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Porto Alegre, 30 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.157

 CEPEA: problemas climáticos evitam maiores quedas nos preços ao produtor

O movimento sazonal de enfraquecimento dos preços do leite ao produtor se manteve em novembro, mas algumas atenuantes limitaram as quedas. Uma delas são as chuvas, excessivas no Sul e escassas no Nordeste. Outra foi um forte reajuste em Minas Gerais.

No balanço, o preço recebido pelo produtor (sem frete e impostos) recuou 0,57% de outubro para novembro, com a média a R$ 0,9675/litro, conforme levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Na comparação com novembro/14, o preço está 5,9% menor em termos reais (deflacionados pelo IPCA de outubro/15). O valor bruto (inclui frete e impostos) pago pelos laticínios/cooperativas foi de R$ 1,0541/litro, redução de 0,46% em relação ao mês anterior.

Nos estados do Sul, as chuvas se intensificaram a ponto de reduzir a produção de leite em muitas regiões, além de dificultarem a captação do produto. Já na Bahia, é a falta de precipitações que tem diminuído a produção, informa o Cepea.

Representando a média ponderada de sete estados, o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea) de outubro apontou queda de 0,86% frente a setembro. Na Bahia, no entanto, a redução mensal chegou a 13,99%. O Rio Grande do Sul também teve queda importante, de 5,78%, seguido por Santa Catarina (-4,55%) e Paraná (-1,47%). Diferentemente, São Paulo (2,74%), Minas Gerais (1,72%) e Goiás (1,62%) mantêm o ritmo de crescimento na produção, conforme avançam as chuvas.

Outro fator que impactou diretamente nos preços pagos ao produtor foi o reajuste feito por um laticínio de grande porte na mesorregião sul/sudoeste de Minas, diante do aumento da concorrência por produtores nessas praças. Com isso, a média do estado, que vinha em tendência de queda, reagiu e amenizou a baixa nacional.

Segundo alguns colaboradores do Cepea, o excesso de chuvas na região Sul, além de prejudicar a produção, também tem impedido o pecuarista de fazer a reforma das pastagens, comum nesta época do ano. Com isso, o mercado de insumos para essas atividades nessas regiões está desaquecido, podendo haver consequências negativas futuras quanto ao fornecimento de pastagens de qualidade para alimentação dos animais.

O aumento da precipitação no Sul também divide a expectativa dos agentes consultados pelo Cepea quanto aos preços no próximo mês. Uma parte dos entrevistados (45,7%), que representa 51,6% do leite amostrado, acredita que o recuo deve se manter em dezembro. Por outro lado, 42,9% dos entrevistados, que representam 47,7% do volume amostrado, indicam estabilidade. E apenas 11,4% acreditam em alta.

No mercado de derivados, após quatro meses de quedas para o leite UHT e de três meses para o queijo muçarela, ambos se valorizaram no fechamento parcial de novembro. Alguns colaboradores apontam leve melhora na demanda por esses derivados, o que ajudou na recuperação dos preços. O leite UHT e o queijo muçarela negociados no atacado do estado de São Paulo tiveram médias de R$ 2,2628/litro e de R$ 13,54/kg, respectivamente, em novembro, 3,39% e 1,17% superiores aos valores de outubro. A pesquisa de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas do estado de SP e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). (CEPEA)
 
Produtores de leite da União Europeia querem que comissário da Agricultura deixe o cargo por crise no setor leiteiro

O chefe do European Milk Board (EMB) pediu a remoção do comissário da Agricultura da União Europeia (UE), Phil Hogan, pela maneira como ele lidou com acrise no setor leiteiro. Em uma carta enviada a Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, Romuald Schauber pediu a remoção de Hogan de seu cargo. Hogan manteve por vários meses desse ano a posição de que a indústria de lácteos não está em crise, antes de finalmente admitir em julho que a indústria estava enfrentando "sérias dificuldades".

Em sua carta, o presidente do EMB, Schauber, disse que a situação nas fazendas europeias de lácteos "piora a cada dia". Por meses, os preços do leite ao produtor tem sido de apenas 25-30 centavos de euro (26,5-31,84 centavos de dólar) por litro, enquanto os custos de produção estão em mais de 40 centavos de euro (42,45 centavos de dólar) por litro. Enquanto algumas fazendas já faliram, outras ainda continuam somente produzindo leite escoradas pelos empréstimos do governo, disse Schauber. Ele disse que a crise é pelo desequilíbrio entre oferta e demanda no mercado de lácteos. Porém, Schauber disse que Hogan falhou em fornecer soluções para a crise, dizendo que suas ações tinham mostrado um desrespeito em ajudar os produtores de leite.

"Na última reunião do Conselho de Agricultura, Hogan falou novamente sobre a estabilização do mercado de lácteos. Essa foi outra afirmação em uma série de comentários que nos deixou em dúvida se Phil Hogan realmente quer encontrar uma solução ou se ele é capaz de fazer isso". Em janeiro, o Comissário negou completamente a existência de crise no setor leiteiro. No final de setembro, em uma entrevista na televisão com a ViEUws, ele declarou que não era verdade que os preços não cobrem os custos de produção: "eu não acho que muitos produtores estão produzindo abaixo dos custos de produção. Eles disseram que estão, mas no final do dia, continuam produzindo".

Apesar dessas afirmações, Hogan teve acesso a vários estudos científicos que provam que os produtores não recebem um preço pelo leite que cubra seus custos de produção, disse Schauber. A EMB pediu que a Comissão Europeia responda à carta até 4 de dezembro.

Em setembro, Hogan anunciou um pacote de 500 milhões de euros (US$ 530,74 milhões) de pacote de ajuda aos produtores após milhares de produtores europeus terem ido às ruas de Bruxelas para protestar. Apesar de os líderes do setor rural terem elogiado o pacote, alguns produtores descreveram isso como "uma gota no oceano" e muitos estão usando o dinheiro para pagar contas e empréstimos. 

Em 27/11/15 - 1 Euro = US$ 1,06
0,94208 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (As informações são do Farmers Weekly)

Nova IN deve sair em 2016

A nova Instrução Normativa que aprova o regulamento técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT) deve ser publicada até o início de 2016. O Ministé- rio da Agricultura diz que assim que ela for divulgada, terão iní- cio os trabalhos de classificação dos estados e intensificação das ações de combate à brucelose e tuberculose animal. Uma consulta pública, encerrada em outubro, recebeu mais de 200 sugestões e questionamentos de 60 entidades ou indivíduos. (Correio do Povo)
 

Confirmada vacinação de 59% do rebanho
A coordenadora do Programa de Combate à Aftosa do RS, veterinária Lucila dos Santos, disse ontem que 59% dos 5 milhões de bovinos e bubalinos do Estado já tiveram a dose de reforço da vacina confirmada em sistema. A veterinária ponderou, contudo, que a maior parte das inspetorias deixa para incluir no sistema as comprovações de vacinas após o término da campanha, no dia 30. "Acreditamos que o índice vacinal se mantenha igual ao de anos anteriores, na casa dos 97%", afirmou. (Correio do Povo)

 

         

Porto Alegre, 27 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.156

 

 China: Sindilat disponibilizará formulários para aprovação de plantas

Diante das boas expectativas para negócios com o mercado chinês, o Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat) disponibilizará a partir de segunda-feira (30/11) os formulários para que as empresas façam o registro de suas plantas. Essa etapa é fundamental para que elas estejam aptas a exportar produtos para a China. As informações estarão no site do Sindicato, informou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, nesta sexta-feira, durante a reunião dos associados. "É um passo muito importante para o setor lácteo gaúcho e vamos buscar dar o máximo de apoio às empresas para encaminharem os formulários", pontuou Guerra.

Na ocasião, a representante do Sindilat e da CCGL, Michele Muccillo Selbach, e o diretor da Lactalis, Guilherme Portella, detalharam os encontros durante a missão à China organizada pelo Ministério da Agricultura. Ambos ressaltaram que o mercado é importante pelo alto consumo, mas também por ser um parceiro comercial importante. Eles também destacaram ser importante o preenchimento dos formulários e o envio dos mesmos até 10 de dezembro. "Já existe o acordo sanitário entre Brasil e China, mas falta agora apenas que as empresas preencham o formulário e enviem as informações", destacou Michele. A princípio, após a aprovação das plantas é possível dar início às negociações. (Assessoria de Imprensa Sindilat)      
 

Foto: Reunião dos Associados 
Crédito: Divulgação Sindilat

 
 
Zildo de Marchi prestigia reunião

A reunião de associados contou com a presença especial do empresário Zildo de Marchi, que presidiu o Sindicato durante mais de duas décadas (1972 e 1994). Aos presentes, ele falou sobre a sua experiência no setor lácteo e destacou a importância de as empresas estarem sempre atentas às inovações. Ao completar 90 anos, recentemente, ele lançou o livro "Barriga no balcão, olhos no mundo!", no qual relata a sua trajetória profissional. A obra foi escrita pelos jornalistas Danilo Ucha e Paula Sória. (Assessoria de Imprensa Sindilat)    

   

Foto: Alexandre Guerra e Zildo de Marchi 
Crédito: Divulgação Sindilat

Pioneira na adesão do PAS Leite Campo, Piá assina termo de compromisso com programa

Nesta sexta-feira, dia 27, a Cooperativa Piá assinou um termo de compromisso com o Programa Alimento Seguro - PAS Leite Campo, promovido pelo Ministério da Agricultura e aplicado no Rio Grande do Sul pelo SENAI.
 
O PAS-Leite tem o objetivo de aumentar a segurança e a qualidade na cadeia de leite e derivados, evitando contaminações, aumentando a competitividade no mercado e adequando a produção brasileira às exigências do mercado interno e internacional. Além de reduzir custos, otimizar processos e aumentar os ganhos dos participantes.
 
Através da assinatura do termo, a Piá se compromete a utilizar seus profissionais qualificados da área do leite para melhorar a matéria-prima, aumentado a segurança alimentar de toda a cadeia produtiva. "Para nós, essa parceria vem de encontro com as diversas ações que já estamos realizando com foco na qualidade do nosso produto e na excelência do sistema de produção que utilizamos", destaca o presidente da Cooperativa, Gilberto Kny.
 
