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Porto Alegre, 19 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.208

 

     Exportações de lácteos dos EUA quebram ciclo de cinco anos de crescimento

Enfrentando o mercado global mais fraco em mais de uma década, as exportações de lácteos dos Estados Unidos declinaram em 2015, quebrando um ciclo de cinco anos consecutivos de expansão. As exportações totalizaram US$ 5,24 bilhões no ano passado, 26% a menos que o nível recorde de 2014. O volume total exportado caiu 8%, para 1,65 bilhão de quilos de sólidos do leite (base de sólidos totais). O volume exportado representou 14% da produção de leite dos Estados Unidos em 2015, menos que os 15,3% em 2013-14.

 

Uma combinação de fatores se uniram para alterar o balanço entre oferta e demanda no ano passado, criando um ambiente altamente competitivo: a demanda por leite em póda China caiu; a Rússia proibiu produtos lácteos da Europa; e a oferta de leite na Europa cresceu dramaticamente quando as cotas de produção chegaram ao fim. Ao mesmo tempo, os problemas no porto da Costa Oeste prejudicaram as vendas dos Estados Unidos no começo do ano e a forte demanda doméstica manteve os preços por queijos e gordura do leite nos EUA acima dos valores do mercado mundial.

Como resultado, os exportadores perderam participação nos principais mercados da Ásia e da região do Oriente Médio/África do Norte, em quase todos os segmentos de produtos. Dessa maneira, os fornecedores focaram em vendas de leite em pó desnatado e queijos ao México, América do Sul e Caribe. As exportações totais de leite em pó desnatado, de fato, alcançaram um novo recorde, de 559.735 toneladas no ano passado. A maioria das outras categorias, entretanto, registrou quedas.

"Durante a última década, o mercado mundial de lácteos foi primariamente um mercado de compradores, favorável aos exportadores dos Estados Unidos. O ano de 2015 foi mais um mercado de vendedores e 2016 deverá se manter assim", disse o presidente do Conselho de Exportadores de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC), Tom Suber. "Os fornecedores dos Estados Unidos precisam entender que agora isso pode ser normal por enquanto e que precisarão ser particularmente agressivos para competir com os exportadores da Europa e da Oceania".

Em longo prazo, entretanto, o USDEC está confiante de que a demanda global por lácteos novamente pressionará as ofertas de leite disponíveis. "Isso deverá trazer maiores preços e uma retomada no aumento das exportações aos fornecedores dos Estados Unidos", disse Suber. (As informações são do blog do USDEC, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
  
 
Retração do leite no exterior deve limitar alta doméstica

A forte queda nos preços do leite em pó no mercado internacional, que se acentuou recentemente, tende a limitar a valorização das cotações ao produtor no Brasil, embora o cenário seja de menor oferta interna de matéria-prima. O motivo é que, com as atuais cotações internacionais, até mesmo o leite em pó de países de fora do Mercosul ficou mais competitivo para entrar no mercado brasileiro, segundo especialistas e indústrias.

No último leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), referência para os preços de lácteos no mercado internacional, na terça-feira, a cotação do leite em pó ficou em US$ 1.890 por tonelada, quase 42,3% inferior aos US$ 3.272 de igual período de 2015. O recuo reflete um ambiente de aumento da produção na União Europeia e nos EUA e de retração da demanda de China e Rússia.

Nesse patamar registrado no leilão, o leite em pó importado dos EUA - por US$ 2.400 a tonelada, acrescendo a Tarifa Externa Comum (TEC) para produto de fora do Mercosul de 28% e considerando um dólar a R$ 4,00 - teria um preço equivalente, em leite fresco a R$ 1,19 o litro, colocado na indústria no Brasil, segundo os cálculos de Valter Galan, analista do MilkPoint, consultoria especializada em lácteos. O valor, observa, é muito próximo do que se vê no mercado brasileiro hoje. Para chegar ao valor equivalente do leite fresco no mercado interno, Galan considera o custo do leite em pó importado colocado no Brasil, menos o custo de industrialização e o uso de 8,2 litros de produto fluido para cada quilo de leite em pó produzido.

No caso da matéria-prima nacional colocada na indústria, o valor está entre R$ 1,10 e R$ 1,12, conforme a consultoria. Em outro exemplo de importação, o leite do Mercosul chegaria com valor equivalente a R$ 1,15 por litro colocado na indústria. "Apesar do dólar, os preços internacionais baixos deixam o leite importado competitivo", afirma Galan. "Se o dólar se mantiver no patamar de R$ 4,00, ao preço que está o mercado internacional, se estabelece um limite até onde pode ir o valor [do leite] no mercado doméstico", concorda Laércio Barbosa, do Laticínios Jussara.

Redução de investimentos na produção por causa do alto custo dos grãos eproblemas climáticos em bacias leiteiras estão limitando a oferta brasileira de leite. A estimativa do MilkPoint é de que tenha havido queda de 3% a 3,5% em 2015, em relação à produção de 24,747 bilhões de litros do ano anterior. Diante dessa redução que persiste, laticínios nacionais já está pagando mais pela matéria-prima, assim como o consumidor pelo produto final. Nas negociações do chamado spot (entre laticínios), o preço médio no Brasil, ficou em R$ 1,29 por litro nesta segunda quinzena de fevereiro. Era de R$ 1,22 na primeira quinzena do mês, segundo acompanhamento do MilkPoint. Um mês antes, estava em R$ 1,08.

Embora a produção esteja em queda no Brasil e o leite importado possa ser uma opção para empresas de alimentos ou mesmo laticínios, no atual cenário, analistas e indústrias lembram que a demanda doméstica também está fraca.

Até por isso, Marcelo Costa Martins, diretor-executivo da Viva Lácteos (que reúne empresas do segmento), não vê "possibilidade de crescimento significativo de importações pois não há aumento da demanda interna". Ele considera que as empresas devem importar para suprir suas necessidades. Mas como a oferta interna de leite é menor, o preço não deve cair no curto prazo.

Já as exportações de lácteos do Brasil estão menos competitivas. E os volumes caem. Em janeiro, foram embarcadas 3 mil toneladas, por US$ 10 milhões. Haviam sido 5 mil em dezembro de 2015, com receita de US$ 17 milhões. Já as importações somaram 8 mil toneladas (por US$ 21 milhões) em janeiro ante 12 mil toneladas (US$ 29 milhões) em dezembro do ano passado. (As informações são do Valor Econômico)

FAO X Embrapa 

Uma das mais importantes agendas para o ano de 2016 se concretizou na terça-feira (16/02) na Embrapa. A unidade em Pelotas/RS, Embrapa Clima Temperado, apresentou sua carteira de projetos de pesquisa agropecuária em suas três bases físicas - Sede, Estação Experimental Terras Baixas (ETB) e Estação Experimental de Cascata(EEC), que compõem a infraestrutura de apoio a pesquisa, desenvolvimento e inovação da Unidade - além de realizar visitas às áreas experimentais e laboratórios, que contemplam as cadeias produtivas e os diversos temas estratégicos de atuação ao representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO no Brasil, Alan Bojanic.

O diretor-executivo de Transferência de Tecnologia (TT) da Empresa, Waldyr Stumpf Júnior, e o chefe do Departamento de Transferência de Tecnologia (DTT), Fernando do Amaral Pereira, estiveram junto à comitiva de trabalho composta por chefes, assessores e equipe da unidade local. A FAO é o principal órgão das instituições internacionais para o combate à fome no mundo. A programação foi densa e considerada pelo visitante como estratégica para conhecimento e melhor articulação e integração entre a Embrapa e a FAO. (Embrapa)

Software
No dia 22 de março, durante o IV Simpósio em Produção Animal e Recursos Hídricos, o pesquisador Ronaldo Vibart, da Nova Zelândia, apresenta o software de gestão de qualidade de água e nutrientes, o Overseer®. Este programa é considerado um avanço na área agrícola. A ferramenta auxilia produtores rurais no manejo e gestão estratégica dos recursos naturais, nutrientes e resíduos das produções pecuárias. Além disso, minimiza as perdas de nutrientes para o meio ambiente. O pesquisador neozelandês conta que a escala e a intensificação da pecuária em seu país, particularmente a de bovinos de leite, tem sido um fator de pressão sobre os recursos naturais. Com isso, a quantidade e qualidade das águas que drenam a paisagem da Nova Zelândia têm sido tema de crescente preocupação e debate na sociedade. O programa Overseer® se tornou uma ferramenta importante para os conselhos regionais, pois auxilia na gestão da qualidade de água. O software está disponível gratuitamente on-line para agricultores, consultores e assessores da indústria. (Embrapa)
 

 

    

 

Porto Alegre, 18 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.207

 

     Preços/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 18 de Fevereiro de 2016, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Janeiro de 2016 e a projeção dos preços de referência para o mês de Fevereiro de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.  (FAESC)
 

  
 
Brasil e Argentina discutem estratégias de abertura de mercados para produtos agropecuários

A secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo, o secretário de Política Agrícola, André Nassar, e o secretário de Defesa Agropecuária Luis Rangel, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), receberam nesta quarta-feira (17) a comitiva do secretário da Agricultura, Pecuária e Pesca do Ministério da Agroindústria da Argentina, Ricardo Negri, para estreitar a relação bilateral. O principal objetivo foi construir uma agenda conjunta para impulsionar o comércio internacional de produtos agropecuários.

O governo do novo presidente da Argentina, Mauricio Macri, acredita que o agronegócio será o vetor de desenvolvimento do país. Por isso, a Argentina propõe a construção de uma ambiciosa agenda de negociações comerciais com grandes mercados importadores de produtos agropecuários. Os dois ministérios concordam que as tratativas com a União Europeia, China e Rússia, além de outros mercados, devem ter prioridade na pauta dos governos.

A Argentina propõe, ainda, a retomada do mecanismo de consultas bilaterais em matéria sanitária e fitossanitária, entre os dois ministérios, criado em 2010. Além disso, sugere a coordenação das posições dos dois países em fóruns internacionais. "Como Brasil e Argentina são grandes exportadores de alimentos, com a construção de uma agenda comum, teremos voz mais ativa nos organismos internacionais como o Codex Alimentarius, Comitê da Organização Mundial do Comércio (OMC) e na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)", destacou Tatiana Palermo.

O governo argentino garantiu apoio ao Brasil no grupo de análise de risco sanitário e fitossanitário no âmbito da Junta Interamericana de Agricultura, que engloba todos os países das Américas. O secretário Rangel destacou a importância de ferramentas de alerta rápido e da harmonização de entendimentos e procedimentos na área sanitária e fitossanitária.

