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Porto Alegre, 27 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.318

 

Mapa confirma desburocratização de normas e regulamentos
 
Crédito: Noaldo Santos
O Ministério da Agricultura (Mapa) deu início ao processo de desburocratização dos regulamentos internos, entre eles questões relativas à inspeção. Reunido com lideranças do setor leiteiro em Brasília nesta quarta-feira (27/7), o ministro Interino da Agricultura, Eumar Novacki, informou que, já na primeira quinzena de agosto, o Mapa deve apresentar soluções para o projeto com vista à redução de portarias, instruções normativas e ofícios que regem as operações do setor agropecuário. Uma segunda leva de simplificação de processos deve vir na primeira quinzena de setembro, sinalizou o dirigente.
A medida atende a pedido do setor leiteiro que, há anos, trabalha o assunto junto ao governo federal. A alegação é que diferentes processos, normativas e regulamentações travam e complicam o processo industrial e produtivo, burocratizando as ações dos laticínios. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que representou a indústria gaúcha no encontro em Brasília, a sensação é que a solução está próxima. "O Ministério da Agricultura está com uma política mais célere para encaminhar as demandas dos setores produtivos".
No encontro, Palharini pontuou a relevância de revisar a questão da Portaria 05/1983, que trata, entre outros pontos, do leite com baixa acidez. Atualmente, os laticínios não podem recolher o leite com acidez inferior a 14°D ou superior a 18°D. Contudo,  a portaria permite o uso dessa matéria-prima para fabricação de alguns produtos. Pelo regramento atual, por exemplo, cargas acima de 20°D podem ser utilizadas para fabricação de leite em pó industrial. Outra questão importante, alerta, é que a definição do termo "fisiologicamente anormal", que limita o processamentos do leite conforme a portaria 5, tenha uma definição clara de forma a munir a indústria de informações precisas sobre o que está ou não está previsto no novo regramento. 
O dirigente ainda pediu que o Ministério da Agricultura ajude a viabilizar o acesso do setor industrial aos dados compilados pela Rede Brasileira de Laboratórios. As informações, destacou Palharini, são essenciais para auxiliar no desenvolvimento e melhoria constante dos processos produtivos. "O Rio Grande do Sul tem o leite mais fiscalizado do país. Precisamos mostrar isso ao consumidor", frisou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Empresários senegaleses prospectam parceria com indústria gaúcha
 

 Crédito: Isadora Osório
Empresários senegaleses apresentaram proposta de parceria com a indústria leiteira gaúcha, nesta terça-feira (26/7), na sede do Sindicato da Indústria de Laticínio do RS (Sindilat). Visando a troca de tecnologia, informação e experiência, os representantes da comitiva relataram os principais problemas daquele país no setor, como a falta de produção e tecnologia precária, e manifestaram grande interesse em aprender sobre produção com os gaúchos.
 
A reunião teve como assunto principal as oportunidades de negócios. Os senegaleses questionaram como poderia ser feita uma cooperação entre a indústria leiteira gaúcha e senegalesa e quais os produtos poderiam ser exportados para lá. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, afirmou que todo mercado  interessa à indústria gaúcha, já que somos um estado exportador. Quanto ao intercâmbio tecnológico, lembrou que é necessário, primeiro, construir o convênio com o governo do  Estado  para, após, averiguar de que modo seria formatada essa cooperação. Guerra colocou o Sindilat à disposição dos empresários para esclarecimentos.
 
A proposta tem incentivo do governo senegalês, que propõe a ida de profissionais brasileiros para o país africano para realizar esse intercâmbio de estudos, pesquisa, tecnologia, produção e comercialização. Na reunião, a ideia debatida foi a de firmar, primeiramente, um acordo entre os governos, para que assim, em um passo adiante, possa ser fechada parceria com as indústrias do Estado. 
 
Estavam presentes no encontro o diretor da Seapi, Antonio Ferreira; o diretor geral da Seapi, André Pedtry: a gerente comercial da CCGL, Michele Selbach; o gerente industrial da Cooperativa Languiru, Lauri Reinheimer; o diretor da GTR, Abdou Lahad Lo; o coordenador da GTR, Mawadou Ndiaye, e o presidente da Associação dos Senegal, Mor Ndiaye. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
LCA ganha peso na estratégia de crédito do governo federal

Com a situação fiscal ainda crítica, uma taxa básica de juros elevada e margem de manobra cada vez menor para arcar com subsídios, o governo aposta todas as fichas nas Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) como fonte de recursos complementares para financiar o agronegócio. Sem alternativas capazes de gerar resultados no curto prazo, a ideia é facilitar e ampliar o uso desses títulos e tirar um pouco do peso das tradicionais fontes que alimentam o crédito rural no país ¬ depósitos à vista e poupança rural, que já dão mostras de estrangulamento. Num mundo ideal, diz uma autoridade graduada da equipe econômica, a Selic seria baixa o suficiente para desidratar de vez a dependência dos agropecuaristas do crédito rural com juros subsidiados ¬ fixados, em média, em 9,5% nesta safra 2016/17, que começou em 1º de julho. Mas com a taxa básica ainda em 14,25% e distante de um nível mais palatável até onde a vista alcança, não restam muitas opções a não ser perseguir mudanças nas regras de direcionamento das LCAs e torná-las logo mais populares e acessíveis não só entre os grandes produtores. De acordo com dados do BC, o saldo da poupança rural em junho caiu 1,6% em relação à posição de dezembro, para R$ 145 bilhões. Já os depósitos à vista diminuíram 16%, na comparação, para R$ 24 bilhões. "Corremos o risco de, em algum momento, a agricultura ficar muito maior que essas duas fontes", alerta a fonte da equipe econômica do presidente interino Michel Temer. 

No ano-safra 2015/16, que terminou em 30 de junho, as LCAs, mesmo tendo rendido para o crédito rural bem menos que os R$ 30 bilhões projetados, já chamaram bem mais atenção no mercado. Os desembolsos atrelados à emissão desses títulos alcançaram R$ 15,1 bilhões, acima dos R$ 15 bilhões com juros controlados do BNDES. Assim, passarem a ocupar a terceira posição no ranking de funding rural, atrás dos depósitos à vista e da poupança (ver infográfico). Para isso, o governo promoveu alterações nas regras de direcionamento dos recursos provenientes das letras. Determinou, por exemplo, que 50% do valor das emissões pelos bancos com lastro em outras operações de crédito a juros controlados fosse destinado a financiamentos agrícolas. A ideia era elevar o percentual para 100% em 2016/17, mas nem tudo correu como o governo gostaria e houve problemas de operacionalização que prejudicaram a demanda pelos recursos. 
 

Assim, ficou definido que para a safra 2016/17 35% das captações dos bancos com esses títulos teriam que alimentar o crédito rural, e que 14 pontos percentuais desses 35% seriam ofertados com juros de 12,75% ao ano. Com as mudanças, o BC estima que as emissões de LCAs resultarão em cerca de R$ 10 bilhões ao setor do agronegócio. Um passo atrás para que dois passos adiante possam ser dados, lembrando que o título foi criado em 2004 justamente com a pretensão de torná-lo a principal fonte de financiamento da produção agropecuária brasileira no longo prazo. Na carteira do Banco do Brasil, que lidera os desembolsos de crédito rural no país, as LCAs emitidas nos últimos anos representam R$ 135 bilhões, e o título já é, desde 2012, a segunda maior fonte de recursos para o campo. O BB avalia que os financiamentos a partir das LCAs com taxas de 12,75% deverão atingir R$ 6 bilhões em 2016/17 e que a base de produtores atendidos vai se pulverizar e crescer. "Temos grandes expectativas de alocar um volume bem significativo, e o governo também está de olho em novas regulamentações", afirma o diretor de Agronegócios do banco, José Carlos Reis. Mas há ressalvas. "A ideia de direcionar as LCAs faz sentido, mas a capacidade de oferecer crédito a juros controlados a partir dessa fonte é pequena", adverte André Nassar, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura na gestão de Kátia Abreu, que entregou o cargo quando a presidente Dilma foi afastada. Mas ele concorda que o governo não tem margem para incrementar o crédito disponível, até porque os percentuais de exigibilidade dos depósitos à vista (34%) e da poupança rural (74%), origens dos recursos para o crédito rural, já são muito altos. Por outro lado, a pressão fiscal é intensa e o governo não tem espaço para aumentar as subvenções. 

