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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 28 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.975


RS Carbon Free: Expointer terá seminário pioneiro sobre mitigação e balanço de carbono
 
A 46ª edição da Expointer dará o pontapé inicial na discussão sobre balanço de carbono na evolução da pecuária de leite, corte e grãos. O Seminário RS Carbon Free vai reunir, pela primeira vez, produtores, pesquisadores, professores, estudantes e representantes de entidades públicas e privadas para trocar informações, estudos e experiências relacionados ao tema que tem ganho cada vez mais espaço no processo de tecnificação da produção. 
 
A programação (veja abaixo) se estenderá ao longo de dois dias: terça e quarta-feira (29 e 30/8) na Casa da Indústria de Laticínios, espaço do Sindilat/RS, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). A abertura será terça-feira, às 9h. Os temas relacionados à mitigação e ao balanço do carbono serão discutidos em 12 palestras e duas mesas-redondas que contemplarão desde as estratégias para uma agricultura de baixa emissão de carbono, chegando aos desafios para o setor produtivo frente à economia verde. Ao final, será apresentado e assinado um protocolo sobre a cultura de carbono para o Rio Grande do Sul. 
 
O evento é uma promoção do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat/RS) e do Sebrae/RS, com o apoio das Embrapas Pecuária Sul, Gado de Leite, Pecuária Sudeste, Trigo, Meio Ambiente e Clima Temperado, além da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS (Seapi) e da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS (SEMA).
 
A articulação está a cargo do Sindilat/RS. “É uma ação planejada há muitas mãos e que vai garantir pioneirismo para o Rio Grande do Sul, tanto por iniciar a discussão sobre um tema tão latente para qualificar a produção, quanto pelo fato de que o resultado desta ação poderá ser balizador de uma política de Estado”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato. CLIQUE AQUI e confira a programação. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 

Uruguai: Captação de leite cresceu 6% em julho

A captação de leite por diversas plantas industriais do Uruguai totalizou 188 milhões de litros, crescendo 6,4% em relação ao mesmo mês do ano passado e foi o maior ritmo de expansão da produção primária até agora neste ano.

No acumulado janeiro-julho, o embarque totaliza 1,090 bilhão de litros e ficou positivo pela primeira vez em 2023 (+0,2%), segundo o Inale. Por sua vez, no ano transcorrido até julho, a produção atingiu 2,091 bilhões de litros, apenas 0,3% abaixo do mesmo período do ano passado. Tudo indica que a produção continuará crescendo em agosto. Faltando uma semana para o fechamento do mês, os envios de leite para a Conaprole cresceram a uma taxa superior a 2% em relação a agosto do ano passado.

Por outro lado, o Inale informou que o preço médio pago pelas indústrias pelo leite captado em julho foi de 17,30 pesos, uma queda de 1% em relação ao mesmo mês do ano passado, enquanto em dólares o preço ficou no máximo do ano com US$ 0,46 (+8% com relação ao ano anterior). Para agosto já foi noticiado que haverá queda no preço do leite ao produtor nas diversas indústrias. A Conaprole reduzirá seu preço em 22%, enquanto Alimentos Fray Bentos o fará em 40% em relação ao valor pago em julho. (As informações são do Tardáguila Agromercados, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Os mercados lácteos do Sudeste Asiático estão em transição para tempos melhores

Apesar dos ventos contrários no curto prazo, no Sudeste Aisático, tempos melhores são esperados para os mercados lácteos da Indonésia, Filipinas, Malásia, Tailândia, Cingapura e Vietnã. 

Esses mercados estão em um momento de transição saindo de um ciclo de rupturas de canais, fraca demanda dos consumidores por produtos lácteos e pressão descendente que culminou em uma desaceleração do crescimento do comércio entre 2020 e 2022.

As condições do mercado consumidor estão melhorando, com uma recuperação mais expressiva a partir de 2024, à medida que a inflação diminuiu, melhora a demanda dos serviços de alimentação e aumentam as atividades de marketing e investimento para incentivar o crescimento da demanda. A região também deverá ter uma economia mais promissora, embora a desaceleração econômica da China seja um risco importante para essas economias. A demanda de médio prazo (no horizonte de 2030) tem suporte para crescer tanto em valor como em volume através de importantes categorias de lácteos Premium.

Coletivamente, o mercado do Sudeste Asiático é grande deficitário de leite, com uma autossuficiência regional de 74%. Com base na modelagem do Rabobank, o déficit de importação chegou a 9,9 bilhões de litros em equivalente leite (LEqL) em 2022 e pode superar 11,5 bilhões de LEqL em 2023.

A região continuará sendo um campo de batalha acirrado, com espaço para marcas locais e participantes tradicionais de exportação para expandir os volumes em um mercado em crescimento. No entanto, é essencial manter preços competitivos, desenvolver produtos, expandir os canais, e obter credenciais de sustentabilidade, para ter sucesso no longo prazo. (Fonte: Rabobank – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido

Coletiva de Imprensa Sindilat
O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) realizará uma coletiva de imprensa na terça-feira (29/08) na Casa da Indústria de Laticínios, espaço do Sindilat/RS, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), durante a 46ª Expointer.  No encontro, marcado para às 14h, representantes da Entidade, farão o lançamento do 9º Prêmio Sindilat de Jornalismo, a apresentação do 1º Seminário RS Carbon Free, do Programa de Formação em Qualidade do Leite: Formação de Laboratoristas, da 1ª Escola Técnica de Laticínios do RS e da Vitrine tecnológica do Leite. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 
 
 

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Porto Alegre, 25 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.974


Painel Os Desafios da Indústria de Laticínios no Brasil será debatido pela KPMG Deal Advisory & Strategy no dia 29 de agosto

No dia 29 de agosto de 2023, terça-feira, a casa do Sindicato das Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), receberá o painel Os Desafios da Indústria de Laticínios no Brasil, realizado pela KPMG Deal Advisory & Strategy, empresa Big Four e consultoria focada em otimização financeira de negócios e com expertise no Middle Market da região sul, para discutir desafios e oportunidades.

“Será uma oportunidade para que o setor leiteiro tenha acesso a uma análise aprofundada sobre a dinâmica da indústria de laticínios, assim como seus desafios tanto em escala global quanto local”, aponta Darlan Palharini, secretário-executivo Sindilat/RS. 

A programação terá início às 11h30min, com a abertura do secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Em seguida, as painelistas Thais Balbi e Giovana Araujo, sócias da KPMG Deal Advisory compartilharão suas perspectivas. O evento será encerrado às 12h30min, após um período dedicado para as perguntas e respostas, conduzido por Daniel Cifu, sócio da KPMG Corporate Finance, especialista em avaliação de ativos e negócios e líder da Regional Sul.

CLIQUE AQUI  e confira a programação completa do Sindilat na Expointer. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 

Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 25 de Agosto de 2023 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Julho de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Agosto de 2023. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

Períodos de apuração
Mês de ulho/2023: De 03/07/2023 a 30/07/2023
Parcial Agosto/2023: De 31/07/2023 a 20/08/2023

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)

Vinda de ministros à Expointer reforça expectativa por anúncios Da produção à mesa

Os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, têm participação confirmada na Expointer deste ano. E, junto com outros integrantes do governo, deverão ser os representantes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no parque Assis Brasil, em Esteio. Justamente por isso, a vinda deles traz a expectativa de que tenham alguma notícia a compartilhar com o setor.

Teixeira tem prevista a participação na abertura oficial do Pavilhão da Agricultura Familiar, no dia 31 de agosto, entre suas atividades. Do segmento, há demandas importantes à espera de resposta, como a solicitação para que seja revista a nova regra com relação ao Proagro, que limitou o número de acionamentos do benefício.

Outro ponto é a crise no setor de leite. Apesar dos R$ 200 milhões anunciados para compra governamental do produto, os agricultores buscam medida de restrição às importações de lácteos do Mercosul. Foi ampliada para 18% a alíquota de importação para manteiga e queijo.

- As medidas nesse sentido não incluem o leite em pó e a muçarela, os maiores volumes - diz Eugênio Zanetti, vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag-RS).

Da alçada do Ministério da Agricultura, a revisão do calendário de plantio da soja parece uma das solicitações mais factíveis de serem atendidas. A mudança feita pela pasta encurtou a janela, o que traz restrições para o cultivo de duas safras no ciclo de verão. O assunto foi pauta de reunião com representantes da Federação da Agricultura do RS (Farsul), da Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro-RS) e do Sistema Ocergs-Sescoop.

- O ministro deixou claro que não viria ao RS se não tivesse notícia boa para trazer - observa Darci Hartmann, presidente do Sistema Ocergs-Sescoop.

Outra proposta apresentada foi de alternativas de crédito para melhorar o capital de giro das cooperativas com associados que tenham sido impactados pelas estiagens em sequência no Estado. No desenho apresentado, há duas possibilidades: BNDES Crédito Rural com taxa fixa em dólar ou CRA Garantido pelo BNDES, em um montante de R$ 3,9 bilhões.

- O recurso não é para a recuperação de cooperativas, mas sim, para que tenham condições de seguir ajudando os produtores a plantar - reforça Paulo Pires, presidente da Fecoagro-RS.

Presidente da Farsul, Gedeão Pereira diz que expectativa há, mas por ora não se tem sinalização sobre as medidas.

Fávaro deve fazer uma apresentação do Plano Safra, na sede da Ocergs, no dia 31. E Teixeira, visitar o estande do Mais Alimentos.. (Zero Hora)


Jogo Rápido

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 34/2023 – SEAPI
De 24 a 30/08, a frente fria que atua no Estado desde o dia 23 deve continuar provocando chuvas na quinta (24) e na sexta-feira (25), em algumas localidades do Norte e Nordeste do RS, como em Bom Jesus, Cambará, Canela, Erechim, Lagoa Vermelha, São José dos Ausentes, Serafina Correia e Soledade. Com a entrada da massa de ar frio, estão previstas baixas temperaturas durante a semana, especialmente sábado (26) e domingo (27), com possibilidade de temperaturas negativas em cidades dos Campos de Cima da Serra, como Bom Jesus, Cambará do Sul, São José dos Ausentes e Vacaria. Há risco de geada nessas localidades e no sul do Estado. O sol predominará até a próxima terça-feira (29), quando um sistema de baixa pressão se intensificará pelo noroeste do RS e provocará chuvas e ventos fortes em muitas regiões. Deve chover durante toda a terça-feira, em praticamente todo o Estado, com ventos de até 75 km/h no Norte e no Leste. Há previsão de chuva também na quarta-feira (30) em Bom Jesus, Cambará, Campo Bom, Caxias do Sul, Lagoa Vermelha e Mostardas. Os maiores acumulados de chuva devem ser no norte do Estado. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 
 
 

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Porto Alegre, 24 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.973


Vencedores do Prêmio Referência Leiteira serão conhecidos no dia 31/08

Serão revelados, na quinta-feira (31/8), os 12 vencedores da 2ª edição do Prêmio Referência Leiteira. Ao todo, a premiação, promovida pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS),  a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) contou com a participação de 150 iniciativas. Ao título de Propriedade Referência em Produção de Leite, concorrem 116 tambos divididos entre os que adotam sistemas à base de pasto e os de semiconfinamento ou confinamento. Já na categoria de cases, há 34 projetos na disputa entre os grupos Protagonismo Feminino, Inovação, Gestão da Atividade Leiteira, Sucessão Familiar, Sustentabilidade Ambiental e Bem-estar Animal. 

