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Porto Alegre, 14 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.371

 

  Sindilat quer limite à reconstituição de leite em pó no Brasil

 O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) quer que o governo federal permita a reconstituição de leite em pó apenas para aqueles produzidos em território nacional. A reivindicação resultaria em alteração na redação da Instrução Normativa nº 14, de 22/04/2013, do Ministério da Agricultura. A ação busca sensibilizar integrantes dos ministérios da Agricultura e Relações Exteriores, parlamentares e lideranças de que a medida é uma das alternativas mais eficazes para conter a crise de renda que atinge o setor lácteo nacional. Nesta sexta-feira (14/10), o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, entregou ofício ao chefe de gabinete da senadora Ana Amélia Lemos em que pede freio a reconstituição com base em produto importado. Nele, o Sindilat pontua: "A nossa sugestão é que este leite em pó que poderá ser reconstituído tenha a sua matéria prima originada somente de produtor de leite do Brasil e de estabelecimento industrial localizado em território nacional, ficando expressamente proibida a utilização de leite em pó importado".

Segundo entende o Sindilat, a reconstituição de leite em pó deve ser uma exclusividade das indústrias localizados em território nacional. Segundo o presidente do Sindilat e do Conseleite, Alexandre Guerra, é preciso urgência em uma ação do governo em apoio ao setor lácteo tendo em vista o crescente índice de importação, principalmente em se tratando de cargas vindas do Uruguai.  Atualmente, o ingresso de leite do Prata tem reduzido a lucratividade da atividade e, consequentemente, afastado dezenas de produtores da atividade.

O Brasil importou 153,38 milhões de quilos de produtos lácteos nos primeiros oito meses de 2016, contra 85,55 milhões de quilos no mesmo período do ano anterior (aumento de 79,29%, representando 67,83 milhões de quilos). Já as exportações de lácteos do Brasil para o mercado externo foram bem menores e decrescentes. Nos primeiros oito meses de 2015 o país exportou 45,19 milhões de quilos e, no mesmo período desse ano, apenas 32,25 milhões de quilos (queda de 28,65%, equivalendo a 12,95 milhões de quilos). As importações de leite em pó integral e desnatado passaram de 56,64 milhões de quilos nos primeiros oito meses de 2015 para 104,83 milhões de quilos nos oito primeiros meses deste ano - aumento de 85,09%. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

 
  
 
Leite derramado

O Brasil é o sexto maior consumidor de leite do mundo, e o produto, tão comum na culinária, é protagonista num cabo de guerra que envolve produtores brasileiros, o governo do Brasil e o Uruguai. Produtores de leite do Brasil reclamam que estão à mercê do mercado internacional, já que o Brasil importa leite em pó do Uruguai. Com isso, 850 mil famílias que dependem do alimento estariam sob risco de passar fome. A discussão sobre o problema já se arrasta há 14 anos na Câmara. Em 2002, o ex-deputado Agnaldo Muniz (PPS-RO) apresentou projeto de lei proibindo a importação de leite.

Preços baixos
O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, apontou que o Estado responde por 13% da produção nacional de leite e que 300 mil pessoas estão ligadas diretamente à produção do insumo. Ele defende a diminuição das importações vindas do Uruguai, pelo menos temporariamente, pois os produtores brasileiros não têm como concorrer com os preços baixos do vizinho.

Terra de leite e mel
O presidente da Aliança Láctea Sul Brasileira, Jorge Rodrigues, pintou uma situação apocalíptica. Os preços estão defasados e, desde de maio de 2016, a situação ficou mais preocupante pelo aumento do volume importado do Uruguai. Principalmente de leite em pó, que só pode ser importado para ser reidratado na região atendida pela Sudene, por força de normativas do Ministério da Agricultura. "Não estamos com falta de leite no Brasil, por que importar? Estamos prejudicando nossa produção com importação desnecessária", disse.

Preço mínimo
O primeiro tesoureiro da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), Nestor Bonfanti, e o secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Ernani Polo (PP), também compararam a situação do leite com o Livro das Revelações. "As oscilações de preços prejudicam os produtores e desestabilizam o mercado", disse Polo. Segundo ele e Bonfati, a resposta é o estabelecimento de uma política de preço mínimo para o leite brasileiro.

Tentar acordo
Num raro consenso entre empresários, trabalhadores e governo do Estado, o governo federal ficou com o papel de advogado do diabo. O diplomata Otávio Brandelli, do Ministério das Relações Exteriores, explicou que a Organização Mundial do Comércio (OMC) não permite que sejam estabelecidas restrições quantitativas no comércio internacional. "Oficialmente, as cotas de limitação de quantidade de comércio são proibidas mundialmente. Nenhum país quer ver suas exportações limitadas", disse. A saída é tentar um acordo entre os produtores brasileiros e uruguaios, como já foi feito entre Brasil e Argentina. (Jornal do Comércio)


Piá celebra Dia das Crianças com doação de brinquedos

A Piá comemorou o Dia das Crianças da melhor maneira possível. A Cooperativa realizou a doação de, aproximadamente, 300 brinquedos para crianças carentes do bairro Fazenda Pirajá, de Nova Petrópolis, e das instituições Rango Solidário, Amigos do Bem e Horta Comunitária Joanna de Ângelis, de Novo Hamburgo. A ação foi organizada pelo projeto "Amigos do Coração", formado por funcionários da Cooperativa que desenvolvem ações sociais nas comunidades onde a Piá atua, levando mais qualidade de vida a quem precisa. 
 
O grupo de voluntários realizou a coleta dos brinquedos nas filiais da cidade e também de Ivoti. "O objetivo desta campanha foi de levar um pouco de alegria para aquelas crianças cuja as famílias não têm condições de presentear nesta data que é tão importante", destaca o presidente da Piá, Gilberto Kny. (Assessoria de Imprensa Piá)


Importação de leite em pó bate recorde em setembro 

O volume de leite em pó importado em setembro é o maior da história, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O conteúdo equivalente a 225 milhões de litros é sete vezes maior do que a média histórica para o mês. O pesquisador do Cepea, Wagner Yanaguizawa, explica que o déficit de leite em 2016 foi o principal motivo para o aumento da importação.

A tendência até o fim do ano, na opinião do pesquisador, é de que a importação de leite continue aquecida, apesar do aumento da captação no segundo semestre. Isso porque é mais barato trazer o produto da Argentina, por exemplo, do que comprar no mercado interno. A competitividade do leite nacional está cada vez mais enfraquecida devido aos altos custos com a produção.

Yanaguizawa acredita em um crescimento no volume de leite produzido no país, resultado da melhor regularidade de chuvas dos últimos 2 anos, que contribuiu para o cultivo de pastagens. Isso vai causar pressão nos preços até pelo menos março de 2017, mas vale lembrar que desde o início deste ano, o acumulado é de alta de mais de 50%.

Para finalizar, o pesquisador diz que o foco dos produtores agora é oferta e demanda, já que o consumo nos supermercados caiu nos últimos dois meses, mas a produção está a todo vapor devido ao cenário climático favorável. (Canal Rural)
 

Embrapa abre Inscrições para o Simpósio de Melhoramento Genético de bovinos de leite
Os rumos dos programas de melhoramento genético das raças leiteiras serão debatidos durante o Simpósio de Melhoramento Genético de Bovinos de Leite entre os dias 8 e 11 de novembro, em Juiz de Fora/MG. As inscrições podem ser feitas pelo site do evento (clique aqui) até o dia 1º de novembro. Junto com o Simpósio, será realizado o II Talking About Computing and Genomics - TACG. São esperados pesquisadores e professores, com o objetivo de gerar reflexões e impulsionar a busca de soluções tecnológicas. A programação completa do evento já foi definida. Clique aqui para acessar. (Girolando)
 

 

Porto Alegre, 13 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.370

 

  Medidas protetivas no setor de alimentício será tema de seminário

Intensificar medidas protetivas do setor de alimentos, bem como orientar acerca das ações a serem adotas para a criação dessas ações, esses são os objetivos do III Seminário de Segurança Alimentar - Competências e Responsabilidades, que será realizado no dia 31/10, das 9h às 17h, no Auditório Mondercil Paulo de Moraes, na sede do Ministério Público, em Porto Alegre. O evento faz parte do Programa Segurança Alimentar e se propõe a debater as competências e responsabilidades na produção, distribuição e comercialização de alimentos, assim como suas implicações e riscos à saúde. 

O seminário será dividido em três painéis: "Competências para a fiscalização e inspeção sanitária", das 9h às 12h; "Responsabilidades dos Fornecedores perante o CDC", das 13h30min às 15h e "Responsabilidades funcionais (Administrativa, Civil e Criminal)", das 15h15min ás 17h. Promovido pelo Centro de Apoio Operacional de Defesa do Consumidor e da Ordem Econômica (Caocon), com apoio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), o evento contará com profissionais da área da agricultura, saúde, justiça, administração e contabilidade.

As inscrições se encerram no dia 24 e devem ser feitas no site do Ministério Público: https://www.mprs.mp.br/ceaf/evt/inscricao?idevento=371. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
  
 
UE: produção de leite tende a diminuir 3% no último trimestre incentivada pelo "esquema de redução"

O Esquema de Redução da Produção de Leite da União Europeia (UE) anunciado em julho e que operará no último trimestre de 2016 foi praticamente todo preenchido. Em função das ofertas dos inscritos, a produção se reduziria em 1,06 milhão de toneladas no último trimestre de 2016, o que significaria uma baixa de 3% (em relação ao último trimestre de 2015).

Há diversidade entre os países: desde um volume de redução de 286.000 toneladas na Alemanha, mais de 100.000 toneladas na França e no Reino Unido e até menos de 1.000 toneladas em Malta e Chipre.

Participam do esquema mais de 52.000 produtores dos 28 estados da União Europeia (UE). Em média, cada produtor reduziria 16,5% no último trimestre sua produção de leite. A maioria dos produtores são da França, da Alemanha, da Irlanda, da Áustria e da Holanda. No final desse período, os produtores terão 45 dias para demonstrar que reduziram a produção e, portanto, podem ter acesso ao pagamento de 0,14 euros (US$ 0,15) por quilo de leite reduzido (em meados de fevereiro). 
Em 11/10/16 - 1 Euro = US$ 1,11698
0,89515 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do http://www.tardaguila.com.uy, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

EUA: exportações de leite multiplicaram por cinco, em cinco anos

As exportações de leite dos Estados Unidos multiplicaram por cinco, em cinco anos, atingindo US$ 7,1 bilhões em 2014. Os acordos comerciais dos EUA com outros 20 países (Free Trade Agreements) permitiram uma elevação das exportações de US$ 690 milhões antes do início desses acordos para US$ 2,8 bilhões em 2015.

Estudo do USDA (Departamento de Agricultura do país) indica que o cenário pode ficar ainda melhor. Quando incrementado, o TPP (Parceria Transpacífico), que engloba 12 países, poderá render mais US$ 300 milhões por ano em exportações nesse setor.

O mercado norte-americano de leite está maduro, e a saída agora é o mercado externo, segundo técnicos do governo dos EUA. Estudo do USDA indica que cada US$ 1 exportado em leite movimenta outros US$ 3 na economia interna norte-americana.

Os Estados Unidos, que tinham 4% das exportações mundiais em 2004, já estão com 14%. A colocação do produto no mercado externo reflete também no bolso do produtor. De 2004 a 2014, a renda média anual dos produtores aumentou US$ 7.560.

Enquanto isso, a Secex (Secretaria de Comércio Exterior) indicou que as importações brasileiras de leite e de derivados cresceram 186% no mês passado, em relação a igual período de 2015, atingindo US$ 53,8 milhões. No acumulado do ano, somam US$ 310,4 milhões, 62% mais do que as de janeiro a setembro de 2015. (As informações são do jornal Folha de São Paulo)

Retração no consumo 

A inflação arrefeceu, mas não o suficiente para estimular o consumidor a ampliar suas compras nos super e hipermercados. Ainda pressionado pelo medo de perder o emprego, e com a renda achatada, mantém hábitos adquiridos quando a recessão parecia mais aguda e a inflação, mais alta. O brasileiro continua buscando promoções, embalagens econômicas e mostra preferência pelo atacarejo. A retração do consumo atingiu o varejo em cheio, causando queda no volume de vendas em todas as categorias avaliadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em hipermercados e supermercados, as vendas de alimentos, bebidas e fumo registram queda de 2,9% neste ano, até julho. Em 12 meses, chega a retração chega a 3,1%. "O humor dos consumidores muda à medida que há melhora na perspectiva sobre a economia de 2017, com inflação mais baixa, redução da taxa básica de juros [Selic] e queda no nível do desemprego. Mas, efetivamente, não houve mudança significativa nos indicadores macroeconômicos", diz Maximiliano Bavaresco, sócio-diretor da Sonne Consultoria.