O secretário André Nassar apontou o interesse do Mapa em estreitar cooperação com a Argentina na área de infraestrutura e logística para o escoamento de produtos agropecuários, que foi bem recebido pelos argentinos. Os visitantes também ressaltaram a relevância da cooperação técnico-científica entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta).

Para a reunião em Brasília, vieram da Argentina, além do secretário Ricardo Negri, a secretária de Mercados Agroindustriais, Marisa Bircher, o diretor nacional de Relações Agroalimentares Internacionais do Ministério de Agroindústria, Omar Ernesto Odarda, e o diretor nacional de Proteção Vegetal do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar, Diego Quiroga. (As informações são do Mapa)

Fonterra lança leite com maior prazo de validade na Austrália

O leite Anchor Finely Filtered Milk, da cooperativa neozelandesa Fonterra, com a nova tecnologia de microfiltração para estender o prazo de validade em 40%, foi lançado no estado australiano de Victoria.

Embora todo o leite seja pasteurizado, a Anchor, uma das marcas da Fonterra, disse que usa microfiltração para reduzir as bactérias de ocorrência natural no leite pasteurizado que leva a estragos em um adicional de 95%. A marca faz isso colocando o leite em um filtro cerâmico especial, criando um produto que tem um prazo de validade estendido de 21 dias. O leite pasteurizado normal tem um prazo de validade de 15 dias. Nenhum aditivo ou conservante é adicionado ao leite para obter esse prazo de validade maior.
 

"Achamos que esse produto oferece aos consumidores um perfil superior de sabor, combinado com a conveniência de um prazo de validade estendido", disse o diretor de marketing da Fonterra, Kiril Simonovski.

"O leite tem se tornado algo como uma commoditie na Austrália, mas vemos a oportunidade de aumentar esse conceito com a Anchor e acreditamos que a microfiltração será responsável pela virada do jogo, com Victoria sendo nosso primeiro mercado. Sabemos que o consumidor compra de acordo com a data de uso porque querem um produto mais fresco. Achamos que a Anchor terá um apelo às famílias com discernimento que buscam um produto premium com um preço de varejo recomendado ligeiramente maior do que o leite regular".

O líder de processamento de alimentos da Organização de Pesquisa Industrial e Científica da Austrália (CSIRO, da sigla em inglês), Darren Gardiner, disse que a microfiltração tem sido bem recebida em outras partes do mundo. "Embora estejamos todos familiarizados com o conceito de filtração quando se fala de água e café, o passo adicional de filtrar as bactérias indesejadas no leite antes da pasteurização é um desenvolvimento importante no leite fresco. Nós parabenizamos a Anchor por fazer esse investimento e trazer essa inovação ao leite na Austrália e esperamos que essa experiência tenha o mesmo sucesso em companhias do Reino Unido e Canadá".

O leite Anchor é obtido de um pequeno número de fazendas em Western Victoria, localizadas próximas do local onde o leite é processado. (As informações são do Dairy Reporter)

Produção de leite ficou 5,4% mais cara

A alta do preço dos insumos cotados em dólar, como fertilizantes e suplementos minerais, e o avanço da cotação doméstica do milho elevaram os custos de produção do leite em 5,4% em 2015 ante 2014, conforme aponta a Scot Consultoria em seu Índice de Pecuária Leiteira.

De acordo com os analistas Juliana Pila e Rafael Ribeiro, na mesma base de comparação, o preço do leite recuou 2,2%. Com isso, a rentabilidade média para rebanhos de alta tecnologia caiu de 7,9% em 2014 para 1,7% no ano passado.

Já a pecuária leiteira de baixa tecnologia teve prejuízo, fechando o ano novamente no negativo, em -7,6%, o pior resultado na comparação com várias outras atividades agropecuárias analisadas pela consultoria e recuo maior ainda ante o resultado de 2014, que foi de -3,8%.

A perspectiva não é de melhora para o setor em 2016. "Além da economia ruim, que deverá continuar afetando diretamente o consumo, principalmente dos produtos de maior valor agregado, os preços dos insumos deverão permanecer em patamares elevados, com grande influência do dólar", afirmam os analistas da Scot em relatório. (Fonte: Estadão Conteúdo)
 

Importação de lácteos começa o ano em queda
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as importações brasileiras de lácteos reduziram em janeiro. O volume totalizou 8,4 mil toneladas no mês. Na comparação com o embarcado em dezembro último a queda foi de 28,6%. Para os gastos, a redução no período foi de 28,4%, totalizando US$21,05 milhões. O produto mais importado foi o leite em pó. O país importou 4,8 mil toneladas, num total de US$10,7 milhões no mês de janeiro. Os maiores fornecedores de produtos lácteos, em valor, foram a Argentina com 46,8%, o Uruguai com 25,7% e os Estado Unidos com 13,3%. (Scot Consultoria/Autor: Juliana Pila)
 

 

    

Porto Alegre, 17 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.206

 

     Sindilat apoia FIEMA Brasil 2016

Reforçando o compromisso social e a preocupação com o meio ambiente, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) estará presente durante a 7ª edição da FIEMA Brasil, um dos mais expressivos encontros que sobre gestão ambiental do país. "Além de um espaço para novos negócios, a FIEMA é um importante encontro para difundir o conhecimento, possibilitando o acesso as mais novas soluções e tecnologias sustentáveis. Nosso apoio busca garantir e incentivar o desenvolvimento do setor lácteo gaúcho de forma sustentável", destaca o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.  

O presidente da FIEMA Brasil 2016, Jones Favreto, reforça a importância da parceria. "A FIEMA é referência em inovação, informação, tecnologia e também em boas oportunidades de negócios. Essa realidade só é possível graças ao apoio de parceiros relevantes como o Sindilat que está a frente de inúmeras ações em benefício ao setor lácteo do Estado. Com a parceria do Sindilat podemos oferecer a expositores e visitantes um encontro realmente diferenciado e assertivo", disse. 

Realizada bienalmente, a Feira de Negócios e Tecnologia em Resíduos, Águas, Efluentes e Energia será realizada entre os dias 05 e 07 de abril no Parque de Eventos em Bento Gonçalves/ RS. Segundo a organização, a expectativa é receber cerca de 200 expositores com as principais novidades em equipamentos, produtos e serviços que possam auxiliar na inclusão da responsabilidade ambiental na gestão estratégica das organizações. Simultaneamente a feira, ocorre uma intensa programação voltada ao conhecimento como congressos e seminários. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
  
 
Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida em Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprovou e divulgou os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em janeiro de 2016, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. Os valores de referência indicados nesta resolução correspondem à matéria-prima leite denominada Leite CONSELEITE IN62, que se refere ao leite analisado que contém 3% de gordura, 2,9% de proteína, 600 mil uc/ml de células somáticas e 600 mil uc/ml de contagem bacteriana. 

    

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Fevereiro de 2016 é de R$ 1,8371/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleite.com.br/conseleite. (Fonte: Conseleite/PR) 

Legenda oculta na publicidade

As campanhas que foram ao ar neste ano precisaram de um toque final extra. Uma nova lei de acessibilidade, que entrou em vigor no dia 3 de janeiro deste ano, exige que os filmes publicitários transmitidos pelos canais abertos tenham o recurso de legenda oculta, conhecido como "closed caption", capaz de tornar a peça compreensível para os deficientes auditivos. A exigência provocou uma corrida entre os anunciantes para se adaptar e trouxe um novo mercado para produtoras e empresas de "streaming", que distribuem os vídeos às emissoras de TV. Desde 2006, as emissoras de TV estão sujeitas a cumprir normas para tornar seu conteúdo mais acessível. Um cronograma definido pelo governo determina que elas insiram recursos de legenda oculta, audiodescrição e Língua Brasileira de Sinais (Libras) gradativamente. 

Uma lei adicional, promulgada em 2015 e vá- lida a partir deste ano, estendeu a regra ao conteúdo publicitário. Até então, poucos anunciantes inseriam legenda nos seus comerciais. O recurso, em geral, estava nas campanhas do governo, de alguns bancos e poucas marcas, como Havaianas. Agora, as empresas correram para se adaptar. "Antes, tínhamos 10% a 15% dos anunciantes que pediam para colocar legenda no vídeo. Neste ano, se inverteu: 80% dos clientes estão solicitando", disse Fábio Bran catelli, diretor da A+V Zarpa, empresa de distribuição de vídeos. A concorrente Adstream, que distribui 3,5 mil vídeos por mês no País, também sentiu um aquecimento da demanda. Em 2014, a companhia inseria legenda oculta em cerca de 10 filmes por mês. 

Só janeiro, foram 116 inserções, segundo o CEO da Adstream, Celso Vergeiro. A empresa está investindo para montar uma nova estação de trabalho para fazer apenas legenda oculta. O custo estimado dos equipamentos e do treinamento dos operadoras é de cerca de R$ 80 mil. "A receita com a legenda oculta era insignificante para a empresa. Achamos que poderá ser até 30% do nosso faturamento até o fim do ano", disse Vergeiro. Na Adstream, a inserção das legendas custa cerca de R$ 750 por filme. As empresas estão correndo para fechar contratos com grandes anunciantes. Nivea e JBS, por exemplo, já fecharam contratos para inserir legendas. Produtoras e companhias especializadas em comunicação acessível também devem disputar esse mercado. A Steno, que faz tradução simultânea em libras em eventos e adaptação de conteúdo televisivo, como o Jornal Nacional e o Big Brother, da Rede Globo, tenta ganhar clientes. Os anunciantes são favoráveis à adaptação do conteúdo, segundo a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap). Com a medida, as marcas ampliam o canal de comunicação com quase 10 milhões de brasileiros com deficiência auditiva, conforme dados de 2010 do IBGE. (Jornal do Comércio)

Não é o R$ 1,5/litro ao produtor...

Repercutiu bastante o artigo aqui publicado na semana passada ("Setor lácteo projeta aumentos de preços expressivos ao longo de 2016"), com muitos comentários (alguns bastante críticos e outros esperançosos) sobre os patamares de preços ao produtor projetados para 2016, muitas sinalizações de que a atividade de produção de leite está, efetivamente, num momento bastante crítico (seja pela alta de custos ou pelo nível de preços), e muitas observações indicando que indústrias e supermercados têm ficado com a maior parte da remuneração distribuída na cadeia leiteira nacional.

Sem a pretensão de solucionar todos os pontos ou mesmo dirimir todas as aflições do setor, acessamos nosso extenso banco de informações para agregar um pouco mais de tempero na discussão.

Distribuição dos valores ao longo da cadeia láctea
O gráfico 1 atualiza a análise de distribuição dos valores ao longo da cadeia para um mix de derivados lácteos contendo leite UHT, queijos e leite em pó.

