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Porto Alegre, 17 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.148

 

 Rodada de negócios reunirá cem empresários chineses com setor lácteo gaúcho

A comitiva brasileira que está em missão internacional à China reúne-se amanhã (18/11) com um grupo de cem empresários chineses para prospecção de negócios. Segundo a representante do Sindilat e da CCGL, Michele Muccillo Selbach, que representa o setor lácteo gaúcho, a expectativa é positiva uma vez que o mercado chinês se abriu à produção brasileira recentemente. "Queremos fazer uma abordagem mais específica para o leite", ressaltou ela, que está acompanhada do diretor da Lactalis, Guilherme Portella.

Segundo Michele, neste momento, as empresas brasileiras precisam apenas preencher os formulários do cadastro de suas plantas, para formalizar os negócios. O documento foi encaminhado na semana passada às empresas interessadas. A projeção do Mapa é que as exportações poderão ter incremento de US$ 45 milhões por ano. 
Nesta mesma linha, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, ressaltou a importância da presença do Sindicato nas negociações na China. "O mercado chinês é estratégico para as indústrias brasileiras pelo seu grande potencial. Teremos condições de exportar ao maior importador do mundo de lácteos, além da atuação que estamos tendo com a Rússia", afirmou o presidente.
À tarde, a comitiva irá visitar uma Feira de Alimentos, também em Pequim, onde poderão ver novos produtos. Nesta terça-feira (17/11), a comitiva recebeu as boas vindas da Embaixada da China. Na ocasião, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, destacou a força de consumo de lácteos do Oriente Médio e detalhou os avanços obtidos durante o início da comitiva, que já passou pela Arábia Saudita e Índia. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Sindilat propõe parceria com Seapa para atender normas do Sisbi
 
O Sindilat apresentou nesta segunda-feira (16/11) uma proposta de cooperação técnica à Secretaria Estadual de Agricultura (Seapa). A proposta apresentada à secretária-adjunta da Seapa, Ildara Vargas, prevê o treinamento dos agentes para o atendimento das não conformidades das exigências da MAPA. A medida é fundamental para a homologação no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi - POA). O assunto será retornado em novo encontro na próxima semana.
A importância do Sisbi-POA se dá porque as exigências para inspeção estadual são iguais às do padrão nacional, liberando, desta forma, acesso a novos mercados. Além dos benefícios fiscais que advém da medida, ela também representa abertura de mercado e estimula a concorrência dos produtos lácteos gaúchos em outras praças. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o fato ainda colabora para o escoamento dos excedentes de produção do Rio Grande do Sul, atualmente em torno de 60% da produção local.
Segundo a médica veterinária e consultora de Qualidade, Letícia Vieira Cappiello, que também esteve presente no encontro, o treinamento deve ocorrer em três âmbitos: autocontrole; APPCC (análise de perigos e pontos críticos de controle) e Análise de projeto. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Leilão GDT: Preços de lácteos voltam a despencar no mercado internacional

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (17/11) segue em queda, dessa vez de 7,9% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$2.345/tonelada. Já é a terceira queda seguida nos preços de lácteos.

O leite em pó integral apresentou queda de 11,0%, sendo comercializado a US$ 2.148/tonelada. O leite em pó desnatado também sofreu queda, indo a US$1.851/ton (-8,1%). O queijo cheddar também teve redução nos preços, chegando a US$2.874/tonelada (-5,0% sobre o último leilão).
Neste leilão foram vendidas 30.044 toneladas de produtos lácteos, valor cerca de 24% inferior ao mesmo período do ano passado. 
Os contratos para entrega futura de leite em pó integral também tiveram quedas, com os preços futuros oscilando entre US$2.065 e US$2.320/ton. (A matéria é do MilkPoint, com informações do Global Dairy Trade)

 
 
 
Conseleite/PR
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida em Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprovou e divulgou os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em outubro de 2015, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. Os valores de referência indicados nesta resolução correspondem à matéria-prima leite denominada Leite CONSELEITE IN62, que se refere ao leite analisado que contém 3% de gordura, 2,9% de proteína, 600 mil uc/ml de células somáticas e 600 mil uc/ml de contagem bacteriana. 

 

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de novembro é de R$ 1,7981/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br/conseleite/. (Fonte: Conseleite/PR) 
 
 
Mercosul X UE 
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, disse que Mercosul e União Europeia devem trocar propostas para um acordo bilateral de comércio entre os blocos ainda neste ano. A expectativa do ministro é de que o acordo seja aprovado em 2016 e entre em vigor em 2017. Segundo Monteiro, a proposta do Mercosul já está pronta e abrange 90% dos bens que fazem parte do comércio entre os blocos. "O Mercosul nunca preparou uma oferta de acesso a mercados tão ambiciosa", disse o ministro nesta segunda feira, durante evento promovido pela Eurocâmaras, grupo que reúne as câmaras de comércio dos países da UE, em São Paulo. Ele afirmou que nenhum setor da economia ficou de fora da proposta, que incluiu até o setor de serviços, considerado um dos mais sensíveis ao acordo bilateral, e compras governamentais. O ministro destacou, porém, que a proposta da UE na área agrícola precisará ter maior alcance em comparação à oferta anterior. "Essa é uma condição essencial para avançarmos nas negociações." Para Monteiro, o acordo pode proporcionar aumento da produtividade e da competitividade das empresas brasileiras, ao estimular a internacionalização de empresas e o aumento do fluxo de investimentos. (Fonte:Folha de SP)

 

 


 

Porto Alegre, 16 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.147

 

 Katia Abreu na Índia e China

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, iniciou na última sexta-feira (13) uma missão estratégica na Índia e na China, fundamental para o futuro do agronegócio brasileiro. Estamos falando dos dois países mais populosos do planeta (36% da população mundial) e que em 2030 ocuparão, respectivamente, a terceira e a primeira posição no PIB mundial, com imenso potencial de crescimento no consumo de alimentos.

No campo do agronegócio, o principal desafio é ampliar o acesso a esses dois megamercados, o que permitiria a diversificação do comércio. Hoje, nossas exportações encontram-se perigosamente concentradas no complexo soja, que responde por 80% das exportações do agronegócio para a China e 60% para a Índia.

Por exemplo, na promissora e complexa cadeia produtiva das proteínas animais, temos livre acesso apenas para alguns componentes da ração que alimenta aves, suínos e bovinos, como o milho e a soja. O acesso das nossas carnes é literalmente proibido por tarifas altíssimas (no caso da Índia), barreiras não tarifárias e por um moroso sistema que habilita plantas industriais brasileiras para exportar caso a caso. Exportar carnes geraria de 4 a 10 vezes mais valor por tonelada do que soja. Abrir mercados na Ásia é uma tarefa hercúlea e sensível, prioritária para a ministra e para o futuro da nossa agricultura.

O segundo desafio é fortalecer e sofisticar as cadeias globais de suprimento que ligam o Brasil e os dois gigantes asiáticos na área de alimentos e bebidas. O primeiro passo é ir além da dimensão comercial, centrada no relacionamento com tradings e importadores de commodities.

Neste momento, grandes empresas do agronegócio brasileiro têm se internacionalizado e avançado nas cadeias da alimentação, montando estruturas de processamento nos países-destino e investindo em armazenagem, distribuição e marcas globais. Produtos e marcas brasileiras precisam chegar com força aos varejistas, aos serviços de alimentação, aos restaurantes e até à incrível revolução do comércio digital que está ocorrendo na China e na Índia.

A exemplo de outros países, é fundamental ampliar os mecanismos de coordenação e coerência regulatória dos governos em áreas como sanidade e qualidade do alimento, combate a doenças, rastreabilidade de produtos, sustentabilidade, saúde e nutrição.

Mas as oportunidades não se restringem à expansão de empresas e marcas brasileiras no exterior. A competitividade do agronegócio depende também do fortalecimento do seu elo mais fraco, que é infraestrutura brasileira. Esse é um dos temas mais relevantes para Kátia e será devidamente tratado com autoridades e investidores na China e na Índia.

As diversas reuniões presidenciais, os acordos de cooperação bilateral, as ações plurilaterais como G20 e Brics e as perspectivas da "nova rota da seda" e do recém-criado Banco de Infraestrutura e Investimento tornam especial o atual momento das nossas relações com Índia e China.

E não há área mais promissora para aprofundar essas relações que o agronegócio visto na sua amplitude. Kátia Abreu conhece bem a região e o imenso potencial dessas duas parcerias estratégicas. Em tempos de crise e pessimismo no Brasil, uma maior aproximação com nossos principais clientes do presente e do futuro pode trazer ótimas notícias. (Marcos Sawaya Jank, especialista em questões globais do agronegócio, para o jornal Folha de São Paulo)
 
 
Simvet promove curso sobre Responsabilidade Técnica

O Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet/RS) promove, entre os dias 14 e 17 de dezembro, o primeiro curso de Responsabilidade Técnica em Indústrias de Produtos de Origem Animal. O encontro vai apresentar a legislação e as necessidades para as indústrias na questão de sanidade e é pré-requisito para os cursos complementares, específicos por área, que serão oferecidos posteriormente. O módulo básico será realizado na sede do Sindicato dos Engenheiros (Senge), localizada na avenida Érico Veríssimo, 960. Os interessados devem se inscrever pelo e-mail rt.simvetrs@gmail.com até o dia 4 de dezembro. As vagas são limitadas. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Preço dos lácteos é pressionado por maior competição na Europa

A pressão sobre os preços internacionais de lácteos ganhou força nas últimas semanas e os indicadores de curto prazo estão extremamente fracos, afirmou o economista Doug Steel, do banco BNZ Agricultural. "Esta queda parece estar associada com os acontecimentos na União Europeia", uma vez que o euro desvalorizado fez com que uma quantidade maior de produtos lácteos da região se tornassem competitivos internacionalmente.

O analista explica que a desvalorização do euro colocou ainda mais pressão sobre os preços internacionais de lácteos. "Isso agrava a influência já negativa da maior oferta de leite da Europa, associada à retirada das cotas de produção no início de 2015 e a proibição russa às importações de lácteos da União Europeia e dos Estados Unidos", disse. (As informações são do Estadão Conteúdo)

Fonterra aumenta a previsão de pagamento aos produtores na temporada 2015/16

A Fonterra aumentou a previsão do pagamento para a temporada 2015/16 em decorrência do bom desempenho apresentado de agosto a outubro.

A Fonterra, maior exportadora mundial de lácteos, anunciou hoje que prevê dividendos de NZ$ 0,45 a NZ$ 0,55 por ação, antes projetados entre NZ$ 0,40 a NZ$ 0,50. Com o preço ao produtor (FGMP, sua sigla em inglês) previsto em NZ$ 4,60/kgMS [R$ 0,92/litro], [quilos de sólidos do leite], a Fonterra deverá pagar a seus acionistas entre NZ$ 5,05 [R$ 1,01/litro] a NZ$ 5,15/kgMS [R$ 1,03/litro] , na temporada 2015/16.