Nesse contexto, a Câmara Setorial do Crédito Rural do Ministério da Agricultura já traçou um plano para cobrar do governo regulamentações e políticas de fomento a novas fontes de financiamento ao setor, inclusive subsídios aos prêmios de contratos de opção. Ivan Wedekin, que também já foi secretário de Política Agrícola da Pasta e preside a câmara, afirma que, apesar de o Plano Safra continuar cumprindo seu papel, os desembolsos de crédito rural já "bateram no teto" e não conseguem superar a barreira dos R$ 166 bilhões registrados na safra 2015/16. Além da ampliação das apostas nas LCAs, Wedekin defende a desburocratização de títulos como o Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócios (CDCA), que pode ser emitido por empresas e cooperativas e que atualmente gera apenas R$ 2 bilhões. Outra ideia que já amadureceu, segundo ele, é permitir que investidores estrangeiros apliquem seus recursos em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) referenciados em dólar. As discussões estão sendo acompanhadas pelo ministro Blairo Maggi ¬ que, no entanto, tem outras prioridades no momento. "A diversificação de fontes está no meu radar, mas acho que se tivermos uma saída pelo seguro rural de renda primeiro, vamos resolver o problema do financiamento", disse ele antes de viajar aos EUA para acertar a liberação do comércio bilateral de carne bovina in natura. (Valor Econômico)
 

Capitação de leite pelas indústrias caiu 13,9% no primeiro semestre
No primeiro semestre, a captação chegou a 762,71 milhões de litros, quando, em igual período do ano passado totalizou 885,41 milhões de litros. Em junho, a produção das fazendas que chegou às fábricas alcançou 129,8 milhões de litros, enquanto, um ano atrás, o volume foi de 162,14 milhões de litros. Na comparação mensal, apenas em janeiro, o volume mensal capitado este ano superou o volume do mesmo mês de 2015. A queda na produção de leite começou em 2014, quando foi registrado 0,2% menos que no ano anterior. Em 2015, a redução foi de 2%, segundo dados do Inale. O Inale também divulgou o preço do leite ao produtor, que chegou à média de 8,06 pesos/litro no mês de junho passado. Em maio, o preço médio foi de 8,11 pesos/litro, e em junho de 2015 o preço foi de 7,90 pesos/litro. Em dólares, o preço médio pago ao produtor foi de US$ 0,262/litro, com o câmbio a 30,78 pesos/US$. Um ano atrás, o preço médio ao produtor foi de US$ 0,29/litro, com a cotação média do dólar em 26,85 pesos. A comparação com o mês de junho do ano passado, mostra aumento de 2% no preço médio em pesos, mas, queda de 11% em dólares, segundo o Inale. (El Observador - Tradução Terra Viva)
 

Porto Alegre, 26 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.317

 

 Adaptação à nova lei a pleno vapor

De mocinho a vilão, o leite está na berlinda. Depois de 11 edições da Operação Leite Compensado e quatro da Operação Queijo Compensado, realizadas pelo Ministério Público Estadual, o setor é desafiado a se adequar até o final do ano à legislação criada para qualificar a produção e coibir fraudes. Sancionada no começo do ano, e regulamentada em junho, a Lei nº 14.835 instituiu o programa de qualidade na produção, transporte e comercialização de leite no Rio Grande do Sul.

- A legislação está na vanguarda e estimulará a profissionalização e qualificação do setor, desde o produtor até chegar ao consumidor - opina Letícia de Albuquerque Vieira Cappiello, consultora de qualidade do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat).

Na prática, todos os integrantes da cadeia passarão a atuar de forma integrada. Tanto o produtor quanto o transportador terão vínculo com a indústria e deverão preencher cadastro junto ao Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura. O decreto de regulamentação, assinado pelo governador José Ivo Sartori no dia 27 de junho, estabelece prazo de 180 dias, passando a vigorar em 25 de dezembro. O presidente do Instituto Gaúcho do Leite (IGL), Gilberto Piccinini, destaca que antes mesmo do decreto, as indústrias e cooperativas já estavam se adaptando às novas normas. Porém, ressalta que nem todos produtores e empresas conseguirão se adequar no prazo.

- Embora algumas enfrentem dificuldades, a maioria das indústrias e dos produtores e transportadores já estão atuando conforme a nova legislação - estima Piccinini.

CADASTRO DE FORNECEDORES
A principal questão se refere ao cadastro de produtores e na área logística. No caso do transporte, os laticínios deverão qualificar os profissionais. Esta situação fará com que equipes sejam realocadas e profissionais contratados para fazer os cadastros e acompanhar virtualmente os processos e os trajetos dos caminhões.

- O custo não será elevado. Nas grandes os procedimentos já são feitos, nas pequenas haverá a necessidade de organizar a equipe ou contratar um profissional para se dedicar a essa etapa do processo - detalha Letícia.

O investimento das indústrias não será repassado para o consumidor, pois não impactará significativamente na produção, estima Piccinini:

- As medidas irão tornar a cadeia mais profissionalizada. Esse é o início do processo que almejamos - relata.

Karla Prestes Pivato Oliz, fiscal estadual agropecuária da Secretaria da Agricultura, diz que haverá mais fiscalização:

- A partir da nova lei será possível conhecer o tamanho da propriedade, o volume de produção e acompanhar todas as etapas da cadeia.

A legislação visa a estimular novos investimento no setor de leite. Segundo Pedro Signori, secretário-geral da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), 40 mil produtores abandonaram a atividade desde o início da Operação Leite Compen$ado, em 2013. Ele argumenta que, com a ação do Ministério Público, muitas empresas fecharam e provocaram efeito cascata. (Zero Hora)

 

 
Empresas de lácteos encolheram, diz Rabobank

O dólar forte e a volatilidade cambial, aliados aos preços baixos das commodities lácteas no mercado internacional, afetaram de forma dramática o faturamento da maior parte das companhias do segmento no mundo em 2015, de acordo com o banco holandês Rabobank. O último levantamento "Global Dairy Top 20", realizado pelo banco e divulgado ontem, mostra que a suíça Nestlé se manteve na liderança do ranking das 20 maiores do segmento em 2015, considerando o faturamento. Mas as receitas em dólar da empresa caíram, saindo de US$ 27,8 bilhões em 2014 para US$ 25 bilhões ano passado. 

A francesa Lactalis se consolidou na segunda posição da lista, mas também perdeu faturamento. Suas receitas haviam alcançado US$ 19,5 bilhões em 2014 e caíram para US$ 18,3 bilhões em 2015. Em terceiro no ranking, a francesa Danone também registrou queda nas receitas, que saíram de US$ 19,5 bilhões em 2014 para US$ 16,7 bilhões ano passado. O ano de 2015 foi "difícil para a maioria das empresas do setor", avalia o banco holandês. Isso estimulou fusões e aquisições, uma vez que as empresas buscam valor adicional em seus mercados domésticos e novas oportunidades em outros locais, destaca o banco em relatório. Como reflexo desse ambiente difícil, o faturamento somado das 20 maiores empresas de lácteos encolheu 13% em 2015, para US$ 194 milhões, calcula o Rabobank. O banco destaca ainda que a neozelandesa Fonterra perdeu a quarta colocação no ranking para a americana Dairy Farmers of America (DFA). A DFA subiu na lista após adquirir o controle da DairiConcepts, joint venture que operava anteriormente com a Fonterra (ver gráfico).

 
 

Segundo o banco, uma série de fatores explica a queda da Fonterra. A cooperativa sofreu mais que a maioria das empresas do ramo devido ao recuo dos preços dos lácteos. E, além de ter saído da DairiConcepts, vendeu seu negócio de iogurtes e sobremesas lácteas na Austrália à Lactalis. O banco também ressalta que, de uma maneira geral, as empresas chinesas, que vinham se destacando no ranking, cresceram a uma taxa menos acelerada em 2015. Nesse caso, o faturamento foi impactado pela desvalorização do yuan. Mas uma dessas companhias, a Yili, registrou crescimento de 8% e conseguiu subir da 10ª posição em 2014 para o oitavo lugar ano passado. Segundo o banco, o segmento registrou 96 operações de fusões e aquisições em 2015 ¬ haviam sido 98 em 2014. E as três maiores companhias do ranking se movimentaram para ampliar suas receitas.

O relatório destaca também a entrada de uma nova empresa no "Global Dairy Top 20": a canadense Agropur, após a compra da Davisco em 2014 e uma "sólida performance" no ano. A chegada da Agropur à 20ª posição tirou a americana Land O'Lakes da lista. Outra conclusão do levantamento do Rabobank é que a desaceleração da China tem levado as companhias globais do segmento a buscar novos mercados para se desenvolver. Um efeito disso foi que a África entrou no mapa mundial dos lácteos. A Danone, por exemplo, fez quatro negócios no continente de junho de 2015 até agora. Segundo o banco, em 2015, houve 14 negócios envolvendo o segmento na África, e mais quatro até agora este ano. Em 2014, haviam ocorrido apenas três operações no continente. (Valor Econômico)

Universidade Brasileira do Leite vai capacitar técnicos para a indústria

A capacitação e a formação de profissionais de qualquer área sempre foram uma preocupação no mundo empresarial. E entre os desafios a serem superados estão a disponibilidade de tempo e a distância. Como resposta, a Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100) criou uma plataforma de ensino voltada aos temas mais relevantes do setor lácteo.
 
A Universidade Brasileira do Leite é um projeto de educação corporativa, desenvolvido pelo G100 com o objetivo de construir uma ponte entre o desenvolvimento de pessoas (competências humanas) e dos negócios (competências empresariais). Serão disponibilizados cursos modulares à distância, de curta duração, máximo de 36horas, interativos, que buscam atualizar e capacitar profissionais da indústria de laticínios em temas relativos à sua área de atividade. 
 
Segundo o diretor executivo do G100, Wilson Massote, normalmente os laticínios se encontram em regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos, onde está a maior oferta de treinamento e capacitação técnica. Destaca que com a revolução que a era da informática e da web estão trazendo, os cursos virtuais tornaram-se possíveis. O acesso à tecnologia possibilitou o desenvolvimento e a implantação de plataformas de ensino de alta performance, devido também a facilidade de aquisição de computadores pessoais e conexão à internet. 
 
Massote lembra que as grandes empresas ainda fazem de alguma forma esse trabalho de capacitação interna, mas com a Universidade Brasileira do Leite vão poder aderir à modalidade de capacitação virtual. "Os microempresários precisam desse apoio. Já as pequenas e médias cooperativas e empresas de laticínios é indispensável qualificar e capacitar seus técnicos, e criar a sua massa crítica", garante.
 
