Pular para o conteúdo

         

Porto Alegre, 14 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.246

 

   Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 14 de Abril de 2016 na cidade de Florianópolis, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Março de 2016 e a projeção dos preços de referência para o mês de Abril de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)

 
 
    
 
Governo garante doação de vacinas contra febre aftosa a produtores com até 10 animais

A vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul terá início em 1º de Maio. Para esta etapa, o governo do Estado irá disponibilizar a doação de vacinas para produtores que possuem até 10 animais, o que representa 38% dos pecuaristas gaúchos. Para que recebam as doses, os produtores precisam estar enquadrados no Pronaf e PecFam. O Rio Grande do Sul é o único estado brasileiro a doar vacinas contra a Febre Aftosa. A campanha de imunização vai até o dia 31 de maio. Há 14 anos o Estado é livre da doença - último foco foi registrado em 2001.

Devido a grave situação financeira do Estado, não haverá aquisição de novas vacinas. Desta forma, a secretaria da agricultura, pecuária e irrigação irá utilizar as cerca de 900 mil vacinas que possui em estoque e que vão permitir a vacinação gratuita para produtores que possuem até 10 animais.

A partir desta realidade, a secretaria irá concentrar seus esforços nas ações de Defesa Sanitária.  "Temos uma meta de avançar no status sanitário do RS e para isso vamos aumentar as ações no sistema de Defesa Agropecuária, para que possamos, em um cenário até 2020, retirar a vacinação do rebanho gaúcho", afirma o Secretário da Agricultura, Ernani Polo.

O secretário ressalta ainda que o compromisso com a imunização é uma importante ferramenta contra a febre Aftosa: "Os  produtores precisam estar atentos as medidas de defesa sanitária e vacinar adequadamente o seu rebanho. Precisamos concentrar esforços, trabalhando juntos e ampliando as iniciativas em defesa sanitária", alerta o secretário.

O presidente do FUNDESA, Rogério Kerber, afirma que "A vacinação é apenas um dos aspectos para garantir um estado livre de febre aftosa. Todos têm o compromisso de cumprir com esta tarefa e contribuir para a avanço do status sanitário do Rio Grande do Sul", diz. (SEAPI)
 
 
Apex-Brasil firma parceria para promoção das exportações de lácteos

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) vai assinar na próxima sexta-feira um convênio com a Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos) para a promoção internacional dos produtos lácteos brasileiros. O convênio da Apex com a Viva Lácteos envolve inicialmente 12 empresas e a meta é que as exportações desses laticínios alcance US$ 205 milhões em 2017. Hoje, a Viva Lácteos tem 26 associadas.

Entre os objetivos do convênio está a diversificação das exportações de lácteos. Segundo a Apex, a pauta brasileira de exportações de lácteos hoje é muito concentrada em leite em pó. A parceria entre Apex e Viva Lácteos também busca os mercados de Angola, Arábia Saudita, Argélia, Egito, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos e Rússia.

Além do convênio com o setor de lácteos, a Apex também assinará na sexta-feira, a renovação da parceria que mantém desde 2000 com o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), para a promoção internacional do setor de couro. Ao todo, o projeto da Apex com o CICB receberá um aporte de R$ 15,8 milhões. O objetivo da renovação da parceria é ampliar de 87 para 106 o número de empresas atendidas pelo programa, além de elevar a receita com as exportações de US$ 2 bilhões para US$ 2,3 bilhões em 2017.

De acordo com a Apex, a entidade também firmará ou renovará parcerias nas áreas de implementos rodoviários, energia, engenharia, componentes para calçados e defesa. A cerimônia para renovação e assinatura de novos convênios ocorrerá em São Paulo. Ao todo, a Apex investirá R$ 44,8 milhões nesses projetos. Somando os investimentos das entidades do setor, o investimento total nesses projetos chegará a US$ 69,9 milhões. (As informações são do Valor Econômico)

 
 
Campo evita tombo ainda maior no PIB

Mesmo que a agricultura tenha evitado um tombo ainda maior na economia, o PIB gaúcho fechou 2015 com queda de 3,4%, a maior retração desde 1995, quando a valorização cambial, uma das bases do Plano Real, derrubou as exportações e teve forte impacto na indústria gaúcha. Os números divulgados ontem pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) mostram que, à exceção do campo, todos os demais setores, arrastados pela crise que assola o país, tiveram desempenho negativo.

- É uma baixa expressiva. Há 20 anos que não acontecia. Está associada à questão nacional - avaliou o coordenador do Núcleo de Contas Regionais da FEE, Roberto Rocha.

A retração do PIB do Rio Grande do Sul foi inferior à brasileira - de 3,8% ano passado - graças ao crescimento de 13,6% da agropecuá- ria, puxado pela safra de soja, enquanto no país a alta em 2015 foi de apenas 1,8%.

- Se tirássemos o desempenho da agropecuá- ria, a queda do PIB do Estado seria de 4,4% - calcula Patricia Palermo, economista-chefe da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS).

Na indústria, o recuo no Estado foi bem maior: 11,1%, ante queda de 6,2% no Brasil. Nos serviços, o resultado também foi ruim, com encolhimento de 2,1%, mas inferior à performance nacional (-2,7%).

Na indústria gaúcha, o segmento de transformação foi o que apresentou maior queda, encolhendo 13,5% ano passado, puxado pelas fábricas de máquinas e equipamentos, que tiveram recuo de 26,3%. Destoou a celulose, com alta de 37,9%, influenciada pela ampliação da unidade produtora da commodity, em Guaíba, pertencente à chilena CMPC.

RS aumenta participação na economia do País

O presidente da FEE, Igor Morais, salientou que a situação gaúcha está interligada aos desdobramentos da economia brasileira. O Fundo Monetário Internacional (FMI) passou a prever contração de 3,8% do PIB nacional em 2016, enquanto analistas de mercado ouvidos pelo Banco Central, no último Boletim Focus, divulgado na segunda-feira, estimam baixa de 3,77%.

- Seguimos o Brasil, a não ser que haja um evento não previsto, como uma seca, por exemplo - observou.

Apesar de a recessão atravessada pelo país também afetar o Estado, o Rio Grande do Sul aumentou a participação na economia nacional. Em 2014, foi de 6,3%. No ano passado, subiu para 6,6%.
Em 2016, ao sabor do Brasil
Colchão que suavizou o impacto da crise no Estado ano passado, a agropecuária não deve ser capaz de gerar efeito igual em 2016. Há previsão de uma safra maior de soja, mas no arroz e no milho a tendência é colher menos. Com isso, o campo pode até ter desempenho positivo, mas o crescimento não seria significativo.

Assim, o Estado deve ser influenciado pela situação nacional. Para Marcelo Portugal, professor de Economia da UFRGS, há chance de o ano não terminar tão mal quanto a expectativa atual devido ao desfecho do processo de impeachment. No caso de a presidente Dilma Rousseff não ser afastada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiria as rédeas do governo e, apesar do discurso de esquerda, na prática adotaria medidas mais responsáveis, aposta Portugal.

- De qualquer maneira, trocaremos de governo. O presidente será Temer ou Lula, e qualquer um deles é melhor que a situação atual. Teremos uma política econômica mais coerente - diz Portugal, que vê a possível melhora, ancorada principalmente na recuperação da confiança, como um início de retomada a partir de 2017.

O setor mais afetado pela crise, por enquanto, enxerga 2016 ainda pior. Em janeiro e fevereiro, o faturamento das empresas ligadas ao Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs) caiu 28%. E março também foi ruim, aponta Getulio Fonseca, presidente da entidade, à espera de alguma guinada em Brasília.

- Dinheiro, os grandes compradores têm. Falta confiança para investir - afirma.

Para Patrícia Palermo, economista-chefe da Fecomércio, sem o empurrão da agricultura e com uma situação pior da indústria gaúcha, a tendência é de o Estado ter, neste ano, retração do PIB um pouco maior em relação ao país. (Zero Hora)
 
  
 

Produtividade 
Desde o ano 2000, a produção leiteira no Brasil cresceu 104%, um recorde entre todos os demais países. Quinto maior produtor do mundo, o País também tem um preço médio 18% superior frente a outros países exportadores (como EUA, Argentina, Chile e Uruguai), o que mostra como o produto nacional é valorizado lá fora. Contudo, a produtividade no segmento leiteiro ainda é um desafio para o Brasil, em função da alta carga de tributos e dos custos trabalhistas e sociais. Este panorama - e as dicas para aumentar a produção de leite no país - é destaque do boletim de tendências produzido pelo Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae. Quando falamos em produtividade, devemos lembrar que vários fatores são determinantes para este indicador, como a alimentação do rebanho (em quantidade e qualidade) e a administração do negócio (que deve ser eficiente no uso dos recursos e competitivo para enfrentar a concorrência do mercado mundial). No Brasil, a região Sul lidera o setor leiteiro em termos de volume e de produtividade. (SNA)

 

         

Porto Alegre, 13 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.245

 

   Fracionamentos de produtos no varejo gera debate

A falta de controle sobre o fracionamento de produtos de origem animal no varejo tem gerado controvérsia. A deficiência foi alvo de alerta de autoridades sanitárias ligadas ao Ministério Público do Estado (MPE) e à Secretaria da Agricultura (Seapi) que estiveram presentes, nesta terça-feira (12/4), no encontro "Antes de Comer, Melhor Saber", promovido pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), em Porto Alegre. O assunto é polêmico porque há um emaranhado de legislações que regem os procedimentos, algumas datadas de 1952, antes mesmo da existência dos supermercados no Brasil. Entre elas está a lei federal nº 7.889/89 e o decreto da Seapi nº. 39.688, que limitam a manipulação dos alimentos em ambientes comerciais, uma vez que a atividade é caracterizada como um processo industrial. Uma das exigências é que os estabelecimentos tenham responsáveis técnicos pela inspeção e que solicitem autorização junto ao Sistema de Inspeção Municipal (Sim). Sem um entendimento sobre a quem cabe a fiscalização do fracionamento desses alimentos, o que se vê é um controle falho. Apesar de a averiguação comercial caber à Vigilância Sanitária, ela não está diretamente incumbida do controle de procedimentos industriais, tarefa essa do Ministério da Agricultura, da Secretaria da Agricultura ou da Inspeção Municipal.

Preocupados, os supermercadistas querem saber como se enquadrar na norma vigente e o que podem fazer a respeito. O presidente da Agas, Antonio Cesa Longo, pontuou que a maioria dos varejistas quer cumprir à risca as determinações legais, mas não sabe como. Segundo ele, é inviável que pequenos estabelecimentos, como "mercadinhos de bairro", tenham responsáveis técnicos permanentes conforme exige a legislação. Segundo a coordenadora do Centro de Apoio de Defesa do Consumidor do Ministério Público RS, Caroline Vaz, há uma força-tarefa para aumentar a fiscalização. Um exemplo é a campanha Segurança Alimentar RS, capitaneada pelo MPE. Com o slogan "Antes de Comer, Melhor Saber", a proposta é conscientizar varejistas, produtores e consumidores sobre a importância de atender ao regramento e, em caso de inconformidade, denunciar aos órgãos competentes. Sem isso, diz ela, "o poder público não tem como ajudar".

Fracionamento envolvem alimentos de origem animal
As limitações para o fracionamento englobam carnes, embutidos e produtos lácteos. O fatiamento de queijo no varejo, por exemplo, é algo usual mesmo em estabelecimentos sem o devido licenciamento. Uma das soluções seria delegar a manipulação à indústria. Presente ao encontro, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) foi representado pela consultora de Qualidade Letícia Vieira Cappiello. "O problema é que não está certo quem fiscaliza o processo e assim ele fica sem controle", completou. Questionado sobre o assunto, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, foi enfático: "É um assunto importante e envolve a indústria uma vez que podemos oferecer ao varejo produtos embalados com pesagem precisa e dentro do padrão de qualidade exigido pela legislação".

