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Porto Alegre, 13 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.308

 

  Reunião debate 2º Fórum Estadual do Leite
 
Representantes do setor lácteo, coordenadores e professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da Emater reuniram-se para definir detalhes do 2º Fórum Estadual do Leite - Rumo a Excelência, que ocorrerá no dia 11 outubro, em Santa Maria. O encontro, realizado nesta terça-feira (12/07), na sede da universidade, teve como objetivo discutir a programação, apontando aquelas que deverão ser as bases temáticas abordadas. Também houve encontro com o vice-reitor do USFM, Paulo Bayard Dias Gonçalves, que enalteceu a importância do evento para o desenvolvimento do setor. 

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que esteve na reunião, destacou que a primeira edição foi uma experiência positiva, garantindo assim a ampliação das discussões. "O objetivo é avançar com o debate iniciado em Ijuí, em junho deste ano, mantendo profissionais e estudantes informados sobre os principais assuntos que circundam o setor lácteo. Para esse segundo encontro queremos reunir os prefeitos de Santa Maria e da região para instruí-los sobre a importância do processo de inspeção municipal, bem como manter os alunos por dentro das exigências do sistema", afirmou.

A chefe do departamento de tecnologia e ciência dos alimentos da UFSM, Neila Richards, considerou importante a mobilização da universidade e das prefeituras da região no debate. "É um evento importante para que possamos disseminar conhecimento e também discutir soluções para o setor lácteo", afirmou ela. A reunião contou ainda com a participação de professores dos cursos de veterinária, zootecnia, agronomia, engenharia florestal e tecnologia dos alimentos. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Foto: Kalyne Bertolin (UFSM), Júlia Bastiani (Sindilat), Paulo Bayard Dias Gonçalves (UFSM), Darlan Palharini (Sindilat), Neila Richards (UFSM) e Enio Giotto (UFSM) 
Crédito: Divulgação /Sindilat 
 
 
E-book apresenta informações atuais, mitos e verdades sobre a intolerância à lactose
A intolerância à lactose é um tema cada vez mais em evidência, gerando interesse nos consumidores e empresas. Mas afinal, o que realmente é a intolerância à lactose?  A intolerância à lactose é um tipo de sensibilidade alimentar. Pessoas que sofrem de intolerância à lactose não possuem a quantidade da enzima lactase suficiente para decompor a lactose e, assim permitir sua plena utilização pelo organismo. Esta condição causa distúrbios intestinais a quem consome uma quantidade de lactose maior do que aquela que o seu corpo pode digerir e absorver. 

O MilkPoint, em parceria com a DSM, está lançando hoje o e-book "Mitos e verdades sobre a intolerância à lactose", que tem o intuito de apresentar informações atualizadas sobre o tema, bem como estratégias que podem ajudar indivíduos que tenham esta condição a desfrutar dos alimentos lácteos, atendendo, desta forma, às recomendações nutricionais e desfrutando do prazer por eles proporcionados. Além disso, outras dúvidas comuns serão respondidas, como as principais diferenças entre a intolerância à lactose e a alergia ao leite e como se faz o diagnóstico do problema. Acesse AQUI. (Milkpoint)

 
 

Secretaria da Agricultura leva orientações sobre o consumo do leite a estudantes da rede pública da capital

 
Nesta quarta-feira (13) a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação, através na Câmara Setorial do Leite, realizou o "Projeto Leite na Escola" no bairro Bom Jesus. Participaram da ação 180 alunos do 1° ao 5° ano da Escola Estadual Coelho Neto, em iniciativa que contou com uma apresentação sobre a importância de consumir leite e derivados diariamente, abordando desde a origem do leite até como ele chega às mesas das famílias. Na oportunidade, ocorreu a distribuição da revista em quadrinhos "Pedrinho & Lis": A origem do leite", e de produtos lácteos doados pelo SINDILAT para complementar o lanche das crianças.
 
A Escola Coelho Neto foi a última a ser contemplada pelo projeto neste primeiro semestre de 2016, que já atendeu outras 21 escolas e mais de 2.600 alunos. A expectativa agora é desenvolver a atividade em 25 escolas até do final do ano. Para saber mais sobre o Leite na Escola, nesta segunda-feira dia 18/07 às 14h, na sala 51 da SEAPI, será realizado um seminário de avaliação dos resultados do primeiro semestre deste ano. (Fonte: CST/Leite)

 
Leite/EUA

A produção de leite em pó nos Estados Unidos aumentará, significativamente, sua capacidade nos próximos dois anos, apesar do excesso da oferta mundial. De acordo com um novo relatório do CoBank, apesar da queda de 30% nos preços do leite desde 2015, a produção mundial de leite continua a subir, e o excesso de leite acaba em pó. Esses volumes extras, junto com os elevados estoques nos Estados Unidos e Nova Zelândia, têm pressionado para baixo os preços do leite em pó, com poucas esperanças de recuperação antes de 2017.
 
 

"Os exportadores dos Estados Unidos estarão em um ambiente de concorrência acirrada, além de enfrentar o desafio da moeda forte", diz Ben Laine, economista sênior da Divisão de Intercâmbio do CoBank. "A recuperação pode ser lenta com o retorno ao mercado dos estoques da união Europeia". No entanto, diante desse excesso de oferta a preços baixos, novos projetos estão sendo desenvolvidos para adicionar capacidade instalada estimada em 440 milhões de pounds, [200 mil toneladas, ou 193 milhões de litros], por ano às indústrias dos Estados Unidos nos próximos dois anos. "Embora essa expansão possa parecer inoportuna no contexto atual, as perspectivas de longo prazo mostram um quadro muito diferente", explicou Laine. "No longo prazo, os mercados emergentes e uma população mundial crescente irá permitir que o setor lácteo dos Estados Unidos possa se expandir, especialmente, se a indústria de leite em pó se posicionar de forma competitiva". A população mundial deverá crescer em mais um bilhão de pessoas até 2030, sendo que a expectativa desse crescimento ocorra na África e na Ásia - regiões que não possuem áreas particularmente propícias à produção de leite. As condições econômicas dessas regiões, no entanto, favorecerão o consumo de lácteos - uma forma relativamente barata de incorporar proteínas de alta qualidade em suas dietas. A projeção é de que sejam necessários 145 bilhões de pounds, [65 milhões de toneladas, ou 63 bilhões de litros], de leite adicionais para essas regiões até 2020, com aumentos maiores ainda exigidos nos 20 anos subseqüentes, observa o relatório do CoBank.
 

Os produtores norte-americanos reconheceram esta oportunidade e se esforçam para serem os escolhidos para suprir o futuro mercado mundial de leite em pó. De fato, nove indústrias norte-americanas, que representam mais da metade do leite em pó desnatado (SMP) produzido no país, investiram recentemente, ou estão com projetos de investimento na capacidade instalada para aumentar a produção de produtos que atendam as rigorosas especificações de clientes globais, diz o relatório. Para reforçar a competitividade no mercado mundial, as indústrias de leite em pó dos Estados Unidos terão que adaptar e ajustar sua produção para preferências e necessidades globais. Modernização das instalações, tornando-as mais flexíveis e habilitadas a produção de leite em pó desnatado (SMP), leite seco desengordurado e leite em pó integral (WMP). As novas fábricas também precisam aumentar a economia em escala, reduzindo os custos unitários. Além disso, ter capacidade de produzir ingredientes lácteos como lactose, caseína, proteína isolada de leite, proteína concentra entre outros produtos, diversificando e melhorando as margens de lucro. "As indústrias de laticínios precisam estarem aptas a atender às mudanças e dinâmicas dos valores dos componentes e ter capacidade de trabalhar com um mix de produtos mais favorável no momento", observou Laine.

Como se ajustar com a China, o principal importador de WMP?
A demanda da China é significativa, mas esporádica. Continua sendo um importante player no comércio mundial de produtos lácteos, mas também contribui para a volatilidade do mercado. Cerca de três quartos das importações da China procedem da União Europeia, e o restante da Nova Zelândia. As importações chinesas surgiram em 2013 e 2014 e contribuíram para o crescimento dos preços no mundo e nos Estados Unidos. As importações de lácteos pela China depois caíram drasticamente diante da queda do crescimento econômico. O abrandamento da economia interrompe a trajetória crescente das necessidades de lácteos na China, mas, não a ponto de levar a um impasse. A flexibilização da política de filho único que estava em vigor desde 1979 poderá aumentar a demanda por fórmulas infantis em cerca de 15% ao longo dos próximos anos. Além disso, as preocupações acerca da qualidade e segurança da produção chinesa de fórmulas infantis desde o escândalo da contaminação por melamina em 2008 deverá dar suporte às importações. Em resposta à preferência dos consumidores chineses por fórmulas importadas, algumas companhias estão investindo em fazendas e construindo fábricas de laticínios na Nova Zelândia e na Austrália. (The Dairy Site - Tradução livre: Terra Viva)
 

Expectativa de alta do preço do leite pago ao produtor
A produção em queda e a concorrência entre os laticínios devem continuar dando sustentação aos preços do leite pagos ao produtor pelo menos até agosto. Para o pagamento de julho, referente ao leite entregue em junho, 80,0% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em alta dos preços ao produtor e os 20,0% restantes falam em manutenção. Para agosto, diminuiu a quantidade de laticínios apontando para alta nos preços do leite, mas ainda assim, não são esperados recuos em nenhuma região do país, mesmo no Sul. No mercado spot, os preços do leite subiram fortemente nas últimas quinzenas, chegando a R$2,00 por litro em São Paulo. As valorizações corroboram com o cenário de forte concorrência pela matéria-prima. As cotações dos produtos lácteos também subiram no atacado e varejo. (Scot Consultoria)

Porto Alegre, 12 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.307

 

Indústrias de lácteos com inspeção municipal defendem liberação de FGPP

As agroindústrias do setor leiteiro enquadradas no Sistema de Inspeção Municipal (SIM) enfrentam problemas para obter o Financiamento para Garantia de Preço ao Produtor (FGPP), embora a exigência de inspeção federal tenha deixado de existir a partir da safra 2012/2013, quando foi criada a modalidade de financiamento substituindo o então Empréstimos do Governo Federal (EGF). Esta é uma linha de crédito do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), cujo objetivo é financiar o carregamento de estoques de produtores rurais e agroindústrias para comercialização futura. 

Segundo o diretor executivo da Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100), Wilson Massote, há cinco anos o setor vem demandando mais crédito no FGPP. Ressalta, no entanto, que não houve sucesso até agora e, inclusive, ocorreu retração no volume liberado. "Se o clima for favorável até o final do ano, teremos leite abundante, mas não teremos condições de estocar todo o produto. Não há sensibilidade do governo, para esta questão. Gostaríamos que isso fosse colocado realmente em pauta", alerta. Outro entrave das pequenas indústrias de laticínios para a obtenção de crédito, são as dívidas junto ao INSS que impedem a emissão de certidão negativa. 

O dirigente do G100 afirma que este problema também não permite a participação de muitas empresas no programa Mais Leite Saudável que ajuda a melhorar a competitividade do setor leiteiro e a renda do produtor. Uma das reivindicações da entidade é a utilização de créditos de PIS/Cofins para liquidação automática de débitos de INSS para as indústrias lácteas. "Se isto não ocorrer, a maioria das micro, pequenas e médias empresas de laticínios não terão acesso ao crédito. É preciso uma solução urgente", alerta Massote. As pautas de reivindicação foram objetos de discussões com o governo, em reunião com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, no dia 21 de junho, em Brasília, e de audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, proposta pelo deputado federal Alceu Moreira, (PMDB/RS), na quinta-feira passada, dia 7 de julho. (Jornal do Comércio)

 
 
Setor amplia participação

O Relatório do Comércio Exterior do Agronegócio do Rio Grande do Sul, divulgado ontem pela Assessoria Econômica do Sistema Farsul, apontou um volume comercializado no mês de junho de 2,5 milhões de toneladas, equivalente 1,353 bilhão de dólares. O número, que corresponde a 75% do total de exportações gaúchas, representa um incremento de 10,8% no volume exportado em relação ao mesmo período do ano passado e de 1,65% comparado à maio de 2016. Em maio, o volume de exportações teve um crescimento de 46,6%, confirmando uma tendência de melhora dos negócios a partir do segundo trimestre do ano. De acordo com o documento da Farsul, o resultado positivo no final do primeiro semestre ajudou a amenizar a queda nas vendas, que foram 2,2% menores em relação aos primeiros seis meses de 2015. A China mantém a posição de grande comprador do agronegócio gaúcho, com 36,2% do total comercializado. (Correio do Povo)

O Brasil foi responsável por 60% do faturamento com as exportações de lácteos do Uruguai

O Brasil se transformou no principal destino das exportações de lácteos do Uruguai, representando 60% do faturamento no primeiro semestre do ano, informou a El Observador Mercedes Baraibar, técnica da área de informação econômica e estatísticas do Instituto Nacional de La Leche (Inale). Mesmo sem divulgar a quantidade adquirida pelo Brasil, o valor foi estimado pelo Uruguay XXI em US$ 158 milhões. Brasil e China - apesar do faturamento bem menor que o Brasil - foram destacados no primeiro boletim semestral de monitoramento de mercados que lançou esta semana o Inale. A informação divulgada se concentra nos mercados que são chaves para o Uruguai: Brasil, que importou 60% das divisas obtidas com lácteos; e a China, como mercado potencial no longo prazo, apesar de neste momento não estar tão forte, explicou Baraibar. A análise do Inale considera o comportamento dos mercados nos primeiros quatro meses de 2016 e sua comparação com o mesmo período do ano passado. 

