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Porto Alegre, 03 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.258

 

   Setor produtivo comemora prorrogação da IN 62

Depois de negociação entre autoridades sanitárias e lideranças do setor produtivo, foi anunciada, hoje (3/5), em reunião convocada pelo Ministério da Agricultura, em Brasília, a prorrogação por dois anos dos novos limites para o leite previstos na Instrução Normativa 62, que entrariam em vigor em 1º de julho de 2016. O texto regula os níveis de contagem de bactérias (Contagem Padrão em Placas - CPP) e Contagem de Células Somáticas (CCS), critérios importantes para definir a qualidade do leite produzido no campo. Com a decisão, os tambos brasileiros seguem operando  com parâmetros de contagem máximo de 500 mil CS por ml ao invés de ver o controle acirrado para 400 mil CS/ml. Quanto à contagem de bactérias, o parâmetro continua em 300 mil UFC/ml ao invés de diminuir para 100 mil UFC/ml, como estava inicialmente previsto.

Datada de 29 de dezembro de 2011, a IN 62 traz os parâmetros a serem seguidos no campo em uma escalada que aumenta o rigor quanto a questões sanitárias e de higiene. O texto - que deu seguimento à antiga IN 51/2002 - ainda narra processos a serem seguidos, como a limpeza dos tetos das vacas e a uniformização dos profissionais envolvidos com a ordenha. 

Veja abaixo a tabela de escalado do controle:
 

Altamente rigorosa, a tabela inicialmente definida pela IN 62  (acima) impõe redução drástica nos parâmetros principalmente para os estados da região Sul. "Como o leite é um organismo vivo, essa redução é considerada muito brusca para um setor que lida com diversas variáveis. Não são critérios que se pode mudar em quatro ou cinco anos. Nosso pleito sempre foi por mais prazo", pontuou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que acompanhou a reunião em Brasília.

Segundo ele, o setor ficou satisfeito com a prorrogação uma vez que dá aos produtores e, consequentemente, aos latícinios um pouco mais de tempo para adaptação. "É preciso entender que os padrões atualmente previstos pela legislação brasileira são muito mais rígidos do que os de muitos outros países. A IN 62 hoje já é mais exigente do que a lei norte-americana", esclareceu Palharini. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Carlos Silva
 
 
gDT 

O Índice gDT de hoje continua mostrando a volatilidade do mercado mundial de lácteos, voltando a cair 1,4%, fechando o evento em US$ 2.203/tonelada. Cheddar e Caseína mostraram alguma recuperação, e o leite em pó integral ficou praticamente estável. Todos os outros produtos negociados tiveram queda em suas cotações. Nos contratos fechados até novembro de 2016 as cotações também caem, com algumas poucas exceções. A variação dos quatro produtos que tiveram contratos futuros para novembro, não chegou a US$ 100/toneladas, indicando que a retomada dos preços dos produtos lácteos não deverá ocorrer antes do final do ano. Embora ligeiramente acima dos valores de julho a agosto de 2015, o Índice gDT se mantém nos menores patamares dos últimos quatro anos, sem perspectivas de reação no curto prazo. (Terraviva e GDT)

 
 
 

Fepale: estabilidade no consumo de leite da América do Sul preocupa

O presidente da Federação Panamericana de Leite (Fepale), Bernardo Macaya, disse durante o 14º Congresso realizado no Chile que continua sendo uma preocupação a estabilidade no consumo de leite em alguns países da América do Sul. Macaya disse que o consumo não tem tido aumentos com o vigor que esperavam e declarou que, no setor leiteiro, "deveria haver um impulso total na inovação de produtos lácteos para chegar a nichos de mercados que precisam de inovação e certamente serão mais competitivos".

Como exemplo, o presidente da Fepale explicou que, em exposições de todo o mundo, é muito comum encontrar campanhas relacionadas às bebidas lácteas destacando que elas fornecem proteínas extras aos atletas. "Na América do Sul ainda não fazemos esse tipo de campanha e precisamos testá-la". Para isso, Macaya disse que "as indústrias têm que buscar mecanismos para melhor adicionar o leite em todas as oportunidades que existem".

Outro ponto importante que a Fepale deve contemplar está relacionado com a boa promoção do leite no mundo. "A Fepale busca combater tudo o que fala mal do produto. Temos que falar mais bem do leite e ressaltar os seus benefícios". 

"Fica confirmado que a melhor atitude que se pode tomar sempre nos períodos ruins e de crise é obter o melhor da situação para revertê-la e enfrentá-la para se sair bem em uma atividade que é totalmente animadora em médio e longo prazo". (As informações são do El País, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Preços/UE 

Na União Europeia (UE), a captação de leite aumentou 7,4% no bimestre janeiro/fevereiro de 2016 (+1,7 milhões de toneladas), conforme dados apresentados na última reunião do Observatório Lácteo da UE, realizada no dia 26 de abril. Parte do aumento pode ser atribuído ao fato de fevereiro de 2016 ter um dia a mais.

Os aumentos foram particularmente fortes na Irlanda, Luxemburgo, Bélgica e Holanda, em percentuais, mas em termos de volume os maiores aumentos ocorreram na Alemanha, Holanda, Polônia e Irlanda. Estas cifras referem-se ao leite captado, ou seja, aquele que entra nas indústrias de laticínios e é comunicado às autoridades nacionais, independentemente de o leite vir de produtores do mesmo país, ou de outros países. Quanto ao preço do leite, este se aproxima de 29,3 c/kg, [R$ 1,14/litro], em fevereiro e espera-se que em março, caia para 28,6 c/kg, [R$ 1,11/litro]. Os bancos estão cada vez mais reticentes em relação a investimentos na indústria láctea, dada a atual falta de rentabilidade e das perspectivas de curto prazo. Ao nível mundial, a produção de leite também continua aumentando. Subiu 3,4% no bimestre janeiro/fevereiro de 2016, devido principalmente ao incremento da UE. 

O crescimento da produção nos Estados Unidos, em março, foi maior que a esperada (+1,8%). O USDA prevê que em 2016 o aumento será de 1,5%. A produção na Nova Zelândia também foi maior do que o esperado, em fevereiro (+2%), mas é provável que a campanha termine menor do que a do ano anterior. Na Argentina, a produção foi afetada, recentemente, por chuvas torrenciais. A demanda mundial mostra maior dinamismo com um particular impulso das importações chinesas em janeiro de 2016. As exportações da UE continuam muito bem, em termos de volume, mas com níveis de preço mais baixos. As cotações dos produtos lácteos na UE continuam sofrendo pressão para baixo diante do aumento da oferta. Os preços do leite em pó desnatado oscilam em torno do nível de intervenção. Os estoques de leite em pó desnatado atingem altos volumes. Os de manteiga são inferiores. Em relação aos queijos, não existe crescimento importante, já que as empresas em geral, aumentaram suas capacidades de secagem, mantendo os volumes extras de leite fora do mercado de queijo.

No mercado mundial, os preços em dólares mostram tendências mistas. A pressão de baixa na manteiga não foi tão forte como em outros produtos. Os preços da manteiga nos Estados Unidos inclusive aumentaram, recentemente. Em geral, o mercado permanece baixista. O Observatório estima que a evolução da demanda mundial é uma esperança, mas os preços do leite ao produtor e os preços dos produtos lácteos continuam sob pressão de baixa, devido à deterioração do equilíbrio do mercado na UE. A recuperação dos preços não chegará até que a oferta se equilibra com a demanda. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

Atacarejo 
As lojas que misturam atacado e varejo, com apelo de ter preços melhores que o dos supermercados, ficaram conhecidas no Brasil por atrair consumidores mais pobres ou pequenos empreendedores, como dogueiros e donos de pizzarias. Mas a crise começa a mudar essa lógica. Em 2015, quase metade das famílias de alta renda fizeram compras, pelo menos uma vez, em um atacarejo, como são chamados esses estabelecimentos. Pesquisa da consultoria Kantar Worldpanel mostra que, no ano passado, 49% das famílias das classes A/B foram ao menos uma vez se abastecer nos atacarejos. A consultoria, que visita semanalmente 11,3 mil domicílios espalhados pelo país para saber onde e como os brasileiros consomem itens básicos, revela que esse resultado supera a média para todos os estratos sociais e da classe C, que foi de 39%. Também ficou muito acima do obtido para as camadas mais pobres. Em 2015, quase um terço dos lares das classes D/E compraram no atacarejo. "Diante da necessidade de racionalizar as compras por causa da crise, os mais ricos passaram a frequentar esse tipo de loja porque sabem que podem ter algum benefício de preço", explica a diretora da consultoria, Christine Pereira. (Época Negócios)

 

         

Porto Alegre, 02 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.257

 

   Cotrilac é o primeiro laticínio com inspeção estadual indica SISBI-POA
Crédito: Gabriel Leão/ Secretaria da Agricultura 

A primeira empresa gaúcha de inspeção estadual do setor lácteo teve sua indicação ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA) confirmada nesta quinta (28/04). A medida autoriza a Cotrilac, de Anta Gorda, a comercializar seus produtos além das fronteiras do Rio Grande do Sul. A inclusão no Sistema equipara as exigências para inspeção estadual ao padrão nacional, liberando, desta forma, acesso a novos mercados. A certificação foi entregue pelo secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, durante a abertura da 6ª FestLeite, em Anta Gorda.

Responsável pela produção dos produtos Latsul e Bella Estância, a Cotrilac possui uma captação mensal de aproximadamente 1,5 milhão litros de leite. Segundo a proprietária da Cotrilac, Nádia Penso, obter a certificação é um reconhecimento ao trabalho desenvolvimento nos últimos anos pela empresa. "Com a venda para outros Estados, diminui a nossa dependência do comércio interno, possibilitando, inclusive, um equilíbrio nos preços pagos aos nossos produtores de leite", destaca a empresária. 

O início dos negócios ainda deverá demorar um pouco, em função da necessidade de adaptações e ajustes nas embalagens, como nomenclaturas. "Já estamos prospectando alguns negócios, especialmente nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste", adianta ela, ressaltando o apoio dado pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat).

Além dos benefícios fiscais que advém da medida, ela também representa abertura de mercado e estimula a concorrência dos produtos lácteos gaúchos em outras praças. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, considerou a certificação como o coroamento de um longo trabalho realizado pela empresa. "Parabenizamos e reconhecemos essa conquista da Cotrilac, que com certeza é um marco para o setor no RS", disse.

A inclusão da empresa no sistema de inspeção levou meses de trabalho, ação essa que foi acompanhada de perto pelo Sindilat. Com apoio técnico, o sindicato auxiliou a associada Cotrilac por meio de visitas e orientação dos processos. "Além da importância nessa conquista, as ações promovidas pelo Sindilat reforçam o seu compromisso com o leite gaúcho", pontua Nádia.

O movimento da Cotrilac deve ser seguido por outras empresas, muitas delas já encaminharam solicitação à Secretaria da Agricultura. Atualmente, apenas frigoríficos com inspeção estadual estavam habilitados ao SISBI-POA. Segundo o chefe substituto da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), Vilar Ricardo Gewehr, para receber a indicação ao sistema, a empresa precisa atender uma série de exigências estruturais e processuais que garantam a inocuidade e a segurança dos alimentos comercializados.

Segundo Ernani Polo, a certificação da Cotrilac é uma conquista muito importante. "Após um período sem poder realizar indicações, agora temos este momento como uma retomada das ações da Seapi para indicações ao Sisbi, fruto de um trabalho dedicado de nossa equipe, especialmente do Dipoa", afirmou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Primeira etapa da vacinação contra aftosa começou ontem (01) na maioria dos estados
Começou no último domingo (01/05) a primeira etapa da vacinação contra a febre aftosa na maioria dos estados brasileiros e no Distrito Federal. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), cerca de 170 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos devem ser imunizados contra a doença até o dia 31 de maio. 

A vacinação é obrigatória para todos os animais, independentemente da idade, no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins. Nestes estados, a dose deve ser aplicada até o dia 31 de maio. Já em Mato Grosso do Sul, o trabalho deve ser concluído até 15 de junho. Nos estados do Acre, Espírito Santo, Mato Grosso, Paraná, Rondônia e São Paulo os produtores aplicam a vacina apenas nos animais com idade até 24 meses. Em Roraima deverá ser realizada a vacinação de todo o rebanho bovino e bubalino.