A premiação é um reconhecimento aos produtores e propriedades que têm se destacado no setor lácteo do Rio Grande do Sul, premiando aqueles que têm desenvolvido um excelente trabalho e também incentivado a implementação de avanços e as inovações para impulsionar o setor rumo a uma produção cada vez mais sustentável e eficiente. 

A definição dos vencedores dos cases se deu através da avaliação da comissão julgadora composta por nomes relevantes do setor: Gisele Loeblein e Andreia Meira, na categoria Protagonismo Feminino; Rogério Dereti e Aline Balbinotto, na de Gestão da Atividade Leiteira; Saionara Araújo Wagner e Nereida Vergara, na de Sucessão Familiar; Jonas Wesz e Sérgio Elmar Bender, na de Inovação; Carlos Magno e Letícia Vieira, na de Sustentabilidade Ambiental.

Já as propriedades que concorrem nas categorias Propriedade Referência em Produção de Leite: sistemas à base de pasto e Propriedade Referência em Produção de Leite: sistemas de semiconfinamento ou confinamento são avaliadas com base em critérios que levam em consideração a soma da pontuação das propriedades inscritas, com foco nos seguintes fatores: produtividade por hectare de terra (litros de leite/hectare/ano); produtividade por pessoa envolvida na mão de obra (litros de leite/pessoa/ano); qualidade do leite, avaliada através dos resultados de análises mensais em laboratórios oficiais da RBQL, acrescido de uma bonificação por certificação de propriedade livre de tuberculose e brucelose. Estes critérios são tabulados pela Emater/RS e levam em conta os dados obtidos de 01 de julho de 2022 a 31 de junho de 2023.

A cerimônia, que acontecerá das 9h20min às 12h, contará ainda com a apresentação de iniciativas e tecnologias inovadoras para a cadeia leiteira, conforme a programação abaixo. Ao serem premiados, os destaques receberão troféu e certificado, bem como um notebook como prêmio. Durante o evento, também será lançada a 1ª Edição da Revista Referência Leiteira e o 3º Prêmio Referência Leiteira. 

PROGRAMAÇÃO OFICIAL
9h20min - Abertura com degustação de produtos lácteos
9h30min - Alexandre Berndt, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste
Tema: Plataforma Embrapa de Leite Baixo Carbono
9h50min - Premiação "Propriedades Referência em Produção de Leite nos Sistemas à base de pasto"
10h - Vinícius do Nascimento Lampert, pesquisador da Embrapa Pecuária Sul
Tema: PSP Leite - Ferramenta de gestão da produção de leite
10h20min - Premiação "Propriedades Referência em Produção de Leite nos Sistemas de semiconfinamento ou confinamento"
10h30min - José Reck, pesquisador do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (DDPA/Seapi)
Tema: O carrapato bovino na propriedade leiteira
10h50min - Premiação “Cases de sucesso”: Sucessão Familiar e Bem-estar Animal
11h 
Apresentação da 1ª Escola Técnica de Laticínios do RS e Vitrine tecnológica do Leite
Elmar André Schneider - Prefeito de Estrela - 
Carine Schwingel - Secretária de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade de Estrela
Alceu Moreira - Deputado Federal 
Darlan Palharini - Secretário Executivo do SINDILAT/RS
Guilherme Portella - Presidente do SINDILAT/RS
Apresentação do Programa de Formação em Qualidade do Leite: Formação de Laboratoristas (Parceria Univates e Sindilat/RS) 
- Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS
- Letícia Vieira, assessora de Qualidade do Sindilat/RS
- Carlos Candido da Silva Cyrne, pró-reitor de Pesquisa e Extensão da Univates
- Cíntia Agostini, gerente comercial da Univates
- Cristiani Reimers, coordenadora do Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari
- Daniel Lehn, Coordenador do curso
11h20min -  Premiação “Cases de sucesso”: Protagonismo Feminino e Inovação
11h30min -  Maria de Lourdes Magalhães, diretora técnica da Scienco Biotech
Tema: Testes Rápidos como inovação tecnológica para seleção de Rebanho A2
11h40min - Denize da Rosa Fraga, docente Unijuí e coordenadora Suport D Leite Empresa Suport D Leite 
Tema: Mastite x Tratamento SuporTest Antibiograma
11h50min - Premiação “Cases de sucesso”: Gestão da Atividade Leiteira e Sustentabilidade Ambiental
12h - Lançamento do 3º Prêmio Referência Leiteira e encerramento

CLIQUE AQUI e acesse a programação completa do Sindilat na Expointer. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Estado avança em ranking de competitividade 

Pelo segundo ano consecutivo o Rio Grande do Sul avançou no Ranking de Competitividade dos Estados. Dos 10 pilares avaliados, o RS obteve a primeira posição em competitividade na eficiência da máquina pública e passa a ocupar a quinta colocação geral do ranking, a melhor marca desde 2018. No ano passado, o Estado terminou na sexta posição. Os dados da pesquisa do Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria técnica com a Tendências Consultoria e a startup Seall, foram apresentados ontem. A secretária de Planejamento, Governança e Gestão do RS, Danielle Calazans, comenta sobre esta posição do RS em eficiência da máquina pública na pesquisa. “É basicamente ligada às reformas estruturantes que o Estado passou e à melhor forma de alocar seus recursos. É resultado de um trabalho que começou lá na gestão anterior, que o Eduardo inclusive não só implementou como está dando continuidade agora”, afirma Calazans. O Rio Grande do Sul segue, pelo sexto ano consecutivo, entre os 10 estados mais competitivos do País. A liderança é de São Paulo (1º), Santa Catarina (2º), Paraná (3º) e Distrito Federal (4º). Apesar da alta no índice, a secretária acredita que o Estado pode subir ainda mais. “A gente não acha que deve ficar em 5º. É muito bom estar no top five, mas obviamente que isso também nos desafia. Não só para não cair, mas também para conseguir alcançar outros índices ainda maiores”, afirma Calazans. A secretária ainda completa: “O caminho mais difícil acho que é agora, consolidar no topo. Chegamos ali entre os cinco primeiros colocados e a gente agora faz um trabalho de consolidação”. Danielle Calazans destaca os principais objetivos do Rio Grande do Sul para subir ainda mais neste ranking. “A nossa intenção é conseguir sempre estar melhor. A parte de inovação é um ramo que o Estado é um grande diferencial, a gente quer avançar e melhorar na parte de inovação. As questões de segurança pública, educação, saúde e infraestrutura a gente vem trabalhando fortemente”, diz Calazans. Os três principais eixos e objetivos da pesquisa são a avaliação das gestões com foco na população, atração de investimentos e planejamento e execução de políticas públicas. “O ranking ressalta os pontos negativos e positivos dos Estados. Com isso, é possível conhecer o caminho para traçar políticas públicas mais assertivas”, salienta o gerente de competitividade do CLP, Lucas Cepeda.

Posições do RS no Ranking  
Eficiência da máquina pública: 1º  
Inovação: 2º  
Sustentabilidade social: 4º  
Segurança pública: 5º  
Educação: 6º  
Capital humano: 7º  
Sustentabilidade ambiental: 9º 
Infraestrutura: 16º 
Potencial de mercado: 20º  
Solidez fiscal: 27º 
(Jornal do Comércio)

Visão geral da inflação de lácteos na Europa

O Dairy Global analisou detalhadamente a inflação nos países europeus e os impactos sobre produtos lácteos, como leite, queijo e manteiga. E, em um mergulho adicional, a conferência Idele em Paris, em junho deste ano, explorou a inflação recorde de alimentos, o consumo e o comércio de laticínios.

Em sua apresentação, Christine Goscianski, do serviço de economia Idele, lembrou ao público que 2022 foi marcado por uma inflação recorde de alimentos. A UE-27 registou um crescimento dos preços dos alimentos no consumidor de quase 12% em 2022 em comparação com 2021. Este crescimento foi inferior em alguns países como a Irlanda (+6,9%) e França (+7%) e superior em outros (+12,6% na Alemanha , +13% em Portugal, +14,5% na Polônia). Este aumento dos preços alimentares foi acompanhado por um aumento da cota de mercado das marcas de distribuição (+2,3% em Espanha, +1,4% na Alemanha, +0,5% em França).

“O início de 2023 foi marcado por uma forte aceleração na subida dos preços dos alimentos na Europa, com um aumento das vendas de produtos de consumo com desconto (+1 ponto entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023)”, disse Goscianski, que acrescentou que o consumo de produtos lácteos, no entanto, manteve-se bastante bom em 2022 na UE-27, mas deve cair em 2023 sob o efeito da alta inflação de alimentos.

Alemanha: inflação recorde de alimentos
Em 2022, a Alemanha experimentou um aumento de 20-40% no preço dos produtos lácteos em relação a 2021: +21% para o queijo Emmental e leite UHT, +22% para o Gouda, +41% para a manteiga. Isto levou a uma quebra nas compras de produtos lácteos, que foi marcada em leite líquido (-6% nos últimos 12 meses, -9% em março de 2023) e queijos frescos (-7% nos últimos 12 meses, -9% em março de 2023).

Após uma forte alta de preços que impactou o mercado de orgânicos, o leite orgânico está perdendo mercado para sucos de vegetais e leite produzido a pasto. Por último, a inflação dos produtos alimentares na Alemanha levou a um aumento do comércio de produtos lácteos, afetando tanto as exportações como as importações.

França: Queda na balança comercial
Na França, há quatro aspectos a considerar em relação à inflação:
aumento de +7,9% nos preços dos laticínios em 2022 nas lojas, com maior aumento para a gordura láctea (+11,7%) e preços ainda maiores nas lojas no início de 2023;
queda de -2,5% nas vendas de lácteos em 2022 nas lojas, sendo a maior queda da manteiga (-6,8% em 12 meses);
arbitragem do consumidor: compre menos e reduza a escala (aumento do uso de marcas próprias, menos produtos orgânicos comprados, sucesso de descontos);
uma forte deterioração da balança comercial, com explosão das importações em valor.

Itália: Inflação entre as mais baixas
Apesar da inflação dos alimentos estar entre as mais baixas da Europa, a Itália experimentou um aumento nos preços dos alimentos de 10 a 20% em 2022, dependendo do produto: +9,8% para o leite UHT, +20,8% para a manteiga.

“O início de 2023 fica, no entanto, marcado por um abrandamento desta subida dos preços dos alimentos, sobretudo dos lácteos”, disse o orador, que acrescentou que a participação de mercado dos descontos passou de 17,5% das vendas em valor em 2019 para 20,6% em 2022, apesar de uma subida muito acentuada dos preços neste canal.

A participação dos orgânicos nas compras domésticas italianas caiu de 3,9% em 2021 para 3,6% em 2022. O ano de 2022 também viu um aumento no valor do comércio com a inflação (tanto para importações quanto para exportações), mas um saldo contraído.

Reino Unido: Inflação forte
Os preços dos alimentos aumentaram 16,9% em 2022 e dispararam no início de 2023 (+33% para leite, +39% para queijo cheddar em abril de 2023). Enquanto as vendas de laticínios caíram, o queijo está se mantendo melhor.

“Também observamos uma queda na faixa de consumo de produtos lácteos, e os volumes de leite de marca estão diminuindo em um ritmo mais rápido do que os produtos de marca própria”, disse Goscianski.

As vendas em volume de leite orgânico caíram acentuadamente (-13,5% em 2022/2021 em comparação com -5,6% para leite não orgânico). Em 2022, os produtos lácteos orgânicos representaram 2,9% do volume total de varejo de produtos lácteos. Finalmente, tal como nos restantes países europeus, as exportações em volume avançam mas com um saldo que se deteriora em valor.

