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Porto Alegre, 04 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.218

 

    Entidades alinham agenda do Avisulat 2016

Representantes das entidades responsáveis pela organização do 5º Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios (Avisulat 2016) reuniram-se nesta sexta-feira (4/3) para discutir e analisar a realização do evento, que ocorre entre 22 e 24 de novembro, na Fiergs, em Porto Alegre. Neste ano, entre as principais propostas, está a consolidação do Encontro Internacional de Negócios, criado em 2014 e que fomentou relevantes acordos comerciais no setor. "Mesmo com um cenário econômico complicado, a expectativa é ampliar as parcerias internacionais", destacou o coordenador do Centro Internacional de Negócios (CIN-RS), Kurt Ziegler. Em 2014, foram 114 reuniões com empresas do Chile, Emirados Árabes Unidos, Egito, Malásia, México, Russia e Uruguai. 

Nesta sexta-feira, o vice-presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat/RS), Guilherme Portella, e o secretário-executivo, Darlan Palharini, reiteraram o compromisso do setor lácteo com o evento e sua importância para o desenvolvimento do agronegócio. Além de fomentar parcerias, a programação do Avisulat ainda contempla painéis, palestras e a exposição de equipamentos e serviços O Avisulat 2016 é uma promoção do Sindilat/RS, Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Sindicato das Indústrias de Produtores de Suínos (Sips), com apoio da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs). (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Vinícios Sparremberger
 

  
 
Estoques de intervenção/UE 
Na semana de 22 a 28 de fevereiro foram ofertadas 243 toneladas de leite em pó desnatado, para os estoques de intervenção, segundo dados publicados pelo Fundo Espanhol de Garantias Rurais (FEGA, sigla em espanhol). É um fato significativo porque desde 2010, a Espanha não havia ofertado leite em pó desnatado para os estoques de intervenção.

Também, desde 2010, a Espanha não oferece manteiga para os estoques de intervenção. Os números refletem o escasso uso que os operadores espanhóis estão fazendo da intervenção pública. Uma ferramenta destinada a gerir o mercado em caso de crise, como a que atravessa agora o setor lácteo. Sem dúvida, não se está fazendo uso do programa, pelo menos na Espanha e em outros países a utilização é muito pouca. Entretanto, existem alguns membros da UE que estão levando leite em pó para o programa. De 1º de janeiro a 21 de fevereiro, a intervenção pública da União Europeia (UE) havia comprado 44.642 toneladas. Esta cifra quase total (95%) veio dos seguintes países: Bélgica (31%), Polônia (13%), França (12%), Holanda (11%), Lituânia e Irlanda (10%) cada um, e Alemanha (8%). Vale destacar que em menos de dois meses de 2016 a quantidade de leite em pó levado para os estoques de intervenção supera todo 2015 (40.280 toneladas). A intervenção estará aberta até 30 de setembro de 2016, permitindo a compra de até 109.000 toneladas ao preço de intervenção de € 1.698/tonelada, [US$ 1.844/tonelada]. Ao ritmo verificado até agora, é muito provável que o limite seja alcançado no final de abril. Uma vez esgotado o programa, a intervenção continuará aberta, mas, já não a um preço fixo. Haverá licitação, o que pressionará mais ainda o mercado. (Agrodigital - Tradução Livre: Terra Viva)

Kátia Abreu pede ao Congresso maior atuação em acordos comerciais internacionais

Em audiência na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado na última quinta-feira (3), a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento)pediu que os parlamentares tenham maior atuação na negociação de acordos comerciais internacionais. Ela apresentou aos senadores o potencial de crescimento das exportações do agronegócio brasileiro. Os secretários do Mapa também apresentaram o trabalho do ministério em áreas como defesa agropecuária, política agrícola e gestão pública.

A ministra explicou aos senadores que, ao Ministério da Agricultura, cabe negociar acordos que visam a harmonizar regras e facilitar procedimentos sanitários e fitossanitários, sem envolver tarifas ou cotas comerciais.  As negociações do Mapa concluídas em 2015, destacou, representaram potencial anual de US$ 1,9 bilhão em exportações e, para 2016, a expectativa é ainda maior: US$ 2,5 bilhões.

Mas para que o comércio exterior brasileiro continue se expandindo, afirmou, é preciso ir além dos acordos sanitários. "Precisamos ser mais agressivos nos acordos comerciais tarifários. Nós fizemos nosso dever de casa e agora precisamos de outros setores", disse Kátia Abreu.

"Conheço o grande trabalho que a bancada ruralista e os outros deputados e senadores fazem pela nossa agricultura, mas gostaria de ver o Congresso Nacional mais atuante nos acordos comercias, como fazem os parlamentares europeus e americanos", afirmou a ministra. "É algo decisivo para o país. Não podemos ficar para trás. Os congressistas precisam ter papel mais atuante nessa área".

Kátia Abreu lembrou que a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estima que o Brasil aumente em 40% sua produção agropecuária até 2050, a fim de cooperar com a segurança alimentar mundial. "O mundo espera e conta com o crescimento da nossa produção. Por isso, precisamos abrir mercados."

Comércio global
A secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo, apresentou dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que mostram que o comércio mundial é feito cada vez mais por meio de acordos comercias. Em 1998, 20% do comércio agrícola estava inserido em acordos de tarifas ou de cotas. Em 2009, esse percentual saltou para 40%. Tatiana Palermo afirmou aos senadores que, enquanto a União Europeia negociou 37 acordos comerciais e o Mercosul, 20, o Brasil não assina nenhum acordo desde 2010, quando firmou parceria com o Egito.
O agronegócio tem potencial de aumento de cerca de US$ 11,4 bilhões em exportações (saltando de 8% para 9,7% na participação mundial) se fizer acordos comerciais com parceiros estratégicos, como União Europeia, Estados Unidos, China, Japão e Rússia. "Essa pauta de acordos poderia nos dar potencial de aumento de US$ 11,4 bilhões de forma imediata nas nossas exportações, com grande perspectiva de aumento ao longo dos anos", ressaltou a secretária. (As informações são do Mapa)

PIB da agropecuária tem alta de 1,8% em 2015 enquanto PIB total nacional retraiu 3,8%

Mais uma vez, o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária foi positivo . Em 2015, enquanto o PIB total nacional retraiu 3,8% em 2015, o do agronegócio cresceu 1,8%, em relação a 2014 (0,4%). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A agropecuária também se destaca em relação a outros setores. Enquanto ela aumentou 1,8% no PIB, a indústria sofreu queda de 6,2% e os serviços, 2,7%. Segundo o coordenador-geral de Estudos e Análises do Ministério da Agricultura, José Gasques, a média anual de crescimento do PIB agro, nos últimos 19 anos, tem sido de 3,6%. Para um ano de dificuldade econômica como o de 2015, o percentual de 1,8%, é comemorado pelo setor.

A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) disse que o bom desempenho é resultado de investimento em pesquisa, tecnologia e inovação. "Temos que louvar o agronegócio, que cada vez mais dá resultado diferenciado e se destaca na economia brasileira. Agradecemos os investimentos do contribuinte no agronegócio."

O PIB agropecuário - soma de todas as riquezas produzidas pelo país - chegou a R$ 263,6 bilhões em 2015. O IBGE aponta que o crescimento do setor se deve principalmente ao desempenho da agricultura. Alguns produtos registraram aumento na produção, com destaque para as lavouras de soja, (11,9%) e milho (7,3%). A cana-de-açúcar cresceu 2,4%. Na pecuária, estão o abate de suínos (5,3%) e frango (3,8%). (As informações são do Mapa)


Conforto térmico
Uma planilha eletrônica auxilia produtores e técnicos a planejar e dimensionar adequadamente a implantação de sistemas de Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), ou mesmo a plantar árvores isoladamente para sombreamento, garantindo o conforto térmico dos animais. A planilha desenvolvida pela equipe de pesquisadores da Embrapa Rondônia pode ser utilizada em inúmeros locais e situações, com algumas adaptações explicadas em comentários escritos dentro da própria planilha. Muitos estudos buscaram determinar a quantidade de sombra adequada na pastagem para garantir o conforto dos animais. Os resultados são variáveis, segundo o pesquisador da Embrapa Henrique Cipriani, vai de menos de 2 m² a mais de 5 m² de sombra por animal. "Provavelmente, características do local, dos animais e das próprias árvores influenciem os resultados. O fato é que o sombreamento, bem dimensionado, é desejável, senão necessário ao bem-estar animal", complementa. (Nordeste Rural)

         

Porto Alegre, 03 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.217

 

    Concurso de sólidos agrega ao de volume na Expoleite

Complementando o atual Concurso Leiteiro realizado tradicionalmente, a Expoleite 2016, de 18 a 22 de maio, no Parque Assis Brasil, em Esteio, RS, ganhará um Concurso de Sólidos realizado paralelamente aos que já acontecem. Em lugar do volume produzido, o novo Concurso apontará as amostras  de leite com maior quantidade de sólidos no caso gordura e proteína. Os dois resultados, sólidos e quantidade, serão divulgados no mesmo momento ou seja após a ultima ordenha. O Concurso de Sólidos já tem garantida uma premiação em separado, até o terceiro lugar. Com esta iniciativa, a ideia é mostrar a qualidade do leite gaúcho, assunto que estará na pauta da Expoleite Fenasul. O regulamento deste novo Concurso já está sendo elaborado. A primeira reunião em torno do Concurso de Sólidos aconteceu no dia 25 de fevereiro.