Gráfico 1. Distribuição de valores ao longo da cadeia láctea:
 

Dois pontos são bem claros no gráfico:
• Em 2015, o produtor foi o elo que mais perdeu em valor recebido ao longo da cadeia, tendo visto sua participação cair de 38,3% para 36,6%;

•No mesmo ano, indústria e varejo aumentaram, na mesma proporção, a sua participação (+0,8% em 2015).

Analisando um horizonte mais longo (desde 2010), verifica-se, no entanto, que a indústria perde sistematicamente participação na absorção de valor na cadeia (-7,3%), e basicamente esta participação é transferida para o varejo (que ganha, no período, 7,7% do valor total aferido). Nada mais óbvio do que esta transferência da indústria ao varejo - enquanto as 4 maiores redes varejistas do mercado detém 65% do faturamento do setor, as 12 maiores indústrias lácteas compram somente cerca de 38% da produção nacional. É um setor muito pulverizado negociando com um elo cada vez mais concentrado.

Preços ao produtor e competitividade da atividade leiteira
O valor médio Brasil apurado pelo Cepea para os preços brutos do leite pagos em janeiro/2016 (R$ 1,0615/litro) é 14,2% maior que o valor de janeiro de 2015. Numa realidade de inflação oficial de cerca de 10,5%, isto significa que o produtor está "ganhando" da inflação. Correto? Não. A inflação do produtor de leite é bem maior do que o número oficial. Farelo de soja está, em média, 25% mais caro do que em 2015 e o milho aumentou cerca de 50%! O concentrado, que representa 35 a 40% do custo de produção está mais do que 40% mais caro e o cenário de preços para o restante de 2016 não indica melhoria (baixa!) significativa. Além dele temos a variação dos salários (quase 11,5%, por conta do ajuste do salário mínimo), sem falar de energia e insumos dolarizados.

Assim, se o cenário de 2015 foi de insumos estáveis e preços de leite em baixa, 2016 entra com preços de leite mais elevados mais insumos muito mais caros. Em ambos os caso, a oferta (produção de leite) é bastante comprometida.

Até onde vão os preços do leite?
Claramente este ano teremos dois limitadores aos aumentos de preços do leite: 

• Demanda interna: a economia brasileira deve repetir o pífio desempenho de 2015 e o consumo de lácteos tende a seguir patinando. Fortes (acima da inflação) aumentos de preços tendem a não se sustentar na ponta final, ainda que isto não tenha acontecido até este momento;

• Importações: apesar da desvalorização de nossa moeda e das tarifas de importação, hoje o leite importado é bastante competitivo quando comparado ao leite local e o viés do nosso mercado para 2016 é muito mais importador do que exportador.

Como já comentou o nosso amigo e blogueiro Wagner Beskow, são muitas e extremamente complexas as variáveis que influenciam o mercado lácteo brasileiro. Monitorá-las, tentar antecipá-las e entender seu impacto no nosso dia a dia é o nosso grande desafio. (Valter Bertini Galan/Milkpoint)

O bolo a dividir

Crescimento deficiente da economia do país impõe uma readequação planejada dos gastos públicos para preservar avanços na área social Demagogia, oportunismo e mistificações diversas campeiam no debate político em tomo da necessidade de contenção dos gastos públicos, em particular daqueles destinados aos programas sociais. Pela tese mais encontradiça,aponta-se queajustes orçamentários porão em risco - ou propositalmente eliminarão - iniciativas de redistribuição de renda e combate à pobreza. Sem negar que haja sacrifícios pela frente, cumpre refutar tal argumento. O aparato de seguridade e os direitos instituídos pela Constituição de 1988 decerto constituem conquistas civilizatórias e alicerces do período mais pleno dedemocracia no país. Justamente para preservar tais avanços, é imperativo adequá-los aos recursos disponíveis para seu financiamento. 

Despesas com previdência e assistência social, educação, saúde e amparo ao trabalhador consomem hoje, nas três esferas de governo, cerca de19% do PIB - vale dizer, da renda de todos os brasileiros. Esses desembolsos ficavam em tomo de 13% no início da década passada.Como processo inexorável de envelhecimento da população, os encargos passam por uma escalada que se tomará cada vez mais aguda nos próximos anos. A trajetória seria menos alarmante se desfrutássemos de crescimento econômico acelerado, capaz de, simultaneamente, ampliar a arrecadação tributária e reduzir a clientela das ações assistenciais.A realidade, porém, é bem outra. 

As mais recentes estimativas do FMI evidenciam o desempenho insuficiente do pais. Entre 1996 e 2015, o PIB global mais que duplicou, e o dos emergentes quase triplicou; o brasileiro cresceu na casa dos 70%. No ano passado, o PIB per capita nacional caiu de US$ 16,2 mil para US$ 15,7 mil. Evidencia-se nos resultados o peso de uma máquina estatal que absorve em tributos mais de um terço da renda das famílias e empresas; cujo endividamento, elevado e crescente, demanda juros que deprimem os investimentos.  Sem um equacionamento gradual e planejado dos gastos, portanto, a política sodal está fadada a sofrer um ajuste, mais doloroso, imposto pelas leis da escassez - uma disputa caótica por verbas entre escolas, hospitais, aposentados e desempregados. (Folha de São Paulo)

 
 
 

Fundo Tecnológico
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) definiu os focos prioritários na atuação do Fundo Tecnológico ­ BNDES Funtec durante este ano, com orçamento disponível de R$ 100 milhões. De acordo com o banco, o apoio do BNDES Funtec será destinado em especial a projetos ligados à urbanização, segurança alimentar, envelhecimento da população, escassez de recursos naturais e mudanças climáticas. O BNDES Funtec é composto de partes do lucro do banco. São apoiados, com recursos não reembolsáveis, projetos estratégicos de inovação, executados por instituições de ciência e tecnologia (ICTs) em parceria com empresas. As ICTs poderão apresentar propostas em três datas­limite ao longo do ano, sendo que a primeira encerra­se em 29 de abril. (Valor Econômico)
 

 

    

         

Porto Alegre, 16 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.205

 

     Leilão GDT: volume de produtos lácteos vendidos registra forte queda

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (16/02) registrou nova queda, com preços médios de lácteos em US$ 2.235/tonelada, valor 1,8% inferior ao do leilão anterior. O leite em pó integral foi comercializado a US$ 1.890/tonelada, apresentando queda de 3,2%. Com uma redução equivalente a -1,7%, o leite em pó desnatado chegou a US$ 1.762/tonelada. O queijo cheddar foi quem registrou a maior baixa (-9,7% sobre o último leilão), chegando a US$ 2.535/tonelada.

Foram vendidas 22.021 toneladas de produtos lácteos neste leilão, volume cerca de 33,6% inferior ao mesmo período do ano passado. Com projeção de preço para julho de US$ 1.911/tonelada, os contratos futuros de leite em pó integral demonstram que o mercado não espera reações expressivas nos preços de lácteos, pelo menos até agosto de 2016 (último contrato disponível, que fechou pouco acima de US$ 2.000/ton). Com o volume de compras da China sem apresentar reação, o embargo russo aos lácteos de diversos países e os baixos preços de petróleo, não há no curto/médio prazo nenhum driver de demanda apontando para uma recuperação de preços de lácteos. (Fonte: Global Dairy Trade/Milkpoint) 
 
 
  
Conseleite/MS 

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 12 de fevereiro de 2016, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de janeiro de 2016 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de fevereiro de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)

 

Embalagem econômica cresce durante a crise

A crise mudou a preferência do brasileiro na hora de comprar produtos do dia a dia, como alimentos industrializados e itens de higiene e limpeza. Embalagens menores e maiores, conhecidas como econô- micas, caíram no gosto do consumidor, enquanto as intermediárias perderam participação nas vendas. Uma pesquisa feita pela consultoria Nielsen mostra que, nas 20 categorias mais importantes em faturamento nos supermercados, como cerveja, refrigerante, industrializados de carne, leite, achocolatado, entre outras, aumentou em 60% a importância da embalagem econômica nas vendas. A embalagem econômica é aquela que é maior, na qual o consumidor desembolsa mais em um primeiro momento, mas o produto sai por um valor unitário menor. 

Na outra ponta, para essas mesmas categorias de produtos, também cresceu em 40% a importância da embalagem menor nas vendas. Nessa versão, o consumidor gasta menos, levando para casa uma quantidade reduzida de produtos. Por meio de um painel eletrônico ligado a 4,5 mil supermercados no País, a consultoria acompanha as vendas de 240 itens. O iogurte em embalagens de até 360 gramas, por exemplo, que representava 3% das vendas em volume em 2014, ampliou sua participação para 5,4% no ano passado. No mesmo período, a fatia das embalagens maiores, com mais de um quilo, passou de 4,3% para 5,8%. Já os potes intermediários, com 361 gramas a um quilo, perderam quase dois pontos e meio de participação nas vendas, de 66,3% para 63,9%, apesar de representarem ainda a maior fatia. O crescimento de participação de vendas de embalagens pequenas e grandes e a perda da fatia das intermediárias se repetiu no ano passado em relação ao anterior para sucos prontos para beber, água mineral, amaciante de roupas, biscoitos, entre outros itens, aponta a pesquisa. "A crise acelerou o efeito 'ampulheta' no consumo", observa o analista de mercado da consultoria, Jonathas Rosa. Pela primeira vez, foi identificado esse movimento nas vendas no início do ano passado e, de lá para cá, a tendência ganhou força. 

A polarização das vendas de uma mesma categoria de produto foi batizada pelos especialistas de efeito "ampulheta" porque o crescimento ocorre nos extremos e os tamanhos intermediários perdem participação. "Observamos o mesmo comportamento das embalagens se repetindo nas marcas", diz o consultor. A participação nas vendas das marcas de preço menor e maior é crescente dentro de uma mesma categoria de produto. Segundo ele, esse movimento pode estar ligado à crise. "As classes sociais que sofrem menor impacto continuam comprando os produtos mais caros, enquanto a grande maioria dos brasileiros busca marcas mais baratas." (Jornal do Comércio)

Leite/AR

A Confederação das Associações Rurais de Buenos Aires (CARBAP) declarou sua preocupação com a crise que atravessa o produtor de leite. Tem uns 60 dias, que a Confederação, em virtude da grave crise que atravessa o setor lácteo, pediu um plano de emergência - que atuasse como ponte até a reativação setorial - com medidas contempladas no anúncio feito pelo Presidente da Nação, Mauricio Macri, em Venado Tuerto.

