Pular para o conteúdo

 

         

Porto Alegre, 05 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.200

 

 Produção
 
A produção de leite nas cinco principais regiões exportadoras (União Europeia, Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e Argentina) reduziu ligeiramente em novembro de 2015, com todas as regiões registrando declínios. Em novembro, a produção das cinco regiões caiu 0,4% em relação a outubro, embora seja 0,3% maior que a de setembro. 
 
Novembro foi o primeiro mês, em mais de dois anos, que a produção cai na comparação com o mês anterior, nas cinco regiões, incluindo a União Europeia. No entanto, a queda registrada na União Europeia foi causada mais pela produção excepcionalmente elevada de outubro, do que pela quebra de produção em novembro. Dados sobre a produção de dezembro só estão disponíveis da Nova Zelândia e Estados Unidos, com a Nova Zelândia mostrando ligeiro crescimento, quando comparado com novembro, mas, é compensada pela queda verificada nos Estados Unidos. As produções das outras três regiões ainda não estão disponíveis.
 
                                                    
 
  
   
Índice FAO dos produtos lácteos - janeiro de 2016
 
                                 
 
O Índice FAO dos produtos lácteos foi de 145,1 pontos em janeiro, cedendo 4,4 pontos (3%) em relação a dezembro. Uma produção de leite de inverno abundante na União Europeia, grandes disponibilidades na Oceania e morna demanda de importação fizeram as cotações mundiais de todos os produtos lácteos que compõem o índice caírem. O leite em pó integral foi o que apresentou o maior recuo. (Tradução Livre: Terra Viva)
 
 
Vacinação contra aftosa atinge 98,17% do rebanho na 2ª etapa de 2015
 
A vacinação contra a febre aftosa atingiu um índice de cobertura de 98,17% do rebanho bovino e bubalino brasileiro no segundo semestre de 2015, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (5) pelo Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Na segunda etapa da campanha nacional, o número de animais vacinados foi 147,2 milhões de um total de 150 milhões cabeças que deveriam ser imunizados.
 
"Tivemos um bom resultado na segunda fase da campanha de combate à aftosa em 2015", avaliou o diretor do Departamento de Saúde Animal, Guilherme Marques. No segundo semestre de 2014, acrescentou, o índice de cobertura vacinal foi de 97,84%. Na campanha feita no primeiro semestre do ano passado, o percentual de imunização do rebanho de bovinos e bubalinos alcançou 98,04%, "De um modo geral, estamos mantendo um alto nível de vacinação no país."
 
Os animais que deveriam ter sido vacinados no período normal do calendário oficial e ficaram fora da campanha precisam ser imunizados antes da próxima etapa. "Os produtores serão procurados e notificados para que vacinem os animais", disse Marques.
No segundo semestre de 2015, três estados tiveram índice de vacinação abaixo de 90%. No Rio de Janeiro, a cobertura foi de 84,90%m, na Paraíba, de 87,51%, e no Amapá, de 87,58%. "Por isso, vamos solicitar a esses estados maior atenção com a fiscalização nas etapas de 2016", adiantou o diretor do DSA.
 
O Brasil tem um rebanho de 212 milhões de bovinos e bubalinos. A segunda etapa da campanha de 2015 tinha como meta vacinar 150 milhões de cabeças porque, em alguns estados, deveriam ser imunizados apenas animais até 24 meses de idade.
A segunda etapa da campanha nacional contra a aftosa foi realizada em 26 unidades da Federação. Por ser livre da doença sem vacinação, Santa Catarina não imuniza seu rebanho. (MAPA)

 

Sindilat sábado no Agroband
O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, estará no Agroband deste sábado (6/2). O programa especializado em agronegócios vai ao ar às 7h30min na TV Bandeirantes e às 9h30min na Rádio Bandeirantes. A apresentação é da jornalista Lizemara Prates. 
 

 

    

 

 

         

Porto Alegre, 04 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.199

 

  Preços globais dos alimentos atingem o menor patamar desde 2009 

Os preços globais dos alimentos recuaram em janeiro para o menor patamar desde abril de 2009, informou a Agência para Agricultura e Alimentação das Nações Unidas (FAO). O índice mensal de preços da entidade, que monitora uma ampla cesta de commodities, recuou para 150,4 pontos, 3 pontos (1,9%) a menos que dezembro e 29 pontos (16%) a menos se comparado com janeiro de 2015. É também a 19ª queda nos últimos 22 meses. "O principal fator por trás dessa queda é a ampla condição de oferta de matérias--primas básicas, a desaceleração na economia global e a valorização do dólar em relação a outras moedas", afirmou a entidade, baseada em Roma.

O recuo global nos preços foi liderado, em janeiro, pelo segmento de açúcar, embora carnes, lácteos, grãos e óleos vegetais também tenham registrado queda mensal de 1% ou mais. Conforme o índice da FAO, os preços do açúcar atingiram a marca de 199,4 pontos em janeiro, uma queda de 8,4 pontos (4,1%) em relação a dezembro, o que marca o primeiro recuo depois de quatro meses de estabilidade. A redução foi puxada por condições climáticas melhores que as esperadas no Brasil, principal produtor e exportador mundial do adoçante. As perspectivas de redução na produção da Índia, Tailândia, África do Sul e China não foram suficientes ainda mexer nos preços globais, diz a entidade. Já os preços dos óleos vegetais ficaram em janeiro em 139,1 pontos, queda de 2,4 pontos (1,7%) em relação a dezembro. O recuo foi motivado principalmente pela queda nos preços do óleo de soja, diante de expectativa de uma ampla oferta mundial do produto. 

Os preços do óleo de palma ficaram estáveis, na medida em que as importações. Os preços globais de lácteos ficaram em janeiro em 145,1 pontos, com queda de 4,4 pontos (3%) em relação ao mês anterior. A produção maior de leite na União Europeia, combinada com mais oferta da Oceania e demanda por importação menor, levar ao recuo. Já os preços das carnes ficaram em 148,3 pontos no mês passado, queda de 1,7 ponto (1,1%) frente a dezembro. O recuo foi amplo, atingindo todos os tipos de carnes, exceto suínos. (Valor Econômico)

 
Rebanho de gado dos EUA sobe para 92 milhões de cabeças
Após recuar para um patamar inferior a 90 milhões de cabeças de gado, o rebanho dos Estados Unidos tem o segundo aumento anual consecutivo. Neste início do ano eram 92 milhões de cabeças, 3% mais do que em janeiro de 2015, segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

O rebanho dos Estados Unidos cresce devido a uma recomposição das pastagens, que haviam sido afetadas na seca de cinco anos atrás. Além disso, os custos, que haviam disparado devido à quebra de safra de grãos nos EUA, voltaram a patamares normais.

Conforme dados do USDA, as fêmeas compõem o maior número do rebanho. As que já pariram atingem 39,6 milhões de cabeças. Novilhas e novilhos somam outros 36,1 milhões de cabeças, 3% mais do que há um ano.

O rebanho dos Estados Unidos, que superava 103 milhões de cabeças de gado em 1996, está abaixo de 100 milhões há 18 anos. (As informações são da Folha de São Paulo)

Alta no preço do leite ao produtor. O que esperar para os próximos meses?

O preço do leite pago ao produtor teve alta de 0,7% no pagamento de janeiro de 2016, referente ao leite entregue em dezembro do ano passado. Foi a segunda alta consecutiva. O mercado firmou, com a produção mais ajustada nos últimos meses e aumento dos custos de produção. Segundo levantamento da Scot Consultoria, o produtor recebeu, em média, R$0,966 por litro, considerando a média nacional.

Os aumentos da produção foram menores na safra atual. Segundo o Índice Scot Consultoria para a Captação de Leite, em dezembro de 2015, a produção, considerando a média nacional, aumentou 1,5% na comparação com o mês anterior. Para uma comparação, em dezembro de 2014, o aumento mensal foi de 2,6% na produção. Para o pagamento de fevereiro de 2016 (produção de janeiro/16), 43% dos laticínios pesquisados acreditam em alta dos preços ao produtor, 42% falam em manutenção e os 15% restante estimam queda para o produtor.
A expectativa é de mercado firme nos próximos meses. Os aumentos nos preços do leite devem ser mais fortes daqui para frente. A captação menor, com a curva de produção recuando nas principais regiões produtoras colabora com este cenário. Além disso, os laticínios, diante dos aumentos de custos produção, têm reajustados os preços aos produtores. Os aumentos dos preços no atacado têm permitido os repasses para o produtor.

Do lado do consumo, espera-se melhora a partir de fevereiro, com o final das festas e férias, mas de qualquer maneira 2016 ainda será um ano de demanda interna patinando. No mercado spot, os preços subiram na primeira e na segunda quinzena de janeiro de 2016, depois da estabilidade no final de 2015, o que corrobora com o cenário de oferta e demanda mais ajustadas no mercado interno. (Scot Consultoria)

EUA, Japão e mais 10 países assinam Acordo Transpacífico

Os ministros e representantes de 12 países assinaram nesta quinta-feira (04) na cidade de Auckland, na Nova Zelândia, o Tratado Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), que representa cerca de 40% do PIB mundial. O TPP foi assinado pelos ministros e representantes de Estados Unidos, Japão, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Peru, Malásia, México, Nova Zelândia, Cingapura e Vietnã. O novo bloco econômico prevê que o processo de ratificação pelos diferentes parlamentos nacionais dure cerca de dois anos.

 
Ministros e representantes dos 12 países do bloco participam da cerimônia de assinatura em Auckland, na Nova Zelândia (Foto: Reuters/New Zealand Pool)

O acordo reflete "a confiança em que a abertura e a integração de nossos mercados e investimentos propiciará a prosperidade de nossos povos", disse o primeiro-ministro neozelandês, John Key, durante o ato. Key destacou que o pacto representa um terço das exportações mundiais e abrange um mercado de 800 milhões de pessoas, e antecipou que seu governo o apresentará ao parlamento na próxima terça-feira, para que seja ratificado.

Após a assinatura do TPP, que é considerado como um contrapeso à influência econômica da China na região, os países signatários se mostraram dispostos a que o tratado aceite mais membros no futuro, inclusive o gigante asiático. "O TPP não está voltado contra um país em particular, mas rumo ao estabelecimento de padrões mais altos para a região. Estamos vinculados à China, assim como todos os países da região, e é importante ter uma relação econômica construtiva com eles", disse o representante de Comércio Exterior dos EUA, Michael Froman.

Indonésia e Filipinas manifestaram nos últimos meses seu interesse em incorporar-se a este tratado comercial, assim como outros países latino-americanos como a Colômbia. O ministro das Relações Exteriores do Chile, Heraldo Muñoz, ressaltou, por sua vez, que o TPP é "perfeitamente compatível" com o avanço da Área de Livre-Comércio da Ásia-Pacífico, promovido pelo Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que inclui a China.

"A China é o principal parceiro comercial do Chile e esperamos aprofundar esta relação, por isso pensamos que devemos convergir ao invés de vê-lo como uma divergência", disse Muñoz em entrevista coletiva.

A assinatura do tratado aconteceu em meio a fortes medidas de segurança em Auckland, onde centenas de pessoas se manifestaram contra o acordo comercial levando cartazes nos quais se liam mensagens como "Se a injustiça é a lei, a rebelião é nosso dever". O TPP foi muito criticado pelo sigilo que rodeou as conversas, que começaram em 2010 e concluíram em outubro do ano passado. ONGs e centrais sindicais alertaram para a ameaça que esta aliança representa aos direitos trabalhistas, para o acesso aos remédios e para o meio ambiente.

Obama comemora
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, comemorou a assinatura do acordo e disse que este tratado daria ao país uma vantagem sobre outras economias líderes, especialmente sobre a China.