O encontro contou com a presença da Gadolando, Farsul, Sindilat, UFRGS e a Câmara Setorial do Leite/SEAPI.  Alguns pontos ficaram pré-definidos para o torneio como a divisão por categoria, jovem e adulto, o número de ordenhas que serão avaliadas e premiação aos vencedores. (Gadolando)
 
  
 
Preços/Espanha

O preço do leite ao produtor caiu 0,96% na Espanha em janeiro, em relação ao Mês anterior, ao passar de € 0,311/litro, [R$ 1,32/litro], para a média de € 0,308/litro, [R$ 1,31/litro], no primeiro mês de 2016, conforme divulgado pelo Fundo Espanhol de Garantias Rurais (FEGA, sigla em espanhol).

Astúrias, Canarias, País Vasco e Comunidade Valenciana são as quatro comunidades autônomas que que tiveram aumento no preço do leite na origem, enquanto as outras perderam, especialmente Murcia e Navarra, com quedas de 10 centavos/litro. Na Galícia, a principal região produtora, continua tendo o menor preço da Espanha, € 0,288/litro, [R$ 1,22/litro], a mesma cotação de dezembro. Os produtores de Canarias foram os que receberam o melhor preço (€ 0,451/litro, [R$ 1,92/litro]). Em janeiro passado, foram contabilizadas 16.325 unidades produtoras que entregaram leite a 320 unidades compradoras, e foi a comunidade de Galícia que teve o maior número de produtores (9.079), seguida por Astúrias (2.081), Cantábria (1.404) e Castilho e León (1.350). A Espanha produziu em janeiro passado 588,27 milhões de quilos, o que representa aumento de 6,1% em relação a janeiro de 2015. (Agroinformacion - Tradução livre: Terra Viva)

DF: Censo do Cooperativismo de Leite começa em 4 de abril

Conhecer a realidade do setor leiteiro e buscar soluções para que as cooperativas ampliem e fortaleçam sua relação com os produtores e com o mercado consumidor. Estes são os objetivos do Sistema OCB e da Embrapa Gado de Leite ao realizarem o segundo Censo do Cooperativismo de Leite. As entidades assinaram hoje de amanhã o acordo de cooperação que visa à realização da pesquisa. Os questionários do Censo serão enviados às cooperativas a partir de 4 de abril.

A assinatura foi feita durante a Reunião da Câmara de Leite do Sistema OCB, em Brasília, que também discutiu os cenários dos mercados interno e externo de insumos, como milho e soja, e do setor do leiteiro. O evento contou com a participação de representantes do Governo Federal, do Congresso Nacional e das cooperativas.

No último levantamento, realizado em 2003, as cooperativas eram responsáveis pela captação de 40% da produção de leite no Brasil, reunindo mais de 151 mil produtores. Entretanto, desde o primeiro levantamento, o mercado de lácteos tem passado por mudanças. Diante dos novos cenários, a Câmara de Leite do Sistema OCB deliberou que a segunda edição do censo irá abordar:

- Participação das cooperativas no mercado de leite;
- Perfil dos associados;
- Negócios e modelos;
- Serviços e assistência técnica;
- Visão de futuro.

Parceria
Segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a Embrapa é uma instituição que merece ser reconhecida como irmã do cooperativismo. "Desde a primeira edição do Censo, em 2003, o suporte científico oferecido pela Embrapa tem sido fundamental. Não tenho dúvida de que esta parceria apresenta resultados para nossos cooperados", enfatiza Freitas. O líder cooperativista diz que o censo será uma oportunidade de o setor leiteiro construir um cenário melhor para os próximos anos. "É necessário aceitar a tarefa de um protagonismo mais intenso, fazendo nosso dever de casa e distribuindo as tarefas tanto no âmbito do Executivo quanto do Legislativo", reforça.

Força da União
O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, ressaltou que a parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras é fundamental para desenvolver a agropecuária nacional. "Temos muita sinergia com a OCB. Nossa intenção é estar cada vez mais próximos do movimento cooperativista, que pode ser definido em uma palavra como capilaridade", reconhece Lopes. Segundo ele, o Censo "permite a elaboração de ações efetivas para o setor leiteiro, tão cheio de desafios. E, conhecendo a realidade, será possível traçar os passos para um futuro mais produtivo".

Expectativa
"O mesmo setor que fatura, anualmente, cerca de R$ 80 bilhões, expulsa um produtor do campo a cada 11 minutos. Estamos falando do setor leiteiro. Por isso é tão importante conhecer as especificidades desta cadeia, a fim de encontrar respostas para esta e muitas outras questões", explica o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite. Ele defende que as cooperativas são o melhor caminho para obter tais respostas, já que operam na redução de problemas sociais causados pelas condições econômicas. "Somos testemunhas do quanto esta cadeia passou por melhorias depois que realizamos o primeiro censo", complementa.

Exportação
"Nossa principal preocupação continua sendo o mercado internacional. Temos uma indústria moderna, perfeitamente nivelada com os patamares americano e europeu. Nossa função é encontrar saídas, mecanismos para crescer com segurança e sustentabilidade", afirmou o coordenador da Câmara de Leite do Sistema OCB, Vicente Nogueira.

O secretário do Produtor Rural e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, também destaca a capacidade do país para conquistar o mercado internacional:  "Ao longo do tempo, diversas foram as distorções do setor e nós precisamos trabalhar para corrigi-las. Para se ter uma ideia, é preciso estimular a exportação de lácteos, considerando que cresce, anualmente, 4%, ao passo que o consumo aumenta 3%. É por isso que a ministra Kátia Abreu tem feito deste assunto um item permanente da pauta do Ministério da Agricultura."

Participação
O evento contou também com a participação dos deputados: Celso Maldaner (SC), presidente da Frente Parlamentar da Bovinocultura de Leite; Valdir Colatto (SC), representante do Ramo Agropecuário na Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop); e Domingos Sávio (MG), representante do Ramo Crédito na Frencoop. O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, José Luís Vargas, também prestigiou o evento. (Fonte: Sistema OCB - Embrapa)

 


Preços/UE 
O Observatório Lácteo da UE estima um preço de € 29,8/100 kg, [R$ 1,31/litro], para o mês de janeiro, o que implica uma baixa contínua nos preços. Em dezembro, o preço médio foi de € 30,47/100 kg, [R$ 1,34/litro], queda de 8% em relação a dezembro de 2014 e 13% inferior à média dos últimos 5 anos. Na Espanha, o preço médio estimado para janeiro é de € 29,47/100 kg, [R$ 1,29/litro]. Os preços dos produtos lácteos também baixaram neste início do ano. O preço do leite em pó desnatado é o que melhor se mantém, o que na opinião da Comissão, é prova de que a intervenção está dando resultado. No último mês, o preço da manteiga caiu 3% e o do soro de leite 1,4%. Entre os queijos, a maior queda ocorreu no Gouda, seguido pelo Cheddar e Edam, de acordo com estimativas da Comissão durante a reunião de 18 de fevereiro. Ao nível mundial, o mercado mais competitivo para a manteiga e queijo cheddar é a UE, e o leite em pó desnatado é o mercado dos Estados Unidos. A UE aumentou as exportações de lácteos em 2015 em relação a 2014. Nas exportações de manteiga foi registrado importante incremento nas remessas para Turquia, China e Estados Unidos. O principal mercado para as exportações de leite em pó desnatado é a Argélia, seguido pelo Egito e China. (Agrodigital - Tradução Livre: Terra Viva)

         

Porto Alegre, 02 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.216

 

    EUA: abates de vacas leiteiras ultrapassam os de vacas de corte em 2015

De todas as vacas abatidas em 2015 nos Estados Unidos, 57% eram vacas leiteiras, enquanto 43% eram animais de corte. Os produtores de leite aumentaram os abates em resposta aos menores preços do leite e aos maiores valores da carne. Entretanto, as vacas leiteiras enviadas aos frigoríficos cresceram apenas 5% comparado com a média dos últimos 29 anos. Isso significa que os abates de animais de corte tiveram um declínio bastante grande.

Da perspectiva das vacas de corte, os abates caíram 13% quando comparado com a mesma média dos últimos 29 anos. Esse número se torna ainda mais impressionante quando se compara apenas com o ano passado - queda de 29% nos abates. Isso representou o menor valor nas últimas três décadas. (As informações são da Hoard's Dairyman)
 
  
 
Mercado do leite firme e preços em alta para o produtor

O mercado está firme e os preços do leite ao produtor em alta. Segundo levantamento da Scot Consultoria, considerando a média nacional, o litro ficou cotado, em média, em R$0,983.

O aumento foi de 1,7%, frente ao pagamento anterior. O produtor está recebendo 11,1% mais pelo litro de leite na comparação com fevereiro do ano passado.

A produção está em queda nas principais bacias do Sudeste e Sul do país. A concorrência entre os laticínios é grande.

Apesar de normal para o período, a curva de produção foi prejudicada pelos custos de produção em alta, menores investimentos e corte de gastos por parte do produtor. Muitos produtores reduziram o rebanho nos últimos meses ou até mesmo deixaram a atividade.

Segundo o Índice Scot Consultoria para a Captação de Leite, em janeiro de 2016, a produção, considerando a média nacional, diminuiu 2,5%, em relação ao mês anterior.

Para o pagamento de março de 2016 (produção de fevereiro/16), 75% dos laticínios pesquisados acreditam em alta dos preços ao produtor, 18% falam em manutenção e os 7% restante estimam queda para o produtor. Os laticínios que apontam para queda no preço do leite ao produtor estão no Ceará, Bahia e Pernambuco.

Um ponto importante é que as indústrias de laticínios estão repassando as altas de preços do leite ao produtor para os produtos lácteos no atacado, o que possibilita reajustes positivos na fazenda.

