Pular para o conteúdo

         

Porto Alegre, 28 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.255

 

   Festleite começa nesta quinta em Anta Gorda

Terá início nesta quinta-feira (28/04), em Anta Gorda (RS), a 6ª FestLeite. A feira ocorrerá no Parque Municipal de Eventos Aldi João Bisleri e tem apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). Entre as atividades programadas, destaque para o Simpósio do Leite, a Exposição e Concurso do Gado Leiteiro, o Seminário da Noz Pecan, além do Salão da Gastronomia, Feira Comercial e Industrial e Shows.

O Parque Municipal de Eventos foi sendo preparado para a feira desde o final de março, com o trabalho coordenado pela comissão de infraestrutura, em parceria com a Secretaria de Obras de Anta Gorda. A equipe da comissão de ornamentação também trabalha na jardinagem e embelezamento dos setores. Entre as inovações estão melhorias nos espaços de exposição e feira, no sistema de iluminação e no palco principal, que terá o dobro de espaço coberto do que a edição anterior, para acomodar o público que irá para assistir os shows. 

A FestLeite é consolidada como um dos maiores eventos do gênero do Rio Grande do Sul. A última edição, realizada em 2014, recebeu 35 mil pessoas. Visando alcançar ou superar essa marca, vários shows foram programados, como o da dupla sertaneja João Neto & Frederico.

Para visitar a FestLeite, é preciso adquirir ingresso ao um custo que varia de R$ 8,00 a R$ 25,00. Contudo, nesta quinta-feira, a entrada é franca. A tabela completa com os valores pode ser conferida no site www.festleite.com.br/ingressos. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
EUA: DFA prevê futuro brilhante para lácteos devido à Parceria Trans-Pacífico (TPP)
A Parceria Trans-Pacífico (TPP) criará novas oportunidades de exportação para os lácteos dos Estados Unidos ao Vietnã. Pelo acordo da TPP, todas as tarifas do Vietnã sobre os produtos lácteos (que alcançam até 20%) serão completamente eliminadas dentro de cinco anos. As tarifas sobre queijos, leite em pó e soro de leite serão imediatamente removidas.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) citou o Vietnã como "um dos mercados de mais rápido crescimento para os produtos alimentícios e agrícolas dos Estados Unidos, com as exportações americanas totalizando US$ 2,3 bilhões em 2015", 357% de aumento com relação a 2007.

Os produtos lácteos são atualmente o quinto maior setor de exportação dos Estados Unidos ao Vietnã, com exportações de US$ 168 milhões em 2015. "À medida que cresce a renda do Vietnã, também cresce o mercado e a demanda por lácteos", disse a diretora de assuntos internacionais da Associação Internacional de Alimentos Lácteos (IDFA), Beth Hughes. "Atualmente, estamos exportando muito leite em pó desnatado, soro de leite e fórmulas", disse ela. "Estamos também começando a exportar mais queijos", completou Hughes.

O Vietnã, membro da Zona de Livre Comércio da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), concluiu acordos de livre comércio com concorrentes importantes dos Estados Unidos, como Austrália, Chile, Coreia e Nova Zelândia. A tarifa média do Vietnã sobre os produtos agrícolas é de 16%, enquanto a tarifa média dos Estados Unidos é de 5%.

Pela TPP, o Vietnã reduzirá e eventualmente eliminará as tarifas sobre uma série de produtos alimentícios e agrícolas, ajudando a colocar as exportações dos Estados Unidos em um nível de igualdade e dando ao país uma vantagem com relação aos concorrentes que não estão na TPP.

A medida que removerá as tarifas sobre os produtos lácteos "apoiará o contínuo crescimento da robusta indústria de lácteos dos Estados Unidos", escreveram a IDFA, a Federação Nacional dos Produtores de Leite (NMPF) e o Conselho de Exportações de Lácteos (USDEC) em uma carta enviada ao Congresso em abril de 2016. "Uma vez que a TPP esteja totalmente completa e ratificada e essas tarifas forem removidas aos poucos ou eliminadas, os Estados Unidos serão capazes de competir com outros países".

Além das tarifas, o acordo da TPP também direciona as barreiras comerciais não tarifárias incluindo medidas sanitárias e fitossanitárias. "Acredito em um futuro brilhante para os lácteos dos Estados Unidos no Vietnã", disse Hughes. (As informações são do Dairy Reporter)

Pequenas indústrias de lácteos lançam marca coletiva no Rio Grande do Sul

A Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil/RS) apresentou nesta quarta-feira, 27, a Lyt Lácteos, marca coletiva que será usada na comercialização de vários produtos. "A marca coletiva permite comercializarprodutos lácteos em bloco, o que pode facilitar o acesso a grandes varejistas, já que teremos mais facilidade para atender a pedidos de alto volume, por exemplo", disse ao Broadcast Agro, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o secretário-executivo da Apil/RS, Alexandre Rota. 

A entidade reúne 57 plantas industriais associadas, que recebem cerca de 2,5 milhões de litros de leite cru por dia, em média. Todas elas poderão contribuir com a marca coletiva. Com produtos como leite UHT, iogurte, requeijão, manteiga, leite condensado e doce de leite, a associação busca ampliar a atuação das indústrias gaúchas de pequeno e médio porte no RS, bem como conquistar mercados em outros Estados.

De acordo com a Apil/RS, a identidade dos produtos feitos pelos pequenos laticínios gaúchos será fortalecida, e os produtores terão auxílio no processo de promoção, difusão e marketing, além de segurança jurídica. As marcas individuais não desaparecerão. A ideia é eleger alguns produtos de referência e sincronizar uma parte da produção para a Lyt. Ou seja, se um laticínio faz um doce de leite que já tem uma fatia no mercado, a marca coletiva pode referenciar aquele produto com o selo da Lyt. A partir daí, outras indústrias farão aquele produto com o mesmo padrão de qualidade. 

A Apil/RS iniciou o processo de constituição da marca há oito anos. Recentemente, a utilização da marca Lyt foi aprovada pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). Por isso, os produtos deverão atender a diversos critérios técnicos. "A produção dos itens selecionados para comercialização será coletiva, sempre com padrão de qualidade superior", afirmou Rota. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)

Exportações de lácteos e carne da Nova Zelândia recuam em março

Quedas significativas nas exportações de lácteos e carne bovina pressionaram o resultado da balança comercial da Nova Zelândia no mês de março. O superávit comercial de US$ 81 milhões no mês ficou abaixo do esperado. No período de 12 meses encerrado em março, a balança comercial neozelandesa registrou déficit de US$ 2,629 bilhões (3,838 bilhões de dólares neozelandeses).

O economista Nathan Penny, do banco ASB, apontou que as exportações de lácteos recuaram 17% na comparação mensal, enquanto as exportações de carne bovina caíram 12%. "Esperamos uma queda na produção ao longo do próximo ano, o que deve pesar sobre as exportações", afirmou Penny.  Apesar disso, o analista observa que a produção menor pode favorecer os preços e, no caso dos laticínios, compensar a queda no volume. (As informações são do Dow Jones Newswires)

 
 
1ª Seção do STJ afasta PIS e Cofins sobre atos cooperativos típicos

A 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu ontem que não incide PIS e Cofins sobre atos cooperativos típicos ¬ aqueles praticados entre cooperativas ou entre elas e seus associados. A decisão foi unânime e dada em recursos repetitivos. Portanto, servirá de orientação para as instâncias inferiores. O tema foi julgado no tribunal por meio de processos que envolvem a Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Café e a Cooperativa de Trabalho dos Consultores e Instrutores de Formação Profissional, Promoção Social e Econômica (Coopifor). A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) era parte interessada (amicus curiae) nas duas ações. Segundo o advogado da OCB, João Caetano Muzzi Filho, eventual entendimento desfavorável do STJ levaria o cooperativismo ao colapso. Já a procuradora Herta Rani, da Fazenda Nacional, defendeu no STJ que não há previsão constitucional para imunidade ou isenção às cooperativas. Para isenção, seria necessário estar explícito no Código Tributário Nacional (CTN), segundo a procuradora. De acordo com o relator, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, tendo em vista que há cooperativas de 21 segmentos, há diversos tipos de atos cooperativos típicos. 

No voto, Napoleão exemplificou o que seria um deles, conforme o artigo 79 da Lei nº 5.764, de 1971, que trata da política nacional de cooperativismo. Uma cooperativa de leite, por exemplo, ao adquirir leite de outra cooperativa ou de associados para cumprir um contrato de fornecimento estaria exercendo um ato típico. Se ela adquirir de uma empresa ou produtor não cooperado já não é um ato típico. "Atos cooperativos são realizados entre cooperativa e cooperativados ou entre cooperativas", afirmou o relator. No voto, Maia Filho defendeu a intenção do legislador, ao estabelecer na Constituição Federal que seja dado tratamento tributário adequado às cooperativas. "Nossa Constituição determina que se dê adequado tratamento tributário a atos cooperativos praticados pelas cooperativas", afirmou o relator. Segundo ele, o legislador infraconstitucional não compreendeu toda a importância dessa recomendação e no artigo 79 da Lei nº 5.764 empregou linguagem "que oculta o que pretende". "O juiz não está preso às palavras, mas à ideologia da mensagem", afirmou o relator. Os demais integrantes da 1ª Seção acompanharam seu voto. 

A decisão seguiu precedente do STJ julgado em 2004. No Supremo Tribunal Federal (STF), os ministros julgaram em 2014 a possibilidade de isenção de atos realizados entre cooperativas e terceiros e mantiveram a tributação pelo PIS e pela Cofins. A decisão foi restrita às cooperativas de serviços. Naquele julgamento, o ministro Luís Roberto Barroso levantou a hipótese de não tributação de atos internos das cooperativas de produção e citou o artigo 79 da Lei nº 5.764, de 1971, que trata dos atos cooperativos. Este ponto não foi analisado na época. Mas o Supremo ainda vai decidir, em repercussão geral, se há incidência de Cofins, PIS e CSLL sobre o produto de ato cooperado ou cooperativo. No julgamento da 1ª Seção do STJ foi fixada a seguinte tese: "Não incide contribuição destinadas a PIS e Cofins sobre os atos cooperativos típicos realizados pelas cooperativas". Procurada pelo Valor, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) informou que, a depender do teor das teses contidas no acórdão do STJ, poderá recorrer. (Valor Econômico) 

 

Alta de preços do leite no mercado spot
No mercado spot, ou seja, o leite comercializado entre as indústrias, os preços do leite subiram na primeira quinzena de abril. As cotações estão firmes e em alta desde a primeira quinzena de dezembro do ano passado, corroborando com o cenário de produção em queda e maior concorrência entre os laticínios. Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, o preço médio ficou em R$1,496 por litro, uma alta de 8,8% em relação a segunda quinzena de março deste ano. O preço máximo foi de R$1,53 por litro. Em relação a abril do ano passado, o leite spot subiu 37,3% no estado. Em Minas Gerais, o preço médio ficou em R$1,433 por litro, um aumento de 4,5% em relação a quinzena anterior. Em curto prazo não estão descartados altas de preços no mercado spot, porém, os atuais patamares das cotações devem limitar as altas em curto e médio prazos. (Scot Consultoria)

 

         

Porto Alegre, 27 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.254

 

   Demanda fraca mantém indústria gaúcha em baixa

Demanda interna insuficiente (50,2% das respostas), elevada carga tributária (44,4%) e altas taxas de juros (29,2%) foram as três principais razões apontadas pelos empresários para manter a atividade da indústria gaúcha em baixa no primeiro trimestre de 2016. Os dados estão na Sondagem Industrial do Rio Grande do Sul, divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). A pesquisa revela que no primeiro trimestre continua grande a insatisfação das indústrias com suas margens de lucro (32,6 pontos) e sua situação financeira (38,9 pontos). Aliado a isso, e para tornar o momento ainda mais dramático, aumentaram as dificuldades de acesso ao crédito (30,8 pontos) e os preços das matérias-primas (67,8). "Os problemas se acumulam diante de uma crise tão longa e, o pior, com esta indefinição no ambiente político e econômico, não percebemos sinais de mudanças para os próximos seis meses. Será preciso continuar tomando medidas para se adequar ao momento até que a situação se normalize", alerta o presidente da Fiergs, Heitor José Müller. Na comparação com fevereiro, a produção industrial de março mostrou uma pequena expansão (50,5 pontos contra 45,7), quase estabilidade, o pior resultado em seis anos para o mês. Já o índice de emprego denota nova queda (46,2 pontos). 
 