Embalagens econômicas
Nas categorias com embalagens maiores ou econômicas, as vendas crescem 25% neste ano, em relação a 2015, diz Arruiz. Fabricantes de detergentes para roupas, limpadores, papel higiênico, fraldas, leite em pó, achocolatados, refrigerantes e sucos estão entre as que mais exploram esse formato, afirma. Tiago Oliveira, gerente de soluções para lojistas da Kantar Worldpanel, diz que o aumento do consumo de marcas com posicionamento de preço inferior ao de marcas líderes se mantém. Ele cita como exemplos o aumento nas vendas de marcas como Seara, em carnes; Itambé, em leite; e Brilhante, em detergente para roupas.

Marcas próprias
As marcas próprias, com preços em média 40% mais baratos, continuam como aposta dos supermercados. Com o lançamento de 250 produtos da Prezunic, a Cencosud Brasil prevê um avanço de 88% nas vendas de marcas próprias este ano, sobre 2015, com destaque para itens como leite condensado, creme de leite, arroz e açúcar. (Supermercado Moderno)

Inadimplência 

A inadimplência do consumidor obteve alta de 4,7% em setembro de acordo com dados nacionais da Boa Vista SCPC, descontados efeitos sazonais. No entanto, no acumulado em 12 meses (entre outubro de 2015 e setembro de 2016 contra os 12 meses antecedentes) a inadimplência desacelerou 0,4 p.p. no mês, subindo 1,8% no período. Na avaliação contra o mesmo mês do ano anterior, setembro apresentou queda de 3,4%, enquanto no acumulado do ano houve alta de 0,5% frente ao mesmo período do ano anterior. Regionalmente, na análise acumulada em 12 meses, a maior elevação ocorreu no Norte (4,7%), seguida das regiões Nordeste (3,2%), Centro-Oeste (3,1%) e Sudeste (1,6%). Já a região Sul obteve queda de 1,0%. (Supermercado Moderno)
 

Alíquota zero sobre importação de milho vai até o final deste ano
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) prorrogou a alíquota zero para a importação de milho até 31 de dezembro deste ano. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (11). O limite de importação é de 1 milhão de toneladas. Os países do Mercosul já tinham alíquota zero. Mas os outros países pagavam 8%. São eles que podem se beneficiar agora da decisão da Camex. A medida deverá ajudar na importação para o abastecimento interno e regular o preço de mercado. A primeira isenção da alíquota de milho ocorreu em abril deste ano. (As informações são do Mapa)
 

 

Porto Alegre, 11 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.369

 

  2º Prêmio Sindilat de Jornalismo entra na reta final de inscrições

As inscrições para o 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo entram em sua reta final nesta segunda quinzena do mês de outubro. A iniciativa, que busca valorizar o trabalho da mídia focada no agronegócio e a produção de reportagens sobre o setor lácteo, recebe trabalhos até o dia 1º de novembro. A entrega da premiação será realizada durante a festa de fim de ano do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS, em 1º de dezembro, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre.

Serão quatro categorias premiadas: mídia impressa, mídia eletrônica, online e fotografia. Os trabalhos inscritos devem abordar os aspectos relacionados ao setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios, e serão avaliados por uma comissão julgadora composta por profissionais da área de comunicação social e por executivos representantes das instituições ligadas ao setor lácteo. Todos os materiais devem ter data de publicação/veiculação entre 01/12/2015 e 01/11/2016. Os três primeiros colocados nas quatro categoria receberão troféus e o grande vencedor de cada um delas um Iphone.

Para participar, basta enviar os trabalhos e a documentação necessária para o Sindilat por email (imprensasindilat@gmail.com) ou entregar em mãos na sede do Sindilat (Av Mauá, 2011/505 - Porto Alegre das 9:00h até as 18:00h) até o dia 1º de novembro de 2016. Além da produção (PDF para texto e foto, e link para vídeo/áudio e web), também devem ser anexados cópias de um documento de identidade, registro profissional e ficha de inscrição preenchida. Os trabalhos que não tiverem expressa identificação do autor deverão remeter um atestado de autenticidade. Os finalistas serão divulgados até o dia 21 de novembro.

O concurso tem caráter exclusivamente cultural, não está vinculado à compra de nenhum tipo de produto e não está subordinado ou vinculado a qualquer modalidade de sorte ou jogo, nem tampouco ao pagamento de qualquer valor, conforme a Lei 5.768 de 20/12/71 e o Decreto de Lei 70.951 de 09/08/72 (texto do Artigo 3º da Lei 5.768 de 20/12/71: "Independe de autorização, não se lhes aplicando o disposto nos artigos anteriores: I- a distribuição gratuita de prêmios mediante sorteio realizado diretamente por pessoa jurídica de direito público, nos limites de sua jurisdição, como meio auxiliar de fiscalização ou arrecadação de tributos de sua competência; II- a distribuição gratuita de prêmios em razão do resultado de concurso exclusivamente cultural, artístico, desportivo ou recreativo, não subordinado a qualquer modalidade de álea ou pagamento pelos concorrentes, nem vinculação destes ou dos contemplados à aquisição ou uso de qualquer bem, direito ou serviço"). Antes de efetuar a sua inscrição, leia atentamente o regulamento CLICANDO AQUI. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
  
 
Estado quer ação da Aliança Láctea contra importações 

 
Foto: Carolina Jardine

Reunidas na tarde desta segunda-feira na sede da Farsul, em Porto Alegre, lideranças do setor lácteo gaúcho alinharam as pautas que serão apresentadas na reunião da Aliança Láctea no dia 19 de outubro, em Curitiba (PR). Na lista de prioridades da cadeia produtiva está angariar apoio do Paraná e de Santa Catarina à reivindicação de limites às importações de produtos lácteos, principalmente do Uruguai. Coordenando a reunião, o presidente da Aliança Láctea, Jorge Rodrigues, informou que o trabalho de informação aos parlamentares e autoridades deve começar nos próximos dias, antes mesmo do encontro agendado para a próxima semana. 
 
Presente na reunião desta segunda-feira, o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, reforçou a urgência em se solucionar o impasse com o país vizinho sob pena de comprometer a saúde financeira de todo o setor produtivo. "Querem que o setor encaminhe um acordo privado com o Uruguai, mas precisamos é que o governo assuma a frente desse processo pelo bem de milhares de famílias que sobrevivem da atividade." Na pauta da Aliança Láctea também devem estar questões sanitárias que permitam a busca de uma uniformização das políticas de controle de brucelose e tuberculose dos três estados do Sul. "Hoje, soubemos que os três estados têm trabalhado nesta pauta e queremos criar um fluxo de informação que possa auxiliar a todos os membros", exemplificou Palharini. (Jornal do Comércio)
 
Setor de lácteos do Canadá prospera, enquanto ministro da Agricultura rejeita críticas dos EUA

A indústria de lácteos do Canadá tem mostrado ser um forte direcionador econômico, aumentando seu Produto Interno Bruto (PIB) de C$ 15,2 bilhões (US$ 11,55 bilhões) em 2009 para C$ 19,9 bilhões (US$ 15,12 bilhões) em 2015, de acordo com um novo relatório do Dairy Farmers of Canada chamado "Update on the Economic Impacts of the Dairy Industry in 2015". O relatório mostrou que o setor de lácteos do Canadá viu um aumento de 26% nas vendas de lácteos, um aumento de 29% na produção e um crescimento de 24% na atividade de processamento desde 2009 - direcionado em grande parte pela adição de 11.700 fazendas leiteiras desde 2009.

O aumento na atividade da indústria de lácteos dentro do Canadá significa que existem agora 221.000 empregos em período integral no país associados com a indústria de lácteos, um aumento de 3% desde 2013. Embora a indústria de lácteos tenha reduzido sua dependência do trabalho manual a nível de fazenda, o número de empregos a nível de processamento de produtos com valor agregado aumentou, mostrou o estudo.

O relatório recente citou que a indústria de lácteos está viva e bem em todas as províncias do Canadá, com Quebec e Ontário sendo os locais da maioria das fazendas leiteiras (5.766 e 3.834 operações leiteiras, respectivamente). Assim, Quebec e Ontário continuam liderando o país na produção de leite. Em particular, Ontário destaca-se principalmente por sua concentração de processadoras de lácteos. Como resultado, aproximadamente 46% dos impactos do processamento de lácteos estão nessa província, comparado com 32% dos impactos gerados pela produção.

O oposto ocorre em Quebec, onde 40% dos impactos da produção são gerados, comparado com 30% dos impactos do processamento. Isso é principalmente devido à concentração do setor de processamento e, em particular, o setor de processamento de lácteos em Ontário. Por exemplo, as vendas por companhias de processamento de lácteos em Ontário alcançaram C$ 7,6 bilhões (US$ 5,77 bilhões) em 2015, comparado com C$ 5,4 bilhões (US$ 4,10 bilhões) em Quebec. Em outras regiões, a produção respectiva e as participações no processamento são muito similares umas com as outras. O setor de lácteos do Canadá tem sido alvo de críticas, entretanto, especialmente dos Estados Unidos, que acreditam que o Canadá está violando acordos comercias por reduzir as importações de ingredientes lácteos dos Estados Unidos.

No começo desse mês, dois senadores dos Estados Unidos alegaram que a Estratégia Nacional de Ingredientes do Canadá e o programa de preços VI de Ontário violam oscompromissos comerciais que o país tinha com os Estados Unidos, encorajando os produtores de leite a comprar produtos lácteos locais ao invés de importados. Em resposta aos desafios legais dos grupos de lácteos internacionais, o ministro da Agricultura do Canadá, Lawrence MacAulay, disse que "não estava nem um pouco preocupado" e que nunca tinha se preocupado muito com ameaças em sua vida, em um evento à imprensa do Comitê de Agricultura e Silvicultura do Senado na semana passada.

A organização Dairy Farmers of Ontario também respondeu dizendo que sua estratégia de ingredientes estava em prática para direcionar o crescimento de valor agregado nos ingredientes lácteos para os mercados doméstico e de exportação, visando colocar o setor de lácteos do Canadá em uma posição mais competitiva. E foi o que aconteceu: a indústria de lácteos do Canadá contribuiu com aproximadamente C$ 3,6 bilhões (US$ 2,73 bilhões) em tarifas locais, provinciais e federais, provando ser um dos pilares da economia canadense. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 

Setor atacadista
A pesquisa mensal da ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados), apurada pela FIA (Fundação Instituto de Administração), mostrou crescimento do faturamento do setor atacadista distribuidor em termos reais (deflacionados). Houve crescimento de 1,91% em agosto, na comparação com julho. Em relação a agosto de 2015, houve ligeira alta de 0,19%. Mas, no acumulado do ano, de janeiro a agosto, o faturamento apresentou queda de -0,97% em relação ao mesmo período do ano passado. "A proximidade das festas de fim de ano e o arrefecimento da inflação vão contribuir para que o faturamento real do setor volte a ser positivo em 2016, ainda que seja um pequeno crescimento de 1%", afirma José do Egito Frota Lopes Filho, presidente da ABAD. (Supermercado Moderno)
 

 

Porto Alegre, 10 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.368

 

Programa Brasil Mais Produtivo é lançado no RS

O Programa Brasil Mais Produtivo foi lançado na última sexta-feira (7/10) pelo ministro da Indústria e Comércio, Marcos Pereira, na sede da Fiergs, em Porto Alegre. O programa tem o objetivo de aumentar a produção das pequenas e médias empresas em pelo menos 20%, como uma resposta rápida para o dilema da baixa produtividade da indústria brasileira. O ministro salientou que quatro setores foram escolhidos para participar do programa: moveleiro, confecções e calçados, alimentos e bebidas, e metalmecânico. O Sindicato da Indústria dos Laticínios do RS (Sindilat) participou do evento e foi representado por sua gerente administrativa Julia Bastiani.
 