"Embora seja difícil melhorar os preços aos produtores diante das baixas cotações globais, os agricultores irão usufruir do melhor desempenho da Fonterra", disse John Wilson, o presidente da Cooperativa.
"O desempenho está bem melhor do que o do ano passado e atingimos as metas de margens brutas, despesas operacionais e financeiras. Ao mesmo tempo iniciativas de transformação de negócios estão gerando economia significativa de capital de giro. Estamos no caminho certo, e, portanto, em condições de melhorar a distribuição de dividendos", acrescentou Wilson.

Em setembro a Fonterra aumento a previsão do FGMP para a temporada 2015/16 em NZ$ 0,75, chegando a NZ$ 4,60/kgMS [R$ 0,92/litro] [quilos de sólidos do leite], quando houve recuperação nas cotações das commodities lácteas no mercado mundial. No início da temporada, 01 de junho, a previsão era de NZ$ 5,25/kgMS [R$ 1,05/litro]. Em agosto, no entanto, a estimativa foi reduzida para NZ$ 3,85 [R$ 0,77/litro].

O aumento em setembro, refletia as melhoras nos preços internacionais, justificou a Fonterra na época. O Índice Geral do GlobalDaiyTrade (gDT), a média ponderada das variações percentuais dos preços da commodities lácteas na plataforma da Fonterra, aumentou 52,1% em quatro leilões de agosto, setembro e outubro. O Índice gDT, no entanto, caiu 10,5% nos últimos dois eventos, (-3,1%) em 20 de outubro, e (-7,4%) em 3 de novembro. (Dairy Reporter/Tradução Livre:Terra Viva)

 
 
O novo leite fresco
Nem todas as redes gaúchas de supermercados aderiram ao novo leite fresco em garrafas plásticas e novos prazos de validade, bem mais nutritivo que o longa vida. O leite Santa Clara vale por oito dias e o Piá por 12. (Jornal do Comércio)

    

         
 

 
 


 

Porto Alegre, 13 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.146

 

 Começam os testes com medidores no RS

Um grupo de autoridades e representantes do setor lácteo, como o secretário estadual de Agricultura, Ernani Polo, e o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, acompanhou, nesta quinta-feira (12), os primeiros testes com medidores de coleta automatizada e de vazão do leite. A pesquisa está sendo realizada na unidade da Cosulati, em Capão do Leão, resultado de uma parceria entre o Sindilat e a Embrapa Clima Temperado, de Pelotas.

A intenção da pesquisa é verificar o funcionamento dos medidores, levando em consideração a realidade dos produtores gaúchos e brasileiros. O segundo passo será a utilização desses equipamentos para melhorar a qualidade da matéria-prima, que chega até a indústria. Atualmente, a coleta das amostras é realizada manualmente pelo próprio transportador.

O secretário ressaltou a importância dos equipamentos por auxiliar no combate às fraudes. "Essa parceria possibilita avançarmos no controle do leite, é um compromisso do Estado e precisamos ampliar a qualidade do leite", explicou Polo. Nesta mesma linha, ele recordou que na quarta-feira, o governo do Estado e as entidades do setor encaminharam à Assembleia Legislativa o PL do Leite, que se aprovada, ampliará o rigor no transporte do leite.

Para o secretário-executivo, os equipamentos representam um avanço tecnológico importante e que já está consolidado internacionalmente, como na Europa. "Agora é preciso avaliar as adaptações necessárias para viabilizar a sua implantação", afirmou Palharini.

Os equipamentos podem funcionar em conjunto ou separadamente, montados em módulos. Se os resultados forem satisfatórios, a entidade buscará regulamentação de uso e isenção fiscal para importados e benefícios para os nacionais. O custo é de até R$ 60 mil. A previsão é que até o final de dezembro deste ano, cinco transportes tenham estes equipamentos para análises do leite. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Darlan Palharini, do Sindilat, e Ernani Polo, da Seapa, durante visita a Cosulati
Crédito: Gabriel Munhoz/Seapa
 
 
Sindilat presta homenagem à Languiru

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, entregou ao presidente da Languiru, Dirceu Bayer, e ao vice-presidente, Renato Kreimeier, placa em homenagem aos 60 anos de atuação da cooperativa, comemorados em evento na manhã desta sexta-feira (13/11), em Teutônia.  O ato também contou com a presença de políticos, autoridades e do secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini.

A agenda de festividades pelo aniversário da Languiru foi dividia em dois dias de atividades. Na quinta-feira (12/11), foi realizada exposição de máquinas e equipamentos, além de palestras voltadas aos associados e suas famílias. Nesta sexta, foi a vez da Languiru entregar homenagens aos associados fundadores e das apresentações artísticas e culturais, além do lançamento do Hino da Cooperativa Languiru. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Darlan Palharini
Ação orienta sobre produção do leite nas escolas

 
 
Ação orienta sobre produção do leite nas escolas

Teve início nesta sexta-feira (13/11) a segunda etapa do projeto Dia do Leite na Escola. Depois do lançamento da revistinha "Pedrinho & Lis - A origem do Leite" durante a Expointer, foi a vez da equipe que coordena a ação junto à Secretaria da Agricultura (Seapi) visitar a primeira escola para falar a crianças entre 6 e 12 anos. A ação ocorreu na Escola Professor Oscar Pereira, na Vila da Cascata, Zona Sul de Porto Alegre. Segundo o coordenador da Câmara Setorial do Leite, Danilo Cavalcante Gomes, foi realizada uma explanação lúdica para detalhar a forma de produção, transporte e processamento do leite que chega à mesa dos consumidores. Após a apresentação foi servida merenda à base de produtos lácteos, como leite e iogurte achocolatados. A ação teve apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat).

A ideia é dar sequências às visitas aos colégios, intensificando o calendário em 2016. "Queremos visitar uma escola por semana", prevê Gomes, lembrando que, inicialmente, o projeto está mais focado no meio urbano. Em seguida, já estão previstas novas edições da revistinha que abordarão temáticas mais voltadas ao meio rural.

Escolas interessadas em participar do projeto devem entrar em contato com a equipe do Dia do Leite na Escola por meio do email fundoleite@agricultura.rs.gov.br ou pelo telefone (51) 3288-6305 e solicitar a realização da oficina. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Crédito: Fernando Dias
 
 
Banco Central da Nova Zelândia prevê riscos pela crise do leite

Os produtores de leite que estão enfrentando uma segunda estação de preços fracos e um desequilíbrio regional devido ao aumento no mercado de propriedades de Auckland (maior cidade da Nova Zelândia), são um risco crescente para a economia do pais, disse o banco central neozelandês.

Houve um aumento substancial em empréstimos no setor de lácteos nos últimos dois anos devido aos altos níveis de dívidas e queda nos preços do leite, disse o Reserve Bank of New Zealand (RBNZ) em seu relatório semestral de estabilidade financeira. "Achamos que a dívida no setor leiteiro aumentou em cerca de NZ$ 3 bilhões (US$ 1,95 bilhão) nos últimos 12 meses e cerca de metade dos produtores de leite estão passando por uma segunda estação consecutiva de fluxos de caixa negativos", disse o diretor do banco, Graeme Wheeler.

Após aumentar firmemente desde 2008 e alcançar recordes em 2013, os preços globais caíram muito devido à queda no crescimento econômico do principal mercado da Nova Zelândia, a China, e ao excesso de oferta global de produtos lácteos. Os preços caíram levemente em agosto à medida que a desaceleração da oferta pressionou os preços, oferecendo esperança que o mercado de lácteos estava estabilizando, mas declinaram novamente nos dois últimos leilões globais.

 
 
O RBNZ está também cada vez mais preocupado com o aumento dos preços das casas em Auckland, que está se refletindo nas regiões vizinhas. "Pela primeira vez, o RBNZ reconhece o recente fortalecimento em alguns mercados regionais", disseram analistas do ANZ. "Embora não acreditemos que uma mudança está pendente, está claro que se a força nesses mercados persistir, o RBNZ não hesitará em voltar a apertar as restrições de empréstimos nesses mercados".

O RBNZ já estreitou as regras de empréstimo para lidar com o aumento dos preços das casas em Auckland. O banco central disse que é muito cedo para dizer se isso foi eficaz, mas novas restrições a investidores são esperadas com o intuito de reduzir os preços das casas em Auckland de 2 a 4% no próximo ano.

O RBNZ também disse que a recente queda no dólar neozelandês foi um amortecedor significante para a economia e sistemas financeiros. Em sua última reunião em outubro, o RBNZ falou sobre as preocupações com o aumento do dólar neozelandês. O banco manteve taxas de 2,75% após três cortes consecutivos, mas sugeriu que poderá cortar taxas novamente na próxima reunião em dezembro.
Em 12/11/15 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,65311 
1,53055 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são da Reuters)

 
Padarias resistem mais à crise que lanchonetes
Mais da metade dos restaurantes, lanchonetes e padarias de cinco capitais do país (55,78%) tiveram queda no faturamento de janeiro a setembro deste ano. A retração superou 10% para 38,19% deles e o segmento mais afetado foi o de lanchonetes, que têm na classe C seu principal público. Com a crise econômica, os consumidores dessa faixa de renda são os que mais deixaram de fazer refeições fora de casa. (Fonte: Valor Econômico)
 

         
 

 
 


 

Porto Alegre, 12 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.145

 

 Abertas inscrições para o 1º Prêmio Sindilat de Jornalismo

Já estão abertas as inscrições para o 1º Prêmio Sindilat de Jornalismo. A iniciativa, que busca valorizar o trabalho da mídia especializada no agronegócio e a produção de reportagens sobre o setor lácteo, recebe trabalhos até o dia 30 de novembro. A entrega da premiação será realizada durante a festa de fim de ano do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS, a ser realizada no dia 10 de dezembro, no Hotel Plaza São Raphael, em Porto Alegre.

O 1º Prêmio Sindilat de Jornalismo é dividido em quatro categorias: mídia impressa, mídia eletrônica, on line e fotografia. Todas as peças devem ter data de publicação/veiculação entre 1º/01/2015 e 29/11/2015.  Os trabalhos serão avaliados por uma comissão julgadora, e os primeiros colocados de cada categoria receberão troféu e premiação, que consiste em um Iphone 6-16GB para o primeiro colocado de cada uma das categorias e troféus para o segundo e terceiro colocados.

Para participar, basta enviar os trabalhos e a documentação necessária para o Sindilat por e-mail (imprensasindilat@gmail.com). Além da produção (PDF para texto e foto, e link para vídeo/áudio e web), também devem ser anexados cópias de um documento de identidade, registro profissional e ficha de inscrição preenchida. Os trabalhos que não tiverem expressa identificação do autor deverão remeter um atestado de autenticidade. Os finalistas serão divulgados até o dia 5 de dezembro.

