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Porto Alegre, 18 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.248

 

   Conseleite/MS 

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 15 de abril de 2016, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de março de 2016 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de abril de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)

 
    
 
RS: Fundesa apresenta resultados do primeiro trimestre
 
O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal, Fundesa, divulgou nesta sexta-feira a prestação de contas do primeiro trimestre de 2016. O saldo do fundo que é formado pela arrecadação sobre animais abatidos e produção e ovos e leite, passou de R$ 56,5 milhões de reais no último trimestre de 2015 para R$ 59,08 milhões nos primeiros três meses de 2016. Os números foram apresentados aos conselheiros do fundo na Assembleia Ordinária da instituição.
 
A receita no período no primeiro trimestre foi de R$ 3,5 milhões, considerando arrecadações e rendimentos das aplicações financeiras. O valor ficou quase 30% acima do registrado no mesmo período do ano passado (R$ 2,7 milhões). Já em comparação com o último trimestre de 2015, a arrecadação registrou queda - o ingresso de recursos de contribuições e rendimentos foi de R$ 4,02 milhões. Conforme o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, o primeiro trimestre de cada ano é, historicamente, o de menor arrecadação. "A partir do segundo trimestre os números voltam a subir", afirma.
 
Segundo o dirigente, o fundo preserva no mínimo 50% para indenizações de produtores em casos de doenças. A outra metade pode ser utilizada no investimento em ações de educação e defesa sanitária em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação e o Ministério da Agricultura. As principais aplicações são na capacitação dos profissionais do serviço veterinário oficial e também na aquisição de insumos e equipamentos.

Sobre o Fundesa
O Fundesa, criado em 2005, tem a missão de propor e apoiar o desenvolvimento de ações de defesa sanitária animal, além de garantir agilidade e rapidez na intervenção em casos de eventos sanitários. O fundo é composto por nove entidades: Federação da Agricultura do RS, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS, Sindicato das Indústrias de Carnes do RS, Sindicato das Indústrias de Suínos do RS, Sindicato do Comércio Atacadista de Carnes Frescas e Congeladas do RS, Sindicato da Indústria de Laticínios, Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas, Associação Gaúcha de Avicultura e Associação dos Criadores de Suínos do RS. (Fundesa)

 
 
 
Consumo de lácteos deve cair 4% este ano

Produtos lácteos, como queijos e iogurtes, têm perdido espaço nos lares brasileiros. Depois de uma contração estimada de 1% no consumo per capita de lácteos em geral no Brasil em 2015, a demanda no país deve recuar mais 4% este ano, segundo estudo do banco holandês Rabobank sobre o segmento de lácteos no Mercosul. Em 2015, o consumo per capita brasileiro de lácteos foi de 173 litros (equivalente leite). Neste ano ¬ mais uma vez reflexo da recessão que gerou desemprego, inflação e reduziu a renda real ¬, a demanda deve cair para 166 litros per capita, o mesmo nível de 2011. O número, que envolve itens como leite longa vida, queijos e iogurtes, é mais pessimista do que os 171 litros que o Rabobank havia estimado no fim de 2015. A retração no consumo desses produtos após anos de crescimento expressivo no país afeta as margens da indústria de lácteos que enfrenta também menor oferta de matéria¬-prima e alta dos custos do leite. Nesse cenário, há espaço para mais consolidação no segmento, com a participação de empresas estrangeiras ou nacionais, avalia Andrés Padilla, analista sênior do Rabobank Brasil. "É um momento importante para quem quer fazer investimentos olhando o longo prazo no Brasil", observa, acrescentando que a desvalorização do real também aumentou o "poder de compra" das empresas [eventualmente interessadas em ativos] em dólar. Entre os anos 2005 e 2014, os laticínios foram favorecidos pelo crescimento "impressionante" ¬ como define o Rabobank ¬ do consumo de lácteos no Brasil, principalmente devido ao crescimento da renda real. 

Segundo o banco, a demanda por queijos cresceu a uma média anual de 5,7% no período, enquanto a de leite longa vida e leite em pó avançou 2,5% e 3,1%, respectivamente. Padilla admite que será difícil recuperar esses níveis rapidamente, já que uma retomada depende da situação do emprego e da renda real dos consumidores. Isso porque, no Brasil, a correlação entre aumento da renda e crescimento do consumo de lácteos tem sido de mais de 90% nos últimos dez anos. A expectativa do banco é de que o consumo se recupere gradualmente a partir de 2017. Mas o nível de 2014, quando o consumo de lácteos teve seu pico em 174 litros, só deve voltar depois de 2020, segundo o Rabobank. A estimativa também é mais pessimista que a do fim de 2015, quando o banco previu consumo de 178 litros em 2020. "Acreditamos que em 2017 e 2018, a economia já deve ter alguma recuperação", diz. No curto prazo, porém, os consumidores seguem comprando menos e de forma mais seletiva. Segundo o estudo, as empresas relatam que consumidores têm reduzido o número de itens que compram de um produto específico. E têm procurado promoções. Nesse ambiente, as indústrias de lácteos buscam ajustar a produção à demanda. Reflexo disso é uma queda nas compras da matéria-¬prima (leite cru) nos últimos cinco trimestres, acrescenta o estudo. A menor produção de leite no país e a alta dos preços da matéria¬-prima também afetam as aquisições de leite pelos laticínios. "O preço do leite está mais alto e as indústrias têm tido dificuldade para reajustar os preços. A indústria vai sofrer mais", avalia. 

Para o analista, após a queda de 2,85% na produção brasileira de leite em 2015 ¬ para 24,05 bilhões de litros ¬, a produção deve recuar mais 3% este ano, o que significa preços mais altos. Ele observa que os pecuaristas continuam com margens apertadas por causa da elevação dos custos. Além disso, houve redução dos investimentos na produção nos últimos anos e um "número expressivo" de pequenos pecuaristas diminuiu o rebanho ou saiu da atividade. O maior custo de produção de leite também é um problema na Argentina, onde medidas do governo Maurício Macri estimularam as exportações de milho e soja e elevaram os preços dos grãos no mercado doméstico. A desvalorização do peso ante o dólar também afetou os gastos dos pecuaristas, observa o estudo do Rabobank. Diante disso, a expectativa também é de recuo na produção de leite na Argentina no curto a médio prazos. Para 2016, a estimativa é que caia 4%. Esse é mais um desafio para indústria de lácteos do país vizinho, que não tem registrado crescimento real no volume na maioria das categorias de lácteos, segundo o Rabobank. Como o cenário econômico na Argentina é igualmente delicado, com inflação alta, a expectativa do Rabobank é de que o consumo de lácteos fique estável no país este ano, em 220 litros per capita. Não são apenas seus respectivos mercados domésticos de lácteos que preocupam Brasil e Argentina. A crise na Venezuela, que recrudesceu com a queda dos preços internacionais do petróleo, prejudica as exportações de lácteos de Brasil e Argentina. O país caribenho se tornou um importante destino para as exportações de lácteos do Brasil, Argentina e Uruguai, mas em 2015, as compras venezuelanas do Mercosul recuaram para os níveis anteriores a 2012, segundo o Rabobank. A avaliação do banco é que novas reduções nas vendas ao país possam ocorrer este ano. Como resultado, Argentina e Uruguai devem provavelmente buscar vender mais leite para o Brasil. "O Brasil deve ter mais um ano de déficit na balança de lácteos", diz Padilla. Em 2015, o déficit do segmento foi de US$ 100 milhões. (Valor Econômico)

 
 

Venezuela pagou US$ 30 milhões a empresas lácteas uruguaias
O presidente do Instituto Nacional do Leite (Inale), Ricardo de Izaguirre, disse que na sexta-feira (15) a Venezuela pagou US$ 30 milhões por parte da dívida com asempresas lácteas uruguaias. As indústrias de queijos, Calcar, Claldy e Pili receberam o total da dívida e os restantes US$ 12 milhões irão para a Conaprole. A essa última, ainda faltam US$ 38 milhões do negócio realizado no marco do acordo entre ambos os governos e outros US$ 27 milhões de negócios que tinham sido realizados antes. Izaguirre não ocultou a surpresa e a satisfação pela notícia e reconheceu que não esperava que o pagamento chegaria nesse momento. Ele disse que as indústrias desejam que o fluxo comercial à Venezuela se mantenha, mas ao mesmo tempo, opinou que se tomarão maiores proteções quando às garantias de pagamento. (As informações são do El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

         

Porto Alegre, 15 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.247

 

   Produto poderá ter mínimo

A Comissão de Agricultura do Senado aprovou ontem o projeto de lei complementar 215/2015, que autoriza o Executivo a incluir o leite na pauta dos produtos amparados pela Política de Garantia de Preços Mínimos. Segundo a senadora Ana Amélia Lemos, a iniciativa é fundamental, especialmente para os pequenos produtores que sofrem com as oscilações nos preços. A proposta segue para a Comissão de Assuntos Econômicos e depois para sanção presidencial. (Correio do Povo)

    
 
Nestlé investe na área de alimentos médicos
Numa esquina do campus de uma universidade de pesquisa técnica em Lausanne, na Suíça, cientistas da Nestlé SA estão desvendando perfis genéticos para desenvolver alimentos medicinais ¬ uma das grandes esperanças da empresa para expandir suas vendas. Não se trata das barras de proteína que as pessoas compram antes de ir para a academia. A empresa suíça de alimentos está explorando o segmento de pós e bebidas vendidos com receita médica para suprir as necessidades nutricionais exigidas no tratamento de doenças. Para a Nestlé, esse mercado, que movimenta US$ 15 bilhões por ano, tem um grande potencial dado o envelhecimento da população global, num momento em que a empresa enfrenta tempos difíceis em seu setor tradicional de alimentos embalados. As vendas de pizzas congeladas e sorvetes vêm caindo e, por três anos consecutivos, a Nestlé não conseguiu atingir sua meta de 5% a 6% de crescimento orgânico de vendas por ano. Ontem, a Nestlé divulgou uma receita de 20,93 bilhões de francos suíços (US$ 21,64 bilhões), quase igual à do mesmo período de 2015 e um pouco abaixo da previsão dos analistas. Já o crescimento orgânico das vendas (excluindo aquisições e efeitos cambiais), de 3,9%, superou as expectativas e aliviou um pouco as preocupações dos investidores com a suposta lentidão da Nestlé em reagir a um mercado global mais adverso e o surgimento de rivais de grande porte, como a recém¬criada Kraft Heinz Co., controlada pela firma brasileira de investimento 3G Capital. 
 
Nesse cenário, os alimentos medicinais podem ser uma oportunidade. "Por muito tempo, a nutrição foi vista como uma espécie de pseudociência", diz Ed Baetge, chefe do Instituto da Ciência da Saúde da Nestlé. "Para muitas doenças, como a demência em idosos, por exemplo, existe uma necessidade clínica enorme de novas abordagens, onde os alimentos podem fazer uma grande diferença." Para os céticos, porém, o setor ainda é cheio de incertezas. Ao contrário dos suplementos dietéticos, os alimentos medicinais são concebidos para pessoas com doenças crônicas, não pessoas saudáveis. Eles devem ser usados com supervisão médica porque se destinam ao tratamento de doenças sérias, como o Mal de Alzheimer. No subsolo do prédio de quatro andares do instituto da Nestlé, próximo ao Lago Genebra, máquinas no valor de cerca de US$ 1 milhão cada analisam o DNA humano para desenvolver programas personalizados, baseados em perfis genéticos específicos, para tratar doenças como epilepsia e desordens intestinais. Com estes dados, os cientistas vão desenvolver alimentos medicinais contendo compostos naturais extraídos de alimentos como tomates, café e uvas. Criado há cinco anos, o instituto já gastou metade de seu orçamento de US$ 500 milhões para o período que se encerra em 2021, apesar de alguns projetos se estenderem para além desse prazo. E a Nestlé está em meio a uma onda de aquisições nos Estados Unidos. No começo do ano, ela fechou um acordo para ajudar a empresa americana de biotecnologia Seres Therapeutics Inc. a desenvolver produtos destinados a restaurar o equilíbrio bacteriano no sistema digestivo. Ela também comprou uma participação na Pronutria Biosciences Inc., de Massachusetts, uma "startup" que está desenvolvendo produtos à base de aminoácidos para tratar perda de massa muscular. As tendências demográficas são um incentivo a esses investimentos. 
 
