Pular para o conteúdo

         

 

Porto Alegre, 03 de agosto de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.076

 

  Setor lácteo reivindica acordo com Uruguai
Intenção é limitar importação de leite em pó daquele país, estabelecendo sistema de cotas
A abertura de negociações para restringir as importações de produtos lácteos do Mercosul encabeça a lista de reivindicações do setor a ser apresentada ao governo federal por um grupo de dez entidades que reúnem indústria e produtores. O documento foi produzido durante o Congresso Internacional do Leite, que terminou nesta quinta-feira, 30, em Porto Alegre.
A intenção é restringir a entrada de produtos do Uruguai por dois anos. O Brasil não negociou um sistema de cotas para a entrada de produtos lácteos do país assim como fez com a Argentina, que pode embarcar para o Brasil 3,3 toneladas por mês.
Conforme o documento, as importações de lácteos do Mercosul cresceram 199,15% no 1º semestre de 2015 em relação à média do mesmo período nos anos de 2011 a 2014 e atingiram 64,7 mil toneladas. Em relação ao mesmo período do ano passado, o incremento é de 34,1%.
Do total importado, 92,75% veio do Uruguai e 89,72% do produto adquirido é de leite em pó.
As importações de leite em pó no primeiro semestre cresceram 516,85% em relação à média dos 1ºs semestres de 2011 a 2014, e atingiram 26 mil toneladas. 
"Hoje há uma queda no preço internacional do leite em pó e nessas condições o produto importado está mais barato que o nacional", argumenta o diretor do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini.
Segundo ele, os preços no mercado interno são 50% mais caros. "A qualidade do produto brasileiro é até superior, mas para poder competir seria preciso pagar R$ 0,50 o litro ao produtor", acrescenta.
O manifesto também reivindica a revisão do acordo de livre comércio com o Mercosul, a habilitação de unidades para exportação e compras governamentais imediatas. (Portal DBO) 
 
 
Amplia arrecadação, reduz competitividade
Não é só a proposta de aumento na alíquota do ICMS, a ser apresentada nesta semana pelo governo, que está causando reações negativas. Com as atividades da Assembleia Legislativa retomadas, representantes da indústria de carnes do Rio Grande do Sul retomam a pressão para barrar projeto de lei do Executivo que já está na Casa e altera as regras do crédito presumido.
Ao limitar em 70% a apropriação - hoje de 100% -, o governo estadual estima aumentar a arrecadação anual em R$ 300 milhões no período de 2016 a 2018. Entidades do setor afirmam que o preço a ser pago pelos gaúchos é muito maior do que eventuais benefícios à arrecadação.
- O efeito disso será a invasão de produtos de outros Estados. O crédito presumido foi um dispositivo para que o Rio Grande do Sul tivesse um mínimo de isonomia. Caso seja alterado, enfraquecerá principalmente pequenas e médias indústrias - avalia José Eduardo dos Santos, diretor-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).

Levantamento preliminar mostra que a alteração acarretaria, no setor de aves, perda anual de até 3 mil postos de trabalho. O segmento gera, atualmente, 35 mil empregos diretos. Também é estimada redução de 4,68% na produção anual, de 1,6 milhão de toneladas. Outro impacto, segundo Santos, seria a redução de investimentos de empresas.

Diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado (Sips), Rogério Kerber reforça as críticas ao argumentar que o crédito presumido não é um benefício:

- Foi uma ferramenta encontrada pelo governo para fazer frente à guerra fiscal com outros Estados brasileiros. Uma mudança reduziria ainda mais a competitividade gaúcha.

Documento sobre os riscos da aprovação do projeto de lei já foi entregue em uma primeira rodada de peregrinação feita pela Assembleia no mês passado e da qual também participaram representantes do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados (Sicadergs). Estão sendo feitos novos estudos que comprovam o tratamento tributário dos diferentes Estados, com o objetivo, segundo Kerber, de mostrar que "a isonomia tributária do RS é frágil". Paraná e Santa Catarina são citados como exemplos e têm produção que concorre diretamente com a gaúcha.

A tarefa de emitir um parecer sobre o projeto está nas mãos do deputado Alexandre Postal (PMDB), líder do governo na Assembleia. (Zero Hora)
 
 
 
 
Servidores da Seapa terão dia de mobilização
Com o objetivo de pressionar o governo do Estado a recuar em sua decisão de parcelar os salários do funcionalismo, os servidores da Secretaria da Agricultura irão cruzar os braços na manhã de hoje. A paralisação, que inclui os fiscais sanitários, deve reduzir os abates de frangos, bovinos e suínos nos frigoríficos com registro regional. "Vamos mostrar para o governador que ao atacar a gente ele está atacando a economia de todo o Estado", disse o presidente da Associação dos Fiscais Estaduais Agropecuários do Rio Grande do Sul (Afagro), Antônio Augusto Medeiros. "Estamos convencidos que a culpa não é nossa e, além disso, não estamos pedindo nada, apenas o que nos é de direito. " Conforme dados da Afagro, os frigoríficos que ficarão impedidos de atuar, pela manhã, registram uma média diária de abates de 150 mil frangos, 2 mil suínos e 3 mil bovinos. "No dia 18, todo o funcionalismo se reunirá em assembleia para repercutir as medidas e definir novas ações. Nós estaremos lá e uma paralisação integral não está descartada", finalizou Medeiros.

O secretário da Agricultura, Ernani Polo, afirmou que o parcelamento não é intencional e que está disponível para conversar. "A gente compreende e respeita a posição deles, mas também pedimos compreensão. Estamos falando de um serviço essencial", declarou. Sobre o pagamento de diárias durante a Expointer, o secretário disse ainda não ter pensado no assunto. Porém, garantiu que o evento terá a estrutura mínima indispensável para a sua realização. (Correio do Povo)

 
 
 
Uruguai - Acordo de exportação com a Venezuela salvará 6.000 postos de trabalho
Após a assinatura de um acordo entre os presidentes Tabaré Vázquez e Nicolás Maduro na Venezuela, o Uruguai exportará 66 mil toneladas de queijo e leite em pó, além de arroz, soja e, ainda que em menor quantidade, frango.
Nas últimas horas, depois da viagem de Vázquez junto com empresários agropecuários à República Bolivariana, foi firmado um acordo entre os presidentes dos dois países, para exportação de alimentos.
Segundo anunciado pelo ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca, Tabaré Aguerre, serão vendidas, até o final do ano, 12 mil toneladas de queijo (distribuídos entre Calcar, Claldy e Pili) e 44 mil toneladas de leite em pó, que serão vendidas pela Conaprole (o que representa 40% da sua produção anual).
Serão também enviadas 90 mil toneladas de arroz, 80 mil toneladas de soja e 9 mil toneladas de franco (Avícola Tres Arroyos). Para a oleaginosa de nosso país seria a primeira venda da história, ao país venezuelano.
O valor das exportações será superior a 300 milhões de dólares, como foi anunciado pelo presidente Vázquez, ainda que Aguerre não tenha informado o montante final.
O secretário de Estado ressaltou que o acordo com a Venezuela é chave e significará a preservação de aproximadamente 6.000 postos de trabalho no setor lácteo.
Aguerre lembrou, no entanto, a importância de retomar a linha comercial com a Venezuela. As operações com lácteos, neste ano, estiveram paradas. (Terra Viva)
 

Recebemos mais um corte no orçamento. O ministério vai se adequar com tranquilidade.", Kátia Abreu - Ministra da Agricultura, em seu perfil no Twitter, ao comentar novo ajuste nos recursos da pasta.
 
 

 

    

 

 

                                                      

 

Porto Alegre, 31 de julho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.096

 

  Consumo e qualidade são temas do Congresso Internacional do Leite
 
A saúde, comercialização e adição de probióticos para a melhoria dos produtos lácteos foi tema do primeiro painel desta quinta-feira (30) da programação do 13º Congresso Internacional do Leite, que ocorre no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre. O painel foi presidido pelo presidente do sistema Ocergs/Sescoop/RS, Vergilio Frederico Perius, e teve como moderador o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Alexandre Guerra.
A palestra do coordenador do Mais Leite, Rafael Cornes Lucas, "Benefícios do Consumo de Lácteos para a Saúde Humana - Evidências Científicas, apresentou diversos dados que corroboram com as vantagens do consumo de lácteos, principalmente o leite, desde a infância até a vida adulta, inclusive sendo um dos fatores significativos na relação consumo de leite e aprendizado. "Já temos comprovado que o consumo do café da manhã com produtos lácteos é fator essencial para o conhecimento, refletindo na capacidade de absorção cognitiva e capacidade de compreensão. Portanto, é essencial que se executem programas dentro das escolas, estimulando o consumo de lácteos pelos estudantes tanto na infância quanto na adolescência", explica.
O pesquisador disse que o consumo de lácteos na fase adulta deve ser mantida, pois são produtos que têm importância nesta fase da vida e são benéficos para prevenir a obesidade, por sua forma de saciedade e inclusive no que se refere ao fortalecimento de cálcio de adultos, que tem seu auge aos 30 anos e entra em declínio principalmente a partir dos 50 anos de idade. "Os lácteos são alimentos fontes de excelência de cálcio, mineral que é relacionado com a prevenção e tratamento da hipertensão arterial, obesidade e osteoporose, entre outras. Também existe vínculo direto do consumo de lácteos para a prevenção de doenças como diabetes, cáries, doenças cardiovasculares, câncer de cólon e mama e benéfico para a prática esportiva", complementa.
A palestra seguinte teve como tema "Novos Produtos para a Indústria Brasileira de Latícinios", apresentada pela pesquisadora e professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Neila Silvia Pereira Richards. A apresentação contextualizou o comportamento do mercado e indústria de lácteos com o consumidor que, com o passar das décadas, principalmente a partir de meados dos anos 1990, se apresenta não somente com um produto de suplementação e fortalecimento, mas de caráter funcional, reduzindo e prevenindo doenças e problemas de saúde.
A especialista reforça o caráter de importância do leite e derivados como produto essencial para a alimentação humana. "O alto teor de cálcio no produto, contendo 30% do valor diário necessário e um copo de leite, faz dele um produto indispensável. Para vias de comparação essa mesma quantidade de cálcio só seria suprida por vegetais, em 10 xícaras de espinafre ou o consumo de 32 unidades de couve de Bruxelas, o que seria praticamente inviável" comenta.
Em termos de indústria e mercado, a pesquisadora acredita em uma projeção entre 2014 e 2024 de um aumento de 36% no consumo, o que equivale a 710 milhões de toneladas do produto e que a produção busque incrementar a diversidade de produtos oferecidos para o consumidor final. Entretanto, a pesquisadora foi enfática nas questões de produto e matéria-prima. "O que deve ser entendido é que a qualidade é uma obrigação da indústria, uma conformidade e não um diferencial. Inclusive no que se refere à matéria-prima pois, comprometida, não tem milagre algum que a torne um bom produto", aponta.
O ciclo de palestras desse painel foi fechado com a apresentação "Probióticos para a Indústria de Laticínios", realizada pelo argentino Calso Gabriel Vinderola. A sua apresentação foi focada nas vantagens e utilização dos probióticos em produtos lácteos e o quanto eles contribuem para a qualidade. "Os probióticos são excelentes aditivos aos lácteos, especialmente iogurtes, com benefícios comprovados para a saúde intestinal, inclusive sendo uma importante fonte preventiva de doenças desse órgão" comenta. O especialista ainda aponta que o país tem uma grande oportunidade nesse segmento. "O Brasil não conta com a produção de probióticos locais, sendo necessária a sua importação, o que pode ser um campo extremamente oportuno para o início desse tipo de cultura", comenta. Por fim, o especialista vê a necessidade de uma mudança na legislação que possibilite que sejam apresentados nos rótulos dos produtos todos os benefícios já comprovados pela adição desse microrganismo em lácteos.
O 13º Congresso Internacional do Leite segue nesta quinta-feira (30) com palestras que discutem a sustentabilidade e a competitividade da atividade leiteira no Brasil. O evento  conta com apoio de Balde Branco, Feed & Food, Milkpoint, AFUBRA, SESCOOP,  Universidade Federal de Santa Maria, Universidade Federal do Rio Grande do Sul,  Famurs, AGL. Conta com patrocínio do SEBRAE, SICREDI, Tetra Pak, OCB, Emater-RS,  CNPq, CAPES, Ministério da Educação, Ministério da Agricultura, Pecuária e  Abastecimento. O congresso é uma realização da Embrapa em parceria com o Instituto Gaúcho do Leite (IGL). (O Sul)
 
