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Porto Alegre, 18 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.228

 

    Decreto regulamentará o transvase no RS

O decreto que regulamentará a Lei do Leite (Lei 14.835) deve autorizar o transvase no Rio Grande do Sul. Pedido histórico das indústrias gaúchas, a medida representa um ganho logístico considerável, uma vez que permite a captação de leite por um caminhão com dois tanques acoplados. "É uma vitória para o setor. Há anos o Rio Grande do Sul está em defasagem em relação a outros estados nessa questão", pontuou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, lembrando que a medida permite a inclusão de mais produtores na cadeia uma vez que o sistema viabiliza a coleta em propriedades mais distantes.

A confirmação veio em reunião na tarde desta quinta-feira (17/03), quando a Secretaria da Agricultura (Seapi) apresentou a nova redação do decreto, que traz incorporadas algumas sugestões da indústria, produtores e entidades.  Pela legislação, o transvase só será possível em veículo com tanques em chassis separados, o que, no mercado, é conhecido como Romeu e Julieta. Além disso, o transvase do leite cru deve ser realizado em circuito fechado  (sem manipulação).  Os locais de transvase (onde o leite passa de um tanque para o outro) devem ser previamente definidos e informados à Seapi, além de obedecer a normas ambientais e de segurança. Outra exigência é que cada tanque tenha seu próprio documento de trânsito e que os dois voltem juntos às plataformas das indústrias. 

Outro ponto em debate foi a normatização da contratação dos transportadores. Passará a ser exigida, no ato da contratação, consulta prévia sobre impedimentos junto ao Serviço Oficial de Inspeção. Segundo o assessor técnico da Seapi, Fernando Groff, o decreto só poderá ser plenamente aplicado após elaboração de instruções normativas que deem prazo aos agentes do setor para se adaptarem às novas regras.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

Foto: Reunião na Secretaria da Agricultura
Crédito:Carolina Jardine
  

Ação distribui gibis na Ilha da Pintada

A equipe da Secretaria da Agricultura (Seapi) esteve na Ilha da Pintada nesta quinta-feira (17/3) para divulgar a importância do consumo de leite e produtos lácteos. Além de palestras aos alunos da Escola Maria José Mabilde, os profissionais ainda distribuíram os gibis Pedrinho & Lis - A Origem do Leite. A publicação, lançada na Expointer de 2015, fala sobre o setor em uma linguagem infantil e teve seu conteúdo elaborado pelos estudantes do curso de Veterinária Pedro Nery e Liskettelen Lorscheiter, estagiários da Seapi e também personagens da história.

Segundo o veterinário e representante da Câmara Setorial do Leite, Danilo Gomes Cavalcanti, participaram cerca de 100 crianças, que ainda receberam lanche à base de produtos lácteos, ação que contou com apoio das indústrias. O projeto ainda integrou crianças ligadas à associação de pescadores local. "Começamos o Programa Leite na Escola 2016 na ilha da Pintada, em uma escola estadual que nos recebeu muito bem. Crianças entre 6 e 9 anos participaram da ação. Foi a primeira das 50 escolas que pretendemos visitar ainda este ano", completou. Segundo Cavalcanti, a equipe trabalha na composição da agenda anual de palestras. A ideia é incluir o maior número de escolas possível de forma a levar informações sobre o leite para as crianças. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

Crédito: Danilo Gomes


Leite: primeira queda no volume anual em 23 anos

O IBGE divulgou nesta quinta-feira (17/03) os dados referentes à captação formal de leite no último trimestre de 2015. No trimestre, foram adquiridos cerca de 6,3 bilhões de litros, queda de -3,9% em relação ao mesmo período de 2014.  No ano, a captação de leite pela indústria totalizou 24 bilhões de litros, uma queda de -2,8% sobre 2014. 

Gráfico 1 - Captação formal de leite.

Fonte: IBGE

Anteriormente, havíamos publicado aqui no MilkPoint, uma projeção de queda na captação de leite de -2,6%, elaborada através de um modelo de previsão que correlaciona a RMCR (Receita Menos Custo de Ração) e a captação. O gráfico 2 abaixo apresenta a comparação entre essas variáveis.

Gráfico 2 - Variação anual RMCR* x Variação anual captação de leite.
*Os dados de RMCR apresentam duas defasagens, de modo a ajustar a correlação entre as curvas. Fonte: MilkPoint Inteligência

Na série histórica de captação de leite do IBGE, que se inicia em 1997, nunca houve uma queda anual na captação. Se analisarmos a produção de leite total, divulgada na Pesquisa Pecuária Municipal que possui uma série histórica maior, a última queda anual havia sido em 1993. 

Em todas as regiões do país, houve queda na captação de leite em 2015, embora a intensidade da queda tenha apresentado diferenças expressivas entre as regiões: no Norte (-13,9%), Nordeste (-5,5%) e Centro-Oeste (-8,8%) as quedas foram mais intensas. Enquanto no Sul (-0,9%) e Sudeste (-0,8%), apresentaram reduções bem menores no volume captado de leite pela indústria, como pode ser visto no gráfico 3 baixo.

Gráfico 3 - Variação da captação de leite por região - 2015 x 2014 (em %).

Fonte: IBGE

Entre os principais estados na captação de leite, Minas Gerais continuou com o maior volume de leite captado (6,4 bilhões de litros; -2,3% x 2014), seguido pelo Rio Grande do Sul (3,5 bilhões de litros; +1,6%), Paraná (2,8 bilhões de litros; -4,6%), São Paulo (2,6 bilhões de litros; +3,4%), Goiás (2,4 bilhões de litros; -8,8%) e Santa Catarina (2,3 bilhões de litros; +0,2%). Devido à intensidade da queda em Goiás, o estado perdeu o posto de 4º maior estado em captação de leite para São Paulo. Importante ressaltar que a captação de leite refere-se ao local em que o leite é processado; portanto, há volumes que podem ser produzidos em um estado e serem contabilizados como captação em outro.

Gráfico 4 - Variação da captação de leite por estado - 2015 x 2014 (em %).

Fonte: IBGE

A queda na captação não foi compensada por um aumento expressivo nas importações. Ao estimarmos o consumo anual per capita aparente, índice que considera a produção total (no caso, estimamos a produção total (captação formal + informal, através da variação na captação formal de 2015), importações e exportações, os números mostram que o consumo anual per capita aparente apresentou uma queda de -2,7%, refletindo a crise econômica do país, como mostra o gráfico 4.

Gráfico 5 - Evolução do consumo anual per capita.


Fonte: IBGE
 

Preços/EU
Em janeiro, a média ponderada do preço do leite ao produtor, na Europa, foi de € 29,61/100 kg (22,96ppl), [R$ 1,29/litro], € 0,86/100 kg menos (2,8%) do que no mês anterior. Em ppl [pence por litro], foi 0,21 ppl (0,9%) maior que em dezembro. Comparado com o ano anterior a média de janeiro foi € 2,11/100 kg (6,7%) menos, queda anual de 2,13 ppl. A média do preço do leite no Reino Unido foi de € 30,53/100 kg (23,67ppl), [R$ 1,33/litro], o sexto maior preço dentre os países que compõem a UE-15, depois da Grécia, Finlândia, Áustria, Itália e Suécia. A média de preço na UE-15 foi de € 30,14/100kg, (23,37ppl) [R$ 1,31/litro], em janeiro, redução de 2,9%, em relação a dezembro, e, 2,06 €/100 kg, ou 6,4% menos do que a média de janeiro de 2015. Entre os cinco maiores produtores de leite do bloco, (Alemanha, França, Reino Unido, Holanda e Polônia), a média geral foi de €28,77/100kg, [R$ 1,25/litro], queda de 4,1% em relação ao mês anterior. (DairyCo - Tradução livre: Terra Viva)
 
 

 

 

    

 

         

Porto Alegre, 17 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.227

 

    Promoções 

Consumidores com mais de 55 anos são os que mais passaram a procurar promoções nos últimos 12 meses, em função da crise, segundo pesquisa da Mintel: 42% do total, contra 36% da média. Já os mais jovens passaram a comprar quantidades maiores para estocar. A Mintel recomenda aos supermercados oferecer aos clientes do programa de fidelidade a possibilidade de escolher alguns itens nos quais teriam desconto mensal fixo.

Os clientes poderiam ainda alterar essa "cesta de ofertas" conforme suas necessidades. A medida ajudaria inclusive a melhorar a adesão ao programa. A consultoria lembra que a rede britânica Sainsbury's tem uma ação chamada "Brand Match". Nela, sempre que o cliente adquire mais de 10 produtos diferentes, o supermercado compara os preços com os da concorrente Asda. Se o valor for superior, o consumidor ganha um cupom no valor da diferença para ser usado na próxima compra. Atenção: O leitor da SM que digitar o código SMM20 na loja virtual da Mintel ( brasil.mintel.com ) terá 20% de desconto na compra do relatório completo. Mais informações: brasil@mintel.com ou 0800 095 9094. (Supermercado Moderno)

 

 
  
Alta de preços do leite no mercado spot

No mercado spot, ou seja, o leite comercializado entre as indústrias, os preços do leite subiram em março. As cotações estão firmes e em alta desde a primeira quinzena de dezembro do ano passado, corroborando com o cenário de produção em queda e maior concorrência entre os laticínios.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, o preço médio ficou em R$1,32 por litro, uma alta de 5,4% em relação a segunda quinzena de fevereiro deste ano. O preço máximo foi de R$1,42 por litro. Em relação a março do ano passado, o leite spot subiu 31,7% no estado.

Em Minas Gerais, o preço médio ficou em R$1,33 por litro, um aumento de 8,7% em relação a quinzena anterior. Em curto prazo não estão descartados altas de preços no mercado spot. Para o produtor, a expectativa também é de mercado firme e preços do leite em alta em curto e médio prazos. (Scot Consultoria)

Agronegócio/RS

A Assessoria Econômica do Sistema Farsul divulgou o Relatório de Comércio Exterior do Agronegócio do RS do mês de fevereiro de 2016. O levantamento aponta o setor como responsável por 61,9% das exportações do estado. O total comercializado pelo agronegócio foi de US$ 531 milhões, fechando sua Balança Comercial com um resultado de US$ 456 milhões.

