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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 28 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.313


Darlan Palharini assume coordenação do Conseleite

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, assumiu, nesta terça-feira (28/01), a coordenação do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do RS (Conseleite). Conforme política de alternância entre produtores e indústrias à frente do colegiado, ele sucede Allan André Tormen, que segue na vice-coordenação, representando a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). 

Durante a reunião desta terça-feira, também foi implementada revisão de parâmetros de cálculo aprovada pela Câmara Técnica do Conseleite. A partir de janeiro de 2025, o colegiado empregará dados de custos de produção atualizados de 2023, os mesmos da nova Calculadora do Leite. Até dezembro de 2024, o colegiado utilizava indexadores de 2021. 

Levando em conta a nova base de dados, a projeção do valor de referência do leite ficou em R$ 2,4411 para o mês de janeiro de 2025 e o consolidado de dezembro de 2024, em R$ 2,4081. Para fins de adaptação, o colegiado também divulgará, por três meses, as contas referentes ao padrão anterior (2021), no qual o valor de referência projetado para janeiro de 2025 ficou em R$ 2,4506 frente a um projetado em dezembro de 2024 de R$ 2,4073, alta de 1,80%. O consolidado de dezembro passado fechou em R$ 2,4226. “Essas atualizações são importantes para garantir a máxima proximidade entre os valores calculados e a realidade do campo”, frisou Palharini.

As informações são da assessoria de imprensa do Sindilat RS


Conseleite Paraná

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 28 de Janeiro de 2025 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Dezembro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Janeiro de 2025, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Janeiro de 2025 é de R$ 4,3912/litro.Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br

Leite/América do Sul: O clima desempenha um importante papel na produção de leite da América do Sul
 
O clima desempenha um papel crucial na produção de leite na América do Sul.
 
Um sistema La Niña de baixa intensidade está a caminho e é esperado para os próximos dois ou quatro meses. Com a chegado do verão, a expectativa é de que a produção de leite sofra uma queda.
 
As perspectivas para a safra variam significativamente entre as regiões. No Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) relatou que o rendimento da soja foi impactado pelas condições da seca severa.
 
A Argentina, um outro importante produtor de soja, também enfrentou tempo seco, e as expectativas para os rendimentos foram reduzidas devido à segura do solo.
 
A produção de ração apresenta variações em todo continente, mas as expectativas permanecem sob pressão no início de 2025.
 
Segundo contatos da indústria de laticínios na América do Sul, a disponibilidade de leite está longe de ser abundante. Isso tem levado a um movimento de alta de preços na região.
 
O complexo internacional de soro de leite tem oferecido novas oportunidades de exportação para as indústrias argentinas, dado o crescente interesse internacional em produtos de alta proteína.
 
As expectativas em relação ao leite em pó integral e desnatado também são promissoras no 1º trimestre. O interesse por soro de leite e queijo é, em geral, positivo, do ponto de vista dos importadores brasileiros. No entanto, contatos no Brasil continuam apontando que as flutuações cambiais e os custos logísticos estão dificultando a concretização de alguns acordos intercontinentais.


 
As informações são do Relatório USDA - Tradução livre: www.terraviva.com.br


Jogo Rápido

Produtores relatam perdas
Produtores vinculados à Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Rio Grande do Sul (Fetraf-RS) relataram, à entidade, perdas decorrentes da estiagem e das altas temperaturas que atingem o Estado. Os depoimentos são oriundos principalmente da Região Celeiro, no norte do Estado. "A redução de umidade no solo, excesso de calor e a ausência de chuvas prejudicaram a semeadura e o desenvolvimento de diversas culturas, entre elas, a soja", ", diz o texto distribuído pela Fetraf-RS. Há necessidade de replantio em até 20% das áreas em algumas propriedades, com perdas de até 30% na produção. Os agricultores informam ainda dificuldades com cultivos mais sensíveis a temperaturas extremas, como a olericultura, e aumento nos custos de produção do leite. (Correio do Povo)

 
 

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Porto Alegre, 27 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.312


18ª edição do Fórum MilkPoint Mercado tem 10% de desconto para sócio Sindilat/RS

Os caminhos para melhorar a eficiência operacional em aspectos como logística de captação, gestão de custos e volatilidade de preços para reverter as perdas da indústria láctea, de produtores e do varejo no valor final pago pelo consumidor na aquisição de derivados lácteos é o foco da  18ª edição do Fórum MilkPoint Mercado. Para participarem, associados do Sindilat/RS têm garantido 10% de desconto na inscrição, que pode ser feita no link clicando aqui. O primeiro lote está disponível até o dia 31 de janeiro, sexta-feira. 

A edição deste ano será realizada no dia 18 de março na cidade de Campinas (SP). Com o tema “Gestão e Performance: os desafios da indústria láctea brasileira”, o evento terá dois blocos principais: Cenários de Mercado, com previsões para o setor em 2025, incluindo o impacto do novo governo americano e tendências no Mercosul; e Gestão de Custos e Eficiência Operacional na Cadeia Láctea, explorando logística compartilhada, precificação do leite e novas oportunidades para a indústria.

A programação inclui palestras de especialistas, como Andres Padilla (Rabobank Brasil), Graciela Civolani (Danone), Valter Galan (MilkPoint Ventures), além de uma mesa-redonda com grandes líderes do setor, como Rafael Junqueira (Lactalis do Brasil e Uruguai) e Murillo Secco (Grupo Piracanjuba).

Confira a Programação:

  • 9h - 9h30min - Credenciamento e Welcome Coffee
  • Bloco 1 - Cenários de Mercado
  • 9h30min - 9h35min - Abertura do Painel
  • 9h35min - 10h5min - Cenário do consumo de lácteos: como fechamos 2024 e como começamos 2025
  • André Penariol, CEO da BU Rock Conecta
  • 10h5min - 10h25min - Cenário econômico e possíveis impactos do novo governo americano no mercado lácteo no mundo
  • Glauco Carvalho, Pesquisador da Embrapa
  • 10h25min - 10h55min - Tendências do Mercado Lácteo no Mercosul para 2025
  • Andres Padilla, Industry Specialist na Rabobank Brasil
  • 10h55min - 11h15min - Proteção de preços de milho e soja: o que já poderíamos ter feito e o que ainda podemos fazer olhando o cenário para 2025?
  • Alberto Pessina, Fundador e CEO da Agromove
  • 11h15min - 11h45min - Cenários para o mercado lácteo
  • Matheus Napolitano, Analista de Mercado na MilkPoint Ventures
  • 11h45min - 12h15min - Perguntas e Debate
  • André Penariol, Glauco Carvalho, Andres Padilla, Alberto Pessina, Matheus Napolitano
  • 12h15min - 14h - Almoço
  • Bloco 2 - Gestão de Custos e Eficiência Operacional na Cadeia Láctea
  • 14h - 14h30min - Logística compartilhada na distribuição de produtos lácteos: oportunidades e limitações do mercado brasileiro
  • Graciela Civolani, Diretora de Supply Chain na Danone
  • 14h30min - 15h - Gargalos e oportunidades nos custos da cadeia de abastecimento leite de produtores
  • Juliana Santiago e Luana Chiminasso, Consultoras de Projetos da MilkPoint Ventures
  • 15h - 15h15min - Espaço Patrocinador
  • 15h15min - 15h45min - Perguntas e Debate
  • Graciela Civolani, Juliana Santiago, Luana Chiminasso
  • 15h45min - 16h30min - Milk Break
  • 16h30min - 17h - Oportunidades na precificação do leite matéria-prima - onde estamos/dificuldades/oportunidades
  • Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios da MilkPoint Ventures
  • 17h - 17h15min - Espaço Patrocinador
  • 17h15min - 18h15min - Mesa Redonda: Sistemas de pagamento de leite - para qual direção caminha a indústria?
  • Armindo José Soares Neto (Alvoar Lácteos), Carlos Soares (Nestlé), Murillo Secco (Grupo Piracanjuba), Rafael Junqueira (Lactalis do Brasil e Uruguai), Ricardo Rodrigues (Scala)
  • 18h15min - 20h - Encerramento e Coquetel

As informações são da Assessoria de imprensa do Sindilat/RS


Circular divulga aplicativo que ajuda a calcular conforto térmico para bovinocultura de leite

O processo de elaboração do BovConfort, aplicativo que auxilia no cálculo de estresse térmico para predizer perda na produção leiteira, é o tema da nova circular técnica publicada pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi).Lançado em 2023, o BovConfort permite que o usuário calcule o Índice de Temperatura e Umidade (ITU), para identificar as faixas de conforto ou desconforto térmico a que seus animais estão submetidos, estimando seus efeitos na produção de leite.

“O estresse calórico acontece quando as altas temperaturas, aliadas à alta produção de calor metabólico, resultam em um estoque de calor corporal excedente, e o animal não consegue eliminá-lo para o ambiente”, explica a pesquisadora Adriana Tarouco, uma das autoras da publicação.

Pelo aplicativo, o usuário também tem acesso a informações que o auxiliem na tomada de decisão para o manejo do rebanho. “São recomendações técnicas desenvolvidas com embasamento científico, visando obter melhores resultados de produtividade”, complementa a pesquisadora.  

O cenário atual, em que se registram temperaturas do ar excessivamente elevadas e aumento da temperatura média anual, torna esse tipo de monitoramento ainda mais necessário para a produção leiteira.

“O aquecimento global é um grande desafio para a bovinocultura de leite. Além disso, a seleção genética por animais mais produtivos, com elevada produção de leite, tem tornado os rebanhos mais vulneráveis às mudanças climáticas”, destaca Adriana. 

O BovConfort está disponível para download gratuito neste link, rodando em aparelhos com a plataforma Android. Acesse a circular clicando aqui.

As informações são da Seapi. 

O clima e os custos serão fundamentais na Argentina

Depois de mais um ano de queda, a produção de leite argentina tem expectativas positivas para 2025. 

A produção e o consumo de leite devem aumentar, em 2025, como resultado dos menores custos de produção e queda da inflação. Apesar da retirada das retenções, o cenário para exportação não é dos melhores. 

O setor leiteiro argentino encerrou 2024 com luzes e sombras. Por um lado, iniciou o ano com a sequência de uma seca vinda de anos anteriores que impactaram fortemente na produção. 

Por outro, em matéria de consumo de lácteos, a inflação e a estagnação dos salários derrubaram as vendas em 20% durante o primeiro trimestre. 