Apesar da situação econômica complicada do Brasil e projeções de retração do consumo em geral - pela inflação e uma economia que crescerá levemente em 2017 - está previsto crescimento considerável das importações. Nestes itens, o Uruguai foi o primeiro ou o segundo fornecedor, dependendo do produto. Por outro lado, a China efetuou compras importantes nos primeiros meses de 2016, mas, a pergunta é se realmente houve recuperação da demanda, ou se está apenas considerando fazer estoques com preços baixos para os próximos meses, ressaltou Baraibar. 

Os Estados Unidos aumenta a oferta a taxas variáveis, mas, abaixo dos preços pagos pelos produtores, esperando que a produção desacelere. Situação idêntica ocorre na União Europeia. Já a Rússia, apesar das dificuldades, é um mercado importante para a manteiga do Uruguai e também tem efetuado compras pontuais de queijo e leite em pó desnatado. Em matéria de perspectivas, nada faz prever alteração na demanda ou retração da produção. Por isso, nada indica quando haverá recuperação dos preços. Mas, todos os analistas dizem que irão melhorar. Alguns opinam que será antes do final de 2016, e outros que será no primeiro semestre do próximo ano. Também é esperada uma desaceleração da produção, embora deva crescer 1,6%, ou a taxas menores. Isto significa um volume extra de leite no mercado, que em alguns lugares como nos Estados Unidos e União Europeia vão crescer nos estoques, dificultando a recuperação de preços, diz Baraibar. (El Observador, Tradução Terra Viva)

Goiás registra queda de mais de 6% na produção de leite no 1º semestre

O criador Gonçalves Costa é produtor de leite em Itaberaí. Foi a primeira vez que antecipou, em um mês e meio, o trato das vacas com silagem e ração. Não chove na região há mais de três meses. O pasto secou bem antes do previsto e para piorar, o milho, importante componente da ração, não rendeu. "De 600 toneladas, colhemos 100 toneladas de material ruim", afirma.

Em maio do ano passado a fazenda produziu 57 mil litros de leite. Em maio deste ano caiu para 41 mil litros, uma redução de 28%. Isso nunca tinha acontecido na fazenda. A fazenda faz parte de uma associação que conta com 60 produtores. Todos estão sofrendo para a alimentar o gado. "Se ele retira ou diminui essa comida, a vaca vai deixar de produzir 30 litros e produzir 20, 22, ou menos. No nosso grupo tivemos uma queda de 30%", comenta Eurípedes Bassamurfo, produtor de leite.

Para a Federação da Agricultura de Goiás, o clima só agravou uma crise que o produtor vem enfrentando nos últimos anos. O número de vacas ordenhadas no estado, caiu 3% em 2015. O produtor estaria descartando animais além do necessário.
"O produtor teve que sacrificar animais para pagar compromissos financeiros lá atrás. Estamos sentindo isso agora. Os preços aumentando, a produção caindo. E não é só Goiás, o Brasil teve uma queda de produção em torno de 8%", declara Edson Novaes, gerente econômico da Faeg. Segundo a Federação da Agricultura de Goiás, a queda da produção no estado nos últimos doze meses ficou em 8,7%, acima da média nacional. (Portal Lacteo)

 
Queijo artesanal em pauta no ministério
O deputado federal Alceu Moreira encaminhou documento ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, sugerindo que a pasta regulamente a produção de queijo artesanal. A ideia é estipular regras específicas para esta modalidade de produto. Moreira é autor de um projeto de lei que visa regulamentar a atividade. A estimativa é de que 80 mil estabelecimentos possam ser beneficiados, especialmente no Rio Grande do Sul e Minas Gerais. (Correio do Povo)
 
 

 

Porto Alegre, 11 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.306

 

 Rural Show supera expectativas e bate recorde de público em 2016

A oitava edição do Rural Show terminou na tarde deste domingo, dia 10 de julho. O evento, que já é considerado o maior da agricultura familiar do Brasil, novamente superou as expectativas e teve recorde de público, totalizando a participação de cerca de 45 mil pessoas. Durante os quatro dias do Rural Show, o público, que compareceu ao Centro de Eventos de Nova Petrópolis, teve a oportunidade de participar de palestras e dinâmicas, acompanhar encontros e reuniões para troca de experiências.

De acordo com o presidente da Cooperativa Piá, Gilberto Kny, este ano o objetivo do Rural Show foi de multiplicar o máximo de conhecimentos, tecnologias e inovações. "Acima de tudo, com o evento queríamos ampliar as tecnologias em mais áreas da economia do setor da agricultura familiar", relata.

A Emater/RS - Ascar, uma das promotoras do evento, trouxe diversas alternativas e novas tecnologias à exposição. "Nesta edição trouxemos uma pequena mostra do que trabalhamos no dia-a-dia. Para a feira selecionamos tecnologias destinadas ao produtor rural e também mostramos algumas alternativas para aquele público da cidade que tem interesse em inovações ligadas ao setor primário, como é o caso das energias alternativas e da hidroponia", explica o chefe do Escritório Municipal da Emater/RS - Ascar em Nova Petrópolis, Luciano Hamilton Ilha.

O produtor de amora, Edilson Sebastião Ribeiro, de São João do Triunfo, do Paraná, veio à Nova Petrópolis especialmente para o Rural Show em busca de alternativas para a mosca-das-frutas. No espaço da Emater/RS - Ascar ele encontrou soluções e também recebeu orientações quando ao plantio de morango, cultura que está iniciando em sua propriedade. "O Rural Show foi promissor. Não pretendo perder as próximas edições", relata Ribeiro.

A Emater/RS - Ascar participa ativamente desde a primeira edição do Rural Show. Neste ano, a entidade promoveu excursões com o objetivo de aproximar ainda mais o trabalhador do campo. Da área de atuação dos escritórios regionais de Lajeado, Porto Alegre, Passo Fundo, Soledade e Caxias do Sul foram 120 excursões vindas de diversos municípios gaúchos.

A credibilidade que o Rural Show adquiriu se fez notar ao longo dos quatro dias de feira com intensa movimentação de público e também com a presença de autoridades ligadas ao setor.  Para o subsecretário da Agricultura e Pecuária do Estado do Rio Grande do Sul e presidente da Expointer, Sérgio Bandoca Foscarini, o Rural Show é um evento muito importante para o Estado. "Ele fornece uma visibilidade diferente por se tratar de uma feira menor. Tenho certeza que muitas inovações que vi aqui, levarei para a Expointer 2016", salienta.

Além das dinâmicas, a oitava edição do Rural Show contou com a exposição de 180 stands, sendo 45 agroindústrias. No Centro de Eventos foi criado um espaço exclusivo para apresentação e comercialização dos produtos e serviços das pequenas agroindústrias familiares e do artesanato rural do Estado.

Representando os expositores desta edição, o representante técnico de Vendas da Bayer Saúde Animal, Júlio Cesar Martino, agradeceu pela oportunidade e garantiu que o Rural Show é um evento diferenciado e consolidado, que leva informações importantes para o produtor, o que torna ele mais eficiente. "No Rural Show estamos contribuindo não só com a cadeia leiteira, mas também com toda a agricultura. Aqui, fornecemos informações que podem ser utilizadas no dia-a-dia na propriedade. São conhecimentos que fazem diferença nos dias de hoje", completa Martino.

Para o secretário da Agricultura e Pecuária do Estado do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, é importante reconhecer o trabalho que vem sendo feito em Nova Petrópolis. "Estamos num evento de fortalecimento do nosso setor agropecuário. Está no DNA do gaúcho a capacidade de produzir alimentos", frisa.  Na ocasião, o secretário ainda elogiou o trabalho que a Cooperativa Piá vem realizando. "A Piá é uma referência não só para nosso Estado, mas para todo o Brasil, de como o trabalho é feito com seriedade. A Cooperativa busca efetivamente o apoio ao produtor e faz com que o leite seja produzido com a melhor qualidade para disponibilizar ao consumidor", completa.

Neste ano, o Rural Show também recebeu um importante encontro para o segmento do leite, a Reunião Conjunta das Câmaras de Leite da Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB e da Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul - OCERGS. O encontro contou com a participação do presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas.

Kny aprovou a realização do Rural Show 2016. "Nesses quatro dias recebemos agricultores que de 340 municípios, cerca de 5 mil famílias rurais estiveram presentes nesse que é o único evento do agronegócio familiar empreendedor que ocorre no auge do inverno gaúcho".

O Rural Show teve organização da Cooperativa Piá, Emater/RS - Ascar e Prefeitura Municipal de Nova Petrópolis e contou com o apoio de diversos financiadores: Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do Rio Grande do Sul - SDR, Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Sul - FETAG, Instituto Gaúcho do Leite - IGL, Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul - Sindilat RS, Tetra Pak, SIG Combibloc, Sistemas OCERGS/SESCOOP RS, Badesul, Sicredi Pioneira, HDA Iluminação LED e Milkpoint. (Assessoria de Imprensa Piá)

  
Crédito: Mauro Stoffel                                                                  Crédito: Jéssica Simões
 
Presidente do Sindilat, Alexandre Guerra comenta sobre aumento do leite

O consumidor tem notado que o preço pago pelo litro do leite, se elevou nos últimos dias. De maio para junho, o preço do leite longa vida integral no Estado subiu 14%, de acordo com a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). Para o leite natural tipo C, o aumento foi de 12%. A explicação, segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat) Alexandre Guerra, isso é resultado de inúmeros fatores. Entre eles, a lei da oferta e da procura. 

O Diretor da Cooperativa Santa Clara de Carlos Barbosa, em conversa com a reportagem da Rádio Estação, comentou sobre os fatores que contribuíram para a elevação do produto na gondolas, informando que ocorreu uma queda na produção de leite nos últimos meses, porém, a procura aumentou. Destacando também, que as baixas temperaturas acabaram prejudicando as pastagens. Alexandre reforça, que o consumidor não deve notar redução no preço do produto a curto prazo.  Para ouvir o áudio, CLIQUE AQUI. (Estação FM)

Danone compra grupo americano de alimentos orgânicos por US$ 10,4 bi 

A Danone SA fechou a compra da empresa americana de alimentos orgânicos WhiteWave Foods Co. por US$ 10,4 bilhões. O negócio vai dar à gigante francesa dos lácteos uma fatia do crescente mercado de alimentos orgânicos e mais do que dobrar sua receita na América do Norte. A Danone informou ontem que vai pagar US$ 56,25 em dinheiro por ação da WhiteWave. O negócio ¬ a maior aquisição feita pela empresa nos últimos dez anos ¬ deve impulsionar sua linha de produtos mais sofisticados com marcas que incluem o leite Horizon Organic, o iogurte Wallaby Organic e as saladas embaladas Earthbound Farm, que segundo a WhiteWave são líderes de mercado em suas categorias. O anúncio ocorre quase 18 meses após o diretor¬presidente da Danone, Emmanuel Faber, ter assumido o comando da empresa prometendo levá¬la de volta a um crescimento sustentável, em parte reestruturando seus negócios na China e promovendo ajustes na sua unidade de produtos lácteos frescos. As ações da WhiteWave saltaram 18,6% ontem, para US$ 56,23, na Bolsa de Nova York, praticamente o mesmo valor da oferta apresentada pela 

Danone, já que os investidores apostam que a empresa pode atrair uma proposta mais alta. "Os alimentos embalados estão sob pressão, mas o que eles estão comprando é esse produto alimentício sofisticado", que não está na faixa inferior de preços do mercado, diz Jon Cox, analista da firma europeia de serviços financeiros Kepler Cheuvreux. "Esse mercado está crescendo muito rapidamente na América do Norte e globalmente." É o primeiro negócio de grande porte fechado na Europa desde o referendo de 23 de junho, quando o Reino Unido votou por sair da União Europeia, decisão chamada de Brexit. O resultado da votação desencadeou duas semanas de turbulências no mercado, incluindo uma acentuada depreciação da libra esterlina, que caiu mais de 10% ante o dólar. A iminente saída britânica do bloco está gerando receios de que o apetite por fusões e aquisições diminua no Reino Unido e na Europa e que negócios em andamento possam ser adiados. 

O acordo entre a Danone e a WhiteWave também indica que as multinacionais europeias estão redirecionando o foco de fusões e aquisições para a América do Norte, depois de terem priorizado por muitos anos os voláteis mercados emergentes. "De certa forma, a Brexit reforça a lógica da transação porque ela destaca o valor de grandes negócios em locais estáveis", disse o diretor¬presidente da WhiteWave, Gregg Engles. Nos últimos anos, a empresa americana tem obtido uma das maiores taxas de crescimento no setor, graças à demanda cada vez maior por alimentos saudáveis e orgânicos, a qual vem transformando a indústria alimentícia. Ao contrário do que ocorre em muitas grandes empresas de alimentos, as vendas da maioria dos produtos da WhiteWave crescem na faixa de dois dígitos. No ano passado, a WhiteWave registrou lucro de US$ 168 milhões e receita de US$ 3,9 bilhões. A Danone, cujo portfólio inclui produtos como as marcas de iogurte Activia e Actimel, elevou recentemente suas estimativas para 2016, mas seu desempenho tem sido prejudicado pela desaceleração em mercados emergentes, como Brasil e Rússia. 