O processo de fechamento de vagas no setor alcançou dois anos. A capacidade instalada da indústria também demonstra alta ociosidade em março, com 65%, o menor nível desde 2011. Também em relação aos estoques, a pesquisa indica que a indústria gaúcha acumulou mais neste item (era de 51,4 pontos em fevereiro e subiu para 52,1) do que o planejado, interrompendo o processo de ajuste que ocorria desde novembro de 2015. O setor industrial ainda não percebe sinais de mudan- ças nos próximos seis meses. O pessimismo com a demanda (47,1 pontos), que vinha diminuindo, voltou a subir, mantendo as expectativas de emprego (44,9 pontos) e de compras de matérias-primas (47,2 pontos) no terreno negativo. Por outro lado, as expectativas para as exportações (57,6 pontos) continuaram positivas. A intenção de investimentos (39,2 pontos) ficou maior. A sondagem varia em uma escala de 0 a 100 pontos. Indicadores inferiores a 50 apontam queda ou expectativas menores, UCI menor ou estoques abaixo do planejado. Para a intenção de investimentos, quanto maior o índice, maior a propensão a investir. (Jornal do comércio)
 
 
 
Encontro/RS 

O 3º Encontro Latino-americano para Pequenas e Médias Empresas Lácteas estará sendo realizado em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, de 27 a 29 de abril. A realização ficou a cargo da APIL/RS no Brasil, e do Portal Lechero Uruguai. Estarão se reunindo representantes da APIL (Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do RS), ABIQ (Associação Brasileira das Indústrias de Queijo), AUPYL (Asociación Uruguaya de Pymes Lácteas), a APYMEL (Asociación de Pequeñas y Medianas Industrias Lácteas de Argentina), e G100 (Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios.

A programação é extensa, indo de Palestras Técnicas a Workshops, além da degustação de queijos e visita técnica a laticínios. Como o Encontro será realizado simultaneamente às Feiras Brasil Alimenta e Envase Brasil, os participantes também poderão fazer visitas às feiras. (Terra Viva)

PAP 2016/2017

Segundo Kátia Abreu, os recursos [do PAP] são estratégicos para que o país continue crescendo na produção de alimentos. A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) afirmou nesta terça-feira (26) que o lançamento do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) da safra 2016/2017 está previsto para a próxima quarta-feira (4).

O plano, também conhecido como Plano Safra, disponibiliza recursos para financiar a agropecuária nacional. O investimento é estratégico para que o país continue aumentando sua produção e garanta a oferta de alimentos de qualidade e com preço justo. "Na semana que vem, dia 4, teremos um bonito Plano Safra para apresentar ao Brasil", disse a ministra durante entrevista à imprensa nesta tarde. Kátia Abreu destacou que o Ministério da Agricultura continua trabalhando. "Assim como os trabalhadores, os patrões e os empresários, nós, ministros, também trabalhamos durante a crise. Então, essa é nossa função e obrigação. Temos que deixar um Plano Safra pronto, adequado para o momento do país, e tenho certeza que será um ótimo plano", ressaltou. A ministra ressaltou ainda que, no governo da presidente Dilma Rousseff, o plano teve saltos significativos. Da safra 2011/2012 à atual, o volume de recursos disponibilizados cresceu de R$ 107,24 bilhões para R$ 187,7 bilhões, aumento de 75%. "Tenho certeza absoluta de que, mais uma vez, a presidente Dilma não vai decepcionar os produtores do país. Os melhores planos safra que tivemos foram nesses últimos três anos de governo", disse Kátia Abreu. (Mapa)

Campo Grande (MS) sediará Encontro Técnico do Leite

Produtores, técnicos e demais interessados no setor poderão participar de palestras técnicas, debates e perspectivas para o segmento no Estado. O evento terá como tema central "O planejamento nutricional para o inverno".  Segundo Wilson Igi, presidente do Departamento de Leite do Sindicato Rural de Campo Grande, o encontro busca evidenciar a importância do uso das ferramentas de gestão para a atividade leiteira, difundir tecnologias e conhecimentos acessíveis aos produtores rurais. Informações sobre as inscrições podem ser obtidas pelo telefone (67) 3341-2696. (Portal Lácteo)

Emater sugere pesquisa adaptada à realidade em audiência pública

A Frente Parlamentar em Defesa da Pesquisa Agropecuária Gaúcha, presidida pela deputada Zilá Breitenbach, promoveu nesta segunda-feira (25), em Três Passos, audiência pública com o objetivo de ouvir representantes de diversas instituições sobre os rumos a serem dados à pesquisa agropecuária. No encontro, o gerente da Emater/RS-Ascar da região administrativa de Ijuí, Carlos Turra, sugeriu um "olhar" mais pontual da pesquisa às necessidades específicas das famílias que moram no espaço rural gaúcho.

De acordo com Turra, instituições como Embrapa, Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e universidades são imprescindíveis na produção de novas tecnologias, adaptadas à realidade das famílias de agricultores. "Precisamos de um olhar da pesquisa para a produção de tecnologias que demandem menos mão de obra, pois levamos em conta o envelhecimento da população rural", justificou o gerente da Emater/RS-Ascar.

No diagnóstico que traçou da região, Turra lembrou da atividade leiteira, que tem alto poder de coesão social, e da Rede Leite - Programa em Rede de Pesquisa-desenvolvimento em Sistemas de Produção com Atividade Leiteira, que a Emater/RS-Ascar desenvolve há mais de 10 anos em parceria com instituições de pesquisa e ensino, em mais de 50 pequenas propriedades rurais. "Necessitamos de mais informações na área da pecuária", disse Turra. "E o papel da Extensão Rural é fazer chegar estas tecnologias até os agricultores", concluiu o gerente da Emater/RS-Ascar.

Em dez meses, desde que foi criada, em junho de 2015, esta foi a sexta audiência pública promovida no Rio Grande do Sul pela Frente Parlamentar em Defesa da Pesquisa Agropecuária Gaúcha.

Também participaram o prefeito de Três Passos, José Carlos do Amaral, o presidente da Associação dos Municípios da Região Celeiro (Amuceleiro), João Carlos Hickmann, representantes da Fepagro, Associação de Servidores da Pesquisa Agropecuária (Assep), Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), Sociedade Educacional Três de Maio (Setrem), Instituto Gaúcho do Leite (IGL) e lideranças da região. (Fonte: Emater/RS)
 

Alimentos saudáveis 
A categoria de alimentos saudáveis registrou crescimento de 98% nos últimos cinco anos no Brasil, onde o setor movimenta US$ 35 bilhões ao ano. No mesmo período, os produtos tradicionais cresceram 67%. Na América Latina, houve crescimento de 16% dos saudáveis durante o ano de 2015, de acordo com pesquisa da Nielsen. Com os consumidores mais atentos aos rótulos, informações nutricionais, preço, benefícios e valor agregado dos produtos, as empresas precisaram rever os seus posicionamentos. Nesse novo horizonte, elas buscam preencher as prateleiras com opções nutritivas, de qualidade e sabores que agradem a esse novo perfil. Na opinião de Alcidney Sentalin, consultor de negócios e professor da IBE-FGV, para que as vendas desses itens tenham sucesso, devem ser economicamente viáveis ao consumidor. "Mas também precisa ser vantajoso para a empresa, para que tenha continuidade. Ser funcional e atender às expectativas são os itens essenciais", alerta. (Supermercado Moderno)

         

Porto Alegre, 26 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.253

 

   Nova Zelândia se volta para o Brasil e agronegócio é o principal chamariz

"Para uma empresa ser global, é preciso estar no Brasil", afirma o cônsul geral da Nova Zelândia em São Paulo, Ralph Hays. Em tempos mais que bicudos na economia brasileira, a afirmação - que pode parecer batida - é um alento, pois revela que o interesse pelo país persiste entre os que focam o médio e longo prazos.

Hays é também comissário de comércio no Brasil para a New Zealand Trade and Enterprise (NZTE), agência do governo neozelandês criada em 1993 como parte do esforço do país da Oceania de ampliar a presença de seus produtos no exterior. A NZTE tem em seu board tanto membros do governo quanto agentes privados e está no Brasil desde 1996. Tem, ao todo, 46 escritórios espalhados pelo mundo. Hoje, segundo Hays, 20% do PIB da Nova Zelândia é resultante da exportação, e o plano é que essa fatia chegue a 40% até 2025, conforme o Business Growth Agenda, um conjunto de metas de crescimento definido em 2012 pelo país.

É fácil entender o desejo da Nova Zelândia de buscar a internacionalização de suas empresas. O país tem apenas 4,5 milhões de habitantes, 10% da população do Estado de São Paulo. Essa população pequena limita o avanço das empresas neozelandesas em seu mercado doméstico, por isso a procura pela internacionalização.

No Brasil, o maior interesse da NZTE é o agronegócio, um setor que segue crescendo a despeito das dificuldades na economia. O agronegócio, aliás, é também fundamental na Nova Zelândia. Com um rebanho de 6,4 milhões de vacas leiteiras, o país é o maior exportador mundial de produtos lácteos. Também se destaca na produção de ovinos, com um rebanho de 29,5 milhões de animais. Tem ainda 3,7 milhões de cabeças de bovinos de corte. Além disso, produz kiwis e os exporta para diversos países. 

O interesse da NZTE é tanto estimular a exportação direta de produtos de empresas da Nova Zelândia para o Brasil quanto o estabelecimento de negócios no mercado brasileiro. O trabalho da agência, explica Nádia Alcântara, gerente de desenvolvimento de negócios em agribusiness da NZTE, é apoiar as empresas de pequeno e médio portes da Nova Zelândia que querem entrar em outros mercados. 

Num primeiro momento, a NZTE faz um diagnóstico para saber se empresa está pronta para a internacionalização, por meio de informações como governança, estratégia e disponibilidade de recursos. Depois, define-se o mercado foco. A agência também dá suporte com informações, por exemplo, sobre legislação do país, regulamentações e mercado.

Hoje, no portfólio de companhias neozelandesas interessadas no Brasil há as de áreas como tecnologia para produção no campo, genética animal e de pastagem e manejo de fazendas (identificação eletrônica de animais e sistemas de ordenha, por exemplo). Há ainda empresas do segmento de equipamentos para processamento de alimentos (automação de linhas de abate e de refrigeração), além de empresas especializadas em manejo ambiental e gestão de efluentes. (As informações são do Valor Econômico)
 

 
Acordo entre Mapa e Apex reforça promoção do agronegócio brasileiro no exterior

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) assinaram nesta terça-feira (26) acordo de cooperação técnica que prevê uma série de ações para promover o agronegócio brasileiro no exterior e atrair investidores.

O acordo, assinado pela ministra Kátia Abreu e pelo presidente da Apex-Brasil, David Barioni Neto, terá duração de dois anos e orçamento de R$ 12 milhões. Setenta por cento dos recursos são da Apex-Brasil e 30%, do Mapa.

