na divulgação da preferência dos gaúchos. Os destaques foram entregues em cerimônia no Teatro do Sesi, em Porto Alegre (RS), no dia 4 de abril. O estudo está publicado em caderno especial disponibilizado nesta sexta-feira (28/04) e que pode ser acessado clicando aqui. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

 


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT - adaptado Sindilat/RS

Assembleia Geral Extraordinária: Associados elegem novo Conselho de Administração da Cooperativa Languiru

Até a Assembleia Geral Ordinária de 2024, Paulo Roberto Birck é o presidente, tendo Fabio Luiz Secchi como vice-presidente 

No sábado, dia 29 de abril, a Cooperativa Languiru realizou Assembleia Geral Extraordinária, cuja ordem do dia contou com eleição e posse dos novos membros do Conselho de Administração, além de alteração estatutária. A AGE foi convocada a partir da renúncia aos mandatos eletivos do presidente Dirceu Bayer, vice-presidente Cesar Wilsmann e todos os Conselheiros de Administração, no dia 17 de abril (a Superintendência Administrativa, Comercial e Financeira e a Superintendência Industrial e de Fomento Agropecuário responderam temporariamente pela Cooperativa).

Com o registro de chapa única, o novo Conselho de Administração, eleito por aclamação dos associados e com mandato até a próxima Assembleia Geral Ordinária, em 2024, tem como presidente Paulo Roberto Birck, de Linha São Jacó, município de Estrela; vice-presidente Fabio Luiz Secchi, de Linha Catarina, Teutônia; secretário Fredi Haupenthal, de Reta Grande, Brochier; e demais membros efetivos Fabio Weber, de Linha Clara, Teutônia; Thelmo Fabricio Franke, de Rincão da Piedade, Triunfo; Elimar Kalkmann, de Linha Paissandu, Westfália; e Davi de Moraes Gass, de Linha Cerro Alegre Alto, Santa Cruz do Sul. Os Conselheiros Suplentes são: 1ª Suplente Sirlei Fabiane Aschebrock, de Linha Catarina, Teutônia; 2ª Suplente Carina Eliane Stevens, de Linha Ernesto Alves, Imigrante; 3ª Suplente Loiva Beatriz Trapp, de Linha Paissandu, Westfália; e 4º Suplente Douglas Rafael Lamb, de Linha Germano, Teutônia.

Com terceira e última convocação às 8h30min, a assembleia foi realizada no Salão Social da Associação dos Funcionários da Languiru, em Teutônia, reunindo cerca de 500 associados e membros do núcleo familiar.

Continuidade: Birck (43) é associado da Languiru desde 2013 e possui produção de leite. É formado técnico em Meio Ambiente e tecnólogo em Agricultura Familiar e Sustentabilidade. Em 2003 sofreu acidente com máquina agrícola na propriedade, o que o tornou cadeirante. Foi vereador em Estrela. Eleito e empossado, o presidente valorizou a caminhada da Cooperativa ao longo de mais de seis décadas. “A Languiru possui uma história bonita de 67 anos, mas hoje nos encontramos num momento de dificuldades. Por outro lado, essa situação despertou um sentimento de mobilização e organização, culminando com a eleição do novo Conselho de Administração. A partir disso, o nosso trabalho estará focado na profissionalização, sem a figura do ‘superpresidente’. Essa é uma demanda que vem do quadro social, estando os Conselhos mais próximos da base, conduzindo o planejamento e acompanhando os passos da Languiru”, elencou. Sobre o futuro, frisou que “a principal mensagem que queremos levar para os associados, funcionários, clientes, fornecedores, transportadores, para a nossa sociedade, é que um grupo de associados jovens quer a continuidade da Languiru por muitas gerações. O fato de contarmos com chapa única neste momento já é um sinal de união pela Cooperativa. Precisamos ouvir as pessoas e alinhar sugestões para diferentes setores, traçando o melhor caminho”.

Profissionalismo: Secchi (35) é associado da Languiru há dez anos, com produção de leite e frangos. Possui graduação em Tecnólogo de Alimentos, tendo participação em Conselho Fiscal de cooperativa agropecuária e nos últimos três anos como membro efetivo do Conselho de Administração da Languiru. Sua fala na Assembleia também foi na linha do profissionalismo. “Nosso trabalho estará concentrado na gestão profissional, possibilitando que os associados entendam as mudanças que dizem respeito às questões sociais e políticas da Cooperativa, com a constituição de um Conselho de Administração linear formado por pessoas capacitadas e coerentes, como um núcleo estratégico que trabalhe muito próximo de diretores executivos contratados. O primeiro passo que estamos dando é o contato com pessoas e grupos que podem nos auxiliar nesse momento, além do levantamento da situação da Languiru”, disse.

Transparência e novo modelo de negócio: Presidente e vice-presidente falaram em transparência como ponto chave para a Languiru. “Estamos alinhados nesse pensamento. Se tivermos que convocar reuniões a cada mês para a tomada de decisão, assim o faremos. O desafio é enorme, mas cercados de bons profissionais e com a união de esforços, teremos êxito, eu acredito nisso e é isso que me motiva”, frisou Birck. Nesse contexto está a análise de toda estrutura da Cooperativa, com diversos negócios em diferentes segmentos. “A partir de diagnóstico, precisamos analisar por qual caminho vamos seguir, preservando o ‘coração’ da Languiru que é a produção primária. É nisso que o associado está investindo, esse é o seu sustento”, afirmou Birck, ao que acrescentou Secchi: “sabemos que não existe milagre, talvez seja necessário reduzir o faturamento, mas com atenção ao resultado”.

Alteração estatutária: A ordem do dia da Assembleia Geral Extraordinária ainda contou com reforma estatutária e consolidação do Estatuto Social da Languiru. Na oportunidade os associados aprovaram revogação que diz respeito à formação dos integrantes do quadro social, qualificação em gestão e cooperativismo como pré-requisito para composição de Conselhos. Apesar da aprovação de retirada desse item, associados se manifestaram favoráveis à necessidade de conhecimento das lideranças da Cooperativa.