No mercado spot, os preços do leite subiram fortemente nas últimas quinzenas, corroborando com o cenário de oferta mais ajustada à demanda no mercado interno. Os valores máximos em São Paulo e Minas Gerais estão acima de R$1,30 por litro. (Fonte: Scot Consultoria, adaptado pela Equipe Milknet)

FrieslandCampina 

O preço garantido da FrieslandCampina para o leite cru no mês de março de 2016 é de € 28,50/100 kg, [R$ 1,28/litro]. O preço garantido de março caiu € 0,75/100 kg, em relação a fevereiro (€ 29,25, [R$ 1,31/litro]). A queda no preço garantido é resultado das expectativas das principais indústrias de laticínios em relação aos preços do leite ao consumidor no mês de março de 2016.

E a queda vem sendo causada pelas baixas cotações de vários produtos lácteos. Os preços da proteína em março de 2016 é de € 465,23, da matéria gorda € 232,62 e da lactose € 46,52 por 100 quilos. O preço garantido incide sobre a matéria-prima que contenha 3,47% de proteína, 4,41% de matéria gorda e 4,51% de lactose, sem o desconto de impostos. O valor é garantido a produtores que entreguem 600.000 quilos de leite por ano. (FrieslandCampina - Elaboração Terra Viva)

 

 


Lição para o meio rural
O Rio Grande do Sul dá os primeiros passos em projeto-piloto que promete ser um incentivo à permanência dos jovens no meio rural. O Jovem Aprendiz Cooperativo do Campo será executado em duas cooperativas do Estado: a Languiru e a Cotrijal. A primeira realizou a aula inaugural na sexta-feira. A segunda, abre os trabalhos na Expodireto, na terça-feira da próxima semana, no estande do Sistema Ocergs/Sescoop. - É uma iniciativa para avançar no processo de sucessão rural - avalia Vergilio Perius, presidente do Sistema Ocergs/Sescoop. Voltado a jovens a partir de 14 anos, o programa tem duração de 20 meses. No período, os participantes recebem R$ 320 mensais. Inclui aulas teóricas e estágios em propriedades. (Gisele Loeblein/Zero Hora)
 

 

    

 

 

Porto Alegre, 01 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.215

 

    Leilão GDT: apesar de alta, leite em pó integral continua abaixo de US$2.000/ton

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (01/03) registrou alta de 1,4% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$ 2.253/tonelada.
O leite em pó integral foi comercializado a US$ 1.974/tonelada, apresentando alta de 5,5%. O leite em pó desnatado também registrou alta, chegando a US$ 1.802/tonelada (+1,3% sobre o último leilão). O queijo cheddar foi o único a registrar baixa, sendo comercializado a US$ 2.528/tonelada, valor 0,7% inferior ao do último leilão.

Foram vendidas 21.880 toneladas de produtos lácteos neste leilão, volume cerca de 0,97% inferior ao mesmo período do ano passado. 

Com projeção de preço para agosto de US$ 2.121/tonelada, os contratos futuros de leite em pó integral demonstram que o mercado espera por reações nos preços de lácteos, pelo menos até o mês referido, tendo em vista que o último contrato disponível (setembro/2016) fechou a US$ 2.081/tonelada.

Apesar de dados terem indicado uma recuperação nas importações da China no mercado internacional, aparentemente tal movimento não foi suficiente para alterar as perspectivas do mercado. (Fonte: Global Dairy Trade, elaborado pelo MilkPoint Inteligência)

  
 
Produção encolhe, preço do leite sobre

Meses de baixa na produção de leite do Estado, janeiro e fevereiro têm surpreendido em 2016 com quedas mais acentuadas do que nos anos anteriores. Números consolidados de 2015 devem confirmar ainda redução de cerca de 1% no Rio Grande do Sul. Em anos anteriores, o quadro era de crescimento na casa de 6% a 7%. O fenômeno se repete no cenário nacional, com estimativa de recuo de 4% no ano passado.

Essa diminuição de volume pressiona preços para produtores e consumidores. No varejo, o produto deverá ficar 15% mais caro, projeta o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat-RS), na comparação do final de fevereiro com o mês de janeiro.

- Essa alta é uma recuperação necessária à indústria pela elevação dos custos - pondera Alexandre Guerra, presidente do Sindilat-RS.

Levantamento divulgado ontem pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP apontou recuo de 4,44% da captação de leite em janeiro, na comparação com dezembro. É a maior queda dos últimos 10 meses, na média Brasil - feita a partir de sete Estados, incluindo o Rio Grande do Sul, onde caiu 5,6%.

Fatores econômicos e climáticos são as razões. O aumento no preço de insumos, em especial do milho, é um deles. A mudança de pastagens e o excesso de chuva, seguido de um início de ano em que houve estresse de calor para os animais impactaram no volume.

- O dólar na casa dos R$ 4 também encarece os custos - complementa Guerra.

Em março e abril a produção gaúcha costuma ter os menores níveis do ano - podendo cair entre 25% e 30%. Agosto e setembro são o pico. Para o cenário mudar, só a mesmo quando o inverno chegar. (Gisele Loeblein/Zero Hora)


Ritmo de tartaruga

O fato de o piso regional só ir a votação hoje diz muito sobre o ritmo do governo José Ivo Sartori. O piso vale a partir de 1º de fevereiro.

Quem paga empregados no último dia do mês não tinha base legal para conceder o reajuste ontem.

Detalhe: o mínimo regional não impacta nas contas do governo. Foi feito para a iniciativa privada, mas cabe ao Piratini encaminhar a proposta. (Rosane de Oliveira/Zero Hora)
 
 
Consumo familiar dá marcha ré e volta ao nível de 2010, caindo 2%

As quantidades consumidas de itens básicos, como alimentos, bebidas e artigos de higiene e limpeza, deram marcha à ré no ano passado e voltaram para os níveis de 2010. Em 2015, o volume desses itens comprados pelas famílias caiu 2% em relação ao ano anterior. Já o valor gasto ficou estável, o que significa uma queda real de cerca de 10%, considerada a inflação. "Foi a primeira vez que efetivamente andamos para trás", diz Christine Pereira, diretora da Kantar Wordpanel, empresa de pesquisa que visita semanalmente 11 mil lares brasileiros para tirar uma fotografia do que os 51 milhões de domicílios espalhados pelo País, de fato, consomem de uma cesta com 150 categorias de produtos.

Essa freada interrompeu uma sequência de crescimento de quantidades consumidas de bens não duráveis que vinha praticamente desde 2008. Em termos de valor, o gasto sempre crescia, ano a ano, na casa de dois dígitos, lembra Christine. "À medida que o brasileiro ganhava mais, ele gastava mais", observa a especialista, ressaltando que, em 2015, por causa da crise da economia nacional, esse quadro mudou.

Outro dado que confirma esse cenário ruim foi o desempenho de vendas dos supermercados em 2015, que caíram 1,9%, descontada a inflação. Foi a primeira retração em nove anos.

Para 2016, a tendência do consumo de itens básicos não deve ser diferente. Em janeiro, as vendas dos supermercados brasileiros recuaram 3,38% ante o mesmo mês de 2015, já descontada a inflação do período, que foi de 1,27%, segundo o índice oficial (IPCA). "A queda de vendas de janeiro veio acima do esperado", afirma o presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, que atribui o péssimo desempenho à alta de preços dos alimentos, que ficaram 2,28% mais caros em janeiro. Diante do cenário de aumento do desemprego e da inflação, Honda espera nova retração nas vendas este ano entre 1,5% e 2%.

Christine explica que o consumo das famílias brasileiras é sustentado pelo trinômio inflação, renda e emprego, e que esses três pilares estão abalados pela crise. Tanto é que a pesquisa da Kantar revela que, em 2015, houve queda nas quantidades compradas de alimentos, bebidas e artigos de higiene e limpeza em todos os estratos sociais em relação ao ano anterior, exceto entre a população de menor renda, das classes D e E. Essas classes ampliaram os volumes em 1% em relação a 2014.

Atacarejo. Diante do aperto no bolso, a diretora da Kantar observa que o consumidor está cada vez mais racional, reduzindo as visitas às lojas e a frequência de compras daqueles itens de maior valor que passaram a fazer parte da lista nos últimos tempos. São eles: fraldas, chocolate, creme de leite e molho para salada, por exemplo.

Foi nesse contexto de aperto que o atacarejo, modelo de loja que mistura atacado com varejo e vende produtos com preço unitário mais em conta, ganhou força em 2015. No ano passado, esse foi o único formato de loja que cresceu em vendas: 26% em número de unidades sobre o ano anterior e 32% em valor. "O atacarejo foi o canal que mais ganhou participação nos gastos das famílias em 2015", ressalta Christine. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)


Campanha nacional de vacinação contra febre aftosa se inicia nesta terça (1º)

Começa nesta terça-feira (1º) a campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa de 2016. Neste mês de março, apenas o Amazonas e o Pará vacinam os rebanhos de bovinos e bubalinos. Juntos, os dois estados têm 22,17 milhões de cabeças (1,28 milhão o Amazonas e 20,88 o Pará), o que representa pouco mais de 10% do rebanho brasileiro, de 212,12 milhões de animais, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

De acordo com a coordenadora-geral de Programas Sanitários do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Denise Euclydes Mariano da Costa, os produtores são os responsáveis pela vacinação dos rebanhos. Depois de vaciná-los, acrescentou, eles devem fazer uma declaração, contendo informações sobre a faixa etária dos animais imunizados, e entregá-las nas unidades locais de atenção veterinária de cada um dos dois estados. 

A maioria das unidades da Federação participa da campanha no mês de maio, conforme o calendário nacional de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa.

