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Porto Alegre, 12 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.265

 

   Encontro debate modelos de serviços de inspeção de produtos de origem animal

Representantes do setor produtivo, fiscais agropecuários e parlamentares se reuniram na tarde de quarta-feira (11/5) para participar de encontro sobre os modelos de serviços de inspeção de produtos de origem animal. Com palestra do médico veterinário e representante da Organização Internacional da Saúde Animal (OIE) para as Américas, Luiz Barcos, foram apresentados as principais experiências realizadas em vários países como Nova Zelândia, Austrália, França, Alemanha e México. 
 
De acordo com Barcos, cada Estado deve buscar seu sistema de inspeção, em atividades que passam pela boa governança, recursos humanos, capacidade de resposta, comprometimento, legislação clara e envolvimento e integração entre o setor privado e público, adaptado a sua realidade. "Conhecer as práticas consolidadas em outros países é o primeiro passo para estudos na construção de um modelo próprio e eficaz que possa dar continuidade ao desenvolvimento de todos os setores produtivos do Estado", destacou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, presente no evento. 

Durante o encontro, o palestrante também ressaltou a necessidade de compartilhar responsabilidades em todos os níveis da cadeia produtiva, envolvendo setor público e privado, em processos que integrem desde o produtor até o consumidor. Segundo o secretário de agricultura, Ernani Polo, o governo do Estado criou um comitê gestor do aprimoramento do serviço de inspeção e um grupo executivo em que participam servidores da secretaria para atender essa necessidade. 

Para o secretario, o encontro foi importante no sentido de colher subsídios para avançar neste tema no RS. "É importante verificar experiências já consolidadas de grandes países, que Luiz Barcos nos apresentou e que pode nos dar um caminho. Queremos que o Estado possa cumprir de forma adequada suas obrigações de fiscalização, mas que, ao mesmo tempo, os setores produtivos cresçam cada vez mais. Nosso desafio é construir um modelo nosso, dentro deste processo de debate e construção conjunta, para avançar nesta direção", pontuou Polo.

 A OIE foi fundada em 1921, possui 181 países membros e recomenda diretrizes para legitimar medidas de proteção agropecuária e saúde alimentar. O evento foi realizado pela a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação, através do Departamento de Defesa Agropecuária,  no auditório da Emater. (Assessoria de Imprensa Sindilat, com informações da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação)

 
Crédito: Alexandre Farina
 
 
 
Brasil pesou a mão nas compras
Preocupada com o avanço das importações de leite e o efeito sobre os preços do mercado interno, a indústria gaúcha irá a Brasília na próxima semana. No leite em pó desnatado há redução, mas é o integral que tem peso no mercado. (Zero Hora)
 
 
 
NZ: avanço nos abates contribuiu com a redução de 3,2% no número de vacas leiteiras

O número de vacas leiteiras na Nova Zelândia recuou cerca de 3,2% em 2015, para 6,5 milhões de cabeças, afirma Neil Kelly, gerente de Indicadores do órgão governamental Statistics New Zealand. "Agora o número está próximo do nível verificado em 2013. Esta redução foi causada por um avanço dos abates e ocorreu num período de queda dos preços do leite", explicou.

O órgão revela, ainda, que a Nova Zelândia tinha 29,1 milhões de ovelhas, 3,5 milhões de carneiros para corte e 900 mil cervos em 30 de junho de 2015. "A quantidade de ovelhas seguiu recuando. Existem agora pouco mais de 6 ovelhas por pessoa no país, muito abaixo dos 13 animais por pessoa há 20 anos", disse. O país é responsável por cerca de um terço das exportações de lácteos e é o maior fornecedor global de carne de carneiro. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo Estadão e Dow Jones Newswires)

Preços do leite ao produtor devem seguir firmes em curto e médio prazos

A concorrência entre as indústrias de laticínios continua forte, com a produção caindo nos principais estados produtores. Segundo o Índice Scot Consultoria para a Captação de Leite, em março de 2016, a produção, considerando a média nacional, diminuiu 2,1%, em relação ao mês anterior. Desde o pico, em dezembro de 2015, até março, a produção (média nacional) caiu 10,9%. Para uma comparação, neste mesmo período do ano passado (dez/14 a mar/15), a queda foi de 5,8%. A produção deve continuar caindo no Brasil Central e região Sudeste nos próximos meses.

Para o Sul do país, espera-se ligeira queda à estabilidade nos volumes produzidos em curto prazo, com crescimento a partir de meados de maio/junho, com as pastagens de inverno. Para o pagamento de maio (produção de abril), 73,0% dos laticínios pesquisados no país acreditam em alta dos preços ao produtor e os 27,0% restantes falam em manutenção. Para junho, aumentou o número de empresas no Sul do país apontando para manutenção dos preços, em função da expectativa de retomada da produção. No mercado spot, os preços do leite subiram na segunda quinzena de abril, em relação à primeira metade do mês. Na primeira quinzena de maio ficaram estáveis. (Scot Consultoria)

 

Produção mundial 
A produção mundial de leite nos grandes países exportadores cai entre outubro de 2015 e janeiro de 2016, de acordo com relatório da britânica AHDB Dairy. O equivalente leite por dia (calculado ajustando a produção de leite em diferentes estações pelo mundo) reduziu 1,6%, com a produção caindo em todas as cinco principais regiões: Europa, Nova Zelândia, Austrália, Estados Unidos e Argentina. Isto indica que os baixos preços do leite começam a impactar nos níveis de produção em muitas regiões, não apenas na Nova Zelândia. No entanto, houve ligeiro aumento na captação em fevereiro, 0,3% na média, impulsionada em todas as regiões, exceto na Argentina. Um pequeno incremento em apenas um mês pode não ser motivo de preocupação, dado que similar comportamento foi verificado entre setembro e outubro do ano passado. No entanto, AHDB Dairy disse que os dados disponíveis da Europa vão até fevereiro e, que a Europa e os Estados Unidos estão, atualmente, nos meses do pico de produção. (The Dairy Site - Tradução Livre: Terra Viva)

 

Porto Alegre, 11 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.264

 

   Decreto da Lei do Leite deve sair nos próximos dias

O secretário da Agricultura, Ernani Polo, espera que, dentro de alguns dias, seja publicado no Diário Oficial do Estado o decreto que regulamenta a Lei do Leite. O texto final foi remetido nesta quarta-feira (11/5) pela Secretaria da Agricultura (Seapi) à Casa Civil, informou Polo, durante lançamento da Fenasul 2016, no Galpão Crioulo do Palácio Piratini. Resultado de trabalho realizado junto com as entidades do setor, entre elas o Sindilat, a matéria estabelece responsabilidade e critérios para a produção, transporte e processamento de produtos lácteos no Rio Grande do Sul. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o encaminhamento é uma vitória de todos, "uma vez que materializa diversos pedidos dos laticínios, entre eles a liberação para o transvase do leite".

O café da manhã de lançamento da exposição reuniu autoridades, lideranças do agronegócio e imprensa. Na ocasião, o presidente da Gadolando, Marcos Tang, destacou a força da exposição mesmo em um momento de crise como o atual.  "Faremos a feira com muita teimosia. Sabemos que as exposições mundialmente tendem a ter redução no número de animais inscritos e aumento da qualidade. Quem vai é porque está com o animal pronto", disse.

Entre as principais novidades desta edição, pontuou Tang, está o Concurso de Sólidos, que terá apoio do Sindilat e está sendo organizado pela Seapi, Ufrgs e Embrapa.  O sindicato aportará R$ 10 mil para premiação dos três primeiros colocados nas categorias Vaca Jovem e Vaca Adulta. Segundo Tang, é importante que os criadores usem a informação sobre capacidade de produção de sólidos (gordura e proteína) dos animais   para seleção genética. "É uma ferramenta que deve ser muito usada, está disponível e é valorizada pela indústria", acrescentou. 

Em sua manifestação, o governador do Estado, José Ivo Sartori, disse que o momento é de trabalhar juntos para o avanço do setor e pela realização de uma grande Fenasul. "Sem trabalho não acontece nada. Estamos no segundo lugar no ranking nacional e queremos trabalhar mais para chegar a primeiro", pontuou referindo-se à produção gaúcha que perde apenas para a de Minas Gerais. Valorizando a atividade, o governador lembrou que o leite é fonte de renda fixa para milhares de famílias gaúchas e classificou a a regulamentação da Lei do Leite como "um passo importante" em busca da excelência. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
 
Sindilat promove oficinas culinárias e debate técnico na Fenasul
 
O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) levará à Fenasul 2016 um novo projeto de conscientização sobre o consumo de leite direcionado a escolas de ensino fundamental. Em parceria com a Secretaria da Agricultura (Seapi), Fetag, Farsul, Senar e Ministério da Agricultura, as Oficinas Culinárias mostrarão às crianças a importância do leite na alimentação e o doce sabor que ele pode dar aos pratos mais simples. O roteiro faz parte do Projeto Leite na Escola, da Seapi, integrará escolas públicas da Região Metropolitana de Porto Alegre e será realizado nos dias 18, 19 e 20 de maio no estande do Mundo do Leite, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. A programação começa com apresentação do vídeo do Mundo do Leite, que explica em detalhes o processo produtivo do campo à indústria. Em seguida, as crianças participarão de palestra orientativa sobre consumo e, por fim, serão convidadas a produzir deliciosos docinhos à base de leite em pó e chocolate. Estão previstas, diariamente, duas oficinas no turno da manhã e duas à tarde. "Nosso projeto na Fenasul 2016 irá explicar às crianças que o leite que chega à mesa é resultado de um longo e delicado processo. Também queremos mostrar a esses estudantes todo o potencial do leite na culinária por meio de uma deliciosa brincadeira na cozinha", pontuou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.
 
Neste ano, o Sindilat também apoiará a realização do Concurso de Sólidos entre os animais da raça Holandês. A disputa, organizada pela Seapi, Ufrgs e Embrapa, valoriza as vacas que produzem um leite com maior quantidade de gordura e proteína, aspectos altamente valorizados pela indústria. O Sindilat está oferecendo premiação em dinheiro e troféus aos três primeiros colocados de cada categoria (Vaca Jovem e Vaca Adulta) em um total de R$ 10.000,00.
 
Durante a Fenasul, o Sindilat ainda promoverá encontro entre os laticínios e a promotora do Ministério Público do RS Caroline Vaz, juntamente com o médico veterinário da Seapi Vilar Ricardo Gewher no dia 20/5, às 14h, na Casa da Farsul. A reunião será um momento para conversar sobre os critérios relacionados ao fatiamento de queijos e derivados. Pela manhã do mesmo dia 20, será realizada a reunião mensal do Conseleite a partir das 10h, também na Casa da Farsul no Parque de Exposições Assis Brasil. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Fronteira Noroeste unida pelo desenvolvimento da cadeia produtiva do leite
 
A Fronteira Noroeste do Rio Grande do Sul tem grande vocação para o agronegócio, especialmente no que se refere à cadeia produtiva leiteira. E, buscando potencializar o alcance de produtos de alta qualidade e produtividade, o Arranjo Produtivo Local (APL) da Fronteira Noroeste tem tido importante destaque neste debate, como ocorreu nesta quarta-feira (11/5), no auditório do Campus Setrem, em Três de Maio. O encontro recebeu mais de 60 pessoas, entre representantes de instituições de ensino, cooperativas, organizações, sindicatos, entidades, beneficiadoras de leite, além de produtores, para debater e traçar estratégias relativas à cadeia produtiva do leite. 

Entre os objetivos da reunião esteve a construção de um plano de atividades a ser desenvolvido neste primeiro ano na região. No esforço de fortalecer a cadeia produtiva do leite no Noroeste do Estado, o APL se propõe a servir como um instrumento para a capacitação de profissionais que atuam no segmento. Segundo o diretor técnico da Funcap e gestor do APL, Diórgenes Albring, entre as funções está incentivar e auxiliar no maior investimento em mão de obra local. "Investir em qualificação profissional é essencial para elevar o nível de qualidade da nossa produção", disse.

Representando o Sindilat, o secretário-executivo Darlan Palharini destacou que o APL é fundamental no processo de desenvolvimento da região, reconhecendo dificuldades e oportunidades. "A APL Leite já é uma realidade e está se solidificando, trazendo mais parceiros e discutindo marcos regulatórios. É uma grata surpresa e o Sindicato espera colaborar e que este exemplo sirva para outras regiões do Estado. A busca do APL gera desenvolvimento", enfatizou, destacando que a região Noroeste é uma das maiores bacias leiteiras do Estado. (Assessoria de Imprensa Sindilat com informações SETREM)

 

Secretário Executivo do Sindilat Darlan Palharini
Crédito da Foto: Leonardo Konzen/Assessoria de Comunicação SETREM

 

 
Piracanjuba moderniza marcas e embalagens
O crescimento dos últimos anos, aliado à necessidade de se manter atenta às últimas tendências, levou a Piracanjuba - uma das maiores marcas do segmento lácteo brasileiro - a modernizar sua identidade visual e apresentar ao mercado mudanças na logomarca e novas embalagens. O resultado é uma tipografia simplificada, com traços leves, que transmitem valores importantes da empresa, como qualidade e inovação, além de permitir melhor visualização nas gôndolas.

