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Porto Alegre, 07 de janeiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.180

 

  Sindilat quer colaborar na regulamentação da Lei do Leite 

Por meio de publicação no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (7/1), o governador José Ivo Sartori sancionou a "Lei do Leite" - Lei 14.835, que institui o programa de qualidade do leite no Rio Grande do Sul. A regulamentação deve ocorrer no prazo de 90 dias. Para o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, o próximo passo é "construir regramentos que assegurem resultados eficazes para a qualidade do leite gaúcho". 

A partir do início de abril, com a nova legislação, os transportadores deverão ser capacitados para a coleta e transporte do leite, além de integrar cadastro e ter vínculo obrigatório com as indústrias. "É preciso definir nesses 90 dias como será realizado o cadastro desses profissionais e quais as prerrogativas para os treinamentos", salientou Guerra. O Sindilat irá reunir seus associados e a equipe técnica ainda em janeiro para discutir formas de colaborar na regulamentação da lei. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
 
UPF 2016 - Contribuições Fundesa 
 
Segue abaixo a publicação no Diário Oficial do Estado da IN 099/2014, pela qual a Receita Pública Estadual - SEFAZ fixa a UPF para 2016, base para o cálculo das CONTRIBUIÇÕES ao FUNDESA e, das retenções da parte devida pelo produtor, conforme disciplina as letras a) e b) do artigo 6º da Lei 8.809/85, alterações introduzidas pela Lei 12.380/05. (Fundesa)

 

Sistema ajudará a monitorar qualidade do leite no Brasil

Está sendo realizado na Embrapa Gado de Leite um treinamento  que visa capacitar técnicos com atuação na área de Tecnologia da Informação (TI) para acompanhar o desenvolvimento de um sistema de inteligência para análise dos dados da qualidade do leite no Brasil. O treinamento reúne analistas de quatro unidades da Empresa: Gado de Leite, Informação Tecnológica, Informática Agropecuária e Monitoramento por Satélite, além do Departamento de Tecnologia da Informação e do Departamento de Transferência de Tecnologia.

O sistema a ser desenvolvido reunirá informações geradas pelos laboratórios da Rede Brasileira de Laboratórios de Qualidade do Leite (RBQL) e pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) a partir dos últimos 10 anos. De acordo com o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo Martins, trata-se de um projeto estratégico que vai consolidar dados gerados pelos laboratórios e transformá-los em conhecimento para subsidiar o Mapa e o Governo Federal no acompanhamento da qualidade do leite produzido no país. "O objetivo é criar condições que favoreçam a desenvolvimento de estratégias, o estabelecimento de políticas públicas, a proposição de normas e legislações, enfim, criar um painel para aumentar a competitividade do leite brasileiro", afirmou.

O treinamento, ministrado pela empresa First Decision, é composto de dois cursos que compreendem o preparo e a organização dos dados para geração de conhecimento para apoiar processos decisórios. A First Decison trabalha com foco em Business Inteligence (BI), Data Governance e Data Quality, e é representante brasileira da SAP, empresa alemã de inteligência de negócios. (Fonte: Embrapa Gado de Leite)

Mercado internacional de lácteos sob pressão neste semestre

O mercado internacional de lácteos começou 2016 pressionado e deve continuar assim no primeiro semestre deste ano, acreditam analistas. No leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) ¬ que é referência para o mercado de lácteos ¬, realizado ontem, os preços dos leites em pó integral e desnatado voltaram a registrar queda. As cotações do integral caíram 4%, saindo de um valor médio de US$ 2.304 por tonelada no leilão de 15 de dezembro, para US$ 2.210, conforme dados divulgados pela plataforma. Já o leite em pó desnatado alcançou valor médio de US$ 1.890 por tonelada, levemente abaixo dos US$ 1.891 de 15 de dezembro passado.

A nova queda registrada neste início de ano reflete o nível elevado de produção de leite na União Europeia ¬ após o fim do sistema de cotas, desde abril de 2015 ¬ e nos Estados Unidos. Decorre ainda do recuo da demanda da China, que vem reduzindo suas importações de lácteos desde o ano passado. Outro importador relevante, a Rússia, também tem demandado menos. 

De acordo com Valter Galan, analista da MilkPoint, consultoria especializada em lácteos, a produção deve avançar 1% a 2% na Europa e 0,5% a 1% nos EUA. "Há um crescimento em cima de uma produção que já é grande", afirma. Ele acrescenta que os estoques de leite em pó desnatado estão em níveis elevados na UE, o que também pressiona o mercado. Em outubro passado, segundo Galan, eram 51 mil toneladas em estoques. Um ano antes, os volumes estocados somavam 12 mil toneladas no bloco. Diante do quadro de oferta grande e preços baixos do leite, a tendência é que a produção da matéria¬-prima cresça em ritmo mais lento nos países da União Europeia, avalia o analista. Segundo ele, já há relatos de empresas europeias pagando bônus a produtores que entregarem menos leite. Na Nova Zelândia, a estimativa também é de uma queda de 6% na produção de leite na safra 2015/16. 

O especialista da MilkPoint mantém a expectativa de que os preços dos lácteos no mercado internacional comecem a se recuperar no segundo semestre deste ano. Isso vai depender, em grande parte, da volta da China ao mercado. Mas quando isso vai ocorrer ainda é uma incógnita, admite. Para o Brasil, a expectativa da MilkPoint é de queda de 2% a 3% na produção de leite no primeiro semestre deste ano na comparação com igual período de 2015, quando ficou em 11,8 bilhões de litros, conforme o IBGE. Segundo Galan, os maiores custos por causa da alta de milho e da soja e o recuo no preço do leite desestimulam a produção. (Valor Econômico)

 
 
Leite na Venezuela
Uma das atuais apostas da Cosulati é a consolidação da exportação de leite em pó para a Venezuela, maior importador do produto brasileiro. O primeiro carregamento, de 300 toneladas, está previsto para hoje. Segundo dados do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), de janeiro a outubro de 2015 as indústrias brasileiras exportaram 33 mil toneladas de leite em pó. Quase todo o volume foi destinado à Venezuela. (Correio do Povo)
 

 

    

         

Porto Alegre, 06 de janeiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.179

 

  Leite/UE

A produção de leite na União Europeia, de um modo geral, está maior do que o esperado para os três últimos meses do ano. Alguns países, especialmente, Irlanda, Holanda, Reino Unido, Alemanha e França, estão com forte produção. A expectativa é de que nesses três primeiros meses de 2016 o volume supere o verificado em 2015.

A captação maior que a esperada no final de ano, é indicativo do potencial de crescimento da produção no primeiro trimestre de 2016. Normalmente a produção aumenta de janeiro a maio na União Europeia. Isso requer cuidado, pois uma elevação atípica de produção, pode ultrapassar a capacidade instalada das indústrias, o que tem se tornado uma preocupação, com os possíveis gargalos. O salto de produção também é visto como uma pressão a mais sobre os preços do leite em pó desnatado, continuando as compras de intervenção, e do leite em pó integral. 

Esta visão para 2016 mostra mais um desafio para a recuperação do mercado. A produção extra de 2015 foi destinada a queijos que tiveram fortes vendas antes do Natal. Houve alguma retirada dos estoques e as indústrias estão confortáveis. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)
 
 
 
 
Consumidor entra em nova fase de corte de despesas 

A recessão na economia brasileira levou consumidores a um novo comportamento em 2016. Se em 2015 o controle de despesas consistiu em reduzir compras e buscar promoções, neste ano, a substituição de marcas e produtos ganha força. Esse movimento, no entanto, não chega a categorias de produtos de alto valor agregado. Isso porque consumidores ainda tentam preservar 'pequenos luxos', na visão de analistas de mercado. Adriano Araújo, diretor da Dunnhumby, diz que há um movimento de racionalização do consumo que atinge todas as classes sociais, mas a compra de alguns itens de alto valor agregado se mantém nas classes A, B e C. "De modo geral, os consumidores cortam gastos com produtos básicos para manter pequenos luxos. 

O brasileiro compra o detergente mais barato, troca a marca do biscoito, mas não abre mão da cerveja premium, do iogurte grego, do carro importado". A Dunnhumby monitora o comportamento de 22 milhões de consumidores que frequentam redes do Grupo Pão de Açúcar (GPA), Raia Drogasil e Marisa, entre outras. De acordo com a pesquisa mais recente da consultoria, 38% dos consumidores já substituem produtos de limpeza por marcas mais baratas; 30% fazem o mesmo com itens de higiene e perfumaria. Nas categorias de molhos e condimentos e massas, 29% dos brasileiros trocam as marcas preferidas por produtos mais baratos. Em farinhas e grãos, o índice é de 28%. Já em categorias de produtos de alto valor agregado, como sucos e alimentos integrais, linguiças e cervejas, as vendas ainda crescem dois dígitos e a substituição de marcas é muito pequena. No caso de cervejas, segundo a Dunnhumby, o índice de substituição é de 19%. "Os produtos premium e as embalagens maiores se mantêm como tendências de consumo para 2016", diz Araújo. 

David Fiss, diretor da Kantar Worldpanel, considera que os brasileiros fazem atualmente uma "racionalização premium", economizando em itens considerados commodities para ainda manter o consumo de produtos nos quais vê benefício. "Com a recessão, o brasileiro não está comprando necessariamente o que é barato", diz o analista. Ele cita como exemplo a substituição da carne bovina por embutidos. "Linguiça não é uma categoria de produto barato, mas o consumidor vê mais vantagem em consumi¬la em relação à carne bovina que encareceu muito", diz. Fiss acrescenta que esse comportamento já é observado entre consumidores da classe C e das faixas de alta renda. Maximiliano Bovaresco, sócio¬diretor da consultoria Sonne, diz que as classes de alta renda reduziram principalmente o consumo de serviços, como viagens internacionais e jantares em restaurantes. 

Ao contrário dos fabricantes de linha branca, que a pedido do varejo, tem ampliado a oferta de produto básicos algumas empresas fazem o movimento inverso. Um exemplo é a Le Lis Blanc, rede varejista pertencente à Restoque. A empresa anunciou no fim de dezembro que vai centrar foco nas lojas de alto consumo e em clientes que chegam a gastar R$ 100 mil em roupas da marca por ano. (Valor Econômico)

Margens/EUA 

De acordo com relatório do observatório de margens (CIH) as margens nas duas últimas semanas de dezembro se mostraram mistas. As margens dos lácteos continuam com projeção negativa para a primeira metade do ano, diante da forte produção e elevação dos estoques de produtos lácteos.

Enquanto isso, as expectativas de equilíbrio apenas no final de 2016 faz com que atrase a recuperação do preço do leite e também as margens. O relatório do USDA de novembro mostrou crescimento de 0,6% na produção em relação ao mesmo mês do ano anterior, com a grande produção do Meio Oeste superando as quedas no Oeste. Ganhos em Wisconsin e Michigan compensaram os declínios da Califórnia. 

Em relação aos queijos, o relatório do USDA, mostrou que em novembro, os estoques estavam 21,8% maiores quando comparados com um ano antes, pressionado para baixo o preço do leite Classe III. O estoque de manteiga caiu em novembro, mas, no final, continuou 26% acima do volume verificado em novembro de 2014, e é a maior quantidade existente desde 2009. O custo da alimentação animal tende a cair, com preços mínimos dos contratos de farelo de milho e soja fechados em novembro. Embora pouco noticiado, a agressiva investida da Argentina com o corte de impostos para exportação, combinada com a desvalorização do peso, pressionou mais ainda ambos os mercados. (Dairy Herd - Tradução livre: Terra Viva)

Em dezembro/15, o preço do leite ao produtor teve ligeira alta considerando a média nacional

Considerando a média nacional, o preço do leite ao produtor teve ligeira alta (0,1%) no pagamento de dezembro, referente ao leite entregue em novembro.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, o produtor recebeu, em média, R$0,960 por litro. Houve queda dos preços do leite na região Sudeste e Brasil Central, mas os recuos foram amenizados pelas falta de chuvas em algumas áreas, que tem interferido nas pastagens e na produção de leite.