A aquisição da WhiteWave fará com que a América do Norte responda por 22% da receita da Danone, ante 12% hoje, dando a ela melhores condições de concorrer com rivais como a suíça Nestlé SA nos EUA. "Isso nos permitirá melhorar o perfil de crescimento da Danone e reforçar nossa solidez através de uma plataforma mais ampla na América do Norte", disse Faber. A WhiteWave surgiu de um desmembramento da Dean Foods, em 2013, e analistas especularam que ela poderia se tornar um alvo para outras empresas de alimentos. Ela também colocou o pé no mercado de fusões e aquisições nos últimos anos, comprando a empresa de alimentos nutricionais Vega e a de lácteos Wallaby Yogurt Co., em 2015. As equipes de gestores da Danone e da WhiteWave se conhecem há 15 anos, disse Faber. Conversas sobre uma possível união ganharam força este ano, quando a Danone definiu um novo comitê executivo e deu sequência à sua reestruturação. A oferta dá à WhiteWave um valor de cerca de US$ 12,5 bilhões, incluindo dívidas e algumas outras obrigações. Os analistas ressaltaram que o preço pago não foi baixo. A Danone está pagando 40 vezes o valor estimado do lucro da WhiteWave em 2017, enquanto as empresas europeias do setor de consumo costumam ser negociadas pela metade desse múltiplo, diz James Edwardes Jones, analista do banco canadense RBC Capital Markets. "É um preço alto, mas obviamente eles estão comprando uma empresa com crescimento muito maior do que o do setor de consumo europeu", diz ele. Os investidores receberam bem a notícia. As ações da Danone subiram cerca de 2% em Paris. A Danone irá financiar a aquisição por meio de dívida e espera ampliar seu lucro operacional em US$ 300 milhões até 2020. Ela registrou lucro operacional de 2,21 bilhões de euros (US$ 2,45 bilhões) no ano passado. (Valor Econômico)

"Plano A é controle de despesas, B é privatização e C é imposto"

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, propôs como meta para as contas do governo federal em 2017 um déficit máximo de R$ 139 bilhões, sem contar os gastos com juros. Para atingir a meta, suas estratégias incluem de privatizações ao aumento do tributo sobre a gasolina (Cide), do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e do PIS-Cofins, que abrange, por exemplo, alimentos como o salmão, um "item de luxo". A seguir, trechos da entrevista concedida à Agência Estado.

A meta fiscal menor acabou surpreendendo?
A medida mais importante foi a redução das despesas. Caso as despesas continuassem com o ritmo dos últimos 16 anos, teríamos déficit de R$ 274 bilhões. Para chegarmos ao déficit de R$ 139 bilhões, consideramos R$ 80 bilhões de cortes. Essa foi a grande alteração.

De onde virá esse corte?
Eles dependem da aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que cria um teto para o gasto público. Teremos um limitador importante para saúde e educação, que passam a crescer no mesmo ritmo do teto. Caso se considere que existe possibilidade de a PEC não ser aprovada, aí a correção terá de ser nos demais gastos não previdenciários. Não é um corte de R$ 80 bilhões em cima de um patamar atual. Existe, sim, uma limitação de crescimento, que é de R$ 80 bilhões. É o que seria se as despesas crescessem no ritmo real de 6% acima da inflação.

A PEC garante esse corte?
Garante. Só o controle de despesa levaria a déficit de R$ 194 bilhões. Com a recuperação das receitas, cai para R$ 139 bilhões.

Como será essa recuperação de receitas? Com alta da Cide?
Nos últimos anos, as receitas tributárias têm caído sistematicamente como proporção do PIB. No momento em que há uma recuperação, a curva da confiança reage - o que já está acontecendo. Nossa expectativa é de que isso, no devido tempo, comece a se refletir na arrecadação tributária e portanto haja, em 2017, uma recuperação.

Mas não suficiente...
Teremos privatizações, concessões, outorgas, etc. Elas virão de qualquer maneira. Como virá de qualquer maneira a recuperação da receita. Se chegarmos a 31 de agosto com a conclusão de que há risco de a meta não ser cumprida, podemos ter aumento de impostos.

As privatizações são uma rede de segurança?
Isso. Tem uma segunda rede, que é aumento de imposto. Inclusive alguns de trâmite mais rápido, como a Cide. Ou alguns que dependam do Congresso, como o PIS-Cofins.

O PIS-Cofins seria um aumento para setores específicos?
Existem estudos para setores específicos. Por exemplo, produtos de luxo que estão incluídos na cesta básica, como o salmão.

A discussão é se o salmão é básico ou luxo?
Não é básico. Outro peixe não serve? Digamos, um robalo? É um exemplo de pequeno montante, mas que pode ser aplicado.

O Brasil terá uma nova onda de privatizações?
Sim. É a nossa opinião. Vai muito além do que estamos calculando como meta primária. A geração de receitas para União e Estados é um efeito secundário. Mais importante é aumentar o potencial de crescimento da economia.

O crescimento vem mais rápido do que se está esperando?
É possível, sim. Por isso, estou dizendo que é necessário dar confiança de que a meta será cumprida. E será. Por isso que não temos apenas o plano A, que seria o controle das despesas e o aumento da arrecadação. Além disso, tem as privatizações, que são o plano B, e o plano C, que são os tributos.

A reforma da Previdência está nessa conta?
Vamos por partes. Não está para 2017. Para 2019, também não.

Como o impeachment afeta a sua estratégia?
Não estamos levando em conta esse ponto. No entanto, caso haja recuperação maior da confiança, na hipótese de ser concluído o processo, teremos recuperação maior ainda do que estamos prevendo. (Zero Hora)

 
PIS/Cofins 
A Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100), divulga as empresas que tiveram os projetos de investimentos de suas associadas aprovados pela antiga Secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo do Mapa, e atual Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo do Mapa, para aquisição de créditos presumidos da contribuição PIS/Pasep e da Cofins da aplicação no Programa Mais Leite Saudável. Desde março de 2016 o Diário Oficial da União (DOU) publica as decisões, e as empresas devem ficar atentas aos prazos de vigência dos referidos projetos, muitos dos quais encerram-se em dezembro de 2016. Link para consulta. (G100/DOU)

Porto Alegre, 08 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.305

 

 Sindilat participa de Rural Show em Nova Petrópolis 
 

 
O Sindicato da Indústria de Laticínio do RS participou hoje, dia 07, a 8º edição do Rural Show 2016, no Centro de Eventos, em Nova Petrópolis. O evento é a maior feira de agricultura familiar do país, e apresenta, durante quatro dias, uma programação cheia de novidades. Nesta edição, o evento vai difundir e multiplicar inovações e tecnologias aos pequenos e médios produtores, especialmente para aquele que atua nas áreas de gado de leite, horticultura e fruticultura.

No Rural Show também serão realizadas exposições, palestras, debates sobre temas ligados ao campo, reuniões entre entidades do setor, concurso de novilhas das raças Jersey e Holandesa, apresentações de Border Collie no pastoreio das ovelhas e shows musicais. Com um espaço exclusivo no Centro de Eventos, a comercialização de produtos e serviços das pequenas agroindústrias familiares e do artesanato rural do Estado estarão disponíveis. 

Promovido pela Cooperativa Piá, Prefeitura Municipal de Nova Petrópolis e Emater-RS/Ascar, com apoio do Milkpoint, o Rural Show é considerado o maior evento da agricultura familiar do Brasil. Em sua última edição, em 2014, reuniu 55 mil pessoas, e neste ano, terá a participação de 44 agroindústria e de excursões de 340 municípios gaúchos. A expectativa dos promotores é, este ano, chegar a mais de 60 mil visitantes durante os quatro dias. (Assessoria de Impressa Sindilat)

 
 
Tecnologia alemã no leite


 

Testado no campo pela Cooperativa Piá, um sistema alemão de coleta automatizada de leite é uma das principais atrações do Rural Show 2016, iniciado ontem em Nova Petrópolis. O equipamento, acoplado entre a cabine e o tanque do caminhão, faz a captação do produto, das amostras individuais e, ainda, registra as informações de origem. A tecnologia é capaz de coletar 72 amostras e também reconhecer o produtor por GPS.

- O sistema informatizado pode ser um ponto de partida para modernizarmos o processo de coleta atual - explica Gilberto Kny, presidente da Cooperativa Piá, organizadora do evento ao lado da Emater e da prefeitura de Nova Petrópolis. O equipamento, importado da Alemanha por 50 mil euros, gerencia também a distribuição do leite nos compartimentos do veículo. No final do processo na propriedade, emite um ticket com as informações da coleta.

Até domingo, mais de 60 mil pessoas deverão visitar o Rural Show, feira voltada à agricultura familiar e ao cooperativismo. Com 180 expositores, dos quais 45 agroindústrias, a feira tem também exposição de máquinas agrícolas e de bovinos de leite das raças holandesa e jersey. - O evento é um espaço para integrar organizações e apresentar novas tecnologias para os produtores aumentarem a eficiência das propriedades - resume Kny. (Zero Hora)

Símbolo da classe C, iogurte perde espaço na cesta de compras 

O alongamento da crise econômica no país levou consumidores a cortar o consumo de iogurtes ¬ produto considerado símbolo do aumento do poder de compra da população. De acordo com a consultoria Kantar Worldpanel, o mercado de iogurtes encolheu 5,7% em volume de vendas no ano passado e segue no mesmo ritmo este ano. As categorias grego e iogurte líquido (para beber) são exceções, com crescimentos de 3,7% e 2,7%, respectivamente. No segmento de valor agregado alto, o consumo de linhas light recuou 14,8% em 2015. As versões com polpa de fruta também apresentaram queda de 15,5%. Os rótulos funcionais sofreram redução maior: de 21,2%. "Antes os consumidores ainda mantinham o consumo de produtos premium. Agora cortam também essas linhas. 

De modo geral, os brasileiros começam a abrir mão das suas conquistas de consumo", disse Christine Pereira, diretora da Kantar, acrescentando que esse movimento também acontece em outras categorias de produtos. A francesa Danone ¬ dona das marcas Activia, Danone e Paulista ¬ lidera o mercado brasileiro de iogurtes, com 37,3% de participação, de acordo com a Euromonitor International. No primeiro trimestre deste ano, a Danone informou em seu balanço que seu desempenho no Brasil foi prejudicado pela rápida desvalorização do real em relação ao euro e pelo ambiente de instabilidade no país. A companhia também afirmou que, apesar do resultado negativo em iogurtes, houve crescimento de dois dígitos nas vendas na área de nutrição para bebês e no segmento de nutrição médica. Globalmente, as vendas da empresa caíram 3% de janeiro a março, para € 5,3 bilhões. 

O fato de a Danone ter comprado ontem a americana WhiteWave Foods, que fabrica alimentos e bebidas orgânicas, mostra que a gigante francesa está apostando em um novo setor para voltar a crescer. (Ver reportagem na página B8) No Brasil, as companhias tentam se adaptar ao novo momento do consumidor, reforçando linhas que ainda avançam, como a do iogurte grego, e colocando no mercado embalagens econômicas. O Grupo Lactalis, dono da marca Batavo e de uma participação de 5,1% no mercado, lançou uma versão maior, de 500 gramas, para seu iogurte grego. "Com uma embalagem mais econômica, a companhia oferece a possibilidade de consumir o iogurte grego com melhor relação custo benefício em relação às embalagens individuais [de 120 gramas]", disse Guilherme Portella, diretor de relações institucionais do Grupo Lactalis do Brasil. 

Em reação, companhias reforçam linhas que ainda crescem, como a do iogurte grego, e lançam embalagens econômicas No primeiro semestre, a Lactalis também lançou embalagens "tamanho família" para suas linhas de iogurtes líquidos e light. No segundo semestre, a companhia reformula as embalagens de petit suisse. A companhia não divulga dados sobre seu desempenho no Brasil. Portella disse apenas que o mercado nacional de iogurtes tem se mostrado "desafiador, mas o desempenho positivo em algumas categorias, como iogurtes gregos e sobremesas lácteas, tem ajudado a equilibrar a performance". 

A Vigor, do grupo JBS, também aposta no iogurte grego e no aumento da distribuição de seus produtos para crescer no país. Anne Napoli, diretora de marketing da Vigor, disse que as vendas da companhia cresceram 5,3% no período de janeiro a maio, enquanto o mercado como um todo encolheu 5% no mesmo intervalo. A Vigor é a sexta maior marca do setor, com 1,6% de participação. "É uma combinação de fatores. A companhia expande as vendas em várias regiões, antes atuava muito concentrada em São Paulo. Outro ponto é a inovação, com a introdução de linhas de iogurte grego, produtos infantis e embalagens econômicas, que ajudam na composição do crescimento", afirmou Anne. Há duas semanas, a Vigor inaugurou uma fábrica em Barra do Piraí (RJ), fruto de investimento de R$ 130 milhões, para produção de iogurtes, leite longa vida e itens para cadeias de restaurantes. A unidade vai atender o Rio de Janeiro, Minas Gerais e o Espírito Santo. Anne disse ainda que a Vigor pretende colocar novas linhas de produtos no varejo neste semestre. A Nestlé, segunda colocada no mercado de iogurtes, com 20,8% de participação, informou que investiu em lançamentos, com as linhas de iogurtes sem lactose para o público infantil e adulto, iogurte grego em versões light e um petit suisse com sabor de leite. Dona de marcas como Chamyto, Molico e Ninho, a Nestlé informou que segue com crescimento nas vendas das principais categorias do mercado, mas não citou números. 