Apesar disso, o encerramento do ano foi melhor, com maior produção graças ao clima e aos custos vinculados à alimentação dos animais, bem como maior consumo proporcionado pela baixa da inflação e a estabilização dos salários. 

Segundo estimativas que antecipam os números oficiais, a queda das vendas agora estaria em 10%, conforme dados divulgados pelo diretor executivo do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla), Jorge Giraudo. 

Pelo lado das exportações, a retirada das retenções por parte do governo de Javier Milei permitiu reativar e aumentar em mais de 30% as vendas para o exterior. Segundo o Departamento Nacional do Leite da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca, ao longo de 2024 a produção de leite diária registrou perda de 6,9% em relação a 2023. Os números da produção total foi de 10,59 bilhões de litros contra os 11,326 do ano anterior. A produção de 2024 esteve entre as mais baixas dos últimos sete anos, segundo a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca.

Há 20 anos que a produção nacional vem estagnada entre os 10 e 12 bilhões de litros de leite por ano. Em Córdoba, a produção média diária em 2024 foi de 3.769,35 litros, sendo a segunda no ranking das províncias, atrás de Buenos (4.686,21 litros/dia) e acima de Entre Ríos e Santa Fé. 

Expectativas positivas
Apesar dos números vermelhos, as expectativas para 2025 são positivas. Segundo o Ocla, com informação fornecida por 15 indústrias de laticínios que recebem e processam em torno de 49% do leite da Argentina, a produção nacional chegaria a 11,19 bilhões de litros, 605 milhões a mais que em 2024 (ou +5,7%). Giraudo estimou que este poderá ser um bom ano para o setor lácteo. O diretor executivo do Ocla destacou os baixos preços do milho e da soja, a queda do arrendamento de terras avaliado em soja, e as chuvas como fatores que impulsionarão a produção. A queda da inflação poderá fortalecer o consumo de produtos lácteos no consumo interno. Com relação à exportação, Giraudo disse que o combo com a queda dos preços internacionais, o dólar estável e paridade cambial (em fevereiro passará de 2% para 1%) constitui um contexto que estará longe do ideal. “A desvalorização do dólar poderá afetar significativamente a situação nos próximos meses. Para melhorar a competitividade internacional, é importante melhorar a eficiência e a produtividade, e para isso, devemos reduzir custos”, afirmou o especialista.Vale lembrar que na Argentina, 75% da produção é destinada ao consumo interno e 25% vai para exportação.Fatores a serem considerados na produção. Segundo o último relatório do Ocla, o clima, os preços e os custos de produção poderão significar um bom ano para o setor.  “As relações favoráveis de preços relativos combinadas com rebanhos bem alimentados, junto com as chuvas nos últimos dois meses de 2024, indicam um crescimento projetado de aproximadamente 6% em 2025 em comparação com os números de 2024”, diz o relatório.

O clima no primeiro trimestre do ano será um fator importante da produção para todo o ano calendário, assim como a qualidade dos silos mencionados anteriormente. Outro fator por considerar, segundo o Ocla, é o impacto potencial da cigarrinha na produção de milho. Muitos produtores das regiões do norte estão avaliando a possibilidade de substituir os silos de milho por silos de sorgo nesta temporada, o que poderá resultar na redução dos níveis de produção. 

Entre outros fatores que podem impactar de forma negativa na produção mencionado pelo Ocla é a possível redução das retenções na soja e outros grãos que aumentariam os custos da alimentação animal e o valor dos arrendamentos rurais, levando em conta que algo mais de 50% da superfície destinada à produção de leite é realizada em terras arrendadas que têm como referência o valor da soja. 

Também menciona a redução do número de vacas, junto com o encerramento de unidades produtivas, defasagem cambial e a consequente perda de competitividade das exportações argentinas, entre outros fatores. 

Fonte: La Voz – Tradução livre: www.terraviva.com.br


Jogo Rápido

Pampa Debates
No dia 24 de janeiro de 2025, Guilherme Portella, presidente do Sindilat/RS e diretor da Lactalis do Brasil, foi um dos convidados do programa Pampa Debates, transmitido pela Rede Pampa. A entrevista também está disponível no YouTube, clicando aqui. Sob a mediação de Paulo Sérgio Pinto, Portella debateu sobre temas relevantes para o setor lácteo e o cenário econômico, compondo a bancada de entrevistados que também contou com a participação de Nei Cesar Manica (Cotrijal), Ranolfo Vieira Jr. (BRDE) e Alexandre Postal (TCE-RS). (Pampa Debates)

 
 

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Porto Alegre, 24 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.311


Conseleite Santa Catarina

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 24 de Janeiro de 2025 atendendo 

os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Dezembro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Janeiro de 2025. O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)


Conseleite Minas Gerais
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 24 de Janeiro de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2024 a ser pago em 
Dezembro/2024.

b) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Dezembro/2024 a ser pago em 
Janeiro/2025.

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Janeiro/2025 a ser pago em Fevereiro/2025.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural. (Conseleite MG)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1851 de 23 de janeiro de 2025
BOVINOCULTURA DE LEITE
O crescimento das pastagens não foi satisfatório devido à falta de umidade no solo, apesar das condições de luminosidade e temperaturas favoráveis. Porém, as altas temperaturas exigiram estratégias para minimizar o estresse térmico, como ventilação, vaporização e ajustes nos horários de ordenha, permitindo que as vacas pastassem nas horas mais frescas do dia. A complementação volumosa com silagem de milho foi intensificada, especialmente nas horas mais quentes, em locais cobertos. A saúde dos rebanhos manteve-se estável, e foi realizado controle constante de ectoparasitos. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a intensa onda de calor gerou grande estresse nos animais, que foram direcionados aos potreiros em horários mais frescos ou para áreas com água e sombra. 

Na de Caxias do Sul, a qualidade do leite foi elevada, favorecida pelo clima seco, que resultou em úberes mais limpos e baixos índices de Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem Padrão em Placas (CPP). 

Na de Erechim, percebe-se a diminuição na vazão de fontes e níveis de açudes, o que é preocupante para a atividade. 

Na de Frederico Westphalen, houve aumento do consumo de pasto em função de seu adequado desenvolvimento. Também melhorou o nível de bem-estar animal e a produção.

Na de Passo Fundo, o manejo sanitário está normal; foram efetuadas apenas vacinações de rotina. 

Na de Pelotas, houve problemas relacionados a infestações de mosca, carrapato e cigarrinha-do-milho.

Na de Porto Alegre, o rebanho se mantém em boas condições, o que se deve ao planejamento forrageiro, especialmente com uso de milheto e capim sudão. Áreas recém implantadas com variedades perenes apresentam lento desenvolvimento. 

Na de Santa Maria, a estiagem tem comprometido o desenvolvimento das pastagens nativas e cultivadas, afetando a oferta de forragem e o escore de condição corporal (ECC) do rebanho, especialmente em vacas com cria ao pé. 

Na de Santa Rosa, em função do calor, os animais deixaram de se alimentar e procuraram sombra já nas primeiras horas da manhã. Diversos municípios relataram redução de produtividade de até 10%, variando conforme o nível tecnológico das propriedades, a capacidade de armazenar alimentos e a disponibilidade de sombra. (Emater RS editado pelo Sindilat RS)


Jogo Rápido

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 04/2025 – SEAPI 
Nos últimos dias, o RS enfrentou variações climáticas significativas, conforme relatado no Boletim Integrado Agrometeorológico nº 04/2025 da SEAPI. Entre 15 e 22 de janeiro, a passagem de uma frente fria, seguida pelo retorno do tempo firme, influenciou diretamente atividades agrícolas e pecuárias em todo o estado. Apesar das chuvas pontuais em algumas regiões, que beneficiam lavouras de milho em estágios reprodutivos, a estiagem afetou negativamente áreas nas regiões Centro e Oeste. No setor leiteiro, o clima quente exigiu uma série de medidas para minimizar os impactos do estresse térmico nos rebanhos. Foram adotadas estratégias como ventilação, vaporização, ajustes nos horários de ordenha para priorizar as horas mais frescas do dia e intensificação do uso de silagem de milho como complemento volumoso, especialmente em locais cobertos durante os períodos mais quentes. Graças a essas ações, a saúde dos rebanhos permaneceu estável, enquanto o controle de ectoparasitos foi mantido regularmente. Essas práticas refletem o esforço dos produtores em garantir o bem-estar animal e a qualidade na produção de leite, mesmo em condições climáticas adversas. A previsão para os próximos dias indica novas mudanças no tempo. Até o dia 26 de janeiro, o estado deverá enfrentar períodos de instabilidade, com possibilidade de temporais isolados. Na quinta-feira, o tempo seco predomina, mas chuvas poderão ocorrer no noroeste, norte e centro devido à formação de um cavado. Na sexta-feira, uma frente fria trará chuvas irregulares para todo o estado, que podem vir acompanhadas por descargas elétricas e pancadas moderadas. No final de semana, a frente fria deslocar-se-á para o oceano, encerrando as precipitações e promovendo leve queda nas temperaturas. Para o período de 27 a 29 de janeiro, espera-se maior estabilidade climática na maior parte do estado, embora o norte do Rio Grande do Sul possa registrar chuvas persistentes devido à formação de um novo cavado. Os volumes previstos variam entre 30 mm e 100 mm em regiões como Norte, Centro e Missões, enquanto áreas da Fronteira Oeste e da Campanha poderão registrar de 10 mm a 100 mm. No leste do estado, os volumes deverão ser mais baixos, entre 2 mm e 50 mm. Essas condições reforçam a necessidade de planejamento contínuo e estratégias eficazes por parte dos produtores, especialmente para aqueles ligados ao Sindilat/RS. O setor de laticínios permanece resiliente diante das adversidades climáticas, adotando práticas inovadoras e garantindo a continuidade da produção com qualidade e sustentabilidade. O compromisso do Sindilat/RS com o fortalecimento das relações entre produtores, indústrias e consumidores segue sendo fundamental para superar os desafios e manter o protagonismo do setor leiteiro no estado e no país. (Seapi editado pelo Sindilat RS)

 
 

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Porto Alegre, 23 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.310


Siga Agro passará a emitir atestados sanitários do rebanho leiteiro gaúcho

Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado (Sindilat/RS) estão prestes a acessar novos serviços digitais para a emissão de atestados de conformidade sanitária e declaração anual dos rebanhos. Os detalhes da operação foram apresentados nesta quarta-feira (22/02/) e integram a plataforma digital Siga Agro - Serviços de Informações gaúchas que passarão a ser ofertados à indústria e cooperativas com base em dados públicos. A iniciativa é promovida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), pelo Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do RS (Procergs), pela Universidade do Estado do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e pelo Tesouro do Estado. O serviço, que está em fase de validação, deve desburocratizar as emissões dos dados das Inspetorias Veterinárias e Zootécnicas (IVZs). “Atualmente o produtor precisa se deslocar até as inspetorias para solicitar as declarações, analisadas de maneira individual. Somente após o trâmite o documento é liberado. Com a modernização, essa documentação será acessada diretamente pelas indústrias e cooperativas, agilizando o trabalho”, assinalou o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini. 
 