O resultado representou uma queda de 1,66% na comparação com fevereiro de 2015, muito em função dos números relacionados ao Trigo, que no ano passado registrou exportação acima da média. "O Trigo foi responsável por mais da metade das exportações do RS em fevereiro de 2015, por isso a base de comparação não é muito justa. As exportações foram melhores distribuídas neste ano, com crescimento em quase todos os produtos", afirma Antônio da Luz, economista-chefe do Sistema Farsul. Carnes (5,6%), Arroz (7,6%), Fumo (10,3%) e setor Lácteo (16,8%) foram alguns dos grupos que registraram crescimento. Em comparação com o mês de janeiro/2016, houve um aumento de 5,5% no valor exportado, de US$ 503 milhões para US$ 531 milhões. Entre janeiro e fevereiro deste ano, o Rio Grande do Sul exportou US$ 1,035 bilhão em mercadorias do agronegócio, queda de 9,4% em relação ao mesmo período do ano passado. O volume exportado foi de 1,543 milhões de toneladas, queda de 18,9% em relação a 2015. A China aparece como o principal parceiro comercial das exportações do RS em fevereiro, com US$ 75 milhões, ou seja, 14,2% do total. Na sequência aparecem Estados Unidos, com US$ 59 milhões, e Rússia, com US$ 24 milhões. (Farsul)

Governo argentino cogita usar leite em pó para pagar dívida energética com a Venezuela

A Argentina está nadando em um oceano de leite em pó: estima-se que existe um excedente de 50.000 toneladas que não tem para onde ir. As razões disso estão, em parte, no desaparecimento da demanda venezuelana. Até agora em 2016, declarou-se as exportações de 2.520 toneladas de leite em pó integral com destino ao mercado venezuelano (parte das quais são realizadas pela SanCor como parte do pagamento do crédito com esse país de US$ 80 milhões, recebido pela cooperativa em 2006). No mesmo período de 2015 (1 de janeiro a 9 de março), as exportações argentinas de leite em pó à Venezuela foram de 30.590 toneladas.

No ano passado, autoridades do governo kirchnerista promoveram, no marco do acordo "petróleo por alimentos" administrado por funcionários venezuelanos, exportações de leite em pó destinadas à Venezuela. Porém, com o governo atual, essa atividade foi cortada. Assim como a gestão kirchnerista deixou uma fatura não paga de US$ 300 milhões pela importação de gás boliviano, tampouco terminou de abonar as importações de petróleo venezuelano (dívida que algumas fontes estimam ser de cerca de US$ 500 milhões).

Nesse contexto, uma das alternativas que está sendo estudada pela equipe econômica do Governo de Macri - adiantada pelo ministro da Agroindústria, Ricardo Buryaile - é comprar todo o excedente de leite em pó integral em estoque do mercado argentino para empregá-lo como parte do pagamento da dívida energética com a Venezuela herdada da gestão anterior.

Não existem muitas alternativas para o enorme estoque de leite em pó: a indústria de lácteos argentina está vendendo, por exemplo, o produto a destinos exóticos (como Afeganistão ou Paquistão) a valores FOB de US$ 1.700/tonelada (quando o preço de equilíbrio gira em torno de US$ 2.400/tonelada [com os valores pagos atualmente aos produtores de leite]). 

A opção de recorrer ao salvo-conduto venezuelano é atrativa, ainda que não esteja isenta de dificuldades. Nesses dias, por exemplo, foi divulgada a informação de que o governo da Venezuela congelou a distribuição de cerca de 25.000 toneladas de leite em pó, porque o preço das embalagens era superior ao valor de venda máximo fixado oficialmente para o alimento. (As informações são do Valor Soja, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
Economia encolheu mais de 5% em oito Estados, a maioria no Norte e Nordeste

Todas as economias regionais foram atingidas de alguma forma pelo recuo de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional em 2015, mas alguns Estados sofreram mais do que outros. Nada menos do que oito deles tiveram queda igual ou superior a 5% no ano passado ¬ seis destes localizados no Norte e no Nordeste. O destaque foi o PIB do Amazonas, Estado que responde por mais de um quarto da atividade da região, que caiu mais do que 9%. Não foi por acaso que as quedas mais fortes se concentraram no Norte e do Nordeste. As duas regiões reverteram a tendência sustentada até 2014, com desempenho pior do que o da média nacional no ano passado, algo que, segundo especialistas, deve se repetir em 2016. O PIB do Norte caiu 4,4% e o do Nordeste, 4,1% ¬ os piores resultados do país. Um ano antes, as regiões registravam um desempenho bem acima do PIB (que subiu 0,1%), em alta de 1,2% e 1,6%, respectivamente, segundo dados da consultoria 4E.

A região Nordeste foi atingida especialmente pela queda de investimentos na área de infraestrutura e pela contração do setor de serviços. No Norte, o recuo de 4,3% do varejo nacional explica o quadro bem pouco animador. Crucial para o Estado, a produção da Zona Franca de Manaus foi atingida em cheio pela crise, em especial a de bens duráveis. Ao mesmo tempo, favorecidos pelos bons ventos que sopram do setor externo, o Sul e o Centro Oeste emitem os primeiros sinais de recuperação e devem puxar movimento de recuperação. Os números oficiais do IBGE para os Estados saem com pelo menos dois anos de defasagem. Com base em dados de alta frequência, como a pesquisa mensal do varejo e alguns índices que o Banco Central disponibiliza, bancos e consultorias conseguem estimar séries mais atuais. Para o sócio da 4E Consultoria, Leopoldo Gutierre, a recuperação dos Estados deverá ocorrer somente a partir de 2017, com a redução de parte da incerteza política e um aumento da confiança dos agentes. "Centro Oeste e Sul vêm sofrendo com os problemas de queda da demanda e confiança como o Brasil como um todo, mas devem se recuperar um pouco mais rápido, colhendo frutos do setor externo". "A queda na atividade foi muito disseminada e esse movimento continua no primeiro trimestre deste ano", afirma Rodrigo Miyamoto, economista do Itaú Unibanco. "Mas há regiões mais voltadas para exportação, beneficiadas pela desvalorização cambial, como Centro Oeste e Sul com relação a carnes, e a celulose mais no Mato Grosso do Sul". 

Dentre os 15 Estados que caíram mais do que o PIB em 2015 (¬3,8%), Amazonas caiu 9,1%, segundo dados da 4E. Para o Itaú, o recuo chegou a 9,2% e o cenário para 2016 segue ruim. Em dezembro, o PIB do Amazonas teve baixa de 12,5% sobre igual período de 2014, em linha com o fraco resultado das vendas de Natal. Na outra ponta, a queda de Roraima foi de apenas 0,2%. Segundo especialistas, a queda da demanda demorou mais para bater no Estado, mas será difícil vê¬lo escapar de outro ano ruim para a economia como um todo. No Nordeste, diz Gutierre, o impacto da Lava¬Jato foi mais forte, devido aos cancelamentos de projetos de estaleiros e ligados a Petrobras, que justificaram uma retração também forte da demanda. O Estado que mais contribuiu com essa queda foi Pernambuco, o segundo maior da região, com queda de 4,5% do PIB no ano passado. Paraíba e Maranhão, no entanto, caíram 5% cada em 2015, os piores resultados da região e em linha, segundo Gutierre, com o forte recuo no comércio varejista ampliado desses Estados no ano, com baixas de 14,3% e 11,3%, respectivamente. Única região a cair em 2014 (¬0,5%), o Sudeste voltou a registrar queda em 2015, de 3,7%. Na região, o PIB de São Paulo caiu 3,9% nas contas da 4E, queda que chegou a 5,1% segundo o Itaú. O Estado que responde a cerca de 30% do PIB do país acompanhou o desempenho sofrível da indústria da transformação, em especial do setor automotivo. Para Gutierre, a contração de 6,3% esperada para a indústria em 2016 não deve contribuir para uma melhora no cenário. 

O Rio caiu menos (¬1,6%), puxado por investimentos ligados à Olimpíada, que mantiveram a demanda relativamente mais aquecida. Com a realização do evento e um cenário de preços do petróleo retraídos, o Rio deve voltar a se comportar em linha com outros Estados da região, como São Paulo. Já Minas e Espírito Santo devem sofrer um pouco mais pelos efeitos do desastre de Mariana. "O Espírito Santo teve queda forte da produção industrial no quarto trimestre de 2015 e a tendência é que isso não se repita. Mas o nível de atividade deve se manter muito baixo e, por conta do carregamento estatístico, o desempenho será ruim neste ano", diz Miyamoto. O Sul caiu 4% em 2015 puxado pelo Rio Grande do Sul (¬ 4,9%), que responde por cerca de 37% do PIB da região. O Estado teve, segundo a 4E, queda de 1,5% do emprego formal e de 13,2% no varejo ampliado, os piores números da região. Para o Itaú, o PIB do Rio Grande do Sul caiu mais, 5,8%. O quadro só não foi pior devido à reação do setor externo: nas contas da 4E, o saldo comercial do RS passou de US$ 7,5 bilhões para US$ 21,3 bilhões em 2015. É também o setor externo que deve favorecer o Centro Oeste em 2016. Em 2015, a queda do PIB da região foi de 3,8% e só não foi melhor pelo fraco desempenho de Goiás, cujo PIB caiu 5,6%. (Valor Econômico)

 
 

Inspeção/MS 
Mato Grosso do Sul atualizou a sua legislação sobre a inspeção e fiscalização de produtos de origem animal fabricados no estado. A lei com as novas normas foi publicada na edição desta sexta-feira (11), do Diário Oficial sul-mato-grossense e moderniza regras estabelecidas em 1991. O chefe da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Dipoa/Iagro), Ivan Garcia de Freitas, aponta que essa atualização além de necessária para adequar a legislação estadual as novas demandas da área, também é um pré-requisito para que o estado possa aderir ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi). Ele explica que por meio do Sisbi, as empresas locais, que contam somente com o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) também poderão vender seus produtos para outros estados, o que deve representar uma grande abertura de mercado para os empreendimentos sul-mato-grossenses. (G1/MS)
 

 

    

         

Porto Alegre, 16 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.226

 

    Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida em Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprovou e divulgou os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em fevereiro de 2016 e a projeção dos valores de referência para o mês de Março de 2016, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. Os valores de referência indicados nesta resolução correspondem à matéria-prima leite denominada Leite CONSELEITE IN62, que se refere ao leite analisado que contém 3% de gordura, 2,9% de proteína, 600 mil uc/ml de células somáticas e 600 mil uc/ml de contagem bacteriana. 

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Março de 2016 é de R$ 1,8447/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleite.com.br/conseleite. (Fonte: Conseleite/PR) 
 
 
  
Laticínios Santa Mônica associa-se ao Sindilat

A Laticínios Santa Mônica, de Esperança do Sul (RS), é a mais nova associada do Sindilat. A parceria com o sindicato teve início em janeiro deste ano. Segundo o diretor da empresa, Luciano Possebon, a adesão é uma importante oportunidade para se aproximar do mercado e das novidades do setor.

Fundada em outubro de 2009, a empresa está localizada na região noroeste do Rio Grande do Sul e possui capacidade de processamento de 150 mil litros/dia. A indústria gaúcha atua na produção de queijo do tipo prato e é responsável pelo emprego direto de mais de 75 funcionários. Com a associação ao Sindicato da Indústria de Laticínios do RS, a Santa Mônica pretende consolidar-se como marca e aumentar a qualidade da sua produção. "Há mais de seis anos trabalhamos para se destacar no mercado de queijos e agora, ao lado do sindicato, buscamos fortalecer nossa imagem junto ao mercado e o consumidor", salientou Possebon. 

Além da indústria em solo gaúcho, a Laticínios Santa Mônica também possui uma fábrica em Catanduva (PR). No estado paranaense, dedica-se à produção de queijo mussarela. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Languiru reelege diretoria para a gestão 2016/2020

Em Assembleia Geral Ordinária, realizada no dia 12 de março, a Cooperativa Languiru, de Teutônia, reelegeu a atual diretoria da empresa. O presidente Dirceu Bayer e o vice-presidente Renato Kreimeier permanecem à frente da cooperativa até 2020. "Assumimos com a responsabilidade de buscar uma Languiru cada vez mais saudável. Temos um futuro promissor para a cooperativa e apostamos muito na sucessão na Languiru e nas propriedades rurais de nossos associados", destacou Bayer.