O objetivo é promover o alimento brasileiro no exterior, abrir mercados e consolidar os existentes. Foram selecionados os setores de carnes (bovina, suína e de aves) e derivados, produtos lácteos, pescados, frutas e sucos, grãos, café, alimentos e bebidas e máquinas e equipamentos.

O grupo alvo de países, blocos e regiões está entre os integrantes do Plano Nacional de Exportações e inclui China, Coreia do Sul, Oriente Médio, Estados Unidos, Rússia, Japão, União Europeia, África Subsaariana e Sudeste Asiático.

Segundo a ministra, a parceria faz parte de um programa ousado de promoção internacional dos produtos do agronegócio. "É uma estratégia inteligente para superarmos os momentos difíceis e que leva em consideração a nova realidade cambial do país. Ao manter uma demanda crescente para as empresas locais, a conquista de mercados estrangeiros promove a criação de empregos no Brasil e incentiva os investimentos".

Para o presidente da Apex-Brasil, a promoção comercial ajuda o Brasil a ser reconhecido como fornecedor confiável de alimentos. "É um forte instrumento de estímulo à competividade das empresas brasileiras", observa Barioni.

Ações
O acordo permitirá a realização de missões empresariais ao exterior, seminários e encontros com compradores no Brasil. Para a atração de investimentos, está prevista a criação de bancos de dados de investidores estrangeiros e de projetos no Brasil. Por meio do acordo, também será desenvolvido um serviço de relacionamento com possíveis empresários interessados em investir no país. Além disso, a cooperação possibilitará organizar missões internacionais do Ministério da Agricultura. A parceira ainda prevê estudos com informações de mercado para subsidiar os setores envolvidos nas missões empresariais e nos encontros com compradores estrangeiros no Brasil. Essas análises também poderão ser úteis para se dimensionar o impacto de acordos comerciais sobre o agronegócio brasileiro.

O setor agrícola vem comemorando a abertura e a ampliação de mercados internacionais. Apenas no primeiro trimestre deste ano, a cadeia produtiva registrou saldo positivo de US$ 17 bilhões, um aumento de 8,7% em comparação ao mesmo período de 2015. Em março passado, quando o país registrou o recorde mensal da série histórica, iniciada em 1997, as exportações do agronegócio totalizaram US$ 8,35 bilhões e representaram 52,2% das vendas externas totais do Brasil. (MAPA)


Uruguai registra queda na produção de leite e a previsão é de mais reduções

No primeiro bimestre de 2016, a captação de leite no Uruguai foi de 261,4 milhões de litros, 147,7 milhões captados em janeiro e 113,6 milhões em fevereiro. Esse volume representa uma queda de 10% com relação ao mesmo período de 2015, segundo dados do Instituto Nacional do Leite (Inale) do país.

O presidente do Inale, Ricardo de Izaguirre, disse que é provável que o clima, com períodos de seca e chuvas abundantes em outros períodos, tenha impactado nisso. Embora o tema não tenha sido analisado profundamente pelos técnicos do Inale, ele disse também que é provável que o fechamento de algumas fazendas leiteiras, sobretudo de algumas de maior escala, tenha impactado em uma menor produção.

O envio de leite às plantas da bacia leiteira integrada por San José e Colonia será afetado como consequência do excesso de chuvas e os problemas provocados nas estradas, além das dificuldades sanitárias. "As vacas não podem pastorear e cairá mais a captação de leite pela indústria. Além disso, afetará também a qualidade do leite captado", disse o presidente da Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL), Rodolfo Braga. O excesso de barro causa problemas de infecção nos úberes e isso afeta a qualidade do leite produzido.

Braga disse que também estão se complicando as parições, porque "o excesso de barro no pré-parto gera um episódio de estresse importante nas vacas e outros problemas". (As informações são do El Observador e do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)


SIMQL

A Secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo (SPRC) e a Embrapa Gado de Leite (CNPGL) realizaram, hoje, uma reunião técnica, para lançamento do software SIMQL (Sistema de Inteligência e Monitoramento da Qualidade do Leite). É mais um instrumento a ser integrado ao Programa Leite Saudável, elaborado pela Embrapa Gado de Leite, que visa coletar dados sobre a qualidade do leite no Brasil.

O SIMQL analisará os dados sobre a qualidade das amostras do leite que o produtor envia aos laboratórios da rede que compõem o Plano Nacional da Qualidade do Leite. A ferramenta desenvolvida pela CNPGL gerenciará um banco de dados que poderá ser acessado até de um celular, e obter informações sobre a qualidade do leite por macro, ou microrregião, por cidade, por SIF, ou por produtor. Está previsto o lançamento em maio de 2016, e muito em breve os dados estarão disponíveis para o governo, empresas, universidades, e centros de pesquisa, com os quais o setor leiteiro poderá elaborar políticas públicas e interagir com outros dados da produção de leite.

O setor privado, aplica, hoje, milhões de reais para treinar o produtor visando a melhoria da qualidade, e cerca de 200 empresas já aderiram ao Programa Mais Leite Saudável. O SIMQL possibilitará avaliar a evolução desse enorme esforço do setor privado. As entidades presentes à reunião técnica, dentre elas o G100, pedem que se fortaleça o projeto, estabelecendo a coordenação através de uma Parceria Público-Privada. E que esse projeto seja apenas o início de uma nova era para a cadeia láctea, que precisa trabalhar intensivamente a questão da qualidade. Inicialmente serão 10 laboratórios, no país inteiro, que farão análise das amostras. Esse esforço visa preparar o setor lácteo para exportar. Algumas etapas estão definidas. E uma delas é a reativação do PNQL (Plano Nacional de Qualidade do Leite), lançado em 1996, mas, que nunca foi efetivo. É preciso estabelecer parâmetros de qualidade, programas de sanidade animal, disponibilizar assistência técnica e linhas de financiamento. Isto tem por objetivo dar subsídios para revisão da IN 62, que foi estabelecida em 2011, alterada em 2014, mas, não existem dados consolidados, nem informações cadastrais sobre os resultados da IN. O Brasil precisa atender os padrões de qualidade dos países desenvolvidos para fazer acordos bilaterais. Por isso o estabelecimento de um plano nacional de melhoria de qualidade e competitividade do leite brasileiro, é fundamental.  (Terra Viva)
 

Balança
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,035 bilhão na quarta semana de abril, com quatro dias úteis. Este valor é resultado de exportações de US$ 3,241 bilhões e importações de US$ 2,206 bilhões. Em abril, até a quarta semana, as exportações somam US$ 11,573 bilhões e as importações, US$ 7,990 bilhões, com saldo positivo de US$ 3,583 bilhões. No acumulado do ano, as exportações totalizam US$ 52,146 bilhões e as compras no exterior foram de US$ 40,175 bilhões, o que resultou em um superávit de US$ 11,971 bilhões. Na quarta semana de abril, a média das exportações foi de US$ 810,1 milhões, valor 6,9% maior do que a média até a terceira semana do período (US$ 757,5 milhões), devido ao aumento nas exportações de produtos manufaturados (20%) - em razão de automóveis de passageiros, tubos flexíveis de ferro e aço, torneiras, válvulas e partes, autopeças, motores para automóveis, etanol. Entretanto, houve queda nas vendas de produtos semimanufaturados (-0,7%) - por conta de açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, ouro em forma semimanufaturada, ferro fundido, alumínio em bruto - e de básicos (-0,3%) - devido a soja em grãos, carne de frango, minérios de cobre, carnes salgadas, miudezas de animais, tripas e buchos de animais. (MDIC)

         

Porto Alegre, 25 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.252

 

   Nível de endividamento dos produtores de leite uruguaios representa 54% do que produzem

Os produtores de leite no Uruguai que atravessam sérios problemas pela queda da demanda e dos preços têm um nível de endividamento que representa 54% do que produzem e, além disso, vêm trabalhando com perdas. A conjuntura do mercado foi apresentada por dirigentes do setor leiteiro neste mês de abril diante das comissões de pecuária. Na reunião, de acordo com o vice-presidente da Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL), Néstor Cabrera, foram solicitadas medidas de alívio financeiro. 

"A prioridade é analisar um financiamento ideal para esse momento, tomando cuidado para não perdermos a nossa produção leiteira e os nossos produtores de leite", disse ele. Na reunião, também foi solicitada a criação de um fundo de estabilização que se converteria em uma ferramenta financeira para atender as situações adversas dos produtores. Também foi discutida na reunião a possibilidade de postergação dos pagamentos, primeiramente acertando os juros e contribuindo para que os produtores não mudem de categoria. 

Os produtores de leite pediram também para aumentar a devolução dos impostos indiretos às exportações, subindo do atual 1,1% para 2%. "Diferentemente de outros momentos, hoje tanto o produtor de 50 hectares como o de 1000 hectares estão comprometidos. Os produtores de grande porte também estão tendo problemas com o custo da mão de obra", disse o presidente da ANPL, Rodolfo Braga.

Um tema chave são os custos de produção, que foram determinados pelo Instituto Nacional de Leite (Inale), em 8,20 pesos (US$ 0,25) por litro, sem considerar as rendas do campo, os juros e o pagamento de dívidas. Porém, no caso da Cooperativa Nacional de Produtores de Leite (Conaprole), instituição que paga melhor, ao produtor, sobram 7,50 pesos (US$ 0,23) por litro, enquanto que outras indústrias estão pagando cerca de 6 pesos (US$ 0,19) por litro, disse Cabrera. "São necessárias medidas de ajuda para que o setor possa seguir crescendo".

Ele lembrou que o setor leiteiro superou uma crise maior que a atual em meados de 2002 com um nível de endividamento maior e uma morosidade também elevada. "São necessárias medidas de ajuda para que o setor possa seguir crescendo", completa ele.

Após a visita dos produtores de leite às comissões de Pecuária dos Deputados e do Senado, o deputado, Luis Alfredo Fratti disse que reconhecem-se as dificuldades do setor vinculadas aos mercados e adiantou que se buscará algum mecanismo que viabilize um apoio aos produtores. Segundo ele, é possível encontrar alguma medida paliativa até que os preços internacionais dos lácteos se recuperem. 

O deputado Tabaré Viera disse que foi muito interessante o diálogo com os produtores de leite em busca de soluções para as dificuldades conhecidas que geraram ao setor uma grande dívida. Ele disse que essa situação é uma ameaça para a perda de mais produtores e adiantou que uma das soluções é resolver a dívida com a Venezuela. 

Em 20/04/16 - 1 Peso Uruguaio = US$ 0,03159
30,5962 Peso Uruguaio = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do El Observador)

 
 
Rastreabilidade 

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aprovou uma nova forma de identificação de bovinos e bubalinos junto ao Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (SISBOV). A portaria foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (20). A Instrução Normativa nº 17, de 2006, já previa a marca a fogo junto com um brinco auricular como uma das formas de identificação, assim como o brinco auricular numa orelha e um botão na outra orelha.

Pela nova forma aprovada pelo Mapa, o animal pode usar conjuntamente a marca a ferro, o brinco numa orelha e o botão na outra orelha. A marca a ferro deverá ser feita em uma das pernas traseiras, na região abaixo de uma linha imaginária que liga as articulações das patas dianteira e traseira. "O uso das três formas partiu de consulta de uma propriedade rural e não vimos restrição", disse o coordenador da Monitoramento Estratégico, Alexandre Bastos. O SISBOV é utilizado para a identificação individual de bovinos e bubalinos em propriedades que têm interesse em vender animais para o abate. Confira aqui a portaria nº 29 do DOU. (Fonte da Notícia: MAPA)

Bovinocultura leiteira/RS 

Um grupo de mais de 60 agricultores dos municípios de Encantado e Roca Sales participou, na última quarta-feira (13/04), de uma tarde de campo sobre Bovinocultura Leiteira. Organizada pela Emater/RS-Ascar, com o apoio da Prefeitura Municipal de Encantado e do clube de mães Unidas Para Vencer, a atividade foi dividida em duas etapas, tendo uma delas ocorrido no salão da Comunidade de Barra do Coqueiro e a outra na propriedade do produtor Darci Giacomolli, da mesma localidade.