A proporção de pessoas com mais de 60 anos ¬ um grupo importante para o segmento de alimentos medicinais ¬ deve crescer dos atuais 12% para 22% da população mundial até 2050, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. "Queremos ter um impacto significativo na lucratividade total da empresa no longo prazo", diz Greg Behar, chefe da divisão de Ciência da Saúde da Nestlé, que comercializa os produtos desenvolvidos a partir das descobertas dos laboratórios do instituto. Os analistas, em geral, estão entusiasmados com o potencial da área de saúde da Nestlé, que inclui suplementos nutricionais e alimentos para pessoas recém¬operadas, dizendo que ela cresceu mais rápido do que as demais unidades da empresa em 2015, faturando cerca de 2 bilhões de francos suíços. A meta da Nestlé é elevar a venda anual da divisão para 10 bilhões de francos nos próximos anos. Mas há preocupações quanto ao tempo necessário para colocar esses produtos no mercado e o alto custo das pesquisas. De fato, nem todos os especialistas estão convencidos. "Apesar de estar claro que aquilo que comemos e bebemos tem um efeito importante em nossa saúde, não há provas suficientes documentando que alimentos proporcionam um efeito médico relevante", diz Ben Locwin, cientista da Associação Americana de Cientistas Farmacêuticos. Muitos produtos podem ter um efeito placebo, com consumidores "pensando" que foram beneficiados quando realmente não foram, diz. O médico Philip Gerber, especialista em nutrição clínica no Hospital Universitário de Zurique, tem usado mais alimentos medicinais nos últimos anos, mas precisa de mais dados. "Não tenho certeza de que veremos uma enorme explosão de mercaCriado há cinco anos, o instituto já gastou metade de seu orçamento de US$ 500 milhões para o período que se encerra em 2021, do aqui. Esses produtos precisam provar a sua eficácia", diz. 
 
A Nestlé afirma que, antes da introdução no mercado, são necessários estudos para mostrar que seus produtos são seguros, benéficos e eficazes para atender às necessidades nutricionais dos pacientes. Além disso, alguns de seus produtos, como um que está sendo desenvolvido para ajudar a controlar as doenças inflamatórias intestinais, estão sendo desenvolvidos através do processo convencional de testes clínicos. "As provas clínicas são muito importantes para nós", diz Marie¬Françoise Rütimeyer, uma porta¬voz da área de Ciência da Saúde da Nestlé. (Valor Econômico)
 
Polêmica estampada nas embalagens
 
Sabe aquelas bandejas de carne e de queijo que você costuma encontrar nas prateleiras de supermercados? Elas estão no centro de uma polêmica que vem trazendo órgão públicos e entidades para o debate.

Prática habitual, a colocação de produtos de origem animal em recipientes como bandejas envoltas em plástico não está dentro do que determina a lei. Regras determinam que o fatiamento e o uso desse tipo de embalagem só pode ser feito por mercados com fiscalização da inspeção estadual ou municipal - prerrogativa de grandes redes.

- Ações no Litoral, no verão, evidenciaram que a lei não era cumprida. Não é só botar validade e preço. Ao tirar da embalagem original, se retira a procedência - explica Ayres Chaves Lopes, chefe do setor de alimentos do Centro Estadual de Vigilância em Saúde.

Nesta semana, um seminário esclareceu dúvidas.

- Somos a favor, mas é preciso montar uma legislação em que o pequeno esteja incluído - diz Antônio Cesa Longo, presidente da Associação Gaúcha de Supermercados.

A entidade e outras representações do setor devem montar proposta dentro de 15 dias. (Zero Hora)

 
 

Não culpem a manteiga! A vilã é a margarina!
A ciência falhou! Sim! Após 40 anos afirmando que óleos vegetais eram melhores para o organismo, uma análise mais aprofundada da mesma pesquisa que indicou a superioridade da margarina sobre a manteiga, apontou o que os cientistas da época não conseguiram enxergar: exatamente o contrário.
A revista Superinteressante divulgou, nessa semana, a nova análise do estudo feito na década de 70, quando foi construída a ideia de que gorduras saturadas - base da manteiga - faziam mal ao coração. A lógica era simples: gordura saturada aumenta o colesterol, que está ligado diretamente a doenças cardíacas. Por conta disso, por muito tempo a manteiga foi colocada como uma vilã na alimentação, em prol de produtos à base de óleos vegetais, como a margarina.
O novo olhar sobre a pesquisa, mostrou que o ácido linoleico, presente em grandes quantidades em diversos óleos vegetais, é rico em ômega 6. Uma alimentação contendo  quantidades consideráveis desse ácido graxo levam a inflamações, que são fator de risco para inúmeras doenças, incluindo as cardiovasculares, ainda que o colesterol do organismo seja baixo. (Vale lembrar: os queridões azeite de oliva e o óleo de coco são pobres de ômega 6 e não são considerados riscos à saúde)
Não é mentira que trocar manteiga por óleos vegetais reduz o colesterol. A questão é que essa redução não significa a diminuição das mortes por doenças do coração. A pesquisa mostrou que o grupo que preferiu óleo de soja, milho e girassol teve uma chance 15% maior de morrer de problemas cardíacos.
Estudos indicam que o organismo precisa ter equilíbrio entre o ômega 6 e o ômega 3 (presente em peixes, nozes e em sementes como a linhaça e a chia) para um funcionamento saudável do corpo. E a gente aqui, cozinhando tudo com óleos de soja, milho e afins há uns 30 anos. Sem falar nos produtos industrializados, que têm como base os óleos vegetais...sim, a batatinha frita, as pizzas congeladas, aqueles molhos de saladas prontos...Se fosse só isso, até ok. Mas a indústria piorou o problema consideravelmente com a maldita gordura trans. 
A conta é simples. A manteiga é feita de leite batido e sal. Parte da gordura presente é saturada, lipídio natural, e sem indícios científicos de ligação direta com doenças cardíacas - o que causa o problema é o colesterol. Já a margarina é produzida a partir de gordura hidrogenada, uma alternativa criada pela indústria para transformar os óleos vegetais em gordura sólida. A gordura hidrogenada é a famosa gordura trans. O problema é que o organismo não sintetiza a molécula trans e essa característica já é apontada como fator que aumenta o risco para doenças, principalmente as relacionadas ao coração.
Então, grandes quantidades de ômega 6 e gordura trans é grande parte do que temos na composição da margarina, o que sugere que ela, sim, é que é, de fato, a verdadeira vilã. A ciência pode ter errado anos atrás, mas evoluiu, mostrando que os questionamentos sobre nossos hábitos devem ser constantes. E sim, pelo jeito estávamos fazendo isso errado até agora. (Blog Lado Natureba/Clicrbs)
 
 
Conselho de Estado francês anula proibição do milho transgênico MON810 da Monsanto

O Conselho de Estado da França anunciou nesta sexta-feira a anulação da proibição de milho transgênico MON810 da Monsanto ao contestar os riscos evocados ao meio ambiente. O ministro francês da Agricultura, Stéphane Le Foll, proibiu em 14 de março de 2014 a comercialização, o uso e o cultivo desta variedade de milho geneticamente modificado para resistir às pragas dos insetos.

Segundo o ministério, uma diretriz europeia de 2015, incorporada em novembro passado ao direito francês, autoriza a cada Estado membro a proibir em seu território os cultivos de organismos geneticamente modificados (OGM), inclusive mesmo que estejam validados pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA).  Desde 2009, a França tentou impor uma moratória sobre os cultivos de OGM em suas terras.

Depois de ativar a cláusula de salvaguarda em 2008, invalidada três anos mais tarde, Paris proibiu em duas ocasiões (2011 y 2013) o cultivo de milho geneticamente modificado. (Zero Hora)

Estado retoma indicações
O Ministério da Agricultura (Mapa) voltou a autorizar a Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul a indicar estabelecimentos aptos ao credenciamento no Sistema Brasileiro de Inspe- ção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa). A prerrogativa estava suspensa desde o ano passado porque havia algumas não conformidades, como falta de maior treinamento de fiscais e auditores de alguns setores, que foram corrigidas. Com a indicação da secretaria e parecer favorável de seus técnicos, o Mapa vai homologar as inscrições no sistema. Com isso, os estabelecimentos credenciados podem vender seus produtos em outros estados e não ficam mais limitados aos territórios municipal ou gaúcho. (Correio do Povo)

         

Porto Alegre, 14 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.246

 

   Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 14 de Abril de 2016 na cidade de Florianópolis, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Março de 2016 e a projeção dos preços de referência para o mês de Abril de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)

 
 
    
 
Governo garante doação de vacinas contra febre aftosa a produtores com até 10 animais

A vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul terá início em 1º de Maio. Para esta etapa, o governo do Estado irá disponibilizar a doação de vacinas para produtores que possuem até 10 animais, o que representa 38% dos pecuaristas gaúchos. Para que recebam as doses, os produtores precisam estar enquadrados no Pronaf e PecFam. O Rio Grande do Sul é o único estado brasileiro a doar vacinas contra a Febre Aftosa. A campanha de imunização vai até o dia 31 de maio. Há 14 anos o Estado é livre da doença - último foco foi registrado em 2001.

Devido a grave situação financeira do Estado, não haverá aquisição de novas vacinas. Desta forma, a secretaria da agricultura, pecuária e irrigação irá utilizar as cerca de 900 mil vacinas que possui em estoque e que vão permitir a vacinação gratuita para produtores que possuem até 10 animais.

A partir desta realidade, a secretaria irá concentrar seus esforços nas ações de Defesa Sanitária.  "Temos uma meta de avançar no status sanitário do RS e para isso vamos aumentar as ações no sistema de Defesa Agropecuária, para que possamos, em um cenário até 2020, retirar a vacinação do rebanho gaúcho", afirma o Secretário da Agricultura, Ernani Polo.

O secretário ressalta ainda que o compromisso com a imunização é uma importante ferramenta contra a febre Aftosa: "Os  produtores precisam estar atentos as medidas de defesa sanitária e vacinar adequadamente o seu rebanho. Precisamos concentrar esforços, trabalhando juntos e ampliando as iniciativas em defesa sanitária", alerta o secretário.

O presidente do FUNDESA, Rogério Kerber, afirma que "A vacinação é apenas um dos aspectos para garantir um estado livre de febre aftosa. Todos têm o compromisso de cumprir com esta tarefa e contribuir para a avanço do status sanitário do Rio Grande do Sul", diz. (SEAPI)
 
 
Apex-Brasil firma parceria para promoção das exportações de lácteos

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) vai assinar na próxima sexta-feira um convênio com a Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos) para a promoção internacional dos produtos lácteos brasileiros. O convênio da Apex com a Viva Lácteos envolve inicialmente 12 empresas e a meta é que as exportações desses laticínios alcance US$ 205 milhões em 2017. Hoje, a Viva Lácteos tem 26 associadas.

Entre os objetivos do convênio está a diversificação das exportações de lácteos. Segundo a Apex, a pauta brasileira de exportações de lácteos hoje é muito concentrada em leite em pó. A parceria entre Apex e Viva Lácteos também busca os mercados de Angola, Arábia Saudita, Argélia, Egito, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos e Rússia.

Além do convênio com o setor de lácteos, a Apex também assinará na sexta-feira, a renovação da parceria que mantém desde 2000 com o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), para a promoção internacional do setor de couro. Ao todo, o projeto da Apex com o CICB receberá um aporte de R$ 15,8 milhões. O objetivo da renovação da parceria é ampliar de 87 para 106 o número de empresas atendidas pelo programa, além de elevar a receita com as exportações de US$ 2 bilhões para US$ 2,3 bilhões em 2017.