Conclusão
Os produtos alimentares são agora mais afetados pela inflação do que outros produtos:
Preços de consumo: +9,1% na UE-27;
Preços dos alimentos: +18,2% na UE-27.
Fonte Eurostat: janeiro-abril 2023/janeiro-abril 2022
Entre os alimentos, os lácteos são fortemente impactados pela inflação;
Arbitragem de consumidores diante da inflação: quantidades menores compradas, mais marca própria, menos orgânicos, sucesso de desconto. As vendas de produtos lácteos nas lojas parecem estar melhorando.
Compras em lojas na França em 2022 (em volume):
Carne bovina: -6,4%;
Ovos: -1,6%;
Laticínios: -2,5%;
Frutas e vegetais: -5%;
Peixe: -12%.
Inflação geral mais baixa por algumas semanas, com inflação de alimentos caindo levemente em maio.
 
(As informações são do Dairy Global, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

 

Jogo Rápido

Coletiva de Imprensa Sindilat
O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) realizará uma coletiva de imprensa na terça-feira (29/08) na Casa da Indústria de Laticínios, espaço do Sindilat/RS, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), durante a 46ª Expointer.  No encontro, marcado para às 14h, representantes da Entidade, farão o lançamento do 9º Prêmio Sindilat de Jornalismo, a apresentação do 1º Seminário RS Carbon Free, do Programa de Formação em Qualidade do Leite: Formação de Laboratoristas, da 1ª Escola Técnica de Laticínios do RS e da Vitrine tecnológica do Leite. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 
 
 

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Porto Alegre, 23 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.972


RS Carbon Free: Expointer terá seminário pioneiro sobre mitigação e balanço de carbono

A 46ª edição da Expointer dará o pontapé inicial na discussão sobre balanço de carbono na evolução da pecuária de leite, corte e grãos. O Seminário RS Carbon Free vai reunir, pela primeira vez, produtores, pesquisadores, professores, estudantes e representantes de entidades públicas e privadas para trocar informações, estudos e experiências relacionados ao tema que tem ganho cada vez mais espaço no processo de tecnificação da produção. 

A programação (veja abaixo) se estenderá ao longo de dois dias: terça e quarta-feira (29 e 30/8) na Casa da Indústria de Laticínios, espaço do Sindilat/RS, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). A abertura será terça-feira, às 9h. Os temas relacionados à mitigação e ao balanço do carbono serão discutidos em 12 palestras e duas mesas-redondas que contemplarão desde as estratégias para uma agricultura de baixa emissão de carbono, chegando aos desafios para o setor produtivo frente à economia verde. Ao final, será apresentado e assinado um protocolo sobre a cultura de carbono para o Rio Grande do Sul. 

O evento é uma promoção do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat/RS) e do Sebrae/RS, com o apoio das Embrapas Pecuária Sul, Gado de Leite, Pecuária Sudeste, Trigo, Meio Ambiente e Clima Temperado, além da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS (Seapi) e da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS (SEMA).

A articulação está a cargo do Sindilat/RS. “É uma ação planejada há muitas mãos e que vai garantir pioneirismo para o Rio Grande do Sul, tanto por iniciar a discussão sobre um tema tão latente para qualificar a produção, quanto pelo fato de que o resultado desta ação poderá ser balizador de uma política de Estado”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato. 

Programação:
1º dia - 29/08 - terça-feira

9h: Abertura
9h20min: Luiz Gustavo Ribeiro Pereira (Embrapa Gado de Leite): Como estamos quantificando a sustentabilidade: resgatando conexões regenerativas na fazenda leiteira
9h35min: Paulo César de Faccio Carvalho (UFRGS e Aliança SIPA): Pecuária Carbon Free
9h50min: Vanessa Romário de Paula (Embrapa Gado de Leite): Pegada de carbono do leite: direcionamento para a produção sustentável
10h20min: Patrícia Perondi Anchão Oliveira (Embrapa Pecuária Sudeste): Sistemas de produção e balanço de gases
10h35min: Cristina Genro (Embrapa Pecuária Sul): Descarbonização da pecuária bovina: que caminhos podemos seguir?
10h50min: Giovani Stefani Faé (Embrapa Trigo) e  Pedro Albuquerque (CCGL): Arquitetando Modelos de Produção Rentáveis e Sequestradores de Carbono: A Lógica da Operação 365 
11h10min: Mesa redonda, mediador André Bordignon (Sebrae/RS) 
11h20min: Encerramento

2º Dia - 30/08 - quarta-feira
9h: Abertura
9h05min: Marjorie Kauffmann (SEMA): Estratégia Governamental para a Agenda do Clima do RS
9h20min: Alexandre Berndt (Embrapa Pecuária Sudeste): Estratégias para uma pecuária de baixo carbono.
9h35min: Jackson Freitas Brilhante de São José (Seapi): Plano de Agricultura de Baixa de Carbono do Rio Grande do Sul - Plano ABC+RS
9h50min: Domingos Velho Lopes (Farsul): Os desafios do setor produtivo frente à economia verde e aos compromissos internacionais
10h05min: Cimélio Bayer (UFRGS): Caminhos para uma agricultura de baixa emissão de carbono no RS
10h20min: Walkyria Bueno Scivittaro (Embrapa Clima Temperado): Estratégias para a mitigação de emissões da lavoura de arroz
10h35min: Mesa redonda, mediador Caio Vianna (diretor-presidente da CCGL e diretor-secretário Sindilat/RS)
10h50min: Assinatura do protocolo estadual e encerramento

CLIQUE AQUI e acesse o perfil dos palestrantes e os detalhes da programação do Sindilat/RS na Expointer.  (Assessoria de Imprensa)


ANTT reajusta tabela dos pisos mínimos de frete

Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou, no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (22/8), a atualização dos valores dos pisos mínimos de frete do transporte rodoviário de cargas. A Portaria Suroc nº 19/2023 estabelece novos coeficientes de pisos mínimos de frete em decorrência de reajuste no preço do Diesel S10 ao consumidor de 9,13%.

O reajuste considera o preço final do Diesel S10 nas bombas, uma vez que a Lei nº 14.445/2022 determina que a tabela seja reajustada sempre que ocorrer oscilação no valor do combustível superior a 5%, seja para baixo ou para cima, chamada de “gatilho”.

Segundo levantamento da ANP, entre 13/8/2023 e 19/8/2023, o preço médio do Diesel S10 ao consumidor ficou em R$5,50 por litro, o que resultou em um percentual de variação acumulado de 9,13%, desde quando ocorreu o último reajuste na tabela frete.

Com o atingimento do gatilho, os reajustes médios tabela frete foram os seguintes, de acordo com o tipo de operação:
Tabela A – transporte rodoviário de carga de lotação: 3,38%
Tabela B – veículo automotor de cargas: 3,88%
Tabela C – transporte rodoviário de carga lotação de alto desempenho: 4,19%
Tabela D – veículo de cargas de alto desempenho: 4,77%

Histórico - Pela legislação, a Agência tem de reajustar a tabela do frete a cada seis meses ou quando a variação do preço do diesel for igual ou superior a 5%, quando é acionado o mecanismo de gatilho.

A Lei nº 14.445/2022, que institui a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM-TRC), determina que compete à ANTT publicar norma com os pisos mínimos referentes ao quilômetro rodado na realização de fretes, por eixo carregado, consideradas as distâncias e as especificidades das cargas. (ANTT)

Câmara aprova arcabouço fiscal e aceita três emendas

Após acordos, a Câmara dos Deputados aprovou na noite de ontem o texto do arcabouço fiscal e aceitou três emendas apresentadas pelos senadores. O texto base recebeu 351 votos favoráveis e 92 contrários. As três mudanças foram destacadas pelo relator, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), em seu parecer. Ele indicou a rejeição de outras 12 emendas. O projeto do arcabouço foi apresentado pelo governo Lula e prevê as novas regras para disciplinar os gastos públicos em substituição ao teto de gastos, adotado desde o governo de Michel Temer. A principal novidade nas emendas é a exclusão do limite de despesas do Poder Executivo dos gastos com o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) e com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). 

Apesar de ser contra esse ponto, o relator Claudio Cajado, disse que havia um acordo entre a maior parte dos partidos pela aprovação das emendas prevendo a exclusão. As regras fiscais procuram manter as despesas abaixo das receitas a cada ano e, se houver sobras, elas deverão ser usadas apenas em investimentos, buscando trajetória de sustentabilidade da dívida pública. A cada ano, haverá limites da despesa primária reajustados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e também por um percentual do quanto cresceu a receita primária descontada a inflação. Se o patamar mínimo para a meta de resultado primário não for atingido, o governo deverá, obrigatoriamente, adotar medidas de contenção de despesas. 

As discussões sobre a regra fiscal ocorrem uma semana após o ruído gerado por uma declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O chefe da equipe econômica disse, em uma entrevista, que a Câmara não poderia usar seu poder para “humilhar” o governo e o Senado, o que irritou lideranças partidárias e o presidente da Câmara, Arthur Lira. 

DESONERAÇÃO
Antes da votação, Lira voltou a defender o papel da Câmara na votação das propostas econômicas do governo que interessam ao país. Segundo ele, não há crise com o governo. Lira disse ainda que a proposta que prorroga a desoneração da folha de pagamentos para alguns setores da economia será votada na próxima terça-feira. Segundo ele, será votado tanto o requerimento de urgência quanto o mérito do texto. O presidente destacou ainda que os ajustes necessários estão sendo feitos para que a proposta vá para Plenário. Além disso, houve acordo para que a medida provisória que fixa o salário mínimo em R$ 1.320 seja votado na sessão desta quarta-feira. (Correio do Povo)

 

Jogo Rápido

Piracanjuba retoma produção no RS
Depois de um ano e dois meses, a marca Piracanjuba volta a produzir todo o seu portfólio de lácteos na unidade localizada em Carazinho, no norte do Estado. Parte das atividades da fábrica havia sido suspensa em junho do ano passado em razão da diminuição do fornecimento de leite na região, de acordo com a empresa. Agora, além do soro desmineralizado, que não parou de ser produzido neste período, e do leite condensado, com produção retomada em maio, voltam a ser fabricados no local o achocolatado e o creme de leite da marca, a partir de setembro. A captação de produtores da região não foi interrompida e, agora, também ganha amplitude com a retomada da produção. Vice-presidente da Piracanjuba, Luiz Cláudio Lorenzo explicou que essa decisão partiu da relevância que o RS possui no mercado nacional de lácteos. (Zero Hora)


 
 

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Porto Alegre, 22 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.971


Índia: demanda robusta deve aumentar a receita da indústria de laticínios

A forte demanda por produtos de valor agregado e o consumo estável de leite levarão a um crescimento de receita de 14 a 16% para a indústria organizada de laticínios da Índia neste ano fiscal. Com a melhoria da oferta de leite cru, haverá menos aumentos de preços e a lucratividade se recuperará de 20 a 50 pontos-base, disse a agência Crisil.

No último ano fiscal, as interrupções no fornecimento de leite cru levaram a vários aumentos nos preços do leite no varejo, aumentando a receita em 19%, mas impactando a lucratividade.

“A lucratividade de vários processadores de lácteos vem caindo nos últimos dois anos e isso significa que os processadores de lácteos não estão conseguindo repassar completamente o aumento de custo que enfrentaram aos compradores finais de varejo. Como resultado, vimos um aumento significativo nos preços do leite", disse o diretor da Crisil, Pushan Sharma.