Na ocasião, os participantes puderam conhecer mais sobre temas como irrigação e manejo de pastagens, produção de feno, fitoterapia animal e aproveitamento do produto, com degustação de alimentos feitos à base leite e derivados. Todas as palestras e atividades foram realizadas com a participação de extensionistas da Emater/RS-Ascar, entre eles o engenheiro agrícola Danilo Rocha Leal, do escritório de Porto Alegre. O evento foi parte da Chamada Pública do Leite, que é operacionalizada pela Emater/RS-Ascar, por meio de convênio com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Também participaram da tarde de campo agricultores da Associação de Bovinocultura Leiteira de Encantado, além de autoridades, entre elas o gerente adjunto da Emater/RS-Ascar, Carlos Lagemann, que valorizou o encontro por possibilitar a troca de experiências entre os envolvidos. A atividade foi prestigiada ainda pelo prefeito de Encantado, Paulo Costi, e pelo secretário de Agricultura, Roberto Pretto. (Emater/RS)

 

Start Digital

Foi a partir de um gargalo real que uma empresa de Teutônia criou uma solução digital para melhorar a qualidade da gestão em propriedades de gado leiteiro.

Com entrada no mercado em 2012, o software da Control Milk ganhou corpo a partir do ano passado, quando os sócios participaram do programa Startup RS, desenvolvido pelo Sebrae-RS. Em 2015, duas turmas, somando 40 empresas, participaram da iniciativa. Agora, outras 15 buscam a formação. Uma nova edição do curso está prevista para o segundo semestre.

O objetivo, como explica João Antonio Pinheiro Neto, gestor de projetos e do Startup RS, é "desenvolver um modelo de negócios para receber investimentos". Por meio de oficinas e workshops, são exploradas todas as habilidades que a startup precisa ter.

- A tecnologia pode deixar o agronegócio ainda mais produtivo - afirma o gestor.

A Control Milk desenvolveu um software para a gestão zootécnica e financeira das propriedades, que é instalado no computador e permite o trabalho offline - vale lembrar que telefonia e internet móvel ainda são precários no meio rural. Mas também tem aplicativo para deixar as informações ao alcance da mão. É possível compartilhar também com técnicos e empresas.

- O objetivo era trabalhar com os produtores. A ideia de envolver empresas veio com a formação no Sebrae - afirma Dionatan Hamester, sócio da Control Milk ao lado de Vilson Mayer. (Zero Hora)

Preços 

O preço do leite ao produtor de leite na Europa continua com tendência de queda. O preço garantido da FrieslandCampina para o mês de maio é o mais baixo dos últimos 24 meses. Representa, 59% e 75% dos valores de maio de 2014 e maio de 2015, respectivamente. As bonificações de proteína, matéria gorda e lactose acompanham os mesmos percentuais de queda.

Antes do fim do regime de cotas, em abril de 2015, a ameaça de penalidades controlava o crescimento da produção, embora alguns países como a Irlanda, se sujeitassem às multas, por ser mais vantajoso preparar a ampliação do mercado, assim que as cotas fossem abolidas.

Entretanto, esse projeto de expansão foi atropelado pela crise econômica, redução das importações pela China, e o embargo da Rússia. O desequilíbrio entre a oferta e a demanda vem ocorrendo desde então.

A redução nos preços não foi suficiente para desestimular a produção.
Nos Estados Unidos e na Europa, o produtor foi beneficiado com a queda generalizada nas cotações das commodities, principalmente, milho, soja e petróleo, mantendo a rentabilidade do setor, mesmo em um cenário de baixos preços. (Terra Viva)

 

Desperdício
WeFood é o primeiro supermercado que vende aquele alimento que outros vão jogar fora. Situado no bairro de Amager, em Copenhague, esta loja vende produtos vencidos, ou com embalagens danificadas com preços entre 30 e 50% mais baratos. Os vizinhos e a imprensa local denominaram de "Outlet dos supermercados", segundo La Vanguarda. O principal objetivo do negócio é conscientizar a população acerca na enorme quantidade de produtos que acabam no lixo e pretende contribuir significativamente para reduzir a quantidade de desperdício de alimentos. A iniciativa está tendo tanto êxito que possivelmente irá para outros países, onde até agora o máximo que se aspira é a redução do preço, quando o produto está perto do prazo de validade. (People Daily - Tradução livre: Terra Viva)

         

Porto Alegre, 22 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.251

 

   Lácteos/NZ
Temperaturas amenas e umidade em todas as regiões proporcionam boas taxas de crescimento do volumoso e a produção está melhor do que a prevista inicialmente, principalmente no Norte. No Sul, as noites frias impactam sobre a temperatura do solo, afetando o desenvolvimento dos pastos.

A taxa de vacas secas está maior do que o normal, em torno de 15-16% em Canterbury. Acrescente-se as mastites, e os produtores não têm novilhas suficientes para repor o rebanho. A cadeia de carne bovina está comprometida até maio com o abate de vacas leiteiras. Cresce o número de fazendas à venda entre aqueles que não possuem alimentação excedente que lhes permita esperar. O bem-estar animal foi para consulta pública e depois da exposição por anos, os cuidados com os bezerros estão em julgamento. O resultado do globalDairyTrade na madrugada trouxe um alívio muito necessário para os preços do leite, com elevação de 7% nos preços do leite em pó integral liderando a alta. Analistas sugerem que a demanda pode estar crescendo, mas o mercado ainda é frágil. 

A Fonterra propôs reduzir suas diretorias, de 13 para 11, e 6, incluindo o presidente, devem ser agricultores. Não é o suficiente para os críticos, mas é um passo na direção certa. Com a pressão dos acionistas, no futuro a redução pode ser ainda maior. A Cooperativa continua perdendo fatias de mercado para suas principais concorrentes, Syblait, Open Country Dairy e Westland. Se não ouvir os produtores, poderá perdê-los. Aumentam os indícios de que em 2017, antes mesmo de qualquer recuperação de preços, muitas fazendas fecharão, sendo um teste para os altamente endividados. O ASB continua com previsões mais otimistas que os outros bancos, sugerindo que a próxima temporada poderá iniciar com o preço a NZ$ 5/kgMS e terminar em NZ$ 6/kgMS.

A Westland abriu uma nova planta de leite UHT em Rolleston com perspectivas de agregar valor ao leite fluido, produzindo leite fresco. Com isto o novo relatório já adicionou NZ$ 0,20/kgMS ao pagamento dos fornecedores. (interest.co.nz - Tradução livre: Terra Viva)
 
Produção/AR 

Mauricio Minetti, produtor de leite de Esperanza, Santa Fe, disse que a crise provocada pelas chuvas no setor produtivo, que inundaram os campos da região, "é desesperadora". "Choveu até 700 mm em algumas regiões. Isto é insustentável para qualquer tipo de produção", declarou Minetti a Radio 10.

"Não somente as fazendas de leite são afetadas, mas também o complexo soja. A soja apodreceu na terra", lamentou. Ainda assim, é preciso ordenhar as vacas todos os dias, mesmo que as estradas estejam interrompidas, e o leite não pode ser coletado. Esclareceu que "ordenham 50% do que teria que ser ordenhado". Minetti adiantou que a situação é crítica e que "os animais permanecem o dia todo no barro e na água", pois precisamos encontrar lugares onde não tenha água para que eles possam descansar à noite. Acrescentou que Esperanza tem pouca infraestrutura, e se bem que ainda não estejam incomunicáveis, advertiu que "não falta muito" para que isto aconteça. Lembrou, contudo, que as estradas estão "intransitáveis" e que muitas vezes "as crianças nem podem ir à escola". (Ãmbito.com - Tradução livre: Terra Viva)


Produção/UE 

Alguns países da União Europeia estudam se aplicam ou não a redução de produção de leite com base no artigo 222, enquanto algumas cooperativas já adotaram a medida. Este é o caso da austríaca Gmundner Dairy, que decidiu pagar um prêmio aos produtores que entregarem menos leite e multar que entregar mais. O preço base que paga a cooperativa está em torno de € 0,295/litro.

Foi estabelecido que os sócios que entreguem entre 5 e 10% menos em relação ao mesmo mês do ano passado, receberão um prêmio entre € 0,008 e € 0,022/litro. Mas aqueles que entregarem de 5 a 10% mais, na mesma comparação, serão descontados entre € 0,023/litro e € 0,045/litro, ou seja, a multa será superior ao prêmio. Gmundner Dairy é a terceira indústria de laticínio mais importante da Áustria, com um faturamento de 205 milhões de euros, com 2.800 sócios e 330 empregados. Coleta 900.000 litros de leite diariamente, para transformar em leite de consumo e queijo. Cerca de 50% de sua produção é exportada para mais de 15 países. A cooperativa holandesa FrieslandCampina já adotou essa política de premiar a redução, em janeiro passado. A cooperativa pagou um prêmio de € 0,02/kg de leite no período compreendido entre 1º de janeiro a 11 de fevereiro de 2016, aos pecuaristas que não aumentaram ou reduziram suas entregas de leite. Tomaram como período de referência a média das entregas diárias entre 13 e 17 de dezembro de 2015. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)


Nestlé 

A lealdade do consumidor brasileiro aponta Nestlé e Nescafé entre as marcas mais fortes do Brasil em 2015. O ranking foi elaborado a partir de pesquisa com 14 mil consumidores brasileiros, em iniciativa da revista IstoÉ Dinheiro em parceria com a Kantar Vermeer, consultoria do grupo britânico WPP.

A premiação foi realizada nessa sexta-feira, 15, em São Paulo, e apresentou o resultado de duas pesquisas: "A Marca Mais Forte do Brasil" e a "A Marca Mais Valiosa do Brasil". A Nestlé conquistou o 15ª lugar no prêmio "A Marca Mais Forte do Brasil" e Nescafé ficou na 8º posição. Nescafé também aparece com destaque no ranking das marcas mais fortes da última década, na 8ª colocação, à frente de marcas como Google e Facebook. Desde seu lançamento, NESCAFÉ® sempre foi líder no mercado brasileiro de café solúvel. No âmbito mundial, a marca é a mais valiosa da Nestlé e quarta mais valiosa no segmento de alimentos. A Nestlé está presente no Brasil desde 1921, quando inaugurou sua primeira fábrica, na cidade paulista de Araras. Hoje, a Nestlé Brasil e suas empresas coligadas estão presentes em 99% dos lares brasileiros, segundo pesquisa realizada pela KantarWorldpanel. (Cidade Marketing)


Consumo 

O agravamento da crise econômica brasileira tem mudado os hábitos de consumo da população. As compras de bens duráveis já vinham sendo adiadas há algum tempo. Mas, agora, os consumidores já estão alterando até mesmo a relação com os produtos essenciais, uma vez que 74% deles admitem uma piora na qualidade das compras em supermercado.