Segundo o Departamento de Saúde Animal (DSA) do Mapa, o produtor que não imunizar o rebanho sofre restrição quanto à movimentação do gado e pode ser multado. Depois de vacinar os animais, o criador deve ir até o local mais próximo do serviço veterinário oficial do estado ou do Distrito Federal para comprovar que aplicou a dose da vacina. A primeira etapa da vacinação já havia começado em março no Amazonas e Pará. Já em Rondônia e Roraima a campanha começou agora em abril. Em Rondônia a campanha vai até 15 de maio e Roraima a etapa de vacinação será prorrogada até o dia 30.

O Brasil tem um rebanho de 212 milhões de bovinos e bubalinos. Na segunda etapa da vacinação do ano passado, no segundo semestre, a vacinação contra a aftosa atingiu um índice de cobertura de 98,17%. (As informações são do Mapa)

LEITE/CEPEA: com queda na captação, preços de leite têm forte alta

Com o início do período de entressafra, o Índice de Captação de Leite do Cepea(ICAP-L/Cepea) se reduziu expressivos 7,35% de fevereiro para março. Esta foi a maior queda na captação dos últimos nove anos, segundo a série do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Além do período de entressafra, muitos produtores já estavam adiantando a secagem das vacas em meses anteriores, o que limitou ainda mais a oferta de leite em março. 

Entre os estados acompanhados nesta pesquisa, Minas Gerais registrou a maior queda na captação, de 8,8%, seguido por Goiás (8,36%), Paraná (7,66%), São Paulo (7,43%), Bahia (6,25%), Rio Grande do Sul (5,45%) e Santa Catarina (4,75%).


 

Nesse cenário, o valor bruto do leite recebido pelo produtor subiu expressivos 5,7% em abril, a maior alta mensal dos últimos seis anos, atingindo R$ 1,2106/litro na "média Brasil" - que é ponderada pelo volume captado nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA. Com relação ao mesmo período do ano passado, o aumento é de 12,3%, em termos reais (valores atualizados pelo IGP-DI de março/16). Vale lembrar, no entanto, que, além da menor oferta atual, o forte aumento em 12 meses também se deve a uma recuperação de preços, já que, em 2015, a média de preço do leite foi a menor desde 2010. O preço líquido do leite, já descontados frete e impostos, teve média de R$ 1,1068/litro em abril, 5,9% acima do de março e 12,5% superior ao de abril/15, em termos reais. 

Além da queda na produção em março, que elevou ainda mais a competição entre as indústrias quanto à matéria prima, os valores pagos ao produtor de leite também subiram em decorrência dos elevados custos, especialmente do concentrado. A opção dos produtores de leite em migrar para a pecuária de corte também tem influenciado a menor captação pelos laticínios.

Para o próximo mês, a expectativa é de que os preços do leite sigam em alta, ainda impulsionados pela oferta restrita neste período de entressafra. Cerca de 84% dos agentes entrevistados pelo Cepea (que representam 71,2% do volume amostrado) acreditam em nova alta nos preços do leite, enquanto o restante (16%, que representam 28,8% do volume) acredita em estabilidade nas cotações - frente ao mês passado, houve aumento no número de colaboradores que estima estabilidade nos valores. Nenhum dos colaboradores consultados estima queda de preços para o próximo mês.

O aumento no número de colaboradores que acredita em estabilidade dos preços nos curto e médio prazos está atrelado a dificuldades que indústrias têm tido nos repasses do aumento da matéria prima ao consumidor final. Agentes consultados pelo Cepea afirmam que o baixo poder de compra de consumidores neste período de crise econômica e os elevados valores dos derivados têm diminuído a liquidez desses produtos. 

As cotações dos derivados também mantiveram o movimento altista em abril. Na média mensal do atacado do estado de São Paulo, o leite UHT e o queijo muçarela se valorizaram 3,6% e 3,05% em relação a março, com as médias a R$ 2,7367/litro e a R$ 15,36/kg, respectivamente. No acumulado do ano, o preço do leite UHT já registra alta de 23,3% e o queijo muçarela, de 13%. Esta pesquisa de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). (As informações são do CEPEA/USP)

Qualidade e organização norteiam cadeia leiteira

A primeira questão abordada foi o posicionamento do Rio Gran¬de do Sul na produção leiteira nacional. Presidente do Institu¬to Gaúcho do Leite (IGL) e da Cooperativa Cosuel, Gilberto Piccinini ressalta o potencial do Estado para assumir o prota¬gonismo da cadeia.

Conforme Piccinini, o RS é hoje o segundo maior produtor de leite do Brasil, perdendo em volume para Minas Gerais. "Estamos no caminho certo, mas é preciso organizar da mesma forma que ocor¬reu com a produção de frango e suínos."

De acordo com o presidente do IGL, os principais gargalos foram conhecidos no ano passado, quando o instituto rea¬lizou um levantamento da produção em parceria com Emater-RS, Fetag, Fetraf e Famurs. Conforme o estudo, 95% dos pro¬dutores são familiares, muitos tem problemas na estrutura fundiária.

Outra dificuldade verificada na pesquisa é a baixa escolaridade dos pequenos produtores, que resulta dificuldade na gestão do negócio e na operação de equipamentos tecnológicos. "Isso já começa a mudar com jovens que buscam o conhecimento técnico necessário para focar nos negócios dos pais."

Para Piccinini, a questão da rentabilidade dos produtores deve estar relacionada com a qualidade do leite. Segundo ele, é necessário desenvolver sistemas adequados de nutrição, ordenha e atendimento veterinário nas propriedades, mas também estabelecer mecanismos que assegurem o valor agregado no momento da venda.

"Um exemplo a ser seguido é o da região da Galícia, na Espanha, onde foram criados selos de qualidade e origem capazes de abrir portas para mercados exigentes como o do Japão, por exemplo", ressalta.

Outro ponto a ser superado é a logística. Diante da localização geográfica do Estado, o custo de venda para os principais mercados do centro do país fica maior em relação aos demais estados produtores.

Coordenador técnico da câmara setorial do leite, órgão ligado à secretaria estadual de Agricultura, Danilo Gomes afirma que o RS tem leite de mais qualidade na comparação com os demais estados. "Minas Gerais produz o dobro, mas estudos comprovam que o leite gaúcho é melhor."

Para Gomes, a profissionalização necessária para a atividade não pode significar a exclusão de produtores que não conseguirem se adaptar às novas realidades. "É a cadeia produtiva com maior importância social", justifica.

O representante do governo afirma que o Estado tem um papel fundamental no desenvolvimento da cadeia, no sentido de aglutinar as diferentes entidades envolvidas na produção. Citou como exemplo a criação da Lei do Leite, que tramita na Assembleia Legislativa. A legislação regra a produção e o transporte, visando evitar situações de fraudes, como as que deram origem a operação Leite Compen$ado.

Oscilações do mercado 
As dificuldades enfrentadas pelos pro¬dutores devido a volatilidade do mercado também preocupam. A indefinição nos preços e calotes sofridos por empresas oportunistas e descompromissadas motiva insegurança em novos investimentos ou até a permanência na atividade. 

Secretário do Sindilat, Renato Kreinmeier considera insuficiente a intervenção do governo contra a oscilação dos valores pagos no litro do produto. Ele defende a adoção de novas linhas de financiamento e crédito subsidiados para diminuir os riscos da atividade. 

"Países desenvolvidos tem subsídios e compram a produção para evitar a variação dos preços, mas para isso a cadeia precisa estar organizada", aponta. Para ele, as empresas tem um papel decisivo nesta organização, desde que passem a remunerar pela qualidade em detrimento do volume. 

Representante da Fetag, Márcio Roberto Langer realça os impactos da operação Leite Compen$ado no preço de venda do leite. Segundo ele, as fraudes resultaram menor remuneração para a cadeia desde o fim de 2014, situação que só melhorou a partir de janeiro deste ano. 

Apesar da retomada do valor de venda, os custos da produção aumentaram sig-nificativamente com a alta do dólar e da energia elétrica. Além das dificuldades da economia, o aumento das chuvas também reduziu a qualidade do pasto. "O produtor diminui investimento e, em 2015, 15% deles abandonaram a atividade."

Pesquisador da Embrapa especializado em cadeia leiteira, Darcy Bittencourt percebe que o produtor sobrevive da equalização entre o valor pago pelo insumo e o recebido da indústria. Ele ressalta a importância do IGL como organizador da atividade e afirma que a entidade tem capacidade técnica para fortalecer o setor. 

Superávit e sucessão 
De acordo com o representante da Embrapa, o Rio Grande do Sul produz mais leite do que o total consumido no mercado interno. Diante desse superávit, destaca a necessidade de exportar a parte excedente da produção sob pena de sobrar leite e tumultuar o mercado. 

"O produtor foi treinado para produzir, mas não para trabalhar com o mercado. Como vou ter preço bom se as indústrias tem mais leite para receber do que para vender?" 

Para Bittencourt, esse fator é fundamental para assegurar a sucessão dos negócios familiares. Diante de uma juventude acostumada a ter acesso à computador e as tecnologias da informação, é preciso dar condições para o jovem do campo ter os mesmos acessos que os jovens da cidade. Presidente da Amvat e prefeito de Westfália, Sérgio Marasca afirma que o poder público deve facilitar esses aspectos da produção. Segundo ele, em cidades cujo o acesso à energia e internet chega ao produtor rural, e os jovens recebem incentivo para adquirir conhecimento, a sucessão é facilitada. "Em Westfália investimos nessas questões e hoje 65% da sucessão já está garantida."

Para o representante da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios (Apil), Claudiomiro Cenci, o Governo do Estado tem avançado na redução das burocracias que travavam o desenvolvimento das indústrias do setor. "Antes tínhamos um sistema demorado e para indústria crescer é preciso uma política celere e adequada", ressalta. Conforme Cenci, somente com a união de todos os elos da cadeia, produtores, industrias e poder público, será possível assegurar o desenvolvimento do setor.

Com o slogan de "Festejar a vida é estar aqui", a feira divulga as potencialidades locais, com destaque para as produções de leite e noz pecan. O governador José Ivo Sartori visitou o evento na quinta-feira. "Essa feira tem na força da comunidade o impulso para fazê-la avançar. Preserva valores, mas agrega algo novo, sempre apostando em uma cultura de inovação e empreendedorismo, sem deixar de lado a cooperação", ressaltou. 

Segundo o prefeito de Anta Gorda, Neuri Dalla Vecchia, cerca de 600 famílias tem a produção de leite como fonte de renda, cujo rendimento anual alcança 22 milhões de litros. Outro setor em desenvolvimento é o turismo. Vecchia enumerou pontos como o Memorial da Noz Pecan, a Parada Toigo e a gruta, no Distrito de Itapuca, que recebem centenas de visitantes. 

O Parque Municipal de Eventos Aldi João Bisleri foi transformado, recebeu lonas e outras estruturas móveis para sediar este que é o maior evento do município. "Toda nossa comunidade está engajada", afirma o presidente do evento, Leandro Pitol. Mais de 200 voluntários trabalham na organização. 

Para acompanhar os shows ou provar as comidas típicas do Salão da Gastronomia o visitante deve comprar ingressos na portaria. Acesso ao parque é gratuito. A tabela completa com os valores pode ser conferida no www.festleite.com.br/ingres¬sos. Até domingo, a expectativa é superar o número de 35 mil visitantes da última edição. (Jornal A Hora)

 
 
 
Exportações/NZ
Quedas significativas nas exportações de laticínios e carne bovina pressionaram o resultado da balança comercial da Nova Zelândia no mês de março. O superávit comercial de US$ 81 milhões no mês ficou abaixo do esperado. No período de 12 meses encerrados em março, a balança comercial neozelandesa registrou déficit de US$ 2,629 bilhões (3,838 bilhões de dólares neozelandeses). O economista Nathan Penny, do banco ASB, apontou que as exportações de laticínios recuaram 17% na comparação mensal, enquanto as exportações de carne bovina caíram 12%. "Esperamos uma queda na produção ao longo do próximo ano, o que deve pesar sobre as exportações", afirmou Penny. Apesar disso, o analista observa que a produção menor pode favorecer os preços e, no caso dos laticínios, compensar a queda no volume. (Estadão)

         

Porto Alegre, 29 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.256

 

   RS tem 30% dos projetos de qualidade do leite

Os 38 projetos encaminhados pelos laticínios gaúchos para desenvolvimento de ações de melhoria da qualidade do leite já somam R$ 27,13 milhões em investimento. Os planos de trabalho são pré-requisito para elevação dos repasses de créditos de PIS/Cofins às indústrias e devem beneficiar milhares de famílias no campo. Os projetos gaúchos somam 30% de todos os pedidos encaminhados no Brasil. O balanço foi divulgado pelo fiscal do Mapa responsável pelo assunto no RS, Roberto Lucena, a lideranças das indústrias na tarde desta sexta-feira (29/04) em reunião no Sindilat, em Porto Alegre.