Com balanços patrimoniais saudáveis, os perfis de crédito dos laticínios organizados classificados pela Crisil Ratings permanecerão fortes. “Acreditamos que o forte crescimento da receita em produtos de valor agregado observado nos últimos anos continuará. Neste ano fiscal, o segmento deve crescer de 18 a 20% e, consequentemente, a participação dos produtos de valor agregado na receita geral pode subir para 40%, de 35% há quatro anos fiscais. Tendo em vista que a demanda de ambos os segmentos, varejo e institucional, continua forte, a participação dos produtos de valor agregado continuará aumentando. Por outro lado, a receita de leite líquido crescerá de 8 a 10% neste ano fiscal, apoiada por uma demanda estável", disse Mohit Makhija, diretor sênior da Crisil Ratings.

Os preços do leite subiram quase 24% nos últimos três anos, incluindo um aumento de 10,5% no ano passado e 0,3% no mês passado. A tendência de alta foi atribuída à inseminação artificial de animais durante o COVID. Isso levou a um menor nascimento de bezerros e, conseqüentemente, a um declínio na produção de leite. A produção também foi afetada porque os fazendeiros não conseguiram cuidar bem do gado na pandemia, quando os preços das commodities dispararam influenciando o custo da forragem. Isso deixou um impacto significativo na produtividade geral do leite, que se manifestou na escassez de ghee, manteiga, entre outros produtos, ao longo de um ano e meio.

No anos fiscal de 2023, os preços de aquisição do leite aumentaram 14% devido a vários desafios do lado da oferta, como aumento significativo no custo da forragem, impacto na produção devido a doenças do gado e interrupções no cronograma de inseminação artificial.

As fortes perspectivas de demanda encorajaram os laticínios organizados a incorrer em despesas de capital (capex) tanto neste ano fiscal quanto no próximo, especialmente para produtos de valor agregado, que representarão 60% dos gastos. O crescimento geral da receita de 14-16% neste ano fiscal será impulsionado por um crescimento de volume saudável de 9-10% e por maiores realizações.

“Os aumentos no preço do leite serão muito menos intensos neste ano fiscal, em torno de ? 2 (US$ 0,024) por litro, em comparação com um acumulado de ? 5-7 (US$ 0,060-US$0,084) por litro no último ano fiscal, principalmente por dois motivos - melhoria no fornecimento de leite cru com melhor disponibilidade de forragem e vacinação oportuna e inseminação artificial de bovinos. Além disso, o impacto total dos aumentos de preços anteriores melhorará a lucratividade dos laticínios organizados em 20-50 bps (0,2%-0,5%) neste ano fiscal, para 5,5%", disse Anand Kulkarni, diretor da CRISIL Ratings.

Espera-se que os perfis de risco de crédito permaneçam estáveis, pois o capex será financiado por uma combinação prudente de dívida e patrimônio. A engrenagem é considerada confortável em 1,4 vezes em 31 de março do próximo ano, contra 1,3 vezes no ano anterior. A cobertura de juros também permanecerá forte, de 9 a 9,5 vezes neste ano fiscal, em comparação com 9,5 a 10 vezes no último ano fiscal. Espera-se que o ciclo de capital de giro seja estável, pois a demanda saudável limitará o acúmulo de estoques de leite em pó desnatado no final do ano, de acordo com um comunicado do CRISIL.

No futuro, a melhoria nas variáveis do lado da oferta será um importante monitoramento e um aumento saudável na captação de leite será fundamental para a estabilidade dos preços do leite no varejo.

A Crisil Ratings analisou 38 laticínios, que respondem por 60% do faturamento do segmento organizado. (As informações são do Mint, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)


Após dois meses de recordes, compras de lácteos no mercado externo recuam

As importações brasileiras de lácteos apresentaram queda em julho, após dois meses consecutivos de recordes. De acordo com dados da Secex, 185,6 milhões de litros em equivalente leite foram adquiridos pelo Brasil no mês, baixa de 12,5% frente a junho/23. Quando comparado com julho/22, o volume importado foi 71,7% maior. 

As compras de leite em pó, especificamente, somaram 149 milhões de litros em equivalente leite, 16% inferiores às de junho – vale lembrar que, naquele período, o volume importado desse derivado havia sido recorde. A baixa em julho se deve à redução dos envios do Uruguai. Ainda assim, o volume de leite em pó representou pouco mais de 80% do total importado.

As importações de manteiga e de soro de leite (que representaram 0,47% e 11% do total, na mesma sequência) também recuaram entre junho e julho, totalizando 873 mil e 2,5 milhões de litros, volumes 17,5% e 106,2% superiores ao verificado em julho/22.

As exportações nacionais também recuaram no mês, somando 6 milhões de litros em equivalente leite em julho. De acordo com dados da SECEX, os envios do leite em pó registraram a redução mais intensa (de 77%), participando de apenas 1,3% do total embarcado. Os destaques nas exportações foram o leite condensado e os queijos, com volumes de 2 milhões e 2,4 milhões, respectivamente, em julho.

BALANÇA COMERCIAL – Em julho, o saldo foi de 179 milhões de litros em equivalente leite, baixa de 12,1% frente ao mês anterior. Isso significou um saldo negativo de U$ 91,7 milhões em julho, 12,2% menor que no mês anterior. (Fonte:  Cepea-Esalq/USP)



Melhoramento genético pode reduzir intensidade de emissão de metano, diz estudo

Os programas de melhoramento genético coordenados pela Embrapa Gado de Leite não apenas proporcionaram o aumento da produtividade por animal, mas também provocaram redução da intensidade de emissão de metano entérico.

Durante o período de execução desses programas – alguns com quase quatro décadas de existência – em parceria com as associações de criadores das raças gir leiteiro, girolando, guzerá, holandesa e jersey, a queda foi de até 39%.   

Esta é uma importante informação do artigo “Pegada de carbono do leite: ações, pesquisas, métodos e metas a perseguir”, tema central do Anuário Leite 2023 da Embrapa Gado de Leite, que acaba de ser concluído. O conteúdo é dos especialistas Luiz Gustavo Ribeiro Pereira, Thierry Tomich e Vanessa Romário de Paula. 

O artigo sobre leite de baixo carbono é um dos 35 conteúdos do Anuário, que faz uma detalhada análise do cenário do leite no Brasil, discute tendências de mercado e consumo, traz estatísticas de captação de leite e de insumos (sêmen, nutrição e saúde animal) e aborda os mercados da China e Oceania. A publicação também inclui conteúdos técnicos sobre genética, alimentação e enfermidades, fala do leite A2 e mostra a contribuição da Embrapa para o salto de produtividade da pecuária leiteira no Brasil, além de apresentar artigo exclusivo da chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Elizabeth Nogueira Fernandes. 

“A integração de produtores de leite e indústrias de laticínios ganha cada vez expressão na proposta de se ter uma atividade produtiva, econômica e sustentável. Tal referência está diretamente ligada ao fator eficiência na exploração pecuária”, segundo pesquisadores da Embrapa Gado de Leite. Segundo eles, eficiência, sustentabilidade e lucratividade podem andar juntas quando a pauta é leite baixo carbono, tema central desta edição do Anuário Leite 2023”, destaca o editor-chefe Nelson Rentero. 

No campo das estatísticas, informa Rentero, os analistas da Embrapa Gado de Leite contam como foi o desempenho do negócio leite dentro e fora das fazendas, no Brasil e no mundo, do ano passado para cá. Em 2022, por exemplo, a demanda foi menor, prejudicada pela elevação dos preços e pela restrição de renda dos consumidores. Com isso, a produção recuou 5% em relação a 2021, fechando o ano em 23,81 bilhões de litros de leite formal, ou seja, 977 milhões de litros a menos do que no ano anterior. Tal volume exigiu aumento nas importações, que subiram 26,3%.  

“Em linha contrária, o tradicional ranking Top 100, editado pela consultoria Milkpoint Ventures, também destacado no Anuário, revelou que as 100 maiores fazendas leiteiras do país ampliaram a produção de leite no ano passado. A média subiu 4,75% em relação a 2021, ao atingir 26.721 litros/dia”, informa o editor-chefe da publicação. 

O Anuário Leite 2023 também analisa o consumo mundial e mostra que, entre 188 países, apenas 100 têm consumo superior a 100 kg de leite/habitante/ano. E somente 54 países têm consumo superior a 200 kg. Na América do Sul, o Brasil tem atualmente demanda per capita de 170 kg, ligeiramente inferior a Uruguai, Chile e Argentina. (As informações são do Anuário Leite 2023 - Embrapa, adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido

Chile: captação de leite cai 5,4% no primeiro semestre
De acordo com os dados divulgados pela Federação Nacional dos Produtores de Leite (Fedeleche) com base nas informações divulgadas pela Secretaria de Estudos e Políticas Agrárias (Odepa), a captação de leite cru do Chile até junho de 2023 apresentou uma queda de 5,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, caindo de 1,036 bilhão de litros para 979,6 milhões de litros. Isso representa uma contração ano-a-ano de 56,1 milhões de litros e ao mesmo tempo completa treze meses consecutivos de queda. A queda na captação de leite ocorreu em quase todas as regiões do país, com exceção de La Araucanía. Em junho, a captação de leite cru no Chile apresenta uma queda de 2,9% com relação ao mesmo mês do ano anterior, atingindo um total de 129,6 milhões de litros, com uma redução de 3,9 milhões de litros. (As informações são do Diario Lechero, traduzidas pela Equipe MilkPoint)


 
 
 

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Porto Alegre, 21 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.970


Terras baixas: nova fronteira para o milho

O milho está inserido em uma nova realidade de diversificação de culturas em terras baixas, que inclui cultivos de sequeiro de primavera/verão (soja e milho) e de outono/inverno (trigo, pastagens e plantas de cobertura). Para este ciclo, estima-se a semeadura de milho em cerca de 12 mil hectares em terras baixas, em patamar semelhante ao da safra passada, de 12.802 hectares, com produtividade de 6,51 toneladas por hectare e produção de 72 mil toneladas. A maior produtividade na safra passada ocorreu na Zona Sul, com 8,44 toneladas por hectare. Na região, foram cultivados 3.538 hectares, com produção total de 20.576 toneladas. A média no RS na safra foi de 4,43 t/ha, irrigado e não irrigado. 

A expectativa de plantio para a safra 2023/24 será divulgada na Expointer. O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) e a Embrapa têm trabalhado para desenvolver a cultura do milho na Metade Sul, com aplicação da tecnologia de sulco-camalhão da Embrapa, que permitem irrigação e drenagem em solo mais profundo e descompactado, propício para o desenvolvimento radicular das plantas. Conforme a diretora técnica do Irga, Flávia Miyuki Tomita, o cultivo em terras baixas tem como vantagens melhor gestão de riscos climáticos e de preços, manejo conservacionista do solo, maior estabilidade da produtividade em função da disponibilidade de infraestrutura de armazenamento e distribuição da água e controle de plantas daninhas, pragas e doenças. “Damos ênfase à irrigação. Não dá pra arriscar semear o milho sem irrigação. O custo de produção é alto, e a cultura é mais sensível que a soja em relação ao déficit hídrico”, lembra. O projeto Milho Irrigado em Terras Baixas teve o primeiro ano na safra 2022/23, com experimentos na Estação Experimental do Arroz, em Cachoeirinha, e em estações regionais, com híbridos, época de semeadura, sistemas de irrigação, adubação e densidade para alta produtividade (10 toneladas por hectare) e muito alta (15 toneladas por hectare). 