"Fizemos uma pesquisa com consumidores para avaliar o alcance da marca. Aumentamos o símbolo gráfico e os raios internos foram melhor encaixados. As letras do logotipo foram substituídas por letras mais contemporâneas e amigáveis, refletindo assim, mais qualidade e inovação, drives principais da Piracanjuba no momento", explica a Gerente de Marketing da Piracanjuba, Lisiane Guimarães.

A linha Pirakids é um dos grandes destaques dessa reformulação, o que deixa a marca ainda mais forte na categoria de produtos infantis. O "personagem Pirakids", elemento principal nas embalagens, tornou-se um menino cientista curioso e criativo - o totalmente "Piradinho", que, junto com seu amigo imaginário, vive pensando em soluções para melhorar a vida das pessoas e do planeta. "A tipologia destaca a logomarca e as novas cores dão mais personalidade ao produto. O Piradinho, ainda mais descolado, vem cheio de histórias para cair no gosto dos consumidores", reforça Lisiane.

Aliada ao projeto da nova logomarca, todas as embalagens foram redesenhadas e passam a ter um maior impacto visual. A estrutura gráfica foi simplificada, criando um padrão de uma onda reconhecível em todas as categorias em que a Piracanjuba está inserida.

Outra preocupação foi potencializar os apelos emocionais (nostalgia, qualidade, pureza) e sensoriais (appetite appeal, impacto visual, textura dos ingredientes) para que os produtos ficassem ainda mais chamativos aos olhos dos consumidores. "Essas mudanças reafirmam a disposição da empresa de continuar crescendo e conquistando cada vez mais espaço na mente, no coração e no dia a dia dos consumidores", destaca Lisiane.

Os projetos foram desenvolvidos pela Pande Design Solution e os consumidores já podem conferir o resultado nas gôndolas de todo país. (Fonte: Assessoria de Imprensa, adaptado pela Equipe Milknet)

 
Defesa agropecuária

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) assinou convênio com os serviços estaduais de defesa agropecuária no valor de R$ 45 milhões. A iniciativa objetiva apoiar a reestruturação e implementação do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) e o fortalecimento das ações de defesa agropecuária em 2016. O convênio, assinado pela ministra Kátia Abreu nessa terça-feira (10), também tem uma linha especial de R$ 600 mil para o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA). "Agora, precisamos definir o plano de trabalho em conjunto com as unidades estaduais. Também vamos acompanhar as ações desenvolvidas e estabelecer diretrizes e prioridades, respeitando a necessidade de cada unidade da Federação", disse o secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel. O Suasa visa a ampliar em todo o país a inspeção dos alimentos de origem animal e vegetal. O sistema de defesa agropecuária inclui atividades de sanidade, inspeção, fiscalização, educação sanitária, vigilância de animais, vegetais, insumos, produtos e subprodutos de origem animal e vegetal. (MAPA)
 

Ministério facilita as exportações
Todas as empresas que já têm cadastro no Serviço de Inspeção Federal (SIF) serão automaticamente autorizadas a exportar seus produtos agropecuários, deixando, com isso, de necessitar da autorização prévia do Ministério da Agricultura. A medida, anunciada ontem pela Ministra Kátia Abreu, deve elevar o número de agoindústrias habilitadas das atuais 800 para 3,5 mil. (Correio do Povo)

 

Porto Alegre, 10 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.263

 

   Expoleite-Fenasul/RS 
 
O lançamento oficial da Expoleite-Fenasul 2016 acontece nesta quarta-feira (11), a partir das 9h, no Galpão Crioulo do Palácio Piratini. Nesta ocasião será oferecido um Leite com Café para autoridades, representantes das entidades participantes e imprensa especializada.
Vão estar falando sobre o evento o Governador José Ivo Sartori, o secretário da agricultura, pecuária e irrigação, Ernani Polo e o presidente da Gadolando, Marcos Tang, também promotora da feira. Os presentes no "Leite com Café" vão poder conferir uma das boas representantes da raça Holandesa que será levada ao jardim do Palácio Piratini, onde ainda ocorrerá o "Brinde de Leite" entre os principais promotores da Expoleite-Fenasul.
O evento
Considerada a maior mostra do outono gaúcho, a 39º EXPOLEITE e 12º FENASUL acontecem de 18 a 22 de maio, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, RS. A promoção é da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul-Seapi e da Associação de Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul- Gadolando. A proposta da Expoleite é de ser uma grande e qualificada vitrine da pecuária leiteira gaúcha. Na programação das raças Holandesa e Jersey estão Concurso Leiteiro, Julgamento Morfológico e Leilões. Complementando o atual Concurso Leiteiro realizado tradicionalmente, a Expoleite 2016 promoverá Concurso de Sólidos. Em lugar do volume produzido, o novo Concurso apontará as amostras de leite com maior quantidade de sólidos no caso gordura e proteína. (Fonte da Notícia:Seapi/RS)
 
Uruguai: poder de compra dos produtores de leite caiu 24% em um ano

O poder de compra dos produtores de leite do Uruguai caiu no último ano segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale), com base na sua publicação trimestral sobre Indicadores de Preços e Custos da Produção Primária de Leite.

Considerando o preço atual recebido pelo produtor e os custos para a produção de um litro de leite, o poder de compra de insumos caiu 24% comparado ao ano passado. Segundo o Inale, essa situação se deve à baixa no preço do leite (-13%) e ao aumento dos custos (+14%). Os grupos de produtos que incidiram a alta nos custos foram principalmente concentrados (+5,1%), arrendamento (+1,9%) e mão de obra assalariada (+1,4%).

Os custos em dólares caíram (-11%) com relação ao ano anterior, principalmente pelo efeito do aumento do tipo de câmbio (+27%), fato que aumentou a importância na estrutura dos produtos cotados em dólares. Aproximadamente 60% dos custos são em dólar.

No entanto, em março de 2016, o poder de compra do leite se recuperou com relação ao mês anterior (+4%), ou seja, em março, o litro de leite permitiu a compra de 4% mais insumos do que poderia comprar em fevereiro. (As informações são do El Observador)
 
 
Ministério da Agricultura e Embrapa anunciam plataforma para promover qualidade do leite

Os resultados, a partir de agora, serão atualizados semanalmente e permitirão o acompanhamento atualizado e a formulação de políticas públicas. O sistema também contribuirá com a definição de estratégias das empresas, permitindo melhorar a competitividade da cadeia produtiva do leite brasileiro, cujo faturamento deve chegar a R$ 70 bilhões em 2015.

O Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite Brasileiro (SIMQL) inclui um software desenvolvido pela Embrapa em conjunto com as Secretarias de Defesa Agropecuária, da Produção e Cooperativismo e a área de informática, todas do Ministério da Agricultura. Entre o planejamento do sistema e seu lançamento foram necessários sete meses. Um dos primeiros impactos é que o Mapa evoluirá de 3 milhões para cerca de 50 milhões de amostras de leite das propriedades analisadas mensalmente, com mapas de produção e qualidade atualizados semanalmente.

O lançamento atende a uma demanda antiga do setor leiteiro. Dez laboratórios, distribuídos por todo o País, formam a Rede Brasileira de Qualidade do Leite (RBQL). Eles fazem análises do leite por produtor, usando amostras coletadas no máximo a cada mês. Com base nos resultados, é definido o valor a ser recebido pelo produtor. O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora, MG), Paulo Martins, diz que "os dados disponíveis até agora não geravam informações. Eles eram apurados isoladamente e não havia um sistema que os organizasse de maneira a permitir uma observação mais qualificada do leite que estamos produzindo no País".

Paulo Martins explica que "agora passamos a cruzar dados diferentes de maneira bastante amigável". Na prática, isso significa que "vai ser possível ter noção da qualidade do leite em regiões, mesorregiões, microrregiões e município". As instruções normativas relacionadas à qualidade do leite no Brasil serão baseadas em dados atualizados e muito detalhados. Outra vantagem é que será possível simular parâmetros e identificar como estes afetam a produção.
Um dos benefícios relevantes do novo sistema é que políticas públicas de intervenção na qualidade terão muito mais precisão. O Mapa já está planejando fazer políticas de transferência de tecnologia e assistência técnica de maneira mais precisa em regiões em que haja necessidade de melhoria. Também será possível monitorar o desempenho dos dez laboratórios credenciados para os testes.

Num primeiro momento o sistema será utilizado por uma comissão com representantes do governo e setor privado. É ela quem vai discutir níveis de acesso às informações. Com cerca de 1,3 milhão de produtores, o leite é o único produto presente em praticamente todos os municípios - somente 60 não o produzem. "Temos um divisor de águas na formulação de políticas públicas. Saímos da era do achismo e colocamos o leite na sociedade do conhecimento", avalia Paulo Martins.

O Programa
A Qualidade do Leite é um dos sete pilares do Programa Leite Saudável, do Mapa, estruturado a partir de demandas do setor produtivo dos últimos 15 anos. Resultado desse pilar, o SIMQL irá gerenciar os dados registrados pelos laboratórios da RBQL.

Com o sistema é possível saber como está a qualidade do leite nas diferentes regiões do Brasil, consultado as variáveis CBT (contagem bacteriana total), CCS (contagem de células somáticas), teor de gordura, teor de proteína, lactose, extrato seco e extrato seco desengordurado. O filtro da consulta é aplicado sobre um determinado período, que pode ser de um mês ou um ano específico.

O sistema tem a capacidade de gerar análises até o nível de municípios, dentro de cada uma das microrregiões do Brasil. Também permite consultar a quantidade de amostras recebidas por laboratório da RBQL e o percentual de amostras desconsideradas por não conformidades.

Essas informações permitem identificar as regiões mais críticas e que demandam ações voltadas à melhoria de qualidade. Possibilitam também a adoção de estratégias de inteligência de negócios pelos laticínios, que poderão tomar decisões a partir do conhecimento da qualidade do leite entregue por seus produtores, em cada uma das unidades fabris, e comparada a outras indústrias.

RBQL
Os laboratórios que compõem a rede estão instalados em universidades e Unidades da Embrapa. Todos são credenciados pelo Mapa e avaliam, pelo menos uma vez por mês, a qualidade do leite entregue aos laticínios por cada produtor, de acordo com as exigências da Instrução Normativa 62.

Desenvolvimento do Sistema SIMQL
O Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite Brasileiro foi desenvolvido em apenas sete meses, saltando de uma base de 3 milhões para 48 milhões de dados. Foram envolvidas as equipes técnicas da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA) e da Secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo (SPRC), que atuaram em conjunto com pesquisadores da Embrapa Gado de Leite e do Departamento de Tecnologia da Informação (DTI) da Embrapa.

Próximas etapas
A modelagem do SIMQL permite construir novos módulos para cruzamento de dados dos laboratórios com dados do IBGE. Será possível ainda que os dados sirvam de base para o Plano Nacional de Qualidade do Leite (PNQL), a ser construído pelo Mapa, em conjunto com o setor produtivo e a academia.

Boas práticas
Ao comentar sobre o lançamento do SIMQL, o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, lembrou que a Empresa foi capaz de abraçar o desafio de aumentar a qualidade do leite brasileiro com competência e eficiência. "Desenvolvemos um sistema de gestão de dados e informações num espaço de tempo muito curto, de pouco mais de sete meses, e passamos a gerar o conhecimento que permite monitorar a produção tanto na dimensão espacial quanto na temporal, e acompanhar a dinâmica e a trajetória do produtor brasileiro na melhoria da qualidade do leite". (Embrapa/Portal Lácteo)

Balança comercial do agronegócio registra superávit de US$ 7,1 bi em abril
 
A balança comercial do agronegócio teve superávit em abril de 2016. As exportações do setor ultrapassaram as importações em US$ 7,1 bilhões. Enquanto isso, os outros produtos brasileiros tiveram déficit de US$ 2,2 bilhões. "Se não fosse o setor agrícola, a balança comercial total do Brasil teria resultado negativo", avaliou a secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (9). No mês passado, a balança brasileira como um todo somou US$ 4,8 bilhões.

As exportações do setor agropecuário cresceram 14,3% no mês passado em relação ao mesmo período de 2015. O faturamento somou US$ 8,08 bilhões, o que representa 52,5% de todo o valor exportado pelo Brasil. 

"Esse crescimento das vendas externas ocorreu apesar da queda quase generalizada dos preços internacionais dos produtos agropecuários", analisou a secretária. Apenas carne de peru, álcool e frutas tiveram aumento no preço médio de exportação em abril deste ano. Segundo Tatiana, o aumento de 14,3% das exportações ocorreu em função do incremento da quantidade exportada de diversos produtos do agronegócio.

No complexo soja, o volume embarcado chegou a 11,6 milhões de toneladas, um recorde para os meses de abril. Em nenhum mês de abril de toda a série histórica (1997 a 2016), as exportações do setor ultrapassaram 10 milhões de toneladas.

Em faturamento, o complexo soja somou US$ 4,04 bilhões, crescimento de 30,6% em relação ao mesmo período do ano. O principal produto exportado foi a soja em grão, responsável por 87,3% do total das vendas externas do setor. Em abril deste ano, o Brasil exportou 10,1 milhões de toneladas de soja em grão (+54%) e 1,43 milhão de toneladas de farelo (+19,5%). "Ainda temos soja para exportar em maio e junho com boa tendência de negócios no comércio internacional", lembrou Tatiana Palermo.