Números: O superintendente Administrativo, Comercial e Financeiro, Rafael Lagemann, trouxe números do desempenho econômico e financeiro da Languiru no primeiro trimestre de 2023. “São números duros, há muito trabalho a ser feito, e para isso a união é fundamental. Todos temos o mesmo objetivo, que é possibilitar que a Languiru siga em frente. As dificuldades no segmento das carnes, especialmente frangos e suínos, também afetam negócios rentáveis da Cooperativa. Ninguém está satisfeito com essa situação, por isso precisamos nos abraçar, estamos muito engajados na busca por alternativas”, destacou, valorizando a dedicação de todos que “lutam pela Languiru”. Foram detalhadas dívidas com instituições financeiras e outros valores vencidos. Sobre parcerias, Lagemann adiantou que estão sendo analisadas todas as possibilidades. “Ainda não firmamos nenhuma parceria formalmente, mas também não temos nenhuma desistência formal”, concluiu. (TEXTO – Leandro Augusto Hamester / Languiru)


Jogo Rápido

Confira os destaques do relatório do World Economic Forum 2023!
A 18ª edição do “The Global Risks Report” destaca riscos globais na economia, polarização social e crises climáticas. O Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum) começou nesta semana, em Davos, na Suíça, e já divulgou o seu tão aguardado Relatório Global de Riscos. Como destaques, o report demonstrou uma grande preocupação com a situação da economia global, as polarizações políticas e um “hiato” nas medidas para conter as mudanças climáticas nos próximos 2 anos. O relatório aponta um cenário de piora das condições econômicas, com aumento do custo de vida em diversos países. Este fator pode ser explicado pela disparada da inflação, que também vem acometendo a Europa e os países da América do Norte. Além disso, o material prevê desastres naturais e eventos climáticos extremos, confrontos geoeconômicos e piora da polarização social. Já no horizonte de dez anos, o documento menciona, entre outros, o risco de fracasso para mitigar as mudanças climáticas; diversos desastres naturais; perda de biodiversidade; imigração involuntária em larga escala e crises em recursos naturais. O material produzido pela entidade adverte ainda para o grande risco de “policrises”, definidas como um conjunto de crises e riscos globais que se mesclam e tem como resultado um impacto total ainda maior. Ou seja, os efeitos deste fenômeno são ainda mais devastadores. Para finalizar, o relatório apoia uma organização estruturada para identificar e mitigar futuros problemas em potencial e, também, destaca a importância da cooperação como fator fundamental para lidar com os riscos globais. O report completo, que reúne as avaliações de cerca de 1.200 líderes políticos, empresariais, acadêmicos e ativistas de 121 países, está disponível aqui. (Blog HSM)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 28 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.889


Sindilat e Embrapa Clima Temperado doam mais de mil achocolatados para instituto de Pelotas (RS)

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) e a Embrapa Clima Temperado doaram 1.134 unidades de achocolatado ao Instituto de Menores Dom Antônio Zattera (Imdaz) em Pelotas (RS). Integrante do projeto “Na Fazenda Doce de Leite – Etapa Pelotas”, a instituição atende 310 crianças entre 6 e 17 anos em turno inverso ao da escola, além de 110 crianças de 4 meses a 5 anos e 11 meses em turno integral na educação infantil. A entrega foi realizada nesta quinta-feira (27/04). 

Conforme a diretora do Imdaz, Patrícia Frank, a instituição fornece três refeições diárias, além dos lanches. “Quero agradecer esta doação que vai fazer muito feliz os dias das nossas crianças. Aqui realizamos oficinas de geração de renda e culturais como banda, taekwondo, teatro e inglês. Toda a ajuda da comunidade faz com que o nosso trabalho seja mais efetivo, por isso precisamos muito da doação de leites e de alimentos”, assinala.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, destaca que é motivo de satisfação para o sindicato contribuir com o instituto, fornecendo, junto à Embrapa, um alimento tão importante para a dieta das crianças como o leite. “Em ações como essa buscamos incentivar a solidariedade. Afinal, como instituição e como cidadãos temos de ajudar o próximo”, afirma o dirigente. 

Segundo Roberto Pedroso, chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, “o leite é um dos alimentos mais saudáveis que existe, sendo importante o seu consumo por pessoas de todas as classes sociais”. Por isso, a Embrapa apoia e é parceira da iniciativa do Sindilat de distribuir achocolatados para instituições beneficentes de Pelotas. (Assessoria de Imprensa Sindilat/RS)

Foto: Paulo Lanzetta


Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 28 de Abril de 2023 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Março de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Abril de 2023. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)

3 DERIVADOS DO LEITE QUE SÃO FONTES RICAS DE CÁLCIO, MINERAIS E PROBIÓTICOS

O leite e seus derivados sempre foram conhecidos como fontes essenciais de cálcio e minerais em uma dieta equilibrada. Entretanto, os novos benefícios de certos derivados do leite têm chamado atenção por sua ação, como é o caso dos probióticos, que aumentam a saúde intestinal. Portanto, fique atento aos melhores alimentos derivados do leite para sua saúde gastrointestinal. A associação do leite com a saúde é antiga e advém de sua composição rica em cálcio, minerais e açúcares, sendo essencial para o desenvolvimento e manutenção da saúde do corpo, especialmente dos mais jovens. Porém, recentes pesquisas e antigas receitas associam os derivados fermentados do leite a ainda mais benefícios à saúde, sobretudo ao sistema gastrointestinal. Esse sistema é essencial para um correto funcionamento do corpo, sendo ele responsável pela degradação e absorção dos mais variados compostos. Associado a ele se encontra uma complexa rede de microorganismos, que em seu estado normal, além de serem inofensivos à saúde humana, ainda auxiliam em alguns processos do corpo. Porque facilitam o processo de absorção de nutrientes e medicamentos, assim como a fabricação de vitaminas. Logo, a manutenção dessa microbiota é essencial para o correto funcionamento do corpo. Portanto, justamente os alimentos obtidos a partir da fermentação do leite se encontram como principal responsável por essa reposição, já que são considerados probióticos, ou seja, possuem microorganismos vivos. Top 3 probióticos para a saúde gastrointestinal Entre os diversos alimentos lácteos com ação probiótica, esses três se destacam: 

1) Kefir – criado a milhares de anos, esse alimento tem ganhado popularidade no Ocidente após comprovação dos seus benefícios e da facilidade de produção caseira. Ele é formado a partir da fermentação do leite e possui uma microbiota ativa associada a uma melhoria na saúde intestinal e imunológica; 

2) Iogurte de copo – Grande conhecido e apreciado pelas crianças, o iogurte de copo é uma rica fonte de probióticos. A sua constituição mais cremosa, em comparação aos iogurtes de garrafa, se deve justamente ao seu processo de inoculação. Esse processo permite que a fermentação ocorra durante todo o processo de armazenagem, assim quando é aberto pelo consumidor, o iogurte se apresenta como uma rica fonte de probióticos; 

3) Leite fermentado – Como o próprio nome diz e como a famosa propaganda da Yakult enfatiza, os leites fermentados são ricos em Lactobacillus vivos, além de outros microorganismos que têm importante ação reguladora no nosso organismo. (Publicado por: Valeria Hamann -, ESCOLA EDUCACAO, via edairy news)


Jogo Rápido

RS terá chuvas em algumas regiões pelos próximos dias
Nos próximos sete dias, poderão ocorrer chuvas significativas em algumas regiões do Rio Grande do Sul. É o que prevê o Boletim Integrado Agrometeorológico 17/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (28/4), a presença de uma massa de ar frio e seco manterá o tempo firme e as temperaturas baixas, com valores inferiores a 10°C em diversos municípios. No sábado (29/4) e domingo (30/4), o tempo permanecerá seco e com grande amplitude térmica, com temperaturas amenas no período noturno e máximas próximas de 30°C durante o dia. Entre segunda (01/5) e quarta-feira (03/5), a lenta propagação de uma frente fria vai manter o céu nublado a encoberto, com pancadas de chuva na maioria das regiões. Os totais de chuva esperados são baixos e inferiores a 10 mm na Campanha e Fronteira Oeste. No restante do Estado, os volumes deverão oscilar entre 15 e 35 mm, podendo alcançar 50 mm em municípios da Serra do Nordeste, Aparados da Serra e no Litoral Norte. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 27 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.888


Uruguai – Captação de leite caiu 4% em março e preço subiu para US$ 0,44/litro

Produção/UR – A captação de leite pelas indústrias do Uruguai totalizou 134,7 milhões de litros, caindo 4,3% em relação a igual mês do ano passado, segundo os dados preliminares do Instituto Nacional do Leite (INALE).