A produtividade máxima nos experimentos foi de 18,40 toneladas por hectares. A tecnologia de sulco-camalhão foi desenvolvida pela Embrapa Clima Temperado no Projeto Sulco, que difunde a tecnologia de irrigação. No Rio Grande do Sul, são cerca de 4,5 milhões de hectares em terras baixas, sendo cerca de 1 milhão de hectares cultivados anualmente com arroz. Como nova opção para o produtor, a soja já ocupa em torno de 500 mil hectares em terras baixas. A família Vizzotto planta em torno de 1,5 mil hectares de arroz em Itaqui e Uruguaiana, na Fronteira Oeste. A rotação de culturas começou há seis anos, com soja, e recebe milho há três anos. “Obtivemos vários benefícios com a rotação com soja, que nos permitiu melhorar as produtividades do arroz”, conta William Vizzotto, 30 anos, formado engenheiro eletricista e agora acadêmico de Agronomia. O negócio rural é tocado pelo pai, Vilimar, e o tio, Valdocir, há mais de 30 anos. 

O plantio de milho se iniciou há três anos, em 90 hectares, e vai ocupar 300 hectares nesta safra. Eles vão insistir na cultura apesar das estiagens que derrubaram a produtividade das culturas de sequeiro, mesmo com a utilização do sistema de sulco-camalhão para irrigação. “O custo será de cerca de 135 sacos por hectare, e a expectativa é tirar ao menos 150 sacos”, conta. Preocupados com a queda no preço do milho, os Vizzotto só plantarão milho este ano porque tinham sementes armazenadas e querem seguir no caminho de aprendizado da cultura, em um ano com perspectiva de clima mais favorável. “Com o milho, tivemos benefícios ainda maiores nas áreas do arroz, apesar de nossas áreas não terem grande aptidão para culturas de sequeiro”, finalizou. (Correio do Povo)


Dairy Vision 2022: entendendo o cenário de mudança e encontrando as oportunidades

O setor lácteo, como a economia mundial, passa por muitas transformações estruturais: novas tecnologias disponíveis, mudanças no perfil do consumo, regulamentação, novos canais de venda, produtos substitutos e mudanças estruturais na oferta de leite.Essas mudanças trazem desafios: fazer as coisas como antes não é mais garantia de sucesso. O que era feito ontem, pode já não funcionar hoje. Por outro lado, não há como não reconhecer o clichê de sempre: mudanças carregam consigo oportunidades. Nosso objetivo ao conceber o Dairy Vision, um dos principais fóruns do leite mundial desde 2015, é clarear o cenário para você, executivo atuante na cadeia de lácteos, seja em indústrias processadoras, seja em empresas de insumos, ou na própria produção de leite. Em 2 dias intensos, oferecemos o melhor conteúdo, reunindo temas inovadores e palestrantes de peso, do Brasil e de fora, o que faz do Dairy Vision hoje um dos mais relevantes eventos de estratégia e tendências do setor lácteo.

Além da programação de primeiro nível, o Dairy Vision se consolida como um ponto de encontro de alto nível, onde o networking faz jus ao nome: quem é protagonista, agente de transformação e impulsionador do futuro do setor, estará lá.

Em Campinas, dias 22 e 23 de novembro temos um encontro marcado. Entenderemos as mudanças da cadeia láctea em busca de encontrar as oportunidades para o setor. Elas existem, e são muitas! Cabe a  nós reconhecê-las de modo a traçar estratégias competitivas.

Clique aqui para conferir a programação completa no site e faça a sua inscrição com os preços exclusivos da pré-venda. Vamos juntos?

Para mais informações ou compra de pacotes de ingresso com desconto: (19) 99247-5347 ou thais@milkpointventures.com.br (Milkpoint)

Quinta maior renda no país, mas em queda

A média dos rendimentos efetivamente recebidos no Rio Grande do Sul atinge a marca de R$ 3.251 no segundo trimestre deste ano - a quinta maior do país, atrás do Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Porém, na passagem dos primeiros três meses deste ano, quando registrava R$ 3.536, a média gaúcha recuou R$ 285, o equivalente a 8,06%. A queda no RS supera a apurada no país, que foi R$ 245 - passou de R$ 3.186 para R$ 2.941, o que representa recuo de 7,69%.

A economista chefe da Fecomércio-RS, Patrícia Palermo, afirma que é mais difícil definir trajetória futura sobre os rendimentos, pois isso depende de três forças: a dinâmica da inflação, a resiliência do desempenho do mercado formal de trabalho e a evolução do mercado informal.

Ela aponta que a taxa de informalidade no RS é de 32,4%, a quinta mais baixa do Brasil. Na comparação com o mesmo período de 2022, acrescenta, houve redução (era de 32,8%), num cenário de aumento da participação da população na força de trabalho e de diminuição da taxa de desocupação.

Isso significa, comenta Patrícia, que "efetivamente o mercado formal tem performado bem", o que tende a ser benéfico para a renda ao longo do tempo. Existe, na avaliação da economista, algumas hipóteses para isso: melhores condições de contratação formal advindas da reforma trabalhista, atividades tipicamente mais formais que têm desempenhado relativamente melhor na economia e condições também relativamente melhores de acesso a crédito por parte das empresas maiores e mais equilibradas do ponto de vista econômico-financeiro, que costumeiramente empregam com carteira assinada. (Zero Hora)


Jogo Rápido


Emater prorroga inscrições
A Emater/RS-Ascar estendeu até amanhã, dia 22, o prazo de inscrições para seu Processo Seletivo Externo. São 98 vagas disponíveis, que contemplam 40 cargos para funções como técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos, médicos veterinários e assistentes sociais. Como benefícios, a Emater oferece vale alimentação, incentivo à capacitação e auxílio creche, sendo facultativa a participação do empregado em fundo de saúde e em plano de previdência privada. Para os cargos de extensionista rural níveis médio e superior, há ainda gratificação técnica de 20% sobre o salário básico. O candidato acessa o edital pelo link https://shre.ink/aa5LO. O valor das inscrições varia de R$ 85,00 a R$ 195,00. (Correio do Povo)


 
 
 
 

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Porto Alegre, 18 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.969


Encontro Dos Produtores Brasileiros de Leite debate importações

O Encontro dos Produtores Brasileiros de leite ocorreu durante a tarde de ontem (16/08) no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados. Organizado pela Frente Parlamentar em Apoio ao Produtor de Leite (FPPL), o evento reuniu produtores de leite de todo o país, além de federações de agricultura e pecuária, sindicatos e outras entidades representativas do setor.

A mesa foi composta pela Deputada Ana Paula Junqueira Leão, Presidente da Frente Parlamentar em apoio ao Produtor de Leite (FPPL); Deputado Tião Medeiros, Presidente da Comissão de Agricultura Pecuária Abastecimento e Desenvolvimento Rural; Deputado Pedro Lupion, Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária; Elizabeth Nogueira Fernandes, Chefe Geral da EMBRAPA Gado de Leite; Márcio Lopes de Freitas, Presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB); Geraldo Borges, Presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite; Rodrigo Rollemberg, Secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC); Carlos Ernesto Augustin, Assessor Especial do Ministério da Agricultura e Pecuária; Paulo Teixeira, Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; Marcela Carvalho do MDIC representando o Vice-presidente Geraldo Alckmin; Rafael Pezenti; Secretário da FPPL; Deputada Marussa Boldrin, Vice-presidente da FPPL e o Deputado Evair de Melo.

Após apresentação da campanha em apoio aos produtores, Ana Paula Leão, Presidente da FPPL, destacou a importância da atividade no país e enfatizou a situação das importações. “Estamos presentes em 99% dos municípios do país, geramos empregos e renda a mais de 4 milhões de famílias brasileiras (...) Não há em nosso país quem possa ganhar com o indigerível cenário das importações predatórias”.

A Presidente da Frente Parlamentar ainda destacou a urgência em valorizar o produto nacional e os prejuízos causados pela importação. “É urgente a valorização, por todas as esferas políticas, do leite nacional, e claro do seu produtor. E hoje, a valorização passa pela defesa comercial, pois existe concorrência desleal que desequilibra, desestrutura e desestimula a produção, a cadeia econômica da atividade leiteira e o nosso mercado nacional. Enfrentamos uma das piores crises da pecuária nacional de leite, a importação predatória do produto, principalmente da Argentina e do Uruguai, superou e muito, a média histórica. O ingresso do volume escandaloso de leite no país provocou, e continua provocando, o súbito recuo dos preços, impactando o produtor nacional. Essa situação exige medidas imediatas”, destacou Ana Paula.

Em linha com a Presidente Ana Paula, todas as entidades e autoridades presentes puderam se mostrar solícitos com a causa e demonstraram estar à disposição para buscar uma solução o mais rápido possível em prol dos produtores e da produção de leite nacional.

Marcela Carvalho, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços que representou o Vice-presidente Geraldo Alckmin e o Ministro Paulo Teixeira, encerraram o primeiro painel do evento citando as medidas já tomadas pelo governo em prol dos produtores, como por exemplo a retirada dos 29 itens da resolução 353, que voltam a ter a tarifa normal, elevação da alíquota de 12,8% para 18% e elevação da alíquota de alguns derivados.

No segundo painel, a voz do produtor de leite no congresso nacional: frente parlamentar em apoio ao produtor de leite, os representantes das entidades solicitaram a fiscalização na forma de produção e nas importações para garantir a paridade burocrática entre os produtores nacionais e estrangeiros.

Deputados e entidades defenderam a proteção do produtor de leite brasileiro e argumentaram que a compra de leite em pó pelo governo federal não vai amenizar a crise do setor leiteiro, que são necessárias medidas extremas e urgentes, além de um plano para médio e longo prazo. (As informações são do MilkPoint, captadas durante a Live de transmissão do evento no YouTube)


A fraca demanda da China pode fazer os preços globais caírem ainda mais 

Elevados estoques de leite em pó integral (WMP), preços internacionais altos e subsídios governamentais para a autossuficiência doméstica impactaram as importações chinesas de lácteos em 2022. A tendência continuou em 2023, com quedas recordes de importações no primeiro semestre do ano em comparação com o ano anterior. A demanda por lácteos declinou em meio a uma onda de calor em todo o país e uma desaceleração no crescimento econômico.Há uma forte correlação entre o crescimento econômico da China e as importações de lácteos. Na primeira metade do ano (janeiro-junho), às importações totais de produtos lácteos caíram 15,2% em relação ao ano anterior.Principais tendências
- Importações chinesas de lácteos continuarão em declínio em 2023
- As importações atuais estão no menor nível em cinco anos
- As importações de WMP recuaram 45%
- A tendência é de que a produção doméstica continue alta
- A disponibilidade domésticas, demanda, margens, clima, e inflação devem continuar sendo monitorados para determinar para onde vão as importaçõesSoro de leite e queijo contrariam a tendência
A maioria das categorias de produtos importados pela China declinaram durante o período, exceção para o queijo e requeijão e produtos de soro de leite, contrariando a tendência. As importações de produtos de soro de leite subiram para alimentar o rebanho de suínos. Com a política de zero-Covid agora suspensa, a demanda por queijo aumentou a partir do setor de hotelaria, e as importações aumentaram 12,8%.

Pós, leite e manteiga declinam
As importações de WMP caíram 44,9% na primeira metade do ano. Compras de Leite e Creme, Manteiga e Butteroil caíram 24,9% e 14,3%, respectivamente.