"O TPP permite que os Estados Unidos - e não países como a China - escrevam as normas de circulação no século XXI, o que é especialmente importante numa região tão dinâmica como a Ásia-Pacífico", afirmou Obama em comunicado após a assinatura do acordo na Nova Zelândia por 12 países, entre eles os Estados Unidos. (As informações são do jornal O Globo)

Agricultura
Diante de mais um ano de ajuste nas contas públicas do governo e da expectativa de mais cortes de orçamento, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, decidiu montar um plano de gestão para reduzir gastos com o mau uso da estrutura da Pasta no país. A missão foi dada à secretária¬ executiva, Mila Jaber, e visa a evitar novos cortes no orçamento do Ministério da Agricultura, que já perdeu R$ 414 milhões este ano. Em entrevista ao Valor, a secretária disse que uma das medidas prevê deslocar mais fiscais agropecuários e servidores para regiões com maior produção agropecuária e presença de agroindústrias. Além disso, o Ministério da Agricultura também prevê devolver à União 106 imóveis, avaliados até agora em cerca de R$ 1,38 bilhão, e que se encontram em péssimo estado de conservação ou estão abandonados ou ainda abrigam excesso de pessoal devido a indicações políticas sem critério de escolha, segundo Mila Jaber. A secretária¬-executiva disse que a economia a ser gerada com as medidas pode evitar novos contingenciamentos do governo, que já afetaram as áreas de pesquisa (Embrapa) e de defesa agropecuária este ano. As duas áreas sofreram juntas mais da metade dos R$ 414 milhões em cortes no orçamento do ministério, aprovados pelo Congresso no fim do ano passado. (Valor Econômico)
 
 

 

    

 

         

Porto Alegre, 03 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.198

 

  GDT: preços de lácteos com forte queda

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (02/02) registrou nova queda, com preços médios de lácteos em US$ 2.276/tonelada, valor 7,4% inferior ao do leilão anterior.

O leite em pó integral apresentou queda de 10,4%, sendo comercializado a US$ 1.952/tonelada. O leite em pó desnatado teve uma redução menor no preço, equivalente a -2,2%, indo de US$1.835/ton a US$1.792/ton. O queijo cheddar também registrou queda, chegando a US$2.807/tonelada (-4,2% sobre o último leilão).

Neste leilão foram vendidas 24.474 toneladas de produtos lácteos, volume cerca de 25,2% inferior ao mesmo período do ano passado.

Os contratos futuros de leite em pó integral voltaram a apresentar queda, com projeção de preço para julho de cerca de US$2.000/ton.

A ofertada sustentada em regiões relevantes, como Europa e Estados Unidos, bem como quedas menores do que a esperada na produção da Nova Zelândia, a demanda fraca em importadores, os baixos preços do petróleo e a alta do dólar frente a diversas moedas estão na raiz do pessimismo do leilão deste dia 02/02. (GDT/Milkpoint)
 
 
 

Pesquisador americano proferirá palestra aberta na Embrapa sobre Melhoramento Genômico para gado de leite 

O pesquisador americano John Cole, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), irá proferir uma palestra aberta a interessados no tema, no dia 04/02, às 10 horas, no auditório da Embrapa Pecuária Sul. O tema abordado será "Programas de Melhoramento Genômico para Gado de Leite nos Estados Unidos". Cole é graduado em Sistemas de Produção Animal (gado de leite), tem mestrado em Ciências em animais leiteiros, e doutorado em Ciências de aves domésticas e bovinocultura leiteira, estudos realizados na Universidade Estadual de Louisiana. 

A pesquisa do Dr. Cole é voltada ao melhoramento genético, saúde e bem-estar de bovinos de leite, otimização de informações genômicas em programas de melhoramento, e descoberta de variantes causais associados a defeitos recessivos e características complexas em bovinos. Ele foi responsável pela introdução de avaliações genéticas de natimortalidade nos EUA, bem como o desenvolvimento de um sitema de inclusão de dados de animais mestiços. Sua equipe também é responsável pelos índices de seleção econômicos utilizados para classificar os touros e vacas leiteiras. Um trabalho recente de sua equipe se concentrou em estratégias de acasalamento incluindo informações sobre defeitos recessivos, identificação de regiões genômicas associadas com a fertilidade da vaca, resistência ao estresse térmico e avaliação genômica da saúde deste animal usando dados fornecidos pelos agricultores. 

Suas contribuições para essa área científica são documentadas por 75 artigos científicos e comentários, bem como 18 capítulos de livros e relatórios técnicos. Cole foi agraciado com o Prêmio 2015 Jay L. Lush em Melhoramento Animal e Genética pela Associação Americana de Ciência em Gado de Leite, em reconhecimento de suas contribuições para a genética do gado leiteiro. Dentre suas várias colaborações nacionais e internacionais, merece também destaque para sua atuação como Pesquisador Visitante Especial no programa brasileiro "Ciência sem Fronteiras". (Embrapa)

Como os acordos de livre comércio impulsionaram as exportações de lácteos dos EUA a seis países

Após uma década da implementação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), as exportações de lácteos dos Estados Unidos ao México aumentaram de US$ 250 milhões a US$ 1,6 bilhão. Isso fez do México o parceiro comercial de lácteos dos Estados Unidos mais positivamente afetado pelos Acordos de Livre Comércio (ALCs) entre 2004 e 2014, de acordo com um relatório divulgado pelo Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC) e pela Federação Nacional de Produtores de Leite do país (NMPF).

No total, os ALCs ajudaram a trazer US$ 8,3 bilhões adicionais à indústria de lácteos dos Estados Unidos de todos os países estudados durante esse período. Esse número incluiu maior receita aos produtores de leite devido à maior demanda. Esse estudo não inclui o potencial impacto da Parceria Trans-Pacífico (TPP), que ainda está sendo avaliado.

O estudo mostrou claramente que os ALCs tiveram um impacto positivo na indústria de lácteos dos Estados Unidos. O impacto foi estimado comparando uma projeção de tendência baseada nas exportações antes da entrada no acordo com as exportações reais após a implementação, disse o economista da NMPF, Peter Vitaliano, que conduziu o estudo. Com base no valor das vendas em dólar, abaixo estão os seis países que mais foram afetados positivamente desde que os ALCs foram implementados.

1. México: Após a implementação do NAFTA, em 1994, as exportações de lácteos dos Estados Unidos ao México (maior destino de exportação dos lácteos americanos) aumentaram 558%. As exportações de lácteos dos Estados Unidos aumentaram de US$ 250 milhões em 1993 para um total de US$ 1,6 bilhão em 2014. O crescimento mais significativo nas exportações de produtos lácteos a esse mercado foi no leite desnatado, onde as exportações dos Estados Unidos aumentaram de US$ 85 milhões em 1993 para um total de US$ 775 milhões em 2014 (um aumento de 809%).

2. Coreia do Sul: Para o Acordo de Livre Comércio entre Estados Unidos e Coreia (KORUS), o acesso ao mercado para os produtos lácteos ocorreu através de uma combinação de eliminação de tarifa e expansão de cotas sujeiras a tarifas. Para os produtos lácteos, houve uma redução de tarifas para alguns produtos, mas a maioria dos produtos enfrentou expansão das cotas sujeitas a tarifas com períodos de remoção gradativa das tarifas de 5-15 anos. As exportações de lácteos dos Estados Unidos à Coreia do Sul aumentaram de US$ 223,7 milhões em 2011 (antes da entrada em vigor do acordo em 2012) para US$ 416 milhões em 2014, um aumento de 86%. O acordo, o primeiro negociado pela Coreia do Sul com um importante fornecedor de lácteos, mostrou ser especialmente crítico em garantir que os Estados Unidos não perdessem espaço em termos de competitividade, dado que a Coreia do Sul subsequentemente negociou ALCs com União Europeia (UE), Austrália e Nova Zelândia, os três maiores concorrentes globais da indústria de lácteos americana. 

3. Austrália: O Acordo de Livre Comércio entre Estados Unidos e Austrália (AUSFTA) entrou em vigor em 1 de janeiro de 2005. Com esse acordo, mais de 99% das exportações de bens de consumo e industriais dos Estados Unidos ficaram livres de tarifas. Desde o início do acordo, as exportações de lácteos dos Estados Unidos aumentaram 3.012%, de um total de US$ 5,6 milhões em 2004 para um total de US$ 173 milhões em 2014. Um fator importante no impacto positivo desse acordo para a indústria de lácteos dos Estados Unidos foi não somente como as tarifas sobre os lácteos australianos foram manejadas, mas também, o cuidado tomado com a forma como as tarifas dos lácteos dos Estados Unidos foram tratadas sob o acordo. Além disso, é importante notar que uma severa seca após o fechamento do AUSFTA impactou as dinâmicas comerciais entre os Estados Unidos e a Austrália impactando negativamente a produção australiana em um momento em que a produção americana estava crescendo.

4. Cingapura: Os produtos lácteos dos Estados Unidos obtiveram acesso livre de tarifas ao mercado de Cingapura ainda antes da entrada em vigor do ALC Estados Unidos-Cingapura em 2004. Entretanto, o comércio continuou expandindo nesse mercado, com as exportações de lácteos dos Estados Unidos aumentando, de US$ 8,1 milhões em 2003 para US$ 99,9 milhões em 2014, um aumento de 1.132%.

5. Marrocos: A maioria dos produtos lácteos dentro do Acordo de Livre Comércio entre EUA e Marrocos (que entrou em vigor em 1 de janeiro de 2006) teve uma eliminação gradativa de tarifas em um período de 15 anos. Isso significa que eles estarão livres de tarifas em 1 de janeiro de 2020. Para os produtos lácteos, o Marrocos tem sido o parceiro de ALC que apresentou o maior nível de crescimento em uma base proporcional. As exportações de lácteos dos Estados Unidos aumentaram de US$ 64.499 em 2005 para um total de US$ 97,1 milhões, um aumento impressionante de 150.437%. 

6. Chile: Para o Acordo de Livre Comércio entre Estados Unidos e Chile, que entrou em vigor em 1 de janeiro de 2004, a maioria das tarifas para bens agrícolas foram quase completamente eliminadas, com o último ano de remoção de tarifas sendo em 2015. As exportações de lácteos dos Estados Unidos aumentaram de US$ 2,6 milhões em 2003 para US$ 60,2 milhões em 2014, um aumento de 2.225% desde a implementação do acordo. 

O crescimento de um ponto inicial mínimo como esse ajuda a ilustrar a importância de cultivar mercados ao longo do tempo, junto com acordos comerciais bem negociados. A expansão das exportações de lácteos dos Estados Unidos ao Chile são as mais notáveis, dado que o Chile é um produtor de lácteos competitivo. Um importante elemento não tarifário do ALC Estados Unidos-Chile foi o estabelecimento de uma via de regulamentação aos Estados Unidos para fornecer uma lista de plantas que pretendiam exportar ao Chile. Esta medida removeu a barreira de regulamentação que tinha anteriormente dificultado para as plantas de lácteos dos Estados Unidos a obter aprovação das autoridades chilenas para exportar a esse mercado. Esse elemento não tarifário do acordo foi um fator crítico para garantir que as companhias americanas realmente fossem capazes de aproveitar as oportunidades que a eliminação de tarifas introduziu. (As informações são do blog do USDEC, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Uruguai - Falta de chuvas agrava as dificuldades dos produtores

Ao rosário de dificuldades que afetam os produtores de leite, continuam acrescentando contas. A falta de chuvas, generalizada em toda a bacia leiteira, é a última adversidade que começaram a enfrentar. Ao baixo preço que recebem há meses, fruto especialmente das dificuldades que a indústria tem em concretizar negócios no mercado internacional, se adiciona um inesperado aumento dos custos devido às complicações geradas com a falta de chuvas.

Mario Fossatti, coordenador da área de leite da Federação Uruguai de Grupos CREA (Fucrea), comentou a El Observador que "a situação era muito boa, mas, nos últimos 15 ou 20 dias mudou totalmente". Explicou, por exemplo, que o milho está sofrendo bastante, que em várias propriedades já se vê a metade seca, a tal ponto que está levando os produtores a adiantar a elaboração de silos para evitar um dano maior. A falta de água, além disso, praticamente paralisou o crescimento das pastagens, e os últimos pastos de verão não brotaram desde o último pastejo. Os produtores estão usando reservas e concentrados em uma situação que não é favorável para fazer esses investimentos, dado que não existe dinheiro disponível, explicou. Fossatti destacou que tudo isto é especialmente prejudicial porque o cenário não é bom "a conjuntura não ajuda", afirmou; se o comércio exterior e os preços fossem melhores os problemas seriam suportados de com maior facilidade.