Segundo a advogada especialista em saúde, chefe-adjunta do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do RS (Cevs), Dora Barlem, mais de 200 municípios gaúchos não contam com o serviço de inspeção. A necessidade de instituir serviços de inspeção de alimentos em todos os 497 municípios do Estado foi consenso entre os participantes. Consciente da importância do debate, as entidades presentes comprometeram-se a realizar nova reunião para abordar o tema. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Crédito: Isadora Osório
 
    
 
Sindilat no Pampa Debates

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, participou nesta terça-feira (12/4) do programa Pampa Debates, apresentado pelo jornalista Armando Burd. Ao lado do deputado Enio Bacci, do ex-deputado Cassiá Carpes e do advogado e desembargador aposentado Genaro José Baroni Borges, Guerra debateu o cenário da política nacional e os entraves que se impõe ao setor produtivo. "Em época de briga de gigantes, quem sai esmagado é a grama", pontuou o empresário referindo-se às dificuldades que a crise política e econômica gera no campo e na indústria.  Questionado sobre sugestões para o desenvolvimento do país, Guerra pediu ética, planejamento e transparência aos gestores públicos. O programa foi transmitido pela TV Pampa ao vivo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Crédito: Carolina Jardine
 
 
Santa Clara promove 12 º Encontro de Mulheres no próximo sábado
 
A Cooperativa Santa Clara promove, a cada dois anos, um encontro para reunir todas suas associadas, esposas e filhas de associados para um dia de qualificação e entretenimento. O Encontro de Mulheres com Atividade no Leite chega a sua 12ª edição em 2016 com uma intensa programação para o próximo sábado, dia 16 de abril, no Fundaparque, em Bento Gonçalves (Serra Gaúcha).

O evento tem como objetivo profissionalizar as mulheres que atuam na atividade leiteira, além de proporcionar um dia de lazer e descontração com troca de experiências entre elas. Neste ano, as associadas que entregam leite à Santa Clara de mais de 100 municípios contarão com atrações como professor Baru, Neila Richards e Guri de Uruguaiana. O encontro deverá reunir aproximadamente 2 mil mulheres de todas as regiões de abrangência da Cooperativa. 

  
 
Programação: 
10 horas - Abertura
10h30min - Palestra Boas Práticas de Produção: onde a qualidade começa, com Neila Richards
11h20min - Ergonomia (Ginástica Laboral)
11h45min - Palestra Como ser Feliz na Vida Pessoal e Profissional, com professor Baru
13 horas - Almoço
13 horas - Show com o Guri de Uruguaiana
15h30min - Encerramento. (Fonte: Assessoria de Imprensa Santa Clara)

MPF lança aplicativo para denúncias e pedidos de informações

 

O Ministério Público Federal (MPF) também entrou na era dos aplicativos móveis. A partir de agora, qualquer cidadão pode fazer denúncias, solicitar informações e pedir informações processuais à instituição por meio do "SAC MPF", aplicativo gratuito disponível para smartphones com sistemas iOS e android. O lançamento da ferramenta acontece na próxima segunda-feira, 11 de abril, às 14h, na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília.
O aplicativo foi desenvolvido pela área de tecnologia da informação do MPF e é baseado em software já existente, criado para a Sala de Atendimento ao Cidadão do MPF por meio eletrônico (cidadao.mpf.mp.br). Tanto na Sala de Atendimento ao Cidadão pelo desktop quanto no SAC MPF o usuário deve cadastrar a manifestação por meio de um formulário simples, com uma descrição da solicitação.

Vantagem móvel 
A mobilidade e o acesso rápido, direto do próprio celular, são as vantagens imediatas de um aplicativo como o SAC MPF. Denúncias, por exemplo, poderão ser feitas quase em tempo real pelo usuário, incluindo imagens como anexo.  Além disso, os aplicativos são mais um passo para a aproximação com o cidadão que está cada vez mais conectado com as novas tecnologias e interessado em exercer sua cidadania, denunciando irregularidades. No Brasil, segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas, existem 154 milhões de smartphones interligados à web, número que supera o de computadores desktop no país.
Informações:
SAC MPF
Desenvolvedor: MPF
Disponível: Apple Store e Google Play Store
Download gratuito
Serviço:
Evento: Lançamento do aplicativo SAC MPF
Dia: 11 de abril de 2016
Hora: 14h
Local: Sala do CSMPF, cobertura do bloco A, PGR. (Fonte: Ministério Público Federal)

Banco regional de vacinas contra aftosa é prioridade da América do Sul

A Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa) deve concluir a discussão regional sobre o projeto de constituição e gestão de seu banco regional de vacinas e estabelecer os requisitos de biossegurança e mecanismos de avaliação para seu funcionamento. Além disso, vai formar um grupo de especialistas para definir as exigências que permitam revisar as restrições impostas ao manejo de cepas exóticas do vírus da aftosa na região.

As decisões foram tomadas durante a 43ª reunião ordinária da Cosalfa, nos dias 7 e 8 de abril, em Punta del Este, no Uruguai. Os participantes do encontro aprovaram ainda a avaliação dos riscos de persistência do vírus da aftosa e as estratégias de gestão dessa ameaça. Também ficou acertado que o Brasil sediará a próxima edição do evento, em 2017. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foi representado pela Coordenação-Geral de Febre Aftosa.

Nesses dois dias foram debatidos outros temas estratégicos preparatórios para a última fase do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (Phefa) na região, como a aplicação da guia técnica regional no processo de transição de zonas livres dos países sul-americanos. 

A estruturação de banco de vacinas e antígenos e os riscos de persistência do vírus foi igualmente debatida. Também foram discutidas as ações nos países que ainda não são reconhecidos como livres de febre aftosa, como Suriname e Venezuela, assim como o apoio do setor privado para enfrentar os desafios futuros do processo final de erradicação da doença no continente.

O encontro também serviu para avaliar a revisão da situação atual dos programas de controle e erradicação da febre aftosa na América do Sul e no Panamá, cujo avanço representa 85% do território e 95% da população bovina com o status livre de febre aftosa com ou sem vacinação.

A reunião contou com a participação dos chefes dos serviços veterinários dos ministérios da Agricultura da América do Sul e do Panamá e dos representantes do setor privado, responsáveis pela cadeia produtiva de animais. Também estiveram na reunião funcionários do setor público e privado, membros de universidades, cientistas e organizações não governamentais e internacionais. (As informações são do Mapa)

 
 

Exportação de lácteos
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em março o Brasil exportou US$4,34 milhões em produtos lácteos. Na comparação com o mês anterior, o faturamento reduziu 77,2%. O volume embarcado também caiu. Passou de 6,20 mil toneladas em fevereiro passado para 2,50 mil toneladas em março. Na comparação com igual período de 2015, tanto volume como faturamento reduziram de 65,1% e 83,9%, respectivamente. O produto mais exportado foi o leite em pó, que somou 1,80 mil toneladas e US$2,69 milhões em faturamento. Os principais compradores dos produtos lácteos brasileiros, em valor, foram a Arábia Saudita (29,5%), os Emirados Árabes Unidos (8,8%) e a Rússia (7,8%). A Venezuela, importante importadora de produtos do Brasil, não somou nada durante o mês de março, colaborando na retração dos embarques. Outro fator que colaborou foi a curva de produção menor, apesar de normal para o período, a produção foi prejudicada pelos custos de produção em alta, menores investimentos e corte de gastos por parte do produtor. O clima também prejudicou. (Globo Rural)
 

 

    

         

Porto Alegre, 12 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.244

 

   Uruguai: exportações de lácteos caíram 25% em dólares no primeiro trimestre

As exportações de produtos lácteos do Uruguai no primeiro trimestre do ano mostraram uma queda interanual de 25% medidas em dólares. Até agora nesse ano, as exportações totalizaram US$ 104,47 milhões frente a US$ 139,46 milhões no mesmo período do ano anterior. Em volume, a baixa foi inferior, em torno de 12%. As exportações no primeiro trimestre somaram 44.098 toneladas, frente às 50.082 toneladas no período de janeiro a março do ano anterior.

O preço médio por tonelada de lácteos exportada passou de US$ 3.114 em janeiro de 2015 para US$ 2.224 em janeiro desse ano. Desde janeiro o valor de exportação tem mostrado uma leve recuperação. Em março, o preço médio foi de US$ 2.371 por tonelada. A maior recuperação ocorreu no preço de exportação do leite em pó desnatado. O valor médio por tonelada chegou a US$ 3.146 em março frente a US$ 2.533 a tonelada no mesmo mês de 2015. O preço foi 78% superior à média do leite em pó desnatado da Fonterra de março, de US$ 1.767 a tonelada.


O leite em pó foi o principal produto exportado até agora nesse ano, com 25.068 toneladas exportadas por US$ 59,7 milhões. Bem abaixo ficaram os queijos, com 7.823 toneladas, por US$ 24,6 milhões. A manteiga ficou em terceiro lugar, com vendas de 2.804 toneladas, por US$ 8,4 milhões, seguida pelo leite em pó desnatado, com 2.273 toneladas, por US$ 6,7 milhões.

O Brasil se mantém como o principal comprador dos lácteos uruguaios. Em março, o total das vendas de leite em pó foi ao Brasil. Ainda que o volume tenha sido baixo (150 toneladas), o preço por tonelada foi o mais alto desde janeiro de 2015, de US$ 3.146 a tonelada. No caso do leite em pó integral, o Brasil concentrou 56% do total exportado pelo Uruguai no mês. (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)
 
    
Preços/AR 

O preço do leite medido em moeda milho continua caindo: no mês passado atingiu novo recorde histórico, caindo 63% em relação a fevereiro de 2015. O preço médio ponderado do leite recebido pelos produtores de leite de Santa Fe foi, em fevereiro passado, de 2,71 pesos/litro, segundo dados divulgados pelo Ministério da Produção de Santa Fe.

Se bem que seja o mesmo valor de janeiro, em termos reais caiu porque no mês passado aumentou a composição do teor de manteiga e proteína do leite entregue (razão pela qual, por exemplo, o valor médio pago pelo quilo de proteína em fevereiro de 2,49 pesos x 2,89 pesos em janeiro passado).

A questão é: mesmo se não considerar os sólidos, no segundo mês de 2016 foram necessários, em média, 1,20 quilos de milho - posto em Rosario - para comprar um litro de leite, quando em fevereiro do ano passado eram 3,30 quilos, (-63,6%) e 2,10 quilos no mesmo mês de 2014 (-42,8%).

A queda nominal do preço pago pelo leite registrada no último ano pode ser suportada pela maioria dos produtores de leite - alguns ficaram pelo caminho - graças ao preço interno do milho gerado pela combinação das retenções e defasagem cambial.

Mas o "subsídio do milho", que vigorou de julho de 2014 a setembro de 2015, começou a perder fôlego em outubro e novembro do ano passado, desaparecendo, definitivamente, a partir de dezembro com a eliminação das retenções do milho e a desvalorização cambial, estabelecida pelo governo.

Agora no mês de março, se for mantido o preço médio de 2,71 pesos/litro de fevereiro, a relação leite/milho será de apenas 1,23 quilos (melhoraria, se é que se pode dizer isso, um pouquinho porque a valorização do peso poderia reduzir um pouco o peso do milho na relação).
Esta semana o ministro da Agroindústria, Ricardo Buryaile, anunciou que os governos das Províncias de Buenos Aires, Córdoba, Santa Fe, Entre Rios e Santiago del Estero subsidiarão por dois meses os produtores de leite de suas jurisdições. A ajuda consiste em um subsídio de 0,50 pesos/litro para os primeiros 3.000 litros produzidos no período compreendido entre os meses de fevereiro de março de 2016, que serão pagos em abril e maio. (valorsoja - Tradução livre: Terra Viva)

Pesquisas/EUA 

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou que doará US$ 6 milhões para instituições de pesquisa em nutrição animal e crescimento nas fazendas. "Produção e saúde animal desempenham um papel crucial na sustentabilidade e competitividade na agricultura dos Estados Unidos. Isto contribui significativamente para a economia do país, para a produção mundial de alimentos e segurança alimentar.