"Mas a cadeia comercial não está entendendo a inusitada e grave crise do setor", sustentou o presidente da CARBAP, Horacio Salaverri. "Não estamos falando de parafusos, estamos falando de leite, produto essencial para a nutrição humana e insubstituível na primeira infância", salientou Salaverri. "Se não alterar o atual sistema de pagamentos, a crise será muito mais profunda, e haverá encerramento diário da atividade. Historicamente o produtor recebia um terço do preço do leite ao consumidor, e hoje não chega a ser 20%" calculou Salaverri, acrescentando que "a cadeia de valor que chega a 14,00 pesos, dentro da porteira o valor é 4,15 como estudo feito pelo INTA". "O Governo realizou um grande esforço compensando com 0,40 centavos, mas, falta liberar linhas de créditos com taxas acessíveis" lembrou Salaverri. Nós da CABAP entendemos que todos os elos da cadeia devem se reunir para encontrar uma solução rápida e eficaz para que a atividade leiteira do nosso país seja mantida e encerre a angustiante situação em que se encontra os produtores de leite. (ON24 - Tradução livre: Terra Viva)

Rússia x Uruguai 

O ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP), Tabaré Aguerre, informou a El Observador que durante sua visita a Moscou, de onde retornou ontem a Montevidéu, manteve contatos para "incrementar o comércio de lácteos" com a Rússia.

O ministro Aguerre revelou que "existe um espaço para os queijos duros e semiduros" nesse mercado, acrescentando que "existe interesse de um importador para realizar negócios com o apoio de um banco de São Petersburgo". "É preciso tentar", disse Aguerre. "Agora compete ao Instituto Nacional do Leite (Inale), e à Conaprole e outras indústrias, capitalizar esse interesse" em um momento em que "o mundo dos lácteos está muito difícil". Em 2015 a Rússia foi o principal destino da manteiga uruguaia - 55% da produção - seguida pelos queijos. Desta forma, o Uruguai se converteu no segundo fornecedores de manteiga para a Rússia, atrás da Bielorrússia. A Rússia ficou com aproximadamente 7% das exportações de lácteos do Uruguai em 2015. Com as dificuldades que padecem a Venezuela - o principal destino - e o Brasil em suas economias, a intenção do ministro Aguerre em sua visita desta semana à Rússia foi abrir novas oportunidades nos mercados para os lácteos, como já fez com Cuba e México para ampliar o comércio. A possibilidade de incrementar o comércio de lácteos com a Rússia foi incluído no memorando firmado entre Aguerre com o vice-ministro de Agricultura russo, Serguéi Levin. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)
 

Renda per capita
O Brasil tem empobrecido em comparação à média de seus pares. Segundo estimativa do FMI, a renda per capita do brasileiro (medida em paridade do poder de compra) recuou de US$ 16,2 mil, em 2014, para US$ 15,7 mil, em 2015, o equivalente a 90% do rendimento médio dos 24 países considerados emergentes pela instituição. Esse é o menor patamar registrado desde o início da série histórica do Fundo, em 1980. A paridade do poder de compra é uma medida usada em comparações internacionais, por refletir melhor o custo de vida dos países. Mensurado dessa forma, o poder de compra do brasileiro esteve por muitos anos acima da média dos emergentes. Desde meados da década passada --com o forte avanço da renda em nações como China e Índia-- a situação do Brasil em relação ao grupo passou a ser de equiparação. Mas, com a forte desaceleração da economia brasileira nos últimos anos, o país tem sido deixado para trás. O FMI espera que, em 2020, a renda per capita do Brasil (em PPC) atinja US$ 18 mil, o que representará pouco mais de 80% da média dos emergentes (US$ 21,6 mil), se a projeção se confirmar. (Folha de São Paulo)

 

         

Porto Alegre, 15 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.204

 

     Expodireto é lançada com otimismo

O governador José Ivo Sartori e o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, lançaram, durante concorrido almoço nesta segunda-feira (15/2), a 17ª Expodireto Cotrijal, uma das maiores feiras do agronegócio brasileiro. Com a presença de autoridades e das mais importantes lideranças do agronegócio gaúcho, Sartori destacou a força do setor e a relevância de iniciativas como esta que, como diz o slogan da feira, são "negócios que inspirem o amanhã". O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, representou a indústria laticinista na solenidade, realizada no Galpão Crioulo do Palácio Piratini. O Sindilat participará da Expodireto deste ano por meio do 12º Fórum Estadual do Leite, que será realizado no dia 9 de março, no Auditório Central. Um dos paineis de destaque deve ser o que trata da "Evolução da Produção e Produtividade do Rebanho e os Impactos na Composição do Leite", que terá mediação do sindicato. "O Sindilat estará da Expodireto e, em especial, no Fórum do Leite, que é um momento para debater tendência e encarar nossos desafios de frente", pontuou Guerra.

A Expodireto será realizada de 7 a 11 de março, em Não-Me-Toque (RS), e espera movimentar valores próximos aos R$ 2,18 bilhões em negócios encaminhados em 2015. Para isso, a expectativa é contar com mais de 500 expositores, grupo que reunirá as mais importantes indústrias do setor de máquinas e implementos, lembrou Mânica. Segundo ele, várias empresas que se viram obrigadas a escolher apenas uma exposição para participar no primeiro semestre em função da crise optaram pela Expodireto. Segundo o dirigente, a tecnologia e a inovação se mantêm como pilares da mostra, que, no ano passado, recebeu mais de 230 mil visitantes. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Dudu Leal/Fiergs
 
  
Consulta pública sobre normas para pequenas agroindústrias de leite vai até 5ª-feira (18)
Termina nesta quinta-feira (18) o prazo para envio de sugestões ou comentários à proposta que altera normas de procedimentos, instalações e equipamentos exigidas de pequenas agroindústrias de leite e derivados. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai adequar a legislação atual para dar segurança jurídica aos pequenos agricultores e, ao mesmo tempo, garantir a inocuidade dos produtos lácteos.

O Mapa editou uma proposta de Instrução Normativa (IN) para estabelecer os requisitos de equivalência ao Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) relativos a estrutura física, dependências e equipamentos desses estabelecimentos. O principal objetivo é reduzir cobranças incompatíveis com o tamanho da atividade das pequenas agroindústrias de leite e derivados. Hoje, grande parte desses agricultores desenvolve suas atividades informalmente porque as regras levam em conta apenas a realidade das agroindústrias de maior porte.

Em portaria publicada em 21 de dezembro de 2016, o Mapa estabeleceu 60 dias para consulta pública sobre a IN, prazo durante o qual pessoas, órgãos e entidades interessadas podem enviar sugestões ou comentários. Ao fim do período, a proposta do ministério poderá ser alterada de acordo com as necessidades apontadas pela sociedade.

Requisitos
A proposta do Mapa - que ainda poderá ser alterada após a consulta pública - define como pequena agroindústria de leite e derivados aquela que recebe no máximo 2 mil litros de leite por dia para processamento e tem área útil construída não superior 250 metros quadrados. Além disso, deve pertencer a agricultores familiares ou a produtores rurais e ser destinada exclusivamente ao processamento de produtos de origem animal.

O texto da IN não abre mão rigor sanitário com os produtos e determina que os estabelecimentos tenham condições higiênico-sanitárias compatíveis com trabalhos de inspeção sanitária, manipulação de matérias-primas, elaboração de produtos e subprodutos e higienização. Traz ainda, de forma detalhada, exigências em relação às características físicas, condições de temperatura e ventilação e material a ser utilizado em paredes, tetos e pisos.

Ao mesmo tempo, flexibiliza algumas normas ao acabar, por exemplo, com a obrigatoriedade de câmaras frias e de laboratórios em alguns estabelecimentos e com a exigência de altura mínima do pé direito das instalações. (As informações são do Mapa)

 

Cotrijal lança programa de insumos para atividade leiteira

Os produtores da Cotrijal têm programa exclusivo para adquirir insumos, com condições diferenciadas de pagamento, para garantir uma pastagem de inverno de alto valor nutricional e excelente produção de massa.

O ano começou cheio de novidades para os produtores de leite da área de ação da cooperativa. Em uma ação inovadora, a Unidade de Produção Animal antecipou o Programa de Insumos para a Atividade Leiteira, que visa a formação das pastagens de inverno. O lançamento oficial do programa aconteceu na quarta-feira (10.02), para gerentes, profissionais dos departamentos técnico e veterinário e auxiliares administrativos que fazem o atendimento aos produtores.

A campanha estende-se até o dia 22 de março. Até lá, uma série de palestras será realizada nas unidades para divulgar a campanha e fornecer material informativo aos produtores sobre os produtos disponibilizados, as condições de pagamento e os resultados obtidos com cada cultivar na Área Experimental da cooperativa.

Segundo o superintendente de Produção Agropecuária da Cotrijal, Gelson Melo de Lima, este é o segundo ano em que a cooperativa testa todos os produtos que estão sendo indicados aos produtores, o que dá uma garantia maior sobre os resultados. "Tomamos o cuidado de indicar apenas aqueles materiais que mostraram no nosso campo experimental o melhor resultado em produção de massa e oferecem alto valor nutricional", informou.

O superintendente Comercial, Jairo Marcos Kohlrausch, disse que a campanha visa auxiliar o produtor a investir em um alimento de qualidade e garantir melhor rentabilidade ao negócio. "Ajudar o produtor para que sobre dinheiro no seu bolso com a produção de leite é a nossa missão com esta campanha", afirmou.

TESTADOS E APROVADOS
O produtor pode ficar tranquilo ao escolher o tipo de pastagem que destinará para o seu rebanho no inverno. Um trabalho em conjunto entre as Unidades Produção Animal e Vegetal levou para campo 14 materiais com opções de aveia, centeio, trigo e seis cultivares de azevém. O ensaio na Área Experimental da Cooperativa teve duração de oito meses, gerando dados e informações que sustentarão as recomendações de plantio, planejamento forrageiro e manejo de pastagens para alto rendimento em leite para o inverno deste ano.

O QUE É O PROGRAMA
No Programa de Insumos para a Atividade Leiteira a cooperativa disponibiliza aos seus produtores a aquisição de fertilizantes, defensivos e sementes com condições especiais pagamento. O objetivo é auxiliar os produtores que trabalham com a cooperativa a oferecer uma pastagem ou silagem de qualidade para os animais, de forma a garantir alta produtividade e a viabilidade da atividade leiteira. Mais informações podem ser obtidas junto aos departamentos Veterinário ou Agronômico das unidades.