Na região Sul, por sua vez, os preços subiram no Rio Grande do Sul e Paraná e ficou praticamente estável (queda de 0,05%) em Santa Catarina. Além da entressafra no Sul, as chuvas intensas e a dificuldade de coleta e produção em algumas áreas dão sustentação aos preços do leite ao produtor. Cabe destacar que o custo de produção em alta e as margens mais apertadas neste segundo semestre também têm diminuído os investimentos e gastos na atividade leiteira por parte do produtor.

Para o pagamento de janeiro de 2016 (produção de dezembro de 2015), 76% dos laticínios pesquisados acreditam em manutenção dos preços do leite ao produtor, 17% falam em quedas e os 7% restante estimam alta para o produtor. (Scot Consultoria)
 

Itaipu Rural show neste mês
A 18ª edição do Itaipu Rural Show está marcada para o período de 27 a 30 de janeiro em Pinhalzinho, no Oeste de Santa Catarina. A programação técnica terá palestras sobre suinocultura, avicultura, bovinocultura de leite, técnicas de ordenha, pastagens e silagens, entre outras. Segundo o presidente da Cooperativa Regional Itaipu, Arno Pandolfo, mais de 90% dos espaços já foram comercializados. (Correio do Povo)
 

 

    

         

Porto Alegre, 05 de janeiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.178

 

  GDT: preços de lácteos seguem sem reação no mercado internacional

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (05/01) registrou queda de 1,6% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$2.458/tonelada.

O leite em pó integral apresentou queda de 4,4%, sendo comercializado a US$ 2.210/tonelada. O leite em pó desnatado teve estabilidade, indo a US$1.890/ton (-0,8%). Já o queijo cheddar teve leve alta, chegando a US$2.964/tonelada (+3,5% sobre o último leilão).

Neste leilão foram vendidas 25.671 toneladas de produtos lácteos, volume cerca de 24% inferior ao mesmo período do ano passado. 

Os contratos para entrega futura de leite em pó integral também tiveram queda, com os preços futuros oscilando entre US$2.180 e US$2.270/ton. Os dados apontam que a expectativa do mercado é de que não haja grandes reações de preço ao longo do primeiro semestre de 2016. (Fonte: Global Dairy Trade, elaborado pelo MilkPoint Inteligência)

 
 
 
Vacas lucrativas em sistema intensivo

Com mais de 60% das propriedades de leite gaúchas criando o gado solto a campo, à base de pastagem, o Rio Grande do Sul vem aumentando a produção ao apostar em um sistema pouco comum no Estado. O confinamento de animais ainda é realidade na minoria das fazendas gaúchas, mas vem se mostrando eficaz no aumento da produtividade e na redução da necessidade de mão de obra uma dificuldade enfrentada por 46% dos produtores formais.

Entre as 85 mil famílias que entregam leite regularmente a indústrias, 36% têm alguma estrutura que permite alimentação individualizada dos animais, conforme dados do Censo Leite RS. Isso não quer dizer que todo esse percentual já tenha criação confinada ou semiconfinada, mas dá sinais de uma tendência que vem ganhando força especialmente nas propriedades mais tecnificadas.

- O futuro é de mais animais e menos pessoas no campo. A mecanização facilitará trazer a pastagem para o cocho - explica Vitor Hugo Martinez Pereira, diretor-técnico da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando).

Conforme o Censo do Leite, elaborado pela Emater em parceria com o Instituto Gaúcho do Leite (IGL), quase 30% das propriedades têm escala de produção pequena e 22% contam com um tamanho reduzido de área.

- São fatores que levam o produtor a buscar os sistemas de semiconfinamento e de confinamento - aponta Alexandre Guerra, presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS).

A maior desistência de pequenos da atividade, em contrapartida aos investimentos em tecnologia dos grandes produtores, também deve fortalecer a tendência de confinar a criação. Entre os 3,2 mil associados da Cooperativa Santa Clara, em 110 municípios gaúchos, 30% já adotam o confinamento total na produção leiteira e 70% o sistema de semiconfinamento.

- Produtores que estão aumentado o rebanho buscam um sistema mais intensivo, para explorar ao máximo do potencial do animal - aponta Egon Hruby, gerente do Departamento de Política Leiteira da cooperativa, com sede em Carlos Barbosa.

ORDENHA POR FLUXO LIVRE
O confinamento total da criação de gado leiteiro tem crescido especialmente nas regiões onde as áreas de terra são mais limitadas, como na serra gaúcha e no Vale do Taquari.

- Além da questão geográfica, a mão de obra tem sido um fator determinante para estimular o produtor a adotar o confinamento - acrescenta Hruby.

Com o relógio programado durante anos para despertar todos os dias da semana, às 5h15min, o produtor Ezequiel Nólio, 34 anos, conta ter começado uma vida nova em agosto de 2015:

- O despertador é passado. Agora a gente acorda depois das 7h, sai para caminhar no fim da tarde. Nossa qualidade de vida é outra.

Nólio refere-se ao período em que madrugava religiosamente, ao lado da mãe, Sueli Nólio, 61 anos, para fazer a ordenha de pouco mais de 60 vacas da raça holandesa em Paraí, no norte do Estado. Desde 2013, quando o último funcionário saiu da propriedade, mãe e filho trabalharam sozinhos na produção leiteira em sistema de semiconfinamento. O pai, Pedro Nólio, 59 anos, se dedica à lavoura de 80 hectares.

- Era muito serviço para duas pessoas. A falta de mão de obra nos levou a optar pelo confinamento total - conta.

Ao investir quase R$ 1 milhão, a família instalou um sistema robotizado capaz de ordenhar 60 vacas durante 23 horas por dia. Com os equipamentos instalados no galpão onde os animais ficam confinados, a ordenha é feita por fluxo livre, várias vezes ao dia.

- Quando as vacas sentem que o úbere está cheio, se deslocam até o robô, que também controla a quantidade de ração necessária. Nosso trabalho braçal praticamente acabou - explica Nólio, que acompanha o rendimento e alimentação dos animais pelo computador.

Desde que implantaram o sistema robotizado de confinamento na fazenda, a produtividade por animal aumentou em cinco litros por dia, chegando a 35 litros por vaca - a média estadual é de 12 litros por animal. A meta é chegar a 40 litros diários. (Zero Hora)


Adoção do método não deve ser regra

Embora o confinamento venha mostrando bons resultados na produção leiteira gaúcha, a adoção do sistema não deve ser vista como a única forma de aumentar a produtividade do rebanho.

- Temos um espaço muito grande para melhorar o aproveitamento das pastagens, o modelo de pastoreio vai persistir por muito tempo ainda - ressalta Jaime Ries, coordenador da área de leite da Emater.

Ele alerta que os sistemas de confinamento e semiconfinamento exigem uma escala maior de produção, o que dificulta a adoção pelos pequenos produtores.

- Não existe nada mais barato para alimentar a vaca do que pastagem. Quanto mais cara for a alimentação, maior será a necessidade de escala - destaca Ries.

Na opinião de Ries, a produção de leite pode crescer na agricultura familiar baseada em uma alimentação barata, com boa adubação, forrageiras de qualidade, irrigação e bons tratos culturais. No caso dos produtores que desejam aumentar a escala, o confinamento, total ou parcial, acabará sendo o caminho. Para o diretor-executivo do Instituto Gaúcho do Leite (IGL), Ardêmio Heineck, o melhor sistema é aquele que dá a maior rentabilidade ao produtor.

- O equilíbrio está na sobra, dentro do tamanho do negócio que o produtor quer adotar - explica.

A escolha deve passar por um eficiente sistema de gestão e de assistência técnica, que indique qual o melhor sistema de produção a ser adotado.

- Há um limite de vacas por hectare. O confinamento é alternativa para suprir a deficiência de área e de mão de obra. É preciso encontrar o melhor caminho para que a propriedade tenha futuro - completa Heineck. (Zero Hora)


 


União para investir na produção leiteira

Pequenos produtores de leite no interior de Nova Bréscia, no Vale do Taquari, eles tinham poucas motivações para investir na propriedade. Além de um número pequeno de animais, a maioria das 16 famílias não possuía sucessores para tocar os negócios no futuro. A coragem para voltar a apostar na produção leiteira veio com o associativismo, em um projeto tecnológico e pioneiro no Brasil.

- Faltava um empurrão. Era muito difícil para a gente investir sozinho - conta Clavio Pedro Gracioli, 55 anos.

Gracioli é um dos 16 sócios do Condomínio dei Produttori Di Latte Bréscia, inaugurado em dezembro passado na Linha Tigrinho Baixo, zona rural do município com pouco mais de 3,3 mil habitantes. A estrutura de criação confinada, com ordenhas robotizadas, foi construída pela Cooperativa dos Suinocultores de Encantado (Cosuel). O pavilhão tem capacidade para criação de 262 vacas em confinamento total.

- Muitos produtores iriam abandonar a produção, por falta de mão de obra. Agora viraram empresários de um sistema que permite eficiência - destaca Igor Estevan Weingartner, gerente da divisão de produção agropecuária da Cosuel, dona da marca Dália Alimentos.

Gracioli produzia leite em pequena escala, apenas para produção artesanal de queijo. Ao entrar como sócio no condomínio, investiu R$ 50 mil para comprar 10 vacas da raça holandesa e um estoque de ração animal. O restante do trabalho é feito por três funcionários, que operam os equipamentos da ordenha robotizada, 24 horas por dia.

- Estamos nos revezando nos finais de semana porque ainda não conseguimos contratar o quarto funcionário. Mas depois disso, nosso único compromisso será trazer a alimentação - conta Gracioli, que não ampliava a produção leiteira por não conseguir mão de obra.

MAIOR QUALIDADE DE VIDA
Com dois adolescentes em casa, Camile, de 13 anos, e Giancarlo, de 14 anos, Gracioli não sabe se os filhos irão dar continuidade à produção leiteira. O filho mais velho, Marcelo, de 27 anos, é um exemplo. Formou-se em Engenharia Mecânica e trabalha na serra gaúcha.

- É difícil segurar os jovens no Interior. Ainda mais quando eles crescem vendo os pais não tendo final de semana, feriado, férias - resume Gracioli.

A possibilidade de trabalhar em um sistema de produção intensiva, com maior qualidade de vida, motivou alguns filhos de produtores a se engajarem no projeto.

- Temos três jovens, filhos de produtores, que entraram como sócios, em uma sucessão antecipada. Individualmente, a maioria não teria condições de fazer um investimento desses, mas com a união foi possível - conta o produtor Admir Lorenzon, presidente do condomínio. (Zero Hora)

Projeto prevê mais três condomínios

O condomínio de leite associativo de Nova Bréscia foi o primeiro a entrar em operação, de um total de quatro que deverão estar funcionando até o final de 2016. No mesmo modelo, com ordenha robotizada, outros três serão construídos em Roca Sales, Arroio do Meio e Candelária. Nos quatro projetos, a Cosuel irá investir cerca de R$ 20 milhões.

Além dos pavilhões, os condomínios têm estrutura de silos, moradia para funcionários, escritório e galpão para máquinas. No local, os produtores armazenam milho e silagem produzidos em suas propriedades ou comprados de fornecedores.

Com rendimento médio hoje de 18 litros de leite por animal, a meta é alcançar, em um ano, a produtividade de 30 litros diários por vaca - chegando a 25 mil litros de leite por dia.