 
Responsável pelo desenvolvimento do serviço, Profª Dra. Maria Auxiliadora Cannarozzo Tinoco, professora do Departamento de Engenharia de Produção da Ufrgs, informou que a ferramenta poderá incluir outras declarações atendendo à demanda do setor produtivo leiteiro. “Começamos oferecendo a consulta da conformidade sanitária e declaração anual dos rebanhos, seja em lote ou individualmente, gerando atestados online e instantâneos a um valor que subsidia o serviço prestado pelo Estado conforme a quantidade de produtores”, destaca. Entre os mais de 50 participantes ligados à área de fomento da atividade leiteira, além dos associados do Sindilat/RS, participaram também os associados da Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil). Os participantes salientaram que é importante engajar as equipes de campo e os produtores para o sucesso da implementação, visando maximizar os dados recebidos. Brucelose no RS
O Rio Grande do Sul segue a legislação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que determina que todas as fêmeas bovinas e bubalinas devem ser vacinadas contra brucelose. Para poder coletar o leite nas propriedades, é necessário que as indústrias e cooperativas atualizem os atestados de todos os seus produtores semestralmente.  

As informações são da Assessoria de Imprensa do Sindilat/RS


Custo de produção de leite cai em dezembro e fecha o ano em 2,1%

O custo de produção de leite teve um leve decréscimo de -0,2% no último mês do ano, revertendo a tendência apresentada de crescimento desde abril de 2024. No último trimestre do ano o custo praticamente se manteve estável, crescendo 0,1%. Nos últimos doze meses, o 
custo de produção de leite cresceu 2,1%. Em dezembro, itens de custos tiveram preços estáveis, com leve viés de queda. Os grupos Mão de obra e Minerais não registraram variação de custos em dezembro. Já o grupo Energia e combustível, pelo segundo mês consecutivo, registrou queda. Em dezembro, foi de -1,8%. Mas, a principal queda, de -2,1%, ocorreu nos itens que compõem o grupo Qualidade do leite. Outros dois grupos completam a lista de deflação no mês. O grupo de Concentrado teve queda de -0,5% e Sanidade e reprodução, de -0,3%. Em sentido contrário somente o grupo Volumosos, com aumento de 0,8%. Os dados constam do Gráfico 1.

Mão de obra e Volumosos lideram aumentos em 2024 

Apesar da volatilidade dos preços dos insumos em 2024, que parecia sinalizar expressivo aumento de custos ao longo do ano, alcançou apenas 2,1%. Os grupos que contribuíram com maior elevação foram Mão de obra e Volumosos, com 9,6% e 9,4% respectivamente. Também, o grupo Energia e Combustível apresentou forte variação e alcançou 7,9%. Dois outros grupos finalizam a lista dos cinco grupos, dentre sete, que registraram aumento: Sanidade e reprodução, com 4,3% e Minerais, com 1,8%. Em sentido contrário, o grupo Qualidade do Leite teve queda de -7,7%, seguido de Concentrado, com queda de -5,9% no acumulado de 2024. Os dados constam do Gráfico 2.

O Gráfico 3 mostra a variação mensal do custo de produção de leite tendo por base o ICPLeite/Embrapa. De novembro de 2023 a janeiro de 2024, em apenas dois meses, os custos cresceram 3,7%. A partir daí, ocorreu uma queda de maneira intensa (-6,8%) até abril, iniciando um novo período de crescimento, com aceleração a partir de agosto. Entre abril e novembro os custos cresceram 6,9% recuperando e ultrapassando a queda registrada entre janeiro e abril. Em dezembro foi registrada a primeira queda mensal do segundo semestre. Essa volatilidade  nos custos de produção trouxe incertezas ao longo do ano. 

As informações são da Embrapa

O futuro do fornecimento de leite permanece incerto

Como ficou o fornecimento de leite nos últimos meses de 2024 e quais são as expectativas para 2025? Confira!

Nos últimos meses de 2024, a oferta de leite nos principais países exportadores apresentou uma recuperação em relação ao ano anterior, com um aumento de 0,9% em outubro, em termos anuais. Oceania, Estados Unidos e a União Europeia (UE-27) lideram essa recuperação da produção, apoiada também por uma recuperação na América do Sul.

A demanda mundial por produtos lácteos cresceu 2,7% no trimestre de agosto a outubro de 2024, graças principalmente ao aumento nas vendas de queijo, iogurte, manteiga e creme de leite. Por outro lado, produtos em pó e leite fluido estão sob pressão, principalmente devido à menor demanda da China.

Imagem 1. Produção de leite nos principais países exportadores

O que esperar para 2025?

O futuro do fornecimento de leite continua incerto, devido a fatores estruturais como clima, falta de mão de obra, mudanças geracionais, além de incertezas relacionadas à volatilidade das matérias-primas e ao possível aumento de custos. Na Europa e na Oceania, as restrições ambientais adicionam mais pressão e, especialmente na UE, a produção pode permanecer estável neste ano. Alguns países podem aumentar a oferta de leite, enquanto outros podem ver uma redução nos volumes.

Apesar da incerteza na oferta, que contrasta com o momento positivo atual, as boas perspectivas para a demanda – impulsionadas pelo crescimento populacional e pela tendência de aumento generalizado da renda em escala global – deverão contribuir para a manutenção de preços elevados nos próximos meses.As informações são do Observatorio de la Cadena Láctea Argentina, traduzidas pela equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

Campanha Janeiro Branco: atenção à saúde mental no meio rural
Em janeiro, o Brasil se mobiliza para a campanha Janeiro Branco, que busca conscientizar a população sobre a importância de cuidar da saúde mental ao longo de todo o ano. Em 2025, o tema da campanha é "O que fazer pela saúde mental agora e sempre", uma reflexão importante, especialmente para quem vive no meio rural. A psicóloga e extensionista rural social da Emater/RS-Ascar, Joice Schneider Marmentini, destaca que, embora o ambiente rural apresenta desafios específicos, é fundamental que todos, independentemente do local onde vivem, atentem-se ao cuidado com sua saúde mental. A saúde mental é tão importante quanto a saúde física e deve ser tratada com a mesma atenção. No meio rural, muitas vezes, os desafios da rotina intensa e o isolamento podem aumentar a sobrecarga emocional, tornando ainda mais relevante o cuidado com o bem-estar psicológico, afirma Joice. De acordo com a psicóloga, um dos primeiros passos para cuidar da saúde mental é a auto-observação. Precisamos aprender a perceber como os sentimentos, comportamentos e pensamentos estão influenciando a nossa vida diária. Isso é ainda mais essencial no campo, onde a rotina pode ser pesada e a conexão com outras pessoas, mais difícil, destaca. Ela orienta que, ao sentir que os sentimentos estão desregulados, como a irritação excessiva ou a falta de energia, é hora de buscar ajuda profissional. Joice também enfatiza que o cuidado com o ambiente ao redor está diretamente ligado à saúde mental. Quando cuidamos da nossa casa, do jardim, ou do espaço onde trabalhamos, estamos promovendo o bem-estar psicológico. Criar uma rotina saudável, que envolva momentos de lazer, é essencial para a manutenção da saúde emocional, diz. A psicóloga lembra ainda que o tratamento psicológico é personalizado e que, embora existam orientações gerais, cada pessoa tem uma história única. Não tenha medo ou vergonha de buscar ajuda. O psicólogo está disponível para auxiliar no autoconhecimento e no desenvolvimento de estratégias para lidar com os desafios emocionais do dia a dia, conclui Joice. Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

 
 

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Porto Alegre, 22 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.309


Projeto visa projeção da cadeia leiteira

O prefeito Andrei Cossetin, acompanhado do secretário Emerson Pereira e do vereador Ricardo Adamy, recebeu o secretário de da agricultura do Estado, Clair Kuhn, o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Darlan Palharini, e a professora Denize da Rosa, representando a empresa Suport D Leite. Na pauta, esteve a apresentação de uma ideia inovadora que propõe controle de qualidade e avanços no segmento leiteiro na região.O Selo de Certificação de Rastreabilidade e Sanidade do Leite foi apreciado pelo secretário Clair Kuhn, que manifestou grande interesse em firmar parceria do Estado com a ideia, por meio da Secretaria da Agricultura, através do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite – Fundoleite.O projeto piloto que tem por objetivo estimular as boas práticas que resultam em maior qualidade do leite, maior produção e por consequência maior sustentabilidade para aqueles que realizam a atividade leiteira, tem o protagonismo do Governo de Ijuí, por meio da Secretaria de de agricultura, do Sindilat e da empresa Suport D Leite. “Ijuí avança para desenvolver economicamente as propriedades ligadas ao setor e, com esse projeto piloto, tende a se destacar servindo de inspiração para outras regiões do Estado no fomento da cadeia leiteira”, afirma o prefeito Andrei Cossetin. 

O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, destaca que o projeto envolve todos os aspectos da propriedade começando pela questão da sanidade, bem-estar animal, a qualidade da água que atende a propriedade rural, a conservação e o manejo do meio ambiente e também na questão da qualidade do leite, dentro dos parâmetros das instruções normativas 76 e 77 do Ministério da Agricultura. 

“Com esse selo entendemos que torna-se viável a propriedade rural e o objetivo é justamente trabalharmos primeiramente as pequenas propriedades rurais, onde tem tido maior abandono da atividade leiteira, a ideia é justamente prestar assistência técnica a essas propriedades pelo prazo mínimo de 24 meses, com visitas mensais, e depois a cada seis meses que ela for certificada, a depender de como esteja o processo produtivo dentro da propriedade rural”, salienta.

Com isso, segundo Palharini, estará sendo agregada renda ao produtor, com ganhos para o município, com o aumento da arrecadação de ICMS, e para a indústria que também deve ganhar com essa certificação porque receberá um leite de maior qualidade, aumentando a competitividade no mercado, fazendo frente aos produtos oriundos da Argentina e do Uruguai. 