CRONOGRAMA DE PALESTRAS - Já estão agendadas palestra nas seguintes unidades:
17/2 - Igrejinha (à noite)
18/2 - Almirante Tamandaré do Sul (pela manhã)
18/2 - Victor Graeff (à noite)
22/2 - Xadrez (pela manhã)
22/2 - Tio Hugo (à noite)
23/2 - Colorado (pela manhã)
25/2 - Saldanha Marinho (à noite)
26/2 - Vista Alegre (pela manhã). (Fonte: Agrolink com informações de assessoria)

Proposta de mínimo regional frustra sindicatos e empresários

A proposta de reajuste do salário mínimo regional deste ano, enviada pelo governo do Estado à Assembleia ontem, desagradou tanto a entidades que representam os trabalhadores quanto a empresários. Depois de muita discussão, o Palácio Piratini defende aumento de 9,612%, que ainda precisa ser aprovado para entrar em vigor.

O reajuste leva em conta a variação do rendimento médio dos trabalhadores do setor privado nacional, apurado pelo IBGE por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios entre o terceiro trimestre de 2014 e igual período de 2015. O mínimo regional tem cinco faixas salariais, que atualmente variam de R$ 1.006,88 a R$ 1.276, conforme o segmento profissional. Com o reajuste, ficariam entre R$ 1.103,66 e R$ 1.398,65.

O projeto foi protocolado com regime de tramitação normal, mas a tendência é de que o governo tente acordo para garantir a votação nas próximas semanas. Se aprovado, os novos valores entrarão em vigor a partir da data de publicação da lei, com efeito retroativo a 1º de fevereiro.

Na opinião do presidente da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado (Fecomércio-RS), Luiz Carlos Bohn, se a proposta receber aprovação do parlamento, a principal consequência será "uma menor absorção de trabalhadores no mercado". Na Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), o tom também foi de críticas. A entidade defende a extinção do reajuste.

- A dinâmica industrial gaúcha não está diferente do país e apresenta quedas sucessivas neste que já é o maior ciclo recessivo do setor - alertou o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.

Entre os sindicatos ligados aos trabalhadores, a tônica também foi de insatisfação, mas por motivos diferentes. Em nota, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS) afirmou que o índice escolhido é "bem inferior à inflação do período, de 11,38%" e que o governo cedeu à "pressão patronal, que historicamente defende o fim do mínimo regional". O índice também é abaixo do aumento do mínimo nacional, de 11,68%.

Segundo o presidente da CTB- RS, Guiomar Vidor, não se justifica reajuste inferior à inflação, porque empresários e governo já teriam repassado esses índices a produtos, serviços e impostos. Conforme a CTB, as centrais sindicais articulam emenda ao projeto para garantir pelo menos 11,38%.

A Centra Única dos Trabalhadores do Estado (CUT-RS) informou ter recebido com "enorme frustração" o projeto, já que a reivindicação das centrais sindicais era de 11,68% - mesmo percentual concedido ao salário mínimo nacional em janeiro. (Zero Hora)

 
 

Agronegócio/RS 
Em declínio e com perspectiva de se manter em queda neste ano, o preço das commodities tem reduzido os resultados da exportação do agronegócio, setor que embora continua crescendo em volume exportado no Brasil, tem obtido menores resultados financeiros por conta dos valores negociados no mercado internacional. Os apontamentos são da Fundação de Economia e Estatística (FEE), que, dia 11/02, apresentou os Indicadores Econômicos do Agronegócio, com dados relativos ao emprego formal e às exportações do agronegócio do Brasil e do Rio Grande do Sul. Segundo o levantamento, as exportações gaúchas do agronegócio totalizam US$ 11,6 bilhões, retração de -6,1% na comparação com 2014. A presença do agronegócio nas exportações gaúchas, no entanto, está longe de perder a importância: representa 66,6% do total exportado pelo Estado em 2015. O volume das exportações também cresceu quando comparado ao ano anterior, com alta de 27,6%. (Jornal do Comércio)
 

 

    

         

Porto Alegre, 12 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.203

 

     Balança comercial de lácteos: desde outubro, exportações de leite em pó caíram quase 80%

A balança comercial de lácteos teve um déficit de 5.688 toneladas em janeiro, déficit 15,4% menor que o apresentado no mês anterior. Em valores, o déficit da balança de lácteos registrou queda de 5,5% com relação a dezembro, mas continua com saldo negativo de US$ 11,4 milhões.

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto.

Fonte: MDIC

As exportações apresentaram redução, tanto em volume quanto em valor. Em janeiro, foram exportados US$9,8 milhões de dólares de produtos lácteos, uma redução de 43,2% frente a dezembro. 

O maior volume das exportações continua a ser de leite em pó integral. No entanto, os embarques diminuíram expressivamente: em outubro, o volume de exportação de leite em pó integral havia sido de 5.800 toneladas, já em janeiro pouco mais de 1.200 toneladas foram exportadas, uma queda de quase 80%.

As importações também tiveram queda, de 28% em volume. Os produtos que tiveram maior retração no volume importado foram o leite em pó integral (-46,4%) e o leite em pó desnatado (-42,9%). Os principais fornecedores de leite em pó (tanto integral quanto desnatado) foram a Argentina (54,5%) e os Estados Unidos (23,25%). (A matéria é da equipe MilkPoint, a partir de dados do MDIC)
 
  
Ação e reação na troca da superintendência

Para uma ação inesperada ainda que não improvável, haverá reação de igual proporção. A troca não esclarecida do superintendente do Ministério da Agricultura levará fiscais federais agropecuários a cruzarem os braços hoje no Estado. Pelo menos essa é a orientação da delegacia sindical do Rio Grande do Sul do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa) para todas as atividades desempenhadas pela categoria.

O desconforto em torno da troca vem de alguns fatores. O primeiro: depois de anos de indicação política, o Ministério da Agricultura havia atendido à reivindicação para nomear um funcionário de carreira. Roberto Schroeder é médico veterinário e está há 12 anos no quadro. Sua colocação foi importante em um momento delicado - o antigo superintendente, Francisco Signor, foi afastado em maio de 2015, em meio a investigações da Polícia Federal sobre irregularidades.

Outro incômodo é que não há reclamação formal sobre o trabalho de Schroeder. O Ministério da Agricultura informou, por meio da assessoria, que ainda não tem posicionamento sobre o assunto.

Por fim, a volta da indicação política também desapontou. O novo superintendente, Luciano Maronezi, tem o endosso da ala do PTB que apoia o governo Dilma. E ainda que tenha formação na área - é técnico agropecuário, com curso superior em Administração e em Gestão e Planejamento no Desenvolvimento Rural -, seu nome era, até então, desconhecido no setor. De Nova Alvorada, no norte do Estado, ele precisará vencer a desconfiança para desatar o nó criado com a mudança. (Zero Hora)

 

Laticínios ficam mais caros e pressionam inflação pelo IPC-S

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou para 1,8% na primeira semana de fevereiro, puxado pelo aumento dos preços de laticínios, segundo informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (11).

Nesta apuração, quatro das oito classes de despesa apresentaram variação superior da última semana de janeiro para a primeira de fevereiro. A maior contribuição partiu do grupo alimentação, cuja alta passou de 2,25% para 2,45%. Em transportes, a taxa passou de 2,08% para 2,25%; em saúde e cuidados pessoais, de 0,59% para 0,65%; e vestuário, de 0,19% para 0,40%. Na contramão, desaceleraram os índices referentes a educação, leitura e recreação (de 5,08% para 4,23%); habitação (de 1,21% para 1,11%); despesas diversas, de 1,64% para 1,60%; e comunicação, de 0,72% para 0,69%.
Entre as sete capitais pesquisadas pela FGV, a que apresentou a maior variação foi Salvador, cuja taxa subiu de 2,06% para 2,13%. Na sequência, estão Recife (de 1,76% para 2,08%); Rio de Janeiro (de 2,02% para 1,89%); Brasília (de 1,55% para 1,83%); Belo Horizonte (de 1,84% para 1,82%); Porto Alegre (de 1,66% para 1,67%) e São Paulo (de 1,64% para 1,59%).

Veja a variação de alguns itens:
•    Cursos formais (de 10,31% para 7,76%)
•    Tarifa de eletricidade residencial (de 2,69% para 1,71%)
•    Tarifa postal (de 4,06% para 1,83%)
•    Mensalidade para TV por assinatura (de 2,08% para 1,94%)
•    Laticínios (de 0,16% para 0,36%)
•    Tarifa de táxi (de -2,02% para 0,16%)
•    Artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,16% para 0,08%)
•    Roupas (de 0,11% para 0,30%). (Fonte: G1)

Fonterra introduz novo plano de pagamento por leite orgânico

A cooperativa neozelandesa Fonterra está introduzindo um preço independente para o leite orgânico. A partir de junho de 2016, os pagamentos pelo leite refletirão o desempenho dos negócios de orgânicos. Os produtores atualmente recebem um preço premium fixo por seu leite orgânico (Farmgate Milk Price) junto com o preço convencional pelo leite. Os produtores de leite orgânico podem escolher mudar para o novo sistema de pagamento ou ficar no atual.

Durante a reunião com os produtores orgânicos, Craig Deadman, gerente global de negócios da Fonterra, na área de orgânicos, disse aos produtores que pagar preços relacionados ao mercado pelo leite orgânico mostra um reconhecimento do melhor desempenho do setor, o que reflete uma maior demanda e preços estáveis para os produtos lácteos orgânicos globalmente. "Os produtos lácteos orgânicos fornecem retornos de alto valor para a cooperativa. Queremos aumentar nossa divisão de orgânicos ao longo do tempo. Relacionar o preço do leite orgânico ao retorno no mercado de orgânicos nos ajudará a aumentar o número de produtores".

Ele disse também que, historicamente, os preços de mercado para os produtos lácteos orgânicos têm se mantido menos voláteis do que os preços dos produtos convencionais e o preço do leite orgânico tem potencial para fornecer aos produtores mais certezas em operar seus negócios.