Os prêmios estimularão a expansão do conhecimento em boas práticas na melhoria da saúde animal, queda nos custos de produção, e redução dos impactos ambientais", disse Dr. Sonny Ramaswamy, administrador do NIFA. Os recursos virão do Programa de Nutrição, Crescimento e Lactação Animal, uma parte do Programa AFRI Foundational, que apoia pesquisas e ciência aplicada. As pesquisas incluem o estudo do suo dos nutrientes na alimentação animal; melhoria na utilização de alimentos tradicionais; explorar oportunidades de utilizar alimentos não tradicionais; amentar a qualidade e eficiência da produção de carne, leite e ovos; e mitigar doenças metabólicas. Dentre os projetos financiados está um da Universidade Estadual de Dakota do Sul que visa melhorar o conhecimento sobre a digestão do amido em bovinos, e um projeto da Universidade Estadual de Iowa desenhado para melhorar a absorção de nutrientes e energia em suínos para superar desafios de doenças, minimizar as perdas nas taxas de crescimento e de eficiência produtiva. (The Dairy Site - Tradução livre: Terra Viva)

 
 
Pela 1ª vez, mais de 50% da população rural possui celular

Em 2014, pela primeira vez, mais da metade (52,5%) da população rural com 10 anos ou mais de idade tinha celular. Na área urbana, o percentual chegou a 82,3%. A parcela da população com 10 anos ou mais de idade que tinha telefone celular para uso pessoal chegou a 77,9% em 2014 (136,6 milhões de pessoas). Em relação a 2005, esse contingente cresceu 142,8%. Somente 36,6% da população tinha celular naquele ano. Frente a 2013, foram mais 6,4 milhões de pessoas com o aparelho, avanço de 4,9%. Entre os ocupados, a presença de celular é maior: são 86,4% que possuem o bem. Em 2014, em quase todos os setores de atividade, a posse de telefone celular estava acima de 80%, com destaque para os seguintes: educação, saúde e serviços sociais (95,4%), administração pública (94,7%) e outros serviços sociais e pessoais (94,1%). A exceção ocorreu no setor agrícola, em que 55,6% das pessoas ocupadas possuíam esse equipamento. Segundo o levantamento, da população sem celular, quase a metade (47,4%) era de trabalhadores agrícolas. De novo a renda é determinante para a posse do bem. Entre quem ganha mais de 10 salários-mínimos, 95,9% têm celular. Entre quem ganha até um quarto de salário-mínimo, essa parcela cai para 53%. (Jornal do Comércio)
 

Receita e custo caem em março
O Índice de Inflação da Receita dos Produtores (IIPR), calculado mensalmente pela Farsul, registrou deflação de 3,93% em março. Entre os principais motivos, explica o economista da federação, Antônio da Luz, está a desvalorização da taxa cambial nos últimos meses. No Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) também houve queda, de 0,67%. A retração foi influenciada pela redução de 5,4% nos pre- ço dos fertilizantes. Segundo Luz, esse é um movimento normal, que deve se estender até maio, melhor época para compra de insumos. Ao mesmo tempo, o economista adverte que o produtor deve ter cuidado com a comercialização. A orientação da Farsul é que os produtores segurem a venda da soja por oito a dez meses. Aos que não conseguirem esperar, a sugestão é que firmem contratos que travem o preço atual para evitar a oscilação da taxa de câmbio. (Correio do Povo)

         

Porto Alegre, 11 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.243

 

   Muda tributação da venda interestadual

Operações de vendas interestaduais ao consumidor passaram a ter alteração no ICMS a partir de janeiro de 2016, incluindo o leite e seus derivados. Com a entrada em vigor da emenda Constitucional nº 87/2015, publicada em abril de 2015, alterou-se o §2º do art. 155, determinando que, nas vendas interestaduais para consumidores finais não contribuintes de ICMS, o tributo passe a ser partilhado entre o Estado de destino e o Estado de origem, cabendo a este o imposto correspondente à aplicação da alíquota interestadual e àquele o imposto relativo à aplicação da diferença entre a alíquota interestadual e a alíquota interna do Estado de destino. Até dezembro de 2015, o imposto caberia exclusivamente ao Estado de origem, sendo aplicada a alíquota interna.

A medida será implementada paulatinamente. Para isso, foi estabelecida uma regra de transição, pela qual a parcela do ICMS a ser paga ao Estado de destino aumentará progressivamente a cada ano, a partir de 2016, até corresponder integralmente à diferença entre a alíquota interestadual e a alíquota interna do Estado de destino, em 2019.

Confira o calendário:
2016: 40% para a unidade de destino, 60% para a unidade de origem;
2017: 60% para a unidade de destino, 40% para a unidade de origem
2018: 80% para a unidade de destino, 20% para a unidade de origem
2019: 100% para a unidade de destino

O advogado do Sindilat, Eduardo Plastina, explica que também haverá mudanças quanto ao cálculo do valor devido. Ele orienta que, para apurar o valor a ser recolhido, será necessário utilizar a alíquota interna prevista na unidade federada de destino para calcular o ICMS total devido na operação, depois utilizar a alíquota interestadual prevista para a operação, para o cálculo do imposto devido à unidade federada de origem, para então recolher o imposto correspondente à diferença entre os valores calculados para a unidade federada de destino. Já o pagamento, acrescenta ele, deverá ser feito  no 15º dia do mês subsequente à saída da mercadoria, caso o contribuinte possua cadastro no Estado de destino, ou quando da saída da mercadoria do estabelecimento do remetente, para contribuintes sem cadastro. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
    
 
Bebida Láctea entra na lista de produtos enquadrados na Substituição Tributária

O convênio de número 92, celebrado pelo Confaz em agosto de 2015, ordenou uma lista mercadorias e segmentos beneficiados pela substituição tributária e antecipação de recolhimento de ICMS. Nela estão o leite UHT, leite em pó e derivados como o leite condensado, creme de leite e requeijão. A novidade é a inclusão de bebidas lácteas. O advogado do Sindilat, Eduardo Plastina, informa que itens não listados nos anexos nominados ou no convênio 155/2015 - que segue valendo -  ficam fora da política referida.  "Com a edição de ambos convênios, aquelas mercadorias e bens que não estiverem relacionados nos seus anexos não mais podem ser objeto de substituição tributária e antecipação de recolhimento do ICMS, estando automaticamente revogadas as determinações em contrário", pontuou ele.

O convênio 92 também instituiu o Código Especificador da Substituição Tributária (CEST), um identificador que auxiliará no reconhecimento das mercadorias passíveis de sujeição aos regimes de substituição tributária e de antecipação do recolhimento do imposto. "O  contribuinte deverá mencionar o respectivo CEST no documento fiscal que acobertar a operação, ainda que a operação, mercadoria ou bem não estejam sujeitos aos regimes de substituição tributária ou de antecipação do recolhimento do imposto", explica Plastina.

A lista completa das mercadorias contempladas no Convênio CONFAZ ICMS no 92/15 estão disponíveis no link: https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/convenios/convenio-icms/2015/convenios-icms-92-15.

Em relação ao Rio Grande do Sul, o Apêndice II do RICMS (Decreto no 37.699/97) foi alterado para incluir o código CEST ao lado da descrição das mercadorias. A íntegra do RICMS, bem como do mencionado Apêndice, pode ser acessado http://www.legislacao.sefaz.rs.gov.br/Site/Document.aspx?inpKey=109362&inpCodDispositive=&inpDsKeywords=. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Fazendas leiteiras x custos: mudanças estruturais no rebanho leiteiro aceleram nos EUA
Mudanças estruturais nos níveis das fazendas leiteiras dos Estados Unidos reduziram os custos médios de produção e contribuíram para uma expansão das exportações de produtos lácteos, de acordo com um estudo recente do Serviço de Pesquisas Econômicas (ERS, sigla em inglês) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) chamado "Changing Structure, Financial Risk, and Government Policy for the U.S. Dairy Industry". 

O estudo nota que a maior exposição internacional cria uma nova fonte de risco de preços aos produtores dos Estados Unidos e que a política leiteira foi reprojetada para resolver os riscos de preços e as mudanças estruturais. Existem muitas inferências que podem ser obtidas desse relatório. Com relação à mudança na estrutura das fazendas, o ERS é dependente dos dados coletados no Censo de Agricultura do Serviço Nacional de Estatísticas Agrícolas (NASS), que é completado a cada cinco anos. Os últimos dados são de 2012. 

Não é novidade que as fazendas leiteiras americanas continuam ficando maiores, mas a magnitude do crescimento pode ser surpreendente. O número médio de vacas leiteiras por fazenda quase triplicou de 1987 a 2012, de 50 vacas para 144 vacas. Entretanto, a história real vai além dos números. Durante esse período de 25 anos, a única categoria de fazenda por tamanho que aumentou em número de vacas e em produção foi a das fazendas com 500 vacas ou mais. 

 

Os dados mostram que, em 1992, havia 135.000 fazendas leiteiras com menos de 100 vacas e essas fazendas tinham quase metade do rebanho leiteiro dos Estados Unidos de 9,7 milhões de vacas. Ao mesmo tempo, menos de 1.700 operações tinham mais de 500 vacas e eram responsáveis por menos de 18% do rebanho leiteiro dos Estados Unidos. Vinte anos depois, em 2012, o número de operações leiteiras com menos de 100 vacas era de pouco menos de 50.000 e essas fazendas menores tinham menos de 18% do rebanho dos Estados Unidos de 9,2 milhões de vacas. Em contraste, o número de operações com mais de 500 vacas dobrou para 3.344 fazendas e agora as mesmas são responsáveis por 60% do rebanho leiteiro nacional. De fato, em 2012, quase metade do rebanho leiteiro dos Estados Unidos estava em operações leiteiras com mais de 1.000 vacas, mais que os apenas 10% em 1992. 

Operações leiteiras de maior escala, historicamente localizadas no oeste, disseminaram-se nos Estados Unidos. Em 1992, as fazendas leiteiras com menos de 100 vacas foram responsáveis pela maioria das vacas leiteiras do nordeste, leste do Cinturão do Milho e parte superior do Meio-Oeste. Em contraste, as fazendas leiteiras com mais de 500 vacas tinham a maioria das vacas leiteiras no sudoeste e no oeste. Vinte anos mais tarde, quase um terço das vacas leiteiras nas tradicionais regiões produtoras de leite está em rebanhos com mais de 500 vacas. E a participação do rebanho leiteiro nas operações com mais de 500 cabeças no sudoeste e no oeste expandiu-se de forma significativa, de 46% e de 59% para 91%, respectivamente, entre 1992 e 2012.

 

O USDA destaca que os menores custos de produção são um importante direcionador de mudanças estruturais. O USDA estima que o custo médio total dos Estados Unidos para a produção de leite é de US$ 40,08 por 100 quilos. Entretanto, os custos caem drasticamente à medida que o tamanho do rebanho aumenta, de US$ 86,22 para rebanhos com menos de 50 vacas para US$ 30,42 para rebanhos com mais de 2.000 vacas. 