O concurso tem caráter exclusivamente cultural, não está vinculado à compra de nenhum tipo de produto e não está subordinado ou vinculado a qualquer modalidade de sorte ou jogo, nem tampouco ao pagamento de qualquer valor, conforme a Lei 5.768 de 20/12/71 e o Decreto de Lei 70.951 de 09/08/72 (texto do Artigo 3º da Lei 5.768 de 20/12/71: "Independe de autorização, não se lhes aplicando o disposto nos artigos anteriores: I- a distribuição gratuita de prêmios mediante sorteio realizado diretamente por pessoa jurídica de direito público, nos limites de sua jurisdição, como meio auxiliar de fiscalização ou arrecadação de tributos de sua competência; II- a distribuição gratuita de prêmios em razão do resultado de concurso exclusivamente cultural, artístico, desportivo ou recreativo, não subordinado a qualquer modalidade de álea ou pagamento pelos concorrentes, nem vinculação destes ou dos contemplados à aquisição ou uso de qualquer bem, direito ou serviço"). (Assesssoria de Imprensa Sindilat)
 
 
 
Brasil deve assumir liderança na exportação de produtos agrícolas a partir de 2024

O Brasil deverá assumir a liderança mundial na exportação de produtos agrícolas a partir de 2024, quando a área plantada será de 69,4 milhões de hectares, segundo estudo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), comentado em nota pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Grande parte do crescimento da área plantada se dará nas culturas de cana-de-açúcar, com aumento de 37%; algodão (35%) e oleaginosas, especialmente soja (23%).

Esse aumento da área plantada, segundo a CNA, é resultado do avanço da produção agrícola sobre áreas de pecuária degradada, áreas de abertura (aquelas de primeiro plantio) e principalmente do aumento do plantio da segunda safra no Centro-Oeste e no Matopiba (região produtiva nos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

A CNA estima que, até o fim de 2015, as vendas externas do setor agropecuário brasileiro deverão atingir US$ 88,3 bilhões. O desempenho é inferior ao de 2014, mas, ainda assim, a entidade considera o resultado bom, diante de estimativas de queda ao redor de 3% do Produto Interno Bruto (o PIB é a soma da produção de bens e serviços do país).

O campo brasileiro já avançou bastante, tendo em vista que o Brasil saiu da posição de importador de alimentos até metade da década de 1970 para ocupar lugar entre as potências agrícolas do mundo. De acordo com a CNA, esse feito é resultado de uma produtividade agrícola que cresceu nos últimos 25 anos, mantendo medidas de preservação ambiental, e do uso de tecnologia moderna. Assim, o país se tornou o terceiro maior exportador mundial de grãos, perdendo só para a Comunidade Europeia e os Estados Unidos.

A FAO observou no estudo que a soja deverá permanecer como líder na produção agrícola exportada pelo Brasil, que, hoje, se mantém no segundo lugar nos embarques mundiais, depois dos Estados Unidos. As exportações do produto dentro de nove anos tendem a atingir US$ 22,8 bilhões. A receita estimada, no entanto, deve ser menor que a atual, em razão do esperado aumento do consumo interno, de 27% nos próximos 10 anos, o que implicará diminuição do volume exportado pelo país.

De janeiro a setembro deste ano, as exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 67 bilhões e o setor contribuiu com 46% do total das vendas externas do país. A CNA destaca que a receita cambial no balanço deste ano promete apresentar queda ao redor de 9%, a despeito do recorde de 160,5 milhões de toneladas de produtos agropecuários que o Brasil vai exportar. Em volume, a instituição estima 13,9% de acréscimo na comparação com o ano passado.

Blocos comerciais
O Brasil quer definir a troca de ofertas entre Mercosul e União Europeia (UE) na última semana deste mês ou na primeira de dezembro. De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizada, que atualmente ocupa a presidência do Mercosul, viajará para a Bélgica ainda em novembro para se reunir com autoridades da Europa e acordar uma data específica para a troca.

"Ele vai à Bélgica se reunir com a comissária de Comércio, Cecilia Malmström, e outras autoridades para estabelecer uma data. Do ponto de vista do Mercosul e do Brasil, nosso interesse é que o encontro para troca de ofertas se realize ainda este ano", afirmou Vieira. O chanceler brasileiro informou ter expressado a Cecilia Malmström o apoio do Brasil ao esforço do Mercosul. "Tive contato faz umas três semanas. Disse que estávamos prontos para a troca de ofertas", declarou Mauro Vieira. (As informações são do Estado de Minas)

Valor pago aos produtores de leite em Minas Gerais cai 1,24%

Os preços pagos pelo litro de leite em outubro, referente à produção entregue em setembro, voltaram a recuar, em função do aumento de 3,74% no volume captado em Minas Gerais. De acordo com os dados levantados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), no Estado, o preço médio líquido por litro de leite retraiu 1,24%, enquanto a média bruta caiu 0,32%, com o litro do produto negociado a R$ 1,07. Para este mês, a expectativa é que os preços recuem novamente.

Segundo os pesquisadores do Cepea, a chegada das chuvas nas principais regiões produtoras de leite, em setembro, fez com que a produção aumentasse. Com o maior volume e a demanda não acompanhando a oferta, o valor pago ao produtor em outubro teve a segunda queda consecutiva em Minas.

A queda nos preços também foi verificada na média Brasil, composta pelos resultados de Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Goiás e Bahia. O preço líquido (sem frete e impostos) recebido pelo produtor recuou 1,15% de setembro para outubro, com a média caindo para R$ 0,973 por litro de leite.

Na comparação com outubro de 2014, o preço está 9,2% menor em termos reais, deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (Ipca) de setembro de 2015. Ainda na média Brasil, o preço bruto médio (inclui frete e impostos) pago pelos laticínios e cooperativas foi de R$ 1,058 por litro, redução de 0,73% em relação ao mês anterior.

Em setembro, o Índice de Captação do Cepea (IcapL/Cepea) registrou novo aumento, de 3,26%, em relação a agosto e de 8,1% na comparação com setembro de 2014. Somente em Minas Gerais houve aumento de 3,74% na captação, o terceiro maior índice do País, atrás somente de São Paulo, cuja captação ficou 4,66% superior, e Goiás, com alta de 4,55% no volume.

Em Minas Gerais, o preço líquido do leite, R$ 0,99 por litro, recuou 1,24% quando comparado com o valor praticado no mês anterior. A média bruta estadual encerrou o período a R$ 1,07 por litro, retração de 0,32% frente aos valores praticados em setembro. (ClicFolha)

Preços/Europa 

Os produtores de leite da União Europeia receberam em média 29,91€/100 kg, [R$ 1,37/litro], 0,6% mais que no mês anterior. Comparado com o ano passado, a média ponderada dos preços caiu 6,54 €/100 kg, ou 17,9%, representando queda de 7.15 ppl, [R$ 0,43/litro] no ano. No Reino Unido o produtor recebeu em média € 31,37/100 kg [R$ 1,43 /litro], o sexto maior preço dentre as nações que compõem a UE-15, depois da Grécia, Finlândia, Itália, Áustria e França.

A média de preço na UE-15 foi de € 30,55/100kg, [R$ 1,40 /litro], em setembro, aumento de 0,6%, em relação a agosto, mas, 6,92 €/100 kg, ou 18,5% menos quando comparada com setembro de 2014. Entre os cinco maiores produtores de leite do bloco os preços foram: Alemanha (€ 28,83/100kg) [R$ 1,30/litro], França (€ 32,23/100kg) [R$ 1,47/litro], Reino Unido (€ 31,37/100 kg) [R$ 1,44/litro], Holanda (€ 28,50/100kg) [R$ 1,30/litro], e Polônia (€ 26,56/100kg) [R$ 1,22/litro], com a média geral de €29,41/100kg, [R$ 1,34/litro], com aumento de 0,1% em relação ao mês anterior. (DairyCo - Tradução Livre: Terra Viva)

Produção/NZ  

Algumas chuvas na Ilha Norte ajudaram a aliviar a seca por um ou dois meses mais, no entanto, ao leste Ilha Sul muitas áreas sofrem com déficit de umidade no solo e os irrigadores enfrentarão restrições futuras. Frente a esse clima de baixos rendimentos, investimentos pesados em irrigação apenas com absoluta falta de água, e cálculos rígidos sobre o retorno econômico dessas despesas.

As taxas de crescimentos das pastagens serão variadas na próxima quinzena, conforme previsões, quando surgem mais brotos, e a qualidade dependerá do manejo. O período de monta atinge seu pico nessas três semanas, esperando que 90% das matrizes sejam enxertadas, havendo uma nova onda de abate de animais atrasados. As cotações no mercado lácteo caíram, novamente, - 7% no leilão na semana passada e os preços voltam ao patamar de dois meses atrás, confirmando a expectativa de que não haverá recuperação até o final do ano. (Interest.co.nz - Tradução Livre: Terra Viva)
 

Lácteos e Saúde 
Lácteos e Saúde é o tema do Simpósio do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) a ser realizado em Campinas (SP), nos dias 17 e 18 de novembro, para discutir assuntos relacionados ao consumo de produtos lácteos e suas implicações na saúde humana, do ponto de vista médico, nutricional e tecnológico. As inscrições pelo sistema já foram encerradas, mas, inscrições remanescentes poderão ser solicitadas pelo email: eventos@ital.sp.gov.br. Os temas abordados são de grande importância para o setor lácteo de um modo geral, mas, especialmente para as indústrias de laticínios. Vão desde a importância nutricional do cálcio lácteo, até proteínas lácteas: ingredientes sinérgicos em sistemas protéicos. (ITAL)

 
 

         
 

 
 


 

Porto Alegre, 11 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.144

 

 Lei do Leite é entregue na Assembleia Legislativa

Representantes do setor lácteo e do governo do Estado entregaram oficialmente, na manhã desta quarta-feira (11/11), à Assembleia Legislativa o projeto de lei que prevê a regulamentação da cadeia produtiva do leite. A iniciativa, que foi construída em conjunto pelo setor e o Executivo, busca coibir possíveis fraudes do produto e garantir a responsabilização em caso de irregularidades. Na entrega, o presidente da Assembleia Legislativa, Edson Brum, destacou a importância da regulamentação. "É imprescindível que exista uma punição sob quem insiste em fraudar a qualidade do leite. Trata-se de uma questão de saúde pública", pontuou. 