A falta de demanda por parte do setor de panificação, confeitaria e indústrias de processamento de alimentos pesaram sobre as importações de manteiga. Todos os principais países exportadores viram os embarques de produtos lácteos para a China caírem, exceto os Estados Unidos da América (EUA). A Nova Zelândia continua a ser o maior exportador de lácteos para a China, mas na comparação interanual as remessas despencaram 22,5% no primeiro semestre do ano. As exportações a partir da Austrália declinaram cerca de 20% e a União Europeia (UE) enviou 13,8% menos  produtos. Apenas os EUA mostraram crescimento das remessas, que foi de 19,2% no período.

Aumento da oferta doméstica
Em 2023, a produção de leite da China deverá aumentar 4,6% em relação a 2022 atingindo 41 milhões de toneladas de acordo com as últimas estimativas realizadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em julho. A produção de WMP pela China está prevista para alcançar 1,12 milhões de toneladas, dado o forte crescimento da produção doméstica de leite. Com a oferta de leite ultrapassando a demanda, o governo local alocou recursos para subsidiar a industrialização de WMP nas principais regiões produtoras de leite.

A demanda da China por WMP encontra-se estagnada atualmente. A China é um dos principais importadores de WMP e tem forte influência sobre os preços do mercado global. Essa queda de importação está sendo responsável pela fraqueza observada nos mercados globais.

A contínua queda da demanda da China é importante porque além de ter influência nos mercados globais, impacta também no preço do leite ao produtor no Reino Unido. A queda de 7,4% no último GlobalDairyTrade mostra que pode haver mais fraqueza e os preços caírem ainda mais. (Fonte: Dairy Industries – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
           


Uruguai: Conaprole projeta queda no preço do leite

O diretor da cooperativa de lácteos do Uruguai, Conaprole, Daniel Laborde, declarou nesta quarta-feira à rádio Valor Agregado Carve que a queda no preço do leite para as entregas de agosto será de cerca de US$ 0,10 por litro. A cooperativa pagou um preço médio de US$ 0,45 (17,11 pesos) por litro pelo leite captado em julho.

"O preço de referência para agosto ficará entre 35,5 e 36,5 centavos, mas anunciaremos o valor final no início da próxima semana", anunciou. A confirmar-se este valor, a correção do preço do leite da principal indústria de laticínios do país será da ordem dos 20%. Dada a complexidade dos mercados externos, a cooperativa tomou a decisão de definir o preço do leite mês a mês para a próxima primavera.

Laborde disse que o mercado externo ainda está muito deprimido e com o Brasil "complicado" pelo lobby dos produtores brasileiros para conter as importações. O diretor informou que há dificuldades para cruzar a fronteira com negócios já fechados.

Chegou nesta terça-feira (15/08) a notícia de que a Alimentos Fray Bentos planeja fechar agosto com redução de 40% no preço pago aos seus fornecedores em relação ao valor pago em julho.

No caso da indústria de Claldy, um produtor  comentou que está ciente de que haverá uma redução no preço do leite. “Nas reuniões que tivemos com o Conselho de Administração, eles nos disseram que a queda de preço não será tão abrupta. Ainda não temos nada de concreto", afirmou. Ele acrescentou que certamente haverá uma definição mais clara assim que o Conaprole oficializar quanto será a redução que será aplicada aos seus remetentes. (As informações são do Tardáguila Agromercados, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)


Jogo Rápido

CILeite: Indicadores do Mercado de Leite e Derivados
Indicadores Leite e Derivados - As importações brasileiras de leite alcançaram o equivalente a 180,0 milhões de litros em julho/23, volume bastante elevado apesar de queda em relação ao mês anterior. As exportações sofreram queda de 15,7% na comparação com julho do ano passado. O volume embarcado no último mês foi de apenas 5,8 milhões de litros-equivalentes. No período jan-jul de 2023, o déficit na balança comercial de lácteos foi de US$ 600 milhões, correspondentes ao volume equivalente de 1.189 milhões de litros de leite. O preço internacional do leite em pó integral foi cotado no início de agosto a US$ 2.864/tonelada, queda de 8,3% em relação a julho de 2023. Na mesma base de comparação, o leite em pó desnatado registrou queda de 2,4%, comercializado a US$ 2.454/ tonelada. (Fonte: CILeite/Embrapa)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 17 de agosto de 2023                                                   Ano 17 - N° 3.968


Encontro Dos Produtores Brasileiros de Leite debate importações

O Encontro dos Produtores Brasileiros de leite ocorreu durante a tarde de ontem (16/08) no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados. Organizado pela Frente Parlamentar em Apoio ao Produtor de Leite (FPPL), o evento reuniu produtores de leite de todo o país, além de federações de agricultura e pecuária, sindicatos e outras entidades representativas do setor.

A mesa foi composta pela Deputada Ana Paula Junqueira Leão, Presidente da Frente Parlamentar em apoio ao Produtor de Leite (FPPL); Deputado Tião Medeiros, Presidente da Comissão de Agricultura Pecuária Abastecimento e Desenvolvimento Rural; Deputado Pedro Lupion, Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária; Elizabeth Nogueira Fernandes, Chefe Geral da EMBRAPA Gado de Leite; Márcio Lopes de Freitas, Presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB); Geraldo Borges, Presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite; Rodrigo Rollemberg, Secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC); Carlos Ernesto Augustin, Assessor Especial do Ministério da Agricultura e Pecuária; Paulo Teixeira, Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; Marcela Carvalho do MDIC representando o Vice-presidente Geraldo Alckmin; Rafael Pezenti; Secretário da FPPL; Deputada Marussa Boldrin, Vice-presidente da FPPL e o Deputado Evair de Melo.

Após apresentação da campanha em apoio aos produtores, Ana Paula Leão, Presidente da FPPL, destacou a importância da atividade no país e enfatizou a situação das importações. “Estamos presentes em 99% dos municípios do país, geramos empregos e renda a mais de 4 milhões de famílias brasileiras (...) Não há em nosso país quem possa ganhar com o indigerível cenário das importações predatórias”.

A Presidente da Frente Parlamentar ainda destacou a urgência em valorizar o produto nacional e os prejuízos causados pela importação. “É urgente a valorização, por todas as esferas políticas, do leite nacional, e claro do seu produtor. E hoje, a valorização passa pela defesa comercial, pois existe concorrência desleal que desequilibra, desestrutura e desestimula a produção, a cadeia econômica da atividade leiteira e o nosso mercado nacional. Enfrentamos uma das piores crises da pecuária nacional de leite, a importação predatória do produto, principalmente da Argentina e do Uruguai, superou e muito, a média histórica. O ingresso do volume escandaloso de leite no país provocou, e continua provocando, o súbito recuo dos preços, impactando o produtor nacional. Essa situação exige medidas imediatas”, destacou Ana Paula.

Em linha com a Presidente Ana Paula, todas as entidades e autoridades presentes puderam se mostrar solícitos com a causa e demonstraram estar à disposição para buscar uma solução o mais rápido possível em prol dos produtores e da produção de leite nacional.

Marcela Carvalho, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços que representou o Vice-presidente Geraldo Alckmin e o Ministro Paulo Teixeira, encerraram o primeiro painel do evento citando as medidas já tomadas pelo governo em prol dos produtores, como por exemplo a retirada dos 29 itens da resolução 353, que voltam a ter a tarifa normal, elevação da alíquota de 12,8% para 18% e elevação da alíquota de alguns derivados.

No segundo painel, a voz do produtor de leite no congresso nacional: frente parlamentar em apoio ao produtor de leite, os representantes das entidades solicitaram a fiscalização na forma de produção e nas importações para garantir a paridade burocrática entre os produtores nacionais e estrangeiros.

Deputados e entidades defenderam a proteção do produtor de leite brasileiro e argumentaram que a compra de leite em pó pelo governo federal não vai amenizar a crise do setor leiteiro, que são necessárias medidas extremas e urgentes, além de um plano para médio e longo prazo. (As informações são do MilkPoint, captadas durante a Live de transmissão do evento no YouTube)


 

A fraca demanda da China pode fazer os preços globais caírem ainda mais 

Elevados estoques de leite em pó integral (WMP), preços internacionais altos e subsídios governamentais para a autossuficiência doméstica impactaram as importações chinesas de lácteos em 2022. 

A tendência continuou em 2023, com quedas recordes de importações no primeiro semestre do ano em comparação com o ano anterior. A demanda por lácteos declinou em meio a uma onda de calor em todo o país e uma desaceleração no crescimento econômico.

Há uma forte correlação entre o crescimento econômico da China e as importações de lácteos. Na primeira metade do ano (janeiro-junho), às importações totais de produtos lácteos caíram 15,2% em relação ao ano anterior.

Principais tendências
- Importações chinesas de lácteos continuarão em declínio em 2023
- As importações atuais estão no menor nível em cinco anos
- As importações de WMP recuaram 45%
- A tendência é de que a produção doméstica continue alta
- A disponibilidade domésticas, demanda, margens, clima, e inflação devem continuar sendo monitorados para determinar para onde vão as importações

Soro de leite e queijo contrariam a tendência
A maioria das categorias de produtos importados pela China declinaram durante o período, exceção para o queijo e requeijão e produtos de soro de leite, contrariando a tendência. As importações de produtos de soro de leite subiram para alimentar o rebanho de suínos. Com a política de zero-Covid agora suspensa, a demanda por queijo aumentou a partir do setor de hotelaria, e as importações aumentaram 12,8%.

Pós, leite e manteiga declinam
As importações de WMP caíram 44,9% na primeira metade do ano. Compras de Leite e Creme, Manteiga e Butteroil caíram 24,9% e 14,3%, respectivamente.

A falta de demanda por parte do setor de panificação, confeitaria e indústrias de processamento de alimentos pesaram sobre as importações de manteiga. Todos os principais países exportadores viram os embarques de produtos lácteos para a China caírem, exceto os Estados Unidos da América (EUA). A Nova Zelândia continua a ser o maior exportador de lácteos para a China, mas na comparação interanual as remessas despencaram 22,5% no primeiro semestre do ano. As exportações a partir da Austrália declinaram cerca de 20% e a União Europeia (UE) enviou 13,8% menos  produtos. Apenas os EUA mostraram crescimento das remessas, que foi de 19,2% no período.

Aumento da oferta doméstica
Em 2023, a produção de leite da China deverá aumentar 4,6% em relação a 2022 atingindo 41 milhões de toneladas de acordo com as últimas estimativas realizadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em julho. A produção de WMP pela China está prevista para alcançar 1,12 milhões de toneladas, dado o forte crescimento da produção doméstica de leite. Com a oferta de leite ultrapassando a demanda, o governo local alocou recursos para subsidiar a industrialização de WMP nas principais regiões produtoras de leite.

A demanda da China por WMP encontra-se estagnada atualmente. A China é um dos principais importadores de WMP e tem forte influência sobre os preços do mercado global. Essa queda de importação está sendo responsável pela fraqueza observada nos mercados globais.

A contínua queda da demanda da China é importante porque além de ter influência nos mercados globais, impacta também no preço do leite ao produtor no Reino Unido. A queda de 7,4% no último GlobalDairyTrade mostra que pode haver mais fraqueza e os preços caírem ainda mais. (Fonte: Dairy Industries – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
           

Uruguai: Conaprole projeta queda no preço do leite

O diretor da cooperativa de lácteos do Uruguai, Conaprole, Daniel Laborde, declarou nesta quarta-feira à rádio Valor Agregado Carve que a queda no preço do leite para as entregas de agosto será de cerca de US$ 0,10 por litro. A cooperativa pagou um preço médio de US$ 0,45 (17,11 pesos) por litro pelo leite captado em julho.