A mudança se deu via troca de marcas pelas mais baratas, redução, ou até mesmo abandono de consumo de determinados produtos. Os dados compõem a pesquisa Pulso Brasil, da Ipsos, realizada por meio de entrevistas com 1.200 pessoas em 72 municípios brasileiros. "As pessoas já vinham mudando o comportamento com relação às compras de bens como automóveis e imóveis. Mas decidimos investigar como é o impacto da crise no dia a dia dos brasileiros e quais as perspectivas em médio e longo prazos", explica o diretor de contas da Public Affair da Ipsos no Brasil, responsável pela pesquisa Pulso Brasil, Danilo Cersosimo. Dentre aqueles que admitiram ter piorado a qualidade das compras nos supermercados, 72% estão trocando o que compravam por marcas mais baratas, 61% estão comprando menos produtos e 41% estão deixando de comprar certos produtos que antes faziam parte da cesta familiar. (Diário do Comércio)
 

Aprovado o PL dos Integrados
O Projeto de Lei dos Integrados foi aprovado dia 20/04 no Senado. O texto cria um padrão contratual para sanar divergências nos litígios que se referem a fornecimento de insumos aos produtores de aves e suínos integrados, valores devidos, responsabilidades em caso de problema na atividade ou prazos, entre outros. A matéria havia sido encaminhada para a Câmara dos Deputados, onde foi alterada na forma de substitutivo, que agora foi confirmado pelos senadores e segue para a sanção presidencial. "Na economia brasileira, a suinocultura, a avicultura, laticínios e setor de tabaco funcionam muito bem com esse sistema de integrados, só que havia um vazio legal", observou a senadora Ana Amélia Lemos, autora da proposta. "Não havia nenhuma regulamentação para estabelecer direitos e deveres dessas relações". (Correio do Povo)
 

         

Porto Alegre, 20 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.250

 

   Sisbi-POA 

A adesão dos estados ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA) foi o principal assunto da primeira reunião da Câmara Temática Temporária do Suasa (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária).

A câmara foi criada no dia 28 de março deste ano e é formada por representantes do governo e do setor produtivo. O Sisbi-POA faz parte do Suasa e tem o objetivo de padronizar e harmonizar os procedimentos de inspeção de produtos de origem animal, para garantir a procedência e a segurança alimentar. Os estados que aderem ao sistema garantem às agroindústrias interessadas a autorização para vender seus produtos de origem animal - como queijos, salames, ovos e mel - não apenas para sua cidade ou estado, mas para todo o país. 

A adesão beneficia, principalmente, os pequenos estabelecimentos, que, quase sempre, têm dificuldade em cumprir todos os requisitos burocráticos e técnicos exigidos pelo Sistema de Inspeção Federal (SIF). Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Rangel, a meta é intensificar a adesão dos estados ao Sisbi. "Para alcançar um maior número de adesões, precisamos vencer as dificuldades com legislação e sistemas informatizados, além de capacitação e treinamento por meio da Escola Nacional de Gestão Agropecuária (Enagro). "Até agora, já aderiram ao sistema Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Distrito Federal, Bahia, Espírito Santo e Goiás. (Mapa)

    
    
 
Indústria da Santa Clara em Getúlio Vargas recebe ISO 9001

A Indústria de Laticínios da Cooperativa Santa Clara em Getúlio Vargas obteve neste mês de abril a certificação ISO 9001. A auditoria foi realizada pelas auditoras Valéria C. Guerra e Eliana Cardoso, do órgão certificador DNV. Os processos auditados foram o desenvolvimento e processamento de leite, queijos, nata, soro de leite e creme de soro de leite cru, sendo que todos os processos do escopo foram certificados. 

A partir da aquisição da indústria em junho de 2014, a Santa Clara iniciou o processo para certificação da ISO, seguindo o exemplo da Indústria em Carlos Barbosa, que foi pioneira no Estado em receber a certificação ISO em 1999. "Fazia parte do nosso planejamento a obtenção da ISO para a unidade de Getúlio Vargas, o que nos proporciona uma ferramenta de marca e de gestão, comprovando a qualidade superior dos produtos que levam a marca Santa Clara. É bom para a indústria e melhor ainda para o consumidor", destaca o diretor Administrativo e Financeiro, Alexandre Guerra.

ISO 9001
A certificação ISO 9001 tem como objetivo melhorar a gestão de uma empresa, estabelecendo normas que aumentem a qualidade dos processos de gestão e padronização de serviços e produtos. Quando implementada e cumprida, é estabelecida uma relação de confiança entre empresa e cliente.
Para obter a certificação da ISO, a empresa deve cumprir requisitos, cumprindo suas várias fases de forma adequada, aplicando nos seus processos padrões a serem seguidos para a garantia do sistema de gestão da qualidade. (Cooperativa Santa Clara)

SINDILEITE-SC elege nova Diretoria

O Sindileite-SC, que reúne 19 indústrias associadas responsáveis por 70% do leite processado no Estado, elegeu quinta-feira (14/04) a nova diretoria para o período 2016/2019. O atual presidente, Valter Antônio Brandalise, foi reeleito, ao lado do Vice-Presidente José Baldoíno França entre outros componentes da nova diretoria.
O trabalho realizado pelo Sindileite - SC na gestão anterior foi muito bem avaliado pelos associados, o que credenciou o Presidente a reeleição e a formação de uma nova diretoria para condução dos trabalhos neste novo período.

A entidade vai trabalhar principalmente para buscar aproximar indústria, produtores e governo e garantir a qualidade do produto entregue nas mesas dos consumidores. A intenção, diz Brandalise, é apoiar indústrias e produtores na busca da melhoria contínua dos processos, e garantir que o leite catarinense esteja dentro das normas internacionais de qualidade.

Atualmente Santa Catarina tem aproximadamente 50 mil famílias ligadas à atividade leiteira e figura entre os maiores produtores de leite do Brasil. "É necessário que nos tornemos exportadores de leite e precisamos nos preparar e aproveitar essa oportunidade", diz o Presidente do Sindileite. A entidade também trabalha para preparar a sucessão nas propriedades, garantindo que as atuais áreas dedicadas à criação permaneçam voltadas à atividade depois da aposentadoria dos atuais produtores. (Assessoria de Imprensa Sindileite)

Laços estreitos com os fornecedores

Uma das maiores compradoras de produtos agropecuários do mundo, a suíça Nestlé não pode reclamar de monotonia nas negociações com seus fornecedores. Altas e baixas em mercados como leite, café e cacau, nos quais a atuação da multinacional tem grande repercussão, são a regra, e manter os padrões de qualidade das matérias-primas recebidas e as margens das operações em terreno positivo diante das oscilações, os desafios. Em um parágrafo, talvez seja uma boa maneira de explicar a missão de Hans Jöhr, principal executivo da área de Agricultura da companhia. Mas as coisas não são tão simples assim, e a atual tendência de queda dos preços globais de commodities agrícolas e alimentos, aprofundada no ano passado, em tempos de dólar valorizado, não deixa Jöhr se esquecer no quão complexo pode se transformar o seu trabalho. É sob seu guarda-¬chuva que está o programa "Farm Conect", por meio do qual a Nestlé administra a rede de 760 mil produtores dos quais compra matérias¬primas agrícolas diretamente, sem a intermediação de tradings. E eles estão espalhados por 53 países, o que obriga Jöhr a passar dois terços do tempo longe de seu escritório na Suíça. No início de abril, ele esteve no Brasil. 

Em português fluente ¬ é casado com uma brasileira há mais de 15 anos ¬, Jöhr reconheceu em entrevista ao Valor que, atualmente, dos segmentos em que a Nestlé atua talvez o mais complicado seja o de lácteos, que mundialmente atravessa um período de oferta ampla e incertezas do lado da demanda, sobretudo na China. O executivo lembrou que a Nestlé, maior compradora de leite cru do mundo, adquire metade de sua demanda diretamente de pecuaristas. Cinco mil deles estão no Brasil, onde a múlti também conta com 12 mil fornecedores indiretos. São mais de 2 bilhões de litros por ano no país, tirados de cerca de 1 milhão de vacas. No relacionamento com os fornecedores em geral, realça o executivo, não são apenas as negociações de preço e qualidade que estão em jogo. Boas práticas agrícolas, sustentabilidade e capacitação também consomem tempo e dinheiro, uma vez que a Nestlé investe centenas de milhões de dólares todos os anos em programas de apoio nessas frentes. "Os consumidores estão cada vez mais exigentes. Todos querem saber de onde vem o produto, como ele foi produzido e o que ele contém. 

Quem consegue responder a essas questões, conquista a confiança do cliente, e a maior dificuldade que temos no âmbito do 'Farmer Conect' é escolher produtores com essa visão", afirma Jöhr. Outro desafio é a fidelização dos fornecedores, complicada seja em tempos de bonança ou de vacas magras. Não só para garantir o abastecimento hoje, mas também no longo prazo. "Se quisermos ter matéria¬prima de qualidade, temos que saber quem serão os produtores do futuro. Reter jovens talentos no mundo rural é fundamental". Agrônomo com especialização em, Jöhr conta, para esse trabalho, com uma equipe de mais de 1,3 mil agrônomos, veterinários e zootecnistas. Com alguns deles, o executivo, durante sua passagem pelo Brasil, visitou produtores de cacau na Bahia, cafeicultores no Espírito Santo e pecuaristas no interior do Estado de São Paulo. (Valor Econômico)
 

 
Produção/UE 

A publicação do Regulamento comunitário que autoriza a autorregulamentação da produção de leite, foi publicado recentemente, mas alguns países já começaram a mostrar sua posição a respeito. A França é um grande incentivador da medida. Seu ministro da Agricultura, Stephan Le Foll escreveu uma carta a todos seus homólogos comunitários pedindo que apliquem o controle da produção, uma vez que, em sua opinião, é uma medida que deva ser aplicada ao todos os países.

Também pede que sejam concedidos benefícios financeiros ao nível comunitário, utilizando o Orçamento de Excecução de 2016. Na Espanha, uma reunião do Ministério da Agricultura com o setro lácteos, na semana passada, houve opinião favorável à limitação da produção de leite, desde que a distribuição se comprometa. Hoje a continua a reunição, para acertar detalhes do acordo. Do lado oposto, se encontram países como a Irlanda, que já na reunião do Conselho de Ministros se mostrou contrário à aplicação do acrodo que vai contra sua estratégia de crescimento da produção. O Reino Unido também é pouco provável que apóie ou financie a medida, segundo a organização que representa os produtores, NFU. Também é pouco provável que as cooperativas britânicas executem a medida. São da opinião de que uma empresa, ou um determinado coletivo possa reduzir localmente a produção, mas que será imediatamente ocupada pelo leite de outros produtores, tanto do Reino Unido, como de outros países da UE. A Holanda, tampouco, planeja reduzir sua produção. (Fonte da Notícia:Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

 
 

Isenção na importação de milho não afeta os produtores brasileiros do grão, diz governo
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Andre Nassar, disse que a retirada do imposto de 8% na importação de milho de países fora do Mercosul, autorizada nesta terça-feira, 19, pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex), atende à demanda dos criadores de aves, suínos e produtores de leite. "A importação do grão, que serve de base para a alimentação animal, terá impacto positivo nos preços do milho no mercado interno", disse em nota distribuída por sua assessoria. De acordo com ele, a decisão não prejudica os produtores brasileiros. "Como a isenção do imposto valerá entre maio e outubro, a comercialização do milho safrinha não causará prejuízo para quem planta e vende o produto." Como a importação de milho do Mercosul já é isenta, a medida do Gecex estimulará a compra do grão produzido em outros países, como os Estados Unidos. A decisão será publicada no Diário Oficial da União na próxima semana. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)

         

Porto Alegre, 19 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.249

 

   Conseleite constata escalada dos preços

O preço dos produtos lácteos no Rio Grande do Sul registrou aumento na maioria dos itens avaliados mensalmente pelo Conseleite/UPF. Análise divulgada nesta terça-feira (19/4) indica que o preço de referência projetado para abril é de R$ 0,9809, valor 3,63% maior do que o consolidado de março, que ficou em R$ 0,9466. O valor fechado de março já ficou 0,89% acima do projetado (R$ 0,9383). 