Cooperativa pioneira na adesão do PAS Leite Campo, a empresa foi também uma das primeiras indústrias no Estado a inovar em processos de qualidade de matéria-prima, com a utilização de tarro de coleta individual e refrigerados, já na década de setenta. "Todas as ações que estamos realizando visam desenvolver a agricultura familiar, promovendo a sucessão familiar e também uma melhor qualidade de vida para os agricultores. Na ocasião da assinatura, também foi realizado um almoço de comemoração pelo encerramento do curso "Capacitação de Instrutores PAS Leite Campo", que qualificou 18 profissionais da assistência técnica da Piá. Durante sete meses, eles serão os multiplicadores das informações sobre as boas práticas de produção para se obter um alimento seguro nas propriedades rurais dos associados. Serão realizadas visitas e aulas teóricas e práticas. Após, o Senai realizará uma auditoria nas propriedades rurais.
 
A Cooperativa já realizou a etapa de capacitação com todos os seus transportadores, do Programa Alimento Seguro - PAS Leite. (Assessoria de Imprensa Piá)

Maior oferta faz preço do leite recuar mais uma vez

Os preços do leite ao produtor voltaram a recuar neste mês no país, reflexo do aumento da oferta no período de safra. A matéria-¬prima entregue em outubro ¬ e paga em novembro ¬ registrou preço médio de R$ 0,959 por litro, queda de 0,4% sobre o pagamento anterior, segundo a Scot Consultoria. A demanda desaquecida por leite também ajuda a pressionar o mercado, afirma Rafael Ribeiro, analista da Scot. Ele avalia que o recuo só não foi mais forte em decorrência do atraso das chuvas em importantes regiões produtoras de leite, como Minas Gerais e Goiás. "Agora o clima está mais regular. O clima vinha segurando a queda", afirma, em referência ao período sem chuvas em outubro. A falta de precipitação afeta o desenvolvimento das pastagens usadas na alimentação do rebanho leiteiro, o que influencia a produção de leite.

 

Além disso, o aumento dos custos da ração por causa da alta do milho e da soja também vinha desestimulando o investimento em suplementação da alimentação, segundo Ribeiro, o que segurou um incremento mais forte da oferta. Mas a disponibilidade voltou a crescer. "A produção deve aumentar de forma mais significativa a partir de dezembro", estima o analista. Com isso, a expectativa é de novas quedas nos preços pagos ao produtor nacional. Pesquisa da Scot com mais de 100 laticínios e cooperativas do país indica que 55% dos ouvidos esperam manutenção dos valores ao produtor no pagamento de dezembro, 35% acreditam em queda e 10% em alta. Embora a demanda esteja enfraquecida, o levantamento da Scot mostra que, na média do mês, houve pouca variação nos preços do leite longa vida. A cotação no atacado paulista ficou em R$ 2,10 em novembro ante R$ 2,12 em outubro. No varejo, ficou em R$ 2,86 em novembro. Havia sido de R$ 2,85 no mês anterior. (Valor Econômico)

 
El Niño
Lideranças do agronegócio reunidas em simpósio em São Paulo nesta quinta-feira, dia 26, veem com apreensão o mercado de grãos em 2016, em função da infraestrutura precária do país e da ocorrência do El Niño, que pode provocar chuva na época da colheita. Um eventual excesso de precipitação em fevereiro provocado pelo fenômeno climático em fevereiro, por exemplo, traria complicações na logística e atrasaria o programa de escoamento da safra, na opinião do presidente e CEO da Bunge Brasil, Raul Padilla. (Canal Rural)
 

 

         

Porto Alegre, 26 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.155

 

 Força Nacional do Suasa terá grupo de elite de fiscais agropecuários, diz ministra 

A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) lançou nesta terça-feira (24) a Força Nacional do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (FN-Suasa), que contará com um "grupo de elite" de fiscais agropecuários equipados e treinados para atender a emergências sanitárias e fitossanitárias.

A Força Nacional do Suasa foi lançada juntamente com o Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária na Faixa de Fronteira e com o processo eletrônico de exportação Canal Azul. As três iniciativas fazem parte do Plano de Defesa Agropecuária 2015-2020, apresentado pelo Mapa em maio deste ano.

A FN-Suasa será convocada sempre que for declarada emergência sanitária ou fitossanitária ou em outros casos de comprovada necessidade técnica. O grupo conta com 628 fiscais agropecuários federais, estaduais e municipais (entre médicos veterinários e engenheiros agrônomos) e servirá, de acordo com a ministra, para "prevenir e apagar incêndio".

"Trata-se de um grupo de elite dos fiscais federais, estaduais e municipais. Será o Bope do Ministério da Agricultura", disse Kátia Abreu. "Onde houver risco alto de alguma praga ou doença, vamos usar essas pessoas. Queremos conviver de forma tranquila com um possível risco, sem desespero, mas com preparo. Temos que manter a calma e tomar atitudes", completou.

Todos os 628 fiscais da Força - destes, 270 são do quadro do Ministério da Agricultura - receberão equipamento, coletes e uniformes diferenciados. "A ideia é que esse grupo de elite tenha acesso a qualquer lugar do país sem que pareça uma intervenção no estado", explicou Kátia Abreu.

O secretário de Defesa Agropecuária, Décio Coutinho, usou a gripe aviária para exemplificar um possível foco de ação da Força. "Essa enfermidade está espalhada por todo o mundo, trazendo risco não só para a produção da avicultura, mas também para a saúde humana. Não sabemos o dia e hora em que ela vai chegar ao Brasil, mas temos que estar preparados e aptos a combatê-la", explicou.

A ministra ainda destacou a importância de os fiscais federais, estaduais e municipais se integrarem e afirmou que não existe defesa agropecuária isolada em estados ou em municípios.

Defesa agropecuária
Durante o lançamento dos programas, Kátia Abreu fez um rápido balanço sobre as ações de defesa agropecuária desenvolvidas pelo Mapa este ano e projeções para 2016, dando efetividade ao Plano de Defesa Agropecuária.

O ministério tem ajudado e trabalhado em parceria para que os únicos três estados que ainda têm casos de febre aftosa - Roraima, Amapá e Amazonas - erradiquem a doença até o final deste ano.

O objetivo é que 100% país seja declarado livre de febre aftosa com vacinação, status que será pleiteado pelo Brasil junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em maio de 2016. O Mapa também espera obter da entidade o reconhecimento de 14 estados como zonas livres de peste suína clássica.

A ministra lembrou que este ano já transferiu por meio de convênio R$ 26 milhões para investimento em defesa agropecuária a 12 estados. As demais unidades da federação ainda não receberam a verba por estarem inadimplentes. "Assim que os estados gastarem essa parcela, já temos mais recurso pronto para o ano que vem", disse.

A ministra também destacou o Programa Nacional de Combate às Moscas-das-Frutas, que destinará R$ 12 milhões para o combate da praga nos pomares brasileiros em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas). (Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento/Mapa)

 
 
Setor agrícola dos EUA pode ter em 2015 menor lucro desde 2002

O setor rural dos Estados Unidos deve encerrar 2015 com mais uma queda de lucratividade após o pico registrado em 2013, puxado pelo tombo nos preços dos grãos e de produtos pecuários. A previsão foi feita pelo Departamento de Agricultura do país (USDA), que estima que o resultado líquido dos produtores rurais do país este ano será de US$ 55,9 bilhões. Em agosto, o órgão havia projetado um lucro de US$ 58,3 bilhões Se a nova projeção for confirmada, o lucro agrícola do país será o menor desde 2002, tanto em termos reais como nominais. Em relação ao melhor resultado da história, registrado em 2013, esse resultado líquido representaria uma retração de 55%. Já na comparação com o resultado do ano passado, quando a rentabilidade já vinha em baixa, o lucro deve cair 38%.

O órgão americano calcula que a renda com a produção agrícola do país ficará em US$ 18,2 bilhões, uma retração de 8,7% na comparação anual, por conta da desvalorização dos preços de milho, soja e trigo. Já a receita do setor pecuário deverá chegar a US$ 25,4 bilhões, o que representaria uma redução de 12%, puxado pela desvalorização dos preços do leite, dos suínos, frangos e bovinos. Para compensar a queda dos preços, os subsídios governamentais deverão crescer e alcançar US$ 10,8 bilhões, um aumento de 10,4% na comparação com o desembolso do ano passado. Em contrapartida, os gastos também devem arrefecer, na ordem de 2,3%, estima o USDA, por conta da redução dos custos com energia e com ração.

Apesar disso, o risco financeiro para os produtores rurais americanos deve crescer neste ano, "indicando aumento da pressão financeira no setor", sinalizou o departamento. Entretanto, o órgão observou que a relação entre dívida e capital próprio deve se manter em patamares historicamente baixos. (As informações são do Valor Econômico)

 
 
Importações chinesas de leite em pó caem para menor volume em seis anos
 
As importações chinesas de leite em pó caíram para apenas 19,46 milhões de quilos em outubro, 37,8% a menos que em setembro para o menor volume mensal total desde 2009. Com relação ao ano anterior, as importações de leite em pó em outubro caíram 37%. Nos 10 primeiros meses, as importações acumuladas de leite em pó da China ficaram 44,2% menores que no ano anterior.

As importações de leite em pó desnatado ficaram particularmente fracas, em 7,98 milhões de quilos, o menor volume em três anos. As importações de leite em pó desnatado foram quase 50% menores que no ano anterior e 58,8% menores que em setembro em uma base média diária. As importações chinesas de leite em pó integral também não impressionaram; caíram para o menor volume em 13 meses, de 11,48 milhões de quilos. Isso foi 25,3% menor do que em outubro de 2014 e 15,7% menor o que os volumes médios diários de setembro.

É difícil determinar se esses dados decepcionantes implicam que a demanda por leite em pó da China está declinando, se a produção doméstica de leite em pó integral está deslocando as importações, ou se os estoques chineses continuam grandes o suficiente para desestimular mais importações.

Talvez tudo isso tenha parcela de culpa. Seja qual for a razão, a queda na demanda chinesa por leites em pó é particularmente preocupante para a indústria de lácteos da Nova Zelândia. O país está enfrentando uma competição mais acirrada pelo estreitamento do mercado. A Nova Zelândia ainda mantém uma grande participação nas importações de leite em pó integral da China, mas em outubro, somente 40% das compras de leite em pó desnatado da China vieram da Nova Zelândia. Em termos absolutos, a Nova Zelândia enviou 68,1% a menos leite em pó desnatado para a China em outubro do que em setembro.