O consumidor ao adquirir produtos lácteos também compra a qualidade dos serviços que neles foram utilizados, portanto, quanto mais especializados e treinados forem os técnicos que participam dos processos produtivos da cadeia do leite, mais garantia de o setor estar ofertando maior qualidade segurança do alimento. "Esse esforço desenvolvido pelo G100 visa atender a todos, consumidores e indústria, da forma mais qualificada possível", sinaliza Massote.
 
A Universidade Brasileira do Leite é dirigida aos profissionais da área de laticínios de empresas associadas ou não ao G100. Os cursos serão ministrados por especialistas da área, em módulos abordando os principais temas relativos à indústria de laticínios. Total de no máximo 36 horas por módulo, divididas em atividades distribuídas no espaço de 30 a 40 dias. Os participantes receberão inicialmente informações para estudo preparatório para que haja alinhamento de conhecimentos. Na sequência, haverá o envio escalonado do conteúdo didático para estudo, avaliação contínua e esclarecimento de dúvidas. O processo é interativo. Haverá três ou quatro aulas ao vivo, online, de duas horas de duração, aos sábados.
 
A iniciativa tem como parceira a Americas Academic Center (AAC), que está no Brasil desde 2008, já formou mais de 30 mil alunos em seus programas "online" e mantém convênio formal com universidades brasileiras, como USP e UNESP, assim como também com universidades americanas. O primeiro curso será sobre qualidade do leite  e deverá iniciar a partir da segunda quinzena de setembro, as inscrições iniciam na próxima semana e  ocorrerão através do site do G100 , pelo endereço www.g100.org.br será possível obter a partir da próxima semana todas as informações. (Agrolink com informações de assessoria)

 
 
Sete empresas homologadas
Mais seis frigoríficos e um laticínio com inspeção estadual tiveram indicação homologada para o Sistema Brasileiro de Inspeção de produtos de Origem Animal (Sisbi-POA). Com a medida, as indústrias poderão comercializar seus produtos em todo o país. Receberam o certificado de equivalência ao Sistema de Inspeção Federal (SIF) o laticínio Sans Souci, de Eldorado do Sul; e os frigoríficos Charque Paladar, de Arvorezinha; Boa Esperança, de Santo Antônio da Patrulha; Coqueiro, de São Lourenço do Sul; Borrússia, de Osório; Paverama, de Paverama; e entreposto Alles, de Dois Irmãos. (Correio do Povo)
 

 

Porto Alegre, 25 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.316

 

RS: sustentabilidade ambiental em propriedades produtoras de leite é tema de pesquisa na Univates

Lajeado/RS
A sustentabilidade das propriedades rurais é uma necessidade cada vez mais discutida tanto pela população quanto pelos órgãos governamentais. Vários produtores buscam se adequar a novas formas de produzir que sejam menos agressivas ao meio ambiente. Pensando nisso, o projeto de pesquisa "Sustentabilidade Ambiental em Propriedades Produtoras de Leite do Vale do Taquari" é desenvolvido nos Programas de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento (Ppgad) e em Sistemas Ambientais Sustentáveis (Ppgsas), com coordenação da professora doutora Claudete Rempel e colaboração dos docentes Dr. Claus Haetinger e Dra. Mônica Jachetti Maciel. Os objetivos do projeto são elaborar um diagnóstico e propostas de soluções e inovação em metodologia a partir da transferência efetiva de conhecimento para a gestão da propriedade rural, com vistas à melhoria de processos e sistemas, e interagir com os órgãos de assistência técnica, extensão rural e produtores rurais para adequar o processo produtivo às exigências legais ambientais e práticas de produção sustentáveis.

Para isso, estão sendo analisadas e acompanhadas 124 propriedades dos 36 municípios do Vale do Taquari, sendo o número de propriedades proporcional à produção de leite de cada município. A pesquisa está sendo realizada com produtores indicados pela Emater e pelas Secretarias de Agricultura dos municípios contemplados. Nas propriedades analisadas há o total de 5.242 animais, com produção média entre 15 e 25 litros de leite por dia."Em cada propriedade analisamos nove parâmetros, conforme apresentado no gráfico. Para cada parâmetro e subparâmetro foi atribuída uma pontuação, de acordo com o desempenho da propriedade, e o conceito que ela atinge - de péssimo a excelente. A maioria das propriedades atingiu um nível bom nos pontos pesquisados, o que corresponde a 53,2%. Porém, o número de propriedades regulares é muito próximo, com 43,5%, o que mostra oportunidade de melhorias nesses locais. Apenas 1,6% das propriedades apresentou sustentabilidade ambiental considerada ruim", afirma Claudete.

O pior indicador da pesquisa se deu em relação ao uso da terra. "Com isso, os produtores ficam sujeitos a quaisquer intempéries. As áreas de preservação permanente (APPs) existem, porém, são utilizadas até a borda, o que é um problema em uma região com enchente como a nossa", analisa a pesquisadora. O melhor desempenho geral foi no indicador de Reserva Legal.Quanto aos fertilizantes e agrotóxicos, o maior fator de preocupação não está no armazenamento, mas no grande uso. "Verificamos que há sobrecarga de uso de agrotóxicos, o que é incorporado por nós, pelo animal e pela água", avalia a professora. A água também foi um fator analisado, e o principal apontamento está em relação ao cloro, detectado em níveis inadequados. "Além disso, na análise de coliformes totais termotolerantes, tivemos níveis de bactérias acima do indicado para consumo humano e animal, o que pede atenção", alerta Claudete.

Para cada propriedade analisada, os pesquisadores elaboraram um mapa de uso apropriado das APPs. "Um diferencial do estudo é que conseguimos mapear as espécies arbóreas presentes, que são mais de 136 até o momento. A diversidade é alta quando comparada com outros estudos já realizados",esclarece Claudete. Os produtores e as Secretarias de Agricultura dos municípios também recebem retorno sobre o diagnóstico. "Diante da visualização dos pontos positivos e negativos da propriedade, os produtores rurais podem gerenciar sua atividade e suas práticas agrícolas consorciadas de forma sustentável", sugere a pesquisadora. O triênio de coleta de dados da pesquisa teve início em 2013. A partir disso, o grupo da pesquisa trabalha na análise dos dados e das amostras para dar devolutivas sobre o impacto dos fatores analisados no leite. A pesquisa teve financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Mais informações sobre a pesquisa podem ser obtidas pelos e-mails ppgad@univates.br ou ppgsas@univates.br.

Parâmetros pesquisados
Dejetos
Água
APP
Reserva Legal
Agrotóxicos e Fertilizantes
Declividade
Erosão
Queimadas
Uso da Terra (Univates)
 
 
Crescem aplicações do BNDES para investimentos no campo 
Na contramão da tendência geral observada na safra 2015/16, as aplicações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em programas e linhas de crédito rural voltadas a investimentos aumentaram mais de 10% e, a partir de uma esperada melhora no cenário econômico, tendem a registrar um novo salto na temporada 2016/17, que teve início no dia 1º de julho. Como adiantou o Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, as aplicações do BNDES somaram R$ 15 bilhões no ciclo passado, 10,4% a mais do que em 2014/15 (R$ 13,6 bilhões). Com isso, de uma safra para outra cresceu de 35,5% para 55,6% a participação do banco de fomento nos desembolsos totais de crédito rural para investimentos no Brasil. Segundo dados do Banco Central compilados pelo Ministério da Agricultura, os desembolsos de crédito rural do Plano Safra para investimentos, incluindo todas as fontes, caíram de R$ 38,3 bilhões, em 2014/15, para R$ 27 bilhões em 2015/16. 

Esse encolhimento geral foi creditado por especialistas às incertezas políticas e econômicas que marcaram o ano-¬safra encerrado em 30 de junho e limitaram a demanda de crédito rural a juros livres, superiores à taxa Selic. "No nosso caso, o aumento das aplicações não foi uma surpresa, já que trabalhamos com linhas [com taxas de juros] equalizadas. E é sempre importante realizarmos tudo o que nos propusemos a realizar", afirmou Ricardo Ramos, diretor da área de Operações Indiretas do BNDES, ao Valor. 