Outra má notícia para os produtores
O leilão quinzenal da neozelandesa Fonterra, que é referência para o mercado de produtos lácteos, caiu pela terceira vez consecutiva. Não somente caiu, mas houve redução de 7,4% na média da tonelada de todos os produtos, representando o maior percentual de quedas dos últimos três eventos. Além disso, o leite em pó integral, o produto mais exportado pelo Uruguai, baixou 10,4%. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva) 
 

Produção/Espanha
A captação de leite na Espanha em dezembro passado subiu 6,5%, chegando a 579.078,7 toneladas, apesar dos baixos preços aos produtores. Este percentual de crescimento é maior que o registrado em todo o ano. Em 2015 a produção começou a aumentar especialmente a partir de abril, quando findaram as cotas. No acumulado do ano, o crescimento foi de 2,1% em relação a 2014, chegando a 6.793.284,7 toneladas. O aumento na Espanha acompanha a média da União Europeia. O Observatório Lácteo da UE não tem os dados de dezembro ainda, mas, de janeiro a novembro de 2015 o crescimento foi de 2,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O incremento foi mais do dobro do projetado pela Comissão Europeia, que então avaliou um aumento de 1% na produção em relação a 2014, depois do fim das cotas. Em 2015 a Espanha perdeu 691 pecuaristas de leite, fechando dezembro de 2015 com 16.399 produtores. Quanto aos preços, em dezembro o produtor espanhol recebeu em média € 0,31/litro, [R$ 1,34/litro], que é o mesmo preço registrado em novembro, mas, € 0,034/litro, [R$ 0,15/litro] menos que um ano antes. O preço médio recebido pelo produtor em 2015 na Espanha foi de € 0,31/litro, ou seja, € 0,052/litro, [R$ 0,23/litro] a menos que a média de 2014. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)
 

 

    

         

Porto Alegre, 1º de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.197

 

  Leite pago ao produtor tem alta de 0,7% em janeiro

O preço do leite pago ao produtor teve alta de 0,7% no pagamento de janeiro, referente ao leite entregue em dezembro do ano passado. Foi a segunda alta consecutiva. Segundo levantamento da Scot Consultoria, a média nacional na produção teve aumento de 1,5% e o produtor recebeu R$ 0,966 por litro. (Canal Rural)
 
 


MG: teor de matéria seca da forragem pode ser medida com forno de micro-ondas, diz Embrapa

A determinação da matéria seca (MS) de forrageiras é muito importante para se tomar decisões técnicas na propriedade. É uma informação essencial, por exemplo, para se determinar o ponto de ensilagem de plantas como capim-elefante, sorgo e milho. Também serve para medir a quantidade de forragem existente em uma pastagem.

Para fazer a medição do teor de MS não é mais necessário pagar caro e perder tempo enviando amostras para laboratórios. Um simples forno de micro-ondas pode facilmente medir o teor de umidade da forragem. É o que ensina o Comunicado Técnico número 77, lançado pela Embrapa Gado de Leite.

A publicação descreve o processo passo a passo. O pesquisador Pérsio Sandir DOliveira, um dos autores do documento, explica que a linguagem é simples e direta, para evitar dúvidas quando o produtor rural for adotar a prática. Em apenas seis páginas, o comunicado ricamente ilustrado detalha as etapas necessárias para realizar o trabalho.

O pesquisador reforça que os híbridos de milho estão tão avançados que o antigo método de avaliação pela "linha do leite" não é mais eficiente. Antes, quebrava-se a espiga ao meio para visualizar a linha no grão, a fim de verificar se a planta já se encontrava no ponto para a colheita. DOliveira reforça que as perdas podem ser significativas se a ensilagem for feita antes ou depois do ponto ideal. "A utilização do micro-ondas é rápida, barata e muito mais precisa", ressalta.

A linguagem do sistema passo a passo utilizada no comunicado técnico teve como base as cartilhas da coleção E-Rural, cujo objetivo é disponibilizar para os produtores informações técnicas, em linguagem acessível, com ilustração detalhada de cada etapa dos procedimentos. Além de Pérsio DOliveira, os pesquisadores da Embrapa Gado de Leite João Eustáquio Miranda, Jailton Carneiro e Jackson Oliveira estão são autores da publicação. A analista Vanessa Magalhães, que é editora das cartilhas da coleção E-Rural, atuou como supervisora editorial do comunicado técnico.

O documento impresso pode ser solicitado ao Serviço de Atendimento ao Cidadão da Embrapa (www.embrapa.br/fale-conosco/sac). O material também está disponível para download em www.embrapa.br/gado-de-leite/publicacoes. (Fonte: Embrapa Gado de Leite)

 
 
Embrapa terá nova unidade dedicada a alimentos funcionais, aromas e sabores

A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) anunciou na última sexta-feira (29) a criação de uma nova unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) voltada à pesquisa de alimentos funcionais, aromas e sabores do Brasil. A sede será na capital alagoana, Maceió.

Os alimentos funcionais são aqueles enriquecidos com aditivos - como vitaminas, fibras e minerais dietéticos - que contribuem para a manutenção da saúde e a redução de risco de doenças. Esses produtos já são pesquisados pela Embrapa, mas agora ganharão atenção especial, disse a ministra durante entrevista coletiva à imprensa.

O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, afirmou que cada vez mais as populações de diferentes partes do mundo estão atentas à prevenção de doenças e à qualidade dos alimentos. Elas procuram produtos que forneçam mais do que as calorias necessárias à sobrevivência, mas também a possibilidade de uma vida mais saudável. "Essa tendência está em explosão no mundo, é um mercado potencial de bilhões de dólares", ressaltou.

"Nenhum país grande produtor e exportador de alimentos pode ignorar que há um movimento forte de integração do conceito de alimento, nutrição e saúde", acrescentou o presidente. A empresa, assinalou, já tem sólida base científica sobre alimentos funcionais, que relaciona nutrição e saúde à biodiversidade brasileira.

Valor agregado
A Embrapa Alimentos Funcionais, Aromas e Sabores faz parte da estratégia da ministra de aumentar a competitividade e a inovação na produção agropecuária brasileira. Alimentos que trazem maior densidade nutricional e novas funcionalidades agregam alto valor à produção. "Há um espaço valioso para novas cadeias de valor, novos produtos e bioindústrias que o Brasil tem que aproveitar", destacou Lopes.

A nova unidade também vai visar a integração entre produção agropecuária, gastronomia e turismo, a exemplo do que regiões do interior da França e da Itália já fazem, como a Toscana e Champagne. "A agricultura focada nos produtos, na culinária e nos hábitos regionais deu origem a uma indústria pujante nesses locais. Imagine o que se pode fazer no Nordeste, com a biodiversidade de sabores, temperos e culturas gastronômicas existentes ali", enfatizou o presidente da Embrapa.

A ministra disse que as equipes que darão início aos estudos para a nova Embrapa já estão sendo montadas. "Estamos começando o projeto. Vai ser um sucesso", comemorou. (As informações são do Mapa)


Novos mercados: agronegócio brasileiro vai responder por 10% do comércio mundial até 2018

A participação do agronegócio brasileiro no comércio mundial saltará de 7,04% para 10% até 2018. A meta foi anunciada na última sexta-feira (29) pela ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) durante entrevista coletiva à imprensa. O crescimento das exportações do setor, afirmou, será baseado em garantias sanitárias, produtividade e conquista de novos mercados.

Para responder por 10% de todo o comércio agrícola no mundo - que em 2014 alcançou US$ 1,17 bilhão -, o Brasil continuará investindo em negociações comerciais e sanitárias com os 22 principais mercados internacionais que, juntos, representam 75% da atividade comercial mundial.

Fazem parte desse grupo parceiros tradicionais do Brasil e que compõem o chamado "Big 5", os cinco maiores importadores de alimentos no mundo: Estados Unidos, União Europeia, China, Rússia e Japão. "Somente essas nações são responsáveis por metade de todas as compras mundiais de produtos agropecuários", disse a ministra, que ressaltou que o país precisará negociar um "mix" de acordos, tanto sanitários quanto tarifários.

"Estamos com uma agenda bastante arrojada e agressiva para negociar barreiras sanitárias com nossos parceiros, mas isso não exclui a possibilidade de esses mesmos países também firmarem acordos tarifários", assinalou a ministra. "Nossa perspectiva é bastante real e conservadora para atingir a meta dos 10%."

Também fazem parte do hall de prioridades mercados ainda pouco acessados, mas que apresentam alto potencial de importação. Um exemplo é a Indonésia, que pode aumentar as compras de produtos brasileiros em 15% até 2018, principalmente de açúcar e soja. Destacam-se ainda a Arábia Saudita (com potencial de crescimento de 12,4%), a Tailândia (11,5%), o Egito (13,6%) e os Emirados Árabes Unidos (10,6%).

Barreiras tarifárias
A ministra apresentou dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que mostram que o comércio mundial é feito cada vez mais por meio de acordos comercias, o que indica a necessidade de o Brasil priorizar esse tipo de negociação. Em 1998, 20% do comércio agrícola estava inserido em acordos de tarifas ou de cotas. Em 2009, esse percentual saltou para 40%.

Em comparação com os 22 mercados prioritários mundiais, a média das tarifas brasileiras aplicadas a produtos agropecuários é baixa, de 10%. O pico está em 55%, provocado por apenas dois produtos, coco e pêssego em calda. Dados da Organização Mundial do Comércio (OMC) mostram ainda que o Brasil exporta mais para países com média de tarifária menor, com exceção dos Estados Unidos.

Acordos sanitários e fitossanitários
Os acordos sanitários e fitossanitários que serão conduzidos pelo Mapa em 2016 têm potencial para aumentar em US$ 2,5 bilhões ao ano as exportações do agronegócio brasileiro.

O Mapa negocia com parceiros acordos que visam a harmonizar regras e facilitar procedimentos sanitários e fitossanitários, sem envolver tarifas ou cotas comerciais. As negociações concluídas em 2015 representaram potencial anual de US$ 1,9 bilhão em exportações e, para 2016, a expectativa é ainda maior: US$ 2,5 bilhões.

A pasta projeta para 2016 a conclusão das negociações para exportação de carne suína para a Coreia do Sul, que se alonga há quase sete anos. Vai focar ainda no comércio de frutas para diversos países, como Japão, China e Índia e ainda abrir os mercados do Canadá e do México para a carne bovina in natura brasileira.

A ministra destacou a iniciativa da Junta Interamericana de Agricultura de fazer um acordo para harmonização de procedimentos de avaliação de risco sanitário e fitossanitário entre os 34 países americanos. "Essa proposta, que é muito ambiciosa, vai favorecer o posicionamento conjunto da região em fóruns internacionais e aumentar o fluxo comercial entre as nações."

Kátia Abreu também falou sobre o acordo de preferências tarifárias que atualmente o Brasil negocia com o México. A lista de ofertas entre os dois países poderá ser ampliada para mais de 5 mil produtos, sendo 673 agrícolas. Destacou também o acordo Mercosul-Índia, que está em negociação.

Mercados considerados pequenos também estão no radar do agronegócio brasileiro, destacou a ministra. "Nenhum país deve ser descartado porque tem pouco consumo. O somatório de cada mercado acaba fazendo a diferença na nossa balança comercial." (As informações são do Mapa)


Exportadores vão atrás de US$ 600 bilhões

Embretado pela queda geral da atividade econômica dentro das suas fronteiras, o Brasil, e, por tabela, o Rio Grande do Sul, precisará, mais do que nunca, aumentar seu naco no apetitoso (e concorridíssimo) mercado mundial. Apesar de ter o 10º Produto Interno Bruto (PIB) do planeta, o País participa com menos de 1% das trocas. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) e a Apex Brasil, uma espécie de embaixadora global do selo Made in Brazil, traçaram metas e estratégias para brigar por uma cifra estimada em US$ 600 bilhões entre 2016 (que já está em marcha) e 2018.

"É o potencial de compras que identificamos para produtos brasileiros", justifica o gerente de exportações da Apex Brasil, Christiano Braga. Os canais para conquistar divisas serão principalmente itens para casa e construção, alimentos e bebidas, máquinas e equipamentos, moda e serviços. Dois planos foram lançados em 2015 - um mais operacional e outro para formar a chamada cultura exportadora. No modelito mais pragmático, a tática foi armada para tentar elevar a conta de vendas brasileiras ao exterior que fecharam em US$ 191,1 bilhões em 2015 (depois de 2014 com déficit - mais importações que exportações) e em US$ 17,5 bilhões na frente gaúcha.

Foram eleitos 32 países, alvo da artilharia mais pesada e que somam 74% do PIB mundial, 72% das importações e 67% da população. A lista, na qual aparecem países como Estados Unidos, China, Cuba, Emirados Árabes Unidos e a persistente Venezuela, foi construída a partir da análise estatística de dados (inteligência comercial) e depois validada pelos setores econômicos que tentaram emplacar seus produtos e serviços. Ana Paula Repezza, gerente de estratégia de mercado da Apex Brasil, explica que a lista saiu após uma depuração de mais de 80 variáveis (PIB, tarifas, presença ou não de produtos brasileiros até demografia) sobre 170 nações com as quais já se faz negócios. Foi o primeiro plano para exportação que mobilizou o arsenal do banco de dados que vem sendo alimentado desde 2006 pelo órgão.