Além do Rio Grande do Sul, o Brasil Mais Produtivo também já foi lançado no Ceará, Goiás, Maranhão, Bahia, Acre, Rondônia, Santa Catarina, Espírito Santo e Amazonas. O foco do programa é avaliar a cadeira produtiva das empresas e sugerir mudanças para redução de sete tipos de desperdícios mais comuns: superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos.
 
Para participar, é preciso ter entre 11 e 200 funcionários e arcar com uma contrapartida de R$ 3 mil, que pode ser financiada pelo BNDES. O programa tem um custo de R$ 18 mil, e os R$ 15 mil restantes são pagos pelo governo. As empresas interessadas devem acessar a página do Brasil Mais Produtivo (www.brasilmaisprodutivo.gov.br) e completar o cadastro. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
  
Sindilat apoia evento da UFRGS

 

Pelo segundo ano consecutivo, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) foi apoiador do 4º Simpósio da Ciência do Agronegócio, nos dias 06 e 07 de outubro, na Faculdade de Agronomia da UFRGS. O evento é organizado pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Agronegócios (Cepan) e tem como objetivo incentivar a construção de alianças para a inovação e a sustentabilidade no agronegócio.

Sete pesquisadores e empreendedores debateram sobre o agronegócio no contexto urbano, suas implicações sociais, econômicas e ambientais. No intervalo das palestras, o Sindilat promoveu o Milk Break, momento em que os participantes puderam degustar leite e seus derivados. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Varejo obtém margem bruta recorde na venda de leite UHT

O ano de 2016 tem sido marcado por uma grande variação nos preços de lácteos. Mesmo com a economia em crise, a forte queda na produção de leite em 2016 (no primeiro semestre, a redução foi de 6,4% x o 1º semestre de 2015) fez com que os preços em todos os elos apresentassem altas expressivas. 

Entre os derivados, o produto que apresentou maior variação de preços foi o leite UHT que, segundo dados do MilkPoint Mercado, chegou a ser vendido pela indústria para o varejo próximo aos R$4/litro.

No entanto, os altos preços tiveram seu reflexo no consumo: com o repasse de preços do varejo para o consumidor, empresas reportaram uma forte diminuição nas vendas, o que fez com que rapidamente os preços despencassem. Se antes os varejistas se esforçavam para conseguir o volume que precisavam a quase R$4/litro, agora já há diversas negociações na casa de R$2/litro e muitos laticínios já começaram a aceitar valores até abaixo de R$2/litro. 

Como muitas vezes ocorre nessa queda de braços entre indústria e varejo, mesmo com a forte queda nos preços recebidos pela indústria, o setor varejista conseguiu segurar preços: em setembro, a queda do leite UHT no varejo foi de 12%, muito menor do que o recuo dos preços no atacado, que tiveram queda de 24,4% no mesmo mês, em sequência à queda de 22,5% já ocorrida em agosto.

Com a forte mudança no cenário e a capacidade do varejo em segurar a queda ao consumidor, em apenas três meses este elo saiu de sua menor participação (analisando os dados a partir de 2004) nas margens brutas de leite UHT em junho (6,8%) para a maior participação nas margens brutas de leite UHT em setembro (38,3% do valor final do produto).

Já a indústria, por sua vez, teve sua participação reduzida de 55,7% em junho para 17,5% do valor final do UHT em setembro, enquanto a participação do produtor oscilou de forma menos expressiva: saiu de 37,5% para 44,2%. Porém, em função da queda nos preços pagos ao produtor nos últimos 30 dias, sua participação já está diminuindo, com alguma recuperação por parte da indústria. "Apesar dos números ainda não indicarem isso em função da defasagem entre o que ocorre no mercado e a consolidação dos dados, o fato é inequívoco: o produtor está tendo redução na fatia porcentual, além de queda no valor absoluto", diz Marcelo P. Carvalho, CEO da AgriPoint. 

O gráfico 1 a seguir apresenta as informações citadas:

Gráfico 1 - Distribuição das margens do leite UHT por elo (em %).

 

Ao analisarmos os dados em valor, podemos ver que a tendência também foi muito semelhante: como a queda do preço do leite UHT no varejo foi menor que no atacado, mesmo com a redução nos valores do produto ao consumidor, o varejo ainda conseguiu aumentar sua margem bruta, chegando a R$1,42/litro, contra R$0,65/litro de margem da indústria em setembro. Importante salientar que tais valores são brutos, ou seja, não consideram os custos de cada elo.

"É interessante notar que os momentos de melhor remuneração do produtor coincidiram com margens elevadas também para a indústria", constata Marcelo.

Gráfico 2 - Distribuição das margens do leite UHT por elo (em R$/litro).

 

Resta saber quando o varejo reduzirá os preços, estimulando o consumo em um momento de elevação da oferta, seja pela recuperação da produção interna, seja pelas importações recordes de leite em pó. (MilkPoint)

Exportações de lácteos dos Estados Unidos vai para o Território Positivo

Recordes de vendas de leite em pó para o México e soro de leite em pó para a China abrem o caminho. As exportações norte americanas, em agosto, atingiram US$ 402 milhões, aumento de 3% em relação ao mesmo mês de 2015 e é o primeiro incremento na comparação ano sobre ano, em mais de dois anos.

Em volume, as exportações representaram 172.764 toneladas de leites em pó, queijos, manteiga, soro e lactose durante o mês, 23% mais em relação ao mesmo mês do ano passado, e a maior quantidade desde maio de 2015. As vendas para o México foram de US$ 119,5 milhões, 31% mais que no mesmo mês de 2015. As exportações de leite em pó para o México atingiram o recorde em volume, 32.883 toneladas, 80% a mais que no último ano. As remessas de soro de leite para China foram mais que o dobro que os níveis de agosto de 2015, e representaram 45% dos embarques de soro de leite dos Estados Unidos para o exterior. O volume de soro de leite em pó foi o mais elevado desde maio de 2015, quando houve o recorde vendas (9.308 toneladas). (USDEC - Tradução livre: Terra Viva)
 

 
Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebe, até o dia 11 de novembro, sugestões à proposta que regulamenta a declaração obrigatória sobre a presença de lactose nos rótulos de alimentos. O objetivo da medida é alertar pessoas que têm dieta que restringe essa substância. (Jornal do Comércio)


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Porto Alegre, 07 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.367

 

Governo revisará situação das importações do Uruguai


Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Depois de uma tarde de discussões acaloradas sobre as dificuldades enfrentadas pelo setor lácteo brasileiro nesta sexta-feira (7/10) na Comissão de Agricultura do Senado, em Brasília, representantes dos ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores ficaram de buscar alternativas que ajudem a corrigir possíveis distorções na relação de compra do leite uruguaio. Nas próximas semanas, o governo federal deve checar os números de importação de lácteos daquele país na busca de um acordo que prime pelo bom senso, uma vez que, segundo os produtores, as exportações anteriormente direcionadas à Venezuela vêm sendo escoadas ao mercado brasileiro.  "A indústria é favorável ao Mercosul, mas nós precisamos de cotas para não sermos surpreendidos com altos índices de leite no mercado nacional que derrubam o preço e inviabilizam a atividade. Precisamos de uma ação do governo nem que seja com a compra de parte da produção ou incentivos fiscais", sugeriu o presidente do Sindilat e do Conseleite, Alexandre Guerra. A sugestão do Sindilat é, de imediato, adotar monitoramento do mercado de forma a equilibrar a importação de leite, fixar cotas para o Uruguai  e trabalhar na desoneração de máquinas e equipamentos para uso dos produtores e da indústria.
Ao lado do setor, a senadora e presidente da comissão, Ana Amélia Lemos, reforçou o coro como forma de proteger milhares de pequenos produtores que vivem do leite no país. "O problema é mais complexo do que imaginávamos porque envolve regras internacionais, custo de produção e questões sociais". Entre as hipóteses em análise está a criação de cotas para o leite do Prata, o que não é bem visto pelo Ministério das Relações Exteriores, que teme retaliações. "Temos que pensar que talvez eles também queiram fechar outros mercados para o Brasil", alertou o diretor do Departamento do Mercosul, Otávio Brandelli. Contudo, é preciso avaliar que há produtos na pauta de exportação brasileira que não têm livre acesso ao mercado Uruguaio como se gostaria, como a carne de franco, por exemplo.
Outra demanda defendida pelos produtores e que deve, agora, ganhar apoio do Senado, é a revisão da Instrução Normativa (IN) nº 26, que autoriza os laticínios da região da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) a reconstituir leite em pó para a produção de leite longa vida (UHT) e leite pasteurizado. Presente ao encontro, o vice-presidente da Fetag, Nestor Bonfanti, cobrou um encaminhamento que traga efeito e que seja viável para resolver a questão do leite gaúcho. "Os agricultores estão nervosos e precisam de tranquilidade para investir na produção. Precisamos que as autoridades pensem com muito carinho", conclamou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Balança comercial de lácteos: importações em equivalente-leite têm recorde no ano

Em setembro, a balança comercial do setor lácteo prosseguiu em queda, representando déficit em volume de mais de 22 mil toneladas, redução de 13,2% sobre o déficit apresentado em agosto/16. O saldo da balança de lácteos foi de US$57,2 milhões negativos.

 
Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto.

 
O volume de exportação de lácteos foi maior em 9,9% que o mês anterior, e o valor, 15,9% maior. Contudo, quando comparado a este mesmo período de 2015, o volume é 25,3% inferior, visto que em agosto de 2015 foi representado por 9,42 mil toneladas ante as 7,03 mil toneladas atuais. Referente às importações, o volume foi elevado em 12,4%, resultando em 29,13 mil toneladas. O valor, também superior ao último mês, foi de US$80,9 milhões. O leite em pó integral teve volume importado de 14,9 mil toneladas em setembro (22,1% superior ao mês de agosto); 4,8 mil toneladas de leite em pó desnatado (9,5% x agosto); 2,7 mil toneladas de soro de leite (volume 23,6% inferior em relação a agosto, e 146,4% superior que setembro de 2015) e 4,8 mil toneladas de queijos (10,8% x agosto).

As importações de leite em pó tiveram principal origem no Uruguai, totalizando 12,2 mil toneladas em setembro, e na Argentina, que enviou pouco mais que 6 mil toneladas. Chile e Estados Unidos, com representações menores, também enviaram leite em pó ao Brasil neste mês, sendo as quantidades de 625 toneladas e 859,6 toneladas, respectivamente. Ao analisar as quantidades em equivalente-leite (o quanto de leite é utilizado para fabricar cada produto), a quantidade importada foi de 224,9 milhões de litros em setembro, superior em 16,7% em relação a agosto. No comparativo com setembro de 2015, o aumento nas importações em equivalente-leite é de 170%.

As exportações em equivalente-leite também foram maiores em setembro do que no último mês, com volume de 43,3 milhões de litros (9,1% x agosto). Entretanto, quando comparado a este mesmo período de 2015, o volume total é ainda muito inferior, sendo 34,10% abaixo. Seguindo em atenuação, o saldo da balança comercial de lácteos para setembro de 2016 foi negativo em 183,16 milhões de litros, cerca de 30 milhões a menos que o mês anterior. Até o mês vigente, o ano de 2016 apresentou déficit na balança comercial de lácteos representado por 1,18 bilhões de litros. (Fonte: MDIC/Milkpoint)

Reino Unido/2016: produção de leite deverá cair em 1 bilhão de litros

O volume de leite produzido nas fazendas leiteiras do Reino Unido deverá cair em um bilhão de litros em 2016, de acordo com o UK Dairy Group. A oferta de leite do Reino Unido vem caindo a uma taxa consistente de 6-7% por mês desde abril, disse o grupo, e isso não tem dado sinais de que vai parar. As captações de leite em setembro deverão ser de 1,08 milhão de litros - que é 7,5% a menos que no mesmo mês de 2015.