 
 
Segundo ele, o orçamento para esta safra 2016/17 prevê a aplicação de R$ 17,4 bilhões. Se todo o montante for desembolsado, o incremento em relação a 2016/17 será de 16%. Entre os programas e linhas que contam com recursos do BNDES (ver infográfico acima), o que liderou as aplicações do banco foi, mais uma vez, o Moderfrota, voltado à aquisição de maquinário. Nessa frente, o montante atingiu R$ 4,1 bilhões em 2015/16, 5% mais que em 2014/15, e esse aumento foi garantido pela aceleração das contratações por parte dos produtores do país em maio. No início daquele mês, a presidente afastada Dilma Rousseff e Kátia Abreu, então ministra da Agricultura, anunciaram o Plano Safra 2016/17 e confirmaram que os juros para a tomada de crédito rural subiriam no ciclo. No caso do Moderfrota, a alta foi de entre 7,5% e 9% para entre 8,5% e 10,5%. 
Daí a corrida dos produtores aos bancos, que só não rendeu frutos ainda mais polpudos porque os recursos acabaram em maio mesmo. O orçamento do BNDES prevê a aplicação de R$ 4,7 bilhões no Moderfrota em 2016/17, e Ramos acredita que a demanda poderá ser maior. "Mas não são só os investimentos em máquinas que estão indo bem. Isso está acontecendo no conjunto das operações agrícolas. Temos registrado muita demanda para investimentos em inovação, agricultura de baixo carbono e em outros programas e linhas que confirmam o compromisso dos produtores ¬ familiares, médios e grandes ¬ com a evolução da produtividade", disse o diretor. Ricardo Ramos destacou que foram realizadas cerca de 100 mil operações de crédito rural com os recursos do BNDES para investimentos no campo na safra 2015/16. Esse total foi liberado por 34 agentes financeiros, incluindo bancos públicos e privados e cooperativas de crédito, e o Banco do Brasil foi o maior repassador, com uma participação de 15% no valor total registrado. (Valor Econômico)

Bactéria da caatinga pode ser solução para doença bovina 

Composto produzido a partir de actinobactérias do gênero Streptomyces, comuns em solos de diversas regiões, inclusive na caatinga, mostrou em estudo na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (Ffclrp) da USP ter ação antimicrobiana contra os principais agentes causadores da mastite bovina - doença caracterizada pela inflamação aguda ou crônica das mamas. "As actinobactérias agem na inibição do crescimento de patógenos responsáveis pela inflamação", diz a pesquisadora Ana Paula Ferranti Peti, do Departamento de Química da Ffclrp. Foram avaliadas aproximadamente 120 actinobactérias e cerca de 60% delas apresentaram algum tipo de ação antimicrobiana. "As actinobactérias são os procariontes, ou seja, organismos que não possuem material genético envolto por membrana, mais economicamente e biotecnologicamente viáveis, e mantêm uma posição de destaque devido a sua diversidade e capacidade comprovada para produzir novos compostos com atividade biológica", afirma Ana Paula. Após os testes, as actinobactérias ativas foram cultivadas em condições específicas de temperatura, agitação e composição. 

Após o desenvolvimento das actinobactérias nesse ambiente controlado, os compostos produzidos foram extraídos, o chamado extrato bruto. Em seguida, estes extratos foram colocados em contato com as bactérias causadoras da mastite para a avaliação da atividade antimicrobiana. Segundo a pesquisadora, a próxima etapa do trabalho será a avaliação da eficácia dos compostos antimicrobianos produzidos pelas actinobactérias nos estudos in vivo, ou seja, serão aplicados em vacas infectadas com mastite clínica ou subclínica. 

Além disso, "o estudo desenvolvido é a etapa inicial para encontrar possíveis moléculas modelo para o desenvolvimento de fármacos que possam ser aplicados no controle da mastite bovina". As bactérias isoladas do leite provenientes de vacas com mastite clínica foram cedidas pelo professor e coordenador do laboratório Qualileite, Marcos Veigas dos Santos, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (Fmvz) da USP, em Pirassununga, e as actinobactérias do solo da caatinga foram isoladas pelo pesquisador Itamar Soares de Melo, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Meio Ambiente) de Jaguariúna. A tese Identificação de agentes antimicrobianos produzidos por actinobactérias de solo para o controle da mastite bovina foi defendida em maio deste ano no Programa de Pós- -Graduação em Química da Ffclrp. (Jornal da USP). (Jornal do Comércio)

 
 
Fonterra revisa números e diz que produção em junho caiu 1,4%, e não 10,4%
A cooperativa de produtos lácteos Fonterra, da Nova Zelândia, revisou sua produção de leite do mês junho. De acordo com a associação, a queda no mês passado foi de 1,4%, e não de 10,4% como havia sido inicialmente reportado.
O novo número, contudo, tende a ter pouco impacto sobre o mercado, porque junho geralmente é um período de menor produção - o ano agrícola da cooperativa vai de 1º de junho a 31 de maio. (O Estado de São Paulo)
 

 

 

Porto Alegre, 22 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.315

 

MG: Embrapa lança desafio de startups para o leite

Realizado por Litteris Consulting, Qrânio, Carrusca Innovation e Embrapa, o Ideas for Milk vai estimula a criação, a aceleração e o investimento em startups que busquem soluções tecnológicas para o mercado lácteo

Juiz de Fora/MG
Uma competição entre empreendedores na busca pelas melhores inovações tecnológicas para o setor lácteo. Isso é o que pretende o Ideas for Milk, que abre as inscrições a partir de 1º de agosto. Podem participar startups já constituídas ou equipes que pretendam criar uma startup. Serão submetidas ideias de soluções web, mobile ou em hardware relacionadas à cadeia produtiva do leite, abrangendo todos os segmentos, desde os insumos para a fazenda até os produtos lácteos na gôndola dos mercados.

O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, afirma: "Ainda não encontramos em profusão soluções em softwares, aplicativos e hardwares que auxiliem nas atividades produtivas e que viabilizem precisão nas tomadas de decisões".  Sobre o mercado de IoT (Internet das Coisas, da sigla em inglês), que tem como exemplos sensores e chips, ele comenta: "o agronegócio do leite brasileiro ainda não participa da quarta revolução industrial, a da Internet das Coisas". Desafio nacional - O Ideas for Milk será composto de três etapas. A primeira é a seleção das cinco melhores ideias inscritas em cada sede onde haverá uma Final Local. Serão oito Finais Locais e o ganhador de cada uma delas vai para a Final Nacional, que será realizada no dia 14 de dezembro, em Brasília.

A proposta é reunir profissionais do mundo do leite e do mundo das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) para que se aproximem e criem oportunidades de desenvolver negócios em conjunto. O público alvo do evento é formado por empreendedores, estudantes, professores, pesquisadores e outros profissionais interessados no universo das startups. Startup - O conceito de startup é definido pelo mercado como companhias e empresas jovens, que buscam explorar atividades inovadoras. São empreendimentos recém-criados, que primam pela inovação tecnológica em qualquer área ou ramo de atividade e buscam um modelo de negócio que atraia grande número de clientes e gere lucros em pouco tempo. Empresas como Google, Facebook, Uber e WhatsApp são exemplos de startups que alcançaram êxito mundial.

Aceleradoras, incubadoras e investidores-anjo que acreditem no modelo de negócio fazem parte do universo que impulsiona as startups na caminhada pelo sucesso. Martins explica que o Ideas for Milk irá proporcionar uma interface entre os empreendedores e quem pode ajudá-los a crescer, com ganhos para o agronegócio do leite. São realizadores do Ideas for Milk: Embrapa (unidades Gado de Leite, Informática Agropecuária e Instrumentação), Litteris Consulting, Qranio e Carrusca Innovation. Onze universidades que se destacam nas áreas de agrárias e TIC são correalizadoras das etapas locais: Esalq/USP, USP São Carlos, Ufscar, Unicamp, Ufmg, PUC-Minas, UFV, Ufla, Ufjf, PUC-RS e Ufrgs. Empresas de tecnologia, aceleradoras e investidores-anjo participam como apoiadores do Ideas for Milk. As inscrições devem ser realizadas no site www.ideasformilk.com.br, entre os dias primeiro de agosto e 12 de outubro. (Embrapa Gado de Leite)

 
 
Mapa: decreto autoriza reconstituição do leite em pó para a produção de UHT e leite pasteurizado

Confira a publicação na íntegra:

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 26, DE 21 DE JULHO DE 2016

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, tendo em vista o disposto no Decreto nº 8.701, de 31 de março de 2016, no parágrafo único do art. 507 do Decreto no 30.691, de 29 de março de 1952, e o que consta do Processo SEI no 21000.020851/2016-14, resolve:

Art. 1º: Fica autorizada, pelo prazo de um ano, a reconstituição de leite em pó pelas indústrias de laticínios sob Inspeção Federal, previamente habilitadas à produção de leite Ultra-Alta Temperaturas (UHT ou UAT) e de leite pasteurizado, localizadas na área de abrangência da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE, afetada pela seca, observadas as exigências legais, visando à produção de leite UHT e de leite pasteurizado reconstituídos, para abastecimento público direto, obedecidas as normas dispostas na Instrução Normativa no 14, de 22 de abril de 2013.

Art. 2º: Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º: Fica revogado o art. 6o da Portaria no 196, de 23 de setembro de 1994. (Informações Diário Oficial da União, adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Agricultura pede isenção de PIS Cofins em importação de milho

O Ministério da Agricultura pediu à equipe econômica do governo proposta de isenção de PIS/Cofins na importação de milho, até o fim do ano, para forçar a queda do preço do produto no mercado interno. Segundo o secretário de Política Agrícola da pasta, Neri Geller, a medida visa a atender às regiões deficitárias, que precisam comprar o grão de outros países produtores, principalmente da Argentina e do Paraguai. Apesar da alíquota de importação nos países do Mercosul ser zero, as compras externas têm a incidência de 1,65% de PIS e de 7,6% de Cofins. "Considerando o preço médio de importação nos últimos três anos, de US$ 149,40 a tonelada, a incidência dos tributos de 9,25% representa um custo adicional de US$ 13,80 por tonelada. Assim, esses tributos geram acréscimo aos importadores do cereal", argumentou o secretário. A redução na produção da safra de inverno, de 11,6 milhões de toneladas, provocada pelas adversidades climáticas, fez com que houvesse escassez do grão em algumas regiões do país. A colheita do milho 2ª safra está estimada em 43 milhões de toneladas. 