De acordo com a Apex, a entidade também firmará ou renovará parcerias nas áreas de implementos rodoviários, energia, engenharia, componentes para calçados e defesa. A cerimônia para renovação e assinatura de novos convênios ocorrerá em São Paulo. Ao todo, a Apex investirá R$ 44,8 milhões nesses projetos. Somando os investimentos das entidades do setor, o investimento total nesses projetos chegará a US$ 69,9 milhões. (As informações são do Valor Econômico)

 
 
Campo evita tombo ainda maior no PIB

Mesmo que a agricultura tenha evitado um tombo ainda maior na economia, o PIB gaúcho fechou 2015 com queda de 3,4%, a maior retração desde 1995, quando a valorização cambial, uma das bases do Plano Real, derrubou as exportações e teve forte impacto na indústria gaúcha. Os números divulgados ontem pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) mostram que, à exceção do campo, todos os demais setores, arrastados pela crise que assola o país, tiveram desempenho negativo.

- É uma baixa expressiva. Há 20 anos que não acontecia. Está associada à questão nacional - avaliou o coordenador do Núcleo de Contas Regionais da FEE, Roberto Rocha.

A retração do PIB do Rio Grande do Sul foi inferior à brasileira - de 3,8% ano passado - graças ao crescimento de 13,6% da agropecuá- ria, puxado pela safra de soja, enquanto no país a alta em 2015 foi de apenas 1,8%.

- Se tirássemos o desempenho da agropecuá- ria, a queda do PIB do Estado seria de 4,4% - calcula Patricia Palermo, economista-chefe da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS).

Na indústria, o recuo no Estado foi bem maior: 11,1%, ante queda de 6,2% no Brasil. Nos serviços, o resultado também foi ruim, com encolhimento de 2,1%, mas inferior à performance nacional (-2,7%).

Na indústria gaúcha, o segmento de transformação foi o que apresentou maior queda, encolhendo 13,5% ano passado, puxado pelas fábricas de máquinas e equipamentos, que tiveram recuo de 26,3%. Destoou a celulose, com alta de 37,9%, influenciada pela ampliação da unidade produtora da commodity, em Guaíba, pertencente à chilena CMPC.

RS aumenta participação na economia do País

O presidente da FEE, Igor Morais, salientou que a situação gaúcha está interligada aos desdobramentos da economia brasileira. O Fundo Monetário Internacional (FMI) passou a prever contração de 3,8% do PIB nacional em 2016, enquanto analistas de mercado ouvidos pelo Banco Central, no último Boletim Focus, divulgado na segunda-feira, estimam baixa de 3,77%.

- Seguimos o Brasil, a não ser que haja um evento não previsto, como uma seca, por exemplo - observou.

Apesar de a recessão atravessada pelo país também afetar o Estado, o Rio Grande do Sul aumentou a participação na economia nacional. Em 2014, foi de 6,3%. No ano passado, subiu para 6,6%.
Em 2016, ao sabor do Brasil
Colchão que suavizou o impacto da crise no Estado ano passado, a agropecuária não deve ser capaz de gerar efeito igual em 2016. Há previsão de uma safra maior de soja, mas no arroz e no milho a tendência é colher menos. Com isso, o campo pode até ter desempenho positivo, mas o crescimento não seria significativo.

Assim, o Estado deve ser influenciado pela situação nacional. Para Marcelo Portugal, professor de Economia da UFRGS, há chance de o ano não terminar tão mal quanto a expectativa atual devido ao desfecho do processo de impeachment. No caso de a presidente Dilma Rousseff não ser afastada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiria as rédeas do governo e, apesar do discurso de esquerda, na prática adotaria medidas mais responsáveis, aposta Portugal.

- De qualquer maneira, trocaremos de governo. O presidente será Temer ou Lula, e qualquer um deles é melhor que a situação atual. Teremos uma política econômica mais coerente - diz Portugal, que vê a possível melhora, ancorada principalmente na recuperação da confiança, como um início de retomada a partir de 2017.

O setor mais afetado pela crise, por enquanto, enxerga 2016 ainda pior. Em janeiro e fevereiro, o faturamento das empresas ligadas ao Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs) caiu 28%. E março também foi ruim, aponta Getulio Fonseca, presidente da entidade, à espera de alguma guinada em Brasília.

- Dinheiro, os grandes compradores têm. Falta confiança para investir - afirma.

Para Patrícia Palermo, economista-chefe da Fecomércio, sem o empurrão da agricultura e com uma situação pior da indústria gaúcha, a tendência é de o Estado ter, neste ano, retração do PIB um pouco maior em relação ao país. (Zero Hora)
 
  
 

Produtividade 
Desde o ano 2000, a produção leiteira no Brasil cresceu 104%, um recorde entre todos os demais países. Quinto maior produtor do mundo, o País também tem um preço médio 18% superior frente a outros países exportadores (como EUA, Argentina, Chile e Uruguai), o que mostra como o produto nacional é valorizado lá fora. Contudo, a produtividade no segmento leiteiro ainda é um desafio para o Brasil, em função da alta carga de tributos e dos custos trabalhistas e sociais. Este panorama - e as dicas para aumentar a produção de leite no país - é destaque do boletim de tendências produzido pelo Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae. Quando falamos em produtividade, devemos lembrar que vários fatores são determinantes para este indicador, como a alimentação do rebanho (em quantidade e qualidade) e a administração do negócio (que deve ser eficiente no uso dos recursos e competitivo para enfrentar a concorrência do mercado mundial). No Brasil, a região Sul lidera o setor leiteiro em termos de volume e de produtividade. (SNA)

 

         

Porto Alegre, 13 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.245

 

   Fracionamentos de produtos no varejo gera debate

A falta de controle sobre o fracionamento de produtos de origem animal no varejo tem gerado controvérsia. A deficiência foi alvo de alerta de autoridades sanitárias ligadas ao Ministério Público do Estado (MPE) e à Secretaria da Agricultura (Seapi) que estiveram presentes, nesta terça-feira (12/4), no encontro "Antes de Comer, Melhor Saber", promovido pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), em Porto Alegre. O assunto é polêmico porque há um emaranhado de legislações que regem os procedimentos, algumas datadas de 1952, antes mesmo da existência dos supermercados no Brasil. Entre elas está a lei federal nº 7.889/89 e o decreto da Seapi nº. 39.688, que limitam a manipulação dos alimentos em ambientes comerciais, uma vez que a atividade é caracterizada como um processo industrial. Uma das exigências é que os estabelecimentos tenham responsáveis técnicos pela inspeção e que solicitem autorização junto ao Sistema de Inspeção Municipal (Sim). Sem um entendimento sobre a quem cabe a fiscalização do fracionamento desses alimentos, o que se vê é um controle falho. Apesar de a averiguação comercial caber à Vigilância Sanitária, ela não está diretamente incumbida do controle de procedimentos industriais, tarefa essa do Ministério da Agricultura, da Secretaria da Agricultura ou da Inspeção Municipal.

Preocupados, os supermercadistas querem saber como se enquadrar na norma vigente e o que podem fazer a respeito. O presidente da Agas, Antonio Cesa Longo, pontuou que a maioria dos varejistas quer cumprir à risca as determinações legais, mas não sabe como. Segundo ele, é inviável que pequenos estabelecimentos, como "mercadinhos de bairro", tenham responsáveis técnicos permanentes conforme exige a legislação. Segundo a coordenadora do Centro de Apoio de Defesa do Consumidor do Ministério Público RS, Caroline Vaz, há uma força-tarefa para aumentar a fiscalização. Um exemplo é a campanha Segurança Alimentar RS, capitaneada pelo MPE. Com o slogan "Antes de Comer, Melhor Saber", a proposta é conscientizar varejistas, produtores e consumidores sobre a importância de atender ao regramento e, em caso de inconformidade, denunciar aos órgãos competentes. Sem isso, diz ela, "o poder público não tem como ajudar".

Fracionamento envolvem alimentos de origem animal
As limitações para o fracionamento englobam carnes, embutidos e produtos lácteos. O fatiamento de queijo no varejo, por exemplo, é algo usual mesmo em estabelecimentos sem o devido licenciamento. Uma das soluções seria delegar a manipulação à indústria. Presente ao encontro, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) foi representado pela consultora de Qualidade Letícia Vieira Cappiello. "O problema é que não está certo quem fiscaliza o processo e assim ele fica sem controle", completou. Questionado sobre o assunto, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, foi enfático: "É um assunto importante e envolve a indústria uma vez que podemos oferecer ao varejo produtos embalados com pesagem precisa e dentro do padrão de qualidade exigido pela legislação".

Segundo a advogada especialista em saúde, chefe-adjunta do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do RS (Cevs), Dora Barlem, mais de 200 municípios gaúchos não contam com o serviço de inspeção. A necessidade de instituir serviços de inspeção de alimentos em todos os 497 municípios do Estado foi consenso entre os participantes. Consciente da importância do debate, as entidades presentes comprometeram-se a realizar nova reunião para abordar o tema. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Crédito: Isadora Osório
 
    
 
Sindilat no Pampa Debates

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, participou nesta terça-feira (12/4) do programa Pampa Debates, apresentado pelo jornalista Armando Burd. Ao lado do deputado Enio Bacci, do ex-deputado Cassiá Carpes e do advogado e desembargador aposentado Genaro José Baroni Borges, Guerra debateu o cenário da política nacional e os entraves que se impõe ao setor produtivo. "Em época de briga de gigantes, quem sai esmagado é a grama", pontuou o empresário referindo-se às dificuldades que a crise política e econômica gera no campo e na indústria.  Questionado sobre sugestões para o desenvolvimento do país, Guerra pediu ética, planejamento e transparência aos gestores públicos. O programa foi transmitido pela TV Pampa ao vivo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Crédito: Carolina Jardine
 
 
Santa Clara promove 12 º Encontro de Mulheres no próximo sábado
 
A Cooperativa Santa Clara promove, a cada dois anos, um encontro para reunir todas suas associadas, esposas e filhas de associados para um dia de qualificação e entretenimento. O Encontro de Mulheres com Atividade no Leite chega a sua 12ª edição em 2016 com uma intensa programação para o próximo sábado, dia 16 de abril, no Fundaparque, em Bento Gonçalves (Serra Gaúcha).

O evento tem como objetivo profissionalizar as mulheres que atuam na atividade leiteira, além de proporcionar um dia de lazer e descontração com troca de experiências entre elas. Neste ano, as associadas que entregam leite à Santa Clara de mais de 100 municípios contarão com atrações como professor Baru, Neila Richards e Guri de Uruguaiana. O encontro deverá reunir aproximadamente 2 mil mulheres de todas as regiões de abrangência da Cooperativa. 

  
 
Programação: 
10 horas - Abertura
10h30min - Palestra Boas Práticas de Produção: onde a qualidade começa, com Neila Richards
11h20min - Ergonomia (Ginástica Laboral)
11h45min - Palestra Como ser Feliz na Vida Pessoal e Profissional, com professor Baru
13 horas - Almoço
13 horas - Show com o Guri de Uruguaiana
15h30min - Encerramento. (Fonte: Assessoria de Imprensa Santa Clara)

MPF lança aplicativo para denúncias e pedidos de informações

 

O Ministério Público Federal (MPF) também entrou na era dos aplicativos móveis. A partir de agora, qualquer cidadão pode fazer denúncias, solicitar informações e pedir informações processuais à instituição por meio do "SAC MPF", aplicativo gratuito disponível para smartphones com sistemas iOS e android. O lançamento da ferramenta acontece na próxima segunda-feira, 11 de abril, às 14h, na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília.
O aplicativo foi desenvolvido pela área de tecnologia da informação do MPF e é baseado em software já existente, criado para a Sala de Atendimento ao Cidadão do MPF por meio eletrônico (cidadao.mpf.mp.br). Tanto na Sala de Atendimento ao Cidadão pelo desktop quanto no SAC MPF o usuário deve cadastrar a manifestação por meio de um formulário simples, com uma descrição da solicitação.

