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Porto Alegre, 11 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.223

 

    Veja como ficaram as exportações brasileiras de lácteos em fevereiro

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em fevereiro o Brasil exportou US$19,0 milhões em produtos lácteos. Na comparação com o mês anterior, o faturamento teve incremento de 125,0%. O volume embarcado aumentou ainda mais. Passou de 2,3 mil toneladas em janeiro passado para 6,2 mil toneladas em fevereiro.

 O produto mais exportado foi o leite em pó, que somou 5,1 mil toneladas e US$16,5 milhões em faturamento. Na comparação mensal o volume e o faturamento deste produto aumentaram 81,4% e 86,8%, respectivamente. Os principais compradores dos produtos lácteos brasileiros, em valor, foram a Venezuela (64,3%), seguido por Arábia Saudita (9,6%) e Emirados Árabes Unidos (6,0%). (Scot Consultoria)
 
  
 
União Europeia estipula nova lei para promover o leite nas escolas

As crianças na União Europeia (UE) deverão em breve se beneficiar de esquemas mais bem financiados de leite, frutas e vegetais nas escolas, junto com uma melhor educação para serem incentivados a ter uma alimentação saudável. Um novo projeto de lei, provisoriamente acordado pelos ministérios da UE em dezembro de 2015 e aprovado pelo Parlamento nesta semana, unirá os esquemas de leite e frutas escolares da UE e aumentará seu orçamento anual de US$ 22 milhões, para US$ 274 milhões por ano. Dessa quantia, US$ 110 milhões irão para o programa de leite escolar, que foi instaurado em 1977.

Os Estados Membros que se inscreverem para esse esquema voluntário de ajuda terão que promover hábitos de consumo mais saudáveis, alimentos locais, produção orgânica e luta contra o desperdício de alimentos. As crianças devem também se reconectar com a agricultura, através de visitas a fazendas, por exemplo. "Uma dieta saudável e equilibrada é a base da boa saúde, mas o consumo de frutas, vegetais e leite vem declinando na UE", disse o autor do relatório que direcionou a legislação no Parlamento da UE, Marc Tarabella.

"É por isso que é de suma importância fortalecer o esquema de frutas, vegetais e leite nas escolas, aumentando seu orçamento e tornando-os mais focados na educação para hábitos de consumo saudáveis. O Parlamento também garantiu a estabilidade financeira do programa, prevenindo que os estados membros cortem seu orçamento unilateralmente ou que mudem o critério para distribuição de fundos da UE entre si".

Os membros do Parlamento emendaram a lista de produtos selecionados para financiamento da UE para garantir que a prioridade seja dada para produtos locais e frescos.  Antes do anúncio, Tarabella disse que também era importante reequilibrar o sistema para considerar os novos membros, sem penalizar os outros países que vem usando esses programas há um longo tempo.

"Nós também garantimos uma distribuição mais justa de fundos através de um critério objetivo, por exemplo, o número de crianças com seis a dez anos em um país particular". Ele disse que queria que o programa fosse mais simples, de forma que as escolas não o abandonassem.

A regulamentação acordada provisoriamente ainda precisa ser formalmente aprovada pelo Conselho, com as novas regras sendo aplicadas a partir de 1 de agosto de 2017. (As informações são do Dairy Reporter)

Produção/EUA

O USDA faz projeção de longo prazo para a produção de leite. Até 2025 haverá crescimento de 112 bilhões de litros, aproximadamente 23% em relação aos níveis de 2015. A maior parte virá do aumento da produtividade, que chegará a 12.000 litros por animal, um crescimento de 2.200 litros por animal, quando comparado com 2015.

O rebanho nacional deverá se manter em torno das atuais 9,3 milhões de cabeças até 2020, e depois haverá um crescimento lento, coincidindo com a expectativa de crescimento do preço do leite de forma constante. No relatório semelhante elaborado em fevereiro de 2006, a previsão era de contração do rebanho nacional entre 2005 e 2015, em 365 mil cabeças. Mas, de fato, houve crescimento de 270 mil cabeças no período. A produtividade animal ficou ligeiramente abaixo da projetada, e a produção de leite total ficou 5% maior que a prevista. Enquanto o preço do leite no período foi, na maioria das vezes, maior que as expectativas de 2006. (DairyCo - Tradução livre: Terra Viva)

Leite/NZ 

Falando a respeito do anúncio da Fonterra sobre a redução do preço do leite o Primeiro-Ministro, John Key reforça sua confiança no setor lácteo, dizendo que a produção de leite na Europa no ano passado foi pontual e as perspectivas de longo prazo são de crescimento da demanda com o aumento da classe média na Ásia.

Key disse que também está confiante de que a maioria dos agricultores têm resistência suficiente para lidar com a redução do faturamento e que os bancos garantiram apoio ao setor. "Alguns agricultores estão fazendo ajustes nos custos de produção para resistirem a um tempo maior de dificuldades", disse Key. "Será inevitável a venda de algumas propriedades, mas, de um modo geral, os agricultores são resilientes para lidar com estas questões. Eles se ajustam às variações de preços", disse Key. "Estive com dois executivos esta semana. Eles disseram que não forçar a saída dos agricultores de suas fazendas, embora, alguns muito endividados sejam forçados a isso", disse ele. Perguntado se continua confiante com as perspectivas de longo prazo para o setor lácteo, uma vez que a demanda extra da classe média da Ásia está sendo acompanhada pelo aumento da produção na Europa e Estados. Ele disse que ainda vê um futuro brilhante. A Agenda do Governo inclui dobrar as exportações da indústria primária até 2025, incluindo um significativo crescimento da produção e da renda do leite. (interes.co.nz - Tradução livre: Terra Viva)

IBGE: Redução de poder aquisitivo faz famílias cortarem mais supérfluo

¬O menor patamar de consumo das famílias até o fim de 2015 continua no começo deste ano, pelo menos no que concerne à demanda familiar por serviços. A avaliação partiu de Roberto Saldanha, técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao comentar os resultados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) anunciada nesta sexta-feira. No levantamento, os serviços prestados às famílias recuaram 4,1% em janeiro, na comparação com o mesmo período de 2015, a queda mais forte para meses de janeiro desde o início da pesquisa, em 2012.

O economista observou que houve forte retração no poder aquisitivo da população. Isso porque o brasileiro convive com cenário de renda em queda, ambiente de juros elevados e crédito mais caro e restrito. "Ao mesmo tempo, não podemos nos esquecer que tivemos alta de preços [nos serviços]", afirmou, considerando que isso também faz com que o consumidor deixe de acessar serviços que não são essenciais, em prol de voltar seu poder de consumo para necessidades mais básicas. "As famílias cortam o que não é essencial para reduzir gastos", resumiu. Ao detalhar a evolução dos serviços prestados as famílias, ele comentou que somente serviços de alojamento e alimentação caíram 2,9% em janeiro, perante igual mês de 2015. "Isso significa que as pessoas estão indo menos a hotel e restaurantes", comentou ele. 

Em contrapartida, um dos poucos segmentos a apresentar saldo positivo em janeiro foi de serviços de transporte aéreo, que mostrou alta de 24,7% no indicador de volume ante o primeiro mês de 2015. Ao ser questionado dos motivos desta atividade mostrar trajetória oposta ao da maioria pesquisada pelo IBGE, Saldanha explicou que isso se deve às promoções e concentração de férias escolares. Segundo ele, as empresas do setor, já cientes da menor demanda, realizaram promoções atrativas nesse período de alta temporada para viagens dos brasileiros. (Valor Econômico)
 

Ração melhora desempenho
Um estudo da área de produção da Cotrijal, feito com 20 terneiras, comprovou que o uso de ração com teor de proteína de 26% proporciona ganho médio de 400 quilos de leite a mais na primeira lactação. "A ração com 26% de proteína não deposita gordura, só forma massa magra", explica o coordenador técnico do Departamento Veteriná- rio da Cotrijal, Alan Rahman. Na região de Não-Me-Toque, as vacas produzem, em média, 7,6 quilos de leite na primeira lactação. Com a ração, o volume pode ir para 8 mil quilos. A primeira inseminação, que ocorre com 18 meses, poderá ser antecipada para 15 meses, porque o criador consegue dobrar o peso da terneira - de 40 para 80 quilos nos 60 primeiros dias de vida. "Quanto maior o tamanho corporal, maior o mérito produtivo do animal", diz Rahman. Os animais comem a ração, que tem entre seus ingredientes leite em pó e farelo de bolacha, desde o quinto dia de vida. (Correio do Povo)
 

 

    

         

Porto Alegre, 10 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.222

 

    Manter os jovens, tarefa difícil no campo

A saída dos jovens do meio rural ameaça o futuro de muitas propriedades, em especial na agricultura familiar. Dados da Emater apontam que 23% dos estabelecimentos não têm sucessor no Rio Grande do Sul. Falta de infraestrutura adequada e de renda fixa são alguns dos fatores que agravam o quadro. O tema foi discutido durante a segunda edição do ciclo Debates Correio do Povo Rural, promovido na Casa do Grupo Record RS na Expodireto Cotrijal, em NãoMe-Toque. O êxodo impacta de forma especial a atividade leiteira, na qual a mão de obra familiar predomina. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o conforto e a qualidade de vida são levados em conta pelos jovens. Enquanto no leite o produtor fica 24 horas por dia à disposição da propriedade, o trabalho na cidade possibilita renda fixa e um horário menos desgastante. Para Guerra, a solução passa pela mecanização, inclusão digital, profissionalização e, principalmente, renda fixa. "Se o jovem tem um percentual do resultado da propriedade, vai passar a trabalhar como sendo dono do negócio também, e não recebendo aquela verba como antigamente o pai fazia, que entregava um 'tanto' no final de semana para cada filho", recorda. Boa parte do trabalho de incentivo à permanência dos jovens no campo é feito por cooperativas. 
 