- O rebanho está em fase de adaptação. As instalações foram construídas para oferecer conforto, em um ambiente climatizado, e uma dieta controlada para maior eficiência - completa Igor Estevan Weingartner, gerente da divisão de produção agropecuária da Dália Alimentos. (Zero Hora)
 
O Rio grande do Sul é um dos 15 estados que receberão recursos do Governo Federal para a Defesa Agropecuária.
Conforme a Secretaria da Agricultura do Estado, serão R$ 4,2 milhões para o RS, dos quais R$ 2 milhões já estão liberados. Devem ser usados na compra de equipamentos e para estruturar ações. No total, os repasses somarão, neste ano e em 2017,
R$ 24 milhões..(Zero Hora)
 

 

Porto Alegre, 04 de janeiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.177

 

  Indústrias de laticínios deverão ajustar projetos do Leite Saudável
            
As empresas lácteas que encaminharam projetos de investimento no programa Leite Saudável deverão realizar adequações. No dia 23 de dezembro de 2015, o Ministério da Agricultura (MAPA) publicou no Diário Oficial da União a Instrução Normativa nº 45 que disciplina a habilitação das empresas ao programa. Os ajustes são essenciais para que as empresas garantam a concessão de crédito presumido do PIS/Cofins. 

Entre as alterações, ficou definida uma nova formatação de projeto. As informações deverão ser apresentadas nas versões impressa e eletrônica (pen drive). A habilitação provisória ocorrerá automaticamente com a efetivação do protocolo na Superintendência Federal de Agricultura. Também passa ser necessária a apresentação da certidão negativa ou positiva com efeito de negativa em relação aos tributos administrados pela Receita Federal do Brasil. 

Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, é importante que as empresas fiquem atentas às mudanças e promovam os ajustes o mais rápido possível, garantindo assim os benefícios. A lei 13.137/2015 prevê a concessão de crédito presumido do PIS/Cofins de 50% para empresas e cooperativas que apresentarem propostas de investimento em assistência técnica voltada prioritariamente em gestão da propriedade, implementação de boas práticas agropecuárias, capacitação de produtores rurais, entre outras, com aplicação de no mínimo 5% do benefício. Dúvidas e esclarecimentos poderão ser encaminhados para o email sindilat@sindilat.com.br. A íntegra da Instrução Normativa está disponível no site do Sindilat, bem como o modelo do projeto.

O Sindilat tem instruído seus associados a direcionarem os investimentos no programa de certificação de propriedades livres de tuberculose e brucelose, pois com isso o RS dá um passo importante para se consolidar como estado exportador de lácteos para os mercados que o Ministério da Agricultura está abrindo para o setor lácteo brasileiro. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

 
Impostos prometem encarecer leite longa vida em 2016 no Paraná

Duas mudanças nas regras de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) prometem encarecer o leite longa vida (UHT) em 2016. Desde 1º de janeiro o alimento deixou de fazer parte do rol de itens da cesta básica isentos da cobrança do imposto. Além disso, o produto foi incluído no regime da substituição tributária, em um movimento que favorece os laticínios estaduais, mas promete encarecer o leite trazido de outros estados. As alterações foram oficializadas por meio do decreto 3.049, publicado no último dia 17 de dezembro no Diário Oficial.

A principal alteração decorre da substituição tributária, já que a cobrança do ICMS passa a ficar concentrada na indústria, e não mais ao longo da cadeia. O modelo, já vigente no leite em outros estados, tem a finalidade de "manter a competitividade das empresas do Paraná frente a benefícios semelhantes concedidos por outras unidades federadas a seus contribuintes", conforme aponta o sumário do decreto, divulgado no site oficial da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefa).

A mudança é considerada positiva pelos laticínios paranaenses, que afirmam ser prejudicados no modelo atual. "Estamos lutando há mais de quatro anos por essa mudança, que será boa para a indústria estadual", resume o diretor-executivo da Frimesa, Elias Zydek. Ele explica que o leite produzido no Paraná é direcionado a outros estados e paga uma taxa total de 18% de ICMS. Na contramão, o leite que provém de outros estados é tributado em 12%, o que gera desigualdade de condições. Com as mudanças, o produto importado terá um acréscimo de 6% ao cruzar a fronteira paranaense, atingindo os mesmos 18% de incidência do ICMS.

Divergências
Representantes da cadeia produtiva de outros estados criticam as novas regras. "O ideal é haver isonomia fiscal. A mudança é prejudicial para nós, levando em conta que somos um estado exportador de leite", afirma o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Alexandre Guerra. Os gaúchos direcionam mais de 60% da produção local para outras regiões do país e têm o Paraná como um cliente cativo.

Para Guerra, o ônus sobre a indústria deverá respingar no consumidor. "A indústria e o produtor trabalham com margens no limite, então parte desse custo terá que ser bancado pelo consumidor. Como as alterações na legislação ainda são recentes o setor não conseguiu estimar qual será o valor da alta no varejo".

O argumento gaúcho é rebatido pelos paranaenses. Para Zydek, da Frimesa, não há prejuízo ao consumidor com as mudanças. "Na prática isso não muda nada para o consumidor, pois essa diferença de valores acabava ficando no varejo", argumenta. (As informações são da Gazeta do Povo)


El Niño perderá força entre abril e maio, prevê meteorologista-chefe do Instituto Nacional de Meteorologia

Em 2016, o fenômeno El Niño deve sofrer um enfraquecimento gradativo até meados de abril ou maio, disse o meteorologista-chefe da Previsão do Tempo do Instituto Nacional de Meteorologia, Luiz Cavalcanti. O fenômeno, que provoca flutuações no clima devido ao aumento da temperatura das águas do Oceano Pacífico, foi o responsável pelo excesso de chuvas na região Sul, pela seca na região Nordeste e em parte da região Norte, em 2015.

"Ainda teremos o El Niño atuando durante o primeiro semestre de 2016, mas seu enfraquecimento trará reflexos na organização do clima", disse Cavalcanti. A previsão é que, com o fim do El Niño, o Sul não deverá ter tantas chuvas em 2016. No Centro-Oeste, as chuvas não devem tardar tanto, diminuindo a ocorrência de incêndios.

Entre os principais acontecimentos climáticos de 2015 no Brasil, o meteorologista citou as chuvas no Sul e Centro-Oeste, a seca no Nordeste (que dura 4 anos) e a seca no Sudeste, no começo do ano, que resultou em problemas de abastecimento de água em São Paulo. "Foi um ano muito quente no Brasil", concluiu Cavalcanti. (As informações são da Agência Brasil)
 

Duplicação
Quando março chegar, a CCGL, que reúne 22 cooperativas associadas, deve dar início às operações da nova fábrica, duplicada, que permitirá passar dos atuais 1 milhão de litros de leite processados diariamente para 2,2 milhões de litros de leite. Especializada no produto em pó, que tem no norte e nordeste do país o mercado comprador, a unidade cresceu junto com seus associados - hoje 4,3 mil produtores, que deverão ter acréscimo de mais 500 quando a capacidade dobrar. Desses, 1.180 recebem assistência técnica no campo. Faltam só os acabamentos finais da obra, assegura Caio Vianna, presidente da cooperativa. O investimento total foi de R$ 100 milhões - com recursos privados e financiamento do BRDE. Em 2015, as vendas seguiram fluindo. Tanto que, segundo Vianna, a participação de resultados deve ter acréscimo sobre os R$ 6 milhões de 2014. (Zero Hora)
 

 

    

 

Porto Alegre, 29 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.176

 

  Lei do Leite ajudará no crescimento do setor, diz Sindilat

A Assembleia Legislativa aprovou na última segunda-feira (28/12) o Projeto de Lei (PL) 414/2015 que regulamenta a produção, transporte e comercialização de leite no Rio Grande do Sul. Construída por entidades do setor em conjunto com o Executivo, a Lei do Leite institui um programa de qualidade e garante a responsabilização em caso de irregularidades." O desafio dentro do prazo de 90 dias é ajustar os pontos discutíveis para que os resultados sejam eficazes e possam assegurar a qualidade do nosso produto", disse o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra.

Após sanção do governador, a Lei do Leite precisará ser regulamentada por meio de decreto que vai detalhar cada artigo da proposta. O prazo para a regulamentação é de 90 dias após a assinatura do governador. Para Guerra, a aprovação do projeto é um passo importante para garantir a ética e o crescimento do setor. "A Lei do Leite permitirá que o produto gaúcho se destaque ainda mais no mercado, possibilitando inclusive abrir novos mercados externos", pontou.

Com a nova legislação, é obrigatório que as atividades de coleta e transporte de leite sejam realizadas por transportadores devidamente cadastrados e vinculados às indústrias ou postos de refrigeração. Outra exigência prevista é o treinamento de cada transportador, que é de responsabilidade das empresas e, a partir da regulamentação da lei, será padronizado pela Secretaria da Agricultura. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Novo salário mínimo é de R$ 880 e vale a partir de 1º de janeiro 

Decreto assinado nesta terça¬feira pela presidente Dilma Rousseff definiu o salário mínimo para o próximo ano em R$ 880,00. A determinação será publicada no "Diário Oficial da União" de amanhã e entrará em vigor a partir de 1º de janeiro, informou a assessoria da Presidência da República. O mínimo atual é de R$ 788,00. Em nota, a Presidência destaca que, com o decreto assinado hoje, "o governo federal dá continuidade à sua política de valorização do salário mínimo, com impacto direto sobre cerca de 40 milhões de trabalhadores e aposentados, que atualmente recebem o piso nacional". (Valor Econômico)

Exportação impulsiona preços internos do milho

A safra 2014/2015 de milho foi recorde, apesar de receios no início do ano devido ao impacto da falta de chuvas em 2014. Mesmo com a oferta elevada, os preços do milho subiram sucessivamente no mercado interno. O impulso veio da maior competitividade do cereal brasileiro no mercado externo, que proporcionou também novo recorde de exportação de milho nacional. De janeiro até a terceira semana de dezembro, foram embarcadas 27,1 milhões de toneladas, quantidade 31% superior à do mesmo período no ano passado e já acima do recorde de 26,6 milhões de toneladas alcançado em 2013, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Na média das regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, a análise dos preços no mercado spot pode ser dividida em três períodos ao longo de ano. No primeiro trimestre, tiveram sustentação devido às incertezas quanto à produção do milho primeira safra e condições climáticas adversas que poderiam prejudicar a segunda temporada. Já no segundo trimestre, os valores foram pressionados pelo bom desenvolvimento das lavouras e também porque a perda de produtividade do verão seria menor do que a esperada. No segundo semestre, impulsionadas pela desvalorização do real, as exportações dispararam e elevaram os preços. (Jornal do Comércio)

Queijos artesanais

O Ministério da Agricultura (Mapa) vai apertar a fiscalização sobre a venda dos chamados queijos artesanais. Está na hora dos gaúchos, que têm uma rica produção destes queijos, se mexerem junto ao Mapa e regularizarem a fabricação e comercialização. Um gaúcho, hoje no ministério, Caio Rocha, participa das reuniões para criar o marco regulatório. (Jornal do Comércio/Danilo Ucha)

 

Atenta à necessidade de formação de sucessores nas propriedades, a Cooperativa Languiru, de Teutônia, apostou em um curso de Formação Gerencial de Sucessores da Agricultura Familiar. Trinta e nove jovens receberam diploma. (Zero Hora)
 

 

    

 

         

Porto Alegre, 28 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.175

 

  Piá implanta projeto com equipamento alemão pela qualidade do leite

Na busca pela máxima qualidade de sua matéria prima, em outubro deste ano a Cooperativa Piá iniciou o projeto interno "Coleta Automática de Leite", que consiste na coleta de leite dos seus cooperados através da medição eletrônica do volume do produto, da coleta automática de amostras e da informatização dos dados da rota via GPS-R.