Ao mesmo tempo, companhias da Europa estão ganhando terreno. As exportações da França de leite em pó desnatado para a China alcançaram o maior valor em 11 meses mesmo com as importações totais de leite em pó desnatado pela China caindo para seu menor valor em três anos. Em outubro, a França foi responsável pela maior parte do mercado de leite em pó desnatado do que em qualquer outro mês desde dezembro de 2002. Até Europa e Rússia retomarem suas relações comerciais, os processadores europeus provavelmente terão grandes volumes de leite em pó. Pena que o maior comprador mundial de leite em pó parece ter perdido seu apetite. (As informações são do Daily Dairy Report)

 
Café da manhã debaterá desafios das cadeias produtivas de aves, suínos e laticínios
As entidades organizadoras do V AVISULAT ¬ Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios realizam no dia 10 de dezembro, quinta¬-feira, às 9h, no Centro de Eventos FIERGS (Av. Assis Brasil, 8787 ¬ Sala D3 ¬ 300), em Porto Alegre, um Café da Manhã com tema Desafios das cadeias produtivas para o cenário econômico de 2016, para imprensa e convidados do setor. O evento tem como objetivo refletir o ano que encerra sob o ponto de vista desses setores, destacar os desafios para 2016 a partir de dados e leitura de cenários e apresentar os preparativos para a 5ª edição do AVISULAT, de 22 a 24 de novembro de 2016. (Fonte: Agrolink com informações de assessoria)
 

 

         

Porto Alegre, 25 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.154

 

 10 mesorregiões foram responsáveis por 60% do crescimento na produção de leite desde 2004

A produção brasileira de leite já ultrapassa o dobro do que era há 25 anos. Desde 1990, cresce quase 4% ao ano, estimulada pelo aumento do consumo e pela consolidação de novos estados que ganharam representatividade na produção de leite. Entre as 10 mesorregiões que mais cresceram (em volume produzido) nos últimos 10 anos, as do Sul ocupam 5 posições, enquanto as outras 5 foram divididas entre Minas Gerais (3 mesorregiões) e Goiás (2 mesorregiões).

A primeira colocada em crescimento, Noroeste Rio Grandense (RS), teve um aumento de quase 2 bilhões de litros em sua produção desde 2004. Isso representa 92% da produção da região Norte inteira em 1 ano.

Tabela 1 - Ranking das 10 mesorregiões que mais cresceram na produção de leite em volume nos últimos 10 anos e produção diária de leite em 2004 e em 2014 (em mil litros). 

 

Em 10 anos o Brasil teve aumento um aumento de 11,7 bilhões de litros de leite em sua produção e as 10 mesorregiões que mais cresceram nesse período contribuíram com 60,6% dessa evolução. Ao analisarmos as 10 mesorregiões que mais cresceram em porcentagem desde 2004, a região Norte é a que possui o maior número de representantes. Das 10 primeiras ranqueadas, metade é da região Norte. 

A região Sul apresentou 3 mesorregiões entre as que tiveram maior taxa de crescimento. Um reflexo disso é que, em 2014, ela se tornou a maior produtora do Brasil, ultrapassando a região Sudeste. Além disso, é nessa região do país que tem havido a maior parte dos investimentos em fábricas para a produção de derivados lácteos - diversas empresas passaram a operar ou tem investido na ampliação de suas plantas.

O Sul do Amapá, primeira mesorregião colocada no ranking, cresceu 14,6% ao ano no período entre 2004 e 2014 e pulou dos 4,8 milhões de litros em 2004 para 13 milhões de litros em 2014. Isso representa um salto de 4 mil litros produzidos diariamente (em 2004) para 17 mil litros atualmente. Ainda assim, é uma quantidade muito baixa, menor inclusive que a produção de diversas fazendas listadas no Top 100 MilkPoint 2015: o Sul do Amapá ficaria na 22ª posição. (Najara Nino Diniz/MilkPoint)

 
Tabela 2 - Ranking das 10 mesorregiões com maior taxa anual de crescimento nos últimos 10 anos (em %) e produção anual de leite em 2004 e em 2014 (em mil litros).
 
Queijos Santa Clara conquistam Carrinho AGAS
A Cooperativa Santa Clara tem seus queijos reconhecidos pelos supermercadistas pelo terceiro ano consecutivo com a conquista de seu 8º Carrinho AGAS, premiação promovida pela Associação Gaúcha de Supermercados. A Santa Clara é campeã da categoria Queijos desde que passou a fazer parte da pesquisa, em 2013.

A premiação dos vencedores será realizada dia 30, em Porto Alegre, reunindo autoridades e personalidade do estado, fornecedores premiados e supermercadistas.

Em sua 32ª edição, 12ª com parceria da Nielsen Brasil para as pesquisas, a Agas premia 36 empresas escolhidas a partir de entrevistas com 251 dos maiores supermercados do estado, considerando critérios de qualidade do produto ou serviço, relacionamento com o varejo, índices de ruptura, capacidade de inovação e cumprimento de prazos.

Nas edições anteriores, a Cooperativa foi a Melhor Fornecedora de Laticínios (2010, 2011 e 2012), Bebidas Lácteas (2004), Alimentos Resfriados (2003) e de Queijos em 2013 e 2014. (Assessoria de Imprensa Santa Clara)

Dália Alimentos é Top de Marketing 2015

Mais um troféu compõe a galeria da Dália Alimentos. Desta vez, a cooperativa foi agraciada com o prêmio Top de Marketing 2015, durante a 33ª edição do evento promovido pela Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVB-RS).

A entrega da distinção, que neste ano foi norteada pelo tema "É nos piores momentos que os melhores aparecem", ocorreu na última terça-feira, dia 24 de novembro, no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre. O evento é consagrado como a grande Festa do Marketing do Sul do país. Selecionada no segmento Agribusiness, com o Projeto Criança Dália - Ações no Presente para um Futuro Melhor - a Dália Alimentos esteve entre as 22 categorias premiadas na noite.

O Top de Marketing reconhece as melhores práticas de marketing do mercado gaúcho e levou ao palco organizações indicadas pelo mercado, as quais defenderam suas causas diante de uma comissão formada por experientes e consagrados empresários e executivos. 

Recebeu o prêmio, representando a empresa, o presidente Executivo da Dália Alimentos, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas. Ao fazer uso da palavra, destacou a satisfação da marca Dália ter sido agraciada com a premiação estadual, dedicando e compartilhando o prêmio com as 4,4 mil famílias rurais associadas e com os 2,4 mil funcionários. "Cada um, através da doação espontânea de algum valor para o Projeto Criança Dália, merece ser lembrado neste importante momento em que a Dália é reconhecida pelo belo projeto social que desenvolve de forma conjunta."

Também acompanhou a cerimônia de premiação o presidente do Conselho de Administração, Gilberto Antônio Piccinini; e o supervisor de Marketing, Nei Quinto Barzotto. (Assessoria de Imprensa Dália Alimentos)

 
 
El Niño se estenderá até meados de 2016
O El Niño, que ocorre no Oceano Pacífico, deverá durar até meados de 2016, ao contrário do arrefecimento no primeiro trimestre apontado pelos modelos climáticos internacionais. Segundo o Escritório de Meteorologia da Austrália, a temperatura da água do Pacífico não deverá voltar à normalidade até o outono no Hemisfério Sul -- ou seja, a partir de março. A previsão inicial era de que ele atingisse o seu pico no fim deste ano e começasse a perder força já no início de 2016. O fenômeno climático elevou os preços das commodities agrícolas, segundo a FAO, como açúcar e óleo de palma. (As informações são do Valor Econômico)

         

Porto Alegre, 24 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.153

 

  Preço do leite registra tendência de estabilidade em novembro no RS
 
O preço do leite padrão deve apresentar tendência de estabilidade no Rio Grande do Sul neste mês de novembro. Dados divulgados hoje (24/11) na reunião do Conselho Paritário do Leite (Conseleite), realizada na Farsul, indicam que o valor projetado para o mês é de R$ 0,8454 o litro, 1,03% maior do que o consolidado do mês de outubro, que ficou em R$ 0,8367.
 

De acordo o professor da Universidade de Passo Fundo (UPF) Eduardo Finamore, que apresentou o estudo, o resultado do mês de outubro teve alta de 1,94% acima do que foi projetado, que inicialmente estava previsto em R$ 0,8208 o litro. 
 
Pesquisador Eduardo Finamore apresenta os dados do Conseleite 
Crédito: Divulgação/Sindilat 
 

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, que também presidiu a reunião, a leve elevação no preço se deve a uma parte da margem do aumento de custos, como nos combustíveis e na energia, que a indústria repassou ao produto final. Ao mesmo tempo, está impactado pela retração provocada pelas condições climáticas, com o excesso de chuvas, registradas neste ano. "Houve elevação de custos em função dos gastos maiores com a produção e pela recuperação dos prejuízos provocados pelas condições climáticas", afirmou Guerra.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Isolamento digital contribui para o êxodo rural

O Rio Grande do Sul tem hoje, conforme o último censo do IBGE, realizado em 2010, 336 mil jovens vivendo no meio rural o equivalente a apenas 12,73% de toda a população do Estado na faixa etária de 15 a 29 anos. Esse número vem encolhendo e, de acordo com pesquisadores ligados ao campo, um dos fatores que contribui e pode agravar o êxodo nos próximos anos é o isolamento em plena era digital.

- Sem acesso à internet, eles se sentem inferiorizados. Esse é, com certeza, um dos motivos que tem levado os jovens a deixarem o campo - lamenta Josiane Einloft, diretora e coordenadora da Juventude Rural da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS).

De acordo com Josiane, as novas gerações - que poderiam garantir a sucessão nas propriedades familiares - não desejam apenas acessar as redes sociais, mas também baixar aplicativos que possam ajudar no gerenciamento da produção e realizar pesquisas sobre manejo e equipamentos. Afinal, diferentemente de seus pais, esses jovens exigem respostas mais práticas e rápidas para as suas dúvidas.

Pesquisador lamenta ausência de políticas públicas para o setor
Para o professor Marcelo Antonio Conterato, do programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Rural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a diminuição do número de jovens no campo também está relacionada com a queda na taxa de fecundidade. Conterato lembra que, nos anos 1970, no país, as mulheres que viviam no meio rural tinham, em média, 7,7 filhos, quase três vezes mais do que atualmente. O professor, no entanto, reconhece que a qualidade (ou a falta de) nos serviços de comunicação interfere na decisão dos jovens de migrar ou permanecer em seus locais de residência.

- É inadmissível que, em pleno século 21, na sociedade da informação, boa parte de quem vive no meio rural esteja desconectado. Os jovens que vivem no campo têm o mínimo de informação e conseguem comparar as realidades. Então, muitos acabam optando por se mudar para centros urbanos médios, que têm uma estrutura de serviços mais abrangente e consolidada. No final dos anos 1990, bastava que a TV tivesse bom sinal. Hoje em dia, isso não é mais suficiente - explica.