Ao mesmo tempo, o grupo também mostrou que o volume geral de leite captado na União Europeia (UE) está caindo, com as captações de julho caindo 1,4% enquanto a produção da Nova Zelândia está caindo cerca de 1,7% por mês. Entretanto, a redução vista na UE e na Nova Zelândia vem em um período quando o volume de leite produzido nas fazendas dos Estados Unidos tem aumentado - com as captações crescendo 2% em agosto.

De acordo com o Dairy Group, os mercados continuarão firmes até que o declínio na oferta chegue ao final, o que significa que os preços equivalentes do Reino Unido precisam aumentar para 0,30 libras esterlinas (US$ 0,38) por litro para que os produtores possam ter esperanças de reparar seus negócios prejudicados. Como resultado, o grupo está prevendo que o preço do leite no Reino Unido alcançará 0,26 libras esterlinas (US$ 0,33) por litro em janeiro de 2017 e 0,30 libras esterlinas (US$ 0,38) por litro em abril de 2017.

O porta-voz do Dairy Group, Nick Holt-Martyn, disse que há um atraso natural entre as melhoras no mercado e as mudanças no preço ao produtor. Esse atraso ocorre, disse ele, à medida que leva tempo para as tendências claras de mercado se estabelecerem e para fluírem em toda a cadeia de fornecimento. Embora seja difícil saber exatamente de quanto tempo será esse atraso, a avaliação dos últimos cinco anos sugere um atraso de 3-5 meses. 

Várias importantes companhias de lácteos do Reino Unido agiram para aumentar o preço do leite ao produtor em outubro. Companhias como Dairy Crest, Arla Fodos e First Milk aumentaram o preço do leite em outubro pago a seus fornecedores entre 1 a 2 centavos de libra (1,28 a 2,57 centavos de dólar) por litro, após alguma recuperação no mercado de lácteos.

A Dairy Crest anunciou um aumento de 1,5 centavos de libra (1,93 centavos de dólar) por litro, que será feito gradativamente em dois meses a partir de 1 de outubro. Um aumento de 1 centavo de libra (1,28 centavo de dólar) por litro entrou em efeito em 1 de outubro e mais um aumento de 0,5 centavo de libra (0,64 centavo de dólar) por litro será aplicado em 1 de novembro.

Outra companhia de lácteos britânica, a First Milk, também anunciou que aumentaria o preço do leite pago aos fornecedores durante o mês de outubro em 2 centavos de libra (2,57 centavos de dólar) por litro, tornando esse o maior aumento mensal desde 2007. Além disso, a Arla Foods também anunciou que aumentaria seu preço do leite em outubro em 2 centavos de libra (2,57 centavos de dólar) por litro.
Em 04/10/16 - 1 Libra Esterlina = US$ 1,28886 
0,77573 Libra Esterlina = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do http://www.agriland.ie, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Indústria reage em setembro e sinaliza expansão no 4º tri

A forte queda da produção industrial em agosto parece não ter revertido a tendência de recuperação lenta do setor. Para economistas, os primeiros dados divulgados de setembro indicam que a atividade nas fábricas voltou ao terreno positivo no período, ainda que em magnitude insuficiente para compensar o tombo de 3,8% ocorrido no oitavo mês do ano. Como a retração foi forte, piorou a percepção sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, mas o "efeito rebote" pode provocar crescimento da atividade nos últimos três meses de 2016. A produção de automóveis aumentou 14,1% de agosto para setembro, depois de ter recuado 15,2% no mês anterior. Os cálculos baseiam-¬se em números divulgados pela Anfavea, dessazonalizados pela MCM Consultores. Segundo dados divulgados ontem pela entidade que reúne as montadoras de veículos, a produção do setor caiu 3,9% de agosto para o mês passado. A própria Anfavea, porém, salienta que o desempenho caminha para a estabilidade, mas fatores pontuais têm provocado variações inesperadas.

 Entre eles, a entidade ressalta o menor número de dias úteis em setembro e a dificuldade dos consumidores em conseguir financiamento de veículos novos em razão da greve dos bancos. Tendo como uma das bases o desempenho do setor automotivo, A MCM espera, ainda de forma preliminar, alta de 0,6% da produção industrial total na passagem mensal. "A indústria vai continuar seu processo de retomada lenta", afirma o economista Leandro Padulla, para quem o setor vai voltar a crescer no último trimestre do ano. Entre julho a setembro, Padulla estima redução de 0,8% do PIB industrial, desempenho em grande parte explicado pelos problemas pontuais da indústria automobilística, que teve paralisações acima da média em agosto. Em função disso, o economistas reviu ligeiramente sua projeção para a queda do PIB total no terceiro trimestre, de cerca de 0,5% para 0,7%. Nos próximos meses, porém, a atividade do setor manufatureiro, deve seguir melhorando, afirma ele, devido à continuidade da normalização da produção pelas montadoras. Além da volta à normalidade nas fábricas de automóveis, a recomposição de estoques, principalmente nos fabricantes de bens intermediários, e a reação da confiança do empresariado são outros fatores que devem ajudar a indústria nos últimos três meses do ano, avalia Padulla. Em seu cenário, a trajetória um pouco melhor do setor deve levar o PIB a avançar 0,2% no último trimestre de 2016. Outro importante indicador antecedente do comportamento da produção, as vendas de papelão ondulado encerraram setembro em nível pouco inferior ao de igual mês de 2015, na avaliação de Gabriella Michelucci, presidente da associação que reúne empresas do setor (ABPO). Os dados ainda não foram divulgados.

Em relação a agosto, a expectativa é de queda de cerca de 2%, afirma Gabriella, mas a redução não é vista como piora do desempenho. "Não estamos virando a economia do avesso positivamente, mas deixamos de ter perdas importantes", diz a executiva, também diretora de papelão ondulado da Klabin. Apesar da queda no último mês, a ABPO projeta alta de 0,7% nas vendas no terceiro trimestre, na comparação com igual período do ano passado. "O setor de papelão ondulado consolidou um início de recuperação em agosto", avalia a presidente da associação, trajetória que credita principalmente ao ajuste de estoques na indústria. As embalagens, explica ela, são produtos com um giro alto e entrega diária. Por isso, quando as fábricas diminuem o volume de mercadorias paradas e precisam voltar a produzir mais, o segmento de papelão ondulado é um dos primeiros a perceber a retomada.

Para os últimos três meses do ano, Gabriella trabalha com recuo próximo de 1% da expedição de papelão ante igual intervalo do ano anterior, mas também não vê a perspectiva como um resultado ruim, já que o último trimestre do ano passado foi também de recuperação para o setor. Na média de 2016, a expectativa é de queda entre 1% e 1,5%, depois de redução de 2,8% em 2015. "A percepção é que paramos de cair para crescer em 2017." Os dados de importação também sinalizam continuidade no processo de retomada de produção industrial. Setembro foi o segundo mês consecutivo com forte desaceleração na queda de importação de bens intermediários. De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), a importação de intermediários caiu 2,3% em setembro. No mês anterior o recuo foi de 0,5%, sempre na comparação com igual período de 2015, pelo critério da média diária. Apesar de ainda não terem migrado para o campo positivo, as variações representam quedas bem mais amenas que as do decorrer no ano. No acumulado até setembro, a queda na importação de intermediários foi de 20,1%. No primeiro quadrimestre do ano, a importação dessa classe de produtos recuou 30,2%. Rafael Cagnin, economista do Instituto de Estudos do Desenvolvimento Industrial, (Iedi), diz que as quedas bem mais amenas nos desembarques de insumos pela indústria podem indicar retomada de produção, sinalizando que o pior momento ficou para trás. Ele pondera, porém, que há influência de outros fatores, como o real mais valorizado perante o dólar, que estimula as compras do exterior e arrefece o fenômeno da substituição de importações em curso desde o início do ano. Por enquanto, diz Cagnin, é difícil avaliar qual componente tem pesado mais. 

A confiança, ressalta Tabi Thuler Santos, coordenadora da sondagem da Fundação Getulio Vargas (FGV), é outro dado que também melhorou em setembro, ao avançar 2,1% no mês passado, para 88,2 pontos, melhor nível desde julho de 2014. "Esperamos que a indústria retome a trajetória observada desde março, de quedas na comparação anual cada vez menores e taxas mensais com pequenos avanços". A preocupação, agora, é com a resposta da demanda interna, especialmente diante dos sinais de que o setor externo está impulsionando mesmo a atividade industrial, dada a valorização recente do câmbio. Segundo Tabi, há inclusive evidências de exportadores que estão reduzindo sua margem de lucro para continuar a vender para o exterior e não perder o cliente, já que a demanda doméstica ainda é insuficiente. Nesse cenário, o risco de volta de acúmulo de estoques pelo varejo existe, afirma. Por enquanto, diz, a indústria continua a reduzir suas mercadorias paradas, mas a recuperação do setor só será mais forte quando a demanda interna der sinais claros de reação, o que tende a acontecer apenas a partir do ano que vem, caso as reformas sejam aprovadas.

Cagnin, do Iedi, tem preocupação semelhante. Ele alerta para a perda de fôlego que já aparece nos números de exportação exatamente em razão da apreciação da moeda nacional nos últimos meses. Em agosto o volume de exportação de manufaturados cresceu 25% contra mesmo mês de 2015. No acumulado até o mês a alta foi de 9,1%. Cagnin lembra, porém, que fatos pontuais contribuíram para a aceleração do quantum embarcado em agosto. Entre eles a exportação de aeronaves, que mais que dobrou no mês em relação a igual período do ano passado. Nas comparações trimestrais, destaca Cagnin, o volume embarcado de manufaturados cresceu 12,3% de janeiro a março. No segundo trimestre a alta caiu para 9,2%. No último trimestre de 2015 a alta foi de 13,7%, compara o economista do Iedi, sempre contra igual trimestre do ano anterior. "O câmbio perde o efeito dinamizador da exportação", avalia Cagnin. Ao mesmo tempo a economia doméstica ainda não mostra sinais de que existirá demanda para uma produção que pode não ir mais para o mercado externo. Ele diz, porém, que não é caso de se falar de um quadro "catastrófico" e sim de acompanhar os indicadores dos próximos meses com atenção. De qualquer forma, estima, a expectativa é de que as variações de quantum exportado de manufaturados até o fim do ano continuem positivas, embora em desaceleração e caminhando para a estabilidade. (Valor Econômico)

 

 

Hábitos nutricionais 
Realizada com 30 mil pessoas em 63 países, a pesquisa mostra que o consumidor cada vez mais modifica seus hábitos nutricionais por sensibilidades alimentares, alergias e desejo de se manter saudável. Cerca de 30% dos entrevistados no Brasil dizem que alguém em casa sofre algum tipo de alergia ou intolerância, sendo que lactose, produtos lácteos, frutos do mar e trigo são os mais citados. Por outro lado, 31% adotam uma alimentação com baixo teor de gordura; 28% consomem açúcar com moderação e 22% preferem produtos com baixo teor de sódio. Entre os itens que mais eles tentam incluir no cardápio diário estão aves (62%), grãos e orgânicos (57% cada) e ovos (56%). Os brasileiros também apontaram os alimentos que tentam excluir da alimentação: itens de origem animal com antibióticos e hormônios (61%); com sódio (55%); com gorduras saturadas ou trans, além de acondicionados em embalagens BPA (54% cada). O BPA é o Bisfenol A, um composto utilizado na fabricação de policarbonato, um tipo de resina usada na produção da maioria dos plásticos. Convencido de que a alimentação caseira é mais saudável (80% dos entrevistados), o brasileiro espera encontrar nos supermercados produtos com atributos específicos: 68% gostaria de produtos 100% naturais; 56% com baixo teor ou sem gordura; 54% com baixo teor ou sem açúcar;  52% orgânicos;  e 52% com baixo teor de sódio. (Fonte: Supermercado Moderno)
 

 

Porto Alegre, 06 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.366

 

Rabobank prevê que leite em pó integral chegará a US$ 3.300 no começo de 2017

Os preços do leite em pó integral começarão 2017 acima de US$ 3.000 por tonelada, enquanto no segundo trimestre poderão subir para US$ 3.300 por tonelada graças a uma oferta que será inferior à demanda, previu a analista do Rabobank, Emma Higgins. No último leilão da plataforma Global Dairy Trade, o preço médio do leite em pó integral caiu levemente, para US$ 2.782 por tonelada.