Outro destaque nas vendas externas brasileiras foi o setor de carnes, com faturamento de US$ 1,2 bilhão, alta de 4,4% sobre abril de 2015. Sozinha, a carne de frango cresceu 9,7%. "O Brasil já é o maior exportador mundial desse tipo de carne, com uma participação de cerca de 25% do mercado mundial no ano passado. Caso o desempenho das exportações continuem nesse ritmo, o país vai ganhar ainda mais espaço", observou a secretária.

A Ásia continua sendo o principal destino dos produtos agropecuários. Em abril deste ano, as vendas para a região atingiram US$ 4,37 bilhões, aumento de 33% em relação ao mesmo período do ano passado. Com esse valor, a participação da Ásia chega a 54,1% do total das exportações brasileiras do agronegócio, o que representa um recorde para um mês de abril, em toda a série histórica, que começou em 1997.

Cerca de 74% das vendas para a Ásia tiveram como destino a China (US$ 3,23 bilhões). As exportações de soja em grão para esse país subiram de US$ 1,9 bilhão em abril de 2015 para US$ 2,8 bilhão em abril de 2016. Sozinho, o grão foi responsável por 86,7% das exportações brasileiras do agronegócio para os chineses.

A Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) também divulgou o balanço das exportações do acumulado de 2016 e dos últimos 12 meses. (As informações são do Mapa)

Fonterra corta preço do leite a produtores australianos e oferece empréstimo

A Fonterra disse que cortará o preço que paga pelo leite aos produtores australianos após medida similar tomada pela concorrente, Murray Goulburn, em meio à queda da demanda chinesa. 

A Fonterra divulgou que reduziria suas previsões de preço do leite na Austrália nesta estação para A$ 5 (US$ 3,74) por quilo de sólidos do leite - equivalente a A$ 0,42 (US$ 0,31) por quilo de leite -, dos A$ 5,60 (US$ 4,18) por quilo de sólidos do leite [A$ 0,47 (US$ 0,35) por quilo de leite], mas oferecerá aos produtores empréstimos de até A$ 0,60 (US$ 0,44) por quilo, reembolsáveis a partir de 2018.

Os preços globais dos lácteos caíram cerca de 60% desde o começo de 2014, principalmente devido à demanda mais fraca da China após o país ter estocado leite em pó. A maioria dos analistas espera que os preços do leite permaneçam baixos por um tempo. "A mudança no preço reflete melhor a realidade do desequilíbrio entre oferta e demanda que está afetando os preços globais decommodities, composto pelo recente fortalecimento do dólar australiano", disse a Fonterra. A Fonterra opera 10 fábricas na Austrália que são responsáveis por quase um décimo de seu processamento total de leite.

O maior produtor de leite da Austrália, Murray Goulburn Co-operative Co Ltd, reduziu na semana passada sua previsão de lucro líquido para o ano e cortou sua previsão de preços ao produtor para A$ 4,75 a A$ 5 (US$ 3,55 a US$ 3,74) por quilo de sólidos do leite [A$ 0,39 (US$ 0,29) a A$ 0,42 (US$ 0,31) por quilo de leite] com relação à previsão anterior, de A$ 5,60 (US$ 4,18) por quilo de sólidos do leite [A$ 0,47 (US$ 0,35) por quilo de leite], culpando vendas menores que o esperado à China. A cooperativa também disse que forneceria assistência financeira aos produtores resultando em encargos de até A$ 165 milhões (US$ 123,43 milhões).

"A medida da Fonterra é uma notícia devastadora para a indústria de lácteosaustraliana após uma estação muito desafiadora", disse a presidente do grupo Australian Dairy Farmers, Simone Jolliffe. "Estamos preocupados com as dívidas dos produtores nos próximos anos", finalizou ela. 

Em 06/05/16 - 1 Dólar Australiano = US$ 0,74807
1,33649 Dólar Australiano = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são da Reuters)

 
 
Confaz simplifica redução de incentivo

Ficou mais fácil para os Estados e o Distrito Federal reduzirem em, no mínimo, 10% os incentivos fiscais concedidos aos contribuintes. O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) publicou convênio que torna facultativa a criação de um fundo para o recebimento desses recursos. Pela norma, pode¬se também diminuir diretamente o benefício, o que inclui regime especial. O fundo vincula os recursos financeiros a uma destinação específica ¬ o desenvolvimento e equilíbrio fiscal. "Condicionar a fruição de incentivos de ICMS ao depósito em fundo de equilíbrio fiscal contraria a Constituição Federal, que veda a vinculação de receita de imposto a fundo", afirma Anderson Trautman Cardoso, do Souto Correa Advogados. A possibilidade de redução dos incentivos fiscais foi estabelecida pelo Convênio ICMS nº 31, deste ano, agora revogado pelo Convênio ICMS nº 42, publicado no Diário Oficial da União de sexta¬feira. A nova norma também torna mais rigorosas as condições para o contribuinte continuar a ter direito ao benefício. Agora, se o beneficiário descumprir as imposições da Fazenda por três meses alternados também vai perdê¬lo definitivamente. 

 
Segundo o Convênio ICMS nº 31, isso só aconteceria no descumprimento por três meses consecutivos. O novo convênio estabelece ainda que o montante deverá ser calculado mensalmente e, no caso de um fundo ser instituído para o percentual, deverá ser depositado na data fixada na legislação estadual ou distrital. "Ao possibilitar a mera redução dos incentivos fiscais, o novo convênio destrava os Estados, que antes teriam que obrigatoriamente constituir um fundo para aplicar a medida", diz o advogado Júlio de Oliveira, do Machado Associados. "Já os contribuintes continuam a poder contestar na Justiça a norma estadual que estabelecer a redução, por violação ao direito adquirido", acrescenta. O advogado Igor Mauler Santiago, do escritório Sacha Calmon ¬ Misabel Derzi Consultores e Advogados, afirma que os Estados e o Distrito Federal não podem reduzir incentivos fiscais já concedidos, condicionados e por prazo certo, por necessidade de caixa. "Para a empresa ter esse tipo de benefício, precisa se instalar em determinada região, gerar um número estabelecido de empregos etc", diz. "Não podem ser modificados, sob pena de ofensa ao ato jurídico perfeito e vasta jurisprudência do Supremo Tribunal Federal." A possibilidade de os Estados exigirem dos contribuintes um depósito de, no mínimo, 10% do valor do benefício fiscal, é inconstitucional, segundo Eduardo Suessmann, advogado do Trench, Rossi e Watanabe Advogados. "O depósito não preenche os requisitos constitucionais exigidos para a cobrança de imposto ou contribuição. Por exemplo, não é ICMS porque o fato gerador não é a circulação de mercadoria, mas o fato de receber incentivo fiscal. Não é contribuição por não haver na Constituição Federal dispositivo que permita a instituição de contribuição pelos Estados ou Distrito Federal", afirma. Quando foi editado o Convênio ICMS nº 31, os Estados do Rio Grande do Sul, Bahia e Rio de Janeiro informaram ter interesse em colocar em prática a medida. (Valor Econômico)
 

Plano Safra
O Conselho Monetário Nacional aprovou as regras do Plano Safra 2016/2017. A confirmação das condições apresentadas no pacote do Governo Federal era um dos temores de produtores e entidades do setor. (Zero Hora)

 

Porto Alegre, 09 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.262

 

   Fonterra projeta preço de US$ 6,34/quilo para leite em pó orgânico em 2016/17

A cooperativa neozelandesa Fonterra, produtora e exportadora de laticínios, estima um preço de 9,20 dólares neozelandeses (US$ 6,34) por quilograma de leite em pó orgânico para a temporada 2016/17. A empresa está lançando um sistema de preços de mercado para o leite orgânico que deve determinar as cotações do produto a partir do desempenho do segmento de orgânicos da Fonterra. 

A projeção inicial representa um avanço em relação aos 5,65 dólares neozelandeses/kg pagos aos produtores. Atualmente, os produtores de leite orgânico recebem um prêmio fixo acima da cotação do leite convencional.

O diretor de assuntos cooperativos da Fonterra, Paul Grave, afirma que a projeção reflete os preços elevados de produtos derivados de leite orgânico no mercado global, em face do aumento da demanda. "O apetite dos consumidores está crescendo mais rapidamente do que a oferta", explica.

Conforme o executivo, as margens na operação de leite orgânico são similares às obtidas nos produtos mais rentáveis da cooperativa. "O mercado orgânico é lucrativo." Segundo ele, a Fonterra está focada em impulsionar a área de orgânicos para aproveitar os preços de mercado globais elevados, a fim de gerar retornos nesse segmento para beneficiar os produtores que integram a cooperativa. (As informações são do Estadão Conteúdo)
 
EUA: crescem pequenos laticínios que processam e vendem produtos com valor agregado
 

Travis Pyykkonen, de 35 anos de idade e fundador da1871 Dairy, teve a ideia de divulgar uma nova visão do leite - um produto saudável e - bucólico. Ele imaginou um local onde os clientes poderiam adicionar manteiga de blackberry e manjericão ou banana com amêndoas ao leite fresco e pasteurizado no local. Sobre alguns armários abandonados, ele viu sobremesas de iogurte e sorvetes artesanais. "Eu idealizei inicialmente um microlaticínio e uma microcervejaria", comentou Travis. 

Sua companhia 1871 Dairy atualmente já fornece leite de vacas criadas a pasto para os principais restaurantes de Chicago incluindo o Alinea, o Next e o Blackbird. Nos próximos meses, Pyykkonen mudará sua operação de Wisconsin para um bairro localizado no oeste do centro da cidade, onde os frigoríficos e os defumadores de peixe estão dedicando espaço para pequenas delicatessens e torrefadoras de café. A ação de adicionar o leite a essa longa lista de alimentos tradicionais está sendo redescoberta por jovens empresários, reintroduzindo pequenos lotes e frequentemente, com preços altos. 

Essa tendência de "leites e lácteos sofisticados" é mais do que moda. Os preços historicamente baixos do leite estão gerando dificuldades aos produtores. Eles estão abstendo-se do modelo tradicional de vender aos processadores comerciais, engarrafando seu próprio leite (além de sorvetes e iogurtes) e vendendo-o diretamente aos clientes. Além disso, eles estão anunciando as várias maneiras pelas quais esses produtos podem ser diferentes do leite convencional - seja pela não homogeneização, produção orgânica, de vacas criadas a pasto ou localmente produzidos. 

A maioria do leite dos Estados Unidos viaja menos de 160 quilômetros da fazenda à planta que o embala, de acordo com o Dairy Management Incorporated, uma organização de comércio nacional que ajudou a promover a campanha "Got Milk?". Ainda assim, somente nos últimos anos o produto tem sido promovido aos consumidores com o apelo de ser um produto local.

Atualmente, muitos cardápios de restaurantes citam a proveniência de seus produtos lácteos da mesma forma que promovem carne produzida a pasto e tomates hidropônicos. E os consumidores estão dispostos a gastar mais pelo leite de boutique nos mercados rurais e varejistas de produtos de alta qualidade. Na rede Whole Foods Markets, as vendas de leite de vacas criadas a pasto - em grande parte produzido localmente - registraram um "crescimento de duplo dígito durante os últimos dois anos e provavelmente aumentarão em 2016", disse a gerente de produtos locais da divisão do Meio-Oeste da companhia, Julie Blubaugh. 

Esse aumento é ainda mais notável dado o longo aumento nas vendas gerais de leite. O consumo anual de leite fluido caiu para 72 quilos por pessoa em 2014, de 112 quilos em 1975, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A produção americana de leite está alta, impulsionada pela demanda por queijos, manteiga e iogurte.
Ainda não há estatísticas sobre o crescimento dos microlaticínios, mas já foi identificado que um fator que impulsiona esse mercado é a nostalgia sentida pelos consumidores no momento da compra. 

O Manhattan Milk, pequeno distribuidor na cidade de Nova York, distribui garrafas de leite orgânico produzidos por animais no pasto em fazendas da região. Ele inclusive distribui os produtos nas portas de locais distantes como Greenwich, Connecticut. Uma das ideias da 1871, de acordo com Pyykkonen, é distribuir garrafas em Chicago de bicicleta. Para ele, a motivação para entrar no negócio de leite foi pessoal. Quando sua filha mais velha estava mudando do leite materno para o leite de vaca, há cerca de oito anos, ele e sua esposa começaram a prestar mais atenção aos rótulos dos lácteos. Eles notaram a falta de transparência sobre a verdadeira origem do leite ou o método de produção.

Pyykkonen ficou obsecado pelo assunto, deixou o seu trabalho e mergulhou de cabeça no assunto, lendo livros e visitando fazendas. Ele chamou sua companhia de 1871 Dairy, uma referência ao ano do grande incêndio de Chicago. No verão de 2015, ele comprou 12 vacas das raças Jersey, Guernsey e Holstein-Friesian, alimentadas a pasto. O laticínio pasteuriza o leite cru a 62oC, temperatura menor do que muitos processadores comerciais, o que ajuda a reter suas enzimas benéficas. O leite é vendido nos mercados rurais e em várias lojas varejistas de produtos diferenciados em Chicago, e assim como com muitos produtores de alimentos de pequena escala, o preço o torna um produto de nicho. Vendido por um valor de US$ 7 em um galão 1,9 litros; o produto é três vezes mais caro comparado à maioria dos leites dos supermercados. Pyykkonen aprendeu que seus clientes querem mais do que a palavra orgânico no rótulo; eles querem a satisfação de saber que o leite foi produzido perto de casa, em lotes pequenos e não em tanques industriais.