A companhia também observou que o foco da área de publicidade estará nas linhas de iogurte grego. Apesar da redução nas vendas em volume, o mercado brasileiro de iogurte ainda registrou aumento de receita no ano passado. De acordo com dados da Euromonitor International, a alta em valor foi de 7,8% em 2015, totalizando R$ 14,64 bilhões. Para o período de 2015 a 2020, a Euromonitor estima que esse mercado crescerá, em média, 4,2% ao ano em receita, chegando ao fim do período a R$ 17,95 bilhões. O cenário difícil não tem impedido companhias de outros segmentos de investir nesse mercado. A Coca¬Cola anunciou a compra, em dezembro, da fabricante mineira de lácteos Verde Campo. No mesmo mês, a General Mills adquiriu a fabricante de iogurte paranaense Carolina. (Valor Econômico)
 

Safra menor no brasil
A redução de 8,4% na safra brasileira de grãos no ciclo 2015/2016, segundo o IBGE, deve-se à falta de chuva no Centro-Oeste e nos Estados que formam o Matopiba - resultado do fenômeno El Niño. O clima no cerrado prejudicou em maior proporção as lavouras de milho, especialmente a safrinha - plantada após a colheita da soja.
No Rio Grande do Sul, o efeito do fenômeno foi o contrário: excesso de chuva. Embora tenha causado perdas na lavoura de arroz, o clima afetou menos a safra gaúcha, na comparação com a nacional. Exceto o arroz, todas as culturas tiveram aumento de produtividade. (Zero Hora)
 
 

Porto Alegre, 07 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.304

 

 Balança comercial de lácteos: em 6 meses, déficit na balança de lácteos supera 2015

A balança comercial de lácteos teve um déficit de 22 mil toneladas em junho, uma leve redução de 1% sobre o déficit apresentado no mês anterior. Em valores, o déficit da balança de lácteos foi de US$ 53,8 milhões.

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto.
 
Fonte: MDIC

As exportações apresentaram queda de 4,3% em volume e de 12,7% em valor. Em junho, foram exportadas 3,6 mil toneladas de produtos lácteos, contra 3,7 mil toneladas em maio. Na comparação com junho de 2015, há uma queda de 25,4% das exportações. As importações também apresentaram queda (-1,5% em relação a maio). O leite em pó integral apresentou queda de 16% no volume importado, mas ainda assim com o expressivo volume de 15 mil toneladas importadas. Já o leite em pó desnatado teve uma alta relevante, de 38% sobre maio, chegando a 2,4 mil toneladas. Outros itens como soro de leite (+29%) e manteigas (+89%) e queijos (+ 10%) também apresentaram aumentos expressivos nos volumes internalizados. 

As importações de leite em pó (tanto integral quanto desnatado), vieram, em grande parte, do Uruguai, país que foi origem de 73% das compras do produto no mês de junho. Outras 3,3 mil toneladas vieram da Argentina (19,1% do total), mil toneladas do Chile (5,6% do total) e 382 toneladas dos EUA (2,2% do total importado). Analisando as quantidades em equivalente-leite (a quantidade de leite utilizada para a fabricação de cada produto), a quantidade importada foi de 190,5 milhões de litros em junho, queda de 5,4% em relação a maio. No entanto, os níveis continuam elevados: na comparação com junho de 2015, o aumento nas importações em equivalente-leite é de 97%. 

Já as exportações em equivalente-leite seguem sem grandes volumes, com 22 milhões de litros de leite exportados em junho (-8,9% em relação a maio). Devido a isso, o saldo da balança comercial de lácteos foi negativo em 170 milhões de litros. No ano, o déficit da balança comercial de lácteos é de 690,5 milhões de litros, volume maior que todo o déficit do ano de 2015 que havia sido de 563,4 milhões de litros. (MilkPoint, a partir de dados do MDIC)

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial de lácteos em equivalente-leite (milhões de litros/mês).

 
 
Leite segue em alta no país; lá fora, recuperação só em 2017

Enquanto os preços internacionais de lácteos seguem em níveis historicamente baixos, as cotações domésticas continuam a subir, e ainda não está claro quando a alta dará uma trégua. Levantamento da MilkPoint indicou aumento de 14,3% nos preços médios do leite no mercado spot (negociação entre laticínios) no Brasil, nas transações para entrega do produto na primeira quinzena de julho em comparação ao período anterior. A cotação do leite subiu R$ 0,27, para R$ 2,16 por litro. A valorização no spot reflete as altas do leite longa vida e do queijo mozzarela no atacado, observou Valter Galan, analista da MilkPoint. Em junho, segundo ele, o leite longa subiu R$ 0,66, para R$ 3,79 por litro no atacado de São Paulo. Já o queijo teve alta de R$ 4,39 por quilo no período, para R$ 21,79. 

Os preços no spot e ao produtor têm subido por conta da menor oferta de leite no país. A estimativa da MilkPoint é que tenha havido recuo entre 6% e 7% na produção no semestre em relação a igual período de 2015. Segundo o IBGE, no primeiro trimestre, a retração foi de 4,5%, para 5,86 bilhões de litros. A expectativa de Galan é que o ritmo de queda da produção diminua no semestre atual. "A relação de troca com os insumos para o produtor deve melhorar", disse. Desde a segunda metade de 2015, a alta do milho vinha desestimulando o investimento na alimentação do gado, o que afetou a produção de leite no país. Mas agora os preços do grão começaram a cair com a colheita da safrinha. Embora haja expectativa de que a oferta de leite comece a melhorar neste semestre, o que pode desacelerar a alta, ainda haveria espaço para repasses aos produtos finais no varejo, segundo Galan. 

Isso porque, apesar de terem registrado alta expressiva, subiram menos que no atacado. Entre janeiro e junho, os preços nominais do longa vida no atacado subiram 63,2%, considerando as médias mensais. No varejo, tiveram alta de 35,8%, conforme dados compilados pela MilkPoint. No mercado internacional, que tem registrado estabilidade recentemente, a expectativa é de que os preços dos lácteos comecem a subir no primeiro semestre de 2017, segundo o holandês Rabobank. Mas, em relatório divulgado ontem, o banco admite que os altos níveis de estoques e a demanda global ainda fraca por lácteos podem ameaçar a recuperação prevista. Outro fator que pode afetar a recuperação é a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia. O enfraquecimento do euro em relação ao dólar por conta do Brexit aumentaria a competitividade dos lácteos europeus na exportação. Isso reduziria o nível dos estoques na UE, mas colocaria pressão sobre as cotações internacionais, já que manteria os preços ao produtor de leite europeu em níveis favoráveis. 

Diante do atual cenário ¬ de oferta ainda crescente de lácteos na União Europeia, EUA e Nova Zelândia e de uma demanda que patina na Rússia e cresce pouco na China ¬, o Rabobank prevê um aperto na oferta no ano que vem. Isso, à medida que os pecuaristas ao redor do mundo ajustem a produção como reflexo dos preços baixos. "Produção menor e aumento estável da demanda nos EUA e Europa irão significar que os excedentes exportáveis na maior parte das regiões exportadoras serão dramaticamente reduzidos". Isso representaria, calcula o banco, uma redução de mais de 1,5 milhão de toneladas nos volumes disponíveis no segundo semestre para atender o mercado global. (Valor Econômico)

 
O faturamento das exportações uruguaias caiu 12% no primeiro semestre do ano
O faturamento do Uruguai foi de US$ 273 milhões, na metade de 2016. As exportações de lácteos no primeiro semestre do ano caíram 12% em valor em relação ao primeiro semestre de 2015. Totalizaram US$ 273 milhões, de acordo com dados da Alfândega, processados pelo Instituto Uruguai XXI, publicados no site lecheriauy.com.
A queda foi registrada "apesar do Brasil, o principal destino das exportações do setor, ter aumentado em 44% as compras quando comparadas com o primeiro semestre de 2015", detalha o boletim mensal de comércio exterior. O Brasil foi de longe, o principal destino dos lácteos locais em valor, totalizando US$ 158 milhões, no acumulado de janeiro a junho. Leite em pó, queijo e manteiga foram os principais produtos exportados. Em segundo lugar ficou a Argélia, com US$ 30 milhões, e em terceiro lugar esteve a Rússia, com US$ 20 milhões. O Brasil foi o principal mercado para os lácteos uruguaios no primeiro semestre do ano. Destinos como México, Argélia, e Venezuela tiveram o maior percentual de retração nas vendas do setor. As compras da Argélia e do México caíram pela metade em relação ao mesmo período do ano passado, e a Venezuela, praticamente não houve alteração. De acordo com o boletim, os preços explicam a retração nas vendas de lácteos, com uma queda inter anual de 16%, ainda que nos casos do leite em pó e queijos as reduções nos preços tenham sido maiores. "Vale lembrar que a perda do mercado venezuelano influenciou a mencionada queda de preços, já que as colocações nesse país eram realizadas a preços médios maiores do que os outros mercados", destacou o Uruguay XXI. (El Observador, Tradução Terra Viva)
 

Porto Alegre, 06 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.303

 

  Lactose no rótulo é informação obrigatória

Foto: DOU - Diário Oficial da União

Agora é lei: toda embalagem deve trazer no rótulo a informação sobre o produto conter, ou não, lactose em sua composição. O anúncio foi feito hoje através do Diário Oficial da União. De acordo com a ASBAI, Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, a intolerância à lactose é uma desordem metabólica onde a ausência da enzima lactase no intestino determina uma incapacidade na digestão de lactose (açúcar do leite) que pode resultar em sintomas intestinais como distensão abdominal e diarréia.

Apesar do número crescente de pessoas adeptas ao uso de alimentos sem esse açúcar do leite, a Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição divulgou um posicionamento onde afirma que "pessoas com intolerância à lactose devem ser avaliadas individualmente, e que de acordo com a sintomatologia, o consumo de leite e derivados lácteos deve ser reduzido e não excluído, principalmente para adolescentes e adultos jovens." 

Existem três tipos de deficiência de lactase, a mais comum é a diminuição da capacidade de absorção na fase adulta, mas é possível encontrar também pessoas que já nascem com essa intolerância.

Redução da lactase do adulto: caracteriza-se por diminuição da quantidade de lactase produzida após o desmame. Essa condição é geneticamente determinada e permanente. As manifestações dessa deficiência costumam ser evidentes por volta dos 2 aos 15 anos de idade. Alguns dos sintomas são distensão abdominal, flatulência e cólica abdominal do tipo recorrente.

Intolerância Genética ou primária: é uma disfunção rara resultante de herança recessiva. Há poucos casos documentados no mundo, quase todos na Finlândia e nenhum no Brasil. Os bebês que apresentam essa condição nascem saudáveis e apresentam os sintomas nos primeiros dias de vida (distensão abdominal, vômitos, diarreia líquida volumosa e de odor ácido) quando amamentados ou alimentados com fórmulas lácteas.

Intolerância Secundária: é decorrente de condições patológicas que afetam a integridade da mucosa gastrointestinal, sejam elas permanentes (doença celíaca, galactosemia, doença de Crohn, retrocolite ulcerativa, fibrose cística, grandes ressecções intestinais) ou transitórias (parasitoses, gastroenterites, infecção por rotavírus, subnutrição proteico-calórica).

Hoje as marcas estão se adaptando a esse novo mercado; é possível encontrar com facilidade leites, cremes de leite, queijos, leite condensado, requeijão e até manteiga já sem lactose e que podem ser consumidos, inclusive, no preparo de bolos e pães, sem perder o sabor! (Blog Campo e Saúde/Canal Rural)
 
 
Encontro das Entidades Promotoras do 5º AVISULAT 2016 e Presidente da FIERGS

As entidades organizadoras da 5º Edição do AVISULAT - Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios, realizaram nesta terça-feira (05) na Sede da ASGAV em Porto Alegre/RS, um Café da Manhã com o Presidente do Sistema FIERGS - Dr. Heitor José Müller.

Na ocasião, foram abordados alguns temas de sua atual gestão e perspectivas para  indústria e o Agronegócio do RS nos próximos anos.

Estiveram presentes Nestor Freiberger - Presidente da ASGAV / SIPARGS, José Eduardo dos Santos - Diretor Executivo da ASGAV/ SIPARGS, Alexandre Guerra - Presidente do SINDILAT, Darlan Palharini - Secretário Executivo do  SINDILAT, José Roberto Fraga Goulart - Presidente do SIPS, Rogério Kerber - Diretor Executivo do SIPS, Rejane Kieling - Gerente Financeira do SIPS, Zilmar Moussalle - Diretor Executivo do SICADERGS, Renato Kreimeier - Vice Presidente da Cooperativa Languirú, Jorge Serpa - Coordenador de Articulação Empresarial CAEMP - Sistema FIERGS/CIERGS  e o Dr.  Heitor José Müller - Presidente do Sistema FIERGS. 

O 5º AVISULAT 2016 já está com sua programação preliminar disponível no site www.avisulat.com.br. "Iniciamos uma etapa de mobilização das entidades, seus dirigentes e  associados para chegarmos em novembro preparados para evidenciar os pleitos e desafios  dos setores e  voltarmos a ser mais competitivos." comenta Eduardo - Coordenador Geral do AVISULAT.

A feira do AVISULAT de equipamentos, serviços e tecnologia têm registrado boas adesões, inclusive com a presença confirmada de empresas, chinesas, francesas e outras multinacionais. O evento será realizado de 22 a 24 de novembro de 2016 no Centro de Eventos FIERGS em Porto Alegre/RS. (Fonte: C.I. Avisulat 2016 )

 

 
 
Cresce número de vacas leiteiras enviadas ao abate no Uruguai

No mês passado, foram abatidas 10.563 vacas leiteiras no Uruguai, número que representa 20% a mais que em maio de 2015, segundo dados do Instituto Nacional do Leite (Inale). No acumulado do ano (janeiro-maio), foram abatidas 46.037 vacas, 17% a mais, ou 6.744 vacas a mais, com relação ao ano anterior. Tomando os últimos 12 meses (junho de 2015 a maio de 2016) como referência, foram abatidas 119.947 vacas leiteiras no Uruguai, 23% a mais (22.294 vacas a mais) comparado com o mesmo período anterior.