O projeto que prevê a regulamentação em todas as etapas de produção, comercialização e transporte de leite no Estado foi encaminhado em regime de urgência e deve ser votado dentro de 30 dias, caso contrário trancará a pauta de votações na Assembleia. Para o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a chamada Lei do Leite vem em um momento importante para o controle da qualidade do produto gaúcho. Durante o debate da elaboração do PL, o Sindilat apresentou sugestão que previa a punição dos transportadores, que foi incluída no texto final. Guerra também destacou o aspecto social do projeto, uma vez que as irregularidades prejudicam toda a nossa indústria, que tem mais de 100 mil famílias envolvidas na produção, além da saúde do consumidor.

Com o projeto, o transportador deverá atender a uma série de requisitos e, assim como já ocorre com a indústria, ficará sujeito a penalização monetária. O secretário estadual de Agricultura, Ernani Polo, enalteceu o pioneirismo da proposta. "É um projeto construído em conjunto com diversas entidades do setor lácteo e que contempla todo o processo da cadeia produtiva do leite", destacou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Wilson Cardoso
 
 
Sindilat integra missão do MAPA à China
 
O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) integrará a missão internacional, organizada pelo Ministério da Agricultura (MAPA), à China na próxima semana. Na ocasisão deverão ser tratadas condições sobre as exportações de produtos lácteos brasileiros para o país chinês. A comitiva, que é comandada pela ministra Kátia Abreu, saiu do Brasil na sexta-feira (06/11) da semana passada e passa ainda pela Arábia Saudita e Índia. Porém, a representante do Sindilat e a CCGL, Michele Muccillo Selbach, e o diretor da Lactalis, Guilherme Portella, se integrarão ao grupo apenas nos compromissos na próxima terça-feira (17) e quarta-feira (18).

Em Pequim, na China, a comitiva participará de encontro no ministério da Administração de Qualidade, Supervisão, Inspeção e Quarentena (AQSIQ). Já na quarta-feira (18), haverá reunião no Ministério da Agricultura (MOA). Também integra a programação, encontros no Ministério do Comércio (MOFCOM), com executivos da COFCO, e o CEO do China Investment Corporation - CIC, Sr. Ding Xuedong. Ainda na agenda de compromissos da missão, haverá reunião organizada pela Abrafrigo, com empresários da Cadeia de Proteínas.

A presença do Sindicato nestes encontros empresariais é fundamental, uma vez que em setembro deste ano, a China abriu pela primeira vez mercado para receber lácteos brasileiros. As projeções do MAPA são de que as exportações poderão ter incremento de cerca de US$ 45 milhões por ano.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Câmara Setorial do Leite promove a 1ª Reunião do Regulamento Técnico e Identidade e Qualidade do Queijo Colonial Gaúcho

Na última segunda-feira (9), a Secretária de Agricultura, Pecuária e Irrigação sediou 1ª reunião da criação do Regulamento Técnico e Identidade e Qualidade do Queijo Colonial Gaúcho. O encontro teve como objetivo avançar as discussões que ocorreram no 1º Seminário do Queijo Colonial, realizado na Expointer deste ano. A reunião contou com grande participação de entidades, universidades, servidores da Seapi e referências técnicas do setor. O estagiário da Câmara Setorial do Leite, Pedro Nery, fez uma breve apresentação resgatando os temas gerados no Seminário do Queijo Colonial Gaúcho.

Alguns conceitos puderam ser definidos neste encontro, bem como encaminhamentos para a próxima reunião que acontecerá dia 07/12, em que serão apresentados pelo Dipoa, Emater e SDR levantamentos a respeito da produção de queijo colonial no Estado. (Fonte: Seapi/RS)


 

Importantes importadores de lácteos impulsionam compras em 2015

Quando se discute demanda global, a China e a Rússia receberam a maior parte da atenção no ano passado. Porém, embora esses dois países tenham se retraído, as importações de outros importantes países aumentaram em 2015. Na primeira metade do ano, as importações mundiais da China e da Rússia aumentaram em mais de 10% com relação ao ano anterior.

As compras de outros importantes compradores, como Japão, México, Malásia, Egito e Filipinas deverão aumentar em valores de duplos dígitos esse ano. Em muitos casos, os importadores que foram pressionados para fora do mercado em 2013-14 por causa dos preços altos foram capazes de voltar e comprar com um desconto significativo.

 

Entretanto, embora o aumento nas importações desse segmento de compradores seja encorajador, acredita-se que uma parte dessas compras foi para a construção de estoques. Em muitos casos, os compradores estão agora confortavelmente cobertos até 2016, o que pode mitigar a necessidade de comprar tão agressivamente nos próximos meses. (As informações são do blog do Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC)

Queijaria

A prefeitura de Teutônia prometeu doar área de 4,6 hectares para que a Cooperativa Languiru instale uma queijaria junto a sua atual indústria. Agora, depende da Câmara de Vereadores. A previsão é de faturamento de até R$ 50 milhões por ano. (Jornal do Comércio)

 
Greve fiscais
Por enquanto, os fiscais federais agropecuários não devem retomar a greve. Ficou acertado com o Ministério da Agricultura que um grupo de trabalho será formado para acompanhar o andamento das reivindicações feitas. (Zero Hora)

 

         
 

 
 


 

Porto Alegre, 10 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.143

 

 Liminares garantem transporte do leite 


O Sindicato da Indústria dos Laticínios do RS (Sindilat) informa seus associados que há cinco liminares judiciais obtidas pela assessoria jurídica vigentes para garantir o transporte do leite pelas estradas gaúchas. As decisões valem para os municípios de Passo Fundo (BR 285), Santo Ângelo (BR 285 e BR 344), Palmeira das Missões (BR 468 e BR 386), Santa Rosa (BR 472) e Carazinho (BR 285 e BR 386). Tais determinações foram obtidas ainda no primeiro semestre de 2015 quando da Greve dos Caminhoneiros e chegaram a ter pedido de efeito suspensivo encaminhado à Justiça em função do fim dos bloqueios. Agora, frente ao novo movimento e à não-apreciação da desistência pela Justiça, elas seguem valendo. A Assessoria Jurídica do Sindilat já peticionou nos processos solicitando que se desconsidere pedido anterior e se mantenha as liminares.

Por isso, alerta o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, empresas que estiverem enfrentando problemas nessas regiões para transportar o leite podem valer-se das liminares para solicitar a retomada das atividades à força policial. "Esta greve está mais amena. As liminares estão nos ajudando a manter o fluxo do leite dentro do controle", pontuou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Ficou lento, mas não parou
Dizer que o primeiro dia da greve dos caminhoneiros não teve nenhum efeito no transporte da produção gaúcha seria um erro. Mas mesmo entre os representantes das indústrias ligadas ao agronegócio, a percepção é de que o fluxo, apesar de retardado, não foi estancado. Nos pontos de bloqueio, cargas perecíveis ganharam passagem.

- No primeiro dia, ainda deu para operacionalizar o transporte. Mas como o movimento não tem um líder, é preciso negociar a passagem em cada parada - afirma Alexandre Guerra, presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat-RS).

Em muitos locais, as empresas buscaram rotas alternativas para garantir o transporte de itens processados e também de matéria-prima. O grupo anticrise esteve reunido ontem e hoje, no início da tarde, volta a fazer uma avaliação dos efeitos da paralisação. Estão envolvidos nessa discussão representantes de entidades de RS, SC, SP e MG. Em outros Estados, a preocupação com os efeitos da parada é grande, sobretudo em Minas Gerais.

- Como já existe todo um sistema de liminares, os movimentos estão sendo mais cuidadosos - pondera José Eduardo dos Santos, diretor-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura, sobre a liberação das cargas perecíveis.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que reúne as indústrias de suínos e aves, garante que as liberações judiciais obtidas em fevereiro contra os bloqueios seguem valendo. É o caso da liminar da 1ª Vara Federal de Joaçaba (SC), que concede às empresas associadas trânsito livre nas rodovias federais. O alerta é de que a passagem tem de ser concedida para caminhões carregados ou que estejam buscando carga. Em fevereiro, os prejuízos foram de mais de R$ 700 milhões.

- Novembro será crucial para o setor recuperar perdas com a primeira greve dos caminhoneiros, além da paralisação dos trabalhos dos fiscais federais agropecuários, entre setembro e outubro. Neste mês, grandes importadores, como a Rússia, elevam suas importações visando a formação de estoques para enfrentar o inverno, quando a atividade de portos é suspensa devido ao frio e ao gelo - reforça Francisco Turra, presidente da ABPA. (Zero Hora)

 

Aftosa

Segue até 30 de novembro a segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul. Deverão ser imunizados bovinos e bubalinos de até 24 meses de idade, que somam 5 milhões no Estado, segundo a Secretaria da Agricultura. Para esta etapa, 2 milhões de doses de vacinas serão doadas a produtores inscritos no Programa Nacional de Apoio à Agricultura Familiar (Pronaf) ou no Prorama Estadual de Desenvolvimento da Pecuária de Corte Familiar (Pecfam) que tiverem até 30 animais. Os demais deverão adquirir as doses em casas agropecuárias credenciadas. (Zero Hora)

Faemg debate criação do Conseleite

A Comissão Técnica de Pecuária de Leite da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) se reuniu em Belo Horizonte, no dia 4, para debater as perspectivas e desafios do setor para 2016. Os principais temas abordados no encontro foram a criação de um Conseleite, recuos no preço do leite e os custos de alimentação do gado em meio a estiagem.

Para o presidente da comissão, Eduardo de Carvalho Pena, "É unânime o entendimento de que, para o mercado de lácteos, a criação do Conseleite é indispensável. E urgente. Não adianta debatermos os problemas do setor, custos e preços, se não conseguimos um diálogo racional com a indústria, que no final é sempre quem dita o ritmo, com ou sem justificativas, Temos que correr atrás para torná-lo realidade".

A comissão também discutiu a Resolução conjunta SEMAD-IGAM 2249/2014, que estabelece critérios para implantação e operação dos equipamentos hidrométricos no estado, e a degradação das pastagens mineiras. Segundo estudo do Inaes, cerca de 75% das pastagens do Estado estão em condições ruins, interferindo na rentabilidade do setor. (Fonte: Portal DBO, com informações da FAEMG)

Laticínios apostam no potencial do mercado árabe

A indústria brasileira de lácteos aposta na retomada das exportações e está de olho no potencial do mercado árabe. Representantes do setor participaram do Fórum Empresarial América do Sul-Países Árabes, encontro que ocorre neste domingo (08) e na segunda-feira (09) em Riad, e que antecede a Cúpula América do Sul Países-Árabes (Aspa), reunião de governos das duas regiões que será realizada esta semana, também na capital da Arábia Saudita.

"O mercado [árabe] é grande consumidor de produtos como leite condensado, evaporado, em pó e manteiga", disse o CEO do laticínio Itambé, Alexandre Almeida.

O Brasil não exporta lácteos em grande quantidade de forma constante, pois o mercado interno é muito grande, o que resulta em pouco excedente. Quando os preços estão baixos no mercado internacional o produto brasileiro perde competitividade e diminui o interesse dos exportadores.