A Cotrijal deu início, recentemente, ao programa Aprendiz Cooperativo no Campo. O vice-presidente da entidade, Ênio Schroeder, afirma que tem pesquisado como outros países e regiões desenvolvem a sucessão rural. "Não há nenhuma fórmula no mundo. Todos têm o mesmo problema. Nós temos que resolver isso com inteligência porque, do contrário, as propriedades vão acabar não existindo mais", adverte. A velocidade com que a inovação ocorre no campo, conforme Schroeder, reforça a importância da permanência dos jovens, uma vez que as novas máquinas exigem cada vez mais habilidade com a tecnologia por parte do produtor. Enquanto as cooperativas fazem a sua parte, o setor reclama da falta de ações do poder público. Segundo o presidente da Comissão de Jovens da Farsul, Luis Fernando Cavalheiro Pires, a contrapartida do Estado para o campo é precária, o que acaba influenciando a escolha do jovem em deixar a zona rural. Entre os exemplos estão a situação das rodovias e da energia elétrica - justamente em processos cada vez mais mecanizados. "Ou seja, o custo operacional é muito caro, e isso se soma ao processo da renda, que vai ser decisivo para que o jovem permaneça no campo", avalia. 
 
Apesar disso, Pires vê que, nas médias e grandes propriedades, há uma tendência crescente de participação do jovem, porém não da mesma forma como ocorria antigamente. "Deve ser passada ao jovem a ideia de empresa rural, com gestão compartilhada, e não aquela ideia do herdeiro", explicou. O presidente do Sicredi Alto Jacuí, José Celeste De Negri, ressaltou as dificuldades de fazer com que o jovem se sinta atraí- do pelo campo. Um dos principais problemas neste aspecto é o acesso à telefonia e Internet. "Hoje em dia todo mundo está conectado e, no Interior, há uma dificuldade muito grande de sinal. Temos que criar estímulos para que ele venha a gostar daquela vida", observou. Para o professor da UPF, Benami Bacaltchuk, é uma utopia imaginar que se pode segurar todos os jovens no campo. Um fator importante é o fato de que o número de filhos por família caiu nas últimas décadas, o que também impacta no meio rural. "Eles têm outro problema: quem vai continuar (a propriedade)?", explica. "Como tu vai fixá-los se não tem entretenimento, ocupa- ção, saúde, segurança de renda?", continua. Embora muitos jovens estejam descobrindo o gosto pela atividade rural, Bacaltchuk ressalta que o problema da sucessão é maior nas pequenas propriedades. (Correio do Povo)
 
  
Leite em pó/AR 

A Argentina está "nadando" em um oceano de leite em pó: estima-se que exista umas 50.000 toneladas sem destino. As razões para semelhante fenômeno é decorrente do fim da demanda da Venezuela. Até agora, em 2016, foram exportadas 2.520 toneladas de leite em pó integral com destino ao mercado bolivariano (parte das quais são realizadas pela SanCor como pagamento ao crédito de US$ 80 milhões concedido à cooperativa pela Venezuela, em 2006).

No mesmo período de 2015 - 1º de janeiro a 8 de março - foram registradas exportações argentinas de leite em pó para a Venezuela num total de 30.590 toneladas! No ano passado o governo kirchnerista assinou o acordo "petróleo por alimentos", com exportações monumentais de leite em pó com destino à Venezuela. Mas, o governo macrista suspendeu. O governo kirchnerista deixou dívidas de US$ 300 milhões de gás, com a Bolívia, e também uma dívida estimada de US$ 500 milhões em óleo com a Venezuela.

Neste contexto, uma das alternativas que está sendo estuda pela equipe econômica é vender todo o excedente de estoque de leite em pó integral do mercado argentino para pagamento da dívida de energia com a Venezuela. Não existem muitas alternativas para acabar com o estoque de leite em pó: a indústria de laticínios da Argentina está vendendo, por exemplo, o produto para destinos exóticos (como Afeganistão ou Paquistão) a valores FOB de US$ 1.700/tonelada (quando o preço de equilíbrio fica em torno de US$ 2.400/tonelada com os atuais preços aos produtores). A opção de recorrer ao salvo-conduto venezuelano é atrativa, ainda que não esteja isenta de dificuldades. Estes dias, por exemplo, o governo bolivariano congelou a distribuição de umas 25.000 toneladas de leite em pó, porque o preço de empacotamento é superior ao valor venda máximo, fixado oficialmente para o alimento. (valorsoja - Tradução Livre: Terra Viva)

Uruguai: Inale reforça estratégias para captar mais mercados

O Instituto Nacional do Leite (Inale) tem como prioridade esse ano reforçar sua estratégia para melhorar a inserção dos lácteos uruguaios nos mercados internacionais. Procura-se a criação de novos mercados ou elevar a participação em alguns países que hoje têm uma participação pequena, destacou o porta-voz do Inale, Eduardo Viera. O Inale tinha trabalhado no ano passado em delegações oficiais como a realizada no Japão, onde há "expectativa" que possa surgir como um destino relevante para a produção uruguaia nos próximos meses.

Além disso, o Inale participará junto com indústrias locais da missão oficial que viajará ao Irã nos próximos dias 23 e 24 de abril, encabeçada pelo chanceler, Rodolfo Nin Novoa. Viera explicou que o Uruguai tem "algum antecedente" de venda de manteiga a esse destino, que agora ganha relevância devido à remoção das sanções da comunidade internacional. "A ideia é que o setor de lácteos possa incorporar-se a todas as missões oficiais que o governo faça".

O setor tem em mente que uma melhora nos acessos aos mercados é chave fundamental para poder "amortizar" da melhor maneira a forte volatilidade a que o setor está submetido nos mercados globais. A isso, deve-se somar a vantagem que os competidores diretos do Uruguai como Nova Zelândia e Austrália têm obtido com a assinatura de tratados de livre comércio com países asiáticos, um dos principais motores da demanda. (As informações são do El Observador)

Reino Unido: uma em cada cinco fazendas leiteiras poderá fechar neste ano
 
Uma em cada cinco fazendas leiteiras no Reino Unido poderá ser forçada a fechar neste ano à medida que as dívidas dos produtores alcançam níveis de crise. O número de fazendas leiteiras caiu para 10.500, e há 10 anos, esse número era 21.000. 

Os produtores estão recebendo apenas 19 centavos de libra (27,02 centavos de dólar) por litro de leite, porém, o custo é de 28 centavos de libra (39,82 centavos de dólar) para produzir, de forma que eles estão operando com perdas, de acordo com a União Nacional de Produtores Rurais (NFU). Isso fez com que muitos produtores tivessem que enfrentar a difícil decisão de desistir de tudo, apesar de estarem na indústria por muitas gerações.

O presidente da NFU, Rob Harrison, que também possui uma fazenda leiteira, disse: "Acreditamos que muitos deixarão a indústria até o final deste ano, quando muitos produtores terão que devorar suas economias. No ano passado, esse número foi de 4%, mas a expectativa é que mais produtores deixarão a atividade neste ano, de 10 a 20%. 

Nick Adames, proprietário da Black Barn Farm em West Sussex, disse que sua família ordenha vacas leiteiras desde 1895 e a situação nunca esteve tão ruim como agora. Em dezembro, ele recebia somente 20 centavos de libra (28,44 centavos de dólar) por litro de leite. "Nenhuma outra indústria poderia continuar nessa base de rentabilidade e à medida que os estoques de alimentos para os animais caem e precisam ser cultivados e substituídos, muitos simplesmente desistirão. Uma vez que os bancos perderem a fé em nossa capacidade de pagá-los de volta, haverá um enorme êxodo".

Quase um terço de todos os produtores que venderam suas fazendas no ano passado citaram a dívida como uma de suas principais razões para deixar a indústria, de acordo com dados do grupo de propriedades Savills. 

Em 07/03/16 - 1 Libra Esterlina = US$ 1,42217
0,70266 Libra Esterlina = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do http://metro.co.uk)
 

Mais Leite Saudável 
A Secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, começou a publicar Projetos de investimentos em laticínios aprovados conforme o estabelecido pelo Decreto 8.533 de 30/09/2015. São projetos de investimentos para aquisição de créditos presumidos da Contribuição PIS/PASEP e da COFINS para aplicação no Programa Mais Leite Saudável. As publicações foram iniciadas em 09 de março, e nesses dois dias 5 indústrias já foram beneficiadas. (DOU/Terra Viva)


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Porto Alegre, 09 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.221

 

    Exportação é caminho para estabilidade do mercado

Presença de peso no Fórum Estadual do Leite na manhã desta quarta-feira (9/3), o diretor executivo da Viva Lácteos, Marcelo Martins, traçou um panorama do setor lácteo nacional, destacando a relevância que as exportações devem assumir nos próximos anos para garantir a estabilidade de mercado. Segundo ele, com o aumento da produção nacional na casa dos 4,1%, índice maior do que a expansão do consumo, os embarques de leite em pó e condensado tornaram-se uma saída para muitas empresas para assegurar o crescimento dos negócios. Contudo, a crise do mercado internacional vem freando o potencial do setor.

A expansão do setor lácteo, pontuou o especialista, vem sendo puxada pela Região Sul, que assumiu a liderança nacional, ao centralizar 34,7% da produção de lácteos. Enquanto o país registrou crescimento de 4,1% em 10 anos, o Rio Grande do Sul atingiu 7%, praticamente o dobro. "E a região Noroeste, onde estamos agora, cresceu quase 9%", acrescentou Martins.  Ele informou que tem convicção de que a cadeia vai sair fortalecida desse momento, quando todos os elos estão sendo demandados a serem "mais profissionais, competitivos e eficientes".

Participando do Fórum Estadual do Leite, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra,  reforçou a posição, defendendo a relevância das empresas vislumbrarem nossas potencialidades e mercados para seus  produtos lácteos. O Sindilat também foi representado pelo secretário-executivo, Darlan Palharini. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Chocks/Divulgação Cotrijal
 

  
 
CCGL anuncia investimento em Cruz Alta

Ao abrir o Fórum Estadual do Leite na manhã desta quarta-feira (9/3), em Não-Me-Toque, o presidente da Cotrijal, Nei Mânica, anunciou um novo investimento na região. A CCGL, empresa associada ao Sindilat, está investindo R$ 140 milhões na ampliação da unidade fabril de Cruz Alta. A proposta é elevar a capacidade instalada de 1 milhão de litros/dia para 2 milhões de litros/dia. Confiante no potencial do setor lácteo gaúcho, o presidente da CCGL, Caio Vianna, destacou a presença dos participantes do fórum, pessoas que têm feito um trabalho sério para o setor lácteo. "Acreditamos no produtor e vamos trabalhar para que a rentabilidade da atividade seja garantida e para que ela se mantenha ao longo do tempo. Sabemos da importância que o setor tem para manter o homem no campo", frisou Vianna.