Ele acrescenta ainda que esse selo no projeto está como subsídio maior de buscar, via Secretaria da Agricultura, recursos do Fundoleite, com a contrapartida da Prefeitura Municipal de Ijuí e também de Ibirubá, onde terá outro projeto piloto, além de uma pequena contrapartida do produtor.

A certificação das boas práticas para propriedades no que diz respeito a sanidade, qualidade e bem-estar animal prevê também que o Selo seja lançado em evento exclusivo para a cadeia leiteira que já está sendo projetado pelo Governo em parceria com a Emater, Unijuí, Sindilat, empresários e produtores. O Milk Summit Brasil acontecerá no mês de julho e reunirá produtores, empresas e grandes nomes do segmento, o que promete tornar a região uma referência no assunto. (Jornal da manhã)


GDT 371: mercado volta às compras e preços se recuperam

O segundo leilão da plataforma Global Dairy Trade de 2025 trouxe uma recuperação no preço médio dos produtos negociados. Confira!O segundo leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) de 2025 foi realizado nesta terça-feira (21/01) e trouxe uma recuperação no preço médio dos produtos negociados. O GDT Price Index, que representa a média ponderada dos produtos, registrou alta de 1,4% em relação ao leilão anterior, com o preço médio atingindo USD 4.146 por tonelada, como mostrado no gráfico 1.Gráfico 1. Preço médio leilão GDT.

Após as festividades de fim de ano e um primeiro leilão de 2025 mais morno, os compradores voltaram ao mercado com maior apetite, impulsionando a valorização da maioria das categorias. Entre os produtos que registraram retração, o destaque ficou com a gordura anidra, que encerrou o leilão a USD 6.616/ton, marcando uma queda de 7,8%.
Por outro lado, o leite em pó integral, que havia apresentado recuo no primeiro leilão do ano, registrou uma valorização significativa, com alta de 5,0%. O preço médio fechou em USD 3.988/ton, atingindo o maior nível desde junho de 2022.

Gráfico 2. Preço médio LPI

Além do leite em pó integral, outras categorias importantes também registraram valorização, como o leite em pó desnatado (+2,0%) e a manteiga (+2,2%).

Confira na Tabela 1 os preços médios dos derivados ao término do evento e suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 21/01/2025.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

No último evento, o volume negociado continuou apresentando diminuição, o que é sazonalmente esperado para o período e contribuiu para as altas nos preços. Foram negociadas 27.785 toneladas, o que representa uma retração de 7,9% em comparação ao leilão anterior. No entanto, é possível observar que os volumes negociados neste mês de janeiro superaram os registrados em janeiro de 2024.

Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.
A valorização observada neste leilão, especialmente influenciada pelo leite em pó integral, reflete um mercado comprador mais ativo, principalmente nas compras da região do Norte da Ásia, que inclui a China, a maior compradora de lácteos do mundo.

Apesar da expressiva valorização neste último evento, não é possível cravar que novas altas devam se confirmar no futuro. Isso ocorre porque, embora o cenário geral de oferta mundial mostre uma tendência modesta de crescimento, a expectativa é de um mercado mais abastecido. Além disso, a demanda, incluindo a chinesa, não sinaliza grandes avanços para 2025.

Nesse cenário, os preços dos contratos futuros para o leite em pó integral indicam valores superiores aos praticados anteriormente para os mesmos vencimentos, mas permanecem no mesmo nível do último fechamento do leilão GDT, com preços próximos de USD 3.900/tonelada.

Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos, principalmente, da Argentina e do Uruguai, países que tradicionalmente praticam preços superiores aos do Global Dairy Trade (GDT). Esse diferencial é influenciado pela Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, que impõe tarifas de quase 30% sobre importações provenientes de fora do bloco.

A recente valorização dos preços no leilão GDT reduz as expectativas de uma possível redução nos preços internacionais, o que provavelmente ajudará a sustentar os preços atuais nas exportações da Argentina e do Uruguai. Além disso, apesar da recente redução na taxa de câmbio (R$/dólar), ela permanece acima dos R$6,00/dólar, o que continua tornando as importações de lácteos mais caras para os compradores brasileiros. (Milkpoint)

Ingredientes lácteos | Soro de Leite 

A legislação brasileira está evoluindo cada vez mais no sentido de legalizar a transformação do soro em um alimento nutritivo e de segurança alimentar.

Há poucos anos o soro do leite originado da produção de queijos era um sub-produto incomodo para a indústria de laticínios, mas hoje ele é considerado o principal produto da indústria que deseja ser eficiente e lucrativa.  

Soro de leite é um líquido obtido no processo da coagulação do leite, de cor entre o esverdeado a meio amarelo (depende do teor de gordura), de aspecto turvo e sabor fresco, ligeiramente doce se for obtido por ação de enzimas (coagulantes) e sabor ácido se for originado da coagulação ácida do leite.  

É um produto muito rico em aminoácidos, é constituído principalmente das proteínas do soro (Whey), beta-lactoglobulina (BLG), alfa-lactoalbumina (ALA), albumina do soro bovino (BSA), imunoglobulinas (Ig’s) e glico-macropeptídeos (GMP), e sais minerais. Também temos uma concentração considerável de vitaminas. 

Também vamos encontrar lipídeos e carboidratos no mesmo produto, portanto podemos disser que o soro é um alimento muito valioso para a indústria, não pode ser tratado como um subproduto e sim como um produto com potencial de alta lucratividade.

Portanto, em uma situação ele irá gerar custo, já em outra ele vai dar lucro e muitas vezes irá viabilizar sua indústria. A legislação brasileira está evoluindo cada vez mais no sentido de legalizar a transformação do soro em um alimento nutritivo e de segurança alimentar.

Além de ser um recurso econômico importante para a indústria de laticínios, o soro de leite traz benefícios nutricionais importantes. Sua composição torna-o uma fonte valiosa e versátil tanto para a alimentação humana quanto animal.

Abaixo alguns dos principais pontos que destacam as vantagens e benefícios do soro de leite:
Proteínas de alta qualidade: O soro é rico em proteínas como a whey protein , beta-lactoglobulina e alfa-lactoalbumina, que são rapidamente absorvidas e fornecem aminoácidos essenciais. Esse perfil proteico beneficia a recuperação muscular e é ideal para atletas e pessoas que buscam uma dieta rica em proteínas.

Riqueza em minerais e vitaminas: Contém cálcio biodisponível, fósforo, potássio, e vitaminas do complexo B (como riboflavina e B12), o soro de leite fortalece os ossos, contribui para o bom funcionamento do sistema nervoso e auxilia no metabolismo energético.

Suporte à imunidade e saúde intestinal: Imunoglobulinas e glico-macropeptídeos presentes no soro de leite têm efeitos benéficos para a imunidade e digestão, promovendo um intestino saudável e ajudando a equilibrar a flora intestinal.

Aplicações em diversos produtos: O soro pode ser transformado em uma variedade de produtos, como bebidas lácteas, ricota, soro em pó, achocolatados e suplementos. Também é aproveitado para a produção de álcool e como aditivo em alimentos de confeitaria e panificação.

Redução de custos e sustentabilidade: Aproveitar o soro de leite evita despesas com o tratamento ambiental do descarte, transformando-o em um ativo lucrativo. Esse reaproveitamento colabora com a sustentabilidade da indústria e evita o desperdício de nutrientes valiosos.

Potencial para reduzir importações: A produção e o aproveitamento local do soro de leite ajudam a reduzir a necessidade de importação, mantendo o mercado mais equilibrado e fortalecendo a cadeia produtiva nacional.

Reforço para alimentação animal: na alimentação animal é largamente utilizado, principalmente na criação de suínos, onde se consegue um ganho de peso considerável.

Produção de álcool: não somente como combustível, mas também para utilização em bebidas alcoólicas, na separação de aminoácidos específicos que atendam não somente a indústria de alimentos, mas a indústria de fitness e farmacêutica.

Podemos também produzir o soro condensado para o setor de food, também doce de leite com adição soro utilizados nas confeitarias.

Portanto são várias as possibilidades de utilização do soro e de seus componentes, isolados ou combinados. A importação do soro em pó é enorme, e há estimativas de ser em média mais de 10 milhões de quilos de soro em pó/ano que precisamos importar para regular nosso mercado interno. Isto daria quase 200 milhões de litros de soro que poderiam ser industrializados, que não precisaria ser tratado ou jogado fora.

O soro de leite é, portanto, uma solução que alia lucro, nutrição e sustentabilidade, transformando um antigo “subproduto” em uma fonte importante de valor econômico e nutricional. A tendência é que seu consumo e aproveitamento aumentem, gerando ainda mais oportunidades para a indústria de laticínios. (Ciência do Leite via Edairy News)


Jogo Rápido

CCGL celebra 49 anos: uma trajetória de inovação e compromisso com produtores e consumidores
 Em 21 de janeiro, a Cooperativa Central Gaúcha Ltda. (CCGL) comemora 49 anos de história, consolidada como uma das maiores referências do cooperativismo no Brasil. Com mais de 171 mil produtores associados, a CCGL é um alicerce do desenvolvimento econômico e social no Rio Grande do Sul e além. A CCGL tem como missão integrar as atividades do agronegócio, promovendo diferenciais competitivos com foco na sustentabilidade e na geração de renda para seus associados. Esse compromisso é visível nas diversas frentes de atuação da cooperativa, que aliam tecnologia de ponta, inovação e respeito às pessoas. Um dos pilares da CCGL é a Unidade de Pesquisa e Tecnologia, através da qual são desenvolvidas e difundidas práticas agrícolas e pecuárias que buscam a rentabilidade de forma sustentável. Com laboratórios modernos para análise de sementes e solos, a unidade oferece suporte direto aos produtores, promovendo um uso mais eficiente dos recursos naturais. Por meio da Rede Técnica Cooperativa (RTC), que reúne pesquisadores, técnicos e produtores, a CCGL intensifica a busca por soluções que maximizem a produtividade, aliando custo-benefício em sistemas de produção sustentáveis. Esse esforço coletivo é potencializado pela SmartCoop, uma plataforma digital inovadora que conecta cooperativas e produtores, levando gestão e inteligência ao campo. Além de oferecer suporte técnico e econômico aos produtores, a CCGL fortalece os municípios onde atua. Por meio de um modelo inovador, os municípios conveniados recebem uma parte do ICMS adicionado gerado pela matéria-prima entregue à indústria, beneficiando diretamente o desenvolvimento regional. O modelo cooperativo da CCGL é um dos grandes diferenciais da instituição. Aqui, o produtor não é apenas um fornecedor, mas um dono que participa democraticamente das decisões e colhe os frutos do sucesso coletivo. Esse modelo é a base de uma jornada de quase cinco décadas, marcadas pela união, trabalho em conjunto e compromisso com o futuro. Para o Presidente da CCGL, Sr. Caio Vianna, o aniversário marca o sucesso de um modelo consagrado no que há de mais atualizado em organização social e econômica das pessoas que é o compartilhamento onde todos os membros das cooperativas são beneficiados e dividem o resultado , além das comunidades onde as cooperativas atuam, que recebem os investimentos, geração de novos empregos, treinamento e qualificação de pessoas, além de levar informações importantes para que a propriedade rural seja mais eficiente, produtiva e rentável, atendendo os requisitos de preservar e melhorar os recursos naturais. “Em quase meio século de existência, a CCGL agregou muito aos seus associados, colaboradores, ao estado e ao país”, finalizou.  (FONTE: RTC COOP)