Em 2015, as exportações de lácteos do Uruguai sofreram uma queda de 22%, alcançando um faturamento de US$ 631 milhões, dado principalmente por uma queda muito importante nos preços recebidos pelos produtos comercializados, que superou o aumento registrado nos volumes exportados (8%).

A crise do setor leiteiro continua e o endividamento dos produtores de leite segue crescendo, com preços pelo leite enviado baixos e com os custos altos. Como consequência, as fazendas leiteiras reduzem a quantidade de vacas em ordenha e apostam em animais que produzem ou que têm maior vida útil dentro da fazenda. O resto, vai direto ao abate ou, no caso das vacas de maior produção entre as descartadas, vão para as mãos de fazendas menores.

Por sua vez, as empresas se apoiam na base pastoril e reduzem o volume de concentrado e de reservas que vem dado às vacas com o intuito de adequar os custos aos preços do leite.

Futuramente, é muito provável que o número de vacas enviadas ao abate continue crescendo nos próximos meses e que o endividamento do setor leiteiro siga aumentando, sem sinais claros de saída. (As informações são do El País Digital)

BNDES: estimular concessões de infraestrutura agropecuária é prioridade

O superintendente da área agropecuária do BNDES, Marcelo Porteiro Cardoso, disse que um dos focos do banco é estimular concessões no setor de infraestrutura para o agronegócio. "Essa é uma agenda bem prioritária para o banco hoje e pode gerar muitos benefícios para o agronegócio, que tem a infraestrutura ainda hoje como uma agenda carente de avanços", disse o executivo no Global Agribusiness Forum 2016 (GAF 16), em São Paulo. 

Para ele, a infraestrutura é um tema central, já que o custo de transporte hoje no País é ainda muito elevado. "Temos uma concentração do escoamento da safra nas regiões Sul e Sudeste e temos oportunidades de ampliar o escoamento via Norte e Nordeste, ganhando eficiência e reduzindo custos", afirmou.

Segundo Cardoso, o BNDES é hoje uma fonte importante de financiamento do setor, representando 50% dos aportes do segmento no País. "O banco tem forte parceria com as cooperativas de crédito e outros", afirmou. Dentro do Finame, o agronegócio representa 25% da demanda, com destaque especial ao programa Moderfrota. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)

Promoção é importante, mas nem tanto
Essa é uma das conclusões de pesquisa recente realizada pelo banco de investimento UBS Equity Research Latam, com 500 consumidores de São Paulo, Porto Alegre e Salvador, das classes sociais B, C e D/E. Para a maioria dos entrevistados (mais de 60%), preço baixo é o fator determinante para iniciar compras em algumas lojas, enquanto promoção é o segundo principal fator, citado por cerca de 40% dos consumidores. Na outra ponta, a maioria (mais de 50%), decide parar de comprar em alguma loja quando sua localização se torna inconveniente - distante do trabalho ou da residência -, e perto de 45% interrompe as compras quando os preços são altos. Só 5% das pessoas desistem de comprar em um supermercado quando as promoções são insuficientes. O motivo que leva o público a comprar com maior frequência em algumas lojas também passa, principalmente, pelo preço (no caso, mais acessível). Essa foi a resposta de cerca de 45% dos clientes. Mais promoções geram aumento de frequência para aproximadamente 35% das pessoas. Já o que diminui a frequência a alguma loja são os preços menos acessíveis, isso para quase 50% dos pesquisados. Em segundo lugar, aparece menos dinheiro do consumidor para gastar com alimentos; em terceiro, menos conveniência para comprar ali; em quarto, preferência por outras lojas; e, em quinto e último lugar, menos promoções (cerca de 10% dos clientes). (Fonte: Supermercado Moderno) 

Porto Alegre, 05 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.302

 

  Leilão GDT: mercado internacional segue sem grandes variações

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (05/07) apresentou leve queda de 0,4% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$ 2.345/tonelada. O leite em pó integral registrou queda pelo terceiro evento seguido, fechando a US$2.062/tonelada (-1,6%). Na comparação com o mesmo período de 2015, o leite em pó integral não apresenta grande variação, com preços 0,4% acima do apresentado no ano passado.

O leite em pó desnatado, por outro lado, teve a terceira alta seguida, fechando a US$1.938/ton (+2,6). O queijo cheddar apresentou pequena queda de -0,5%, sendo cotado a US$2.902/ton. Foram vendidas 32.500 toneladas de produtos lácteos neste leilão, 2,1% abaixo do volume comercializado no mesmo período do ano passado.

Os contratos futuros de leite em pó integral apresentaram uma expressiva reação para agosto, apontando para alta de 15,4% a um preço de US$2.427/ton. No entanto, para o restante do ano, a previsão é que mercado recue novamente para o patamar de US$2.000 a US$2.100/ton. (A matéria é da Equipe MilkPoint, com informações do Global Dairy Trade)

 
 
 
Brasil é destaque em projeções de longo prazo de FAO e OCDE

Em amplo estudo com projeções de longo prazo divulgado ontem, a Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) confirmaram um cenário de desaceleração da demanda e da oferta globais por produtos agropecuários na próxima década, projetaram uma relativa estabilização das cotações internacionais das commodities agrícolas no período e voltaram a estimar que, nesse contexto, o Brasil tende a ganhar ainda mais participação em alguns de seus principais mercados.

 

No caso da soja, que lidera a produção brasileira de grãos e é um dos itens mais importantes na pauta de exportação do país, FAO e OCDE preveem que a produção nacional deverá alcançar 135,5 milhões de toneladas em 2025, ante um cálculo para 2016 que indica a colheita de 100,2 milhões - esse volume não foi de fato alcançado, por conta de  adversidades climáticas, e está previsto pela Conab em 95,6 milhões. No caso do milho, FAO e OCDE partem de uma base de 83,1 milhões de toneladas neste ano (serão 76,2 milhões, conforme a Conab) e projetam 101,2 milhões de toneladas em 2025.

Entre os produtos de origem animal, os destaques são os previstos aumentos das produções brasileiras de carne bovina (de 9,6 milhões, em 2016, para 11 milhões em 2025); carne de frango (de 13,8 milhões para 16,8 milhões de toneladas) e também deleite (de 31,9 milhões para 39,1 milhões de toneladas). (As informações são do jornal Valor Econômico)

 
 
Blairo Maggi: nenhum país tem legislação ambiental tão dura quanto o Brasil

O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) participou nesta segunda-feira (4) do Global Agrobusiness Forum (GAF 2016), em São Paulo. Ele apresentou aos participantes dados elaborados pela Embrapa apontando que mais de 61,3% do território nacional é ocupado por áreas de preservação ambiental. Isso, na avaliação do ministro, é um passaporte para vender ao mundo a informação de que o Brasil tem a legislação mais dura sobre o assunto. De acordo com a Embrapa, dos 38,7% restantes do território apenas 8% são ocupados por lavoura e florestas plantadas. Outros 19% são destinados à pastagem e 11% de vegetação nativa preservadas em propriedades rurais. Para o ministro, esses dados rebatem as críticas de que a agropecuária brasileira esteja devastando as florestas.

O ministro disse que nenhum país tem uma legislação tão dura quanto a brasileira em relação à preservação ambiental. Com o Cadastro Ambiental Rural (CAR), o percentual preservado nas propriedades privadas poderá aumentar em até 70% em função da regularização das áreas desmatadas. Maggi destacou ainda que as terras indígenas ocupam cerca de 13% do território brasileiro, bem mais do que as áreas destinadas à agricultura. 

Os dados apresentados pelo ministro surpreenderam os produtores rurais e os representantes estrangeiros presentes ao evento. Blairo Maggi ressaltou que é importante que esses números sejam divulgados, especialmente no exterior. "Isso é um patrimônio internacional." Outro ponto destacado pelo ministro é que a agropecuária brasileira vende o produto, mas não o conceito associado a ele. Como exemplo, Maggi citou a sustentabilidade da agricultura nacional. "A Bélgica, por exemplo, vende chocolate, mas não planta cacau. Apenas associa o conceito ao produto".

O presidente Michel Temer fez a abertura do evento e destacou a importância do setor para a economia brasileira. "A agropecuária tem o potencial de tirar o país da crise mais rapidamente do que os demais setores", afirmou Temer. O ministro disse também que o Brasil tem produzido mais utilizando menos espaço. A produção de grãos no país aumentou 220% nos últimos 38 anos, praticamente usando a mesma área, graças ao avanço tecnológico. Maggi afirmou ainda que pretende, nos próximos cinco anos, aumentar a participação do Brasil no mercado internacional dos produtos agropecuários de 7% para 10%. (As informações são do Mapa)

 
 
Preços/AR 
 
Algumas empresas já recebem mais de US$ 2.500/tonelada. A média do mês passado ficou em US$ 2.350/tonelada. Boa notícia: começou a recuperação dos preços de exportação do leite em pó integral argentino a partir de vendas realizadas ao Brasil e Chile.
As exportações argentinas de leite em pó integral a granel declaradas em junho passado foram de 4.975 toneladas ao preço médio ponderado de US$ 2.351/tonelada, contra 4.793 toneladas (sem considerar as remessas para a Venezuela) a US$ 2.113/toneladas em maio deste ano. O importante é que 1.310 toneladas registradas no mês passado (26% do total) foram declaradas com cotações acima de US$ 2.500/tonelada. Os maiores preços em junho corresponderam à venda de 10 toneladas da Lácteos Monte Cristo para o Uruguai por US$ 3.000/toneladas; 100 toneladas da Sobrero y Cagnolo (Cremac) para o Brasil pelo valor de US$ 2.800/toneladas; 15 toneladas da Corlasa para o Brasil a US$ 2.700/toneladas; e 500 toneladas da Nestlé para o Brasil pela cotação de US$ 2.626/tonelada. 
 
Também houve registro de vendas realizadas pela filial local da Nestlé de 273 toneladas para o Chile ao preço de US$ 2.576/tonelada; e de 400 toneladas da Sobrero y Cagnolo ao Brasil pelo valor US$ 2.575/tonelada. Os menores valores FOB declarados no mês passado corresponderam às operações da SanCor para a Argélia foram: 176 toneladas a US$ 1.800/toneladas; 92 toneladas a US$ 1.850/tonelada; e 29 toneladas a US$ 1.900/tonelada (nessa região é extremamente difícil competir com as indústrias européias, que ocupam a maior parte do mercado argelino). Em junho a SanCor não declarou o que foi exportado para a Venezuela (em 2016 já foram enviadas 13.608 toneladas para o mercado bolivariano). E junho de 2016 a empresa declarou vendas de 1.105 toneladas ao preço médio FOB de US$ 2.696/tonelada (sem considerar a Venezuela). (Valorsoja - Tradução livre: Terra Viva)
 
Levantamento mostra 14,6% de desistência 
Dados preliminares da declaração anual de rebanho, da Secretaria de Agricultura (Seapi), indicam redução de 14,6% no número de propriedades que trabalham com bovinos de leite no Estado. Segundo o levantamento, os produtores que declararam ter animais e estar na atividade caí- ram de 54.546 em 2015 para 46.578 em 2016 -- 7.968 produtores a menos. O rebanho leiteiro também teve diminuição de 8,2% no período, recuando de 1,2 milhão para 1,1 milhão de cabeças. A veterinária Daniela Azevedo, fiscal agropecuária do setor de Epidemiologia e Estatística da Seapi, destaca que, até o momento, foram tabuladas 92% das informações recebidas. A Seapi tem até o final do mês para lan- çar todos os dados no sistema. O levantamento consolidado será divulgado no início de agosto. A projeção confirma a percep- ção da Fetag, que vem demonstrando preocupação com o abandono da produção de leite. "Os números mostram que a atividade não está dando o retorno que o produtor espera", avalia o assessor de Política agrícola da Fetag, Marcio Langer, referindo-se à diminuição da rentabilidade. Assistente técnico estadual da Emater, Jaime Ries considera que o número que indica a desistência de quase 8 mil produtores é coerente, mas entende que o universo a ser considerado é maior que o do levantamento da Seapi. Pelos números de 2015 da Emater, levantados por metodologia diferente, o Estado tem 84 mil produtores de leite vinculados à indústria e outros 12 mil informais. (Correio do Povo)
 

 

Porto Alegre, 04 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.301

 

  Alergênicos nos rótulos: resolução já está valendo

Embalagens de comidas e bebidas devem trazer informações sobre a presença de substâncias que comumente causam alergias. A resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovada em junho de 2015, começou a valer ontem. A iniciativa foi aprovada após intensa mobilização de pais e mães que enfrentam dificuldades em identificar quais alimentos seus filhos podem consumir.

As famílias criaram, em 2014, a campanha Põe no Rótulo. A advogada Cecília Cury, uma das coordenadoras, conta que, por muitas vezes, ligava para o Serviço de Atendimento ao Consumidor e o máximo que ouvia era "senhora, leia o rótulo" ou "senhora, não temos a obrigação de dar esse tipo de informação".