Na avaliação de Conterato, que também coordena o bacharelado à distância em Desenvolvimento Rural, é lamentável a ausência de políticas públicas que estimulem a melhoria da prestação de serviços de comunicação no campo. Segundo ele, a maioria das ações são voltadas para a produção, o que "se justifica, mas não tem estancado o êxodo rural". (Zero Hora)

 
Faeg reivindica melhorias na comercialização com laticínios
 
Dando continuidade às discussões que visam buscar melhorias em relação às condições atuais de comercialização do leite em Goiás, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, se reuniu com mais de 50 produtores, representantes de vários municípios goianos, durante encontro da Comissão de Pecuária de Leite da entidade, realizado na última semana. Na ocasião, os presentes avaliaram a mais recente ação do grupo. Com a ajuda da Faeg, os Sindicatos Rurais (SRs) encaminharam um documento para os laticínios, cooperativas e/ou associações solicitando a adequação nos prazos de pagamento, bem como a entrega da nota fiscal de venda do leite no ato da entrega.

Em continuidade, foi retomado um dos principais problemas que afligem o lado dos agropecuaristas de leite: a informalidade das indústrias de processamento em relação ao pagamento do leite comprado dos produtores. Os produtores se dispuseram a relatar as principais condições, tanto climáticas quanto de custos de produção, para que a Faeg possa ter em mãos as informações necessárias a fim de conhecer e compreender a real situação em cada canto do estado.

Ao destacar as condições da cadeia leiteira, José Mário, que também é presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem em Rural em Goiás (Senar Goiás), fez questão de ressaltar que o leite é o único produto que ainda se encontra numa situação diferenciada dos demais produtos agropecuários. "Ele é o único que, em relação ao pagamento, recebe com prazos girando em torno de 45 a 55 dias. Outro problema que dificulta ainda mais a situação é o fato de que não há o repasse de um documento fiscal formal no momento de entrega do leite às indústrias", informa Schreiner.

Para o presidente, esses problemas já vêm a muito deixando os produtores de cabeça quente, porém, atualmente, estão sendo agravados por fatores como a alta no custo de produção e o clima, com a falta de chuvas. E justamente sobre esse aumento nos custos de produção que Schreiner orientou os produtores a pensarem na redução de custos como uma alternativa em tempos de recessão econômica. "Os produtores decidiram que irão realizar a seleção dos melhores animais a fim de reduzir o consumo da ração, que ultimamente tem se apresentado com um custo bastante alto", relata o presidente.

Mercado
A situação do mercado financeiro também esteve em pauta no decorrer do evento. O gerente de Assuntos Técnicos e Econômicos da Faeg, Edson Alves, comentou que houve, de outubro em relação a setembro, um aumento significativo das importações de leite. Mas acrescenta que isso, logicamente, é oriundo de produtos que já tinham sido comercializados há 5 ou 6 meses antes e que está impactando agora. "Não tivemos chuvas significativas ao ponto de gerar um grande excedente de leite. E registrou-se recuperação de 3% dos preços dos derivados lácteos nos últimos 15 dias como, por exemplo, no caso do longa vida. Então, não vemos justificativas para quedas expressivas de preços aos produtores nesse momento", acrescenta. (As informações são da Faeg)

 
Produção de leite na Europa continua forte em setembro

A captação de leite na Zona do Euro em setembro excedeu os níveis do ano anterior em 3,2%. A produção nas 27 nações da União Europeia (UE-28) que reportaram dados preliminares (a Espanha não reportou) totalizou 11,67 milhões de toneladas. Isso traz as captações até agora nesse ano nesses 27 países para um aumento de 2,2% com relação aos primeiros nove meses de 2014.

Os preços dos produtos lácteos no final do ano passado aumentaram e os produtores em locais como Holanda e Irlanda responderam de forma entusiasmada. A produção de leite aumentou, preparando o terreno para rígidas multas por excederem as cotas e para uma menor produção de leite no começo desse ano. Agora que as "algemas" das cotas não existem mais, o leite está jorrando nesses países novamente. A produção em setembro na Irlanda aumentou 15,9% com relação ao ano anterior e as captações na Holanda aumentaram 9,3% com relação ao ano anterior.

 

Apesar de as nações que são maiores produtoras de leite não terem registrado aumentos tão dramáticos, elas reportaram também uma produção maior e os ganhos com relação ao ano anterior estão acelerando. Na Alemanha, a produção em setembro foi 3% maior do que no ano anterior, 2,7% a mais que em agosto. As captações na França se mantiveram estáveis com relação ao ano anterior em julho e agosto, mas aumentaram 1,5% em setembro. Desde o fim da cota, a produção de leite na Europa totalizou 3,4% a mais do que no ano anterior.

Se o crescimento continuar em ritmo lento na Alemanha e na França e em ritmo acelerado em locais como Holanda, Irlanda, Dinamarca e Bélgica, a produção de leite na Europa deverá ultrapassar as melhoras modestas na demanda global, o que poderá pesar nos mercados mundiais. "Os preços ainda não estão restringindo o fluxo de leite". (As informações são do Daily Dairy Report)

 
Aftosa
Termina no próximo dia 30 a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa no Estado. Nessa fase, devem ser imunizados animais com até 24 meses de idade. Na região central, 130 mil de um total de 340 mil bovinos e bubalinos já foram imunizados conforme a Secretaria da Agricultura. Pecuaristas do Pronaf ou do Pecfam com até 30 exemplares recebem as doses gratuitamente. (Zero Hora)

 

 

    

 

         

Porto Alegre, 23 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.152

 

  Última semana para concorrer no 1º Prêmio Sindilat de Jornalismo


 As inscrições para o 1º Prêmio Sindilat de Jornalismo encerram-se na próxima segunda-feira (30/11). Promovida pelo Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), a iniciativa irá premiar as melhores reportagens produzidas pela mídia especializada no agronegócio e sobre o setor lácteo. O Prêmio é dividido em quatro categorias: mídia impressa, mídia eletrônica, on line e fotografia. Todas as peças devem ter data de publicação/veiculação entre 1º/01/2015 e 29/11/2015. 

Para concorrer é muito simples, basta enviar os trabalhos e a documentação necessária para o e-mail imprensasindilat@gmail.com. Além da produção (PDF para texto e foto, e link para vídeo/áudio e web), também devem ser anexados cópias de um documento de identidade, registro profissional e ficha de inscrição preenchida. Os trabalhos que não tiverem a expressa identificação do autor deverão remeter um atestado de autenticidade. Os finalistas serão divulgados até o dia 5 de dezembro.

A entrega da premiação será realizada durante a festa de fim de ano do Sindicato, no dia 10 de dezembro, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Maiores informações no site www.sindilat.com.br. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Setor lácteo gaúcho está em um novo patamar
O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, detalhou os avanços conquistados pelo setor lácteo gaúcho em busca de maior tecnificação e qualidade durante o 3º Simpósio da Ciência do Agronegócio, na Capital. Promovido por estudantes de mestrado e doutorado ligados ao Centro de Estudos e Pesquisas em Agronegócio (CEPAN) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), o evento reuniu pesquisadores nacionais para debater os novos rumos da produção sustentável. Em sua manifestação, realizada na útlima sexta-feira (20/11), Palharini pontuou os inúmeros investimentos desenvolvidos por produtores e laticínios que, juntos, vêm trabalhando para oferecer produtos de maior qualidade ao consumidor. Entre eles, citou pesquisa que está testando medidores de vasão em parceria com a Embrapa, em Pelotas. A ideia, destaca ele, é avaliar as potencialidades desses equipamentos em auferir a qualidade e a condição das amostras de leite coletadas.  "A fraude é uma questão isolada. Depois de momentos conturbados, podemos dizer que hoje o setor lácteo gaúcho está em um novo patamar", salientou Palharini. O executivo ainda detalhou números que expressam a pujança e força do segmento na economia gaúcha e apresentou o vídeo institucional da Vitrine do Leite.

O evento, que começou na quinta-feira (19/11), terminou na sexta-feira no Salão de Atos da Faculdade de Agronomia. O 3º Simpósio da Ciência do Agronegócio abordou temas relevantes para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul, como os limites ecológicos do crescimento econômico e o sucesso da combinação entre inovação, tecnologia e sustentabilidade. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Conseleite/MS

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 20 de novembro de 2015, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de outubro de 2015 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de novembro de 2015. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)

Mudanças nas cadeiras

Três projetos de lei apresentados pelo Executivo na última semana propõem alterações nas composições dos conselhos deliberativos de três fundos estaduais: do leite (Fundoleite), da erva-mate (Fundomate) e dos ovinos (Fundovinos).

O secretário da Agricultura, Ernani Polo, diz que as modificações sugeridas decorrem da necessidade de ajustes em virtude da extinção de algumas pastas. No caso do Fundoleite, a Agricultura passará a ter, se o projeto for aprovado, seis integrantes no conselho - hoje tem quatro.

- São os dois que eram da antiga Ciência e Tecnologia - diz Polo. (Zero Hora)

Clima diminui a produção de leite em 5% no Estado

A bovinocultura de leite é mais uma atividade prejudicada pelo clima adverso no Rio Grande do Sul. O excesso de chuvas, verificado desde julho, está impedindo a utilização das pastagens, a produção do feno e a implantação das lavouras de milho para silagem. Além disso, os alagamentos dificultam o manejo dos animais e a coleta do leite pela indústria. A estimativa de entidades ligadas ao setor é de que a produção recue 5% em novembro. Do lado dos produtores, a principal reclamação diz respeito ao aumento dos custos com a alimentação.

De acordo com o assistente técnico estadual em Produção de Leite da Emater-RS, Jaime Ries, é natural uma queda de 5% na produção a partir de outubro devido ao fim do ciclo de pastagens. Entretanto, em 2015, a umidade deve tirar mais 600 mil litros diários sobre a redução normalmente esperada para essa época do ano. "O impacto na qualidade é mais difícil de mensurar, mas também acontece, pois aumentam as chances de infecção da glândula mamária e os animais chegam mais sujos para a ordenha, o que implica em maiores cuidados na higiene para evitar infecções bacterianas", explica Ries.