 
Justiça torna sem efeito registro indevido de marca de queijos alemães por distribuidor brasileiro

A justiça federal suspendeu liminarmente os efeitos do registro da marca Bergader, de queijos alemães, pela empresa brasileira La Rioja, que distribuía os produtos no Brasil, de acordo com a sentença da juíza Marcia Maria Nunes de Barros, da 13a Vara Federal.

A Bergader, uma das principais fabricantes de queijos do mercado alemão, é uma empresa familiar criada em 1902. Seus produtos passaram a ser distribuídos no Brasil em 1999 por empresas entre as quais a La Rioja (Comercial Importação e Exportação La Rioja Ltda.). Com o crescimento das vendas no país, a Bergader buscou proteção de sua marca também no Brasil em 2009, surpreendendo-se com pedido de registro idêntico depositado pela La Rioja no INPI (Instituto Brasileiro de Propriedade Intelectual) em 2008.
Mesmo sabendo do pedido de registro pela própria Bergader, o INPI no ano passado, concedeu a La Rioja o registro da marca - que incluiu o logotipo original, com base na anterioridade da solicitação.
Ao conceder a liminar, a juíza aponta que a La Rioja "agiu de má fé, uma vez que depositou de forma absolutamente idêntica tanto a parte nominativa quanto a estilização". Para a juíza, houve "clara intenção de angariar clientela alheia, dado o risco de confusão e associação pelo público consumidor ao se deparar com a marca Bergader; além do que o depósito feito sem qualquer autorização coloca em risco a integridade material da marca das demandantes, sua reputação no mercado brasileiro e os vultuosos investimentos realizados por elas ao longo dos anos".
O uso da marca pela La Rioja está suspenso até a conclusão do processo - que ainda contará com manifestações da La Rioja e do INPI - sob pena de pagamento de multa diária no valor de mil reais. 
A advogada Elisa Santucci, cujo escritório representa a Bergader, comenta que não é impossível ocorrer coincidência entre nomes de produtos devido ao desconhecimento da existência anterior da mesma marca.
No que toca à Bergader porém, comenta ela, "as evidências comprovam a existência dessa marca no mercado internacional pelo menos 40 anos antes de seu registro no Brasil pela La Rioja, e nós demonstramos haver um relacionamento comercial que tornava impossível o desconhecimento, por parte da La Rioja, da marca Bergader". "O registro da marca, pelo distribuidor, no país onde os produtos são distribuídos", continua ela "até pode acontecer de maneira preventiva, mas, na maioria das vezes, representa uma tentativa, pela distribuidora, de forçar a continuidade do contrato de distribuição". (SEGS)
 
 

Confirmado o fim do emplacamento dos veículos agrícolas

Após longa batalha, iniciada pelo deputado federal Alceu Moreira com a apresentação em 2012 do projeto 3312, foi confirmado o fim do emplacamento dos veículos agrícolas. A sanção está publicada no Diário Oficial de sexta-feira, 31/07.

O texto sancionado acaba com qualquer possibilidade de emplacamento e licenciamento, exigindo apenas um registro sem custos, uma espécie de documento de identidade do trator, colheitadeira ou pulverizador, caso precise transitar em vias públicas.

A fim de garantir a segurança, também prevê que os estados e municípios, através dos seus órgãos de trânsito, fiquem a cargo da fiscalização nos deslocamentos.

O projeto apresentado acabou vetado pelo próprio governo federal, que via no emplacamento uma possibilidade de arrecadação em tempos de descontrole nas contas públicas. Entretanto, frente à pressão o governo recuou, primeiramente prorrogando a data de início do emplacamento e depois com a edição de Medida Provisória sancionada.

Entenda a batalha desde o começo

Em 2012 foi apresentado o projeto de lei (3312/2012) que acabava com o emplacamento e licenciamento das máquinas. Ainda nesse ano uma resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) foi publicada. Esta, através do código de trânsito, obrigava o agricultor a emplacar e licenciar as máquinas agrícolas a partir de 2015.

Dali para frente, o projeto tramitou durante dois anos na Câmara e no Senado, sendo aprovado pelas duas casas sem nenhuma modificação. Nesse período, ocorreram inúmeros debates, todos com a presença de representantes do governo federal. Faltava, então, apenas a sanção pela presidente Dilma Rousseff para acabar de vez com essa injustiça com os produtores. Mas no último prazo para a sanção, todos foram surpreendidos com uma publicação no Diário Oficial da União, assinada pela presidente, que vetava integralmente o projeto.

Após isso, o veto foi apreciado pelo Congresso, que optou por mantê-lo. Isso gerou uma grande comoção em todo o país. Pressionado, o governo prorrogou a data do emplacamento e posteriormente editou a Medida Provisória 673/15, aprovada pela Câmara e pelo Senado, e agora sancionado. (As informações são da Assessoria da Câmara/Milkpoint)

 

 
IGC estima colheita em 1,97 bilhão de t
O Conselho internacional de Grãos (IGC) manteve praticamente estável sua estimativa para a produção mundial de cereais em 2015/16. Em levantamento divulgado ontem, a entidade passou a prever a colheita em 1,97 bilhão de toneladas, 2,1% menos que o calculado para 2014/2015. (Valor Econômico)
 
 

 

    

         

 

Porto Alegre, 30 de julho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.095

 

 Inovação e sustentabilidade são temas de debate no Congresso Internacional do Leite
Painel ocorrido nesta quinta-feira teve a mediação do presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra
 

 
Inovação e sustentabilidade foram alguns dos temas em debate no Congresso Internacional do Leite, que terminou nesta quinta-feira, no Centro de Convenções da Fiergs. O painel mediado pelo presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra, trouxe a preocupação sobre a necessidade de o setor estar sempre em busca de novos produtos para conquistar um consumidor cada vez mais exigente.
 
Neila Richards, docente do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Santa Maria, lembrou que o consumidor está sedento por produtos novos e diferenciados. "Ele quer um alimento saudável, bom para o organismo, mas ao mesmo tempo, saboroso. Além disso, está preocupado com a forma como o produto foi feito, se é seguro", destacou. E complementou: "O consumidor quer um alimento nutritivo como uma maçã, mas gostoso como um brigadeiro." A docente destacou que o momento é de oportunidade para as indústrias desenvolverem novos produtos e buscarem novos nichos. "CRIEM. Temos mercado e um consumidor ávido", finalizou.
 
O painel contou ainda com a participação do coordenador do Programa Mais Leite=Mais Saúde, o uruguaio Rafael Cornes Lucas, que falou sobre os benefícios do consumo de lácteos para a saúde humana; além do argentino Celso Gabriel Vinderola, da Universidade Nacional Del Litoral, abordando probióticos para a indústria de laticínios. O presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Frederico Perius, conduziu o debate.
 
Para Alexandre Guerra, os temas discutidos no painel são importantes para o desenvolvimento do setor lácteo e estão na linha dos projetos do Sindilat/RS. "É importante desenvolver novos produtos e criar novos hábitos, inovando assim o setor", destacou o dirigente, lembrando que hoje o Brasil consome 176 litros leite/habitante por ano.(.DOC Assessoria de Comunicação - Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS)
 
 
 
 

Visão geral sobre o Mercado de Lácteos - Oceania

Altas temperaturas e falta de chuvas no Sul da Austrália está reduzindo o crescimento de pastagens. O alto custo do frete e volumosos, faz com que os produtores de leite procurem alternativas mais baratas de alimentação.

De acordo com a DCANZ da Nova Zelândia, a produção de leite no país atingiu 0,796 milhões de toneladas, em maio, registrando aumento de 10,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior, e um volume 37,2% mais alto que em maio de 2013. Os sólidos totais do leite, cresceram 11,7% quando comparados com maio de 2014. (USDA)
 
 
 
 
População mundial com mais de 65 anos aumenta e abre oportunidades para proteína do soro do leite
 
Mais de um quarto da população do Japão tem 65 anos ou mais. Essa porcentagem vem aumentando em 1% por ano há alguns anos e, segundo todas as contas, continuará aumentando até 2060 quando mais de 40% da população do país terá 65 anos ou mais. A razão: a baixa taxa de natalidade somada ao aumento da expectativa de vida.

O fenômeno não está isolado ao Japão. De acordo com as projeções das Nações Unidas, o número de pessoas com mais de 65 anos no mundo todo triplicará, de 530 milhões em 2010 para mais de 1,5 bilhão em 2050. Atualmente, o número de chineses com 65 anos de idade e mais velhos equivalem ao total da população do Japão. Até 2050, a China terá 330 milhões de pessoas com 65 anos ou mais (mais do que a população total dos Estados Unidos); os Estados Unidos terão mais de 85 milhões.