O otimismo também foi a tônica do discurso do secretário da Agricultura, Ernani Polo, que reforçou a relevância dos debates que estão sendo realizados na Expodireto Cotrijal. "Além dos negócios, esses momentos deixam um saldo positivo que se replica depois nas propriedades, onde se busca cada dia um resultado melhor",  destacou. Polo ainda salientou que o agronegócio gaúcho vive um momento de transformação, onde a  "necessidade de profissionalização é um caminho sem volta". Apesar de avanços substanciais em profissionalização, como os previstos e alinhados na Lei do Leite, ele garantiu que há uma forte preocupação do governo em proporcionar condições para que um maior número de agricultores continue na atividade. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Santa Clara e Piá estão entre as marcas mais lembradas e preferidas dos gaúchos

As cooperativas Santa Clara e Piá foram, novamente, destaques na pesquisa Marcas de Quem Decide, promovida pelo Jornal do Comércio e realizada pela Qualidata Pesquisas e Conhecimento Estratégico. Ambas as empresas figuram entre as mais lembradas e preferidas dos gaúchos no que se refere a Queijo e Produtos Lácteos. A Santa Clara, ainda, aparece em terceiro lugar na categoria Cooperativa. 

Segundo o diretor Administrativo e Financeiro da Santa Clara, Alexandre Guerra, o resultado da pesquisa é reflexo dos mais de cem anos de atuação da cooperativa, do compromisso com a qualidade em todas as etapas de produção e a preocupação com o bem-estar do consumidor. Com 42,7% da lembrança e 35,3% da preferência dos consumidores entrevistados, a Santa Clara é a marca de Queijos com maior destaque no setor. Em dezoito edições do projeto, esse é 12º ano consecutivo que a cooperativa se posiciona como líder do segmento. 

Já na categoria Produtos Lácteos, enquanto a Santa Clara garantiu o primeiro lugar na "preferência" do público com 25% dos votos, a cooperativa Piá conquistou a liderança na "lembrança" do consumidor com 25,6%. "Figurar como a empresa mais lembrada pelos gaúchos mostra o comprometimento da Piá em produzir um produto de qualidade. É a solidificação da nossa marca", destaca o presidente da Piá, Gilberto Kny. 

Entre as novidades da 18ª edição do Marcas de Quem Decide, esteve a inclusão de 12 novos setores de pesquisa. Na categoria Cooperativa, a Santa Clara também aparece com destaque. A cooperativa ficou em terceiro lugar na lembrança e preferência dos entrevistados, atrás de Sicredi e Unimed. Os resultados foram apresentados nesta terça-feira (8/3), em cerimônia realizada no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Marco Quintana/ JC

Fonterra revisa previsão de preço do leite para 2015/16

A Fonterra reduziu sua previsão de preço do leite para a estação de 2015/16 de NZ$ 4,15 (US$ 2,80) por quilo de sólidos do leite [equivalente a NZ$ 0,34 (US$ 0,23) por quilo de leite], para NZ$ 3,90 (US$ 2,64) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,32 (US$ 0,21) por quilo de leite]. 

Quando combinado com as previsões de lucros por ação, que são de 45-55 centavos (30,5 a 37,3 centavos de dólar), isso significa uma previsão total para pagamento de NZ$ 4,35 (US$ 2,95) a NZ$ 4,45 (US$ 3) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,36 (US$ 0,24) a NZ$ 0,37 (US$ 0,25) por quilo de leite] e equivaleria atualmente à previsão de pagamento em dinheiro de NZ$ 4,25 (US$ 2,88) a NZ$ 4,30 (US$ 2,91) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,35 (US$ 0,23) a NZ$ 0,36 (US$ 0,24) por quilo de leite] para o produtor após as retenções de impostos.

A Fonterra está prevendo que sua produção de leite na Nova Zelândia será pelo menos 4% menor do que na estação anterior, à medida que os produtores respondem aos baixos preços, reduzindo o tamanho do rebanho e fornecendo significativamente menos suplementos, o que deverá ter um impacto na produção desse outono.

O presidente, John Wilson, disse que as condições difíceis no mercado global de lácteos têm colocado mais pressão sobre a previsão. "Mais uma redução na previsão do preço do leite é a última coisa que os produtores querem ouvir em uma estação muito desafiadora. Em momentos como esse, os negócios precisam fazer tudo o que puderem para direcionar até o último centavo de volta aos produtores". "O manejo está totalmente focado na redução dos custos e na geração de dinheiro em todo o negócio. O aumento contínuo no desempenho financeiro e a força de nosso balanço patrimonial fornecerá oportunidades para dar suporte aos fluxos de caixa dos produtores. Forneceremos uma atualização sobre isso em nossos resultados provisórios no dia 23 de março".

O diretor executivo da Fonterra, Theo Spierings, disse que as exportações e as importações estiveram desequilibradas nos últimos 18 meses devido ao aumento maior do que o esperado na produção da Europa e às menores importações da China e da Rússia - os dois maiores importadores de lácteos. "O período de tempo para reequilíbrio mudou e depende muito da redução na produção - particularmente na Europa - em resposta a esses preços globais dos lácteos insustentavelmente baixos".

"Os fundamentos em longo prazo para o setor de lácteos são positivos, com o aumento da demanda em mais de 2% ao ano devido ao crescimento da população mundial, aumento da classe média na Ásia, urbanização e condições demográficas favoráveis. Nossa previsão é baseada em ausência de mudanças significativas na oferta ou na demanda globais antes do final do ano. Entretanto, uma redução na oferta disponível para exportação antes disso poderia significar uma redução nos preços antes do que é esperado atualmente", disse Spierings.

Em 08/03/16 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,67826
1,47436 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são da Fonterra, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Expectativas para o mercado de leite
A produção de leite está em queda nas principais bacias do Sudeste e Sul do país. A concorrência entre os laticínios é grande. Com isso, a expectativa é de que mercado continue firme e os preços ao produtor em alta. Para o pagamento de março, referente à produção entregue em fevereiro, 75% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em alta dos preços ao produtor, 18% falam em manutenção e os 7% restante estimam queda para o produtor. Os laticínios que apontam para queda no preço do leite ao produtor estão no Ceará, Bahia e Pernambuco. No mercado spot, os preços do leite subiram fortemente nas últimas quinzenas, corroborando com o cenário de oferta mais ajustada à demanda no mercado interno. Os valores máximos em São Paulo e Minas Gerais ultrapassam R$1,30 por litro. No atacado, as cotações dos lácteos também subiram em janeiro e fevereiro deste ano e devem seguir firmes em curto e médio prazos. (Scot Consultoria)

 

         

Porto Alegre, 08 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.220

 

    Balança comercial: volume de leite condensado exportado apresenta alta expressiva

A balança comercial de lácteos teve um déficit de 1.538 toneladas em fevereiro, déficit 73% menor que o apresentado no mês anterior. Em valores, o déficit da balança de lácteos registrou queda de 78,5% com relação a janeiro, mas continua com saldo negativo de US$ 2,46 milhões.

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto.


Fonte:MDIC

As exportações apresentaram alta, tanto em volume quanto em valor. Em fevereiro, foram exportados US$19,34 milhões de dólares de produtos lácteos, um aumento de 96% frente a dezembro. O maior volume das exportações foi o de leite condensado, que aumentou de 777 para 2.821 toneladas, valor quase quatro vezes maior que o registrado em janeiro. Os principais destinos do leite condensado foram a Arábia Saudita (destino de 43,2% do total exportado do produto) e os Emirados Árabes Unidos (17,8%).

Outro produto que apresentou alta nas exportações em fevereiro foi o leite em pó integral, que teve alta de 85% sobre as exportações de janeiro. O principal comprador foi a Venezuela, destino de praticamente todo o leite em pó exportado (99,7%).

As importações tiveram queda de 6,6% em volume. Os produtos que tiveram maior redução no volume importado foram o leite em pó desnatado (-55,9%) e o soro de leite (-27,2%). Em contrapartida, houve aumento de 11,8% no volume importado de leite em pó integral, de 17,2% no de manteigas e de 22,9% no de queijos. Os principais fornecedores de leite em pó (tanto integral quanto desnatado) foram a Argentina (56,1%) e o Uruguai (35,8%).

Analisando as quantidades em equivalente-leite (a quantidade de leite utilizada para a fabricação de cada produto), a quantidade importada foi de 55,7 milhões de litros em fevereiro, queda de 12,9% em relação a janeiro. Em contrapartida, as exportações em fevereiro duplicaram, registrando alta de 108,7% em relação ao mês anterior.

No saldo acumulado dos primeiros dois meses do ano, o déficit da balança comercial de lácteos em equivalente-leite é de 63,4 milhões de litros. Volume 36,1% ao registrado no mesmo período do ano passado, que havia sido de 99,2 milhões de litros. (A matéria é da equipe MilkPoint, a partir de dados do MDIC)
 

  
 
Custo alto do empacotamento de leite em pó na Venezuela barra produto no mercado

O governo venezuelano mantém armazenadas cerca de 25 mil toneladas de leite em pó que não pode colocar nos mercados porque o custo do empacotamento é maior que o preço de venda do conteúdo, informou nesta segunda-feira (7) o presidente da Câmara de Indústrias Lácteas do país (Cavilac), Roger Figueroa. "Solucionar este problema não é tão complicado, mas o (empacotamento) que está disponível, ao qual se pode ter acesso, tem um custo maior" (que o preço ao consumidor fixado pelo próprio governo), disse.