Em fevereiro a queda da produção foi de 9,3%. Portanto houve certa moderação no mês seguinte, e em abril essa tendência foi acentuada, segundo os dados da Conaprole.

No trimestre janeiro-março e em meio a uma das piores secas que atingiu o país, a captação de leite totalizou 413 milhões de litros e representou queda de 4,7% (-20 milhões de litros) em relação ao mesmo período do ano passado.

No ano móvel encerrado em março, a coleta de leite totalizou 2.069 milhões de litros, uma queda de 2,1% na comparação com abril/2021-março/2022. 

Por outro lado, o Inale informou que o preço médio pago pelas indústrias em março foi de UY$ 17,1 ou o equivalente a US$ 0,44/litro.

Em pesos correntes, o litro de leite está 4% abaixo em relação ao mesmo mês do ano passado, enquanto que em dólar subiu 4%. A última vez que o litro de leite ficou acima de US$ 0,44 foi em junho de 2014 (US$ 0,46/litro), quando atingiu o maior valor histórico. (Fonte: Tardaguila – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Conseleite/MG

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 26 de Abril de 2023, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Fevereiro/2023 a ser pago em Março/2023

b) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Março/2023 a ser pago em Abril/2023

c) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Março/2023 a ser pago em Abril/2023 e valores de referência projetados do leite padrão maior e menor valor de referência para o produto entregue em Abril/2023 a ser pago em Maio/2023

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

Seminário da Receita Estadual aprofunda debate sobre a reforma tributária

Com palestra de Bernard Appy, evento da Secretaria da Fazenda reuniu representantes do setor público e entidades empresariais

A reforma tributária foi o tema central dos debates no 1º Seminário Fiscal-Tributário, promovido pela Receita Estadual nesta quarta-feira (26/4), no Teatro do Sesi, em Porto Alegre. O evento reuniu representantes do setor público e entidades empresariais para discutir diversos pontos da reformulação do arcabouço de impostos do país, mudança que é considerada uma aposta para a retomada do crescimento econômico brasileiro. No Congresso Nacional, tramitam duas Propostas de Emenda Constitucional – as PECs 45 e 110 – que deverão ser condensadas em um único texto para apreciação dos parlamentares ainda neste ano.

De acordo a secretária estadual da Fazenda, Pricilla Santana, a aprovação da reforma é a principal alavanca de desenvolvimento econômico para o país. Segundo ela, o sistema brasileiro tornou-se complexo, oneroso e regressivo, o que impede uma maior distribuição de renda e diminui a capacidade dos Estados de financiar políticas públicas de forma adequada. “Depois de todas a reformas pelas quais o Rio Grande do Sul passou para efetivar o ajuste fiscal, chegou o momento de dar o passo seguinte, que é olhar para as fontes de receita, mirando o crescimento econômico”, avaliou Pricilla.

Para a gestora, a proposta de reforma que atende aos interesses do Estado inclui a preservação da autonomia tributária dos entes federativos e a criação de um fundo de compensação para as administrações públicas que, por algum motivo, tenham queda de arrecadação no curto prazo. “Acredito que a reforma tributária está amadurecendo. Temos um norte a ser perseguido”, afirmou a secretária.

A palestra magna do evento foi conduzida pelo secretário extraordinário da Reforma Tributária no Ministério da Fazenda, Bernard Appy. O economista apresentou um resumo da proposta defendida pelo governo federal, que parte da substituição de cinco tributos – PIS, Confins, IPI, ICMS e ISS – por um ou dois impostos sobre valor agregado. Nesta primeira etapa da reforma, as mudanças recairiam somente sobre os impostos de consumo. A segunda fase da reformulação se debruçaria sobre os tributos que incidem no patrimônio.

De acordo com Appy, o sistema de tributos indiretos no Brasil produz efeitos negativos para o crescimento da economia brasileira. Para ele, a complexidade das regras exige que as empresas tenham um custo financeiro alto apenas para cumprir as obrigações tributárias acessórias. “Há empresas de médio porte que têm 60 pessoas para trabalhar somente com a conformidade tributária”, exemplificou o economista. O resultado disso é o imenso volume de litígios tributários que tramitam no Judiciário. Segundo levantamento do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), o estoque de judicializações fiscais representa cerca de 75% do PIB brasileiro.

Appy avaliou que os dois textos que tramitam no Congresso Nacional estão convergindo para o mesmo caminho. Ele considera que a proposta final deverá prever a unificação dos tributos sobre o consumo em dois Impostos sobre Valor Agregado (IVA dual), que teriam o mesmo regramento, a fim de simplificar a legislação tributária. Outra mudança importante é a cobrança do tributo no destino – e não mais na origem, como funciona atualmente. Essa mudança terminaria com a chamada guerra fiscal, uma antiga disputa pela atração de empresas entre Estados que, de acordo com Appy, tornou-se disfuncional.

“A guerra fiscal converteu-se numa forma ineficiente de desenvolvimento regional. Uma empresa escolhe seu destino de produção de acordo com a oferta de benefícios fiscais, e não conforme sua vocação para se instalar em determinado local. Também por causa dessa disfunção, a indústria de transformação do Brasil está diminuindo de tamanho”, explicou o economista.

Na palestra, Appy citou o programa de devolução de impostos criado pelo governo estadual, o Devolve ICMS, como uma das inspirações para a proposta que será formulada no âmbito nacional. O sistema de cashback é uma das ideias que compõem a reforma para desonerar a carga tributária sobre as famílias de renda baixa. Segundo Appy, o objetivo é compensar 100% da cesta básica das famílias mais pobres.

Em um dos painéis, o presidente do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), Carlos Eduardo Xavier, destacou a construção de um consenso entre os Estados, cenário que vem sendo costurado desde 2019. “Além de divergências no setor produtivo, a reforma também traz desafios no setor estatal, mas há uma concordância sobre a sua necessidade”, afirmou Xavier, que também é secretário de tributação do Rio Grande do Norte.

Durante o evento, representantes dos setores econômicos gaúcho, como a Fiergs, Fecomércio e Farsul, também expuseram suas visões sobre as mudanças no sistema tributário brasileiro. Ainda participaram do debate membros do Ministério da Fazenda, Famurs e Conselho Regional de Contabilidade (CRC-RS). 