A situação abrange todo o Estado, mas a Emater traz relatos de localidades, como na região de Bagé, em que a indústria não consegue chegar com os caminhões para fazer a coleta. Segundo o presidente do Sindilat-RS, Alexandre Guerra, o setor não conseguirá manter a média de crescimento de 6% ao ano no Rio Grande do Sul, um dos objetivos para abertura de novos mercados de exportação. "Não conseguimos os resultados que projetávamos para o período em virtude das chuvas dos últimos 90 dias, perdendo, inclusive, o pico de produção em agosto", afirma.
Se a quantidade ofertada atrapalha os planos da indústria, o produtor, por sua vez, se ressente com o aumento dos custos de produção. O presidente da Associação de Gado Holandês (Gadolando), Marcos Tang, estima que o gasto para obter um litro de leite esteja, em média, entre R$ 0,90 e R$ 1,00 em um sistema de semiconfinamento, quando deveria estar entre R$ 0,70 e R$ 0,80. Outros problemas nas propriedades, além do transporte, dizem respeito à falta recorrente de luz, atrasando a ordenha e o resfriamento, o que tem levado ao descarte do produto em casos pontuais.

Ao mesmo tempo, os preços tampouco são considerados satisfatórios. "A grande maioria não está tendo rentabilidade. Ou está no empate ou está negativo", lamenta Tang. O último levantamento da Emater, baseado em estatísticas semanais, aponta um valor médio para o Rio Grande do Sul de R$ 0,86 por litro. No ano passado, no mesmo período, o preço pago ao produtor era, em média, de R$ 0,95 no Estado. A região de Soledade tem os melhores índices, recebendo R$ 0,93 por litro. Em Santa Maria, Santa Rosa e Frederico Westphalen, os valores são mais baixos, na casa de R$ 0,83.

Efeitos podem se prolongar por mais um semestre
Para a Associação dos Criadores de Gado Holandês (Gadolando), os efeitos negativos do excesso de chuva não são momentâneos, podendo impactar no cenário do setor no próximo semestre, mesmo que o clima melhore. Isso porque a produção de feno, atividade paralela a bovinocultura de leite, praticamente estagnou nos últimos meses. O feno é utilizado como fibra na alimentação das vacas de alta lactação, mas seu corte, sua secagem e seu armazenamento ficaram limitados pela umidade. Com isso, o produtor foi obrigado a usar seu estoque ou comprar de outras regiões.

"O problema é que o feno que guardaríamos nesse período seria utilizado no verão e durante o próximo inverno", destaca o presidente da Gadolando, Marcos Tang. Com muita demanda e pouca oferta, o preço do feno aumentou. Os produtores foram obrigados a buscar o suplemento no Paraná e, inclusive, em Minas Gerais, elevando os custos de produção, já que uma propriedade com 100 animais pode gastar até 15 fardos por dia. Os criadores que, por sua vez, se valeram do estoque terão problemas de abastecimento nos próximos meses.

Além disso, houve atraso no plantio de milho para silagem e perdas de pastagem, o que encarece a alimentação animal. "Pastagem de qualidade é uma forma de baixar os custos, pois com alto índice de fibra, diminuímos os gastos com suplementação. E o milho que tivermos para silagem será colhido apenas em março. Ou seja, esses fatores fundamentais no custo foram altamente impactados pelas condições climáticas", completa Tang. As mesmas condições, segundo a Emater, dificultam o desenvolvimento do milho que foi plantado.

"Mesmo quem tem pastagem no intervalo entre as culturas de inverno e verão ou quem conseguiu plantar mais cedo, evita soltar os animais para não causar prejuízos na compactação do solo pelo pisoteamento", afirma o assistente técnico estadual em Produção de Leite da Emater, Jaime Ries. Algumas áreas de baixada estão alagadas ou viraram barro. "Chuvas pesadas nesse momento entre os ciclos de plantio, além do movimento do gado, podem trazer problemas duradouros de erosão", alerta. (Jornal do Comércio)
 

Embalagens em discussão
O deputado Luis Carlos Heinze irá propor hoje aos membros da Mesa Diretora da Câmara Federal a separação e o prolongamento das discussões do PL 8.194/2014 e seus 22 PLs correlatos apensados. A matéria original, que tramita em regime de urgência, obriga a indicação de lactose nas embalagens de alimentos. As demais querem que o rótulo também indique o volume de gordura trans, açúcar e sal, entre outras informações. "Tem coisas boas e outras não", diz Heinze. A Associação Brasileira de Laticínios é contrária ao PL 8.194/2014 por entender que confunde o consumidor.  (Correio do Povo)


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Porto Alegre, 20 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.151

 

  Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 19 de Novembro de 2015 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Outubro de 2015 e a projeção dos preços de referência para o mês de Novembro de 2015. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite - Santa Catarina. (FAESC)
 
 
Ministério da Agricultura divulga programa Leite Saudável no RS
              
O Ministério da Agricultura (MAPA) realizou nesta quinta-feira (19/11), em Porto Alegre, um encontro para promover e esclarecer dúvidas sobre o Programa Leite Saudável, lançado pelo governo federal no final de setembro. A iniciativa busca elevar a qualidade do produto nacional, uma vez que o Brasil é o quarto maior produtor mundial de leite. Representando o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Fabiane de Oliveira, acompanhou o encontro. Nesta semana, os técnicos do MAPA também realizaram encontro no Interior do Estado divulgando o projeto.

Sobre o cenário nacional, deu-se destaque para o fato de que a produção do leite segue em alta. Ao mesmo tempo, a produtividade média continua baixa. Os representantes do Ministério destacaram que o objetivo do programa, além da melhoria do produto, é ampliar a produtividade e a competitividade por meio do desenvolvimento da assistência técnica, melhoramento genético e boas práticas agropecuárias. Ao mesmo tempo, o Programa Leite Saudável busca promover o aumento da renda e a ascensão social dos produtores rurais. O público alvo são 80 mil produtores de leite dos estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul.

Basicamente, para ampliar a competitividade do setor lácteo ficaram definidos sete eixos principais. São eles: a ampliação da assistência técnica gerencial; melhoramento genético; política agrícola; sanidade animal; qualidade do leite; a definição de um marco regulatório e a ampliação de mercados. O investimento total para o Leite Saudável é de R$ 386, 9 milhões. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Cálculo eleva PIB gaúcho para 8,2% em 2013

Agora é oficial. A nova metodologia de aferição dos resultados do Produto Interno Bruto (PIB) do País, divulgada em março deste ano pelo IBGE, está valendo. O modelo utilizado para incorporar as mudanças passa a utilizar como referência o ano de 2010 para a consolidação de uma nova série histórica. Um dos objetivos é unificar os sistemas para abarcar de forma mais abrangente as diferentes realidades econômicas regionais.

Pelo novo cálculo, o PIB gaúcho de 2013 apresentou o maior crescimento entre os estados brasileiros. A variação de 8,2% supera o desempenho da economia nacional que registrou alta de 3% no mesmo período. Em valores nominais, o PIB atingiu a cifra de R$ 331,095 bilhões, em 2013.

O dado expressivo, entretanto, é fruto de uma retomada da normalidade no agronegócio, tendo em vista que, em 2012, o Estado havia registrado crescimento negativo em função da estiagem. Antes da revisão, o Rio Grande do Sul já ostentava o melhor desempenho de 2013 (5,8%). Isso porque, no ano imediatamente anterior, o fator climático reduziu a safra de grãos e, por consequência, limitou a expansão da economia gaúcha. Deste modo, o maior impacto no desempenho medido em 2013 veio da agricultura, que cresceu 79,3% sobre 2012.

Além disso, a indústria de transformação cresceu 7,3% no período, puxada pela produção automotiva e de máquinas e equipamentos. Também houve incremento no comércio (7,0%) e na construção civil (6%). A divulgação dos resultados foi feita pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). Ao mesmo tempo, as demais instituições estaduais, sob a coordenação do IBGE, também apresentaram as contas regionais oficiais de 2013 e a revisão dos dados de 2010 a 2012. A partir das novas referências, o crescimento do PIB gaúcho, em 2011, foi de 4,4%, enquanto a economia brasileira cresceu 3,9%. Já em 2012, a economia gaúcha recuou 2,1%, influenciada pelo desempenho da agricultura (-43,3%) e da indústria de transformação (-5,4%). O PIB do Brasil cresceu 1,9% naquele ano.

Na comparação entre as 27 economias regionais, é possível constatar que o Rio Grande do Sul diminuiu a sua participação na composição do PIB nacional, que chegou a R$ 5,3 trilhões depois da revisão dos valores. A fatia gaúcha passou de 6,7%, pelo método antigo, para 6,21% no atual. Por isso, em 2013, o Estado perdeu a quarta posição no ranking para o Paraná. As primeiras posições continuam ocupadas por São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Neste contexto, entre 2012 e 2013, Rio de Janeiro ( 0,78%), São Paulo ( 0,23%) e Goiás ( 0,16%) ganharam relevância na composição do PIB nacional. Rio Grande do Sul (-0,49%), Minas Gerais (-0,28) e Distrito Federal (-0,27) reduziram suas participações no período.

Entre os fatores determinantes, o coordenador do Núcleo de Contas Regionais da FEE, Roberto Rocha, destaca o aumento da participação de outras unidades federativas na agropecuária. Além disso, Rocha explica que, antes, não havia uma matriz regional de produção e custos agropecuários. O cálculo era feito com base na repartição dos valores em estados de referência, feito a partir do Censo Agropecuário de 2006. Agora, cada unidade da Federação passa a ter a sua própria matriz de aferição de resultados. Da mesma forma, em empresas que possuem sedes administrativas separadas da operação industrial, o valor adicionado (VAB) passa a ser computado para o local onde existe a sede. Isso gera alterações significativas. No caso da Petrobras, por exemplo, uma parcela era incorporada nos estados. Agora, o desempenho da empresa será alocado no Rio de Janeiro. Isso, segundo o pesquisador, não afeta o peso da indústria naval gaúcha, prestadora de serviços para a estatal, mas provoca certa influência na participação gerada pelas refinarias de petróleo.

Outra mudança implicou no recenseamento das fornecedoras de energia com o objetivos de delimitar com precisão onde os valores seriam contabilizados. A definição passou a considerar a localização das casas de força, o que alterou o cálculo relativo à participação das usinas em alguns estados. (Jornal do Comércio)

 
Aumento na oferta de leite impõe novas quedas no mercado global

Os preços internacionais do leite em pó no leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) devolveram, desde meados de outubro, boa parte dos ganhos registrados nos quatro pregões anteriores. No último leilão quinzenal, realizado na terça-feira, as cotações do leite em pó integral caíram 11% para US$ 2.148 por tonelada. Já as cotações do leite em pó desnatado tiveram queda de 8,1%, recuando para US$ 1.851 por tonelada. No leilão do dia 6 de outubro, o leite integral tinha alcançado um valor médio de US$ 2.824 por tonelada, enquanto o leite em pó desnatado chegara a US$ 2.267, conforme dados divulgados pela plataforma. Os preços negociados nesses leilões são referência para o mercado internacional de lácteos.