Deadman disse que a Fonterra tomou uma série de medidas recentes para melhorar a atratividade da produção orgânica para os produtores atuais e os que chegarão. "Uma iniciativa recente é o estabelecimento do Grupo Conselheiro de Produtores Orgânicos, um grupo representativo que fornece um canal adicional de feedback entre os produtores rurais e a Fonterra. Eles também têm fornecido um feedback sobre o novo sistema de preços dos orgânicos". (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Sem acordo sobre corte de produção, o preço do petróleo brent, referência no mercado, continua derretendo e está próximo de voltar à casa dos US$ 20. Ontem caiu para US$ 30,06. Em uma semana a queda acumulada é de 12%. (Zero Hora)
 

 

    

 

         

Porto Alegre, 11 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.202

 

  Sindilat debate sugestões para regulamentação da Lei do Leite

Laticínios associados ao Sindilat reuniram-se na tarde desta quinta-feira (11/02) com representares da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) para apresentar as primeiras sugestões à regulamentação da Lei 14.835, de 6 de janeiro de 2016, a chamada Lei do Leite. "O objetivo desse encontro foi debater a regulamentação para que a lei contribua na garantia de qualidade da matéria-prima processada pelas indústrias", destacou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

Um dos pontos em debate foi a importância de a Secretaria da Agricultura manter um Cadastro de Produtores atualizado sobre a situação sanitária das propriedades, e que ele esteja disponível às empresas. "É uma ferramenta para que a indústria possa ter a informação sobre o status dos rebanhos. Afinal, as empresas serão responsabilizadas pelo leite captado", pontuou Guerra.  O assessor técnico da Seapi Fernando Groff explicou que uma das ideias é fornecer acesso às empresas ao sistema da Seapi via internet para consultar a situação sanitária dos produtores. 

Na ocasião, as indústrias ainda debateram a importância de viabilizar o transvase de leite de maneia segura no Rio Grande do Sul, como prevê o artigo 16. O processo, que consiste no transporte de dois tanques por um único caminhão, reduz custos e otimiza a coleta, mas ainda tem uso restrito. O Sindilat comprometeu-se a realizar pesquisa sobre o tema. "O sindicato fará um estudo junto a instituições competentes e levará à análise da Seapi. Não deveremos ter tempo para fazer isso na regulamentação da Lei do Leite, mas na sequência", frisou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. A hipótese é trabalhar o tema em um novo decreto. 

As indústrias ainda sugeriram que o governo desenvolva uma ferramenta que busque os dados mensais de captação de leite de forma automática, usando o sistema fiscal das notas emitidas pelas empresas na aquisição de leite dos produtores. "Se essas informações forem captadas evita-nos muito retrabalho e nos traz agilidade", completou Guerra. 

Também foi debatida a vinculação entre os laticínios e os transportadores. Os técnicos da Seapi explicaram que o vínculo previsto no artigo 9º da Lei do Leite refere-se a uma relação contratual entre produtor, indústria e transportador, o que não, necessariamente, se traduz em uma relação formal de trabalho. A Seapi ainda informou que deve definir, via Instrução Normativa (IN), a carga horária e o modelo de capacitação de treinamento a ser ministrado aos transportadores cadastrados no sistema. 

Outro ponto importante é que o processo de identificação e fiscalização dos veículos que carregam o leite seja voltado aos tanques e não aos caminhões, uma vez que são eles que carregam o produto e precisam de regras específicas.

Os debates do Sindilat sobre a Regulamentação da Lei do Leite devem seguir nas próximas semanas. Novos apontamentos serão repassados à Seapi na sequência. A Lei do Leite tem 90 dias para ser regulamentada a contar de 6 de janeiro de 2016, podendo ter mais 180 dias para entrar em vigor. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Na foto: Reunião de laticínios com Seapi no Sindilat
Crédito: Carolina Jardine 
 
  
   
RS é o quarto em ranking de despesas com pessoal
A crise nas finanças públicas do Rio Grande do Sul faz parte do cotidiano da população, mas ganha nova dimensão quando comparada com a situação de outros Estados. Levantamento do jornal Folha de S.Paulo mostra que o RS está entre as quatro unidades da federação com os maiores índices de gastos com pessoal em relação à receita corrente líquida.

Conforme informado pela colunista de ZH Rosane de Oliveira no dia 2, o RS ultrapassou a barreira dos 49% da receita permitidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para as despesas com pessoal e está tecnicamente impedido de ampliar seus quadros. O ano fechou em 49,18%. Agora, se sabe que apenas três Estados estão em situação pior: Rio Grande do Norte, Tocantins e Mato Grosso.

Vigente desde 2000, a LRF estabelece três limites: alerta (44,1%), prudencial (46,55%) e principal (49%). O sinal vermelho se acendeu no RS porque houve uma combinação de queda de receita com aumento das despesas com a folha de pagamento, consequência do crescimento vegetativo e da entrada em vigor de reajustes aprovados no governo Tarso Genro para pagamento até 2018. Aliado a isso, no RS o atraso no pagamento mensal da dívida com a União virou rotina - 227% superior à receita corrente líquida, pior índice em oito anos.

O levantamento da Folha de S.Paulo mostra que a crise econômica e os desajustes nos orçamentos fizeram os Estados arrecadarem no ano passado quase R$ 30 bilhões a menos do que o esperado e avançar sobre limites de gastos impostos pela LRF.

Pelo país, as perspectivas para o ano são de mais atrasos em pagamentos e nos salários de servidores. O levantamento aponta que a maioria dos governos obteve menos receitas com tributos e com transferências federais do que o previsto um ano atrás.

Problemas financeiros também levaram a maioria dos governadores a piorar o comprometimento das finanças com pessoal em 2015. Vinte deles ultrapassaram limites estabelecidos pela norma ao longo do ano.

Em São Paulo, o grau de endividamento pulou de 148% da receita corrente líquida em 2014 para 168%. Em relação ao mesmo ano, apenas três Estados conseguiram ampliar a arrecadação de tributos, em valores corrigidos pela inflação. Um deles foi o Paraná, primeiro a articular um pacote de aumento de impostos neste mandato.

Os demais são o Pará e o Maranhão. Esse último diz ter revisto benefícios fiscais concedidos em mandatos anteriores. A Paraíba não disponibilizou os dados.

O maior desfalque ocorreu no Rio de Janeiro, que esperava arrecadar com impostos e taxas R$ 43,4 bilhões, mas, com as dificuldades do setor do petróleo, só conseguiu R$ 29,1 bilhões.

Nos Estados, os quase R$ 30 bilhões a menos arrecadados representam queda de 7% em relação ao esperado. Nem o tarifaço, que elevou há um ano os preços da energia elétrica e dos combustíveis, evitou a queda.

O secretário da Fazenda de Santa Catarina, Antônio Gavazzoni, diz que o fenômeno é culpa "exclusivamente" da situação da economia nacional. Em SC, a arrecadação ficou quase R$ 800 milhões abaixo da esperada em 2015 - obteve 94% do previsto.

FIM DE PERÍODO DE EXUBERÂNCIA ECONÔMICA
A LRF prevê uma série de restrições a quem ultrapassa os limites de comprometimento de receita. No caso dos gastos com pessoal, o Estado fica impedido de fazer contratações. Se não houver uma melhora nas contas em oito meses, as transferências federais podem ser cortadas. Novos empréstimos também são barrados e as contas do Executivo podem ser rejeitadas, o que provoca a inelegibilidade do governador.

O presidente da Associação Nacional do Ministério Público de Contas, Diogo Ringenberg, diz que a piora nos índices reflete o fim de um período de "exuberância econômica", em que os Estados se comprometeram descontroladamente com gastos.

- A mudança do viés mão aberta para o mão fechada é muito lenta e há resistências gigantescas a ela - disse.

Governos ouvidos pela reportagem afirmam que a previsão de arrecadação para 2015 foi feita quando a situação da economia não estava tão deteriorada. (Zero Hora)
 

Governo quer idade mínima na aposentadoria em 2026 

O contingenciamento ao Orçamento de 2016, cujo decreto será divulgado amanhã, deve ficar abaixo de R$ 20 bilhões. Na próxima semana, o governo pretende anunciar uma série de outras medidas fiscais, entre elas o alongamento do prazo de vencimento das dívidas dos Estados com a União, uma proposta de reforma da Previdência e uma "reforma fiscal" que implicará na criação de uma banda de flutuação para o resultado primário das contas públicas. 

Ao contrário de anos anteriores, quando os cortes chegaram a R$ 70 bilhões, a redução de despesas será bem menor porque a área econômica alega que o Orçamento de 2016 já está bastante enxuto e realista. Também ficará clara no decreto a enorme dificuldade do governo em cumprir a meta de superávit primário de 0,5% do PIB fixada para este ano. A proposta de reforma da Previdência está recebendo os últimos ajustes. Uma mudança substancial foi discutida ontem: a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres deve entrar em vigor após 2026, quando encerra a vigência da regra atual. 

A intenção do governo é fixar prazo de até 20 anos para igualar as regras de aposentadoria de trabalhadores urbanos e rurais. O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, vai apresentar a proposta na reunião do Fórum da Previdência, no dia 17, para abrir a discussão antes de enviá¬la ao Congresso Nacional. No curto prazo, o governo vai alongar, por mais 15 a 20 anos, o prazo para pagamento das dívidas dos Estados. Esta foi a forma encontrada para socorrer os governadores, que estão em grandes dificuldades financeiras. A renegociação anterior, fechada em 1997, tinha prazo de 30 anos. 

O alongamento deve ter como contrapartida um aperto maior nos gastos com pessoal e a implementação da previdência complementar. Com as medidas, Barbosa quer recuperar a credibilidade da política fiscal, arranhada pelos anos de "contabilidade criativa" e "pedaladas". A flutuação do resultado primário deverá ser institucionalizada por projeto de lei. A ideia é que a meta fiscal varie para baixo quando as receitas frustrarem as expectativas. (Valor Econômico)

 
Câmbio deve manter competitividade de exportações, diz Cepea

Em termos de preços, no entanto, não se sabe se ainda há espaço para mais quedas, "uma vez que muitos produtos tiveram reduções bastante significativas em seus preços em dólar em 2015", diz a instituição.

Para os analistas do Cepea, o desempenho efetivo do setor vai depender das condições de oferta mundial, do poder aquisitivo de importantes demandantes e da intensidade dos eventos climáticos adversos, que podem comprometer parte da produção agropecuária ao longo do ano.

Cálculos do Cepea mostram que, no acumulado de 2015, o volume exportado pelo agronegócio brasileiro cresceu 15,9%, e os preços em dólares recebidos pelos exportadores do setor retraíram-se em mais de 18%, em relação ao registrado em 2014.
Nesse mesmo comparativo, com volume em alta e preços externos (em dólar) em queda, o faturamento em dólar do setor recuou quase 9%, para US$ 89 bilhões. Em reais, contudo, o faturamento cresceu 14%. A maioria dos produtos teve alta de preços internalizados em reais, como é o caso da carne bovina (11,93%), café (11,65%), frutas (10,82%), suco de laranja (9,52%), milho (8,21%) e carne de aves (3,12%). Para outros, a desvalorização do câmbio não foi suficiente para compensar toda a queda do preço externo. Como consequência, houve redução da atratividade das exportações de carne suína (11,92%), etanol (10,47%), soja em grão (7,47%), farelo de soja (5,50%), óleo de soja (1,63%) e açúcar (1%).