Vantagem móvel 
A mobilidade e o acesso rápido, direto do próprio celular, são as vantagens imediatas de um aplicativo como o SAC MPF. Denúncias, por exemplo, poderão ser feitas quase em tempo real pelo usuário, incluindo imagens como anexo.  Além disso, os aplicativos são mais um passo para a aproximação com o cidadão que está cada vez mais conectado com as novas tecnologias e interessado em exercer sua cidadania, denunciando irregularidades. No Brasil, segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas, existem 154 milhões de smartphones interligados à web, número que supera o de computadores desktop no país.
Informações:
SAC MPF
Desenvolvedor: MPF
Disponível: Apple Store e Google Play Store
Download gratuito
Serviço:
Evento: Lançamento do aplicativo SAC MPF
Dia: 11 de abril de 2016
Hora: 14h
Local: Sala do CSMPF, cobertura do bloco A, PGR. (Fonte: Ministério Público Federal)

Banco regional de vacinas contra aftosa é prioridade da América do Sul

A Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa) deve concluir a discussão regional sobre o projeto de constituição e gestão de seu banco regional de vacinas e estabelecer os requisitos de biossegurança e mecanismos de avaliação para seu funcionamento. Além disso, vai formar um grupo de especialistas para definir as exigências que permitam revisar as restrições impostas ao manejo de cepas exóticas do vírus da aftosa na região.

As decisões foram tomadas durante a 43ª reunião ordinária da Cosalfa, nos dias 7 e 8 de abril, em Punta del Este, no Uruguai. Os participantes do encontro aprovaram ainda a avaliação dos riscos de persistência do vírus da aftosa e as estratégias de gestão dessa ameaça. Também ficou acertado que o Brasil sediará a próxima edição do evento, em 2017. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foi representado pela Coordenação-Geral de Febre Aftosa.

Nesses dois dias foram debatidos outros temas estratégicos preparatórios para a última fase do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (Phefa) na região, como a aplicação da guia técnica regional no processo de transição de zonas livres dos países sul-americanos. 

A estruturação de banco de vacinas e antígenos e os riscos de persistência do vírus foi igualmente debatida. Também foram discutidas as ações nos países que ainda não são reconhecidos como livres de febre aftosa, como Suriname e Venezuela, assim como o apoio do setor privado para enfrentar os desafios futuros do processo final de erradicação da doença no continente.

O encontro também serviu para avaliar a revisão da situação atual dos programas de controle e erradicação da febre aftosa na América do Sul e no Panamá, cujo avanço representa 85% do território e 95% da população bovina com o status livre de febre aftosa com ou sem vacinação.

A reunião contou com a participação dos chefes dos serviços veterinários dos ministérios da Agricultura da América do Sul e do Panamá e dos representantes do setor privado, responsáveis pela cadeia produtiva de animais. Também estiveram na reunião funcionários do setor público e privado, membros de universidades, cientistas e organizações não governamentais e internacionais. (As informações são do Mapa)

 
 

Exportação de lácteos
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em março o Brasil exportou US$4,34 milhões em produtos lácteos. Na comparação com o mês anterior, o faturamento reduziu 77,2%. O volume embarcado também caiu. Passou de 6,20 mil toneladas em fevereiro passado para 2,50 mil toneladas em março. Na comparação com igual período de 2015, tanto volume como faturamento reduziram de 65,1% e 83,9%, respectivamente. O produto mais exportado foi o leite em pó, que somou 1,80 mil toneladas e US$2,69 milhões em faturamento. Os principais compradores dos produtos lácteos brasileiros, em valor, foram a Arábia Saudita (29,5%), os Emirados Árabes Unidos (8,8%) e a Rússia (7,8%). A Venezuela, importante importadora de produtos do Brasil, não somou nada durante o mês de março, colaborando na retração dos embarques. Outro fator que colaborou foi a curva de produção menor, apesar de normal para o período, a produção foi prejudicada pelos custos de produção em alta, menores investimentos e corte de gastos por parte do produtor. O clima também prejudicou. (Globo Rural)
 

 

    

         

Porto Alegre, 12 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.244

 

   Uruguai: exportações de lácteos caíram 25% em dólares no primeiro trimestre

As exportações de produtos lácteos do Uruguai no primeiro trimestre do ano mostraram uma queda interanual de 25% medidas em dólares. Até agora nesse ano, as exportações totalizaram US$ 104,47 milhões frente a US$ 139,46 milhões no mesmo período do ano anterior. Em volume, a baixa foi inferior, em torno de 12%. As exportações no primeiro trimestre somaram 44.098 toneladas, frente às 50.082 toneladas no período de janeiro a março do ano anterior.

O preço médio por tonelada de lácteos exportada passou de US$ 3.114 em janeiro de 2015 para US$ 2.224 em janeiro desse ano. Desde janeiro o valor de exportação tem mostrado uma leve recuperação. Em março, o preço médio foi de US$ 2.371 por tonelada. A maior recuperação ocorreu no preço de exportação do leite em pó desnatado. O valor médio por tonelada chegou a US$ 3.146 em março frente a US$ 2.533 a tonelada no mesmo mês de 2015. O preço foi 78% superior à média do leite em pó desnatado da Fonterra de março, de US$ 1.767 a tonelada.


O leite em pó foi o principal produto exportado até agora nesse ano, com 25.068 toneladas exportadas por US$ 59,7 milhões. Bem abaixo ficaram os queijos, com 7.823 toneladas, por US$ 24,6 milhões. A manteiga ficou em terceiro lugar, com vendas de 2.804 toneladas, por US$ 8,4 milhões, seguida pelo leite em pó desnatado, com 2.273 toneladas, por US$ 6,7 milhões.

O Brasil se mantém como o principal comprador dos lácteos uruguaios. Em março, o total das vendas de leite em pó foi ao Brasil. Ainda que o volume tenha sido baixo (150 toneladas), o preço por tonelada foi o mais alto desde janeiro de 2015, de US$ 3.146 a tonelada. No caso do leite em pó integral, o Brasil concentrou 56% do total exportado pelo Uruguai no mês. (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)
 
    
Preços/AR 

O preço do leite medido em moeda milho continua caindo: no mês passado atingiu novo recorde histórico, caindo 63% em relação a fevereiro de 2015. O preço médio ponderado do leite recebido pelos produtores de leite de Santa Fe foi, em fevereiro passado, de 2,71 pesos/litro, segundo dados divulgados pelo Ministério da Produção de Santa Fe.

Se bem que seja o mesmo valor de janeiro, em termos reais caiu porque no mês passado aumentou a composição do teor de manteiga e proteína do leite entregue (razão pela qual, por exemplo, o valor médio pago pelo quilo de proteína em fevereiro de 2,49 pesos x 2,89 pesos em janeiro passado).

A questão é: mesmo se não considerar os sólidos, no segundo mês de 2016 foram necessários, em média, 1,20 quilos de milho - posto em Rosario - para comprar um litro de leite, quando em fevereiro do ano passado eram 3,30 quilos, (-63,6%) e 2,10 quilos no mesmo mês de 2014 (-42,8%).

A queda nominal do preço pago pelo leite registrada no último ano pode ser suportada pela maioria dos produtores de leite - alguns ficaram pelo caminho - graças ao preço interno do milho gerado pela combinação das retenções e defasagem cambial.

Mas o "subsídio do milho", que vigorou de julho de 2014 a setembro de 2015, começou a perder fôlego em outubro e novembro do ano passado, desaparecendo, definitivamente, a partir de dezembro com a eliminação das retenções do milho e a desvalorização cambial, estabelecida pelo governo.

Agora no mês de março, se for mantido o preço médio de 2,71 pesos/litro de fevereiro, a relação leite/milho será de apenas 1,23 quilos (melhoraria, se é que se pode dizer isso, um pouquinho porque a valorização do peso poderia reduzir um pouco o peso do milho na relação).
Esta semana o ministro da Agroindústria, Ricardo Buryaile, anunciou que os governos das Províncias de Buenos Aires, Córdoba, Santa Fe, Entre Rios e Santiago del Estero subsidiarão por dois meses os produtores de leite de suas jurisdições. A ajuda consiste em um subsídio de 0,50 pesos/litro para os primeiros 3.000 litros produzidos no período compreendido entre os meses de fevereiro de março de 2016, que serão pagos em abril e maio. (valorsoja - Tradução livre: Terra Viva)

Pesquisas/EUA 

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou que doará US$ 6 milhões para instituições de pesquisa em nutrição animal e crescimento nas fazendas. "Produção e saúde animal desempenham um papel crucial na sustentabilidade e competitividade na agricultura dos Estados Unidos. Isto contribui significativamente para a economia do país, para a produção mundial de alimentos e segurança alimentar.

Os prêmios estimularão a expansão do conhecimento em boas práticas na melhoria da saúde animal, queda nos custos de produção, e redução dos impactos ambientais", disse Dr. Sonny Ramaswamy, administrador do NIFA. Os recursos virão do Programa de Nutrição, Crescimento e Lactação Animal, uma parte do Programa AFRI Foundational, que apoia pesquisas e ciência aplicada. As pesquisas incluem o estudo do suo dos nutrientes na alimentação animal; melhoria na utilização de alimentos tradicionais; explorar oportunidades de utilizar alimentos não tradicionais; amentar a qualidade e eficiência da produção de carne, leite e ovos; e mitigar doenças metabólicas. Dentre os projetos financiados está um da Universidade Estadual de Dakota do Sul que visa melhorar o conhecimento sobre a digestão do amido em bovinos, e um projeto da Universidade Estadual de Iowa desenhado para melhorar a absorção de nutrientes e energia em suínos para superar desafios de doenças, minimizar as perdas nas taxas de crescimento e de eficiência produtiva. (The Dairy Site - Tradução livre: Terra Viva)

 
 
Pela 1ª vez, mais de 50% da população rural possui celular

Em 2014, pela primeira vez, mais da metade (52,5%) da população rural com 10 anos ou mais de idade tinha celular. Na área urbana, o percentual chegou a 82,3%. A parcela da população com 10 anos ou mais de idade que tinha telefone celular para uso pessoal chegou a 77,9% em 2014 (136,6 milhões de pessoas). Em relação a 2005, esse contingente cresceu 142,8%. Somente 36,6% da população tinha celular naquele ano. Frente a 2013, foram mais 6,4 milhões de pessoas com o aparelho, avanço de 4,9%. Entre os ocupados, a presença de celular é maior: são 86,4% que possuem o bem. Em 2014, em quase todos os setores de atividade, a posse de telefone celular estava acima de 80%, com destaque para os seguintes: educação, saúde e serviços sociais (95,4%), administração pública (94,7%) e outros serviços sociais e pessoais (94,1%). A exceção ocorreu no setor agrícola, em que 55,6% das pessoas ocupadas possuíam esse equipamento. Segundo o levantamento, da população sem celular, quase a metade (47,4%) era de trabalhadores agrícolas. De novo a renda é determinante para a posse do bem. Entre quem ganha mais de 10 salários-mínimos, 95,9% têm celular. Entre quem ganha até um quarto de salário-mínimo, essa parcela cai para 53%. (Jornal do Comércio)
 

Receita e custo caem em março
O Índice de Inflação da Receita dos Produtores (IIPR), calculado mensalmente pela Farsul, registrou deflação de 3,93% em março. Entre os principais motivos, explica o economista da federação, Antônio da Luz, está a desvalorização da taxa cambial nos últimos meses. No Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) também houve queda, de 0,67%. A retração foi influenciada pela redução de 5,4% nos pre- ço dos fertilizantes. Segundo Luz, esse é um movimento normal, que deve se estender até maio, melhor época para compra de insumos. Ao mesmo tempo, o economista adverte que o produtor deve ter cuidado com a comercialização. A orientação da Farsul é que os produtores segurem a venda da soja por oito a dez meses. Aos que não conseguirem esperar, a sugestão é que firmem contratos que travem o preço atual para evitar a oscilação da taxa de câmbio. (Correio do Povo)

         

Porto Alegre, 11 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.243

 

   Muda tributação da venda interestadual

Operações de vendas interestaduais ao consumidor passaram a ter alteração no ICMS a partir de janeiro de 2016, incluindo o leite e seus derivados. Com a entrada em vigor da emenda Constitucional nº 87/2015, publicada em abril de 2015, alterou-se o §2º do art. 155, determinando que, nas vendas interestaduais para consumidores finais não contribuintes de ICMS, o tributo passe a ser partilhado entre o Estado de destino e o Estado de origem, cabendo a este o imposto correspondente à aplicação da alíquota interestadual e àquele o imposto relativo à aplicação da diferença entre a alíquota interestadual e a alíquota interna do Estado de destino. Até dezembro de 2015, o imposto caberia exclusivamente ao Estado de origem, sendo aplicada a alíquota interna.