 
 

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Porto Alegre, 21 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.308


Condor promove dia de campo sobre bioinsumos na bovinocultura

Em Condor, 55 produtores participaram de um dia de campo sobre bioinsumos na bovinocultura. A atividade ocorreu na Unidade de Referência Técnica (URT) da Emater/RS-Ascar, na propriedade da família Marcus, e incluiu a apresentação do plano ABC+RS.Tendo em vista que a utilização de bioinsumos é uma das práticas de produção sustentável, no evento da última quinta-feira (16/01) foram explanadas e explicadas as metas do plano ABC+RS até 2030. Os extensionistas da Emater/RS-Ascar apresentaram técnicas que podem ser utilizadas no desenvolvimento de uma agricultura de baixa emissão de carbono.Além de produtores, participaram empresas, instituições financeiras, o presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Clair Barcelos, vereadores, o secretário Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Clênio do Amaral, o vice-prefeito Antônio Luiz Candido, o prefeito municipal Rômulo Teixeira Carvalho, o gerente adjunto regional da Emater/RS-Ascar Bergson do Santos, e o diretor Administrativo da Emater/RS, Alexandre Bruno Arrais Durans.

Os participantes visitaram cinco estações temáticas. Na primeira, foram demonstrados os resultados obtidos na URT, da utilização de Azopsirillum brasilense e de Beauveria bassiana (Bioinsumos no Milho Silagem). A estação foi conduzida pelo extensionista Eduardo Canepelle do escritório municipal de Condor.

Na estação 2, foi abordada análise financeira e viabilidade econômica da utilização do uso de bioinsumos e o custo de produção do milho silagem com e sem a utilização de bioinsumos. Essa estação foi conduzida pela extensionista Roseli Seitenfuss, chefe do escritório municipal de Condor.

Já a estação 3 foi sobre qualidade do leite, com enfoque em CCS, conduzida pela Lacticínios Heja, e a estação 4 tratou de manejo de milho silagem com refúgio, incluindo diferentes tecnologias existentes. Essa estação foi conduzida pela cooperativa Cotripal.

Por último, a estação 5 abordou o aumento da produção de leite pelo controle de proteína e adequação da dieta dos bovinos, a partir da qualidade do leite, conduzida pela PNI Nutrição Animal.

O dia de campo foi realizado pela Emater/RS-Ascar e pela Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Condor, em parceria com Cotripal, Heja, Sicredi, Cresol, Banrisul, Rovensa Next e PNI Nutrição Animal.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar


GDT - Global Dairy Trade


Fonte: GDT adaptado pelo Sindilat RS
 
 
 
Leite achocolatado é melhor que o leite puro para as crianças?

Os pais querem o que é melhor para suas crianças, incluindo o que eles comem e bebem. Às vezes existem percepções equivocadas sobre o chocolate e outros leites aromatizados em relação ao leite puro. Leite com chocolate x leite puro Eis a questão: Ambos, leite com chocolate ou leite puro, com baixo teor de gordura, são excelentes opções nutricionais para as crianças. 

O Guia Dietético do Estados Unidos e a Academia Americana de Pediatria reconhece que pequenas quantidades adicionais de açúcar, dentro dos limites calóricos diários, podem ser utilizadas para atrair as crianças para o consumo de alimentos ricos em nutrientes, como o leite. 

Segundo uma pesquisa nacional realizada nos EUA, os leites aromatizados contribuem somente com 4% do açúcar adicionado às dietas das crianças entre 2 e 18 anos, enquanto que os refrigerantes e sucos contribuem com 40%. Além disso, estudos mostram que o consumo de leite aromatizado está associado a um consumo total de leite mais elevado e melhora da alimentação como um todo, sem impacto negativo sobre o peso. 

Crianças realmente gostam de leite aromatizado

Isso é especialmente importante porque as crianças gostam realmente de leite aromatizado. Uma revisão de 53 estudos diferentes mostra que o leite aromatizado recebeu a melhor pontuação de palatabilidade entre as crianças, e elas bebem mais leite quando são aromatizados. 

Estudos também mostraram que a retirada do leite aromatizado nas escolas pode levar à queda do consumo total de leite e aumentar o desperdício de leite. Isso significa que as crianças podem não ingerir nutrientes necessários para que seus corpos cresçam e se desenvolvam. É difícil uma combinação de alimentos que substituam os nutrientes fornecidos pelo leite em termos não somente de quantidade, mas também de calorias e custo. 

Quanto as crianças devem beber?

A recomendação para lácteos é de três porções por dia. Um copo de leite de 250 ml, por 
exemplo, corresponderia a uma porção. 

Visto dessa perspectiva, não há dúvida de que os leites aromatizados podem ser uma adição vencedora à dieta do seu filho – e à sua também. 

Independentemente do tipo que seu filho gosta, aromatizado ou não, você terá a certeza de que ele estará ingerindo uma bebida nutritiva e deliciosa quando toma o leite de sua 
preferência. Fonte: The Dairy Site – Tradução livre: www.terraviva.com.br


Jogo Rápido

Carboidrato do soro do queijo aumenta imunidade a doenças
Vacas produzem oligossacarídeos estruturalmente semelhantes aos encontrados no leite materno. O leite materno humano tem carboidratos, chamados oligossacarídeos, que servem de alimento para bactérias benéficas, como a Bifidobacterium infantis. Segundo Daniela Barile, professora do Instituto de Ciências e Tecnologia de Alimentos da University of California em Davis, Estados Unidos, ao se proliferar e colonizar o intestino, essas bactérias benéficas aumentam a imunidade e ajudam a proteger os bebês de infecções e doenças causadas por micróbios prejudiciais à saúde, como a Escherichia coli. “Evidências mostram que o leite materno promove a saúde intestinal dos bebês, ajudando a aumentar a imunidade e protege os bebês de uma ampla gama de problemas de saúde, como obesidade, diabetes, problemas de fígado e doenças cardiovasculares”, disse Barile. Um grupo de pesquisadores da universidade californiana, liderado pela cientista italiana, está obtendo do soro de leite permeado – um produto obtido por meio da remoção parcial da proteína do soro de leite – oligossacarídeos semelhantes aos do leite materno humano. Fonte: Selectus 4678, 15/05/2015, Veja, Andrey Rudakov/Bloomberg - Associação Brasileira das Indústrias de Queijo 

 
 

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Porto Alegre, 20 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.307


Dia do Queijo: Querido pelos consumidores, ele ganha cada vez mais espaço na indústria

Ralado ou fatiado. De massa dura, mofada, cremosa ou macia. Seja na pizza, na massa, na lasanha, na salada ou no lanche, o queijo está presente na mesa dos consumidores do café da manhã ao jantar. Querido pelos consumidores, nutritivo e comemorado mundialmente no dia 20 de janeiro, vem conquistando também a atenção da indústria gaúcha.Conforme Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat/RS, o aumento da produção de queijos no RS vem sendo observado tanto em empresas e cooperativas com potencial de escala, quanto por pequenas queijarias. Esse crescimento, segundo ele, vem se acelerando principalmente nos últimos anos, amparado por um lado pelo aumento da procura dos consumidores e, de outro, pela crescente melhoria da qualidade do leite produzido no Rio Grande do Sul. “Os produtores estão conquistando patamares superiores, aumentando a quantidade de sólidos, o que permite à indústria planejar o aumento da produção e também remunerar melhor quem fornece este leite”, diz Palharini ao lembrar que, em média, são necessários em média 10 litros de leite para se fazer 1kg de queijo.Outro destaque importante vai para o crescente aproveitamento do whey resultante do processo de transformação do leite em queijo. Antigamente dispensado como sobra da produção, hoje é amplamente utilizado na indústria alimentícia, seja como emulsificante, espumante e geleificante, ou como ingrediente principal das linhas funcionais. “O whey corresponde a até 90% do volume de leite usado para fazer o queijo, com a vantagem de carregar 55% dos nutrientes do leite, como a lactose, proteínas e minerais como cálcio, sódio, fósforo e potássio. É um  subproduto que tem se mostrado valioso”, destaca.Além de todos os benefícios, o queijo, que passa por muitas etapas, desde as propriedades leiteiras até as indústrias, desempenha um papel crucial no desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Sul. Isso porque a produção leiteira está em praticamente todos os municípios gaúchos como fonte de renda e desenvolvimento, empregando mais de 62 mil pessoas e garantindo o sustento de aproximadamente 220 mil gaúchos.Elaboração: As informações são da Assessoria de Imprensa do Sindilat RS

Fontes consultadas: Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS - Sindilat RS / Associação Brasileira das Indústrias de Queijo – ABIQ / Conseleite RS


Grandes ideias prometem projeção e crescimento da cadeia leiteira, tendo Ijuí e a nossa região como protagonista

Prefeito Andrei Cossetin, acompanhado do secretário Emerson Pereira e do vereador Ricardo Adamy, recebeu na sexta-feira (17), o secretário de desenvolvimento rural do RS Clair Kuhn, o secretário executivo da Sindilat (Sindicato da Indústria de Laticínios) Darlan Palharini, e a professora Denize da Rosa, representando a empresa Suport D Leite, para apresentar uma ideia inovadora que propõe controle de qualidade e avanços no segmento.O Selo de Certificação de Rastreabilidade e Sanidade do Leite, foi apreciado pelo Secretário Clair Kuhn, que manifestou grande interesse em firmar parceria do Estado com a ideia, por meio Secretaria da Agricultura do RS, através do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite – FUNDOLEITE.O projeto piloto que tem por objetivo estimular as boas práticas que resultam em maior qualidade do leite, maior produção e por consequência maior sustentabilidade para aqueles que realizam a atividade leiteira, tem o protagonismo do Governo de Ijuí, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural, do Sindilat e da empresa Suport de Leite.“Ijuí avança para desenvolver economicamente as propriedades ligadas ao setor e, com esse projeto piloto, tende a se destacar servindo de inspiração para outras regiões do Estado no fomento da cadeia leiteira”, afirma o Prefeito Andrei Cossetin cujo trabalho constante, visa o crescimento de todos os segmentos que impulsionam o desenvolvimento.