 
Presidente reeleito, Dirceu Bayer, agradeceu a confiança. Foto: Leandro Augusto Hamester

Como secretário foi eleito o associado Roque Silvio Schneider. Os conselheiros efetivos são Aldo Bortolo Pedrussi, Flávio João Walter, Erni Germano Lautert e Lotario Dickel, tendo como suplentes Diego Augusto Dickel, Renato Aschebrock, Jonas Rafael Schneider e Jair Duarte de Vargas. O Conselho Fiscal eleito é composto pelos efetivos Eliseu Wahlbrinck, Valério Trapp e Zilmar Rutz, tendo como suplentes Valmir Günter Osterkamp, Marco Alexandre Klafke e Romeu Drebes. 

Durante a assembleia, que contou com a participação de 200 pessoas, entre associados, colaboradores e autoridades, também foi apresentado demonstrativo econômico da Languiru. Em 2015, a cooperativa alcançou um faturamento bruto de 1,128 bilhão, consolidando-se como a terceira maior cooperativa de produção do Rio Grande do Sul. A expectativa para 2016 é de que o percentual de crescimento fique em torno de 10%, chegando a R$ 1,2 bilhões em faturamento bruto. (Fonte: Assessoria de Imprensa Sindilat, com informações da Cooperativa Languiru)

Nove entre dez brasileiros compraram leite condensado em 2015 e produto segue estável na crise
 
Enquanto muitos produtos deixaram de marcar presença nos lares brasileiros em 2015, o leite condensado seguiu sendo consumido pela população. Nove em cada dez domicílios compraram o produto ao menos uma vez no ano passado. A média de consumo foi de mais de uma embalagem de 395 gramas por mês. As informações são da Kantar Worldpanel.

O levantamento aponta ainda que o crescimento do mercado do item se estabilizou, com uma retração de 0,2% tanto em volume quando em valor, em relação a 2014. O gasto médio com o ingrediente básico de doces como o brigadeiro foi de R$ 5,82 por ida ao ponto de venda, com compra de 830 gramas em cada visita.

Outra conclusão do estudo é que o Grande Rio de Janeiro é a região com maior frequência de compra e volume de leite condensado por ocasião - 7,6 vezes e 913 gramas médias por viagem. Além disso, os dados dão conta de que o crescimento dos atacadistas impede a retração da categoria, uma vez que o canal tem volume por ocasião 20% maior que os demais.

O estudo revela ainda que a tradicional latinha de leite condensado segue perdendo espaço ano após ano, abrindo espaço para as caixinhas. Em 2011, por exemplo, a embalagem de metal respondia por 40,2%, enquanto a cartonada registrava 59,8%. No ano passado, os números passaram, respectivamente, para 19,9% e 80,1%. (As informações são da Kantar Worldpanel e do MaxPress)

 
Lucro da Vigor mais que dobrou em 2015

A Vigor Alimentos, empresa controlada pela holding J&F, encerrou 2015 com um lucro líquido consolidado de R$ 242,8 milhões, mais do que o dobro dos R$ 120,031 milhões do ano anterior. No período, a receita líquida consolidada da empresa de lácteos alcançou R$ 5,219 bilhões, incremento de 18,8% sobre 2014. O avanço se deve à expansão das vendas para outras regiões do Brasil ¬ como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Estados do Norte ¬, o que levou ao aumento de 25% na base de clientes, para 72 mil pontos de venda no país. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) consolidado da Vigor também teve crescimento expressivo, de 28,6%, no ano passado, para R$ 456,4 milhões. Esse número exclui efeito do ganho de ágio da aquisição da Danúbio pela Vigor no primeiro semestre de 2015. A margem Ebtida da Vigor subiu 0,7 ponto percentual, para 8,7% no ano que passou. Os dados consolidados da Vigor incluem a participação de 50% na mineira Itambé Alimentos. O diretor-¬presidente da Vigor, Gilberto Xandó, disse que os resultados refletem a estratégia, definida nos últimos dois anos, de ampliar as vendas para regiões além do Estado de São Paulo, do crescimento da base de clientes e do investimento em "inovação", especialmente com a categoria de iogurte grego. Ele afirmou ainda que nos últimos dois anos a Vigor investiu na melhoria da qualidade de seus produtos, com reposicionamento da marca, o que permitiu "reprecificar" a companhia. 

O forte investimento em publicidade em 2015 também contribuiu para o desempenho. "Nada é surpresa. Vemos, sucessivamente, oito a 10 trimestres com evolução gradual dos resultados", disse Xandó. De acordo com o executivo, a Vigor continuou crescendo na categoria grego em 2015 e num ritmo mais forte do que o mercado. Citando dados Nielsen, ele afirmou que enquanto o mercado de grego cresceu 35% em valor no ano passado no país, o avanço da categoria para a Vigor foi de 60%. Os volumes comercializados pela Vigor (consolidados) totalizaram 921,9 mil toneladas em 2015, alta de 11,8%. A categoria de lácteos, que concentra os produtos de maior valor agregado, teve vendas de 261,3 mil toneladas, aumento de 12,7%. Embora tenha melhorado o desempenho, a Vigor enfrentou alta de custos em 2015, principalmente dos chamados preços administrados, e tomou medidas para ampliar a eficiência em suas fábricas, segundo Xandó. "Tivemos de repassar [ a alta para os produtos finais]", afirmou. Em média, o aumento de preços foi de 9% a 12% ao longo de 2015. O custo dos produtos vendidos (CPV) no consolidado da Vigor somou R$ 3,642 bilhões em 2015, ou 69,8% da receita líquida. O CPV havia sido equivalente a 72,3% no ano anterior, segundo a Vigor. Graças sobretudo à melhora operacional, a Vigor Alimentos conseguiu reduzir sua alavancagem financeira (relação entre a dívida líquida e o Ebitda) no ano passado. No fim de 2015, ela era de 1,7 vez; havia encerrado 2014, em 2,2 vezes. 

O endividamento líquido consolidado no fim de 2015 ficou em R$ 753,4 milhões, R$ 13,9 milhões a menos que em dezembro de 2014. Segundo o diretor¬presidente da Vigor, a dívida caiu pouco porque, além dos investimentos em 2015 ¬ tanto em Capex quanto em marketing ¬, a empresa optou por terminar o ano com o "caixa reforçado". Para isso, fez captações financeiras, alongando o prazo médio da dívida e reduzindo seu custo médio. No fim de dezembro de 2015, o caixa da Vigor alcançou R$ 561,7 milhões, equivalente a 94,2% da dívida bruta de curto prazo da empresa. Os investimentos da Vigor somaram R$ 200 milhões em 2015, conforme Xandó, sendo cerca de R$ 90 milhões na unidade em construção em Barra do Piraí (RJ), que deve começar a operar neste semestre. Os resultados consolidados da Vigor no último trimestre de 2015 também melhoraram na comparação com o mesmo intervalo um ano antes. A empresa fechou o período com lucro líquido de R$ 50,436 milhões, alta de 26,9% sobre o mesmo intervalo de 2014. Já a receita líquida somou R$ 1,476 bilhão, aumento de 27,4%, e o Ebitda alcançou R$ 145,256 milhões (alta de 42,2%). (Valor Econômico)

 
 

Leite: melhorar a qualidade é o desafio do Brasil
A melhoria da qualidade do leite é um grande desafio no Brasil. Esse foi um dos principais enfoques do Fórum Estadual do Leite, que aconteceu nesta quarta-feira, dia 9, durante a Expodireto, em Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul.  Para acessar o vídeo, CLIQUE AQUI. (Canal Rural)


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Porto Alegre, 15 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.225

 

    Leilão GDT: leite em pó integral completa 2 meses abaixo de US$ 2mil/ton

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (15/03) registrou queda de 2,9% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$ 2.190/tonelada. 

O leite em pó integral manteve-se praticamente estável, sendo comercializado a US$ 1.971/tonelada (-0,8% sobre o último leilão), é o quarto leilão seguido no qual o produto fica abaixo de US$ 2.000/tonelada . O leite em pó desnatado registrou queda de 2,5%, chegando a US$ 1.731/tonelada. O queijo cheddar também registrou queda, sendo comercializado a US$ 2.441/tonelada, valor 5,6% inferior ao do último leilão.

Foram vendidas 20.406 toneladas de produtos lácteos neste leilão, volume cerca de 0,7% superior ao mesmo período do ano passado, o que indica que mercado continua desaquecido.

Os contratos futuros de leite em pó integral demonstram que o mercado não espera por grandes reações nos preços de lácteos, pelo menos até o mês de setembro, tendo em vista que o contrato para esse mês fechou a US$ 2.135/tonelada.(Fonte: Global Dairy Trade, elaborado pelo MilkPoint Inteligência)

 
 
 
 
  
 
LatVida volta à ativa e retoma ação sindical

Depois de quase dois anos afastada do mercado, a empresa Latvida voltou a atuar no mercado gaúchos de lácteos e, reforçando sua participação, também retornou para o quadro de associados do Sindicato da indústria de Laticínios do RS (Sindilat). O reingresso foi oficializado em reunião de associados no mês de janeiro.

Localizada na cidade de Estrela, o estado do Rio Grande do Sul, a Latvida produz leite UHT (longa vida), queijos, bebidas lácteas e doce de leite. Com captação de 100 mil litros diariamente, a empresa emprega 82 funcionários e tem cerca de 500 produtores filiados. Segundo o gestor de produção, Itamar Henz, a Latvida volta com uma nova visão, focada na qualidade de seus produtos e em uma aproximação com o consumidor. "A marca está priorizando o atendimento corpo a corpo, tentando se fazer mais presente, não só para os funcionários, mas para os varejistas e consumidores", afirma. 

Nesse movimento, a volta ao Sindilat também fortalece a nova Latvida e contribuiu na orientação de boas práticas de produção. Segundo Henz, a marca Latvida está alinhada com o setor na busca por e priorizar a saúde dos consumidores gaúchos e a excelência dos processos. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
EUA: universidades analisam tamanho das fazendas x rentabilidade

Por muitos anos, as universidades americanas de Cornell, de Michigan e de Wisconsin coletaram e sumarizaram registros anuais financeiros de fazendas leiteiras. Recentemente, essas três instituições se uniram para combinar esses dados para avaliar o desempenho financeiro durante um período de 13 anos.

Para serem consideradas nessa análise, cada fazenda tinha que ter pelo menos cinco anos de participação consecutiva para examinar seu desempenho ao longo do tempo. No total, a equipe reuniu mais de 7.000 registros. A rentabilidade de todas as fazendas variaram, com anos bons, anos medíocres e até mesmo retornos negativos sobre os ativos (ROA). Os dados permitiram observações interessantes relacionados ao tamanho do rebanho.