Além da China, que continua sendo o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, outro parceiro importante do Brasil foi o continente europeu. Os países da Zona do Euro compraram 18,3% das vendas totais do agronegócio brasileiro em 2015. (Fonte: Exame)

 

 

Clima 
As temperaturas mais amenas e a maior quantidade de chuva registradas nos últimos três meses contribuem para a produção de leite nas principais bacias do país. Estudos do Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite da Embrapa mostram que o produtor tem encontrado condições de tempo melhores para a atividade em comparação com o ano passado.
Fonte: Mapa 
 

 

    

         

Porto Alegre, 10 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.201

 

  Câmara Regional debate qualidade do leite

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, participou na manhã de quinta-feira (04/02) de reunião da Câmara Setorial Regional do Leite com representantes de entidades ligadas à cadeia produtiva, no escritório regional da Emater-RS/Ascar de Frederico Westphalen. Na ocasião, lideranças discutiram formas de melhorar a produtividade e a qualidade do leite. 

No encontro, foi apresentado o Programa Gera do Ministério da Integração Social (MI), coordenado pelo campus da Universidade Federal de Santa Maria de Frederico Westphalen. O projeto tem como objetivo promover o desenvolvimento do padrão de qualidade do leite, e a expectativa é atingir 11 mil famílias de 14 municípios do Rio Grande do Sul, além de 10 de Santa Catarina.Também participaram do encontrovrepresentantes da Emater-RS/Ascar, da universidade, do Sindilat, Fetag, Secretaria Estadual da Agricultura, Cootrifeda, e da Coopac. 

Ficou acertado que no encontro do mês de abril haverá a participação de técnicos da Embrapa, do Ministério da Agricultura e da Secretaria da Agricultura para uma discussão técnica com a equipe da Emater para tratar sobre a IN 62 e a Lei do Leite. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
  
   
Conforto térmico: pecuaristas cuidam para que gado sinta menos calor

Nem os animais aguentam o sol no Noroeste de São Paulo. As vaquinhas vão logo se amontoando onde há uma sombra. Quem tem gado leiteiro sabe que o calor forte estressa o rebanho e até prejudica a produção. Foi pensando no conforto e no bem estar das vacas holandesas que os donos de um sítio em Potirendaba (SP) e contaram como investiram no confinamento refrigerado. As vaquinhas são levadas para um barracão, duas vezes ao dia. A aspersão de água é forte e deixa o ambiente refrescante. Lúcio César Ferrari Júnior diz que os animais adoram e ficam no local cerca de meia hora, em dois períodos. Depois, os animais vão para uma área de descanso. A área foi preparada para receber o plantel a qualquer hora. A temperatura é agradável e o chão fica coberto com serragem, que é trocada com frequência para evitar contaminação.

O investimento não sai barato. Cerca de R$ 150 mil foram gastos na época. Mas o pecuarista diz que compensa. A sala de ordenha também é climatizada. As vacas "ouvem" música e contam até com um coçador. Lúcio César Ferrari explica que era difícil manter a produtividade alta no verão. Com a estrutura adaptada, eles conseguiram aumentar a produção em 15 a 20%. A equipe também esteve em uma fazenda em Guapiaçu (SP), onde as vacas contam com sombreamento natural. Há 5 anos, a pecuarista Sueleni Rodrigues plantou centenas de árvores pra garantir um pouco mais de conforto.

Só na área perto do pasto foram plantados 150 pés de eucaliptos. Sueleni diz que a temperatura diminui bastante nas áreas sombreadas. E o resultado é 10% a mais de leite. O zootecnista Leandro Falco explica que dar conforto térmico é importante para que os animais metabolizem bem os alimentos. O resultado é uma produção maior. (G1)

 

O consumo na crise

Com disparada da inflação, do juro e do desemprego, 2015 foi cruel para o orçamento das famílias brasileiras. Em ano de recessão, os consumidores se preocuparam em definir novas estratégias na hora de ir às compras. Para mapear essas mudanças, a agência de propaganda nova/sb encomendou uma pesquisa da Ilumeo. O estudo, realizado durante um período de 12 meses com cerca de 2,6 mil pessoas no Brasil, identificou quatro tipos de comportamentos, que classificou como "comprador inteligente", "pé no chão", "sobrevivente" e "ostentação".

Os dois primeiros tipos, conforme a pesquisa, incluem os consumidores mais dispostos a pesquisar melhores opções de produtos, garimpar descontos e cortar gastos - sendo que os compradores inteligentes aproveitam mais as facilidades oferecidas pela tecnologia. O "sobrevivente" seria aquele que já está com o orçamento no limite, sem espaço para manobras ou ajustes. O tipo "ostentação" serve para classificar aqueles consumidores que, apesar da crise, recusam-se a alterar os hábitos de consumo. Esses, de acordo com o estudo, são os que mais sentem o peso da recessão.

Os números da pesquisa conseguiram traçar um perfil ainda mais cauteloso dos gaúchos. O percentual de consumidores do Estado que se enquadra no perfil de comprador inteligente é maior do que a média brasileira. (Zero Hora)
 

 

Agricultores começam a pedir as devoluções

Após a decisão favorável do STJ, no ano passado, escritórios de advocacia já protocolaram as primeiras ações para a devolução das perdas sofridas por agricultores com o Plano Collor. Apesar de já haver despacho favorável em alguns casos, o pagamento ao produtor rural ainda pode demorar, já que o Banco do Brasil -- réu no processo -- questiona os valores. Há advogados que estimam que a devolu- ção pode passar de R$ 20 milhões em alguns casos, dependendo do volume de recursos que foi financiado na época. "De setembro para cá, o movimento é intenso de propositura de ações", afirma o advogado Frederico Augusto Vieira Grandó, de Carazinho, ao revelar que tem ingressado com cinco a dez processos diariamente. De acordo com ele, em alguns casos o banco já efetuou o depó- sito, que fica sob a custódia da Justiça. "A pessoa vai receber depois que o magistrado liberar o valor incontroverso, ou depois de a perícia definir quanto é o valor total devido", explica. 

Conforme Grandó, quem financiou uma colheitadeira, por exemplo, pode ter de R$ 150 mil a R$ 300 mil a receber, dependendo do número de parcelas do financiamento. Mas há processos com valores de R$ 15 milhões e R$ 23 milhões. Podem pedir a devolução todos os agricultores que tinham financiamento de custeio ou investimento no Banco do Brasil em março de 1990, quando foi editado o Plano Collor. Na época, o banco aplicou o índice de 84,32% de correção monetária nos financiamentos rurais, quando, pelo entendimento atual da Justiça, seria 41,28%. Como o direito do produtor está assegurado, o momento é de definir o valor das devolu- ções. "A questão do cálculo é complexa até pela falta de documentos", explica o advogado Arilei Mendes, do escritório Ricardo Alfonsin Advogados, admitindo que a discussão sobre o valor pode levar até a uma perícia contábil, atrasando a devolução. A Federarroz, que atuou como assistente na ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal, atendeu mais de cem pedidos de informações nos últimos dois meses, segundo o diretor executivo, Anderson Belloli. O BB informou apenas que "recorreu da decisão do STJ". (Correio do Povo)

 

Gadolando
O volume de Registros Genealógicos efetuados pela Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando) em 2015 apresentou incremento de 8,05% em relação a 2014. Somando os 53 machos com as 10.575 fêmeas, 2014 fechou com 10.575 animais registrados, enquanto em 2015 foram 48 machos e 11.435 fêmeas, totalizando 11.483 animais. O presidente da Gadolando, Marcos Tang, credita o aumento ao trabalho da equipe e à conscientização dos criadores, que passaram a ver o registro como investimento que valoriza o rebanho. (Danilo Ucha/Jornal do Comércio)
 

 

    

 

 

         

Porto Alegre, 05 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.200

 

 Produção
 
A produção de leite nas cinco principais regiões exportadoras (União Europeia, Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e Argentina) reduziu ligeiramente em novembro de 2015, com todas as regiões registrando declínios. Em novembro, a produção das cinco regiões caiu 0,4% em relação a outubro, embora seja 0,3% maior que a de setembro. 
 
Novembro foi o primeiro mês, em mais de dois anos, que a produção cai na comparação com o mês anterior, nas cinco regiões, incluindo a União Europeia. No entanto, a queda registrada na União Europeia foi causada mais pela produção excepcionalmente elevada de outubro, do que pela quebra de produção em novembro. Dados sobre a produção de dezembro só estão disponíveis da Nova Zelândia e Estados Unidos, com a Nova Zelândia mostrando ligeiro crescimento, quando comparado com novembro, mas, é compensada pela queda verificada nos Estados Unidos. As produções das outras três regiões ainda não estão disponíveis.
 
                                                    
 
  
   
Índice FAO dos produtos lácteos - janeiro de 2016
 
                                 
 
O Índice FAO dos produtos lácteos foi de 145,1 pontos em janeiro, cedendo 4,4 pontos (3%) em relação a dezembro. Uma produção de leite de inverno abundante na União Europeia, grandes disponibilidades na Oceania e morna demanda de importação fizeram as cotações mundiais de todos os produtos lácteos que compõem o índice caírem. O leite em pó integral foi o que apresentou o maior recuo. (Tradução Livre: Terra Viva)
 
 
Vacinação contra aftosa atinge 98,17% do rebanho na 2ª etapa de 2015
 
A vacinação contra a febre aftosa atingiu um índice de cobertura de 98,17% do rebanho bovino e bubalino brasileiro no segundo semestre de 2015, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (5) pelo Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Na segunda etapa da campanha nacional, o número de animais vacinados foi 147,2 milhões de um total de 150 milhões cabeças que deveriam ser imunizados.
 
"Tivemos um bom resultado na segunda fase da campanha de combate à aftosa em 2015", avaliou o diretor do Departamento de Saúde Animal, Guilherme Marques. No segundo semestre de 2014, acrescentou, o índice de cobertura vacinal foi de 97,84%. Na campanha feita no primeiro semestre do ano passado, o percentual de imunização do rebanho de bovinos e bubalinos alcançou 98,04%, "De um modo geral, estamos mantendo um alto nível de vacinação no país."
 
Os animais que deveriam ter sido vacinados no período normal do calendário oficial e ficaram fora da campanha precisam ser imunizados antes da próxima etapa. "Os produtores serão procurados e notificados para que vacinem os animais", disse Marques.
No segundo semestre de 2015, três estados tiveram índice de vacinação abaixo de 90%. No Rio de Janeiro, a cobertura foi de 84,90%m, na Paraíba, de 87,51%, e no Amapá, de 87,58%. "Por isso, vamos solicitar a esses estados maior atenção com a fiscalização nas etapas de 2016", adiantou o diretor do DSA.
 