Utilizando um equipamento com tecnologia de ponta da empresa alemã Bartec, que tem atuação mundial, a Cooperativa vem conduzindo este projeto em um caminhão que coleta leite de uma das suas rotas.

O presidente da Piá, Gilberto Kny, destaca que essa tecnologia já é utilizada em toda a Europa e também em países como Argentina e Uruguai. "Estamos realizando investimentos neste projeto, pois queremos estar alinhados e modernizados com os processos mundiais que garantem a qualidade no leite", afirma.

Instalado ente a cabine do veículo e o tanque rodoviário, a tecnologia deste equipamento tem possibilitado muitos ganhos em performance e também no controle de qualidade, quando comparado com o processo tradicional de coleta de leite nas propriedades.

Na medição eletrônica, além da precisão, ganha destaque a melhora nos aspectos rotineiros da coleta, como a não interferência humana e a não interferência do nivelamento do resfriador e da régua de leitura.

A coleta automática das amostras proporciona uma maior confiabilidade, tanto na amostragem quanto no manuseio. A amostragem é feita eletronicamente de maneira proporcional ao volume coletado, ou seja, representa do início da coleta até o fim, independentemente do volume do produtor.

O manuseio destas amostras acontece por processo mecânico, sem a participação do motorista. O sistema procede de forma automática, acondicionando-as numa geladeira específica, lacrada, com acesso permitido somente pelos funcionários do laboratório do laticínio. "A única pessoa com permissão para abrir o equipamento e retirar as amostras é o técnico do laboratório. É ele que faz todas as análises e, através dos resultados, monitora a qualidade do leite", explica o gerente dos postos de resfriamento da Piá, Everton Carbone, que completa: "É um processo seguro onde a Cooperativa consegue ter uma gestão mais eficaz".

A informatização dos dados se dá através da transmissão via GPS-R, podendo já ocorrer logo após a coleta, ainda na propriedade do produtor.  O sistema permite trabalhar com informações de volume coletado, temperatura do leite, horário de coleta, identificação do produtor através de coordenadas geográficas, itinerário da rota - ponto de localização e distâncias, frequência de coleta, entre outros fatores.

Para Kny, outro ponto positivo da "Coleta Automática de Leite", além da precisão da litragem e das amostras individuais e idôneas que fazem justiça a qualidade do produtor e não permitem desvio ou fraude, é a agilidade. "Se antes o transportador necessitava de seis a sete horas para fazer a coleta na rota, certamente ele vai diminuir esse tempo em 20%, pois não precisa mais anotar os dados. Ele só precisa manusear a máquina que fará todo o trabalho com automatização e precisão".

Segundo o engenheiro agrônomo da Cooperativa, Cristiano Spohr, os transportadores têm demonstrado boa aceitação à tecnologia, pois ela melhorou a credibilidade e a transparência na relação com o produtor.

Todas as informações captadas possibilitam a geração de relatórios de inconsistência. "A partir do uso desta tecnologia, temos um histórico do produtor e um controle maior da rota e dos processos que estão sendo realizados. É um grande ganho, pois estamos agindo preventivamente para obter a qualidade do leite, o que, por consequência, confere maior segurança alimentar para nossos clientes", finaliza Carbone. (Cooperativa Piá)
 
 
 
 
Novo modelo de inspeção pode ser adotado em 2016

A adoção de um novo sistema de inspeção dos produtos de origem animal deve ser tornar realidade no Estado a partir do próximo ano. A perspectiva foi divulgada pelo secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, na tarde de quarta-feira, durante coletiva de imprensa realizada na sede do órgão. Depois de fazer um balanço das ações e projeções sobre a safra 2015/2016, Polo comentou que, ao longo deste ano, a pasta já se articulou para esse processo. "Tem uma outra questão que trabalhamos silenciosamente durante o ano e que está em fase de publicação de decreto, que é a criação de um Conselho Gestor de Modernização do Serviço de Inspeção de Origem Animal", declarou já no final do encontro com os jornalistas. 

O documento já está redigido e, segundo o próprio secretário, deve ser publicado nos próximos dias (até o fim do ano). "No ano que vem, começamos a discutir um novo modelo para o Estado", afirmou. Polo projeta que essas discussões serão encerradas ainda em 2016, que pode ser o ano que marcará a adoção de novos processos. De acordo com Polo, o conselho gestor será integrado por representantes da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), da Assembleia Legislativa do Estado, do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV/RS), da Farsul, da Fetag, da Fetraf e do Fundesa. As discussões sobre a adoção de um modelo de inspeção que seja menos oneroso para o Estado vem se desenrolando no Rio Grande do Sul mais acentuadamente no segundo semestre deste ano. O próprio secretário visitou o modelo de Santa Catarina, o mais debatido entre representantes do setor agropecuário gaúcho, e que é caracterizado pela chamada inspeção privada - sistema em que o poder público credencia empresas e habilita médicos profissionais para a realização da inspeção, assim os servidores públicos dedicam-se apenas à fiscalização. 

O modelo catarinense foi o primeiro do tipo adotado no País e está em vigência há cinco anos. "Nós olhamos os modelos de Santa Catarina, do Paraná, do Mato Grosso e do Espirito Santo, que também estão implantando", confirmou, ressalvando que pretende que o conselho gestor desenvolva um procedimento adequado à realidade gaúcha. "Nós queremos conhecer as experiências para definir um modelo bom, que seja confiável e seguro e que não seja uma trava para o desenvolvimento do setor", afirmou. Polo corrigiu o termo difundido sobre a mudança e detalhou como deve ser o modelo adotado pelo Estado. "Não é inspeção privada, nem terceirizada e nem privatizada. É uma inspeção delegada", definiu. O secretário esclareceu que médicos veterinários deverão prestar serviços por meio de empresas. "Esses profissionais são treinados e credenciados pelo poder público, e o próprio Estado fica com o controle da fiscalização e a prerrogativa de excluir o médico veterinário ou a empresa prestadora do serviço quando não fizer o trabalho adequado."

Ressaltando que a qualidade dos produtos é uma responsabilidade das empresas, o secretário diagnosticou que é inviável ao Estado ampliar os quadros da inspeção e da fiscalização. "Vamos discutir isso de uma forma muito madura para que a gente possa avançar e desenvolver um modelo em que o Estado seja um facilitador de procedimentos, com responsabilidade, ações efetivas e fiscalização mais eficaz, que é um papel indelegável." Polo também confirmou a projeção de que a safra deste ano será menor do que a última, com perspectiva de ficar entre 29 milhões e 30 milhões de toneladas de grãos. (Jornal do Comércio)


O que vai bater à porta

No balanço de final de ano, a Secretaria da Agricultura apontou metas para 2016

1 Susaf: o sistema regulamentado em 2013 com o objetivo de facilitar a venda de produtos de agroindústrias familiares fora do município de origem demorou a engrenar. Dois anos depois, 11 municípios têm a habilitação no início do ano eram apenas cinco. A meta é chegar ao final de 2016 com a lista ampliada para 50. Os kits Susaf, destinados a 42 cidades (credenciadas ou em processo avançado) devem chegar até a primeira quinzena de janeiro.

2 PPCI do parque: interditado devido à ausência de um Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PCCI) global, o parque Assis Brasil, em Esteio, onde é realizada a Expointer, foi liberado pouco antes da feira começar neste ano. Uma empresa foi contratada para fazer a elaboração do plano. Havia quatro fases diferentes a serem executadas. O contrato emergencial feito deverá ter um aditivo em janeiro, para que as melhorias solicitadas pelos bombeiros possam ser executadas. A liberação dada em 2015 tem validade de um ano.

3 Leite: sendo aprovado na Assembleia na próxima semana, a lei que regulamenta, entre outras coisas, a atividade do transportador tem previsão de sair do papel até o final de março há prazo de 90 dias após a publicação para a regulamentação. As multas previstas irão variar de R$ 700 a R$ 310 mil, conforme decreto em elaboração por técnicos.

4 Programa de carne: a ociosidade dos frigoríficos de carne bovina no Estado e as constantes reclamações da indústria da falta de matéria-prima alimentam a ideia de lançar um programa de reestruturação da pecuária gaúcha para 2016. O objetivo, explica Fernando Groff, assessor técnico especial da secretaria, é evitar a oscilação existente do número de animais para engorda dentro do Estado. No momento, está ainda em fase embrionária a partir de discussões com a Associação Brasileira de Indústrias Exportadoras de Carne e em paralelo à proposta de rastreabilidade debatida pela Federação da Agricultura do Estado. (Zero Hora)


Mapa divulga regras para isenção de PIS/Cofins a laticínios

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou na última quarta-feira (23) instrução normativa que estabelece os procedimentos a serem adotados por agroindústrias leiteiras interessadas em utilizar créditos presumidos do PIS/Cofins. O benefício fiscal, previsto no Programa Leite Saudável, será concedido a laticínios que apresentarem projetos de assistência técnica e melhoria da qualidade de produtos lácteos.

Em vigor desde 1º de outubro, o Programa Leite Saudável garante que as agroindústrias recuperem 50% da contribuição de 9,25% do PIS/Cofins incidente sobre a venda do leite in natura. Para serem beneficiados, os estabelecimentos devem destinar 5% desses recursos a projetos de investimento nos moldes estabelecidos pela Instrução Normativa 45, publicada na quarta. O Leite Saudável prevê que esses projetos de assistência técnica tenham foco em gestão agropecuária, boas práticas e melhoria da produtividade do rebanho leiteiro, além de melhoramento genético e educação sanitária.

Nos quase três meses de vigência do programa, mais de 100 projetos já foram enviados ao Mapa, num total de R$ 89,8 milhões contabilizados na forma de créditos presumidos de PIS/Cofins. Esses documentos serão analisados pelos técnicos e, caso se enquadrem no padrão estabelecido pela instrução normativa, poderão se habilitar a receber o benefício.

Procedimentos
A fim de padronizar os procedimentos para habilitação, análise e acompanhamento dos projetos, o Mapa instituiu um formulário modelo, que deve ser preenchido pelos laticínios e entregue a qualquer Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA). O formato do formulário e a relação de documentos exigidos podem ser acessados aqui. 

A agroindústria receberá uma habilitação provisória no momento em que protocolar o formulário automaticamente. Esse projeto será posteriormente analisado e fiscalizado pela SFA, que notificará a empresa na hipótese de haver alguma irregularidade. Neste caso, o interessado terá no máximo 30 dias para realizar as devidas adequações. Em seguida, a superintendência emitirá um parecer técnico conclusivo e encaminhará à Secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo do Mapa para aprovação. O Mapa, por sua vez, publicará a decisão final no Diário Oficial da União. Caso o projeto seja aprovado, a empresa deve, no prazo máximo de 30 dias, requerer a habilitação definitiva à Receita Federal do Brasil.

As superintendências realização a fiscalização da execução do projeto, por intermédio da avaliação dos relatórios e, sempre que a área técnica julgar necessária, por auditorias in loco. (As informações são do Mapa)


Laticínios deram suporte aos produtores em dificuldade

Dedicado há 34 anos à atividade leiteira, Ingo Weber, da região de Tapera, sempre teve interesse em trabalhar no sistema cooperativo. "Na cooperativa, temos força, técnicos, conseguimos negociar a produção", conta sobre o desejo que conseguiu realizar há um ano e meio, quando se associou à Cooperativa Santa Clara. Ele lembra que antes, quando entregava o leite para uma empresa do ramo, era obrigado a aceitar o preço que ofereciam. Weber já projeta expansão da produção, fruto do contexto mais favorável que encontrou como cooperado. "Entregamos 22 mil litros, mas nosso objetivo é chegar 35 mil em três meses." 

Aos 80 anos, o presidente da Cooperativa Santa Clara, Rogério Bruno Sauthier, é uma das pessoas que mais conhece o modelo cooperativista no Estado. "Como todas as empresas estão em evolução, as cooperativas prosperam da mesma forma. Quem aprimora sua gestão vai subsistir e crescer", avalia. "É um sistema bom, valoriza as pessoas, não só o capital." 