A alta reflete a severa entressafra e foi puxada, principalmente, pela reposição do preço do leite UHT, mas também expressa o reajuste do queijo, requeijão e outros produtos lácteos. Segundo o professor da UPF Marco Antônio Montoya, apesar dos valores estarem acima dos registrados no mesmo mês de 2015, nominalmente (descontando a inflação), os preços estão estáveis e, inclusive, com tendência de queda. "O leite referência está acima do nível de anos anteriores, mas isso não quer dizer que está cobrindo os custos de produção", ponderou.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, pontuou o impacto do mercado internacional nos preços dentro do Brasil. Segundo ele, apesar de ter colaborado com as exportações nos últimos meses, a cotação do dólar caiu e deve, agora, dificultar a situação dos exportadores. "Apesar de ter estimulado as vendas, o dólar também afetou o custo dos insumos", completou.

Uma das sugestões da reunião foi que sejam retomados os encontros entre os Conseleites do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Também foram debatidas as estratégias que podem ser adotadas pelo setor para estímulo à qualificação constante da produção. Representados pelo diretor da Farsul e presidente do Sindilat, Jorge Rodrigues, os produtores pediram a adoção de uma tabela que oriente o pagamento do leite por qualidade no RS. Guerra explicou que as empresas já trabalham com escalas próprias de pagamento, mas informou que as indústrias definiram pela criação de uma tabela com o aval do Conseleite que atenda aos índices da Instrução Normativa IN 62. O assunto deve seguir em debate no Conseleite. 

 


Alexandre Guerra
Foto: Carolina Jardine/Imprensa Sindilat
    
    
 
Leilão GDT: preços internacionais apresentam segunda alta seguida, mas permanecem baixos

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (19/04) registrou alta de 3,84% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$ 2.263,00/tonelada. O leite em pó integral apresentou alta, sendo comercializado a US$ 2.156/tonelada (+7,10% sobre o último leilão), mantendo o aumento dos preços observado nos últimos dois leiloes. 

O leite em pó desnatado também apresentou alta, no entanto, mais sutil que o leite em pó integral, sendo de 0,35% e chegando a US$ 1.727/tonelada. Enquanto, por outro lado, o queijo cheddar teve queda de -5,12% comparado ao último leilão, sendo comercializado a US$ 2.636/tonelada.

Foram vendidas 21.206 toneladas de produtos lácteos neste leilão, volume cerca de 6,51% abaixo do mesmo período do ano passado, o que indica que o leilão GDT não vem sinalizando melhoras na demanda.

Os contratos futuros de leite em pó integral continuam sem apontar para grandes mudanças ao longo de 2016. Até outubro, as projeções estimam preços entre US$2.100 e US$2.350/ton, sem nenhuma alteração significativa no atual patamar de preços. (Milkpoint/GDT)
 


Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida em Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprovou e divulgou os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em março de 2016 e a projeção dos valores de referência para o mês de abril de 2016, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. Os valores de referência indicados nesta resolução correspondem à matéria-prima leite denominada Leite CONSELEITE IN62, que se refere ao leite analisado que contém 3% de gordura, 2,9% de proteína, 600 mil uc/ml de células somáticas e 600 mil uc/ml de contagem bacteriana. 


Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de abril de 2016 é de R$ 1,8757/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleite.com.br/conseleite. (Fonte: Conseleite/PR) 

 
 
Rio Grande do Sul busca otimizar recursos para vigilância no combate à febre aftosa

O fiscal agropecuário Diego Viali dos Santos apresentou nesta segunda-feira (18) para representantes do serviço veterinário oficial e das cadeias produtivas de bovinos e suínos o resultado do estudo intitulado "Identificação de áreas de risco para a febre aftosa no Rio Grande do Sul utilizando a técnica de múltiplos critérios". O trabalho foi financiado por um Acordo de Cooperação Técnica entre a Faculdade de Veterinária da Ufrgs, o Fundesa e a Secretaria da Agricultura.

O estudo, que levou em conta 22 critérios, apontou que o principal risco de ingresso do vírus ocorre nas regiões de fronteira e através da movimentação ilegal de animais. Para ter um ponto de partida, a pesquisa analisou os casos de febre aftosa registrados no estado de 1986 a 2001. "O resultado comprovou que a maior parte dos casos ocorreu nas regiões onde apontamos como as de maior risco", afirma Diego Viali dos Santos.

A conclusão do trabalho pode contribuir para a definição de políticas de vigilância animal, otimizando recursos. "Se o maior risco está nas regiões fronteiriças, é lá que deve estar o reforço da vigilância ativa", destaca Santos. 

Com base no resultado do estudo, o presidente do Fundesa, Rogério Kerber sugeriu que o Grupo de Avanço de Status Sanitário no Rio Grande do Sul se reúna nos próximos dias para avaliar as medidas que podem ser tomadas para minimizar o risco de reingresso do vírus da febre aftosa no Rio Grande do Sul. "Em primeiro lugar, precisamos conscientizar os produtores da importância deles no processo de defesa sanitária. Não é apenas uma atividade do serviço oficial", afirma. (As informações são do Fundesa)
 

 

IBGE adia Censo Agropecuário e cancela concurso por falta de verba
Com um corte em seu orçamento, o IBGE decidiu adiar a realização do Censo Agropecuário, que iria a campo em 2017. Com isso, o concurso para preenchimento de 1.409 vagas temporárias, destinadas ao censo, foi cancelado. Os inscritos no processo terão os valores das inscrições reembolsados, informou o IBGE. O orçamento do Censo Agropecuário foi reduzido em janeiro deste ano, de R$ 330,8 milhões para R$ 266,8 milhões na LOA (Lei Orçamentária) aprovada pelo Congresso Nacional. Nos últimos meses, o IBGE vinha negociando com o Ministério do Planejamento a recomposição deste orçamento para preparar a pesquisa, o que inclui, por exemplo, a compra de equipamentos. Esta não é a primeira vez que a pesquisa é adiada. Dois anos atrás, após um corte no orçamento, o IBGE decidiu adiar o Censo de 2015 para 2017. Segundo o IBGE, as demais pesquisas previstas para este ano seguem preservadas "até o momento". (As informações são do jornal Folha de São Paulo)

         

Porto Alegre, 18 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.248

 

   Conseleite/MS 

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 15 de abril de 2016, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de março de 2016 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de abril de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)

 
    
 
RS: Fundesa apresenta resultados do primeiro trimestre
 
O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal, Fundesa, divulgou nesta sexta-feira a prestação de contas do primeiro trimestre de 2016. O saldo do fundo que é formado pela arrecadação sobre animais abatidos e produção e ovos e leite, passou de R$ 56,5 milhões de reais no último trimestre de 2015 para R$ 59,08 milhões nos primeiros três meses de 2016. Os números foram apresentados aos conselheiros do fundo na Assembleia Ordinária da instituição.
 
A receita no período no primeiro trimestre foi de R$ 3,5 milhões, considerando arrecadações e rendimentos das aplicações financeiras. O valor ficou quase 30% acima do registrado no mesmo período do ano passado (R$ 2,7 milhões). Já em comparação com o último trimestre de 2015, a arrecadação registrou queda - o ingresso de recursos de contribuições e rendimentos foi de R$ 4,02 milhões. Conforme o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, o primeiro trimestre de cada ano é, historicamente, o de menor arrecadação. "A partir do segundo trimestre os números voltam a subir", afirma.
 
Segundo o dirigente, o fundo preserva no mínimo 50% para indenizações de produtores em casos de doenças. A outra metade pode ser utilizada no investimento em ações de educação e defesa sanitária em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação e o Ministério da Agricultura. As principais aplicações são na capacitação dos profissionais do serviço veterinário oficial e também na aquisição de insumos e equipamentos.

Sobre o Fundesa
O Fundesa, criado em 2005, tem a missão de propor e apoiar o desenvolvimento de ações de defesa sanitária animal, além de garantir agilidade e rapidez na intervenção em casos de eventos sanitários. O fundo é composto por nove entidades: Federação da Agricultura do RS, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS, Sindicato das Indústrias de Carnes do RS, Sindicato das Indústrias de Suínos do RS, Sindicato do Comércio Atacadista de Carnes Frescas e Congeladas do RS, Sindicato da Indústria de Laticínios, Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas, Associação Gaúcha de Avicultura e Associação dos Criadores de Suínos do RS. (Fundesa)

 
 
 
Consumo de lácteos deve cair 4% este ano

Produtos lácteos, como queijos e iogurtes, têm perdido espaço nos lares brasileiros. Depois de uma contração estimada de 1% no consumo per capita de lácteos em geral no Brasil em 2015, a demanda no país deve recuar mais 4% este ano, segundo estudo do banco holandês Rabobank sobre o segmento de lácteos no Mercosul. Em 2015, o consumo per capita brasileiro de lácteos foi de 173 litros (equivalente leite). Neste ano ¬ mais uma vez reflexo da recessão que gerou desemprego, inflação e reduziu a renda real ¬, a demanda deve cair para 166 litros per capita, o mesmo nível de 2011. O número, que envolve itens como leite longa vida, queijos e iogurtes, é mais pessimista do que os 171 litros que o Rabobank havia estimado no fim de 2015. A retração no consumo desses produtos após anos de crescimento expressivo no país afeta as margens da indústria de lácteos que enfrenta também menor oferta de matéria¬-prima e alta dos custos do leite. Nesse cenário, há espaço para mais consolidação no segmento, com a participação de empresas estrangeiras ou nacionais, avalia Andrés Padilla, analista sênior do Rabobank Brasil. "É um momento importante para quem quer fazer investimentos olhando o longo prazo no Brasil", observa, acrescentando que a desvalorização do real também aumentou o "poder de compra" das empresas [eventualmente interessadas em ativos] em dólar. Entre os anos 2005 e 2014, os laticínios foram favorecidos pelo crescimento "impressionante" ¬ como define o Rabobank ¬ do consumo de lácteos no Brasil, principalmente devido ao crescimento da renda real. 

Segundo o banco, a demanda por queijos cresceu a uma média anual de 5,7% no período, enquanto a de leite longa vida e leite em pó avançou 2,5% e 3,1%, respectivamente. Padilla admite que será difícil recuperar esses níveis rapidamente, já que uma retomada depende da situação do emprego e da renda real dos consumidores. Isso porque, no Brasil, a correlação entre aumento da renda e crescimento do consumo de lácteos tem sido de mais de 90% nos últimos dez anos. A expectativa do banco é de que o consumo se recupere gradualmente a partir de 2017. Mas o nível de 2014, quando o consumo de lácteos teve seu pico em 174 litros, só deve voltar depois de 2020, segundo o Rabobank. A estimativa também é mais pessimista que a do fim de 2015, quando o banco previu consumo de 178 litros em 2020. "Acreditamos que em 2017 e 2018, a economia já deve ter alguma recuperação", diz. No curto prazo, porém, os consumidores seguem comprando menos e de forma mais seletiva. Segundo o estudo, as empresas relatam que consumidores têm reduzido o número de itens que compram de um produto específico. E têm procurado promoções. Nesse ambiente, as indústrias de lácteos buscam ajustar a produção à demanda. Reflexo disso é uma queda nas compras da matéria-¬prima (leite cru) nos últimos cinco trimestres, acrescenta o estudo. A menor produção de leite no país e a alta dos preços da matéria¬-prima também afetam as aquisições de leite pelos laticínios. "O preço do leite está mais alto e as indústrias têm tido dificuldade para reajustar os preços. A indústria vai sofrer mais", avalia. 