O Secretário Executivo do Sindilat, Darlan Palharini, acompanhou o evento. (ASCOM/SECOM - Adaptado Sindilat)


Jogo Rápido

José Cleber Dias de Souza é o novo superintendente do Ministério da Agricultura no RS. O engenheiro agrônomo sucede Helena Rugeri. Souza já foi extensionista rural da Emater, Auditor Fiscal Federal Agropecuário do Ministério da Agricultura e o chefe do núcleo de suporte à produção orgânica no RS da mesma pasta. A nomeação ocorreu nesta semana. (Zero Hora)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 26 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.887


Embrapa gerou R$ 34,70 para cada R$ 1 investido em 2022

Em 2022, a Embrapa registrou um lucro social de R$ 125,8 bilhões, gerados a partir de 172 tecnologias e de 110 cultivares

Nesta segunda-feira (24), o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Celso Moretti, divulgou o resultado do balanço social da estatal, com o impacto das principais tecnologias desenvolvidas e transferidas à sociedade.

Segundo Moretti, em 2022, foi registrado lucro social de R$ 125,88 bilhões, gerados a partir do impacto econômico no setor agropecuário de 172 tecnologias e de cerca de 110 cultivares desenvolvidas por pesquisas da empresa, que completa 50 anos nesta quarta-feira (26). Foram gerados 95.171 empregos.

Em 2021, o lucro social ficou em R$ 81,56 bilhões.

Entre os fatores que contribuíram para aumento do resultado em relação ao ano anterior está o impacto econômico da tecnologia Fixação Biológica do Nitrogênio na cultura da soja, pois os produtores de soja brasileiros economizaram mais de R$ 72 bilhões, em 2022, deixando de comprar fertilizantes nitrogenados.

“Para cada R$1 aplicado na Embrapa em 2022, foram devolvidos R$ 34,70 para a sociedade”, comemorou Moretti.

Embrapa do futuro
Segundo Moretti, o foco da empresa para os próximos anos seguirá no contexto da segurança alimentar, com a adaptação de culturas para as regiões tropicais, com tolerância à seca e maior resistência a eventos climáticos extremos, a pragas e doenças, de maneira sustentável.

“A tendência [para o futuro] é a questão da adaptação e mitigação das mudanças climáticas, e a Embrapa já vem trabalhando em uma série de projetos e pesquisas com o foco em promover a adaptação e resiliência dos sistemas de produção agrícola, pecuária e florestal”, disse.

De acordo Moretti, a empresa vai intensificar as pesquisas nas áreas de biotecnologia (com destaque para a edição genômica), nanotecnologia (como, por exemplo, uso de nanopartículas bioestimulantes para melhorar o desempenho de culturas agrícolas e controlar doenças em animais), insumos biológicos, na intensificação dos sistemas integrados de lavoura, pecuária e floresta.

Atualmente, o Brasil possui em torno de 18 milhões de hectares ocupados por sistemas integrados de lavoura, pecuária e floresta, a previsão da Embrapa é chegar a 35 milhões de hectares ocupados por esse sistema em 2030.

“É um sistema onde se integra, na mesma área, os complementos de lavoura, pecuária e floresta em sistemas de rotação, consórcio ou sucessão. A grande vantagem é que o solo é explorado econômica e sustentavelmente durante todo o ano, aliando produtividade com a conservação de recursos naturais”, destacou.

O presidente da empresa pública ressaltou ainda que os desafios envolvem o avanço na descarbonização das culturas e da intensificação de tecnologias digitais, com o uso de drones, sensores, internet das coisas e inteligência artificial, entre outras.

Moretti disse que ainda que a Embrapa desenvolveu um sistema que permite o rastreamento dos alimentos, desde a sua origem até a prateleira dos supermercados. Batizada de Sistema Brasileiro de Agrorrastreabilidade (Sibraar), a ferramenta é atualmente aplicada no processo de rastreamento do açúcar demerara de uma empresa.

Com ele, é possível obter dados como a procedência do produto, sistema de produção, processos industriais, laudos de qualidade até dados sobre logística. As informações são visíveis a partir de QR Code impresso na embalagem.

“Dá segurança para rastrearmos diversos produtos, como açúcar, carne, soja, dentre outras coisas. Cada lote recebe uma assinatura digital que ajuda a combater em casos de adulteração, entre outros”, disse.

A empresa também desenvolveu uma plataforma de inteligência artificial para solos para medir a pegada de carbono.

A tecnologia integra diferentes softwares e sensores avançados que permitem a digitalização do solo e das atividades agrícolas, permitindo financeiramente medir, reportar, verificar e comercializar (MRVC) o carbono na agricultura.

A plataforma também faz a gestão da fertilidade do solo e nutrição das plantas, para o gerenciamento de indicadores de sustentabilidade e produtividade agrícola.

“É realmente uma inovação. É algo que vai apoiar muito o produtor brasileiro”, afirmou Moretti.

“Os nossos clientes vão seguir preocupados em comprar produtos do Brasil, mas que sejam produzidos por sistemas de forma sustentável”, complementou.

O presidente da Embrapa também destacou soluções elaboradas pela empresa para a produção de alimentos a partir da aplicação de bioinsumos em substituição aos agrotóxicos.

O uso dos bioinsumos reduzem assim a dependência do Brasil em relação às importações de produtos químicos.

Outro ponto destacado é o teste de sexagem genética para o pirarucu e para o tambaqui, que permite o aumento da produção de peixes. (Canal Rural)


EUA apresenta leve alta na produção de leite
 
O relatório de produção de leite do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) de março de 2023 mostrou um aumento de 0,5% na produção de leite com relação ao ano anterior.
 
O número de vacas também mostrou um aumento de 31.000 cabeças em relação ao ano passado, mas a produção por vaca aumentou apenas 1,36 quilos.
 
Mike North, presidente da Ever.Ag, disse ao apresentador do AgriTalk, Chip Flory, que, embora haja atualmente um pequeno aumento no número de vacas e no crescimento da produção de leite, o fluxo da primavera começará a diminuir. “As coisas estão definitivamente desacelerando e por razões óbvias”, disse North. “Os custos são altos, mas os preços diminuíram.”
 
O relatório de produção mostra que a Califórnia aumentou 2% e North afirma que o próximo relatório do USDA refletirá algum abrandamento na produção no Golden State. Considere a perda catastrófica de 18.000 vacas da South Fork Dairy no início deste mês, que representa quase 1,8% da produção de leite do Texas, e North disse que o número de vacas também diminuirá. “Isso vai apertar as coisas quando chegarmos no final do pico de primavera”, disse ele.
 
Embora, mesmo quando você combina o incêndio no Texas, as inundações na Califórnia e o aumento no abate de vacas, os preços do leite ainda não aumentarão muito. “Ainda não, simplesmente porque estamos em um ambiente de grande excedente de leite no momento”, explica North. “Essas interrupções ajudaram a diminuir o impacto de um ambiente muito superavitário, mas não nos levou do superávit à escassez.”
 
 
Números de vacas
 
O número de vacas nos EUA aumentou 6.000 cabeças em relação a fevereiro de 2023, embora significativamente menos do que o ganho de 22.000 em fevereiro em relação a janeiro. A produção total, juntamente com as mudanças na produção e nas vacas dos seis principais estados, segue abaixo.
 