Em East Homer, Nova York, um pequeno laticínio chamado Trinity Valley começou a engarrafar seus próprios produtos em 2014 além de vender seu leite cru para grandes processadores comerciais. Branden Brown, que gerencia a fazenda com sua esposa, Rebekah, e seus pais, Ken e Sue Poole, disse que estavam perdendo dinheiro após vários anos de preços recordes baixos e viram a chance de cobrar mais por produtos premium. "Nesses dias, com o mercado de leite tão volátil, os produtores têm três opções: ter um nicho e processar seu próprio leite; ficar maior; ou sair da atividade leiteira", disse Brown.

A Trinity Valley se tornou seu próprio intermediário em 2014, convertendo os campos de milho na estrada em planta de processamento e loja de varejo. Primeiro, embalava 150 galões por semana de leite não homogeneizado puro e com chocolate. Em dois anos, o laticínio aumentou sua produção para 1.600 galões por semana, fornecendo leite a hospitais, teatros e lojas de conveniência da região central de Nova York. "Se fizéssemos isso há cinco ou 10 anos atrás, não acho que o movimento de compras de produtos locais estaria tão forte como agora, permitindo que nós e outros laticínios fôssemos sustentáveis", disse Brown.

De acordo com o grupo comercial Dairy Managemet, a indústria está perdendo uma oportunidade de marketing em não focar nos produtos locais. O vice-presidente executivo para estratégias e inovações externas, Alan Reed, disse que uma forma de aproveitar isso é destacar os produtores que produzem leite. "A história da produção do leite e dos cuidados com as vacas pode ser contada pelos produtores de leite de todo o país. Somos bons em embalar de forma eficiente em galões brancos, mas, o negócio está se direcionando para outros caminhos e precisamos acompanhar essa inovação", completou Reed. 

O diretor de marketing do Trickling Springs Creamery, pequeno laticínio em Chambersburg, Pensilvânia, Joe Miller, disse que um fator que vem acelerando esse crescimento da companhia nos últimos quatro anos é uma alteração na cara da marca: em seus sorvetes orgânicos, os rótulos agora trazem fotos das fazendas onde o leite se origina. Com o sucesso dessa campanha, o laticínio também fará uma alteração nos rótulos do leite em breve.

 "Os clientes querem aprender a história por trás dos alimentos para conhecer o seu valor", disse Miller. "Quanto mais você abre as portas para eles verem os bastidores, mais confortáveis eles se sentem com seu produto".

Da mesma forma que os chefs têm investido na televisão e nas mídias sociais, Pyykkonen espera que os produtores e processadores de leite possam se tornar bem conhecidos - ou, menos anônimos. "O segredo era fazer com que os produtores contassem as suas histórias", finalizou ele. (As informações são do The New York Times, traduzidas pela Equipe MilkPoint Indústria)

 

Ritmo da retomada das exportações agrícolas argentinas surpreende
Há poucos dias, o presidente da Sociedade Rural, Luis Miguel Etchevere, disse a produtores que a Argentina é tão boa na exportação de grãos que "basta deixá¬los no porto que alguém vai buscá¬los". Embora exagerada, a declaração simboliza o bom momento do setor no país. No primeiro trimestre deste ano, o valor das exportações argentinas do agronegócio cresceu 23,5%, com destaques para produtos como grãos, com aumento de 54%, e óleos, com 65%. O campo salvou as vendas externas, abaladas pela fraca demanda brasileira por produtos industriais, e evitou que o presidente Mauricio Macri amargasse um tombo no déficit comercial logo no começo da sua gestão. Segundo dados do Ministério da Agroindústria, nos primeiros três meses do ano a Argentina vendeu no exterior 19,9 milhões de toneladas de grãos, oleaginosas e seus subprodutos, o que representou incremento de 67,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Era esperado que as exportações de produtos agropecuários crescessem com a mudança de governo, principalmente porque foi uma promessa de Macri, desde a campanha eleitoral, acabar com as restrições e taxas que prevaleceram durante praticamente todo o ciclo kirchnerista, que durou 12 anos. Mas o resultado, em alguns casos, surpreendeu. No conjunto, a soma das vendas de itens agropecuários com os manufaturados da mesma origem atingiu US$ 8,3 bilhões do total de US$ 12,4 bilhões obtido pelo país com exportações no primeiro trimestre deste ano. A retirada da taxa de exportação para produtos como trigo e carne e a redução gradual do percentual no caso da soja foram implantadas junto com a desvalorização cambial de mais de 30% ¬ e, ainda, com o fim das restrições à compra de moeda estrangeira. A soma desses três fatores abriu as portas para o mercado externo, segundo Ezequiel de Freijo, economista da Sociedade Rural. 
 
O presidente da República também se apressou em fazer "lobby" a favor de seu país junto a outros chefes de Estado. Tudo indica, segundo informações do ministro da Agroindústria, Ricardo Buryaile, que depois de um embargo de 15 anos os limões cultivados em Tucumán, no norte argentino, voltarão a ser vendidos no mercado dos Estados Unidos. O mesmo se espera em relação à carne bovina. Segundo o ministério, o fim das restrições gerou a reabertura de vários mercados e a conquista de novos, como Alemanha, México, Egito, França, Reino Unido, Canadá e Holanda. Além disso, segundo dados divulgados pela Casa Rosada, aumentou o número de portos nos quais a Argentina poderá desembarcar seus produtos. Os que registraram maior aumento no volume exportado no primeiro trimestre foram trigo (105%), óleo de soja (89%), milho (84%), óleo de girassol (80%) e farinha de soja (73%). O trigo é emblemático, já que volumes muito pequenos do produto saíram da Argentina durante o governo de Cristina Kirchner, que tentava, com isso, evitar o aumento no preço local da farinha. Segundo o ministério, os triticultores recuperaram mercados históricos como Egito, Marrocos, Indonésia e Vietnã. O governo Macri também se reaproximou do Brasil, historicamente o principal destino das vendas externas do produto. Há cerca de três meses, o ministro Buryaile se reuniu com dirigentes da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) para retomar o vínculo. Em 2006, um ano antes de Cristina assumir a presidência, o Brasil importou da Argentina cerca de 6 milhões de toneladas do cereal. O resultado do agronegócio no exterior ajudou a compensar a queda de 22% das vendas externas de produtos de origem industrial, altamente dependentes do mercado brasileiro. No geral, as exportações argentinas cresceram 3% de janeiro a março em relação a igual intervalo de 2015, segundo dados oficiais. Mas, puxado pelo agronegócio, o segmento de produtos primários registrou aumento bem maior, de 39%. Os manufaturados de origem agropecuária avançaram 15%. Graças ao campo, o déficit na balança caiu de US$ 1,2 bilhão para US$ 381 milhões na comparação entre os primeiros três meses de 2015 e 2016. Mas o que mais anima o setor é o que vem pela frente. Chamou a atenção de Freijo o crescimento de 70% na produção da indústria química no primeiro trimestre. Segundo ele, o resultado revela que os fabricantes de agrotóxicos se preparam para as próximas encomendas. "Em maio será a campanha do trigo e em setembro virão milho e soja". 
 
O economista lembra que para a carne bovina, no entanto, os resultados mais expressivos vão demorar mais tempo para aparecer porque a primeira providência dos pecuaristas foi aumentar o estoque. O reflexo da retomada do setor começa a aparecer também na venda de máquinas. Segundo Etchevere, durante os quatro dias de uma recente exposição do setor as vendas de tratores e colheitadeiras somaram US$ 8 bilhões. "A partir de agora a Argentina vai produzir muito mais, o que mostra que isso não era tão difícil como o governo anterior tentou mostrar", destaca ele. O recente recuo do dólar em relação ao real também animou os produtores rurais argentinos. "Quando o dólar estava em mais de R$ 4, o Brasil era um competidor forte; mas, com valores em torno dos R$ 3,50, estamos um pouco mais equiparados", afirma Freijo. Por enquanto não há previsões do quanto podem aumentar as exportações do agronegócio argentino em 2016. Mas o resultado seria melhor não fossem as fortes chuvas de abril, que afetaram fortemente as plantações e a pecuária. A soja foi a mais atingida. Etchevere calcula a perda de 4 milhões de toneladas num ano em que se esperava produzir 60 milhões. O prejuízo vai chegar a mais de US$ 1 bilhão, segundo ele. Um quadro de inundações nunca visto na história recente da Argentina terminou com mais de 40 mil famílias desalojadas, caminhos intransitáveis e apodrecimento dos grãos. "Trabalho há 30 anos no campo e nunca havia visto nada igual", afirma o produtor Luis Angriman. Na sua Província, Entre Rios, na região central do país, em apenas 25 dias choveu mais do que a média da água que historicamente cai ao longo de um ano. Ele estima que vai perder entre 50% e 60% da sua produção de soja e de 20% a 30% do cultivo de arroz. Como ocorreu a tantos outros produtores argentinos, a inundação atrapalhou muito o sonho de Angriman de que a partir da mudança de governo haveria um salto de produção. "Quando começamos a colheita veio a chuva", afirma o produtor. (Valor Econômico)
 
 
2ª Mostra da Terneira será realizada na Expocon de Condor no próximo final de semana
Com produção de leite estimada em 25,5 milhões de litros ao ano, Condor, na região Noroeste do Estado, investe na criação de terneiras. Na próxima sexta-feira (13/05), às 13h30, a médica veterinária da Embrapa, Renata Suñé, e o extensionista da Emater/RS-Ascar, Felipe Bieger, estarão no município do Corede Noroeste Colonial proferindo palestra sobre A importância da criação da terneira no futuro rebanho leiteiro e sobre Genética. As palestras irão se realizar na Câmara de Vereadores de Condor e fazem parte da programação da Feira Regional da Agroindústria, Comércio, Agricultura Familiar, Agronegócio e Show (Expocon), que se realiza de 13 a 15 de maio. Ainda dentro da programação da Expocon, no sábado (14/05), um júri irá premiar os melhores exemplares das raças Jersey e Holandesa, inscritas na 2ª Mostra da Terneira de Condor. De acordo com a Emater/RS-Ascar, 13 produtores de leite do município enviaram animais para serem avaliados em quatro categorias: terneira menor jersey, terneira menor holandesa, terneira maior jersey e terneira maior holandesa. Foram inscritas 50 terneiras, 14 a mais do que na primeira edição da Mostra. Os animais ficarão expostos ao público até o encerramento da Expocon, no domingo, na rua 15 de Novembro, no centro da cidade. (Emater - RS)

 

Porto Alegre, 06 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.261

 

   Balança comercial de lácteos apresenta maior déficit desde fevereiro de 2000

A balança comercial de lácteos teve um déficit de 18.603 toneladas em abril, déficit 31% maior que o apresentado no mês anterior. Em valores, o déficit da balança de lácteos foi de US$ 49,4 milhões. O resultado é reflexo da estagnação do volume exportado aliada a uma forte alta nas importações.

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto.

 Fonte:MDIC

As exportações apresentaram leve aumento de 3,8% em valor e de 1,0% em volume. Em abril, foram exportadas 2,81 mil toneladas de produtos lácteos, contra 2,79 mil toneladas em março. Na comparação com abril de 2015 a queda nas exportações em volume foi de 40%.

Já as importações, tiveram alta de 26% frente a março. Com destaque para o leite em pó integral (+72%), manteigas (+149%) e queijos (+2%). Já o leite em pó desnatado (-28%) e o soro de leite (-4%) apresentaram quedas no volume comercializado. 

O aumento das importações de leite em pó ocorreu, principalmente, devido a um crescimento de 124% nos volumes com origem no Uruguai: somente em abril, cerca de 8,4 mil toneladas de leite em pó (integral e desnatado) tiveram o país como origem, o equivalente a 54% do total importado de leites em pó. Outras 5,8 mil toneladas vieram da Argentina; 1,2 mil toneladas do Chile e 225 toneladas foram importadas do Paraguai. (A matéria é da equipe MilkPoint, a partir de dados do MDIC)

 
 
 
FAO: índice de preços dos lácteos caiu 2,2% devido à ampla oferta global e demanda limitada
 
O Índice de Preços dos Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) atingiu 151,8 pontos em abril, com alta de 0,7% ante março. O avanço "relativamente forte" dos preços dos óleos vegetais, somado a um ganho moderado nas cotações de cereais, superou a queda dos laticínios e açúcar. A alta verificada em abril é a terceira consecutiva, aponta a FAO.

O índice considera uma média ponderada dos preços internacionais de cinco grupos de commodities: cereais, óleos vegetais, laticínios, carne e açúcar.

 

Os óleos vegetais lideraram o movimento, registrando um avanço de 4,1% em abril na comparação com março, para 166,4 pontos. O óleo de palma foi o componente que mais se valorizou no período, atingindo a máxima dos últimos 17 meses, sustentado por temores de produção baixa em 2016 e demanda global crescente. As cotações internacionais do óleo de soja também ficaram firmes, diante de condições menos favoráveis à produção na América do Sul.