O ROA nos diferentes tamanhos de rebanho foi comprimido em anos de baixa rentabilidade. O gráfico mostra anos como 2000, 2002 a 2003, 2006 e 2009, quando os lucros foram menores do que a média. Durante esses anos, o ROA em todas as fazendas foram bastante semelhantes. Porém, em anos com lucros altos, como 2001, 2004, 2007 e 2011, o ROA nas fazendas maiores foi significativamente maior.
 


Não se pode fazer generalizações sobre o tamanho das fazendas e a rentabilidade. Todos os anos, quando os dados são coletados, há fazendas individuais que são lucrativas em todos os tamanhos e fazendas que não são lucrativas em todo o espectro de tamanhos. Porém, parece claro que fazendas maiores se recuperam mais rapidamente dos anos ruins e são capazes de usar seus ativos mais intensivamente em anos melhores.

Isso pode ajudar a explicar porque mais da metade do leite nos Estados Unidos é atualmente produzido em cerca de 3% das maiores fazendas. (O artigo é de Mark Stephenson e Chris Wolf, autores do Centro para Rentabilidade Leiteira da Universidade de Wisconsin e Universidade do Estado de Michigan, publicado na Hoards.com e traduzido pela Equipe MilkPoint)
 

Languiru
O presidente da Cooperativa de Laticínios Languiru, de Teutônia, Dirceu Bayer, e o vice-presidente Renato Kreimer, foram reeleitos. Os associados receberam mais de R$ 4 milhões em sobras do exercício de 2015. (Jornal do Comércio)
 

 

    

 

         

Porto Alegre, 14 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.224

 

    RS: produção de leite tem queda de quase 6% em janeiro, diz USP

A produção de leite no Rio Grande do Sul caiu quase 6% em janeiro, conforme apontam dados da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (USP). Enquanto os reflexos do número são vistos nas gôndolas dos supermercados, a expectativa para os próximos meses é de um declínio semelhante.

O calor que vem sendo registrado durante o início de ano no estado contribui com a baixa. As temperaturas mais altas secam o pasto, tornando necessário alimentar os animais com ração e silagem. E o preço do milho, que compõe essa mistura, está até 60% mais alto em relação ao ano passado. A oferta do grão está menor no mercado porque muitos produtores rurais optaram pela soja. A situação só deve se normalizar a partir de junho com a chegada das pastagens de inverno.

A pecuarista Solange Pavan, que tem 30 vacas em sua propriedade, registrou uma queda na produção de 1 mil para 800 litros por dia. Ela conta que os animais sofreram com o calor do verão. "Elas deixam de comer e a má alimentação diminui o leite delas", lamenta. Com a baixa na produção, o preço do leite vem subindo em média 15% nos supermercados. Os próximos meses costumam ter os menores níveis de produção no estado, e a indústria já pensa em repassar novos aumentos para o varejo.

"Não tem oferta de leite", justifica o diretor industrial da Cooperativa Santa Clara, João Seibel. "Estamos com estoques muito baixos e sabendo que ainda terá produção menor de leite nos próximos meses, isso vai impactar na lei da oferta e da procura", acrescenta.  Clique aqui para assistir a reportagem. (As informações são do G1)
 
 
  
Conseleite/MS 

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 11 de março de 2016, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de fevereiro de 2016 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de março de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)

 
 
 
 
Top 100: "gigantes do leite" pisam no freio e oferta cresce menos
As cem maiores fazendas de leite do Brasil reduziram o ritmo de crescimento da produção em 2015, reflexo do cenário mais adverso para a atividade. No ano que passou, a produção média dessas cem fazendas foi de 15.486 litros de leite por dia, 2,2% acima da produção média das 100 maiores de 2014, mostra Levantamento Top 100 MilkPoint. O incremento é o menor em cinco anos.

Em sua 15ª edição, a pesquisa obteve informações dos 100 maiores produtores de leite do Brasil sobre o desempenho de 2015, comparando-as com as do ano precedente. Marcelo Pereira de Carvalho, coordenador do levantamento e do MilkPoint, observa que, embora tenha havido desaceleração no crescimento, o dado ainda é positivo já que tudo "indica que a produção no Brasil caiu entre 3% e 4%" em 2015 sobre o ano anterior. 

Há várias razões para a redução do ritmo de crescimento entre as 100 maiores, elenca Carvalho. Ele lembra que a produção nessas fazendas cresceu a uma taxa de 10% em 2014, quando a produção formal do Brasil subiu 5,1%, para 24,747 bilhões de litros, conforme dados do IBGE.

Desde o fim de 2014, porém, com os juros mais altos ficou "mais complicado" acessar crédito para os investimentos, diz Carvalho. Além disso, os preços baixos do leite no mercado internacional e a alta dos custos de produção em decorrência das cotações mais elevadas dos grãos também afetaram a disposição dos pecuaristas para ampliar a produção no mesmo ritmo anterior. "Houve ainda a valorização do dólar, que levou ao aumento de custo de produção do leite sem que o setor fosse beneficiado pelas exportações, já que os preços internacionais estavam em queda", argumenta o analista.

Esse cenário desfavorável explica um dos resultados da pesquisa: 58% dos produtores que forneceram informações consideraram a rentabilidade em 2015 pior que a média de outros anos; 34% afirmaram que a rentabilidade esteve na média e apenas 8% a consideraram acima da média. Como um dos reflexos da alta dos grãos, os custos operacionais de produção subiram 10,5% entre os produtores do ranking. Conforme observa o relatório do MilkPoint, a alta é semelhante à da inflação em 2015. Ainda segundo a pesquisa, 55% das propriedades tiveram custo operacional médio acima de R$ 1,00 por litro.

Sinal de que não se pode falar em crise entre os 100 maiores produtores de leite do país é que grande parte deles planeja continuar ampliando a produção nos próximos anos, diz Carvalho. "São produtores com grande rendimento, que recebem preços diferenciados, sentem menos a crise". Diante disso, afirma, dificilmente cancelam um plano de crescimento por questões de momento. Assim, quando indagados sobre a intenção de ampliar a produção nos próximos três anos, apenas 8% responderam que não pretendem expandir. 

O levantamento da MilkPoint também questionou os produtores sobre o que consideram ser os maiores desafios do setor. Entre os principais estão custos, mão de obra e preços. Uma fatia de 27,7% dos entrevistados citou os custos de produção como um dos maiores desafios. Outros 14,2% citaram a mão de obra, "devido à necessidade de qualificação de trabalhadores rurais que saibam lidar com informática e tecnologias mais complexas". O preço do leite foi mencionado por 8,8% dos produtores, que apontaram o fato de essa variável não ter acompanhado a elevação dos custos de produção. (Valor Econômico)

 
 
Radicado em Goiás, grupo neozelandês tem forte avanço

A Fazenda Colorado continuou na liderança dos 100 maiores produtores de leite do país em 2015, conforme o levantamento da MilkPoint. A fazenda faz parte da mesma holding que controla o Laticínios Xandó. Mas o ranking teve mudanças importantes e grupos que se destacaram pelo avanço em relação a 2014. O grupo neozelandês Kiwi, com fazendas em Goiás, foi o que registrou maior crescimento absoluto na produção ¬ aumento médio de 13.573 litros por dia, ou 100,7% a mais que no levantamento anterior. De acordo com a MilkPoint, esse crescimento ocorreu porque o grupo colocou outra fazenda de leite em operação. Com isso, o grupo subiu 27 posições no ranking, para o 12º lugar. Outro destaque foi grupo Melkstad, de Carambeí (PR), cuja produção teve aumento médio de 8.782 litros por dia, para 17.982 mil litros. Marcelo Carvalho, da MilkPoint, destaca que o grupo saiu de 84ª posição em 2014 para 24ª no levantamento relativo ao ano passado. O relatório com o ranking dos 100 maiores também põe os holofotes sobre a Sekita Agronegócios, que produz em Minas Gerais, e teve aumento médio na produção de 7.524 litros por dia, saindo do sexto para o quarto lugar na lista. 

 
Conforme o levantamento, Minas Gerais continua sendo o Estado com maior número de fazendas no ranking. A raça holandesa também seguiu sendo a mais utilizada nas propriedades (estava em 76 fazendas; eram 70 em 2014). Já a raça girolando estava presente 35 propriedades. A pesquisa mostra ainda que 49% das fazendas de leite criam o rebanho de leite sob confinamento total, enquanto 19% têm sistemas baseados em pastagens. Uma fatia de 34% utilizam sistemas mistos. Duas propriedades informaram utilizar dois sistemas de produção, com parte do rebanho em confinamento e o outra parte alimentada a pasto. Para realizar a pesquisa, a MilkPoint utilizou sua base de dados e fez um levantamento preliminar, por meio de contribuições ao seu site, sobre as fazendas que poderiam estar entre as 100 maiores. Foi usado como critério uma produção mínima diária de 7.500 litros. Para se chegar à media diária, foi considerada a produção comercializada em 2015. Os produtores selecionados foram consultados individualmente para confirmar dados. Em relação à pesquisa de 2014, houve algumas alterações: cinco produtores optaram por não participar, 10 ficaram abaixo dos 100 maiores, dois não produzem mais leite e 17 novos produtores entraram no ranking. (Valor Econômico)
 
 
Negócios na Expodireto sofrem queda de 28% em relação a 2015

A 17ª Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, teve R$ 1.581.768.000 em negócios concretizados pelos expositores. O valor representa uma queda de 28% em relação ao ano passado, quando foi registrado o volume de R$ 2.182.196.000,00. Do total de negócios, o montante de R$ 1.234.900.000 foi fechado nas instituições bancárias, R$ 210,3 milhões nos bancos de fábrica, R$ 87,252 milhões da comercialização com recursos próprios, R$ 39,360 milhões no pavilhão internacional e R$ 956 mil da agricultura familiar. O presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, ponderou que, a partir desta semana, muitas intenções de negociação são assinaladas e acabam se concretizando. Mânica lembrou que o Brasil vive atualmente um dos momentos mais críticos da história política. "A economia está sangrando, as empresas estão tendo quedas em todos os setores, existe a realidade do desemprego e falta de confiança. Mas, nos períodos de crise, temos também os momentos de oportunidades, e quem pôde fez bons negó- cios", pontuou. 

Nos cinco dias de feira, 210.800 pessoas passaram pela 17ª Expodireto Cotrijal. Com re lação ao ano passado, ocorreu uma queda de 8%, diminuição que o presidente da cooperativa atribui ao clima chuvoso, que desencorajou alguns visitantes. O número de expositores teve um ganho de 5%, subindo de 530 em 2015 para 554 em 2016. O total de colaboradores próprios da Cotrijal e terceirizados que trabalharam para realizar a feira foi de 914. Uma pesquisa de satisfação realizada com o público da 17ª Expodireto Cotrijal, promovida pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), apontou que 96% das pessoas entrevistadas consideraram a feira ótima, muito boa ou boa. Entre os pontos positivos mais citados estão organização, limpeza, maquinário, tecnologia, agricultura familiar e atendimento. 