Tantas pessoas buscando formas de otimizar a saúde e a vitalidade para esses anos de vida representa uma enorme oportunidade para os fornecedores de lácteos dos Estados Unidos em várias frentes: ingredientes para nutrição médica, mensagem para osteoporose e, potencialmente o maior do grupo, a proteína do soro do leite para mitigar os riscos de sarcopenia.

A sarcopenia é a perda de massa e força muscular relacionada à idade. Perdemos 0,5-1% dos músculos anualmente, começando no início dos 40 anos de idade. A sarcopenia aumenta os riscos de quedas e fraturas, reduz a independência, interfere em tarefas simples do dia a dia e aumenta as taxas de mortalidade.

Pesquisa publicada revelou informações críticas sobre os efeitos da proteína do soro do leite na saúde dos músculos, mas essas informações não são amplamente conhecidas pela maioria dos consumidores ou profissionais de saúde estrangeiros. O Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC) está trabalhando para aumentar essa conscientização.

O Conselho ainda se aprofunda em outras questões entre o consumo de lácteos e a sarcopenia. Há a qualidade da proteína - proteína do soro do leite versus proteínas concorrentes para seu perfil de aminoácido. A proteína do soro do leite é uma fonte rica em leucina, por exemplo, que é única em sua capacidade de iniciar a síntese de proteínas musculares. E também o consumo durante o dia - há um limite de quanto de proteína o corpo pode usar de uma vez. O consumo ideal é de cerca de 30 gramas de proteína por refeição: café da manhã, almoço e jantar. Isso é sugerido para adultos jovens, mas vários estudos de pesquisa mostram que adultos mais velhos podem requerer mais proteína para ter o mesmo impacto na síntese muscular.

O 12º Congresso Asiático de Nutrição, realizado em Yokohama, Japão, em maio, destacou a proteína como principal assunto. Na conferência, designada a encorajar a troca científica entre profissionais de alimentos e de nutrição na Ásia, o USDEC organizou um simpósio chamado, "Envelhecimento e Perda Muscular: Abordagens Dietéticas para Reduzir os Riscos de Sarcopenia", onde os palestrantes reforçaram as mensagens sobre a importância das proteínas e as nuances conhecer a qualidade das proteínas e o momento de ingestão da mesma.

Se os profissionais de saúde estiverem totalmente informados sobre as últimas pesquisas, aumenta as chances de poderem liderar esforços para revisar as diretrizes dietéticas locais em favor da proteína. Isso já está acontecendo no Japão, onde o governo propôs aumentar a ingestão recomendada diária de proteína para idosos. (Milkpoint)

 

Ministério da Agricultura publica norma que monitora resíduos em ovos e lácteos 
A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDA/Mapa) publicou o programa de monitoramento anual do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes da área animal (PNCRC/Animal), por meio da Instrução Normativa nº 13 (IN n° 13). Neste ano, o plano amplia o monitoramento de substâncias em ovos e lácteos, o que vai garantir maior qualidade a esses produtos para o consumidor e também permitir a exportação para determinados mercados. (Boletim Faesc)
 
 

         

 


 

Porto Alegre, 28 de julho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.093

 

 Sindilat/RS reúne seus associados

Encontro discutiu temas como regulamentação do transporte do leite, nova lei do Pis/Cofins e pacote fiscal

 

O Sindilat/RS reuniu seus associados na tarde desta segunda-feira para discutir temas de interesse do setor. O encontro mensal contou com a presença de Danilo Gomes, da Câmara Setorial do Leite da Secretaria Estadual da Agricultura. Gomes apresentou a proposta do Executivo estadual que regulamenta o transporte de leite no Estado. Fruto de estudos técnicos, o texto prevê questões como o estabelecimento de vínculo entre o transportador de leite e a indústria, bem como a identificação do transportador, de forma a facilitar a abordagem dos órgãos fiscalizadores. O projeto de lei deverá estar finalizado em uma semana, sendo um substitutivo ao projeto já em análise na Assembleia Legislativa.
 
O encontro, conduzido pelo presidente Alexandre Guerra, discutiu ainda a necessidade de regulamentação da nova legislação do Pis/Cofins, sancionada recentemente pela presidente Dilma Rousseff. Com a lei 13.137/2015, o Sindilat/RS busca que seja regulamentada a aplicação dos 5% em projetos de assistência técnica junto ao Ministério da Agricultura (Mapa) para que as indústrias tenham crédito no limite de até 50%. 

Guerra também destacou as ações do sindicato no sentido de sensibilizar o governo do Estado sobre os prejuízos do pacote de ajuste fiscal ao setor lácteo. Segundo o projeto de lei, encaminhado pelo governador José Ivo Sartori à Assembleia Legislativa em junho, a intenção é limitar os benefícios fiscais até o patamar de 70% do valor originalmente concedido para os exercícios de 2016, 2017 e 2018. “O governo precisa manter o setor produtivo forte”, destacou o presidente.
 
Foram abordados ainda temas como a visita de Alexandre Guerra à Rússia para abrir novos mercados, logística reversa, além de perspectivas de mercado do setor lácteo, em especial a discrepância entre importação e exportação. Só nesses primeiros seis meses, entraram 64 milhões de quilos de produtos lácteos vindos do exterior para concorrer com a produção nacional. Esse volume corresponde a 41 dias de produção do Rio Grande do Sul. Em pauta também, uma tabela de qualidade do leite proposta pelo Conseleite (Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do RS). (.DOC Assessoria de Comunicação - Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS)
 
 
 
Sindilat/RS marca presença no Congresso Internacional do Leite

Evento acontece até quinta-feira no Centro de Convenções da Fiergs
 
O Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado do RS (Sindilat/RS) está presente no Congresso Internacional do Leite. No evento, que acontece no Centro de Convenções da Fiergs até quinta-feira, os visitantes terão a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a entidade em seu estande. Além de buscar informações sobre o setor, o público também poderá conferir o vídeo Mundo do Leite, que aborda a realidade do segmento, desde o campo até o produto embalado na mesa do consumidor.
 
Segundo o presidente da entidade, Alexandre Guerra, a ação é uma forma de interagir com o público, mostrando com transparência o trabalho da entidade em prol do setor. “Queremos que as pessoas conheçam nosso trabalho e nossa preocupação com a excelência do produto”, destaca.
 
O congresso, que começou nesta terça-feira e segue até quinta-feira, prevê a presença de mais de 25 palestrantes e um público de mais de 1,5 mil visitantes vindo de diversas partes do mundo. “O Rio Grande do Sul vai se transformar na capital do Leite. Será uma oportunidade de demonstrar todo desenvolvimento e a competitividade do setor lácteo gaúcho”, destacou Alexandre Guerra. Em sua 13ª edição, o evento tem por objetivo discutir a sustentabilidade e a competitividade da atividade leiteira no Brasil, visando o aumento da lucratividade no setor, bem como a elaboração de uma agenda de políticas públicas para o fortalecimento da cadeia produtiva do leite no Brasil. (.DOC Assessoria de Comunicação - Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS)

 
 
Pedro Arcuri palestrará em Porto Alegre nesta semana, durante o Congresso Internacional do Leite
Pela primeira vez no Rio Grande do Sul, o Congresso Internacional do Leite reunirá nesta semana, em Porto Alegre, produtores, indústrias, estudantes e pesquisadores. Um dos palestrantes, Pedro Arcuri, articulador da Embrapa na FAO, falará sobre a sustentabilidade do setor. Em entrevista a ZH, ele defendeu mudanças como a melhoria da qualidade do leite para o Brasil ter papel maior no mercado mundial de lácteos.
    
Como a sustentabilidade na pecuária leiteira é vista no cenário internacional?
Nos principais países produtores de leite e lácteos, o conceito de sustentabilidade é tratado como uma necessidade e, ao mesmo tempo, excelente oportunidade de negócios. O termo “sustentável”, em uma abordagem de atividade agropecuária, descreve sistemas de produção que sejam capazes de manter sua produtividade e utilidade para indefinidamente. Para isso, diversas instituições de produtores e indústrias, institutos de pesquisa e organismos de cooperação multilaterais propõem que as atividades produtivas sejam monitoradas quanto a indicadores ambientais, econômicos e sociais. Isso permite que ajustes sejam feitos em diferentes etapas produtivas, de modo a garantir uso racional e eficaz dos recursos naturais, lucratividade e equidade social.

Como o Brasil pode aumentar as exportações do setor lácteo, ainda tímidas? 
Na minha opinião, para o Brasil se tornar um exportador importante de leite, alterações estruturais significativas devem ocorrer na cadeia produtiva. A primeira delas é a melhoria da qualidade do leite entregue para processamento. Outra medida é uma maior organização da governança do setor, de modo que critérios de sustentabilidade sejam estabelecidos e cumpridos por todos os envolvidos.

Com a sexta maior produção de leite do mundo atualmente, o Brasil está bem distante dos líderes em produtividade. O que pode ser feito para tentar diminuir essa diferença? 
É importante considerar que a maior parte da produção leiteira brasileira ocorre em áreas de clima tropical e em solos, em geral, pobres e ácidos. Portanto, esse tipo de ambiente é muito mais complicado para a atividade agrícola de um modo geral e, em especial, para a atividade leiteira. Por isso, provavelmente, nossa produtividade, com lucratividade, não atingirá os níveis dos países temperados com sistemas intensivos à base de confinamento praticamente exclusivo. Por outro lado, ao se monitorar propriedades, indústrias e serviços por indicadores de sustentabilidade, nota¬-se que é possível alcançar produtividade média maior.

As barreiras sanitárias limitam a expansão do setor para novos mercados? 
Sim, mas partindo do conceito mais amplo da qualidade do leite entregue para processamento.

O que é possível fazer para aumentar a qualidade do leite e o lucro do produtor? 
Considero que se deve investir em educação, com criação de capacidades e competências para qualificar todo o tipo de mão de obra envolvido e garantir um elevado nível de governança. Creio ser fundamental o comprometimento com o conceito de sustentabilidade, a exemplo da Nova Zelândia e de outros países, para usar a metodologia de avaliação de indicadores de sustentabilidade que assegurem rentabilidade tanto do produtor quanto aos demais elos, respeitando ambiente, leis e regras comerciais brasileiras e internacionais.

O grande desafio da atividade é a profissionalização? 
O Brasil é um país de contrastes. O setor leiteiro tem elevados níveis de profissionalização, que resulta na decisão de compra dos consumidores pelos inúmeros lácteos à venda. Mas muitos produtores ainda não reconhecem a importância de adotar tecnologias que irão permitir a intensificação sustentável da atividade, fragilizando, assim, toda a cadeia produtiva. Outros, intermediários e alguns poucos industriais inescrupulosos que fraudam leite e lácteos, igualmente reduzem a sustentabilidade do setor. E ainda há aqueles que deixam de pagar direitos sociais e desrespeitam leis, em vez de pressionarem seus representantes no Congresso para ajustarem estas leis à realidade atual. Todos esses constituem o contraste aos verdadeiros profissionais. A transformação desses em pessoas compromissadas, que sustentem o desenvolvimento do setor, constitui o maior desafio.