A redução da oferta nos leilões anunciada pela neozelandesa Fonterra, maior exportadora de lácteos do mundo, fez os preços se recuperarem nos pregões a partir de agosto, depois de terem atingido baixas históricas. A empresa diminuiu os volumes oferecidos no leilão, mas vendeu no mercado. O efeito da estratégia, porém, perdeu força nos últimos leilões. Segundo Valter Galan, analista da MilkPoint, consultoria especializada em lácteos, "os fundamentos do mercado não mudaram" em relação ao período de alta. Assim, as quedas dos últimos três pregões parecem ter sido um ajuste após altas fortes, que tiveram "características de especulação". Ele observa que a produção de leite continua em alta nos Estados Unidos e também na Europa, onde o fim do regime de cotas estimula esse cenário. Já na Nova Zelândia, a produção acumula queda de 3% na safra (de junho até setembro). Mas esse recuo não é suficiente para compensar os aumentos na produção pois o principal importador mundial de lácteos, a China, continua fora do mercado, explica. 

Outro fator baixista são os estoques elevados de leite em pó desnatado na Europa e nos Estados Unidos, segundo Galan. Rafael Ribeiro, da Scot Consultoria, também avalia que o período de aumento na oferta de leite no mercado internacional explica a redução dos preços. "Houve um ajuste com a redução da oferta pela Fonterra, mas a demanda continua fraca. [A diminuição] Não foi suficiente para sustentar a cotações internacionais", diz. O quadro também é de cotações pressionadas ao produtor no mercado brasileiro. A razão é que após um atraso na entrada da safra de leite de Minas Gerais e Goiás, por conta do clima seco, os volumes começaram a crescer. A demanda também está fraca. Segundo dados da Kantar, citados por Galan, de janeiro a setembro o consumo de leite longa vida caiu 4% na comparação com igual período de 2014. (Valor Econômico)

 
 
 
No radar
O RIO GRANDE do Sul perdeu para o Paraná o posto de quarta maior economia do Brasil apontou IBGE. Mas, no campo o Estado vai melhor. Olhando as atividades de maneira isolada, o RS é o segundo mais importante do país na pecuária, ficando atrás apenas de Minas Gerais. Na agricultura, é terceiro, depois de Paraná e São Paulo. (Zero Hora)

 

    

         

Porto Alegre, 19 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.150

 

  Contrabando causa perda de R$ 100 bilhões 

A economia subterrânea no Brasil, estimada pela Fundação Getúlio Vargas em mais de R$ 800 bilhões, seria hoje o 17º maior PIB do mundo. A diferença é que não produz quase nada, a não ser prejuízo ao consumidor, ao Fisco e à concorrência. É movimentada por contrabandistas, fabricantes de produtos piratas e um personagem menos combatido até agora: o devedor contumaz, que cria uma empresa para ganhar dinheiro sem qualquer preocupação com as leis e o pagamento de tributos. O contrabando gera perdas de R$ 100 bilhões ao ano. A pirataria pela internet teria movimentado no ano passado mais de R$ 800 milhões, de acordo com o Fórum Nacional Contra a Pirataria (FNCP). Aparelhos eletrônicos, cigarros, bebidas, roupas e calçados, combustíveis e remédios lideram todos os rankings de comércio ilegal. O problema não é só brasileiro. 

A produção e o comércio internacionais de mercadorias falsificadas rendem cerca de US$ 250 bilhões ao ano. Os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontam apenas uma parte do problema. Só a comercialização mundial de remédios falsificados, de acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS), rende entre US$ 75 bilhões a US$ 200 bilhões. O Brasil não fica atrás. Dezenove por cento dos medicamentos vendidos no país são ilegais. Eles dividem com têxteis e suprimentos de impressão o bolo de R$ 26,6 bilhões de perdas. A sonegação de tributos provocada pelo contrabando e pela pirataria chega a R$ 27 bilhões por ano. O comércio ilegal de gasolina, óleo diesel e outros derivados de petróleo representa sozinho perdas de R$ 2,6 bilhões aos cofres públicos. A rota mais comum da ilegalidade passa pelas estradas. O Brasil tem quase 17 mil quilômetros de fronteira com outros dez países na América do Sul. É por aí que passa o contrabando, além de armas e drogas. 

O lançamento, em 2011, do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), da Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (ENAFRON), com o objetivo de integrar as ações dos órgãos de segurança federais, estaduais, municipais e também dos países vizinhos, reforçou o orçamento da fiscalização das Forças Armadas, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal para inibir a ilegalidade. O relatório de gestão da PRF de 2014 indica que os investimentos atingiram R$ 34,4 milhões. Outros R$ 36,6 milhões foram aplicados em cursos de aperfeiçoamento e capacitação. Os resultados apontam para a fiscalização de 3,2 milhões de veículos e de 5,2 milhões de pessoas, com 3.882 prisões em flagrante. Além de drogas e armas, foram apreendidos 3,1 milhões de pacotes de cigarros, 212 mil unidades de medicamentos, 206,8 mil eletrônicos e 3,08 milhões de outros produtos de contrabando. As apreensões de maconha e cocaína cresceram 46% e 23% em relação a 2013.

Dados do balanço das 1.200 operações da Associação Brasileira de Combate ao Contrabando (ABCF) informam que a quantidade de produtos contrabandeados apreendidos cresceu 34% em 2014. O fato ruim é que não representam nem 10% das mercadorias contrabandeadas. "A ilegalidade não pode continuar sendo vista como um mal menor. Impostos elevados, fiscalização ineficiente e uma certa aceitação da população, que tem uma visão romântica do comércio ilegal, tornam o quadro dramático", diz Edson Vismona, presidente-¬executivo do Fórum Nacional Contra a Pirataria. (Valor Econômico)

 

 
 
Expectativa de exportação para a China anima laticínios brasileiros
O Brasil defende a liberação de unidades exportadoras de lácteos para a China. Foi o que afirmou a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que participou nesta semana de reuniões com autoridades e empresários chineses. A ministra confirmou pela sua conta no Twitter sua intenção de enviar uma lista de empresas a serem liberadas, embora não informasse prazo para que as informações fossem passadas.

A notícia anima a Viva Lácteos, associação que representa as principais indústrias do setor, que representa 70% da produção e 95% da exportação. O diretor executivo da entidade, Marcelo Martins, acredita que a lista das primeiras habilitações deve ser enviada pelo governo brasileiro no início do ano que vem. Pondera, entretanto, que a documentação com os requisitos sanitários adotados pelos chineses chegou recentemente e as empresas ainda estão em fase de adaptação.

O executivo evita projetar um número de unidades industriais que poderiam ser liberadas. Pelo menos por enquanto, admite a expectativa de que sejam pelo menos as 26 que exportam para o mercado russo. "Não teria porque isso não ocorrer. Há todo um trabalho sendo feito pelas empresas para atender à demanda", ressalta Martins a respeito da resposta a ser dada pelo setor privado aos governos do Brasil e da China.

Ele explica que o processo de liberação não depende de inspeção sanitária in loco das autoridades chinesas. À medida que as empresas exportadoras informarem sobre a adequação às normas, o Ministério da Agricultura do Brasil fará as chamadas visitas de habilitação e, em seguida, enviará a lista para o governo chinês. O executivo acredita que, confirmadas as expectativas, os embarques de lácteos para a China devem começar ainda no primeiro semestre do ano que vem.

"O Brasil exportou pequenas quantidades para a China até 2008. De lá para cá, mais nada. Como ficou todo esse tempo sem exportar, foi necessário reconstruir o processo de inspeção e habilitação. A China é um mercado potencialmente interessante ao menos para os próximos dez anos e dentro de uma estratégia de diversificação de fornecedores, enxerga o Brasil", conta Martins.

De acordo com a Viva Lácetos, baseada em dados de organismos internacionais, de 2004 para 2014, as importações de lácteos da China passaram de 160,4 mil para 1,089 milhão de toneladas. É um mercado que consome o equivalente a US$ 5 bilhões anuais. O país asiático respondeu no ano passado por 21% das compras globais de leite em pó (945 mil toneladas somando integral e desnatado), 9% das de manteiga (80 mil toneladas) e 3% das de queijos (64 mil toneladas). Até 2024, a demanda por esses produtos deve crescer 53,12%, 93% e 126%, respectivamente.

A maior migração populacional do campo para a cidade e o fim da política de um filho por casal, anunciada recentemente pelo governo chinês, são fatores que trazem a expectativa de maior demanda. O consumo médio per capita é estimado em 40 litros de lácteos por habitante ao ano, bem abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde, em torno de 200 litros. "O consumidor chinês não confia muito nos lácteos do país, o que favorece a importação", acrescenta Marcelo Martins, lembrando dos casos de leite contaminado ocorridos entre 2008 e 2010 e que tiveram repercussão internacional.

Do lado brasileiro, de 2008 a 2014, o faturamento médio com as exportações de lácteos foi de US$ 223,57 milhões, de acordo com dados da Viva Lácteos. Os principais destinos são Venezuela, Arábia Saudita, Angola, Emirados Árabes e Trinidad e Tobago.

Mais carnes
O otimismo em relação à presença de lácteos brasileiros no mercado chinês, inclusive do próprio governo, foi reforçado depois da habilitação de sete novos frigoríficos para vender carnes ao país asiático, anunciada nesta terça-feira (17/11). São três de carne bovina, dois de suína e outros dois de frango. A expectativa do Ministério da Agricultura é de que cada unidade venda entre US$ 18 milhões e US$ 20 milhões anuais.

De acordo como Ministério, uma planta esperava habilitação desde 2012 e as outras foram inspecionadas em junho passado. Em contrapartida, o Brasil vai liberar o mercado brasileiro para 18 estabelecimentos chineses que exportam pescados e outros dois que exportam tripas.
"Sabemos que geralmente as relações comerciais são de frieza e pragmatismo, mas acredito em laços de amizade e confiança para termos um relacionamento duradouro", disse Kátia Abreu, de acordo com nota divulgada pelo Ministério. (Globo Rural)

Alta dos preços dos lácteos no atacado na primeira quinzena de novembro

No atacado, considerando a média de todos os produtos pesquisados pela Scot Consultoria, os preços dos lácteos subiram 0,5% na primeira quinzena de novembro em relação à segunda metade de outubro.

O leite longa vida seguiu trajetória de alta e teve valorização de 0,5%. O produto está cotado, em média, em R$2,13 na média de São Paulo, Minas e Goiás. Embora pouco expressiva, a alta dos preços reflete o crescimento da produção abaixo do esperado, em função do clima adverso e aumento dos custos de produção. Com isso, os estoques estão ligeiramente mais ajustados nas indústrias.