- Quando o meu filho teve o diagnóstico de alergia à soja e ao leite, o mais difícil era saber se tinha a possibilidade de o produto conter uma das substâncias às quais ele era alérgico. Agora, o consumidor vai ter a informação disponível o tempo todo no rótulo - comemora Cecília.

Em nota, a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA) diz que reconhece como legítimas as demandas do consumidor. Apesar de algumas empresas terem antecipado a mudança nas embalagens, um grupo ligado à indústria alimentícia chegou a pedir o adiamento do prazo para início da vigência da nova norma. A Anvisa negou o pedido. 

CONFIRA NAS PRATELEIRAS:
-Os rótulos deverão informar a existência de 17 substâncias: trigo (centeio, cevada, aveia e suas estirpes hibridizadas), crustáceos, ovos, peixes, amendoim, soja, leite (de todos os mamíferos), amêndoa, avelã, castanha de caju, castanha do Pará, macadâmia, nozes, pecã, pistaches, pinoli, castanhas, além de látex natural.

-Produtos com esses ingredientes devem trazer uma das seguintes informações: "Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)", "Alérgicos: Contém derivados de (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)" ou "Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares) e derivados".

-Nos casos em que não for possível garantir a ausência de alérgeno alimentar não adicionado intencionalmente, o rótulo deve trazer a declaração "Alérgicos: Pode conter (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)". (Zero Hora)
 
 
Francesa Lactalis pretende ampliar quatro unidades de lácteos no RS
Desde que chegou ao Brasil, há três anos, a francesa Lactalis deixou claro que tinha ambições para crescer no mercado brasileiro de lácteos. Captadora hoje de 22% de todo o leite produzido no Rio Grande do Sul, a empresa pretende investir mais de R$ 120 milhões na ampliação de quatro unidades gaúchas: Teutônia, Santa Rosa, Ijuí e Três de Maio. A concretização ainda depende de incentivos tributários, negociados com o governo estadual. - Esperamos ter uma definição até o fim de julho, para começar as obras ainda neste ano - adianta Guilherme Portella, diretor de relações institucionais e assuntos regulatórios da Lactalis do Brasil.

A intenção é ampliar as unidades gaúchas para aumentar a fabricação de requeijão, queijo prato e mussarela e também a marca global President - queijo artesanal que deu origem à empresa francesa ainda na década de 1930. Hoje, a multinacional é dona das marcas Elegê, Batavo, Parmalat, Santa Rosa e Galbani. A francesa entrou no mercado gaúcho em 2013, quando comprou ativos de lácteos da BRF e fábricas da LBR. No Rio Grande do Sul, tem cinco unidades industriais e um centro de distribuição, em Fazenda Vilanova. Em todo o país, possui 17 unidades industriais de leite e derivados. (Zero Hora)

LEITE/CEPEA: preços de leite ao produtor seguem em alta e sobem 5,1% em junho

O preço do leite UHT atingiu, em junho, o maior patamar real da série do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, iniciada em 2010 (os valores foram deflacionados pelo IPCA de maio/16). O derivado negociado no mercado atacadista do estado de São Paulo teve média de R$ 3,6476/litro, 24,1% superior à de maio/16. Neste ano, a valorização acumulada é de expressivos 58,5%. Outros lácteos acompanhados pelo Cepea também seguem essa tendência. O queijo muçarela teve média de R$ 18,31/kg em junho, com alta de 14,08% em relação ao mês anterior e de 29,8% no ano.

O impulso vem da baixa oferta de leite no campo, que mantém acirrada a disputa entre laticínios pela matéria-prima. A menor disponibilidade se deve, especialmente, ao período de entressafra e aos elevados custos de produção, que desestimularam muitos produtores. Em junho, o preço do leite pago ao produtor subiu em todos os estados acompanhados pelo Cepea.

Na "média Brasil" (que pondera o valor pelo volume captado nos estados de BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP), o preço médio do leite ao produtor foi de R$ 1,2165/litro (sem frete e impostos) em junho, alta de 5,14% em relação ao mês anterior e 18% maior que o de junho/15, em temos reais. O preço bruto médio (com frete em impostos) foi de R$ 1,3276/litro, aumento real de 18% frente ao mesmo período do ano passado. O aumento na média nacional em junho foi influenciado, principalmente, pelas elevações de 6% no preço de Santa Catarina e de 5,77% em Minas Gerais. As médias líquidas foram de R$ 1,2474/litro no estado catarinense e de R$ 1,2636/litro no mineiro.

O Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea) teve queda de 1,63% em maio, considerando-se os sete estados que compõem a "média Brasil". A Bahia registrou a maior queda na captação, de 6,87%, seguida por Goiás (-3,37%), Minas Gerais (-2,62%), São Paulo (-2,09%), Santa Catarina (-0,8%) e Paraná (-0,3%). Rio Grande do Sul foi o único estado que registrou ligeira melhora na captação em maio, de 0,73%. Para os próximos meses, a captação deve começar a se recuperar no Sul, devido às forragens de inverno e ao período de safra que começa um pouco antes nessa região.

Nesse cenário, a concorrência para captação por parte das indústrias de derivados lácteos deve seguir acirrada, mantendo os preços do leite em alta. Dos agentes entrevistados pelo Cepea, 97,8% (que representam 99,5% do volume amostrado) acreditam em nova alta nos preços do leite em julho, enquanto o restante (2,2%, que representam 0,5% do volume) acredita em estabilidade nas cotações - frente ao mês passado, houve diminuição no número de colaboradores que estima estabilidade nos valores. 

Nenhum dos colaboradores consultados estima queda de preços em julho. O levantamento de preços pago ao produtor do Cepea é mensal e conta com apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). (As informações são do Cepea/Esalq)

Tabela 1. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquido) em JUNHO/16 referentes ao leite entregue em MAIO/16.
 

Tabela 2. Preços em estados que não estão incluídos na "média Brasil" - RJ, MS, ES e CE. 
 

Exportações/AR

O Brasil receberá mais de 9.000 toneladas de leite em pó em julho da Argentina. A cota de exportação saiu de 3.600 tonelada para 4.3000 toneladas mensais até junho de 2017. Esta semana foi chave para grande parte do setor lácteo da Argentina, principalmente para os exportadores que vinham segurando seus estoques de leite em pó de 2016 e parte de 2015.

O motivo foi o acordo firmado com o Brasil aumentado o teto de exportação de leite em pó de 3.600 toneladas para 4.300 toneladas por mês, de junho de 2016 até junho de 2017, perfazendo um total de 51.600 toneladas no ano. Além disso, foi assinado um compromisso de aprovar todas as licenças de exportação do mês de maio que estavam aguardando o acordo, já que o mesmo tinha sido finalizado em abril. A Apymel participou da negociação e assinou o documento. Pela primeira vez as Pymes tiveram voz e voto em semelhante negociação com o principal destino dos lácteos argentinos. Há anos as discussões eram realizadas entre o setor privado brasileiro e argentino, ainda que do lado brasileiro sempre houvesse gente do governo, para decidir que licenças seriam ou não aprovadas. Desta vez o Governo Argentino através do Ministério da Agroindústria esteve presente, negociando em paralelo com o governo do país vizinho. Finalmente, depois de muitas idas e vindas, esta semana foram aprovadas todas as licenças de maio que chegaram a mais de 5.000 toneladas e as de junho, que são 4.300 toneladas. O baixo regime de exportação de leite em pó para o Brasil de maio e junho fez com o preço finalmente aumentasse, como sucede com todo produto escasso, até chegar a US$ 2.800/tonelada. 

Em julho haverá aumento exponencial do volume exportado, pois, serão incluídas as licenças de maio e junho, num total de 9.300 toneladas. A pergunta lógica seria: se existe pouco produto aumenta o preço, mas, se houver grande oferta? O preço cai em julho? É uma possibilidade. No entanto, é bom lembrar que o Brasil está com grande falta de leite no mercado local. O que a Argentina não exportou nos meses passados, foi feito pelo Uruguai que não tem limites, e aproveitou as circunstâncias. Duplicou o volume de vendas e também aumentou os preços. É preciso levar em consideração. o preço internacional de leite em pó e os custos locais de produção. O preço do leite ao produtor entre 4 e 4,3 pesos não poderia permitir a exportação do leite em pó por menos de US$ 3.100/US$ 3.200 a tonelada. No entanto, ainda que o mercado brasileiro consiga absorver estes preços, precisa ser levado em conta que o mesmo produto pode ser adquirido a US$ 2.118 a tonelada na Nova Zelândia, ou a US$ 2.200 a tonelada, nos Estados Unidos. Adicionando as tarifas alfandegárias do Mercosul de 28%, sairia ao preço médio de US$ 2.800 a tonelada. O frete de qualquer um dos dois países é igual ou mais barato do que mandar um caminhão de Córdoba ou Santa Fe. Definitivamente, o teto do preço do leite para o Brasil estará condicionado ao preço internacional mais o imposto extra do bloco. (Infortambo - Tradução livre: Terra Viva)
 

Rural Show realiza apresentações nativistas no próximo final de semana
Durante a 8ª edição do Rural Show - evento voltado para a agricultura familiar -, a comunidade de Nova Petrópolis poderá prestigiar dois grandes shows nativistas. Na sexta-feira, 8 de julho, acontece a apresentação da dupla César Oliveira e Rogério Melo, e no sábado, 9, quem se apresenta é o cantor Joca Martins. Os shows, acontecem às 20h30min, na Praça das Flores. A entrada é gratuita. O Rural Show 2016 inicia na próxima quinta-feira, 7, às 9h, no Centro de Eventos de Nova Petrópolis. Nesta edição, serão abordadas e apresentadas inovações acessíveis ao agricultor, especialmente aquele que atua nas áreas de horticultura, fruticultura e gado de leite. Também serão realizadas diversas atividades, como: exposições, palestras, debates sobre temas ligados ao campo, reuniões entre as entidades do setor, concurso de novilhas das raças Jersey e Holandesa e apresentações de Border Collie no pastoreio das ovelhas. Além disso, será criado um espaço exclusivo no local para apresentação e comercialização dos produtos e serviços das pequenas agroindústrias familiares e do artesanato rural do Estado. O evento, que encerra no domingo, dia 10, é promovido pela Cooperativa Piá, em parceria com a Prefeitura Municipal de Nova Petrópolis e Emater-RS/Ascar. (Assessoria de Imprensa Piá)

 

Porto Alegre, 01 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.300

 

 Zenith: inovações impulsionam aumento no consumo de leite ao redor do mundo

O mercado global para leite fluido continuou crescendo em 2015, aumentando em 2,4%, para 251 bilhões de litros, de acordo com um relatório recente da firma de consultoria, Zenith International. O leite puro continua, de longe, o tipo mais comumente consumido, capturando 93% do volume total, com o leite com sabor representando os 7% restantes. Ambos os segmentos deverão se fortalecer nos próximos anos até 2020, com um crescimento anual de 2% a 7%, respectivamente.

A maioria do consumo ocorre na região da Ásia Pacífico, com um volume de mais de 130 bilhões de litros, representando 52% do mercado global. Essa região é seguida por Europa Ocidental, América do Norte e América Latina, com uma participação combinada de 35%. As vendas em todas as regiões, com exceção da América do Norte, aumentaram em 2015.

A diretora de inteligência de mercado do Zenith International, Esther Renfrew, disse que o leite está indo relativamente bem. "Sabemos que em alguns mercados, ele não está indo particularmente bem (em mercados maduros) mas está crescendo na Ásia predominantemente". Renfrew frisou que, embora ela estude as tendências dos lácteos, é importante saber como a categoria se comporta com relação a outras bebidas. "Eu tenho que olhar para a categoria de forma mais ampla, porque precisamos entender como o leite se encaixa junto com as bebidas de frutas e carbonatadas, chás e água engarrafada. É uma forma útil de entender em um contexto mais amplo", completou.

"Como categoria, o leite tem na verdade perdido um pouco de participação e isso principalmente devido à água engarrafada. O leite tinha cerca de 13% de participação em 2010 e caiu para 12%. A água passou de 14% para 17% e isso mostra que as pessoas passaram a buscar água para se hidratarem ao invés do leite", pontuou ela.  


Renfrew destacou que as indústrias de leite e água têm similaridades. "Elas estão buscando fornecer aos consumidores algo um pouco mais excitante, e também cobrir as tendências de que os consumidores estão abandonando as bebidas açucaradas em busca de uma hidratação mais saudável. É por isso que estamos vendo ambas as indústrias fazendo muita coisa referente à comunicação e ao posicionamento de suas marcas", comentou. "Analise o leite nos Estados Unidos: há muito trabalho com associações de atletas e  recuperação muscular. As campanhas destacam que é melhor consumir leite após a prática de exercícios físicos ao invés de outras bebidas oferecidas no mercado". O leite FairLife é um exemplo clássico nos Estados Unidos, já que revigora a categoria ao agregar valor ao seu leite e os consumidores parecem entender isso. 

"Nós trabalhamos para tentar entender o lado do consumidor. Desviamos da produção, da captação de leite e das cotas. Avaliamos o que o consumidor está interessado em comprar e quais são as tendências. O desafio no mercado de leite fresco é a sua distribuição e a manutenção do seu resfriamento", completou. Para ela, o desafio é tornar o leite uma bebida excitante. "Há algumas marcas que fazem isso. Elas estão tentando ganhar as pessoas para levá-las a um consumo contínuo de leite. Alguns países estão tendo sucesso fazendo isso e um exemplo são os países escandinavos". 