A certificação das boas práticas para propriedades no que diz respeito a sanidade, qualidade e bem-estar animal prevê também que o Selo seja lançado em evento exclusivo para a cadeia leiteira que já está sendo projetado pelo Governo em parceria com a Emater, Unijuí, Sindilat, empresários e produtores. O Milk Summit Brasil acontecerá no mês de julho e reunirá produtores, empresas e grandes nomes do segmento, o que promete tornar a nossa região uma referência no assunto.

Sooro Renner: gigante do Whey Protein expande operações com Nova Unidade Industrial em Francisco Beltrão - PR

Com mais de duas décadas de atuação no processamento de soro de leite e uma das maiores da América Latina a Sooro Renner Nutrição S.A. é reconhecida por sua inovação, compromisso com a qualida e e contribuição para o desenvolvimento econômico do Brasil.

Com um investimento de R$ 650 milhões, a nova unidade trará avanços para a Sooro Renner. O empreendimento faz parte do planejamento estratégico iniciado em 2021, e integra o plano de expansão até 2030. Além de ampliar a capacidade de produção de Whey Protein, a nova planta introduzirá a produção de Lactose Infant Formula Grade, atendendo à crescente demanda dos mercados de nutrição infantil e esportiva. A unidade também incorporará a Concen Lácteos, referência nacional na produção de manteiga, adquirida recentemente pela Sooro Renner.

A construção de sua terceira unidade industrial, estará situada na cidade de Francisco Beltrão, no Paraná. A escolha pelo município no sudoeste foi motivada pela proximidade com os fornecedores de matéria-prima e pela localização estratégica, entre duas unidades industriais: uma em Marechal Cândido Rondon - PR e outra em Estação - RS, otimizando a operação logística.

A instalação da indústria contou com o apoio fundamental da gestão municipal do prefeito
Antônio Pedron, que forneceu suporte integral ao projeto.

Capacidades e Infraestrutura
Atualmente em fase de construção, a nova unidade terá uma capacidade nominal de produção de aproximadamente 40.000 toneladas de Lactose por ano e cerca de 12.000 toneladas de Whey Protein. O complexo industrial conta com uma área total de 340.000 m², e representará um grande avanço para a operação da empresa.

Lactose: O novo marco no portfólio da Sooro Renner

O projeto teve início em julho de 2024, com a contratação da empresa fornecedora da tecnologia necessária para a produção de Lactose Infant Formula Grade, consolidando a Sooro Renner como empresa brasileira pioneira no processamento desse produto.

Esse avanço no portfólio de produtos da empresa é fruto de investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento, além de visitas técnicas a empresas internacionais, garantindo que suas tecnologias estejam alinhadas com as melhores práticas globais de processamento de Lactose e Whey Protein de alta qualidade.

Impacto social e econômico
Mais que um avanço industrial, a nova unidade será um agente econômico e transformador para Francisco Beltrão e região. Com mais de 250 empregos diretos e outros 1.200 indiretos, gerando renda e promovendo o desenvolvimento local.

Eduardo Serra, CEO da Sooro Renner, destacou a importância deste novo investimento: "Estes investimentos visam gerar riquezas para a cadeia de negócios das regiões onde atuamos e contribuem para que o Brasil se torne cada vez mais relevante a nível mundial
em relação ao processamento de soro de leite. Ao mesmo tempo, alavancará o consumo de Whey Protein no país, um mercado que já se desponta como um dos mais promissores do mundo."

Com a nova unidade industrial, a Sooro Renner reafirma seu compromisso com a inovação, desenvolvimento sustentável, social e com as melhores práticas de governança. Esse é mais um passo para a consolidação da Sooro Renner na liderança do mercado de Whey Protein e seus derivados. (Sooro Renner)


Jogo Rápido

Falta de chuva gera alerta para a pecuária gaúcha: Produtores relatam redução na produção de carne e de leite no RS
Assim como a agricultura, a pecuária agora também começa a "sentir" o efeito da falta de chuva no Rio Grande do Sul. O principal problema no momento é a oferta de alimento para os animais, aponta um estudo do monitoramento divulgado pela Emater. Há relatos ainda de produtores registrando redução na produção de carne e de leite em função das condições climáticas. Conforme o documento da Emater, o desenvolvimento das pastagens "está abaixo do esperado" para o período. Segundo o extensionista rural e assistente técnico estadual da Emater Jaime Ries, o calor intenso, por si só, já reduz a produção de soja, por exemplo, e, se somado à seca, há ainda perda na pastagem, que interfere diretamente de forma negativa. — Com a alimentação deficiente, o animal deixa de ganhar peso. As regiões que começam a acumular problemas com a seca são a Campanha, Zona Sul, Fronteira Oeste, Central e Missões. (Zero Hora)

 
 

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Porto Alegre, 17 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.306


Conjuntura econômica do agronegócio do leite, analisada por especialistas da Embrapa: Cenário segue favorável para o leite, mas ambiente econômico é desafiador

Nota de Conjuntura - Mercado de Leite e Derivados - Janeiro de 2025O cenário econômico mundial segue desafiador. Os conflitos bélicos, as dificuldades de crescimento econômico em importantes economias da Ásia e da Europa afetam as expectativas dos agentes econômicos. O Fundo Monetário Mundial prevê crescimento modesto, de apenas 1,8%, para as economias desenvolvidas neste ano. Para os países em desenvolvimento o crescimento previsto é 4,2%, com destaque para a Índia com 6,2%. A China deve crescer apenas 4,5%, valor baixo considerando o histórico recente do país. Assim, ainda que importantes regiões do planeta sigam com crescimento modesto, consolida-se o cenário para aumento da renda global e, por consequência, maior consumo de bens e serviços, incluindo leite e derivados.Os últimos meses assistiram à recuperação da produção mundial de leite e derivados e à manutenção das cotações internacionais, indicando um melhor equilíbrio entre oferta e demanda em escala global. A rentabilidade da atividade melhorou em muitos dos principais países produtores do mundo, o que pode continuar a estimular o aumento da oferta no futuro próximo.No âmbito doméstico, os principais indicadores macroeconômicos sinalizam para um crescimento da economia acima das expectativas iniciais em 2024 (3,5% no último Boletim Focus) com alguma acomodação a partir de 2025, por volta de 2%. Os indicadores de emprego e renda seguem favoráveis, garantindo a melhoria do poder de compra da população.O crescimento da massa de rendimento dos brasileiros tem permitido a expansão da oferta de lácteos no mercado brasileiro e a manutenção de preços mais elevados. Os últimos 12 meses registraram um aumento médio de 10% no preço de lácteos, acima da inflação de 5%. O preço pago ao produtor, ainda que tenha registrado queda nos últimos meses, se encontra em patamar superior ao observado há 12 meses. Este fato, somado com o aumento mais discreto dos custos de produção do leite, apenas 2% no último ano, cria um cenário de melhores condições para o aumento da oferta de leite e derivados.

Ainda que estas condições favoráveis estejam presentes, ilustradas pelos termos de troca mais favoráveis ao produtor no ano de 2024 em relação `a média histórica, a produção doméstica de leite ainda não esboça reação significativa. Apesar de estar em curso o período de safra de leite, com aumento da produção em relação aos últimos meses, este crescimento é meramente sazonal. A produção de leite inspecionada continua estacionada em 68 milhões de litros/ dia nos últimos doze meses finalizados em setembro/24. Este é o mesmo valor que já havia sido registrado em maio/ 19.

As mudanças estruturais na produção de leite, com a saída de muitos pequenos e médios produtores, bem como o aumento das importações, são algumas das causas deste cenário de baixo crescimento.

O aumento dos gastos públicos e a percepção de que há dificuldade para o ajuste desejável das contas públicas têm alterado as expectativas dos agentes econômicos. O câmbio avançou mais de 20% nos últimos 12 meses e as expectativas de juros para o final de 2025 dispararam, alcançando 15% no último prognóstico de especialistas consultados pelo Banco Central. As expectativas inflacionárias seguem desancoradas, corroborando para o cenário de alta das taxas de juros. Este cenário menos alvissareiro pode contaminar a economia real e alterar e até reverter a trajetória de crescimento econômico previsto para o ano.

O aumento da taxa de câmbio pode afetar a oferta de leite no mercado brasileiro. Ainda que parte dos custos de produção do leite possam ser afetados pelo câmbio, o custo do produto internacional aumenta e a produção local tende a ser favorecida. A queda das importações de lácteos, incipiente, mas já observada em dezembro/24 pode ser uma sinalização neste sentido. Por outro lado, os riscos macroeconômicos podem afetar o mercado de trabalho e a renda da população, dificultando repasse de custos e reduzindo as margens dos diferentes elos da cadeia do leite.  

Resumo das informações discutidas na reunião de conjuntura da equipe do Centro de Inteligência do Leite, realizada em 14 de janeiro de 2025.

Autores*: Samuel José de Magalhães Oliveira; Lorildo Aldo Stock; Manuela Sampaio Lana. 

*Pesquisadores e analistas da Embrapa Gado de Leite.