Como funcionam os indicadores de sustentabilidade da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e como podem ser aplicados no Brasil? 
A FAO coordena desde 2010 a Parceria para Avaliação Ambiental da Pecuária, para a qual a Embrapa contribui. O objetivo é realizar avaliações comparativas do desempenho ambiental de cadeias produtivas pecuárias. O resultado esperado é reduzir a confusão que pode ocorrer em razão da proliferação de metodologias para avaliação de impactos, especialmente os relacionados à questões ambientais. E, ainda, oferecer alternativas para melhorar o desempenho ambiental de sistemas de produção pecuários. Um primeiro resultado é a publicação Desempenho ambiental das grandes cadeias produtivas de ruminantes: diretrizes para avaliação. O documento servirá para estabelecer normas para o cálculo de uso de água, de combustíveis fósseis e da emissão de gases causadores de efeito estufa em cadeias produtivas de ruminantes. (Zero Hora Digital)

 

Mercosul: tarifa de importação para lácteos é prorrogada por 8 anos
A Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul para os produtos lácteos, que varia de 14% a 16%, e para pêssegos em calda, de 14%, foi elevada para 28% e 35%, respectivamente, até o final de 2023. A decisão foi tomada pelo Conselho do Mercado Comum do Mercosul (CMC) no dia 17 de julho de 2015.
Desde 2009, o Brasil defende junto ao Mercosul o aumento definitivo da tarifa para esses dois produtos. Mas os parceiros do bloco só concordam com elevações temporárias, que necessitam de renovação. O último prazo para elevação temporária da TEC dos lácteos e pêssegos em calda encerrou-se em 30 de junho de 2015.
A elevação tarifária passou a ter efeitos a partir de 23 de julho, com a publicação no Diário Oficial da União da Resolução da Câmara de Comércio Exterior (Camex) nº 72. (Assessoria de Comunicação Social do MAPA)
 
 

 

    

 

         

 


 

Porto Alegre, 27 de julho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.092

 

 Mercados abertos em 2015 têm potencial de US$ 1,4 bi em exportações ao ano
 
Projeção foi apresentada pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, durante coletiva da ministra Kátia Abreu
 
Os principais mercados abertos no primeiro semestre de 2015 têm potencial de incrementar em US$ 1,4 bilhão por ano as exportações brasileiras. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (27) pela secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo, durante coletiva de imprensa na sede do Mapa.
 
No primeiro semestre deste ano, mercados importantes como Estados Unidos, Rússia, Argentina, África do Sul, Japão e Myanmar retiraram embargos ou começaram a importar produtos brasileiros, como lácteos, carnes bovina, suína e de frango, tripas e farinha de carne. O potencial de US$ 1,4 bilhão que esses mercados representam o equivale a 8,4% das exportações setoriais totais de 2014, que foi de US$ 16,42 bilhões.
“É importante destacar que esse valor é uma projeção do potencial que esses mercados representam. Duas semanas após a abertura do mercado da China, por exemplo, já embarcamos duas mil toneladas de carne para aquele país”, disse a secretária.
 
Tatiana Palermo assinalou que o Mapa trabalha para ampliar ainda mais as exportações de produtos agropecuários no segundo semestre, com foco na Arábia Saudita, Coreia do Sul, Japão, países do Golfo Pérsico, Rússia e China.
Atualmente, estão em curso negociação com 22 mercados que ainda não são acessados pelos produtos brasileiros e que, juntos, apresentam potencial de US$ 82 bilhões em exportações ao ano de itens como carnes, frutas, lácteos, suco de laranja, ração, material genético, açúcar e café.
Mercosul e União Europeia: A ministra Kátia Abreu destacou as negociações para o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia. O Mapa, disse, está “fazendo a sua parte” para viabilizar a parceria, considerada estratégica para o agronegócio brasileiro.
O Mapa apresentará sua oferta ao bloco europeu “o mais rapidamente possível”. “Estou muitíssimo otimista. Não podemos nos dar ao luxo de ficar de fora desse acordo”, disse a ministra, acrescentando que o governo brasileiro pretende fechar um acordo sanitário e fitossanitário.
 
“Como consequência das duas visitas que eu fiz a Bruxelas, a União Europeia nos informou há poucos dias que um grupo está sendo criado para estabelecermos o acordo sanitário e fitossanitário. Esse acordo representa um grande avanço e caminha para a facilitação do comércio, que é o pre-listing”, observou a ministra.
Um acordo de livre comércio entre os dois blocos representaria aumento de 20% das exportações brasileiras, o que equivale a montante de US$ 9,9 bilhões, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas. O setor que mais se beneficiaria com a medida é o de carnes, que poderia incrementar suas vendas em 15%.
Kátia Abreu ponderou que as negociações bilaterais geram bons resultados, mas são limitadas, por isso a necessidade de amplas negociações de preferências tarifárias e de acordos sanitários e fitossanitários.
“Estamos lutando muito por esses acordos porque o Mapa e os empresários, sozinhos, chegam a um limite de exportações. Amplos acordos fluem mais”, observou. (Mapa)
 
 
 
Prelisting será concluído até novembro, diz Mapa
Sistema permite aprovação prévia de exportadores e é negociado com a China
O Ministério da Agricultura vai concluir até novembro deste ano o processo de preslisting - sistema pelo qual o país exportador, no caso o Brasil, apresenta uma lista pré-autorizada de estabelecimentos que atendem às exigências sanitárias do país ou bloco importador.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 24, pela secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do ministério, Tatiana Palermo, durante reunião com representantes da indústria frigorífica, entre eles a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).
"Esse sistema será implementado até novembro para todos os produtos de origem animal. É baseado na confiança mútua em relação ao controle e à certificação sanitária", enfatizou a secretária, conforme nota distribuída pelo ministério.
O prelisting também é objeto de tratativas com a China. "A última missão de inspeção de estabelecimentos exportadores de carnes foi realizada pela China por amostragem. É um grande avanço em direção ao sistema de prelisting", observou Tatiana.
Nesse sentido, ela pediu a contribuição da Abrafrigo para assegurar o cumprimento das exigências da União Europeia e da Rússia: "É importante apresentarmos garantias de cumprimento das exigências. Contamos com o setor privado."
A Abrafrigo, representada pelo seu presidente, Péricles Salazar, pediu a intensificação de negociações para habilitação de novos estabelecimentos exportadores e também a viabilização das exportações brasileiras de miúdos, tripas e despojos.
Em relação aos Estados Unidos, a equipe do ministério detalhou o andamento da última etapa técnica que antecede a efetivação das exportações. "Estamos concluindo o texto do certificado sanitário internacional. Acertados os requisitos, as empresas aptas a cumpri-los poderão solicitar sua habilitação. Devemos finalizar tudo até início de setembro", ponderou a secretária. (Portal DBO)
 
 
Na palma da mão
 
 
O trabalho manual e visual do criador de gado ou de técnicos poderá ser substituído por um aplicativo para smartphone e tablet desenvolvido pela Embrapa Gado de Leite. Dentro do conceito de pecuária de precisão, o programa possibilita a medição do escore de condição corporal (ECC) – indicador fisiológico da melhor condição física do animal em seu estágio de vida.
A operação do e-Score é simples. A partir de uma fotografia do animal em determinada posição, o aplicativo analisa a imagem e estabelece um índice em escala de 1 a 5.

– O serviço faz com que uma avaliação muitas vezes subjetiva tenha um caráter mais técnico, com informações mais precisas para tomada de decisão e eficiência no manejo dos animais – explica Wagner Arbex, analista científico da Embrapa.

O software será apresentado durante o Congresso Internacional do Leite, que começa nesta quarta-feira em Porto Alegre. Em fase de protótipo, o aplicativo buscará parceiros comerciais para chegar ao mercado, nas versões dos sistemas iOS e Android.

– Com um parceiro comercial, o serviço deverá chegar ao mercado em, no máximo, seis meses – calcula Arbex.
A iniciativa, desenvolvida desde maio do ano passado, foi vencedora do Idea to Product Competition (I2P 2014) – Latin America nas categorias TI e prêmio especial de melhor showcase. (Zero Hora)

 
 

Queijo colonial pode ganhar regulamento 
A criação de um regulamento técnico de identidade do queijo colonial foi proposta durante o Festiqueijo, em Carlos Barbosa. Segundo o coordenador da Câmara Setorial do Leite, Danilo Cavalcanti, a ideia será trabalha da dentro da Secretaria de Agricultura e Pecuária. No sábado, durante o evento, ocorreu o primeiro curso de formação de juízes de queijo do RS. (Correio do Povo)


Compartilhe nas redes sociais

Descadastre-se caso não queira receber mais e-mails. 

    

 

         

 

 

Porto Alegre, 24 de julho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.090

 

 CONSELEITE – SANTA CATARINA
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 23 de Julho de 2015 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Junho de 2015 e a projeção dos preços de referência para o mês de Julho de 2015. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (Senar)
 
 
 