O preço do quilo de leite em pó fixado pelo governo é de 70 bolívares, equivalente a US$ 0,30 no câmbio oficial mais alto de 200 bolívares por dólar, mas o empacotamento "custa ao redor de 80 bolívares", ressaltou Figueroa à emissora caraquenha Unión Radio. O leite, assim como muitos alimentos de consumo em massa e remédios, entre outros produtos, está entre os artigos que praticamente desapareceram dos mercados formais.

A Venezuela atravessa uma severa crise econômica, marcada por uma grave situação de escassez de produtos básicos, alimentos e remédios e uma inflação de 180,9%, a mais alta do mundo. O presidente da Associação Venezuelana de Indústrias Plásticas, (Avipla), Hugo Dell'Oglio, afirmou à mesma emissora que há material para empacotar esse leite e levá-lo aos mercados, "mas o que acontece é que o preço do empacotamento aumentou e está acima do preço regulado".

A matéria-prima para fazer o empacotamento se baseia em uma resina elaborada pela companhia química estatal Pequiven que também encareceu, além do fato de que as empresas associadas à Avipla, segundo Dell'Oglio, "contarem com 15% de matéria-prima importada", cujas divisas dependem também do Estado.

O controle estatal de câmbio e de preços foram instaurados na Venezuela em 2003, no início da Revolução Bolivariana de Hugo Chávez, antecessor do presidente Nicolás Maduro.

O diretor-executivo da Associação de Indústrias das Artes Gráficas (AIAG), Edgar Fiol, acrescentou além disso à Unión Radio que a falta de divisas para pagar fornecedores estrangeiros também afeta seu setor, responsável pelos diferentes projetos das embalagens. "Temos uma capacidade instalada para abastecer as indústrias de consumo em massa, tanto alimentos como remédios, mas o problema é que não se cancela a dívida (a fornecedores estrangeiros) e persiste a falta de dólares para novas importações", advertiu Fiol. (As informações são da Exame)

Fonterra 

A gigante dos lácteos, Cooperativa Fonterra, anunciou nesta terça feira nova redução do preço do leite aos produtores, adicionando mais pressão sobre o setor já sitiado. A Fonterra disse que agora o pagamento será de NZ$ 3,90/kgMS, [R$ 0,77/litro]. O pagamento anterior era de NZ$ 4,15/kgMS, [R$ 0,82/litro].

O presidente da Fonterra, John Wilson, falou que as difíceis condições do mercado mundial no comércio de lácteos, chegou ao orçamento. Até recentemente, o setor lácteo era a espinha dorsal da economia da Nova Zelândia, representando cerca de 25% das exportações. Mas os preços dos lácteos caíram para menos da metade desde o início de 2014, diante do desaquecimento da economia da China e os altos estoques globais. A redução dos preços dos lácteos coloca pressão significativa nos produtores da Nova Zelândia. O banco central estima que cerca de 80% dos produtores de leite terão resultado negativo nesta temporada, colocando em risco a economia. (Dairy Herd - Tradução Livre: Terra Viva)
 

Exportações/EUA
Em janeiro das vendas de Leite Seco Desengordurado (NDM) /Leite em pó desnatado (SMP) cresceram 23% em relação ao ano passado, mas o valor total caiu para o menor nível desde 2011. NDM/SMP permanecem os pontos mais brilhantes no desempenho das exportações dos Estados Unidos. Foram 42.896 toneladas embarcadas em janeiro, 23% a mais que no ano passado, e o maior para o mês. Fornecedores ganharam vendas no Sudestes Asiático (58% em relação ano passado). Na liderança Filipinas, Indonésia e Vietnã. As vendas para o México também foram acima das de um ano atrás (6%), embora o volume tenha caído nos últimos quatro meses de 2015. As exportações de outras categorias de produtos foram acima das de um ano atrás, embora o desempenho dos ganhos tenha sido menor que em janeiro de 2015. Os embarques totalizaram 138.089 toneladas de leite em pó, queijo, creme, soro de leite e lactose, 10% a mais que em janeiro de 2015, mas, o mais baixo desde janeiro de 2015, (em média diária). (USDEC - Tradução livre: Terra Viva)
 

 

    

         

Porto Alegre, 07 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.219

 

    Sindilat apresenta sugestões à Lei do Leite nesta segunda-feira

O Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat) já concluiu o documento com as sugestões para a regulamentação da Lei do Leite. Os apontamentos, compilados com ajuda das empresas associadas e após diversas reuniões internas, serão entregues à Secretaria da Agricultura nesta segunda-feira (7/3) para auxiliar na elaboração de um decreto que contemple os anseios do setor. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, há questões importantes a serem ajustadas, e a principal preocupação é regulamentar a lei sem engessá-la via decreto. "Nossos pontos foram alinhados com base em muito diálogo e reproduzem a preocupação das indústrias que realmente operam com expressivas quantidades de leite em 467 municípios gaúchos", frisou.

Seguem alguns pontos que necessitam de ajuste, segundo o Sindilat:

1) Transvase:  A indústria gaúcha pede a regulamentação do uso de transvase na coleta do leite a granel. O processo consiste em acoplar dois tanques em um mesmo caminhão, ampliando a capacidade de captação, reduzindo o custo do frete e viabilizando a coleta de mais leite em propriedades mais distantes. Atualmente, o transvase não está autorizado no RS. Segundo Guerra, a regulamentação do transvase traz ganhos logísticos significativos às indústrias gaúchas e ainda inclui novos produtores na cadeia produtiva. O processo, chamado por muito de Romeu & Julieta, é amplamente utilizado em outros estados produtores de leite do país. O Sindilat defende que o procedimento, nesse momento, só seja permitido em composição tipo Romeu & Julieta pela garantia da segurança e higiene, uma vez que os mesmos têm que sair da indústria ou posto de resfriamento todo o dia, não sendo permitido a transferência de leite de caminhões menores para carretas sem usar um posto de resfriamento. 

2) Multas: A minuta de decreto apresentada pela Secretaria da Agricultura sugere que a aplicação de multas aos infratores siga o patamar mais alto previsto na lei. O Sindilat entende que as multas devem ser rigorosas, mas é preciso que a penalização seja mais severa para os infratores reincidentes. Desta forma, seria necessário criar um escalonamento das multas, e não simplesmente adotar o teto. 

3) Risco à saúde pública e redução nutricional: O Sindilat sugere que o tema tenha um capítulo específico e que seja regulado por Instrução Normativa ou Portaria. Como o leite é proveniente de um processo metabólico da vaca, ele está sujeito a muitas variáveis que geram resultados diversos, como o estresse calórico, por exemplo. As variações também dependem da raça e da formulação da dieta alimentar dos animais. O tema é alvo de muitos trabalhos científicos. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

  
Sindilat prestigia abertura da Expodireto Cotrijal

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, participou na manhã desta segunda-feira (07/03), da abertura da Expodireto Cotrijal 2016, em Não-Me-Toque. Convicto de que feira constitui um importante fórum de debates sobre os rumos do setor, o dirigente acompanhou os discursos e esteve com as autoridades presentes. Ao abrir oficialmente o evento, o governador José Ivo Sartori, destacou que a Expodireto é um patrimônio do Estado. "Temos aqui exemplos de empresas, entidades e organizações que muito perseveraram para desenvolverem uma trajetória próspera, vitoriosa e exitosa", disse, ao lado da primeira-dama Maria Helena Sartori. Durante a solenidade, o governador assinou decreto que simplifica e estabelece fluxo único para o licenciamento ambiental, bem como diretrizes e procedimentos para a outorga do uso da água, e do alvará de construção de reservatórios artificiais para uso na irrigação agrícola.

Segundo Guerra, a Expodireto é um momento de avaliar a produção láctea gaúcha e debater as melhorias necessárias. O ponto alto da exposição para o setor deve ser o Fórum Estadual do Leite, que será realizado na quarta-feira (9/3), em uma promoção da CCGL e Cotrijal e com apoio do Sindilat e Sistema Farsul. A programação terá início às 9h como o painel Ações e Perspectivas do Mercados de Lácteos, que será comandado pelo diretor-executivo da Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos), Marcelo Martins. Na sequência, mesa Evolução da Produção e Produtividade do Rebanho e os Impactos na Composição do Leite reunirá produtores e autoridades sanitárias em debate sobre a qualidade do produto gaúcho. O responsável técnico pelo Laboratório de Qualidade do Leite (LQL) da Embrapa Gado de Leite, Marcelo Bonnet, também irá participar como palestrante no evento.

Em sua manifestação durante a abertura do evento, presidente da Cotrijal, Nei Mânica, destacou que a Expodireto deste ano reúne mais de 70 países de cinco continentes e 26 embaixadores, demonstrando o clima de confiança na feira, reconhecida como espaço de tecnologia, oportunidade e inovação. "Aqui na Expodireto não existe crise. Aquelas pessoas que querem desenvolver o Brasil vão encontrar aqui parceria", completou. A feira segue até o dia 11 de março no Parque de Exposições da Expodireto Cotrijal. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Setor lácteo/Reino Unido

A Comissão de Assuntos Rurais do Parlamento britânico elaborou um documento com recomendações para melhorar a situação do setor lácteo no Reino Unido. As recomendações são bastante similares às que são apresentadas em outros fóruns, tanto ao nível comunitário, como ao nível de outros países, já que o problema do setor lácteo no Reino Unido é semelhante ao que ocorre em outros países.

O objetivo é melhorar e estabilizar a renda dos pecuaristas. Para isso a Comissão do Parlamento recomenda:
- Buscar novos mercados, investindo em valor agregado e abrindo mercados de exportação.
- Usar as Entidades Representativas dos produtores para melhorar o poder de barganha junto à indústria.
- Utilizar contratos de longo prazo para reduzir as incertezas.
- Mais transparência nas práticas de fixação de preços por parte da distribuição.
- Melhorar os rótulos de origem.
- Ampliar o poder de atuação do Defensor da Cadeia de Alimentos aos fornecedores indiretos.
- Melhorar os prazos de pagamento. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

Balança/EUA

O déficit da balança comercial dos EUA aumentou no primeiro mês do ano, indicando que a desaceleração da economia global continua pressionando a economia norte-americana. Dados do Departamento de Comércio dos EUA mostram que o país registrou déficit comercial de US$ 45,68 bilhões em janeiro, 2,2% maior que o de dezembro, considerando-se ajustes sazonais.