Neste ano, as cooperativas gaúchas do setor mostraram também o impacto social que promovem. No primeiro trimestre de 2015, quando o Estado enfrentava a crise de pagamento envolvendo as indústrias, 7 mil propriedades estavam fora da atividade por falta de pagamento. Nesse mesmo período, as cooperativas incluíram 3.310 famílias de produtores ao sistema, segundo a Ocergs. (Jornal do Comércio)

 
O Ministério da Agricultura estima que em 2016 a agropecuária brasileira deverá crescer de 1,5 a 2%. O desempenhé semelhante ao resultado de 2015, quando o setor teve expansão de 2%, na comparação com o ano anterior. Os ganhos de produtividade e a abertura de novas áreas agrícolas no país são apontados como responsáveis pelo crescimento. (Zero Hora)
 

 

    

 

         

Porto Alegre, 23 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.174

 

  A Produção de leite na Europa cresce, pesando sobre os mercados

A produção de leite na Europa continua subindo. Em outubro, foram 12,4 milhões de toneladas, 4,7% a mais (551.000 toneladas) em relação a um ano atrás, de acordo com a Eurostat. Muito deste crescimento veio da Irlanda (+117.000 toneladas, 27%); Holanda (+116.000 toneladas, 11%; e Alemanha (+84.000 toneladas, 3%). A captação na Holanda teve ouro crescimento em novembro (+135.000 toneladas, 14%).

No recente trabalho do US Dairy Council "Global Market Outlook" foi destacado que a Irlanda e a Holanda juntas, produzem mais leite que a Nova Zelândia. Assim sendo, o crescimento de dois dígitos da produção dos dois países do norte da Europa, cria significativo volume de estoques exportáveis.

O sistema de cotas vigorou no primeiro trimestre de 2015 na Europa e os produtores eram penalizados com multas. Desde então, no entanto, a produção tem crescimento rapidamente: Entre abril e outubro, a captação cresceu 2,9% em relação ao último ano, e 8,4%, em relação a dois anos atrás.

Mesmo diante da fraqueza do mercado global as principais indústrias europeias continuaram pagando os produtores mais de €30/100 kg, [R$ 1,37/litro] - um nível suficiente para muitos que estão encontrando preços de alimentação animal e combustíveis nos menores preços em seis anos. Na realidade, o preço do leite ao produtor aumentou ligeiramente, desde o último verão, garantindo processamento pleno em novas plantas.



Com mais leite do que o necessário, muito do excedente é transformado em leite em pó desnatado (SMP) e manteiga. Entre abril de setembro, a produção europeia de SMP cresceu 7,3% e a de manteiga 3,9%, quando comprada com 2014. Parte deste crescimento de produção está fazendo aumentar os estoques, incluindo os programas de intervenção governamental.

As compras públicas de intervenção foram retomadas no último mês, à razão de 1.710 toneladas de SMP por semana - elevando os estoques para 30.353 toneladas em 13 de dezembro. Atualmente o preço de intervenção é de US$ 1.847/tonelada, muito perto do valor comercial do SMP.

Estão saindo de 3.000 a 4.000 toneladas de SMP dos estoques do Programa de Ajuda ao Armazenamento Privado (PSA) por mês, apenas duas vezes mais são acolhidos, fazendo os estoques privados crescerem. Embora a contribuição da Irlanda para os excedentes deva desacelerar nos próximos meses, quando o país entrará no período de baixa temporada, a previsão é de que a produção de leite na União Europeia (UE) continuará se expandindo em 2016. A maioria das projeções apontam para algo em torno de 0,8% e 1,2% a mais que em 2015.

O crescimento deverá manter-se forte, especialmente na Irlanda. A agência de desenvolvimento agroalimentar da Irlanda, Teagasc, projeta expansão de 7% na produção de irlandesa, em 2016. Com o excesso de leite nos mercados globais, o superávit europeu pesará sobre os preços das commodities mundiais no próximo ano. Isto irá manter a pressão competitiva sobre os exportadores norte-americanos em 2016. O USDEC projeta a manutenção das condições dos mercados globais de lácteos, com preços oscilando em níveis abaixo dos verificados nos últimos cinco anos. (USDEC/Tradução Livre: Terra Viva)
 
 
GO: falta de chuva pode acarretar prejuízo de R$ 448 mi em Goiás, diz Faeg

A falta de chuva tem afetado prejudicialmente as plantações de soja e outras culturas nos municípios do centro-norte de Goiás. De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), a estimativa de perda chega a 20% nessas regiões e um total de 4,2% em todo o estado. Em valor, a previsão é cerca de R$ 448 milhões em prejuízos em Goiás. Preocupada com essa situação, a entidade convocou uma reunião emergencial, que acontece nesta terça-feira (22) às 9h30 da manhã, na cidade de Porangatu. Na ocasião, estarão presentes os produtores dos municípios afetados e representantes do setor, que juntos devem buscar medidas e soluções diante do grave problema.

Para o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, a preocupação da Federação vem ao encontro dos graves problemas no que diz respeito a falta de chuva nessas regiões, seguidas pelas consequências do fenômeno El Niño. "Convocamos essa reunião durante um período de extrema preocupação tanto para a Faeg, quanto para os produtores rurais, principais afetados nessa situação. Nosso maior objetivo é discutir os efeitos negativos perante esses problemas e buscar mediadas emergências para que mais produtores não sejam tão afetados", destaca.

O presidente lembra, que Goiás enfrenta o terceiro ano consecutivo com problemas climáticos, com chuvas bem abaixo da média esperada. "E esse ano, as consequências para o Norte do estado, foram maiores. Com isso, muitos municípios estão sendo castigados por uma forte seca e um período longo de estiagem". Segundo Schreiner, esses fatores, prejudicam gradativamente a agricultura e a pecuária do estado.

A reunião também servirá para levantar informações sobre as principais culturas afetadas, além de discutir medidas como por exemplo, a importância do seguro rural, perante essas situações. Todos estão convidados para participarem e levantar novas soluções para diminuir os danos da agricultura e agropecuária de Goiás. (As informações são da FAEG)

Ligeira alta nos preços dos lácteos no mercado internacional

No leilão de número 154 da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado na segunda quinzena de dezembro, os produtos lácteos terminaram cotados, em média, em US$2,5 mil por tonelada.

Em relação ao evento anterior, houve aumento de 1,6%. Foi a segunda alta consecutiva. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o preço médio caiu 5,8%. No caso do leite em pó, o preço médio ficou em US$2,3 mil por tonelada, uma alta de 2,0% frente ao leilão da primeira quinzena de dezembro.

Neste cenário de aumento da produção de leite na Europa, Oceania e Estados Unidos e de demanda desaquecida, principalmente por parte da China, as empresas participantes vem ajustando a oferta de produtos lácteos nos leilões, o que tem dado sustentação as cotações de alguma maneira. Porém, a expectativa no mercado internacional é de uma maior movimentação a partir de meados de 2016. (Scot Consultoria)

Palmitinho desenvolve programa de incentivo à atividade leiteira

Com a proposta de incentivar e desenvolver a cadeia produtiva de leite no município de Palmitinho a Emater/RS-Ascar, em parceria com a Prefeitura e a Associação dos Produtores de Leite de Palmitinho (Aprolpal), lançaram em 2013 o Programa Mais Pasto Mais Renda. Após realizar capacitações aos produtores, na manhã de ontem (21), foi feita a entrega do calcário, adubo e da ureia para correção e melhoramento do solo aos agricultores familiares dispostos a implantar ou recuperar um hectare de pastagem perene.

O objetivo do Mais Pasto Mais Renda é incentivar a implantação de pastagem perene para produção de leite, assim como o uso de adubação em pastagens, ampliar a produção de pasto por área e, consequentemente, aumentar a renda da unidade de produção familiar. Os produtores receberam os insumos conforme análise de solo, seguindo um critério técnico, levando em conta o solo e a pastagem a ser implantada ou recuperada.

"O Mais Pasto Mais Renda é um Programa que utiliza recursos do Estado e do município e contempla agricultores familiares com interesse de implantar ou recuperar um hectare de pastagem perene. O Programa fornece insumos conforme a necessidade de cada solo, calculado por análise, para correção e melhoramento da fertilidade do solo", explicou o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Jeferson Vidal Figueiredo.

Ao todo, são 168 famílias de agricultores beneficiadas com o Programa. A aquisição das 1,2 mil toneladas de calcário foi realizada com 50% do recurso do Estado e outros 50% subsidiados pela Prefeitura, um total de R$ 120 mil. O adubo e a ureia foram adquiridos com recursos do Estado, 80%, e do município, 20%, uma soma de R$ 170 mil.

O ato de entrega dos insumos contou com a presença prefeito de Palmitinho, Luis Carlos Panosso, do secretário Municipal da Agricultura, Leandro Albarello, do gerente adjunto do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, Mario Coelho da Silva, e demais lideranças locais. (Fonte: Emater/RS)

Conseleite/GO

Em busca de uma maior transparência na publicação dos preços reais de leite praticados no mercado goiano, e de soluções conjuntas para os principais gargalos relacionados ao setor lácteo, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), juntamente com o Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Goiás (Sindleite) e produtores dos quatro cantos do estado, retoma as discussões relacionadas à criação do Conseleite, uma associação civil que reúne, de forma paritária, produtores de leite de Goiás e as indústrias de laticínios que processam a matéria-prima.

Desde o ano de 1998 a Federação tenta implantar em Goiás um conselho para a área do leite, com base nas delimitações do Conseleite do estado do Paraná, porém, naquele período, as indústrias goianas não se mostraram favoráveis à criação. Como a manutenção do conselho requeria um custo mensal, o gerente de Assuntos Técnicos e Econômicos da Faeg, Edson Alves, explica que na época a Federação chegou a oferecer o pagamento de parte desse valor e o restante ficaria a cargo das indústrias, mas nada foi acertado e o diálogo acabou estagnado. Com a retomada das discussões, o futuro Conseleite de Goiás seguirá, como supracitado, boa parte das configurações do Conselho do Paraná. Sob essa perspectiva, utilizará uma metodologia de cálculo desenvolvida pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), sendo que a nível goiano poderá ser executada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) ou pela Universidade Federal de Goiás (UGF). (FAEG)

AL adia votação do PL 414
Por falta de quórum, a Assembleia Legislativa não votou ontem o projeto de lei (PL) 414, que prevê regras para a coleta e transporte de leite no Estado. A apreciação ficou para a próxima semana e poderá ocorrer nos dias 28, 29 ou 30, em sessão extraordinária que será convocada pelo governo. Esta é a segunda vez que a votação da proposta é adiada. "A política é a arte de negocia- ção", disse o deputado Gabriel Souza, responsável por articular o PL com as entidades ligadas ao setor lácteo. O parlamentar vai solicitar preferência e se disse confiante de que o texto será votado ainda em 2015. (Correio do Povo)
 

 

    

         

Porto Alegre, 22 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.173

 

  Ajuda da tecnologia para atestar a qualidade do leite
Uma iniciativa que reúne pesquisadores, transportadores e a indústria de laticínios no Rio Grande do Sul visa a combater fraudes no leite e resgatar a confiança do consumidor, abalada após sucessivas prisões de fraudadores nas operações Leite Compen$ado, do Ministério Público Estadual.

A partir de janeiro, entrará em teste o projeto Metodologia de Coleta Automática de Leite, desenvolvido pela Embrapa Clima Temperado, em Pelotas, em parceria com o sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat) e a Cooperativa Sul-Riograndense de Laticínios Ltda (Cosulati).