Ministra quer vender ativos e promover PPPs
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, pretende vender ativos da sua pasta e fazer Parcerias Público Privadas (PPPs) nas centrais estaduais de abastecimento, as Ceasas. O ministério tem um patrimônio respeitável. Recentemente ela ficou sabendo que apenas um edifício de propriedade da Agricultura em São Paulo vale cerca de R$ 200 milhões. Com parte do dinheiro que arrecadar com a transferência de ativos, ela pretende reforçar os investimentos da Embrapa.
A empresa de pesquisa pode vir a receber, antes do fim do mandato deste governo, cerca de R$ 3 bilhões para esse fim. A ministra quer, também, criar uma S/A (sociedade anônima) na Embrapa para vender tecnologia a empresas privadas do ramo, uma atividade que já existe, mas em escala modesta. Essas iniciativas não incluem abertura do capital.
Às vésperas de fazer uma prestação pública de contas dos seus primeiros seis meses à frente do ministério  prática que inaugura na segunda-feira, Kátia Abreu está cheia de planos e distante das nuvens negras das crises econômica e política.
"Aqui não tem falta de dinheiro", declarou a ministra. "No primeiro semestre economizamos R$ 69 milhões em gastos gerais", completa. Se as passagens aéreas eram compradas na véspera da viagem e, portanto, mais caras, agora têm que ser compradas com prazo de pelo menos dez dias, exemplificou.
Uma área que sempre pagou pelos programas de ajuste fiscal a de defesa agropecuária ¬, segundo ela, é uma das suas principais prioridades. Para transferir R$ 80 milhões aos governos estaduais em sua maioria (22 Estados) inadimplentes com a União, ela conversou com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e resolveram suspender por 72 horas a inadimplência para que os recursos possam ser repassados.
Um dos objetivos que a ministra chama de "sonho" é montar um sistema de defesa agropecuária robusto, respeitável internacionalmente. "Quero lançar um Plano de Fronteira, tenho recursos para isso, mas vai demorar até outubro para ter esse custo, a USP [Universidade de São Paulo] está calculando. Qual vai ser o custo para erradicar e combater as doenças animais e vegetais por saca de soja, por exemplo". Vão ser 150 km onde a vigilância será rigorosa, adiantou, informando ainda que o plano foi acertado com os governos estaduais.
Até setembro a ministra quer lançar o programa Aliança Nacional pela Inovação e Pesquisa. "Vamos montar uma S/A na Embrapa apenas para vender tecnologia", destacou, acrescentando que a estatal já mantém um departamento de negócios para fazer pesquisas para grandes empresas multinacionais como Monsanto e Basf, mas é algo modesto.
Outra ideia é estender às Ceasas estaduais o modelo de PPP que será implementado na Companhia de Entrepostos e Armazéns de São Paulo (Ceagesp), cuja sede deve ser transferida para uma área próxima do Rodoanel.
No curto prazo, o que mais "está incomodando", segundo ela, é a cobrança da bandeira vermelha de energia dos projetos de irrigação no campo. A ministra vai pedir à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que exclua a irrigação agrícola da bandeira vermelha, que representa um aumento de 25% a 40% na conta de luz de produtores.
Dos compromissos assumidos no início da sua gestão, o que mais avançou, disse, foi o Campo na Classe Média, programa que pretende dobrar para 800 mil o número de produtores na classe média rural. "Já tenho o dinheiro todo, do Ministério e do Sebrae. Vamos fazer um pacote de oportunidades, cada produtor vai ficar por dois anos recebendo assistência técnica e extensão rural em visitas mensais de técnicos do Sebrae. Vamos começar com 120 mil produtores", relatou.
Para isso está sendo concluído o Sistema Único da Agropecuária, o SUAGro, que será um cadastro dos agricultores nos moldes do que foi feito para o bolsa família. "Esse vai ser o SUS da agricultura", sintetizou, referindo-se ao Sistema Único de Saúde. Para ser parte desse sistema cada prefeitura municipal terá que ter uma Secretaria de Agricultura. A assistência técnica vai funcionar com repasse de recursos orçamentários do ministério e do Sebrae para as prefeituras municipais.
A Escola de Gestão Agropecuária deve ser inaugurada no próximo mês e vai oferecer cursos de gestão presenciais e online para os funcionários. "Vamos formar pessoas especializadas em agroquímicos", disse a ministra.
Outra ideia em curso e que conta com a consultoria do ex-ministro Delfim Netto é o projeto de Lei Agrícola Plurianual. "Vamos focar na parte de seguro agrícola. Vai ser igual a Farm Bill americana. O orçamento vai ser planejado para um prazo de 5 anos e não estará sujeito à medidas de ajuste fiscal".
Kátia Abreu disse ainda que está estudando o modelo de autofinanciamento americano (Check-Off) que, se der certo, representará a criação de um fundo que seria capitalizado com um percentual da produção agrícola. "Queremos um fundo que financie a pesquisa e uma S/A para comercializar tecnologias da Embrapa: duas fontes de recursos ". Enquanto a Coreia, por exemplo, investe quase 4% do PIB em pesquisas gerais, o Brasil aplica somente 1,2% do PIB, equivalente a R$ 54 bilhões entre recursos públicos e privados. Desse total R$ 29 bilhões são públicos e à agricultura são destinados R$ 3 bilhões. Kátia Abreu quer dobrar o dinheiro da pesquisa em quatro anos.
A presidente Dilma autorizou a edição de uma medida provisória para repor os R$ 300 milhões que foram cortados do orçamento do seguro agrícola este ano para pagar despesas de 2014 que sequer foram empenhadas. Dos R$ 700 milhões prometidos no ano passado o governo só pagou R$ 400 milhões. A ministra está acertando a elaboração da medida com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.
"Nossa execução orçamentária está em dia. Estou com 51% de execução orçamentária no primeiro semestre", contou a ministra. Apenas de restos a pagar ela desembolsou R$ 616,4 milhões até junho.
Um objetivo adicional da ministra é concluir sua gestão à frente da Agricultura deixando a pasta totalmente automatizada. Quando isso estiver concluído, a concessão de licença para a abertura de um frigorífico ou uma permissão para um existente exportar será praticamente automática. (Valor Econômico)
 
 
Para promover produção sustentável, MDA faz parceira com organização internacional
 
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o movimento internacional Slow Food assinam nesta quinta-feira (23/07) um acordo de cooperação técnica para promover e apoiar a produção e o consumo de alimentos da agricultura familiar e de assentamentos rurais no País.

A parceria será formalizada pelo ministro do MDA, Patrus Ananias, e o presidente da organização não governamental, Carlo Petrini. Na oportunidade, também será anunciado apoio do ministério e do Slow Food a um projeto com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para aprimorar a produção e ampliar a participação da agricultura familiar no movimento.

Com o slogan Alimento bom, limpo e justo para todos, o Slow Food tem como princípio básico defender o direito ao prazer da alimentação, utilizando produtos artesanais de qualidade, com respeito ao meio ambiente e aos produtores.

A organização criada por Petrini, em 1986, conta com mais de 100 mil membros, apoiadores em 150 países e escritórios na Itália, Alemanha, Suíça, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido.

Petrini critica o atual sistema agrícola que, segundo ele, privilegia a produção extensiva e a monocultura, além de mercantilizar a terra e desvalorizar o trabalho do agricultor. Ele se opõe à tendência de padronização do alimento no planeta e defende a necessidade de preservar culturas e tradições alimentares locais e a biodiversidade.

Para a organização, a conscientização sobre as escolhas alimentares contribui para preservar o planeta. O movimento mantém, por exemplo, hortas na África, Oficinas do Gosto e uma Universidade de Ciências Gastronômicas, legalmente reconhecida pelo governo italiano. (MDA) 

 
 
Laboratório da UPF faz análises do leite que é produzido na região Sul 
O leite é uma bebida consumida por grande parte da população. Entre os seus benefícios, contribui com o sistema imunológico, com a restauração muscular e previne a osteoporose. Nesse sentido, de ser um aliado na qualidade de vida, a Universidade de Passo Fundo (UPF) mantém, desde a década de 1990, o Serviço de Análise de Rebanhos Leiteiros (Sarle), laboratório que presta serviços à comunidade relativos à qualidade do leite produzido.
Idealizado, na época pela então Faculdade de Agronomia da Instituição, o Sarle é um dos 10 laboratórios de pesquisa do Centro de Pesquisa em Alimentação (Cepa), localizado no Campas I. No local, são realizadas análises do leite coletado e entregue por produtores do Sul do Brasil e também de outros estados. Além disso, os mais de 20 funcionários, vindos de áreas como Química, Nutrição, Biologia, entre outras, trabalham com a atividade chamada controle leiteiro, projeto que tem a intenção de melhorar a capacidade produtiva de cada animal por meio da análise da amostra individual do leite de cada vaca e do registro de todos os eventos que aconteceram com o mamífero no mês.
O Sarle é credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que em 2002 iniciou um projeto constituído pela criação da Instrução Normativa 51, que rege a qualidade do leite no Brasil. Para que essa iniciativa acontecesse, foram montadas estruturas laboratoriais em várias partes do País, e o laboratório da UPF foi um dos primeiros que recebeu o credenciamento, juntamente como Laboratório da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa, em Curitiba, e a Clínica do Leite, em São Paulo.
No ano de 2005, a Normativa começou a vigorar e as indústrias passaram a ter a obrigação de coletar, no mínimo, uma amostra por mês do leite de todos os produtores que forneciam a matéria-prima. De acordo com o professor responsável do Sarle, Carlos Bondan, o fato possibilitou um grande salto no número de análises desenvolvidas. "Inicialmente, o número de amostras ficava entre 10 e 20 por mês. Agora, já chegamos a analisar cerca de 180 mil amostras em um mês. Atualmente, fazemos a análise de 140 mil amostras por mês", conta. (Jornal do Comércio)
 

A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) remarcou para quinta-feira (23), às 10h, no auditório da sobreloja do Mapa, a entrevista que estava prevista para esta terça-feira. Kátia Abreu fará uma prestação de contas à sociedade sobre ações desenvolvidas pelo Mapa no período de janeiro a junho e falará sobre as expectativas e projeções para este segundo semestre. Entre os temas que serão abordados pela ministra e secretários, estão a defesa agropecuária, a ampliação de mercados para os produtos do agronegócio brasileiro e a restruturação do Ministério da Agricultura.
Os temas serão apresentados pela ministra Kátia Abreu, pela secretária executiva do Mapa, Maria Emília Jaber; pela secretária da Relações Internacionais, Tatiana Palermo, e pelos secretários de Defesa Agropecuária, Décio Coutinho; de Política Agrícola; André Nassar; e de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Caio Rocha.
Ao final da apresentação, a ministra e os secretários vão responder às perguntas 
 

         

 

 

Porto Alegre, 23 de julho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.089

 

 Sindilat/RS reúne setor tributário
Associados discutiram nova legislação do Pis/Cofins e diminuição dos benefícios fiscais proposto pelo Estado para os lácteos
 

O presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra, reuniu nesta quarta-feira representantes tributários das empresas associadas para discutir a nova legislação do Pis/Cofins, sancionada recentemente pela presidente Dilma Rousseff. Guerra destacou a necessidade de regulamentação da norma até outubro. Caso contrário, o sindicato estuda a possibilidade de ingressar com uma ação judicial a fim de buscar os benefícios da nova legislação, além de determinar um prazo para a sua regulamentação pela União. 
 
Com a lei 13.137/2015, o Sindilat/RS busca que seja regulamentada a aplicação dos 5% em projetos de assistência técnica junto ao Ministério da Agricultura (Mapa) para que as indústrias tenham crédito no limite de até 50%. O sindicato deverá criar um projeto modelo para auxiliar os associados, bem como definir critérios de qualidade. "Essa lei é fundamental para que o setor lácteo possa investir na competitividade", destaca Alexandre Guerra.
 
No encontro, ocorrido na sede do Sindilat/RS, em Porto Alegre, também foram discutidas ações para sensibilizar o governo do Estado sobre os prejuízos do pacote de ajuste fiscal ao setor lácteo. Segundo o projeto de lei, encaminhado pelo governador José Ivo Sartori à Assembleia Legislativa em junho, a intenção é limitar os benefícios fiscais até o patamar de 70% do valor originalmente concedido para os exercícios de 2016, 2017 e 2018. 
 