O leite em pó também subiu e ficou cotado, em média, em R$13,95 por quilo no atacado, uma alta de 1,0% no período. Com as chuvas mais regulares, a expectativa é de que a produção de leite aumente de forma mais expressiva daqui para frente, o que deve aumentar a pressão de baixa no mercado interno. (Scot Consultoria)
 

BNDES destina recursos ao RS
O BNDES destinará R$ 25 milhões a empreendimentos da agricultura familiar no Rio Grande do Sul nas áreas de logística, beneficiamento e adoção de novas tecnologias. Os recursos serão repassados ao Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais, administrado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo. (Correio do Povo)

 


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Porto Alegre, 19 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.150

 

  Contrabando causa perda de R$ 100 bilhões 

A economia subterrânea no Brasil, estimada pela Fundação Getúlio Vargas em mais de R$ 800 bilhões, seria hoje o 17º maior PIB do mundo. A diferença é que não produz quase nada, a não ser prejuízo ao consumidor, ao Fisco e à concorrência. É movimentada por contrabandistas, fabricantes de produtos piratas e um personagem menos combatido até agora: o devedor contumaz, que cria uma empresa para ganhar dinheiro sem qualquer preocupação com as leis e o pagamento de tributos. O contrabando gera perdas de R$ 100 bilhões ao ano. A pirataria pela internet teria movimentado no ano passado mais de R$ 800 milhões, de acordo com o Fórum Nacional Contra a Pirataria (FNCP). Aparelhos eletrônicos, cigarros, bebidas, roupas e calçados, combustíveis e remédios lideram todos os rankings de comércio ilegal. O problema não é só brasileiro. 

A produção e o comércio internacionais de mercadorias falsificadas rendem cerca de US$ 250 bilhões ao ano. Os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontam apenas uma parte do problema. Só a comercialização mundial de remédios falsificados, de acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS), rende entre US$ 75 bilhões a US$ 200 bilhões. O Brasil não fica atrás. Dezenove por cento dos medicamentos vendidos no país são ilegais. Eles dividem com têxteis e suprimentos de impressão o bolo de R$ 26,6 bilhões de perdas. A sonegação de tributos provocada pelo contrabando e pela pirataria chega a R$ 27 bilhões por ano. O comércio ilegal de gasolina, óleo diesel e outros derivados de petróleo representa sozinho perdas de R$ 2,6 bilhões aos cofres públicos. A rota mais comum da ilegalidade passa pelas estradas. O Brasil tem quase 17 mil quilômetros de fronteira com outros dez países na América do Sul. É por aí que passa o contrabando, além de armas e drogas. 

O lançamento, em 2011, do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), da Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (ENAFRON), com o objetivo de integrar as ações dos órgãos de segurança federais, estaduais, municipais e também dos países vizinhos, reforçou o orçamento da fiscalização das Forças Armadas, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal para inibir a ilegalidade. O relatório de gestão da PRF de 2014 indica que os investimentos atingiram R$ 34,4 milhões. Outros R$ 36,6 milhões foram aplicados em cursos de aperfeiçoamento e capacitação. Os resultados apontam para a fiscalização de 3,2 milhões de veículos e de 5,2 milhões de pessoas, com 3.882 prisões em flagrante. Além de drogas e armas, foram apreendidos 3,1 milhões de pacotes de cigarros, 212 mil unidades de medicamentos, 206,8 mil eletrônicos e 3,08 milhões de outros produtos de contrabando. As apreensões de maconha e cocaína cresceram 46% e 23% em relação a 2013.

Dados do balanço das 1.200 operações da Associação Brasileira de Combate ao Contrabando (ABCF) informam que a quantidade de produtos contrabandeados apreendidos cresceu 34% em 2014. O fato ruim é que não representam nem 10% das mercadorias contrabandeadas. "A ilegalidade não pode continuar sendo vista como um mal menor. Impostos elevados, fiscalização ineficiente e uma certa aceitação da população, que tem uma visão romântica do comércio ilegal, tornam o quadro dramático", diz Edson Vismona, presidente-¬executivo do Fórum Nacional Contra a Pirataria. (Valor Econômico)

 

 
 
Expectativa de exportação para a China anima laticínios brasileiros
O Brasil defende a liberação de unidades exportadoras de lácteos para a China. Foi o que afirmou a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que participou nesta semana de reuniões com autoridades e empresários chineses. A ministra confirmou pela sua conta no Twitter sua intenção de enviar uma lista de empresas a serem liberadas, embora não informasse prazo para que as informações fossem passadas.

A notícia anima a Viva Lácteos, associação que representa as principais indústrias do setor, que representa 70% da produção e 95% da exportação. O diretor executivo da entidade, Marcelo Martins, acredita que a lista das primeiras habilitações deve ser enviada pelo governo brasileiro no início do ano que vem. Pondera, entretanto, que a documentação com os requisitos sanitários adotados pelos chineses chegou recentemente e as empresas ainda estão em fase de adaptação.

O executivo evita projetar um número de unidades industriais que poderiam ser liberadas. Pelo menos por enquanto, admite a expectativa de que sejam pelo menos as 26 que exportam para o mercado russo. "Não teria porque isso não ocorrer. Há todo um trabalho sendo feito pelas empresas para atender à demanda", ressalta Martins a respeito da resposta a ser dada pelo setor privado aos governos do Brasil e da China.

Ele explica que o processo de liberação não depende de inspeção sanitária in loco das autoridades chinesas. À medida que as empresas exportadoras informarem sobre a adequação às normas, o Ministério da Agricultura do Brasil fará as chamadas visitas de habilitação e, em seguida, enviará a lista para o governo chinês. O executivo acredita que, confirmadas as expectativas, os embarques de lácteos para a China devem começar ainda no primeiro semestre do ano que vem.

"O Brasil exportou pequenas quantidades para a China até 2008. De lá para cá, mais nada. Como ficou todo esse tempo sem exportar, foi necessário reconstruir o processo de inspeção e habilitação. A China é um mercado potencialmente interessante ao menos para os próximos dez anos e dentro de uma estratégia de diversificação de fornecedores, enxerga o Brasil", conta Martins.

De acordo com a Viva Lácetos, baseada em dados de organismos internacionais, de 2004 para 2014, as importações de lácteos da China passaram de 160,4 mil para 1,089 milhão de toneladas. É um mercado que consome o equivalente a US$ 5 bilhões anuais. O país asiático respondeu no ano passado por 21% das compras globais de leite em pó (945 mil toneladas somando integral e desnatado), 9% das de manteiga (80 mil toneladas) e 3% das de queijos (64 mil toneladas). Até 2024, a demanda por esses produtos deve crescer 53,12%, 93% e 126%, respectivamente.

A maior migração populacional do campo para a cidade e o fim da política de um filho por casal, anunciada recentemente pelo governo chinês, são fatores que trazem a expectativa de maior demanda. O consumo médio per capita é estimado em 40 litros de lácteos por habitante ao ano, bem abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde, em torno de 200 litros. "O consumidor chinês não confia muito nos lácteos do país, o que favorece a importação", acrescenta Marcelo Martins, lembrando dos casos de leite contaminado ocorridos entre 2008 e 2010 e que tiveram repercussão internacional.

Do lado brasileiro, de 2008 a 2014, o faturamento médio com as exportações de lácteos foi de US$ 223,57 milhões, de acordo com dados da Viva Lácteos. Os principais destinos são Venezuela, Arábia Saudita, Angola, Emirados Árabes e Trinidad e Tobago.

Mais carnes
O otimismo em relação à presença de lácteos brasileiros no mercado chinês, inclusive do próprio governo, foi reforçado depois da habilitação de sete novos frigoríficos para vender carnes ao país asiático, anunciada nesta terça-feira (17/11). São três de carne bovina, dois de suína e outros dois de frango. A expectativa do Ministério da Agricultura é de que cada unidade venda entre US$ 18 milhões e US$ 20 milhões anuais.

De acordo como Ministério, uma planta esperava habilitação desde 2012 e as outras foram inspecionadas em junho passado. Em contrapartida, o Brasil vai liberar o mercado brasileiro para 18 estabelecimentos chineses que exportam pescados e outros dois que exportam tripas.
"Sabemos que geralmente as relações comerciais são de frieza e pragmatismo, mas acredito em laços de amizade e confiança para termos um relacionamento duradouro", disse Kátia Abreu, de acordo com nota divulgada pelo Ministério. (Globo Rural)

Alta dos preços dos lácteos no atacado na primeira quinzena de novembro

No atacado, considerando a média de todos os produtos pesquisados pela Scot Consultoria, os preços dos lácteos subiram 0,5% na primeira quinzena de novembro em relação à segunda metade de outubro.

O leite longa vida seguiu trajetória de alta e teve valorização de 0,5%. O produto está cotado, em média, em R$2,13 na média de São Paulo, Minas e Goiás. Embora pouco expressiva, a alta dos preços reflete o crescimento da produção abaixo do esperado, em função do clima adverso e aumento dos custos de produção. Com isso, os estoques estão ligeiramente mais ajustados nas indústrias.

O leite em pó também subiu e ficou cotado, em média, em R$13,95 por quilo no atacado, uma alta de 1,0% no período. Com as chuvas mais regulares, a expectativa é de que a produção de leite aumente de forma mais expressiva daqui para frente, o que deve aumentar a pressão de baixa no mercado interno. (Scot Consultoria)
 

BNDES destina recursos ao RS
O BNDES destinará R$ 25 milhões a empreendimentos da agricultura familiar no Rio Grande do Sul nas áreas de logística, beneficiamento e adoção de novas tecnologias. Os recursos serão repassados ao Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais, administrado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo. (Correio do Povo)

 


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Porto Alegre, 18 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.149

 

  Lácteos: Boas projeções de negócios na China

A rodada de negócios da missão internacional do Ministério da Agricultura na China, nesta quarta-feira (18/11), indica a projeção de bons negócios para o setor lácteo gaúcho. Liderado pela ministra Kátia Abreu, a comitiva participou em Pequim de evento com integrantes do ministério da Agricultura da China e diversos importadores locais, que estão interessados na aquisição de proteínas brasileiras.

A comitiva conta com a presença da representante do Sindilat e da CCGL, Michele Muccillo Selbach, e o diretor da Lactalis, Guilherme Portella. Segundo Portella, o encontro foi positivo, uma vez que a ministra destacou aos empresários chineses as ações que estão em desenvolvimento no Brasil para qualificar a produção de leite. "Saudamos as iniciativas de melhora da capacitação dos produtores porque aumenta a nossa produtividade e qualidade, além de auxiliar na abertura de novos mercados de exportação, especialmente a China, que é a maior importadora mundial de lácteos", afirmou o diretor da Lactalis.