O USDA nota que as operações com 2.000 vacas tiveram custos que foram 16% menores comparado com rebanhos com 1.000 a 1.999 cabeças e 24% menos do que rebanhos com 500-999 cabeças. As diferenças de custos dentro das categorias de rebanho de maior tamanho ilustram os incentivos para grandes operações se tornarem ainda maiores. (As informações são do Daily Dairy Report, com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Exportações/AR 

O valor FOB médio não supera US$ 2.300/tonelada. O preço médio de exportação de leite em pó integral continua sendo insuficiente para as indústrias de laticínios argentinas cobrirem os custos básicos. As exportações argentinas de leite em pó integral a granel declaradas em março (sem considerar as remessas realizadas para a Venezuela) foram de 9.802 toneladas ao preço médio ponderado de US$ 2.219/tonelada x US$ 2.237/tonelada no mês anterior.

A maior parte dos envios destinaram-se ao Brasil e à Argélia (dois destinos tradicionais). Também tiveram embarques para o México, Chile, Rússia, Nigéria, Mauritânia e Angola, dentre outros mercados. A média do mês passado mostra situações opostas. A empresa cordobesa Punta del Agua, por exemplo, vendeu 25 toneladas para a Geórgia ao preço FOB de apenas US$ 1.700/tonelada. Mas a Verónica de Santa Fe declarou 400 toneladas para a Nigéria pelo valor de US$ 2.800/tonelada. O preço de equilíbrio do leite em pó integral na Argentina é - em média - em torno de US$ 2.400/tonelada com os atuais valores pagos aos produtores.

No mês passado - tal como foi anunciado pela empresa ao Ministério da Agroindústria - SanCor retomou os embarques de leite em pó com destino à Venezuela dentro do acordo especial realizado com o governo bolivariano. Em março a empresa declarou remessas de 5.544 toneladas pelo preço FOB de US$ 3.797/tonelada. Espera-se que o acordo renovado pela SanCor, que contempla um volume total de 40.000 toneladas para 2016, permita retirar do mercado argentino, os estoques excedentes de leite em pó. Fora o leite em pó, as exportações argentinas de derivados de lactosoro e de fórmulas infantis despencaram este ano. ((valorsoja - Tradução Livre: Terra Viva)
 

Seminário debate tecnologia e inovação para o setor leiteiro
A Univates, por meio do Parque Científico e Tecnológico (Tecnovates), realiza, no dia 13 de abril, o II Seminário de Interação Tecnológica Universidade-Empresa (Situe). O evento é destinado a empresários e colaboradores de empresas ligadas ao agronegócio, produtores rurais, pesquisadores, estudantes de graduação e de pós-graduação e demais interessados. O Situe é um seminário voltado às tecnologias e inovação para o setor leiteiro, com temas como conforto animal, dieta total e interação universidade- -empresa. Além disso, o evento, que será realizado das 9h às 22h30min, tratará de questões relativas à propriedade intelectual e apresentará os projetos realizados no Tecnovates. As atividades serão ministradas por médicos veterinários, zootecnistas, professores, pesquisadores, empresários, economistas e engenheiros agrônomos. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas pelo site www.univates.br/ sistemas/inscricoes. Mais informações podem ser conferidas pelo telefone (0xx51) 3714-7000, ramal 5956. (Jornal do Comércio)

 

         

Porto Alegre, 08 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.242

 

   Preços/LTO 

O cálculo preliminar do preço médio pago aos produtores de leite pelas principais indústrias de laticínios europeias no mês de fevereiro é de € 28,62/100 kg, [R$ 1,23/litro]. Houve queda de € 0,03/100 kg em relação ao mês anterior. Comparado com fevereiro de 2015 a redução foi de € 3,47/100 kg, ou 10,8%.

Como no último mês, em fevereiro os preços caíram. Somente os preços da irlandesa Dairygold (nova nesta comparação de preços) e a Glanbia aumentaram, mas, isto foi decorrente de bonificações sazonais para o leite entregue e fevereiro, que foram € 3,30 e € 2,75 €/100 kg, respectivamente.

Para os próximos meses, algumas empresas já anunciaram reduções: DMK € 1,5 em março; Arla € 1,00 em abril; Dairy Crest € 3,00; e FrieslandCampina € 0,7 em março e € 1,0 em abril.
Com base nos resultados provisórios, os pagamentos de dividendos em 2015 calculados pela Arla Foods e FrieslandCampina foram respectivamente € 1,37 (2014: € 1,53) e € 3,49 (0214: €2,92) por 100 kg de leite padrão. Em junho, o relatório anual divulgará o preço final do leite em 2015, incluindo os pagamentos suplementares.
 

No dia 8 de março a neozelandesa Fonterra revisou para menos a previsão do pagamento do preço do leite para a temporada atual. O preço caiu de NZ$ 4,15 para NZ$ 3,90/kgMS, [R$ 0,75/litro]. Com os dividendos o preço do leite chegará a NZ$ 4,40/kgMS, [R$ 0,84/litro], ou, cerca de € 20,00/100 kg de leite padrão. Este é o menor valor do leite na Nova Zelândia, desde 2006/07.

Dada às variações cambiais, houve redução de € 0,4/100 kg no preço do leite nos Estados Unidos, quando calculado em euros. Entretanto o leite Classe III, em dólares, saiu de US$ 13,72/cwt, [R$ 1,14/litro], em janeiro, para US$ 13,80/cwt (45,36kg), [R$ 1,15/litro], em fevereiro.  (LTO Nederland - Tradução Livre: Terra Viva)
 
 
    
 
Mercado/UE

O aumento dos estoques excedentes no mundo é a principal preocupação europeia, especialmente, no Noroeste da região. Fora da Europa, a produção de leite estagnou em países chaves. Na Nova Zelândia, desde o início desta temporada os níveis de produção estão abaixo do ano anterior, embora a diferença seja menor que a prevista anteriormente.

Na Austrália a produção de leite cai em decorrência das condições de tempo, deste o último trimestre de 2015. Nos Estados Unidos o crescimento abrandou. Os fundamentos do mercado lácteo, no longo prazo - fraca demanda global e excesso de oferta -, continuam. Em decorrência do aumento desse desequilíbrio, os preços se manterão sob pressão. 

 

O leite em pó desnatado continua com valores similares aos de intervenção. Os estoques, públicos e privados, de leite em pó desnatado na União Europeia crescem. O de leite em pó integral, parece que também não atingiu o fundo do poço, e continua caindo. A manteiga estabilizou um pouco em março, sustentados pelos feriados de Páscoa. Portanto, não é certo que os preços continuarão nesses níveis. (LTO Nederland - Tradução livre: Terra Viva)

Ministro argentino justifica subsídios aos produtores de leite

O ministro da Agricultura da Argentina, Ricardo Buryaile, justificou os subsídios aos produtores de leite anunciados recentemente. Ele admitiu que se trata de um paliativo para os problemas do setor, mas disse que as compensações visam o "não fechamento de mais fazendas leiteiras". "Não podemos permitir que os produtores continuem quebrando", disse ele. Além disso, Buryaile explicou que o setor está afetado pelo contexto externo desfavorável, porque "o preço internacional do leite está no nível mais baixo do qual ele se lembra".

Ele e os ministros da Agricultura das províncias leiteiras anunciaram aos produtores de leite 65 centavos de peso (4,39 centavos de dólar) para cada litro, nos primeiros 3 mil litros produzidos. Também adiantaram que os paliativos para os produtores de leite serão realizados por unidades produtivas.

O Ministério da Agroindústria fornecerá 40 centavos (2,70 centavos de dólar), dos quais 10 centavos (0,67 centavos de dólar) serão os ministérios provinciais e os restantes 15 centavos (1,01 centavos de dólar) serão pela redução do imposto sobre valor agregado (IVA) através da Administração Federal de Receitas Públicas (AFIP). Buryaile apresentou as novas medidas para apoiar a produção de leite, mediante compensações, taxas bonificadas de financiamento e a suspensão por 120 dias da percepção dos 5% do IVA aos produtores.

As iniciativas terão um custo fiscal entre 350 e 400 milhões de pesos (US$ 23,66 e US$ 27,04 milhões). "O governo nacional e as províncias de Santa Fé, Córdoba, Entre Ríos, Santiago del Estero e Buenos Aires, concordaram em aumentar as compensações a 0,65 pesos (US$ 0,04) aproximadamente por litro para os produtores durante os próximos 60 dias. Embora isso não represente uma solução definitiva, é um paliativo para o setor, no marco de uma política de apoio que vamos continuar no próximo 13 de abril com a reunião do Conselho Federal Leiteiro".

Dessa forma, o Governo nacional e as províncias de Santa Fé, Córdoba, Entre Ríos, Santiago del Estero e Buenos Aires compensarão com 0,50 (US$ 0,03) por litro de leite fluido produzido até os 3 mil litros diários, sobre a base do produzido em fevereiro e março, durante os próximos 60 dias. Além disso, será modificada a modalidade de pagamento, "deixando de ser por CUIT (chave única de identificação tributária) para ser por unidade produtiva, o que representa uma ampliação de 30% no universo dos beneficiários".

Ambas as decisões se somam à suspensão por 120 dias da percepção de 5 pontos do IVA aos produtores (atualmente alcança 6%), o que representa cerca de 0,15 (US$ 0,01) por litro de leite a favor do setor primário. Dessa maneira, a compensação rondará os 0,65 (US$ 0,04) por litro, até 3.000 litros diários. 

Em 04/04/16 - 1 Peso Argentino = US$ 0,06762
14,7800 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do Lechería Latina, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Perspectivas 2016
O diretor da ABLV (Associação Brasileira da Indústria de leite longa vida), Nilson Muniz proferiu a palestra: "O mercado de lácteos de 2015 e perspectivas para 2016" na Embrapa CNPGL. Na apresentação Nilson Muniz insere o setor lácteo no contexto mundial, fazendo análise da economia e os reflexos no mercado de laticínios. Para assistir o vídeo com a palestra, CLIQUE AQUI. (Embrapa)
 
 

 

    

         

Porto Alegre, 07 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.241

 

   Balança comercial de lácteos: importações dobram; exportações para Venezuela somem do mapa

A balança comercial de lácteos teve um déficit de 14.184 toneladas em março, déficit 9 vezes maior que o apresentado no mês anterior. Em valores, o déficit da balança de lácteos foi de US$ 37,5 milhões. O resultado é reflexo de uma retração no volume exportado aliada a uma forte alta nas importações.

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto.

Fonte:MDIC

As exportações apresentaram queda de -56,1% em volume e de -72,1% em valor. Em março, foram exportados US$5,4 milhões de dólares de produtos lácteos, contra US$19,3 milhões em fevereiro. Na comparação com março de 2015, a queda nas exportações, em volume, foi de 62% 

A principal variável que influenciou essa forte retração foi a ausência de exportações para a Venezuela no mês de março, que ocorriam em elevados volumes e a preços acima do mercado. 

Já as importações mais que dobraram: a alta foi de 116% frente a fevereiro. Diversos produtos tiveram elevações expressivas na quantidade importada, como o leite em pó integral (+174%), o leite em pó desnatado (314%), soro de leite (+43%), manteigas (+25%) e queijos (+34%). 

Analisando as quantidades em equivalente-leite (a quantidade de leite utilizada para a fabricação de cada produto), a quantidade importada foi de 138 milhões de litros em março, aumento de 148% em relação a fevereiro. Já as exportações reduziram 62,3%.

Devido a isso, o saldo da balança comercial de lácteos foi negativo em 124 milhões de litros, o pior resultado desde outubro de 2012, como pode ser visto no gráfico 1 a seguir.

 

No saldo acumulado dos primeiros três meses do ano, o déficit da balança comercial de lácteos em equivalente-leite é de 187 milhões de litros, volume 28% do registrado no mesmo período do ano passado. (A matéria é da equipe MilkPoint, a partir de dados do MDIC)
 
    
 
Anta Gorda realiza 6º FestLeite

Os produtos lácteos e as nozes vão ganhar espaço mais uma vez na FestLeite de Anta Gorda, que, neste ano, chega a sua sexta edição.  A feira será realizada de 28 de abril e 1º de maio, no Parque Municipal de Eventos, e tem apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). A programação inclui o Simpósio da Cadeia Produtiva do Leite, Exposição do Gado Leiteiro, Salão da Gastronomia, Feira Comercial e Industrial, além de shows, como o das duplas sertanejas Lucas & Felipe e João Neto & Frederico.
 