"Definimos pesos para cada quesito e atribuímos quatro notas sobre as chances dos produtos do Brasil. As notas variaram de -1 (não atrativo), 1 (atratividade na média de outros competidores), 3 (produtos que se destacam) e 5 (mais vantagens competitivas em favor do portfólio verde-amarelo." No mapa de potencialidades, a Apex Brasil também perfilou os setores que podem ter mais chance em cada um dos 32 países. "Não há um mercado melhor que outro, cada um tem sua peculiaridade", observa Ana Paula. A agência costuma desfilar o efeito da aplicação da inteligência comercial - as 12.212 empresas apoiadas em 2015 tiveram receita 14,8% maior no ano passado, enquanto o grupo exportador, que não tem a ação promocional, recuou 16% no faturamento.

Do lado das empresas, hipnotizadas pelo câmbio ascendente (dólar acima de R$ 4,00), o ano passado foi um pré-aquecimento. As veteranas, que não largaram o fluxo externo nem quando US$ 1 valia R$ 1,60 e agora tentam aproveitar a maré favorável, apontam a experiência e o conhecimento como trunfos nessa arrancada, mesmo que pela frente se tenha um mundo crescendo menos, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). "O câmbio beneficia, mas não é só isso. Vamos investir mais em marketing e relacionamento no exterior", revela Magnus Oliveira, gerente de exportação da Bibi Calçados, com sede em Parobé, no Rio Grande do Sul.

Os números atestam o plano Bibi, que atua exclusivamente no segmento infantil. O volume de vendas cresceu 25% no ano passado frente a 2014. "As empresas precisam buscar nichos e inovar, o que é bem mais difícil do que competir vendendo commodities", provoca Braga. No Estado, visto como um dos principais players na internacionalização, ganham força ramos de couro e calçados, carnes, automóveis e vinhos. "Apoiamos 700 empresas gaúchas, queremos aumentar", garante o gerente da Apex Brasil. (Jornal do Comércio)
 

 
Aviso Importante
Dia 02/02, em virtude do feriado de Nossa Senhora dos Navegantes, Padroeira de Porto Alegre, não haverá expediente no Sindilat.

 

         

Porto Alegre, 29 de janeiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.196

 

  Projetos terão aproveitamento de Pis/Confins desde data do protocolo no Mapa

O Presidente em exercício do Sindilat/RS, Guilherme Portella, reuniu na manhã desta sexta-feira (29/01) representantes das empresas associadas e do Ministério da Agricultura, através dos fiscais federais Roberto Lucena e Leonardo Toss, para explicar e tirar dúvidas sobre os projetos protocolados no Ministério da Agricultura (MAPA) que preveem ações de fomento, assistência técnica e boas práticas agropecuárias, o que permite às empresas se creditarem de benefício tributário de pis/cofins e reinvestirem recursos na qualificação do processo produtivo.

O fiscal federal Roberto Lucena esclareceu dúvidas e forneceu informações sobre a validade dos protocolos. Segundo ele, o benefício passa a valer a partir da data em que os projetos foram entregues ao Ministério da Agricultura.

A aprovação do redirecionamento de aplicação de recursos, sem prejuízos na data do protocolo do projeto final, dados sobre o preenchimento do novo formulário constante na IN 45 do Mapa estão disponíveis no site do www.sindilat.com.br, na aba "Legislação". 
A legislação que permitiu o benefício fiscal foi uma conquista do Sindilat e exigiu meses de empenho da equipe técnica e articulação em Brasília. Além disso, os projetos ajudarão a melhorar a produção e a qualificação do leite por meio de avanços de assistência técnica.

As empresas cadastradas devem desenvolver ações e também comprovar que esses avanços estão realmente acontecendo na região de abrangência. "Nosso objetivo com esses projetos é facilitar o avanço na melhoria do leite e mostrar que temos indicadores que comprovam isso, nos habilitando para o mercado internacional", apontou Palharini. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 

 
Confiança do agronegócio cresce no 4º trimestre de 2015

A valorização das cotações de algumas commodities agrícolas, como açúcar, milho e café, trouxe mais otimismo para a cadeia produtiva ligada à agropecuária. O Índice de Confiança do Agronegócio (ICAgro), calculado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), fechou o quarto trimestre de 2015 em 84,3 pontos. A melhora da confiança se deveu, principalmente, à percepção de otimismo do produtor agropecuário. O mesmo não ocorreu com a indústria de insumos que, no último trimestre do ano, se mostrou mais pessimista que no trimestre anterior.

A alta de 1,9 ponto para o ICAgro entre outubro e dezembro na comparação com o trimestre anterior pôs fim à sequência de três quedas consecutivas registradas ao longo de 2015. Apesar da recuperação, o índice geral ainda fecha o ano 9,2 pontos abaixo do registrado ao final de 2014, quando marcou 93,5 pontos.

A melhora observada no 4º trimestre, se deve ao aumento dos índices de confiança do produtor agropecuário (88,4 pontos, crescimento de 2,5 pontos) e da indústria depois da porteira (87,1, alta de 4,4 pontos), que reúne preponderantemente as indústrias de alimentos. Ambos os grupos compensaram a diminuição no indicador da indústria antes da porteira (67,8 pontos), constituída pelos fornecedores de insumos, como fertilizantes, defensivos, máquinas e equipamentos agrícolas.

Conforme explicou em nota o gerente do departamento de Agronegócio da Fiesp, Antonio Carlos Costa, a queda de 5,5 pontos apresentada neste elo da cadeia foi influenciada pela falta de confiança do produtor rural na economia e os receios com o cenário político. "Em um momento como o que estamos vivendo no país, o produtor age como qualquer consumidor, ou seja, pisa no freio e reduz os investimentos, ainda que a avaliação sobre o próprio negócio esteja em patamares elevados", resume Costa. Ele acrescenta que neste caso específico, o produtor ainda revê o seu pacote tecnológico e, por isso, "quem sofre mais diretamente com isso é a indústria de insumos."

Na média geral, os participantes da pesquisa mostraram-se mais confiantes no que diz respeito ao futuro próximo do que em relação ao presente: o indicador das expectativas cresceu de 84 para 88 pontos, enquanto o índice da situação atual caiu de 79 para 76 pontos. De acordo com a metodologia do estudo, resultados abaixo dos 100 pontos indicam baixo grau de confiança.

Tanto os produtores agrícolas como os pecuários -- elo "Dentro da Porteira" -- registraram aumento do nível de confiança. A alta, de 2,5 pontos em relação ao terceiro trimestre, fez com que o IC Agro do Produtor Agropecuário chegasse a 88,4 pontos, maior patamar registrado em 2015, conforme a Fiesp.

Os produtores agrícolas fecharam o período com o índice de confiança em 89,4 pontos, incremento de 2,6 pontos na comparação com o trimestre imediatamente anterior. A valorização das cotações de algumas commodities do setor no período, como o açúcar e etanol, café, milho,  entre outras foi uma das principais responsáveis por esse resultado. Em contrapartida, conforme a Fiesp, o indicador ainda não conseguiu recuperar os níveis de 2014, quando esteve sempre acima de 90 pontos.
"Falta confiança nas condições da economia brasileira, que fechou o último trimestre do ano passado em 38 pontos, um patamar muito baixo", explicou o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas.

"Apesar de o produtor continuar confiante com seus níveis de produtividade, ele enxerga com cautela os reflexos do atual cenário econômico em seu negócio, a exemplo dos impactos em seu custo de produção. Ainda persiste o receio em relação ao crédito rural, que apesar de ter se mantido estável em relação ao último levantamento, permanece em ambiente pessimista", observou Freitas.

Já a confiança do produtor pecuário subiu 2,4 pontos, em relação ao trimestre anterior, chegando a 85,4 pontos. O indicador aumentou mais entre os pecuaristas de corte, chegando a 88,4 pontos, uma alta de 3,6 pontos, com destaque para a produtividade - no mesmo período, o índice entre os criadores de gado leiteiro permaneceu estável, em 80,1 pontos, com destaque negativo para o custo de produção. Dessa forma, foi interrompida uma sequência de quatro quedas. (As informações são do Valor Econômico)

Inspeção 

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou projeto que altera as regras de inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal.

O texto aprovado permite que os estados e municípios credenciem empresas prestadoras de serviços de medicina veterinária para fazer a vistoria, que hoje é realizada apenas por profissionais do setor público (União, estados e municípios). O projeto (PL 334/15) é de autoria do deputado Marco Tebaldi (PSDB-SC) e foi aprovado na forma de um substitutivo, apresentado pelo deputado Roberto Balestra (PP-GO). Balestra acolheu emenda do deputado Dilceu Sperafico (PP-PR) que autoriza a entrada de veterinários do setor privado na fiscalização dos produtos de origem animal. A proposta altera a Lei 1.283/50, que regulamenta a inspeção dos produtos de origem animal. (Agência Câmara)

Fonterra 

A Fonterra cortou a previsão do preço do leite ao produtor para a temporada 2015/16 para apenas NZ$ 4,15/kgMS. O valor anterior era NZ$ 4,60/kgMS. Admite que será "muito difícil" para os agricultores. Os dividendos podem ser entre 35 e 40 centavos, significando um provável pagamento final de apenas NZ$ 4,50 - 4,55/kgMS.

O representante do Partido Trabalhista, Grant Robertson, disse que a medida custará "dezenas de milhares de dólares" aos agricultores, e muitos estarão "sob mais pressão ainda". A Fonterra esperou o quanto pode pelos resultados do GlobalDairyTrade, mas o preço permaneceu muito baixo e bem inferior às expectativas de mercado (alguns economistas do ASB previam uma queda até maior do preço NZ$ 4,10/kgMS). A gigante dos laticínios optou por NZ$ 4,60/kgMS anteriormente, na dependência de uma recuperação dos preços do mercado internacional de lácteos, no início deste ano. Mas, entrou o ano, e a recuperação, se vier, será muito tarde para salvar a temporada. O presidente da cooperativa, John Wilson disse que as condições econômicas mundiais continuam sendo desafiadores e impactando na demanda das commodities, incluindo os lácteos. (Interest.co.nz - Tradução livre: Terra Viva)

 
 
Preços/AR

Uma atividade "pesificada" com parte do resultado dolarizado. O preço do leite medido pela moeda milho caiu 51% no último ano ao finalizar o subsídio indireto proveniente do setor agrícola.

O preço médio ponderado do leite recebido pelos produtores de Santa Fe foi, em dezembro último, 2,47 pesos/litro, versus 2,59 pesos/litro em novembro, segundo dados divulgados pelo Ministério da Produção de Santa Fe. O dado é que no último mês de 2015 eram necessário, em média, 1,48 quilos de milho - posto em Rosário - para comprar um litro de leite, contra 2,01 quilos em novembro do ano passado, e 3,05 quilos em dezembro de 2014. A queda nominal do preço pago pelo leite, registrada no último ano pode ser suportada pela maior parte dos produtores - alguns ficaram pelo caminho - graças ao achatamento do preço interno do milho, gerado pelo coquetel integrado por retenções + desvalorização cambial. (valorsoja - Tradução livre: Terra Viva)
 
 
Preços/Uruguai 
Em dezembro de 2015, o poder de compra do leite caiu 24% em relação a um ano atrás, segundo o indicador publicado pelo Inale [Instituto Nacional do Leite]. Comparando o preço do leite ao produtor e os preços dos produtos que entram no custo de produção, observa-se que a capacidade de compra do leite era 24% menor em dezembro de 2015, do que no mesmo mês de 2014. Isto ocorreu fundamentalmente em decorrência da forte queda do preço ao produtor (-17%) e em menor medida ao aumento do custo de produção, expresso em pesos (+9%). Entretanto, o poder de compra do leite se manteve estável desde julho do ano passado. A queda do preço ao produtor (-17%) se deve à transferência da baixa dos preços internacionais dos lácteos (observada desde o início de 2014) diante da alta dependência do mercado internacional do setor lácteo nacional, que é fortemente exportador - entre 70 e 75% do leite captado no Uruguai é exportado. (Tardaquila Agromercados - Tradução livre: Terra Viva)
 

 

    

         

Porto Alegre, 28 de janeiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.195

 

  Crescimento da classe média no mundo gera demanda por alimentos perecíveis e geladeiras

O crescimento do número de refrigeradores domésticos é um dos fatores que estimula o consumo de produtos perecíveis no mundo, o que sinaliza importante oportunidade para países produtores de alimentos como o Brasil. A análise é feita pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa e publicada no estudo Estratégia de Abertura de Mercados: Perspectivas 2016.