Na segunda etapa da campanha de 2015, a vacinação contra a aftosa atingiu um índice de cobertura de 98,17% do rebanho bovino e bubalino. (As informações são do Mapa)
 


Agrotóxicos
A produção sem o uso de agrotóxicos deve ganhar um novo marco no Estado. Nesta quinta-feira, será lançado o Rio Grande Agroecológico - Plano Estadual de Agroecologia e de Produção Orgânica. Construído a partir de um comitê com 40 entidades, o projeto tem a coordenação da Secretaria de Desenvolvimento Rural e será executado de 2016 a 2019. (Gisele Loeblein/Zero Hora)
 

    

 

         

Porto Alegre, 29 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.214

 

    Importação chinesa de leite em pó dispara

A China, maior importadora mundial de lácteos, voltou ao mercado neste início de ano, mas esse retorno ainda não teve efeito sobre os preços internacionais. Em janeiro passado, as importações chinesas de leite em pó integral e desnatado somaram 153 mil toneladas, 4,4 vezes mais que o comprado pelo país em dezembro e 49% acima do mesmo mês de 2015, conforme dados da consultoria italiana CLAL, especializada em mercado de lácteos, compilados pela brasileira MilkPoint. O volume de leite em pó importado em janeiro só foi menor do que as 160 mil toneladas de janeiro de 2014 (o maior desde 2009), ressalta a consultoria. Em todo o ano passado, segundo dados compilados pela MilkPoint, as importações da China caíram cerca de 40%, saindo de 923,7 mil toneladas para 547,3 mil toneladas. O recuo na demanda foi um grandes responsáveis pela retração dos preços do leite no mercado internacional. 

No último leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), referência para o mercado internacional, no dia 16, a cotação do leite em pó integral ficou em US$ 1.890 por tonelada, queda de 42,3% num período de 12 meses. Valter Galan, analista da MilkPoint, afirma que não é possível dizer que o aumento do volume em janeiro indique uma tendência de recuperação das importações chinesas. Isso porque tradicionalmente há um aumento das compras da China em janeiro, por conta dos termos de acordo comercial entre o país asiático e a Nova Zelândia, maior exportador mundial. Nesse mês, explica Galan, vigora uma tarifa preferencial de importação, de 2,5%, abaixo dos 10% que incidem normalmente. O atual patamar dos preços internacionais dos lácteos também pode ter estimulado as importações em janeiro, avalia Galan. Outra hipótese seria a intenção dos chineses de recompor estoques. "É uma boa sinalização, mas não é possível dizer que vai continuar", afirma. O analista cita a estimativa cautelosa da CLAL, que prevê alta de 13% nas importações chinesas de leite em pó este ano, para 620 mil toneladas. Em relação a 2014, porém, ainda deve haver queda de 33%. "O consumo interno chinês [de lácteos] não está caindo, mas não é sensacional", completa. (Valor Econômico)
 

  
 
LEITE/CEPEA: captação apresenta queda e preços em março tendem a seguir em alta

A menor oferta de leite neste período em que seria esperado ritmo crescente resultou em alta das cotações ao produtor. De acordo com pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, chuvas intensas seguidas por estiagem e temperaturas elevadas atrapalharam a produção nos três estados do Sul do País, que acabaram registrando queda média de 14,1% na captação de leite nos últimos quatro meses. Outro fator que levou à diminuição da oferta no campo foi a decisão do produtor em adiantar a secagem das vacas como forma de reduzir os custos, tendo em vista que a suplementação concentrada, necessária para produção de leite, está muito cara. 

Na "média Brasil" (GO, MG, RS, SP, PR, BA e SC), o preço do leite recebido pelo produtor subiu 3,3% com relação ao mês anterior, indo para R$ 0,9981/litro (valor líquido - sem frete e impostos), aumento de 3,2 centavos por litro, conforme o Cepea. O preço bruto (inclui frete e impostos) pago ao produtor teve média de R$ 1,0967, alta também de 3,3% frente ao mês anterior. Considerando-se a série histórica deflacionada do Cepea (pelo IPCA de jan/16), o preço médio líquido de fevereiro/16 é 8,9% superior ao de fevereiro/15.

O Índice de Captação do Leite (ICAP-L/Cepea) de janeiro sinalizou redução de 4,44% em relação a dezembro, a maior queda dos últimos dez meses, considerando-se a "média Brasil" formada por sete estados. O Sul continua registrando as maiores baixas na captação. No Paraná, a redução foi de 7,65%, em Santa Catarina, de 5,93% e, no Rio Grande do Sul, 5,60%. Na sequência vieram Goiás (3,61%), São Paulo (3,36%) e Minas Gerais (2,94%). A Bahia foi o único estado que manteve estabilidade na produção, com ligeira alta de 0,34%.

Para março, a expectativa é de que os preços do leite sigam em alta, ainda apoiados na oferta relativamente pequena e que pode ser agravada pelo início da entressafra - que tradicionalmente, começa no final do primeiro trimestre. Entre os profissionais de laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea, 94,1% deles (que representam expressivos 99,6% do leite amostrado) acreditam em nova alta para o próximo mês. Os outros 5,9% dos agentes (que representam 0,4% do volume de leite amostrado) têm expectativas de estabilidade dos preços; ninguém sinalizou queda.

A valorização da matéria-prima se refletiu no segmento de derivados, onde os estoques estão abaixo do esperado para esta época do ano. Com isso, os preços de muitos produtos se mantêm elevados, fator que tem limitado também a demanda por alguns lácteos. No atacado paulista, os preços do leite UHT aumentaram 9,6% entre janeiro e fevereiro, com a média mensal de R$ 2,4455/litro. O queijo muçarela, que normalmente segue as tendências do UHT, também se valorizou, 4,4%, com o quilo na média de R$ 14,59 em fevereiro. Para o levantamento de preços de derivados, a equipe Cepea contata diariamente representantes de laticínios e atacadistas; essa pesquisa tem apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). 

Confira as tabelas abaixo:

Tabela 1 - Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquidos) em FEVEREIRO referentes ao leite entregue em JANEIRO. 


Fonte: Cepea-Esalq/USP.

Tabela 2 - Preços em estados que não estão incluídos na "média Brasil" - RJ, MS, ES e CE.  


Fonte: Cepea-Esalq/USP.
(As informações são do CEPEA/USP)


Proteínas lácteas

Combater a desnutrição infantil faz das proteínas lácteas uma ferramenta para o desenvolvimento econômico mundial. Acabar com a moderada desnutrição infantil tornou-se uma prioridade para programas de nutrição em todo o mundo por causa da ligação entre o crescimento físico e cognitivo, além de potencialmente representar desenvolvimento econômico.

A má nutrição pode levar à redução do desenvolvimento cognitivo das crianças, resultando em baixo desempenho escolar e baixa produtividade na força de trabalho. De fato, ela tem a capacidade de reduzir em até 8% a força de trabalho, além de representar queda de 16,5% do PIB do país, de acordo com o estudo "The Cost of Hunger in Africa", [O Custo da Fome na África] elaborado por grupos Africanos de desenvolvimento e normas, com apoio do Programa de Alimentação Mundial das Nações Unidas. O estudo nota que há mais crianças com nanismo (abaixo da altura normal) na África de hoje do que 20 anos atrás. Em alguns países da África subsaariana, a taxa de nanismo em crianças com idade inferior a cinco anos chega a 40%, de acordo com dados do Banco Mundial. O nanismo pode ser combatido com a melhoria nutricional, incluindo proteínas lácteas. (USDEC - Tradução livre: Terra Viva)
 


Rotulagem de alimentos
Quais são as informações obrigatórias e facultativas a serem apresentadas nos rótulos de alimentos? Para esclarecer essas dúvidas a Embrapa acaba de lançar o Manual de Rotulagem de Alimentos. A publicação representa uma ferramenta fundamental a técnicos e agroindústrias familiares. "As leis e regulamentos técnicos sobre rotulagem de alimentos são, de certa forma, de difícil leitura e interpretação. A ideia foi reunir e fazer uma adequação da linguagem da legislação brasileira sobre o assunto", informa o autor Roberto Machado, da Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ). O Manual de Rotulagem de Alimentos orienta quanto às informações obrigatórias e complementares a serem apresentadas nos rótulos, porções de alimentos para fins de rotulagem nutricional e elaboração de rótulos de alimentos e bebidas. (Embrapa)


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Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.213

 

     Sindilat abre consulta sobre ajuste tributário

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) abriu consulta a seus associados sobre a elaboração de uma nova proposta tributária para o leite no Rio Grande do Sul. A ideia é unificar uma posição da indústria laticinista a ser apresentada ao governo do Estado. Em reunião na tarde desta sexta-feira (26/2), o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, apresentou o plano de ajuste que está em estudo pela área técnica do sindicato. O objetivo, reforçou o presidente Guerra, é ampliar a competitividade da indústria do Rio Grande do Sul frente aos demais estados produtores que concorrem pelos mesmos mercados com diferenciações fiscais que os favorecem, como São Paulo e Paraná.

Lei do Leite
Durante a reunião, as indústrias ainda avaliaram os diversos artigos do decreto da Lei do Leite e compilaram sugestões a serem encaminhadas à Secretaria da Agricultura nos próximos dias. Uma das medidas que será apresentada é a regulamentação do transvase de leite no Rio Grande do Sul. 

As empresas ainda manifestaram preocupação com a queda de produção verificada no campo. Levantamento realizado entre os presentes indica uma queda de 5% a 8% em fevereiro em relação a janeiro de 2016 na coleta de leite no Estado. O volume também sinaliza captação inferior ao mesmo período de 2015. Guerra explica que o cenário é reflexo dos altos custos de produção, do impacto do clima sobre as pastagens e de um momento de desestímulo geral à atividade. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Carolina Jardine/ Divulgação
 
  
 
Sindilat prestigia posse de Carlos Joel da Silva na Fetag

Autoridades e representantes do agronegócio, políticos e imprensa marcaram presença na manhã desta sexta-feira (26/2) na posse da diretoria da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) para a gestão 2016-2020. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, e o diretor-secretário, Renato Kreimeier, prestigiaram a solenidade, realizada no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. "A Fetag é uma importante parceira do sindicato, nossas lutas e preocupações sempre estiveram alinhadas", destacou Guerra. 