A primeira FestLeite ocorreu em 2006, quando o município de Anta Gorda percebeu o potencial do gado leiteiro na região e a importância de investir na  produção. De lá para cá, a atividade só se expandiu e, hoje, são 600 famílias atuando na captação de 22 milhões de litros ao ano. "O objetivo da feira é promover mais crescimento neste setor, além de apresentar investimentos em genética, novas tecnologias e produtos", pontua o prefeito Neuri Dalla Vecchia. Segundo ele, a organização do evento, em conjunto com a Administração municipal, trabalha para mostrar o potencial de Anta Gorda na cadeia laticinista. "Queremos que a comunidade veja o que é capaz de fazer de forma a incentivar as produções nas famílias", salientou.

A expectativa para a edição deste ano é contar com 200 animais na exposição de gado leiteiro, que reúne criadores de diferentes raças habilitados para feiras nacionais. Apesar da abordagem técnica e voltada ao homem do campo, a FestLeite também tem programação para a comunidade, como o Salão da Gastronomia, cantina, além de trenzinho e helicóptero que circulam por pontos da feira e da cidade. Segundo Dalla Vecchia, o visitante ainda poderá participar de degustação de produtos lácteos, da Vitrine do Leite (apresentação de receitas) e shows artísticos que devem levar mais de 45 mil pessoas à exposição. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Rabobank: mercado global de lácteos deve continuar fraco este ano e produção brasileira deve recuar

As perspectivas para o mercado global de lácteos devem continuar fracas ao longo de 2016, mas com pressão de alta para as cotações à medida que 2017 se aproxima, afirma o Rabobank em seu relatório global sobre lácteos do primeiro trimestre deste ano.

Segundo o banco holandês, os preços em dólar dos lácteos continuaram a cair num mercado em grande parte influenciado pelo nível de apoio de intervenção na União Europeia. As perspectivas para o curto prazo permanecem pessimistas, diz o relatório. Diante da queda nos preços, o crescimento da produção de leite em várias regiões do mundo continua a desacelerar.

O Rabobank afirma que as conversas no mercado sobre recuperação dos preços internacionais diminuíram uma vez que dois fatores de risco de baixa apresentados no relatório de dezembro se tornaram realidade, fazendo as cotações ficarem abaixo do esperado pelo banco. Os motivos foram a produção de leite maior do que o previsto na União Europeia e a demanda mais fraca em mercados em desenvolvimento, como a China e países dependentes da receita do petróleo. Com esses dois fatores, os preços caíram cerca de 15%.

O estrategista global de lácteos do banco holandês, Kevin Bellamy, diz, no relatório, que "com exceção do Brasil -- afetado pela pior recessão em uma geração -- o Rabobank prevê que o consumo de lácteos deve continuar a crescer na Ásia bem como nos e na União Europeia". Além disso, a instituição espera que, no decorrer de 2016, a desaceleração do crescimento da produção será compensada pelo lento, mas estável incremento da demanda na maior parte das principais regiões exportadoras.

O relatório destaca os fatores que podem influenciar o mercado nas principais regiões de produção de leite do mundo. Na Europa, avalia o Rabobank, os preços baixos do leite ao produtor devem levar a uma desaceleração do crescimento da produção. A razão é que os pecuaristas devem focar mais em redução do que custo do que em expansão de produção. No entanto, embora o incremento deva ser mais moderado na Europa, os níveis de produção não devem cair, exigindo que o mercado mundial encontre um novo preço de equilíbrio.

Sobre a Nova Zelândia, maior exportador mundial de lácteos, o relatório prevê que a temporada de produção 2015/16 no país deve ser maior do que o esperado devido ao aumento das chuvas de verão.

O banco destaca ainda que os preços ao produtor nos EUA devem se retrair em resposta ao enfraquecimento da balança de comércio e ao crescimento dos estoques.
Em relação à China, o Rabobank informa que a produção pior do que a esperada no segundo semestre de 2015 no país asiático levou a uma redução nas previsões para este ano. Para o banco holandês, o consumo crescente e o menor avanço da produção estão levando a uma diminuição dos níveis dos estoques. No entanto, conforme o relatório, informações recentes de companhias sugerem que as reservas podem continuar altas em alguns casos. Assim, se os estoques se mantiverem significativos, o retorno da China -- maior importador mundial de lácteos -- ao mercado internacional pode demorar mais.

O Rabobank projeta recuo de 3% na produção de leite no Brasil neste primeiro semestre, com queda do consumo na mesma proporção. A avaliação é de que não haverá melhora devido à situação política e econômica atual. Paralelamente, os custos de produção devem se manter em alta. Apesar do real enfraquecido ante o dólar, o Rabobank aponta que os laticínios ainda enfrentam dificuldades de avançar no mercado internacional, em parte por causa da falta de acordos comerciais que favoreçam a indústria brasileira. Já os parceiros do Mercosul Argentina e Uruguai devem manter suas exportações firmes neste primeiro semestre. (As informações são dos jornais Valor Econômico e Estado de São Paulo)

Exportações/Uruguai

As exportações de produtos lácteos no primeiro trimestre do ano mostraram queda interanual de 25% em dólares. No acumulado do ano são US$ 104,47 milhões, diante de US$ 139,46 milhões em igual período do ano anterior. Em volume a baixa interanual foi inferior, 12%. O volume chegou a 44.098 toneladas, frente 50.082 toneladas de janeiro a março do ano passado.

 

O preço médio por tonelada de lácteos exportada passou de US$ 3.114 em janeiro de 2015 para US$ 2.224 em janeiro deste ano. Desde janeiro o valor de exportação mostrou leve recuperação. Em março o preço médio foi de US$ 2.371/tonelada.
 

A maior recuperação ocorreu no preço de exportação do leite em pó desnatado (LPD). O valor médio da tonelada chegou a US$ 3.146 em março, frente US$ 2.533/tonelada em igual mês de 2015. O preço foi 78% superior à média do LPD na Fonterra em março, US$ 1.767/tonelada.

 

O leite em pó integral foi o principal produto exportado neste ano, chegando a 25.068 toneladas, pelo valor total de US$ 59,7 milhões. Bem abaixo ficaram os queijos com 7.823 toneladas totalizando US$ 24,6 milhões. A manteiga ficou em terceiro lugar com vendas de 2.804 toneladas por US$ 8,4 milhões, seguida pelo leite em pó desnatado com 2.273 toneladas por US$ 6,7 milhões.

O Brasil se mantém como o principal comprador dos lácteos locais. Em março o total de pedidos de leite em pó foram para o Brasil. Ainda que o volume tenha sido baixo (150 toneladas) o preço por tonelada foi o mais alto desde janeiro de 2015, US$ 3.146. O Brasil comprou 56% do leite em pó integral exportado pelo Uruguai no mês. ((Blasina y Asociados - Tradução Livre: Terra Viva)

Argentina segue exportando leite em pó a preços baixos

O preço médio de exportação do leite em pó integral da Argentina continua insuficiente para que as indústrias de lácteos possam cobrir os custos básicos. As exportações argentinas de leite em pó integral a granel declaradas em março passado (sem considerar as vendas realizadas à Venezuela) foram de 9.802 toneladas a um valor médio ponderado de US$ 2.219 por tonelada versus US$ 2.227 por tonelada em fevereiro desse ano.

A maior parte dos envios foram registrados com destino ao Brasil e à Argélia (dois destinos tradicionais). Também foram registradas vendas ao México, Chile, Rússia, Nigéria, Mauritânia e Angola, entre outros mercados.

Na média obtida no mês passado convivem situações contrastantes. A empresa cordobesa, Punta del Agua, por exemplo, declarou uma venda de 25 toneladas à Geórgia a um preço FOB de apenas US$ 1.700 a tonelada, mas a santafesina Verónica declarou 400 toneladas à Nigéria, por US$ 2.800 a tonelada. O preço de equilíbrio do leite em pó integral argentino fica em média em torno de US$ 2.400 a tonelada com os valores pagos atualmente aos produtores de leite.

No mês passado, tal como tinha sido anunciado, a SanCor retomou as exportações de leite em pó com destino à Venezuela no marco de um acordo especial com o governo venezuelano. Em março, a empresa declarou vendas a esse mercado de 5.544 toneladas a um valor FOB de US$ 3.797 a tonelada. Espera-se que o acordo seja renovado pela SanCor, que contempla um volume total de 40.000 toneladas. 

Além do leite em pó, as exportações argentinas de derivados do soro do leite e defórmulas infantis também caíram até agora nesse ano. (As informações são do Valor Soja, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

Movimento dos consumidores
O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio mostrou que o movimento dos consumidores em super, hipermercados e comércios de alimentos e bebidas teve queda de 6,7% em março em relação a igual mês do ano passado. Já em comparação com fevereiro, o recuo foi menor, de 1%. De acordo com os economistas do Serasa, aumento do desemprego, altas taxas de inflação, crédito mais caro e baixo grau de confiança do consumidor explica o resultado negativo. Já o comércio como um todo teve queda de 9,2% na comparação anual e de 1,5% sobre o mês anterior. (Supermercado Moderno)

         

Porto Alegre, 06 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.240

 

   GDT: preço internacional do leite apresenta leve alta

Num movimento considerado de ajuste, os preços do leite em pó registraram leve alta ontem (05) no leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), referência de preços para o mercado internacional. A cotação do leite em pó integral, que tinha recuado no pregão anterior, subiu de US$ 1.971 por tonelada para US$ 2.013 ontem. Já o leite em pó desnatado ficou praticamente estável em US$ 1.721 por tonelada, conforme dados divulgados pela plataforma.

Para Valter Galan, analista da consultoria MilkPoint, especializada em lácteos, o pequeno ajuste não significa início de recuperação dos preços internacionais, que estão bem abaixo dos níveis históricos - entre US$ 3.200 e US$ 3.400 por tonelada para o leite em pó integral.

De fato, observou ele, considerando os fundamentos recentes do mercado internacional de lácteos, a expectativa era de queda nos preços negociados no leilão. Ele se referia ao aumento da produção de leite na União Europeia e na Nova Zelândia. Só em janeiro de 2016, a produção no bloco europeu cresceu 5,3% sobre o mesmo mês de 2015, o equivalente a 618 milhões de litros de leite. Já na Nova Zelândia, que deve registrar queda na produção de leite da safra como um todo, a produção da commodity subiu 5,6% em fevereiro sobre o mesmo mês de 2015, para 1,966 bilhão de litros de leite.

Além disso, a China, maior importadora mundial de lácteos, voltou a se retrair no mercado. O país asiático havia importado 153 mil toneladas de leite em pó integral e desnatado em janeiro deste ano. O volume foi 4,4 vezes maior que o comprado em dezembro de 2015 e 49% superior ao do mesmo mês de 2015. Mas, em fevereiro, as importações do país asiático voltaram a cair. O recuo nas compras foi de 24% em relação ao mesmo mês de 2015 - saíram de 65.900 toneladas (entre leite em pó integral e desnatado) para 53.000 toneladas.

Nesse ambiente, uma recuperação dos preços internacionais fica mais distante. Para Galan, os preços do leite em pó integral no mercado internacional devem se aproximar dos níveis históricos só no começo de 2017. No início deste ano, a expectativa dele e de outros analistas é de que uma recuperação viria ainda no segundo semestre de 2016.