A medida será implementada paulatinamente. Para isso, foi estabelecida uma regra de transição, pela qual a parcela do ICMS a ser paga ao Estado de destino aumentará progressivamente a cada ano, a partir de 2016, até corresponder integralmente à diferença entre a alíquota interestadual e a alíquota interna do Estado de destino, em 2019.

Confira o calendário:
2016: 40% para a unidade de destino, 60% para a unidade de origem;
2017: 60% para a unidade de destino, 40% para a unidade de origem
2018: 80% para a unidade de destino, 20% para a unidade de origem
2019: 100% para a unidade de destino

O advogado do Sindilat, Eduardo Plastina, explica que também haverá mudanças quanto ao cálculo do valor devido. Ele orienta que, para apurar o valor a ser recolhido, será necessário utilizar a alíquota interna prevista na unidade federada de destino para calcular o ICMS total devido na operação, depois utilizar a alíquota interestadual prevista para a operação, para o cálculo do imposto devido à unidade federada de origem, para então recolher o imposto correspondente à diferença entre os valores calculados para a unidade federada de destino. Já o pagamento, acrescenta ele, deverá ser feito  no 15º dia do mês subsequente à saída da mercadoria, caso o contribuinte possua cadastro no Estado de destino, ou quando da saída da mercadoria do estabelecimento do remetente, para contribuintes sem cadastro. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
    
 
Bebida Láctea entra na lista de produtos enquadrados na Substituição Tributária

O convênio de número 92, celebrado pelo Confaz em agosto de 2015, ordenou uma lista mercadorias e segmentos beneficiados pela substituição tributária e antecipação de recolhimento de ICMS. Nela estão o leite UHT, leite em pó e derivados como o leite condensado, creme de leite e requeijão. A novidade é a inclusão de bebidas lácteas. O advogado do Sindilat, Eduardo Plastina, informa que itens não listados nos anexos nominados ou no convênio 155/2015 - que segue valendo -  ficam fora da política referida.  "Com a edição de ambos convênios, aquelas mercadorias e bens que não estiverem relacionados nos seus anexos não mais podem ser objeto de substituição tributária e antecipação de recolhimento do ICMS, estando automaticamente revogadas as determinações em contrário", pontuou ele.

O convênio 92 também instituiu o Código Especificador da Substituição Tributária (CEST), um identificador que auxiliará no reconhecimento das mercadorias passíveis de sujeição aos regimes de substituição tributária e de antecipação do recolhimento do imposto. "O  contribuinte deverá mencionar o respectivo CEST no documento fiscal que acobertar a operação, ainda que a operação, mercadoria ou bem não estejam sujeitos aos regimes de substituição tributária ou de antecipação do recolhimento do imposto", explica Plastina.

A lista completa das mercadorias contempladas no Convênio CONFAZ ICMS no 92/15 estão disponíveis no link: https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/convenios/convenio-icms/2015/convenios-icms-92-15.

Em relação ao Rio Grande do Sul, o Apêndice II do RICMS (Decreto no 37.699/97) foi alterado para incluir o código CEST ao lado da descrição das mercadorias. A íntegra do RICMS, bem como do mencionado Apêndice, pode ser acessado http://www.legislacao.sefaz.rs.gov.br/Site/Document.aspx?inpKey=109362&inpCodDispositive=&inpDsKeywords=. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Fazendas leiteiras x custos: mudanças estruturais no rebanho leiteiro aceleram nos EUA
Mudanças estruturais nos níveis das fazendas leiteiras dos Estados Unidos reduziram os custos médios de produção e contribuíram para uma expansão das exportações de produtos lácteos, de acordo com um estudo recente do Serviço de Pesquisas Econômicas (ERS, sigla em inglês) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) chamado "Changing Structure, Financial Risk, and Government Policy for the U.S. Dairy Industry". 

O estudo nota que a maior exposição internacional cria uma nova fonte de risco de preços aos produtores dos Estados Unidos e que a política leiteira foi reprojetada para resolver os riscos de preços e as mudanças estruturais. Existem muitas inferências que podem ser obtidas desse relatório. Com relação à mudança na estrutura das fazendas, o ERS é dependente dos dados coletados no Censo de Agricultura do Serviço Nacional de Estatísticas Agrícolas (NASS), que é completado a cada cinco anos. Os últimos dados são de 2012. 

Não é novidade que as fazendas leiteiras americanas continuam ficando maiores, mas a magnitude do crescimento pode ser surpreendente. O número médio de vacas leiteiras por fazenda quase triplicou de 1987 a 2012, de 50 vacas para 144 vacas. Entretanto, a história real vai além dos números. Durante esse período de 25 anos, a única categoria de fazenda por tamanho que aumentou em número de vacas e em produção foi a das fazendas com 500 vacas ou mais. 

 

Os dados mostram que, em 1992, havia 135.000 fazendas leiteiras com menos de 100 vacas e essas fazendas tinham quase metade do rebanho leiteiro dos Estados Unidos de 9,7 milhões de vacas. Ao mesmo tempo, menos de 1.700 operações tinham mais de 500 vacas e eram responsáveis por menos de 18% do rebanho leiteiro dos Estados Unidos. Vinte anos depois, em 2012, o número de operações leiteiras com menos de 100 vacas era de pouco menos de 50.000 e essas fazendas menores tinham menos de 18% do rebanho dos Estados Unidos de 9,2 milhões de vacas. Em contraste, o número de operações com mais de 500 vacas dobrou para 3.344 fazendas e agora as mesmas são responsáveis por 60% do rebanho leiteiro nacional. De fato, em 2012, quase metade do rebanho leiteiro dos Estados Unidos estava em operações leiteiras com mais de 1.000 vacas, mais que os apenas 10% em 1992. 

Operações leiteiras de maior escala, historicamente localizadas no oeste, disseminaram-se nos Estados Unidos. Em 1992, as fazendas leiteiras com menos de 100 vacas foram responsáveis pela maioria das vacas leiteiras do nordeste, leste do Cinturão do Milho e parte superior do Meio-Oeste. Em contraste, as fazendas leiteiras com mais de 500 vacas tinham a maioria das vacas leiteiras no sudoeste e no oeste. Vinte anos mais tarde, quase um terço das vacas leiteiras nas tradicionais regiões produtoras de leite está em rebanhos com mais de 500 vacas. E a participação do rebanho leiteiro nas operações com mais de 500 cabeças no sudoeste e no oeste expandiu-se de forma significativa, de 46% e de 59% para 91%, respectivamente, entre 1992 e 2012.

 

O USDA destaca que os menores custos de produção são um importante direcionador de mudanças estruturais. O USDA estima que o custo médio total dos Estados Unidos para a produção de leite é de US$ 40,08 por 100 quilos. Entretanto, os custos caem drasticamente à medida que o tamanho do rebanho aumenta, de US$ 86,22 para rebanhos com menos de 50 vacas para US$ 30,42 para rebanhos com mais de 2.000 vacas. 

O USDA nota que as operações com 2.000 vacas tiveram custos que foram 16% menores comparado com rebanhos com 1.000 a 1.999 cabeças e 24% menos do que rebanhos com 500-999 cabeças. As diferenças de custos dentro das categorias de rebanho de maior tamanho ilustram os incentivos para grandes operações se tornarem ainda maiores. (As informações são do Daily Dairy Report, com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Exportações/AR 

O valor FOB médio não supera US$ 2.300/tonelada. O preço médio de exportação de leite em pó integral continua sendo insuficiente para as indústrias de laticínios argentinas cobrirem os custos básicos. As exportações argentinas de leite em pó integral a granel declaradas em março (sem considerar as remessas realizadas para a Venezuela) foram de 9.802 toneladas ao preço médio ponderado de US$ 2.219/tonelada x US$ 2.237/tonelada no mês anterior.

A maior parte dos envios destinaram-se ao Brasil e à Argélia (dois destinos tradicionais). Também tiveram embarques para o México, Chile, Rússia, Nigéria, Mauritânia e Angola, dentre outros mercados. A média do mês passado mostra situações opostas. A empresa cordobesa Punta del Agua, por exemplo, vendeu 25 toneladas para a Geórgia ao preço FOB de apenas US$ 1.700/tonelada. Mas a Verónica de Santa Fe declarou 400 toneladas para a Nigéria pelo valor de US$ 2.800/tonelada. O preço de equilíbrio do leite em pó integral na Argentina é - em média - em torno de US$ 2.400/tonelada com os atuais valores pagos aos produtores.

No mês passado - tal como foi anunciado pela empresa ao Ministério da Agroindústria - SanCor retomou os embarques de leite em pó com destino à Venezuela dentro do acordo especial realizado com o governo bolivariano. Em março a empresa declarou remessas de 5.544 toneladas pelo preço FOB de US$ 3.797/tonelada. Espera-se que o acordo renovado pela SanCor, que contempla um volume total de 40.000 toneladas para 2016, permita retirar do mercado argentino, os estoques excedentes de leite em pó. Fora o leite em pó, as exportações argentinas de derivados de lactosoro e de fórmulas infantis despencaram este ano. ((valorsoja - Tradução Livre: Terra Viva)
 

Seminário debate tecnologia e inovação para o setor leiteiro
A Univates, por meio do Parque Científico e Tecnológico (Tecnovates), realiza, no dia 13 de abril, o II Seminário de Interação Tecnológica Universidade-Empresa (Situe). O evento é destinado a empresários e colaboradores de empresas ligadas ao agronegócio, produtores rurais, pesquisadores, estudantes de graduação e de pós-graduação e demais interessados. O Situe é um seminário voltado às tecnologias e inovação para o setor leiteiro, com temas como conforto animal, dieta total e interação universidade- -empresa. Além disso, o evento, que será realizado das 9h às 22h30min, tratará de questões relativas à propriedade intelectual e apresentará os projetos realizados no Tecnovates. As atividades serão ministradas por médicos veterinários, zootecnistas, professores, pesquisadores, empresários, economistas e engenheiros agrônomos. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas pelo site www.univates.br/ sistemas/inscricoes. Mais informações podem ser conferidas pelo telefone (0xx51) 3714-7000, ramal 5956. (Jornal do Comércio)

 

         

Porto Alegre, 08 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.242

 

   Preços/LTO 

O cálculo preliminar do preço médio pago aos produtores de leite pelas principais indústrias de laticínios europeias no mês de fevereiro é de € 28,62/100 kg, [R$ 1,23/litro]. Houve queda de € 0,03/100 kg em relação ao mês anterior. Comparado com fevereiro de 2015 a redução foi de € 3,47/100 kg, ou 10,8%.

Como no último mês, em fevereiro os preços caíram. Somente os preços da irlandesa Dairygold (nova nesta comparação de preços) e a Glanbia aumentaram, mas, isto foi decorrente de bonificações sazonais para o leite entregue e fevereiro, que foram € 3,30 e € 2,75 €/100 kg, respectivamente.

Para os próximos meses, algumas empresas já anunciaram reduções: DMK € 1,5 em março; Arla € 1,00 em abril; Dairy Crest € 3,00; e FrieslandCampina € 0,7 em março e € 1,0 em abril.
Com base nos resultados provisórios, os pagamentos de dividendos em 2015 calculados pela Arla Foods e FrieslandCampina foram respectivamente € 1,37 (2014: € 1,53) e € 3,49 (0214: €2,92) por 100 kg de leite padrão. Em junho, o relatório anual divulgará o preço final do leite em 2015, incluindo os pagamentos suplementares.
 