A avicultura e suinocultura representam, respectivamente, 52% e 25% da demanda nacional. De acordo com Geller, estes setores são dependentes do comportamento do mercado de milho na formação de suas receitas. Em média, o grão representa 70% do custo da ração das aves. "A isenção desses tributos será uma forma de melhorar o equilíbrio da rentabilidade das cadeias produtivas de carnes e ovos", destacou o secretário. Outra alternativa em negociação com o governo é o aumento do limite de venda de milho nas operações do Programa de Venda em Balcão, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, o limite sairia de 6 mil para 14 mil quilos de milho por comprador. Já para o Nordeste e Norte, passaria de 6 mil para 10 mil quilos por beneficiário/mês. Os preços de referência da venda direta levam em conta as cotações do produto no mercado local. (Jornal do Comércio)

 
Mapa: decreto autoriza reconstituição do leite em pó para a produção de UHT e leite pasteurizado
O Diário Oficial da União publicou hoje (22) um decreto que autoriza, pelo prazo de um ano, a reconstituição de leite em pó pelas indústrias de laticínios sob Inspeção Federal (previamente habilitadas à produção de leite Ultra-Alta Temperaturas [UHT ou UAT] e de leite pasteurizado) localizadas na área de abrangência da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE.  O decreto abrange a área da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE, afetada pela seca, observadas as exigências legais, visando à produção de leite UHT e de leite pasteurizado reconstituídos. Um dos objetivos do decreto é abastecer o público direto, obedecidas as normas dispostas na Instrução Normativa nº 14, de 22 de abril de 2013. A Instrução Normativa entra em vigor hoje. (Informações Diário Oficial da União, adaptadas pela Equipe MilkPoint)
 
 

Porto Alegre, 21 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.314

 

 Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 21 de Julho de 2016 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Junho de 2016 e a projeção dos preços de referência para o mês de Julho de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)
 
 
 
Seminário Nacional e Internacional de Queijos e Leite aborda desenvolvimento da cadeia leiteira 

O desenvolvimento da cadeia leiteira, como a expansão do mercado e os avanços da indústria, foi debatido ao longo da manhã desta quinta-feira (21/07) no 19º Seminário Nacional e Internacional de Queijos e Leite, em Carlos Barbosa, no RS. O evento reuniu diversas autoridades, como o prefeito de Carlos Barbosa, Fernando Xavier da Silva, e especialistas do setor. A organização do evento é da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) e conta com o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat). 

Representando o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o diretor Ângelo Paulo Sartor ressaltou a importância do encontro, uma vez que a cadeia leiteira tem grande importância para a economia gaúcha. Apenas no Rio Grande do Sul são mais de 105 mil famílias envolvidas.

O Seminário Nacional e Internacional de Queijo e Leite, pela sua importância, se tornou uma das principais atividades na Festiqueijo. Ao longo da manhã ocorreram diversas apresentações sobre o mercado, os cuidados aos animais e avanços tecnológicos. Além das palestras, serão realizados o 2º Curso de Juízes de Queijo, que permitirá aos participantes entenderem e aprimorarem os paladares do queijo, entre os dias 21 e 22 de julho; e o 2º Concurso Estadual de Queijos, para avaliação propriamente dita, no dia 23 de julho. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Yakult investe em linha de baixa caloria

A Yakult do Brasil fez investimento com recursos próprios de R$ 60 milhões para colocar no mercado uma nova linha de leite fermentado com baixo teor calórico. A meta da companhia com o novo produto é ampliar em 10% suas vendas no país. No ano passado, as vendas da empresa no Brasil cresceram 3% em receita, para R$ 402 milhões. Em volume, as vendas ficaram estáveis, mantendo a média de 2,1 milhões de unidades por dia. No primeiro semestre deste ano, as vendas avançaram 5% em relação a igual intervalo de 2015, segundo a empresa. Do investimento total, R$ 50 milhões foram aplicados na instalação de uma nova linha de produção na fábrica de Lorena (SP). Outros R$ 10 milhões serão investidos em uma campanha publicitária, desenvolvida pela agência Publicis. Hoje, começam a ser divulgados os anúncios em emissoras de TV aberta e por assinatura. "Hoje, muitos brasileiros desejam melhorar a qualidade de vida por meio da alimentação e da prática de esportes. Acompanhamos essas mudanças com investimento em tecnologia e pesquisas e trouxemos uma nova proposta à população", afirmou Eishin Shimada, presidente da Yakult no Brasil. O novo produto é o leite fermentado Yakult 40 light, com 41% menos calorias em comparação à versão original do produto, ou com 30 calorias por unidade. O produto já existe no Japão, mas passou por adaptações para ter um sabor mais atraente para os consumidores brasileiros. A redução das calorias foi obtida com a substituição do açúcar por sucralose. O produto é voltado para o público adulto. 

 
A Yakult produz por dia 2,1 milhões de frascos de leite fermentado. Desse volume, 1,85 milhão de unidades são do Yakult tradicional e o restante das unidades são do leite fermentado voltado ao público adulto (Yakult 40). Shimada disse que no país tem crescido a demanda dos consumidores adultos por produtos com menos calorias e menos adição de açúcares, razão pela qual a companhia decidiu trazer a linha e tem perspectiva de crescimento mais acelerado nas vendas. Shimada disse ainda que a empresa tinha planos de expandir a sua rede de distribuição local com revendedores diretos, no ano passado. Mas o plano foi afetado pelo agravamento da recessão econômica no país. Em 2015, a Yakult manteve 5 mil revendedores diretos. Do total, 70% estão concentrados no Estado de São Paulo, com o restante distribuído nos Estados do Rio de janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás e Pernambuco. "Tendo como base essas localidades, a meta para os próximos anos é expandir a distribuição, com revendedores diretos em outras regiões do país", afirmou Shimada. De acordo com o executivo, a comercialização direta hoje representa 60% das vendas na Grande São Paulo. Supermercados e hipermercados respondem por 20% das vendas, enquanto as pequenas lojas respondem por outros 20%. De acordo com dados da Euromonitor International, a Yakult do Brasil é a terceira maior competidora no mercado de iogurtes, com 12,2% de participação. À sua frente estão a Danone, com 37,3% do mercado, e a Nestlé, com 20,8% de participação. Em termos de marca, a Yakult é a segunda colocada no mercado, atrás da Activia, da Danone. (Valor Econômico)

CNA confirma queda do valor da produção no campo

O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária brasileira ("da porteira para dentro") deverá alcançar R$ 541,5 bilhões em 2016, conforme projeções da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgadas ontem. Se confirmado, o montante será 1,04% inferior ao do ano passado, resultado que reflete sobretudo os "problemas climáticos causados [à oferta] por estiagens ou excesso de chuvas" em diferentes regiões do país. A estimativa mais recente do Ministério da Agricultura para o VBP do setor neste ano ficou em R$ 514,4 bilhões, 3% menos que o cálculo da Pasta para 2015. De acordo com a superintendência técnica da CNA, o VBP da agricultura, que inclui 20 das principais culturas agrícolas do país, deverá somar R$ 339,8 bilhões, uma redução de 1,83% na comparação com o ano passado. Para a pecuária, a entidade aponta um ligeiro crescimento de 0,33%, para R$ 201,7 bilhões.

Das culturas agrícolas consideradas, dez tendem a apresentar aumento do VBP em 2016: amendoim (19,9%, para R$ 2,2 bilhões), cacau em amêndoas (10,8%, para R$ 2,7 bilhões), café beneficiado (16,2%, para R$ 25,3 bilhões), cebola (1,3%, para R$ 2,8 bilhões), feijão (7,6%, para R$ 9,1 bilhões), laranja (8,4%, para R$ 5,8 bilhões), mandioca (18,3%, para R$ 5,6 bilhões), milho (14,8%, para R$ 52,4 bilhões), trigo (20,7%, para R$ 4,9 bilhões) e uva (1,3%, para R$ 5,5 bilhões). Outros importantes produtos, no entanto, deverão registrar VBPs menores que em 2015. É o caso da soja, carro¬chefe do agronegócio nacional, cujo valor bruto da produção deverá ficar em R$ 126,7 bilhões, 2,2% abaixo do ano passado, segundo a CNA, "por conta da redução dos preços médios neste ano e da estimativa menor de produção". Também há quedas previstas para algodão (15,5%, para R$ 2,9 bilhões), arroz (12,5%, para R$ 9 bilhões), banana (25,7%, para R$ 10,8 bilhões), batata inglesa (6,9%, para R$ 7 bilhões), cana (8,4%, para R$ 51,4 bilhões), fumo (20%, para R$ 6,7 bilhões), mamona (18,3%, para R$ 55,1 milhões), sisal (27,2%, para R$ 444,5 milhões) e tomate (35,5%, para R$ 8,4 bilhões). Na pecuária, apenas os segmentos de frango e ovos deverão registrar aumento do valor da produção ¬ 3,5% (para R$ 38,9 bilhões) e 4,6% (para R$ 10,.4 bilhões), respectivamente. Já o VBP da carne bovina tende a permanecer relativamente estável em R$ 101,8 bilhões e há quedas previstas para suínos (4,2%, para R$ 12,7 bilhões) e leite (1,2%, para R$ 37,9 bilhões). Mais em www.cna.org.br. (Valor Econômico)
 

 
 
Europa: preços dos lácteos aumentam mas produtores ainda não sentem os benefícios
 
Os preços dos produtos lácteos europeus estão se estabilizando, à medida que a demanda de exportação aumenta, mas os produtores terão que esperar para sentir os benefícios, disse a Comissão Europeia. Ela fez comparações com o mercado de lácteos em 2009, quando os maiores preços dos produtos lácteos demoraram para se traduzir em maiores preços ao produtor.