Milho está em plena colheita e atinge 16% da área total plantada

A cultura do milho está em plena colheita no Rio Grande do Sul. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (16/01) pela Emater/RS-Ascar, em algumas regiões as primeiras áreas colhidas apresentam excelentes resultados. Já foram colhidos 16% da área total estimada, 31% da cultura está em fase de maturação, 30% em enchimento de grãos, 11% floração e 12% em germinação e desenvolvimento vegetativo. A ausência de chuvas afeta as lavouras em estágio reprodutivo de maneira mais intensa e o plantio está impactado pela reduzida umidade do solo.Milho Silagem: Tem continuidade a colheita de milho silagem no Estado. A produtividade dessas primeiras áreas está muito boa de maneira geral. As lavouras em fase reprodutiva estão sendo afetadas pela estiagem, principalmente nas regiões de Bagé, Santa Rosa, Santa Maria e Ijuí. Continua também o plantio de safrinha, sem maiores restrições na região Sul.Soja: A última semana foi caracterizada por umidade relativa do ar muito baixa em grande parte do Estado. As chuvas que ocorreram foram muito desuniformes e de baixos volumes e, em algumas localidades, acentuaram-se os sintomas de déficit hídrico. O plantio da soja segue suspenso onde não choveu e, em certas lavouras, não há estande adequado de plantas. Das lavouras implantadas, 6% estão em enchimento de grãos e 30% em floração, fases que mais exigem água.As atuais condições climáticas têm trazido preocupação para os produtores e podem causar perdas irreversíveis nas culturas de verão, principalmente na soja. Estão sendo realizadas aplicações preventivas de fungicidas contra ferrugem-asiática e de inseticidas para tripes e ácaro principalmente. (Seapi adaptado Sindilat RS)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1850 de 16 de janeiro de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

A bovinocultura de leite manteve-se dentro da normalidade, com manejo predominante a pasto e alimentação diferenciada para vacas secas e terneiras. As pastagens estão em boas condições, garantindo oferta de forragem de qualidade para todas as categorias. 

O manejo sanitário segue estável, e é realizada vacinação de rotina. Porém, seguem sendo registradas ocorrências de mosca-dos-chifres, carrapato e berne.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as altas temperaturas durante o dia têm gerado estresse térmico nos animais, embora a disponibilidade de água ainda esteja suficiente na maioria das propriedades. 

Há registro de queda na produção de leite em Santana do Livramento, Alegrete e Manoel Viana. Na de Erechim, diminuiu o excesso de umidade e a formação de barro nos arredores das propriedades e estábulos, o que, consequentemente, reduz os riscos de doenças, como mastite, de problemas de casco e de lesões causadas por atolamentos e escorregões. 

Na de Frederico Westphalen, o bom desenvolvimento das pastagens aumentou o pastejo, favorecendo o bem-estar e a produção animal. 

Na de Ijuí, a produção de leite está em queda nas propriedades à base de pastagens devido à piora na qualidade e na oferta dos pastos, além das altas temperaturas, que impactam negativamente os rebanhos.

Na de Passo Fundo, foram observadas infestações de mosca-dos-chifres, carrapato e berne. 

Na de Pelotas, em Morro Redondo, quedas constantes de energia têm aumentado os custos com geradores e prejudicado a qualidade do leite. 

Em Rio Grande, cerca de 20% dos produtores estão finalizando o plantio com atraso em função da dependência da Patrulha Agrícola. 

Na de Porto Alegre, o rebanho bovino está em boas condições em virtude do planejamento forrageiro, mas a falta de chuvas começa a afetar o desenvolvimento das pastagens perenes recém-implantadas. 

Na de Santa Maria, os produtores continuam suplementando a alimentação com silagem e ajustando a dieta dos animais para evitar desequilíbrios nutricionais. 

Na de Santa Rosa, as altas temperaturas, somadas ao acesso de animais em áreas com barro, tem aumentado os casos de mastite e de contaminação do leite. Para evitar o estresse térmico e a exposição dos animais ao sol intenso, os produtores estão ajustando os horários de pastejo. (Emater/RS adaptado pelo Sindilat RS)


Jogo Rápido

Previsão do tempo semanal 
A previsão meteorológica para os próximos dias indica mudanças significativas no tempo no Rio Grande do Sul, com o avanço de um cavado que, a partir de sexta-feira (17/01), intensificará as condições para chuvas em várias regiões do Estado. Esse cavado dará origem a uma frente fria associada a um ciclone extratropical, provocando precipitações de intensidade fraca a moderada na maioria das áreas. Além das chuvas, a nebulosidade aumentará, e as temperaturas apresentarão elevação durante este período. No domingo (19/01), a frente fria avançará, trazendo chuvas de moderada a forte intensidade nas regiões da Campanha, Serra Gaúcha e Campos de Cima da Serra. Nas demais áreas, espera-se precipitação com intensidade de fraca a moderada, e a partir do entardecer, as temperaturas começarão a cair, marcando o início de uma nova onda de frio. Na segunda-feira (20/01), o ciclone extratropical sobre o oceano continuará influenciando o tempo no Estado, com chuvas persistentes nas regiões dos Campos de Cima da Serra, Planalto e ao longo da faixa litorânea entre a Região Metropolitana e o Sul. Nessas áreas, as precipitações serão de moderada a forte intensidade, enquanto no Planalto, Norte e Região Metropolitana, a chuva será mais fraca. As temperaturas devem permanecer amenas ao longo do dia. Para terça (21/01) e quarta-feira (22/01), a previsão é de retorno à estabilidade climática, com o ingresso de um anticiclone migratório sobre o Rio Grande do Sul. Com isso, as temperaturas amenas darão lugar a um gradual aumento, trazendo de volta o clima mais quente. Os acumulados de chuva variam conforme a região. Nas áreas próximas ao Litoral e em partes do Centro do Estado, os volumes devem oscilar entre 20 e 100 mm. Na Região Metropolitana, Vale do Taquari e Serra, os acumulados podem ultrapassar 100 mm. Já nas regiões da Fronteira Oeste, Campanha e Missões, os volumes esperados ficam entre 5 e 50 mm. No Extremo Norte e Extremo Sul, as chuvas também devem variar entre 10 e 100 mm em localidades específicas. A recomendação é que a população esteja atenta às atualizações meteorológicas e preparada para as possíveis condições adversas. (Seapi - Boletim agrometerológico)

 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 16 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.305


Governo central tem déficit primário de R$ 4,5 bilhões em novembro, diz Tesouro

O governo central registrou déficit primário de R$ 4,515 bilhões em novembro do ano passado, ante um saldo negativo de R$ 38,071 bilhões no mesmo mês de 2023, segundo dados do Tesouro Nacional nesta quarta-feira (15).O resultado, que compreende as contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social, foi melhor que o esperado pelo mercado, conforme pesquisa da Reuters que apontava para um déficit de R$ 6,6 bilhões no mês.O desempenho do mês foi decorrente de um aumento real de 16,5% na receita líquida — que exclui transferências para governos regionais — e uma queda real de 6,3% das despesas totais em comparação com novembro de 2023.

A alta das receitas é resultado, principalmente, de um aumento real de 14% das receitas administradas pela Receita Federal, que englobam a coleta de impostos de competência da União.Já as receitas não administradas pela Receita subiram 39,5%, puxadas por ganhos com concessões (de R$ 228,9 milhões em novembro de 2023 para R$ 4,732 bilhões em novembro de 2024) e dividendos (de R$ 3,438 bilhões para R$ 7,763 bilhões).

Os principais destaques nas receitas administradas foram os ganhos mais altos de Pis/Cofins, Imposto de Importação, e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Do lado das despesas, a queda foi impulsionada, principalmente, por menores desembolsos com apoio financeiro a Estados e municípios. O resultado do mês foi o melhor para novembro desde 2021, quando houve superávit de R$ 4,869 bilhões segundo dados corrigidos pela inflação.

No acumulado do ano até novembro, o governo central registrou um déficit primário de R$ 66,827 bilhões. No mesmo período em 2023, foi registrado um déficit de R$ 112,466 bilhões.

A meta de resultado primário para 2024 é de déficit zero, com tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto, o que corresponde a cerca de R$ 29 bilhões.

Os dados de novembro são normalmente divulgados na última semana de dezembro, mas foram apresentados com atraso pelo Tesouro. (InfoMoney)


Fundesa aplicou mais de R$ 13 milhões em 2024

A prestação de contas referente ao exercício de 2024 do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS foi aprovada nesta quarta-feira (15) em Assembleia Geral Ordinária virtual. Os conselheiros deliberaram sobre os números referentes às arrecadações e aplicações de recursos realizadas ao longo do ano. O Fundesa aportou em 2024, mais de R$13 milhões, entre indenizações e investimentos em prevenção. O volume é 15,7% superior ao aplicado em 2023, que foi de R$ 11,28 milhões.Embora a arrecadação de contribuições tenha ficado dentro da normalidade, a liberação de dinheiro teve algumas diferenças em função das enchentes de maio. O número de processos para indenização da pecuária leiteira, por exemplo, que em 2023 superou R$6 milhões, no ano passado não chegou a R$5 milhões. “Isso ocorreu em função das dificuldades de locomoção e outros problemas enfrentados pelos produtores e pelos técnicos da Secretaria da Agricultura no período da calamidade”, explica o presidente do Fundesa-RS, Rogério Kerber.

Já entre os investimentos em estrutura e aquisição de insumos e equipamentos, um destaque foi para o volume disponibilizado para o Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, que superou R$454 mil. Localizado em Eldorado do Sul, uma das localidades mais afetadas pelas enchentes, o IPVDF registrou perdas de equipamentos e materiais de laboratório, além dos reagentes e produtos de laboratório que necessitam de refrigeração e foram perdidos pela falta de energia elétrica. “Todos os materiais de laboratório necessitam de precisão e garantia de efetividade, por isso, nos casos em que não foi necessária a troca do equipamento, foi preciso realizar calibrações ou aferições”, pontua Kerber.

Ao longo do ano também teve destaque os aportes realizados para o trabalho na avicultura, primeiro com a atuação na prevenção da Influenza Aviária, que chegou a ser registrada em aves silvestres e, depois, na contenção da emergência do caso isolado de Newcastle em Anta Gorda.

O Fundesa encerrou 2024 com um saldo de R$158,1 milhões, um crescimento de 12% em relação ao ano anterior. Todos os números relativos à atuação do fundo estão disponíveis no site do Fundesa - www.fundesa.com.br. (Fundesa)

Após um 2024 estagnado, países exportadores de lácteos devem registrar crescimento na produção

O relatório semestral Dairy: World Markets and Trade do USDA, prevê que a produção de leite entre os cinco maiores exportadores mundiais de lacteos crescerá 0,4% em 2025.

A produção global de leite entre os principais exportadores de laticínios está a caminho de crescer em 2025, mas será suficiente para compensar a crescente demanda? Essa é a principal questão para os produtores e analistas de laticínios dos EUA. O relatório semestral Dairy: World Markets and Trade do USDA, divulgado no início de dezembro, prevê que a produção de leite entre os cinco maiores exportadores mundiais de laticínios crescerá 0,4% em 2025, após permanecer praticamente inalterada em 2024.