Lucena informou que  três deles já estão aprovados pela Superintendência do Mapa/RS, foram remetidos a Brasília e devem estar validados na primeira quinzena de maio. Os três referem-se a ações de controle da Tuberculose e Brucelose e foram assinados pelas empresas CCGL, Frizzo e Laticínios Pinhalense. Dos 38 projetos, 14 tratam de ações de controle de brucelose e tuberculose, movimento que foi capitaneados pelo Sindilat/RS. Somadas, as 14 iniciativas representam investimento de R$ 2,4 milhões que irão beneficiar 2,4 mil propriedades rurais com rebanho de mais de 70 mil cabeças.

Segundo Lucena, após aprovação no RS, os projetos devem passar por uma nova análise em Brasília para, então, serem lançado no Diário Oficial e viabilizar repasse às empresas. Do total, 31 estão em fase de ajustes junto aos laticínios e o restante em análise pelas equipes do Mapa/RS. "Não quer dizer que estão inadequados, mas que precisam de um ajuste de formatação", pontuou, colocando-se à disposição para esclarecer dúvidas.

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, é essencial que os projetos estejam consistentes e sejam plenamente validados pelo Mapa, uma vez que o percentual de repasse de crédito é vital para os laticínios. "Estamos trabalhando com uma margem muito apertada. Não tem como perder nenhum valor, imagine um volume de recursos como esse", salientou.

Lucena explicou que as ações devem ser iniciadas em breve ou mantidas mesmo que ainda não tenham obtido aprovação. Isso porque é do dia do início do projeto que passam a valer retroativamente os créditos de PIS/Cofins. Tão logo seja aprovado, o plano de trabalho do laticínio deverá passar por fiscalizações do Ministério da Agricultura e da Receita Federal. A primeira compreende uma auditora técnica e a segunda, análise de documentação e questões fiscais.

Para quem ainda não apresentou seu projeto, Lucena sugere que faça contato com equipe do Mapa/RS para obter informações básicas sobre como colocar a ideia no papel. 

Entenda como funciona
Os laticínios têm créditos presumidos de PIS/Cofins fixo em 20%. Com a lei 13.137/2015, viabilizou-se que as empresas que se dispõem a investir em sanidade tenham esse percentual elevado para 50%. Para se creditar do valor, é preciso reinvestir 5% do bolo em ações voltadas à qualificação dos processos no campo e no rebanho. Os projetos devem ter duração de até 36 meses. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

 Na foto: Alexandre Guerra (E) e Roberto Lucena (D)
 
Crédito: Carolina Jardine
 
 
Cadastro Ambiental Rural (CAR) cresce 46% desde abril de 2015
 
Entre abril do ano passado e março deste ano, mais 88,1 milhões de hectares foram incorporados ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), indicando um crescimento de 46% ao longo do período. Em relação à área total cadastrável, estimada em 397,8 milhões de hectares, a participação das áreas já cadastradas elevou-se de 51,34% em abril de 2015 para 70,29% em março passado, alcançando 279,63 milhões de hectares.

Apenas entre fevereiro e março, afirma Janaína Rocha, gerente executiva de Florestas Comunitárias do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão do Ministério de Meio Ambiente, praticamente 10,8 milhões de hectares foram inscritos, incluindo "unidades familiares e áreas de produção de subsistência, que receberam apoio técnico e jurídico do ministério, por meio do SFB, e da rede de órgãos ambientais dos Estados". 

O processo de cadastramento das propriedades rurais, uma exigência do novo Código Florestal, em vigor desde 25 de maio de 2012, corre mais adiantado nos Estados do Norte. Com 93,7 milhões de hectares passíveis de cadastramento, a região registrava em março 80,4 milhões de hectares inscritos no CAR, correspondendo a 85,8% do espaço previsto.

Na versão de Janaína, os Estados que formam a Amazônia Legal, incluindo parte de Mato Grosso, que havia cadastrado 81,2% de sua área, já dispunham de capacidade técnica instalada, com um sistema já em operação para licenciamento ambiental de propriedades rurais devido às políticas de combate ao desmatamento ilegal. Acre, Amapá, Amazonas e Roraima, pelos números do SFB, já haviam extrapolado 100% da área elegível ao CAR, que considera dados do Censo Agropecuário de 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), incluindo informações mais atuais do Distrito Federal, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Pará e Mato Grosso, com base em cadastros daquelas unidades.

No Pará, com 69,4% das áreas rurais incluídas no CAR, o município de Santarém planeja alcançar 90% das propriedades, com apoio de sindicatos de trabalhadores rurais e de produtores, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e escritórios privados. A prefeitura atribui os avanços ainda à instalação no município do Centro Municipal de Informações Ambientais (CIAM), que oferece aos pequenos produtores, numa parceria com a Emater, a possibilidade de realizar o cadastramento a custo zero. 

No extremo oposto, literalmente, o Sul do país computava até março os índices mais baixos, com cobertura de 41,4%. "Já antecipávamos um cenário assim na região, já que foi preciso desenvolver uma regulação própria para o bioma dos pampas, para as áreas de banhado, onde ocorre o plantio de arroz, e para os campos naturais, utilizados no pastoreio extensivo de animais", anota Janaína. Segundo ela, aquelas questões já teriam sido solucionadas, tanto que, apenas em março, a região inscreveu 1,265 milhão de hectares, pouco mais de 3% da área cadastrável.

O retrato final dos ativos e passivos ambientais, envolvendo as áreas que precisarão ser recompostas para enquadramento das propriedades ao Código Florestal, que fixou as áreas de reserva legal em 80% na região Amazônica e em 20% para o restante do País, assim como a recuperação de áreas de preservação permanente, deverá estar disponível a partir de maio. "O prazo final para inscrição no CAR encerra-se no dia 5 de maio e não ocorrerá prorrogação", declara Janaína. Até aqui, o panorama disponível sugere um nível de confiabilidade elevado, com taxa de sobreposição pouco significativa, na avaliação da gerente.

Para acelerar o processo, o SFB firmou acordo de cooperação com a Caixa Econômica Federal, que destacou R$ 10,0 milhões para a contratação cinco instituições do terceiro setor, selecionadas entre 101 entidades, que assumiram o compromisso de entregar 50 mil cadastros de agricultores familiares e povos tradicionais, operando especialmente no semiárido nordestino. Em toda a região Nordeste, em torno de 43% das áreas haviam sido cadastradas até março passado.

O CAR não se encerra em maio e será um instrumento permanente, que estará sempre sujeito a atualizações daqui em diante. Aqueles que não aderirem até o prazo final perderão os benefícios criados pelo Código Florestal, que anistiou o desmatamento ocorrido até 22 de julho de 2008 e estarão sujeitos a sanções. "A ausência de registro público da reserva legal é motivo para embargo e autuação do imóvel rural. A partir de 25 de maio de 2017, quando o código completa cinco anos, os produtores não cadastrados não poderão realizar qualquer operação de crédito rural", acentua Janaína.

Os dados do CAR deverão tornar mais eficientes as políticas de gestão do passivo ambiental do país, acredita Janaína, inaugurando uma nova fase na gestão dos remanescentes da vegetação nativa e das áreas de preservação. "O CAR inclui coordenadas geográficas das propriedades, o município em que estão localizadas, com descrição de acesso, o CPF e o registro do produtor, além da documentação fundiária. Será um instrumento poderoso para o desenho de políticas públicas voltadas para uma agricultura de baixo carbono, com respeito ao meio ambiente, facilitando o desenvolvimento de mecanismos que permitam o pagamento dos produtores por serviços ambientais prestados", sustenta ainda. (As informações são do Valor Econômico)

China permite importações online de lácteos, mas impõe tarifa

Nas últimas semanas, tem havido bastante confusão com relação às compras online na China procedentes de outros países e, em especial, com a de produtos lácteos. A China decidiu impor uma taxa de 11,4% aos produtos que os consumidores chineses compram online e que procedam do exterior.

Além disso, o governo chinês elaborou uma lista positiva de produtos que podem ser comprados online procedentes do exterior pela China. Nessa lista, inicialmente não estavam os produtos lácteos, mas agora, foram incluídos o leite UHT e certos leites em pó.

Quanto aos leites infantis, o governo decidiu que poderão vender online, sem documentos de registro adicionais, até 31 de dezembro de 2017. A partir dessa data, somente poderão ser vendidas as marcas que tenham sido registradas. Atualmente, um terço dos leites infantis vendidos na China são online, porque são mais baratos. Com a nova taxa, os preços das compras online se igualarão ao das compras presenciais. (As informações são do Agrodigital)

 

Conferência do IFCN 
A cidade de Kiel, no norte da Alemanha, irá sediar a 17ª Conferência Anual do International Farm Comparison Network (IFCN). O evento é realizado na primeira semana de junho e terá a participação do pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Lorildo Stock, que apresentará palestra sobre as perspectivas do setor lácteo no Brasil. As conferências do IFCN possuem focos temáticos e o tema deste ano será a transmissão de preço na cadeia produtiva do leite. "Iremos debater como os agentes da cadeia reagem às mudanças de preços no mercado", diz Stock. O IFCN é uma rede internacional para estudos econômicos relativos à cadeia produtiva do leite em âmbito mundial, que envolve custos, preço, sistemas e estrutura de produção etc. A Embrapa Gado de Leite participa da rede desde sua criação, no ano de 2000. A rede reúne pesquisadores de 55 países responsáveis por 95% do leite processado no mundo. Cerca de 100 instituições compõem o IFCN, cuja missão é compreender os aspectos econômicos do leite no mundo, compartilhando informações entre os países membros. (Embrapa)

         

Porto Alegre, 28 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.255

 

   Festleite começa nesta quinta em Anta Gorda

Terá início nesta quinta-feira (28/04), em Anta Gorda (RS), a 6ª FestLeite. A feira ocorrerá no Parque Municipal de Eventos Aldi João Bisleri e tem apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). Entre as atividades programadas, destaque para o Simpósio do Leite, a Exposição e Concurso do Gado Leiteiro, o Seminário da Noz Pecan, além do Salão da Gastronomia, Feira Comercial e Industrial e Shows.

O Parque Municipal de Eventos foi sendo preparado para a feira desde o final de março, com o trabalho coordenado pela comissão de infraestrutura, em parceria com a Secretaria de Obras de Anta Gorda. A equipe da comissão de ornamentação também trabalha na jardinagem e embelezamento dos setores. Entre as inovações estão melhorias nos espaços de exposição e feira, no sistema de iluminação e no palco principal, que terá o dobro de espaço coberto do que a edição anterior, para acomodar o público que irá para assistir os shows. 

A FestLeite é consolidada como um dos maiores eventos do gênero do Rio Grande do Sul. A última edição, realizada em 2014, recebeu 35 mil pessoas. Visando alcançar ou superar essa marca, vários shows foram programados, como o da dupla sertaneja João Neto & Frederico.

Para visitar a FestLeite, é preciso adquirir ingresso ao um custo que varia de R$ 8,00 a R$ 25,00. Contudo, nesta quinta-feira, a entrada é franca. A tabela completa com os valores pode ser conferida no site www.festleite.com.br/ingressos. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
EUA: DFA prevê futuro brilhante para lácteos devido à Parceria Trans-Pacífico (TPP)
A Parceria Trans-Pacífico (TPP) criará novas oportunidades de exportação para os lácteos dos Estados Unidos ao Vietnã. Pelo acordo da TPP, todas as tarifas do Vietnã sobre os produtos lácteos (que alcançam até 20%) serão completamente eliminadas dentro de cinco anos. As tarifas sobre queijos, leite em pó e soro de leite serão imediatamente removidas.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) citou o Vietnã como "um dos mercados de mais rápido crescimento para os produtos alimentícios e agrícolas dos Estados Unidos, com as exportações americanas totalizando US$ 2,3 bilhões em 2015", 357% de aumento com relação a 2007.