O Brasil tem um rebanho de 212 milhões de bovinos e bubalinos. A segunda etapa da campanha de 2015 tinha como meta vacinar 150 milhões de cabeças porque, em alguns estados, deveriam ser imunizados apenas animais até 24 meses de idade.
A segunda etapa da campanha nacional contra a aftosa foi realizada em 26 unidades da Federação. Por ser livre da doença sem vacinação, Santa Catarina não imuniza seu rebanho. (MAPA)

 

Sindilat sábado no Agroband
O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, estará no Agroband deste sábado (6/2). O programa especializado em agronegócios vai ao ar às 7h30min na TV Bandeirantes e às 9h30min na Rádio Bandeirantes. A apresentação é da jornalista Lizemara Prates. 
 

 

    

 

 

         

Porto Alegre, 04 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.199

 

  Preços globais dos alimentos atingem o menor patamar desde 2009 

Os preços globais dos alimentos recuaram em janeiro para o menor patamar desde abril de 2009, informou a Agência para Agricultura e Alimentação das Nações Unidas (FAO). O índice mensal de preços da entidade, que monitora uma ampla cesta de commodities, recuou para 150,4 pontos, 3 pontos (1,9%) a menos que dezembro e 29 pontos (16%) a menos se comparado com janeiro de 2015. É também a 19ª queda nos últimos 22 meses. "O principal fator por trás dessa queda é a ampla condição de oferta de matérias--primas básicas, a desaceleração na economia global e a valorização do dólar em relação a outras moedas", afirmou a entidade, baseada em Roma.

O recuo global nos preços foi liderado, em janeiro, pelo segmento de açúcar, embora carnes, lácteos, grãos e óleos vegetais também tenham registrado queda mensal de 1% ou mais. Conforme o índice da FAO, os preços do açúcar atingiram a marca de 199,4 pontos em janeiro, uma queda de 8,4 pontos (4,1%) em relação a dezembro, o que marca o primeiro recuo depois de quatro meses de estabilidade. A redução foi puxada por condições climáticas melhores que as esperadas no Brasil, principal produtor e exportador mundial do adoçante. As perspectivas de redução na produção da Índia, Tailândia, África do Sul e China não foram suficientes ainda mexer nos preços globais, diz a entidade. Já os preços dos óleos vegetais ficaram em janeiro em 139,1 pontos, queda de 2,4 pontos (1,7%) em relação a dezembro. O recuo foi motivado principalmente pela queda nos preços do óleo de soja, diante de expectativa de uma ampla oferta mundial do produto. 

Os preços do óleo de palma ficaram estáveis, na medida em que as importações. Os preços globais de lácteos ficaram em janeiro em 145,1 pontos, com queda de 4,4 pontos (3%) em relação ao mês anterior. A produção maior de leite na União Europeia, combinada com mais oferta da Oceania e demanda por importação menor, levar ao recuo. Já os preços das carnes ficaram em 148,3 pontos no mês passado, queda de 1,7 ponto (1,1%) frente a dezembro. O recuo foi amplo, atingindo todos os tipos de carnes, exceto suínos. (Valor Econômico)

 
Rebanho de gado dos EUA sobe para 92 milhões de cabeças
Após recuar para um patamar inferior a 90 milhões de cabeças de gado, o rebanho dos Estados Unidos tem o segundo aumento anual consecutivo. Neste início do ano eram 92 milhões de cabeças, 3% mais do que em janeiro de 2015, segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

O rebanho dos Estados Unidos cresce devido a uma recomposição das pastagens, que haviam sido afetadas na seca de cinco anos atrás. Além disso, os custos, que haviam disparado devido à quebra de safra de grãos nos EUA, voltaram a patamares normais.

Conforme dados do USDA, as fêmeas compõem o maior número do rebanho. As que já pariram atingem 39,6 milhões de cabeças. Novilhas e novilhos somam outros 36,1 milhões de cabeças, 3% mais do que há um ano.

O rebanho dos Estados Unidos, que superava 103 milhões de cabeças de gado em 1996, está abaixo de 100 milhões há 18 anos. (As informações são da Folha de São Paulo)

Alta no preço do leite ao produtor. O que esperar para os próximos meses?

O preço do leite pago ao produtor teve alta de 0,7% no pagamento de janeiro de 2016, referente ao leite entregue em dezembro do ano passado. Foi a segunda alta consecutiva. O mercado firmou, com a produção mais ajustada nos últimos meses e aumento dos custos de produção. Segundo levantamento da Scot Consultoria, o produtor recebeu, em média, R$0,966 por litro, considerando a média nacional.

Os aumentos da produção foram menores na safra atual. Segundo o Índice Scot Consultoria para a Captação de Leite, em dezembro de 2015, a produção, considerando a média nacional, aumentou 1,5% na comparação com o mês anterior. Para uma comparação, em dezembro de 2014, o aumento mensal foi de 2,6% na produção. Para o pagamento de fevereiro de 2016 (produção de janeiro/16), 43% dos laticínios pesquisados acreditam em alta dos preços ao produtor, 42% falam em manutenção e os 15% restante estimam queda para o produtor.
A expectativa é de mercado firme nos próximos meses. Os aumentos nos preços do leite devem ser mais fortes daqui para frente. A captação menor, com a curva de produção recuando nas principais regiões produtoras colabora com este cenário. Além disso, os laticínios, diante dos aumentos de custos produção, têm reajustados os preços aos produtores. Os aumentos dos preços no atacado têm permitido os repasses para o produtor.

Do lado do consumo, espera-se melhora a partir de fevereiro, com o final das festas e férias, mas de qualquer maneira 2016 ainda será um ano de demanda interna patinando. No mercado spot, os preços subiram na primeira e na segunda quinzena de janeiro de 2016, depois da estabilidade no final de 2015, o que corrobora com o cenário de oferta e demanda mais ajustadas no mercado interno. (Scot Consultoria)

EUA, Japão e mais 10 países assinam Acordo Transpacífico

Os ministros e representantes de 12 países assinaram nesta quinta-feira (04) na cidade de Auckland, na Nova Zelândia, o Tratado Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), que representa cerca de 40% do PIB mundial. O TPP foi assinado pelos ministros e representantes de Estados Unidos, Japão, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Peru, Malásia, México, Nova Zelândia, Cingapura e Vietnã. O novo bloco econômico prevê que o processo de ratificação pelos diferentes parlamentos nacionais dure cerca de dois anos.

 
Ministros e representantes dos 12 países do bloco participam da cerimônia de assinatura em Auckland, na Nova Zelândia (Foto: Reuters/New Zealand Pool)

O acordo reflete "a confiança em que a abertura e a integração de nossos mercados e investimentos propiciará a prosperidade de nossos povos", disse o primeiro-ministro neozelandês, John Key, durante o ato. Key destacou que o pacto representa um terço das exportações mundiais e abrange um mercado de 800 milhões de pessoas, e antecipou que seu governo o apresentará ao parlamento na próxima terça-feira, para que seja ratificado.

Após a assinatura do TPP, que é considerado como um contrapeso à influência econômica da China na região, os países signatários se mostraram dispostos a que o tratado aceite mais membros no futuro, inclusive o gigante asiático. "O TPP não está voltado contra um país em particular, mas rumo ao estabelecimento de padrões mais altos para a região. Estamos vinculados à China, assim como todos os países da região, e é importante ter uma relação econômica construtiva com eles", disse o representante de Comércio Exterior dos EUA, Michael Froman.

Indonésia e Filipinas manifestaram nos últimos meses seu interesse em incorporar-se a este tratado comercial, assim como outros países latino-americanos como a Colômbia. O ministro das Relações Exteriores do Chile, Heraldo Muñoz, ressaltou, por sua vez, que o TPP é "perfeitamente compatível" com o avanço da Área de Livre-Comércio da Ásia-Pacífico, promovido pelo Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que inclui a China.

"A China é o principal parceiro comercial do Chile e esperamos aprofundar esta relação, por isso pensamos que devemos convergir ao invés de vê-lo como uma divergência", disse Muñoz em entrevista coletiva.

A assinatura do tratado aconteceu em meio a fortes medidas de segurança em Auckland, onde centenas de pessoas se manifestaram contra o acordo comercial levando cartazes nos quais se liam mensagens como "Se a injustiça é a lei, a rebelião é nosso dever". O TPP foi muito criticado pelo sigilo que rodeou as conversas, que começaram em 2010 e concluíram em outubro do ano passado. ONGs e centrais sindicais alertaram para a ameaça que esta aliança representa aos direitos trabalhistas, para o acesso aos remédios e para o meio ambiente.

Obama comemora
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, comemorou a assinatura do acordo e disse que este tratado daria ao país uma vantagem sobre outras economias líderes, especialmente sobre a China.

"O TPP permite que os Estados Unidos - e não países como a China - escrevam as normas de circulação no século XXI, o que é especialmente importante numa região tão dinâmica como a Ásia-Pacífico", afirmou Obama em comunicado após a assinatura do acordo na Nova Zelândia por 12 países, entre eles os Estados Unidos. (As informações são do jornal O Globo)

Agricultura
Diante de mais um ano de ajuste nas contas públicas do governo e da expectativa de mais cortes de orçamento, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, decidiu montar um plano de gestão para reduzir gastos com o mau uso da estrutura da Pasta no país. A missão foi dada à secretária¬ executiva, Mila Jaber, e visa a evitar novos cortes no orçamento do Ministério da Agricultura, que já perdeu R$ 414 milhões este ano. Em entrevista ao Valor, a secretária disse que uma das medidas prevê deslocar mais fiscais agropecuários e servidores para regiões com maior produção agropecuária e presença de agroindústrias. Além disso, o Ministério da Agricultura também prevê devolver à União 106 imóveis, avaliados até agora em cerca de R$ 1,38 bilhão, e que se encontram em péssimo estado de conservação ou estão abandonados ou ainda abrigam excesso de pessoal devido a indicações políticas sem critério de escolha, segundo Mila Jaber. A secretária¬-executiva disse que a economia a ser gerada com as medidas pode evitar novos contingenciamentos do governo, que já afetaram as áreas de pesquisa (Embrapa) e de defesa agropecuária este ano. As duas áreas sofreram juntas mais da metade dos R$ 414 milhões em cortes no orçamento do ministério, aprovados pelo Congresso no fim do ano passado. (Valor Econômico)