Os cereais, por sua vez, avançaram 1,5%, muito próximos dos 150 pontos. Os preços do milho foram os que mais avançaram, influenciados pelo dólar mais fraco e acompanhando a alta nos óleos vegetais. Ainda assim, condições climáticas favoráveis e a expectativa de grande oferta na nova safra limitaram os ganhos no trigo. A FAO apontou que os preços, apesar da alta em abril, estão 10,4% abaixo em relação ao mesmo mês do ano passado.

No segmento de laticínios, houve queda de 2,2% na mesma base de comparação, para 127,4 pontos. Os preços de todos os lácteos caíram no período, prejudicados por ampla oferta global e demanda limitada em mercados tradicionalmente importadores. Assim como no último mês, manteiga e queijoregistraram uma queda mais acentuada, pressionados pelo crescimento dos estoques em países exportadores.

O índice de preços do açúcar ficou em 215 pontos, 1,7% inferior ao verificado no último mês. A queda reflete a ampla disponibilidade de açúcar para exportação no Brasil, onde se espera que a safra 2016/17 seja a segunda maior da história. Também há a expectativa de que haja uma redução do uso da cana-de-açúcar para produção de etanol. Ainda assim, a perspectiva de déficit global pelo segundo ano consecutivo limitou as perdas.

O índice de preços de carnes ficou 0,8% abaixo do verificado em março, atingindo 146,6 pontos. Os níveis de preço das carnes de porco e frango ficaram praticamente estáveis, refletindo um bom equilíbrio entre oferta e demanda. A carne de carneiro avançou, enquanto a carne bovina registrou a maior alta. Fornecimento limitado e um avanço da demanda norte-americana levou os preços de exportação na Austrália ao maior nível desde outubro de 2015. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)

Mapa do Observatório do Mercado Leiteiro aponta aumento na produção leiteira da UE

A produção de leite na União Europeia (UE) aumentou um ano após o fim das cotas de produção de leite, com o último mapa do Observatório do Mercado Leiteiro (MMO) mostrando que a produção da Irlanda aumentou bem mais do que em outros Estados Membros. Para o período, de janeiro a fevereiro de 2016, a produção total de leite nos Estados Membros da UE aumentou 7,4% com relação ao período correspondente em 2015.

Entretanto, o país que se destaca, como mostra o mapa abaixo, é a Irlanda, onde as entregas de leite de janeiro a fevereiro nesse ano aumentaram 35,6% com relação ao período correspondente no ano anterior. Os dados mostram que Luxemburgo teve o segundo maior aumento na produção (+23,2%), seguido por Bélgica (+20,6%) e Holanda (+18,5%). No Reino Unido, a produção de leite aumentou 3,6% no período.


 
Em 2016, a Comissão Europeia previu que a produção de leite na UE poderá crescer cerca de 2 milhões de toneladas. Embora um crescimento limitado seja esperado na França, onde as cooperativas e as companhias de lácteos limitam incentivos aos produtores para a expansão da produção, aumentos significativos são esperados em Irlanda, Holanda e Dinamarca. Maiores entregas também podem ocorrer no Reino Unido, onde somente uma expansão limitada é esperada na Alemanha.

Ao contrário dessa tendência, a Comissão disse que a parte leste da UE poderá registrar uma estabilização na produção, especialmente devido aos desenvolvimentos do rebanho em Polônia, Hungria, Eslováquia e Países Bálticos. (As informações são do AgriLand, traduzidos pela Equipe MilkPoint)

 
Santa Clara Lança Queijo tipo Grana Ralado
A Cooperativa Santa Clara incrementa sua linha de queijos com o Tipo Grana ralado. Com maturação de doze meses e fiel à receita italiana, o produto é encontrado em pacotes de 50 gramas. O Queijo Tipo Grana possui sabor frutado e aroma de manteiga, uma massa dura e amarelo-palha. Combina com molhos, massas, risotos, pizzas e saladas, possui baixo teor de sódio e é rico em cálcio, já que são necessários quinze litros de leite para produção de um quilo de queijo. O Queijo tipo Grana ralado é zero lactose, pois passa por um período de maturação longo, no qual enzimas presentes no leite, chamadas lactase, são eliminadas naturalmente no processo de amadurecimento do produto. Queijos com mais de 60 dias não apresentam lactose e podem ser consumidos normalmente. O produto pode ser encontrado nos mercados da região Sul e em São Paulo. (Cooperativa Santa Clara)
 

 

Porto Alegre, 05 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.260

 

   RS: Balanço Social da Embrapa destaca Rede Leite, diz Emater/RS

A Embrapa acaba de divulgar seu Balanço Social de 2015. O documento coloca a Rede Leite entre as oito experiências brasileiras que mais contribuíram no período para o lucro social da entidade, no valor de R$ 26,87 bilhões. Esse número leva em conta o impacto econômico das 104 tecnologias e de aproximadamente 200 cultivares, desenvolvidas e transferidas à sociedade no ano passado. Investir em tecnologia, segundo a Embrapa, realmente vale a pena, pois a relação lucro social/receita líquida, em 2015, foi de 9,23, ou seja, cada real aplicado gerou R$ 9,23 para a sociedade brasileira.

"É o reconhecimento a um trabalho desenvolvido em rede, que envolve vários parceiros e que não tem a Embrapa como protagonista", disse o pesquisador da Rede Leite da Embrapa Pecuária Sul, Gustavo Martins da Silva. "A Rede Leite tem gerado algumas referências positivas, importantes a outros processos de desenvolvimento rural, a partir de alguns aprendizados, como, por exemplo, a metodologia de pesquisa e extensão", completou o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul.

Em Ijuí, onde a Embrapa ocupa uma sala no Escritório Regional da Emater/RS-Ascar, a notícia foi bem recebida pelo gerente regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí. "A atividade leiteira tem coesão social e o Programa reforça isto, um olhar para o social, o econômico e o ambiental, voltado à geração de renda e à sucessão rural", disse Carlos Turra.

Na lista de destaques do Balanço Social da Embrapa há duas experiências do Rio Grande do Sul, sendo uma delas a Rede Leite (Programa em Rede de Pesquisa-desenvolvimento em Sistemas de Produção com Atividade Leiteira). Nos últimos quatro anos, a Rede aponta aumento médio de produtividade de 6.000 litros/ha/ano para mais de 9.000 litros/ha/ano, com a produção anual por vaca atingindo 5.500 litros de leite. Contudo, a Rede Leite também ressalta melhora de indicadores sociais, ambientais e econômicos nas mais de 50 pequenas propriedades rurais do Noroeste gaúcho, acompanhadas pelo

Programa
Formalmente, participam da Rede Leite oito instituições: Emater/RS-Ascar, Embrapa, Universidade de Cruz Alta (Unicruz), Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), Instituto Federal Farroupilha campus Santo Augusto, Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), Coperfamiliar e Rede Dalacto.

Destaques
Também são destaque no Balanço Social 2015 da Embrapa as seguintes experiências: Sistema de saneamento básico rural, Variedades de uva sem sementes, Chip reduz tempo do melhoramento genético do eucalipto, Sistema de produção de pupunha para palmito na agricultura familiar, Consórcio de pesquisa consolida liderança mundial do café brasileiro, Sistema de produção agroecológica demonstra soluções da pesquisa para a agricultura orgânica e Revista Pesquisa Agropecuária Brasileira (PAB) completa 50 anos de bons serviços ao agronegócio brasileiro. (Fonte: Emater/RS-Ascar)

 
 
Kátia Abreu e Dilma assinam decreto que institui a Força Nacional-Suasa

A presidente Dilma Rousseff e a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) assinaram, nesta quarta-feira (04), o decreto que institui a Força Nacional do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (FN-Suasa). O grupo de elite será formado por fiscais agropecuários para executar medidas de prevenção, vigilância, assistência e controle de situações de risco epidemiológico e de desastres fitossanitários e zoossanitários que ameacem lavouras e rebanhos.

"Em qualquer foco, evento e ameaça nos estados ou na fronteira com outros países, a Força Nacional poderá agir rapidamente, com metodologias e critérios, para que possamos ter confiança em toda parte do mundo", disse a ministra Kátia Abreu.

A FN-Suasa será articulada por entidades públicas e privadas, coordenada pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), tendo como instâncias intermediárias as agências estaduais de defesa agropecuária dos estados e do Distrito Federal. "Temos que estar muito bem preparados para defender nossa produção agropecuária da forma mais valente possível. E para isso contamos com todos os servidores do ministério", ressaltou a ministra.

O grupo terá 628 fiscais agropecuários federais, estaduais e municipais. Desse total, 270 são do quadro do ministério. Eles receberão equipamento, coletes e uniformes. "A criação de uma força nacional eleva o nível da importância estratégica para a atividade da agricultura e pecuária nacional", afirmou o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luís Rangel.

A iniciativa faz parte do Plano de Defesa Agropecuária 2015-2020, apresentado pelo Mapa em maio de 2015. (As informações são do Mapa)
 
 
Preços de commodities em reais têm 3 ª queda seguida 

As matérias-¬primas que têm influência sobre a inflação brasileira registraram o terceiro mês consecutivo de queda em abril. Pelos cálculos do Banco Central (BC), o Índice de Commodities Brasil (IC¬Br) caiu 3,09% no mês passado, após baixa de 4,4% em março. No ano, o índice tem queda de 6,01%, mas sobe 8,56% em 12 meses. O indicador é construído partindo dos preços das commodities agrícolas, metálicas e energéticas convertido para reais. Seu equivalente internacional, o "Commodity Research Bureau" (CRB), mostrou variação negativa de 0,33% em abril, e sobe 15,71% em 12 meses. Entre os três subgrupos que compõem o IC¬Br, o de commodities agropecuárias (carne de boi, carne de porco, algodão, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café e arroz) mostrou queda de 3,88% no mês, após baixa de 5,46% em março. No ano, a queda é de 8,25%, mas em 12 meses o índice ainda sobe 11,69%. Houve queda também no preço das commodities metálicas, que recuaram 2,06% em abril, após baixa de 1,89% em março. No ano, sobem 2,75% e em 12 meses, 6%. As commodities energéticas (petróleo Brent, gás natural e carvão) mostraram alta de 1,36% no mês, após leve aumento de 0,21% em março. No ano, no entanto, acumulam queda de 2,26%, e baixa de 8,85% em 12 meses. Observando o comportamento da média móvel trimestral, indicador mais usado para captar tendência, o IC¬Br aponta queda de 2,98% em abril após retração de 0,99% em março e alta de 0,9% em fevereiro. (Valor Econômico)
 

Preços/MG 
Os custos de produção elevados e os preços baixos pagos pelo leite em Minas Gerais têm comprometido a capacidade de os pecuaristas investirem na produção. O desestímulo, aliado ao início da entressafra do leite, fez com que a captação no Estado recuasse 8,8% em março. Com um volume menor, o preço líquido do litro subiu 6,43% em abril, referente à produção entregue em março. Mesmo com a valorização, a margem do produtor continua limitada e a tendência é de nova queda produtiva e de elevação de preços. Os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostram ainda que Minas Gerais, principal bacia leiteira do País, registrou o maior recuo na captação, 8,8%. Além do período de entressafra, muitos produtores adiantaram a secagem das vacas para reduzir os custos, uma vez que os preços atuais do leite são insuficientes para garantir lucro. (Diário do Comércio)

         

Porto Alegre, 04 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.259

 

   Exportações de lácteos para a Rússia totalizaram R$ 2,5 milhões em 2015

Um dos principais alvos do esforço do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para ampliar as exportações de produtos lácteos é a Rússia. Em 2015, as exportações do setor para aquele país somaram US$ 2,5 milhões. Os resultados das ações do Mapa para intensificar os negócios com o mercado russo na área de lácteos foram apresentados durante o lançamento do Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite (SIMQL), ontem (3), em Brasília.

A atuação do Mapa também resultou na habitação de 26 estabelecimentos de produtos lácteos para negociar com a Rússia. A expectativa é que o SIMQL, desenvolvido pelo Mapa em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), contribua para fortalecer as relações do país com os mercados importadores do setor de laticínios.

A meta do Brasil é triplicar o volume de embarques de lácteos para os países com maior potencial de importação, como Rússia e China. "Estamos juntos com o setor produtivo para aumentar a sua competitividade", ressaltou a secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Tatiana Palermo. Além da abertura de novos mercados, outro estímulo destinado às propriedades que produzem leite foi a liberação dos créditos presumidos PIS/COFINS.

Segundo a secretária de Mobilidade Social e do Produtor Rural e do Cooperativismo, Tânia Garib, em sete meses, 40 projetos submetidos ao Programa Leite Saudável totalizaram cerca de R$ 17,8 milhões em desonerações e beneficiaram 10.139 mil produtores no Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo com assistência técnica e extensão rural.

O programa concede a laticínios benefícios no recolhimento do PIS/Cofins. De acordo com a Lei 13.137/2015, os projetos são desenvolvidos por pessoas jurídicas que compram leite in natura e o processam para venda, inclusive cooperativas. As empresas têm direito a recuperar 50% da contribuição de 9,25% do PIS/Cofins, desde que destinem o equivalente a 5% desses recursos a iniciativas que promovam a melhoria da qualidade e da produtividade dos produtores.