Segundo o analista, diante dos baixos preços internacionais já há informações no mercado sobre maior interesse por produto importado, como queijos. Isso pode aumentar a concorrência para o produto local (que enfrenta alta da matéria-prima e queda na demanda). (Valor Econômico e GDT)
 
 

    
 
Tetra Pak adquire a empresa holandesa Laude

A Tetra Pak adquire a Laude, empresa líder de mercado no desenvolvimento, design e fabricação de moldes de plástico usados na produção de queijos. A aquisição reforça a posição da Tetra Pak como líder mundial em soluções completas para a fabricação de queijo e também ampliará a disponibilidade dos produtos Laude no mercado global.

A Laude foi criada em 1962, com sede em Ter Apel, na Holanda, com 38 funcionários. A empresa está na vanguarda do design de moldes de queijos e suprimentos, oferecendo desempenho e durabilidade, além de padrões superiores de higiene e limpeza.

De acordo com Tim High, Vice-presidente Executivo de Sistema de Processamento da Tetra Pak, a Laude se estabeleceu como uma fornecedora de moldes de alta qualidade e de serviços para a indústria do queijo. "Estamos muito satisfeitos em adicionar os produtos da Laude ao nosso abrangente portfólio. Com isso, ofereceremos linhas de queijo ainda mais competitivas com desempenho garantido", afirma Tim.

Segundo Auke Rienks, Diretor-presidente da Laude, os clientes continuarão contando com produtos e serviços líderes de mercado. "Vislumbramos uma grande oportunidade de crescimento internacional através dos canais da Tetra Pak, especialmente fora da Europa, onde estivemos focados no passado", completa Auke.

A Laude fará parte da unidade da Tetra Pak de Queijo e Sistemas de Evaporação e Secagem. A companhia continuará suas atividades no mesmo local e permanecerá sob a liderança de Auke Rienks e sua atual equipe de gestão.

Sobre a Tetra Pak
A Tetra Pak é líder mundial em soluções para processamento e envase de alimentos. Atuando próximo aos clientes e fornecedores, oferece produtos seguros, inovadores e ambientalmente corretos, que a cada dia satisfazem as necessidades de centenas de milhões de pessoas em mais de 170 países ao redor do mundo. Com cerca de 23 mil funcionários em mais de 85 países, a Tetra Pak acredita na liderança da indústria responsável e em uma abordagem sustentável dos negócios. O slogan "PROTEGE O QUE É BOM™" reflete a visão de disponibilizar alimentos de forma segura onde quer que seja. (Fonte: Assessoria de imprensa Tetra Pak)

Bélgica apoiará o Brasil nas negociações sanitárias e comerciais com a União Europeia

Representantes do governo brasileiro e belga se reuniram na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília, para estreitar relações e debater temas como o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. A secretária de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Mapa, Tatiana Palermo, ressaltou a importância do acordo para o Brasil. "É uma oportunidade única para ampliar a pauta de exportação brasileira e europeia. Envolverá todos os setores da economia brasileira e trará benefícios para ambos os lados".

O acordo também será pauta de reunião da presidência do Mercosul com a Comissão Europeia, no próximo dia 8, em Bruxelas. O embaixador da Bélgica, Jozef Smets, e o secretário de estado do Comércio Exterior da Bélgica, ministro Pieter de Crem, afirmaram que o Brasil é um importante parceiro no comércio de produtos agropecuários e se manifestaram favoráveis a adoção de um acordo comercial entre os dois blocos.

No encontro, a SRI entregou às autoridades belgas a minuta de memorando de entendimento com o propósito de desenvolver a cooperação técnica entre Brasil e Bélgica na área de vigilância agropecuária. "Será um mecanismo de harmonização dos procedimentos de inspeção e fiscalização do trânsito internacional de produtos vegetais e animais, trazendo mais celeridade e eficiência ao comércio entre os dois países", destacou o Secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Rangel.

O ministério reiterou a importância de se avançar na negociação do acordo sanitário e fitossanitário entre Brasil e União Europeia, para se buscar uma equivalência de controles, certificações e harmonização de procedimentos. O acordo está em negociação desde maio de 2015, e aguarda posicionamento das autoridades europeias. Os representantes do governo belga se comprometeram a levar o assunto à Comissão Europeia para buscar meios de avançar nos entendimentos bilaterais. (As informações são do Mapa)

WhatsApp criptografa mensagens de clientes

O WhatsApp, aplicativo do Facebook, aderiu aos esforços da Apple de se opor aos esforços do governo americano para obter acesso a mensagens dos usuários de celulares mediante a implementação de vigorosas proteções criptográficas. Estas impedirão as agências policiais de espionar mais de 1 bilhão de usuários [do WhatsApp]. A Open Whisper Systems, que somou seus esforços ao WhatsApp para melhor garantir a impenetrabilidade do aplicativo, anunciou ter concluído a implantação da "criptografia vigorosa", e que quando os usuários atualizarem o aplicativo, eles serão notificados de que todas as suas conversas são protegidos por criptografia "ponta¬a¬ponta". [Usuários no Brasil receberam esta comunicação ontem]. 

O WhatsApp expandiu sua criptografia "ponta¬a¬ponta" depois que, por pouco, a Apple evitou um confronto legal com o FBI, a Polícia Federal dos Estados Unidos. A Apple recusou¬se a ajudar o FBI a acessar um iPhone pertencente a Syed Farook, que com sua mulher perpetraram os ataques em San Bernardino no ano passado, matando 14 pessoas. [O FBI desistiu de levar a Apple à Justiça na semana passada, dizendo que uma terceira parte havia providenciado um método de acessar o celular do terrorista.] Assim como o software de mensagens do iPhone, o WhatsApp não terá chaves de código de acesso a comunicações privadas dos usuários (mensagens, fotos ou ligações telefônicas entre dois usuários ou entre um grupo deles). 

Por isso não poderá dar acesso a agências governamentais mesmo que estas tenham mandado judicial. Agências policiais têm alertado que métodos criptográficos poderão dificultar o trabalho de rastrear terroristas e criminosos. As empresas de tecnologia dizem que algoritmos criptográficos menos eficazes facilitariam, para os criminosos, atacar seus clientes. Jan Koum, cofundador do WhatsApp, disse que proteger as comunicações privadas são um valor essencial para o WhatsApp, em parte devido à sua própria experiência pessoal de ter vivido sua juventude na União Soviética. A Apple tem sido a principal defensora do direito de proteger os consumidores contra a espionagem governamental. Facebook foi uma das várias empresas de tecnologia que deram apoio à Apple quando esta se opôs ao governo. Entretanto, nenhum dos outros aplicativos do Facebook tem o mesmo alto nível de criptografia que o WhatsApp. (Valor Econômico)

 

No radar
UM DIA ANTES da reunião da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa, grupo liderado pela Associação Brasileira de Proteína Animal se reúne com o presidente da Comissão Regional da OIE nas Américas, Guilherme Marques. Em pauta, a ampliação do status de zona livre da doença sem vacinação hoje só SC tem. (Zero Hora)

         

Porto Alegre, 05 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.239

 

   China está de portas abertas para produtos alimentícios brasileiros 

As potencialidades do mercado chinês para os produtos alimentícios brasileiros foram abordadas durante palestra do advogado e CEO da China Invest, Thomaz Machado, realizada na tarde desta terça-feira (5/4) na Asgav.  Segundo ele, há falta de produto para atender ao mercado chinês, que está aberto às importações de itens com valor agregado. O principal entrave, cita ele, é o desconhecimento dos chineses quanto às potencialidades da produção nacional e dos brasileiros em relação às demandas chinesas. E citou o leite em pó, principalmente as fórmulas infantis, como um grande filão a ser aproveitado pelos laticínios brasileiros. "Uma lata de leite em pó custa mais de US$ 40 nas prateleiras da China", exemplificou.

O empresário ainda falou sobre o projeto The Best of Brazil, que é um espaço de 1.000 m² onde estão expostos produtos alimentícios e congelados fabricados no Brasil e que constituem em uma espécie de entreposto para aquisições pelas redes chinesas. O essencial, pontua Machado, é abrir canais de vendas que coloquem o produto acabado do Brasil nas gôndolas da China, independendo da amplitude do negócio.  "Vender para uma cidade já é uma grande conquista", frisou.

Presente ao encontro, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, pontuou dificuldades nas negociações com as comitivas chinesas que vêm constantemente ao Brasil. "Geralmente são criadas barreiras e eles sempre querem saber como podemos abrir nosso mercado para os produtos deles".  Acompanhando o debate, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, destacou o trabalho realizado na definição de marcos regulatórios no setor lácteo, seguindo o caminho da avicultura e da suinocultura. 

A aproximação entre o mercado gaúcho e os importadores chineses é fomentada pelo governo do Estado e foi intermediada pela Secretaria de Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais. Segundo o assessor técnico da Sedai, Leonardo Gaffrée, o cenário de câmbio desvalorizado é ideal para potencializar ganhos no exterior e desviar produção em tempos de crise. 
 
A China se desenvolveu agressivamente nos últimos 20 anos. Até 2013, explicou Machado, a China não pensava em importação.  A partir de então, começaram a planejar as compras e, hoje, a política de governo é tornar-se o maior importador do mundo. "E eles estão se preparando para isso. Baixaram o imposto de importação e têm um total de 1,3 bilhão de pessoas", pontuou, lembrando que 40% da população pertence à classe média o que, em breve, deve chegar a 60%. Outro aspecto importante diz respeito ao perfil do consumidor chinês. Machado citou que o consumidor tem o conceito de que o importado é sempre melhor do que o produto fabricado no mercado interno o que, em um primeiro momento, favorece muito países como o Brasil. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 

    
 
Embrapa/Gisleite: ferramenta que possibilita a gestão da produção será utilizada no Mato Grosso do Sul

Uma nova ferramenta de tecnologia da informação que possibilita a gestão daprodução leiteira, denominada Gisleite (Gestão Informatizada de Sistemas de Produção de Leite), desenvolvida pela equipe da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora, MG) será utilizada pelos técnicos da Agraer, em parceria com os produtores rurais do Estado. Esse avanço que pretende tecnificar e profissionalizar a cadeia produtiva do leite no Mato Grosso do Sul é fruto da parceria entre Embrapa Agropecuária Oeste, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Agraer e Sepaf/MS e que agora conta com novo parceiro: Embrapa Gado de Leite.

Os passos iniciais da implantação do Gisleite, foram realizados nos entre 29 e 31 de março, quando 55 extensionistas rurais da Agraer, representando todas as regiões do Estado participaram da capacitação presencial, realizada nos laboratórios de informática da Unigran. O treinamento foi ministrado por três empregados da Embrapa Gado de Leite, que vieram a Dourados para explicar as formas de uso do Gisleite e esclarecer a importância dos feedbacks dos usuários para otimização das atualizações do Programa, conforme as necessidades locais.

A utilização do Gisleite é um passo importante para a organização da cadeia produtiva do leite no Estado. "Essa nova conquista beneficia a bovinocultura do leite, pois possibilita a utilização de um programa que faz a organização das informações zootécnicas do rebanho (sanidade, reprodução e nutrição animal), além disso, o Gisleite também possibilita um acompanhamento da qualidade do leite e a análise de dados econômicos da propriedade", explica o Superintende de Desenvolvimento Rural da Sepaf, Edwin Baur.

O Gisleite objetiva apresentar ao produtor um panorama geral de desempenho técnico econômico da sua propriedade, por meio de informações obtidas de registros coletados na propriedade. "O Gisleite possibilita análise das estratégias de manejo, controle dos custos de produção e melhor utilização dos recursos utilizados e dos investimentos feitos na propriedade. Ele contribui ainda com a melhoria da produtividade do sistema de produção e da sustentabilidade da atividade leiteira pelo produtor", disse o pesquisador da Embrapa Gado de Leite e coordenador da equipe que desenvolveu o Gisleite, Cláudio Napólis Costa.