Higgins projetou um valor de leite em pó integral acima de US$ 3.300 no segundo trimestre de 2017 e de US$ 3.400 por tonelada no quarto trimestre, segundo publicou o Blasina y Asociados. Com uma demanda interna firme (nos Estados Unidos e na União Europeia), os saldos das exportações caíram. Os preços estão melhorando no mercado e também a nível de produtor - afirmou outro relatório do Rabobank citado pelo Instituto Nacional do Leite (Inale) do Uruguai.

A recuperação dos preços que vem sendo observada está impulsionada por uma queda da oferta mais do que pela melhora da demanda. Os aumentos dos preços estimados serão modestos devido à demanda global que está fraca, além de persistirem estoques significativos (queijo e manteiga nos Estados Unidos; leite em pó na UE). (As informações são do El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint)  

 
 
Novacki defende ampliação do comércio entre Japão e Mercosul; lácteos entrarão na pauta de negociação

O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eumar Novacki, defendeu o aumento do comércio entre Brasil e Japão e uma maior participação do país asiático no Mercosul. A posição foi manifestada pelo secretário-executivo nesta quarta-feira (5), durante a XIX Reunião Conjunta do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, em Tóquio. Novacki disse que a balança comercial entre Brasil e Japão é equilibrada, mas pode avançar muito mais. Ele pretende negociar com os japoneses a abertura da exportação da carne bovina termoprocessada brasileira e, futuramente, da carne in natura. Outros produtos que devem entrar na pauta de negociação, durante a visita ao Japão, são lácteos e frutas. Para Novacki, não há problema em o Brasil abrir espaço para importar carnes da raça wagyu do mercado japonês. A reunião do comitê bilateral foi mediada pelo coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas, o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues. Durante os debates também foram abordados temas como recursos naturais, energia e meio ambiente. 

Energia renovável
Novacki afirmou que o Brasil é referência mundial em fontes renováveis de energia. Acrescentou que são necessárias mudanças na matriz energética mundial para garantir um menor índice de poluição e aumentar a preservação ambiental. Nesse contexto, segundo ele, o país tem feito o seu dever de casa. O secretário-executivo do Mapa reafirmou a preocupação do Brasil com o meio ambiente. Destacou dados apresentados em Roma, durante a reunião de ministros na Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), na última segunda-feira (3), que demonstram que 61% do território brasileiro se mantém preservado com florestas nativas. De acordo com Novacki, o sistema produtivo brasileiro atua de forma responsável, utilizando tecnologia e inovação para garantir maior produtividade, o que também contribui para preservar o meio ambiente. "O mundo discute segurança alimentar e sustentabilidade, e o Brasil tem o que mostrar nessas duas áreas." Além da questão ambiental, Novacki salientou que o produtor brasileiro tem se preocupado com a responsabilidade social. "Produzimos com consciência social. Os nossos agricultores querem banir o trabalho escravo e o trabalho infantil." (As informações são do Mapa)

 
Lagarde: Brasil está se movendo positivamente com reformas fiscais

A diretora¬gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, avaliou que o Brasil está se movendo positivamente ao propor reformas no campo fiscal. "Em termos de tendências, nós vemos um país muito grande na América Latina se movendo em território positivo, em oposição à contração que observamos no Brasil", disse Lagarde ao apresentar a agenda global de políticas do FMI, nessa quinta¬feira. "Nós vemos também discussões atuais sobre políticas fiscais, incluindo reformas estruturas que irão, na nossa visão, levar o país a um território mais estável e mais próspero", destacou. A diretora-gerente ressaltou que o Brasil tem uma grande representação na economia da América Latina, sendo o país que pode contribuir para fazê¬la crescer. "A América Latina está em recessão como um todo, em menos 0,6% de acordo com nossas previsões", disse Lagarde, ressaltando que isso ocorre porque países grandes da região, como o Brasil e Venezuela, estão vivendo contrações em suas economias. "O Brasil pode arrumar o seu conjunto de políticas. Restaurar a estabilidade seria um grande negócio para o país", enfatizou. O FMI prevê que o Brasil vai sofrer uma queda de 3,3% do Produto Interno Brito (PIB), neste ano, e deverá crescer apenas 0,5%, em 2017. Já o Banco Mundial projetou queda de 3,2%, em 2016, e crescimento de 1,1% no ano que vem. Lagarde justificou que a previsão de crescimento do Brasil do FMI está diferente da perspectiva do Banco Mundial porque as instituições utilizam metodologias diferentes. "Por isso temos essa variação entre as nossas previsões e as deles." O FMI e o Banco Mundial realizam a sua reunião anual nesta semana em Washington. (Valor Econômico)

Workshop 

A Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100) realiza em conjunto com a Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV) e a Embrapa Gado de Leite - CNPGL, no dia 20 de outubro, em Juiz de Fora, Minas Gerais, mais um workshop voltado a levar informação e capacitação aos técnicos das indústrias de laticínios que trabalham na cadeia do leite, do produtor até à plataforma do laticínio.

Serão apresentados os elementos da integridade, segurança e qualidade do leite. Segundo o diretor executivo do G100, Wilson Massote, o objetivo é capacitar as pessoas a conhecer todas as propriedades biológicas e físico-químicas do leite. "É preciso entender a influência que ocorre no leite quanto às condições da alimentação do animal, clima, espaço, transporte, recepção e regulamentações a que é submetido desde a produção até a sua chegada no laticínio", explica.
Massote ressalta a importância da participação das indústrias localizadas em Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo em mais essa etapa de informações sobre a produção de leite. "Serão discutidos no evento temas de alta relevância para a cadeia leiteira", ressalta. O workshop ocorre no Centro de Eventos do Hotel Ritz Plaza, entre 14h e 18h30min, e se destina aos técnicos que interagem com o produto da ordenha até o laticínio, além dos agentes públicos reguladores, pesquisadores e estudantes. Mais informações e inscrições podem ser obtidas no site www.g100.org.br. (AgroEffective)

Rejeição 

Filas e falta de competitividade são as principais razões para o shopper não frequentar uma loja, independentemente do formato, segundo estudo divulgado recentemente pela Kantar Worldpanel, com dados do primeiro semestre de 2016. No hipermercado, o segundo fator de rejeição é sujeira, enquanto no atacarejo é ruptura. Já nos supermercados e no varejo tradicional, essa posição é ocupada por experiência ruim na loja (serviço, lotação, bagunça). Apesar da crise econômica, o primeiro motivo que leva o brasileiro a escolher um estabelecimento não é preço. Os atributos variam conforme o formato e, portanto, a "missão" do shopper com aquela compra (abastecimento, reposição etc). Tanto no hipermercado quanto no cash & carry o estacionamento é a fator mais citado devido às compras serem maiores. Na sequência, vêm sortimento (nos hiper) e preço, no caso do atacarejo.

Marca é a primeira razão para o shopper escolher uma loja de supermercado, enquanto num varejo tradicional prevalece a confiança. Em ambos, o segundo critério de escolha é o estacionamento. Convém lembrar que esses são formatos voltados principalmente à compra de conveniência. O estudo da Kantar Worlpanel também identificou que algumas categorias estão presentes na cesta do shopper em mais de uma missão de compra. A cerveja, por exemplo, está mais presente quando o objetivo do consumidor é reposição. Nesse caso, a penetração da categoria é de 48,5%. Na compra de abastecimento, a bebida está presente em 41,4% dos casos, na de proximidade em 35,3% e, quando há uma necessidade específica, 6,8%. (Supermercado Moderno)

 

Sindilat sugere cota ao Uruguai
O impacto da importação de lácteos do Uruguai no mercado brasileiro será debatido nesta sexta-feira em audiência pública da Comissão de Agricultura do Senado. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, que ontem tratou do tema com a senadora Ana Amélia Lemos, sugere a criação de cotas pré-determinadas, que poderiam ser acionadas quando houvesse falta de leite no mercado brasileiro (Correio do Povo)
 

 

Porto Alegre, 05 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.365

 

  Audiência no Senado tratará de importação de leite do Uruguai

Os danos que a importação de leite do Uruguai vêm trazendo ao mercado brasileiro serão alvo de audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado nesta sexta-feira (7/10) a partir das 14h. O assunto foi tratado durante reunião nesta terça-feira (4/10) entre a senadora e presidente da Comissão, Ana Amélia Lemos, e o presidente do Sindilat e do Conseleite/RS, Alexandre Guerra, que esteve em Brasília para tratar do tema.  A ideia, segundo a senadora, é convidar lideranças do setor e representantes do governo para debater o tema e encontrar uma alternativa que ajude o setor lácteo. É esperado a participação de representantes do Ministério da Agricultura, do Ministério de Relações Exteriores, Sindilat e Aliança Láctea Sul-Brasileira e Fetag.

Guerra alerta que é preciso achar uma equação para esse problema o mais rápido possível uma vez que a concorrência desleal com o produto uruguaio está impondo uma realidade muito dura ao setor lácteo brasileiro e, principalmente, ao gaúcho devido à proximidade. Uma medida enérgica, sugere Guerra, seria a criação de cotas pré determinadas que poderiam ser acionadas por um gatilho de mercado exclusivamente quando houvesse falta de leite no mercado brasileiro.  "Não somos contra a importação, o que queremos é saber quanto vai entrar para não criar desequilíbrios", pontuou, lembrando que há mais de 105 mil famílias produtoras de leite no RS, entre 850 mil em todo o país.
O Brasil importou 153,38 milhões de quilos de produtos lácteos nos primeiros oito meses de 2016, um aumento de quase 80% em relação ao mesmo período no ano anterior. Enquanto isso, as exportações de lácteos do Brasil para o mercado externo foram bem menores. Nos primeiros oito meses de 2015, o país exportou 45,19 milhões de quilos, enquanto nos primeiros oito meses deste ano o volume exportado foi de 32,25 milhões de quilos, uma queda de quase 30%. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
  
 
Sindilat entrega demandas ao Agro+ Gaúcho 

Na tentativa de reduzir a burocracia que envolve o agronegócio gaúcho, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, entregou à Secretaria da Agricultura (Seapi), nesta quarta-feira (5/10), relatório com alguns gargalos a serem solucionados pelo programa Agro + Gaúcho. As demandas da indústria de laticínios gaúcha incluem a padronização de procedimentos de inspeção e fiscalização de instalações, além do cumprimento de prazos para autorização de reformas e ampliações de instalações nas indústrias. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, acredita que é necessário simplificar as operações para que o desenvolvimento no setor avance. "Podemos utilizar as notas fiscais de entrada em substituição das do produtor, por exemplo. Isso daria velocidade, redução de despesas e manteria a legalidade fiscal das indústrias, produtos e municípios", diz.
 
A lista do Sindilat ainda inclui a normatização de uso do transvase, sistema popularmente conhecido como Romeu e Julieta, que permite uso de dois tanques acoplados a um caminhão. A prática está prevista na Lei do Leite, mas ainda precisa de regulamentação. As indústrias também pleiteiam a padronização de procedimentos e cumprimento de prazos para autorização de rotulagens e a revisão dos padrões de CCS e CBT do leite previstos na IN 62. O sindicato também pede autorização para processamento de leite fisiologicamente anormal (Portaria 005 de 1983). (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Governo do Uruguai confirma aumento do preço do leite ao consumidor

O ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai, Tabaré Aguerre, confirmou que o Governo decidiu ajustar em 1 peso (US$ 0,03) por litro o leite fresco comum (único que é tarifado no país) - contemplando a reclamação dos produtores de leite que pediam um aumento de 2 pesos (US$ 0,06) por litro. Ainda não está determinada a data do ajuste, mas, certamente, ocorrerá logo no início desde mês de outubro. O leite comum ou leite cota não tinham ajustem de preços desde março de 2015 e o parâmetro utilizado para calcular seu valor até agora não contemplava a inflação. "Mudou-se a paramétrica e agora subiu em 1 peso (US$ 0,03) por litro", disse o presidente da Sociedade de Produtores de Leite da Flórida, Horacio Rodríguez, que disse que o compromisso de Aguerre é de que possivelmente em 1 de março volte a subir o preço em mais 1 peso (US$ 0,03) por litro.