O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (Csmia/Abimaq), Pedro Estevão Bastos, apresentou números levantados junto aos associados da Abimaq na Expodireto. Em relação à feira de 2015, os negócios se reduziram 23% entre as empresas pesquisadas. A próxima edição da Expodireto Cotrijal feira vai ocorrer entre os dias 6 e 10 de março de 2017. (Jornal do Comércio)

 
 

STJ mantém condenação a Bauducco por propaganda 
A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a condenação dada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) à Pandurata, dona da Bauducco, por publicidade infantil indevida. O alvo da ação civil pública, movida pelo Ministério Público de São Paulo, é uma campanha da Bauducco com o tema "É hora de Shrek". A peça publicitária trazia relógios de pulso com a imagem do personagem, mas par adquirir o produto era preciso juntar cinco embalagens do biscoito "Gulosos" e pagar R$ 5. A propaganda foi considerada abusiva, por se tratar de venda casada. A empresa alegou em sua defesa que a campanha publicitária era voltada aos pais e negou se tratar de prática enganosa, abusiva e ilegal. O TJSP considerou que a campanha envolve venda casada e "aproveita¬se da ingenuidade das crianças". O TJSP também fixou uma multa de R$ 300 mil à Pandurata. Na decisão de segunda instância, a Segunda Turma do STJ decidiu que a publicidade dirigida às crianças ofende a Constituição Federal e o Código de Defesa do Consumidor e manteve a decisão do TJSP. A Pandurata, dona da marca Bauducco, pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal. Procurada, a Bauducco informou que ainda não recebeu a sentença escrita e, por este motivo, neste momento, não se pronunciará a respeito. (Valor Econômico)
 

 

    

 

         

Porto Alegre, 11 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.223

 

    Veja como ficaram as exportações brasileiras de lácteos em fevereiro

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em fevereiro o Brasil exportou US$19,0 milhões em produtos lácteos. Na comparação com o mês anterior, o faturamento teve incremento de 125,0%. O volume embarcado aumentou ainda mais. Passou de 2,3 mil toneladas em janeiro passado para 6,2 mil toneladas em fevereiro.

 O produto mais exportado foi o leite em pó, que somou 5,1 mil toneladas e US$16,5 milhões em faturamento. Na comparação mensal o volume e o faturamento deste produto aumentaram 81,4% e 86,8%, respectivamente. Os principais compradores dos produtos lácteos brasileiros, em valor, foram a Venezuela (64,3%), seguido por Arábia Saudita (9,6%) e Emirados Árabes Unidos (6,0%). (Scot Consultoria)
 
  
 
União Europeia estipula nova lei para promover o leite nas escolas

As crianças na União Europeia (UE) deverão em breve se beneficiar de esquemas mais bem financiados de leite, frutas e vegetais nas escolas, junto com uma melhor educação para serem incentivados a ter uma alimentação saudável. Um novo projeto de lei, provisoriamente acordado pelos ministérios da UE em dezembro de 2015 e aprovado pelo Parlamento nesta semana, unirá os esquemas de leite e frutas escolares da UE e aumentará seu orçamento anual de US$ 22 milhões, para US$ 274 milhões por ano. Dessa quantia, US$ 110 milhões irão para o programa de leite escolar, que foi instaurado em 1977.

Os Estados Membros que se inscreverem para esse esquema voluntário de ajuda terão que promover hábitos de consumo mais saudáveis, alimentos locais, produção orgânica e luta contra o desperdício de alimentos. As crianças devem também se reconectar com a agricultura, através de visitas a fazendas, por exemplo. "Uma dieta saudável e equilibrada é a base da boa saúde, mas o consumo de frutas, vegetais e leite vem declinando na UE", disse o autor do relatório que direcionou a legislação no Parlamento da UE, Marc Tarabella.

"É por isso que é de suma importância fortalecer o esquema de frutas, vegetais e leite nas escolas, aumentando seu orçamento e tornando-os mais focados na educação para hábitos de consumo saudáveis. O Parlamento também garantiu a estabilidade financeira do programa, prevenindo que os estados membros cortem seu orçamento unilateralmente ou que mudem o critério para distribuição de fundos da UE entre si".

Os membros do Parlamento emendaram a lista de produtos selecionados para financiamento da UE para garantir que a prioridade seja dada para produtos locais e frescos.  Antes do anúncio, Tarabella disse que também era importante reequilibrar o sistema para considerar os novos membros, sem penalizar os outros países que vem usando esses programas há um longo tempo.

"Nós também garantimos uma distribuição mais justa de fundos através de um critério objetivo, por exemplo, o número de crianças com seis a dez anos em um país particular". Ele disse que queria que o programa fosse mais simples, de forma que as escolas não o abandonassem.

A regulamentação acordada provisoriamente ainda precisa ser formalmente aprovada pelo Conselho, com as novas regras sendo aplicadas a partir de 1 de agosto de 2017. (As informações são do Dairy Reporter)

Produção/EUA

O USDA faz projeção de longo prazo para a produção de leite. Até 2025 haverá crescimento de 112 bilhões de litros, aproximadamente 23% em relação aos níveis de 2015. A maior parte virá do aumento da produtividade, que chegará a 12.000 litros por animal, um crescimento de 2.200 litros por animal, quando comparado com 2015.

O rebanho nacional deverá se manter em torno das atuais 9,3 milhões de cabeças até 2020, e depois haverá um crescimento lento, coincidindo com a expectativa de crescimento do preço do leite de forma constante. No relatório semelhante elaborado em fevereiro de 2006, a previsão era de contração do rebanho nacional entre 2005 e 2015, em 365 mil cabeças. Mas, de fato, houve crescimento de 270 mil cabeças no período. A produtividade animal ficou ligeiramente abaixo da projetada, e a produção de leite total ficou 5% maior que a prevista. Enquanto o preço do leite no período foi, na maioria das vezes, maior que as expectativas de 2006. (DairyCo - Tradução livre: Terra Viva)

Leite/NZ 

Falando a respeito do anúncio da Fonterra sobre a redução do preço do leite o Primeiro-Ministro, John Key reforça sua confiança no setor lácteo, dizendo que a produção de leite na Europa no ano passado foi pontual e as perspectivas de longo prazo são de crescimento da demanda com o aumento da classe média na Ásia.

Key disse que também está confiante de que a maioria dos agricultores têm resistência suficiente para lidar com a redução do faturamento e que os bancos garantiram apoio ao setor. "Alguns agricultores estão fazendo ajustes nos custos de produção para resistirem a um tempo maior de dificuldades", disse Key. "Será inevitável a venda de algumas propriedades, mas, de um modo geral, os agricultores são resilientes para lidar com estas questões. Eles se ajustam às variações de preços", disse Key. "Estive com dois executivos esta semana. Eles disseram que não forçar a saída dos agricultores de suas fazendas, embora, alguns muito endividados sejam forçados a isso", disse ele. Perguntado se continua confiante com as perspectivas de longo prazo para o setor lácteo, uma vez que a demanda extra da classe média da Ásia está sendo acompanhada pelo aumento da produção na Europa e Estados. Ele disse que ainda vê um futuro brilhante. A Agenda do Governo inclui dobrar as exportações da indústria primária até 2025, incluindo um significativo crescimento da produção e da renda do leite. (interes.co.nz - Tradução livre: Terra Viva)

IBGE: Redução de poder aquisitivo faz famílias cortarem mais supérfluo

¬O menor patamar de consumo das famílias até o fim de 2015 continua no começo deste ano, pelo menos no que concerne à demanda familiar por serviços. A avaliação partiu de Roberto Saldanha, técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao comentar os resultados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) anunciada nesta sexta-feira. No levantamento, os serviços prestados às famílias recuaram 4,1% em janeiro, na comparação com o mesmo período de 2015, a queda mais forte para meses de janeiro desde o início da pesquisa, em 2012.

O economista observou que houve forte retração no poder aquisitivo da população. Isso porque o brasileiro convive com cenário de renda em queda, ambiente de juros elevados e crédito mais caro e restrito. "Ao mesmo tempo, não podemos nos esquecer que tivemos alta de preços [nos serviços]", afirmou, considerando que isso também faz com que o consumidor deixe de acessar serviços que não são essenciais, em prol de voltar seu poder de consumo para necessidades mais básicas. "As famílias cortam o que não é essencial para reduzir gastos", resumiu. Ao detalhar a evolução dos serviços prestados as famílias, ele comentou que somente serviços de alojamento e alimentação caíram 2,9% em janeiro, perante igual mês de 2015. "Isso significa que as pessoas estão indo menos a hotel e restaurantes", comentou ele. 

Em contrapartida, um dos poucos segmentos a apresentar saldo positivo em janeiro foi de serviços de transporte aéreo, que mostrou alta de 24,7% no indicador de volume ante o primeiro mês de 2015. Ao ser questionado dos motivos desta atividade mostrar trajetória oposta ao da maioria pesquisada pelo IBGE, Saldanha explicou que isso se deve às promoções e concentração de férias escolares. Segundo ele, as empresas do setor, já cientes da menor demanda, realizaram promoções atrativas nesse período de alta temporada para viagens dos brasileiros. (Valor Econômico)
 

Ração melhora desempenho
Um estudo da área de produção da Cotrijal, feito com 20 terneiras, comprovou que o uso de ração com teor de proteína de 26% proporciona ganho médio de 400 quilos de leite a mais na primeira lactação. "A ração com 26% de proteína não deposita gordura, só forma massa magra", explica o coordenador técnico do Departamento Veteriná- rio da Cotrijal, Alan Rahman. Na região de Não-Me-Toque, as vacas produzem, em média, 7,6 quilos de leite na primeira lactação. Com a ração, o volume pode ir para 8 mil quilos. A primeira inseminação, que ocorre com 18 meses, poderá ser antecipada para 15 meses, porque o criador consegue dobrar o peso da terneira - de 40 para 80 quilos nos 60 primeiros dias de vida. "Quanto maior o tamanho corporal, maior o mérito produtivo do animal", diz Rahman. Os animais comem a ração, que tem entre seus ingredientes leite em pó e farelo de bolacha, desde o quinto dia de vida. (Correio do Povo)
 

 

    

         

Porto Alegre, 10 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.222

 

    Manter os jovens, tarefa difícil no campo

A saída dos jovens do meio rural ameaça o futuro de muitas propriedades, em especial na agricultura familiar. Dados da Emater apontam que 23% dos estabelecimentos não têm sucessor no Rio Grande do Sul. Falta de infraestrutura adequada e de renda fixa são alguns dos fatores que agravam o quadro. O tema foi discutido durante a segunda edição do ciclo Debates Correio do Povo Rural, promovido na Casa do Grupo Record RS na Expodireto Cotrijal, em NãoMe-Toque. O êxodo impacta de forma especial a atividade leiteira, na qual a mão de obra familiar predomina. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o conforto e a qualidade de vida são levados em conta pelos jovens. Enquanto no leite o produtor fica 24 horas por dia à disposição da propriedade, o trabalho na cidade possibilita renda fixa e um horário menos desgastante. Para Guerra, a solução passa pela mecanização, inclusão digital, profissionalização e, principalmente, renda fixa. "Se o jovem tem um percentual do resultado da propriedade, vai passar a trabalhar como sendo dono do negócio também, e não recebendo aquela verba como antigamente o pai fazia, que entregava um 'tanto' no final de semana para cada filho", recorda. Boa parte do trabalho de incentivo à permanência dos jovens no campo é feito por cooperativas. 
 