Cada laticínio elabora o projeto de assistência técnica rural mais adequado à sua realidade e estabelece metas e indicadores de monitoramento para atingir os objetivos, conforme os benefícios fiscais que dispõem por meio dos créditos presumidos (PIS/Cofins). A meta do Mapa é investir R$ 387 milhões, até 2019, para promover a ascensão social de 80 mil produtores e melhorar a competitividade dos produtores brasileiros.

Foram enviados para o Mapa cerca de 207 projetos, totalizando mais R$ 90 milhões. O período de duração dos projetos é de até três anos. Empresas interessadas em mandar propostas para análise podem ter mais informações aqui.

Nos estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, 3.620 propriedades que produzem leite estão sendo selecionadas pelo Programa Leite Saudável para receber assistência técnica gerencial. A primeira fase do programa está sendo viabilizada com o repasse de R$ 19,356 milhões do Mapa para o Senar Nacional e a Cooperativa Cooperideal. 

"Com isso, as propriedades que produzem leite receberão assistência técnica mensal por um período de 24 meses, além dos cursos de capacitação, visando melhorar a gestão da propriedade, produção de leite, implantar as boas práticas e gerar maior renda ao produtor rural", disse Tânia Garib. (As informações são do Mapa)
 

 
Demanda chinesa por lácteos aumenta e taxa de crescimento da produção mundial estabiliza

O mercado de lácteos está se encaminhando para um equilíbrio, à medida que os baixos preços impulsionam uma queda na produção na Nova Zelândia, maior exportador mundial, enquanto a demanda da China e da América Latina aumenta. A cooperativa de lácteos neozelandesa Fonterra anunciou que suas captações na Nova Zelândia caíram 3,3% nos dez meses até março. As captações em março caíram 2,4%, para 136,1 quilos de sólidos do leite (cerca de 1,61 bilhão de quilos de leite).

"As menores captações de leite para a estação de 2015-16 são em grande parte resultado do ambiente de baixo preço do leite, onde os produtores continuam reduzindo as taxas de lotação e a alimentação suplementar visando reduzir os custos". A produção para o resto da estação na Nova Zelândia, que termina em 31 de maio, "continuará sendo influenciada por uma mudança no sistema de produção, como queda nas taxas de lotação e alimentação suplementar, à medida que os produtores respondem ao ambiente de preços baixos", disse a Fonterra.

A Associação de Companhias de Lácteos da Nova Zelândia (DCANZ) reportou que a produção de leite no país caiu 1,7% com relação ao ano anterior em todo o país no mês de março (para 1,75 mil toneladas). Tobin Gorey, do Commonwealth Bank of Austrália, disse que a queda "ainda foi menor do que gostaríamos de ver, mas foi uma queda".

Produção de leite estabiliza
A taxa de crescimento da produção de leite na União Europeia (UE) estabilizou, enquanto a queda em outros países exportadores caiu, disse a Fonterra. A produção de leite na UE aumentou 5% em janeiro, disse a Fonterra, mas a UE previu um aumento de apenas 1% na produção durante 2016. Nos Estados Unidos, a taxa de crescimento da produção de leite "continua lenta", disse a Fonterra, à medida que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) previu um aumento de 1% durante 2016.

Demanda chinesa
As importações pela China de produtos da Fonterra aumentaram 14% com relação ao ano anterior, com a demanda por fórmulas infantis aumentando 38%. As importações chinesas durante os 12 meses até fevereiro aumentaram 6%. A demanda de outras áreas importantes está forte também, com as importações da América Latina aumentando 10% em 2015 e as importações da Ásia, excluindo a China, aumentando 8%. Porém, as compras do Oriente Médio e da África estão mais fracas, aumentando apenas 1% durante 2015, e caindo 9% em dezembro, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. (As informações são do Agrimoney)


Alta do preço do leite ao produtor em abril, mas custos de produção não dão trégua

No pagamento de abril, referente à produção entregue em março, foi registrada a maior alta no preço do leite ao produtor este ano, de 3,3%, em relação ao pagamento anterior. Segundo levantamento da Scot Consultoria, o preço médio nacional ficou em R$1,042 por litro. O produtor está recebendo 14,0% mais pelo leite, na comparação com o mesmo período do ano passado, em valores nominais.

A concorrência entre as indústrias continua forte, com a produção caindo nos principais estados produtores. Segundo o Índice Scot Consultoria para a Captação de Leite, em março de 2016, a produção, considerando a média nacional, diminuiu 2,1%, em relação ao mês anterior. A expectativa é de alta para produtor de leite no próximo pagamento, a ser realizado em maio. Porém, do lado dos custos de produção o produtor não tem trégua. Na comparação com igual período do ano passado, os custos da pecuária leiteira subiram 26,2% para a pecuária leiteira de alta tecnologia. (Scot Consultoria)
 

MAPA prorroga normativa sobre qualidade do leite
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, anunciou a prorrogação por dois anos da exigência das alterações na instrução normativa 62, que apresenta os critérios de qualidade do leite. O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, explica essa prorrogação e como o setor recebeu o anúncio. CLIQUE AQUI para assistir o vídeo. (Canal Rural)

         

Porto Alegre, 03 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.258

 

   Setor produtivo comemora prorrogação da IN 62

Depois de negociação entre autoridades sanitárias e lideranças do setor produtivo, foi anunciada, hoje (3/5), em reunião convocada pelo Ministério da Agricultura, em Brasília, a prorrogação por dois anos dos novos limites para o leite previstos na Instrução Normativa 62, que entrariam em vigor em 1º de julho de 2016. O texto regula os níveis de contagem de bactérias (Contagem Padrão em Placas - CPP) e Contagem de Células Somáticas (CCS), critérios importantes para definir a qualidade do leite produzido no campo. Com a decisão, os tambos brasileiros seguem operando  com parâmetros de contagem máximo de 500 mil CS por ml ao invés de ver o controle acirrado para 400 mil CS/ml. Quanto à contagem de bactérias, o parâmetro continua em 300 mil UFC/ml ao invés de diminuir para 100 mil UFC/ml, como estava inicialmente previsto.

Datada de 29 de dezembro de 2011, a IN 62 traz os parâmetros a serem seguidos no campo em uma escalada que aumenta o rigor quanto a questões sanitárias e de higiene. O texto - que deu seguimento à antiga IN 51/2002 - ainda narra processos a serem seguidos, como a limpeza dos tetos das vacas e a uniformização dos profissionais envolvidos com a ordenha. 

Veja abaixo a tabela de escalado do controle:
 

Altamente rigorosa, a tabela inicialmente definida pela IN 62  (acima) impõe redução drástica nos parâmetros principalmente para os estados da região Sul. "Como o leite é um organismo vivo, essa redução é considerada muito brusca para um setor que lida com diversas variáveis. Não são critérios que se pode mudar em quatro ou cinco anos. Nosso pleito sempre foi por mais prazo", pontuou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que acompanhou a reunião em Brasília.

Segundo ele, o setor ficou satisfeito com a prorrogação uma vez que dá aos produtores e, consequentemente, aos latícinios um pouco mais de tempo para adaptação. "É preciso entender que os padrões atualmente previstos pela legislação brasileira são muito mais rígidos do que os de muitos outros países. A IN 62 hoje já é mais exigente do que a lei norte-americana", esclareceu Palharini. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Carlos Silva
 
 
gDT 

O Índice gDT de hoje continua mostrando a volatilidade do mercado mundial de lácteos, voltando a cair 1,4%, fechando o evento em US$ 2.203/tonelada. Cheddar e Caseína mostraram alguma recuperação, e o leite em pó integral ficou praticamente estável. Todos os outros produtos negociados tiveram queda em suas cotações. Nos contratos fechados até novembro de 2016 as cotações também caem, com algumas poucas exceções. A variação dos quatro produtos que tiveram contratos futuros para novembro, não chegou a US$ 100/toneladas, indicando que a retomada dos preços dos produtos lácteos não deverá ocorrer antes do final do ano. Embora ligeiramente acima dos valores de julho a agosto de 2015, o Índice gDT se mantém nos menores patamares dos últimos quatro anos, sem perspectivas de reação no curto prazo. (Terraviva e GDT)

 
 
 

Fepale: estabilidade no consumo de leite da América do Sul preocupa

O presidente da Federação Panamericana de Leite (Fepale), Bernardo Macaya, disse durante o 14º Congresso realizado no Chile que continua sendo uma preocupação a estabilidade no consumo de leite em alguns países da América do Sul. Macaya disse que o consumo não tem tido aumentos com o vigor que esperavam e declarou que, no setor leiteiro, "deveria haver um impulso total na inovação de produtos lácteos para chegar a nichos de mercados que precisam de inovação e certamente serão mais competitivos".

Como exemplo, o presidente da Fepale explicou que, em exposições de todo o mundo, é muito comum encontrar campanhas relacionadas às bebidas lácteas destacando que elas fornecem proteínas extras aos atletas. "Na América do Sul ainda não fazemos esse tipo de campanha e precisamos testá-la". Para isso, Macaya disse que "as indústrias têm que buscar mecanismos para melhor adicionar o leite em todas as oportunidades que existem".

Outro ponto importante que a Fepale deve contemplar está relacionado com a boa promoção do leite no mundo. "A Fepale busca combater tudo o que fala mal do produto. Temos que falar mais bem do leite e ressaltar os seus benefícios". 

"Fica confirmado que a melhor atitude que se pode tomar sempre nos períodos ruins e de crise é obter o melhor da situação para revertê-la e enfrentá-la para se sair bem em uma atividade que é totalmente animadora em médio e longo prazo". (As informações são do El País, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Preços/UE 

Na União Europeia (UE), a captação de leite aumentou 7,4% no bimestre janeiro/fevereiro de 2016 (+1,7 milhões de toneladas), conforme dados apresentados na última reunião do Observatório Lácteo da UE, realizada no dia 26 de abril. Parte do aumento pode ser atribuído ao fato de fevereiro de 2016 ter um dia a mais.

Os aumentos foram particularmente fortes na Irlanda, Luxemburgo, Bélgica e Holanda, em percentuais, mas em termos de volume os maiores aumentos ocorreram na Alemanha, Holanda, Polônia e Irlanda. Estas cifras referem-se ao leite captado, ou seja, aquele que entra nas indústrias de laticínios e é comunicado às autoridades nacionais, independentemente de o leite vir de produtores do mesmo país, ou de outros países. Quanto ao preço do leite, este se aproxima de 29,3 c/kg, [R$ 1,14/litro], em fevereiro e espera-se que em março, caia para 28,6 c/kg, [R$ 1,11/litro]. Os bancos estão cada vez mais reticentes em relação a investimentos na indústria láctea, dada a atual falta de rentabilidade e das perspectivas de curto prazo. Ao nível mundial, a produção de leite também continua aumentando. Subiu 3,4% no bimestre janeiro/fevereiro de 2016, devido principalmente ao incremento da UE. 

O crescimento da produção nos Estados Unidos, em março, foi maior que a esperada (+1,8%). O USDA prevê que em 2016 o aumento será de 1,5%. A produção na Nova Zelândia também foi maior do que o esperado, em fevereiro (+2%), mas é provável que a campanha termine menor do que a do ano anterior. Na Argentina, a produção foi afetada, recentemente, por chuvas torrenciais. A demanda mundial mostra maior dinamismo com um particular impulso das importações chinesas em janeiro de 2016. As exportações da UE continuam muito bem, em termos de volume, mas com níveis de preço mais baixos. As cotações dos produtos lácteos na UE continuam sofrendo pressão para baixo diante do aumento da oferta. Os preços do leite em pó desnatado oscilam em torno do nível de intervenção. Os estoques de leite em pó desnatado atingem altos volumes. Os de manteiga são inferiores. Em relação aos queijos, não existe crescimento importante, já que as empresas em geral, aumentaram suas capacidades de secagem, mantendo os volumes extras de leite fora do mercado de queijo.

No mercado mundial, os preços em dólares mostram tendências mistas. A pressão de baixa na manteiga não foi tão forte como em outros produtos. Os preços da manteiga nos Estados Unidos inclusive aumentaram, recentemente. Em geral, o mercado permanece baixista. O Observatório estima que a evolução da demanda mundial é uma esperança, mas os preços do leite ao produtor e os preços dos produtos lácteos continuam sob pressão de baixa, devido à deterioração do equilíbrio do mercado na UE. A recuperação dos preços não chegará até que a oferta se equilibra com a demanda. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

Atacarejo 
As lojas que misturam atacado e varejo, com apelo de ter preços melhores que o dos supermercados, ficaram conhecidas no Brasil por atrair consumidores mais pobres ou pequenos empreendedores, como dogueiros e donos de pizzarias. Mas a crise começa a mudar essa lógica. Em 2015, quase metade das famílias de alta renda fizeram compras, pelo menos uma vez, em um atacarejo, como são chamados esses estabelecimentos. Pesquisa da consultoria Kantar Worldpanel mostra que, no ano passado, 49% das famílias das classes A/B foram ao menos uma vez se abastecer nos atacarejos. A consultoria, que visita semanalmente 11,3 mil domicílios espalhados pelo país para saber onde e como os brasileiros consomem itens básicos, revela que esse resultado supera a média para todos os estratos sociais e da classe C, que foi de 39%. Também ficou muito acima do obtido para as camadas mais pobres. Em 2015, quase um terço dos lares das classes D/E compraram no atacarejo. "Diante da necessidade de racionalizar as compras por causa da crise, os mais ricos passaram a frequentar esse tipo de loja porque sabem que podem ter algum benefício de preço", explica a diretora da consultoria, Christine Pereira. (Época Negócios)

 

         

Porto Alegre, 02 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.257

 

   Cotrilac é o primeiro laticínio com inspeção estadual indica SISBI-POA
Crédito: Gabriel Leão/ Secretaria da Agricultura 

A primeira empresa gaúcha de inspeção estadual do setor lácteo teve sua indicação ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA) confirmada nesta quinta (28/04). A medida autoriza a Cotrilac, de Anta Gorda, a comercializar seus produtos além das fronteiras do Rio Grande do Sul. A inclusão no Sistema equipara as exigências para inspeção estadual ao padrão nacional, liberando, desta forma, acesso a novos mercados. A certificação foi entregue pelo secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, durante a abertura da 6ª FestLeite, em Anta Gorda.