Além de ofício ao Executivo com dados sobre o impacto da medida na cadeia leiteira do RS, Guerra também pretende reunir representantes do setor produtivo a fim de buscar apoio nessa luta. "A indústria não tem mais margem para absorver esse aumento de carga tributária, pois onera somente a indústria gaúcha. Vai haver perda de competitividade e, além da indústria, quem irá pagar a conta será o produtor de leite", alerta o dirigente. E finaliza: "Não podemos perder a isonomia fiscal, caso contrário não seremos mais competitivos no mercado brasileiro". (.DOC Assessoria de Comunicação - Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS)
 
 
MAPA garante pagamento integral do seguro rural de 2014
 
Todas as apólices subvencionadas pelo Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) contratadas no ano passado já têm autorização para serem integralmente pagas no exercício financeiro de 2015.

A medida atende mais de 50 mil agricultores em todo país e possibilita o recebimento de parte dessas operações. Elas estavam pendentes e têm valor de R$ 300 milhões. O texto foi sancionado pela presidenta Dilma Rousseff e publicado no Diário Oficial da União da quarta-feira (22/07).

Os recursos da subvenção correspondem à suplementação orçamentária aprovada no final de 2014, que não puderam ser empenhadas no tempo devido. 

Para que isso se concretizasse houve o empenho do governo, em especial da ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e da área econômica, na busca de uma solução para efetivar o compromisso assumido com os agricultores no ano passado.

"Esse ato da presidenta Dilma, em ano de ajustes na economia, demonstra a seriedade do governo no cumprimento de seus compromissos. A medida reforça a credibilidade para o seguro do produtor", saudou a ministra Kátia Abreu. 

A medida vai permitir que os produtores nessa situação possam ser efetivamente amparados por meio da subvenção econômica ao seguro rural, com montante correspondente a cerca de 5 milhões de hectares de área agrícola em todas as regiões do país. (Assessoria de Comunicação Social do MAPA)

 
 

Chuva faz produção de leite encolher no estado 
Dos muitos estragos deixados pela chuva das últimas semanas no Rio Grande do Sul, um será a redução do volume de leite produzido em média, 13 milhões de litros/dia. A diminuição varia, mas projeção da Comissão de Leite da Federação da Agricultura do Estado (Farsul) indica que pode chegar a até 10%. Ao mesmo tempo em que o resultado encolhe, os custos aumentam.
Sem poder colocar os animais no pasto - devido ao alagamento ou excesso de umidade -, a oferta de alimento ficou restrita. E o produtor precisou buscar alternativas - suplementação com silagem -, que tem custo adicional.
Essa diferença entre redução em volume e alta nos custos, com projeção de estabilidade nos preços pagos pela indústria, faz com que o momento seja de preocupação, afirma Jorge Rodrigues, presidente da Comissão de Leite da Farsul. Para quem não tem como oferecer suplementação, a redução pode ser ainda maior.
O estresse no rebanho, provocado pela necessidade de confinamento, da manutenção em locais fechados, também afeta o ritmo. E até retomar o ritmo normal, vai levar ainda um tempinho.
- Depois da queda, leva-se de 30 a 60 dias para conseguir recuperar - afirma Nestor Bonfanti, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (FetagRS).
Para os consumidores, a redução também terá um efeito. É que no Rio Grande do Sul, o pico de produção de leite costuma ser em setembro e outubro. Para chegar ao ápice, há que se manter um ritmo. Neste ano, a projeção é de que seja diferente.
- O excesso de chuva travou a curva de crescimento. O preço final não vai ter a queda que costuma ocorrer no período. Em alguns casos, pode até haver alta - estima Alexandre Guerra, presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat-RS).
A enxurrada seguirá cobrando seu preço, mesmo sob o céu claro.
O preço de referência do leite tipo padrão projetado pelo Conseleite para o mês de julho é de R$ 0,8602, 0,3% menor na comparação com o mês anterior. De maio a julho, houve alta de 3,4% no valor. (Zero Hora)

 
 
França: governo promete ajuda aos pecuaristas do país
 
O governo francês anunciou quarta-feira (22/07) algumas medidas de apoio para tentar atenuar a crise que se abateu sobre a pecuária no país, marcada principalmente por expressivas quedas de preços nos segmentos de carnes (bovina e suína) e leite.

Paris prometeu anular € 100 milhões em impostos e taxas devidas pelos produtores afetados e dar mais prazo para o pagamento de dívidas que somam € 500 milhões. O Banco Público de Investimentos, estatal, também garantirá € 500 milhões em crédito para o segmento.

Cerca de 20 mil produtores do país estão endividados, dos quais 12 mil dizem estar próximos da falência. Pecuaristas ocuparam ¬ e muitos ainda ocupam  estradas em vários pontos do país para reivindicar apoio. Nesse contexto, o governo se comprometeu com instituições financeiras, sobretudo o Crédit Agricole, a trabalhar em um plano de reestruturação das dívidas bancárias do segmento. O presidente François Hollande teve que agir especialmente depois que os protestos na Normandia e na Bretanha aumentaram.

O setor agropecuário é uma forca política importante na França e não hesita em agir com dureza para pressionar o governo. O país continua a ser um dos destaques na produção agropecuária europeia, mas sofre com uma concorrência crescente de países como a Espanha. A França já foi superada por Alemanha e Holanda no ranking dos maiores exportadores do continente.

Os produtores de lácteos se dizem massacrados depois do fim das cotas de produção na União Europeia e pedem que o preço que recebem pelo leite, hoje em € 300 por tonelada, seja aumentado. (Valor Econômico)

 

China ultrapassa EUA como o maior mercado do mundo de sorvete
A China ultrapassou os Estados Unidos como o maior mercado de sorvetes do mundo - com vendas quase dobrando entre 2008 e 2014 - de acordo com uma nova pesquisa da Mintel.
O valor do mercado de sorvete aumentou em 90%, para US$ 11,4 bilhões durante esse período de seis anos, enquanto o setor nos Estados Unidos aumentou em 15%, para US$ 11,2 bilhões. Os volumes de vendas alcançaram 5,9 bilhões litros na China, comparado com 5,8 bilhões de litros nos Estados Unidos. Porém, a disparidade entre a população dos dois países significa que os Estados Unidos continuam sendo o maior consumidor per capita de sorvete, acima de qualquer outro mercado. Os dados deverão crescer nos próximos anos para 6,3 bilhões de litros na China.
No total, as vendas globais de sorvete alcançaram US$ 50 bilhões pela primeira vez em 2014, aumentando em 9% com relação a 2011, quando as vendas tiveram um valor de US$ 46 bilhões. (Milkpoint)
 
 

         

 

 

Porto Alegre, 22 de julho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.087

 

 Avaliação do governo cai a 7,7%
 
A avaliação positiva do governo Dilma Rousseff caiu para 7,7% segundo a 128ª Pesquisa
Confederação Nacional do Transporte (CNT/MDA), divulgada ontem. A avaliação negativa passou de 64,8%, em março, para 70,9% no levantamento realizado entre os dias 12 e 16 de julho. Foram ouvidas 2.002 pessoas, em 137 municípios.

A última pesquisa, divulgada em março, mostrou que 10,8% das pessoas ouvidas consideraram positiva a avaliação do governo. Agora, o governo teve a menor avaliação positiva registrada pela pesquisa desde 1999, quando o desempenho do governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso foi aprovado por 8% das pessoas.

 
 
Em março, 18,9% dos entrevistados avaliaram o desempenho pessoal da presidente como positivo, 77% avaliaram negativamente e 3,4% não souberam dizer ou não responderam. Durante a campanha eleitoral, 41% dos entrevistados consideraram o governo de Dilma positivo e 23,5% consideraram negativo. (Correio do Povo)
 
 
 
Cairoli admite que Piratini estuda elevar impostos
O vice-governador do Estado, José Paulo Cairoli, confirmou ontem que o Palácio Piratini estuda aumentar impostos como medida para enfrentar a crise nas finanças do Estado - como antecipou Zero Hora na segunda-feira. No entanto, ressaltou em entrevista à Rádio Gaúcha que é contra o reajuste das alíquotas.
De acordo com Cairoli, que também é empresário, a medida é defendida por técnicos da Secretaria da Fazenda, que se reuniram ontem pela manhã para discutir o assunto junto a representantes do eixo econômico do governo.
- A sociedade sabe a minha posição. Pessoalmente, não sou a favor e vou defender sempre essa minha posição, mas estou no governo e tenho que trabalhar sempre internamente o tema que defendi - afirmou.
Nos bastidores, integrantes da cúpula do governo do Estado admitem a possibilidade de encaminhamento de um pacote de medidas que incluiria aumento de 17% para 18% na alíquota básica do ICMS, e de 25% para 30% nos tributos da gasolina, álcool, telecomunicações e energia elétrica comercial e residencial acima de 50 KW.
Na segunda-feira, o governador José Ivo Sartori disse que ainda não há nada de concreto sobre o aumento de impostos. (Zero Hora)
 
 
Publicado programa de monitoramento de resíduos e contaminantes da área animal
A previsão é que neste ano seja feita a coleta de cerca de 19 mil amostras em todo o país
A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDA/Mapa) publicou o programa de monitoramento anual do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes da área animal (PNCRC/Animal), por meio da Instrução Normativa nº 13 (IN n° 13). Neste ano, o plano amplia o monitoramento de substâncias em ovos e lácteos, o que vai garantir maior qualidade a esses produtos para o consumidor e também permitir a exportação para determinados mercados.
Desde de 2006, técnicos da SDA trabalharam para ampliar o escopo do PNCRC/Ovos. Para exportar ovos e seus derivados - também chamados de ovo produtos - para a União Europeia é necessário que as autoridades sanitárias do Food and Veterinary Office (FVO) reconheçam o programa, o que é oficializado por meio de publicação no Diário Oficial Europeu.
"A partir da publicação da IN n° 13, a SDA poderá oficialmente solicitar ao Food and Veterinary Office o reconhecimento do PNCRC/Ovos. Depois da publicação desse reconhecimento, as empresas brasileiras poderão exportar ovo produtos para aquele importante mercado", diz o chefe da Coordenação de Resíduos e Contaminantes (CRC) da SDA, Leandro Feijó.
Leite
Houve também ampliação do escopo do PNCRC/Leite. Ao longo deste ano, a SDA pretende finalizar a inclusão de outras novas substâncias no escopo desse produto, o que também viabilizará brevemente a solicitação de equivalência junto ao FVO e possibilitar ao Brasil exportar lácteos para a União Europeia.