Os produtos lácteos são atualmente o quinto maior setor de exportação dos Estados Unidos ao Vietnã, com exportações de US$ 168 milhões em 2015. "À medida que cresce a renda do Vietnã, também cresce o mercado e a demanda por lácteos", disse a diretora de assuntos internacionais da Associação Internacional de Alimentos Lácteos (IDFA), Beth Hughes. "Atualmente, estamos exportando muito leite em pó desnatado, soro de leite e fórmulas", disse ela. "Estamos também começando a exportar mais queijos", completou Hughes.

O Vietnã, membro da Zona de Livre Comércio da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), concluiu acordos de livre comércio com concorrentes importantes dos Estados Unidos, como Austrália, Chile, Coreia e Nova Zelândia. A tarifa média do Vietnã sobre os produtos agrícolas é de 16%, enquanto a tarifa média dos Estados Unidos é de 5%.

Pela TPP, o Vietnã reduzirá e eventualmente eliminará as tarifas sobre uma série de produtos alimentícios e agrícolas, ajudando a colocar as exportações dos Estados Unidos em um nível de igualdade e dando ao país uma vantagem com relação aos concorrentes que não estão na TPP.

A medida que removerá as tarifas sobre os produtos lácteos "apoiará o contínuo crescimento da robusta indústria de lácteos dos Estados Unidos", escreveram a IDFA, a Federação Nacional dos Produtores de Leite (NMPF) e o Conselho de Exportações de Lácteos (USDEC) em uma carta enviada ao Congresso em abril de 2016. "Uma vez que a TPP esteja totalmente completa e ratificada e essas tarifas forem removidas aos poucos ou eliminadas, os Estados Unidos serão capazes de competir com outros países".

Além das tarifas, o acordo da TPP também direciona as barreiras comerciais não tarifárias incluindo medidas sanitárias e fitossanitárias. "Acredito em um futuro brilhante para os lácteos dos Estados Unidos no Vietnã", disse Hughes. (As informações são do Dairy Reporter)

Pequenas indústrias de lácteos lançam marca coletiva no Rio Grande do Sul

A Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil/RS) apresentou nesta quarta-feira, 27, a Lyt Lácteos, marca coletiva que será usada na comercialização de vários produtos. "A marca coletiva permite comercializarprodutos lácteos em bloco, o que pode facilitar o acesso a grandes varejistas, já que teremos mais facilidade para atender a pedidos de alto volume, por exemplo", disse ao Broadcast Agro, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o secretário-executivo da Apil/RS, Alexandre Rota. 

A entidade reúne 57 plantas industriais associadas, que recebem cerca de 2,5 milhões de litros de leite cru por dia, em média. Todas elas poderão contribuir com a marca coletiva. Com produtos como leite UHT, iogurte, requeijão, manteiga, leite condensado e doce de leite, a associação busca ampliar a atuação das indústrias gaúchas de pequeno e médio porte no RS, bem como conquistar mercados em outros Estados.

De acordo com a Apil/RS, a identidade dos produtos feitos pelos pequenos laticínios gaúchos será fortalecida, e os produtores terão auxílio no processo de promoção, difusão e marketing, além de segurança jurídica. As marcas individuais não desaparecerão. A ideia é eleger alguns produtos de referência e sincronizar uma parte da produção para a Lyt. Ou seja, se um laticínio faz um doce de leite que já tem uma fatia no mercado, a marca coletiva pode referenciar aquele produto com o selo da Lyt. A partir daí, outras indústrias farão aquele produto com o mesmo padrão de qualidade. 

A Apil/RS iniciou o processo de constituição da marca há oito anos. Recentemente, a utilização da marca Lyt foi aprovada pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). Por isso, os produtos deverão atender a diversos critérios técnicos. "A produção dos itens selecionados para comercialização será coletiva, sempre com padrão de qualidade superior", afirmou Rota. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)

Exportações de lácteos e carne da Nova Zelândia recuam em março

Quedas significativas nas exportações de lácteos e carne bovina pressionaram o resultado da balança comercial da Nova Zelândia no mês de março. O superávit comercial de US$ 81 milhões no mês ficou abaixo do esperado. No período de 12 meses encerrado em março, a balança comercial neozelandesa registrou déficit de US$ 2,629 bilhões (3,838 bilhões de dólares neozelandeses).

O economista Nathan Penny, do banco ASB, apontou que as exportações de lácteos recuaram 17% na comparação mensal, enquanto as exportações de carne bovina caíram 12%. "Esperamos uma queda na produção ao longo do próximo ano, o que deve pesar sobre as exportações", afirmou Penny.  Apesar disso, o analista observa que a produção menor pode favorecer os preços e, no caso dos laticínios, compensar a queda no volume. (As informações são do Dow Jones Newswires)

 
 
1ª Seção do STJ afasta PIS e Cofins sobre atos cooperativos típicos

A 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu ontem que não incide PIS e Cofins sobre atos cooperativos típicos ¬ aqueles praticados entre cooperativas ou entre elas e seus associados. A decisão foi unânime e dada em recursos repetitivos. Portanto, servirá de orientação para as instâncias inferiores. O tema foi julgado no tribunal por meio de processos que envolvem a Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Café e a Cooperativa de Trabalho dos Consultores e Instrutores de Formação Profissional, Promoção Social e Econômica (Coopifor). A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) era parte interessada (amicus curiae) nas duas ações. Segundo o advogado da OCB, João Caetano Muzzi Filho, eventual entendimento desfavorável do STJ levaria o cooperativismo ao colapso. Já a procuradora Herta Rani, da Fazenda Nacional, defendeu no STJ que não há previsão constitucional para imunidade ou isenção às cooperativas. Para isenção, seria necessário estar explícito no Código Tributário Nacional (CTN), segundo a procuradora. De acordo com o relator, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, tendo em vista que há cooperativas de 21 segmentos, há diversos tipos de atos cooperativos típicos. 

No voto, Napoleão exemplificou o que seria um deles, conforme o artigo 79 da Lei nº 5.764, de 1971, que trata da política nacional de cooperativismo. Uma cooperativa de leite, por exemplo, ao adquirir leite de outra cooperativa ou de associados para cumprir um contrato de fornecimento estaria exercendo um ato típico. Se ela adquirir de uma empresa ou produtor não cooperado já não é um ato típico. "Atos cooperativos são realizados entre cooperativa e cooperativados ou entre cooperativas", afirmou o relator. No voto, Maia Filho defendeu a intenção do legislador, ao estabelecer na Constituição Federal que seja dado tratamento tributário adequado às cooperativas. "Nossa Constituição determina que se dê adequado tratamento tributário a atos cooperativos praticados pelas cooperativas", afirmou o relator. Segundo ele, o legislador infraconstitucional não compreendeu toda a importância dessa recomendação e no artigo 79 da Lei nº 5.764 empregou linguagem "que oculta o que pretende". "O juiz não está preso às palavras, mas à ideologia da mensagem", afirmou o relator. Os demais integrantes da 1ª Seção acompanharam seu voto. 

A decisão seguiu precedente do STJ julgado em 2004. No Supremo Tribunal Federal (STF), os ministros julgaram em 2014 a possibilidade de isenção de atos realizados entre cooperativas e terceiros e mantiveram a tributação pelo PIS e pela Cofins. A decisão foi restrita às cooperativas de serviços. Naquele julgamento, o ministro Luís Roberto Barroso levantou a hipótese de não tributação de atos internos das cooperativas de produção e citou o artigo 79 da Lei nº 5.764, de 1971, que trata dos atos cooperativos. Este ponto não foi analisado na época. Mas o Supremo ainda vai decidir, em repercussão geral, se há incidência de Cofins, PIS e CSLL sobre o produto de ato cooperado ou cooperativo. No julgamento da 1ª Seção do STJ foi fixada a seguinte tese: "Não incide contribuição destinadas a PIS e Cofins sobre os atos cooperativos típicos realizados pelas cooperativas". Procurada pelo Valor, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) informou que, a depender do teor das teses contidas no acórdão do STJ, poderá recorrer. (Valor Econômico) 

 

Alta de preços do leite no mercado spot
No mercado spot, ou seja, o leite comercializado entre as indústrias, os preços do leite subiram na primeira quinzena de abril. As cotações estão firmes e em alta desde a primeira quinzena de dezembro do ano passado, corroborando com o cenário de produção em queda e maior concorrência entre os laticínios. Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, o preço médio ficou em R$1,496 por litro, uma alta de 8,8% em relação a segunda quinzena de março deste ano. O preço máximo foi de R$1,53 por litro. Em relação a abril do ano passado, o leite spot subiu 37,3% no estado. Em Minas Gerais, o preço médio ficou em R$1,433 por litro, um aumento de 4,5% em relação a quinzena anterior. Em curto prazo não estão descartados altas de preços no mercado spot, porém, os atuais patamares das cotações devem limitar as altas em curto e médio prazos. (Scot Consultoria)

 

         

Porto Alegre, 27 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.254

 

   Demanda fraca mantém indústria gaúcha em baixa

Demanda interna insuficiente (50,2% das respostas), elevada carga tributária (44,4%) e altas taxas de juros (29,2%) foram as três principais razões apontadas pelos empresários para manter a atividade da indústria gaúcha em baixa no primeiro trimestre de 2016. Os dados estão na Sondagem Industrial do Rio Grande do Sul, divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). A pesquisa revela que no primeiro trimestre continua grande a insatisfação das indústrias com suas margens de lucro (32,6 pontos) e sua situação financeira (38,9 pontos). Aliado a isso, e para tornar o momento ainda mais dramático, aumentaram as dificuldades de acesso ao crédito (30,8 pontos) e os preços das matérias-primas (67,8). "Os problemas se acumulam diante de uma crise tão longa e, o pior, com esta indefinição no ambiente político e econômico, não percebemos sinais de mudanças para os próximos seis meses. Será preciso continuar tomando medidas para se adequar ao momento até que a situação se normalize", alerta o presidente da Fiergs, Heitor José Müller. Na comparação com fevereiro, a produção industrial de março mostrou uma pequena expansão (50,5 pontos contra 45,7), quase estabilidade, o pior resultado em seis anos para o mês. Já o índice de emprego denota nova queda (46,2 pontos). 
 
O processo de fechamento de vagas no setor alcançou dois anos. A capacidade instalada da indústria também demonstra alta ociosidade em março, com 65%, o menor nível desde 2011. Também em relação aos estoques, a pesquisa indica que a indústria gaúcha acumulou mais neste item (era de 51,4 pontos em fevereiro e subiu para 52,1) do que o planejado, interrompendo o processo de ajuste que ocorria desde novembro de 2015. O setor industrial ainda não percebe sinais de mudan- ças nos próximos seis meses. O pessimismo com a demanda (47,1 pontos), que vinha diminuindo, voltou a subir, mantendo as expectativas de emprego (44,9 pontos) e de compras de matérias-primas (47,2 pontos) no terreno negativo. Por outro lado, as expectativas para as exportações (57,6 pontos) continuaram positivas. A intenção de investimentos (39,2 pontos) ficou maior. A sondagem varia em uma escala de 0 a 100 pontos. Indicadores inferiores a 50 apontam queda ou expectativas menores, UCI menor ou estoques abaixo do planejado. Para a intenção de investimentos, quanto maior o índice, maior a propensão a investir. (Jornal do comércio)
 
 
 
Encontro/RS 

O 3º Encontro Latino-americano para Pequenas e Médias Empresas Lácteas estará sendo realizado em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, de 27 a 29 de abril. A realização ficou a cargo da APIL/RS no Brasil, e do Portal Lechero Uruguai. Estarão se reunindo representantes da APIL (Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do RS), ABIQ (Associação Brasileira das Indústrias de Queijo), AUPYL (Asociación Uruguaya de Pymes Lácteas), a APYMEL (Asociación de Pequeñas y Medianas Industrias Lácteas de Argentina), e G100 (Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios.

A programação é extensa, indo de Palestras Técnicas a Workshops, além da degustação de queijos e visita técnica a laticínios. Como o Encontro será realizado simultaneamente às Feiras Brasil Alimenta e Envase Brasil, os participantes também poderão fazer visitas às feiras. (Terra Viva)

PAP 2016/2017

Segundo Kátia Abreu, os recursos [do PAP] são estratégicos para que o país continue crescendo na produção de alimentos. A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) afirmou nesta terça-feira (26) que o lançamento do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) da safra 2016/2017 está previsto para a próxima quarta-feira (4).