O consumo interno, no entanto, já é relativamente alto, de cerca de 170 litros por habitante por ano, então a tendência é que a produção, que cresce em média 4% ao ano, avance mais do que a demanda brasileira, liberando mais produto para exportação. "Não tem jeito de não exportar", afirmou o assessor técnico da Associação Brasileira de Laticínios, Gustavo Beduschi.

Além disso, o setor espera que, a partir de meados do ano que vem, os preços internacionais do leite em pó voltem a patamares favoráveis às exportações brasileiras, de US$ 3 mil a US$ 3,5 mil por tonelada, segundo Almeida.

Diretor de Relações Institucionais do laticínio Piracanjuba, Cesar Helou acrescentou que a desvalorização do real frente ao dólar dá ainda mais impulso às exportações. "Nós acreditamos que o câmbio, no patamar que está, abre caminho para [o País] ser exportador", declarou.

Na década passada, o Brasil chegou a ser grande fornecedor de lácteos para países árabes. A Argélia, por exemplo, foi o maior mercado dos laticínios nacionais por um curto período. As maiores vendas ocorreram em 2008. Mas esta oportunidade ocorreu em função de questões conjunturais, como a seca que atingiu a Nova Zelândia, a maior produtora mundial, e que reduziu a disponibilidade de produto no mercado, elevando os preços.

Agora, as empresas estão se preparando para voltar a vender em grande escala. A Itambé, por exemplo, está reativando uma fábrica de leite evaporado que estava parada. "A retomada vai ser rápida", disse Almeida.

Helou, por sua vez, disse que a Piracanjuba retomou contatos que tinha no Oriente Médio e que toda a linha de produtos da companhia tem certificação halal, que atesta que o alimento foi preparado de acordo com preceitos muçulmanos.

Beduschi observou que hoje a Venezuela é o maior mercado dos lácteos brasileiros no exterior, mas a Arábia Saudita já aparece em segundo lugar, com importações de US$ 10,2 milhões de janeiro a outubro deste ano. Ele acrescentou que a associação, que é nova, vai firmar um acordo de promoção comercial com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e que dos sete mercados prioritários, quatro são árabes: Arábia Saudita, Argélia, Egito e Emirados Árabes Unidos.

Além do mundo árabe, o setor está na expectativa da abertura do mercado Chinês. A China não importa do Brasil, mas a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que está na Arábia Saudita, vai visitar também o país asiático e existe a expectativa de liberação das importações. (Fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe, adaptado pela Equipe Milknet)
 

No radar
Será protocolado amanhã, na Assembleia Legislativa, o projeto de lei para regulamentação de venda e transporte de leite no Estado. O novo texto, com contribuições de entidades do setor, será entregue pelo Executivo em regime de urgência, o que faz com que tenha de ser avaliado dentro de um mês. Ou seja, com tempo hábil para ser votado ainda em 2015. (Zero Hora)
 

         
 

 
 


 

Porto Alegre, 09 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.142

 

 Cooperativa Santa Clara aproxima o setor produtivo leiteiro à pesquisa

Resultado de um relacionamento formal e institucional da Embrapa, especialmente da unidade de pesquisas de Pelotas, RS, a direção e o conselho de administração da Cooperativa Santa Clara, do município de Carlos Barbosa -  e uma das mais tradicionais do Estado do Rio Grande do Sul -  fez visita técnica à Empresa, no dia 28 de outubro, para conhecer a agenda de atividades em pesquisa, desenvolvimento e transferência de tecnologias junto a cadeia do leite. Esta parceria oficialmente acordada em 2014, tem vigência por três anos, e é considerada estratégica para aproximação entre a pesquisa e o setor produtivo.

Mais de 20 conselheiros acompanharam a visitação ao Laboratório de Qualidade do Leite (Lableite), aos tambos experimentais junto ao Sistema de Pesquisa e Desenvolvimento em Pecuária de Leite (Sispel) e aos campos experimentais que conduzem projetos de pesquisa em melhoramento forrageiro, com destaque à produção da cultivar de azevém. A visitação ocorreu na Estação Experimental Terras Baixas.

"O simbolismo deste encontro está na demonstração do valor que representa esta parceria para a Cooperativa, onde sua direção e conselheiros se dispõem a conhecer in loco o nosso trabalho e a nossa estrutura, além de estender essa valorização ao setor produtivo de leite", comentou o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Clenio Pillon.

A pesquisadora Maira Zanela, da área de qualidade do leite, disse que a Cooperativa é uma aliada forte na proposição e execução de atividades para o fortalecimento do setor leiteiro. "A Cooperativa Santa Clara se faz presente em ações de projetos de pesquisa e de transferência de tecnologias da Embrapa", fala. A pesquisadora entende que esta parceria é uma via de mão-dupla; pelo fato de que seus cooperados apresentam demandas e apontam os gargalos e a Embrapa desenvolve tecnologias para possíveis soluções à cadeia produtiva.

Para o diretor industrial de lácteos da Cooperativa, João Seibel, conhecer a estrutura da Embrapa e suas propostas de trabalho voltadas à atividade leiteira foi uma maneira de dar mais força a parceria. "Nossos conselheiros adquiriram novos conhecimentos, e é isso que representa esse trabalho conjunto com a Embrapa, é ter acesso às informações que proporcionem melhorias às famílias que vivem da pecuária leiteira. E nós tendo esse conhecimento, nos sentimos compromissados em oferecer esse conhecimento ao maior número de produtores", disse. Na opinião de Seibel, a visita técnica feita à Embrapa reforça que a pesquisa realizada na unidade de Pelotas alcança resultados no setor produtivo de leite gaúcho. Mas, enfatiza que a Embrapa é do Brasil, e há muito trabalho de pesquisa em leite no país a ser indicado e adaptado para as condições do Rio Grande do Sul.

A Cooperativa Santa Clara tem cerca de cinco mil associados e 1.900 colaboradores. Durante a oportunidade de visitação, em Pelotas, foi realizada uma reunião ordinária do seu conselho.

Ações do convênio entre a Embrapa e a Cooperativa
Desde 2012, a Cooperativa vem realizando atividades em conjunto com a Embrapa a fim de melhorar a sua atuação no setor produtivo de leite. Mas, no segundo semestre de 2014 é que foi formalizada o contrato de cooperação técnica entre as duas instituições. Neste documento ficou estabelecido que haveria um planejamento de atividades de PD&I para o setor leiteiro, planejadas em conjunto, ao atender as áreas de alimentação e nutrição, reprodução, qualidade do leite e transferência de tecnologias.

Foram planejados, e ainda estão programados até 2017, cursos de nutrição de bovinos leiteiros, dias de campo sobre silagem pré-secada de azevém, visitas às unidades de observação, capacitações em análises de qualidade do leite, de controle leiteiro e de Lina, além de consultorias em leite. Além disso, ficou acordado a elaboração e disponibilização de materiais técnicos, participação em feiras e o envolvimento na implantação de experimentos em nutrição. Outro ponto focado é em capacitação em desempenho reprodutivo, com treinamentos em inseminação artificial, aplicação do método de ultrassonografia reprodutiva e apresentação da técnica de manejo de recria de novilhas ao utilizar multiplicação genética via sêmen sexado e embriões.

Faz parte, ainda, do cronograma de ações de parceria entre as duas instituições: a participação em projetos de pesquisa sobre um estudo epidemiológico e impacto das doenças da reprodução (em andamento), de programas que relacionam o desempenho reprodutivo e o impacto econômico, de diagnóstico do Lina e leite alcalino com identificação dos pontos críticos nos sistemas de produção e, somado a isto, as atividades previstas no projeto Protambo - que também é um projeto que busca melhorias à cadeia produtiva e capacitações estratégicas, mas trabalha com o monitoramento de oito grupos de produtores de diversas localidades do Estado, sendo um grupo da Santa Clara, formando uma rede de 54 unidades de produção de leite gaúcha.

Atividades realizadas pela Embrapa e Cooperativa
Ago/2014 - Dia de Campo Alimentação e Nutrição Animal
Dez/2014 - Consultoria de Qualidade do Leite
Abr/2015 - Participação na Expoclara, em Carlos Barbosa
Jun/2015 - Curso de Ultrassonografia
Jul/2015 - Palestra sobre Lina
Out/2015 - Matérias Técnicas no Informativo Cooperleite da Cooperativa

Projetos de Pesquisa em Parceria
Protambo
Epidemiologia das Doenças Reprodutivas
Metodologia Coleta Automática do Leite
(Fonte: Embrapa Clima Temperado)

 
 
Rede Leite discute soluções para fortalecer escolas do campo durante seminário em Ijuí

Com o objetivo de fortalecer as escolas do campo, professores e integrantes da Rede Leite - Programa em Rede de Pesquisa-desenvolvimento em Sistemas de Produção com Atividade Leiteira no Noroeste do Rio Grande do Sul -, apresentaram propostas, nesta quarta-feira (04), em Ijuí, durante o Seminário Regional das Escolas do Campo da 4ª Região. O Seminário, que é promovido pelo Governo do Estado, deve manter em Ijuí a presença de professores de diversas cidades gaúchas até hoje (05). Ao final do encontro, um documento contendo as principais reflexões elaboradas durante o evento deverá ser entregue ao secretário estadual de Educação, Vieira da Cunha.

Nesta quarta-feira, duas perguntas lançadas pelo Grupo Temático Social da Rede Leite orientaram o debate durante a oficina Juventude Rural: perspectivas de inclusão social produtiva: quem são os jovens? Que escola do campo temos hoje?

De acordo com a professora da Universidade de Cruz Alta (Unicruz), pedagoga Rosane Felix, a escola do campo "não é uma escola para, por ou com, mas do campo, com vínculos de pertencimento". A ligação com a sua realidade, segundo Rosane, é o que define a identidade de uma escola.

Para tentar compreender melhor o "fenômeno juventude rural", o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, sociólogo Jorge SantAnna, apresentou uma pesquisa conduzida pelo sociólogo Ricardo Abramovay, sobre sucessão profissional na agricultura familiar do oeste de Santa Catarina. Esses estudos se somam aos que o sociólogo da Embrapa tem feito sobre juventude rural no Rio Grande do Sul e apontam para as principais queixas dos jovens. Entre elas, falta de capital para adquirir máquinas e implementos agrícolas, falta de capacitação e informação sobre gerenciamento da propriedade, falta de remuneração pelo trabalho realizado no campo e autoritarismo dos pais.

O extensionista da Emater/RS-Ascar, Abel Toquetto, trouxe ao debate o tema das políticas públicas. Algumas políticas bem-intencionadas como o Pronaf Jovem, por exemplo, não garantem, na prática que o jovem poderá acessá-las. "Precisamos pensar um pouco se o jovem pode ser capaz de pensar sobre sua política pública ou se alguém tem que pensar por ele", disse Toquetto.