Segundo Feijó, "o escopo do PNCRC/2015 amplia as garantias quanto à robustez do monitoramento realizado pelo Mapa junto às cadeias produtivas. Isso resulta em maior qualidade e ampliação das garantias de saúde pública".

Para este ano é prevista a coleta de cerca de 19 mil amostras em todo o país, cobrindo todas as espécies/matrizes participantes do plano.

O que é
O PNRC existe desde 1979 e é uma ferramenta para monitorar a presença de resíduos de produtos de uso veterinário utilizados nas propriedades rurais e pela agroindústria na produção animal e também de contaminantes ambientais, tais como metais pesados, micotoxinas, dioxinas e outras substâncias.

De acordo com Feijó, o PNCRC/Mapa se constitui "em um dos principais pilares para garantir as exportações de produtos de origem animal, considerando a grande preocupação que todos os países têm com essa questão".

Em todas as missões veterinárias que o Ministério da Agricultura recebe dos países com os quais o Brasil tem acordo sanitário, o PNCRC/Mapa é avaliado quanto a sua organização, implementação e efetividade. (MAPA)

 
 
Encontrar novos destinos para o leite 
O fim das cotas lácteas e a expectativa do potencial crescimento da produção na União Europeia (UE) aumenta a dependência das exportações, sendo de importância fundamental os acordos comerciais. Estão em negociações diversos Tratados Comerciais (TTIP), mas, sendo dúvida o de maior relevância é UE e Estados Unidos (EUA).
Estima-se que esse acordo poderá adicionar, por ano, cerca de 120 bilhões de euros à economia europeia, incluindo a exportação de alimentos processados.
A ênfase das negociações de um TTIP é a padronização de regulamentos entre as duas regiões envolvidas, para facilitar o comércio. Na agricultura, o desafio principal, do lado da Europa, são as indicações geográficas (IG), e do lado dos Estados Unidos hormônios e transgênicos, ou os Organismos Geneticamente Modificados. (Terra Viva)
 
 

Marcas líderes recuam
As marcas líderes, que têm uma forte representatividade em faturamento, começam a perder espaço no mercado brasileiro para marcas menores, segundo a última pesquisa Nielsen. Das 127 marcas líderes, 29% tiveram diminuição no volume de vendas. (Jornal do Comércio)
 
 

 

    

 

         

 

Porto Alegre, 21 de julho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.086

 

 Preço de referência do leite padrão se mantém estável em julho
Conseleite alerta que chuva deverá prejudicar produção e aumentar custo no próximo mês
 
A projeção do preço de referência do leite padrão em julho ficou em R$ 0,8602, uma retração de - 0,30% em relação ao mês anterior. O valor foi divulgado na reunião mensal do Conseleite/RS (Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do RS), realizada nesta terça-feira (dia 21), na sede do Sindilat/RS em Porto Alegre, conforme estudo apresentado pela Universidade de Passo Fundo (UPF).  O encontro, com representantes de entidades do setor, apontou para o aumento do custo de produção no próximo mês, consequência das chuvas registradas no Estado nas últimas semanas. 
 Em junho, o preço de referência foi de R$ 0,8628, contra a projeção que fora feita anteriormente, de R$ 0,8588, o que representou uma diferença final de R$ 0,0040. Nos últimos três meses (maio, junho e julho) os preços de referência do leite padrão apresentaram uma elevação de 3,40%, levando em conta que o valor de julho é projetado.
 O presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, alerta que o preço tem se mantido estável nos últimos dois meses, mas as chuvas registradas nas últimas semanas devem prejudicar a produção e aumentar o custo no próximo mês. "Já estamos verificando uma redução de 8% a 10%, reflexo dos temporais dos últimos dias. Para continuar produzindo. Assim, precisamos compensar no custo", alerta o dirigente. 
O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), Alexandre Guerra, também aponta para uma queda no volume de produção em função das grandes precipitações. "A chuva prejudica as pastagens, a alimentação do gado, o que não permitirá que tenhamos um crescimento da produção como em anos anteriores", observa Guerra.  
O Conseleite reúne representantes da indústria láctea e produtores para estabelecer mensalmente o preço de referência leite padrão pago ao produtor. Esse sistema de valoração do produto, baseado em estudo técnico da Universidade Federal de Passo Fundo (UPF), premia, com melhor remuneração, a qualidade e a produtividade oferecida pelos produtores, que recebem da indústria valores com variação de 10% como preço mínimo e 15% para bonificação de leite acima do padrão. (.DOC Assessoria de Comunicação - Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS)
 
 
 
TARIFAÇO
A possibilidade de aumento de impostos no Estado preocupa empresários e representantes de setores que podem ser afetados pela medida. As consequências, segundo eles, terão efeitos colaterais desastrosos.
Presidente da Federação das Associações Comerciais e de Serviços (Federasul), Ricardo Russowsky está entre os críticos. Para ele, a iniciativa provocará mais problemas do que soluções: 
- Isso vai agravar a situação do Estado. Vamos dar um remédio amargo demais, que talvez até mate o paciente.
Para Frank Woodhead, um dos vice-presidentes do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística (Setcergs), as medidas podem afetar a competitividade do Estado. 
- É fácil propor isso quando não se faz o dever de casa. O que o Estado precisa é reduzir despesas, o que vale também para os demais poderes, inclusive o Judiciário - afirma Woodhead.

Entidade estima uma competitividade menor

A proposta de criação de um fundo de combate à pobreza com a cobrança adicional de dois pontos percentuais sobre produtos como o fumo desagradou ao Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco). Por meio de nota, o presidente da entidade, Iro Schünke, afirmou que a elevação tornará "ainda menos competitivo o produto legal", ampliando o contrabando de cigarros. Conforme Schünke, "já tivemos exemplos no passado em que o aumento de tributos diminuiu a venda do produto legal, ocasionando menor receita e arrecadação". A evasão fiscal aumentou 22% no Estado entre 2012 e 2014 e estima-se que, em 2015, mais R$ 200 milhões serão perdidos com o contrabando.

Procurada por ZH, a Federação das Indústrias (Fiergs) informou que só se manifestará sobre o tema quando o plano for apresentado pelo governo. (Zero Hora)

 
 
 
Ministra Kátia Abreu remarca entrevista coletiva para quinta-feira (23), às 10h
 
A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) remarcou para quinta-feira (23), às 10h, no auditório da sobreloja do Mapa, a entrevista que estava prevista para esta terça-feira. Kátia Abreu fará uma prestação de contas à sociedade sobre ações desenvolvidas pelo Mapa no período de janeiro a junho e falará sobre as expectativas e projeções para este segundo semestre. Entre os temas que serão abordados pela ministra e secretários, estão a defesa agropecuária, a ampliação de mercados para os produtos do agronegócio brasileiro e a restruturação do Ministério da Agricultura.

Os temas serão apresentados pela ministra Kátia Abreu, pela secretária executiva do Mapa, Maria Emília Jaber; pela secretária da Relações Internacionais, Tatiana Palermo, e pelos secretários de Defesa Agropecuária, Décio Coutinho; de Política Agrícola; André Nassar; e de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Caio Rocha.

Ao final da apresentação, a ministra e os secretários vão responder às perguntas dos jornalistas. (MAPA)

 
 
 
Jovens querem produzir mais
Multiplicam-se ações dirigidas para a formação dos jovens no campo 
 
 
As gerações se sucedem na pecuária leiteira, assim como em outras atividades produtivas que têm a gestão familiar como base. E na passagem do bastão os ajustes são sempre necessários, até porque os tempos mudam e as inovações se mostram cada vez mais rápidas e constantes. Com isso, tirar proveito apenas da experiência acumulada já não basta para se manter competitivo. É preciso complementar conhecimentos e implementar novas rotas para administrar o negócio, principalmente para atender os anseios próprios de um novo comando, jovem e renovado. 
É nesse cenário que se multiplicam as iniciativas voltadas para jovens no campo. À frente delas, indústrias e cooperativas de laticínios, entidades de pesquisa e de formação profissional. Uma ação nesse sentido está programada para o segundo semestre, entre os dias 15 e 17 de setembro, em Juiz de Fora-MG. Trata-se do II Encontro Pan-americano de Jovens Produtores de Leite, promovido pela Fepale-Federação Panamericana de Leiterias, com apoio da Embrapa Gado de Leite e OCB-Organização das Cooperativas Brasileiras. 

A proposta, segundo o analista da OCB, Pedro Rodrigues Silveira, é reunir cerca de 250 representantes da nova geração envolvida com a pecuária leiteira no Brasil e nos países vizinhos. "Queremos promover a troca de experiências e de conhecimentos entre eles. Só assim poderemos traçar um diagnóstico das práticas e das expectativas que devem nortear o futuro da atividade", cita. De antemão, adianta que há sinais claros de que novas ferramentas de gestão vêm sendo incorporadas, principalmente em relação ao uso de controles informatizados. 

No primeiro encontro de jovens produtores, realizado no Uruguai há dois anos, também ficou evidenciado que são muitos os que estão ficando no campo, dispostos a dar continuidade ao trabalho executado pela família. "Ora compartilhando das funções com os pais, ora assumindo a direção do negócio, nota-se um compromisso muito bem planejado", conta Silveira. Do evento brasileiro constam quatro temas: liderança dos jovens e participação na organização, sucessão familiar, inovação tecnológica e sustentabilidade e futuro do mercado de lácteos. (Balde Branco)
 
Calor afeta produção em parte da Europa
Margarida bebe cerca de 150 litros de água por dia. E quando ela tem sede, produz menos leite. A onda de calor que atinge a Suíça, no centro da Europa, está causando quase um colapso na produção de leite no país, principalmente nos Alpes. E a solução encontrada pelo governo suíço para atenuar o sofrimento de vacas como Margarida foi mobilizar, desde ontem, o Exército.
Um batalhão foi despachado para instalar nas duas extremidades do Lago de Joux equipamentos que funcionam como estações de água para pecuaristas e agricultores e abastecerem gratuitamente. Além disso, três helicópteros vão bombear água do lago para irrigar diretamente algumas áreas nas montanhas. Mesmo a chuva do sábado passado foi insuficiente para atenuar a onda de calor, que chegou a 39,7 graus em Genebra, um recorde comparável às máximas do estado do Piauí.
Pesquisa realizada em sete países europeus mostrou que a perda de rendimento na pecuária leiteira por causa das elevadas temperaturas chega a alcançar 5,5 litros de leite por animal por dia. No Cantão (Estado) de Vaud, que tem Lausanne como capital, foi deflagrada inclusive uma "Operação Catástrofe" para socorrer o setor agropecuário.