As ações do MP revelaram que parte da adulteração no leite ocorre entre a saída do alimento das propriedades rurais e a chegada às indústrias. Pelo projeto, serão acoplados em caminhões de transporte medidores eletrônicos de vazão, reduzindo o contato manual com o leite (veja detalhes no quadro).

- O sistema auxiliará a garantir a segurança do produto - garante a coordenadora do projeto, Maira Zanela, pesquisadora da Embrapa.

Ao apresentar detalhes da proposta, Clenio Pillon, chefe-geral da Embrapa em Pelotas, afirmou se tratar de uma ação pioneira no Brasil, quarto maior produtor mundial de leite.

- A metodologia garante transparência no processo de produção. A sociedade cobra aplicar a rastreabilidade na produção de alimentos. É um caminho sem volta. Quem tiver mais visibilidade, terá vantagem em competitividade. Nosso leite tem qualidade e há espaço para qualificá-lo ainda mais.

O secretário estadual da Agricultura, Ernani Polo, lembra da nova legislação do leite, em pauta na Assembleia Legislativa - e que poderá ser votada nesta semana.

- Tivemos problemas por causa de pessoas que prejudicaram milhares de famílias que tiram do leite o seu sustento. Temos lacuna na legislação, e a lei permitirá determina melhor controle em todas as etapas da produção.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, lembra o quanto custa construir uma marca. E afirma que o momento vivido pelo setor é o ideal para fazer uma revolução:

- O projeto é bom para o produtor, ótimo para o transportador e indústria e melhor ainda para o consumidor.

SAIBA MAIS:

As diferenças de manuseio no transporte de leite:
A COLETA
- Produtor ordenha vacas e acondiciona o leite em compartimento resfriado. Pode ficar ali por, no máximo, 48 horas.
- Ao buscar o leite, o transportador mistura em um frasco uma porção de leite com álcool para testar se não talhou (em caso positivo, não poderá levar para a indústria). Nem sempre o transportador é um profissional habilitado para o transbordo do leite. É comum a operação ser conduzida pelo próprio caminhoneiro.
MODO MANUAL
- Com uma régua, mede o volume de leite.
- Conecta mangueira de sucção para transferir o leite até o tanque refrigerado do caminhão. Em um recipiente, coleta uma amostra a ser entregue à indústria. Isso é importante porque o caminhão recolhe leite em dezenas de produtores, em caso de anormalidade no conteúdo do tanque do caminhão, é possível identificar a origem do problema.
MODO AUTOMÁTICO
- O transportador não manipula o leite. O caminhão é equipado com um medidor automático de vazão, composto por um computador de bordo que mede o volume de leite e está conectado a um GPS. Ali são inseridos dados do produtor. Se o caminhão não estiver na propriedade correta, o equipamento não permite a retirada do leite.
- O transportador lança os dados no computador e conecta a mangueira de captação. A mangueira passa por um compartimento refrigerado, no qual goteja amostra do leite em frascos de 40 ml, etiquetado com código de barras que identifica o produtor. A amostra é entregue à indústria para, se houver anormalidade no conteúdo, saber a origem do problema.
- Ao final da coleta, informações registradas pelo computador como volume de leite, horário e temperatura da coleta, dados do produtor, do transportador e da indústria são transferidas, via internet, para a indústria. Um extrato é entregue ao produtor.
O PROJETO
- A coleta automatizada é um experimento desenvolvido pela unidade da Embrapa Clima Temperado, em Pelotas, em parceria com o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat) e a Cooperativa Sul-Riograndense de Laticínios Ltda (Cosulati).
- Medidores automáticos serão acoplados a cinco caminhões que transportam leite para a Cooperativa Sul-Riograndense de Laticínios Ltda (Cosulati), que fica quase ao à sede da Embrapa.
OBJETIVO
- Comparar o processo de coleta manual com a automática, visando a garantir a qualidade do leite e reduzir risco de fraude.
TESTES
- O sistema estará sob avaliação, a partir de janeiro, durante dois anos. Serão feitas três tipo de coleta: manual por um transportador, manual por um técnico da Embrapa e automática com o equipamento. Serão avaliados o tipo de tanque de armazenagem, variações de temperatura e até as condições das estradas, entre outros quesitos. O Ministério Público será convidado a acompanhar os testes. Ao final, dependendo dos resultados, a Embrapa fará recomendações técnicas.
CUSTO
- Os testes custarão R$ 500 mil, sendo R$ 360 mil bancados pelo Sindilat e o restante, pela Embrapa.
- Medidores automáticos de vazão são fabricado no Brasil e no Exterior. O custo varia entre R$ 60 mil e R$ 150 mil. À medida que o projeto se consolidar, a ideia é que o sistema seja acoplado a todos os caminhões de coleta de leite. Os custos deverão ser compartilhados entre produtores, transportadores e laticínios, contando, também, com desoneração de impostos.
O LEITE NO ESTADO, NO BRASIL E NO MUNDO
- Nos últimos 10 anos, a produção de leite cresceu 98% no Rio Grande do Sul - o segundo maior produtor do alimento no país, atrás apenas de Minas Gerais -, o dobro do crescimento médio no país.
- São cerca de 100 mil famílias dedicadas à atividade com impacto na economia em 95% dos municípios gaúchos.
- No Rio Grande do Sul, em média, são ordenanhados, de uma vaca, 3 mil litros por ano - a média nacional é 1,5 mil litros.
- Nos Estados Unidos, maior produtor mundial de leite, são ordenhados 9,6 mil litros de uma vaca anualmente. O segundo país no ranking é a Indía, seguido da China e do Brasil, quarto colocado.
(Zero Hora)
 

 
Estados inadimplentes poderão receber verba para defesa agropecuária

Os estados e o Distrito Federal poderão receber recursos para defesa agropecuária mesmo se estiverem inadimplentes com a União. A mudança, comemorada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), foi possível graças a um decreto da presidenta Dilma Rousseff, publicado nesta terça-feira (22), que inclui as atividades de vigilância, inspeção e fiscalização vegetal e animal como ações sociais voltadas à proteção da saúde e da segurança alimentar.

Desde o primeiro semestre, a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) vem procurando, juntamente com a Casa Civil e com o Ministério da Fazenda, uma solução para viabilizar o repasse a estados impedidos de receber a verba por estarem inadimplentes. O investimento na defesa agropecuária é uma condição para garantir a saúde dos consumidores e a inocuidade dos alimentos. Por isso, tem sido tratado como prioridade pela atual gestão.

Com o Decreto 8.613, publicado no Diário Oficial da União, as pendências financeiras de estados, municípios e do DF no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) e no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) não impedem mais o repasse de recursos federais para defesa agropecuária. O dispositivo modifica o decreto que organiza o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).

Em 2015, o Mapa pôde enviar verba para custeio e investimento em defesa agropecuária a nove estados que estavam adimplentes, num total de R$ 30,5 milhões. Com a nova regra, os repasses serão maiores e mais sucessivos, afirmou a ministra.

"Com a medida, o Mapa poderá trabalhar com repasses mais contínuos, diminuindo muito os riscos de interrupção das ações de defesa agropecuária, tema que é a prioridade um do ministério. À medida que os estados gastarem os recursos, enviaremos mais", comemorou a ministra.

Garantia de sanidade

O Mapa atua em várias frentes para assegurar a sanidade dos produtos agropecuários brasileiros. Em maio, a ministra lançou o Plano de Defesa Agropecuária com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável do agronegócio, garantindo a preservação da vida e da saúde, segurança alimentar e acesso a mercados.

A fim de cumprir as metas do plano, a pasta trabalha para tornar 100% do país livre da febre aftosa e para que mais 14 estados consigam o status de zonas livre de peste suína clássica. O Mapa vai pleitear esses reconhecimentos junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em maio de 2016.

Além disso, o ministério lançou em novembro o Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária na Faixa de Fronteira, que prevê R$ 125 milhões em cinco anos para o fortalecimento de ações sanitárias e fitossanitárias nos 15,7 mil quilômetros de fronteira brasileira. (MAPA)

Seis fatores que influenciarão o mercado de lácteos dos Estados Unidos em 2016

O Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC) identificou seis fatores que influenciarão a oferta, a demanda e a capacidade da indústria de lácteos dos Estados Unidos a competir no mercado internacional no próximo ano. São eles:

1. Um mundo com muito leite

Por meses, o USDEC disse que o crescimento da produção de leite pelos exportadores mundiais precisa cair para se adequar aos menores níveis de compra na China e na Rússia.

Apesar das compras muito reduzidas da China e da Rússia e do declínio nos preços ao produtor, a produção de leite para muitos permaneceu suficientemente lucrativa para baixo, mas não impediu importantes aumentos no crescimento da oferta líquida. A produção de leite dos cinco maiores fornecedores - União Europeia (UE), Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e Argentina - aumentaram em 2% de abril de 2015 (depois da remoção das cotas de produção de leite da UE) até setembro. O USDEC estima que a produção no quarto trimestre de 2015 desses cinco países mostrará um aumento de cerca de 1%.

Os fluxos de leite estão desacelerando, mas não rápido o suficiente para dar conta do declínio na demanda. Entrando em 2016, grandes questões sobre a oferta incluem:
Qual será o impacto do El Niño (e subsequente La Niña?) na produção, particularmente na Oceania?

Os processadores da Europa continuarão pagando a seus produtores o suficiente para conter a contração?

A produção de leite na China continuará aumentando, mesmo diante da redução dos investimentos no setor, mitigando, dessa forma, a necessidade de importações?

2. Mudando o mix de produtos

Nesse ano, a Nova Zelândia mudou estrategicamente seu mix de produtos para reduzir a dependência do comércio de leite em pó integral com a China. Similarmente, a UE redirecionou o leite que era destinado às vendas de queijos à Rússia. Ambos os gigantes de exportação entraram de forma mais pesada no mercado de leite em pó desnatado e manteiga, aumentando os esforços de marketing de exportações e aumentando sua presença em importantes mercados dos Estados Unidos, incluindo Sudeste da Ásia, Coreia do Sul, Japão, Oriente Médio e até México.

A competição intensificada em queijos, leite em pó e outros produtos ocorreu rapidamente. A Nova Zelândia, de fato, exportará aproximadamente o mesmo volume de queijos nesse ano que os Estados Unidos, depois de esse país ter alcançado o papel de "maior exportador de queijos do mundo" em 2013.

Considerando que não haja mudanças no embargo russo ou nos hábitos de compra da China em 2016, para onde a UE e a Nova Zelândia direcionarão sua oferta de leite, bem como seus investimentos na capacidade de processamento?

Durante os últimos anos, importantes processadores europeus investiram centenas de milhões de dólares em plantas para secagem de leite em pó e proteínas do soro do leite. O investimento da Nova Zelândia tem mudado de leite em pó para produtos com valor agregado, como lactoferrina, leite UHT, concentrado de proteína do leite e queijos.

3. Crescimento econômico da China

O crescimento econômico direciona o consumo de lácteos. Os sinais econômicos para o ano que vem são decentes - o Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta um ganho respeitável de 4,5% no PIB para mercados emergentes e em desenvolvimento em 2016, meio ponto a mais do que a estimativa desse ano, de 4%.

Entretanto, a agitação política, os menores preços do petróleo em seis anos e as preocupações sobre a economia da China criaram um risco significativo de queda. A economia chinesa mais fraca (o que a China está chamando de "o novo normal") traz uma preocupação particular, não somente para seu impacto no consumo doméstico, mas também, em como isso afetará as economias (e o consumo) no Sudeste da Ásia, Japão, Coreia e o restante do mundo.

Algumas coisas para se ter em mente:

O crescimento do PIB da China está ainda expandindo a uma taxa maior do que 6% e um crescimento de 6-7% na economia do tamanho da China realmente leva a maiores ganhos gerais do que o crescimento de duplo dígito de uma década atrás, quando o PIB da China era menor.

