Brasil deve assumir liderança na exportação de produtos agrícolas a partir de 2024
O Brasil deverá assumir a liderança mundial na exportação de produtos agrícolas a partir de 2024, quando a área plantada será de 69,4 milhões de hectares, segundo estudo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), comentado em nota pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Grande parte do crescimento da área plantada se dará nas culturas de cana-de-açúcar, com aumento de 37%; algodão (35%) e oleaginosas, especialmente soja (23%).
Esse aumento da área plantada, segundo a CNA, é resultado do avanço da produção agrícola sobre áreas de pecuária degradada, áreas de abertura (aquelas de primeiro plantio) e principalmente do aumento do plantio da segunda safra no Centro-Oeste e no Matopiba (região produtiva nos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
A CNA estima que, até o fim de 2015, as vendas externas do setor agropecuário brasileiro deverão atingir US$ 88,3 bilhões. O desempenho é inferior ao de 2014, mas, ainda assim, a entidade considera o resultado bom, diante de estimativas de queda ao redor de 3% do Produto Interno Bruto (o PIB é a soma da produção de bens e serviços do país).
O campo brasileiro já avançou bastante, tendo em vista que o Brasil saiu da posição de importador de alimentos até metade da década de 1970 para ocupar lugar entre as potências agrícolas do mundo. De acordo com a CNA, esse feito é resultado de uma produtividade agrícola que cresceu nos últimos 25 anos, mantendo medidas de preservação ambiental, e do uso de tecnologia moderna. Assim, o país se tornou o terceiro maior exportador mundial de grãos, perdendo só para a Comunidade Europeia e os Estados Unidos.
A FAO observou no estudo que a soja deverá permanecer como líder na produção agrícola exportada pelo Brasil, que, hoje, se mantém no segundo lugar nos embarques mundiais, depois dos Estados Unidos. As exportações do produto dentro de nove anos tendem a atingir US$ 22,8 bilhões. A receita estimada, no entanto, deve ser menor que a atual, em razão do esperado aumento do consumo interno, de 27% nos próximos 10 anos, o que implicará diminuição do volume exportado pelo país.
De janeiro a setembro deste ano, as exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 67 bilhões e o setor contribuiu com 46% do total das vendas externas do país. A CNA destaca que a receita cambial no balanço deste ano promete apresentar queda ao redor de 9%, a despeito do recorde de 160,5 milhões de toneladas de produtos agropecuários que o Brasil vai exportar. Em volume, a instituição estima 13,9% de acréscimo na comparação com o ano passado.
Blocos comerciais
O Brasil quer definir a troca de ofertas entre Mercosul e União Europeia (UE) na última semana deste mês ou na primeira de dezembro. De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizada, que atualmente ocupa a presidência do Mercosul, viajará para a Bélgica ainda em novembro para se reunir com autoridades da Europa e acordar uma data específica para a troca.
"Ele vai à Bélgica se reunir com a comissária de Comércio, Cecilia Malmström, e outras autoridades para estabelecer uma data. Do ponto de vista do Mercosul e do Brasil, nosso interesse é que o encontro para troca de ofertas se realize ainda este ano", afirmou Vieira. O chanceler brasileiro informou ter expressado a Cecilia Malmström o apoio do Brasil ao esforço do Mercosul. "Tive contato faz umas três semanas. Disse que estávamos prontos para a troca de ofertas", declarou Mauro Vieira. (As informações são do Estado de Minas)
Valor pago aos produtores de leite em Minas Gerais cai 1,24%
Os preços pagos pelo litro de leite em outubro, referente à produção entregue em setembro, voltaram a recuar, em função do aumento de 3,74% no volume captado em Minas Gerais. De acordo com os dados levantados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), no Estado, o preço médio líquido por litro de leite retraiu 1,24%, enquanto a média bruta caiu 0,32%, com o litro do produto negociado a R$ 1,07. Para este mês, a expectativa é que os preços recuem novamente.