A Cotrijal deu início, recentemente, ao programa Aprendiz Cooperativo no Campo. O vice-presidente da entidade, Ênio Schroeder, afirma que tem pesquisado como outros países e regiões desenvolvem a sucessão rural. "Não há nenhuma fórmula no mundo. Todos têm o mesmo problema. Nós temos que resolver isso com inteligência porque, do contrário, as propriedades vão acabar não existindo mais", adverte. A velocidade com que a inovação ocorre no campo, conforme Schroeder, reforça a importância da permanência dos jovens, uma vez que as novas máquinas exigem cada vez mais habilidade com a tecnologia por parte do produtor. Enquanto as cooperativas fazem a sua parte, o setor reclama da falta de ações do poder público. Segundo o presidente da Comissão de Jovens da Farsul, Luis Fernando Cavalheiro Pires, a contrapartida do Estado para o campo é precária, o que acaba influenciando a escolha do jovem em deixar a zona rural. Entre os exemplos estão a situação das rodovias e da energia elétrica - justamente em processos cada vez mais mecanizados. "Ou seja, o custo operacional é muito caro, e isso se soma ao processo da renda, que vai ser decisivo para que o jovem permaneça no campo", avalia. 
 
Apesar disso, Pires vê que, nas médias e grandes propriedades, há uma tendência crescente de participação do jovem, porém não da mesma forma como ocorria antigamente. "Deve ser passada ao jovem a ideia de empresa rural, com gestão compartilhada, e não aquela ideia do herdeiro", explicou. O presidente do Sicredi Alto Jacuí, José Celeste De Negri, ressaltou as dificuldades de fazer com que o jovem se sinta atraí- do pelo campo. Um dos principais problemas neste aspecto é o acesso à telefonia e Internet. "Hoje em dia todo mundo está conectado e, no Interior, há uma dificuldade muito grande de sinal. Temos que criar estímulos para que ele venha a gostar daquela vida", observou. Para o professor da UPF, Benami Bacaltchuk, é uma utopia imaginar que se pode segurar todos os jovens no campo. Um fator importante é o fato de que o número de filhos por família caiu nas últimas décadas, o que também impacta no meio rural. "Eles têm outro problema: quem vai continuar (a propriedade)?", explica. "Como tu vai fixá-los se não tem entretenimento, ocupa- ção, saúde, segurança de renda?", continua. Embora muitos jovens estejam descobrindo o gosto pela atividade rural, Bacaltchuk ressalta que o problema da sucessão é maior nas pequenas propriedades. (Correio do Povo)
 
  
Leite em pó/AR 

A Argentina está "nadando" em um oceano de leite em pó: estima-se que exista umas 50.000 toneladas sem destino. As razões para semelhante fenômeno é decorrente do fim da demanda da Venezuela. Até agora, em 2016, foram exportadas 2.520 toneladas de leite em pó integral com destino ao mercado bolivariano (parte das quais são realizadas pela SanCor como pagamento ao crédito de US$ 80 milhões concedido à cooperativa pela Venezuela, em 2006).

No mesmo período de 2015 - 1º de janeiro a 8 de março - foram registradas exportações argentinas de leite em pó para a Venezuela num total de 30.590 toneladas! No ano passado o governo kirchnerista assinou o acordo "petróleo por alimentos", com exportações monumentais de leite em pó com destino à Venezuela. Mas, o governo macrista suspendeu. O governo kirchnerista deixou dívidas de US$ 300 milhões de gás, com a Bolívia, e também uma dívida estimada de US$ 500 milhões em óleo com a Venezuela.

Neste contexto, uma das alternativas que está sendo estuda pela equipe econômica é vender todo o excedente de estoque de leite em pó integral do mercado argentino para pagamento da dívida de energia com a Venezuela. Não existem muitas alternativas para acabar com o estoque de leite em pó: a indústria de laticínios da Argentina está vendendo, por exemplo, o produto para destinos exóticos (como Afeganistão ou Paquistão) a valores FOB de US$ 1.700/tonelada (quando o preço de equilíbrio fica em torno de US$ 2.400/tonelada com os atuais preços aos produtores). A opção de recorrer ao salvo-conduto venezuelano é atrativa, ainda que não esteja isenta de dificuldades. Estes dias, por exemplo, o governo bolivariano congelou a distribuição de umas 25.000 toneladas de leite em pó, porque o preço de empacotamento é superior ao valor venda máximo, fixado oficialmente para o alimento. (valorsoja - Tradução Livre: Terra Viva)

Uruguai: Inale reforça estratégias para captar mais mercados

O Instituto Nacional do Leite (Inale) tem como prioridade esse ano reforçar sua estratégia para melhorar a inserção dos lácteos uruguaios nos mercados internacionais. Procura-se a criação de novos mercados ou elevar a participação em alguns países que hoje têm uma participação pequena, destacou o porta-voz do Inale, Eduardo Viera. O Inale tinha trabalhado no ano passado em delegações oficiais como a realizada no Japão, onde há "expectativa" que possa surgir como um destino relevante para a produção uruguaia nos próximos meses.

Além disso, o Inale participará junto com indústrias locais da missão oficial que viajará ao Irã nos próximos dias 23 e 24 de abril, encabeçada pelo chanceler, Rodolfo Nin Novoa. Viera explicou que o Uruguai tem "algum antecedente" de venda de manteiga a esse destino, que agora ganha relevância devido à remoção das sanções da comunidade internacional. "A ideia é que o setor de lácteos possa incorporar-se a todas as missões oficiais que o governo faça".

O setor tem em mente que uma melhora nos acessos aos mercados é chave fundamental para poder "amortizar" da melhor maneira a forte volatilidade a que o setor está submetido nos mercados globais. A isso, deve-se somar a vantagem que os competidores diretos do Uruguai como Nova Zelândia e Austrália têm obtido com a assinatura de tratados de livre comércio com países asiáticos, um dos principais motores da demanda. (As informações são do El Observador)

Reino Unido: uma em cada cinco fazendas leiteiras poderá fechar neste ano
 
Uma em cada cinco fazendas leiteiras no Reino Unido poderá ser forçada a fechar neste ano à medida que as dívidas dos produtores alcançam níveis de crise. O número de fazendas leiteiras caiu para 10.500, e há 10 anos, esse número era 21.000. 

Os produtores estão recebendo apenas 19 centavos de libra (27,02 centavos de dólar) por litro de leite, porém, o custo é de 28 centavos de libra (39,82 centavos de dólar) para produzir, de forma que eles estão operando com perdas, de acordo com a União Nacional de Produtores Rurais (NFU). Isso fez com que muitos produtores tivessem que enfrentar a difícil decisão de desistir de tudo, apesar de estarem na indústria por muitas gerações.

O presidente da NFU, Rob Harrison, que também possui uma fazenda leiteira, disse: "Acreditamos que muitos deixarão a indústria até o final deste ano, quando muitos produtores terão que devorar suas economias. No ano passado, esse número foi de 4%, mas a expectativa é que mais produtores deixarão a atividade neste ano, de 10 a 20%. 

Nick Adames, proprietário da Black Barn Farm em West Sussex, disse que sua família ordenha vacas leiteiras desde 1895 e a situação nunca esteve tão ruim como agora. Em dezembro, ele recebia somente 20 centavos de libra (28,44 centavos de dólar) por litro de leite. "Nenhuma outra indústria poderia continuar nessa base de rentabilidade e à medida que os estoques de alimentos para os animais caem e precisam ser cultivados e substituídos, muitos simplesmente desistirão. Uma vez que os bancos perderem a fé em nossa capacidade de pagá-los de volta, haverá um enorme êxodo".

Quase um terço de todos os produtores que venderam suas fazendas no ano passado citaram a dívida como uma de suas principais razões para deixar a indústria, de acordo com dados do grupo de propriedades Savills. 

Em 07/03/16 - 1 Libra Esterlina = US$ 1,42217
0,70266 Libra Esterlina = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do http://metro.co.uk)
 

Mais Leite Saudável 
A Secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, começou a publicar Projetos de investimentos em laticínios aprovados conforme o estabelecido pelo Decreto 8.533 de 30/09/2015. São projetos de investimentos para aquisição de créditos presumidos da Contribuição PIS/PASEP e da COFINS para aplicação no Programa Mais Leite Saudável. As publicações foram iniciadas em 09 de março, e nesses dois dias 5 indústrias já foram beneficiadas. (DOU/Terra Viva)


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Porto Alegre, 09 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.221

 

    Exportação é caminho para estabilidade do mercado

Presença de peso no Fórum Estadual do Leite na manhã desta quarta-feira (9/3), o diretor executivo da Viva Lácteos, Marcelo Martins, traçou um panorama do setor lácteo nacional, destacando a relevância que as exportações devem assumir nos próximos anos para garantir a estabilidade de mercado. Segundo ele, com o aumento da produção nacional na casa dos 4,1%, índice maior do que a expansão do consumo, os embarques de leite em pó e condensado tornaram-se uma saída para muitas empresas para assegurar o crescimento dos negócios. Contudo, a crise do mercado internacional vem freando o potencial do setor.

A expansão do setor lácteo, pontuou o especialista, vem sendo puxada pela Região Sul, que assumiu a liderança nacional, ao centralizar 34,7% da produção de lácteos. Enquanto o país registrou crescimento de 4,1% em 10 anos, o Rio Grande do Sul atingiu 7%, praticamente o dobro. "E a região Noroeste, onde estamos agora, cresceu quase 9%", acrescentou Martins.  Ele informou que tem convicção de que a cadeia vai sair fortalecida desse momento, quando todos os elos estão sendo demandados a serem "mais profissionais, competitivos e eficientes".

Participando do Fórum Estadual do Leite, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra,  reforçou a posição, defendendo a relevância das empresas vislumbrarem nossas potencialidades e mercados para seus  produtos lácteos. O Sindilat também foi representado pelo secretário-executivo, Darlan Palharini. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Chocks/Divulgação Cotrijal
 

  
 
CCGL anuncia investimento em Cruz Alta

Ao abrir o Fórum Estadual do Leite na manhã desta quarta-feira (9/3), em Não-Me-Toque, o presidente da Cotrijal, Nei Mânica, anunciou um novo investimento na região. A CCGL, empresa associada ao Sindilat, está investindo R$ 140 milhões na ampliação da unidade fabril de Cruz Alta. A proposta é elevar a capacidade instalada de 1 milhão de litros/dia para 2 milhões de litros/dia. Confiante no potencial do setor lácteo gaúcho, o presidente da CCGL, Caio Vianna, destacou a presença dos participantes do fórum, pessoas que têm feito um trabalho sério para o setor lácteo. "Acreditamos no produtor e vamos trabalhar para que a rentabilidade da atividade seja garantida e para que ela se mantenha ao longo do tempo. Sabemos da importância que o setor tem para manter o homem no campo", frisou Vianna.