O extensionista da Emater/RS-Ascar defendeu a autonomia e a capacidade de agência dos jovens. "Temos que ouvir os jovens, que educação eles querem? É essa mesma educação que nós queremos pra eles?", questionou Toquetto.

Diagnóstico
Ao final da oficina, foi traçado um "retrato" aproximado do que pode vir a caracterizar a escola rural: é uma escola que depende fundamentalmente do transporte escolar; é chamada de rural porque está localizada no território rural, todavia, nem sempre valoriza as coisas do campo; não está conseguindo oferecer um projeto de vida aos jovens; absorve os reflexos de uma crise que não é apenas econômica, mas principalmente familiar. Paira sobre as escolas do meio rural o temor de alguns professores, que elas sejam fechadas.

Rede Leite
Fazem parte da Rede Leite, Emater/RS-Ascar, Embrapa, Unijuí, Unicruz, Instituto Federal Farroupilha campus Santo Augusto, Ufsm, Fepagro, Cooperfamiliar e Rede Dalacto. (Fonte: Emater/RS)

Reajustes encolhem, mas dissídios também 

A paralisação dos petroleiros, que tem ganhado proporções desde domingo, vai na contramão da dinâmica das campanhas salariais observadas neste ano. Mesmo diante da piora das condições da economia, os Tribunais Regionais do Trabalho estão recebendo menos dissídios coletivos, inclusive de greve, quando observado o movimento do ano passado. As categorias com data¬base no segundo semestre, muitas tradicionalmente bem organizadas do ponto de vista sindical, têm fechado com muito custo reajustes que cobrem pelo menos a inflação acumulada ¬ pagos, muitas vezes, em mais de uma parcela. Seis dos principais TRTs do país receberam pelo menos até setembro 521 dissídios coletivos, volume inferior ao acumulado no mesmo período do ano passado, 539. Com exceção de São Paulo e Minas Gerais, as regiões do Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina e Campinas não autuaram mais dissídios do que em 2014. 

"É mais difícil fazer greve e paralisação quando o emprego está em risco", afirma o supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em Santa Catarina, José Álvaro Cardoso. Apesar da ponderação, o economista se disse surpreso com o balanço do TRT do Estado, já que o Dieese orienta, esgotadas as possibilidades na mesa de negociação, que os trabalhadores levem as campanhas a dissídio. Os tribunais do trabalho, via de regra, garantem pelo menos os índices de inflação. José Silvestre Prado, coordenador de relações sindicais do Dieese, ressalta que os sindicatos seguem brigando pelos aumentos. O esforço, contudo, se divide com as discussões para garantir o emprego, já que, em muitos setores, as dispensas superam as contratações. 

Além do volume menor de reajustes com ganho real, tendência que já aparece no balanço das campanhas do primeiro semestre, devem crescer neste ano os casos de parcelamento, quando o aumento é pago em partes, e de escalonamento, quando os percentuais variam entre as faixas salariais. Em 2003, ano também adverso para o mercado de trabalho, essas modalidades apareceram em 30% das negociações, diz Prado. Algumas das grandes categorias com data¬base no segundo semestre, que somaram ganhos reais expressivos nos últimos anos, têm conseguido negociar pelo menos os índices de inflação, mas não sem alguma dificuldade. Após 21 dias de greve, os bancários aceitaram no último dia 26 proposta de 10% feita pela Febraban. 

Com data¬base em novembro, os metalúrgicos da Força Sindical em São Paulo, cerca de 250 mil apenas na capital, fecharam acordo em apenas 1 dos 8 grupos que a central representa ¬ o único cuja entidade patronal acenou com percentual que cobrisse pelo menos a inflação. A campanha dos metalúrgicos representados pela federação da CUT, a FEM, também continua para alguns grupos. As negociações já fechadas garantiram o INPC de 9,88% até setembro, mês da data¬base. Para muitos trabalhadores, entretanto, ele será pago em duas vezes. Os químicos de São Paulo, categoria que conta 165 mil trabalhadores no Estado, fecharam acordo que garantiu a inflação acumulada até outubro ¬ pouco mais de 10% ¬ em apenas uma rodada, algo atípico, afirma Sergio Luiz Leite, presidente da Fequimfar. "Acho que os trabalhadores não quiseram correr o risco de entrar em uma greve longa", pondera. Nos últimos dez anos, as convenções coletivas registraram ganhos reais entre 1,5 e 2 pontos percentuais. 

A categoria comemorou o pagamento do reajuste integral, diz o sindicalista. Os trabalhadores do setor sucroalcooleiro, também representados pela Fequimfar, negociaram em maio o INPC de 8,34%, pago em "duas ou em até três vezes", a depender da empresa. Garantido o pagamento "extra" de R$ 2 mil no cartão alimentação e manutenção de benefícios, os funcionários da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) aceitaram em setembro reajuste de 6%, inferior à inflação de 9,9% acumulado no período. Na base dos metalúrgicos do Sul Fluminense, o acordo ainda foi melhor do que o fechado entre algumas montadoras: reajuste zero, com compensação via abono e PLR. "A gente abriu mão de algumas coisas para garantir o emprego", diz Bartolomeu Citeli, diretor de comunicação da entidade. 

Os casos não são isolados. A mediana dos reajustes registrados no Ministério do Trabalho mostram que os acordos não têm ganhos reais há três meses. O levantamento é feito pela plataforma salarios.org.br, que acompanha as negociações mês a mês. O desembargador Rafael Pugliese, do TRT de São Paulo, relata ter se deparado com um número crescente de reajustes escalonados na seção de dissídios coletivos ¬ que continua, segundo ele, usando a inflação como parâmetro para estabelecer os reajustes quando não há acordo entre as partes, mesmo com a escalada nos índices de preços. O tribunal está entre os poucos que receberam número superior de ações em relação a 2014. (Valor Econômico)

 
 
Frase do dia
"Teremos que descobrir como será a vida (sem a CPMF), mas certamente será mais difícil". Do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ao defender a recriação do imposto e sua importância para concluir o ajuste fiscal. (Valor Econômico)

 

 

 


 

Porto Alegre, 06 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.141

 

 Balança comercial de lácteos: mesmo com alta do dólar, importações de leite em pó disparam

A balança comercial de produtos lácteos teve um déficit de 9.400 toneladas em outubro, volume 5 vezes maior que o déficit apresentado em setembro. Em valores, houve reversão na balança de lácteos: enquanto em setembro houve um saldo positivo de US$7,4 milhões, em outubro houve um déficit de US$12,6 milhões. A Tabela 1 abaixo traz os valores e volumes de importação por categoria de produto.

Tabela 1 - Balança comercial de lácteos - Outubro de 2015 (clique na imagem para ampliar). 

Fonte: MDIC; Elaboração: MilkPoint Inteligência

Novamente, o maior volume das exportações foi de leite em pó integral, com cerca de 5.200 toneladas exportadas a um preço médio de US$5.434/ton, com grande parte do volume destinado ao mercado venezuelano.

No entanto, também houve um crescimento expressivo nas importações de leite em pó em outubro: na soma dos volumes importados de leite em pó integral e desnatado, o crescimento foi de 75,9%, saindo de cerca de 7 mil toneladas em setembro para, aproximadamente, 13.470 toneladas em outubro, mesmo com a alta do dólar.

As importações de leite em pó, tanto integral quanto desnatado, tiveram origem majoritariamente do Uruguai (63,9%), seguido por Argentina (36,1%). Desde julho deste ano, Uruguai e Argentina tem mantido praticamente as mesmas participações nas importações brasileiras de leite em pó.


Nesse mês, a importação de queijos voltou a subir, saindo de 1.500 toneladas importadas em setembro para 1.900 importadas em outubro, um aumento de 26,9%. (A matéria é da Equipe MilkPoint, a partir de dados do MDIC)
 
 
 
El Niño alavanca preços globais dos alimentos em outubro, diz FAO

Os preços internacionais dos alimentos voltaram a subir em outubro, segundo a FAO, a Agência para Agricultura e Alimentação das Nações Unidas. O índice mensal da entidade, que mensura uma ampla cesta de alimentos, atingiu no mês passado 162 pontos, um aumento de 3,9% em relação a setembro. Segundo a FAO, a guinada se deveu ao fenômeno climático El Niño, que ameaça a oferta de algumas commodities.

O cenário do mês passado devolve, portanto, o otimismo registrado em setembro, quando o recuou pela primeira vez em 18 meses dado o panorama de oferta mais folgada. Apesar da guinada em outubro, a FAO lembra que, de modo geral, os preços dos alimentos ainda estão 16% menor que no mesmo período do ano passado. "A alta de outubro foi puxada pelas preocupações climáticas em relação ao abastecimento de açúcar e óleo de palma", afirmou a FAO, no relatório. 

O índice específico do açúcar subiu 17,2% em outubro, na comparação com o mês anterior. Foi o maior ganho no índice geral da FAO. Chuvas expressivas em grandes regiões produtores no Brasil impactaram a colheita, assim como a seca na Índia e na Tailândia. Essa composição climática contribuiu para que os futuros da commodity negociados na bolsa de Nova York acumulassem altas significativas nas últimas semanas. Já o índice referente aos óleos vegetais registrou alta de 6,2% em outubro. Segundo a FAO, "as preocupações se intensificaram em relação aos estragos que o El Niño possa fazer nas plantações de palma da Indonésia, ao mesmo tempo em que o plantio de soja no Brasil mostra progressos mais lentos também devido ao clima". Os cereais, por sua vez, subiram no mês passado 1,7%, na medida em que o tempo seco na Ucrânia e Rússia, que deverá reduzir a safra do ano que vem, puxou os preços do trigo. 

Apesar disso, ressaltou da FAO, os estoques globais do cereal deverão permanecer em níveis confortáveis. Em relação aos preços dos lácteos, o índice mensal da FAO registrou um aumento de 9,4% entre setembro e outubro, refletindo os temores de queda na oferta global devido às entregas inferiores da Nova Zelândia. Os preços das carnes mantiveram-¬se estáveis em outubro. (Valor Econômico)

 

Caminhoneiros preparam greve e cobram renúncia de Dilma

Convocados pelo Comando Nacional do Transporte, caminhoneiros autônomos irão iniciar greve por tempo indeterminado na próxima segunda-feira, com pretensão de atingir todo o país. A pauta não traz reivindicações da categoria. As lideranças assumem publicamente que o objetivo é pressionar pela renúncia da presidente Dilma Rousseff.

Integrantes do movimento dizem que a lista de reivindicações permanece a mesma apresentada em fevereiro, quando houve uma greve de caminhoneiros que gerou problemas logísticos, ameaças de desabastecimento e terminou, já em março, em confronto da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal com os motoristas em Camaquã.