Cláudio explica ainda que o Gisleite auxilia o produtor no registro das atividades que caracterizam o manejo do rebanho e a obtenção dos indicadores zootécnicos e da qualidade do leite, essenciais para a melhoria da rentabilidade econômica da propriedade. "O programa ainda disponibiliza aos usuários relatórios de manejo das atividades de rotina do rebanho e relatórios gerenciais, econômicos e de rastreabilidade, entre outros", finaliza ele.

Para o Gestor de Desenvolvimento Rural da Agraer, Arnaldo Santiago, essa parceria com a Embrapa e outras instituições, que está viabilizando a implantação do Gisleite no MS, estabelece credibilidade e agrega valor a cadeia produtiva do leite no Estado, que deve alcançar novos patamares sustentáveis e economicamente viáveis.

Cluster Embrapa - O Chefe Adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agropecuária Oeste, Auro Akio Otsubo, comemora a implantação do Gisleite no Mato Grosso do Sul. Para ele, esse resultado serve como um importante incentivo para os trabalhos de transferência de tecnologia da Unidade, pois mesmo não dispondo de expertises em determinados temas a Unidade busca estabelecer parcerias com outras do Sistema Embrapa que detém o conhecimento necessário e viabilizando as trocas de experiências entre os pesquisadores, que nesse caso, são de Juiz de Fora (MG), onde fica a Embrapa Gado de Leite, com os extensionistas rurais da Agraer.

"Como uma Unidade da Embrapa, a Embrapa Agropecuária Oeste, pertencente à categoria de Centro Ecorregional, o nosso papel consiste em buscar soluções tecnológicas para diversos temas de importância para o desenvolvimento regional com o apoio do Sistema Embrapa e estamos trabalhando nesse sentido", explicou Auro.  (As informações são da Embrapa Agropecuária Oeste)

 
 
 
Conselho Regional de Medicina Veterinária lança aplicativo para consulta à legislação
Com o intuito de auxiliar os médicos veterinários e zootecnistas no acesso à legislação pertinente a profissão, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) lança aplicativo para consulta. As versões para IOS e Android já estão disponíveis nas lojas da Apple (App Store) e da Google (Play Store).

O objetivo é facilitar a pesquisa para usuários de tablets e smartphones. Até então, a consulta só poderia ser realizada acessando o portal do CRMV-SP (crmvsp.gov.br), que até o momento não possui campo de busca alfanumérica.

Para usar o aplicativo só é preciso ficar online uma vez. Basta se conectar à internet, acessar sua loja de aplicativos, buscar CRMV-SP, baixar o programa e sincronizar o conteúdo. Depois disso, para fazer as pesquisas não é necessário estar conectado. Ao usuário do aplicativo será permitido ainda "favoritar" conteúdos e receber notificações sobre novas resoluções, leis, portarias, decretos e normas referentes à Medicina Veterinária e a Zootecnia. Está disponível também informações sobre o Manual de Responsabilidade Técnica. (As informações são do CRMV-SP)

   
 
 
Acordo comercial entre Mercosul e África Austral entra em vigor e busca ampliar negociações

A presidenta Dilma Rousseff promulgou o acordo de comércio preferencial entre o Mercosul e a União Aduaneira da África Austral (Sacu). Com isso, já está em vigor o tratado que permite descontos tarifários aos países dos dois blocos na importação de produtos como costela suína, miúdos bovinos e pescados. Além do Brasil, o acordo envolve Argentina, Uruguai, Paraguai, África do Sul, Namíbia, Botsuana e Lesoto.

O decreto de promulgação do acordo foi publicado nesta segunda-feira no Diário Oficial da União. O tratado vem sendo discutido desde 2008 e prevê a criação de uma área de livre comércio entre os dois blocos. Para o diretor do Departamento de Acesso a Mercados e Competitividade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), João Rossi, é imprescindível ampliar as negociações, a fim de incluir produtos como lácteos, carne de frango, frutas e alimentos processados. "O Brasil tem apenas 4,4% de participação nas importações totais da África do Sul no setor agropecuário, um mercado que importou US$ 6,7 bilhões em 2014", assinala Rossi.

O acordo deverá incorporar temas como investimentos, compras governamentais e medidas sanitárias e fitossanitárias, contribuindo para a expansão do comércio mundial e o desenvolvimento social e econômico desses países. (As informações são do Mapa)

 
 

Decreto que regulamenta a Lei do Leite é finalizado
Representantes do setor lácteo e da Secretaria da Agricultura (Seapi) finalizaram, na manhã desta terça-feira (5/4), o texto do decreto que regulamentará a Lei do Leite. O prazo fixado para concluir o processo termina nesta quarta-feira (6/4). Presente no encontro, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) foi um dos colaboradores ao propor diversos dos ajustes acatados pelo corpo técnico da Seapi. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, esteve presente na reunião e destacou como principais avanços a regularização do transvase e a mudança no sistema de responsabilização dos transportadores. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

         

Porto Alegre, 04 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.238

 

   Reforma administrativa: Mapa corta 220 cargos, 4 secretarias e reduz em 52% contratos e convênios

Com a fusão ao Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) cortou 220 cargos comissionados, reduziu quatro secretarias e gerou economia de R$ 183,3 milhões em contratos e convênios. A medida faz parte da reforma administrativa do Estado e contribui para o esforço fiscal do governo federal.

Na última sexta-feira (1), a Presidência da República publicou no Diário Oficial da União o Decreto 8.701, que aprova a nova estrutura regimental e o quadro demonstrativo dos cargos em comissão e das funções de confiança do Mapa, após fusão com o MPA. O Mapa é a primeira pasta a entregar sua reestruturação.

O decreto complementa o trabalho que já vinha sendo feito pelo ministério, que desde 2 de outubro de 2015 - quando foi editada a Medida Provisória que promoveu a fusão das duas pastas -, vem trabalhando para concluir a reestruturação e incorporar novas atribuições, cargos e estrutura do MPA.

O Mapa fundiu a Secretarias de Mobilidade Social com a Secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo e criou a Secretaria de Pesca e Aquicultura, eliminado quatro secretarias do extinto MPA. A medida contribui para a meta do governo federal de reduzir 30 secretarias nacionais em toda a Esplanada.

À época da fusão, em outubro, a Pesca contava com 1.150 funcionários, entre cargos de confiança, terceirizados e servidores de carreira. Em três meses, antes mesmo da publicação do decreto presidencial, o Mapa reduziu em 41% a força de trabalho daquela pasta, gerando economia de R$ 6,286 milhões em três meses. Em novembro, o Mapa ainda analisou todos os contratos e convênios e reduziu mais de 57% desses contratos e gerou economia de R$ 183,3 milhões.

Em um esforço para enxugar a máquina estatal e cortar gastos, promoveu a fusão das estruturas físicas da Pesca com a Agricultura. Entregou, por exemplo, o prédio em Brasília onde funcionava a sede do MPA. O edifício tem 18 andares e representava custo anual de aproximadamente R$ 10 milhões. Nos 27 estados, unificou 80% das Superintendências da Pesca com as Superintendências Federais da Agricultura, o que vai gerar economia na ordem de R$ 29 milhões ao ano.

Desde a posse da ministra, a modernização da gestão tem sido uma meta perseguida com obstinação. Todos os cortes apresentados pelo decreto número 8.701 foram elaborado pelo Mapa e acatados na íntegra pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. "Continuaremos persistindo na eficiência da gestão do Mapa e lutando contra os desperdícios de recursos públicos", afirmou Kátia Abreu. (As informações são do Mapa)

    
Desoneração/AR 

A Administração Federal de Arrecadação Pública (Afip, em espanhol) publicou nesta sexta-feira no Boletim Oficial a Resolução 3858 através da qual foi oficializado a ajuda para os produtores de leite anunciada pelo ministro da Agroindústria, Ricardo Buryaile, na quarta-feira.

Concretamente, trata-se do conceito da retenção de Imposto de Valor Agregado (IVA) que a Afip irá aplicar para a compra e venda de leite fluido bovino, sem processar. Alíquota que é de 6%, por 120 dias será reduzida para 1%.
O benefício abrange todo o produtor de leite que esteja inscrito no IVA e será aplicado aos pagamentos que serão efetuados a partir do dia 2 de abril, mesmo que se refira a operações realizadas anteriormente.

Mais dinheiro
Esta ajuda da Afip faz parte do pacote de medidas anunciado na quarta-feira por Buryaile. Segundo o ministro, esta queda de 5% na alíquota do IVA corresponde a 15 centavos no preço que a indústria paga aos produtores.
Lácteos - Novas medidas continuarão a ser avaliadas
A este valor serão somados os 40 centavos de subsídios concedidos pelo Governo Nacional a cada produtor, e outros 10 centavos das Províncias, formando uma compensação total de 65 centavos e que em estará em vigor até maio. A redução da Afip deverá durar pelo menos dois meses mais. (Agrovoz - Tradução Livre: Terra Viva)

Censo do leite

Conhecer a realidade do setor leiteiro e buscar soluções para que as cooperativas ampliem e fortaleçam sua relação com os produtores e com o mercado consumidor. Estes são os objetivos do Sistema OCB e da Embrapa Gado de Leite ao realizarem o segundo Censo do Cooperativismo de Leite. As entidades assinaram no início deste mês, um acordo de cooperação que visa à realização da pesquisa, cujos questionários começam a ser enviados às cooperativas a partir da próxima semana.

Último levantamento- No último levantamento, realizado em 2003, as cooperativas eram responsáveis pela captação de 40% da produção de leite no Brasil, reunindo mais de 151 mil produtores associados. Entretanto, desde o primeiro levantamento o mercado de lácteos tem passado por mudanças, por isso, diante dos novos cenários, a Câmara de Leite do Sistema OCB deliberou que, decorridos 12 anos, este trabalho deveria ser feito novamente, abordando os seguintes temas:
- Participação das cooperativas no mercado de leite;
- Perfil dos associados;
- Negócios e modelos;
- Serviços e assistência técnica;
- Visão de futuro. (Paraná Cooperativo)

Subsídios/UE

Keith Woodford diz que é um equívoco dizer que a indústria europeia sobrevive apenas por causa dos subsídios. 
Na elaboração de um projeto de longo prazo para o setor lácteo da Nova Zelândia, é preciso responder as seguintes perguntas:
- O que acontecerá na China?
- O que acontecerá com os preços do petróleo?
- O que ocorrerá na América?
- O que ocorrerá na Europa?

Neste artigo vou me concentrar na Europa.
A necessidade de derrubar alguns mitos
Para entender a essência das mudanças que ocorrem no setor lácteo Europeu, é preciso derrubar alguns mitos. O mito dominante é que a indústria europeia só sobrevive por causa dos subsídios.
A realidade é que a Europa compete no mercado mundial, livre de subsídios às exportações, na maior parte dos últimos dez anos. A assinatura da eliminação dos subsídios à exportação na OMC em dezembro de 2015, que foi comemorada pela Fonterra e DCANZ (Indústrias de laticínios da Austrália e Nova Zelândia) em suas declarações à imprensa, foi um acordo simplesmente para ratificar procedimentos já existentes.
Olhando de outra perspectiva a agricultura europeia possui grandes subsídios internos. Tanto é verdade que alguns países europeus, principalmente os mais pobres, ainda têm subsídios à produção. Para o setor lácteo, esses subsídios chegam a 0,8 bilhões de euros, que parece muito. Mas, isto significa apenas NZ 0,11/KMS, [R$ 0,02/litro]. Dentro do setor é um valor trivial. De qualquer forma esses subsídios não são aplicados nos principais países exportadores da Europa, exceto na França.
Além do mais, a Europa não tem proteção tarifária do seu mercado interno, e não existe expectativa de mudança. Simplesmente, por uma questão de segurança alimentar e regional, a União Europeia (UE) não se permite ser dependente de países de fora do bloco em alimentos básicos. E nós, da Nova Zelândia não temos nenhuma influência para mudar isso. Não importa o que façamos em relação à Europa. Qualquer discurso seria para o público da própria Nova Zelândia.
 