 
O impressionante crescimento de Dakota do Sul continua, adicionando outras 13.000 vacas e 10,8 milhões de quilos ao longo de março passado.
 
As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.  "Agroinfluencers": jovens mostram o orgulho de ser do campo nas redes sociais

Bom humor e autoestima elevada são ingredientes dos influenciadores da zona rural do RS e do Brasil

Um estudo preliminar conduzido em 2021 pela professora Marlene Grade, do curso de Zootecnia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), se propôs a quantificar o número de influenciadores digitais que se multiplicaram no Brasil para compartilhar conteúdos do meio rural. Os agroinfluencers caíram no gosto das redes sociais, em especial do Instagram e do TikTok, desde 2018, e cumprem, individualmente, uma tarefa que governos e entidades vêm fomentando, com sucesso relativo, de melhorar a imagem do produtor, de seus meios de produção e da atividade agropastoril.

A partir de uma amostragem de 140 perfis nas redes sociais, a professora Mariane, e seu orientando de graduação Eduardo Marcus Bodnar, identificaram que a maior parte dos agroinfluencers era de mulheres (69,14%), com média de seguidores entre 5 mil e 170 mil. A amostra considerou 21 estados, com concentração de casos nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

O trabalho da UFSC também apontou a variabilidade de níveis socioeconômicos e culturais dos influenciadores, de agrônomos e produtores até professores, comunicadores e universitários. Os pesquisadores destacaram que pelo menos 61,15% dos perfis enaltecem e defendem a agricultura tradicional como um modelo a ser seguidos e que 69% faturam de alguma forma com o marketing de influência, não apenas com produtos ligados à agropecuária (como máquinas e insumos), mas também nos convites para apresentação em feiras do setor e eventos, além de roupas, acessórios e alimentos.

Jaciara Muller, secretária geral e coordenadora estadual de jovens da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), avalia que a pandemia levou os jovens do campo a uma sacada de mestre. “Muitas propriedades sobreviveram à pandemia com o trabalho dos jovens divulgando nas redes”, comenta. Segundo a sindicalista, as redes sociais não apenas mostraram o empenho da juventude em valorizar a profissão de agricultor, como também expressaram a mudança na importância do papel mulher agricultora nas propriedades. “Elas se desafiam e mostram que podem fazer e estar onde quiserem”, ressalta.

Jovens como Marlise Schimitz, Pedro Pastore (na foto), Gabriela Comunello e Bárbara Bedin (com histórias completas na página central) justificam os milhares de seguidores com conteúdos que fogem ao artificialismo, priorizando a simplicidade e a autenticidade no dia a dia. 

Talento que colocou marmeleiro no mapa
Foi correndo atrás de um touro, em 2019, furiosa porque o pai, carinhosamente chamado de "nêne", esqueceu de ligar a cerca elétrica, que Gabriela Regina Comunello, de 21 anos, ganhou as redes sociais. Somando os seguidores do Instagram, do Facebook e do Youtube, a moça, que auxilia o pai em uma pequena propriedade no município de Marmeleiro, no Paraná, ultrapassa os 900 mil seguidores. "Eu postei o vídeo correndo atrás do touro de brincadeira e num instante teve mais de 20 mil visualizações, daí achei que tinha alguma coisa para explorar e comecei", conta. 

Depois de correr o Brasil excomungando o "nêne" por deixar escapar o rebanho, Gabriela decidiu mostrar o trabalho da família e expressar seu orgulho em fazer parte da agricultura familiar. No estabelecimento do pai, são plantados milho e soja, mas a renda principal vem da produção de 35 vacas, cuidadas com apreço pela jovem. "Minhas mimosas são tudo pra mim, e eu aprendi em quatro anos a expor da melhor maneira o meu trabalho com elas", ressalta. O salário de Gabriela é composto pelo ganha no manejo das vacas e o marketing de influência nas redes sociais. 

Ela garante que ser influenciadora lhe deu um conforto, de trabalhar da própria casa levando bom humor e uma visão positiva da mulher do campo. "Nós não estamos nas redes vendendo nosso corpo, estamos mostrando como é bonito o trabalho da agricultura, que pode fazer tudo o que o homem faz. Também gosto de pensar que levo bom humor para as pessoas, que estão na casa delas, às vezes tristes, e podem rir comigo", salienta Gabriela, que viu um incremento significativo de seus seguidores durante a pandemia. Daqui alguns anos, ela pretende retomar os estudos para talvez cursar Agronomia. Por enquanto, está feliz em Marmeleiro, município de 15 mil habitantes. "Me sinto feliz, integrada ao mundo, próxima das pessoas, mais conhecida do que feijão, como diz o pai,” completa.

Aos 21 anos, Gabriela Comunello, de Marmeleiro, no Paraná, aprendeu a produzir conteúdos mostrando o trabalho da família e cenas engraçadas do dia a dia, como quando teve de correr atrás de um touro porque o pai, o “nêne”, deixou a cerca elétrica da propriedade desligada 

Autenticidade na lida dos Bedin
Bárbara Bedin, de 20 anos, mora em Linha Berno, no município de Seara, interior de Santa Catarina. Com conteúdo bem-humorado, ela e os irmãos, Pedro, de 14 anos, e Brenda, de 6, somam mais de 170 mil seguidores no Instagram e 300 mil no Tik Tok. Os perfis geridos por Bárbara mostram situações do cotidiano da família, como a ordenha das 42 vacas, manejo dos suínos, e o plantio de soja e milho. Além dos estudos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) − ela pretende conquistar uma vaga em uma instituição federal no curso de Medicina Veterinária −, Bárbara ajuda o pai, Sidimar, e a mãe, Fernanda, nos afazeres da propriedade. 

Segundo ela, a vida mudou bastante desde que obteve sucesso nas redes sociais. O marketing de influência lhe rendeu, por exemplo, um telefone novo, para melhorar a qualidade de suas postagens. "A maior parte do dinheiro eu guardo para usar mais tarde", diz ela, brincando que "poderá" dividir o dinheiro com os irmãos, coadjuvantes em seus conteúdos. Para Bárbara, as redes sociais trouxeram a possibilidade de levar o que acontece na vida dela e na da família, numa cidade com menos de 20 mil habitantes, tanto a internautas do meio rural quanto do meio urbano. "O que me alegra é saber que com um vídeo meu, ou um vídeo meu com o Pedro e a Brenda, leva felicidade e riso para alguém que pode ter tido um dia difícil na cidade", pontua. 

A influenciadora acredita que a aceitação de conteúdos como o dela chamam atenção pela autenticidade e simplicidade. "A gente posta sem estar arrumado, sem maquiagem, vida real mesmo", brinca. Parceira de Bárbara, Brenda, de 6 anos, é uma dose a mais de espontaneidade para responder às tradicionais perguntas dos internautas. "Bárbara, o que vocês planta?", questiona o seguidor. Sem cerimônias, Brenda responde: "Nós planta soja (sic), mas não é nós não (sic), é o pai que planta!" 