Responsável pela produção dos produtos Latsul e Bella Estância, a Cotrilac possui uma captação mensal de aproximadamente 1,5 milhão litros de leite. Segundo a proprietária da Cotrilac, Nádia Penso, obter a certificação é um reconhecimento ao trabalho desenvolvimento nos últimos anos pela empresa. "Com a venda para outros Estados, diminui a nossa dependência do comércio interno, possibilitando, inclusive, um equilíbrio nos preços pagos aos nossos produtores de leite", destaca a empresária. 

O início dos negócios ainda deverá demorar um pouco, em função da necessidade de adaptações e ajustes nas embalagens, como nomenclaturas. "Já estamos prospectando alguns negócios, especialmente nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste", adianta ela, ressaltando o apoio dado pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat).

Além dos benefícios fiscais que advém da medida, ela também representa abertura de mercado e estimula a concorrência dos produtos lácteos gaúchos em outras praças. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, considerou a certificação como o coroamento de um longo trabalho realizado pela empresa. "Parabenizamos e reconhecemos essa conquista da Cotrilac, que com certeza é um marco para o setor no RS", disse.

A inclusão da empresa no sistema de inspeção levou meses de trabalho, ação essa que foi acompanhada de perto pelo Sindilat. Com apoio técnico, o sindicato auxiliou a associada Cotrilac por meio de visitas e orientação dos processos. "Além da importância nessa conquista, as ações promovidas pelo Sindilat reforçam o seu compromisso com o leite gaúcho", pontua Nádia.

O movimento da Cotrilac deve ser seguido por outras empresas, muitas delas já encaminharam solicitação à Secretaria da Agricultura. Atualmente, apenas frigoríficos com inspeção estadual estavam habilitados ao SISBI-POA. Segundo o chefe substituto da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), Vilar Ricardo Gewehr, para receber a indicação ao sistema, a empresa precisa atender uma série de exigências estruturais e processuais que garantam a inocuidade e a segurança dos alimentos comercializados.

Segundo Ernani Polo, a certificação da Cotrilac é uma conquista muito importante. "Após um período sem poder realizar indicações, agora temos este momento como uma retomada das ações da Seapi para indicações ao Sisbi, fruto de um trabalho dedicado de nossa equipe, especialmente do Dipoa", afirmou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Primeira etapa da vacinação contra aftosa começou ontem (01) na maioria dos estados
Começou no último domingo (01/05) a primeira etapa da vacinação contra a febre aftosa na maioria dos estados brasileiros e no Distrito Federal. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), cerca de 170 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos devem ser imunizados contra a doença até o dia 31 de maio. 

A vacinação é obrigatória para todos os animais, independentemente da idade, no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins. Nestes estados, a dose deve ser aplicada até o dia 31 de maio. Já em Mato Grosso do Sul, o trabalho deve ser concluído até 15 de junho. Nos estados do Acre, Espírito Santo, Mato Grosso, Paraná, Rondônia e São Paulo os produtores aplicam a vacina apenas nos animais com idade até 24 meses. Em Roraima deverá ser realizada a vacinação de todo o rebanho bovino e bubalino.

Segundo o Departamento de Saúde Animal (DSA) do Mapa, o produtor que não imunizar o rebanho sofre restrição quanto à movimentação do gado e pode ser multado. Depois de vacinar os animais, o criador deve ir até o local mais próximo do serviço veterinário oficial do estado ou do Distrito Federal para comprovar que aplicou a dose da vacina. A primeira etapa da vacinação já havia começado em março no Amazonas e Pará. Já em Rondônia e Roraima a campanha começou agora em abril. Em Rondônia a campanha vai até 15 de maio e Roraima a etapa de vacinação será prorrogada até o dia 30.

O Brasil tem um rebanho de 212 milhões de bovinos e bubalinos. Na segunda etapa da vacinação do ano passado, no segundo semestre, a vacinação contra a aftosa atingiu um índice de cobertura de 98,17%. (As informações são do Mapa)

LEITE/CEPEA: com queda na captação, preços de leite têm forte alta

Com o início do período de entressafra, o Índice de Captação de Leite do Cepea(ICAP-L/Cepea) se reduziu expressivos 7,35% de fevereiro para março. Esta foi a maior queda na captação dos últimos nove anos, segundo a série do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Além do período de entressafra, muitos produtores já estavam adiantando a secagem das vacas em meses anteriores, o que limitou ainda mais a oferta de leite em março. 

Entre os estados acompanhados nesta pesquisa, Minas Gerais registrou a maior queda na captação, de 8,8%, seguido por Goiás (8,36%), Paraná (7,66%), São Paulo (7,43%), Bahia (6,25%), Rio Grande do Sul (5,45%) e Santa Catarina (4,75%).


 

Nesse cenário, o valor bruto do leite recebido pelo produtor subiu expressivos 5,7% em abril, a maior alta mensal dos últimos seis anos, atingindo R$ 1,2106/litro na "média Brasil" - que é ponderada pelo volume captado nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA. Com relação ao mesmo período do ano passado, o aumento é de 12,3%, em termos reais (valores atualizados pelo IGP-DI de março/16). Vale lembrar, no entanto, que, além da menor oferta atual, o forte aumento em 12 meses também se deve a uma recuperação de preços, já que, em 2015, a média de preço do leite foi a menor desde 2010. O preço líquido do leite, já descontados frete e impostos, teve média de R$ 1,1068/litro em abril, 5,9% acima do de março e 12,5% superior ao de abril/15, em termos reais. 

Além da queda na produção em março, que elevou ainda mais a competição entre as indústrias quanto à matéria prima, os valores pagos ao produtor de leite também subiram em decorrência dos elevados custos, especialmente do concentrado. A opção dos produtores de leite em migrar para a pecuária de corte também tem influenciado a menor captação pelos laticínios.

Para o próximo mês, a expectativa é de que os preços do leite sigam em alta, ainda impulsionados pela oferta restrita neste período de entressafra. Cerca de 84% dos agentes entrevistados pelo Cepea (que representam 71,2% do volume amostrado) acreditam em nova alta nos preços do leite, enquanto o restante (16%, que representam 28,8% do volume) acredita em estabilidade nas cotações - frente ao mês passado, houve aumento no número de colaboradores que estima estabilidade nos valores. Nenhum dos colaboradores consultados estima queda de preços para o próximo mês.

O aumento no número de colaboradores que acredita em estabilidade dos preços nos curto e médio prazos está atrelado a dificuldades que indústrias têm tido nos repasses do aumento da matéria prima ao consumidor final. Agentes consultados pelo Cepea afirmam que o baixo poder de compra de consumidores neste período de crise econômica e os elevados valores dos derivados têm diminuído a liquidez desses produtos. 

As cotações dos derivados também mantiveram o movimento altista em abril. Na média mensal do atacado do estado de São Paulo, o leite UHT e o queijo muçarela se valorizaram 3,6% e 3,05% em relação a março, com as médias a R$ 2,7367/litro e a R$ 15,36/kg, respectivamente. No acumulado do ano, o preço do leite UHT já registra alta de 23,3% e o queijo muçarela, de 13%. Esta pesquisa de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). (As informações são do CEPEA/USP)

Qualidade e organização norteiam cadeia leiteira

A primeira questão abordada foi o posicionamento do Rio Gran¬de do Sul na produção leiteira nacional. Presidente do Institu¬to Gaúcho do Leite (IGL) e da Cooperativa Cosuel, Gilberto Piccinini ressalta o potencial do Estado para assumir o prota¬gonismo da cadeia.

Conforme Piccinini, o RS é hoje o segundo maior produtor de leite do Brasil, perdendo em volume para Minas Gerais. "Estamos no caminho certo, mas é preciso organizar da mesma forma que ocor¬reu com a produção de frango e suínos."

De acordo com o presidente do IGL, os principais gargalos foram conhecidos no ano passado, quando o instituto rea¬lizou um levantamento da produção em parceria com Emater-RS, Fetag, Fetraf e Famurs. Conforme o estudo, 95% dos pro¬dutores são familiares, muitos tem problemas na estrutura fundiária.

Outra dificuldade verificada na pesquisa é a baixa escolaridade dos pequenos produtores, que resulta dificuldade na gestão do negócio e na operação de equipamentos tecnológicos. "Isso já começa a mudar com jovens que buscam o conhecimento técnico necessário para focar nos negócios dos pais."

Para Piccinini, a questão da rentabilidade dos produtores deve estar relacionada com a qualidade do leite. Segundo ele, é necessário desenvolver sistemas adequados de nutrição, ordenha e atendimento veterinário nas propriedades, mas também estabelecer mecanismos que assegurem o valor agregado no momento da venda.

"Um exemplo a ser seguido é o da região da Galícia, na Espanha, onde foram criados selos de qualidade e origem capazes de abrir portas para mercados exigentes como o do Japão, por exemplo", ressalta.

Outro ponto a ser superado é a logística. Diante da localização geográfica do Estado, o custo de venda para os principais mercados do centro do país fica maior em relação aos demais estados produtores.

Coordenador técnico da câmara setorial do leite, órgão ligado à secretaria estadual de Agricultura, Danilo Gomes afirma que o RS tem leite de mais qualidade na comparação com os demais estados. "Minas Gerais produz o dobro, mas estudos comprovam que o leite gaúcho é melhor."

Para Gomes, a profissionalização necessária para a atividade não pode significar a exclusão de produtores que não conseguirem se adaptar às novas realidades. "É a cadeia produtiva com maior importância social", justifica.

O representante do governo afirma que o Estado tem um papel fundamental no desenvolvimento da cadeia, no sentido de aglutinar as diferentes entidades envolvidas na produção. Citou como exemplo a criação da Lei do Leite, que tramita na Assembleia Legislativa. A legislação regra a produção e o transporte, visando evitar situações de fraudes, como as que deram origem a operação Leite Compen$ado.

Oscilações do mercado 
As dificuldades enfrentadas pelos pro¬dutores devido a volatilidade do mercado também preocupam. A indefinição nos preços e calotes sofridos por empresas oportunistas e descompromissadas motiva insegurança em novos investimentos ou até a permanência na atividade. 

Secretário do Sindilat, Renato Kreinmeier considera insuficiente a intervenção do governo contra a oscilação dos valores pagos no litro do produto. Ele defende a adoção de novas linhas de financiamento e crédito subsidiados para diminuir os riscos da atividade. 

"Países desenvolvidos tem subsídios e compram a produção para evitar a variação dos preços, mas para isso a cadeia precisa estar organizada", aponta. Para ele, as empresas tem um papel decisivo nesta organização, desde que passem a remunerar pela qualidade em detrimento do volume. 

Representante da Fetag, Márcio Roberto Langer realça os impactos da operação Leite Compen$ado no preço de venda do leite. Segundo ele, as fraudes resultaram menor remuneração para a cadeia desde o fim de 2014, situação que só melhorou a partir de janeiro deste ano. 

Apesar da retomada do valor de venda, os custos da produção aumentaram sig-nificativamente com a alta do dólar e da energia elétrica. Além das dificuldades da economia, o aumento das chuvas também reduziu a qualidade do pasto. "O produtor diminui investimento e, em 2015, 15% deles abandonaram a atividade."

Pesquisador da Embrapa especializado em cadeia leiteira, Darcy Bittencourt percebe que o produtor sobrevive da equalização entre o valor pago pelo insumo e o recebido da indústria. Ele ressalta a importância do IGL como organizador da atividade e afirma que a entidade tem capacidade técnica para fortalecer o setor. 

Superávit e sucessão 
De acordo com o representante da Embrapa, o Rio Grande do Sul produz mais leite do que o total consumido no mercado interno. Diante desse superávit, destaca a necessidade de exportar a parte excedente da produção sob pena de sobrar leite e tumultuar o mercado. 

"O produtor foi treinado para produzir, mas não para trabalhar com o mercado. Como vou ter preço bom se as indústrias tem mais leite para receber do que para vender?" 

Para Bittencourt, esse fator é fundamental para assegurar a sucessão dos negócios familiares. Diante de uma juventude acostumada a ter acesso à computador e as tecnologias da informação, é preciso dar condições para o jovem do campo ter os mesmos acessos que os jovens da cidade. Presidente da Amvat e prefeito de Westfália, Sérgio Marasca afirma que o poder público deve facilitar esses aspectos da produção. Segundo ele, em cidades cujo o acesso à energia e internet chega ao produtor rural, e os jovens recebem incentivo para adquirir conhecimento, a sucessão é facilitada. "Em Westfália investimos nessas questões e hoje 65% da sucessão já está garantida."