O otimismo também foi a tônica do discurso do secretário da Agricultura, Ernani Polo, que reforçou a relevância dos debates que estão sendo realizados na Expodireto Cotrijal. "Além dos negócios, esses momentos deixam um saldo positivo que se replica depois nas propriedades, onde se busca cada dia um resultado melhor",  destacou. Polo ainda salientou que o agronegócio gaúcho vive um momento de transformação, onde a  "necessidade de profissionalização é um caminho sem volta". Apesar de avanços substanciais em profissionalização, como os previstos e alinhados na Lei do Leite, ele garantiu que há uma forte preocupação do governo em proporcionar condições para que um maior número de agricultores continue na atividade. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Santa Clara e Piá estão entre as marcas mais lembradas e preferidas dos gaúchos

As cooperativas Santa Clara e Piá foram, novamente, destaques na pesquisa Marcas de Quem Decide, promovida pelo Jornal do Comércio e realizada pela Qualidata Pesquisas e Conhecimento Estratégico. Ambas as empresas figuram entre as mais lembradas e preferidas dos gaúchos no que se refere a Queijo e Produtos Lácteos. A Santa Clara, ainda, aparece em terceiro lugar na categoria Cooperativa. 

Segundo o diretor Administrativo e Financeiro da Santa Clara, Alexandre Guerra, o resultado da pesquisa é reflexo dos mais de cem anos de atuação da cooperativa, do compromisso com a qualidade em todas as etapas de produção e a preocupação com o bem-estar do consumidor. Com 42,7% da lembrança e 35,3% da preferência dos consumidores entrevistados, a Santa Clara é a marca de Queijos com maior destaque no setor. Em dezoito edições do projeto, esse é 12º ano consecutivo que a cooperativa se posiciona como líder do segmento. 

Já na categoria Produtos Lácteos, enquanto a Santa Clara garantiu o primeiro lugar na "preferência" do público com 25% dos votos, a cooperativa Piá conquistou a liderança na "lembrança" do consumidor com 25,6%. "Figurar como a empresa mais lembrada pelos gaúchos mostra o comprometimento da Piá em produzir um produto de qualidade. É a solidificação da nossa marca", destaca o presidente da Piá, Gilberto Kny. 

Entre as novidades da 18ª edição do Marcas de Quem Decide, esteve a inclusão de 12 novos setores de pesquisa. Na categoria Cooperativa, a Santa Clara também aparece com destaque. A cooperativa ficou em terceiro lugar na lembrança e preferência dos entrevistados, atrás de Sicredi e Unimed. Os resultados foram apresentados nesta terça-feira (8/3), em cerimônia realizada no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Marco Quintana/ JC

Fonterra revisa previsão de preço do leite para 2015/16

A Fonterra reduziu sua previsão de preço do leite para a estação de 2015/16 de NZ$ 4,15 (US$ 2,80) por quilo de sólidos do leite [equivalente a NZ$ 0,34 (US$ 0,23) por quilo de leite], para NZ$ 3,90 (US$ 2,64) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,32 (US$ 0,21) por quilo de leite]. 

Quando combinado com as previsões de lucros por ação, que são de 45-55 centavos (30,5 a 37,3 centavos de dólar), isso significa uma previsão total para pagamento de NZ$ 4,35 (US$ 2,95) a NZ$ 4,45 (US$ 3) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,36 (US$ 0,24) a NZ$ 0,37 (US$ 0,25) por quilo de leite] e equivaleria atualmente à previsão de pagamento em dinheiro de NZ$ 4,25 (US$ 2,88) a NZ$ 4,30 (US$ 2,91) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,35 (US$ 0,23) a NZ$ 0,36 (US$ 0,24) por quilo de leite] para o produtor após as retenções de impostos.

A Fonterra está prevendo que sua produção de leite na Nova Zelândia será pelo menos 4% menor do que na estação anterior, à medida que os produtores respondem aos baixos preços, reduzindo o tamanho do rebanho e fornecendo significativamente menos suplementos, o que deverá ter um impacto na produção desse outono.

O presidente, John Wilson, disse que as condições difíceis no mercado global de lácteos têm colocado mais pressão sobre a previsão. "Mais uma redução na previsão do preço do leite é a última coisa que os produtores querem ouvir em uma estação muito desafiadora. Em momentos como esse, os negócios precisam fazer tudo o que puderem para direcionar até o último centavo de volta aos produtores". "O manejo está totalmente focado na redução dos custos e na geração de dinheiro em todo o negócio. O aumento contínuo no desempenho financeiro e a força de nosso balanço patrimonial fornecerá oportunidades para dar suporte aos fluxos de caixa dos produtores. Forneceremos uma atualização sobre isso em nossos resultados provisórios no dia 23 de março".

O diretor executivo da Fonterra, Theo Spierings, disse que as exportações e as importações estiveram desequilibradas nos últimos 18 meses devido ao aumento maior do que o esperado na produção da Europa e às menores importações da China e da Rússia - os dois maiores importadores de lácteos. "O período de tempo para reequilíbrio mudou e depende muito da redução na produção - particularmente na Europa - em resposta a esses preços globais dos lácteos insustentavelmente baixos".

"Os fundamentos em longo prazo para o setor de lácteos são positivos, com o aumento da demanda em mais de 2% ao ano devido ao crescimento da população mundial, aumento da classe média na Ásia, urbanização e condições demográficas favoráveis. Nossa previsão é baseada em ausência de mudanças significativas na oferta ou na demanda globais antes do final do ano. Entretanto, uma redução na oferta disponível para exportação antes disso poderia significar uma redução nos preços antes do que é esperado atualmente", disse Spierings.

Em 08/03/16 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,67826
1,47436 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são da Fonterra, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Expectativas para o mercado de leite
A produção de leite está em queda nas principais bacias do Sudeste e Sul do país. A concorrência entre os laticínios é grande. Com isso, a expectativa é de que mercado continue firme e os preços ao produtor em alta. Para o pagamento de março, referente à produção entregue em fevereiro, 75% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em alta dos preços ao produtor, 18% falam em manutenção e os 7% restante estimam queda para o produtor. Os laticínios que apontam para queda no preço do leite ao produtor estão no Ceará, Bahia e Pernambuco. No mercado spot, os preços do leite subiram fortemente nas últimas quinzenas, corroborando com o cenário de oferta mais ajustada à demanda no mercado interno. Os valores máximos em São Paulo e Minas Gerais ultrapassam R$1,30 por litro. No atacado, as cotações dos lácteos também subiram em janeiro e fevereiro deste ano e devem seguir firmes em curto e médio prazos. (Scot Consultoria)

 

         

Porto Alegre, 08 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.220

 

    Balança comercial: volume de leite condensado exportado apresenta alta expressiva

A balança comercial de lácteos teve um déficit de 1.538 toneladas em fevereiro, déficit 73% menor que o apresentado no mês anterior. Em valores, o déficit da balança de lácteos registrou queda de 78,5% com relação a janeiro, mas continua com saldo negativo de US$ 2,46 milhões.

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto.


Fonte:MDIC

As exportações apresentaram alta, tanto em volume quanto em valor. Em fevereiro, foram exportados US$19,34 milhões de dólares de produtos lácteos, um aumento de 96% frente a dezembro. O maior volume das exportações foi o de leite condensado, que aumentou de 777 para 2.821 toneladas, valor quase quatro vezes maior que o registrado em janeiro. Os principais destinos do leite condensado foram a Arábia Saudita (destino de 43,2% do total exportado do produto) e os Emirados Árabes Unidos (17,8%).

Outro produto que apresentou alta nas exportações em fevereiro foi o leite em pó integral, que teve alta de 85% sobre as exportações de janeiro. O principal comprador foi a Venezuela, destino de praticamente todo o leite em pó exportado (99,7%).

As importações tiveram queda de 6,6% em volume. Os produtos que tiveram maior redução no volume importado foram o leite em pó desnatado (-55,9%) e o soro de leite (-27,2%). Em contrapartida, houve aumento de 11,8% no volume importado de leite em pó integral, de 17,2% no de manteigas e de 22,9% no de queijos. Os principais fornecedores de leite em pó (tanto integral quanto desnatado) foram a Argentina (56,1%) e o Uruguai (35,8%).

Analisando as quantidades em equivalente-leite (a quantidade de leite utilizada para a fabricação de cada produto), a quantidade importada foi de 55,7 milhões de litros em fevereiro, queda de 12,9% em relação a janeiro. Em contrapartida, as exportações em fevereiro duplicaram, registrando alta de 108,7% em relação ao mês anterior.

No saldo acumulado dos primeiros dois meses do ano, o déficit da balança comercial de lácteos em equivalente-leite é de 63,4 milhões de litros. Volume 36,1% ao registrado no mesmo período do ano passado, que havia sido de 99,2 milhões de litros. (A matéria é da equipe MilkPoint, a partir de dados do MDIC)
 

  
 
Custo alto do empacotamento de leite em pó na Venezuela barra produto no mercado

O governo venezuelano mantém armazenadas cerca de 25 mil toneladas de leite em pó que não pode colocar nos mercados porque o custo do empacotamento é maior que o preço de venda do conteúdo, informou nesta segunda-feira (7) o presidente da Câmara de Indústrias Lácteas do país (Cavilac), Roger Figueroa. "Solucionar este problema não é tão complicado, mas o (empacotamento) que está disponível, ao qual se pode ter acesso, tem um custo maior" (que o preço ao consumidor fixado pelo próprio governo), disse.

O preço do quilo de leite em pó fixado pelo governo é de 70 bolívares, equivalente a US$ 0,30 no câmbio oficial mais alto de 200 bolívares por dólar, mas o empacotamento "custa ao redor de 80 bolívares", ressaltou Figueroa à emissora caraquenha Unión Radio. O leite, assim como muitos alimentos de consumo em massa e remédios, entre outros produtos, está entre os artigos que praticamente desapareceram dos mercados formais.

A Venezuela atravessa uma severa crise econômica, marcada por uma grave situação de escassez de produtos básicos, alimentos e remédios e uma inflação de 180,9%, a mais alta do mundo. O presidente da Associação Venezuelana de Indústrias Plásticas, (Avipla), Hugo Dell'Oglio, afirmou à mesma emissora que há material para empacotar esse leite e levá-lo aos mercados, "mas o que acontece é que o preço do empacotamento aumentou e está acima do preço regulado".

A matéria-prima para fazer o empacotamento se baseia em uma resina elaborada pela companhia química estatal Pequiven que também encareceu, além do fato de que as empresas associadas à Avipla, segundo Dell'Oglio, "contarem com 15% de matéria-prima importada", cujas divisas dependem também do Estado.

O controle estatal de câmbio e de preços foram instaurados na Venezuela em 2003, no início da Revolução Bolivariana de Hugo Chávez, antecessor do presidente Nicolás Maduro.

O diretor-executivo da Associação de Indústrias das Artes Gráficas (AIAG), Edgar Fiol, acrescentou além disso à Unión Radio que a falta de divisas para pagar fornecedores estrangeiros também afeta seu setor, responsável pelos diferentes projetos das embalagens. "Temos uma capacidade instalada para abastecer as indústrias de consumo em massa, tanto alimentos como remédios, mas o problema é que não se cancela a dívida (a fornecedores estrangeiros) e persiste a falta de dólares para novas importações", advertiu Fiol. (As informações são da Exame)

Fonterra 

A gigante dos lácteos, Cooperativa Fonterra, anunciou nesta terça feira nova redução do preço do leite aos produtores, adicionando mais pressão sobre o setor já sitiado. A Fonterra disse que agora o pagamento será de NZ$ 3,90/kgMS, [R$ 0,77/litro]. O pagamento anterior era de NZ$ 4,15/kgMS, [R$ 0,82/litro].