Com a pequena Brenda, de 6 anos, Bárbara Bedin mantém 170 mil seguidores no Instagram e 300 mil no Tik Tok, sem produção prévia, sem maquiagem, “vida real” mesmo, como ela faz questão de dizer 

140 perfis de influenciadores digitais voltados aos agro foram analisados em 2021 no trabalho no curso de Zootecnia da Universidade Federal de Santa Catarina 69,14% destes perfis eram mantidos por mulheres, com média de seguidores entre 5 mil e 170 mil. A amostragem considerou influenciadores em 21 estados, com concentração de casos nas regiões Sudeste e Centro-Oeste O trabalho da UFSC também identificou os níveis socioeconômicos e culturais dos influenciadores, que variavam de agrônomos e produtores até professores, comunicadores e universitários. 61,15% dos perfis enalteciam e defendiam a agricultura tradicional como um modelo a ser seguidos. 69% dos influenciadores faturaram de alguma forma com o marketing de influência, não apenas com produtos ligados à agropecuária (como máquinas e insumos), mas ainda na forma de convites para apresentação em feiras e eventos do setor. (Correio do Povo)


Jogo Rápido 

Rio Grande do Sul: Entidades do setor de proteína animal se reúnem com o governador
Confira a entrevista do Secretário-Executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, para o Canal Rural, clicando aqui

 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 25 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.887


Governo terá Grupo de Trabalho para revisar aplicação do FAF

O governador Eduardo Leite anunciou que irá criar um grupo de trabalho (GT) para tratar de ações emergenciais em socorro ao setor de proteína animal, entre elas uma possível revisão do Fator de Ajuste de Fruição (FAF). Segundo ele, a ideia é identificar seus efeitos sobre a competitividade da produção e indicar ações objetivas para serem adotadas no curto e médio prazo. “Precisamos entender o que é emergencial em função da conjuntura e quais são os ganhos estruturais necessários”, citou.

Mantendo diálogo com o setor produtivo, Leite admitiu que o sistema tributário gaúcho é de difícil manuseio, uma vez que o regime de recuperação fiscal vem com algumas condicionantes.

O subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Pereira, frisou que o governo está preocupado com a competitividade. Segundo dados apresentados por ele, o FAF foi responsável pela diminuição de 3,5% a 4% no bolo de créditos presumidos apropriados pelos setores.

A criação do GT ficará a cargo da Casa Civil e vai incluir a análise das diversas demandas apresentadas nesta segunda-feira (24/04) pelas entidades das cadeias de produção de proteína animal a representantes do Executivo e do Legislativo.

Presente ao encontro, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) entregou ofício ao governador Eduardo Leite reforçando as dificuldades enfrentadas pelo setor lácteo e as medidas necessárias para contorná-las. A principal delas, reforçou o presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portella, é a suspensão do FAF. “Precisamos trabalhar na competitividade e isso exige atuar em diferentes frentes no campo e na indústria, mas requer também atenção à questão tributária. Precisamos de uma posição para a questão do FAF, que foi criado com um fim interessante, mas não se aplica ao leite porque não há produtos para serem adquiridos dentro do RS, sejam as embalagens cartonadas ou insumos, como ingredientes para fabricação de queijos”.

Portella lembrou que o impasse gerado agrava-se com as dificuldades climáticas e a crise levou o Estado a perder espaço no setor lácteo para o Paraná. “O abandono de atividade pelos produtores mostra que temos perdido competitividade. O Paraná criou política similar ao FAF, mas excluiu o leite porque entendeu que esse é um setor estratégico”, citou.

Entre os motivos para a perda de competitividade pelo leite gaúcho, o Sindilat ainda pontuou no documento entregue ao Executivo os prejuízos causados pela concessão de benefícios por países do Mercosul. A Argentina, por exemplo, concedeu subsídios para mais de 52% de seus produtores, no valor de mais de R$ 60 mil previsto até maio de 2023.

Conforme o secretário-executivo Sindilat/RS, Darlan Palharini, também foi solicitado ao governador a liberação dos recursos do Fundoleite, a fim de fomentar e dar competitividade à cadeia láctea, cuja produção está presente em 451 municípios gaúchos.

O encontro no Palácio Piratini, em Porto Alegre (RS), foi articulado pelas Comissões de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo, de Economia, de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo e pela Frente Parlamentar da Agropecuária da Assembleia Legislativa. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Foto: Carolina Jardine


Bancada gaúcha defende pauta do leite em Brasília

Parlamentares gaúchos estão mobilizados em defender a pauta da indústria láctea em Brasília. A ideia é levar questões como as disparidades competitivas existentes dentro do Mercosul ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). Participando de reunião de indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) na tarde desta terça-feira (25/04), o deputado federal e presidente da Câmara de Indústria e Comércio da Câmara, Heitor Schuch (PSB), informou que assunto será alvo de reunião no final do dia entre deputados e senadores gaúchos para ser levado em bloco ao governo federal.  “O tema já está sendo encaminhado e aguardamos uma resposta do MDIC em relação a uma reunião com o setor lácteo gaúcho”, disse Schuch. A proposição é apresentar casos concretos de disparidades dentro do bloco assim como outras questões como a diferenciação tributária sobre o soro do leite e o Whey Protein ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin Filho.“Se quisermos fazer do Brasil um país que tenha desenvolvimento, ou a gente investe para recuperar o poder da indústria nacional ou vamos acabar empobrecidos”, alertou o deputado lembrando dos ensinamentos deixados pela pandemia sobre a necessidade de garantia de abastecimento local. A posição foi defendida pelo presidente do Sindilat, Guilherme Portella, ressaltando que medidas de apoio do governo federal são essenciais para a solidificação de investimentos e desenvolvimento do setor lácteo brasileiro. “São posição que trarão impacto significativo para todo o segmento”, ressaltou.

Foto: Carolina Jardine

 

 

Conseleite Paraná

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 25 de Abril de 2023 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Março de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Abril de 2023, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Abril de 2023 é de R$ 4,4748/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br.


Jogo Rápido 

Estão abertas as inscrições para a segunda etapa do 2º Prêmio Referência Leiteira
Já está aberto o prazo para que produtores de leite do Rio Grande do Sul se inscrevam na segunda etapa do 2º Prêmio Referência Leiteira RS. O mérito será dividido em seis categorias de cases de sucesso: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira. Para participar, é necessário realizar o envio por correio eletrônico de todo o material de apresentação para jries@emater.tche.br ou sindilat@sindilat.com.br até o dia 30 de junho. Tanto o regulamento completo, quanto a ficha de inscrição podem ser acessados pelo site do Sindilat clicando aqui.  Neste ano, as inscrições foram divididas em duas fases. Na primeira, 116 produtores se registraram para competir pelo prêmio de "Propriedade Referência em Produção de Leite". A novidade é a separação entre os que produzem em sistemas à base de pasto com suplementação e os que produzem em sistemas de semiconfinamento ou confinamento. O Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS) e a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) realizam a premiação com o objetivo de reconhecer exemplos positivos na atividade leiteira. O propósito é que os cases de sucesso possam ser amplamente divulgados e reconhecidos, servindo assim como referência aos demais produtores na superação dos desafios do setor. Os produtores que estão vinculados à indústria de laticínios que adquire leite no Estado podem participar do prêmio, independentemente de sua produção ser individual ou coletiva. Cada vencedor será premiado com um troféu, certificado e um notebook. A divulgação dos resultados e a entrega dos prêmios ocorrerão durante a Expointer 2023, que acontece de 26 de agosto a 3 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 24 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.886


Com a instalação de Comitê, avançam as tratativas para criação da Escola Laticinista

A fim de implementar aquela que será a primeira Escola Técnica Laticinista do Rio Grande do Sul, aconteceu na quinta-feira (20/04), a instalação do Comitê Gestor. O grupo, que congrega representantes da prefeitura de Estrela, Univates, entidades de ensino e da indústria leiteira, já definiu entre as diretrizes a oferta de vagas para todas as cidades do Estado durante o encontro realizado na cidade de Estrela.