"O preço de referência para agosto ficará entre 35,5 e 36,5 centavos, mas anunciaremos o valor final no início da próxima semana", anunciou. A confirmar-se este valor, a correção do preço do leite da principal indústria de laticínios do país será da ordem dos 20%. Dada a complexidade dos mercados externos, a cooperativa tomou a decisão de definir o preço do leite mês a mês para a próxima primavera.

Laborde disse que o mercado externo ainda está muito deprimido e com o Brasil "complicado" pelo lobby dos produtores brasileiros para conter as importações. O diretor informou que há dificuldades para cruzar a fronteira com negócios já fechados.

Chegou nesta terça-feira (15/08) a notícia de que a Alimentos Fray Bentos planeja fechar agosto com redução de 40% no preço pago aos seus fornecedores em relação ao valor pago em julho.

No caso da indústria de Claldy, um produtor  comentou que está ciente de que haverá uma redução no preço do leite. “Nas reuniões que tivemos com o Conselho de Administração, eles nos disseram que a queda de preço não será tão abrupta. Ainda não temos nada de concreto", afirmou. Ele acrescentou que certamente haverá uma definição mais clara assim que o Conaprole oficializar quanto será a redução que será aplicada aos seus remetentes. (As informações são do Tardáguila Agromercados, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)


Jogo Rápido

CILeite: Indicadores do Mercado de Leite e Derivados
Indicadores Leite e Derivados - As importações brasileiras de leite alcançaram o equivalente a 180,0 milhões de litros em julho/23, volume bastante elevado apesar de queda em relação ao mês anterior. As exportações sofreram queda de 15,7% na comparação com julho do ano passado. O volume embarcado no último mês foi de apenas 5,8 milhões de litros-equivalentes. No período jan-jul de 2023, o déficit na balança comercial de lácteos foi de US$ 600 milhões, correspondentes ao volume equivalente de 1.189 milhões de litros de leite. O preço internacional do leite em pó integral foi cotado no início de agosto a US$ 2.864/tonelada, queda de 8,3% em relação a julho de 2023. Na mesma base de comparação, o leite em pó desnatado registrou queda de 2,4%, comercializado a US$ 2.454/ tonelada. (Fonte: CILeite/Embrapa)


 
 

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Porto Alegre, 16 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.967


Governo eleva tarifa para importação de lácteos de fora do Mercosul

Alíquota passará de 12% para 18% para itens como queijos processados e manteiga

O Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou nesta terça-feira (15/8) o aumento da tarifa de importação de derivados de lácteos de países de fora do Mercosul, informou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa.

A alíquota passará de 12% para 18% para queijos processados, como roquefort, camembert, brie e gorgonzola, além de manteiga e óleos manteiga.

O Gecex também alterou a Resolução 353/2022, aprovada no ano passado, que fez um corte geral de 10% nas alíquotas de importação de mais de seis mil produtos. Segundo Perosa, o colegiado abriu uma exceção para 29 itens do setor lácteo cuja tarifa subirá de 10%, passando de 12% para 14,4%. Na lista estão produtos como leite UHT e leite processado, disse o secretário à reportagem.

A Resolução 353/2022 reduziu, em maio do ano passado, em 10% as alíquotas de importação de outros itens lácteos, como creme de leite, queijos ralados, iogurte, manteiga, pasta de espalhar de produtos provenientes de leite, entre outros. O secretário não detalhou se esses são os itens que terão aumento de tarifa.

As duas medidas são aplicadas para importações de fora do Mercosul. O setor produtivo brasileiro reclama das compras de leite em pó dos vizinhos Uruguai e Argentina. "É um alento, às vezes vem leite da Nova Zelândia", afirmou Perosa. "São medidas que dão alento para o setor de leite do Brasil", disse Perosa.

Em reunião com a Fetag-RS, o ministro do MDA anunciou a abertura de investigação sobre eventual dumping nas importações do Mercosul e disse que foi criado um grupo de trabalho para apresentar em 30 dias um programa de aumento de produtividade na cadeia leiteira.

As medidas devem ser anunciadas oficialmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva amanhã, durante o evento Marcha das Margaridas, em Brasília, realizado pela Contag. (Valor Economico em parceria com Globo Rural)


Fonterra aumentará a oferta nos leilões do Global Dairy Trade (GDT)

A Fonterra anunciou na sexta-feira, 11/08, em nota à imprensa que, a partir de agora, o Grupo Cooperativo Fonterra ampliou sua oferta de leite em pó integral e leite em pó desnatado no Global Dairy Trade (GDT) para os próximos doze meses.A oferta de leite em pó integral aumentará em 20.000 toneladas nos próximos 12 meses, enquanto a oferta de leite em pó desnatado aumentará em 5.000 toneladas durante o mesmo período. As quantidades totais de gordura láctea (manteiga e gordura anidra do leite) oferecidas para os próximos 12 meses permanecem inalteradas até o momento.Com o hemisfério sul entrando na temporada de alta produção de leite, fontes do mercado esperam que isso seja uma reação à baixa demanda do mercado chinês nos últimos seis meses e às expectativas de demanda mais fraca para leite em pó integral durante os próximos seis meses.A China, o maior parceiro comercial da Nova Zelândia para leite em pó integral, reduziu as importações do produto notavelmente até agora em 2023 devido ao aumento da produção doméstica; esta tendência deverá continuar durante o próximo mês. Com as oportunidades de exportação na China diminuindo, as exportações da Nova Zelândia estão buscando destinos alternativos.Uma fonte do mercado declarou: “ouvimos dizer que ainda há um estoque mais antigo de leite em pó integral na Nova Zelândia que precisa ser movido antes do início da nova temporada; esperamos que a Nova Zelândia forneça muitos destinos importantes de exportação durante os próximos meses devido aos seus baixos níveis de preços e ampla situação de oferta”.

Uma segunda fonte do mercado comentou: “o aumento dos volumes no GDT [Global Dairy Trade] não está realmente ligado a nenhum estoque em nossa opinião, mas sim, foi causado por expectativas de demanda fraca; ouvimos dizer que as vendas existentes estão abaixo das expectativas e, para garantir um fluxo contínuo de produtos, este é um passo cauteloso para evitar o acúmulo de estoque.”

Fontes do mercado em todo o mundo esperam que o aumento nos volumes de oferta pesem fortemente no mercado internacional de lácteos, limitando notavelmente as oportunidades de exportação para fornecedores da UE e dos EUA. Com o aumento da concorrência nos mercados de leite em pó e as margens já baixas para os produtores da UE e dos EUA, várias fontes do mercado indicaram que parece provável que a produção de queijo aumente, já que os processadores provavelmente canalizarão mais leite para as instalações de queijo para garantir um pagamento mais alto.
 
As informações são do Mintec, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.

PNAD Contínua Trimestral: desocupação recua em oito das 27 UFs no segundo trimestre de 2023

Desocupação - A taxa de desocupação do país no segundo trimestre de 2023 foi de 8,0%, caindo 0,8 ponto percentual (p.p.) ante o primeiro trimestre deste ano (8,8%) e 1,3 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2022 (9,3%). Em relação ao trimestre anterior, a taxa de desocupação diminuiu em quatro das cinco grandes regiões, mantendo-se estável no Sul. Também houve redução em oito das 27 Unidades da Federação, enquanto as outras 19 ficaram estáveis. O Nordeste permaneceu com a maior taxa (11,3%), e o Sul, com a menor (4,7%). As maiores taxas de desocupação foram de Pernambuco (14,2%), Bahia (13,4%) e Amapá (12,4%), e as menores, de Rondônia (2,4%), Mato Grosso (3,0%) e Santa Catarina (3,5%). A taxa de desocupação por sexo foi de 6,9% para os homens e 9,6% para as mulheres no segundo trimestre de 2023. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional (8,0%) para os brancos (6,3%) e acima para os pretos (10,0%) e pardos (9,3%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (13,6%) foi maior que as taxas dos demais níveis de instrução analisados.  Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 8,3%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,8%). No segundo trimestre de 2023, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 17,8%. O Piauí (39,7%) teve a maior taxa, seguido por Sergipe (31,1%) e Bahia (30,9%). As menores taxas de subutilização ficaram com Rondônia (6,3%), Santa Catarina (6,3%), e Mato Grosso (7,6%). O número de desalentados no segundo trimestre de 2023 foi de 3,7 milhões de pessoas. O maior número estava no Nordeste (2,3 milhões de desalentados). O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) no segundo tri de 2023 foi de 3,3%.

O percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 73,7%. O Nordeste (59,1%) e o Norte (58,4%) registraram patamares inferiores aos das demais regiões. O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,5%. Os maiores percentuais eram de Rondônia (37,8%), Amazonas (32,3%) e Amapá (31,7%) e os menores, do Distrito Federal (19,9%), Tocantins (20,7%) e Goiás (21,7%). A taxa de informalidade para o Brasil foi de 39,2% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (58,7%), Maranhão (57,0%) e Amazonas (56,8%) e as menores, com Santa Catarina (26,6%), Distrito Federal (31,2%) e São Paulo (31,6%). 

No segundo trimestre de 2023, havia 2,04 milhões de pessoas que estavam procurando trabalho por dois anos ou mais. Esse contingente caiu 31,7% frente ao segundo trimestre de 2022, quando havia 2,985 milhões de pessoas nessa faixa. Já em relação ao segundo trimestre de 2012 (primeiro ano da série histórica), o total de pessoas buscando trabalho por dois anos ou mais cresceu 34,2%. O rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 2.921, ficando estável frente ao primeiro trimestre de 2023 (R$ 2.923) e crescendo frente ao mesmo trimestre de 2022 (R$ 2.750). Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, o Norte (R$ 2.316) teve crescimento no rendimento, enquanto as demais regiões ficaram estáveis. Já em relação ao segundo trimestre de 2022, houve expansão em todas as regiões.   

Frente ao primeiro trimestre deste ano, a taxa de desocupação caiu em oito Unidades da Federação e ficou estável nas demais UFs. Destacam-se o Distrito Federal, que saiu de 12,0% para 8,7%, e o Rio Grande do Norte, que passou de 12,1% para 10,2%. Piauí tem a maior taxa de subutilização (39,7%) e Rondônia, a menor (6,3%). No 2° trimestre de 2023, a taxa composta de subutilização da força de trabalho no país foi de 17,8%. O Piauí (39,7%) teve a maior taxa, seguido por Sergipe (31,1%) e Bahia (30,9%). Já as menores taxas ficaram com Rondônia (6,3%), Santa Catarina (6,3%), e Mato Grosso (7,6%). Rondônia tem a maior proporção de conta própria (37,8%) e DF a menor (19,9%). O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,5%. Os maiores percentuais foram de Rondônia (37,8%), Amazonas (32,3%) e Amapá (31,7%) e os menores, do Distrito Federal (19,9%), Tocantins (20,7%) e Goiás (21,7%). Menor percentual de trabalhadores com carteira é do MA (49,3%) e o maior, de SC (88,1%).