O documento relaciona a quantidade de geladeiras e o padrão de consumo em países onde a classe média está em expansão. Com renda maior, o cidadão tem condições de comprar o refrigerador e, consequentemente, armazenar mais alimentos perecíveis, como carnes e lácteos.

Na Índia, onde apenas 24% dos lares têm geladeira, é baixo o consumo anual de proteína animal: 2 kg/habitante de carne bovina e 3 kg/habitante de carne de frango. Já no Brasil, 98% das residências têm o eletrodoméstico, o que favorece o alto consumo. Por ano, são 39 kg/habitante de carne bovina, 44 kg/habitante de frango e 14 kg/habitante de carne suína.

Aumento da demanda
O ingresso de milhares de pessoas à classe média vai gerar forte pressão por alimentos, principalmente pelos asiáticos. O continente é apontado como o mercado de maior crescimento no globo, com potencial para liderar o consumo nas próximas décadas. Em 2030, 66% da classe média mundial se concentrará ali.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) estima que, até 2024, o consumo mundial de carnes (bovina, suína e frango) crescerá 15%; delácteos (leite em pó, queijo e manteiga) 23%; de oleaginosas e grãos, 15,3% e de açúcar, 21%.

O Brasil, por sua vez, tem potencial para aumentar a produção de todos esses alimentos, assumindo papel protagonista na garantia da segurança alimentar mundial. O país já responde por 7,7% do comércio agropecuário mundial e chegará a 10% em 2018. (As informações são do Mapa)
 

 
IPVDF espera vistoria

O Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), ligado à Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), está fazendo ajustes nos equipamentos para receber auditoria do Inmetro. A vistoria, que está agendada para os dias 16 a 19 de fevereiro, tem como objetivo a acreditação do laboratório para manutenção do credenciamento junto ao Ministério da Agricultura (Mapa). "É um procedimento necessário para que o laboratório tenha um certificado para os serviços que faz", explica o agrônomo Carlos Alberto Oliveira, diretor técnico da Fepagro. A auditoria será para verificar se os instrumentos e procedimentos utilizados pelos laboratórios de virologia, brucelose, parasitologia e leptospirose, que atuam na pesquisa, identifica- ção e diagnóstico de doenças que atingem os animais de produção, estão de acordo com as normas oficiais. A contratação de empresas para fazer a aferição e a calibração dos equipamentos foi viabilizada com repasse de R$ 200 mil do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa). Já o investimento da Fepagro foi de R$ 400 mil e inclui também a contratação de empresas que fazem a coleta constante de resíduos oriundos das análises. O IPVDF fica e m Eldorado d o Sul. A certificação aguardada é válida por 24 meses. (Correio do Povo)

Piracanjuba

Ninguém melhor que os mais admirados cantores sertanejos goianos para estrelar a nova campanha Piracanjuba. Com o mote "Essa dupla vai fazer sucesso na sua casa", Zezé di Camargo e Luciano vão mostrar a praticidade e o sabor do Creme de Leite e do Leite Condensado Piracanjuba na preparação de receitas diversas. Assim como Zezé di Camargo & Luciano, a Piracanjuba conquista as pessoas por todo o Brasil. Eles trazem consigo valores presentes em nossa marca: tradição, família, qualidade, seriedade e amor pelo que se faz. Nossos produtos já são consumidos no dia a dia dos cantores, o que traz ainda mais credibilidade para a divulgação, afirma a Gerente de Marketing da Piracanjuba, Lisiane Guimarães. A dupla sertaneja participará de campanhas com veiculação nacional, que contemplarão comerciais de 10s e 30s em TV aberta e em canais pagos, anúncios em revistas e em publicações para o trade, além de ações nas mídias sociais. As criações também incluem ações de merchandising no PDV. Vale destacar que a parceria vai abranger as redes sociais da dupla, com posts mensais, apresentação do comercial na abertura dos shows e logomarca em várias peças, uniformes, entre outros. (ASPB)

 
 
Uruguai

Os produtores entraram em uma fase de comprometimento da atividade. As indústrias de laticínios estão chegando a uma situação que compromete a sobrevivência econômica dos agricultores, em decorrência da queda de preços, a demora em receber exportações para a Venezuela e pela incerteza sobre os negócios futuros, confirmaram diversas fontes a El Observador. A indústria Pili de Paysandú, que em decorrência da crise com a Venezuela está direcionando seus negócios de queijos para o Brasil a preço muito menores, decidiu reduzir em 14,2% os preços do leite ao produtor, de 7 pesos/litro, [R$ 0,93/litro], para 5,80 pesos/litro, [R$ 0,77/litro]. "Isto significa trabalhar com prejuízo", assegurou o presidente da Associação dos Produtores de Leite de Paysandú, Raúl Orta. Na bacia leiteira da Conaprole, onde os agricultores recebem melhores preços, o problema começa a ocorrer, observou a El Observador o diretor da Associação Nacional dos Produtores de leite (ANPL), Pedro Mas. A Conaprole manteve em dezembro, os preços de novembro, a média de 7,87 pesos/litro (US$ 0,26). Com este nível de preços a viabilidade da atividade fica também comprometida, porque não cobre os custos de produção". (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)
 
 
Supermercados
As vendas reais dos supermercados no Brasil caíram 4,39% em dezembro sobre o mesmo mês de 2014, informou nesta quarta-feira (27) a associação que representa o setor, a Abras. Na comparação com novembro, houve alta de 24,17% nas vendas reais dos supermercados. Já no acumulado de 2015, o setor teve baixa de 1,9% na receita sobre o ano anterior. "O resultado negativo de vendas no ano passado é reflexo do aumento do desemprego e da diminuição da massa salarial, ocorridos principalmente no segundo semestre de 2015", disse em comunicado à imprensa o vice-presidente da Abras, Márcio Milan. A redução de 2015 foi a primeira queda anual de vendas desde 2007, quando o recuo foi de 1,59%. A entidade informou ainda que espera que as vendas reais tenham recuo de 1,8% em 2016. Pesquisa da Abras vê varejistas ainda pessimistas sobre projeção de crescimento de suas empresas, prevendo cenário difícil para os próximos meses. (G1)

         

Porto Alegre, 27 de janeiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.194

 

  Será o fim da fofura na caixinha do leite?

Mamíferos de fofura incontestável bebendo leite de vaca já foram febre nacional e, nos anos 1990, viraram bibelô em milhares de casas Brasil afora. Mas, seja na tela da TV ou seja nas prateleiras do supermercado, esses e outros mascotes publicitários utilizados para vender leite e similares estão prestes a virar coisa do passado.

Quem determinou o fim da brincadeira foi a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Publicado em novembro, um decreto prevê que, em 12 meses, "fotos, desenhos ou representações gráficas não necessárias para ilustrar métodos de preparação ou de uso do produto" sejam banidas das embalagens de fórmulas infantis, leites fluidos ou em pó, leites modificados (elaborados a partir de leite in natura ou leite em pó integral) e similares de origem vegetal (como o leite de soja).

O principal alvo são os produtos destinados a crianças em fase de amamentação, mas a nova norma estende a restrição a produtos consumidos por gente de todas as faixas etárias - como o leite. A justificativa da Anvisa é que a utilização desse tipo de imagem nos rótulos estimularia o consumo de outros tipos de leite em detrimento do materno por bebês e crianças de até três anos. Apesar da boa intenção, a iniciativa é alvo de polêmica.

Se a importância do leite materno no desenvolvimento é unanimidade entre especialistas, ainda há dúvidas se o decreto da Anvisa é eficaz ao estimular o bom hábito.

- Esse tipo de medida é secundária. O desestímulo à amamentação está menos no apelo comercial do que em outras questões, muitas vezes culturais. Pode existir uma parcela de mães que se sinta atraída pela lata da fórmula, ou veja nisso certo status social. A medida talvez ajude nisso. Mas terá baixo impacto - opina Marcelo Pavese Porto, vice-presidente da Sociedade de Pediatria do RS.

Especialista em alimentação infantil, a nutricionista Magali Martins também avalia que é preciso buscar outras maneiras de promover o aleitamento materno. Ela acredita que a preocupação com a publicidade destinada a crianças - como a do leite - é pertinente, mas que o determinante para a compra das fórmulas infantis, em primeiro lugar, é a orientação de um profissional.

- O que mais vai importar para uma mãe, se ela precisar fazer uso desse produto, será a opinião do pediatra. Acho que deveria haver uma preocupação em fazer campanhas que mostrem os benefícios do aleitamento e que acabem com o preconceito sobre amamentar em público - diz.

Empresas rechaçam alterações da Anvisa
Do ponto de vista da publicidade, porém, a interpretação pode ser um pouco diferente. Professora de marketing e comportamento do consumidor da ESPM-Sul, Liliane Rohde defende que as escolhas relacionadas ao consumo não são determinadas por fatores racionais.

- Qualquer decisão que tomamos tem um apelo emocional. No momento em que a mulher está vulnerável, como no caso da maternidade, aquele personagem fofinho do rótulo mexe com o inconsciente, porque remete à posição dela, de mãe. Uma mulher sem muita informação que chega no ponto de vendas e vê isso pode achar que não faz mal trocar às vezes (o leite materno pela fórmula), já que aquele produto inspira uma ideia de cuidado - reflete Liliane.

Representantes do setor de laticínios rechaçam as alterações. Em nota, o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat) disse que a lei é "antiquada" e obriga as embalagens a parecerem com "medicamentos". A categoria estuda ingressar com ação direta de inconstitucionalidade contra as novas regras. (Zero Hora)
 

 
Cenário internacional ainda não indica melhoria de preços

O mercado internacional continua dando sinais que indicam que os preços podem demorar um pouco mais do que o esperado para uma recuperação. Tanto do lado da produção, quanto do lado da demanda e o nível de estoques, indicam que ainda deve demorar para uma recuperação mais sustentável de preços.

Produção ainda cresce nos principais mercados produtores e exportadores
Apesar das fortes quedas de preços do leite na maioria dos países mais relevantes na produção e exportação de lácteos no mundo, a produção agregada deles ainda segue maior do que em 2014, basicamente pelo crescimento observado na União Europeia e nos Estados Unidos. O gráfico 01 mostra a variação do volume de produção de janeiro a novembro (2015 vs. 2014) e 0 percentual de variação dos volumes.

Gráfico 1. Variação (em milhões de litros e %) da produção de leite em países selecionados - Janeiro a Novembro (2015 vs. 2014).

Fonte: elaborado pela equipe do MilkPoint Mercado a partir de diferentes fontes

O crescimento europeu de cerca de 2% sobre 2014 (que significa cerca de 2,7 bilhões de litros adicionais de janeiro a novembro de 2015) é explicado pela liberação das cotas de produção em abril de 2014 e pelo consequente crescimento, bastante acelerado em alguns países (Irlanda cresce 13% e Holanda 6% sobre os volumes produzidos em 2014). Nos Estados Unidos, apesar da queda de quase 29% dos preços ao produtor entre 2015 e 2014, o crescimento da economia local e a melhor relação de preços com milho e soja naquele mercado explicam um crescimento de 1,2% até novembro, representando cerca de 1 bilhão de litros adicionais. O crescimento destes 2 gigantes da produção mais do que compensa a queda de 1,4% de janeiro a novembro na Nova Zelândia, grande exportador mundial de lácteos e onde o volume acumulado de queda até novembro foi de cerca de 260 milhões de litros de leite (na verdade, já temos dados de janeiro até dezembro de 2015 na Nova Zelândia e a queda total de produção em 2015 totaliza 300 milhões de litros de leite no ano. Considerando apenas o período da safra 2015/2016, a queda de produção é da ordem de 2,8%).

Demanda ainda patina nos principais importadores
China e Rússia, os dois principais importadores de lácteos do mundo, seguem comprando volumes bem menores inferiores que há 12 meses. A tabela 01 mostra os volumes de compra chineses para leites em pó e a tabela 02 as compras russas de manteiga, leite em pó desnatado e queijos.

Tabela 1. Importações chinesas de leites em pó - 2015 vs. 2014. 