Economistas consultados pelo Wall Street Journal previam saldo negativo menor em janeiro, de US$ 44 bilhões. O déficit estimado de dezembro, por sua vez, foi revisado para cima, de US$ 43,36 bilhões para US$ 44,7 bilhões. As exportações dos EUA caíram 2,1% em janeiro, a US$ 176,46 bilhões, na quarta queda mensal consecutiva e atingindo o menor nível desde fevereiro de 2011, enquanto as importações recuaram 1,3%, a US$ 222,13 bilhões. Os embarques de bens de capital e de consumo, assim como os de alimentos e de insumos industriais, registraram queda em janeiro. Nos últimos meses, a fraqueza dos preços das commodities e a desaceleração de grandes economias, como China e Brasil, têm afetado as exportações líquidas de bens e serviços dos EUA, embora a economia doméstica venha mostrando relativa resistência. A tendência de valorização do dólar e de enfraquecimento do petróleo, por sua vez, está causando mudanças nos padrões de comércio. As exportações dos EUA para o Canadá, China e países das Américas do Sul e Central atingiram mínimas em vários anos, refletindo o encarecimento dos produtos norte-americanos para os consumidores de regiões com economias em desaceleração e moedas mais fracas. Fonte: Dow Jones Newswires). (EM)

Preços/Oceania

A produção de leite da Austrália na temporada 2015/2016 foi estimada pela Dairy Australia como sendo menor que a temporada anterior. O bom começo não se sustentou. O crescimento desacelerou em outubro com a redução das chuvas e o aumento das margens dependiam do equilíbrio entre a alimentação complementar e pastagens.

Outros fatores coincidiram, como o alto custo da água para irrigação. Esses fatores levaram muitos produtores a reduzirem a alimentação mantendo o tamanho do rebanho, e deixando a produção baixar em relação aos níveis anteriores. Analistas do setor não acreditam que possa haver recuperação da produção até o final da temporada, em junho. Na Nova Zelândia a produção de leite em janeiro foi quase idêntica à de dezembro. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)


Preços/UE
Com a produção chegando ao pico sazonal na União Europeia, lidar com o volume de leite é cada vez mais desafiador. Observadores da Alemanha acreditam que a produção de leite nas duas primeiras semanas de fevereiro de 2016 foi 5% maior em relação às mesmas semanas de 2015. Algumas indústrias estão preocupadas com as taxas de crescimento nas comparações anuais, em relação à existência de capacidade de processamento das plantas. A produção de leite na Alemanha apresenta diferenças regionais, e os baixos preços do varejo estão impulsionando as vendas dos lácteos pelos supermercados, invertendo-se o declínio observado no início de 2015. As vendas de leite fluido, manteiga, queijo e iogurte cresceram no segundo semestre de 2015, e continuam em 2016. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)
 
 

         

Porto Alegre, 04 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.218

 

    Entidades alinham agenda do Avisulat 2016

Representantes das entidades responsáveis pela organização do 5º Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios (Avisulat 2016) reuniram-se nesta sexta-feira (4/3) para discutir e analisar a realização do evento, que ocorre entre 22 e 24 de novembro, na Fiergs, em Porto Alegre. Neste ano, entre as principais propostas, está a consolidação do Encontro Internacional de Negócios, criado em 2014 e que fomentou relevantes acordos comerciais no setor. "Mesmo com um cenário econômico complicado, a expectativa é ampliar as parcerias internacionais", destacou o coordenador do Centro Internacional de Negócios (CIN-RS), Kurt Ziegler. Em 2014, foram 114 reuniões com empresas do Chile, Emirados Árabes Unidos, Egito, Malásia, México, Russia e Uruguai. 

Nesta sexta-feira, o vice-presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat/RS), Guilherme Portella, e o secretário-executivo, Darlan Palharini, reiteraram o compromisso do setor lácteo com o evento e sua importância para o desenvolvimento do agronegócio. Além de fomentar parcerias, a programação do Avisulat ainda contempla painéis, palestras e a exposição de equipamentos e serviços O Avisulat 2016 é uma promoção do Sindilat/RS, Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Sindicato das Indústrias de Produtores de Suínos (Sips), com apoio da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs). (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Vinícios Sparremberger
 

  
 
Estoques de intervenção/UE 
Na semana de 22 a 28 de fevereiro foram ofertadas 243 toneladas de leite em pó desnatado, para os estoques de intervenção, segundo dados publicados pelo Fundo Espanhol de Garantias Rurais (FEGA, sigla em espanhol). É um fato significativo porque desde 2010, a Espanha não havia ofertado leite em pó desnatado para os estoques de intervenção.

Também, desde 2010, a Espanha não oferece manteiga para os estoques de intervenção. Os números refletem o escasso uso que os operadores espanhóis estão fazendo da intervenção pública. Uma ferramenta destinada a gerir o mercado em caso de crise, como a que atravessa agora o setor lácteo. Sem dúvida, não se está fazendo uso do programa, pelo menos na Espanha e em outros países a utilização é muito pouca. Entretanto, existem alguns membros da UE que estão levando leite em pó para o programa. De 1º de janeiro a 21 de fevereiro, a intervenção pública da União Europeia (UE) havia comprado 44.642 toneladas. Esta cifra quase total (95%) veio dos seguintes países: Bélgica (31%), Polônia (13%), França (12%), Holanda (11%), Lituânia e Irlanda (10%) cada um, e Alemanha (8%). Vale destacar que em menos de dois meses de 2016 a quantidade de leite em pó levado para os estoques de intervenção supera todo 2015 (40.280 toneladas). A intervenção estará aberta até 30 de setembro de 2016, permitindo a compra de até 109.000 toneladas ao preço de intervenção de € 1.698/tonelada, [US$ 1.844/tonelada]. Ao ritmo verificado até agora, é muito provável que o limite seja alcançado no final de abril. Uma vez esgotado o programa, a intervenção continuará aberta, mas, já não a um preço fixo. Haverá licitação, o que pressionará mais ainda o mercado. (Agrodigital - Tradução Livre: Terra Viva)

Kátia Abreu pede ao Congresso maior atuação em acordos comerciais internacionais

Em audiência na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado na última quinta-feira (3), a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento)pediu que os parlamentares tenham maior atuação na negociação de acordos comerciais internacionais. Ela apresentou aos senadores o potencial de crescimento das exportações do agronegócio brasileiro. Os secretários do Mapa também apresentaram o trabalho do ministério em áreas como defesa agropecuária, política agrícola e gestão pública.

A ministra explicou aos senadores que, ao Ministério da Agricultura, cabe negociar acordos que visam a harmonizar regras e facilitar procedimentos sanitários e fitossanitários, sem envolver tarifas ou cotas comerciais.  As negociações do Mapa concluídas em 2015, destacou, representaram potencial anual de US$ 1,9 bilhão em exportações e, para 2016, a expectativa é ainda maior: US$ 2,5 bilhões.

Mas para que o comércio exterior brasileiro continue se expandindo, afirmou, é preciso ir além dos acordos sanitários. "Precisamos ser mais agressivos nos acordos comerciais tarifários. Nós fizemos nosso dever de casa e agora precisamos de outros setores", disse Kátia Abreu.

"Conheço o grande trabalho que a bancada ruralista e os outros deputados e senadores fazem pela nossa agricultura, mas gostaria de ver o Congresso Nacional mais atuante nos acordos comercias, como fazem os parlamentares europeus e americanos", afirmou a ministra. "É algo decisivo para o país. Não podemos ficar para trás. Os congressistas precisam ter papel mais atuante nessa área".

Kátia Abreu lembrou que a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estima que o Brasil aumente em 40% sua produção agropecuária até 2050, a fim de cooperar com a segurança alimentar mundial. "O mundo espera e conta com o crescimento da nossa produção. Por isso, precisamos abrir mercados."

Comércio global
A secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo, apresentou dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que mostram que o comércio mundial é feito cada vez mais por meio de acordos comercias. Em 1998, 20% do comércio agrícola estava inserido em acordos de tarifas ou de cotas. Em 2009, esse percentual saltou para 40%. Tatiana Palermo afirmou aos senadores que, enquanto a União Europeia negociou 37 acordos comerciais e o Mercosul, 20, o Brasil não assina nenhum acordo desde 2010, quando firmou parceria com o Egito.
O agronegócio tem potencial de aumento de cerca de US$ 11,4 bilhões em exportações (saltando de 8% para 9,7% na participação mundial) se fizer acordos comerciais com parceiros estratégicos, como União Europeia, Estados Unidos, China, Japão e Rússia. "Essa pauta de acordos poderia nos dar potencial de aumento de US$ 11,4 bilhões de forma imediata nas nossas exportações, com grande perspectiva de aumento ao longo dos anos", ressaltou a secretária. (As informações são do Mapa)

PIB da agropecuária tem alta de 1,8% em 2015 enquanto PIB total nacional retraiu 3,8%

Mais uma vez, o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária foi positivo . Em 2015, enquanto o PIB total nacional retraiu 3,8% em 2015, o do agronegócio cresceu 1,8%, em relação a 2014 (0,4%). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A agropecuária também se destaca em relação a outros setores. Enquanto ela aumentou 1,8% no PIB, a indústria sofreu queda de 6,2% e os serviços, 2,7%. Segundo o coordenador-geral de Estudos e Análises do Ministério da Agricultura, José Gasques, a média anual de crescimento do PIB agro, nos últimos 19 anos, tem sido de 3,6%. Para um ano de dificuldade econômica como o de 2015, o percentual de 1,8%, é comemorado pelo setor.

A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) disse que o bom desempenho é resultado de investimento em pesquisa, tecnologia e inovação. "Temos que louvar o agronegócio, que cada vez mais dá resultado diferenciado e se destaca na economia brasileira. Agradecemos os investimentos do contribuinte no agronegócio."