No dia 8 de março a neozelandesa Fonterra revisou para menos a previsão do pagamento do preço do leite para a temporada atual. O preço caiu de NZ$ 4,15 para NZ$ 3,90/kgMS, [R$ 0,75/litro]. Com os dividendos o preço do leite chegará a NZ$ 4,40/kgMS, [R$ 0,84/litro], ou, cerca de € 20,00/100 kg de leite padrão. Este é o menor valor do leite na Nova Zelândia, desde 2006/07.

Dada às variações cambiais, houve redução de € 0,4/100 kg no preço do leite nos Estados Unidos, quando calculado em euros. Entretanto o leite Classe III, em dólares, saiu de US$ 13,72/cwt, [R$ 1,14/litro], em janeiro, para US$ 13,80/cwt (45,36kg), [R$ 1,15/litro], em fevereiro.  (LTO Nederland - Tradução Livre: Terra Viva)
 
 
    
 
Mercado/UE

O aumento dos estoques excedentes no mundo é a principal preocupação europeia, especialmente, no Noroeste da região. Fora da Europa, a produção de leite estagnou em países chaves. Na Nova Zelândia, desde o início desta temporada os níveis de produção estão abaixo do ano anterior, embora a diferença seja menor que a prevista anteriormente.

Na Austrália a produção de leite cai em decorrência das condições de tempo, deste o último trimestre de 2015. Nos Estados Unidos o crescimento abrandou. Os fundamentos do mercado lácteo, no longo prazo - fraca demanda global e excesso de oferta -, continuam. Em decorrência do aumento desse desequilíbrio, os preços se manterão sob pressão. 

 

O leite em pó desnatado continua com valores similares aos de intervenção. Os estoques, públicos e privados, de leite em pó desnatado na União Europeia crescem. O de leite em pó integral, parece que também não atingiu o fundo do poço, e continua caindo. A manteiga estabilizou um pouco em março, sustentados pelos feriados de Páscoa. Portanto, não é certo que os preços continuarão nesses níveis. (LTO Nederland - Tradução livre: Terra Viva)

Ministro argentino justifica subsídios aos produtores de leite

O ministro da Agricultura da Argentina, Ricardo Buryaile, justificou os subsídios aos produtores de leite anunciados recentemente. Ele admitiu que se trata de um paliativo para os problemas do setor, mas disse que as compensações visam o "não fechamento de mais fazendas leiteiras". "Não podemos permitir que os produtores continuem quebrando", disse ele. Além disso, Buryaile explicou que o setor está afetado pelo contexto externo desfavorável, porque "o preço internacional do leite está no nível mais baixo do qual ele se lembra".

Ele e os ministros da Agricultura das províncias leiteiras anunciaram aos produtores de leite 65 centavos de peso (4,39 centavos de dólar) para cada litro, nos primeiros 3 mil litros produzidos. Também adiantaram que os paliativos para os produtores de leite serão realizados por unidades produtivas.

O Ministério da Agroindústria fornecerá 40 centavos (2,70 centavos de dólar), dos quais 10 centavos (0,67 centavos de dólar) serão os ministérios provinciais e os restantes 15 centavos (1,01 centavos de dólar) serão pela redução do imposto sobre valor agregado (IVA) através da Administração Federal de Receitas Públicas (AFIP). Buryaile apresentou as novas medidas para apoiar a produção de leite, mediante compensações, taxas bonificadas de financiamento e a suspensão por 120 dias da percepção dos 5% do IVA aos produtores.

As iniciativas terão um custo fiscal entre 350 e 400 milhões de pesos (US$ 23,66 e US$ 27,04 milhões). "O governo nacional e as províncias de Santa Fé, Córdoba, Entre Ríos, Santiago del Estero e Buenos Aires, concordaram em aumentar as compensações a 0,65 pesos (US$ 0,04) aproximadamente por litro para os produtores durante os próximos 60 dias. Embora isso não represente uma solução definitiva, é um paliativo para o setor, no marco de uma política de apoio que vamos continuar no próximo 13 de abril com a reunião do Conselho Federal Leiteiro".

Dessa forma, o Governo nacional e as províncias de Santa Fé, Córdoba, Entre Ríos, Santiago del Estero e Buenos Aires compensarão com 0,50 (US$ 0,03) por litro de leite fluido produzido até os 3 mil litros diários, sobre a base do produzido em fevereiro e março, durante os próximos 60 dias. Além disso, será modificada a modalidade de pagamento, "deixando de ser por CUIT (chave única de identificação tributária) para ser por unidade produtiva, o que representa uma ampliação de 30% no universo dos beneficiários".

Ambas as decisões se somam à suspensão por 120 dias da percepção de 5 pontos do IVA aos produtores (atualmente alcança 6%), o que representa cerca de 0,15 (US$ 0,01) por litro de leite a favor do setor primário. Dessa maneira, a compensação rondará os 0,65 (US$ 0,04) por litro, até 3.000 litros diários. 

Em 04/04/16 - 1 Peso Argentino = US$ 0,06762
14,7800 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do Lechería Latina, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Perspectivas 2016
O diretor da ABLV (Associação Brasileira da Indústria de leite longa vida), Nilson Muniz proferiu a palestra: "O mercado de lácteos de 2015 e perspectivas para 2016" na Embrapa CNPGL. Na apresentação Nilson Muniz insere o setor lácteo no contexto mundial, fazendo análise da economia e os reflexos no mercado de laticínios. Para assistir o vídeo com a palestra, CLIQUE AQUI. (Embrapa)
 
 

 

    

         

Porto Alegre, 07 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.241

 

   Balança comercial de lácteos: importações dobram; exportações para Venezuela somem do mapa

A balança comercial de lácteos teve um déficit de 14.184 toneladas em março, déficit 9 vezes maior que o apresentado no mês anterior. Em valores, o déficit da balança de lácteos foi de US$ 37,5 milhões. O resultado é reflexo de uma retração no volume exportado aliada a uma forte alta nas importações.

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto.

Fonte:MDIC

As exportações apresentaram queda de -56,1% em volume e de -72,1% em valor. Em março, foram exportados US$5,4 milhões de dólares de produtos lácteos, contra US$19,3 milhões em fevereiro. Na comparação com março de 2015, a queda nas exportações, em volume, foi de 62% 

A principal variável que influenciou essa forte retração foi a ausência de exportações para a Venezuela no mês de março, que ocorriam em elevados volumes e a preços acima do mercado. 

Já as importações mais que dobraram: a alta foi de 116% frente a fevereiro. Diversos produtos tiveram elevações expressivas na quantidade importada, como o leite em pó integral (+174%), o leite em pó desnatado (314%), soro de leite (+43%), manteigas (+25%) e queijos (+34%). 

Analisando as quantidades em equivalente-leite (a quantidade de leite utilizada para a fabricação de cada produto), a quantidade importada foi de 138 milhões de litros em março, aumento de 148% em relação a fevereiro. Já as exportações reduziram 62,3%.

Devido a isso, o saldo da balança comercial de lácteos foi negativo em 124 milhões de litros, o pior resultado desde outubro de 2012, como pode ser visto no gráfico 1 a seguir.

 

No saldo acumulado dos primeiros três meses do ano, o déficit da balança comercial de lácteos em equivalente-leite é de 187 milhões de litros, volume 28% do registrado no mesmo período do ano passado. (A matéria é da equipe MilkPoint, a partir de dados do MDIC)
 
    
 
Anta Gorda realiza 6º FestLeite

Os produtos lácteos e as nozes vão ganhar espaço mais uma vez na FestLeite de Anta Gorda, que, neste ano, chega a sua sexta edição.  A feira será realizada de 28 de abril e 1º de maio, no Parque Municipal de Eventos, e tem apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). A programação inclui o Simpósio da Cadeia Produtiva do Leite, Exposição do Gado Leiteiro, Salão da Gastronomia, Feira Comercial e Industrial, além de shows, como o das duplas sertanejas Lucas & Felipe e João Neto & Frederico.
 
A primeira FestLeite ocorreu em 2006, quando o município de Anta Gorda percebeu o potencial do gado leiteiro na região e a importância de investir na  produção. De lá para cá, a atividade só se expandiu e, hoje, são 600 famílias atuando na captação de 22 milhões de litros ao ano. "O objetivo da feira é promover mais crescimento neste setor, além de apresentar investimentos em genética, novas tecnologias e produtos", pontua o prefeito Neuri Dalla Vecchia. Segundo ele, a organização do evento, em conjunto com a Administração municipal, trabalha para mostrar o potencial de Anta Gorda na cadeia laticinista. "Queremos que a comunidade veja o que é capaz de fazer de forma a incentivar as produções nas famílias", salientou.

A expectativa para a edição deste ano é contar com 200 animais na exposição de gado leiteiro, que reúne criadores de diferentes raças habilitados para feiras nacionais. Apesar da abordagem técnica e voltada ao homem do campo, a FestLeite também tem programação para a comunidade, como o Salão da Gastronomia, cantina, além de trenzinho e helicóptero que circulam por pontos da feira e da cidade. Segundo Dalla Vecchia, o visitante ainda poderá participar de degustação de produtos lácteos, da Vitrine do Leite (apresentação de receitas) e shows artísticos que devem levar mais de 45 mil pessoas à exposição. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Rabobank: mercado global de lácteos deve continuar fraco este ano e produção brasileira deve recuar

As perspectivas para o mercado global de lácteos devem continuar fracas ao longo de 2016, mas com pressão de alta para as cotações à medida que 2017 se aproxima, afirma o Rabobank em seu relatório global sobre lácteos do primeiro trimestre deste ano.

Segundo o banco holandês, os preços em dólar dos lácteos continuaram a cair num mercado em grande parte influenciado pelo nível de apoio de intervenção na União Europeia. As perspectivas para o curto prazo permanecem pessimistas, diz o relatório. Diante da queda nos preços, o crescimento da produção de leite em várias regiões do mundo continua a desacelerar.

O Rabobank afirma que as conversas no mercado sobre recuperação dos preços internacionais diminuíram uma vez que dois fatores de risco de baixa apresentados no relatório de dezembro se tornaram realidade, fazendo as cotações ficarem abaixo do esperado pelo banco. Os motivos foram a produção de leite maior do que o previsto na União Europeia e a demanda mais fraca em mercados em desenvolvimento, como a China e países dependentes da receita do petróleo. Com esses dois fatores, os preços caíram cerca de 15%.

O estrategista global de lácteos do banco holandês, Kevin Bellamy, diz, no relatório, que "com exceção do Brasil -- afetado pela pior recessão em uma geração -- o Rabobank prevê que o consumo de lácteos deve continuar a crescer na Ásia bem como nos e na União Europeia". Além disso, a instituição espera que, no decorrer de 2016, a desaceleração do crescimento da produção será compensada pelo lento, mas estável incremento da demanda na maior parte das principais regiões exportadoras.

O relatório destaca os fatores que podem influenciar o mercado nas principais regiões de produção de leite do mundo. Na Europa, avalia o Rabobank, os preços baixos do leite ao produtor devem levar a uma desaceleração do crescimento da produção. A razão é que os pecuaristas devem focar mais em redução do que custo do que em expansão de produção. No entanto, embora o incremento deva ser mais moderado na Europa, os níveis de produção não devem cair, exigindo que o mercado mundial encontre um novo preço de equilíbrio.

Sobre a Nova Zelândia, maior exportador mundial de lácteos, o relatório prevê que a temporada de produção 2015/16 no país deve ser maior do que o esperado devido ao aumento das chuvas de verão.

O banco destaca ainda que os preços ao produtor nos EUA devem se retrair em resposta ao enfraquecimento da balança de comércio e ao crescimento dos estoques.
Em relação à China, o Rabobank informa que a produção pior do que a esperada no segundo semestre de 2015 no país asiático levou a uma redução nas previsões para este ano. Para o banco holandês, o consumo crescente e o menor avanço da produção estão levando a uma diminuição dos níveis dos estoques. No entanto, conforme o relatório, informações recentes de companhias sugerem que as reservas podem continuar altas em alguns casos. Assim, se os estoques se mantiverem significativos, o retorno da China -- maior importador mundial de lácteos -- ao mercado internacional pode demorar mais.