- A nossa pauta do transporte existe e não foi atendida. Alguns pontos dela são redução do preço do óleo diesel, criação da tabela do preço mínimo do frete, carência de 12 meses para quem tem financiamento de caminhão no BNDES (no total, são 10 reivindicações). Agora, a pauta é a deposição da presidente - explicou Fábio Luis Roque, caminhoneiro de Santa Rosa e liderança do Comando Nacional do Transporte.

Um dos principais líderes, Ivar Schmidt, de Mossoró (RN), foi enfático em um vídeo de convocação à greve publicado na página do movimento no Facebook, com mais de 28 mil curtidores.

- A nossa principal reivindicação é a saída da Dilma Rousseff - disse Schmidt.

Eles admitem ter uma "aliança" com grupos anti-Dilma como Vem Pra Rua, Brasil Livre, Avança Brasil e Revoltados On Line. A ideia é deslocar parte dos veículos, sobretudo do Distrito Federal e de Goiás, para Brasília até o próximo dia 15. Os caminhoneiros pretendem se juntar a manifestantes que estão acampados na capital federal para pressionar pelo impeachment ou pela renúncia.

Como a organização é por fora dos sindicatos, por meio de uma rede de contatos de Facebook e WhatsApp, é difícil estimar a adesão. Alguns profissionais estão divididos.

- Achamos que não dá para ir à estrada sem uma pauta da categoria, somente para pedir impeachment. Vamos atender a solicitação do comando em parte. Ficaremos parados em casa e veremos o que vai acontecer - explicou o caminhoneiro Odi Antônio Vani, de Palmeira das Missões.

Estado poderá ter 10 pontos de concentração
Roque estima que, na segunda-feira, o Rio Grande do Sul deverá ter pelo menos 10 pontos de concentração de caminhões em estradas. Soledade e Santa Rosa serão locais de protesto. As outras cidades são mantidas em sigilo pelos organizadores. O caminhoneiro reconhece que a maioria dos motoristas vai paralisar as atividades com a opção de ficar em casa. A expectativa é de que transportadoras também se agreguem.

Sindicatos e federações da categoria são contrários à greve.

- Pelo o que percebemos, alguns infiltrados estão usando o caminhoneiro para instigar um golpe de Estado, querem derrubar o governo - afirma André Costa, presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos do RS e de SC.
Há um clima de incerteza sobre a dimensão que a iniciativa poderá tomar.
- Os sindicatos não estão envolvidos com isso, não temos nada a ver com isso, mas a situação do caminhoneiro é a pior possível. Os fretes caíram 30%, o óleo diesel subiu três vezes, os pedágios cresceram 15%. Para quem está desesperado, é imprevisível. Já tem muito caminhão parado por falta de carga, e os fretes oferecidos não cobrem os custos - avalia Nélio Botelho, do Movimento União Brasil Caminhoneiro.

O governo federal monitora, preocupado com a possibilidade de agitação política em momento de enfraquecimento do impeachment no Congresso. Outro alerta soa no Palácio do Planalto com a hipótese de ampliação da crise econômica caso ganhe força a paralisação no transporte de cargas.

- A maior parte dos sindicatos é contra a greve e vemos nisso um movimento que efetivamente tem viés político muito forte. Estamos acompanhando a movimentação dentro daquilo que costumamos fazer - afirma o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. (Zero Hora)

 
 

Mais Leite Saudável
Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) de hoje, 06 de novembro de 2015, a Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil, nº 1590, de 05 de novembro de 2015, que dispõe sobre o crédito presumido da Contribuição para os Programas de Intergração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins relativo à aquisição de leite in natura. "Esta Instrução Normativa disciplina a aplicação do art 9º-A da Lei nº 10925 de 23 de julho de 2004, no âmbito do Programa Mais Leite Saudável, instituído pelo Decreto nº 8.533 de 30 de setembro de 2015", este é o Artigo Primeiro da Instrução Normativa. (Terra Viva/Legisweb)

 
 

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Porto Alegre, 05 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.140

 

Comissão de Agricultura declara apoio à derrubada do PL 214

Em busca de apoio à derrubada do PL 214, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) reuniu-se nesta quinta-feira (5/11) com os deputados da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa. O objetivo do encontro foi reforçar os impactos negativos que a redução de 30% dos créditos presumidos terá sobre o setor lácteo. O presidente da Comissão, deputado Adolfo Brito, endossou apoio, externou sua preocupação com a perda de competitividade do setor e garantiu que irá analisar os dados a fim de corroborar na discussão com o governo estadual. "Internamente, vamos discutir os impactos do projeto e buscar alternativas para que o setor lácteo não seja prejudicado", destacou Brito. Para o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o apoio da Comissão de Agricultura é fundamental para garantir a derrubada do projeto. O relator da matéria, deputado Elton Weber, referendou sua posição contrária ao PL e destacou que a medida só estimula a entrada de leite de outros estados no Rio Grande do Sul. Se o Poder Executivo não retirar o PL de tramitação, Weber garante que apresentará seu relatório com emendas.

Durante o encontro, Guerra também destacou a necessidade de investimento no setor, principalmente na sanidade do gado leiteiro. "Se quisermos continuar exportando o leite gaúcho mundialmente precisamos pensar na saúde do nosso rebanho", pontuou Guerra. Para isso, segundo o presidente, é preciso pensar e criar políticas públicas que auxiliem no controle de doenças como, aftosa, tuberculose e brucelose. "O Estado precisa incentivar o desenvolvimento do setor primário e não prejudicá-lo. A agroindústria é essencial para que o Rio Grande do Sul possa voltar a crescer", reforçou o vice-presidente da Comissão, deputado Sergio Turra. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Vinícios Sparremberger
 
 
Ministério da Agricultura vai reestruturar Sisbi-POA

Instituído há quase 10 anos, o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA), modelo que ainda patina para deslanchar, está prestes a ser renovado. Normatizado por decreto em 2006, o sistema registrou adesão de apenas seis estados, do Distrito Federal e 26 municípios até este ano, participação baixa e que colocou em evidência a necessidade de reestruturação, discutida desde o início do segundo semestre por um amplo grupo de trabalho. 

As propostas finais, elaboradas após oficinas e reuniões do grupo de trabalho, foram divulgadas na sexta-feira e contemplam sugestões de diretrizes relacionadas à hierarquização, sustentabilidade, modernização e capacitação/educação sanitária. Essas quatro esferas foram tratadas individualmente pelos integrantes do grupo como macrotemas, explica o fiscal federal Márcio Tondero, que representou a Superintendência Federal da Agricultura do Rio Grande do Sul (SFA-RS) nas discussões.

Entre as diretrizes estabelecidas no documento, Tondero destaca que em relação à hierarquização foi definida a importância de haver uma coordenação central. Outro ponto de destaque é a modernização, que segundo os integrantes do grupo técnico, deve focar na análise de risco. Já na área de capacitação e educação sanitária, o consenso é o de que a formação deve ser promovida nas três esferas do poder executivo, abrangendo municípios, estados e a União. "A operação do Sisbi ainda tem pouca adesão e esperamos que seja ampliada. Já existe hoje a legislação", contextualiza Tondero. 

Uma das proposições para ampliar a adesão ao Sisbi-POA é fazer sensibilização junto às prefeituras para implantação dos serviços municipais e posteriormente o Sisbi. "No âmbito dos municípios ainda há muita fragilidade, porque as transferências de renda ocorrem por emenda parlamentar." Essa condição evidencia a importância de outro pilar do documento: a sustentabilidade. "Defendemos que seja instituída uma forma de arrecadação de recurso, um fundo, para viabilizar as operações municipais." 

O Ministério da Agricultura abriu o documento para consulta popular até o dia 22 de novembro. A íntegra das propostas pode ser acessada no site do órgão: www.agricultura.gov.br.

Para o deputado estadual Gabriel Souza (PMDB), "o modelo foi construído com boas intenções, mas não deslanchou". Defensor da reestruturação do Sisbi, o parlamentar ressalta que é fundamental buscar formas de viabilizar a inspeção nos municípios e estados. "A demanda é muito superior em relação ao número de servidores." 

Souza tem fomentado o debate sobre a inspeção privada como saída para esse impasse. Esse formato já está em funcionamento, por exemplo, em Santa Catarina, onde a inspeção é feita por empresas habilitadas e a fiscalização fica a cargo do poder público. "O Sisbi-POA ainda não mostrou a que veio", diz o deputado, que irá avaliar o documento e submeter propostas à Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa. 

A questão da inspeção privada é polêmica e, segundo Tondero, foi discutida pelo grupo de trabalho que formulou a proposta de reestruturação do Sisbi. "O consenso é de que não se pode dissociar as duas áreas", revela. Ele sustenta que somente um funcionário concursado tem legitimidade para agir em caso de identificação de produtos inadequados para consumo. "Só esse profissional teria poder de retirar imediatamente produtos da cadeia produtiva", pontua. "Outros países, que importam nossos produtos, foram claros que não aceitavam esse modelo. Nosso sistema veterinário não seria reconhecido pelos principais importadores", diz. (Jornal do Comércio)

Aproveitamento do colostro será debatido em audiência na Câmara

A audiência da Câmara para debater o aproveitamento do colostro bovino na alimentação humana será no próximo dia 19, em Brasília. Iniciativa do presidente da Subcomissão de Política Agrícola, deputado federal Alceu Moreira (PMDB/RS), o encontro foi baseado em estudo da médica veterinária Mara Helena Saalfeld, da Emater/RS, premiada pela Unesco e outras entidades por pesquisas na área.

Hoje, o colostro não pode ser aproveitado para fins de alimentação humana devido à falta de legislação específica no Brasil. Em países da União Europeia, Turquia, Nova Zelândia, por exemplo, o colostro é utilizado como suplemento alimentar e no combate a problemas gastrointestinais. (Assessoria de Imprensa Deputado Alceu Moreira)

China: abandono da política de filho único possivelmente impactará na indústria de lácteos

Justo quando boas notícias para a indústria de lácteos pareciam escassas, a China declarou que está abandonando sua política de filho único e começará a permitir que todos os casais tenham dois filhos. Embora os demógrafos há muito sabiam sobre o desastre do crescimento da população da China, o governo chinês foi lento em reconhecer o declínio nas taxas de natalidade do país. Um primeiro passo foi o relaxamento das leis em 2013, que permitiu que casais que fossem filhos únicos tivessem dois filhos. Porém, o anúncio feito semana passada é do fim completo da política dos anos setenta. A China é um dos maiores mercados do mundo para fórmulas infantis e leites em pó, de forma que essa é uma notícia bem vinda aos processadores de lácteos do mundo.