A Comissão Europeia espera que o volume total de leite distribuído pelos produtores às indústrias na União Europeia (UE) nesse ano e em 2017 aumentará graças ao maior rendimento por vaca. "Desde a primeira semana de maio, os preços da UE começaram a aumentar", disse a Comissão. Os preços da manteiga aumentaram 12% em seis semanas, enquanto os preços do leite em pó integral aumentaram 11%. Porém, o preço do leite cru, de 27,27 euros (US$ 30,07) por 100 quilos, ainda estava 13% menor que no ano anterior em abril, e quase 30% menor que em abril de 2014.

A Comissão Europeia disse que um relatório dos Estados Membros "indica que mais cortes de preços ocorreram em maio, quando os preços dos lácteos começaram a se recuperar". "Esse atraso na transmissão de preços segue uma via similar à de 2009, quando os decréscimos mais fortes nos preços mensais ocorreram em março e abril, enquanto os preços dos lácteos já tinham se estabilizado".

A demanda por lácteos da China, que é um fator importante nos preços mundiais dos lácteos, está se recuperando após uma queda prolongada. A Comissão Europeia nota que "as importações chinesas se recuperaram fortemente em janeiro". Até maio, as importações chinesas aumentaram 22% com relação ao ano anterior.

Outro fator que está pesando nos mercados é o embargo russo às importações de lácteos, junto com vários outros alimentos. Antes das sanções, a Rússia absorvia 30% das exportações de lácteos da UE. Porém, a Comissão Europeia disse que as maiores exportações à Ásia estavam balanceando a perda de comércio com a Rússia. "O aumento das exportações de queijos, especialmente ao Japão, Coreia do Sul e Arábia Saudita é tão forte, que as exportações totais em 2016 deverão se igualar aos níveis de antes do embargo russo".

De fato, a UE está aumentando sua participação no mercado mundial de lácteos para 37%, 3 pontos a mais que no ano anterior. "As exportações mundiais foram levemente menores que no ano anterior nos primeiros quatro meses do ano". Porém, assim como outros importantes exportadores, Nova Zelândia, Reino Unido e Austrália viram um declínio significativo nas importações e os envios da UE aumentaram 6%.

As importações de lácteos dos Estados Unidos estão sendo suprimidas pela crescente demanda doméstica, que também está impulsionando as importações. As exportações da Austrália e da Nova Zelândia, ao mesmo tempo, estão menores devido à menor produção. 

Em 19/07/16 - 1 Euro = US$ 1,10303
0,90577 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Financiamento 
O financiamento da safra 2016/2017 é o mais caro em pelo menos 20 anos. A conclusão é do Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável do Agronegócio (IBDAgro), que calcula que os recursos do crédito rural caíram mais de 50% na comparação entre o primeiro semestre de 2016 e o do ano passado. De R$ 13 bilhões contratados em 2015 os valores teriam passado para R$ 6 bilhões. A queda nos depósitos à vista é considerada um dos principais fatores para a diminuição de recursos do crédito rural. Segundo o presidente do IBDAgro, Ademiro Vian, quase 30 mil produtores já deixaram de acessar o dinheiro, quando se compara o primeiro semestre do ano passado com o mesmo período de 2016. Ele acredita, inclusive, no esgotamento desse tipo de política. "Esta é uma das piores crises que eu já vi em meus 40 anos de experiência no mercado financeiro", afirma. (Canal Rural)
 

 

Porto Alegre, 20 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.313

 

  Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida em Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprovou e divulgou os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em junho de 2016 e a projeção dos valores de referência para o mês de julho de 2016, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. Os valores de referência indicados nesta resolução correspondem à matéria-prima leite denominada Leite CONSELEITE IN62, que se refere ao leite analisado que contém 3% de gordura, 2,9% de proteína, 600 mil uc/ml de células somáticas e 600 mil uc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de julho de 2016 é de R$ 2,7076/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleite.com.br/conseleite. (Fonte: Conseleite/PR) 
 
 
Ana Amélia participa de Reunião de Associados do Sindilat

A senadora Ana Amélia Lemos participará da próxima reunião de Associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) no 29 de julho, em Porto Alegre. A presença foi confirmada nesta terça-feira (19/7) por meio de ofício encaminhado ao presidente Alexandre Guerra. A diretoria do Sindilat convida seus associados a estarem presentes nesse momento importante de interação da parlamentar com o setor lácteo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Sindilat realiza reunião com escola técnica 

Foi realizada ontem (19/07), na sede do Sindilat, reunião com a Escola Estadual Técnica Agrícula Celeste Gobbato, centro estadual de referencia em educação profissional, de Palmeiras das Missões. O encontro visou apresentar indicadores, projetos e as produções da escola na cadeia do leite. Na ocasião, o diretor da instituição, Luis Carlos Cosmann , convidou o sindicato para 1º workshop cadeia produtiva do leite, que será realizado nos dias 19 e 20 de outubro, que terá palestras com profissionais renomados do setor e também uma saída de campo, na Escola em Palmeira das Missões. 

O objetivo do encontro foi apontar as principais atividades da Escola sobre a cadeia do leite e como funciona a produção e comercialização. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, prestou apoio à escola. "É muito interessante como eles levam o assunto do leite para os alunos. Além de teoria, também tem a prática e isso que rende novos trabalhadores altamente qualificados para o setor", destacou. Também participaram da reunião representantes da Prefeitura Municipal de Palmeira das Missões, Emater, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 
 
Para Ibre, arrecadação caiu 7% em junho
A reversão parcial da desoneração sobre a folha de pagamentos no fim do ano passado está contribuindo para que a arrecadação federal dê os primeiros sinais de estabilização, ainda que o recolhimento de tributos que dependem da atividade econômica continue a apresentar quedas muito intensas, de acordo com os pesquisadores José Roberto Afonso e Vilma Pinto, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Segundo levantamento feito com base nos dados do Tesouro Gerencial até o dia 13 de julho, a arrecadação administrada pela Receita Federal somou R$ 95,9 bilhões no mês passado, uma queda de 7,1% na comparação com junho do ano passado, já descontada a inflação do período. Os dados do Tesouro Gerencial não reproduzem exatamente os números que devem ser divulgados pela Receita Federal nos próximos dias, mas conseguem antecipar tendências, explicam os pesquisadores. 

O número ainda é frustrante, dizem eles, mas "parar de mergulhar" já é um avanço relativo. Ao menos a arrecadação no curto prazo, afirmam Afonso e Vilma, começa a mostrar um ritmo de queda levemente menor do que o observado em períodos mais longos: no acumulado do ano, a queda da receita administrada foi de 7,4%, enquanto em 12 meses o recolhimento de tributos encolheu 7,5%. Essa diferença é até mais expressiva quando a comparação leva em conta a arrecadação total da União, que inclui royalties de petróleo, por exemplo. Em junho, a queda também foi de 7,1%, mas no acumulado do ano a retração é de 7,9% e em doze meses, de ¬8,2%. "É uma mudança muito importante. Depois de mais de um ano, pela primeira vez a curva mensal passou a superar a acumulada em quatro meses, e ambas ficaram acima da anualizada", afirmam. A expectativa, portanto, é que ainda que a arrecadação continue em terreno negativo, os resultados devem começar a melhorar, na comparação em 12 meses, ao longo de 2016, até por causa da base de comparação muito fraca. O problema é que essa aparente reversão de tendência parece estar associada ao aumento das alíquotas de contribuição previdenciária sobre o faturamento de empresas que no passado foram beneficiadas com a desoneração da folha de pagamentos, já que a massa salarial continua diminuindo. 

A reoneração foi uma das medidas de ajuste fiscal propostas pelo ex¬ministro da Fazenda, Joaquim Levy, aprovada em 2015. Em junho, a arrecadação previdenciária encolheu "apenas" 3,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, um ritmo de queda bem menos intenso do que em 12 meses (¬8,7%). Essa é, porém, uma ajuda pontual, alertam os especialistas, já que no ano que vem a recomposição das alíquotas já não será mais capaz de aumentar o recolhimento de tributos. "Quanto mais a reversão da desoneração da folha salarial explicar desse comportamento menos negativo da receita, mais preocupa a tendência no longo prazo, porque terá desaparecido o efeito do corte daquele benefício", diz Roberto Afonso. Para Vilma, as desonerações precisam ser revistas, já que estão em nível muito elevado e sem análise específica de seu custo benefício, mas não é certeza que toda reoneração ampliaria a receita imediatamente. Para que a arrecadação de impostos e de contribuições previdenciárias tenham reação de fato, afirma ela, é essencial que o mercado de trabalho pare de piorar e a atividade dê sinais mais concretos de retomada. Por enquanto, apesar dos sinais de certa melhora da indústria, os impostos mais ligados à atividade econômica ainda mostram comportamento bastante negativo. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), por exemplo, encolheu 20,7% em junho, em termos reais, mais do que a retração de 16,7% no acumulado em 12 meses. O Imposto de Importação também teve desempenho ruim, com recuo de 27,5% no mês passado, em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 12 meses, a queda é menos intensa, de 14,8%. O mesmo vale para contribuições como a Cofins, em que o setor de serviços tem mais peso. Em junho, a retração foi de 8,3%, mais do que os ¬6,4% no acumulado em 12 meses. Para sair do fundo do poço, o cenário para a economia precisará mudar a ponto de inverter a trajetória do crédito, das importações, da produção e das vendas, concluem os pesquisadores. A questão, diz Vilma, é que mesmo com recuperação da economia, não é possível saber se a retomada terá intensidade suficiente para ajudar no ajuste fiscal necessário. (Valor Econômico)

 

Agência dos EUA reduz probabilidade de formação de La Niña até outubro

A NOAA, agência americana de pesquisas atmosféricas e oceânicas, reduziu suas estimativas para a probabilidade de formação do La Niña entre agosto e outubro deste ano. Segundo o órgão, as chances de o fenômeno se formar nos próximos três meses são de 55% a 60%, ante uma probabilidade de 75% apontada no relatório anterior, divulgado no dia 11.