Tabela 2. Importações russas de derivados lácteos - 2015 vs. 2014.


A redução dos volumes importados pelos chineses (-53 mil toneladas de leite em pó desnatado e -318 mil toneladas de leite em pó integral) representa um volume de cerca de 3,2 bilhões de litros de leite fresco equivalente, e a diminuição das compras russas equivalem a 1,2 bilhões de litros de leite fresco. Ou seja, juntas, China e Rússia deixaram de comprar cerca de 4,4 bilhões de litros de leite!

E, como consequência, os níveis de estoques aumentam...
Este desequilíbrio que ainda persiste entre oferta e demanda no mercado mundial de lácteos vem fazendo aumentar os volumes estocados. Na Europa, o programa governamental de compra de excedentes de leite em pó desnatado acumulava, em novembro/2015 (último dado disponível), cerca de 56 mil toneladas de leite em pó desnatado. Nos Estados Unidos, os estoques de desnatado atingem números superiores a 80 mil toneladas de produto, além dos volumes estocados de queijos e manteiga.

Assim, os atuais níveis de preços internacionais, que assustam e desestimulam produtores e indústrias nos diferentes mercados, não aparentam reação mais significativa no curto prazo. (Valter Bertini Galan/Milkpoint)


Produção/Europa 

A captação de leite na União Europeia (UE) aumentou 5,4% em novembro passado em relação a novembro de 2014, de acordo com os últimos dados do Observatório Lácteo da UE. Este foi a taxa de crescimento mensal mais elevada registrada em 2015. Por países, os maiores crescimentos percentuais foram registrados na Irlanda, Luxemburgo, Holanda e Bélgica.

No caso da Espanha, os últimos dados apontam um aumento de 6,6% em dezembro passado, em comparação com dezembro de 2014. Por este motivo, o Ministério da Agricultura prevê que o preço do leite ao produtor terá um aumento pequeno. A captação acumulada na UE, nos primeiros 11 meses do ano, cresceu 2,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este aumento se traduziu em maior oferta de leite em pó desnatado (aumento de 8,6% nos primeiros 11 meses do ano), de manteiga (+4,3%), creme (+3,4%); e queijo (+1,2%). Por outro lado, houve redução na produção de leite em pó integral (=4,7%), leite de consumo e leite concentrado. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)
 
Lácteos: produtores debatem regras para embalagens 
Lideranças de laticínios gaúchos associados ao Sindilat debateram, em reunião nesta terça, dia 26, o impacto da lei que impõe novas regras para as embalagens de produtos lácteos. Pelo texto, que já está em vigor desde 4 de novembro de 2015, fica proibido o uso de figuras humanizadas nos rótulos, a exemplos de vacas com rostos sorridentes e personagens. Para acessar ao vídeo, CLIQUE AQUI. (Canal Rural)
 

 

    

 

         

Porto Alegre, 26 de janeiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.193

 

  Pela preferência dentro de casa

Em meio à guerra fiscal travada entre os Estados, as indústrias de leite querem garantir que, pelo menos dentro de casa, os itens processados no Rio Grande do Sul tenham preferência à mesa do consumidor. O setor quer apresentar ao governo Sartori, até a primeira quinzena de fevereiro, proposta de tributação diferenciada para produtos de outras unidades da federação.

- O Paraná protegeu sua produção. Estudamos projeto semelhante, que valorize a indústria gaúcha, dando maior competitividade - argumenta Guilherme Portella, vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS).

Desde o dia 1º deste mês, os paranaenses colocaram o leite UHT no regime tributário diferenciado, dando preferência ao alimento local ao taxar a mais os que têm origem em outros Estados.

Para entrar no Paraná, indústrias do Rio Grande Sul pagam entre R$ 0,16 e R$ 0,18 a mais, por litro, em imposto. São Paulo e Rio de Janeiro também têm ICMS diferenciado para a produção local.

Creme de leite e leite condensado seriam incluídos na proposta gaúcha, com o pedido de equiparação à carga tributária com a de outros Estados.

- A terceira empresa que mais vende leite UHT não tem produção no Rio Grande do Sul. Consideramos uma concorrência desleal - completa Portella.

Segundo maior produtor do país, o Rio Grande do Sul tem 40% da produção destinada ao mercado interno. Os outros 60% são vendidos fora de casa.

O desquilíbrio entre produção e consumo de leite tem efeitos muito prejudiciais ao setor, da propriedade à indústria. Foi o que se comprovou em recente crise, que fechou empresas e deixou produtores com pagamentos em haver. Resta saber se o governo comprará essa briga.  (Zero Hora)
 

Sob efeito do calor
O rebanho leiteiro do Estado está pedindo sombra e água fresca. O calor intenso das últimas semanas trouxe efeitos para a produção. Fora da chamada zona de conforto térmico - que fica entre 13ºC e 18ºC -, as vacas ficam, literalmente, sem ânimo para comer.

E isso se reflete no volume produzido. Conforme a Emater, os relatos feitos até agora apontam redução que varia entre 10% e 15%.

- Passou faz tempo da zona de conforto térmico. Mas a diminuição na produção varia em cada animal e propriedade - pondera Jaime Ries, assistente técnico estadual da Emater na área do leite.

Em Augusto Pestana, no Noroeste, onde a média diária de produção é de 100 mil litros, a estimativa é de perdas ainda maiores. Conforme Remí Luís Beck, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município, a produção "caiu quase 30%":

- Não foi por falta de comida que isso aconteceu, mas pelo estresse causado pelo calor. E isso não se resolve com apenas um dia de chuva.

O Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat-RS) também percebe redução no volume produzido, embora trabalhe com uma perspectiva bem mais conservadora: a diminuiçaõ estaria na casa dos 3%, resultado da dificuldade de alimentação.

Algumas estratégias podem ajudar a diminuir os efeitos das altas temperaturas, ensina Ries. No caso dos animais criados a campo, muitos produtores optam por colocá-los no pasto à noite. Outra medida é fornecer água em abundância, além de colocar as vacas em áreas com sombra. Em alguns casos, também é feita a aspersão com água. Nas propriedades em que os animais estão em regime de confinamento, os produtores investem em ventiladores e climatizadores. (Zero Hora)

Polêmica estampada na embalagem

Nada de vaquinhas felizes ou bebendo leite. Uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está causando polêmica entre as indústrias de leite. Por meio de decreto publicado em novembro, o órgão estabelece novas regras para as embalagens dos produtos.

Ilustrações "humanizadas" nos rótulos não serão mais permitidas. O argumento é o de que essas figuras estimulariam o consumo de leite por lactentes e crianças pequenas, em detrimento da amamentação materna.

O prazo para a adaptação é de um ano. As empresas avaliam a possibilidade de entrar com ação direta de inconstitucionalidade, em uma grande mobilização nacional em torno do tema. (Zero Hora)

No Brasil, desenvolvimento da pecuária leiteira depende mais de gestão do que de novas tecnologias

O avanço tecnológico proporcionou à atividade leiteira grandes avanços. Só nas últimas quatro décadas, a produção cresceu 185% no Brasil. Porém, este desenvolvimento não foi acompanhado por um avanço nas práticas de gestão da propriedade. O coordenador técnico do Educampo, Christiano Nascif, alerta que só é possível obter lucro de forma sustentável com gestão. A observação foi feita durante o 2º Simpósio Regional de Produção de Silagem de Milho e Sorgo, realizado no campo experimental da Embrapa em Coronel Pacheco - MG.

Os latifúndios com grandes benfeitorias, baixo aproveitamento das áreas, animais grandes e robustos com baixa produtividade são parte de um cenário em desuso. A atividade hoje adota áreas menores e mais produtivas, animais de genética melhorada, capazes de responder com uma produção maior em volume e melhor em qualidade. Apesar de tantas mudanças, a gestão continua negligenciada e pouco profissional. "Em média, o produtor de leite mineiro tem patrimônio de 700 mil reais investido na propriedade para gerar 200 litros de leite por dia. Essa proporção é impensável em uma padaria, uma farmácia e mesmo em outras atividades rurais, como a suinocultura. Não é compatível."

O patrimônio reflete investimentos em tecnologias para as quais o produtor não está preparado. "Isso é queimar a tecnologia. Nem sempre a implantação de uma boa tecnologia compensa economicamente. Avaliar quando será compensador é gestão. É preciso dar um passo de cada vez", sentencia Nascif, que explica: "Aumentar a produtividade por hectare e reduzir o intervalo de partos são objetivos necessários para aumentar a eficiência tecnológica. Isto significa conquistar resultados meio. Mas só serão efetivos se contribuírem para o alcance do resultado fim, ou seja: aumentar a eficiência econômica, fazer o produtor ganhar mais dinheiro".

A gestão da propriedade passa pela coleta rotineira de informações. Tudo deve ser organizado em um banco de dados atualizado. Este controle pode ser feito no papel, em planilhas no computador ou em softwares de gerenciamento; tanto faz, desde que seja organizado e atualizado frequentemente. Assim, produtor e técnico de assistência têm subsídios para interpretar os dados que refletem o custo de produção para, então, planejar as ações de melhoria e gerenciar os resultados.

O coordenador do Educampo acredita que quem não planeja, fracassa. É preciso ter planejamento para ser mais eficiente, o que quer dizer produzir mais com menos. Sobre a interpretação dos dados para traçar o plano de ações, ele aconselha: "Quando o produtor intensifica a produção, reduz a margem de lucro por litro, mas aumenta o lucro total. Por isso deve usar indicadores com escalas maiores".

Numa avaliação dos dados dos participantes do programa Educampo no período de outubro de 2014 a setembro de 2015, seis custos de produção representaram quase 80% do custo total. São eles: concentrados, mão de obra familiar (estimando uma remuneração compatível com o preço de mercado na atividade específica de cada um), volumosos, remunerações, depreciações e mão de obra. Baseado nesta análise, Nascif conclui: "Para saber onde cortar, tem que conhecer o peso de cada custo no custo total. Não adianta cortar itens de baixo impacto".

O evento
O 2º Simpósio Regional de Produção de Silagem de Milho e Sorgo é realizado pela Embrapa (Gado de Leite, Milho e Sorgo e Produtos e Mercados / Escritório de Sete Lagoas) em parceria com a Riber KWS Sementes.  A edição foi realizada no Campo Experimental José Henrique Bruschi, da Embrapa Gado Leite, com mais de 100 técnicos e produtores participando presencialmente. O evento também foi transmitido ao vivo pela rede social temática www.repileite.com.br. Quase 600 usuários acessaram a transmissão, com média de 50 pessoas ligadas ao mesmo tempo, interagindo via chat.

A programação contou com quatro palestras técnicas, que estimularam uma discussão em torno das principais técnicas e tecnologias das silagens de milho e sorgo, além de lançarem um olhar sobre o futuro da atividade leiteira, buscando enxergar soluções para aumentar a produtividade no campo e a rentabilidade do produtor. (Embrapa)
 

As metas da Cooperativa Piá
A Cooperativa Piá de Nova Petrópolis projeta um crescimento de 15% para este ano, com investimentos na capacidade produtiva e em processos e tecnologias industriais, segundo o presidente Gilberto Kny. Serão investimentos na profissionalização do produtor de frutas e leite, na gestão junto aos funcionários e nos novos produtos inovadores. A cooperativa aposta também na ampliação do seu mercado para outras regiões - Sudeste, Centro-Oeste e Norte - além da maior competividade com o mix de produtos. A propósito, a Piá se mantém líder absoluto no mercado gaúcho, com 36% na área de fermentados, segundo pesquisa Nielsen. (Jornal do Comércio)

         

Porto Alegre, 25 de janeiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.192

 

  Laticínios reagem à lei que muda embalagens 

Lideranças de laticínios gaúchos associados ao Sindilat debateram, em reunião na tarde desta segunda-feira (25/01), o impacto do decreto 8.552, que regulamenta a lei 11.265 e impõe novas regras para as embalagens de produtos lácteos. Pelo texto, que já está em vigor desde 4 de novembro de 2015, fica proibido o uso de figuras humanizadas nos rótulos, a exemplos de vacas com rostos sorridentes e personagens. O entendimento do Anvisa é que tais figuras estimulariam o consumo de leite por crianças em detrimento da amamentação.  Segundo o Sindilat, as restrições, que também incluem limites à publicidade, não se aplicam a outros setores. 