Conforme Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) e integrante do Comitê, as definições incluem que as vagas serão destinadas, neste primeiro momento, para quem já está atuando nas indústrias, com formação a partir do ensino médio. “Tiramos a orientação de que a  Escola Técnica Laticinista deve ser uma solução rápida para a indústria, além de apresentar modelos de negócio e abrir novos mercados”, assinala.

A secretária de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade da prefeitura de Estrela, Carine Schwingel, informa que o grupo definiu a oferta de três módulos de ensino em diferentes cidades do Vale do Taquari, aproveitando a estrutura da rede de ensino já existente através das instituições parceiras. Os módulos práticos serão em Teutônia; os analíticos na Univates, em Lajeado; e os teóricos em Estrela.  

O espaço onde acontecerão as aulas teóricas está reservado nas instalações da Escola Estadual de Educação Profissional Estrela (EEEPE), que foi visitada pela diretoria do Sindilat. “A diretora, Claudia Barth nos apresentou os espaços onde o curso deve acontecer. É uma estrutura muito qualificada e pronta para receber o projeto, o que é um indicativo positivo tanto para a rápida evolução da sua implantação quanto da união da comunidade para que a Escola realmente se viabilize”, assinala Palharini. Além da disponibilidade na região, o secretário-executivo do Sindilat reforçou que o projeto precisará da liberação dos recursos do Fundoleite para ser viabilizado. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Foto: Karine Pinheiro


Sindilat participa da segunda rodada do Diálogos Setoriais 
 
Com foco na análise dos dados econômicos colhidos pela Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul (Sefaz) sobre os laticínios gaúchos, a segunda rodada da live Diálogos Setoriais contará com a participação de representantes do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS). A live ocorrerá no dia 4 de maio a partir das 9h no canal da Sefaz no Youtube e se debruçará sobre os números contidos para o setor na edição número 06 da Revista RS 360, publicada no dia 20/04.  
O presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portella, assim como o vice-presidente, Alexandre Guerra, e o secretário-executivo, Darlan Palharini, integrarão o conjunto de auditores da Receita Estadual no exame dos indicadores. “Com estes dados, estamos agregando mais um conjunto de informações que pode balizar a definição de ações e estratégias pelas indústrias a fim de desenvolver a cadeia leitera”, assinala Portella. 
 
Os números, com previsão de divulgação trimestral pelo Executivo Estadual, fazem parte do programa Diálogos Setoriais e se agregam como mais uma importante ferramenta para a análise e tomada de decisões com vistas ao crescimento do setor.  
 
Links:
 
 
Assessoria de imprensa Sindilat/RS
 
 
 
 
 
Aplicativo técnico da Emater ajuda a digitalizar informação e agilizar trabalho em campo 
 
Funcionalidade para uso dos extensionistas foi lançada para qualificar o atendimento rural
 
Fazendo frente ao processo de modernização da Emater, um aplicativo técnico para uso dos extensionistas rurais já está nas ruas, ou melhor, em campo, para dar ainda mais robustez ao trabalho da instituição. Gerente de Tecnologia da Informação e um dos envolvidos no desenvolvimento do app, Diogo Coradini destaca que a funcionalidade é o primeiro passo de um projeto ainda maior de inovações.  
 
— Facilitando a vida do técnico, ele vai qualificar a informação e ter melhor condição de atendimento ao cidadão — diz o gerente.  
 
Na entrevista a seguir, Coradini conta à coluna detalhes da funcionalidade.   Para que serve o aplicativo?  
 
A funcionalidade principal dele é atender ao público interno. É um dos produtos do projeto Aters Digital (Assistência Técnica e Extensão Rural e Social), que é um apanhado de soluções tecnológicas. Ele serve para apoiar o extensionista, o técnico agrícola, o agrônomo, o veterinário, enfim, todo o atendimento a campo na sua atividade fim. O profissional faz todos os registros dos dados, atualização de cadastro, assinatura do público assistido, acompanhamento de orientações técnicas... A principal funcionalidade do app, nesta versão que foi disponibilizada, é esta.   
 
Como o aplicativo foi desenvolvido? 
 
Era uma demanda há muito tempo solicitada. Começamos pelo desenvolvimento mais técnico, de análise de sistemas em conjunto com os colegas que iam ser os executores. Na sequência, iniciamos o desenvolvimento propriamente, de TI mesmo. A cada implementação íamos validando as funcionalidades, desde a questão de usabilidade e layout até a funcionalidade offline, porque no interior nem sempre se tem internet. O app tinha que ser fácil, rápido, permitir coletar imagens... isso exigia algumas soluções obrigatórias, mas principal delas é atender os nossos contratos de prestação de serviço e a informação coletada. Homologamos colocando em funcionamento em algumas regiões e estamos há quase um ano de uso. 
 
De que forma o app auxilia o trabalho do extensionista? 
 
A primeira é que ele não precisa mais anotar o que foi feito lá na ponta, a campo. Isso agiliza o trabalho. O sistema usado até então contempla toda operação técnica, mas não podia ser feito durante a prática na ponta, o dado precisava ser lançado posteriormente. (O app) evita erros, redundância, além dar a evidência do atendimento. Em poucos cliques, está feito.   
 
O que representa essa guinada “da prancheta” para o digital? 
 