Na quarta-feira passada, reunidas em Florida, associações de produtores de leite respaldaram essa atitude do ministro. Por meio de um comunicado, as associações lembraram que o leite cota não aumenta desde março de 2015 e os aumentos de 2008 em diante sempre estiveram abaixo da inflação. Além disso, disseram que o leite ao público é "o mais barato da América Latina". Atualmente, o preço é de 20 pesos (US$ 0,69) por litro, de forma que, com o ajuste, ficará em 21 pesos (US$ 0,72). Rodríguez disse que o que mais se discutiu com o ministro foi que o momento mais complicado do setor leiteiro "passou", mas está sofrendo as consequências das "dívidas de 2016, que não poderão cobrir com o leite da primavera".

Em 03/08/16 - 1 Peso Uruguaio = US$ 0,03464
27,7970 Peso Uruguaio = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do El Pais Rurales, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Preços do leite 

Um levantamento de preços do leite na última década realizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA), detectou que a versão longa vida da bebida, que passa pelo processo de Ultra High Temperature (UHT), apresentou preços mais altos do que o leite pasteurizado, especialmente nos períodos de entressafra, quando a oferta pelo produto fresco diminui. A maior variação de preços do leite UHT em relação ao pasteurizado chegou a 31,2% em julho de 2009. A exceção ficou por conta dos anos de 2012 e 2015, quando o leite longa vida apresentou preços inferiores ao leite pasteurizado durante todos os meses. Em 2016, seguindo a tendência da entressafra, os preços entre os dois produtos apresentam distinção de 22% a partir do mês de julho. Mais consumido pela população a partir dos anos 1980, principalmente por apresentar maior durabilidade, o leite UHT também passou a ser mais frequente na mesa das famílias devido à alta da inflação e à necessidade de armazenar o alimento. De acordo com a pesquisadora da Secretaria que atua no IEA, Rosana de Oliveira Pithan e Silva, responsável pelo acompanhamento dos preços, as transformações da estrutura social, como a maior participação da mulher no mercado de trabalho, e o crescimento do varejo de autoconsumo proporcionado pelos supermercados, em alternativa à falta de tempo para compras diárias, também impulsionaram esse comportamento no consumo.  

O acompanhamento, mês a mês, permitiu verificar que o leite pasteurizado, se mostrou mais acessível no período de entressafra do que o leite UHT. "O consumidor deve pesquisar mais e avaliar melhor o valor do produto antes de efetuar sua compra, principalmente se houver padaria ou algum mercado perto de sua residência, onde possa comprar o leite pasteurizado", orientou Rosana. "Ele deve ter em conta a validade do produto, que para o tipo pasteurizado chega até cinco dias, conforme a marca, levando à possibilidade de se comprar o produto para ser armazenado por mais dias na geladeira. Assim, o consumidor pode comprar mais litros de leite fresco no comércio, estocá-lo na geladeira conforme as instruções do fabricante e, com isso, economizar", finalizou a pesquisadora. O estudo completo do IEA está disponível neste link : http://www.iea.sp.gov.br/out/LerTexto.php?codTexto=14174

O levantamento realizado pelo IEA se configura como uma importante prestação de serviços à sociedade, na avaliação do secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim. "O acompanhamento dos preços do leite na última década permite que a população busque alternativas para adequar os gastos com a alimentação ao seu orçamento doméstico, garantindo economia e produtos de qualidade. Aproximar o conhecimento gerado pela pesquisa da população é uma determinação do governador Geraldo Alckmin para a Pasta", ressaltou o secretário. (SAA/SP)

Supersimples 

As novas regras do Supersimples, aprovadas nesta terça-feira, 4, pela Câmara dos Deputados, permitirão que pequenas e microempresas que acumulam dívidas tributárias ou financeiras possam renegociá-las com prazo de até 10 anos. Dessa forma, não serão retiradas do regime especial de tributação. Segundo o presidente nacional do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, a Receita Federal chegou a apontar a necessidade de excluir 700 mil empresas do Supersimples, por conta de dívidas com o Fisco. Pelo novo texto, o refinanciamento mantém as empresas no regime. Essa regra passa a valer a partir de janeiro de 2017, diferentemente daquela que ampliou os limites de enquadramento no regime e que passa a valer só a partir de janeiro de 2018. "É uma pena que nem todas as medidas tenham início imediato", disse Afif, que comemorou a aprovação do projeto pela Câmara.

O texto definitivo segue agora para sanção presidencial. Segundo Afif, houve resistência da Receita para que o enquadramento de mais empresas no Supersimples ficasse para 2018, devido ao impacto na arrecadação no próximo ano. Afif disse que o Sebrae vai fazer um mutirão nacional para orientar as milhares de empresas que estão endividadas e que têm interesse em renegociar o débito. "O Sebrae vai mostrar o caminho. Esse refinanciamento vai beneficiar muita gente", disse. Outra mudança que terá efeito em janeiro permite que "startups" recebam recursos dos chamados "investidores anjos", empresas que capitalizam pequenos negócios, principalmente em áreas ligadas à inovação tecnológica. Os deputados chegaram a abrir votação para os destaques do projeto do Supersimples e para apreciar trechos da proposta em que houve discordância em relação ao substitutivo enviado pelo Senado. Porém, parte das propostas foi considerada prejudicada, e as demais foram retiradas pelas bancadas. (DCI)

 
 

Presidente do IBGE pede apoio do Mapa para realização do censo agropecuário 2017
O censo agropecuário 2017 foi o tema da reunião do ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) com o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Paulo Rabello de Castro, nesta quarta-feira (5). Durante a audiência, foi discutida a importância da coleta de dados para transformar as estatísticas do IBGE em planejamento para a agropecuária. Realizado a cada cinco anos, o último censo agropecuário ocorreu entre 2006 e 2007, juntamente com o censo demográfico. O presidente do IBGE destacou a importância do levantamento, que também é feito em países como Estados Unidos, Austrália e Canadá, e pediu apoio ao ministro para garantir recursos para o censo. "A realização de um censo é uma verdadeira operação de guerra. São necessários mais de 82 mil funcionários temporários", disse Rabello. Blairo Maggi reconheceu a necessidade da atualização dos dados para os programas de apoio aos produtores e se comprometeu em ajudar.  A partir do censo agrícola, é possível detectar problemas de conservação e preservação ambiental; áreas de conflitos; inventariar as riquezas agrícolas do país; saber o número de empregos gerados pelo setor e projetar a infraestrutura para o escoamento da produção. (MAPA)
 

 

Porto Alegre, 04 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.364

 

  Leilão GDT apresenta primeira queda de preços em 3 meses

O leilão GDT, que ocorreu nesta terça-feira (04/10), apresentou primeira queda de preços desde julho desse ano, o preço médio dos produtos lácteos comercializados caiu 3% em relação ao leilão anterior, fechando em US$2.880/ton. O leite em pó integral apresentou retração de 3,8%, fechando a um preço médio de US$2.681/ton. O leite em pó desnatado teve queda de 3,9%, chegando a US$2.209/ton. O queijo cheddar teve queda de 2,3%, com o preço de US$3.430/ton. O volume de vendas de produtos lácteos foi 3,7% inferior ao mesmo período do ano passado, com um total de 33.937 toneladas comercializadas. Os contratos futuros de leite em pó integral apresentaram reação negativa para novembro, com baixa de 7,5% a um preço de US$2.725/ton. As projeções de preço médio para os próximos seis meses apontam para uma variação no patamar entre US$2.596 a US$2.768/ton. (Mikpoint/GDT)

 
 
  
 
Workshop debate produção láctea em Palmeira das Missões

Os dilemas da produção de leite no Rio Grande do Sul frentes às novas leis vigentes no Estado e questões técnicas do dia a dia no campo serão alvo do 1º Workshop sobre a Cadeia Produtiva do Leite, que será realizado em Palmeira das Missões (RS) nos dias 19 e 20 de outubro. A programação do evento começa com um dia de palestras técnicas no Auditório da UFSM, no Campus de Palmeira das Missões. O segundo dia  se dará nas dependências da Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato com visitas às estações de campo. O professor e membro do Departamento de Zootecnia e Ciências Biológicas da UFSM, João Pedro Velho, destaca que o objetivo das instituições envolvidas é trabalhar em equipe em prol do produtor rural. "Em vista do ano difícil que estamos vivendo que, além das eleições, conta com inflação, altas e baixas nos preços e produtores deixando de produzir leite, as entidades se organizaram e decidiram que era preciso discutir sobre a situação do produtor." O workshop é uma promoção da Secretaria de Agricultura (Seapi), Câmara de Vereadores de Palmeira das Missões, Conselho Regional de Desenvolvimento Rio da Várzea, Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato, Emater, Prefeitura Municipal de Palmeira das Missões, Sindicato Rural de Palmeira das Missões e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e conta com o patrocínio do Sindilat. Estudantes, profissionais e produtores rurais podem participar do evento. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas pelo formulário disponível no site da UFSM: http://coral.ufsm.br/wcpl/ 
 
Confira a programação completa do 1º Workshop sobre a Cadeia Produtiva do Leite:

Quarta-feira - 19/10
 7:00 - 08:30 - Inscrições
08:30 - 09:00 - Abertura do evento com a presença de autoridades locais e regionais
09:00 - 10:30 - Como agregar valor ao leite e derivados com propriedades bioativas? (Prof., Dr. Geraldo Tadeu dos Santos - UEM)
10:30 - 11:00 - Milk Break                                           
11:00 - 12:00 - Lei Estadual do Leite (Méd. Vet. Danilo Cavalcanti Gomes - SEAPI - RS)
12:00 - 13:30 - LIVRE PARA ALMOÇO
13:30 - 14:30 - Ciclagem de nitrogênio em pastagens (Prof., Dr. Paulo Sérgio Gois Almeida - UFSM e Dr. Felipe Lorensini - EMATER)
14:30 - 15:30 - Reprodução de vacas de leite: Mortalidade embrionária (Prof., Dr. Alfredo Quites Antoniazzi - UFSM)
15:30 - 16:00 - Milk Break
16:00 - 17:30 - Mesa redonda: Necessidade de leite pelas indústrias instaladas na Região Norte do Rio Grande do Sul

Quinta-Feira - 20/10
8:30-9:00 - Procedimentos do MAPA em relação a inspeção de produtos lácteos (Dr. Alexandre Trindade Leal - MAPA)
9:00 - 09:30 - Produção de leite da Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato - Resultados entre 2009 e 2012 (Profa. Dra. Ione Maria Pereira Haygert-Velho - UFSM)
09:30 - 10:00 - Programa Produza Alimento Colha Saúde (Dulcenéia Haas Wommer - EMATER)
10:00 - 10:15 - Milk Break
10:15 - 11:30 - Avaliação fenotípica de fêmeas da raça Holandês (Med. Vet., José Ernesto Wunderlich Ferreira - Jurado oficial da Associação de Criadores de Bovinos da Raça Holandês
12:00 - 13:00 - LIVRE PARA ALMOÇO
13:00 - 16:00 - Visitação as cinco estações de campo em que serão abordados assuntos técnico-científicos com demonstração
Estações de campo que serão apresentadas:
1ª Estação = Sobressemeadura de leguminosas em pastagem de tifton (Cynodon spp.) (Eng. Agr., Luiz Eduardo Avallone Velho - EMATER)
2ª Estação = Crescimento das bezerras leiteiras (Zoot. Marcos André Piuco - Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato)
3ª Estação = Produção e qualidade do leite para consumo in natura e produção de derivados lácteos (Prof., Dr. José Laerte Nörnberg - UFSM e Profa., Dra. Ione Maria Pereira Haygert-Velho - UFSM)
4ª Estação = Alimentação e nutrição de vacas em lactação (Prof., Dr. João Pedro Velho - UFSM)
5ª Estação = Produção e manejo de alfafa (Prof., Dr. Paulo Sérgio Gois Almeida - UFSM)