Apesar dos sinais de perigo nos setores de bancos, processamento e outros setores, os gastos dos consumidores chineses permanecem fortes. De fato, essa é a melhor parte da economia, um sinal positivo para os esforços da administração para converter de uma economia baseada em exportação em uma baseada no consumo privado.

A China está tomando medidas para apoiar o crescimento do consumo, como remoção da política de filho único e fazendo um lobby bem sucedido para que o FMI conceda o status de moeda de reserva do yuan, uma medida que alguns analistas dizem que ajudará a direcionar mais reformas para facilitar uma economia de consumo.

4. Mudanças rápidas nas leis e regulamentações

O USDEC vem trabalhando com autoridades chinesas para implementar novos requerimentos de registro de plantas de lácteos para fornecer produtos para importação desde maio de 2014. Atualmente, a China está avaliando os resultados das auditorias de plantas conduzidas no verão passado. A situação é um exemplo perfeito do tempo e do esforço requerido para cumprir com os requerimentos reguladores externos e facilitar o contínuo crescimento das exportações de lácteos dos Estados Unidos.

As nações que representam cerca de metade da população mundial estão em processo de reescrever suas leis de segurança alimentar. Isso não inclui países que podem estar estreitando seus sistemas de indicações geográficas ou contemplando regulamentações nutricionais ou de rotulagem. Essas questões ganharão espaço em 2016, incluindo a revisão de certificado sanitário da Turquia e o sistema de registro de plantas na Coreia do Sul. Qualquer mudança nos regimes regulamentadores existentes têm potencial a afetas as exportações de lácteos dos Estados Unidos. Não há dúvidas, haverá mais em 2016.

5. Crescimento na confusão nos acordos internacionais comerciais

O USDEC ainda está analisando mais de 6.000 páginas do rascunho da Parceria Trans-Pacífico (TPP) que determinarão os impactos do acordo nas previsões comerciais da indústria de lácteos. Não importa a avaliação final, do ponto de vista dos lácteos, esse acordo não alterará o fato de que os Estados Unidos precisam continuar agressivos nas negociações de acordos comerciais que beneficiam os lácteos dos Estados Unidos para aumentar sua competitividade global.

Em 20 de dezembro, os ALCs entre Austrália/China, Nova Zelândia/Coreia do Sul deverão entrar em vigor e impulsionarão a competição da Oceania em dois importantes mercados dos Estados Unidos no ano novo.

Sem contar a TPP, Austrália, Nova Zelândia e União Europeia (UE) combinados estão atualmente negociando ALCs com mais de 40 países, incluindo outros grandes compradores dos Estados Unidos. Não somente o acesso ao mercado de lácteos é uma prioridade para todos os três, mas a UE está usando acordos comerciais para transferir seu regime restritivo e indicação geográfica para o máximo de países possível, criando barreiras de acesso a mercados para o comércio de queijos dos Estados Unidos.

ALCs bem negociados levam diretamente a ganhos em exportações dos Estados Unidos. Uma análise dos 18 ALCs dos Estados Unidos por Peter Vitaliano, da Federação Nacional de Produtores de Leite (NMPF) indica que os acordos adicionaram quase US$ 6 bilhões às exportações dos Estados Unidos em 2004-2014 (em vendas de produtos). Há muito ganhos com negociações de ALCs e muito a perder ao ficar de fora, enquanto os concorrentes fazem seus próprios acordos.

À medida que nossos competidores continuam avançando agressivamente, cabe a nós garantir que estamos fazendo isso bem - particularmente com importantes parceiros comerciais que precisam de importações de lácteos.

6. O aumento do dólar americano

O dólar dos Estados Unidos se valorizou 11-15% contra as moedas de seus três principais concorrentes - Austrália, União Europeia (UE) e Nova Zelândia - durante 2015. Um impulso iminente às taxas de juros dos Estados Unidos poderiam direcionar o dólar para cima nos próximos meses. Para as exportações de lácteos dos Estados Unidos, essas não são notícias exatamente boas, mas é importante manter as taxas de câmbio em perspectiva.

Apesar de a moeda ter um papel no comércio de lácteos, esse papel é secundário por muitos outros fatores, com a oferta e a demanda no topo da lista. A principal área de preocupação para o aumento do dólar é o potencial impacto que tem na demanda de importantes nações importadoras. Como o comércio de lácteos é denominado em dólares dos Estados Unidos, um dólar forte pode aumentar os preços de importação que eventualmente buscarão seu caminho até os consumidores e potencialmente deterão o consumo. Isso podem prejudicar o crescimento da demanda e seria ruim para os exportadores de lácteos de todos os países. (As informações são do USDEC, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Uruguai 

Entre janeiro e novembro de 2015 o preço do leite aos produtores caiu 15,7% em pesos e 31,2% em dólares segundo dados do Instituto Nacional de la Leche (Inale). A queda dos preços é reflexo da complexa situação que atravessa o setor e explica porque em novembro o abate de vacas de leite cresceu 3,7% em relação a outro de 2015 e porque está 4,7% acima dos abates realizados em novembro de 2014. No acumulado do ano, até novembro, foram 15.630 vacas de leite para o abate. Não somente o Uruguai perde matrizes de leite, ocorre o mesmo na Nova Zelândia: neste caso não se via o fenômeno havia décadas. Segundo dados do Inale, no mês passado o preço médio ao produtor ficou em 7,64 pesos/litro, [R$ 1,05/litro], que em dólares representa US$ 0,26, porque em novembro o câmbio subiu 0,7% e acumula um aumento anual de 22,5%. (El País - Tradução Livre: Terra Viva)

Venezuela 
No acumulado do ano o Brasil exportou leite em pó para a Venezuela em um valor total de US$ 211.835 milhões ao preço médio de US$ 5.680/tonelada. Estes são os dados da Alfândega aos quais a Conexión Agropecuaria teve acesso. De acordo com dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em novembro o Brasil exportou um total de US$ 37,1 milhões em produtos lácteos, 12,7% mais que no mês anterior. Em volume as vendas de novembro totalizaram 8.700 toneladas diante das 7.500 toneladas de outubro. O produto mais exportado foi o leite em pó, com 7.600 toneladas no valor total de US$ 34,5 milhões. Os principais compradores foram: Venezuela, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. Em comparação com o mesmo período de 2014, tanto em volume como em valores as exportações subiram 31,5% e 23,9%, respectivamente. (Blasina y Asociados - Tradução Llivre: Terra Viva)

    

Porto Alegre, 21 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.172

 

  Conseleite indica queda do leite em 2015

Balanço anual divulgado na manhã desta segunda-feira (21/12) pelo Conselho Estadual do Leite (Conseleite) indica que 2015 foi de retração de preços e dificuldade ao produtor e à indústria. Em valores corrigidos pelo IPCA, o preço do litro do leite referência caiu 8,5% no último ano, passando de R$ 0,9286, em 2014, para R$ 0,8492, em 2015. A redução é ainda mais expressiva se levar em conta o valor de 2013, quando o leite valia R$ 0,9837. O presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, ponderou que a situação é ainda mais delicada em função do aumento expressivo de custos verificado ao longo deste ano, o que foi impulsionado pela valorização do dólar.

Em relação, especificamente, a dezembro de 2015, o Conseleite projeta leve queda de 1,33% no preço do leite. O preço de referência estimado para o leite padrão é de R$ 0,8405 frente ao consolidado de novembro, que ficou em R$ 0,8519. Os números refletem a tradicional redução de final de ano. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, anualmente o preço tende a cair nessa época do ano. "É quando o comércio está mais focado em comprar produtos festivos", pontuou.

A análise dos dados também permite constatar o aumento da produção de leite em pó nas indústrias do Rio Grande do Sul. Em 2015, o produto absorveu 35,23% do leite captado no Estado, valor que, em 2008, era de apenas 10%.  Por outro lado, houve uma redução da fatia de leite UHT, que passou de 60% (em 2008) para 49,4% (em 2015). "O leite em pó se pode estocar. Dá uma vida maior ao mercado", ponderou Rodrigues.

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ - Novembro de 2015.

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)
 
A Tabela 2 mostra os valores projetados para o preço de referência no mês de dezembro de 2015, tanto do preço de referência do leite padrão quanto dos preços de referência acima e abaixo do leite padrão.
 

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ - Dezembro de 2015.
 

Legenda: Alexandre Guerra em reunião do Conseleite nesta segunda-feira (21/12)
Crédito: Carolina Jardine/ Divulgação


 
Reunião de associados debate cenário de 2016
Reunidos na sede do Sindilat na tarde desta segunda-feira (21/12), associados debateram as projeções de mercado para 2016 e os desafios a serem atingidos. Lideranças das principais indústrias de laticínios gaúchas avaliaram o impacto do aumento da carga tributária, de ICMS e do custo das embalagens nas finanças do próximo ano. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, pontuou a relevância de manter a competitividade dos laticínios para assegurar atividade em um ano que se avizinha com cenário de crise.

A reunião também marcou a aprovação de contas de 2015 e a previsão orçamentária de 2016. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, pontuou a agenda de feiras e eventos onde o Sindilat estará presente. O presidente Guerra ainda pontuou o avanço do projeto realizado em parceria com a Embrapa Clima Temperado pra avaliação de medidores de vasão, medida que foi alvo de encontro neste mês em Pelotas. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Rebanho leiteiro da Nova Zelândia encolhe com fim do "boom" do leite

O rebanho leiteiro da Nova Zelândia caiu pela primeira vez em uma década à medida que o fim do boom do leite levou os produtores a abater os animais para reduzir os custos de produção.

Os preços globais dos lácteos caíram em 65% em termos de dólar dos Estados Unidos entre fevereiro de 2014 e agosto de 2015, devido à maior oferta, às sanções às importações impostas pela Rússia e à menor demanda chinesa. Os preços aumentaram desde os baixos valores alcançados em agosto, mas continuam bem abaixo das médias de longo prazo.

O número de gados leiteiros da Nova Zelândia caiu para 6,4 milhões em junho, de acordo com dados oficiais, uma queda de cerca de 300.000 com relação ao ano anterior e a primeira redução anual desde 2005. Os dados foram divulgados à medida que o Reserve Bank of New Zealand alertou na terça-feira que metade dos produtores de leite do país teve perdas em 2014-15, levando o banco a emprestar ao setor 10% mais, para NZ$ 40 bilhões (US$ 27 bilhões). Quatro em cinco produtores deverão ter fluxos de caixa negativos em 2015-16.

O Banco Central está preocupado com a exposição dos bancos ao setor leiteiro, que passou por uma expansão rápida na última década à medida que os produtores buscaram suprir a crescente demanda por leite da China.

No mês passado, o RBNZ pediu aos cinco maiores credores ao setor que testassem a estabilidade de seus empréstimos ao setor de lácteos. Uma desvalorização do dólar neozelandês ajudou a amortecer as quedas afiadas nos preços dos lácteos, mas o RBNZ está falando para os principais bancos garantirem que estão fazendo provisões realistas para refletir um aumento esperado nos empréstimos causados pelos persistentes preços baixos dos lácteos.

 

O economista rural do ANZ Bank, Con Williams, disse que os produtores estavam reconfigurando seus negócios para reduzir os custos de produção, que envolveram abate de vacas de baixo desempenho e foco nas pastagens ao invés de nas rações. "Isso, combinado com uma forte redução em novas conversões para a produção leiteira [onde os produtores mudam seu foco de produção primário para produzir leite] levaram à queda nos números dos rebanhos".

O Ministério de Indústrias Primárias da Nova Zelândia disse na terça-feira que espera que a produção de leite caia em 7% em 2015-16. Porém, o Ministério previu que os preços se recuperarão no final de 2016 e no começo de 2017 à medida que a demanda aumenta.