Há muito tempo a Europa não enfrentava um verão tão violento, como destaca diariamente a mídia suíça e de outro países do continente. Na França, os produtores de leite e de trigo estão entre os principais ameaçados pela atual onda de calor. Os campos de trigo "quebram na fumaça", e os agricultores que investem na cultura aproveitam para pedir mais subsídios ao governo.

Produtores franceses, que esperavam uma colheita recorde de 38 milhões de toneladas de cereais em geral, reclamam que a estimativa já é 1,5 milhão de toneladas menor.
De acordo com alguns analistas, o que acontece hoje na Europa mostra que o impacto da mudança climática está chegando mais cedo do que se previa. A grande onda de calor no verão de 2010 na Rússia, de uma amplitude nunca vista em cinco séculos, destruiu colheitas e florestas. A expectativa é que em certas regiões da Europa a produção de trigo poderá recuar 20% até 2030 se não houver programas de adaptação. (Valor Econômico)

 

 

Wagner deve ir para a Casa Civil
A presidente Dilma Rousseff deve iniciar nos próximos dias a troca do comando de alguns ministérios. O atual ministro da Defesa, Jaques Wagner (PT), deverá ocupar a Casa Civil. Para o seu lugar deve ir Aloizio Mercadante, que deixa a Casa Civil. Além disso, Eliseu Padilha (PMDB) deve deixar a Secretaria da Aviação Civil e assumir a Pasta de relações Institucionais de forma definitiva. (Correio do Povo)
 

         

 

 

Porto Alegre, 20 de julho de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.085

 

 O preço do leite no Uruguai caiu ao menor nível desde a crise financeira internacional: apenas US$ 0,29/litro. Dados de junho de 2015  
No mês julho de 2015 o preço médio de referência recebido pelos produtores de leite do Uruguai foi de US$ 0,29/litro, segundo dados publicados pelo Instituto Nacional de Leite do Uruguai (Inale). Trata-se do menor valor desde janeiro de 2010 (última fase do período da "crise financeira internacional").
No Uruguai - diferentemente do que ocorre na Argentina - existe uma forte correlação entre o preço que recebem os produtores e o valor FOB do principal produto de exportação (Leite em pó integral).
 
Entre outubro de 2013 e julho de 2014, quando o preço médio de exportação do leite em pó integral uruguaio estava em torno de US$ 5.000/tonelada, os produtores recebiam de US$ 0,44 a US$ 0,46/litro. Mas no segundo semestre do ano passado os valores começaram a cair, junto com a queda do preço do leite em pó integral.
 
 
Os preços recebidos pelos produtores uruguaios deveriam ser inferiores aos vigentes. Mas, não eram, porque o principal comprador, processador e exportador de leite do Uruguai, a Cooperativa Nacional de Produtores de Leite (Conaprole), conta com o "fundo de estabilização" destinado a resguardar a rentabilidade dos produtores em épocas de preços internacionais baixos.
Nos primeiros seis meses de 2015 a oferta de leite no Uruguai foi de 902,6 milhões de litros, 2,8% mais que nos mesmo período de 2014, segundo o Inale. Em todo o ano de 2014 a captação de leite pelas indústrias alcançou 2 bilhões de litros, 0,7% menos que a captação de 2013, mas 57% mais que a de 2004.
As autoridades uruguaias estabeleceram um fundo de aproximadamente US$ 100 milhões para atender os produtores afetados com os baixos preços do leite e as dificuldades enfrentadas com a seca. A medida será estabelecida através de Fundos com garantia do setor lácteo (idêntico aos que foram aplicados nas crises de 2002 e 2008).
O sistema é muito simples: títulos de dívida são emitidos com uma determinada taxa de juros, adquiridos por investidores privados, e os recursos arrecadados transferidos para os produtores em dificuldades financeiras. São descontados dos produtores de leite, por cada litro entregue à indústria, pequenos valores que passam a integrar o fundo de garantia para pagamento dos títulos da dívida. Os investidores recebem assim, todos os meses, uma quantia variável, segundo o volume de leite comercializado, até a liquidação total da dívida.
O primeiro Fundo de Financiamento da Atividade Leiteira (FFAL) foi criado em 2002, e liquidado totalmente em dezembro de 2007. O segundo "Fundo Leiteiro" (FTdsal) começou em março de 2008, e foi quitado integralmente até agosto de 2014. (Terra Viva)
 
Como o embargo russo à UE está prejudicando as exportações de lácteos dos EUA
 
No mês passado, a Rússia estendeu oficialmente seu embargo à maioria dos produtos lácteos da União Europeia (UE), Estados Unidos, Austrália e Noruega até julho de 2016. Essa notícia já era esperada, dado o clima político, mas ainda assim foi decepcionante considerando o impacto do embargo até agora.

O embargo russo, originalmente imposto em agosto de 2014, teve pouco impacto direto nas exportações de lácteos dos Estados Unidos - o país não exportava quantidades significativas de lácteos à Rússia desde 2010 devido à falta de acordos o com relação à certificação. Porém, seu impacto direto nos setores de lácteos dos Estados Unidos e do mundo foi substancial
.
A renovação do embargo deverá prolongar o desequilíbrio do mercado global e adiar a recuperação dos preços das commodities internacionais. Isso também deverá, na melhor das hipóteses, continuar intensificando a competição externa dos Estados Unidos ou, na pior das hipóteses, facilitar a erosão dos volumes de exportação de lácteos dos Estados Unidos e participação de mercado.

Algumas das consequências desse embargo são evidenciadas nos dados de produção e comércio, desde sua implementação. Antes do embargo, a Rússia era o maior mercado de exportação da UE, comprando cerca de um terço de suas exportações de queijos e um quarto de suas exportações de gordura. No total, as importações da Rússia de produtos da UE eram equivalentes a cerca de 2% da produção de leite do bloco europeu.

Nos primeiros sete meses de 2014, antes do começo do embargo, os fornecedores de lácteos da UE exportavam em média 18.604 toneladas de queijos e 2.510 toneladas de gordura por mês para a Rússia. Desde o embargo, a UE precisou encontrar um novo mercado para todo esse produto.

Com a perda de seu maior cliente de queijos, os fornecedores da UE canalizaram sua maior produção de leite em leite em pó e manteiga. Eles agressivamente (e de forma bem sucedida) buscaram compradores globais de leite em pó desnatado, invadindo o recente sucesso do leite em pó dos Estados Unidos, bem como expandindo sua base existente de clientes. A UE, por exemplo, dobrou seu volume de exportações de leite em pó desnatado ao Oriente Médio/África do Norte, seu maior mercado de leite em pó, para mais de 278.000 toneladas em 2014, e adicionou mais 8% de crescimento durante os primeiros quatro meses de 2015.

As vendas de leite em pó desnatado da UE ao sudeste da Ásia (Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã), maior mercado de leite em pó dos Estados Unidos em 2013, cresceram em 27%, para 143.337 toneladas em 2014 e aumentaram mais 27% durante os primeiros quatro meses desse ano.

As exportações de gordura da UE ao Oriente Médio/África do Norte - de longe, o maior comprador de manteiga dos Estados Unidos - aumentaram em 70%, para mais de 45.000 toneladas em 2014 e aumentaram em mais de 85% durante os primeiros quatro meses de 2015. As vendas dos Estados Unidos, em contraste, encolheram.

O bloco também fez um bom trabalho de descobrir novos mercados para seu queijo. As vendas de queijos da UE aos três principais mercados dos Estados Unidos - México, Coreia do Sul e Japão - aumentaram em 228%, 151% e 61%, respectivamente, durante os primeiros quatro meses de 2015, após aumentos consideráveis em 2014.

Havia expectativa de que a Rússia substituiria as perdas das importações que vinham da UE, de queijos e gordura, de outras regiões e nações, como América do Sul, Índia, Suíça e outros. Isso, por sua vez, criaria demanda em outros locais do mundo.

Algumas dessas relações nunca se materializaram. Outros fornecedores, como Argentina e Uruguai, viram um aumento nos envios de lácteos à Rússia, mas os ganhos de volume foram baixos em comparação às perdas das vendas vindas da UE.

A Rússia está simplesmente se dando bem com menos produtos na maioria das categorias. Sem contar com o que está comprando de seu parceiro Bielorrússia, as importações de lácteos para os primeiros quatro meses de 2015 caíram mais de 80% com relação a janeiro a abril de 2014.

Com pelo menos outro ano de embargo russo devendo ocorrer, a competição causada pelos produtos europeus desviados a outros mercados deverá permanecer intensa. (MilkPoint)

 
PR: cooperativas se unem para aumentar a produção de leite

Três cooperativas da região dos Campos Gerais do Paraná se uniram para aumentar a produção de leite - e, em consequência, os lucros com a venda do produto.

Há três anos, deixaram de competir entre si e formaram uma "intercooperativa", com alianças estratégicas. A junção entre Arapoti, Batavo e Castrolanda formou a chamada "cooperativa ABC".

"Eu vejo que é o caminho. Se nós, como associados, queremos nos unir a outros produtores para termos uma cooperativa forte, por que as cooperativas não se unem para se fortalecer também?", argumenta Johannes Van der Meer, diretor de uma das associações.

Juntas, as empresas chegaram a um faturamento de R$ 4,3 bilhões em 2014. Elas somam 3,5 mil associados, além de 2,6 mil pessoas empregadas.

Por mês, são processados 60 milhões de litros de leite, contando a produção nas três cooperativas interligadas. A quantidade põe a ABC entre as cinco maiores produtoras de laticínio no Brasil.
 

Os cooperados dizem se sentir confiantes para produzir mais, mesmo em período de crise econômico. "Há garantia de fornecimento de recebimento, que acho que isso é o mais importante. Sou produtor da cooperativa há 30 e poucos anos e não deixei de receber um mês de leite", diz o produtor Marius Bronkhrost.(Milkpoint)
 

Jarbas Barbosa da Silva Júnior é nomeado diretor da ANVISA
Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco, Jarbas Barbosa da Silva Júnior é especialista em Saúde Pública e em Epidemiologia pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, mestre em Ciências Médicas e doutor em Saúde Coletiva pela Unicamp. Entre 1997 e 2003, foi diretor do CENEPI (Centro Nacional de Epidemiologia) da Funasa, órgão que antecedeu a Secretaria de Vigilância em Saúde. Com a criação da SVS, em 2003, Jarbas Barbosa tornou-se secretário da área. Em 2006, ainda no Ministério da Saúde, assumiu a Secretaria Executiva. Jarbas Barbosa já gerenciou a área de Vigilância em Saúde, Prevenção e Controle de Doenças da Organização Pan-Americana de Saúde/Organização Mundial da Saúde(OPAS/OMS), em Washington, entre 2007 e 2010. Nos anos 90, em Pernambuco, foi Secretário Estadual de Saúde e Secretário de Saúde da Prefeitura Municipal de Olinda.