Com Carlos Joel da Silva reconduzido à presidência e Nestor Bonfanti como primeiro vice-presidente, a entidade tem como objetivo dar continuidade ao trabalho desenvolvido nos últimos anos. "Ampliar o acesso à terra, garantir maior renda aos trabalhadores rurais e programas sociais como saúde, previdência e habitação estão entre as principais metas da nossa direção", salientou Silva. A Fetag congrega 350 sindicatos de trabalhadores rurais, que representam 1,3 milhão de pessoas.

Emocionado, o presidente da Fetag agradeceu o apoio da família e de todas as entidades que sempre estiveram ao seu lado. Durante a posse, também reforçou a preocupação em garantir uma gestão fundamentada no respeito e na coletividade. Entre os presentes, estiveram o governador José Ivo Sartori, a senadora Ana Amélia Lemos, o deputado Elton Weber, o secretário estadual da Agricultura e Pecuária, Ernani Polo, a presidente da Assembleia Legislativa do RS, Silvana Covatti, o secretário de Reordenamento Agrário, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Adhemar Lopes de Almeida, entre outras autoridades. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 Crédito foto: Luiz Chaves/Palácio Piratini
 
 
 
Rebanhos 

Na União Europeia (UE-25), o censo de vacas leiteiras aumentou em 100.000 cabeças passando para 22 milhões, apesar das reduções na Polônia e Lituânia de 127.000 cabeças. 

- Na UE-15, o censo registrou aumento de 242.000 cabeças, chegando a 18,4 milhões. E 90% deste incremento se deveu à Irlanda e Holanda. 

- Nos Estados Unidos, o censo também constatou aumento, mas somente em 9.000 cabeças, chegando a 9,31 milhões. As novilhas que vão parir este ano acrescentarão mais 65.000 (+2,1%).

 - Na Rússia, a tendência é de baixa, chegado a 8 milhões de cabeças. Espera-se que a tendência continue já que as pequenas propriedades estão sacrificando as vacas menos produtivas.". (Agrodigital - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 

 
 


EUA: 3,4% das fazendas leiteiras são responsáveis por metade do leite produzido no país
Nenhuma estatística pode dizer mais do que o fato de que 3,41% das fazendas leiteiras produzem 50% do leite no Central Federal Milk Marketing Order (CFMMO) - mapeamento das bacias leiteiras dos Estados Unidos. Essa proporção caiu de forma significativa desde o início do sistema de Federal Order, em 2000. Na ocasião, aproximadamente 10% das fazendas comercializavam 50% do leite, escreveram os administradores do Federal Milk Marketing Order em seu boletim de dezembro de 2015.Com base na superfície de área, a Central Order está entre as maiores com operações leiteiras espalhadas no coração da América. As 178 fazendas leiteiras que produziram metade da produção de leite incluem fazendas localizadas nos seguintes estados: Colorado (56 fazendas leiteiras); Iowa (25); Texas (22); Kansas (20); Novo México (19); Nebraska (11); South Dakota (6); Oklahoma (4); Minnesota (4); Wisconsin (4); Illinois (3); Missouri (3); Wyoming (1).Cada uma dessas operações leiteiras produziu mais de 680,35 milhões de quilos de leite em outubro de 2015. Isso equivale a um tanque cheio de leite por dia. Somente partes de fazendas leiteiras em Colorado, Iowa, Kansas, Nebraska, South Dakota, Oklahoma, Illinois e Missouri estão localizados na Central Order. (As informações são da Hoards.com)
 

         

Porto Alegre, 25 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.212

 

     Setor lácteo terá até dia 7 para apresentar sugestões para regulamentação da Lei do Leite

A Secretaria da Agricultura apresentou, na tarde desta quarta-feira (24/02), o projeto de regulamentação da Lei do Leite, o mesmo já detalhado aos associados do  Sindilat no dia 11. O protótipo do decreto será repassado às entidades representativas do setor lácteo ainda hoje para que elas compilem suas sugestões e auxiliem o governo a compor uma proposta coletiva. "O interesse de todos é o mesmo que o nosso: fortalecer o setor. Esse regramento é amplo e complexo", salientou o secretário da Agricultura, Ernani Polo, ao lado do staff técnico que trabalhou no projeto. A apresentação ocorreu na sede da Fecoagro, em Porto Alegre.

Foi combinado que as entidades terão até o dia 7 de março para enviar as sugestões à Secretaria da Agricultura. Os técnicos, então, trabalharão no texto até o dia 11 para compilar os ajustes. Uma reunião coletiva com o setor produtivo para alinhar o texto final ficou agendada para o dia 14 de março, às 9h.  O secretário da Agricultura ainda pontuou a possibilidade de se realizarem algumas rodadas de negociação posteriores para novos ajustes. A ideia, frisou Polo, é ter margem para que a regulamentação fique o mais próximo possível dos anseios do setor. O presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, sugeriu que o decreto não engesse muito a legislação de forma a que restem temas a serem regidos por instruções normativas. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Carolina Jardine/ Divulgação
 
  
 
Riispoa

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou mais uma medida no seu processo de desburocratização da gestão. Decreto da Presidência da República, publicado ontem no Diário Oficial da União, permite a concessão automática do registro dos produtos de origem animal (carnes, mel, ovos, pescados e derivados) com regulamentos técnicos específicos.

Isso engloba o registro do rótulo, a composição e o processo de fabricação do alimento. Hoje, o procedimento demora, em alguns casos, até oito meses. Com a mudança, a obtenção do registro será instantânea, e o Mapa terá mais tempo para se dedicar à fiscalização. "Esse ajuste representa um avanço necessário para beneficiar a agroindústria", disse o secretário de Defesa Agropecuária, Luís Rangel, ao falar sobre a edição do Decreto nº 8.681, que modifica o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, aprovado pelo Decreto nº 30.691, de 1952. Essa medida se destina às empresas do setor agropecuário vinculadas ao Serviço de Inspeção Federal (SIF). De acordo com o diretor do Departamento de Fiscalização de Produtos de Origem Animal (Dipoa), José Luis Vargas, o ministério desenvolverá, em até 90 dias, um sistema para fazer a concessão instantânea do registro. A alteração, acrescentou ele, deve simplificar a concessão do registro de cerca de 90% dos produtos de origem animal. O Mapa aprova, por ano, entre 30 e 35 mil produtos. Leia AQUI o decreto assinado pela presidenta Dilma Rousseff e pela ministra Kátia Abreu. (MAPA)

 
 
Concurso leiteiro da Fenasul/Expoleite 2016 terá novidades
 
 
Reunião com entidades para tratar de novidades na feira 
Foto: Fernando Dias

Foi realizada nesta quinta-feira (25/02) na sede da Secretaria de Agricultura, Pecúaria e Irrigação - SEAPI, reunião para tratar de uma novidade no concurso leiteiro da FENASUL/EXPOLEITE deste ano. O encontro contou com a presença da Gadolando, Farsul, Sindilat, UFRGS e a Câmara Setorial do Leite/SEAPI. 

A proposta é resgatar o torneio leiteiro por qualidade, premiando os animais participantes que apresentarem maior teor de sólidos, como gordura e proteína. Atualmente, esse concurso contempla apenas o quesito volume, porém é bastante receptiva a ideia entre o setor para avaliar também a qualidade do leite. Alguns pontos ficaram pré-definidos para o torneio, como a divisão por categoria, jovem e adulto, o número de ordenhas que serão avaliadas e a premiação para cada vencedor. O regulamento com as especificações ficará pronto na próxima semana, bem como a definição da data da próxima reunião, que contará com outras associações de criadores. (Fonte: CST/Leite/SEAPI)

 
 
Bancos sentem crise no setor leiteiro da Nova Zelândia
 
Os problemas vividos pelos produtores de leite da Nova Zelândia devido ao excesso de oferta global de leite estão causando dor de cabeça para vários bancos na forma de empréstimos. Após cair 3,7% na plataforma comercial internacional na última quarta-feira, os preços do leite em pó integral caíram quase um terço desde outubro. Os menores preços dos lácteos estão reduzindo os lucros das fazendas do Reino Unido e da Austrália, mas estão gerando muita preocupação na Nova Zelândia, onde os produtores acumularam dívidas na última década para converter operações de ovinos e bovinos de corte na produção leiteira.

Responsável por quase um terço do comércio global de lácteos, a Nova Zelândia é conhecida como a "Arábia Saudita do leite". O banco central do país estima que os empréstimos do setor leiteiro representem cerca de 10% dos empréstimos totais do banco no país. Em dezembro, o banco alertou que 80% dos produtores deverão ter um fluxo de caixa negativo na estação de 2015-16 devido aos baixos preços dos lácteos. Somado a isso, há a preocupação de que esses produtores são os mais endividados.

Os bancos australianos estão mais expostos ao setor de lácteos da Nova Zelândia do que os rivais globais, devido a uma série de aquisições de credores locais na década de 1990. Embora as somas que vão a empréstimos ao setor leiteiro sejam uma parte do que o banco disponibiliza para outros negócios ou para compradores locais, elas são grandes o suficiente para os executivos destacarem a dívida como um problema.

O Commonwealth Bank of Australia Ltd. nesse mês disse que as despesas de depreciação de empréstimos em seus negócios na Nova Zelândia aumentaram 11% nos seis meses até dezembro, principalmente devido às maiores provisões dentro da indústria de lácteos. O National Australia Bank Ltd. disse que os empréstimos em atraso por mais de 90 dias como uma proporção dos empréstimos totais aumentaram durante os últimos três meses até dezembro, principalmente devido a sua exposição aos lácteos. O banco estimou prejuízos por empréstimos ao setor leiteiro de US$ 276 milhões, apesar de atualmente não esperar perdas.