Monica Ganley, analista do Daily Dairy Report e diretora da Quarterra, uma consultoria agrícola em Buenos Aires, afirmou que um aumento global de 0,4% na produção de leite de um ano para o outro pode não ser suficiente para atender à crescente demanda por laticínios. “Os ganhos na produção de leite serão críticos se a indústria espera atender à demanda global por laticínios, que provavelmente aumentará em 2025, à medida que a população mundial cresce e as condições econômicas em melhoria promovem o consumo de produtos de origem animal”, disse Ganley.

Os produtores de leite dos EUA serão os principais responsáveis pelo aumento global projetado, com um crescimento de 0,7% este ano, em comparação a 2024. O USDA projeta que a produção de leite nos EUA subirá para 103,42 bilhões de quilos, devido a margens melhores e a um rebanho maior de vacas em lactação. “Melhorias nos níveis de componentes do leite este ano impulsionarão ainda mais a produção de produtos lácteos a partir do leite disponível”, observou Ganley.

A produção na Oceania também deve registrar ganhos no próximo ano, e embora os aumentos percentuais da região sejam maiores que o ganho de 0,7% nos Estados Unidos, o volume total será menor. O USDA prevê que a produção na Austrália aumentará 1,1%, enquanto a produção na Nova Zelândia crescerá 0,9%.

“Os altos preços do leite e as condições climáticas favoráveis na Nova Zelândia estimularam a expansão, mas a indústria de laticínios no país continua enfrentando desafios estruturais que limitarão o potencial de crescimento a longo prazo”, disse Ganley.

Já a produção de leite na União Europeia deve continuar sob pressão, com o USDA prevendo uma queda de 0,2% de um ano para o outro. “Os custos de insumos persistentemente altos e as regulamentações ambientais têm desencorajado investimentos no setor de laticínios da Europa e sufocado o crescimento”, observou Ganley. “No entanto, o impacto tem sido desigual e, enquanto alguns países do bloco continuam expandindo, a produção total de leite europeia deve enfrentar dificuldades nos próximos anos.”

Por fim, a Argentina deve registrar o maior crescimento percentual anual na produção de leite em 2025, com 4,7%. “Após um 2024 desastroso, uma perspectiva macroeconômica drasticamente melhorada para o país facilitou novos investimentos e otimismo no setor de laticínios”, acrescentou ela. Isso deve impulsionar a produção de leite.

Impactos no mercado brasileiro

Pensando nos impactos para o mercado brasileiro, segundo a análise do MilkPoint Mercado, o crescimento esperado na produção de lácteos na Argentina merece atenção especial. Isso porque o país é o principal fornecedor de lácteos importados pelo Brasil, respondendo por mais de 60% do volume total.

Apesar da perspectiva de aumento na oferta por parte do nosso principal fornecedor, esse crescimento não deve necessariamente resultar em um maior volume de envios ao Brasil. Isso se deve, em parte, à conjuntura econômica mais equilibrada na Argentina em comparação ao início do ano anterior, o que provavelmente impulsionará o consumo interno de lácteos no país. Além disso, no atual cenário do mercado internacional, como já discutido em análises do MilkPoint, o Brasil tem apresentado um menor poder de compra, enquanto a Argentina tem redirecionado suas exportações para outros mercados mais atrativos.

Diante desse contexto, espera-se que o volume de importações de lácteos pelo Brasil permaneça elevado, mas em patamares inferiores aos registrados em 2024, mesmo com o aumento da oferta na Argentina.

As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint Mercado.


Jogo Rápido

Como funcionam os programas de sustentabilidade nas fazendas leiteiras?
 Sustentabilidade vai além da pegada de carbono; envolve os pilares social, ambiental e econômico. Produtores já são recompensados por práticas sustentáveis!  Saiba mais com o Dr. Luiz Gustavo Pereira, com o vídeo completo no MilkPlay, clicando aqui. (Milkpoint)

 
 

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Porto Alegre, 15 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.304


Programa de Sementes e Mudas Forrageiras investirá mais de R$ 18 milhões no RS
 
Reformulado para 2025, o Programa de Sementes e Mudas Forrageiras vai atender 16.076 produtores rurais em sua nova edição. Somando R$18,4 milhões em pedidos para a aquisição de sementes e mudas forrageiras, a aplicação do recurso foi autorizada pelo governador Eduardo Leite na última semana.
 
O programa, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), tem como objetivo estimular a diversificação e a qualidade das pastagens nos estabelecimentos familiares, visando melhorar a produção de leite e carne, além da qualidade dos rebanhos. Atualmente, os projetos para aquisição das cultivares já estão em elaboração pela Emater/RS-Ascar e iniciarão contratação em fevereiro próximo.
 
Ao todo, 145 entidades, incluindo cooperativas, sindicatos e associações de 123 municípios, enviaram manifestações de interesse à nova etapa do programa. Entre os novos materiais ofertados, os cereais de outono e inverno lideram as solicitações, sendo preferidos por 53% das entidades, seguidos pelas mudas (33%) e cultivares perenes de verão (25%). A alta adesão mostra que o conjunto robusto de melhorias implementadas nessa nova edição realmente estão alinhadas com a necessidade e desejos dos produtores em ampliar e qualificar a produção de forragem para alimentação animal.
 
O secretário de Desenvolvimento Rural, Vilson Covatti, destacou a ampliação dos recursos e a inclusão de novas espécies nesta edição. Temos como foco, à frente da SDR, desenvolver e modernizar as políticas públicas de fomento do Estado para a agricultura e a pecuária familiar, e a atual versão do Forrageiras mostra isso, com mais recurso e mais tecnologia para qualificar a produção de leite e carne do trabalhador rural gaúcho, concluiu Covatti.
 
O programa reforça o compromisso do governo Eduardo Leite em apoiar pequenos produtores e fortalecer as cadeias produtivas locais, promovendo avanços na qualidade de vida no campo e na economia rural.
 
A parceria entre SDR, Embrapa e Emater/RS-Ascar visa aumentar a produtividade, sustentabilidade e renda dos agricultores. Jonas Wesz, chefe da Divisão de Sistemas Produtivos da SDR, destacou que a forte adesão, com montante superior a quase três vezes à edição anterior, reflete a importância do programa. As inovações devem melhorar significativamente a produção de pastagens e o planejamento forrageiro das propriedades, garantindo mais competitividade para a agricultura familiar, afirmou.
 
Principais inovações da edição 2024/2025
 
O programa, elaborado em parceria com SDR, Embrapa e Emater/RS-Ascar, traz novidades que aumentam sua atratividade e eficiência:
 
- Ampliação de valores: Crédito ampliado para até R$ 2 mil por CPF de produtor e R$ 300 mil por entidade;
 
- Bônus de adimplência: Percentual de desconto aumentado de 30% para 50%;
 
- Inclusão de novas espécies: Cereais de outono-inverno, leguminosas e espécies perenes;
 
- Qualificação técnica: Suporte da Embrapa e assistência técnica especializada pela Emater/RS;
 
- Disseminação tecnológica: Unidades de Referência Tecnológica e Dias de Campo para capacitar os produtores.
 
Fonte: Emater/RS

Leite/Europa

O preço do leite ao produtor caiu de 2023 para 2024 na maioria dos países da UE As estatísticas anuais da Comissão Europeia indicam que os preços do leite em 2024 foram menores do que os de 2023 em 16 dos 27 países membros da União Europeia (UE). Os maiores declínios foram registrados na Finlândia (-12%), Portugal (-10%) e Espanha (-8%). Os países com os maiores percentuais de aumentos foram: Irlanda (+15%), Lituânia (+11%) e Letônia (+10%). Uma grande cooperativa de laticínios da Irlanda anunciou ligeiro aumento do índice de preços (PPI) para o mês de novembro, saindo de 151,7 em outubro para 156,7 em novembro. 

Fonte: USDA Tradução livre: www.terraviva.com.br

Forte depreciação cambial. Milho e boi registram queda nos preços.

Os preços do milho, da soja e do boi gordo registraram queda no mês de dezembro/24, ainda que em doze meses apresentem alta nas cotações. O preços do farelo de soja e do bezerro, por outro lado, aumentaram em dezembro/24 A intensa desvalorização recente do Real frente ao Dólar tem deixado as commodities brasileiras mais competitivas no mercado internacional, estimulando a exportação, e pode pressionar o preço destas commodities em reais, no futuro próximo.


Informativo mensal produzido pelo Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite.

Autores: Glauco R. Carvalho, Luiz A. Aguiar de Oliveira e Samuel José de M. Oliveira.
Colaboração: Henrique Sales Terror e Ítalo de Paula Bellozi (graduandos da UFJF).
Nota: as variações mostradas acima nos gráficos são do preço de fechamento do mês contra o período citado.


Jogo Rápido

Um lembrete de que não se pode baixar a guarda
Apesar da distância que separa a região da Alemanha onde foi registrado um foco de febre aftosa e o Rio Grande do Sul, o episódio reforça a máxima de que, em se tratando de vírus, não se pode baixar a guarda. O registro no país europeu foi confirmado na semana passada na região de Brandemburgo, em um rebanho de búfalos. E interrompeu um hiato de quase 40 anos sem casos naquele país.  Com reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) de livre da doença sem vacinação desde maio de 2021, o Estado obteve conquistas importantes a partir da evolução do status sanitário. E por isso todo a prevenção é pouca e se faz necessária para preservá-lo.— Esse surto na Alemanha comprova que não existe risco zero. É um fato para tirar da zona de conforto, relembrar de estar vigilante com o rebanho — destaca Rosane Collares, diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal. Coordenadora estadual do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA-RS), Grazziane Rigon reforça que a globalização, com pessoas e produtos circulando entre os países, "torna o mundo altamente conectado nos dias de hoje": — E a febre aftosa é um vírus que pode ser carreado através de produtos de origem animal, principalmente cárneos, mas também através das nossas roupas e sapatos. Ou seja: a prevenção vai além da porteira. Entre as recomendações para produtores, Grazziane lembra da revisão regular do rebanho. Sintomas parecidos com os da doença (feridas na boca, cascos ou tetos, animais babando e/ou mancando) devem ser comunicados o mais rapidamente possível à Inspetoria de Defesa Agropecuária. Outro ponto (veja quadro abaixo) considerado importante refere-se a ações de biosseguridade na propriedade, como a desinfecção de veículos previamente à entrada, principalmente caminhões, restringindo o acesso de visitantes ao rebanho, mantendo a porteira fechada e o perímetro do entorno bem cercado. — Precisamos nos manter vigilantes para a doença, por mais que estejamos há tanto tempo distantes dela — frisa a coordenadora. (Zero Hora)