A crise do setor leiteiro segue o forte desempenho da economia da Nova Zelândia nos últimos anos, que permitiu que o governo do primeiro ministro, John Key, equilibrasse seu orçamento em 2015.

Na terça-feira, o governo previu um déficit de orçamento de 0,2% do produto interno bruto. Porém, a expectativa é que haja períodos melhores, projetando uma recuperação no crescimento econômico para 2,4% em 2017, depois de cair em 2,1% em 2016 e 3,2% nesse ano. O Ministério de Indústrias Primárias disse que o crescimento nas exportações de carnes, lã, horticulturas e silvicultura compensarão pelos fracos preços dos lácteos, permitindo que as exportações agrícolas alcancem NZ$ 37,6 bilhões (US$ 25,41 bilhões) no final do ano que termina em junho de 2016, NZ$ 1,9 bilhão (US$ 1,28 bilhão) a mais do que no ano anterior. As informações são do The Financial Times.

Em 17/12/15 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,67599
1,47931 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)

Produtores uruguaios admitem desilusão nos negócios com a Venezuela

O presidente da Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL), Rodolfo Braga, disse que o negócio de lácteos à Venezuela "gerou expectativas no setor em um momento difícil", mas admitiu que a operação não foi como esperava.

"A realidade mostra que das 44 mil toneladas de leite em pó que foram distribuídas à Conaprole, foram exportadas 24 mil", e disse que dos US$ 90 milhões previstos "apenas receberam US$ 12 milhões".

Braga disse também que a situação preocupa os produtores, porque "havia certa tranquilidade de que essa operação estava avaliada pelo governo. No entanto, o dinheiro não chega e não haverá capacidade na indústria para alterar o preço ao produtor para alcançar uma rentabilidade mínima".

Além do negócio da Conaprole, o acordo incluiu a venda de queijos da Calcar, Pili e Claldy, onde já foram exportadas 4.275 toneladas - um terço do total - por US$ 21,8 milhões.

Braga disse que o setor leiteiro terá que reformular sua gestão econômica e produtiva com vistas ao próximo ano, como consequência da debilidade das margens do negócio e a expectativa de preço do leite enviado às indústria, que se verão reduzidos pela finalização do fundo de estabilização da Conaprole nos próximos meses.

Braga disse que o produto poderá continuar trabalhando, ainda que com uma margem crítica de rentabilidade, à medida que a capacidade do Banco da República (BROU) permita isso através do terceiro fundo leiteiro ou com outro tipo de assistência.

O dirigente admitiu que esse ano tem sido muito difícil pela adversidade climática, que incluiu uma seca importante e uma queda muito forte dos preços internacionais dos lácteos, assim como também o aumento pronunciado do dólar afetou os custos de produção e obrigou finalmente a recorrer ao novo fundo de financiamento para o setor.
Braga explicou que, como consequência, o setor tem que reprogramar-se com vistas ao próximo ano, sobretudo frente a uma nova realidade econômica do setor que tem que ter uma capacidade de pagamento ao futuro e de forma sustentável com a nova realidade de preço dos mercados.

Braga disse que o Uruguai é tomador de preços de um mercado ao qual exporta mais de 70% de sua produção, de forma que se espera com certa ansiedade que haja sinais positivas dos preços, que estão muito reduzidos. O dirigente advertiu que a ANPL fará as gestões necessárias para que o custo país incida o menos possível na produção.

No atual marco de dificuldades do setor leiteiro, é necessário considerar o endividamento que existe no setor. Por isso, os produtores serão obrigados a buscar uma maior produtividade, destacou o Braga. "Necessariamente terão que tratar de ser economicamente viáveis, há que maximizar os recursos e gerar economia onde for possível para ter uma equação econômica apropriada". (As informações são do El Observador.)

A partir de janeiro, Leite Dália terá selo em apoio ao Instituto do Câncer Infantil do RS
A partir do mês de janeiro de 2016, o consumidor que adquirir qualquer versão do Leite Dália estará contribuindo com o Instituto do Câncer Infantil (ICI) do RS. O acordo comercial entre a Dália Alimentos e a entidade foi assinado na terça-feira, dia 15 de dezembro, na nova sede do instituto, em Porto Alegre. O documento formaliza que parte do valor obtido com a compra de cada litro de Leite Dália seja revertido ao Instituto do Câncer Infantil. Fará parte da campanha toda linha de Leite Dália - integral, desnatado, semidesnatado e zero lactose - nas embalagens com as versões basic e edge (tampa rosca). Para sinalizar a campanha, cada caixinha estará identificada com o "Selo da Coragem", que representa a causa e a missão do ICI, através da imagem de um leão. O slogan é "Com o Pouquinho de Muitos Somamos Milhões." (Assessoria de Imprensa Dália Alimentos)
 

 

    

         

Porto Alegre, 18 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.171

 

  Preços/SC

De acordo com o Conseleite/SC, os valores nominais pagos aos produtores de leite de Santa Catarina, em novembro, foram os maiores para um mês de novembro, supera o preço do mês anterior, e é quase 17% maior que o verificado em novembro de 2014. Curiosamente, contraria a tradicional queda sazonal, que, normalmente, começa em julho, e vai até janeiro do ano seguinte. A projeção de dezembro sinaliza para novos aumentos de preços, fazendo com que o ano encerre aproximadamente, com a média de R$ 1,0195/litro. A maior média já registrada no estado. (FAESC)


 
Dólar e clima seguram preço ao produtor

O grande volume de chuvas na primavera e a desvalorização do real frente ao dólar são fatores que vão contribuir para o equilíbrio entre a oferta e o consumo de leite no Estado, cenário que indica uma tendência de estabilidade no preço pago aos produtores. Nesta época, eles estão recebendo, em média, R$ 0,90 pelo litro de leite, um pouco acima do valor projetado pelo Conseleite para novembro, de R$ 0,8367. Entretanto, os preços praticados variam de R$ 0,75 a R$ 1,10, de acordo com a região e qualidade da matéria-prima entregue à indústria. O câmbio é um dos fatores que contribuem para a manutenção do preço, que geralmente cai no final do ano.

Com a moeda norte-americana valorizada, houve menor entrada de leite dos países do Mercosul, como Uruguai e Argentina, o que reduziu a oferta. Outro motivo é a condição climática, que prejudicou as pastagens no Estado e, consequentemente, o volume e a qualidade do leite produzido. 

O presidente do Conseleite e da Comissão de Leite da Farsul, Jorge Rodrigues, alerta para a possibilidade de detecção de leite instável não ácido, que se caracteriza por ser mais aquoso e por apresentar variação no teor de sólidos. Esta alteração, explica, ocorre devido à deficiência das pastagens e implica em perdas porque compromete o recebimento da matéria-prima pela indústria. Neste período de queda do consumo, provocada pelo calor e férias escolares, a produção também apresenta redução de 5% a 10% em relação à média de 13 milhões de litros por dia. Para minimizar o impacto da entressafra, cada vez menor no Rio Grande do Sul, alguns produtores estão aprimorando o planejamento. 

Segundo o diretor de Política Agrícola da Fetag, Nestor Bonfanti, há famílias que optam pelo plantio antecipado das pastagens de verão em algumas áreas. Com isso, o pastoreio do gado pode começar em novembro e não só no final de janeiro. (Correio do Povo)
 
 
Luís Eduardo Pacifici Rangel é o novo Secretário de Defesa Agropecuária

O novo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Luís Eduardo Pacifici Rangel, foi nomeado pela ministra Kátia Abreu, nesta terça-feira (15/12). Rangel é fiscal federal agropecuário e ocupava o cargo de diretor do Departamento de Sanidade Vegetal do ministério. Para o lugar dele, ainda não há definição. (As informações são do Globo Rural)

 

Argentina: projetado um aumento de leite em pó em 2016

Depois de quase um ano e meio com preços muito baixos, que desabaram rentabilidade do negócio de lácteos, o preço internacional do leite em pó, o principal commoditie leiteira teria uma ligeira retoma durante 2016 e se situaria em torno de US $ 2.500 por tonelada em junho do próximo ano.

O atacante Mark Snyder, especialista em produtos lácteos e ex-conselheiro AACREA como parte de uma conferência que discutiu o futuro da leiteria em Sunchales Argentina e organizada pela empresa Claas. "Agora, a situação é difícil para os produtores de leite, porque só na segunda metade seria que acomodam até 3.80 / 4 pesos por litro de leite. Hoje, o produtor está cobrando o mesmo que há dois anos ", reconheceu Snyder.

Em sua opinião, na difícil situação que os produtores de leite estão a atravessar não é o suficiente para ter níveis elevados de produção individual. "Uma fazenda de gado leiteiro com 30 litros podem ser fundidos. Basta olhar para os custos, litros livres. Milho sem retenção vai significar aumento de custos para o laticínio. É mais do que 23% do custo de concentrado e mais do que 6% dos custos directos real. A eficiência variável é hoje na produção de alimentos na experiência forragem ", disse ele.

O especialista agronegócio Ivan Ordonez também fez sua contribuição em Sunchales e convidou a todos para "perceber" que o maior problema para os produtores de fora dos portões. "58% das exportações argentinas vêm do sistema de agronegócio e 18.000 agricultores no país são a última linha de defesa da macroeconomia", disse ele.

Ele também disse que o sistema de agronegócio contribuiu 72.000 milhões em 12 anos. No mesmo período, 30.000 pessoas morreram nas estradas. "Faça um caminho próximo a ele está fora de 8% do 72 bilhões" Ordoñez tiro, criticando a falta de investimento e recordou que, pelo menos, 1 em cada 5 argentinos são empregados no agronegócio, que 100 % dos grãos produzidos em aldeias do interior, com 40% da população, e não há um mínimo de 998 actores-chave que tomam decisões cerca de 80% da área agrícola, de que a indústria sabe pequenas urnas.

O especialista mostrou a estratégia de comunicação de agricultores norte-americanos e disse que, embora menos do que 1% do produtor do país, nenhum americano deve explicar quem são.

"A comunicação é o novo desafio da produção, como era anos atrás entender a tecnologia, após impostos e computador mais tarde. Gerenciamento de chaves se torna a ferramenta para o resto da sociedade compreender o papel dos agricultores no país ", disse Ordonez.

No final do dia, o economista José Luis Espert disse que atinge um estágio diferente em que, independentemente de como você ir para o país, o campo irá certamente vão bem. Entre outras coisas, porque o novo governo considera estratégico.

O especialista analisou a história econômica mostra que a Argentina é atravessada por triângulos viciosos que periodicamente levaram a sucessivas crises. "Neste momento, estamos diante de uma possível nova crise ea questão é se Macri pode evitá-lo", disse ele. 

Além disso, Espert argumentou que em 58 anos o estado aumentou menos do que gasta. Somente em 4 anos, Nestor Kirchner, o país teve um superávit fiscal. Além disso, ele disse para tomar as medidas necessárias como um choque iria entrar em recessão algum tempo para começar a crescer até o final de 2016.

"Ao fazê-lo gradualmente, a recuperação será mais difícil. Temos mais caro do que podemos suportar os custos. A desvalorização deve ser de 50%. O campo é o principal beneficiário do comércio livre e impostos baixos ", disse ele. (Fonte: Clarín/Argentina, tradução Google, adaptado pela Equipe Milknet)

 
Testes de coleta em janeiro
O projeto Metodologia de Coleta Automática de Amostras de Leite, desenvolvido  pela Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat) em parceria com a Embrapa Clima Temperado e a Cosulati, começa a fase de testes em janeiro. O sistema estabelecerá comparações entre os resultados obtidos com a coleta manual, sob orientação de técnicos, e automática, sem interferência humana. Os equipamentos a serem usados fornecem instantaneamente informações como volume, temperatura, hora, localização e dados do produtor e transportador. (Correio do Povo)