O plano, também conhecido como Plano Safra, disponibiliza recursos para financiar a agropecuária nacional. O investimento é estratégico para que o país continue aumentando sua produção e garanta a oferta de alimentos de qualidade e com preço justo. "Na semana que vem, dia 4, teremos um bonito Plano Safra para apresentar ao Brasil", disse a ministra durante entrevista à imprensa nesta tarde. Kátia Abreu destacou que o Ministério da Agricultura continua trabalhando. "Assim como os trabalhadores, os patrões e os empresários, nós, ministros, também trabalhamos durante a crise. Então, essa é nossa função e obrigação. Temos que deixar um Plano Safra pronto, adequado para o momento do país, e tenho certeza que será um ótimo plano", ressaltou. A ministra ressaltou ainda que, no governo da presidente Dilma Rousseff, o plano teve saltos significativos. Da safra 2011/2012 à atual, o volume de recursos disponibilizados cresceu de R$ 107,24 bilhões para R$ 187,7 bilhões, aumento de 75%. "Tenho certeza absoluta de que, mais uma vez, a presidente Dilma não vai decepcionar os produtores do país. Os melhores planos safra que tivemos foram nesses últimos três anos de governo", disse Kátia Abreu. (Mapa)

Campo Grande (MS) sediará Encontro Técnico do Leite

Produtores, técnicos e demais interessados no setor poderão participar de palestras técnicas, debates e perspectivas para o segmento no Estado. O evento terá como tema central "O planejamento nutricional para o inverno".  Segundo Wilson Igi, presidente do Departamento de Leite do Sindicato Rural de Campo Grande, o encontro busca evidenciar a importância do uso das ferramentas de gestão para a atividade leiteira, difundir tecnologias e conhecimentos acessíveis aos produtores rurais. Informações sobre as inscrições podem ser obtidas pelo telefone (67) 3341-2696. (Portal Lácteo)

Emater sugere pesquisa adaptada à realidade em audiência pública

A Frente Parlamentar em Defesa da Pesquisa Agropecuária Gaúcha, presidida pela deputada Zilá Breitenbach, promoveu nesta segunda-feira (25), em Três Passos, audiência pública com o objetivo de ouvir representantes de diversas instituições sobre os rumos a serem dados à pesquisa agropecuária. No encontro, o gerente da Emater/RS-Ascar da região administrativa de Ijuí, Carlos Turra, sugeriu um "olhar" mais pontual da pesquisa às necessidades específicas das famílias que moram no espaço rural gaúcho.

De acordo com Turra, instituições como Embrapa, Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e universidades são imprescindíveis na produção de novas tecnologias, adaptadas à realidade das famílias de agricultores. "Precisamos de um olhar da pesquisa para a produção de tecnologias que demandem menos mão de obra, pois levamos em conta o envelhecimento da população rural", justificou o gerente da Emater/RS-Ascar.

No diagnóstico que traçou da região, Turra lembrou da atividade leiteira, que tem alto poder de coesão social, e da Rede Leite - Programa em Rede de Pesquisa-desenvolvimento em Sistemas de Produção com Atividade Leiteira, que a Emater/RS-Ascar desenvolve há mais de 10 anos em parceria com instituições de pesquisa e ensino, em mais de 50 pequenas propriedades rurais. "Necessitamos de mais informações na área da pecuária", disse Turra. "E o papel da Extensão Rural é fazer chegar estas tecnologias até os agricultores", concluiu o gerente da Emater/RS-Ascar.

Em dez meses, desde que foi criada, em junho de 2015, esta foi a sexta audiência pública promovida no Rio Grande do Sul pela Frente Parlamentar em Defesa da Pesquisa Agropecuária Gaúcha.

Também participaram o prefeito de Três Passos, José Carlos do Amaral, o presidente da Associação dos Municípios da Região Celeiro (Amuceleiro), João Carlos Hickmann, representantes da Fepagro, Associação de Servidores da Pesquisa Agropecuária (Assep), Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), Sociedade Educacional Três de Maio (Setrem), Instituto Gaúcho do Leite (IGL) e lideranças da região. (Fonte: Emater/RS)
 

Alimentos saudáveis 
A categoria de alimentos saudáveis registrou crescimento de 98% nos últimos cinco anos no Brasil, onde o setor movimenta US$ 35 bilhões ao ano. No mesmo período, os produtos tradicionais cresceram 67%. Na América Latina, houve crescimento de 16% dos saudáveis durante o ano de 2015, de acordo com pesquisa da Nielsen. Com os consumidores mais atentos aos rótulos, informações nutricionais, preço, benefícios e valor agregado dos produtos, as empresas precisaram rever os seus posicionamentos. Nesse novo horizonte, elas buscam preencher as prateleiras com opções nutritivas, de qualidade e sabores que agradem a esse novo perfil. Na opinião de Alcidney Sentalin, consultor de negócios e professor da IBE-FGV, para que as vendas desses itens tenham sucesso, devem ser economicamente viáveis ao consumidor. "Mas também precisa ser vantajoso para a empresa, para que tenha continuidade. Ser funcional e atender às expectativas são os itens essenciais", alerta. (Supermercado Moderno)

         

Porto Alegre, 26 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.253

 

   Nova Zelândia se volta para o Brasil e agronegócio é o principal chamariz

"Para uma empresa ser global, é preciso estar no Brasil", afirma o cônsul geral da Nova Zelândia em São Paulo, Ralph Hays. Em tempos mais que bicudos na economia brasileira, a afirmação - que pode parecer batida - é um alento, pois revela que o interesse pelo país persiste entre os que focam o médio e longo prazos.

Hays é também comissário de comércio no Brasil para a New Zealand Trade and Enterprise (NZTE), agência do governo neozelandês criada em 1993 como parte do esforço do país da Oceania de ampliar a presença de seus produtos no exterior. A NZTE tem em seu board tanto membros do governo quanto agentes privados e está no Brasil desde 1996. Tem, ao todo, 46 escritórios espalhados pelo mundo. Hoje, segundo Hays, 20% do PIB da Nova Zelândia é resultante da exportação, e o plano é que essa fatia chegue a 40% até 2025, conforme o Business Growth Agenda, um conjunto de metas de crescimento definido em 2012 pelo país.

É fácil entender o desejo da Nova Zelândia de buscar a internacionalização de suas empresas. O país tem apenas 4,5 milhões de habitantes, 10% da população do Estado de São Paulo. Essa população pequena limita o avanço das empresas neozelandesas em seu mercado doméstico, por isso a procura pela internacionalização.

No Brasil, o maior interesse da NZTE é o agronegócio, um setor que segue crescendo a despeito das dificuldades na economia. O agronegócio, aliás, é também fundamental na Nova Zelândia. Com um rebanho de 6,4 milhões de vacas leiteiras, o país é o maior exportador mundial de produtos lácteos. Também se destaca na produção de ovinos, com um rebanho de 29,5 milhões de animais. Tem ainda 3,7 milhões de cabeças de bovinos de corte. Além disso, produz kiwis e os exporta para diversos países. 

O interesse da NZTE é tanto estimular a exportação direta de produtos de empresas da Nova Zelândia para o Brasil quanto o estabelecimento de negócios no mercado brasileiro. O trabalho da agência, explica Nádia Alcântara, gerente de desenvolvimento de negócios em agribusiness da NZTE, é apoiar as empresas de pequeno e médio portes da Nova Zelândia que querem entrar em outros mercados. 

Num primeiro momento, a NZTE faz um diagnóstico para saber se empresa está pronta para a internacionalização, por meio de informações como governança, estratégia e disponibilidade de recursos. Depois, define-se o mercado foco. A agência também dá suporte com informações, por exemplo, sobre legislação do país, regulamentações e mercado.

Hoje, no portfólio de companhias neozelandesas interessadas no Brasil há as de áreas como tecnologia para produção no campo, genética animal e de pastagem e manejo de fazendas (identificação eletrônica de animais e sistemas de ordenha, por exemplo). Há ainda empresas do segmento de equipamentos para processamento de alimentos (automação de linhas de abate e de refrigeração), além de empresas especializadas em manejo ambiental e gestão de efluentes. (As informações são do Valor Econômico)
 

 
Acordo entre Mapa e Apex reforça promoção do agronegócio brasileiro no exterior

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) assinaram nesta terça-feira (26) acordo de cooperação técnica que prevê uma série de ações para promover o agronegócio brasileiro no exterior e atrair investidores.

O acordo, assinado pela ministra Kátia Abreu e pelo presidente da Apex-Brasil, David Barioni Neto, terá duração de dois anos e orçamento de R$ 12 milhões. Setenta por cento dos recursos são da Apex-Brasil e 30%, do Mapa.

O objetivo é promover o alimento brasileiro no exterior, abrir mercados e consolidar os existentes. Foram selecionados os setores de carnes (bovina, suína e de aves) e derivados, produtos lácteos, pescados, frutas e sucos, grãos, café, alimentos e bebidas e máquinas e equipamentos.

O grupo alvo de países, blocos e regiões está entre os integrantes do Plano Nacional de Exportações e inclui China, Coreia do Sul, Oriente Médio, Estados Unidos, Rússia, Japão, União Europeia, África Subsaariana e Sudeste Asiático.

Segundo a ministra, a parceria faz parte de um programa ousado de promoção internacional dos produtos do agronegócio. "É uma estratégia inteligente para superarmos os momentos difíceis e que leva em consideração a nova realidade cambial do país. Ao manter uma demanda crescente para as empresas locais, a conquista de mercados estrangeiros promove a criação de empregos no Brasil e incentiva os investimentos".

Para o presidente da Apex-Brasil, a promoção comercial ajuda o Brasil a ser reconhecido como fornecedor confiável de alimentos. "É um forte instrumento de estímulo à competividade das empresas brasileiras", observa Barioni.

Ações
O acordo permitirá a realização de missões empresariais ao exterior, seminários e encontros com compradores no Brasil. Para a atração de investimentos, está prevista a criação de bancos de dados de investidores estrangeiros e de projetos no Brasil. Por meio do acordo, também será desenvolvido um serviço de relacionamento com possíveis empresários interessados em investir no país. Além disso, a cooperação possibilitará organizar missões internacionais do Ministério da Agricultura. A parceira ainda prevê estudos com informações de mercado para subsidiar os setores envolvidos nas missões empresariais e nos encontros com compradores estrangeiros no Brasil. Essas análises também poderão ser úteis para se dimensionar o impacto de acordos comerciais sobre o agronegócio brasileiro.

O setor agrícola vem comemorando a abertura e a ampliação de mercados internacionais. Apenas no primeiro trimestre deste ano, a cadeia produtiva registrou saldo positivo de US$ 17 bilhões, um aumento de 8,7% em comparação ao mesmo período de 2015. Em março passado, quando o país registrou o recorde mensal da série histórica, iniciada em 1997, as exportações do agronegócio totalizaram US$ 8,35 bilhões e representaram 52,2% das vendas externas totais do Brasil. (MAPA)


Uruguai registra queda na produção de leite e a previsão é de mais reduções

No primeiro bimestre de 2016, a captação de leite no Uruguai foi de 261,4 milhões de litros, 147,7 milhões captados em janeiro e 113,6 milhões em fevereiro. Esse volume representa uma queda de 10% com relação ao mesmo período de 2015, segundo dados do Instituto Nacional do Leite (Inale) do país.

O presidente do Inale, Ricardo de Izaguirre, disse que é provável que o clima, com períodos de seca e chuvas abundantes em outros períodos, tenha impactado nisso. Embora o tema não tenha sido analisado profundamente pelos técnicos do Inale, ele disse também que é provável que o fechamento de algumas fazendas leiteiras, sobretudo de algumas de maior escala, tenha impactado em uma menor produção.

O envio de leite às plantas da bacia leiteira integrada por San José e Colonia será afetado como consequência do excesso de chuvas e os problemas provocados nas estradas, além das dificuldades sanitárias. "As vacas não podem pastorear e cairá mais a captação de leite pela indústria. Além disso, afetará também a qualidade do leite captado", disse o presidente da Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL), Rodolfo Braga. O excesso de barro causa problemas de infecção nos úberes e isso afeta a qualidade do leite produzido.

Braga disse que também estão se complicando as parições, porque "o excesso de barro no pré-parto gera um episódio de estresse importante nas vacas e outros problemas". (As informações são do El Observador e do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)


SIMQL

A Secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo (SPRC) e a Embrapa Gado de Leite (CNPGL) realizaram, hoje, uma reunião técnica, para lançamento do software SIMQL (Sistema de Inteligência e Monitoramento da Qualidade do Leite). É mais um instrumento a ser integrado ao Programa Leite Saudável, elaborado pela Embrapa Gado de Leite, que visa coletar dados sobre a qualidade do leite no Brasil.