O presidente da Fonterra, John Wilson, falou que as difíceis condições do mercado mundial no comércio de lácteos, chegou ao orçamento. Até recentemente, o setor lácteo era a espinha dorsal da economia da Nova Zelândia, representando cerca de 25% das exportações. Mas os preços dos lácteos caíram para menos da metade desde o início de 2014, diante do desaquecimento da economia da China e os altos estoques globais. A redução dos preços dos lácteos coloca pressão significativa nos produtores da Nova Zelândia. O banco central estima que cerca de 80% dos produtores de leite terão resultado negativo nesta temporada, colocando em risco a economia. (Dairy Herd - Tradução Livre: Terra Viva)
 

Exportações/EUA
Em janeiro das vendas de Leite Seco Desengordurado (NDM) /Leite em pó desnatado (SMP) cresceram 23% em relação ao ano passado, mas o valor total caiu para o menor nível desde 2011. NDM/SMP permanecem os pontos mais brilhantes no desempenho das exportações dos Estados Unidos. Foram 42.896 toneladas embarcadas em janeiro, 23% a mais que no ano passado, e o maior para o mês. Fornecedores ganharam vendas no Sudestes Asiático (58% em relação ano passado). Na liderança Filipinas, Indonésia e Vietnã. As vendas para o México também foram acima das de um ano atrás (6%), embora o volume tenha caído nos últimos quatro meses de 2015. As exportações de outras categorias de produtos foram acima das de um ano atrás, embora o desempenho dos ganhos tenha sido menor que em janeiro de 2015. Os embarques totalizaram 138.089 toneladas de leite em pó, queijo, creme, soro de leite e lactose, 10% a mais que em janeiro de 2015, mas, o mais baixo desde janeiro de 2015, (em média diária). (USDEC - Tradução livre: Terra Viva)
 

 

    

         

Porto Alegre, 07 de março de 2016                                                Ano 10- N° 2.219

 

    Sindilat apresenta sugestões à Lei do Leite nesta segunda-feira

O Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat) já concluiu o documento com as sugestões para a regulamentação da Lei do Leite. Os apontamentos, compilados com ajuda das empresas associadas e após diversas reuniões internas, serão entregues à Secretaria da Agricultura nesta segunda-feira (7/3) para auxiliar na elaboração de um decreto que contemple os anseios do setor. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, há questões importantes a serem ajustadas, e a principal preocupação é regulamentar a lei sem engessá-la via decreto. "Nossos pontos foram alinhados com base em muito diálogo e reproduzem a preocupação das indústrias que realmente operam com expressivas quantidades de leite em 467 municípios gaúchos", frisou.

Seguem alguns pontos que necessitam de ajuste, segundo o Sindilat:

1) Transvase:  A indústria gaúcha pede a regulamentação do uso de transvase na coleta do leite a granel. O processo consiste em acoplar dois tanques em um mesmo caminhão, ampliando a capacidade de captação, reduzindo o custo do frete e viabilizando a coleta de mais leite em propriedades mais distantes. Atualmente, o transvase não está autorizado no RS. Segundo Guerra, a regulamentação do transvase traz ganhos logísticos significativos às indústrias gaúchas e ainda inclui novos produtores na cadeia produtiva. O processo, chamado por muito de Romeu & Julieta, é amplamente utilizado em outros estados produtores de leite do país. O Sindilat defende que o procedimento, nesse momento, só seja permitido em composição tipo Romeu & Julieta pela garantia da segurança e higiene, uma vez que os mesmos têm que sair da indústria ou posto de resfriamento todo o dia, não sendo permitido a transferência de leite de caminhões menores para carretas sem usar um posto de resfriamento. 

2) Multas: A minuta de decreto apresentada pela Secretaria da Agricultura sugere que a aplicação de multas aos infratores siga o patamar mais alto previsto na lei. O Sindilat entende que as multas devem ser rigorosas, mas é preciso que a penalização seja mais severa para os infratores reincidentes. Desta forma, seria necessário criar um escalonamento das multas, e não simplesmente adotar o teto. 

3) Risco à saúde pública e redução nutricional: O Sindilat sugere que o tema tenha um capítulo específico e que seja regulado por Instrução Normativa ou Portaria. Como o leite é proveniente de um processo metabólico da vaca, ele está sujeito a muitas variáveis que geram resultados diversos, como o estresse calórico, por exemplo. As variações também dependem da raça e da formulação da dieta alimentar dos animais. O tema é alvo de muitos trabalhos científicos. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

  
Sindilat prestigia abertura da Expodireto Cotrijal

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, participou na manhã desta segunda-feira (07/03), da abertura da Expodireto Cotrijal 2016, em Não-Me-Toque. Convicto de que feira constitui um importante fórum de debates sobre os rumos do setor, o dirigente acompanhou os discursos e esteve com as autoridades presentes. Ao abrir oficialmente o evento, o governador José Ivo Sartori, destacou que a Expodireto é um patrimônio do Estado. "Temos aqui exemplos de empresas, entidades e organizações que muito perseveraram para desenvolverem uma trajetória próspera, vitoriosa e exitosa", disse, ao lado da primeira-dama Maria Helena Sartori. Durante a solenidade, o governador assinou decreto que simplifica e estabelece fluxo único para o licenciamento ambiental, bem como diretrizes e procedimentos para a outorga do uso da água, e do alvará de construção de reservatórios artificiais para uso na irrigação agrícola.

Segundo Guerra, a Expodireto é um momento de avaliar a produção láctea gaúcha e debater as melhorias necessárias. O ponto alto da exposição para o setor deve ser o Fórum Estadual do Leite, que será realizado na quarta-feira (9/3), em uma promoção da CCGL e Cotrijal e com apoio do Sindilat e Sistema Farsul. A programação terá início às 9h como o painel Ações e Perspectivas do Mercados de Lácteos, que será comandado pelo diretor-executivo da Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos), Marcelo Martins. Na sequência, mesa Evolução da Produção e Produtividade do Rebanho e os Impactos na Composição do Leite reunirá produtores e autoridades sanitárias em debate sobre a qualidade do produto gaúcho. O responsável técnico pelo Laboratório de Qualidade do Leite (LQL) da Embrapa Gado de Leite, Marcelo Bonnet, também irá participar como palestrante no evento.

Em sua manifestação durante a abertura do evento, presidente da Cotrijal, Nei Mânica, destacou que a Expodireto deste ano reúne mais de 70 países de cinco continentes e 26 embaixadores, demonstrando o clima de confiança na feira, reconhecida como espaço de tecnologia, oportunidade e inovação. "Aqui na Expodireto não existe crise. Aquelas pessoas que querem desenvolver o Brasil vão encontrar aqui parceria", completou. A feira segue até o dia 11 de março no Parque de Exposições da Expodireto Cotrijal. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Setor lácteo/Reino Unido

A Comissão de Assuntos Rurais do Parlamento britânico elaborou um documento com recomendações para melhorar a situação do setor lácteo no Reino Unido. As recomendações são bastante similares às que são apresentadas em outros fóruns, tanto ao nível comunitário, como ao nível de outros países, já que o problema do setor lácteo no Reino Unido é semelhante ao que ocorre em outros países.

O objetivo é melhorar e estabilizar a renda dos pecuaristas. Para isso a Comissão do Parlamento recomenda:
- Buscar novos mercados, investindo em valor agregado e abrindo mercados de exportação.
- Usar as Entidades Representativas dos produtores para melhorar o poder de barganha junto à indústria.
- Utilizar contratos de longo prazo para reduzir as incertezas.
- Mais transparência nas práticas de fixação de preços por parte da distribuição.
- Melhorar os rótulos de origem.
- Ampliar o poder de atuação do Defensor da Cadeia de Alimentos aos fornecedores indiretos.
- Melhorar os prazos de pagamento. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

Balança/EUA

O déficit da balança comercial dos EUA aumentou no primeiro mês do ano, indicando que a desaceleração da economia global continua pressionando a economia norte-americana. Dados do Departamento de Comércio dos EUA mostram que o país registrou déficit comercial de US$ 45,68 bilhões em janeiro, 2,2% maior que o de dezembro, considerando-se ajustes sazonais.

Economistas consultados pelo Wall Street Journal previam saldo negativo menor em janeiro, de US$ 44 bilhões. O déficit estimado de dezembro, por sua vez, foi revisado para cima, de US$ 43,36 bilhões para US$ 44,7 bilhões. As exportações dos EUA caíram 2,1% em janeiro, a US$ 176,46 bilhões, na quarta queda mensal consecutiva e atingindo o menor nível desde fevereiro de 2011, enquanto as importações recuaram 1,3%, a US$ 222,13 bilhões. Os embarques de bens de capital e de consumo, assim como os de alimentos e de insumos industriais, registraram queda em janeiro. Nos últimos meses, a fraqueza dos preços das commodities e a desaceleração de grandes economias, como China e Brasil, têm afetado as exportações líquidas de bens e serviços dos EUA, embora a economia doméstica venha mostrando relativa resistência. A tendência de valorização do dólar e de enfraquecimento do petróleo, por sua vez, está causando mudanças nos padrões de comércio. As exportações dos EUA para o Canadá, China e países das Américas do Sul e Central atingiram mínimas em vários anos, refletindo o encarecimento dos produtos norte-americanos para os consumidores de regiões com economias em desaceleração e moedas mais fracas. Fonte: Dow Jones Newswires). (EM)

Preços/Oceania

A produção de leite da Austrália na temporada 2015/2016 foi estimada pela Dairy Australia como sendo menor que a temporada anterior. O bom começo não se sustentou. O crescimento desacelerou em outubro com a redução das chuvas e o aumento das margens dependiam do equilíbrio entre a alimentação complementar e pastagens.

Outros fatores coincidiram, como o alto custo da água para irrigação. Esses fatores levaram muitos produtores a reduzirem a alimentação mantendo o tamanho do rebanho, e deixando a produção baixar em relação aos níveis anteriores. Analistas do setor não acreditam que possa haver recuperação da produção até o final da temporada, em junho. Na Nova Zelândia a produção de leite em janeiro foi quase idêntica à de dezembro. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)


Preços/UE
Com a produção chegando ao pico sazonal na União Europeia, lidar com o volume de leite é cada vez mais desafiador. Observadores da Alemanha acreditam que a produção de leite nas duas primeiras semanas de fevereiro de 2016 foi 5% maior em relação às mesmas semanas de 2015. Algumas indústrias estão preocupadas com as taxas de crescimento nas comparações anuais, em relação à existência de capacidade de processamento das plantas. A produção de leite na Alemanha apresenta diferenças regionais, e os baixos preços do varejo estão impulsionando as vendas dos lácteos pelos supermercados, invertendo-se o declínio observado no início de 2015. As vendas de leite fluido, manteiga, queijo e iogurte cresceram no segundo semestre de 2015, e continuam em 2016. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)