A presença do Sindilat nesta missão internacional é fundamental, uma vez que, em setembro deste ano, a China abriu pela primeira vez mercado para receber lácteos brasileiros. A projeção do Mapa é que as exportações poderão ter incremento de US$ 45 milhões por ano. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Ministra Kátia Abreu em apresentação aos empresários chineses
Crédito: Guilherme Portella 
 
 
Simpósio discute Bioeconomia em Porto Alegre

Começa nesta quinta-feira (19/11) a 3º edição do Simpósio da Ciência do Agronegócio, que terá como temática a "Bioeconomia". O evento será realizado no Salão de Atos nas dependências da Faculdade de Agronomia, localizada na avenida Bento Gonçalves, 7712, em Porto Alegre. O Simpósio é um evento organizado pelo programa de pós-graduação em Agronegócio, do Centro de Estudos e Pesquisas em Agronegócio (CEPAN), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), com o apoio do Sindicato da Indústria dos Laticínios (Sindilat).

As inscrições poderão ser feitas até o início do evento, que acontecerá às 8h, com o credenciamento. A palestra de abertura trará o tema Bioeconomia: a natureza como limite, sendo ministrada pelo especialista e pós-doutorando do CDS/UNB, Andrei Domingues Cechin. 

Durante o simpósio, que seguirá na sexta-feira (20/11) serão abordados ainda temas como Limites Ecológicos do Crescimento Econômico e Plástico Verde, o sucesso da combinação entre inovação, tecnologia e sustentabilidade. O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, participará de painel na tarde de sexta-feira, abordando os avanços tecnológicos na produção do leite, além de reforçar a atuação do sindicato no combate a possíveis fraudes. As informações completas do evento poderão ser encontradas no site www.ufrgs.br/cienagro. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Mapa promove reuniões no RS para implementar Programa Leite Saudável

Elevar a produtividade média de leite de 7,94 litros por vaca/dia para 16 litros por vaca/dia em 18 mil propriedades rurais de 132 municípios gaúchos. Com essa meta, a ser alcançada até 2019, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) promove reuniões para implementação do Programa Leite Saudável no Rio Grande do Sul. Os encontros ocorrerão nesta quarta-feira (18), em Passo Fundo, e na quinta (19), em Porto Alegre.

O governo federal destinou R$ 6 milhões ao RS na primeira fase do programa, de um total de R$ 387 milhões que serão investidos, até 2019, nos cinco principais estados brasileiros produtores de leite (Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina).

Segundo o secretário do Produtor Rural e Cooperativismo do Mapa, Caio Rocha, a reunião vai debater as ações que serão implementadas no RS para executar o programa. Entre elas, a melhoria da renda e da qualidade do leite nas propriedades rurais.

"Vamos apresentar os critérios que foram usados para selecionar os municípios na primeira fase do programa", adiantou Caio Rocha. "Também vamos definir o papel das secretarias de agricultura dos municípios contemplados e dos órgãos de extensão rural para a melhoria do leite."

Caio Rocha afirmou também que será destacada a importância de desenvolver projetos de assistência técnica rural para os laticínios acessarem aos créditos presumidos do PIS/Cofins do programa.

O Mapa tem como parceiro no Programa Leite Saudável o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

A próxima reunião será na segunda-feira (23), no município de Maravilha, em Santa Catarina.

O programa, lançado no dia 29 de setembro deste ano pela ministra Kátia Abreu, visa promover a ascensão social de 80 mil produtores e a melhorar a competitividade do setor lácteo brasileiro.

Os cinco estados que fazem parte do programa representam 72,6% da produção nacional e abrangem 466 municípios.

A iniciativa tem sete eixos: assistência técnica gerencial, melhoramento genético, política agrícola, sanidade animal, qualidade do leite, marco regulatório e ampliação de mercados.

O Brasil é o quarto maior produtor de leite do mundo, ficando atrás dos Estados Unidos, Índia e China. Em 2014, as exportações de leite superaram os US$ 345 milhões.

Serviço:
Reunião de implementação do Programa Leite Saudável no RS 
Data: 18/11 (quarta-feira)
Horário: 13h30 
Local: Universidade de Passo Fundo (PF) - Auditório da Faculdade de Medicina Veterinária - H1 - Campus I - BR 285 Km 292 - Bairro São José - Passo Fundo - RS

Data: 19/11 (quinta-feira)
Horário: 9h30
Local: Auditório da FEPAGRO - Rua Gonçalves 570 - bairro Menino Deus, Porto Alegre 
(As informações são do Mapa)

Fonterra aumenta previsão de pagamento ao produtor após melhora no desempenho

A cooperativa neozelandesa, Fonterra aumentou sua previsão de pagamento para a estação de 2015/16 devido ao forte desempenho em agosto a setembro. A cooperativa anunciou também que aumentou sua previsão de lucros por ação para entre NZ$ 0,45 e NZ$ 0,55 (US$ 0,29 e US$ 0,35).

Com uma previsão de preço do leite de NZ$ 4,60 (US$ 2,99) por quilo de sólidos do leite - equivalente a NZ$ 0,38 (US$ 0,24) por quilo de leite -, o pagamento total da Fonterra para a estação de 2015/16 atualmente está de NZ$ 5,05 a NZ$ 5,15 (US$ 3,28 a US$ 3,35) por quilo de sólidos do leite - e de NZ$ 0,42 (US$ 0,27) a NZ$ 0,43 (US$ 0,28) por quilo de leite. "Embora esteja difícil nas fazendas devido aos baixos preços globais do leite, os produtores darão as boas vindas aos investimentos no desempenho da Fonterra que está gerando maiores retornos", disse o presidente da Fonterra, John Wilson. 

"O desempenho está bem melhor que no ano passado e estamos alcançando nossas metas em margens brutas, além de gastos operacionais e de capital. Ao mesmo tempo, a aceleração das iniciativas de transformação do negócio está gerando economias de dinheiro. Estamos no caminho e, dessa forma, capazes de aumentar nossas previsões de lucros por ação", completou ele. 

Em setembro, a Fonterra aumentou sua previsão de preço do leite para a estação de 2015/16 em NZ$ 0,75 (US$ 0,48), para NZ$ 4,60 (US$ 2,99) por quilo de sólidos do leite e NZ$ 0,38 (US$ 0,24) por quilo de leite - depois do aumento dos preços globais dos lácteos.

A Fonterra anunciou sua previsão de abertura para o preço do leite para 2015/16, estação que começou em 1 de junho, de NZ$ 5,25 (US$ 3,41) por quilo de sólidos do leite e NZ$ 0,44 (US$ 0,28) por quilo de leite. Em agosto, essa estimativa foi reduzida para NZ$ 3,85 (US$ 2,50) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,32 (US$ 0,20) por quilo de leite]. O aumento de setembro, disse a Fonterra na ocasião, refletiu um aumento nos preços dos lácteos. 

Em 17/11/15 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,65106
1,53596 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) 
(As informações são do Dairy Reporter/Milkpoint)

Receita esclarece PIS/Cofins sobre exportações

A Receita Federal cobrará 4,65% de PIS e Cofins das empresas que recebem pagamento por exportações em moeda estrangeira, mantêm o dinheiro no exterior e registram variação cambial positiva sobre esse montante. O entendimento foi publicado ontem por meio do Ato Declaratório Interpretativo (ADI) nº8.

A redação do ADI, porém, gerou diversas interpretações entre tributaristas. Alguns afirmaram que há a possibilidade de questionamento da cobrança no Judiciário.

Por nota, a Receita respondeu ao Valor que "eventuais receitas de variação cambial averiguadas no momento do recebimento dos valores decorrentes da operação de exportação estão beneficiadas pela redução a zero de que trata o Decreto nº 8.426, de 2015." Somente depois desse momento poderá ser cobrado o PIS e a Cofins.

Ainda por nota, a Receita disse que "a medida não se destina a coibir planejamentos tributários". Mas a esclarecer dúvida reiterada de empresas que recebem pagamentos em moeda estrangeira e os mantêm no exterior.

Para o advogado Sandro dos Reis, do escritório Bichara Advogados, há fundamento para questionar o ADI. "Sendo receitas de exportação, elas permanecem com essa natureza, mesmo após a liquidação do contrato de câmbio", afirmou.

De acordo com o advogado, quando os recursos no exterior são mantidos em conta bancária, sem qualquer remuneração, a receita financeira vinculada à variação cambial ocorrida entre a data do recebimento dos recursos e a da efetiva internação desses valores ao Brasil são abrangidos pela imunidade constitucional conferida às exportações.

Ao se admitir a incidência do PIS/Cofins, segundo Reis, serão oneradas as operações de exportação, ainda que indiretamente. "Só se esses recursos forem aplicados, quando repatriados, ocorrerá a tributação de PIS/Cofins."

O advogado Marcelo Annunziata, do Demarest Advogados, também acredita ser possível contestar a incidência das contribuições. "Considerando que a receita que decorre da exportação é sempre imune pela nossa Constituição Federal, é possível questionar o entendimento do Fisco manifestado nesse ADI", afirmou.

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu haver imunidade na variação cambial por seu vínculo com a exportação. Mas a decisão não fala especificamente de valores mantidos lá fora, depois de recebidos.

Já a advogada Thais Meira, do BMA Advogados, disse que a exportação se encerra com o recebimento do preço. "O pagamento encerra o vínculo entre a receita e a operação de exportação. Por isso, o Fisco pode cobrar o PIS/Cofins desse momento em diante, se houver variação cambial", afirmou.

Também para a advogada Ana Utumi, do TozziniFreire, faz sentido a tributação da variação cambial a partir do pagamento pela exportação. A advogada disse que várias empresas têm mantido esse dinheiro no exterior recentemente em razão da flutuação cambial.

"Exportadores que dependem de matéria-prima importada, por exemplo. E há empresas que mantêm o capital no exterior para evitar maior carga tributária sobre o pagamento por corretagem de exportação, como a paga ao banco na operação de câmbio", afirmou Ana. (Valor Econômico)

 
Papelão
As vendas de papelão ondulado aprofundaram o declínio na comparação anual a partir de julho e essa tendência deve se manter até o fim do ano, de acordo com o vice¬-presidente da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), Sergio Ribas. Diante disso, a entidade revisou a projeção para o desempenho no acumulado de 2015 para retração de 3,5%, frente a queda de 2,5% esperada anteriormente. (Fonte: Valor Econômico)