Esther disse que, na Ásia, o crescimento no consumo é devido ao entendimento da população com relação às propriedades do leite.  "Notamos vários programas de incentivo ao consumo de leite nas escolas da  Indonésia, Filipinas e China. Esses mercados estão crescendo muito rápido porque eles já compreenderam os benefícios funcionais do produto". 

 
Questionada sobre um possível perigo no desaceleramento do consumo da Ásia - como ocorreu com os mercados tradicionais e maduros - ela acredita que isso não venha a ocorrer e acredita que ainda há muitas oportunidades nos mercados maduros. "Sem dúvidas, o que estamos vendo é que algumas inovações estão ajudando, seja inovação em produtos voltados para crianças, produtos enriquecidos com proteínas ou com sabores mais excitantes e incomuns. Esses tipos de inovação estão contribuindo para que a categoria de lácteos cresça".

Na indústria de queijos, produtos como queijos ricos em proteína, queijos com sabor, queijos especificamente para lanches ou queijos em forma de coração estão entre as tendências recentes. Renfrrew disse que, na China, o mercado de queijos está crescendo no setor de food service e que o varejo está crescendo relativamente rápido. "A categoria láctea permite inovações e por isso, você vai encontrar uma variedade de diferentes consumos domésticos em todo o mundo". Ela acrescentou que a indústria de lácteos é nova em alguns mercados da Ásia, o que significa que o futuro pode ser influenciado pelas companhias que estão operando por lá.

A inovação está disseminada na indústria, com os processadores tentando capturar participação de mercado por meio de ofertas de produtos com valor agregado aos consumidores. Tendências de inovação surgiram nos últimos anos, incluindo leites enriquecidos com vitaminas, sabores inspirados em produtos de confeitaria e posicionamento premium para produtos voltados à perda de peso ou focados em algum gênero.

Usando dados de 72 países, o leite está em terceiro lugar na lista de bebidas de crescimento global de 2010-2015, com 19 bilhões de litros, atrás somente do chá (55 bilhões) e água engarrafada (97 bilhões). Em 2010, o leite tinha 13% de participação nos mercados de bebidas, com 216 bilhões de litros, e embora essa participação de mercado em 2015 tenha diminuído para 12%, a quantidade real aumentou para 233 bilhões de litros. Outros desenvolvimentos recentes no setor de lácteos incluem iogurte rico em proteína e iogurtes em embalagens adaptadas para crianças. 

Fique atento:
Em resposta ao sucesso absoluto do Latin America Dairy Congress (LADC), realizado em Novembro de 2015, a AgriPoint, em parceria com a Zenith International, realizará o LADC 2016 - Dairy Vision. A partir deste ano, o evento incorpora em seu nome a visão e a estratégia que norteiam seu conceito.

Mantendo o foco principal, de ser "um evento de líderes para líderes", com a participação dos maiores executivos do segmento lácteo, o Dairy Vision está sendo preparado para repetir e reforçar o sucesso obtido em sua edição inaugural. Sua temática permanecerá voltada a discussões sobre mercado, marketing, inovação, empreendedorismo, consumo, entre outros conceitos fundamentais para o desenvolvimento sustentável da cadeia láctea. Aguarde as próximas novidades!

Para mais informações, acesse: http://www.ladc.com.br/. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

 
Francesa Lactalis pretende ampliar quatro unidades de lácteos no RS

Desde que chegou ao Brasil, há três anos, a francesa Lactalis deixou claro que tinha ambições para crescer no mercado brasileiro de lácteos. Captadora hoje de 22% de todo o leite produzido no Rio Grande do Sul, a empresa pretende investir mais de R$ 120 milhões na ampliação de quatro unidades gaúchas: Teutônia, Santa Rosa, Ijuí e Três de Maio. A concretização ainda depende de incentivos tributários, negociados com o governo estadual.

- Esperamos ter uma definição até o fim de julho, para começar as obras ainda neste ano - adianta Guilherme Portella, diretor de relações institucionais e assuntos regulatórios da Lactalis do Brasil.

A intenção é ampliar as unidades gaúchas para aumentar a fabricação de requeijão, queijo prato e mussarela e também a marca global President - queijo artesanal que deu origem à empresa francesa ainda na década de 1930. Hoje, a multinacional é dona das marcas Elegê, Batavo, Parmalat, Santa Rosa e Galbani.

A francesa entrou no mercado gaúcho em 2013, quando comprou ativos de lácteos da BRF e fábricas da LBR. No Rio Grande do Sul, tem cinco unidades industriais e um centro de distribuição, em Fazenda Vilanova. Em todo o país, possui 17 unidades industriais de leite e derivados. (Zero Hora)
 
Europa aumenta teto de intervenção de leite em pó desnatado

As novas regras aumentando o teto de intervenção pública para leite em pó desnatado - de 218.000 toneladas para 350.000 toneladas - entraram formalmente em vigor na quinta-feira, dia 30 de junho. Essa medida ocorreu em reposta à atual crise de mercado e segue normas excepcionais anunciadas pela Comissão Europeia no Conselho de Agricultura do mês de março.

O aumento no teto de intervenção ocorre em um momento no qual os volumes de leite em pó desnatado comprados até agora nesse ano alcançaram 296.525 toneladas, das quais 218.000 toneladas ocorreram via intervenção com preço fixo e 78.525 toneladas via propostas de intervenção, disse a Comissão.

Foi anunciado que os últimos dados incluem ofertas por 15.127 toneladas de leite em pó desnatado de 12 estados membros que foram aceitas pela Comissão na semana passada sob o sistema de oferta a um preço máximo de €169,8 (US$ 188,18) por 100 quilos (preço de intervenção) - conforme apoiada pelo Comitê da Organização dos Mercados Comuns (CMO) na última quinta-feira. Com o maior teto, as compras de intervenção do leite em pó desnatado agora se reverteram a um sistema de preços fixos.

Em sua fala sobre a situação do mercado no Conselho de Ministros da Agricultura em Luxemburgo, na segunda-feira, o comissário, Phil Hogan, confirmou que a Comissão está trabalhando em um pacote de suporte para o setor de lácteos - com recursos financeiros se necessário. 

"Na concepção de um pacote de suporte como esse, estamos avaliando todas as opções disponíveis que nos ajudarão a trazer equilíbrio ao mercado de lácteos". "Considerando que existem limitações sobre o que pode ser feito para encorajar a demanda, precisamos inevitavelmente focar no lado da oferta da equação. Embora nossas análises ainda estejam sendo feitas, temos que olhar todos os instrumentos disponíveis para nós e considerar se estão ou não disponíveis, além dos termos de acesso à eles".

"Estou consciente de que a crise no setor de lácteos da Europa está ocorrendo em todos os estados membros, mesmo se sentida de forma mais aguda em uns do que em outros. Dessa forma, qualquer novo pacote irá, além de resolver a estabilização e a redução da produção, ser equitativa em seu tratamento dos produtores de leite na União". 

Em 30/06/16 - 1 Euro = US$ 1,10825
0,90232 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do AgriLand, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
O Mercosul amortece a baixa de preços do setor lácteo uruguaio
Em junho, quase 80% das exportações leite em pó foram para o Brasil, 7 mil toneladas, ao preço médio de uS$ 2.600/tonelada. Em seguida aprecem: Argélia (9%), e Rússia (4,5%), mas ao preço médio de US$ 2.100/tonelada, ou seja, US$ 500 a menos do que foi pago pelo grande sócio do Mercosul. No caso dos queijos, até ontem, tinham sido embarcadas 3.000 toneladas, das quais 47% foram para o Brasil, 16% para a Rússia e 14% para o México. No último Encontro do Inale o subsecretário de Pecuária, Enzo Bench, chamou a atenção da indústria porque considerava que estava havendo uma concentração perigosa das vendas para o Brasil. Estes questionamentos surpreenderam os produtores, industriais, e inclusive autoridades do próprio INALE. Uma fonte do Inale comentou que graças ao mercado e facilidade de acesso em questões alfandegárias, proporcionados ao Uruguai, pelo Mercosul, quando comparado com outros concorrentes é o que vem permitindo as indústrias pagarem aos produtores, neste momento, o preço que estão sendo pagos. Sem esse mercado, seguramente, a conjuntura para a indústria Uruguaia seria ainda mais preocupante. (Tardaguila - Tradução livre: Terra Viva)

 

Porto Alegre, 30 de junho de 2016                                                Ano 10- N° 2.299

 

 Setor lácteo opina sobre o Brexit

O Reino Unido (UK) aprovou a saída da União Europeia (UE), mas, com profundas divisões regionais, Gibraltar, Escócia, e Irlanda do Norte votaram pela permanência na UE. O presidente do Parlamento Europeu (PE), Martin Schulz, na Conferência extraordinária logo após a decisão, disse que o PE se reunirá até terça-feira "para avaliar os resultados do referendo e elaborar os passos necessários das instituições europeias, especialmente o próprio PE. Com base no artigo 50 do tratado, o Parlamento estará completamente envolvido nas próximas etapas". "A linha do PE é bastante clara - estamos muito tristes com a decisão dos eleitores do Reino Unido, mas, foi a expressão da soberania da vontade dos britânicos de deixar a UE. Isto é um momento difícil para ambos os lados", acrescentou.

Nação de comerciantes
Em termos de negócios, Christian Verschuere, Diretor geral do EuroCommerce disse, "Este é um dia triste, mas também um alerta para a Europa e para a futura linha de atuação da UE. Devemos respeitar a vontade do povo britânico, mas, perderemos um país liberal e com visão de futuro, que tem sido uma força motriz no mercado interno, possui os melhores regulamentos e tem um comércio global aberto. "A Grã-Bretanha é uma nação de comerciantes, e o dinamismo do varejo é uma liderança em inovação tanto nas ruas como online". No trabalho "Exportando Lácteos para o Mundo" Lácteos britânicos, publicado em janeiro de 2016, foi observado que as exportações do Reino Unido para fora do bloco comunitário cresceram 91% em volume em relação aos últimos cinco anos, até o final de 2014. Durante esse mesmo período, o volume de exportações dentro do bloco aumentou 28%. Em 2014 o valor das exportações de lácteos totalizaram £ 1,3 bilhão.

Comentário da indústria
Dr. Judith Bryans, Diretor Executivo da Dairy UK disse: "A indústria láctea do Reino Unido é adaptável, resiliente e determinada, com habilidades de inovação para muitos desafios encontrados. A indústria de laticínios do Reino Unido não tomou partido nesse debate porque sabemos, que independente do resultado, precisamos continuar operando no mercado global de lácteos e demonstrar nosso compromisso inabalável não apenas de vender, mas, levar o melhor do setor lácteo britânico". Bryans disse que o Setor Lácteo do Reino Unido continuará a cooperar com o Governo do país, administrações regionais e organizações relevantes para promover os interesses do setor lácteo do Reino Unido e ajudar a indústria agro alimentícia seguir na direção certa. Temos uma indústria de alto padrão que entrega produtos de qualidade internacional e nosso pessoal tem a ambição e a determinação de obter sucesso.

Arla comprometida com o Reino Unido
A Arla Foods, com sede na Dinamarca, mas com operações no Reino Unido, disse que o resultado será crucial para a Arla, já que o Reino Unido é o maior mercado da companhia. Peter GiØrtz-Carlsen, chefe da Rala Foods na Europa, disse: "Estamos desapontados com o resultado do referendo. No entanto, respeitamos a decisão daqueles do Reino Unido, que, em última análise, escolheram sair. Temos, continuamente, apoiado o bom funcionamento e o fortalecimento da UE, que se concentra em garantir a continuação da livre circulação de mercadorias, serviços, pessoas e finanças. "No entanto, vamos trabalhar com o governo do Reino Unido e outras partes envolvidas para apoiar, na medida do possível, o ambiente pós-Brexit". A Arla disse que focará em minimizar algum potencial impacto negativo em seus negócios como resultado do Brexit e preservar o livre comércio entre o Reino Unido e a UE, tão importante para os negócios da companhia. "As consequências do Brexit dependerão das negociações subsequentes entre a UE e o Reino Unido que levarão dois anos para se completarem. Para a Arla, é importante que o tratado seja estabelecido sem cotas de importações e exportações ou tarifas que irão limitar a livre circulação. Acompanharemos essas negociações de perto e a Arla terá planos para mitigar os efeitos, mas é muito cedo para comentar diferentes cenários que poderão surgir", disse GiØrtz-Carlsen.

Efeitos de curto e longo prazo
A indústria de laticínios possui 12.700 associados em sete Estados Membros da UE, sendo 2.700 britânicos. Aproximadamente 80% das vendas totais da Arla são geradas na UE e mais de 25% desse valor é gerado no Reino Unido. "Muitos de nossos negócios no Reino Unido são baseados na produção local. No entanto, para colocar os 13 bilhões de quilos de leite satisfatoriamente, é indispensável que nossos produtos possam circular livremente através dos mercados nos quais operamos", acrescentou GiØrtz-Carlsen. A Arla disse que apesar dos novos desafios para a Arla e outras companhias depois do Brexit, os resultados do referendo não reduzem a importância do mercado do Reino Unido para a Arla. "O Reino Unido pode decidir deixar a UE, mas permanece um mercado importante para a Arla", conclui GiØrtz-Carlsen.

Reação do governo dinamarquês
Martin Bille Hermann, o Secretário de Estado da Dinamarca disse: "Estou triste com a decisão dos britânicos de saírem. Agora em vez de falarmos sobre questões como criação de empregos e controle eficiente da migração, falaremos sobre a saída do Reino Unido. O recado britânico é claro - os políticos do Reino Unido obtiveram o resultado que queriam - agora viverão de acordo com ele. "A Dinamarca é membro da União Europeia e continuará a ser. Pesquisas mostram que a Dinamarca quer isso. Juntos somos mais fortes, do que separadamente".