Para o analista, após a queda de 2,85% na produção brasileira de leite em 2015 ¬ para 24,05 bilhões de litros ¬, a produção deve recuar mais 3% este ano, o que significa preços mais altos. Ele observa que os pecuaristas continuam com margens apertadas por causa da elevação dos custos. Além disso, houve redução dos investimentos na produção nos últimos anos e um "número expressivo" de pequenos pecuaristas diminuiu o rebanho ou saiu da atividade. O maior custo de produção de leite também é um problema na Argentina, onde medidas do governo Maurício Macri estimularam as exportações de milho e soja e elevaram os preços dos grãos no mercado doméstico. A desvalorização do peso ante o dólar também afetou os gastos dos pecuaristas, observa o estudo do Rabobank. Diante disso, a expectativa também é de recuo na produção de leite na Argentina no curto a médio prazos. Para 2016, a estimativa é que caia 4%. Esse é mais um desafio para indústria de lácteos do país vizinho, que não tem registrado crescimento real no volume na maioria das categorias de lácteos, segundo o Rabobank. Como o cenário econômico na Argentina é igualmente delicado, com inflação alta, a expectativa do Rabobank é de que o consumo de lácteos fique estável no país este ano, em 220 litros per capita. Não são apenas seus respectivos mercados domésticos de lácteos que preocupam Brasil e Argentina. A crise na Venezuela, que recrudesceu com a queda dos preços internacionais do petróleo, prejudica as exportações de lácteos de Brasil e Argentina. O país caribenho se tornou um importante destino para as exportações de lácteos do Brasil, Argentina e Uruguai, mas em 2015, as compras venezuelanas do Mercosul recuaram para os níveis anteriores a 2012, segundo o Rabobank. A avaliação do banco é que novas reduções nas vendas ao país possam ocorrer este ano. Como resultado, Argentina e Uruguai devem provavelmente buscar vender mais leite para o Brasil. "O Brasil deve ter mais um ano de déficit na balança de lácteos", diz Padilla. Em 2015, o déficit do segmento foi de US$ 100 milhões. (Valor Econômico)

 
 

Venezuela pagou US$ 30 milhões a empresas lácteas uruguaias
O presidente do Instituto Nacional do Leite (Inale), Ricardo de Izaguirre, disse que na sexta-feira (15) a Venezuela pagou US$ 30 milhões por parte da dívida com asempresas lácteas uruguaias. As indústrias de queijos, Calcar, Claldy e Pili receberam o total da dívida e os restantes US$ 12 milhões irão para a Conaprole. A essa última, ainda faltam US$ 38 milhões do negócio realizado no marco do acordo entre ambos os governos e outros US$ 27 milhões de negócios que tinham sido realizados antes. Izaguirre não ocultou a surpresa e a satisfação pela notícia e reconheceu que não esperava que o pagamento chegaria nesse momento. Ele disse que as indústrias desejam que o fluxo comercial à Venezuela se mantenha, mas ao mesmo tempo, opinou que se tomarão maiores proteções quando às garantias de pagamento. (As informações são do El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

         

Porto Alegre, 15 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.247

 

   Produto poderá ter mínimo

A Comissão de Agricultura do Senado aprovou ontem o projeto de lei complementar 215/2015, que autoriza o Executivo a incluir o leite na pauta dos produtos amparados pela Política de Garantia de Preços Mínimos. Segundo a senadora Ana Amélia Lemos, a iniciativa é fundamental, especialmente para os pequenos produtores que sofrem com as oscilações nos preços. A proposta segue para a Comissão de Assuntos Econômicos e depois para sanção presidencial. (Correio do Povo)

    
 
Nestlé investe na área de alimentos médicos
Numa esquina do campus de uma universidade de pesquisa técnica em Lausanne, na Suíça, cientistas da Nestlé SA estão desvendando perfis genéticos para desenvolver alimentos medicinais ¬ uma das grandes esperanças da empresa para expandir suas vendas. Não se trata das barras de proteína que as pessoas compram antes de ir para a academia. A empresa suíça de alimentos está explorando o segmento de pós e bebidas vendidos com receita médica para suprir as necessidades nutricionais exigidas no tratamento de doenças. Para a Nestlé, esse mercado, que movimenta US$ 15 bilhões por ano, tem um grande potencial dado o envelhecimento da população global, num momento em que a empresa enfrenta tempos difíceis em seu setor tradicional de alimentos embalados. As vendas de pizzas congeladas e sorvetes vêm caindo e, por três anos consecutivos, a Nestlé não conseguiu atingir sua meta de 5% a 6% de crescimento orgânico de vendas por ano. Ontem, a Nestlé divulgou uma receita de 20,93 bilhões de francos suíços (US$ 21,64 bilhões), quase igual à do mesmo período de 2015 e um pouco abaixo da previsão dos analistas. Já o crescimento orgânico das vendas (excluindo aquisições e efeitos cambiais), de 3,9%, superou as expectativas e aliviou um pouco as preocupações dos investidores com a suposta lentidão da Nestlé em reagir a um mercado global mais adverso e o surgimento de rivais de grande porte, como a recém¬criada Kraft Heinz Co., controlada pela firma brasileira de investimento 3G Capital. 
 
Nesse cenário, os alimentos medicinais podem ser uma oportunidade. "Por muito tempo, a nutrição foi vista como uma espécie de pseudociência", diz Ed Baetge, chefe do Instituto da Ciência da Saúde da Nestlé. "Para muitas doenças, como a demência em idosos, por exemplo, existe uma necessidade clínica enorme de novas abordagens, onde os alimentos podem fazer uma grande diferença." Para os céticos, porém, o setor ainda é cheio de incertezas. Ao contrário dos suplementos dietéticos, os alimentos medicinais são concebidos para pessoas com doenças crônicas, não pessoas saudáveis. Eles devem ser usados com supervisão médica porque se destinam ao tratamento de doenças sérias, como o Mal de Alzheimer. No subsolo do prédio de quatro andares do instituto da Nestlé, próximo ao Lago Genebra, máquinas no valor de cerca de US$ 1 milhão cada analisam o DNA humano para desenvolver programas personalizados, baseados em perfis genéticos específicos, para tratar doenças como epilepsia e desordens intestinais. Com estes dados, os cientistas vão desenvolver alimentos medicinais contendo compostos naturais extraídos de alimentos como tomates, café e uvas. Criado há cinco anos, o instituto já gastou metade de seu orçamento de US$ 500 milhões para o período que se encerra em 2021, apesar de alguns projetos se estenderem para além desse prazo. E a Nestlé está em meio a uma onda de aquisições nos Estados Unidos. No começo do ano, ela fechou um acordo para ajudar a empresa americana de biotecnologia Seres Therapeutics Inc. a desenvolver produtos destinados a restaurar o equilíbrio bacteriano no sistema digestivo. Ela também comprou uma participação na Pronutria Biosciences Inc., de Massachusetts, uma "startup" que está desenvolvendo produtos à base de aminoácidos para tratar perda de massa muscular. As tendências demográficas são um incentivo a esses investimentos. 
 
A proporção de pessoas com mais de 60 anos ¬ um grupo importante para o segmento de alimentos medicinais ¬ deve crescer dos atuais 12% para 22% da população mundial até 2050, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. "Queremos ter um impacto significativo na lucratividade total da empresa no longo prazo", diz Greg Behar, chefe da divisão de Ciência da Saúde da Nestlé, que comercializa os produtos desenvolvidos a partir das descobertas dos laboratórios do instituto. Os analistas, em geral, estão entusiasmados com o potencial da área de saúde da Nestlé, que inclui suplementos nutricionais e alimentos para pessoas recém¬operadas, dizendo que ela cresceu mais rápido do que as demais unidades da empresa em 2015, faturando cerca de 2 bilhões de francos suíços. A meta da Nestlé é elevar a venda anual da divisão para 10 bilhões de francos nos próximos anos. Mas há preocupações quanto ao tempo necessário para colocar esses produtos no mercado e o alto custo das pesquisas. De fato, nem todos os especialistas estão convencidos. "Apesar de estar claro que aquilo que comemos e bebemos tem um efeito importante em nossa saúde, não há provas suficientes documentando que alimentos proporcionam um efeito médico relevante", diz Ben Locwin, cientista da Associação Americana de Cientistas Farmacêuticos. Muitos produtos podem ter um efeito placebo, com consumidores "pensando" que foram beneficiados quando realmente não foram, diz. O médico Philip Gerber, especialista em nutrição clínica no Hospital Universitário de Zurique, tem usado mais alimentos medicinais nos últimos anos, mas precisa de mais dados. "Não tenho certeza de que veremos uma enorme explosão de mercaCriado há cinco anos, o instituto já gastou metade de seu orçamento de US$ 500 milhões para o período que se encerra em 2021, do aqui. Esses produtos precisam provar a sua eficácia", diz. 
 
A Nestlé afirma que, antes da introdução no mercado, são necessários estudos para mostrar que seus produtos são seguros, benéficos e eficazes para atender às necessidades nutricionais dos pacientes. Além disso, alguns de seus produtos, como um que está sendo desenvolvido para ajudar a controlar as doenças inflamatórias intestinais, estão sendo desenvolvidos através do processo convencional de testes clínicos. "As provas clínicas são muito importantes para nós", diz Marie¬Françoise Rütimeyer, uma porta¬voz da área de Ciência da Saúde da Nestlé. (Valor Econômico)
 
Polêmica estampada nas embalagens
 
Sabe aquelas bandejas de carne e de queijo que você costuma encontrar nas prateleiras de supermercados? Elas estão no centro de uma polêmica que vem trazendo órgão públicos e entidades para o debate.

Prática habitual, a colocação de produtos de origem animal em recipientes como bandejas envoltas em plástico não está dentro do que determina a lei. Regras determinam que o fatiamento e o uso desse tipo de embalagem só pode ser feito por mercados com fiscalização da inspeção estadual ou municipal - prerrogativa de grandes redes.

- Ações no Litoral, no verão, evidenciaram que a lei não era cumprida. Não é só botar validade e preço. Ao tirar da embalagem original, se retira a procedência - explica Ayres Chaves Lopes, chefe do setor de alimentos do Centro Estadual de Vigilância em Saúde.

Nesta semana, um seminário esclareceu dúvidas.

- Somos a favor, mas é preciso montar uma legislação em que o pequeno esteja incluído - diz Antônio Cesa Longo, presidente da Associação Gaúcha de Supermercados.

A entidade e outras representações do setor devem montar proposta dentro de 15 dias. (Zero Hora)

 
 

Não culpem a manteiga! A vilã é a margarina!
A ciência falhou! Sim! Após 40 anos afirmando que óleos vegetais eram melhores para o organismo, uma análise mais aprofundada da mesma pesquisa que indicou a superioridade da margarina sobre a manteiga, apontou o que os cientistas da época não conseguiram enxergar: exatamente o contrário.
A revista Superinteressante divulgou, nessa semana, a nova análise do estudo feito na década de 70, quando foi construída a ideia de que gorduras saturadas - base da manteiga - faziam mal ao coração. A lógica era simples: gordura saturada aumenta o colesterol, que está ligado diretamente a doenças cardíacas. Por conta disso, por muito tempo a manteiga foi colocada como uma vilã na alimentação, em prol de produtos à base de óleos vegetais, como a margarina.
O novo olhar sobre a pesquisa, mostrou que o ácido linoleico, presente em grandes quantidades em diversos óleos vegetais, é rico em ômega 6. Uma alimentação contendo  quantidades consideráveis desse ácido graxo levam a inflamações, que são fator de risco para inúmeras doenças, incluindo as cardiovasculares, ainda que o colesterol do organismo seja baixo. (Vale lembrar: os queridões azeite de oliva e o óleo de coco são pobres de ômega 6 e não são considerados riscos à saúde)
Não é mentira que trocar manteiga por óleos vegetais reduz o colesterol. A questão é que essa redução não significa a diminuição das mortes por doenças do coração. A pesquisa mostrou que o grupo que preferiu óleo de soja, milho e girassol teve uma chance 15% maior de morrer de problemas cardíacos.
Estudos indicam que o organismo precisa ter equilíbrio entre o ômega 6 e o ômega 3 (presente em peixes, nozes e em sementes como a linhaça e a chia) para um funcionamento saudável do corpo. E a gente aqui, cozinhando tudo com óleos de soja, milho e afins há uns 30 anos. Sem falar nos produtos industrializados, que têm como base os óleos vegetais...sim, a batatinha frita, as pizzas congeladas, aqueles molhos de saladas prontos...Se fosse só isso, até ok. Mas a indústria piorou o problema consideravelmente com a maldita gordura trans. 
A conta é simples. A manteiga é feita de leite batido e sal. Parte da gordura presente é saturada, lipídio natural, e sem indícios científicos de ligação direta com doenças cardíacas - o que causa o problema é o colesterol. Já a margarina é produzida a partir de gordura hidrogenada, uma alternativa criada pela indústria para transformar os óleos vegetais em gordura sólida. A gordura hidrogenada é a famosa gordura trans. O problema é que o organismo não sintetiza a molécula trans e essa característica já é apontada como fator que aumenta o risco para doenças, principalmente as relacionadas ao coração.
Então, grandes quantidades de ômega 6 e gordura trans é grande parte do que temos na composição da margarina, o que sugere que ela, sim, é que é, de fato, a verdadeira vilã. A ciência pode ter errado anos atrás, mas evoluiu, mostrando que os questionamentos sobre nossos hábitos devem ser constantes. E sim, pelo jeito estávamos fazendo isso errado até agora. (Blog Lado Natureba/Clicrbs)
 
 
Conselho de Estado francês anula proibição do milho transgênico MON810 da Monsanto

O Conselho de Estado da França anunciou nesta sexta-feira a anulação da proibição de milho transgênico MON810 da Monsanto ao contestar os riscos evocados ao meio ambiente. O ministro francês da Agricultura, Stéphane Le Foll, proibiu em 14 de março de 2014 a comercialização, o uso e o cultivo desta variedade de milho geneticamente modificado para resistir às pragas dos insetos.