No 2º trimestre de 2023, 73,3 % dos empregados do setor privado do país tinham carteira de trabalho assinada. As regiões Nordeste (59,1%) e Norte (58,4%) apresentaram as menores taxas. Entre os trabalhadores domésticos, 25,5% tinham carteira de trabalho assinada no país. No mesmo trimestre do ano passado, essa proporção havia sido de 25,1%. Dentre as Unidades da Federação, os maiores percentuais de empregados com carteira assinada no setor privado estavam em Santa Catarina (88,1%), Rio Grande do Sul (82,3%) e Paraná (81,3%) e os menores, no Maranhão (49,3%), Pará (51,5%) e Tocantins (53,5%).

O rendimento médio real mensal habitual foi estimado em R$ 2.921, ficando estável frente ao 1º tri de 2023 (R$ 2.923) e crescendo na comparação com o mesmo trimestre de 2022 (R$ 2.750). Na comparação com trimestre anterior, o Norte (R$ 2.316) foi a única região a apresentar expansão estatisticamente significante do rendimento, enquanto as demais permaneceram estáveis. Em relação ao 2º trimestre de 2022, houve crescimento do rendimento médio em todas as regiões.

A massa de rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, foi estimada em R$ 284,1 bilhões, registrando estabilidade estatística em relação ao trimestre anterior (R$ 281,3 bilhões). Frente ao 2º trimestre de 2022 (R$ 265,2 bilhões), houve expansão da massa de rendimento. Pará tem a maior taxa de informalidade (58,7%) e SC, a menor (26,6%). A taxa de informalidade para o Brasil foi de 39,2% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (58,7%), Maranhão (57,0%) e Amazonas (56,8%) e as menores, com Santa Catarina (26,6%), Distrito Federal (31,2%) e São Paulo (31,6%).

Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; Empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; Empregador sem registro no CNPJ; Trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; e Trabalhador familiar auxiliar. No segundo trimestre de 2023, os contingentes da maioria das faixas de tempo de procura por trabalho continuaram a mostrar reduções percentuais, como mostra a tabela abaixo.

No segundo trimestre de 2023, havia 2,04 milhões de pessoas desocupadas que estavam procurando trabalho por dois anos ou mais. Esse contingente caiu 31,7% frente ao segundo trimestre de 2022, quando havia 2,985 milhões de pessoas nessa faixa. Foi uma redução de 945 mil pessoas nesta faixa de tempo. No entanto, em relação ao primeiro ano da série histórica, no segundo trimestre de 2012, o total de pessoas buscando trabalho por dois anos ou mais cresceu 34,2%. (IBGE)


Jogo Rápido

Concurso do Mapa poderá ofertar até 520 vagas
OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa) definiu a comissão especial que vai definir os requisitos e etapas do concurso público para novos servidores da pasta. A expectativa é de que sejam abertas 520 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior, conforme Portarias MGI nº 2.847 e 2.761, de 16 junho de 2023, do Ministério de Estado da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, que autorizam o Mapa a realizar o concurso. Em relação ao edital, o objetivo é que seja publicado até dezembro, conforme as exigências legais. Após a sua publicação, serão definidas as datas para a realização das provas, atendendo à necessidade de tempo para a preparação adequada dos candidatos e à disponibilidade de locais para a aplicação dos exames. A possibilidade de formação de cadastro reserva também será definida no edital do concurso, juntamente com demais informações. Deverão ser ofertadas vagas para os cargos de Agente de Atividades Agropecuárias; Agente de Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de Origem Animal e Técnico de Laboratório no Nível Médio Técnico e, para Nível Superior, Auditor-Fiscal Federal Agropecuário; Analista em Ciência e Tecnologia e Tecnologista. Os cargos são para atuação no Mapa e no Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A escolha da banca organizadora será feita de forma criteriosa, considerando a experiência, capacidade técnica e idoneidade da empresa selecionada. A remuneração pode chegar a mais de R$ 22 mil para nível superior e a distribuição das vagas será feita de acordo com as necessidades do ministério, levando em consideração as áreas de atuação e as demandas existentes. O último concurso realizado pelo Mapa ocorreu em 2017, onde foram ofertadas 300 vagas para Auditor-Fiscal Agropecuário, com mais de 19 mil inscritos. (MAPA)


 
 
 

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Porto Alegre, 15 de agosto de 2023                                                   Ano 17 - N° 3.966


Global Dairy Trade

Fonte: GDT Global Dairy Trade


LEITE: Anúncio do governo é insuficiente, diz Palharini

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o governo tomou a decisão de taxar a importação de derivados de leite de países de fora do Mercosul. Fávaro disse ainda que o governo vai aplicar R$ 100 milhões nas compras públicas de leite, a princípio, mas que vê espaço para dobrar ou triplicar esse valor para medidas emergenciais.

Em entrevista ao JM, o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan 
Palharini, diz que a ação é importante, mas não resolve a situação do setor. "O preço da matéria-prima pago aos produtores do Estado é acima do valor de mercado do Mercosul e que Argentina e Uruguai têm políticas públicas de apoio ao segmento. 

Segundo o dirigente, o governo argentino  aprovou subsídios aos produtores no final do ano passado e o Uruguai concedeu linhas de crédito com prazo de até 13 anos para produtores e indústria."Por enquanto é apenas um anúncio, mas há dúvidas sobre os critérios referente a esta aquisição. Geralmente no mercado ocorre licitação pela menor oferta. Agora, o governo diz que será pelo valor do varejo. Neste caso, ajuda um pouco mais o setor. É preciso deixar claro, porém, que os R$ 100 milhões anunciados viabilizam a aquisição de 4 mil toneladas do produto. Esse montante a CCGL produz em uma semana.Então isso é muito pouco pelo momento que vive o setor, comparado a R$ 1 bilhão destinado ao programa de aquisição de carro popular e aos créditos liberados aos bancos na renegociação de dívidas na cifra de R$ 50 bilhões."

Para Palharini seria importante que o governo adotasse uma política aumentando créditos tributários para a indústria no que se refere ao PIS e Cofins, que resultaria em um acréscimo de R$ 0,11 por litro ao produtor, o que compensaria em relação aos subsídios pagos pelo Uruguai e Argentina. "Outra medida necessária, um subsídio do governo em relação ao frete para o escoamento da produção até o porto. Além disso, há negociação das dívidas num prazo de 13 anos nos moldes do que foi feito na Argentina e no Uruguai. Essas medidas sim seriam mais efetivas diante deste cenário."

Conforme dados produzidos pela Emater, entre 2015 e 2022, houve uma queda de 52% no número de produtores de leite no Rio Grande do Sul. Segundo o deputado Zé Nunes, 44 mil famílias deixaram a atividade e que o setor deixou de ser a maior cadeia produtiva gaúcha, perdendo o posto para o setor do tabaco, com 76 mil famílias. 

O deputado também citou a redução de 36% do rebanho de vacas leiteiras. “O RS deixou de ser a segunda maior bacia leiteira do Brasil, posição ocupada historicamente pelo nosso Estado e fomos ultrapassados pelo Paraná. ”

O deputado também atribuiu a crise à desmobilização do setor do leite no Estado, depois de um enorme esforço dos produtores e instituições para criar o Instituto Gaúcho do Leite, de um programa estadual de estímulo à produção (Prodeleite) e de um fundo específico para a cadeia produtiva leiteira (Fundoleite). “É algo muito antagônico. Como é que nós conseguimos reunir todo mundo do setor e criar uma política de Estado, e como é que se deixou isso se liquidar? Nós não temos uma política para o leite no Estado do Rio Grande do Sul.”

Outro motivo apresentado por Nunes com graves consequências para o setor, foram os decretos assinados pelo governo Sartori em 2016 e 2017, que incentivaram a importação de leite através da fronteira do Rio Grande do Sul. A medida se mostrou equivocada e foi preciso uma forte ação parlamentar para assegurar a revogação dessas medidas à época. (Jornal da Manhã)

EUA: grandes fazendas dominam a indústria de lácteos

Nas últimas três décadas, a indústria de lácteos se tornou uma das indústrias agrícolas mais consolidadas, de acordo com um relatório do Departamento de Agricultura dos EUA.

Desde 2013, o número total de rebanhos leiteiros licenciados diminuiu mais de 40%. As maiores fazendas ficaram maiores. Em 2017, metade de todos os rebanhos contava com mais de 1.300 vacas, número que deve aumentar com o crescimento de grandes fazendas industriais.

Tornou-se mais caro criar vacas leiteiras e os preços de venda não aumentaram proporcionalmente. Entre 2000 e 2021, a fazenda leiteira média dos EUA conseguiu obter lucro apenas duas vezes, de acordo com uma análise do Food and Water Watch dos dados do USDA.

Grandes operações industriais estão mais bem equipadas para sobreviver a longos períodos de margens apertadas do que fazendas familiares, de acordo com o relatório do USDA.

As empresas que compram e processam leite também vêm se consolidando. Mais de 80% de todo o leite é agora comercializado por três cooperativas de lácteos: Dairy Farmers of America, Land O'Lakes e California Dairies.

Grandes rebanhos dominam cada vez mais a indústria de vacas leiteiras dos EUA
Dados do USDA disponíveis em intervalos de 5 anos mostram rebanhos pequenos e médios desaparecendo.

Source: "Consolidation in U.S. Dairy Farming," USDA Economic Research Service, July 2020 • Percentages here represent the share of the U.S. milk cow inventory each herd size holds. Data on herd sizes is collected every 5 years in the Census of Agriculture. (Graphic by Ava Mandoli).

As informações são do Investigate Midwest, traduzidas pela Equipe MilkPoint.

 


Jogo Rápido

Valor Bruto da Produção Agropecuária de 2023 é atualizado em R$ 1,135 trilhão
As lavouras lideram o crescimento com aumento de 4%, impulsionadas pelo recorde da safra de grãos e ganhos de produtividade. O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) deste ano, com base nas informações de julho, é de R$ 1,135 trilhão, alta de 1,9% em relação ao ano de 2022. As lavouras cresceram 4% e a pecuária reduziu seu crescimento em 2,9%. O faturamento das lavouras é de R$ 801,9 bilhões e o da pecuária foi de R$ 333,6 bilhões. Os produtos que apresentam melhor desempenho neste ano são mandioca (42,9%), laranja (27,2%), banana (16,8%), tomate (15,9%), cacau (13,8%), cana-de-açúcar (11,6%), amendoim (10,6%), feijão (10,4%), arroz (9,3%), uva (7,5%), soja (2,5%) e milho (1,4%). Esse grupo de produtos beneficia-se de preços favoráveis e, em vários casos, quantidades produzidas mais elevadas. No levantamento da Conab, a projeção é de safra recorde de 320 milhões de toneladas previstas para a temporada 2022/2023 que sustenta essa posição. O resultado se deve ao aumento da produtividade de 11,8% e à expansão de área da ordem de 5% em relação ao ano passado. Esse crescimento de área de grãos passou de 74,6 milhões de hectares de área plantada, em 2022, para 78,2 milhões de hectares, em 2023. Na pecuária, os aumentos do VBP ocorrem na carne suína, leite e ovos. O efeito de preços mais baixos tem repercutido no decréscimo do VBP de alguns produtos, como algodão, café, mamona e trigo. Os cinco produtos classificados com o maior VBP são soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão, que respondem por 81,6% do VBP das lavouras. Ao longo destes últimos 18 meses, observou-se que o VBP tem crescido a taxas relativamente menores. Pode-se atribuir esse decréscimo do crescimento real do VBP aos preços de milho e soja que têm apresentado tendência de redução. (Conab (valores deflacionados pelo IGP-DI 07/2023). Elaboração CGPOP/DAEP/SPA/Mapa)