 
 
Expoijuí 
Até o dia 4 de outubro serão aceitas as inscrições para a Expoijuí pelo e mail administracao@gadolando.com.br . A agenda da raça Holandesa em Ijuí ficará concentrada entre os dias 10 a 15 de outubro. Esta será a primeira etapa rankiada e com pontuação para a Exceleite 2016-2017, depois da Expointer. Entre 06 a 16 de outubro a cidade sediará a EXPOIJUÍ/FENADI 2016 (Exposição - Feira Comercial e Industrial de Ijuí e Festa Nacional das Culturas Diversificadas). A 27ª Feira Agropecuária e a 7ª Fenilact - Feira Nacional de Produtos Lácteos, contemplará o Concurso de Gado Leiteiro com premiação especial em dinheiro. Hilton Silveira Ribeiro do quadro oficial de jurados da Associação Brasileira do Holandês será o jurado.  Os organizadores providenciaram atrativos especiais para motivar a presença de expositores. Haverá premiação em dinheiro para as melhores posições em pista e no Concurso Leiteiro. Tanto as categorias Jovem como Adulta concorrerão a premiação de R$ 3 mil; R$ 2 mil: R$ 1,5 mil; R$ 1 mil; e R$ 500,00. Já a grande campeã, reservada e terceira melhor ganharão R$ 3 mil, R$ 1,5 mil e R$ 500,00. Está garantida ainda premiação para às três melhores posições de categoria e para os conjuntos assim para campeã fêmea jovem e campeã vaca jovem. A premiação completa pode ser conferida no site www.expoijuifenadi.com.br.
PROGRAMA
Dia 10 de outubro, segunda feira, 08 às 18h- entrada dos animais
Dia 11 de outubro, terça feira,   08 às 18h- entrada dos animais
Dia 12 de outubro, quarta feira, 06h- 1º ordenha Concurso Leiteiro da raça Holandesa
                                                   14h- 2º ordenha Concurso Leiteiro da raça Holandesa
                                                   22h- 3º ordenha do Concurso Leiteiro raça Holandesa
Dia 13 de outubro, quinta feira, 06h- 4º ordenha Concurso Leiteiro raça Holandesa
                                                   14h- 5º e última ordenha do Concurso Leiteiro raça Holandesa
                                                   18h- Banho de Leite dos vencedores do Concurso Leiteiro
Dia 15 de outubro, sexta feira, 09h- julgamento gado jovem raça Holandesa
                                                  14h- julgamento gado adulto raça Holandesa
                                                 20h- entrega premiação 7º Fenilact
Dia 16 de outubro, domingo,  18h- saída dos animais (Fonte: Gadolando)
 
 
Estado divulga índices de ICMS dos municípios para 2017

A Secretaria Estadual da Fazenda divulgou ontem, em suplemento especial do Diário Oficial do Estado (DOE), os percentuais que caberão a cada um dos 497 municípios gaúchos na arrecadação do ICMS ao longo de 2017. Apurado pela Receita Estadual, o IPM (Índice de Participação dos Municípios) leva em considera- ção o comportamento médio da economia local entre 2014 e 2015 e indica como o Estado irá repartir os cerca de R$ 8 bilhões entre as prefeituras no primeiro ano das novas administrações municipais. O volume de recursos corresponde a 25% sobre a receita de R$ 31,9 bilhões (R$ 31.910.222.713,00) que está prevista no projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2017, sem considerar a arrecada- ção do Ampara-RS, um fundo destinado a programas sociais constituído a partir da alíquota de 2% sobre bebidas alcoólicas, cerveja sem álcool, cigarros, cosméticos e TV por assinatura. Reflexo da crise econômica que afeta o País, sete das 10 maiores economias tiveram queda nos índices de retorno. As únicas exceções, com variações positivas no valor adicionado nos dois anos que servem como base para definir o índice de retorno do ICMS, são os municípios de Canoas, Passo Fundo e Santa Cruz do Sul, que tiveram crescimento na cota-parte do tributo em 2017. Ao longo dos últimos anos, as 10 maiores economias perderam espaço na composição da receita do ICMS. Para o próximo ano, estes municípios responderão por 32,58% do bolo, enquanto que neste ano a fatia está prevista em 33,89%. Há 10 anos, a participação deste grupo era de 36,43%, recuo que ocorre, na análise da Receita Estadual, basicamente em razão da desconcentração do valor adicionado fiscal, que apresentou aumento no restante do Estado. Os índices definitivos de rateio do ICMS estão disponíveis no site da Secretaria da Fazenda: www.sefaz.rs.gov.br. 

O rateio na arrecadação do ICMS é definido por uma série de critérios estabelecidos em lei. O fator de maior peso é a variação média do Valor Adicionado Fiscal (VAF), que responde por 75% da composição do índice, explica o subsecretário da Receita Estadual, Mário Luís Wunderlich dos Santos. O VAF é calculado pela diferença entre as saídas (vendas) e as entradas (compras) de mercadorias e serviços em todas as empresas localizadas no município. Para as empresas do Simples Nacional é feito um cálculo simplificado, que considera como valor adicionado 32% sobre a receita bruta da empresa. Para evitar variações decorrentes de desastres naturais, o valor final para um exercício (2017) é obtido pela média dos dois anos anteriores (2014 e 2015) ao cálculo. Outras variáveis e seus pesos são: população (7%), área (7%), número de propriedades rurais (5%), produtividade primária (3,5%), inverso do valor adicionado per capita (2%) e pontuação no Programa de Integração Tributária (0,5%). (Jornal do Comércio)

A Secretaria Estadual da Fazenda divulgou ontem, em suplemento especial do Diário Oficial do Estado (DOE), os percentuais que caberão a cada um dos 497 municípios gaúchos na arrecadação do ICMS ao longo de 2017. Apurado pela Receita Estadual, o IPM (Índice de Participação dos Municípios) leva em consideração o comportamento médio da economia local entre 2014 e 2015 e indica como o Estado 

 

Brasil x Argentina 
O comércio entre Brasil e Argentina encolheu 46,7% nos cinco últimos anos, segundo cálculos da Abeceb, uma das maiores consultorias de Buenos Aires. Desde 2011, o valor anual do intercâmbio comercial entre os dois países passou de US$ 39,6 bilhões para um total que a consultoria estima de US$ 20,9 bilhões para este ano. (Fonte: Valor Econômico)
 
 

 

 

Porto Alegre, 03 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.363

 

Espera-se que crescimento na demanda de lácteos continue até 2025

De acordo com a nova perspectiva sobre lácteos, a longo prazo, da IFCN [International Farm Comparison Network] Dairy, um crescimento global na demanda de leite, de mais de 20 milhões de toneladas por ano, deverá continuar até 2025. A IFCN estima aumento na demanda global de leite de 25% ao longo de 10 anos ou 2,3% por ano. O fator-chave para este aumento é a crescente população mundial, bem como o aumento do consumo de leite por pessoa. Torsten Hemme, diretor administrativo da IFCN, comentou: "Haverá um bilhão a mais de consumidores neste planeta que terá demanda por produtos lácteos". "Globalmente, cada pessoa vai consumir 13 kg a mais em equivalente de leite ao longo de dez anos (ou seja, 127 kg por pessoa em 2025). Portanto, o nível de oferta global de leite também vai continuar a crescer, desde que os consumidores ainda tenham preferências positivas por leite e que a situação econômica e política global esteja estável." Um fator essencial para a futura oferta de leite é, sem dúvida, o preço do leite médio a longo prazo, que os produtores são capazes de produzir. 

 
A IFCN estima este nível de preços do leite em US$41/100 kg de leite (leite corrigido para energia em 4,0% de gordura, 3,3% de proteína); um nível de preços que é substancialmente mais elevado do que os preços observados em 2015 e 2016. Com este preço, é esperado aumento na produção de leite de 208 milhões de toneladas, o que representa 8,5 vezes a produção de leite atual da Nova Zelândia. Nos próximos dez anos, haverá também mudanças significativas no número e tamanho de fazendas. A principal constatação é que em 2025 haverá menos, mas maiores fazendas em nível global. Até então a IFCN espera que haja no mundo 103 milhões de fazendas leiteiras, uma queda de 17,5 milhões de fazendas em dez anos a partir de agora. Apesar disso, o número de vacas e também da produção de leite devem aumentar. Numericamente, representa um aumento na produção global de leite por fazenda de 47% até 2025. (The Dairy Site- Tradução Livre: Terra Viva)
 
 
Produção de leite cresce, mas país está distante dos líderes no setor

A produção nacional de leite atingiu 35 bilhões de litros no ano passado, um volume bem acima dos 24 bilhões de há dez anos. Nesse mesmo período, a produção média por vaca subiu para 1.609 litros por ano, ante 1.195 em 2005. 
São números do IBGE e parecem animadores quando se olha para a evolução percentual da produção: 46% mais. Esses números estão, no entanto, bem distantes dos de outros países produtores. A média mundial de produção por vaca é de 3.527 litros por ano, segundo o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Alguns países --como os Estados Unidos-- chegam a ter média de 10,4 mil litros por vaca. Em alguns Estados brasileiros, como o Rio Grande do Sul, a produtividade é bem melhor e atinge 3.073 litros por ano por vaca. Só agora a pecuária leiteira começa a se estruturar. O potencial é grande, mas, graças à letargia dos anos anteriores, o país ainda é importador de leite. Essa organização do setor passa, inclusive, por mudanças de importância das regiões produtoras. 

O Sul desbancou o Sudeste desde 2014 e lidera com uma participação de 35% da produção nacional. Na região Sul, o Paraná assume a liderança, deixando para trás o Rio Grande do Sul. Duas das principais cidades produtoras de leite do país são paranaenses: Castro e Carambeí. A primeira, líder, produz 240 milhões de litros por ano, segundo o IBGE. Wagner Hiroshi Yanaguizawa, pesquisador do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) diz que o melhor desempenho da região Sul se deve às raças mais produtivas e ao clima mais favorável. Acima de São Paulo, o gado passa por um estresse térmico, segundo ele. Nos últimos 30 anos, os Estados do Sudeste saíram de uma produção anual de 6 bilhões de litros de leite para 12 bilhões. Já os do Sul evoluíram de 2,5 bilhões para 12,5 bilhões no mesmo período. Na avaliação do pesquisador, falta modernidade ao campo. Grande parte dos produtores de leite não tem um controle de custos. Operam, inclusive, com um baixo nível técnico. 

A evolução na cadeia ocorre a passos lentos, e a ausência de um planejamento deve levar a uma maior concentração, tanto da produção como na industrialização nesse setor. Sem controle de custos, esses produtores terão, no médio e longo prazos, seus ativos depreciados. Sem renda, vão abater matrizes, complicando ainda mais o seu desempenho, segundo o pesquisador do Cepea A expectativa é que o produtor faça essa transição do sistema atual para uma produção mais comercial para conseguir sobrevivência. O pesquisador cita o exemplo de 2015, quando os produtores tiveram uma forte pressão dos custos, vindos de energia elétrica, combustíveis e da alimentação do gado. Com isso, tiveram as menores receitas dos últimos cinco anos, devido à crise econômica, mas com custos crescentes. O impacto dessa situação adversa de 2015 continua em 2016, quando a produção deverá ser menor do que os 35 bilhões de litros apontados pelo IBGE para o ano passado, segundo Yanaguizawa. (Folha de SP)

Novacki reforça na FAO compromisso da agricultura brasileira com a preservação ambiental

A produção agropecuária brasileira se baseia na preservação ambiental, tecnologia, inclusão social e consciência do produtor, destacou o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, ao participar de reunião de ministros na Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em Roma, nesta segunda-feira (3).