Segundo o ministério, uma diretriz europeia de 2015, incorporada em novembro passado ao direito francês, autoriza a cada Estado membro a proibir em seu território os cultivos de organismos geneticamente modificados (OGM), inclusive mesmo que estejam validados pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA).  Desde 2009, a França tentou impor uma moratória sobre os cultivos de OGM em suas terras.

Depois de ativar a cláusula de salvaguarda em 2008, invalidada três anos mais tarde, Paris proibiu em duas ocasiões (2011 y 2013) o cultivo de milho geneticamente modificado. (Zero Hora)

Estado retoma indicações
O Ministério da Agricultura (Mapa) voltou a autorizar a Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul a indicar estabelecimentos aptos ao credenciamento no Sistema Brasileiro de Inspe- ção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa). A prerrogativa estava suspensa desde o ano passado porque havia algumas não conformidades, como falta de maior treinamento de fiscais e auditores de alguns setores, que foram corrigidas. Com a indicação da secretaria e parecer favorável de seus técnicos, o Mapa vai homologar as inscrições no sistema. Com isso, os estabelecimentos credenciados podem vender seus produtos em outros estados e não ficam mais limitados aos territórios municipal ou gaúcho. (Correio do Povo)

         

Porto Alegre, 14 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.246

 

   Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 14 de Abril de 2016 na cidade de Florianópolis, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Março de 2016 e a projeção dos preços de referência para o mês de Abril de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)

 
 
    
 
Governo garante doação de vacinas contra febre aftosa a produtores com até 10 animais

A vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul terá início em 1º de Maio. Para esta etapa, o governo do Estado irá disponibilizar a doação de vacinas para produtores que possuem até 10 animais, o que representa 38% dos pecuaristas gaúchos. Para que recebam as doses, os produtores precisam estar enquadrados no Pronaf e PecFam. O Rio Grande do Sul é o único estado brasileiro a doar vacinas contra a Febre Aftosa. A campanha de imunização vai até o dia 31 de maio. Há 14 anos o Estado é livre da doença - último foco foi registrado em 2001.

Devido a grave situação financeira do Estado, não haverá aquisição de novas vacinas. Desta forma, a secretaria da agricultura, pecuária e irrigação irá utilizar as cerca de 900 mil vacinas que possui em estoque e que vão permitir a vacinação gratuita para produtores que possuem até 10 animais.

A partir desta realidade, a secretaria irá concentrar seus esforços nas ações de Defesa Sanitária.  "Temos uma meta de avançar no status sanitário do RS e para isso vamos aumentar as ações no sistema de Defesa Agropecuária, para que possamos, em um cenário até 2020, retirar a vacinação do rebanho gaúcho", afirma o Secretário da Agricultura, Ernani Polo.

O secretário ressalta ainda que o compromisso com a imunização é uma importante ferramenta contra a febre Aftosa: "Os  produtores precisam estar atentos as medidas de defesa sanitária e vacinar adequadamente o seu rebanho. Precisamos concentrar esforços, trabalhando juntos e ampliando as iniciativas em defesa sanitária", alerta o secretário.

O presidente do FUNDESA, Rogério Kerber, afirma que "A vacinação é apenas um dos aspectos para garantir um estado livre de febre aftosa. Todos têm o compromisso de cumprir com esta tarefa e contribuir para a avanço do status sanitário do Rio Grande do Sul", diz. (SEAPI)
 
 
Apex-Brasil firma parceria para promoção das exportações de lácteos

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) vai assinar na próxima sexta-feira um convênio com a Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos) para a promoção internacional dos produtos lácteos brasileiros. O convênio da Apex com a Viva Lácteos envolve inicialmente 12 empresas e a meta é que as exportações desses laticínios alcance US$ 205 milhões em 2017. Hoje, a Viva Lácteos tem 26 associadas.

Entre os objetivos do convênio está a diversificação das exportações de lácteos. Segundo a Apex, a pauta brasileira de exportações de lácteos hoje é muito concentrada em leite em pó. A parceria entre Apex e Viva Lácteos também busca os mercados de Angola, Arábia Saudita, Argélia, Egito, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos e Rússia.

Além do convênio com o setor de lácteos, a Apex também assinará na sexta-feira, a renovação da parceria que mantém desde 2000 com o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), para a promoção internacional do setor de couro. Ao todo, o projeto da Apex com o CICB receberá um aporte de R$ 15,8 milhões. O objetivo da renovação da parceria é ampliar de 87 para 106 o número de empresas atendidas pelo programa, além de elevar a receita com as exportações de US$ 2 bilhões para US$ 2,3 bilhões em 2017.

De acordo com a Apex, a entidade também firmará ou renovará parcerias nas áreas de implementos rodoviários, energia, engenharia, componentes para calçados e defesa. A cerimônia para renovação e assinatura de novos convênios ocorrerá em São Paulo. Ao todo, a Apex investirá R$ 44,8 milhões nesses projetos. Somando os investimentos das entidades do setor, o investimento total nesses projetos chegará a US$ 69,9 milhões. (As informações são do Valor Econômico)

 
 
Campo evita tombo ainda maior no PIB

Mesmo que a agricultura tenha evitado um tombo ainda maior na economia, o PIB gaúcho fechou 2015 com queda de 3,4%, a maior retração desde 1995, quando a valorização cambial, uma das bases do Plano Real, derrubou as exportações e teve forte impacto na indústria gaúcha. Os números divulgados ontem pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) mostram que, à exceção do campo, todos os demais setores, arrastados pela crise que assola o país, tiveram desempenho negativo.

- É uma baixa expressiva. Há 20 anos que não acontecia. Está associada à questão nacional - avaliou o coordenador do Núcleo de Contas Regionais da FEE, Roberto Rocha.

A retração do PIB do Rio Grande do Sul foi inferior à brasileira - de 3,8% ano passado - graças ao crescimento de 13,6% da agropecuá- ria, puxado pela safra de soja, enquanto no país a alta em 2015 foi de apenas 1,8%.

- Se tirássemos o desempenho da agropecuá- ria, a queda do PIB do Estado seria de 4,4% - calcula Patricia Palermo, economista-chefe da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS).

Na indústria, o recuo no Estado foi bem maior: 11,1%, ante queda de 6,2% no Brasil. Nos serviços, o resultado também foi ruim, com encolhimento de 2,1%, mas inferior à performance nacional (-2,7%).

Na indústria gaúcha, o segmento de transformação foi o que apresentou maior queda, encolhendo 13,5% ano passado, puxado pelas fábricas de máquinas e equipamentos, que tiveram recuo de 26,3%. Destoou a celulose, com alta de 37,9%, influenciada pela ampliação da unidade produtora da commodity, em Guaíba, pertencente à chilena CMPC.

RS aumenta participação na economia do País

O presidente da FEE, Igor Morais, salientou que a situação gaúcha está interligada aos desdobramentos da economia brasileira. O Fundo Monetário Internacional (FMI) passou a prever contração de 3,8% do PIB nacional em 2016, enquanto analistas de mercado ouvidos pelo Banco Central, no último Boletim Focus, divulgado na segunda-feira, estimam baixa de 3,77%.

- Seguimos o Brasil, a não ser que haja um evento não previsto, como uma seca, por exemplo - observou.

Apesar de a recessão atravessada pelo país também afetar o Estado, o Rio Grande do Sul aumentou a participação na economia nacional. Em 2014, foi de 6,3%. No ano passado, subiu para 6,6%.
Em 2016, ao sabor do Brasil
Colchão que suavizou o impacto da crise no Estado ano passado, a agropecuária não deve ser capaz de gerar efeito igual em 2016. Há previsão de uma safra maior de soja, mas no arroz e no milho a tendência é colher menos. Com isso, o campo pode até ter desempenho positivo, mas o crescimento não seria significativo.

Assim, o Estado deve ser influenciado pela situação nacional. Para Marcelo Portugal, professor de Economia da UFRGS, há chance de o ano não terminar tão mal quanto a expectativa atual devido ao desfecho do processo de impeachment. No caso de a presidente Dilma Rousseff não ser afastada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiria as rédeas do governo e, apesar do discurso de esquerda, na prática adotaria medidas mais responsáveis, aposta Portugal.

- De qualquer maneira, trocaremos de governo. O presidente será Temer ou Lula, e qualquer um deles é melhor que a situação atual. Teremos uma política econômica mais coerente - diz Portugal, que vê a possível melhora, ancorada principalmente na recuperação da confiança, como um início de retomada a partir de 2017.

O setor mais afetado pela crise, por enquanto, enxerga 2016 ainda pior. Em janeiro e fevereiro, o faturamento das empresas ligadas ao Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs) caiu 28%. E março também foi ruim, aponta Getulio Fonseca, presidente da entidade, à espera de alguma guinada em Brasília.

- Dinheiro, os grandes compradores têm. Falta confiança para investir - afirma.

Para Patrícia Palermo, economista-chefe da Fecomércio, sem o empurrão da agricultura e com uma situação pior da indústria gaúcha, a tendência é de o Estado ter, neste ano, retração do PIB um pouco maior em relação ao país. (Zero Hora)
 
  
 

Produtividade 
Desde o ano 2000, a produção leiteira no Brasil cresceu 104%, um recorde entre todos os demais países. Quinto maior produtor do mundo, o País também tem um preço médio 18% superior frente a outros países exportadores (como EUA, Argentina, Chile e Uruguai), o que mostra como o produto nacional é valorizado lá fora. Contudo, a produtividade no segmento leiteiro ainda é um desafio para o Brasil, em função da alta carga de tributos e dos custos trabalhistas e sociais. Este panorama - e as dicas para aumentar a produção de leite no país - é destaque do boletim de tendências produzido pelo Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae. Quando falamos em produtividade, devemos lembrar que vários fatores são determinantes para este indicador, como a alimentação do rebanho (em quantidade e qualidade) e a administração do negócio (que deve ser eficiente no uso dos recursos e competitivo para enfrentar a concorrência do mercado mundial). No Brasil, a região Sul lidera o setor leiteiro em termos de volume e de produtividade. (SNA)