Alinhamento com os preços internacionais
Apesar de tarifas de proteção, os preços aos produtores europeus, agora, estão alinhados aos preços internacionais. Na nova Europa, sem cotas, e com a indústria tendo excedentes de produção em seu próprio mercado, é inevitável que o alinhamento ocorra.
É importante ressalvar que existe uma defasagem no sistema, e até as cotações internacionais chegarem às fazendas, demora um pouco, é o que estamos vendo agora. Da mesma forma, a recuperação dos preços internacionais, por vezes, leva algum tempo para chegar ao produtor. Também é bom lembrar que os chamados preços internacionais, como os estabelecidos no gDT, são apenas para commodities.
Os produtores europeus, assim como a Cooperativa Dairy Tatua da Nova Zelândia, são protegidos das flutuações do gDT. Isto é conseguido com o apoio em produtos de maior valor agregado.
Além disso, fora a Irlanda, todo o sistema de produção de leite europeu é de 12 meses. Estes sistemas podem levar a maiores custos de produção, mas, contribuem para um menor custo de processamento. A melhor utilização da infraestrutura, pode, então, realimentar preços mais elevados nas fazendas. (interest.co.nz - Tradução livre: Terra Viva)
 
 

Fetag pede esclarecimento
O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, junto com as federações de SC e PR, vai solicitar esclarecimentos à Contag sobre declaração do secretário de administração e finanças da entidade, Aristides Santos. Na última sexta, o dirigente convocou a ocupar gabinetes e propriedades de parlamentares ruralistas caso a regularização de terras não avance. "Não comungamos com o que ele disse", afirmou Silva. O presidente da Contag, Alberto Broch, avalia que a declaração foi "no calor da emoção". (Correio do Povo)

         

Porto Alegre, 01 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.237

 

   LEITE/CEPEA: preço pago ao produtor sobe puxado pela menor oferta da matéria-prima

Com a captação ainda em queda, o preço do leite recebido pelo produtor subiu 4,67% em março, o que representa a maior variação desde maio/14 na série de preços do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. A "média Brasil" fechou a R$ 1,0456/litro, aumento de 4,7 centavos/litro em relação a fevereiro - essa média é ponderada pelo volume captado nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA. Contabilizando-se o frete e impostos, o preço bruto teve média de R$ 1,1451/litro, valor 4,41% superior ao de fevereiro e 10,4% acima do de março/15, em termos reais (valores atualizados pelo IGP-DI fev/16).


A captação do leite pelos laticínios/cooperativas diminuiu em quase todos os estados acompanhados pelo Cepea; a exceção foi a Bahia. De janeiro para fevereiro, houve queda de 4,58% no Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea), que considera os mesmos sete estados da "média Brasil". Esse recuo é ainda maior que o observado no mês anterior que, até então, era o mais intenso em 10 meses. Rio Grande do Sul e Minas Gerais registraram as maiores quedas, de 8,04% e de 7,59%, respectivamente, seguidos por Santa Catarina (4,13%), Goiás (3,73%), Paraná (0,78%) e São Paulo (0,11%). Já a Bahia, favorecida pelo maior volume de chuvas, teve aumento de 10,4% na captação. 

A queda da produção e, portanto, da captação em fevereiro ocorreu devido ao início da entressafra e aos altos custos de produção, puxados especialmente pelo milho. A menor oferta de matéria-prima, por sua vez, elevou a competição entre as indústrias e reforçou a valorização do leite. Pesquisadores do Cepea avaliam que a atual crise econômica pode reduzir os investimentos e, consequentemente, influenciar novas quedas na produção de leite.

Para abril, a expectativa é de que os preços do leite sigam em alta, ainda impulsionados pela oferta restrita de matéria-prima. Cerca de 94% dos agentes entrevistados pelo Cepea (que representam 99,6% do volume amostrado) acreditam em nova alta nos preços do leite em abril, enquanto o restante (6% que representam 0,4% do volume) acredita em estabilidade nas cotações. Nenhum dos colaboradores consultados estima queda de preços para o próximo mês.

A menor oferta de matéria-prima tem se refletido no mercado de derivados. O preço do leite UHT subiu 7,62% de fevereiro para março no atacado do estado de São Paulo - este foi o terceiro aumento seguido -, com a média mensal (até o dia 30) indo para R$ 2,6389/litro. No ano, a alta desse derivado chega a 18,9%. O queijo muçarela se valorizou pelo quinto mês consecutivo (1,97%), a R$ 14,89/kg na média de março. 

De acordo com atacadistas consultados pelo Cepea, agentes de indústrias têm reajustado positivamente os valores devido à baixa produção no campo e também pelos elevados custos no laticínio. Além disso, a demanda melhorou, em relação a meses anteriores, desde que as aulas foram retomadas. Na avaliação de alguns atacadistas, as vendas de lácteos só não estão maiores porque a oferta está limitada. Esta pesquisa de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). (As informações são do CEPEA/USP)

    
 
Leite/Oceania 

Na Austrália a procura por feno está fraca. Chuvas no Nordeste da Austrália ajudaram na recuperação das pastagens em regiões costeiras, habilitando os produtores a utilizarem pastagens cultivadas. As chuvas trouxeram alívio para a seca de Queensland. A colheita de milho começou nos estados do Sul, aliviando a utilização de alimentos armazenados.

A Dairy Australia divulgou relatório sobre as variações do processamento de produtos lácteos entre julho/2015 e janeiro/2016, em relação ao período anterior 2014-2015: manteiga (-4,5%); butteroil (+29%); Leite em pó desnatado (+11,9%); leite em pó integral (-16,2%); leitelho (-4,5%); queijo (-0,3%); e soro de leite em pó (-19,4%).

A produção de leite na Nova Zelândia, em fevereiro foi de 1,97 milhões de toneladas, de acordo com a DCANZ, menos que as 2,43 milhões de toneladas de janeiro. Em fevereiro de 2015 a produção de leite foi de 1,86 milhões de toneladas. A produção de sólidos (proteína de leite e gordura), chegou a 171,62 milhões de quilos, menor que os 208,04 milhões de quilos de janeiro, mas, foi maior que a produção de fevereiro de 2015, 165,67 milhões de quilos.
 

Os debates sobre a recente redução do pagamento do leite, entre os produtores da Nova Zelândia, estão intensos. Embora os resultados possam variar com o tamanho da propriedade, algumas estimativas apontam que, em média, um produtor que ordenhe 414 vacas, terá uma perda de receita na ordem de seis dígitos, em relação às projeções com os valores anteriores. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)


 

 
Estoques/UE
Está perto de atingir o limite das vendas do leite em pó desnatado (LPD) para os estoques de intervenção, antes da publicação do novo regulamento que amplia este limite. O tema foi debatido no Comitê do COM de produtos pecuários no dia 17 de março, já que é uma grande preocupação da Comissão, dos Estados Membros e os Operadores.

Segundo os últimos dados do Observatório Lácteo da UE, até o dia 24 de março já tinham sido entregues para intervenção 93.539 toneladas de LPD.

O limite estabelecido para compras de intervenção com preço fixo foi de 109.000 toneladas, volume que pode ser alcançado no início da próxima semana, se mantiver o ritmo das semanas anteriores.

O Conselho de Ministros de Agricultura da UE concordou em duplicar esse limite, mas não parece que o regulamento sobre esse acordo não será publicado antes de atingir o limite anterior. Consequentemente, apesar do acordo, haverá alteração para o sistema de licitação, conforme as normas vigentes.

A Comissão Europeia mostrou-se cética em relação à possibilidade de vencer os trâmites legais para publicação do regulamento antes das compras atingirem o limite. Para acompanhar mais precisamente a elevação dos estoques, foi pedido aos países que em lugar de notificações semanais, façam notificações diárias, até alcançar as 109.000 toneladas. A partir daí as compras de intervenção a preço fixo serão encerradas, e então serão abertas licitações. Este sistema poderá provocar mais pressão para queda nos preços do leite.

A Espanha não recorre, habitualmente à intervenção. Nos últimos 6 anos (de 2010 a 2015) não levou um único quilo de LPD ou manteiga para intervenção. Até agora, em 2016, foram a remessa foi de 495 toneladas. Não obstante, o setor lácteo espanhol pode ser indiretamente afetado pelo efeito do sistema de licitação. (Agrodigital - Tradução Livre: Terra Viva)

Kátia Abreu reafirma prioridades do ministério em meio à crise

Apesar do cenário de crise política e fiscal no país, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB), disse nesta quinta-feira (31) que sua Pasta continua trabalhando normalmente para desenvolver os focos de sua gestão. Suas metas são desburocratização, defesa agropecuária, ampliação da classe média rural, um orçamento plurianual para agricultura, fortalecimento da Embrapa e abertura de mercados no exterior. A ministra reafirmou os compromissos com essas prioridades e não quis comentar o contexto político.

Em seminário em Goiânia, promovido pelo governo do Estado de Goiás, com patrocínio do Santander e apoio do jornal Valor Econômico, Kátia defendeu a criação de um modelo de seguro rural de faturamento para produtores rurais e empresas do agronegócio. E que o ministério estaria trabalhando na formatação de um seguro que possa garantir definitivamente renda para o setor.

Ela explicou que esse formato de seguro rural seria incluído na Lei Agrícola Plurianual, uma das principais bandeiras de sua gestão que ela pretende encaminhar em forma de projeto de lei ao Congresso em agosto. Essa lei teria como inspiração a "Farm Bill", lei que regula o setor agropecuário nos Estados Unidos, que coincide o orçamento público da área de agricultura e pecuária com o calendário do setor. "Queremos implementar definitivamente um seguro de faturamento, que garanta renda aos produtores", disse a ministra. "Nosso maior esforço agora é para aprovarmos a Lei Agrícola Plurianual", afirmou.

A ministra também reiterou que sua Pasta vem procurando dar prioridade para a área de defesa agropecuária, que historicamente sofre com contingenciamento de recursos públicos. Segundo ela, os convênios firmados com os governadores para repasses de verbas nessa área estão sendo restabelecidos desde o ano passado. "Não economizamos um R$ 1 com defesa agropecuária", disse. 

Em seu discurso, Kátia também relembrou do fim de embargos que países como China mantinham em relação às exportações de carne bovina por conta da doença do mal da vaca louca. "Em 2015 abrimos mercados da China, Rússia e Estados Unidos para as nossas carnes e os mercados chinês, russo e japonês para o leite brasileiro", disse.

De acordo com a ministra, a expectativa da FAO, braço da ONU para a agricultura, é que a demanda por alimentos cresça 40% até a próxima década, o que abre uma grande janela de oportunidades para as empresas brasileiras do agronegócio. Para isso, ela frisou que vêm sendo articulados novos acordos comerciais e acordos de preferência tarifárias com China e Índia, uma vez que esse modelo de negociação internacional só é permitido entre países com o mesmo grau de desenvolvimento. "Estou muito otimista com a Índia e a China".

Ela também chamou a atenção para a necessidade de se criar uma empresa subsidiária da Embrapa, chamada de Embrapa Tec, para intensificar a atividade da estatal em pesquisa agropecuária e torná-la menos dependente do orçamento federal. (As informações são do Valor Econômico)
 

Milho/EUA 
Os Estados Unidos deram uma notícia preocupante para os produtores brasileiros de milho nesta quinta-feira (31). Vão plantar 37,9 milhões de hectares do cereal, 2,3 milhões mais do que no ano passado. A notícia é ruim para os produtores, mas boa para as indústrias nacionais que utilizam o cereal. (Fonte: Folha de SP)