O PIB agropecuário - soma de todas as riquezas produzidas pelo país - chegou a R$ 263,6 bilhões em 2015. O IBGE aponta que o crescimento do setor se deve principalmente ao desempenho da agricultura. Alguns produtos registraram aumento na produção, com destaque para as lavouras de soja, (11,9%) e milho (7,3%). A cana-de-açúcar cresceu 2,4%. Na pecuária, estão o abate de suínos (5,3%) e frango (3,8%). (As informações são do Mapa)


Conforto térmico
Uma planilha eletrônica auxilia produtores e técnicos a planejar e dimensionar adequadamente a implantação de sistemas de Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), ou mesmo a plantar árvores isoladamente para sombreamento, garantindo o conforto térmico dos animais. A planilha desenvolvida pela equipe de pesquisadores da Embrapa Rondônia pode ser utilizada em inúmeros locais e situações, com algumas adaptações explicadas em comentários escritos dentro da própria planilha. Muitos estudos buscaram determinar a quantidade de sombra adequada na pastagem para garantir o conforto dos animais. Os resultados são variáveis, segundo o pesquisador da Embrapa Henrique Cipriani, vai de menos de 2 m² a mais de 5 m² de sombra por animal. "Provavelmente, características do local, dos animais e das próprias árvores influenciem os resultados. O fato é que o sombreamento, bem dimensionado, é desejável, senão necessário ao bem-estar animal", complementa. (Nordeste Rural)

         

Porto Alegre, 03 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.217

 

    Concurso de sólidos agrega ao de volume na Expoleite

Complementando o atual Concurso Leiteiro realizado tradicionalmente, a Expoleite 2016, de 18 a 22 de maio, no Parque Assis Brasil, em Esteio, RS, ganhará um Concurso de Sólidos realizado paralelamente aos que já acontecem. Em lugar do volume produzido, o novo Concurso apontará as amostras  de leite com maior quantidade de sólidos no caso gordura e proteína. Os dois resultados, sólidos e quantidade, serão divulgados no mesmo momento ou seja após a ultima ordenha. O Concurso de Sólidos já tem garantida uma premiação em separado, até o terceiro lugar. Com esta iniciativa, a ideia é mostrar a qualidade do leite gaúcho, assunto que estará na pauta da Expoleite Fenasul. O regulamento deste novo Concurso já está sendo elaborado. A primeira reunião em torno do Concurso de Sólidos aconteceu no dia 25 de fevereiro.

O encontro contou com a presença da Gadolando, Farsul, Sindilat, UFRGS e a Câmara Setorial do Leite/SEAPI.  Alguns pontos ficaram pré-definidos para o torneio como a divisão por categoria, jovem e adulto, o número de ordenhas que serão avaliadas e premiação aos vencedores. (Gadolando)
 
  
 
Preços/Espanha

O preço do leite ao produtor caiu 0,96% na Espanha em janeiro, em relação ao Mês anterior, ao passar de € 0,311/litro, [R$ 1,32/litro], para a média de € 0,308/litro, [R$ 1,31/litro], no primeiro mês de 2016, conforme divulgado pelo Fundo Espanhol de Garantias Rurais (FEGA, sigla em espanhol).

Astúrias, Canarias, País Vasco e Comunidade Valenciana são as quatro comunidades autônomas que que tiveram aumento no preço do leite na origem, enquanto as outras perderam, especialmente Murcia e Navarra, com quedas de 10 centavos/litro. Na Galícia, a principal região produtora, continua tendo o menor preço da Espanha, € 0,288/litro, [R$ 1,22/litro], a mesma cotação de dezembro. Os produtores de Canarias foram os que receberam o melhor preço (€ 0,451/litro, [R$ 1,92/litro]). Em janeiro passado, foram contabilizadas 16.325 unidades produtoras que entregaram leite a 320 unidades compradoras, e foi a comunidade de Galícia que teve o maior número de produtores (9.079), seguida por Astúrias (2.081), Cantábria (1.404) e Castilho e León (1.350). A Espanha produziu em janeiro passado 588,27 milhões de quilos, o que representa aumento de 6,1% em relação a janeiro de 2015. (Agroinformacion - Tradução livre: Terra Viva)

DF: Censo do Cooperativismo de Leite começa em 4 de abril

Conhecer a realidade do setor leiteiro e buscar soluções para que as cooperativas ampliem e fortaleçam sua relação com os produtores e com o mercado consumidor. Estes são os objetivos do Sistema OCB e da Embrapa Gado de Leite ao realizarem o segundo Censo do Cooperativismo de Leite. As entidades assinaram hoje de amanhã o acordo de cooperação que visa à realização da pesquisa. Os questionários do Censo serão enviados às cooperativas a partir de 4 de abril.

A assinatura foi feita durante a Reunião da Câmara de Leite do Sistema OCB, em Brasília, que também discutiu os cenários dos mercados interno e externo de insumos, como milho e soja, e do setor do leiteiro. O evento contou com a participação de representantes do Governo Federal, do Congresso Nacional e das cooperativas.

No último levantamento, realizado em 2003, as cooperativas eram responsáveis pela captação de 40% da produção de leite no Brasil, reunindo mais de 151 mil produtores. Entretanto, desde o primeiro levantamento, o mercado de lácteos tem passado por mudanças. Diante dos novos cenários, a Câmara de Leite do Sistema OCB deliberou que a segunda edição do censo irá abordar:

- Participação das cooperativas no mercado de leite;
- Perfil dos associados;
- Negócios e modelos;
- Serviços e assistência técnica;
- Visão de futuro.

Parceria
Segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a Embrapa é uma instituição que merece ser reconhecida como irmã do cooperativismo. "Desde a primeira edição do Censo, em 2003, o suporte científico oferecido pela Embrapa tem sido fundamental. Não tenho dúvida de que esta parceria apresenta resultados para nossos cooperados", enfatiza Freitas. O líder cooperativista diz que o censo será uma oportunidade de o setor leiteiro construir um cenário melhor para os próximos anos. "É necessário aceitar a tarefa de um protagonismo mais intenso, fazendo nosso dever de casa e distribuindo as tarefas tanto no âmbito do Executivo quanto do Legislativo", reforça.

Força da União
O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, ressaltou que a parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras é fundamental para desenvolver a agropecuária nacional. "Temos muita sinergia com a OCB. Nossa intenção é estar cada vez mais próximos do movimento cooperativista, que pode ser definido em uma palavra como capilaridade", reconhece Lopes. Segundo ele, o Censo "permite a elaboração de ações efetivas para o setor leiteiro, tão cheio de desafios. E, conhecendo a realidade, será possível traçar os passos para um futuro mais produtivo".

Expectativa
"O mesmo setor que fatura, anualmente, cerca de R$ 80 bilhões, expulsa um produtor do campo a cada 11 minutos. Estamos falando do setor leiteiro. Por isso é tão importante conhecer as especificidades desta cadeia, a fim de encontrar respostas para esta e muitas outras questões", explica o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite. Ele defende que as cooperativas são o melhor caminho para obter tais respostas, já que operam na redução de problemas sociais causados pelas condições econômicas. "Somos testemunhas do quanto esta cadeia passou por melhorias depois que realizamos o primeiro censo", complementa.

Exportação
"Nossa principal preocupação continua sendo o mercado internacional. Temos uma indústria moderna, perfeitamente nivelada com os patamares americano e europeu. Nossa função é encontrar saídas, mecanismos para crescer com segurança e sustentabilidade", afirmou o coordenador da Câmara de Leite do Sistema OCB, Vicente Nogueira.

O secretário do Produtor Rural e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, também destaca a capacidade do país para conquistar o mercado internacional:  "Ao longo do tempo, diversas foram as distorções do setor e nós precisamos trabalhar para corrigi-las. Para se ter uma ideia, é preciso estimular a exportação de lácteos, considerando que cresce, anualmente, 4%, ao passo que o consumo aumenta 3%. É por isso que a ministra Kátia Abreu tem feito deste assunto um item permanente da pauta do Ministério da Agricultura."

Participação
O evento contou também com a participação dos deputados: Celso Maldaner (SC), presidente da Frente Parlamentar da Bovinocultura de Leite; Valdir Colatto (SC), representante do Ramo Agropecuário na Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop); e Domingos Sávio (MG), representante do Ramo Crédito na Frencoop. O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, José Luís Vargas, também prestigiou o evento. (Fonte: Sistema OCB - Embrapa)

 


Preços/UE 
O Observatório Lácteo da UE estima um preço de € 29,8/100 kg, [R$ 1,31/litro], para o mês de janeiro, o que implica uma baixa contínua nos preços. Em dezembro, o preço médio foi de € 30,47/100 kg, [R$ 1,34/litro], queda de 8% em relação a dezembro de 2014 e 13% inferior à média dos últimos 5 anos. Na Espanha, o preço médio estimado para janeiro é de € 29,47/100 kg, [R$ 1,29/litro]. Os preços dos produtos lácteos também baixaram neste início do ano. O preço do leite em pó desnatado é o que melhor se mantém, o que na opinião da Comissão, é prova de que a intervenção está dando resultado. No último mês, o preço da manteiga caiu 3% e o do soro de leite 1,4%. Entre os queijos, a maior queda ocorreu no Gouda, seguido pelo Cheddar e Edam, de acordo com estimativas da Comissão durante a reunião de 18 de fevereiro. Ao nível mundial, o mercado mais competitivo para a manteiga e queijo cheddar é a UE, e o leite em pó desnatado é o mercado dos Estados Unidos. A UE aumentou as exportações de lácteos em 2015 em relação a 2014. Nas exportações de manteiga foi registrado importante incremento nas remessas para Turquia, China e Estados Unidos. O principal mercado para as exportações de leite em pó desnatado é a Argélia, seguido pelo Egito e China. (Agrodigital - Tradução Livre: Terra Viva)

         

Porto Alegre, 02 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.216

 

    EUA: abates de vacas leiteiras ultrapassam os de vacas de corte em 2015

De todas as vacas abatidas em 2015 nos Estados Unidos, 57% eram vacas leiteiras, enquanto 43% eram animais de corte. Os produtores de leite aumentaram os abates em resposta aos menores preços do leite e aos maiores valores da carne. Entretanto, as vacas leiteiras enviadas aos frigoríficos cresceram apenas 5% comparado com a média dos últimos 29 anos. Isso significa que os abates de animais de corte tiveram um declínio bastante grande.