A companhia do Commonwealth Ban, maior companhia da Austrália em valor de mercado - recentemente disse que os prejuízos em seu portfólio de empréstimos de US$ 13,4 bilhões às indústrias de mineração e petróleo mais que dobraram, para 1,9% entre junho e dezembro. Nos Estados Unidos, um dos maiores credores de energia, Wells Fargo, citou a "contínua deterioração do setor" por um aumento nas perdas devido aos não pagamentos por companhias de petróleo e gás, para US$ 118 milhões no quarto trimestre, de US$ 28 milhões no terceiro.

A Nova Zelândia, com sua água e pastos abundantes, transformou-se na última década em um país focado na produção de lã e ovinos e no maior exportador mundial de lácteos. As vacas leiteiras agora ultrapassam seu número de 4,5 milhões de pessoas. Essa mudança foi em grande parte financiada pelos empréstimos bancários. A dívida do setor de lácteos chegou a NZ$ 37,9 bilhões (US$ 25,11 bilhões) até o final de junho, de NZ$ 11,3 bilhões (US$ 7,48 bilhões) em 2003. Muitos produtores endividados agora enfrentam uma escolha difícil: perderem  vacas sem garantias de que os preços se recuperaram logo ou se tornarem inadimplentes e perderem suas terra.

No mês passado, a Fonterra Cooperative Group Ltd. reduziu sua previsão de pagamento pelo leite para NZ$ 4,50 a NZ$ 4,55 (US$ 2,98 a US$ 3,01) por quilo de sólidos do leite - equivalente a NZ$ 0,37 a NZ$ 0,38 (US$ 0,24 a US$ 0,25) por quilo de leite -, com relação à estimativa anterior, de NZ$ 5 (US$ 3,31) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,42 (US$ 0,27) por quilo de leite)]. Isso é bem abaixo dos pagamentos médios de NZ$ 6 (US$ 3,97) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,50 (US$ 0,33) por quilo de leite)] - dado em que os bancos basearam suas decisões de empréstimos, disse a firma Fitch Ratings. Com os baixos preços do leite pela segunda estação, a Fitch disse que espera que aumente a inadimplência.

O banco central da Nova Zelândia, que estimou uma queda no fluxo de caixa para o produtor de leite médio de NZ$ 1 (US$ 0,66) por quilo de sólidos do leite [8,4 centavos ( 5,56 centavos de dólar) por quilo de leite], ordenou que os cinco maiores credores da indústria testem seus portfólios de lácteos. Oficiais também conversaram com os bancos para garantir que estão deixando de lado provisões realistas para empréstimos problemáticos.

O diretor executivo da Fonterra, Theo Spierings, disse no mês passado que embora uma recuperação nos preços dos lácteos deva ocorrer mais tarde do que se pensou originalmente, provavelmente acontecerá nesse ano. 

Em 22/02/16 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,66266 
1,50684 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (As informações são do The Wall Street Journal, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 


Fiscais buscam revogação
Nomeado há duas semanas, o novo superintendente do Mapa/ RS, Luciano Maronezi, ainda não assumiu o cargo, alegando problemas pessoais. A expectativa dele é assumir até o começo de março. Enquanto isso, a delegada regional da Anffa, Consuelo Paixão Cortes, afirma esperar que o MPF acolha denúncia da categoria e revogue a decisão. O deputado Luis Carlos Heinze disse que conversou com a ministra Kátia Abreu sobre o tema, mas ela teria dito que a nomeação não seria alterada. (Correio do Povo)

 

    

 

 

         

Porto Alegre, 24 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.211

 

     Preço do leite se recupera no Rio Grande do Sul

As dificuldades climáticas e o início da entressafra resultaram em recuperação dos preços dos produtos lácteos no Rio Grande do Sul neste mês de fevereiro. Segundo levantamento do Conseleite divulgado nesta quarta-feira (24/02), o valor de referência do leite para fevereiro é de R$ 0,8590, aumento de 0,98% em relação ao consolidado de janeiro, que ficou em R$ 0,8506 e já representou alta de 0,99% em relação ao previsto de R$ R$ 0,8422. As cotações estão bem acima dos valores de mercado de fevereiro de 2015, contudo, não acompanham o desempenho do setor em Santa Catarina e Paraná, onde os preços estão em um patamar superior. O descolamento entre a realidade gaúcha e a dos demais estados da Região Sul preocupa o Conseleite/RS. "A realidade em Santa Catarina está descolada, bem acima dos preços do Rio Grande do Sul. Precisamos entender o que está acontecendo", frisou o presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues.

 

Foto: Carolina Jardine

A tendência de aumento foi acompanhada por outros produtos lácteos como o queijo e o creme, por exemplo.   Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a previsão é de novas elevações nos próximos meses com o período de volta às aulas, quando aumenta a demanda das famílias. "A lei da oferta e da procura é soberana. Temos menos leite no mercado e uma demanda ampliada típica desta época do ano", justificou Guerra. Segundo ele, o reajuste é essencial para assegurar a competitividade da indústria gaúcha, que enfrenta concorrência acirrada pelo mercado interno. Também garante valorização adequada ao produtor que vem enfrentado aumento de custos e achatamento de rentabilidade. Muitos criadores de gado leiteiro têm abandonado a atividade ou substituindo-a por outras mais lucrativas como o milho e a soja. Com aumento do milho, pontua ele, também se reduziu a oferta de ração aos animais, o que diminuiu a produção de leite a patamares abaixo dos níveis tradicionais da entressafra.   

Custo de Produção
Durante a reunião, as entidades representativas dos produtores de leite também deliberaram por realizar reunião no próximo dia 17 de março, às 9h, na Fetag. A ideia é debater os modelos de produção e os custos do processo. Devem estar presentes representantes da Farsul, Fetag e Fecoagro, e a ideia é avaliar parâmetros de cálculo que permitam a avaliação se os parâmetros de custo de produção do Conseleite estão de acordo com a realidade do mercado.  Os apontamentos serão apresentados na próxima reunião do Conseleite, em 22 de março. 


 
A Tabela 2 mostra os valores projetados para o preço de referência no mês de fevereiro de 2016, tanto do preço de referência do leite padrão quanto dos preços de referência acima e abaixo do leite padrão. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
  
 
Aliança Láctea recorrerá ao Codesul por harmonização tributária
O impasse criado pela adoção de substituição tributária para o leite UHT pelo estado do Paraná gerou debate acalorado nesta terça-feira (23/02) em reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira, realizada em Porto Alegre (RS).  A medida dificulta o acesso do leite produzido em SC e no RS àquele mercado, com custo majorado em cerca de R$ 0,15 o litro ao consumidor. Integrantes do fórum de estados questionaram o porquê da decisão, que coloca o Paraná ao lado de São Paulo em ações restritivas ao leite e dificulta a almejada harmonização tributária na Região Sul.  Lideranças pontuaram a importância de decisões políticas de governo que ajudem nesse objetivo. Foi definido que um pedido oficial da Aliança Láctea será levado ao Codesul para que os governadores do RS, SC e PR tentem um entendimento acerca da questão fiscal do leite UHT. Há informação que as secretarias estaduais de Fazenda já estão trabalhando em uma proposta conjunta. Presente no encontro, o secretário da Agricultura, Ernani Polo, ficou de encaminhar a questão.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, sugeriu que, frente ao fato concreto de majoração tributária no Paraná, os demais estados adotem medidas que permitam proteger seus mercados. "Os estados vão ter que tomar ações para que suas indústrias se mantenham viáveis", frisou Guerra. Segundo o dirigente, o Rio Grande do Sul enfrenta um custo de logística maior e, para se manter competitivo, tem sua margem de lucro achatada.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do PR (Sindileite/PR), Wilson Thiesen, explicou que, depois de quatro anos de debates, a decisão foi uma imposição das próprias indústrias paranaenses que tinham apenas 24% do mercado local de UHT e viam seus excedentes sendo escoados a São Paulo como leite spot. Apesar disso, pediu apoio dos demais estados para lutar contra as restrições do mercado paulista, o que classifica como inconstitucional.
A Aliança Láctea ainda avaliou o Projeto de Lei da senadora Ana Amélia Lemos, que prevê equiparação tributária de todos os produtos da cesta básica entre as 27 unidades da federação. A medida, que beneficiaria o leite, coloca fim à guerra fiscal mas ainda precisa de encaminhamentos, principalmente em relação à reposição das perdas de alguns estados com a medida. A Farsul declarou-se favorável ao projeto, mas informou que ainda não há uma proposta fechada nem um percentual definido. Uma das hipóteses, pontou o economista da Farsul, Antônio da Luz, é que tais produtos tenham tributação zerada. "Esse é o nirvana dos setores, mas é complexo frente à situação financeira dos estados", destacou Luz.

A próxima reunião da Aliança Láctea ocorrerá dia 18 maio em Florianópolis. Ainda há agendas previstas para julho e setembro, quando a ideia é que o RS assuma a coordenação do grupo.

A Aliança Láctea Sul Brasileira 
É um fórum criado pelos três estados da Região Sul do Brasil (RS, SC e PR) com o objetivo de reunir pessoas e descobrir sinergias que ajudem ao desenvolvimento do setor. Sua atuação é baseada por cinco grandes eixos de trabalho: qualidade do leite, sanidade, assistência técnica e profissionalização dos produtores, estrutura industrial e tributação.