O SIMQL analisará os dados sobre a qualidade das amostras do leite que o produtor envia aos laboratórios da rede que compõem o Plano Nacional da Qualidade do Leite. A ferramenta desenvolvida pela CNPGL gerenciará um banco de dados que poderá ser acessado até de um celular, e obter informações sobre a qualidade do leite por macro, ou microrregião, por cidade, por SIF, ou por produtor. Está previsto o lançamento em maio de 2016, e muito em breve os dados estarão disponíveis para o governo, empresas, universidades, e centros de pesquisa, com os quais o setor leiteiro poderá elaborar políticas públicas e interagir com outros dados da produção de leite.

O setor privado, aplica, hoje, milhões de reais para treinar o produtor visando a melhoria da qualidade, e cerca de 200 empresas já aderiram ao Programa Mais Leite Saudável. O SIMQL possibilitará avaliar a evolução desse enorme esforço do setor privado. As entidades presentes à reunião técnica, dentre elas o G100, pedem que se fortaleça o projeto, estabelecendo a coordenação através de uma Parceria Público-Privada. E que esse projeto seja apenas o início de uma nova era para a cadeia láctea, que precisa trabalhar intensivamente a questão da qualidade. Inicialmente serão 10 laboratórios, no país inteiro, que farão análise das amostras. Esse esforço visa preparar o setor lácteo para exportar. Algumas etapas estão definidas. E uma delas é a reativação do PNQL (Plano Nacional de Qualidade do Leite), lançado em 1996, mas, que nunca foi efetivo. É preciso estabelecer parâmetros de qualidade, programas de sanidade animal, disponibilizar assistência técnica e linhas de financiamento. Isto tem por objetivo dar subsídios para revisão da IN 62, que foi estabelecida em 2011, alterada em 2014, mas, não existem dados consolidados, nem informações cadastrais sobre os resultados da IN. O Brasil precisa atender os padrões de qualidade dos países desenvolvidos para fazer acordos bilaterais. Por isso o estabelecimento de um plano nacional de melhoria de qualidade e competitividade do leite brasileiro, é fundamental.  (Terra Viva)
 

Balança
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,035 bilhão na quarta semana de abril, com quatro dias úteis. Este valor é resultado de exportações de US$ 3,241 bilhões e importações de US$ 2,206 bilhões. Em abril, até a quarta semana, as exportações somam US$ 11,573 bilhões e as importações, US$ 7,990 bilhões, com saldo positivo de US$ 3,583 bilhões. No acumulado do ano, as exportações totalizam US$ 52,146 bilhões e as compras no exterior foram de US$ 40,175 bilhões, o que resultou em um superávit de US$ 11,971 bilhões. Na quarta semana de abril, a média das exportações foi de US$ 810,1 milhões, valor 6,9% maior do que a média até a terceira semana do período (US$ 757,5 milhões), devido ao aumento nas exportações de produtos manufaturados (20%) - em razão de automóveis de passageiros, tubos flexíveis de ferro e aço, torneiras, válvulas e partes, autopeças, motores para automóveis, etanol. Entretanto, houve queda nas vendas de produtos semimanufaturados (-0,7%) - por conta de açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, ouro em forma semimanufaturada, ferro fundido, alumínio em bruto - e de básicos (-0,3%) - devido a soja em grãos, carne de frango, minérios de cobre, carnes salgadas, miudezas de animais, tripas e buchos de animais. (MDIC)

         

Porto Alegre, 25 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.252

 

   Nível de endividamento dos produtores de leite uruguaios representa 54% do que produzem

Os produtores de leite no Uruguai que atravessam sérios problemas pela queda da demanda e dos preços têm um nível de endividamento que representa 54% do que produzem e, além disso, vêm trabalhando com perdas. A conjuntura do mercado foi apresentada por dirigentes do setor leiteiro neste mês de abril diante das comissões de pecuária. Na reunião, de acordo com o vice-presidente da Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL), Néstor Cabrera, foram solicitadas medidas de alívio financeiro. 

"A prioridade é analisar um financiamento ideal para esse momento, tomando cuidado para não perdermos a nossa produção leiteira e os nossos produtores de leite", disse ele. Na reunião, também foi solicitada a criação de um fundo de estabilização que se converteria em uma ferramenta financeira para atender as situações adversas dos produtores. Também foi discutida na reunião a possibilidade de postergação dos pagamentos, primeiramente acertando os juros e contribuindo para que os produtores não mudem de categoria. 

Os produtores de leite pediram também para aumentar a devolução dos impostos indiretos às exportações, subindo do atual 1,1% para 2%. "Diferentemente de outros momentos, hoje tanto o produtor de 50 hectares como o de 1000 hectares estão comprometidos. Os produtores de grande porte também estão tendo problemas com o custo da mão de obra", disse o presidente da ANPL, Rodolfo Braga.

Um tema chave são os custos de produção, que foram determinados pelo Instituto Nacional de Leite (Inale), em 8,20 pesos (US$ 0,25) por litro, sem considerar as rendas do campo, os juros e o pagamento de dívidas. Porém, no caso da Cooperativa Nacional de Produtores de Leite (Conaprole), instituição que paga melhor, ao produtor, sobram 7,50 pesos (US$ 0,23) por litro, enquanto que outras indústrias estão pagando cerca de 6 pesos (US$ 0,19) por litro, disse Cabrera. "São necessárias medidas de ajuda para que o setor possa seguir crescendo".

Ele lembrou que o setor leiteiro superou uma crise maior que a atual em meados de 2002 com um nível de endividamento maior e uma morosidade também elevada. "São necessárias medidas de ajuda para que o setor possa seguir crescendo", completa ele.

Após a visita dos produtores de leite às comissões de Pecuária dos Deputados e do Senado, o deputado, Luis Alfredo Fratti disse que reconhecem-se as dificuldades do setor vinculadas aos mercados e adiantou que se buscará algum mecanismo que viabilize um apoio aos produtores. Segundo ele, é possível encontrar alguma medida paliativa até que os preços internacionais dos lácteos se recuperem. 

O deputado Tabaré Viera disse que foi muito interessante o diálogo com os produtores de leite em busca de soluções para as dificuldades conhecidas que geraram ao setor uma grande dívida. Ele disse que essa situação é uma ameaça para a perda de mais produtores e adiantou que uma das soluções é resolver a dívida com a Venezuela. 

Em 20/04/16 - 1 Peso Uruguaio = US$ 0,03159
30,5962 Peso Uruguaio = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do El Observador)

 
 
Rastreabilidade 

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aprovou uma nova forma de identificação de bovinos e bubalinos junto ao Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (SISBOV). A portaria foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (20). A Instrução Normativa nº 17, de 2006, já previa a marca a fogo junto com um brinco auricular como uma das formas de identificação, assim como o brinco auricular numa orelha e um botão na outra orelha.

Pela nova forma aprovada pelo Mapa, o animal pode usar conjuntamente a marca a ferro, o brinco numa orelha e o botão na outra orelha. A marca a ferro deverá ser feita em uma das pernas traseiras, na região abaixo de uma linha imaginária que liga as articulações das patas dianteira e traseira. "O uso das três formas partiu de consulta de uma propriedade rural e não vimos restrição", disse o coordenador da Monitoramento Estratégico, Alexandre Bastos. O SISBOV é utilizado para a identificação individual de bovinos e bubalinos em propriedades que têm interesse em vender animais para o abate. Confira aqui a portaria nº 29 do DOU. (Fonte da Notícia: MAPA)

Bovinocultura leiteira/RS 

Um grupo de mais de 60 agricultores dos municípios de Encantado e Roca Sales participou, na última quarta-feira (13/04), de uma tarde de campo sobre Bovinocultura Leiteira. Organizada pela Emater/RS-Ascar, com o apoio da Prefeitura Municipal de Encantado e do clube de mães Unidas Para Vencer, a atividade foi dividida em duas etapas, tendo uma delas ocorrido no salão da Comunidade de Barra do Coqueiro e a outra na propriedade do produtor Darci Giacomolli, da mesma localidade.

Na ocasião, os participantes puderam conhecer mais sobre temas como irrigação e manejo de pastagens, produção de feno, fitoterapia animal e aproveitamento do produto, com degustação de alimentos feitos à base leite e derivados. Todas as palestras e atividades foram realizadas com a participação de extensionistas da Emater/RS-Ascar, entre eles o engenheiro agrícola Danilo Rocha Leal, do escritório de Porto Alegre. O evento foi parte da Chamada Pública do Leite, que é operacionalizada pela Emater/RS-Ascar, por meio de convênio com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Também participaram da tarde de campo agricultores da Associação de Bovinocultura Leiteira de Encantado, além de autoridades, entre elas o gerente adjunto da Emater/RS-Ascar, Carlos Lagemann, que valorizou o encontro por possibilitar a troca de experiências entre os envolvidos. A atividade foi prestigiada ainda pelo prefeito de Encantado, Paulo Costi, e pelo secretário de Agricultura, Roberto Pretto. (Emater/RS)

 

Start Digital

Foi a partir de um gargalo real que uma empresa de Teutônia criou uma solução digital para melhorar a qualidade da gestão em propriedades de gado leiteiro.

Com entrada no mercado em 2012, o software da Control Milk ganhou corpo a partir do ano passado, quando os sócios participaram do programa Startup RS, desenvolvido pelo Sebrae-RS. Em 2015, duas turmas, somando 40 empresas, participaram da iniciativa. Agora, outras 15 buscam a formação. Uma nova edição do curso está prevista para o segundo semestre.

O objetivo, como explica João Antonio Pinheiro Neto, gestor de projetos e do Startup RS, é "desenvolver um modelo de negócios para receber investimentos". Por meio de oficinas e workshops, são exploradas todas as habilidades que a startup precisa ter.

- A tecnologia pode deixar o agronegócio ainda mais produtivo - afirma o gestor.

A Control Milk desenvolveu um software para a gestão zootécnica e financeira das propriedades, que é instalado no computador e permite o trabalho offline - vale lembrar que telefonia e internet móvel ainda são precários no meio rural. Mas também tem aplicativo para deixar as informações ao alcance da mão. É possível compartilhar também com técnicos e empresas.

- O objetivo era trabalhar com os produtores. A ideia de envolver empresas veio com a formação no Sebrae - afirma Dionatan Hamester, sócio da Control Milk ao lado de Vilson Mayer. (Zero Hora)

Preços 

O preço do leite ao produtor de leite na Europa continua com tendência de queda. O preço garantido da FrieslandCampina para o mês de maio é o mais baixo dos últimos 24 meses. Representa, 59% e 75% dos valores de maio de 2014 e maio de 2015, respectivamente. As bonificações de proteína, matéria gorda e lactose acompanham os mesmos percentuais de queda.

Antes do fim do regime de cotas, em abril de 2015, a ameaça de penalidades controlava o crescimento da produção, embora alguns países como a Irlanda, se sujeitassem às multas, por ser mais vantajoso preparar a ampliação do mercado, assim que as cotas fossem abolidas.

Entretanto, esse projeto de expansão foi atropelado pela crise econômica, redução das importações pela China, e o embargo da Rússia. O desequilíbrio entre a oferta e a demanda vem ocorrendo desde então.

A redução nos preços não foi suficiente para desestimular a produção.
Nos Estados Unidos e na Europa, o produtor foi beneficiado com a queda generalizada nas cotações das commodities, principalmente, milho, soja e petróleo, mantendo a rentabilidade do setor, mesmo em um cenário de baixos preços. (Terra Viva)

 

Desperdício
WeFood é o primeiro supermercado que vende aquele alimento que outros vão jogar fora. Situado no bairro de Amager, em Copenhague, esta loja vende produtos vencidos, ou com embalagens danificadas com preços entre 30 e 50% mais baratos. Os vizinhos e a imprensa local denominaram de "Outlet dos supermercados", segundo La Vanguarda. O principal objetivo do negócio é conscientizar a população acerca na enorme quantidade de produtos que acabam no lixo e pretende contribuir significativamente para reduzir a quantidade de desperdício de alimentos. A iniciativa está tendo tanto êxito que possivelmente irá para outros países, onde até agora o máximo que se aspira é a redução do preço, quando o produto está perto do prazo de validade. (People Daily - Tradução livre: Terra Viva)

         

Porto Alegre, 22 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.251

 

   Lácteos/NZ
Temperaturas amenas e umidade em todas as regiões proporcionam boas taxas de crescimento do volumoso e a produção está melhor do que a prevista inicialmente, principalmente no Norte. No Sul, as noites frias impactam sobre a temperatura do solo, afetando o desenvolvimento dos pastos.