Da perspectiva das vacas de corte, os abates caíram 13% quando comparado com a mesma média dos últimos 29 anos. Esse número se torna ainda mais impressionante quando se compara apenas com o ano passado - queda de 29% nos abates. Isso representou o menor valor nas últimas três décadas. (As informações são da Hoard's Dairyman)
 
  
 
Mercado do leite firme e preços em alta para o produtor

O mercado está firme e os preços do leite ao produtor em alta. Segundo levantamento da Scot Consultoria, considerando a média nacional, o litro ficou cotado, em média, em R$0,983.

O aumento foi de 1,7%, frente ao pagamento anterior. O produtor está recebendo 11,1% mais pelo litro de leite na comparação com fevereiro do ano passado.

A produção está em queda nas principais bacias do Sudeste e Sul do país. A concorrência entre os laticínios é grande.

Apesar de normal para o período, a curva de produção foi prejudicada pelos custos de produção em alta, menores investimentos e corte de gastos por parte do produtor. Muitos produtores reduziram o rebanho nos últimos meses ou até mesmo deixaram a atividade.

Segundo o Índice Scot Consultoria para a Captação de Leite, em janeiro de 2016, a produção, considerando a média nacional, diminuiu 2,5%, em relação ao mês anterior.

Para o pagamento de março de 2016 (produção de fevereiro/16), 75% dos laticínios pesquisados acreditam em alta dos preços ao produtor, 18% falam em manutenção e os 7% restante estimam queda para o produtor. Os laticínios que apontam para queda no preço do leite ao produtor estão no Ceará, Bahia e Pernambuco.

Um ponto importante é que as indústrias de laticínios estão repassando as altas de preços do leite ao produtor para os produtos lácteos no atacado, o que possibilita reajustes positivos na fazenda.

No mercado spot, os preços do leite subiram fortemente nas últimas quinzenas, corroborando com o cenário de oferta mais ajustada à demanda no mercado interno. Os valores máximos em São Paulo e Minas Gerais estão acima de R$1,30 por litro. (Fonte: Scot Consultoria, adaptado pela Equipe Milknet)

FrieslandCampina 

O preço garantido da FrieslandCampina para o leite cru no mês de março de 2016 é de € 28,50/100 kg, [R$ 1,28/litro]. O preço garantido de março caiu € 0,75/100 kg, em relação a fevereiro (€ 29,25, [R$ 1,31/litro]). A queda no preço garantido é resultado das expectativas das principais indústrias de laticínios em relação aos preços do leite ao consumidor no mês de março de 2016.

E a queda vem sendo causada pelas baixas cotações de vários produtos lácteos. Os preços da proteína em março de 2016 é de € 465,23, da matéria gorda € 232,62 e da lactose € 46,52 por 100 quilos. O preço garantido incide sobre a matéria-prima que contenha 3,47% de proteína, 4,41% de matéria gorda e 4,51% de lactose, sem o desconto de impostos. O valor é garantido a produtores que entreguem 600.000 quilos de leite por ano. (FrieslandCampina - Elaboração Terra Viva)

 

 


Lição para o meio rural
O Rio Grande do Sul dá os primeiros passos em projeto-piloto que promete ser um incentivo à permanência dos jovens no meio rural. O Jovem Aprendiz Cooperativo do Campo será executado em duas cooperativas do Estado: a Languiru e a Cotrijal. A primeira realizou a aula inaugural na sexta-feira. A segunda, abre os trabalhos na Expodireto, na terça-feira da próxima semana, no estande do Sistema Ocergs/Sescoop. - É uma iniciativa para avançar no processo de sucessão rural - avalia Vergilio Perius, presidente do Sistema Ocergs/Sescoop. Voltado a jovens a partir de 14 anos, o programa tem duração de 20 meses. No período, os participantes recebem R$ 320 mensais. Inclui aulas teóricas e estágios em propriedades. (Gisele Loeblein/Zero Hora)
 

 

    

 

 

Porto Alegre, 01 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.215

 

    Leilão GDT: apesar de alta, leite em pó integral continua abaixo de US$2.000/ton

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (01/03) registrou alta de 1,4% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$ 2.253/tonelada.
O leite em pó integral foi comercializado a US$ 1.974/tonelada, apresentando alta de 5,5%. O leite em pó desnatado também registrou alta, chegando a US$ 1.802/tonelada (+1,3% sobre o último leilão). O queijo cheddar foi o único a registrar baixa, sendo comercializado a US$ 2.528/tonelada, valor 0,7% inferior ao do último leilão.

Foram vendidas 21.880 toneladas de produtos lácteos neste leilão, volume cerca de 0,97% inferior ao mesmo período do ano passado. 

Com projeção de preço para agosto de US$ 2.121/tonelada, os contratos futuros de leite em pó integral demonstram que o mercado espera por reações nos preços de lácteos, pelo menos até o mês referido, tendo em vista que o último contrato disponível (setembro/2016) fechou a US$ 2.081/tonelada.

Apesar de dados terem indicado uma recuperação nas importações da China no mercado internacional, aparentemente tal movimento não foi suficiente para alterar as perspectivas do mercado. (Fonte: Global Dairy Trade, elaborado pelo MilkPoint Inteligência)

  
 
Produção encolhe, preço do leite sobre

Meses de baixa na produção de leite do Estado, janeiro e fevereiro têm surpreendido em 2016 com quedas mais acentuadas do que nos anos anteriores. Números consolidados de 2015 devem confirmar ainda redução de cerca de 1% no Rio Grande do Sul. Em anos anteriores, o quadro era de crescimento na casa de 6% a 7%. O fenômeno se repete no cenário nacional, com estimativa de recuo de 4% no ano passado.

Essa diminuição de volume pressiona preços para produtores e consumidores. No varejo, o produto deverá ficar 15% mais caro, projeta o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat-RS), na comparação do final de fevereiro com o mês de janeiro.

- Essa alta é uma recuperação necessária à indústria pela elevação dos custos - pondera Alexandre Guerra, presidente do Sindilat-RS.

Levantamento divulgado ontem pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP apontou recuo de 4,44% da captação de leite em janeiro, na comparação com dezembro. É a maior queda dos últimos 10 meses, na média Brasil - feita a partir de sete Estados, incluindo o Rio Grande do Sul, onde caiu 5,6%.

Fatores econômicos e climáticos são as razões. O aumento no preço de insumos, em especial do milho, é um deles. A mudança de pastagens e o excesso de chuva, seguido de um início de ano em que houve estresse de calor para os animais impactaram no volume.

- O dólar na casa dos R$ 4 também encarece os custos - complementa Guerra.

Em março e abril a produção gaúcha costuma ter os menores níveis do ano - podendo cair entre 25% e 30%. Agosto e setembro são o pico. Para o cenário mudar, só a mesmo quando o inverno chegar. (Gisele Loeblein/Zero Hora)


Ritmo de tartaruga

O fato de o piso regional só ir a votação hoje diz muito sobre o ritmo do governo José Ivo Sartori. O piso vale a partir de 1º de fevereiro.

Quem paga empregados no último dia do mês não tinha base legal para conceder o reajuste ontem.

Detalhe: o mínimo regional não impacta nas contas do governo. Foi feito para a iniciativa privada, mas cabe ao Piratini encaminhar a proposta. (Rosane de Oliveira/Zero Hora)
 
 
Consumo familiar dá marcha ré e volta ao nível de 2010, caindo 2%

As quantidades consumidas de itens básicos, como alimentos, bebidas e artigos de higiene e limpeza, deram marcha à ré no ano passado e voltaram para os níveis de 2010. Em 2015, o volume desses itens comprados pelas famílias caiu 2% em relação ao ano anterior. Já o valor gasto ficou estável, o que significa uma queda real de cerca de 10%, considerada a inflação. "Foi a primeira vez que efetivamente andamos para trás", diz Christine Pereira, diretora da Kantar Wordpanel, empresa de pesquisa que visita semanalmente 11 mil lares brasileiros para tirar uma fotografia do que os 51 milhões de domicílios espalhados pelo País, de fato, consomem de uma cesta com 150 categorias de produtos.

Essa freada interrompeu uma sequência de crescimento de quantidades consumidas de bens não duráveis que vinha praticamente desde 2008. Em termos de valor, o gasto sempre crescia, ano a ano, na casa de dois dígitos, lembra Christine. "À medida que o brasileiro ganhava mais, ele gastava mais", observa a especialista, ressaltando que, em 2015, por causa da crise da economia nacional, esse quadro mudou.

Outro dado que confirma esse cenário ruim foi o desempenho de vendas dos supermercados em 2015, que caíram 1,9%, descontada a inflação. Foi a primeira retração em nove anos.

Para 2016, a tendência do consumo de itens básicos não deve ser diferente. Em janeiro, as vendas dos supermercados brasileiros recuaram 3,38% ante o mesmo mês de 2015, já descontada a inflação do período, que foi de 1,27%, segundo o índice oficial (IPCA). "A queda de vendas de janeiro veio acima do esperado", afirma o presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, que atribui o péssimo desempenho à alta de preços dos alimentos, que ficaram 2,28% mais caros em janeiro. Diante do cenário de aumento do desemprego e da inflação, Honda espera nova retração nas vendas este ano entre 1,5% e 2%.

Christine explica que o consumo das famílias brasileiras é sustentado pelo trinômio inflação, renda e emprego, e que esses três pilares estão abalados pela crise. Tanto é que a pesquisa da Kantar revela que, em 2015, houve queda nas quantidades compradas de alimentos, bebidas e artigos de higiene e limpeza em todos os estratos sociais em relação ao ano anterior, exceto entre a população de menor renda, das classes D e E. Essas classes ampliaram os volumes em 1% em relação a 2014.