Embora muitos na indústria atribuam a crescente demanda de lácteos da China à demanda em expansão por fórmulas infantis e leites em pó, dados do Banco Mundial mostram que as taxas de natalidade caíram para 12,1 por 1000 em 2013, de acordo com o Bloomberg. Essa taxa de natalidade está bem abaixo do pico da China, de 23,2 por 1000 alcançado em 1987. Além disso, o Bloomberg reportou que a atual taxa de natalidade está abaixo das taxas nos Estados Unidos (13 por 1000) e Malásia (18 por 1000). A queda na taxa de natalidade na China, entretanto, é um número que não pode ser subestimado devido ao fato de o país ter a maior população mundial, de 1,36 bilhão de pessoas.

 
Os especuladores de mercado esperam que casais jovens imediatamente comecem a ter mais filhos, impulsionando uma onda de demanda por fórmulas infantis, que o mundo ainda não teve. Como resultado, os comerciantes começam a apostar nos mercados de leite em pó na expectativa de que uma maior demanda seja provocada. Entre novembro de 2013 e junho de 2014, a China importou 707.251 toneladas deleite em pó integral, 84% a mais do que no período entre novembro de 2012 e junho de 2013. Para o desespero dos comerciantes, as mulheres chinesas mais jovens, assim como muitas mulheres ocidentais, estão chegando às cidades, entrando em universidades e começando uma carreira - coisas que adiam o começo de uma família para mais tarde na vida. Para aqueles que possuem muito estoque de leite em pó, a falta de demanda levou ao fim das compras e o mercado de lácteos a capitular. Como resultado dos grandes estoques, as importações de leite em pó integral da China caíram 55% entre julho de 2014 e junho de 2015, comparado com o mesmo período do ano anterior.

A China parece estar tomando medidas para se antecipar ao que poderia ser potencialmente desastroso para o governo, à medida que o número de trabalhadores decresce, mas um aumento na população da China não é garantido. Possíveis consequências do menor número de trabalhadores incluem aumento de salários e perda de produção, à medida que os processadores buscam produtores mais baratos - eventos que poderão levar à desaceleração econômica. A questão que permanece é como os jovens casais reagirão às notícias. Embora pais que querem uma porção maior da nutrição de suas crianças recorram aos produtos lácteos e representem uma oportunidade se essas famílias tiverem mais filhos, o caminho para a expansão da demanda por lácteos poderá ser árduo. Com a queda de 2014-15 fresca ainda na mente das pessoas, parece menos provável que haja uma corrida pelo leite em pó como vista no final de 2013 - embora não dê para ter certeza quando há uma oportunidade em andamento. (As informações são do Daily Dairy Report)

 
 
FAO iniciará novo censo global da agricultura em 2016
A FAO, a Agência para Agricultura e Alimentação da ONU, irá iniciar uma nova rodada global em 2016 para o novo censo agrícola. A entidade recolherá informações e estatísticas sobre o setor para formar o levantamento, conduzido a cada dez anos. "Os censos são cruciais para que os governos implementem políticas baseadas em dados, de forma a fomentar o acesso a terras, melhorar a segurança alimentar e reduzir os impactos ambientais por parte de atividades agrícolas", disse a FAO. O levantamento também ajuda o setor privado a tomar decisões de investimentos no setor. O último censo cobriu 135 países, um número recorde para a FAO. (Valor Econômico)

 

         
 

 
 


 

Porto Alegre, 04 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.139

 

LEITE/CEPEA: preços de leite caem, mas em ritmo menor que o esperado

Com a chegada das águas nas principais regiões produtoras de leite em setembro, a produção aumentou e o valor pago ao produtor em outubro teve a segunda queda consecutiva, considerando-se a "média Brasil" (MG, PR, RS, SC, SP, GO e BA). De acordo com pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, o preço líquido (sem frete e impostos) recebido pelo produtor recuou 1,15% de setembro para outubro, com a média indo para R$ 0,9731/litro. Na comparação com outubro/14, o preço está 7,6% menor em termos reais (deflacionados pelo IGP-DI de setembro/15). O preço bruto médio (inclui frete e impostos) pago pelos laticínios/cooperativas foi de R$ 1,0589/litro, redução de 0,73% em relação ao mês anterior.

 
 
Segundo Valter Galan, do MilkPoint Inteligência, "o consumo de derivados lácteos segue fraco, devido à atual situação econômica. No entanto, os problemas climáticos - excesso de chuvas no Sul e falta de chuvas em Minas Gerais e Goiás - fizeram com que o crescimento da oferta em outubro fosse menor que o esperado, limitando a queda no preço pago ao produtor". 

As quedas ocorreram em praticamente todas as praças acompanhadas pelo Cepea; apenas no Rio Grande do Sul e na Bahia, os valores subiram um pouco. Esse recuo já era esperado por agentes consultados pelo Cepea, tendo em vista o aumento da produção nesta época do ano. No Rio Grande do Sul, no entanto, o excesso de chuvas limitou o crescimento da oferta, motivando alta dos preços ao produtor. Na Bahia, foi a competição entre laticínios por produtores que elevou as cotações. 

Em setembro/15, o Índice de Captação do Cepea (ICAP-L/Cepea) registrou novo aumento, de 3,26%, em relação a agosto e de 8,1% na comparação com setembro/14. São Paulo teve o maior aumento de captação, de 4,66%, seguido por Goiás (4,55%), Minas Gerais (3,74%), Paraná (3,04%), Rio Grande do Sul (2,13%) e Santa Catarina (1,91%). Bahia foi o único estado onde a captação de leite diminuiu, 3,04%.

Para novembro, a expectativa da maior parte dos representantes de laticínios/cooperativas ainda é de queda nos preços. Entre os colaboradores consultados pelo Cepea, 72,7% deles, que representam 95,4% do leite amostrado, acreditam que haverá novo recuo no próximo mês; apenas 18,2% dos agentes, que respondem por 3,9% do volume captado, sinalizam estabilidade. Há ainda um grupo que reúne 9,1% dos profissionais consultados, representantes de 0,6% da amostra, que acreditam em alta em novembro. 

No mercado paulista de derivados (referência de consumo varejista), o leite UHT e o queijo muçarela se desvalorizaram em outubro pelo quarto mês seguido. Apesar da queda mensal, os fechamentos diários sinalizaram ligeira reação nos preços do leite UHT no final de outubro, influenciados por certo aquecimento da demanda por esse produto. Já para o queijo muçarela, a demanda ainda está fraca e as cotações seguiram com quedas diárias. 

Em outubro (até o dia 28), o leite UHT teve média de R$ 2,1848/litro e o queijo muçarela, de R$ 13,4062/kg, quedas de 2,6% e de 2,63%, respectivamente, em relação a setembro/15. Esta pesquisa de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). (As informações são do Cepea/USP)

 
 
 
Para não deixar furo 

Deve ficar para a próxima semana a apresentação do projeto de lei do Executivo que regulamenta venda e transporte de leite no Estado. O texto com os ajustes sugeridos por entidades do setor seria encaminhado ontem à Secretaria da Agricultura. O setor jurídico da pasta dará o aval final para o documento.

- Pretendo encaminhar o projeto ainda nesta quarta-feira para a Casa Civil - afirma o secretário da Agricultura, Ernani Polo.

Como as propostas devem ser protocoladas até quinta-feira na Assembleia, Polo estima que a apresentação do Executivo fique para o início da próxima semana. A ideia é encaminhar com regime de urgência. Ou seja, em tese, o texto poderia ser votado em 2015.

A regulamentação do transportador e a possibilidade da aplicação de multas são vistas como medidas fundamentais para colocar um ponto final nas fraudes que vêm sendo detectadas há dois anos nas operações do Ministério Público Estadual. Enquanto o Executivo não apresenta a proposta, segue a estratégia de manter em banho-maria o projeto de lei do Translácteos, que está na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia. Ontem, o relator, deputado Jorge Pozzobom, pediu para reexaminar o texto.

Pelo acerto feito entre entidades e Secretaria da Agricultura, a legislação ficará concentrada em texto único, na proposta do Executivo. (Zero Hora)

Novas diretrizes do Sisbi-Poa sob consulta

O relatório preliminar com diretrizes para modernizar e reestruturar o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa) está aberto à consulta pública até o dia 22 no site do Ministério da Agricultura. O documento estabelece a uniformização dos critérios e normas técnicas de inspeção, descarta a possibilidade de terceirização e prevê repasse de recursos a estados e municípios para a estruturação e posterior manutenção do serviço. Depois da etapa de consultas, as mudanças poderão ser definidas por ato administrativo.

A delegada regional do Sindicato Nacional dos Fiscais Agropecuários (Anffa Sindical), Consuelo Paixão Côrtes, diz que uma legislação única dará mais segurança ao consumidor. O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios, Alexandre Guerra, afirmou que as diretrizes proporcionam às empresas com registro estadual a possibilidade de ampliar seus mercados, gerando mais empregos, desenvolvimento e arrecadação. 

Para o vice-presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Rui Vargas, a intenção é boa, mas poderá enfrentar dificuldades. "O dinheiro é o entrave dessa ideia", advertiu. (Correio do Povo)

Novo aplicativo mostra o caminho do leite da Cooperativa Santa Clara do campo ao supermercado

Para mostrar ao consumidor como é produzido e distribuído o leite da Cooperativa Santa Clara, a empresa lançou o aplicativo gratuito "Caminho do leite", disponível para download nas versões iOS e Android. Após baixar o aplicativo, basta apontar a câmera do celular para uma caixinha de leite da Cooperativa Santa Clara para acompanhar todo o processo e distribuição do produto, desde a propriedade rural até a mesa do consumidor.

 

De acordo com Alexandre Guerra, diretor Administrativo e Financeiro da Santa Clara, a animação em 3D em realidade aumentada é de fácil entendimento para crianças e adultos e traz informações sobre a produção, testes de qualidade e envase do leite. "O aplicativo é uma forma lúdica da Santa Clara se aproximar dos consumidores, ressaltando seus processos de qualidade e segurança alimentar", afirma Alexandre.

As novas embalagens dos leites Santa Clara integral, semidesnatado e desnatado são produzidas pela Tetra Pak e contam com tampa rosca que facilita a abertura e o fechamento do produto. "As caixinhas trazem informações sobre o aplicativo e são as primeiras do mercado brasileiro a interagir com essa tecnologia de realidade aumentada", finaliza Alexandre. Para acessar o app, basta entrar nas lojas da App Store ou Google Play. (As informações são do Maxpress)

 
 
Fundesa aprova ajuda ao IPVDF
Conselheiros do Fundesa aprovaram a aplicação de recursos no Laboratório de Diagnósticos do Instituto Desidério Finamor (IPVDF), que fez 45 mil exames em bovinos, suínos e aves no ano passado e enfrenta dificuldades para continuar com seus trabalhos. Inicialmente será aplicado um valor emergencial -- não divulgado -- a fundo perdido. Depois serão emprestados cerca de R$ 600 mil mediante convênio. (Correio do Povo)