A taxa de vacas secas está maior do que o normal, em torno de 15-16% em Canterbury. Acrescente-se as mastites, e os produtores não têm novilhas suficientes para repor o rebanho. A cadeia de carne bovina está comprometida até maio com o abate de vacas leiteiras. Cresce o número de fazendas à venda entre aqueles que não possuem alimentação excedente que lhes permita esperar. O bem-estar animal foi para consulta pública e depois da exposição por anos, os cuidados com os bezerros estão em julgamento. O resultado do globalDairyTrade na madrugada trouxe um alívio muito necessário para os preços do leite, com elevação de 7% nos preços do leite em pó integral liderando a alta. Analistas sugerem que a demanda pode estar crescendo, mas o mercado ainda é frágil. 

A Fonterra propôs reduzir suas diretorias, de 13 para 11, e 6, incluindo o presidente, devem ser agricultores. Não é o suficiente para os críticos, mas é um passo na direção certa. Com a pressão dos acionistas, no futuro a redução pode ser ainda maior. A Cooperativa continua perdendo fatias de mercado para suas principais concorrentes, Syblait, Open Country Dairy e Westland. Se não ouvir os produtores, poderá perdê-los. Aumentam os indícios de que em 2017, antes mesmo de qualquer recuperação de preços, muitas fazendas fecharão, sendo um teste para os altamente endividados. O ASB continua com previsões mais otimistas que os outros bancos, sugerindo que a próxima temporada poderá iniciar com o preço a NZ$ 5/kgMS e terminar em NZ$ 6/kgMS.

A Westland abriu uma nova planta de leite UHT em Rolleston com perspectivas de agregar valor ao leite fluido, produzindo leite fresco. Com isto o novo relatório já adicionou NZ$ 0,20/kgMS ao pagamento dos fornecedores. (interest.co.nz - Tradução livre: Terra Viva)
 
Produção/AR 

Mauricio Minetti, produtor de leite de Esperanza, Santa Fe, disse que a crise provocada pelas chuvas no setor produtivo, que inundaram os campos da região, "é desesperadora". "Choveu até 700 mm em algumas regiões. Isto é insustentável para qualquer tipo de produção", declarou Minetti a Radio 10.

"Não somente as fazendas de leite são afetadas, mas também o complexo soja. A soja apodreceu na terra", lamentou. Ainda assim, é preciso ordenhar as vacas todos os dias, mesmo que as estradas estejam interrompidas, e o leite não pode ser coletado. Esclareceu que "ordenham 50% do que teria que ser ordenhado". Minetti adiantou que a situação é crítica e que "os animais permanecem o dia todo no barro e na água", pois precisamos encontrar lugares onde não tenha água para que eles possam descansar à noite. Acrescentou que Esperanza tem pouca infraestrutura, e se bem que ainda não estejam incomunicáveis, advertiu que "não falta muito" para que isto aconteça. Lembrou, contudo, que as estradas estão "intransitáveis" e que muitas vezes "as crianças nem podem ir à escola". (Ãmbito.com - Tradução livre: Terra Viva)


Produção/UE 

Alguns países da União Europeia estudam se aplicam ou não a redução de produção de leite com base no artigo 222, enquanto algumas cooperativas já adotaram a medida. Este é o caso da austríaca Gmundner Dairy, que decidiu pagar um prêmio aos produtores que entregarem menos leite e multar que entregar mais. O preço base que paga a cooperativa está em torno de € 0,295/litro.

Foi estabelecido que os sócios que entreguem entre 5 e 10% menos em relação ao mesmo mês do ano passado, receberão um prêmio entre € 0,008 e € 0,022/litro. Mas aqueles que entregarem de 5 a 10% mais, na mesma comparação, serão descontados entre € 0,023/litro e € 0,045/litro, ou seja, a multa será superior ao prêmio. Gmundner Dairy é a terceira indústria de laticínio mais importante da Áustria, com um faturamento de 205 milhões de euros, com 2.800 sócios e 330 empregados. Coleta 900.000 litros de leite diariamente, para transformar em leite de consumo e queijo. Cerca de 50% de sua produção é exportada para mais de 15 países. A cooperativa holandesa FrieslandCampina já adotou essa política de premiar a redução, em janeiro passado. A cooperativa pagou um prêmio de € 0,02/kg de leite no período compreendido entre 1º de janeiro a 11 de fevereiro de 2016, aos pecuaristas que não aumentaram ou reduziram suas entregas de leite. Tomaram como período de referência a média das entregas diárias entre 13 e 17 de dezembro de 2015. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)


Nestlé 

A lealdade do consumidor brasileiro aponta Nestlé e Nescafé entre as marcas mais fortes do Brasil em 2015. O ranking foi elaborado a partir de pesquisa com 14 mil consumidores brasileiros, em iniciativa da revista IstoÉ Dinheiro em parceria com a Kantar Vermeer, consultoria do grupo britânico WPP.

A premiação foi realizada nessa sexta-feira, 15, em São Paulo, e apresentou o resultado de duas pesquisas: "A Marca Mais Forte do Brasil" e a "A Marca Mais Valiosa do Brasil". A Nestlé conquistou o 15ª lugar no prêmio "A Marca Mais Forte do Brasil" e Nescafé ficou na 8º posição. Nescafé também aparece com destaque no ranking das marcas mais fortes da última década, na 8ª colocação, à frente de marcas como Google e Facebook. Desde seu lançamento, NESCAFÉ® sempre foi líder no mercado brasileiro de café solúvel. No âmbito mundial, a marca é a mais valiosa da Nestlé e quarta mais valiosa no segmento de alimentos. A Nestlé está presente no Brasil desde 1921, quando inaugurou sua primeira fábrica, na cidade paulista de Araras. Hoje, a Nestlé Brasil e suas empresas coligadas estão presentes em 99% dos lares brasileiros, segundo pesquisa realizada pela KantarWorldpanel. (Cidade Marketing)


Consumo 

O agravamento da crise econômica brasileira tem mudado os hábitos de consumo da população. As compras de bens duráveis já vinham sendo adiadas há algum tempo. Mas, agora, os consumidores já estão alterando até mesmo a relação com os produtos essenciais, uma vez que 74% deles admitem uma piora na qualidade das compras em supermercado.

A mudança se deu via troca de marcas pelas mais baratas, redução, ou até mesmo abandono de consumo de determinados produtos. Os dados compõem a pesquisa Pulso Brasil, da Ipsos, realizada por meio de entrevistas com 1.200 pessoas em 72 municípios brasileiros. "As pessoas já vinham mudando o comportamento com relação às compras de bens como automóveis e imóveis. Mas decidimos investigar como é o impacto da crise no dia a dia dos brasileiros e quais as perspectivas em médio e longo prazos", explica o diretor de contas da Public Affair da Ipsos no Brasil, responsável pela pesquisa Pulso Brasil, Danilo Cersosimo. Dentre aqueles que admitiram ter piorado a qualidade das compras nos supermercados, 72% estão trocando o que compravam por marcas mais baratas, 61% estão comprando menos produtos e 41% estão deixando de comprar certos produtos que antes faziam parte da cesta familiar. (Diário do Comércio)
 

Aprovado o PL dos Integrados
O Projeto de Lei dos Integrados foi aprovado dia 20/04 no Senado. O texto cria um padrão contratual para sanar divergências nos litígios que se referem a fornecimento de insumos aos produtores de aves e suínos integrados, valores devidos, responsabilidades em caso de problema na atividade ou prazos, entre outros. A matéria havia sido encaminhada para a Câmara dos Deputados, onde foi alterada na forma de substitutivo, que agora foi confirmado pelos senadores e segue para a sanção presidencial. "Na economia brasileira, a suinocultura, a avicultura, laticínios e setor de tabaco funcionam muito bem com esse sistema de integrados, só que havia um vazio legal", observou a senadora Ana Amélia Lemos, autora da proposta. "Não havia nenhuma regulamentação para estabelecer direitos e deveres dessas relações". (Correio do Povo)
 

         

Porto Alegre, 20 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.250

 

   Sisbi-POA 

A adesão dos estados ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA) foi o principal assunto da primeira reunião da Câmara Temática Temporária do Suasa (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária).

A câmara foi criada no dia 28 de março deste ano e é formada por representantes do governo e do setor produtivo. O Sisbi-POA faz parte do Suasa e tem o objetivo de padronizar e harmonizar os procedimentos de inspeção de produtos de origem animal, para garantir a procedência e a segurança alimentar. Os estados que aderem ao sistema garantem às agroindústrias interessadas a autorização para vender seus produtos de origem animal - como queijos, salames, ovos e mel - não apenas para sua cidade ou estado, mas para todo o país. 

A adesão beneficia, principalmente, os pequenos estabelecimentos, que, quase sempre, têm dificuldade em cumprir todos os requisitos burocráticos e técnicos exigidos pelo Sistema de Inspeção Federal (SIF). Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Rangel, a meta é intensificar a adesão dos estados ao Sisbi. "Para alcançar um maior número de adesões, precisamos vencer as dificuldades com legislação e sistemas informatizados, além de capacitação e treinamento por meio da Escola Nacional de Gestão Agropecuária (Enagro). "Até agora, já aderiram ao sistema Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Distrito Federal, Bahia, Espírito Santo e Goiás. (Mapa)

    
    
 
Indústria da Santa Clara em Getúlio Vargas recebe ISO 9001

A Indústria de Laticínios da Cooperativa Santa Clara em Getúlio Vargas obteve neste mês de abril a certificação ISO 9001. A auditoria foi realizada pelas auditoras Valéria C. Guerra e Eliana Cardoso, do órgão certificador DNV. Os processos auditados foram o desenvolvimento e processamento de leite, queijos, nata, soro de leite e creme de soro de leite cru, sendo que todos os processos do escopo foram certificados. 

A partir da aquisição da indústria em junho de 2014, a Santa Clara iniciou o processo para certificação da ISO, seguindo o exemplo da Indústria em Carlos Barbosa, que foi pioneira no Estado em receber a certificação ISO em 1999. "Fazia parte do nosso planejamento a obtenção da ISO para a unidade de Getúlio Vargas, o que nos proporciona uma ferramenta de marca e de gestão, comprovando a qualidade superior dos produtos que levam a marca Santa Clara. É bom para a indústria e melhor ainda para o consumidor", destaca o diretor Administrativo e Financeiro, Alexandre Guerra.

ISO 9001
A certificação ISO 9001 tem como objetivo melhorar a gestão de uma empresa, estabelecendo normas que aumentem a qualidade dos processos de gestão e padronização de serviços e produtos. Quando implementada e cumprida, é estabelecida uma relação de confiança entre empresa e cliente.
Para obter a certificação da ISO, a empresa deve cumprir requisitos, cumprindo suas várias fases de forma adequada, aplicando nos seus processos padrões a serem seguidos para a garantia do sistema de gestão da qualidade. (Cooperativa Santa Clara)

SINDILEITE-SC elege nova Diretoria

O Sindileite-SC, que reúne 19 indústrias associadas responsáveis por 70% do leite processado no Estado, elegeu quinta-feira (14/04) a nova diretoria para o período 2016/2019. O atual presidente, Valter Antônio Brandalise, foi reeleito, ao lado do Vice-Presidente José Baldoíno França entre outros componentes da nova diretoria.
O trabalho realizado pelo Sindileite - SC na gestão anterior foi muito bem avaliado pelos associados, o que credenciou o Presidente a reeleição e a formação de uma nova diretoria para condução dos trabalhos neste novo período.

A entidade vai trabalhar principalmente para buscar aproximar indústria, produtores e governo e garantir a qualidade do produto entregue nas mesas dos consumidores. A intenção, diz Brandalise, é apoiar indústrias e produtores na busca da melhoria contínua dos processos, e garantir que o leite catarinense esteja dentro das normas internacionais de qualidade.