Atacarejo. Diante do aperto no bolso, a diretora da Kantar observa que o consumidor está cada vez mais racional, reduzindo as visitas às lojas e a frequência de compras daqueles itens de maior valor que passaram a fazer parte da lista nos últimos tempos. São eles: fraldas, chocolate, creme de leite e molho para salada, por exemplo.

Foi nesse contexto de aperto que o atacarejo, modelo de loja que mistura atacado com varejo e vende produtos com preço unitário mais em conta, ganhou força em 2015. No ano passado, esse foi o único formato de loja que cresceu em vendas: 26% em número de unidades sobre o ano anterior e 32% em valor. "O atacarejo foi o canal que mais ganhou participação nos gastos das famílias em 2015", ressalta Christine. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)


Campanha nacional de vacinação contra febre aftosa se inicia nesta terça (1º)

Começa nesta terça-feira (1º) a campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa de 2016. Neste mês de março, apenas o Amazonas e o Pará vacinam os rebanhos de bovinos e bubalinos. Juntos, os dois estados têm 22,17 milhões de cabeças (1,28 milhão o Amazonas e 20,88 o Pará), o que representa pouco mais de 10% do rebanho brasileiro, de 212,12 milhões de animais, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

De acordo com a coordenadora-geral de Programas Sanitários do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Denise Euclydes Mariano da Costa, os produtores são os responsáveis pela vacinação dos rebanhos. Depois de vaciná-los, acrescentou, eles devem fazer uma declaração, contendo informações sobre a faixa etária dos animais imunizados, e entregá-las nas unidades locais de atenção veterinária de cada um dos dois estados. 

A maioria das unidades da Federação participa da campanha no mês de maio, conforme o calendário nacional de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa.

Na segunda etapa da campanha de 2015, a vacinação contra a aftosa atingiu um índice de cobertura de 98,17% do rebanho bovino e bubalino. (As informações são do Mapa)
 


Agrotóxicos
A produção sem o uso de agrotóxicos deve ganhar um novo marco no Estado. Nesta quinta-feira, será lançado o Rio Grande Agroecológico - Plano Estadual de Agroecologia e de Produção Orgânica. Construído a partir de um comitê com 40 entidades, o projeto tem a coordenação da Secretaria de Desenvolvimento Rural e será executado de 2016 a 2019. (Gisele Loeblein/Zero Hora)
 

    

 

         

Porto Alegre, 29 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.214

 

    Importação chinesa de leite em pó dispara

A China, maior importadora mundial de lácteos, voltou ao mercado neste início de ano, mas esse retorno ainda não teve efeito sobre os preços internacionais. Em janeiro passado, as importações chinesas de leite em pó integral e desnatado somaram 153 mil toneladas, 4,4 vezes mais que o comprado pelo país em dezembro e 49% acima do mesmo mês de 2015, conforme dados da consultoria italiana CLAL, especializada em mercado de lácteos, compilados pela brasileira MilkPoint. O volume de leite em pó importado em janeiro só foi menor do que as 160 mil toneladas de janeiro de 2014 (o maior desde 2009), ressalta a consultoria. Em todo o ano passado, segundo dados compilados pela MilkPoint, as importações da China caíram cerca de 40%, saindo de 923,7 mil toneladas para 547,3 mil toneladas. O recuo na demanda foi um grandes responsáveis pela retração dos preços do leite no mercado internacional. 

No último leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), referência para o mercado internacional, no dia 16, a cotação do leite em pó integral ficou em US$ 1.890 por tonelada, queda de 42,3% num período de 12 meses. Valter Galan, analista da MilkPoint, afirma que não é possível dizer que o aumento do volume em janeiro indique uma tendência de recuperação das importações chinesas. Isso porque tradicionalmente há um aumento das compras da China em janeiro, por conta dos termos de acordo comercial entre o país asiático e a Nova Zelândia, maior exportador mundial. Nesse mês, explica Galan, vigora uma tarifa preferencial de importação, de 2,5%, abaixo dos 10% que incidem normalmente. O atual patamar dos preços internacionais dos lácteos também pode ter estimulado as importações em janeiro, avalia Galan. Outra hipótese seria a intenção dos chineses de recompor estoques. "É uma boa sinalização, mas não é possível dizer que vai continuar", afirma. O analista cita a estimativa cautelosa da CLAL, que prevê alta de 13% nas importações chinesas de leite em pó este ano, para 620 mil toneladas. Em relação a 2014, porém, ainda deve haver queda de 33%. "O consumo interno chinês [de lácteos] não está caindo, mas não é sensacional", completa. (Valor Econômico)
 

  
 
LEITE/CEPEA: captação apresenta queda e preços em março tendem a seguir em alta

A menor oferta de leite neste período em que seria esperado ritmo crescente resultou em alta das cotações ao produtor. De acordo com pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, chuvas intensas seguidas por estiagem e temperaturas elevadas atrapalharam a produção nos três estados do Sul do País, que acabaram registrando queda média de 14,1% na captação de leite nos últimos quatro meses. Outro fator que levou à diminuição da oferta no campo foi a decisão do produtor em adiantar a secagem das vacas como forma de reduzir os custos, tendo em vista que a suplementação concentrada, necessária para produção de leite, está muito cara. 

Na "média Brasil" (GO, MG, RS, SP, PR, BA e SC), o preço do leite recebido pelo produtor subiu 3,3% com relação ao mês anterior, indo para R$ 0,9981/litro (valor líquido - sem frete e impostos), aumento de 3,2 centavos por litro, conforme o Cepea. O preço bruto (inclui frete e impostos) pago ao produtor teve média de R$ 1,0967, alta também de 3,3% frente ao mês anterior. Considerando-se a série histórica deflacionada do Cepea (pelo IPCA de jan/16), o preço médio líquido de fevereiro/16 é 8,9% superior ao de fevereiro/15.

O Índice de Captação do Leite (ICAP-L/Cepea) de janeiro sinalizou redução de 4,44% em relação a dezembro, a maior queda dos últimos dez meses, considerando-se a "média Brasil" formada por sete estados. O Sul continua registrando as maiores baixas na captação. No Paraná, a redução foi de 7,65%, em Santa Catarina, de 5,93% e, no Rio Grande do Sul, 5,60%. Na sequência vieram Goiás (3,61%), São Paulo (3,36%) e Minas Gerais (2,94%). A Bahia foi o único estado que manteve estabilidade na produção, com ligeira alta de 0,34%.

Para março, a expectativa é de que os preços do leite sigam em alta, ainda apoiados na oferta relativamente pequena e que pode ser agravada pelo início da entressafra - que tradicionalmente, começa no final do primeiro trimestre. Entre os profissionais de laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea, 94,1% deles (que representam expressivos 99,6% do leite amostrado) acreditam em nova alta para o próximo mês. Os outros 5,9% dos agentes (que representam 0,4% do volume de leite amostrado) têm expectativas de estabilidade dos preços; ninguém sinalizou queda.

A valorização da matéria-prima se refletiu no segmento de derivados, onde os estoques estão abaixo do esperado para esta época do ano. Com isso, os preços de muitos produtos se mantêm elevados, fator que tem limitado também a demanda por alguns lácteos. No atacado paulista, os preços do leite UHT aumentaram 9,6% entre janeiro e fevereiro, com a média mensal de R$ 2,4455/litro. O queijo muçarela, que normalmente segue as tendências do UHT, também se valorizou, 4,4%, com o quilo na média de R$ 14,59 em fevereiro. Para o levantamento de preços de derivados, a equipe Cepea contata diariamente representantes de laticínios e atacadistas; essa pesquisa tem apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). 

Confira as tabelas abaixo:

Tabela 1 - Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquidos) em FEVEREIRO referentes ao leite entregue em JANEIRO. 


Fonte: Cepea-Esalq/USP.

Tabela 2 - Preços em estados que não estão incluídos na "média Brasil" - RJ, MS, ES e CE.  


Fonte: Cepea-Esalq/USP.
(As informações são do CEPEA/USP)


Proteínas lácteas

Combater a desnutrição infantil faz das proteínas lácteas uma ferramenta para o desenvolvimento econômico mundial. Acabar com a moderada desnutrição infantil tornou-se uma prioridade para programas de nutrição em todo o mundo por causa da ligação entre o crescimento físico e cognitivo, além de potencialmente representar desenvolvimento econômico.

A má nutrição pode levar à redução do desenvolvimento cognitivo das crianças, resultando em baixo desempenho escolar e baixa produtividade na força de trabalho. De fato, ela tem a capacidade de reduzir em até 8% a força de trabalho, além de representar queda de 16,5% do PIB do país, de acordo com o estudo "The Cost of Hunger in Africa", [O Custo da Fome na África] elaborado por grupos Africanos de desenvolvimento e normas, com apoio do Programa de Alimentação Mundial das Nações Unidas. O estudo nota que há mais crianças com nanismo (abaixo da altura normal) na África de hoje do que 20 anos atrás. Em alguns países da África subsaariana, a taxa de nanismo em crianças com idade inferior a cinco anos chega a 40%, de acordo com dados do Banco Mundial. O nanismo pode ser combatido com a melhoria nutricional, incluindo proteínas lácteas. (USDEC - Tradução livre: Terra Viva)
 


Rotulagem de alimentos
Quais são as informações obrigatórias e facultativas a serem apresentadas nos rótulos de alimentos? Para esclarecer essas dúvidas a Embrapa acaba de lançar o Manual de Rotulagem de Alimentos. A publicação representa uma ferramenta fundamental a técnicos e agroindústrias familiares. "As leis e regulamentos técnicos sobre rotulagem de alimentos são, de certa forma, de difícil leitura e interpretação. A ideia foi reunir e fazer uma adequação da linguagem da legislação brasileira sobre o assunto", informa o autor Roberto Machado, da Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ). O Manual de Rotulagem de Alimentos orienta quanto às informações obrigatórias e complementares a serem apresentadas nos rótulos, porções de alimentos para fins de rotulagem nutricional e elaboração de rótulos de alimentos e bebidas. (Embrapa)


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