De acordo com o órgão, os modelos estatísticos apontam para uma formação mais tardia do fenômeno, enquanto os modelos de previsão dinâmicos indicam um La Niña mais fraco. Por isso, a agência meteorológica reduziu as possibilidades de La Niña nos próximos três meses.

Patrícia Madeira, meteorologista da Climatempo, explica que a configuração de um La Niña depende de três meses consecutivos de temperaturas 0,5ºC abaixo da média nas águas superficiais do oceano Pacífico. Com as temperaturas apenas 0,4ºC abaixo da média, o fenômeno deve se formar com leve atraso, de uma a duas semanas.

"A probabilidade foi reduzida porque julho está um pouco mais quente que o esperado. Mas o La Niña deve começar em outubro ou começo de novembro", destacou Patrícia. Com o atraso no início do fenômeno climático, a meteorologista descarta impactos mais fortes na safra americana de grãos, cuja colheita ganha força em setembro.

Para o Brasil, onde o La Niña é associado ao clima mais seco na região sul do país, a meteorologista também descarta grandes impactos. "Pode acontecer redução de chuvas, mas não com gravidade suficiente para afetar a safra porque vai ter água", destaca Madeira. Para as demais regiões, "o que pode ocorrer é uma redução das chuvas em fevereiro no Centro-Oeste e Sudeste do país, mas que não deve pegar a safra em um momento vulnerável", avalia a meteorologista. (As informações são do Valor Econômico)

Queijos/AR 

Pelos primeiros dados do "balanço lácteo" publicado pela Subsecretaria de Lechería, os estoques de queijos duros estão reduzidos aos mínimos históricos: os preços estão tão elevados que o produto já pode ser guardado em caixa forte. O preço na gôndola de um queijo Parmesão Conaprole nos supermercados de Montevidéu é encontrado a US$ 16/kg. Um produto similar de primeira marca, em Buenos Aires (Romano La Serenísima) é vendido a US$ 21/kg (31% mais). Boa parte dessa incrível diferença se explica pela inflação inercial que vem se arrastadno do regime kirchnerista e a elevada concetrnação da distribuição (com cadeias de supermercados que aplicam margens gigantescas aos preços dos atacadistas de queijos). Mas esse fenômeno também ocorre diante dos baixíssimos estoques de queijos de massa dura. Muitas indústrias de laticínios não têm nenhuma pressa em vender essa mercadoria. Em abril deste ano - último dado da Subsecretaria de Lechería - o estoque de queijos duros foi de 158.680 equivalentes litros de leite, versus 180506 e 210398 litros em março e fevereiro passados. Em abril de 2015 o estoque era de 187.050 litros. Quedas também foram observadas nos estoques dos queijos de massa semidura. 

Em abril deste ano, devido ao desastre climático que afetou mutias zonas produtivas de Córdoba, Santa Fe e Entre Rios, a produção nacional de leite - que já vinha caindo com o encerramento de muitas propriedades produtoras e redução dos rebanhos - foi de apenas 658 milhões de litros (20% menos que no mesmo mês de 2015). Nesse contexto de falta de leite - que provocou um aumento nominal significativo dos preços impulsionado por uma concorrência acirrada - a maior parte das indústrias passaram a liquidar os estoques de queijos e destinar o pouco leite disponível na elaboração de queijos frescos (leite em pó continuando sendo um negócio horrível). As autoridades da Subsecretaira da Lecheria do país - tal como antecipado - começaram a publicar uma nova série de indicadores ("balanço lácteo") por meio dos quais se promoverá a redução da assimetria de informações sobre a cadeia de laticínios. O "balanço lácteo" permite observar que efetivamente no começo deste ano a indústria contava com um excesso gigantesco nos estoques de leite em pó, que apesar de continuar elevado, foi reduzido com as vendas realizadas para a Venezuela, pela SanCor, e pela menor oferta de leite disponível a partir de abril passado. (valorsoja - Tradução livre: Terra Viva)

Consumo per capita de margarina pelos americanos está menor que o de manteiga

Os dados sobre manteiga e margarina disponibilizados pelo Serviço de Pesquisas Econômicas (ERS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) - que fornece estimativas anuais sobre ofertas per capita disponíveis para os consumidores americanos e que serve como um indicador de consumo - podem ajudar a contar a história do consumo de manteiga e margarina no país. 

Na primeira metade do século XX, a disponibilidade de manteiga nos Estados Unidos era maior do que a de margarina. A disponibilidade durante esse período era em média de 7,26 quilos por pessoa por ano de manteiga, comparado com 1,27 quilos por pessoa de margarina. A escassez e o racionamento de manteiga durante a Segunda Guerra Mundial levou os consumidores e processadores de alimentos a buscarem substituir a manteiga por margarina. 

Após a Segunda Guerra Mundial, muitas políticas públicas e restrições sobre a margarina (incluindo restrições na coloração) foram deixadas de lado. Além disso, alguns consumidores tinham se tornado mais acostumados ao sabor da margarina e o menor custo da mesma com relação à manteiga também favoreceu a troca (US$ 0,51 por quilo para margarina comparado com US$ 1,57 por quilo para manteiga em 1946). Ao mesmo tempo, a margarina foi promovida como uma alternativa mais saudável à manteiga, devido a seu menor teor de gordura saturada.

O menor preço da margarina e as maiores ofertas nos anos após a guerra derivaram de uma oferta cada vez mais crescente de óleo de soja, o que coincidiu com a maior demanda de farelo de soja para alimentar o gado. Originalmente, as margarinas eram preparadas com uma mistura de gorduras animais - como sebo e banha - com óleos de palma, semente de palma, entre outros. Nos anos trinta, a margarina era principalmente feita a partir de óleos vegetais produzidos domesticamente e parcialmente hidrogenados para converter os óleos líquidos em um produto cremoso semissólido em temperatura ambiente. 

Entre 1942 e 1972, a disponibilidade de manteiga caiu de 7,44 para 2,27 quilos por pessoa/ano. No mesmo período, a disponibilidade de margarina aumentou firmemente, ultrapassando a de manteiga em 1958, para 4,04 quilos por pessoa e alcançando o pico de 5,44 quilos por pessoa em 1976.

Na segunda metade da década de setenta, a disponibilidade de margarina começou a apresentar tendência de queda, com o maior declínio começando em 1994. Em 2005, o consumo de margarina caiu para menos que o consumo de manteiga, apesar do maior preço da manteiga (US$ 7,23/kg) comparado com o de margarina (US$ 1,96/kg). 

A disponibilidade de margarina continuou caindo para 1,59 quilos por pessoa em 2010. Em 2013, a disponibilidade per capita de manteiga era de 2,49 quilos. A manteiga deve parte do seu aumento no consumo às preocupações referentes às gorduras trans na margarina e, mais recentemente, às sugestões de que a gordura saturada não é tão prejudicial à saúde como se pensava. Juntas, a disponibilidade de manteiga e margarina estão perto da metade do que eram há 25 anos, à medida que os processadores de alimentos, restaurantes e consumidores se voltaram a saladas e óleos de cozinha para suprir suas demandas de gorduras e óleos. (Os dados são do ERS, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), traduzidos pela Equipe MilkPoint)

 
 

19º Seminário Nacional e Internacional de Queijos e Leite será junto com o 2º Curso de Juízes e o 2º Concurso de Queijos
O 19º Seminário Nacional e Internacional de Queijos e Leite acontece no próximo dia 21 de julho, a partir das 8h30, no município de Carlos Barbosa/RS. A organização é da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) que trará para o evento renomados especialistas na área. Além do Seminário, também ocorrerá no local no dia 21 e 22 de julho o 2º Curso de Juízes de Queijo e no dia 23 de julho o 2º Concurso Estadual de Queijos. Confira a programação e inscreva-se! Para maiores informações, CLIQUE AQUI! (Assessoria de Imprensa AGL)

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Porto Alegre, 19 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.312

 

  Preço do leite atinge maior valorização da história do Conseleite

O preço do leite padrão no Rio Grande do Sul deve apresentar aumento de 11,15% em julho. Dados divulgados pelo Conseleite nesta terça-feira (19/7) indicam que valor projetado para o litro deve ficar em R$ 1,3170 frente ao valor de R$ 1,1849 consolidado em junho. Nos últimos três meses (maio-julho), o aumento chega a 27,30%. Segundo o professor da Universidade de Passo Fundo (UPF) Eduardo Belisário Finamore, o valor projetado para julho é o maior já verificado no histórico do Conseleite. Outros picos foram  registrados em 2007  (R$ 1,1331),  2009 (R$ 1,1650) e 2013 (R$ 1,1565), em valores corrigidos pelo IPCA. "Os preços alçaram voo no Rio Grande do Sul, principalmente no leite UHT e leite pasteurizado", pontuou o pesquisador. Outros produtos lácteos também seguiram a tendência de alta no mês, como o queijo prato e o leite condensado. 