Atualmente Santa Catarina tem aproximadamente 50 mil famílias ligadas à atividade leiteira e figura entre os maiores produtores de leite do Brasil. "É necessário que nos tornemos exportadores de leite e precisamos nos preparar e aproveitar essa oportunidade", diz o Presidente do Sindileite. A entidade também trabalha para preparar a sucessão nas propriedades, garantindo que as atuais áreas dedicadas à criação permaneçam voltadas à atividade depois da aposentadoria dos atuais produtores. (Assessoria de Imprensa Sindileite)

Laços estreitos com os fornecedores

Uma das maiores compradoras de produtos agropecuários do mundo, a suíça Nestlé não pode reclamar de monotonia nas negociações com seus fornecedores. Altas e baixas em mercados como leite, café e cacau, nos quais a atuação da multinacional tem grande repercussão, são a regra, e manter os padrões de qualidade das matérias-primas recebidas e as margens das operações em terreno positivo diante das oscilações, os desafios. Em um parágrafo, talvez seja uma boa maneira de explicar a missão de Hans Jöhr, principal executivo da área de Agricultura da companhia. Mas as coisas não são tão simples assim, e a atual tendência de queda dos preços globais de commodities agrícolas e alimentos, aprofundada no ano passado, em tempos de dólar valorizado, não deixa Jöhr se esquecer no quão complexo pode se transformar o seu trabalho. É sob seu guarda-¬chuva que está o programa "Farm Conect", por meio do qual a Nestlé administra a rede de 760 mil produtores dos quais compra matérias¬primas agrícolas diretamente, sem a intermediação de tradings. E eles estão espalhados por 53 países, o que obriga Jöhr a passar dois terços do tempo longe de seu escritório na Suíça. No início de abril, ele esteve no Brasil. 

Em português fluente ¬ é casado com uma brasileira há mais de 15 anos ¬, Jöhr reconheceu em entrevista ao Valor que, atualmente, dos segmentos em que a Nestlé atua talvez o mais complicado seja o de lácteos, que mundialmente atravessa um período de oferta ampla e incertezas do lado da demanda, sobretudo na China. O executivo lembrou que a Nestlé, maior compradora de leite cru do mundo, adquire metade de sua demanda diretamente de pecuaristas. Cinco mil deles estão no Brasil, onde a múlti também conta com 12 mil fornecedores indiretos. São mais de 2 bilhões de litros por ano no país, tirados de cerca de 1 milhão de vacas. No relacionamento com os fornecedores em geral, realça o executivo, não são apenas as negociações de preço e qualidade que estão em jogo. Boas práticas agrícolas, sustentabilidade e capacitação também consomem tempo e dinheiro, uma vez que a Nestlé investe centenas de milhões de dólares todos os anos em programas de apoio nessas frentes. "Os consumidores estão cada vez mais exigentes. Todos querem saber de onde vem o produto, como ele foi produzido e o que ele contém. 

Quem consegue responder a essas questões, conquista a confiança do cliente, e a maior dificuldade que temos no âmbito do 'Farmer Conect' é escolher produtores com essa visão", afirma Jöhr. Outro desafio é a fidelização dos fornecedores, complicada seja em tempos de bonança ou de vacas magras. Não só para garantir o abastecimento hoje, mas também no longo prazo. "Se quisermos ter matéria¬prima de qualidade, temos que saber quem serão os produtores do futuro. Reter jovens talentos no mundo rural é fundamental". Agrônomo com especialização em, Jöhr conta, para esse trabalho, com uma equipe de mais de 1,3 mil agrônomos, veterinários e zootecnistas. Com alguns deles, o executivo, durante sua passagem pelo Brasil, visitou produtores de cacau na Bahia, cafeicultores no Espírito Santo e pecuaristas no interior do Estado de São Paulo. (Valor Econômico)
 

 
Produção/UE 

A publicação do Regulamento comunitário que autoriza a autorregulamentação da produção de leite, foi publicado recentemente, mas alguns países já começaram a mostrar sua posição a respeito. A França é um grande incentivador da medida. Seu ministro da Agricultura, Stephan Le Foll escreveu uma carta a todos seus homólogos comunitários pedindo que apliquem o controle da produção, uma vez que, em sua opinião, é uma medida que deva ser aplicada ao todos os países.

Também pede que sejam concedidos benefícios financeiros ao nível comunitário, utilizando o Orçamento de Excecução de 2016. Na Espanha, uma reunião do Ministério da Agricultura com o setro lácteos, na semana passada, houve opinião favorável à limitação da produção de leite, desde que a distribuição se comprometa. Hoje a continua a reunição, para acertar detalhes do acordo. Do lado oposto, se encontram países como a Irlanda, que já na reunião do Conselho de Ministros se mostrou contrário à aplicação do acrodo que vai contra sua estratégia de crescimento da produção. O Reino Unido também é pouco provável que apóie ou financie a medida, segundo a organização que representa os produtores, NFU. Também é pouco provável que as cooperativas britânicas executem a medida. São da opinião de que uma empresa, ou um determinado coletivo possa reduzir localmente a produção, mas que será imediatamente ocupada pelo leite de outros produtores, tanto do Reino Unido, como de outros países da UE. A Holanda, tampouco, planeja reduzir sua produção. (Fonte da Notícia:Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

 
 

Isenção na importação de milho não afeta os produtores brasileiros do grão, diz governo
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Andre Nassar, disse que a retirada do imposto de 8% na importação de milho de países fora do Mercosul, autorizada nesta terça-feira, 19, pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex), atende à demanda dos criadores de aves, suínos e produtores de leite. "A importação do grão, que serve de base para a alimentação animal, terá impacto positivo nos preços do milho no mercado interno", disse em nota distribuída por sua assessoria. De acordo com ele, a decisão não prejudica os produtores brasileiros. "Como a isenção do imposto valerá entre maio e outubro, a comercialização do milho safrinha não causará prejuízo para quem planta e vende o produto." Como a importação de milho do Mercosul já é isenta, a medida do Gecex estimulará a compra do grão produzido em outros países, como os Estados Unidos. A decisão será publicada no Diário Oficial da União na próxima semana. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)

         

Porto Alegre, 19 de abril de 2016                                                Ano 10- N° 2.249

 

   Conseleite constata escalada dos preços

O preço dos produtos lácteos no Rio Grande do Sul registrou aumento na maioria dos itens avaliados mensalmente pelo Conseleite/UPF. Análise divulgada nesta terça-feira (19/4) indica que o preço de referência projetado para abril é de R$ 0,9809, valor 3,63% maior do que o consolidado de março, que ficou em R$ 0,9466. O valor fechado de março já ficou 0,89% acima do projetado (R$ 0,9383). 

A alta reflete a severa entressafra e foi puxada, principalmente, pela reposição do preço do leite UHT, mas também expressa o reajuste do queijo, requeijão e outros produtos lácteos. Segundo o professor da UPF Marco Antônio Montoya, apesar dos valores estarem acima dos registrados no mesmo mês de 2015, nominalmente (descontando a inflação), os preços estão estáveis e, inclusive, com tendência de queda. "O leite referência está acima do nível de anos anteriores, mas isso não quer dizer que está cobrindo os custos de produção", ponderou.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, pontuou o impacto do mercado internacional nos preços dentro do Brasil. Segundo ele, apesar de ter colaborado com as exportações nos últimos meses, a cotação do dólar caiu e deve, agora, dificultar a situação dos exportadores. "Apesar de ter estimulado as vendas, o dólar também afetou o custo dos insumos", completou.

Uma das sugestões da reunião foi que sejam retomados os encontros entre os Conseleites do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Também foram debatidas as estratégias que podem ser adotadas pelo setor para estímulo à qualificação constante da produção. Representados pelo diretor da Farsul e presidente do Sindilat, Jorge Rodrigues, os produtores pediram a adoção de uma tabela que oriente o pagamento do leite por qualidade no RS. Guerra explicou que as empresas já trabalham com escalas próprias de pagamento, mas informou que as indústrias definiram pela criação de uma tabela com o aval do Conseleite que atenda aos índices da Instrução Normativa IN 62. O assunto deve seguir em debate no Conseleite. 

 


Alexandre Guerra
Foto: Carolina Jardine/Imprensa Sindilat
    
    
 
Leilão GDT: preços internacionais apresentam segunda alta seguida, mas permanecem baixos

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (19/04) registrou alta de 3,84% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$ 2.263,00/tonelada. O leite em pó integral apresentou alta, sendo comercializado a US$ 2.156/tonelada (+7,10% sobre o último leilão), mantendo o aumento dos preços observado nos últimos dois leiloes. 

O leite em pó desnatado também apresentou alta, no entanto, mais sutil que o leite em pó integral, sendo de 0,35% e chegando a US$ 1.727/tonelada. Enquanto, por outro lado, o queijo cheddar teve queda de -5,12% comparado ao último leilão, sendo comercializado a US$ 2.636/tonelada.

Foram vendidas 21.206 toneladas de produtos lácteos neste leilão, volume cerca de 6,51% abaixo do mesmo período do ano passado, o que indica que o leilão GDT não vem sinalizando melhoras na demanda.

Os contratos futuros de leite em pó integral continuam sem apontar para grandes mudanças ao longo de 2016. Até outubro, as projeções estimam preços entre US$2.100 e US$2.350/ton, sem nenhuma alteração significativa no atual patamar de preços. (Milkpoint/GDT)
 


Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida em Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprovou e divulgou os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em março de 2016 e a projeção dos valores de referência para o mês de abril de 2016, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. Os valores de referência indicados nesta resolução correspondem à matéria-prima leite denominada Leite CONSELEITE IN62, que se refere ao leite analisado que contém 3% de gordura, 2,9% de proteína, 600 mil uc/ml de células somáticas e 600 mil uc/ml de contagem bacteriana. 


Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de abril de 2016 é de R$ 1,8757/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleite.com.br/conseleite. (Fonte: Conseleite/PR) 

 
 
Rio Grande do Sul busca otimizar recursos para vigilância no combate à febre aftosa

O fiscal agropecuário Diego Viali dos Santos apresentou nesta segunda-feira (18) para representantes do serviço veterinário oficial e das cadeias produtivas de bovinos e suínos o resultado do estudo intitulado "Identificação de áreas de risco para a febre aftosa no Rio Grande do Sul utilizando a técnica de múltiplos critérios". O trabalho foi financiado por um Acordo de Cooperação Técnica entre a Faculdade de Veterinária da Ufrgs, o Fundesa e a Secretaria da Agricultura.

O estudo, que levou em conta 22 critérios, apontou que o principal risco de ingresso do vírus ocorre nas regiões de fronteira e através da movimentação ilegal de animais. Para ter um ponto de partida, a pesquisa analisou os casos de febre aftosa registrados no estado de 1986 a 2001. "O resultado comprovou que a maior parte dos casos ocorreu nas regiões onde apontamos como as de maior risco", afirma Diego Viali dos Santos.

A conclusão do trabalho pode contribuir para a definição de políticas de vigilância animal, otimizando recursos. "Se o maior risco está nas regiões fronteiriças, é lá que deve estar o reforço da vigilância ativa", destaca Santos. 

Com base no resultado do estudo, o presidente do Fundesa, Rogério Kerber sugeriu que o Grupo de Avanço de Status Sanitário no Rio Grande do Sul se reúna nos próximos dias para avaliar as medidas que podem ser tomadas para minimizar o risco de reingresso do vírus da febre aftosa no Rio Grande do Sul. "Em primeiro lugar, precisamos conscientizar os produtores da importância deles no processo de defesa sanitária. Não é apenas uma atividade do serviço oficial", afirma. (As informações são do Fundesa)
 

 

IBGE adia Censo Agropecuário e cancela concurso por falta de verba
Com um corte em seu orçamento, o IBGE decidiu adiar a realização do Censo Agropecuário, que iria a campo em 2017. Com isso, o concurso para preenchimento de 1.409 vagas temporárias, destinadas ao censo, foi cancelado. Os inscritos no processo terão os valores das inscrições reembolsados, informou o IBGE. O orçamento do Censo Agropecuário foi reduzido em janeiro deste ano, de R$ 330,8 milhões para R$ 266,8 milhões na LOA (Lei Orçamentária) aprovada pelo Congresso Nacional. Nos últimos meses, o IBGE vinha negociando com o Ministério do Planejamento a recomposição deste orçamento para preparar a pesquisa, o que inclui, por exemplo, a compra de equipamentos. Esta não é a primeira vez que a pesquisa é adiada. Dois anos atrás, após um corte no orçamento, o IBGE decidiu adiar o Censo de 2015 para 2017. Segundo o IBGE, as demais pesquisas previstas para este ano seguem preservadas "até o momento". (As informações são do jornal Folha de São Paulo)