O Rabobank projeta recuo de 3% na produção de leite no Brasil neste primeiro semestre, com queda do consumo na mesma proporção. A avaliação é de que não haverá melhora devido à situação política e econômica atual. Paralelamente, os custos de produção devem se manter em alta. Apesar do real enfraquecido ante o dólar, o Rabobank aponta que os laticínios ainda enfrentam dificuldades de avançar no mercado internacional, em parte por causa da falta de acordos comerciais que favoreçam a indústria brasileira. Já os parceiros do Mercosul Argentina e Uruguai devem manter suas exportações firmes neste primeiro semestre. (As informações são dos jornais Valor Econômico e Estado de São Paulo)

Exportações/Uruguai

As exportações de produtos lácteos no primeiro trimestre do ano mostraram queda interanual de 25% em dólares. No acumulado do ano são US$ 104,47 milhões, diante de US$ 139,46 milhões em igual período do ano anterior. Em volume a baixa interanual foi inferior, 12%. O volume chegou a 44.098 toneladas, frente 50.082 toneladas de janeiro a março do ano passado.

 

O preço médio por tonelada de lácteos exportada passou de US$ 3.114 em janeiro de 2015 para US$ 2.224 em janeiro deste ano. Desde janeiro o valor de exportação mostrou leve recuperação. Em março o preço médio foi de US$ 2.371/tonelada.
 

A maior recuperação ocorreu no preço de exportação do leite em pó desnatado (LPD). O valor médio da tonelada chegou a US$ 3.146 em março, frente US$ 2.533/tonelada em igual mês de 2015. O preço foi 78% superior à média do LPD na Fonterra em março, US$ 1.767/tonelada.

 

O leite em pó integral foi o principal produto exportado neste ano, chegando a 25.068 toneladas, pelo valor total de US$ 59,7 milhões. Bem abaixo ficaram os queijos com 7.823 toneladas totalizando US$ 24,6 milhões. A manteiga ficou em terceiro lugar com vendas de 2.804 toneladas por US$ 8,4 milhões, seguida pelo leite em pó desnatado com 2.273 toneladas por US$ 6,7 milhões.

O Brasil se mantém como o principal comprador dos lácteos locais. Em março o total de pedidos de leite em pó foram para o Brasil. Ainda que o volume tenha sido baixo (150 toneladas) o preço por tonelada foi o mais alto desde janeiro de 2015, US$ 3.146. O Brasil comprou 56% do leite em pó integral exportado pelo Uruguai no mês. ((Blasina y Asociados - Tradução Livre: Terra Viva)

Argentina segue exportando leite em pó a preços baixos

O preço médio de exportação do leite em pó integral da Argentina continua insuficiente para que as indústrias de lácteos possam cobrir os custos básicos. As exportações argentinas de leite em pó integral a granel declaradas em março passado (sem considerar as vendas realizadas à Venezuela) foram de 9.802 toneladas a um valor médio ponderado de US$ 2.219 por tonelada versus US$ 2.227 por tonelada em fevereiro desse ano.

A maior parte dos envios foram registrados com destino ao Brasil e à Argélia (dois destinos tradicionais). Também foram registradas vendas ao México, Chile, Rússia, Nigéria, Mauritânia e Angola, entre outros mercados.

Na média obtida no mês passado convivem situações contrastantes. A empresa cordobesa, Punta del Agua, por exemplo, declarou uma venda de 25 toneladas à Geórgia a um preço FOB de apenas US$ 1.700 a tonelada, mas a santafesina Verónica declarou 400 toneladas à Nigéria, por US$ 2.800 a tonelada. O preço de equilíbrio do leite em pó integral argentino fica em média em torno de US$ 2.400 a tonelada com os valores pagos atualmente aos produtores de leite.

No mês passado, tal como tinha sido anunciado, a SanCor retomou as exportações de leite em pó com destino à Venezuela no marco de um acordo especial com o governo venezuelano. Em março, a empresa declarou vendas a esse mercado de 5.544 toneladas a um valor FOB de US$ 3.797 a tonelada. Espera-se que o acordo seja renovado pela SanCor, que contempla um volume total de 40.000 toneladas. 

Além do leite em pó, as exportações argentinas de derivados do soro do leite e defórmulas infantis também caíram até agora nesse ano. (As informações são do Valor Soja, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

Movimento dos consumidores
O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio mostrou que o movimento dos consumidores em super, hipermercados e comércios de alimentos e bebidas teve queda de 6,7% em março em relação a igual mês do ano passado. Já em comparação com fevereiro, o recuo foi menor, de 1%. De acordo com os economistas do Serasa, aumento do desemprego, altas taxas de inflação, crédito mais caro e baixo grau de confiança do consumidor explica o resultado negativo. Já o comércio como um todo teve queda de 9,2% na comparação anual e de 1,5% sobre o mês anterior. (Supermercado Moderno)

         

Porto Alegre, 06 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.240

 

   GDT: preço internacional do leite apresenta leve alta

Num movimento considerado de ajuste, os preços do leite em pó registraram leve alta ontem (05) no leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), referência de preços para o mercado internacional. A cotação do leite em pó integral, que tinha recuado no pregão anterior, subiu de US$ 1.971 por tonelada para US$ 2.013 ontem. Já o leite em pó desnatado ficou praticamente estável em US$ 1.721 por tonelada, conforme dados divulgados pela plataforma.

Para Valter Galan, analista da consultoria MilkPoint, especializada em lácteos, o pequeno ajuste não significa início de recuperação dos preços internacionais, que estão bem abaixo dos níveis históricos - entre US$ 3.200 e US$ 3.400 por tonelada para o leite em pó integral.

De fato, observou ele, considerando os fundamentos recentes do mercado internacional de lácteos, a expectativa era de queda nos preços negociados no leilão. Ele se referia ao aumento da produção de leite na União Europeia e na Nova Zelândia. Só em janeiro de 2016, a produção no bloco europeu cresceu 5,3% sobre o mesmo mês de 2015, o equivalente a 618 milhões de litros de leite. Já na Nova Zelândia, que deve registrar queda na produção de leite da safra como um todo, a produção da commodity subiu 5,6% em fevereiro sobre o mesmo mês de 2015, para 1,966 bilhão de litros de leite.

Além disso, a China, maior importadora mundial de lácteos, voltou a se retrair no mercado. O país asiático havia importado 153 mil toneladas de leite em pó integral e desnatado em janeiro deste ano. O volume foi 4,4 vezes maior que o comprado em dezembro de 2015 e 49% superior ao do mesmo mês de 2015. Mas, em fevereiro, as importações do país asiático voltaram a cair. O recuo nas compras foi de 24% em relação ao mesmo mês de 2015 - saíram de 65.900 toneladas (entre leite em pó integral e desnatado) para 53.000 toneladas.

Nesse ambiente, uma recuperação dos preços internacionais fica mais distante. Para Galan, os preços do leite em pó integral no mercado internacional devem se aproximar dos níveis históricos só no começo de 2017. No início deste ano, a expectativa dele e de outros analistas é de que uma recuperação viria ainda no segundo semestre de 2016.

Segundo o analista, diante dos baixos preços internacionais já há informações no mercado sobre maior interesse por produto importado, como queijos. Isso pode aumentar a concorrência para o produto local (que enfrenta alta da matéria-prima e queda na demanda). (Valor Econômico e GDT)
 
 

    
 
Tetra Pak adquire a empresa holandesa Laude

A Tetra Pak adquire a Laude, empresa líder de mercado no desenvolvimento, design e fabricação de moldes de plástico usados na produção de queijos. A aquisição reforça a posição da Tetra Pak como líder mundial em soluções completas para a fabricação de queijo e também ampliará a disponibilidade dos produtos Laude no mercado global.

A Laude foi criada em 1962, com sede em Ter Apel, na Holanda, com 38 funcionários. A empresa está na vanguarda do design de moldes de queijos e suprimentos, oferecendo desempenho e durabilidade, além de padrões superiores de higiene e limpeza.

De acordo com Tim High, Vice-presidente Executivo de Sistema de Processamento da Tetra Pak, a Laude se estabeleceu como uma fornecedora de moldes de alta qualidade e de serviços para a indústria do queijo. "Estamos muito satisfeitos em adicionar os produtos da Laude ao nosso abrangente portfólio. Com isso, ofereceremos linhas de queijo ainda mais competitivas com desempenho garantido", afirma Tim.

Segundo Auke Rienks, Diretor-presidente da Laude, os clientes continuarão contando com produtos e serviços líderes de mercado. "Vislumbramos uma grande oportunidade de crescimento internacional através dos canais da Tetra Pak, especialmente fora da Europa, onde estivemos focados no passado", completa Auke.

A Laude fará parte da unidade da Tetra Pak de Queijo e Sistemas de Evaporação e Secagem. A companhia continuará suas atividades no mesmo local e permanecerá sob a liderança de Auke Rienks e sua atual equipe de gestão.

Sobre a Tetra Pak
A Tetra Pak é líder mundial em soluções para processamento e envase de alimentos. Atuando próximo aos clientes e fornecedores, oferece produtos seguros, inovadores e ambientalmente corretos, que a cada dia satisfazem as necessidades de centenas de milhões de pessoas em mais de 170 países ao redor do mundo. Com cerca de 23 mil funcionários em mais de 85 países, a Tetra Pak acredita na liderança da indústria responsável e em uma abordagem sustentável dos negócios. O slogan "PROTEGE O QUE É BOM™" reflete a visão de disponibilizar alimentos de forma segura onde quer que seja. (Fonte: Assessoria de imprensa Tetra Pak)

Bélgica apoiará o Brasil nas negociações sanitárias e comerciais com a União Europeia

Representantes do governo brasileiro e belga se reuniram na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília, para estreitar relações e debater temas como o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. A secretária de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Mapa, Tatiana Palermo, ressaltou a importância do acordo para o Brasil. "É uma oportunidade única para ampliar a pauta de exportação brasileira e europeia. Envolverá todos os setores da economia brasileira e trará benefícios para ambos os lados".

O acordo também será pauta de reunião da presidência do Mercosul com a Comissão Europeia, no próximo dia 8, em Bruxelas. O embaixador da Bélgica, Jozef Smets, e o secretário de estado do Comércio Exterior da Bélgica, ministro Pieter de Crem, afirmaram que o Brasil é um importante parceiro no comércio de produtos agropecuários e se manifestaram favoráveis a adoção de um acordo comercial entre os dois blocos.

No encontro, a SRI entregou às autoridades belgas a minuta de memorando de entendimento com o propósito de desenvolver a cooperação técnica entre Brasil e Bélgica na área de vigilância agropecuária. "Será um mecanismo de harmonização dos procedimentos de inspeção e fiscalização do trânsito internacional de produtos vegetais e animais, trazendo mais celeridade e eficiência ao comércio entre os dois países", destacou o Secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Rangel.

O ministério reiterou a importância de se avançar na negociação do acordo sanitário e fitossanitário entre Brasil e União Europeia, para se buscar uma equivalência de controles, certificações e harmonização de procedimentos. O acordo está em negociação desde maio de 2015, e aguarda posicionamento das autoridades europeias. Os representantes do governo belga se comprometeram a levar o assunto à Comissão Europeia para buscar meios de avançar nos entendimentos bilaterais. (As informações são do Mapa)

WhatsApp criptografa mensagens de clientes

O WhatsApp, aplicativo do Facebook, aderiu aos esforços da Apple de se opor aos esforços do governo americano para obter acesso a mensagens dos usuários de celulares mediante a implementação de vigorosas proteções criptográficas. Estas impedirão as agências policiais de espionar mais de 1 bilhão de usuários [do WhatsApp]. A Open Whisper Systems, que somou seus esforços ao WhatsApp para melhor garantir a impenetrabilidade do aplicativo, anunciou ter concluído a implantação da "criptografia vigorosa", e que quando os usuários atualizarem o aplicativo, eles serão notificados de que todas as suas conversas são protegidos por criptografia "ponta¬a¬ponta". [Usuários no Brasil receberam esta comunicação ontem]. 