Pela regulamentação, as indústrias que têm produtos com inconformidades nas embalagens terão 12 meses para adaptação. Se as regras forem seguidas à risca, as embalagens de leite e iogurte ficarão parecidas com as de medicamentos, o que, aos olhos do Sindilat, é um exagero. "São medidas restritivas de uma lei antiquada, o que impõe ao leite normas muito mais rigorosas do que para outros setores", pontuou o presidente em exercício do Sindilat, Guilherme Portella.

As indústrias gaúchas reagiram com vigor à medida. Uma das alternativas em análise é ingressar com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) em uma mobilização nacional. "Essa legislação coloca o leite em uma posição de desvantagem. Faz pensar que é mais saudável ingerir um copo de refrigerante do que um copo de leite",  frisou Portella. Entre as empresas, a dúvida é sobre como essas restrições serão enfrentadas. Há indústrias querendo registrar novos rótulos e que já estão enfrentando problemas com a nova formatação.

Lei do Leite

Durante a reunião, o Sindilat ainda informou que abriu consulta junto aos associados sobre a Lei do Leite, aprovada em dezembro pela Assembleia Legislativa. O objetivo é coletar informações a fim de contribuir com a regulamentação da legislação.  Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a meta é reunir sugestões até o dia 10 de fevereiro e, então, agendar uma reunião com os associados para tratar do tema.  "A Secretaria da Agricultura está aberta a debater o assunto e aparar as arestas que, por ventura, existam na Lei do Leite", frisou Portella.

Na ocasião, os associados ainda aprovaram a previsão orçamentária do Sindilat para 2016. Palharini destacou ações realizadas pelo Sindicato ao longo de 2015 que trouxeram ganhos substanciais aos associados, tal como o projeto de PIS/Cofins.  Portella pontuou a importância das multinacionais que atuam no RS passarem a contribuir com o Sindicato das Indústrias local. Segundo ele, essa é uma ferramenta importante para o desenvolvimento do setor.

As indústrias ainda avaliaram a proposta da Fetag de tornar o valor de referência divulgado mensalmente pelo Conseleite como preço mínimo a ser pago aos produtores.  Segundo lideranças presentes, é impossível balizar preços por cima uma vez que há grande diferença entre perfis produtivos, alguns com captação de 50 litros dia e outros com 10 mil e em situações logísticas totalmente distintas. O risco, alertou-se, é que essa medida resulte na exclusão dos pequenos produtores do sistema produtivo. O assunto seguirá em debate entre as empresas. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Reunião de associados nesta segunda-feira
Crédito: Carolina Jardine 
 

Preços estáveis e custos em alta no mercado do leite em Santa Catarina

O mercado do leite terá um ano de estagnação. Os preços de referência anunciados pelo Conselho Paritário Produtor/Indústria de Leite do Estado de Santa Catarina (Conseleite) para este mês de janeiro evoluíram apenas R$ 1 centavo por litro. O excesso de chuva dos últimos meses afetou a qualidade das pastagens e reduziu a oferta, mas, a demanda também caiu em razão do verão. O Conseleite projetou os valores do leite padrão no mês de janeiro, registrando leve aumento, passando para R$ 0,9406. O leite acima do padrão ficou em R$ 1,0817 e, abaixo do padrão, R$ 0,8551.

O vice-presidente do Conseleite e vice-presidente regional da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (FAESC) Adelar Maximiliano Zimmer observa que os preços não apresentam variações significativas desde junho no mercado primário de produção de leite. "Essa situação se complica e se agrava pelo aumento dos custos de produção - energia elétrica, combustíveis, mão de obra, suplementos minerais e fertilizantes", assinala o dirigente.

"Em face desses aumentos nos custos não há espaço para mais redução dos preços pagos aos criadores de gado leiteiro", assinala Zimmer. Ele lembra que a melhoria de preço obtida nesse mês é insuficiente para repor as margens ideais de lucratividade.

As avaliações do dirigente indicam que os preços dos lácteos não subirão nos próximos meses por uma série de fatores. Há, no momento, uma ampla oferta global de lácteos. Os preços das commodities se mantiveram relativamente estáveis durante o mês passado e o grandes compradores de lácteos têm uma boa cobertura para os próximos meses, com muitos produtos disponíveis em estoque. Há também uma preocupação de que vários importantes países importadores dependentes do petróleo - Argélia e Venezuela, em particular - reduzirão as compras nos próximos meses. Uma grande importação realizada pela Venezuela de leite brasileiro, no mês passado, impediu queda nos preços do mercado interno.

A conjugação de fatores negativos - reajuste nos preços da energia elétrica, combustíveis e de mão obra -, além da valorização do dólar frente ao real, provocou perda do poder de compra do produtor de leite e gastos elevados na composição dos insumos utilizados na produção.

Santa Catarina é o quinto produtor nacional, o Estado gera 2,8 bilhões de litros/ano. Praticamente, todos os estabelecimentos agropecuários produzem leite, o que gera renda mensal às famílias rurais e contribui para o controle do êxodo rural. O oeste catarinense responde por 73,8% da produção. Os 80.000 produtores de leite (dos quais, 60.000 são produtores comerciais) geram 7,4 milhões de litros/dia. (As informações são da Faesc)

 

Lanagro amplia volume de análises no Estado

O Laboratório Nacional Agropecuário do Rio Grande do Sul (Lanagro-RS) ampliou a aná- lise de alimentos para o Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC), do Ministério da Agricultura, atingindo a marca de 6.215 amostras avaliadas em 2015. O volume representa crescimento de 48,8% na comparação com 2014, quando foram analisadas 4.175 amostras de carne, leite, ovos e mel. De acordo com o fiscal federal agropecuário Fabiano Barreto, responsável pelo Laboratório de Resíduos de Pesticidas e Medicamentos Veterinários do Lanagro, um dos fatores que viabilizaram o crescimento foram as novas metodologias desenvolvidas pela equipe. 

O técnico cita ainda o fortalecimento do programa, que a cada ano vem ampliando os ensaios - parâmetros e substância monitoradas. As principais substâncias pesquisadas são antibióticos e antiparasitários. Entretanto, o nível de não conformidade é pequeno, inferior a 1%. Em 2014, das 4.175 amostras analisadas, 31 amostras, ou 0,7%, registraram alteração. Em 2015, o índice caiu para 0,4% -- das 6.215 amostras só 25 tiveram resultado não conforme. No caso das carnes, produto que apresenta maior número de amostras não conformes, a substância mais encontrada é a ivermectina, medicamento utilizado na pecuária de corte para tratamento de vermes. "Cabe ressaltar que em 2014 analisamos predominantemente carnes. Já em 2015 houve número significativo de amostras para leite e ovos", destaca Barreto. (Correio do Povo)


 
Kátia Abreu aponta exportações como saída para a crise econômica brasileira e critica o Mercosul

A ministra Kátia Abreu (Agricultura) defende que as exportações sejam a saída para a crise econômica brasileira e diz que, para isso, o país precisa ser mais "ambicioso e agressivo" e acabar com a proteção contra concorrência externa para alguns setores. "Não pode ter proteção", disse Kátia ao propor que o Brasil busque mais acordos de livre comércio com outros países.

"Dizem que para uns viverem outros têm que morrer. Quando você abre um mercado, é claro que uns adoecem e outros falecem, mas é o jogo", justificou a ministra, que tem como meta elevar a participação do agronegócio brasileiro no comércio mundial de 7% para 10% até 2018. Ao ser questionada sobre quais setores travam essa abertura para o Brasil, apontou "alguns da indústria, que são protegidos há décadas". Disse ainda que, no primeiro mandato da presidente Dilma, o país não avançou nos acordos comerciais porque "o Mercosul nos atrapalhou".

Além de buscar o caminho das exportações, a ministra, que faz parte do grupo dos assessores mais próximos da presidente, diz que o Brasil "precisa fazer o ajuste fiscal" e que o "Estado é mau gastador, gasta mal de todos os jeitos" e até "rouba".

Folha - O FMI revisou suas projeções para o Brasil e prevê retração de 3,5% do PIB neste ano. Qual a saída para voltar a crescer?
Kátia Abreu - A principal saída, e a própria presidente Dilma tem repetido isso, é aumentar as exportações. Temos de ir para um novo enfrentamento mundial e sermos mais ambiciosos, mais agressivos e abrir mais mercados. Se dentro do país as condições de comércio e negócio não vão bem, temos de buscar outros compradores para aquecer as nossas indústrias.

Como a crise na China influencia nesse cenário?
Atrapalha o mundo todo. No caso dos alimentos, afetou a quantidade e ainda mais os valores. Do ano passado para cá, nós [agronegócio] crescemos, em volume, de 141 para 163 milhões de toneladas, mas em valores caímos de US$ 96 bilhões para US$ 88 bilhões. Tem gente que diz que não precisamos de acordos de livre comércio, mas a tendência mundial mostra outra coisa.

Não foi uma falha do primeiro mandato do governo Dilma não ter priorizado esse tipo de acordo comercial?
Não é que não priorizou. Acredito que o Mercosul nos atrapalhou. O governo da ex-presidente Cristina Kirchner [Argentina] tinha dificuldade de atingir os percentuais necessários para que a gente fechasse o acordo União Europeia-Mercosul. A presidente Dilma determinou que o chanceler Mauro Vieira vá à Argentina para tentar que o governo Mauricio Macri feche uma lista de 90% de seus produtos com tarifa de importação zero para fazermos a troca de ofertas. Para o governo brasileiro, esse acordo precisa ser priorizado não só pela questão econômica. Ele significa a credibilidade do Mercosul, a revitalização do Mercosul, ou não.

Chegou o momento de tomar uma decisão: fortalecer o Mercosul ou o Brasil seguir seu rumo solitariamente?
Tenho hoje muitas esperanças de que o contrário vai acontecer com a troca das ideias do novo governo argentino. A coisa que mais preocupa um fazendeiro é quando ele está isolado e os fazendeiros em volta estão ficando pobres. Região rica é onde todo mundo está bem.

Existe uma meta de acordos que a senhora esteja estabelecendo para este ano?
A presidente nos deu um foco: União Europeia, Oriente Médio, Índia, Tailândia, Indonésia e Filipinas. Mas não é uma escolha e uma exclusão, a presidente mencionou países onde teremos menos dificuldades de negociar junto com o Mercosul. Mas continuaremos insistindo na aproximação com os EUA e tentando um acordo de preferências tarifárias da China com o Mercosul. Fechamos 2015 com US$ 1,9 bilhão a mais com a abertura de novos mercados por meio de acordos feitos pelo Ministério da Agricultura. Em 2016 serão US$ 2,5 bilhões a mais só com carne, frutas e lácteos.

Qual é a meta deste ano?
Hoje o Brasil significa 1,2% do comércio no mundo. O agronegócio brasileiro tem 7% do setor mundial e quero chegar em 10% até o fim do mandato [2018].

Qual é o grande entrave para esses acordos?
Mercosul. Quando falo Mercosul, estou incluindo o Brasil. Esses quatro países [Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai] precisam se acertar. O agro não tem problema.

No Brasil, o que trava esses acordos e como resolvê-lo?
Alguns setores da indústria, que são protegidos há décadas, acabam atrapalhando setores que já viveram em mais dificuldades, com menos subvenção, e que foram atrás da inovação e da tecnologia e venceram. Você já ouviu falar de filho de 40 anos que recebe mesada do pai dar certo? No comércio é igual: não pode receber mesada de pai a vida inteira. Não pode ter proteção.

A senhora está dizendo que alguns setores não podem ter medo de abertura para disputarmos novos mercados?
Nós [do agronegócio] não temos medo. Quem for mais competitivo, que ocupe o mercado. É. O que dói em Francisco dói em Chico. Somos competitivos, mas temos setores complicados no Brasil: por exemplo, o do leite. Qual é a nossa estratégia para melhorar a performance do leite? É abrir mercado, exportar o leite, porque, na hora em que exportar, a importação não vai fazer mal.

O que a presidente Dilma diz quando a senhora afirma que é hora de os empresários brasileiros não terem medo da concorrência?
A presidente sofre porque tem que medir, né? Acho compreensível. Num primeiro momento, o choque numa empresa automobilística é muito forte. Dizem que para uns viverem outros têm que morrer. Quando você abre um mercado, é claro que uns adoecem e outros falecem, mas é o jogo. E a quantidade dos que vão viver? Não tenha dúvida que é muito maior.

Então a saída é a exportação?

Acho que tem duas receitas: fazer o ajuste fiscal, gastar menos, cortar despesas para valer. Está na hora de apertar o cinto. O Estado é mau gastador, ele gasta mal de todos os jeitos, escolhe mal, desenvolve projetos mal, ele rouba também. Então o Estado é um péssimo executor.