"Tudo isso sem os subsídios que distorcem o comércio internacional e agravam o abismo entre os países desenvolvidos e aqueles que querem chegar lá", disse Novacki.  A Argentina apoiou a iniciativa brasileira de criticar os subsídios agrícolas e defendeu a ampliação das discussões sobre o tema. Durante o encontro que tratou de tendências de longo prazo dos preços das commodities e o desenvolvimento sustentável da agricultura, o secretário-executivo salientou que o Brasil preserva 61% das suas terras e apenas 28% do território é utilizado para produzir alimentos. De acordo com o Código Florestal, assinalou Novacki, os produtores são obrigados a preservar entre 20% e 80% da vegetação nativa, dependendo da região.
Segundo ele, a preservação ambiental se dá às custas do produtor e precisa ser reconhecida pela comunidade internacional. "Buscamos a agregação de valor aos produtos brasileiros", enfatizou o secretário-executivo. Lembrou ainda que sistema produtivo brasileiro tem um dos mais elevados padrões de segurança fitossanitária do mundo.
Novacki também falou sobre o Plano Agro +, que até agora já recebeu 335 demandas do setor produtivo para desburocratizar normas e procedimentos do ministério. Do total, 87 foram resolvidas - entre elas, a agilização do processo de registro de produtos de origem animal e a reinspeção nos portos. "Estamos trabalhando em ritmo acelerado para resolver os gargalos", acrescentou. (MAPA)

Mudanças na ordenha de leite ajudam a economizar água, aponta Embrapa

Uma pesquisa da Embrapa de São Carlos (SP) descobriu que manejos simples, mudança de hábitos e qualificação da mão de obra podem economizar até 30% de água em instalações de ordenha. O objetivo foi quantificar o consumo para melhorar a eficiência do uso da água no processo de ordenha, promovendo a gestão do recurso. O investimento do produtor é baixo.

Uma fazenda localizada em Descalvado possui 60 vacas e cada uma produz em média 15 litros de leite por dia. Para garantir a produção, os animais precisam beber bastante água. Lá, os bebedouros ficam espalhados pela propriedade e a água para matar a sede dos animais e para a limpeza do espaço saem de um posto artesiano.

Higienização
Para deixar a sala de ordenha limpa, são gastos por dia entre 1,2 mil a 1,3 mil litros de água. "Você tem que higienizar, afinal a gente está produzindo alimentos. Se você não higieniza, problemas surgirão mais na frente na cadeia", disse o produtor Mario Dotta e Silva.

A fazenda também adotou a prática do reuso. A água utilizada na limpeza vai para uma fossa e depois é usada para irrigação e adubação do pasto. A sustentabilidade é regra na propriedade. "Essa água tem que ser reutilizada de alguma forma para gerar eficiência", afirmou Silva. 

Redução de 30%
Toda essa mudança pode ter um impacto positivo no uso da água, já que a economia nos locais onde são feitas as ordenhas pode chegar a 30%. A Embrapa monitorou os três hidrômetros por 18 meses.

O pesquisador constatou que na limpeza da sala de ordenha onde se gasta mais, em média 48% do total, 37% vão para o processo de ordenha e limpeza dos equipamentos e apenas 10% para o consumo dos animais. Medidas simples podem ajudar bastante na economia como fazer a raspagem do solo para só depois lavar.

"Muitas vezes para acontecer mudanças a gente precisa de dinheiro, precisa por a mão no bolso. Isso não é totalmente verdade quando se fala em meio ambiente. Se a gente fizer algumas mudanças culturais, ou seja, se eu uso água sem pressão e passo a usar com pressão, isso vai contribuir para a eficiência hídrica. Uma torneira pingando, naquele segundo aquele pingo não é nada, mas em 24h do dia, aquele pingo é uma grande quantidade", explicou o pesquisador da Embrapa Júlio Palhares.

Cisterna
O produtor também pode investir em uma alternativa para garantir água de graça. Uma cisterna, por exemplo, que capta água da chuva e armazena em uma caixa d'água de 10 mil litros. O sistema custa aproximadamente R$ 7 mil.

"A cisterna foi instalada em dezembro de 2015 e até a data de hoje, nós já conseguimos economizar em torno de 75% da água que nós utilizávamos para lavar o piso depois da ordenha", acrescentou Palhares.

Para ele, é preciso cuidar bem dos recursos naturais, principalmente nos dias de atuais. "Nossas fontes de água, os nossos solos, o nosso ar que hoje se fala tanto, também precisam ser cuidados - também precisam ser inseridos no dia a dia da nossa produção", concluiu Júlio Palhares. (G1)

 

ABIGEATO PERSISTE
Mesmo com a criação de força-tarefa para conter o abigeato no Rio Grande do Sul, as ocorrências continuam assustando os pecuaristas. Na semana passada, a Cabanha Solé, de Cerrito, no sul do Estado, teve quatro vacas prenhas da raça angus carneadas na propriedade. Os animais estavam sendo preparados para serem julgados na exposição de Pelotas, no próximo dia 12. - Eram animais superiores dentro da geração, resultado de anos de melhoramento genético. O prejuízo é inestimável - lamenta o produtor Ismael Solé Filho, que em julho do ano passado também foi alvo de abigeato. E a insegurança no campo não tem se resumido ao furto de gado. Quadrilhas organizadas têm invadido fazendas também para roubar insumos e máquinas. (Zero Hora)
 

 

Porto Alegre, 30 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.362

 

Leite ao produtor recua após nove altas 

As cotações do leite ao produtor brasileiro recuaram neste mês, confirmando as expectativas do mercado e de analistas. Pelo leite que entregaram em agosto aos laticínios, os produtores do país receberam neste mês, em média, R$ 1,192 por litro, de acordo com levantamento da Scot Consultoria, que considera preços em 17 Estados. O valor é 3,3% menor do que os R$ 1,233 recebidos pelos pecuaristas em agosto. Os sinais de que os preços recuariam já vinham aparecendo nos últimos meses, quando tanto as cotações no spot (negociações entre empresas) quanto as do leite longa vida no atacado e varejo começaram a cair, indicando aumento na oferta e demanda pouco aquecida. 

 

A safra de leite na região Sul, que já está entrando no mercado desde maio e junho deste ano, e o aumento da produção de leite na região Sudeste explicam a retração dos preços, de acordo com Rafael Ribeiro, analista da Scot. "A produção está entrando com mais força em São Paulo e em Minas Gerais", diz. Além das chuvas, fundamentais para o desenvolvimento das pastagens para o rebanho leiteiro, outra razão para o aumento da oferta no Sudeste é a queda dos preços do milho usado na suplementação da alimentação dos animais. Com o cereal mais barato, o produtor fica estimulado a investir na alimentação, já que o custo diminui. E isso se reflete na produção de leite. 

A expectativa, segundo Ribeiro, é de que esse quadro persista. Assim, a tendência, a partir de agora é de baixa dos preços. Mas os percentuais de queda devem ser mais moderados que o visto entre setembro e agosto, avalia. Pesquisa da Scot com mais 140 laticínios do país mostra que 75% deles acreditam em recuo dos preços ao produtor e 25% em estabilidade no próximo pagamento, em outubro. O levantamento da consultoria indicou ainda que as cotações no spot e do longa vida voltaram a recuar este mês. Em Minas Gerais, por exemplo, o spot saiu de R$ 1,662 por litro em agosto para R$ 1,333 em setembro. Já o longa vida recuou mais R$ 0,10 no atacado paulista entre agosto e setembro, para R$ 2,54 por litro, em média. (Valor Econômico)

  
 
Rótulos terão de alertar sobre variação nutricional

Por unanimidade, a Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que os rótulos de alimentos deverão alertar os consumidores de que os valores nutricionais informados podem variar em até 20%. A ação foi movida pelo Ministério Público Federal (MPF), que encontrou evidências de irregularidades em rótulos de produtos light e diet. O caso chegou ao STJ depois de o MPF recorrer de decisão desfavorável concedida pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região. "Cabe ressaltar que, sobretudo nos alimentos e medicamentos, o rótulo é a via mais fácil, barata, ágil e eficaz de transmissão de informações aos consumidores", disse o ministro Herman Benjamin, relator do caso. Para ele, os rótulos "são mudados diuturnamente para atender a oportunidades efêmeras de negócios, como eventos desportivos ou culturais". 

Uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite uma tolerância de 20% nos valores de nutrientes declarados nos rótulos. Com a decisão do STJ, a Anvisa terá de exigir que os fabricantes informem essa variação ao consumidor. Durante o julgamento, o ministro Herman Benjamin destacou que a inclusão da advertência não demandará custos elevados dos fabricantes. O ministro também observou que a Constituição Federal garante o direito à informação ao consumidor. O Tribunal Regional Federal da 3ª Região havia considerado que a variação de 20% não se caracteriza como informação relevante ou essencial, a justificar a inserção de advertência nos rótulos, além de poder causar mais dúvidas do que esclarecimentos. (Jornal do Comércio)

IBGE: em 2015, produção de leite brasileira caiu 0,4% em relação ao ano de 2014

O IBGE divulgou os dados da Pesquisa Pecuária Municipal, referente a dados da produção brasileira de leite do ano de 2015. O ano apresentou produção total de 35 bilhões de litros de leite, número inferior em 0,4% em relação ao ano de 2014.

Gráfico 1 - Produção brasileira de leite.

 

Igualmente ao ano de 2014, a Região Sul liderou em números de produção de leite, com 12,32 bilhões de litros, sendo responsável por 35,2% da produção nacional. A Região Sudeste teve a segunda maior produção em 2015, representando 34% do total. (Informações são do IBGE)

Gráfico 2 - Produção de leite por região (em milhões de litros).

 

Dia 03 de Outubro a Anvisa começará receber sugestões para as consultas públicas referentes a regulamentação da lei 13305/16 - sobre lactose

A Gerente-Geral de Alimentos, Thalita Antony de Souza Lima, fala sobre os requisitos para a indicação obrigatória da presença de lactose nos rótulos dos alimentos e a classificação dos alimentos para dietas com restrição de lactose.
 As Consultas Públicas (CP n. 255) e (CP n. 256) estão abertas para contribuições, sugestões e críticas a partir do dia 3 de outubro, até 11 de novembro. Video (Anvisa)

 
UE: 1.800 produtores britânicos se inscreveram no esquema de redução de produção de leite

Mais de 1.800 produtores de leite do Reino Unido se inscreveram no esquema de auxílio ao setor de lácteos da União Europeia (UE) - que pagará aos produtores para reduzirem a produção nos próximos três meses. A Agência de Pagamentos Rurais (RPA) publicou detalhes do número de produtores que se inscreveram para o primeiro lote do esquema voluntário que funcionará de primeiro de outubro a 31 de dezembro.

O esquema pagará aos produtores o equivalente a 12,2 centavos (13,70 centavos de dólar) por litro e visa reduzir a oferta de leite em toda a Europa para restaurar o equilíbrio ao mercado e estabilizar os preços.

De acordo com o RPA, um total de 1.849 produtores britânicos se inscreveram, sendo 192 do País de Gales (11.415.372 kg); 154 da Escócia (14.909.800 kg); 611 da Irlanda do Norte (22.012.433 kg); 892 da Inglaterra (63.690.732 kg), totalizando 1.849 produtores com um volume de 112.028.339 quilos.

Na próxima semana, a Comissão Europeia vai verificar os dados de todos os Estados Membros e trabalhar para ver se há dinheiro suficiente em seu fundo de 150 milhões de euros (US$ 168,49 milhões) para cobrir todas as inscrições. Se o esquema tiver mais inscrições do que é possível pagar, o volume de leite selecionado para o pagamento será reduzido e os lotes futuros do esquema serão cancelados.

O conselheiro chefe do setor de lácteos da União Nacional de Produtores Rurais (NFU), Sian Davies, disse que os dados preliminares do resto da UE sugerem que o Reino Unido foi um dos que mais teve inscrições em termos de volume para o esquema. Isso porque muitos produtores britânicos já tinham reduzido sua produção, de forma que estavam adequados ao esquema sem reduzir mais a produção.

A Alemanha foi o país que inscreveu-se com a maior redução na produção - que deverá ser de 285.000 toneladas. Cerca de 13.000 produtores de leite na França estão com intenção de inscrever-se no programa. (Informações são do Farmers Weekly, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

TJLP
O Conselho Monetário Nacional (CMN) manteve a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) em 7,5%. A taxa vai vigorar ao longo do quarto trimestre do ano e serve de parâmetro para os empréstimos do BNDES. A decisão foi unânime. (Valor Econômico)