Para o representante da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios (Apil), Claudiomiro Cenci, o Governo do Estado tem avançado na redução das burocracias que travavam o desenvolvimento das indústrias do setor. "Antes tínhamos um sistema demorado e para indústria crescer é preciso uma política celere e adequada", ressalta. Conforme Cenci, somente com a união de todos os elos da cadeia, produtores, industrias e poder público, será possível assegurar o desenvolvimento do setor.

Com o slogan de "Festejar a vida é estar aqui", a feira divulga as potencialidades locais, com destaque para as produções de leite e noz pecan. O governador José Ivo Sartori visitou o evento na quinta-feira. "Essa feira tem na força da comunidade o impulso para fazê-la avançar. Preserva valores, mas agrega algo novo, sempre apostando em uma cultura de inovação e empreendedorismo, sem deixar de lado a cooperação", ressaltou. 

Segundo o prefeito de Anta Gorda, Neuri Dalla Vecchia, cerca de 600 famílias tem a produção de leite como fonte de renda, cujo rendimento anual alcança 22 milhões de litros. Outro setor em desenvolvimento é o turismo. Vecchia enumerou pontos como o Memorial da Noz Pecan, a Parada Toigo e a gruta, no Distrito de Itapuca, que recebem centenas de visitantes. 

O Parque Municipal de Eventos Aldi João Bisleri foi transformado, recebeu lonas e outras estruturas móveis para sediar este que é o maior evento do município. "Toda nossa comunidade está engajada", afirma o presidente do evento, Leandro Pitol. Mais de 200 voluntários trabalham na organização. 

Para acompanhar os shows ou provar as comidas típicas do Salão da Gastronomia o visitante deve comprar ingressos na portaria. Acesso ao parque é gratuito. A tabela completa com os valores pode ser conferida no www.festleite.com.br/ingres¬sos. Até domingo, a expectativa é superar o número de 35 mil visitantes da última edição. (Jornal A Hora)

 
 
 
Exportações/NZ
Quedas significativas nas exportações de laticínios e carne bovina pressionaram o resultado da balança comercial da Nova Zelândia no mês de março. O superávit comercial de US$ 81 milhões no mês ficou abaixo do esperado. No período de 12 meses encerrados em março, a balança comercial neozelandesa registrou déficit de US$ 2,629 bilhões (3,838 bilhões de dólares neozelandeses). O economista Nathan Penny, do banco ASB, apontou que as exportações de laticínios recuaram 17% na comparação mensal, enquanto as exportações de carne bovina caíram 12%. "Esperamos uma queda na produção ao longo do próximo ano, o que deve pesar sobre as exportações", afirmou Penny. Apesar disso, o analista observa que a produção menor pode favorecer os preços e, no caso dos laticínios, compensar a queda no volume. (Estadão)

         

Porto Alegre, 29 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.256

 

   RS tem 30% dos projetos de qualidade do leite

Os 38 projetos encaminhados pelos laticínios gaúchos para desenvolvimento de ações de melhoria da qualidade do leite já somam R$ 27,13 milhões em investimento. Os planos de trabalho são pré-requisito para elevação dos repasses de créditos de PIS/Cofins às indústrias e devem beneficiar milhares de famílias no campo. Os projetos gaúchos somam 30% de todos os pedidos encaminhados no Brasil. O balanço foi divulgado pelo fiscal do Mapa responsável pelo assunto no RS, Roberto Lucena, a lideranças das indústrias na tarde desta sexta-feira (29/04) em reunião no Sindilat, em Porto Alegre.

Lucena informou que  três deles já estão aprovados pela Superintendência do Mapa/RS, foram remetidos a Brasília e devem estar validados na primeira quinzena de maio. Os três referem-se a ações de controle da Tuberculose e Brucelose e foram assinados pelas empresas CCGL, Frizzo e Laticínios Pinhalense. Dos 38 projetos, 14 tratam de ações de controle de brucelose e tuberculose, movimento que foi capitaneados pelo Sindilat/RS. Somadas, as 14 iniciativas representam investimento de R$ 2,4 milhões que irão beneficiar 2,4 mil propriedades rurais com rebanho de mais de 70 mil cabeças.

Segundo Lucena, após aprovação no RS, os projetos devem passar por uma nova análise em Brasília para, então, serem lançado no Diário Oficial e viabilizar repasse às empresas. Do total, 31 estão em fase de ajustes junto aos laticínios e o restante em análise pelas equipes do Mapa/RS. "Não quer dizer que estão inadequados, mas que precisam de um ajuste de formatação", pontuou, colocando-se à disposição para esclarecer dúvidas.

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, é essencial que os projetos estejam consistentes e sejam plenamente validados pelo Mapa, uma vez que o percentual de repasse de crédito é vital para os laticínios. "Estamos trabalhando com uma margem muito apertada. Não tem como perder nenhum valor, imagine um volume de recursos como esse", salientou.

Lucena explicou que as ações devem ser iniciadas em breve ou mantidas mesmo que ainda não tenham obtido aprovação. Isso porque é do dia do início do projeto que passam a valer retroativamente os créditos de PIS/Cofins. Tão logo seja aprovado, o plano de trabalho do laticínio deverá passar por fiscalizações do Ministério da Agricultura e da Receita Federal. A primeira compreende uma auditora técnica e a segunda, análise de documentação e questões fiscais.

Para quem ainda não apresentou seu projeto, Lucena sugere que faça contato com equipe do Mapa/RS para obter informações básicas sobre como colocar a ideia no papel. 

Entenda como funciona
Os laticínios têm créditos presumidos de PIS/Cofins fixo em 20%. Com a lei 13.137/2015, viabilizou-se que as empresas que se dispõem a investir em sanidade tenham esse percentual elevado para 50%. Para se creditar do valor, é preciso reinvestir 5% do bolo em ações voltadas à qualificação dos processos no campo e no rebanho. Os projetos devem ter duração de até 36 meses. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

 Na foto: Alexandre Guerra (E) e Roberto Lucena (D)
 
Crédito: Carolina Jardine
 
 
Cadastro Ambiental Rural (CAR) cresce 46% desde abril de 2015
 
Entre abril do ano passado e março deste ano, mais 88,1 milhões de hectares foram incorporados ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), indicando um crescimento de 46% ao longo do período. Em relação à área total cadastrável, estimada em 397,8 milhões de hectares, a participação das áreas já cadastradas elevou-se de 51,34% em abril de 2015 para 70,29% em março passado, alcançando 279,63 milhões de hectares.

Apenas entre fevereiro e março, afirma Janaína Rocha, gerente executiva de Florestas Comunitárias do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão do Ministério de Meio Ambiente, praticamente 10,8 milhões de hectares foram inscritos, incluindo "unidades familiares e áreas de produção de subsistência, que receberam apoio técnico e jurídico do ministério, por meio do SFB, e da rede de órgãos ambientais dos Estados". 

O processo de cadastramento das propriedades rurais, uma exigência do novo Código Florestal, em vigor desde 25 de maio de 2012, corre mais adiantado nos Estados do Norte. Com 93,7 milhões de hectares passíveis de cadastramento, a região registrava em março 80,4 milhões de hectares inscritos no CAR, correspondendo a 85,8% do espaço previsto.

Na versão de Janaína, os Estados que formam a Amazônia Legal, incluindo parte de Mato Grosso, que havia cadastrado 81,2% de sua área, já dispunham de capacidade técnica instalada, com um sistema já em operação para licenciamento ambiental de propriedades rurais devido às políticas de combate ao desmatamento ilegal. Acre, Amapá, Amazonas e Roraima, pelos números do SFB, já haviam extrapolado 100% da área elegível ao CAR, que considera dados do Censo Agropecuário de 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), incluindo informações mais atuais do Distrito Federal, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Pará e Mato Grosso, com base em cadastros daquelas unidades.

No Pará, com 69,4% das áreas rurais incluídas no CAR, o município de Santarém planeja alcançar 90% das propriedades, com apoio de sindicatos de trabalhadores rurais e de produtores, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e escritórios privados. A prefeitura atribui os avanços ainda à instalação no município do Centro Municipal de Informações Ambientais (CIAM), que oferece aos pequenos produtores, numa parceria com a Emater, a possibilidade de realizar o cadastramento a custo zero. 

No extremo oposto, literalmente, o Sul do país computava até março os índices mais baixos, com cobertura de 41,4%. "Já antecipávamos um cenário assim na região, já que foi preciso desenvolver uma regulação própria para o bioma dos pampas, para as áreas de banhado, onde ocorre o plantio de arroz, e para os campos naturais, utilizados no pastoreio extensivo de animais", anota Janaína. Segundo ela, aquelas questões já teriam sido solucionadas, tanto que, apenas em março, a região inscreveu 1,265 milhão de hectares, pouco mais de 3% da área cadastrável.

O retrato final dos ativos e passivos ambientais, envolvendo as áreas que precisarão ser recompostas para enquadramento das propriedades ao Código Florestal, que fixou as áreas de reserva legal em 80% na região Amazônica e em 20% para o restante do País, assim como a recuperação de áreas de preservação permanente, deverá estar disponível a partir de maio. "O prazo final para inscrição no CAR encerra-se no dia 5 de maio e não ocorrerá prorrogação", declara Janaína. Até aqui, o panorama disponível sugere um nível de confiabilidade elevado, com taxa de sobreposição pouco significativa, na avaliação da gerente.

Para acelerar o processo, o SFB firmou acordo de cooperação com a Caixa Econômica Federal, que destacou R$ 10,0 milhões para a contratação cinco instituições do terceiro setor, selecionadas entre 101 entidades, que assumiram o compromisso de entregar 50 mil cadastros de agricultores familiares e povos tradicionais, operando especialmente no semiárido nordestino. Em toda a região Nordeste, em torno de 43% das áreas haviam sido cadastradas até março passado.

O CAR não se encerra em maio e será um instrumento permanente, que estará sempre sujeito a atualizações daqui em diante. Aqueles que não aderirem até o prazo final perderão os benefícios criados pelo Código Florestal, que anistiou o desmatamento ocorrido até 22 de julho de 2008 e estarão sujeitos a sanções. "A ausência de registro público da reserva legal é motivo para embargo e autuação do imóvel rural. A partir de 25 de maio de 2017, quando o código completa cinco anos, os produtores não cadastrados não poderão realizar qualquer operação de crédito rural", acentua Janaína.

Os dados do CAR deverão tornar mais eficientes as políticas de gestão do passivo ambiental do país, acredita Janaína, inaugurando uma nova fase na gestão dos remanescentes da vegetação nativa e das áreas de preservação. "O CAR inclui coordenadas geográficas das propriedades, o município em que estão localizadas, com descrição de acesso, o CPF e o registro do produtor, além da documentação fundiária. Será um instrumento poderoso para o desenho de políticas públicas voltadas para uma agricultura de baixo carbono, com respeito ao meio ambiente, facilitando o desenvolvimento de mecanismos que permitam o pagamento dos produtores por serviços ambientais prestados", sustenta ainda. (As informações são do Valor Econômico)

China permite importações online de lácteos, mas impõe tarifa

Nas últimas semanas, tem havido bastante confusão com relação às compras online na China procedentes de outros países e, em especial, com a de produtos lácteos. A China decidiu impor uma taxa de 11,4% aos produtos que os consumidores chineses compram online e que procedam do exterior.

Além disso, o governo chinês elaborou uma lista positiva de produtos que podem ser comprados online procedentes do exterior pela China. Nessa lista, inicialmente não estavam os produtos lácteos, mas agora, foram incluídos o leite UHT e certos leites em pó.

Quanto aos leites infantis, o governo decidiu que poderão vender online, sem documentos de registro adicionais, até 31 de dezembro de 2017. A partir dessa data, somente poderão ser vendidas as marcas que tenham sido registradas. Atualmente, um terço dos leites infantis vendidos na China são online, porque são mais baratos. Com a nova taxa, os preços das compras online se igualarão ao das compras presenciais. (As informações são do Agrodigital)

 

Conferência do IFCN 
A cidade de Kiel, no norte da Alemanha, irá sediar a 17ª Conferência Anual do International Farm Comparison Network (IFCN). O evento é realizado na primeira semana de junho e terá a participação do pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Lorildo Stock, que apresentará palestra sobre as perspectivas do setor lácteo no Brasil. As conferências do IFCN possuem focos temáticos e o tema deste ano será a transmissão de preço na cadeia produtiva do leite. "Iremos debater como os agentes da cadeia reagem às mudanças de preços no mercado", diz Stock. O IFCN é uma rede internacional para estudos econômicos relativos à cadeia produtiva do leite em âmbito mundial, que envolve custos, preço, sistemas e estrutura de produção etc. A Embrapa Gado de Leite participa da rede desde sua criação, no ano de 2000. A rede reúne pesquisadores de 55 países responsáveis por 95% do leite processado no mundo. Cerca de 100 instituições compõem o IFCN, cuja missão é compreender os aspectos econômicos do leite no mundo, compartilhando informações entre os países membros. (Embrapa)