Segundo os pesquisadores do Cepea, a chegada das chuvas nas principais regiões produtoras de leite, em setembro, fez com que a produção aumentasse. Com o maior volume e a demanda não acompanhando a oferta, o valor pago ao produtor em outubro teve a segunda queda consecutiva em Minas.
A queda nos preços também foi verificada na média Brasil, composta pelos resultados de Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Goiás e Bahia. O preço líquido (sem frete e impostos) recebido pelo produtor recuou 1,15% de setembro para outubro, com a média caindo para R$ 0,973 por litro de leite.
Na comparação com outubro de 2014, o preço está 9,2% menor em termos reais, deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (Ipca) de setembro de 2015. Ainda na média Brasil, o preço bruto médio (inclui frete e impostos) pago pelos laticínios e cooperativas foi de R$ 1,058 por litro, redução de 0,73% em relação ao mês anterior.
Em setembro, o Índice de Captação do Cepea (IcapL/Cepea) registrou novo aumento, de 3,26%, em relação a agosto e de 8,1% na comparação com setembro de 2014. Somente em Minas Gerais houve aumento de 3,74% na captação, o terceiro maior índice do País, atrás somente de São Paulo, cuja captação ficou 4,66% superior, e Goiás, com alta de 4,55% no volume.
Em Minas Gerais, o preço líquido do leite, R$ 0,99 por litro, recuou 1,24% quando comparado com o valor praticado no mês anterior. A média bruta estadual encerrou o período a R$ 1,07 por litro, retração de 0,32% frente aos valores praticados em setembro. (ClicFolha)
Preços/Europa
Os produtores de leite da União Europeia receberam em média 29,91€/100 kg, [R$ 1,37/litro], 0,6% mais que no mês anterior. Comparado com o ano passado, a média ponderada dos preços caiu 6,54 €/100 kg, ou 17,9%, representando queda de 7.15 ppl, [R$ 0,43/litro] no ano. No Reino Unido o produtor recebeu em média € 31,37/100 kg [R$ 1,43 /litro], o sexto maior preço dentre as nações que compõem a UE-15, depois da Grécia, Finlândia, Itália, Áustria e França.
A média de preço na UE-15 foi de € 30,55/100kg, [R$ 1,40 /litro], em setembro, aumento de 0,6%, em relação a agosto, mas, 6,92 €/100 kg, ou 18,5% menos quando comparada com setembro de 2014. Entre os cinco maiores produtores de leite do bloco os preços foram: Alemanha (€ 28,83/100kg) [R$ 1,30/litro], França (€ 32,23/100kg) [R$ 1,47/litro], Reino Unido (€ 31,37/100 kg) [R$ 1,44/litro], Holanda (€ 28,50/100kg) [R$ 1,30/litro], e Polônia (€ 26,56/100kg) [R$ 1,22/litro], com a média geral de €29,41/100kg, [R$ 1,34/litro], com aumento de 0,1% em relação ao mês anterior. (DairyCo - Tradução Livre: Terra Viva)
Produção/NZ
Algumas chuvas na Ilha Norte ajudaram a aliviar a seca por um ou dois meses mais, no entanto, ao leste Ilha Sul muitas áreas sofrem com déficit de umidade no solo e os irrigadores enfrentarão restrições futuras. Frente a esse clima de baixos rendimentos, investimentos pesados em irrigação apenas com absoluta falta de água, e cálculos rígidos sobre o retorno econômico dessas despesas.
As taxas de crescimentos das pastagens serão variadas na próxima quinzena, conforme previsões, quando surgem mais brotos, e a qualidade dependerá do manejo. O período de monta atinge seu pico nessas três semanas, esperando que 90% das matrizes sejam enxertadas, havendo uma nova onda de abate de animais atrasados. As cotações no mercado lácteo caíram, novamente, - 7% no leilão na semana passada e os preços voltam ao patamar de dois meses atrás, confirmando a expectativa de que não haverá recuperação até o final do ano. (Interest.co.nz - Tradução Livre: Terra Viva)