O WhatsApp expandiu sua criptografia "ponta¬a¬ponta" depois que, por pouco, a Apple evitou um confronto legal com o FBI, a Polícia Federal dos Estados Unidos. A Apple recusou¬se a ajudar o FBI a acessar um iPhone pertencente a Syed Farook, que com sua mulher perpetraram os ataques em San Bernardino no ano passado, matando 14 pessoas. [O FBI desistiu de levar a Apple à Justiça na semana passada, dizendo que uma terceira parte havia providenciado um método de acessar o celular do terrorista.] Assim como o software de mensagens do iPhone, o WhatsApp não terá chaves de código de acesso a comunicações privadas dos usuários (mensagens, fotos ou ligações telefônicas entre dois usuários ou entre um grupo deles). 

Por isso não poderá dar acesso a agências governamentais mesmo que estas tenham mandado judicial. Agências policiais têm alertado que métodos criptográficos poderão dificultar o trabalho de rastrear terroristas e criminosos. As empresas de tecnologia dizem que algoritmos criptográficos menos eficazes facilitariam, para os criminosos, atacar seus clientes. Jan Koum, cofundador do WhatsApp, disse que proteger as comunicações privadas são um valor essencial para o WhatsApp, em parte devido à sua própria experiência pessoal de ter vivido sua juventude na União Soviética. A Apple tem sido a principal defensora do direito de proteger os consumidores contra a espionagem governamental. Facebook foi uma das várias empresas de tecnologia que deram apoio à Apple quando esta se opôs ao governo. Entretanto, nenhum dos outros aplicativos do Facebook tem o mesmo alto nível de criptografia que o WhatsApp. (Valor Econômico)

 

No radar
UM DIA ANTES da reunião da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa, grupo liderado pela Associação Brasileira de Proteína Animal se reúne com o presidente da Comissão Regional da OIE nas Américas, Guilherme Marques. Em pauta, a ampliação do status de zona livre da doença sem vacinação hoje só SC tem. (Zero Hora)

         

Porto Alegre, 05 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.239

 

   China está de portas abertas para produtos alimentícios brasileiros 

As potencialidades do mercado chinês para os produtos alimentícios brasileiros foram abordadas durante palestra do advogado e CEO da China Invest, Thomaz Machado, realizada na tarde desta terça-feira (5/4) na Asgav.  Segundo ele, há falta de produto para atender ao mercado chinês, que está aberto às importações de itens com valor agregado. O principal entrave, cita ele, é o desconhecimento dos chineses quanto às potencialidades da produção nacional e dos brasileiros em relação às demandas chinesas. E citou o leite em pó, principalmente as fórmulas infantis, como um grande filão a ser aproveitado pelos laticínios brasileiros. "Uma lata de leite em pó custa mais de US$ 40 nas prateleiras da China", exemplificou.

O empresário ainda falou sobre o projeto The Best of Brazil, que é um espaço de 1.000 m² onde estão expostos produtos alimentícios e congelados fabricados no Brasil e que constituem em uma espécie de entreposto para aquisições pelas redes chinesas. O essencial, pontua Machado, é abrir canais de vendas que coloquem o produto acabado do Brasil nas gôndolas da China, independendo da amplitude do negócio.  "Vender para uma cidade já é uma grande conquista", frisou.

Presente ao encontro, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, pontuou dificuldades nas negociações com as comitivas chinesas que vêm constantemente ao Brasil. "Geralmente são criadas barreiras e eles sempre querem saber como podemos abrir nosso mercado para os produtos deles".  Acompanhando o debate, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, destacou o trabalho realizado na definição de marcos regulatórios no setor lácteo, seguindo o caminho da avicultura e da suinocultura. 

A aproximação entre o mercado gaúcho e os importadores chineses é fomentada pelo governo do Estado e foi intermediada pela Secretaria de Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais. Segundo o assessor técnico da Sedai, Leonardo Gaffrée, o cenário de câmbio desvalorizado é ideal para potencializar ganhos no exterior e desviar produção em tempos de crise. 
 
A China se desenvolveu agressivamente nos últimos 20 anos. Até 2013, explicou Machado, a China não pensava em importação.  A partir de então, começaram a planejar as compras e, hoje, a política de governo é tornar-se o maior importador do mundo. "E eles estão se preparando para isso. Baixaram o imposto de importação e têm um total de 1,3 bilhão de pessoas", pontuou, lembrando que 40% da população pertence à classe média o que, em breve, deve chegar a 60%. Outro aspecto importante diz respeito ao perfil do consumidor chinês. Machado citou que o consumidor tem o conceito de que o importado é sempre melhor do que o produto fabricado no mercado interno o que, em um primeiro momento, favorece muito países como o Brasil. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 

    
 
Embrapa/Gisleite: ferramenta que possibilita a gestão da produção será utilizada no Mato Grosso do Sul

Uma nova ferramenta de tecnologia da informação que possibilita a gestão daprodução leiteira, denominada Gisleite (Gestão Informatizada de Sistemas de Produção de Leite), desenvolvida pela equipe da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora, MG) será utilizada pelos técnicos da Agraer, em parceria com os produtores rurais do Estado. Esse avanço que pretende tecnificar e profissionalizar a cadeia produtiva do leite no Mato Grosso do Sul é fruto da parceria entre Embrapa Agropecuária Oeste, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Agraer e Sepaf/MS e que agora conta com novo parceiro: Embrapa Gado de Leite.

Os passos iniciais da implantação do Gisleite, foram realizados nos entre 29 e 31 de março, quando 55 extensionistas rurais da Agraer, representando todas as regiões do Estado participaram da capacitação presencial, realizada nos laboratórios de informática da Unigran. O treinamento foi ministrado por três empregados da Embrapa Gado de Leite, que vieram a Dourados para explicar as formas de uso do Gisleite e esclarecer a importância dos feedbacks dos usuários para otimização das atualizações do Programa, conforme as necessidades locais.

A utilização do Gisleite é um passo importante para a organização da cadeia produtiva do leite no Estado. "Essa nova conquista beneficia a bovinocultura do leite, pois possibilita a utilização de um programa que faz a organização das informações zootécnicas do rebanho (sanidade, reprodução e nutrição animal), além disso, o Gisleite também possibilita um acompanhamento da qualidade do leite e a análise de dados econômicos da propriedade", explica o Superintende de Desenvolvimento Rural da Sepaf, Edwin Baur.

O Gisleite objetiva apresentar ao produtor um panorama geral de desempenho técnico econômico da sua propriedade, por meio de informações obtidas de registros coletados na propriedade. "O Gisleite possibilita análise das estratégias de manejo, controle dos custos de produção e melhor utilização dos recursos utilizados e dos investimentos feitos na propriedade. Ele contribui ainda com a melhoria da produtividade do sistema de produção e da sustentabilidade da atividade leiteira pelo produtor", disse o pesquisador da Embrapa Gado de Leite e coordenador da equipe que desenvolveu o Gisleite, Cláudio Napólis Costa.

Cláudio explica ainda que o Gisleite auxilia o produtor no registro das atividades que caracterizam o manejo do rebanho e a obtenção dos indicadores zootécnicos e da qualidade do leite, essenciais para a melhoria da rentabilidade econômica da propriedade. "O programa ainda disponibiliza aos usuários relatórios de manejo das atividades de rotina do rebanho e relatórios gerenciais, econômicos e de rastreabilidade, entre outros", finaliza ele.

Para o Gestor de Desenvolvimento Rural da Agraer, Arnaldo Santiago, essa parceria com a Embrapa e outras instituições, que está viabilizando a implantação do Gisleite no MS, estabelece credibilidade e agrega valor a cadeia produtiva do leite no Estado, que deve alcançar novos patamares sustentáveis e economicamente viáveis.

Cluster Embrapa - O Chefe Adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agropecuária Oeste, Auro Akio Otsubo, comemora a implantação do Gisleite no Mato Grosso do Sul. Para ele, esse resultado serve como um importante incentivo para os trabalhos de transferência de tecnologia da Unidade, pois mesmo não dispondo de expertises em determinados temas a Unidade busca estabelecer parcerias com outras do Sistema Embrapa que detém o conhecimento necessário e viabilizando as trocas de experiências entre os pesquisadores, que nesse caso, são de Juiz de Fora (MG), onde fica a Embrapa Gado de Leite, com os extensionistas rurais da Agraer.

"Como uma Unidade da Embrapa, a Embrapa Agropecuária Oeste, pertencente à categoria de Centro Ecorregional, o nosso papel consiste em buscar soluções tecnológicas para diversos temas de importância para o desenvolvimento regional com o apoio do Sistema Embrapa e estamos trabalhando nesse sentido", explicou Auro.  (As informações são da Embrapa Agropecuária Oeste)

 
 
 
Conselho Regional de Medicina Veterinária lança aplicativo para consulta à legislação
Com o intuito de auxiliar os médicos veterinários e zootecnistas no acesso à legislação pertinente a profissão, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) lança aplicativo para consulta. As versões para IOS e Android já estão disponíveis nas lojas da Apple (App Store) e da Google (Play Store).

O objetivo é facilitar a pesquisa para usuários de tablets e smartphones. Até então, a consulta só poderia ser realizada acessando o portal do CRMV-SP (crmvsp.gov.br), que até o momento não possui campo de busca alfanumérica.

Para usar o aplicativo só é preciso ficar online uma vez. Basta se conectar à internet, acessar sua loja de aplicativos, buscar CRMV-SP, baixar o programa e sincronizar o conteúdo. Depois disso, para fazer as pesquisas não é necessário estar conectado. Ao usuário do aplicativo será permitido ainda "favoritar" conteúdos e receber notificações sobre novas resoluções, leis, portarias, decretos e normas referentes à Medicina Veterinária e a Zootecnia. Está disponível também informações sobre o Manual de Responsabilidade Técnica. (As informações são do CRMV-SP)

   
 
 
Acordo comercial entre Mercosul e África Austral entra em vigor e busca ampliar negociações

A presidenta Dilma Rousseff promulgou o acordo de comércio preferencial entre o Mercosul e a União Aduaneira da África Austral (Sacu). Com isso, já está em vigor o tratado que permite descontos tarifários aos países dos dois blocos na importação de produtos como costela suína, miúdos bovinos e pescados. Além do Brasil, o acordo envolve Argentina, Uruguai, Paraguai, África do Sul, Namíbia, Botsuana e Lesoto.

O decreto de promulgação do acordo foi publicado nesta segunda-feira no Diário Oficial da União. O tratado vem sendo discutido desde 2008 e prevê a criação de uma área de livre comércio entre os dois blocos. Para o diretor do Departamento de Acesso a Mercados e Competitividade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), João Rossi, é imprescindível ampliar as negociações, a fim de incluir produtos como lácteos, carne de frango, frutas e alimentos processados. "O Brasil tem apenas 4,4% de participação nas importações totais da África do Sul no setor agropecuário, um mercado que importou US$ 6,7 bilhões em 2014", assinala Rossi.

O acordo deverá incorporar temas como investimentos, compras governamentais e medidas sanitárias e fitossanitárias, contribuindo para a expansão do comércio mundial e o desenvolvimento social e econômico desses países. (As informações são do Mapa)

 
 

Decreto que regulamenta a Lei do Leite é finalizado
Representantes do setor lácteo e da Secretaria da Agricultura (Seapi) finalizaram, na manhã desta terça-feira (5/4), o texto do decreto que regulamentará a Lei do Leite. O prazo fixado para concluir o processo termina nesta quarta-feira (6/4). Presente no encontro, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) foi um dos colaboradores ao propor diversos dos ajustes acatados pelo corpo técnico da Seapi. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, esteve presente na reunião e destacou como principais avanços a regularização do transvase e a mudança no sistema de responsabilização dos transportadores. (Assessoria de Imprensa Sindilat)