 
Reunião nesta terça-feira na Farsul

Foto: Carolina Jardine

Lácteos têm alta na primeira quinzena do mês

Os preços dos lácteos subiram 0,9% no mercado atacadista na primeira quinzena de fevereiro, em relação à segunda metade de janeiro, considerando a média de todos os produtos pesquisados pela Scot Consultoria. O grupo dos queijos e o leite em pó lideraram as altas, com valorização de 1,7% e 1,1% no período, respectivamente. O leite longa vida também subiu, o litro ficou cotado em R$ 2,16, alta de 4,1% desde o começo do ano. Em relação ao mesmo período do ano passado, a valorização foi de 17,0%. Mesmo em momento de consumo fraco na ponta final da cadeia, a captação tem sido menor, o que diminui a disponibilidade do produto no mercado. De acordo com a Scot, com os aumentos nos custos, os produtores estão investindo menos, o que colabora com a queda da produção. Os laticínios estão reajustando não só os preços do leite longa vida, mas também de outros lácteos, na tentativa de manter as margens de comercialização, já que o preço ao produtor também subiu, diz a consultoria. (Canal Rural/Scot Consultoria)

 


Seapi apresenta decreto
A Secretaria da Agricultura (Seapi) apresenta hoje à tarde, às entidades do setor lácteo, minuta do decreto que vai regulamentar a Lei do Leite -- 14.835, sancionada em 6 de janeiro. A reunião ocorre na sede da Fecoagro. A proposta foi elaborada por técnicos da Pasta e está aberta a sugestões. O prazo de 90 dias para a regulamentação da lei encerra no início de abril. Os transportadores que forem flagrados comercializando leite -- pela lei, a prática fica proibida -- poderão ser penalizados com a perda do cadastro, que pela nova legislação será obrigatório. Entre os pontos que ainda necessitam ser debatidos, explica o veterinário Danilo Cavalcanti, coordenador da Câmara Setorial do Leite, está a normatização do transporte interestadual de leite em função do documento de trânsito que passará a ser exigido no Estado. (Correio do Povo)
 

 

    

         

Porto Alegre, 23 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.210

 

     Seapi padroniza nomenclatura de queijo colonial

Através de portaria assinada essa semana pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação Ernani Polo, o queijo colonial passa a responder apenas por essa nomenclatura. Até então alguns produtos eram registrados e embalados como "tipo colonial", embora o queijo fosse o mesmo apenas com nome diferente. A necessidade da padronização foi apontada em auditoria do Ministério da Agricultura em novembro do ano passado. (Seapi/RS)
 
 
  
RAR/Rasip lança loja virtual

Para atender cada vez melhor aos seus consumidores, a RAR/Rasip lançou seu e-commerce. Através do espaço virtual, os produtos da marca, como queijos, vinhos, azeites, acetos balsâmicos e kits especiais serão comercializados para todo o Brasil. "Queremos levar nossos produtos de forma ágil, através de uma online segura", destaca o diretor-superintendente da empresa, Sergio Martins Barbosa. 

Entre outros produtos, a empresa sediada em Vacaria/RS, responde pela primeira fábrica de queijo tipo grana no Brasil e na América Latina, e de seus derivados como creme de leite, manteiga sob a marca Campos Gourmet e queijo ralado nas marcas Gran Formaggio e Campos de Vacaria. A marca RAR também comercializa queijos italianos importados Grana Padano, Parmigiano Reggiano e Pecorino Romano. (Revista Balde Branco)

Tetra Pak divulga perfil de consumo 
 
Há uma nova geração de consumidores: os denominados Millennials.  São jovens que têm entre 20 e 35 anos, são exigentes e gastam cerca de US$ 600 bilhões por ano, segundo um estudo global realizado pela Goldman Sachs e divulgado pela Tetra Pak.  O levantamento aponta que, em relação ao hábitos de consumo, o grupo está sempre procurando novos produtos e serviços.
 
Uma tendência do grupo é a busca por refeições (comidas e bebidas) rápidas e simples. Cerca de 41% deles disseram que estão dispostos a pagar mais por produtos que facilitem suas vidas. Eles têm como foco a preocupação com a saúde, sendo que mais da metade (51%) evita fast-foood e 63% afirma escolher alimentos e bebidas que conferem mais qualidade de vida.

Os consumidores Millennials buscam cinco atributos-chave nos produtos quando vão às compras: o aspecto da embalagem, se o manuseio e o transporte são fáceis, se é prático para comer e beber diretamente, se a embalagem pode ser fechada novamente e se o produto é sustentável. (Revista Balde Branco)

Laticínio vai exportar soro em pó

Relat, laticínio gaúcho localizado no município de Estação, deverá iniciar as exportações de soro de leite em pó ainda no primeiro semestre deste ano. A decisão veio após conseguir, no final do ano passado, a homologação do Ministério da Agricultura e a certificação de qualidade ISSO 22000. Segundo o diretor da empresa, Claudio Hausen de Souza, os contatos iniciais estão sendo feitos com o Peru, Colômbia, Argélia e Marrocos.

A empresa é líder na fabricação de soro de leite em pó na região sul. Atualmente, tem produzido na sua capacidade máxima, de 65t/dia. "Apesar de o câmbio estar favorável à exportação, o preço do soro internacionalmente segue baixo. Mesmo assim, a expectativa é de que os valores reajam nos próximos meses, valorizando a exportação do produto", observa o dirigente. (Revista Balde Branco)

Goiás quer implantar Conseleite

O presidente do Sindileite-Sindicato das Indústrias de Laticínios no estado de Goiás, Joaquim Guilherme Barbosa de Souza, iniciou articulação para implantar o Conseleite - conselho Paritário do Leite no Estado. "Trata-se de uma antiga aspiração de produtores e industriais do setor, mas só agora deverá ganhar mais fôlego em se tratando de sua implantação", ele afirma.

A instituição cuidará dos interesses dos produtores de leite e das indústrias de laticínios, buscando consenso no que se refere à qualidade dos produtos, tanto in natura quanto industrializados, e dos custos de produção. Esses dados serão repassados para a Universidade Federal de Goiás, que elaborará uma planilha e, a partir dela, todos passarão a conhecer as políticas de preços dos diferentes elos de forma transparente. (Revista Balde Branco)

Projeto para avaliar qualidade do leite

Está sendo realizado na Embrapa Gado de Leite um treinamento que visa capacitar técnicos com atuação na área de Tecnologia da Informação para acompanhar o desenvolvimento de um sistema de inteligência para análise dos dados da qualidade do leite no Brasil. O treinamento reúne analistas de quatro unidades: Gado de Leite, Informação Tecnológica, Informática Agropecuária e Monitoramento por Satélite, além do Departamento de Tecnologia da Informação e do Departamento de Transferência de Tecnologia da empresa.

O sistema a ser desenvolvido reunirá informações geradas pelos laboratórios da Rede Brasileira de Laboratórios de Qualidade do Leite e pelo SIF - Serviço de Inspeção Federal a partir dos últimos 10 anos. De acordo com o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, trata-se de um projeto estratégico que vai consolidar dados gerados pelos laboratórios e transformá-los em conhecimento para subsidiar o Mapa e o Governo Federal no acompanhamento da qualidade do leite do País. "O objetivo é criar condições que favoreçam o desenvolvimento das estratégias, o estabelecimento de políticas públicas, a proposição de normas e legislações. Enfim, criar um painel para aumentar a competitividade do leite brasileiro", afirmou. O treinamento, ministrado pela empresa First Decision, é composto de dois cursos que compreendem o preparo e a organização dos dados para geração de conhecimento para apoiar processos decisórios. (Revista Balde Branco)
 

Ordenhadeiras e a redução de impostos
No final de 2015 recebeu parecer favorável pela aprovação do projeto 8119/14, do deputado federal Alceu Moreira, que isenta do IPI (Imposto de Produto Industrializado) as peças de borracha usadas em máquinas de ordenha e em aparelhos da indústria de laticínios. Atualmente, esses equipamentos são taxados em 5%. Já algumas peças de borracha, como teteiras, anéis de vedação e mangueiras usadas nas máquinas de ordenhar, têm alíquotas de 18%. "O custo das teteiras, que entram em contato direto com o animal e podem alterar a cor, o sabor e a integridade do leite, tem adiado a substituição dessas peças, impactando a remuneração do produtor e a qualidade da matéria-prima", argumenta. (Revista Balde Branco)

         

Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.209

 

     PIB per capita deve cair até 2017, mas menos que nos anos 80

Entre 2014 e 2017, o Brasil poderá ter, pela primeira vez na sua história, quatro anos seguidos de queda no Produto Interno Bruto (PIB) per capita, mas a retração no período será proporcionalmente menor que nas recessões dos anos 80 e 90. Com a queda da taxa de fecundidade, a proporção é mais favorável às famílias. Além disso, mudanças sociais (como o maior emprego das mulheres casadas) e o aumento da rede de proteção do Estado tendem a atenuar o impacto negativo dessa queda na renda média da população. Por outro lado, o expressivo ganho de renda dos últimos anos, amplia a sensação de perda da população. Considerando as previsões atuais do boletim Focus, do Banco Central, a retração acumulada do PIB per capita pode alcançar 11% no período 2014¬2017, enquanto a contração do PIB ficará em 7%. Essa situação é diferente daquela vivida na recessão do início dos anos 80, quando o PIB per capita caiu por três anos seguidos, mas somou retração de 13%, o dobro da queda do PIB, que foi de 6,4%, embora não tenha sido consecutiva. O menor ritmo de crescimento da população explica por que o recuo do PIB per capita, agora, não é tão intenso como foi nos anos 80. Naquela época, a população crescia 2,3 % ao ano. Atualmente, cresce 0,9%. Entre os anos 80 e hoje, o número de filhos por mulher caiu de 4,4 para 1,9. Além de encolher em decorrência dessa mudança na taxa de fecundidade, as famílias estão menos dependentes da renda de um só membro. Há 30 anos, a taxa de participação das mulheres casadas no mercado de trabalho era de 20%. Em 2010, já havia chegado a 54%. Embora no conjunto a renda familiar média possa ficar mais preservada na atual crise, os economistas ponderam que as famílias tendem a sentir mais a atual crise também em função das mudanças dos últimos anos. Mais cientes dos seus direitos, vindas de um período de inflação mais controlada e com o poder de consumo ampliado pelo crédito, que agora secou, a sensação de perda pode ser maior. Luiz Guilherme Schymura, diretor do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre¬FGV), diz que a rede de proteção hoje é maior, o que decorre de programas como Bolsa Família (criado em 2004), seguro¬desemprego (introduzido em 1986, ampliado e reformulado em 1994) e o salário mínimo para idosos (introduzido pela Lei Orgânica das Assistência Social, a Loas, de 1993). "As famílias estão mais protegidas", afirma o economista, ressaltando que, apesar dessa "defesa", a expectativa é outra.