Reino Unido mercado importante para a Danone
A francesa Danone, que opera no Reino Unido, também comentou: 'O Reino Unido é um mercado importante para a Danone - um dos top 10 - e temos uma indústria com cerca de 1.200 empregados trabalhando lá. Estamos comprometidos com nossos negócios no Reino Unido. Nosso objetivo é mitigar os efeitos sobre nossa política e continuaremos monitorando o impacto. É muito cedo para quantificar, em termos de comércio, custos e preços, mas, podemos dizer que nosso objetivo é utilizar instrumentos necessários para continuarmos competitivos".

Sem discussão
O Grupo Müller, que tem operações no Reino Unido e também no continente europeu, disse: "O resultado da votação não é um problema que gostaríamos de tomar uma posição pública. Nosso foco é elaborar e disponibilizar produtos de qualidade para nossos clientes e consumidores".

Posição da Nestlé é similar
"Observamos o resultado do referendo do Reino Unido e a decisão do eleitorado britânico de deixar a União Europeia. As consequências práticas da decisão ficarão mais claras nos próximos meses. A Nestlé continuará operando normalmente e irá acompanhar de perto a evolução", disse um porta-voz.

NFU vê incertezas
A Cargill disse ao FoodNavigator que embora acredite que tenham distintas vantagens para que o Reino Unido e países membros se mantenham juntos na União Europeia, "a prioridade agora é monitorar de perto a situação e assegurar que nossos interesses comerciais sejam protegidos nos próximos meses, enquanto a situação se desenrola". O presidente da NFU, Meurig Raymond disse: "O voto para deixar a União Europeia levará, inevitavelmente, a um período de incertezas em inúmeros áreas que são de vital importância para os agricultores britânicos. A NFU se envolverá plenamente e de forma construtiva com o governo britânico para construir novos arranjos, e isto precisa ocorrer o mais rapidamente possível. Nossos membros, com razão, querem conhecer o impacto em seus negócios com urgência. Entendo que as negociações tomarão muito tempo para serem concluídas, mas, é vital que se estabeleça desde o início um compromisso de que a agricultura britânica não será prejudicada. É de suma importância que a agricultura britânica continue rentável e competitiva, e sendo o alicerce para indústria de alimentos, o maior setor da indústria da Grã-Bretanha". Em 2014, de acordo com o NFU, os principais destinos dos alimentos do Reino Unido, exportações de bebidas e ração animal foram Irlanda (£ 3.4 bilhões), França (£ 2,1 bilhões), Estados Unidos (£ 1,9 bilhões), Holanda (£ 1,3 bilhões) e Alemanha (£ 1,2 bilhões. No mesmo período as importações de alimentos, bebidas, e alimentação animal vieram, principalmente, da Holanda (£ 4,9 bilhões), França (£ 4,2 bilhões), Irlanda (£ 3,8 bilhões) e Alemanha (£ 3,7 bilhões).

Copa & Cogeca
Copa & Cogeca disseram que o Brexit marca um dia triste para os agricultores da União Europeia e do Reino Unido. "Trabalhamos para assegurar que a comunidade agrícola não pague o preço da política internacional", diz um comunicado. O secretário geral da Copa & Cogeca, Pekka Pesonen disse que o ponto chave será o de evitar quaisquer outras perturbações no mercado agrícola europeu, dada a importância dos laços nas relações econômicas e da atual crise do mercado agrícola". Mais da metade das exportações de alimentos e bebidas do Reino Unido, atualmente, vão para a União Europeia, e o Reino Unido é também um grande mercado para exportação de alimentos e bebidas de outros Estados Membros, disponibilizando aos consumidores europeus boas escolhas, diversificação e produtos de qualidade. Vamos trabalhar arduamente para garantir que as comunidades agrícolas da União Europeia ou do Reino Unido não sejam os únicos a pagar o preço dos impactos da política internacional e minimizar prejuízos sobre o comércio", disse Pesonen.

Nenhuma mudança para o Red Tractor - por enquanto
O Presidente-Executivo, David Clarke, da Assured Food Standards [Padrões de Segurança Alimentar], disse que o Brexit, por enquanto, significa negócios dentro dos padrões Red Tractor Assurance. "O Reino Unido permanece membro da União Europeia no futuro imediato e é preciso aguardar com atenção os termos dos tratados que o Governo do Reino Unido será capaz de negociar com os parceiros comerciais da Europa para mais adiante.

Baby Milk Action
Patti Rundall, da Baby Milk Action, disse que a rede Internacional Baby Food Action, IBFAN (da qual a Baby Milk Action é membro), tem muita razão de reclamar da UE e gastar mais de 30 anos tentando melhorar os padrões. No entanto, ela disse que de acordo com sua perspectiva, era "muito mais importante ficar no bloco e continuar para aperfeiçoar, do que sair". Ela disse que as leis da UE para o comércio de fórmulas e alimentos infantis e as regras de transparência que regem a EFSA, que o IBFAN ajudou a elaborar, "embora não sejam tão severas como deveriam ser, são melhores que nada - e melhoraram a segurança de alimentos para bebês e controlam um pouco o marketing prejudicial".

Incertezas dos analistas
As incertezas ecoaram entre os analistas do Euromonitor International. Sarah Boumphrey, líder global de economia e consumidores do Euromonitor disse: "Uma palavra-chave continuará pairando sobre a economia britânica: incerteza. A incerteza também irá em direção da própria União Europeia - O Reino Unido tem um papel significativo na UE, tanto econômica, como demograficamente. Os economistas eram quase que esmagadoramente unânimes em suas opiniões sobre o Brexit - isso iria prejudicar a economia do Reino Unido". Ela acrescenta que a extensão dos danos tem sido mais difícil de avaliar. "Apesar do elevado receio da recessão de imediato, nosso modelo macro mostra queda de 2% no crescimento do PIB ao longo dos cinco anos pós Brexit, com um enorme impacto em 2017".

Preocupações da União Europeia
No entanto, de acordo com o Euromonitor, a incerteza acompanhará também a própria União Europeia. O Euromonitor diz que o Reino Unido tem um papel significativo na União Europeia, tanto econômico, como demograficamente. Ele diz que em 2015 o Reino Unido foi o a segunda maior economia da União Europeia - atrás da Alemanha. Também é uma das grandes economias da UE, contribuindo com 35% do crescimento econômico do bloco entre 2010 e 2015. O Reino Unido é o maior mercado consumidor do bloco e é responsável por um de cada cinco dólares gasto na UE. E também é responsável pelo rápido crescimento de 56% das despesas de consumo desde 2010.

Modelo Euromonitor
De acordo com o Modelo de Previsão da Indústria do Euromonitor, olhando a previsão do crescimento do volume, em um cenário Brexit, os setores de alimentos embalados do Reino Unido mais prejudicados serão: confeitaria, pratos prontos e snacks. Os lácteos terão melhor desempenho do que outros setores. Boumphrey disse que a incerteza que irá se abater sobre o Reino Unido, pelo menos nos próximos dois anos, é um dos maiores desafios das empresas. "Isso afetará indubitavelmente o sentimento dos negócios, pressionando para baixo os investimentos e afetando a confiança do consumidor. Haverá um impacto direto sobre a libra, e isso pode elevar a inflação. Então dependendo da base de custos dos negócios isso pode ter um efeito negativo - embora para os exportadores britânicos a moeda fraca possa ser uma benção. Decisões estratégica e operacional serão necessárias para decidir onde estabelecer as operações da empresa. É pouco provável que as operações atacadistas sejam removidas, mas, relocação (geográfica) dos investimentos é desejável".

Nenhum impacto sobre os gastos
Boumphrey disse que o Modelo de Previsão da Indústria do Euromonitor não aponta grande impacto nos gastos dos consumidores. "As categorias mais afetadas serão itens discricionários - como por exemplo, confeitaria. Staples não são guiados por mudança de renda. Por isso não é esperado um impacto cataclísmico no gasto do consumidor". No caso das empresas exportadoras do Reino Unido, Boumphrey diz que elas deveriam "evitar reações automáticas e ficarem calmas, tomando medidas inadiáveis. O Reino Unido não deixará a União Europeia da noite para o dia. Repassar o peso do aumento de preços diretamente para os consumidores finais não é uma escolha fácil". Ela observa que a economia do Reino Unido poderá se manter incerta pelos próximos dois anos enquanto ocorrem as negociações de saída. "O "Desconhecimento" será o maior desafio, tornando difícil as empresas se protegerem. Penso que uma abordagem cautelosa para investimentos será prudente até que a poeira abaixe e exista um rumo nas negociações". (Dairy Reporter - Tradução livre: Terra Viva)

 
FrieslandCampina 

O preço garantido da FrieslandCampina para o leite cru, em julho de 2016 é de £ 25,00/kg. É o mesmo preço que foi garantido em maio de junho deste ano. A demanda por leite continua estável. Nas últimas semanas a produção de leite na União Europeia (UE) caiu, logo depois do pico sazonal em maio. Resultado, desde então, as cotações mostram ligeira tendência ascendente.
 
  

Os preços de 100 kg de proteína, matéria gorda e lactose, £ 408,10, £ 204,05, e £ 40,81, respectivamente, são os mesmos dos dois meses anteriores. (FrieslandCampina - Tradução livre: Terra Viva)


 

Plano Safra Gaúcho dispõe de R$ 3 bilhões

Com recursos de R$ 3 bilhões do sistema financeiro estadual - Banrisul, Badesul e BRDE -, foi lançado ontem no Palácio Piratini, o Plano Safra Gaúcho 2016/2017. São R$ 2,1 bilhões do Banrisul, R$ 550 milhões do BRDE e R$ 350 milhões do Badesul. O montante total destinado pelo governo estadual é recorde. Em 2015, o Plano Safra Gaúcho disponibilizou R$ 2,8 bilhões, volume superior ao do ano anterior: R$ 2,74 bilhões. Dos R$ 2,1 bilhões que podem ser aportados via Banrisul, R$ 1 bilhão é destinado para custeio, R$ 600 milhões para comercialização e R$ 500 milhões para investimento. Estão previstos financiamentos para agricultores familiares (Pronaf), médios produtores (Pronamp) e agricultores empresariais, cooperativas, agroindústrias, beneficiadores, cerealistas e demais empresas do setor. 

A maior parte das operações envolvendo os R$ 500 milhões disponibilizados pelo BRDE são relacionadas a projetos de irrigação e de armazenagem; aquisição de máquinas e equipamentos; pesquisas e tecnologia; obras civis; e projetos sanitários e ambientais. Recursos para compra de máquinas, equipamentos e implementos também podem ser financiados dentro dos R$ 350 milhões viabilizados pelo Badesul, que ainda oferece linhas de crédito para projetos de açudes, correção de solo e armazenagem. "Este Plano Safra recorde é fruto de um esforço do governo. Apesar do momento de dificuldades, demonstra a crença no setor que contribui para o desenvolvimento da economia do Rio Grande do Sul. 

Estes recursos estarão à disposição no sistema financeiro estadual a partir de 1 de julho para que os agricultores já comecem a pensar na safra de verão", anunciou o governador José Ivo Sartori. O governador elogiou o trabalho integrado das secretarias da Agricultura, Pecuária e Irrigação e do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo. "A união, a construção coletiva e a articulação em favor do crescimento são premissas do nosso governo. Assim reafirmamos nosso compromisso com os produtores rurais e com o desenvolvimento no campo", afirmou. 

O secretário da Agricultura, Ernani Polo, afirmou que viabilizar recursos aos produtores, por meio das instituições financeiras, "é investir no retorno imediato na economia do estado". 
O secretário do Desenvolvimento Rural, Tarcísio Minetto, disse que o Plano Safra permite aos produtores planejar seus investimentos e até ampliá-los. "Para os pequenos produtores, representa investimento em tecnologia para aumentar a produção. " Representando os produtores rurais, Vinícios Ivan Andreazza, 19 anos, contou como financiamentos obtidos nas linhas do Plano Safra mudaram a realidade da propriedade da família. "Com o foco na qualidade, fiz cursos e adquirimos tecnologia. Aumentamos a produção e hoje temos sete funcionários. "

O presidente da Cooperativa Mista São Luiz (Coopermill) de Santa Rosa, Joel Antônio Capeletti, destacou a importância destes recursos para o sistema cooperativo. O superintendente do Banco do Brasil (BB) no Rio Grande do Sul, Edson Bündchen, adiantou que, até o final do ano, o BB deve liberar R$ 10 bilhões para o agronegócio gaúcho. Do total de recursos disponibilizados pelo governo federal, 62% são financiados pelo Banco do Brasil e o RS fica com 20% do montante total desembolsado pelo BB. (Jornal do Comercio)
 

Laboratório credenciado
O Ministério da Agricultura publicou ontem portaria que suspende o cancelamento do credenciamento do laboratório Unianálises, da Univates, de Lajeado. Desde novembro do ano passado, estavam suspensos os ensaios das áreas de Microbiologia em Alimentos e Físico-Química de Produtos de Origem Animal. Com a medida, o laboratório está novamente credenciado para análise de amostras oficiais. O promotor de Justiça do Ministério Público Estadual, Mauro Rockenbach, disse que a medida reabre as condições de monitorar com mais precisão a qualidade do leite gaúcho. (Correio do Povo)