É simbolicamente excepcional. E um caminho sem volta. Os processos hoje precisam ser digitais. Apesar do campo ainda ter algum distanciamento da tecnologia, isso está diminuindo. Até o público mais antigo já está dentro do mundo digital. Para a Emater, é um marco e um produto inicial de outros complementares que virão. Como é uma ferramenta que foi pensada pelo seu executor, ou seja, pelos colegas que utilizam, precisávamos entregar uma versão robusta e estamos em desenvolvimento de outras funcionalidades, inclusive para o público que a gente assiste poder se comunicar com o nosso técnico. Facilitando a vida do técnico, ele vai qualificar a informação e ter melhor condição de atendimento ao cidadão. (Zero Hora)

Jogo Rápido 

Semana será de temperaturas elevadas no Estado
A semana será de tempo firme e quente na maioria das regiões, com possibilidade de pancadas isoladas de chuva. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 16/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Neste domingo (23), o tempo permanecerá seco e com grande amplitude térmica, com mínimas inferiores a 10°C e temperaturas acima de 25°C durante o dia. O ingresso de ar quente e úmido favorecerá a elevação das temperaturas, com nebulosidade variável em todo Estado, a partir de segunda-feira (24). Na terça (25) e quarta-feira (26), a presença do ar quente e úmido manterá as temperaturas elevadas durante o dia, com valores próximos a 30°C em algumas regiões e possibilidade de pancadas isoladas de chuva. Os volumes de precipitação previstos são baixos e inferiores a 5 mm na maior parte do Estado e somente em algumas localidades da Metade Sul são esperados valores próximos a 10 mm. (SEAPI)

 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 20 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.885


Laboratório da UPF destaca trabalho com análise de leite em reunião do Sindilat

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) deu sequência, na manhã desta quarta-feira (17/4), aos debates sobre análises oficiais de leite no estado. O Serviço de Análise em Rebanhos Leiteiros (Sarle), da Universidade de Passo Fundo (UPF), foi o segundo convidado da série que visa esclarecer os processos de análise aos associados. A iniciativa integra o Grupo de Trabalho de Qualidade, reunião mensal promovida pelo sindicato. 

Segundo o professor da UPF e coordenador do Laboratório Sarle, Carlos Bondan, o laboratório foi o primeiro credenciado pela Rede Brasileira de Laboratórios de Controle de Qualidade de Leite (RBQL) e tem uma longa trajetória, o que lhe garante um conhecimento bastante aprofundando no processo. “E estando dentro da universidade, o laboratório tem contribuído para trazer muitas informações (por meio de pesquisas)”, reforça. A UPF e o Sindilat/RS estão trabalhando, inclusive, na realização de um seminário para tratar de temas voltados à produção.  

Assistente Técnica de Laboratório do Sarle Angela Zanin detalhou a logística de recebimento de amostras enviadas diariamente pelas indústrias através de transportadoras indicadas pelos clientes. Os resultados das análises de rotina referentes à IN 77/2018 são disponibilizados em até cinco dias úteis. Angela ainda destacou o processo realizado em amostras de qualificação, aquelas de novos clientes, e de requalificação, aquelas em que o produtor estava suspenso e volta a coletar. Nesses casos, segundo ela, o retorno para o resultado é de até 48 horas. A análise para antibiótico, realizada desde 2018, também foi abordada pela técnica.        
O próximo convidado será o Laboratório Universitário de Análises Clínicas da URI. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


AR – Evolução da produção no mês de março de 2023

No mês de março de 2023 a produção de leite foi de 822 milhões de litros, 2,1% acima do mês anterior (-7,8% na média diária) e 3,2% menos em relação ao mesmo mês de 2022.Normalmente a produção em janeiro cai 9%, e este ano (-7,3%) caiu menos, uma vez que a base de comparação foi fraca devido ao forte estresse térmico que se abateu sobre o rebanho leiteiro no ano passado. Já em fevereiro a queda Inter mensal foi maior que a média histórica, assim como em março, pelos efeitos da seca e questões relacionadas à economia.

Evidentemente os efeitos da grave seca que afetou a maioria das bacias leiteiras e a incidência de altos custos de produção (concentrados, entre outros insumos vinculados à alimentação do rebanho) geraram efeitos negativos sobre a produção de leite. A força inercial que veio da produção de 2022, seguramente se desacelerá nos próximos meses e teremos valores negativos consideráveis no segundo e no terceiro trimestre deste ano.

A produção do primeiro trimestre do ano, 0,2% inferior a janeiro-março de 2022 coincide em grande medida com a revisão da estimativa que publicamos com base em dados fornecidos pelas principais indústrias.

A evolução dos denominados “sólidos úteis” (manteiga e proteína), que caíram 0,5% no primeiro trimestre de 2023, foi muito similar ao comportamento dos litros de leite (-0,2%).

Como é habitual, a produção desde o pico alcançado em outubro, cai a uma taxa mensal de 5% até março e abril (considerando a média diária de produção, para que a estatística não seja afetada pelo número de dias de cada mês), quando começa uma nova recuperação. (Fonte: Ocla – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Uruguai: seca deixa prejuízo gigantesco para setor leiteiro

A seca teve um impacto profundo no setor primário de lácteos do Uruguai. Menor faturamento e maiores custos de suplementação se traduziram em prejuízos de US$ 136 milhões, segundo relatório elaborado pelo Instituto Nacional do Leite (INALE).

Em sua metodologia para estimar o impacto, o INALE considerou, por um lado, o aumento dos custos devido à maior suplementação e, por outro, o menor faturamento devido às perdas de produção.

Impacto da seca no Uruguai

O impacto da seca com base em um modelo específico que tomou como referência o INALE, mostra que o custo por litro para maior suplementação chega a 5,4 centavos por litro. “Se extrapolarmos essa perda de 5,4 centavos de dólar/litro para os 2,089 bilhões de litros de leite em todo o país, daríamos uma perda total estimada de 113 milhões de dólares ao nível do setor primário da cadeia leiteira”, informa o relatório detalhado.

A isso se soma o menor faturamento devido às perdas de produção. Embora a produção de leite tenha resistido em janeiro, em fevereiro registrou queda de 9,3% no país. “Sem o período seco, esperava-se uma produção de 2,096 bilhões de litros e com o período seco, 2,034 bilhões de litros. Isso significa uma perda de 61 milhões de litros”, diz o relatório.
 
Estimativa de perda na produção de leite em 2023 devido à seca

“Com base no preço esperado, estima-se que haverá uma perda de faturamento de 23 milhões de dólares em consequência da seca (61 milhões de litros por 0,37 US$/l)”, detalha. Com perdas de US$ 113 milhões devido a custos mais altos e US$ 23 milhões devido à menor produção, as perdas totais seriam da ordem de US$ 136 milhões.

As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 


Jogo Rápido 

Valor Bruto da Produção de 2023 é projetado em R$ 1,2 trilhão, com crescimento de 4,7%
Estimulado pelas lavouras, que deverão crescer 8,1% em valores reais neste ano, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2023 está estimado em R$ 1,229 trilhão, 4,7% acima do obtido em 2022 (R$ 1,173 trilhão). A pecuária apresenta um recuo de 2,9% no rendimento.  As lavouras têm faturamento previsto de R$ 878,6 bilhões, e a pecuária, de R$ 350,7 bilhões. Milho e soja estão impulsionando o crescimento da agropecuária. O na pecuária o aumento do VBP  é Suínos (7,2%), . Leite (4%), e ovos (9%) obtiveram neste ano o maior valor da produção obtido na série de dados desde 2000.  No mercado internacional, as carnes têm sido favorecidas pelo aumento do volume exportado e pelos preços, em especial, carne suína e de frango. Do mesmo modo, merece destaque o milho cujas exportações quase dobraram, passando de 3,49 milhões de toneladas exportadas, em 2022, para 8,45 milhões, em 2023. Os cinco estados que ocupam a liderança no VBP são: Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que respondem por 60,8% do VBP do país. (As informações são do Mapa)