Nos anos 80 e 90, diz Schymura, o salário mínimo funcionava como uma política de controle da inflação, e de certa forma a população de baixa renda era mais resignada. Hoje, a população está mais ciente dos seus direitos e vem de uma década de conquistas sociais e econômicas, o que torna a sensação de perda de bem¬estar muito grande. "A percepção é muito negativa, e o que move é a expectativa", avalia. Para o pesquisador associado do Ibre, Claudio Considera, a queda do PIB per capita representa uma retração da renda média das famílias, mas nessa "média" quem sente mais a perda de bem¬estar são as famílias pobres. Embora a rede de proteção social seja maior que nas recessões anteriores, as pessoas mais pobres sofrem mais porque não possuem patrimônio ou poupança que possam ser gastos nesse momento. Além disso, a sua rede social também é uma rede de pessoas pobres e também menos qualificadas para encontrar novas oportunidades no mercado de trabalho. "O Brasil é um país muito desigual, e a recessão torna essa situação mais aguda", diz Considera. O economista Fábio Silveira, da GO Associados, pondera que a queda da renda média familiar pode ser menor, mas vai incidir sobre uma renda maior, o que amplia a sensação de perda. Entre 2003 e 2014, diz ele, a renda familiar cresceu mais de 60% em termos reais. Esse aumento da renda associado ao crédito ampliou o poder de consumo das famílias. É como se, na década de 80, a perda de renda de uma família de classe média a impedisse de comer fora em restaurantes durante dois anos. Agora, a crise vai impedi¬la de comprar carro e viajar nas férias. No limite, diz, serviços que foram incorporados ao dia a dia das famílias nos últimos anos podem ser revistos. "Todo o colchão é maior e mais largo, mas isso não significa que ele não vai encolher", pondera Silveira. Considera concorda. "A inflação vai corroer o poder de compra dos benefícios do Bolsa Família", diz ele, acrescentando que, além da perda da renda, o ajuste fiscal em curso reduz o espaço para o Estado fazer qualquer tipo de compensação. (Valor Econômico)
 
 
  
 
Corte no orçamento afetará seguro rural

O tamanho da tesourada a ser aplicada sobre os R$ 741 milhões destinados à subvenção do seguro rural em 2016, diante de novo corte no orçamento determinado ao Ministério da Agricultura, será conhecido nesta semana. Secretário de Política Agrícola da pasta, André Nassar é direto ao afirmar que haverá impacto.

- O corte geral no ministério foi de 30%. Só nesta semana saberemos o quanto vai impactar (o seguro) - afirmou, quando visitou o Estado durante a 26ª Abertura da Colheita do Arroz.

Diante dessa nova realidade, fica cada vez mais complicado atender à demanda de fruticultores, em especial os produtores de uva, que tiveram perdas de até 65%, para realocar recursos deste ano para cobrir o rombo que ficou da subvenção do seguro rural do ano passado.

- Se formos utilizar de novo o orçamento para cobrir o ano anterior, continuaremos em uma bola de neve e nunca conseguiremos fazer o seguro chegar onde se quer - diz Nassar.

Em 2015, o governo usou parte do orçamento para pagar o montante que havia faltado em 2014. O valor considerado ideal para o seguro seria de R$ 1 bilhão, segundo o secretário de Política Agrícola. Essa quantia permitiria cobrir 90% do custeio agrícola.

O único alento, às vésperas de mais uma Expodireto-Cotrijal, é de que a redução no orçamento não irá afetar o Moderfrota, linha de financiamentos para compra de máquinas. Pelo contrário. Nassar afirma que o governo trabalha para ampliar o R$ 1,5 bilhão disponível até junho. O pedido, sustentando pelo presidente da Expodireto-Cotrijal, Nei César Mânica, era para mais R$ 2,5 bilhões para a safra 2016/2017.

A ideia, no entanto, afirma o secretário, é ter recursos adicionais ainda para o primeiro semestre. A prerrogativa de anunciar a cifra caberá à ministra Kátia Abreu, que confirmou presença na feira em Não-Me-Toque. Quem sabe virão de lá, enfim, boas notícias. (Zero Hora)

Desemprego sobe para 9% no trimestre até novembro, o maior desde 2012

A taxa de desemprego aumentou para 9% no trimestre encerrado em novembro de 2015, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa desde o início da pesquisa, iniciada em 2012. No mesmo período em 2014, o desemprego atingia 6,5% da população economicamente ativa do país. No trimestre encerrado em agosto, a taxa era de 8,7%. A população desocupada, de 9,1 milhões de pessoas, cresceu 41,5% (mais 2,7 milhões de pessoas) no confronto com igual trimestre de 2014, e aumentou 3,7% (323 mil pessoas) em relação ao trimestre de agosto. É o maior número de desempregados de toda a série da Pnad Contínua.

Já a população ocupada, de 92,2 milhões de pessoas, é 0,6% menor que a do mesmo período em 2014, de 92,7 milhões de pessoas. No trimestre encerrado em agosto, 92,3 milhões estavam empregados. A chamada população fora da força de trabalho diminuiu em 200 mil pessoas, para 63,5 milhões na comparação com 2014, e ficou estável ante o trimestre anterior. A Pnad Contínua verifica o desemprego em todas as regiões do país. 

Menos estabilidade
Ao todo, 1,114 milhão de pessoas perderam o emprego com carteira assinada no trimestre encerrado em novembro do ano passado, ante igual período de 2014. O número representa uma queda de 3,1% nesse contingente. Ainda segundo a Pnad Contínua, houve queda também no emprego sem carteira no setor privado. Em um ano, o recuo foi de 3,5%, o que representou uma perda de 364 mil vagas nessa posição na ocupação. Por outro lado, tipos de trabalho com menor estabilidade ganharam força. Mais de 969 mil pessoas começaram a trabalhar por conta própria - alta de 4,5% na comparação com o trimestre encerrado em novembro de 2014. Já o número de empregadores, aquele que oferece pelo menos uma vaga em seu negócio, subiu 3,3%, ou 127 mil pessoas nesse grupo em um ano. 

O trabalho doméstico também cresceu e reforça o cenário de deterioração do mercado de trabalho. Ao todo, 228 mil pessoas entraram para essa atividade, o que representa uma alta de 3,8% ante novembro de 2014. Indústria demite mais O setor industrial foi o que mais demitiu no trimestre encerrado em novembro. O emprego no setor caiu 6,1%, ante igual período de 2014, o que representa o fechamento de 821 mil postos de trabalho. Outro destaque negativo foi o grupo que inclui, entre outros, atividades financeiras e imobiliárias: 668 mil vagas foram fechadas nesses 12 meses, queda de 6,3%. O setor da agropecuária fechou 179 mil vagas, baixa de 1,9%. Ainda no lado negativo, 140 mil pessoas perderam emprego no segmento "outros serviços", o que representa uma queda de 3,3%, na comparação com o trimestre encerrado em novembro do ano passado. Já a construção se manteve praticamente estável. Ao todo, foram criados 12 mil empregos no setor, o que significa uma alta de 0,2% na mesma base de comparação. Na comparação com o trimestre anterior, encerrado em agosto, houve aumento de 6,1% no número de ocupados no setor, ou 446 mil empregos a mais, o melhor resultado entre os setores nesse tipo de confronto. Entre os destaques positivos está a criação de 219 mil ocupações no comércio. Ante o trimestre encerrado em novembro de 2014, houve crescimento de 1,3%. 

Outros setores que também contrataram nesse mesmo período de comparação: alojamento e alimentação, com 209 mil novas vagas (+4,9%); transporte, armazenagem e correio, com mais 193 mil ocupações (+4,6%); o grupo que inclui administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais ¬ que contratou 332 mil trabalhadores (+2,2%). 

Renda
Quanto à renda, o rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 1.899) caiu 1,3% ante o mesmo período em 2014, quando era de R$ 1.923, e recuou 0,7% ante o trimestre anterior, quando era de R$ 1,923. A massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos para o trimestre encerrado em novembro (R$ 169,9 bilhões) caiu 1,7% ante os R$ 172,8 bilhões do mesmo período em 2014, e recuou 0,6% ante os R$ 171 bilhões do trimestre anterior. (Valor Econômico)

 

Argentina 
A balança comercial da Argentina fechou 2015 com déficit de US$ 3,035 bilhões e reverteu a tendência positiva dos anos anteriores - informou nesta quinta-feira o instituto oficial de estatísticas Indec. O total exportado bateu US$ 56,752 bilhões, enquanto as importações registraram US$ 59,787 bilhões, de acordo com o Indec. Em 2014, o saldo favorável no comércio chegou a US$ 3,1 bilhões. O melhor ciclo dos últimos cinco anos foi em 2012, com superávit de US$ 12 bilhões. (Agência IN)