Para favorecer as exportações, a senhora acha que temos que viver um período de realismo da taxa cambial?

Acho. Com o dólar até pelo menos R$ 3,70, o Brasil está muito competitivo para as exportações. 

O ex-ministro Delfim Netto defendeu que a presidente faça o enfrentamento com o Congresso para destravar a agenda econômica e impedir que o desemprego aumente. A senhora concorda?

Acho que ele está correto. Existe, por exemplo, a lei nº 8.666, das licitações. Não tem um problema dentro do Congresso [em relação a isso], porque foi feita, de propósito, numa comissão especial, e eu fui a relatora. Todo dia ligo para o [presidente do Senado] Renan [Calheiros], que fala: "Eu vou pôr [na pauta]". Tem alguém que não quer que mude e pode ter certeza que é no setor privado. 

Por que essa pauta apresentada pelo Renan [Agenda Brasil], e que o Brasil conhece há tempo, não anda?

Interesses corporativos.

Mesmo com o Brasil na iminência de chegar à taxa de desemprego de dois dígitos?
Acredito que, diante do apelo do Delfim e de tantos outros economistas, o próprio Congresso deveria ter esse proativismo de ser protagonista dessas matérias e elaborar uma pauta que não esteja só concentrada em interesses de meia dúzia. Não precisa da presidente Dilma pedindo isso. O Congresso é representante do povo.

O impeachment da presidente ainda é uma preocupação do governo e pode voltar a ganhar força no Congresso?
Acho que este debate sobre impeachment atrapalha muito a economia. Desloca energia do governo, do Congresso, de todos, e atrapalha a tramitação de uma agenda de solução da nossa crise econômica. Não há nada contra a presidente que possa levar a seu impeachment. O que tem feito a oposição? Quer o impeachment da presidente, aí fica procurando um motivo. Impeachment só tem sentido quando você encontra algo grave contra um presidente, e não o contrário. (As informações são da Folha de São Paulo)

 
Leite/EUA 
Nova iniciativa do Senado dos Estados Unidos "irá inverter a tendência de declínio do consumo de leite nas escolas", de acordo com entidades de laticínios. A Associação Internacional de produtos lácteos (IDFA) e a Federação Nacional dos Produtores de Leite (NMPF) aplaudiram a aprovação, pela Comissão de Agricultura do Senado, da legislação que visa melhorar a nutrição infantil nos Estados Unidos. A legislação é chamada de "Melhorar a Integridade e Acesso à Nutrição Infantil em 2016". Visa aperfeiçoar o a Lei Nacional de Alimentação Escolar de Richard B Russell e também a Lei de Alimentação Infantil de 1966. Todos os grupos etários atualmente, consomem menos leite que o recomendado pelo recente Guia Alimentar lançado em 2015. IDFA e NMPF disseram que esta é uma oportunidade de melhorar a ingestão de lácteos, especialmente entre os jovens do país. (DairyReporter - Tradução Livre: Terra Viva)
 

 

    

         

Porto Alegre, 22 de janeiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.191

 

  Região Sul lidera ranking regional do valor bruto da produção agropecuária

O Sul do país teve maior participação no valor bruto da produção agropecuária (VBP) de 2015. Do montante de R$ 498,5 bilhões alcançados no ano passado, os três estados da região (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) foram responsáveis por um faturamento de R$ 145,6 bilhões dentro dos estabelecimentos rurais, segundo números da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

No ranking por regiões do VPB 2015, elaborado pela Coordenação-Geral de Estudos e Análises da SPA, o Centro-Oeste aparece em segundo lugar, com R$ 135,2 bilhões, seguido do Sudeste, com R$ 127,4 bi, Nordeste, com R$ 46,9 bi, e Norte, com R$ 29,1 bi.

Valor Bruto da Produção Brasil por Regiões - 2015
 

Soja, bovinos, cana-de-açúcar, milho e café foram os produtos com maior VBP no ano passado, destacou o coordenador-geral de Estudos e Análises da SPA, José Gasques. "Milho, soja e carne bovina apresentaram o maior valor bruto da produção nos últimos cinco anos." Ainda de acordo com ele, 2015 também foi o de melhor resultado para outros produtos ao longo dos últimos anos, com destaque para cebola, suínos, frango e ovos. (As informações são do Mapa)
 

 
USDEC: 7 razões pelas quais a recuperação no setor leiteiro não é iminente
Os mercados mundiais de lácteos continuam com excesso de oferta. Na última edição do Global Dairy Market Outlook, do Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC), foram identificadas sete razões pelas quais uma recuperação global não parece ser iminente:

1) Economia mundial frágil. As notícias do começo do ano novo estão dominadas pela ansiedade sobre as commodities globais e os mercados acionários. Os preços do petróleo estão em seus menores níveis em 12 anos. Os preços dos grãos estão em seus menores níveis desde 2009 e a previsão continua fraca. Os mercados globais de ações estão agitados. As preocupações sobre a sanidade da economia da China continuam aumentando. Isso reflete amplamente uma fragilidade na economia mundial, o que não sugere uma recuperação do setor leiteiro em curto prazo. 

2) Ampla oferta global de lácteos. Grandes estoques, tanto no lado das vendas como no lado das compras da cadeia de fornecimento, bem como os estoques do governo da União Europeia (UE), limitarão as previsões de recuperação nos próximos meses. Até 10 de janeiro, os estoques de intervenção da UE estavam em 46.639 toneladas após uma oferta de 6.359 toneladas na semana anterior. Em 6.000 toneladas por semana, o limite de 109.000 toneladas será alcançado até março - bem quando o pico da primavera estará ocorrendo. Nos Estados Unidos, os estoques comerciais de queijos, manteiga e leite em pó desnatado no final de novembro eram de 115.000 toneladas, maior do que o normal para o período.

3) Produção de leite na UE. A produção de leite em outubro foi estimada como sendo 4% maior do que no ano anterior. O USDEC estimou que a produção de novembro aumentou quase 4% e previu um aumento de 1 a 1,5% com relação ao ano anterior na primeira metade de 2016. Nos oito meses desde que as cotas de produção chegaram ao fim, as entregas de leite na Irlanda e na Holanda aumentaram 10%. Isso mais do que compensou um declínio de 3% na produção na Nova Zelândia na primeira metade de sua estação de 2015/16.

4) Ainda esperando a China. As importações da China foram acima dos níveis do ano anterior em novembro (embora com relação a uma baixa comparável). Além disso, as exportações da Nova Zelândia à China aumentaram dramaticamente em novembro, o que sugere bons volumes de importação da China em dezembro. Entretanto, essas compras devem ter sido principalmente devido à empolgação anual da China pelo leite em pó com baixas tarifas da Nova Zelândia, que são redefinidas no começo de cada ano. Os processadores chineses parecem ter finalmente trabalhado para reduzir os estoques a níveis confortáveis, mas embora o crescimento da produção doméstica seja modesto, até agora ainda está crescendo suficientemente para mitigar a necessidade de uma mudança no jogo nas importações.

5) Preços estagnados. Os preços das commodities se mantiveram relativamente estáveis durante o mês passado. O preço de intervenção da UE para leite em pó desnatado (cerca de US$ 1.844/tonelada a taxas de câmbio atuais) colocou um piso sobre os preços agora. Entretanto, não há urgência na oferta de preços mais elevados dados os atuais excedentes. Os preços caíram em 19 de janeiro no leilão GDT, segundo declínio seguido. O leite em pó integral ficou em média em US$ 2.188/tonelada e o leite em pó desnatado ficou em US$ 1.835/tonelada. Os comerciantes não antecipam muita melhora nos próximos meses; em 19 de janeiro, os futuros na NZX para leite em pó integral ficaram em média em US$ 2.297/tonelada para o segundo trimestre de 2016.

6) Clima. Um dos direcionadores relacionados ao clima que poderia ter apontado os mercados para um território positivo moderaram nos dois últimos meses. A ameaça do El Niño na produção de leite da Nova Zelândia diminuiu à medida que os neozelandeses já passaram pelo pico. Nos meses de pico, de outubro e novembro, a produção de leite da Nova Zelândia caiu apenas 2,4% com relação ao ano anterior. 

7) Pequena urgência para compradores. Os compradores de lácteos têm uma boa cobertura para os próximos meses, com muitos produtos disponíveis. Há também uma preocupação de que vários importantes países importadores dependentes do petróleo - Argélia e Venezuela, em particular - tenham reduzido as compras nos últimos meses. Assim como todas as commodities, os lácteos precisam de uma história de alta para impulsionar um aumento global. Atualmente, essa história não existe. A avaliação anterior do mercado feita pelo USDEC continua a mesma: levará grande parte de 2016, se não o ano todo, para os mercados se reequilibrarem. (As informações são do blog do USDEC)

Relatório aponta que mercado global de queijos superará US$ 100 bi até 2019

O mercado global de queijos tem visto um enorme crescimento nos últimos anos e continuará vendo até exceder US$ 100 bilhões em 2019, de acordo com um relatório recente do Transparency Market Research. O relatório, chamado "Global Cheese Market - Industry Analysis, Size, Share, Growth, Trends and Forecast, 2013 - 2019", disse que o mercado tinha um valor de US$ 79,5 bilhões em 2012 e deverá ter um valor de US$ 105,1 bilhões em 2019. O mercado teve e continuará tendo uma taxa de crescimento de 4,4% ao ano, de acordo com essas projeções.

Analistas acreditam que o mercado de fast food é o que atualmente está direcionando o maior interesse por queijos no mundo. O Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC) disse em dezembro de 2015 que a demanda dos setores defast food e food service poderiam ajudar os preços dos queijos a voltar a níveis normais em um futuro próximo. Além do mercado de fast food, o relatório disse que a capacidade dos consumidores de gastar dinheiro com queijos finos ajudou o mercado a se tornar mais proeminente nos últimos anos.

Uma questão que pode afetar de forma adversa o crescimento dos queijos como mercado é o prazo de validade relativamente curto do produto. O site da DCI Cheese Company diz que os queijos que têm menor prazo de validade são os macios não amadurecidos, como ricota e queijo cottage, que têm um prazo de validade de duas a quatro semanas. Por outro lado, queijos duros, como o parmesão, têm um prazo de validade de sete a nove meses. Os queijos processados podem durar até um ano. 

Embora a urbanização de países como China, Coreia do Sul e Brasil tenha aumentado a demanda de cada uma dessas áreas por queijos, grandes players ainda continuam no topo. O relatório disse que a Europa detém 38,8% de participação no mercado global de queijos, com a América do Norte vindo em seguida, com 32,7%. O relatório também apontou que a Europa é o maior mercado do mundo, porém, o USDEC anteriormente disse que os Estados Unidos é que possui esse posto.

A Ásia Pacífico está vendo o maior crescimento durante o período previsto pelo relatório, à medida que a região verá um crescimento de 7,9% por ano até 2019. (As informações do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Protestos/Uruguai

O campo está cansado e saiu para manifestar. Isto ocorreu ontem, especialmente por produtores jovens, surpreendendo os próprios dirigentes rurais que vinham negociando com autoridades do governo durante o ano, pelos mesmo motivos dos protestos, que ocorreram em onze pontos diferentes no interior do país.

A iniciativa, que surgiu espontaneamente pelas redes sociais no dia 13 de janeiro, foi iniciada por um produtor de 27 anos da zona de Libertad, San José, Marcos Algorta Antía, um pecuarista que pediu reconsiderar os aumentos das tarifas públicas, redução dos preços dos combustíveis, aumentar o patrulhamento rural noturno, medidas de proteção à horticultura, "que apareça o pagamento da Venezuela" e que o Estado aperte o cinco para folgar o cidadão. O líder da mobilização pertence ao setor lácteo, que, até bem pouco tempo demonstrava sua pujança econômica e exportadora e que agora reclama por melhores condições para desenvolver sua atividade. (El Observador - Tradução Livre: Terra Viva)

 
Reajustes salariais 
Os acordos de negociação salarial firmados em dezembro não conseguiram acompanhar o ritmo da inflação e, com isso, o trabalhador brasileiro terminou o ano com perda real em seu salário. É o que aponta levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com base em dados do Ministério do Trabalho (MTE). No ano passado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 11%, enquanto os trabalhadores com carteira assinada tiveram em dezembro, na mediana, aumento salarial de 10%. Em novembro os salários já haviam encolhido 0,3%. (Estadão Conteúdo)