No ano (janeiro- julho de 2016), o valor de referência do leite UHT subiu 83,41% (julho - R$ 1,48/litro) , seguindo pelo pasteurizado, com alta 55,03% (julho - R$ 1,45/litro) e do leite em pó, com 17,92% (julho - R$ 1,041). "Depois de dois anos com preços congelados, 2016 sinaliza ser um ano de boa remuneração para o setor lácteo", acrescentou Finamore, que apresentou os dados com ajuda do colega Marco Antônio Montoya.

Presidindo os trabalhos, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, prevê que os preços sigam em um patamar elevado até agosto e, em seguida, tendam a apresentar algum ajuste. Contudo, os valores não devem retornar aos patamares de 2015 frente a um cenário impactado pela importação e fatores climáticos. Guerra ainda alertou sobre a importância de manter o controle do mercado interno uma vez que há leite entrando de outros países no Brasil, o que ameaça a rentabilidade da atividade. O preço só vem se mantendo, explica ele, pela redução da captação de leite nos tambos gaúchos. Além disso, a alta dos custos de produção no campo e na indústria também impactou nos valores apurados. "O milho subiu, os combustíveis subiram. Estamos em um patamar em que é possível trabalhar e remunerar produtores e indústria", frisou Guerra.

Na ocasião, os conselheiros ainda avaliaram o projeto de alteração no website e da marca do Conseleite, o que ficou de ser definido no encontro do mês de agosto.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Legenda: Professor Marco Antônio Montoya e Alexandre Guerra
 
 
 
Leilão GDT: mercado internacional continua sem grandes variações nos preços

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (19/07) não apresentou variação de preços sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$ 2.336/tonelada.

Nenhum dos produtos comercializados no leilão apresentou grande variação em seus preços. O queijo cheddar e o leite em pó desnatado caíram 1,1% em relação ao leilão anterior, sendo comercializados a US$2.886/ton e US$1.927, respectivamente. O leite em pó integral teve alta de 1,9% no preço em relação ao leilão anterior, sendo comercializado a US$2.079/ton.

Foram vendidas 31.348 toneladas de produtos lácteos neste leilão, cerca de 1% abaixo do volume no mesmo período do ano passado. Os contratos futuros de leite em pó integral continuam sem apontar para grandes mudanças até o início de 2017. Até janeiro, as projeções estimam preços entre US$2.045 e US$2.130/ton, sem nenhuma alteração significativa no atual patamar de preços. (Fonte: Global Dairy Trade, elaborado pelo MilkPoint)

 
Europa revela subsídio de 500 milhões de euros para produtores rurais

A Comissão Europeia revelou um pacote de ajuda aos produtores de €500 milhões (US$ 551,51 milhões) na segunda-feira (18) para dar suporte financeiro aos produtores de leite que estão passando por dificuldades nos 28 estados membros. O último pacote inclui €150 milhões (US$ 165,45 milhões) direcionados a subsidiar as reduções voluntárias na produção de leite em toda a UE e €350 milhões (US$ 386,06 milhões) em uma ajuda condicional.

O pacote de ajuda condicional será definido e implementado ao nível de estado membro. Os estados membros terão permissão de combinar fundos da UE, o que fornece potencial de dobrar o subsídio a alguns produtores de leite. A Alemanha e a França, os dois maiores produtores de leite da UE, deverão receber quase €58 milhões (US$ 63,97 milhões) e €50 milhões (US$ 55,15 milhões), respectivamente. Irlanda e Holanda, os dois fornecedores de leite de mais rápido crescimento, receberão €11 milhões (US$ 12,13 milhões) e €23 milhões (US$ 25,36 milhões), respectivamente. A Irlanda, em particular, era contra a ajuda relacionada a controles extensivos da oferta, enquanto os maiores produtores da UE, Alemanha, França e Polônia, eram a favor disso. O ministro da Agricultura da Irlanda, Michael Creed, elogiou o novo pacote de subsídio por fornecer aos estados membros o máximo possível de flexibilidade.

 
 

A Comissão Europeia também autorizou a expansão dos subsídios aos estoques públicos existentes e a extensão da intervenção (programa de suporte aos preços) para leite em pó desnatado até fevereiro de 2017. Entretanto, o volume teto para o leite em pó desnatado comprado a preços fixos permanece em 350.000 toneladas até 31 de dezembro de 2016.

O pacote financeiro de hoje é o terceiro fornecido desde que a União Europeia (UE) aboliu sua política de cotas de produção de leite de 30 anos em abril de 2015.

A Comissão Europeia notou que em menos de um ano, forneceu mais de €1 bilhão (US$ 1,1 bilhão) para os produtores financeiramente afetados em um momento de pressões orçamentárias significativas. A Comissão Europeia afirmou que "essa é uma resposta muito robusta por parte da Comissão e é uma afirmação muito forte de suporte aos produtores europeus", levando ao questionamento se a Comissão Europeia está enviando um sinal aos produtores de leite de que o apoio financeiro da UE aos produtores de leite está secando. (As informações são do Daily Dairy Report)

 
Pessimismo
Má notícia: a intenção de consumo das famílias gaúchas teve queda de 30,2% em julho em relação ao mesmo período do ano passado e de 9,4% em relação ao mês anterior. É o menor patamar registrado desde janeiro de 2010. Os números foram divulgados ontem pela Fecomércio-RS. Na avaliação da entidade, o mercado de trabalho segue enfraquecido, com redução de postos de trabalho, o que impacta a renda das famílias, sem contar a inflação e os juros altos. (Zero Hora)
 

Porto Alegre, 18 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.311

 

Déficit na balança de lácteos é o dobro de 2015

O déficit na balança comercial de lácteos do Brasil no primeiro semestre já é o dobro do déficit registrado em todo o ano passado. O quadro é reflexo da escassez de matéria--prima no mercado doméstico, o que tem estimulado as importações. Nos primeiros seis meses do ano, o país importou US$ 268,6 milhões em produtos lácteos e exportou US$ 62,7 milhões, o que gerou um déficit de US$ 205,9 milhões. Em todo o ano passado, o déficit havia sido de US$ 100 milhões, conforme dados da Secex/Midc compilados pela MilkPoint. Considerando os volumes comercializados em equivalente leite, o déficit na balança também cresceu. Conforme a MilkPoint, no primeiro semestre, o déficit foi de 683,7 milhões de litros ante 343,7 milhões no mesmo intervalo de 2015. Em todo o ano passado, o déficit fora de 548 milhões de litros.

 

A escassez de leite no mercado doméstico por conta da redução da produção tem elevado os preços internos da matéria¬-prima, o que torna a importação mais competitiva. De acordo com Valter Galan, analista da MilkPoint, as importações poderiam ser ainda maiores, mas no momento, os principais fornecedores do Brasil ¬ Argentina e Uruguai ¬ enfrentam alguma restrição na oferta por problemas climáticos e aumento nos custos de produção. No primeiro trimestre deste ano, a aquisição de leite no Brasil recuou 4,5%, para 5,86 bilhões, segundo o IBGE. Pelas estimativas da MilkPoint, a retração se acentuou no semestre, para 7% na comparação com igual período de 2015 (ver quadro).

Até maio, a queda era projetada em 6%. Diante desse cenário, a disponibilidade total também caiu mais ¬ 4%. Até maio, o recuo era de 3,5%. Ainda conforme as projeções da MilkPoint, a disponibilidade de leite per capita no semestre foi de 56,6 litros, 4,8% abaixo dos 59,4 litros um ano antes. O recuo também avançou em relação a maio. A expectativa de Galan é de um ambiente mais favorável à produção de leite no Brasil neste semestre uma vez que a relação de troca com o milho começou a melhorar. Assim, avalia, os preços da matéria-¬prima devem começar a ceder. Aliás, já começa a haver recuo nos preços dos produtos finais, como leite longa vida e mozzarella, segundo Galan, reflexo de uma retração do consumidor.

No curto prazo, contudo, o cenário não deve mudar muito, pois a importação ainda está competitiva, diz o analista. Enquanto o queijo mozzarela nacional é negociado por entre R$ 22 e R$ 23 o quilo no atacado, o produto argentino chega a São Paulo por cerca de R$ 17 o quilo. Marcelo Costa Martins, diretor¬executivo da Viva Lácteos (que reúne empresas do segmento), concorda que, no curto prazo, "não há perspectiva de mudança", uma vez que a limitação de oferta persiste no mercado interno. Ele observa, porém, que mesmo num cenário pouco estimulante para as exportações, as empresas do setor "continuam apostando na importância da abertura de novos mercados". O objetivo é estarem prontas quando o cenário estiver mais favorável. (Valor Econômico) 

 
 
Bancos querem fatia maior do crédito agrícola

Em um cenário de retração de diversos setores da economia brasileira, as instituições financeiras têm voltado cada vez mais suas atenções para o cré- dito agrícola, tradicionalmente dominado pelo Banco do Brasil. Entre as principais estratégias adotadas estão o aumento do volume de recursos do agronegócio em relação ao total da carteira; a especialização das equipes de atendimento, inclusive com a contratação de agrônomos; e a aproximação do relacionamento com cooperativas, empresas do setor e produtores. Para a safra 2016/2017, todos os principais bancos privados do País incrementaram o volume de recursos disponível. Apenas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o Sicredi vai liberar R$ 6,1 bilhões, quase 8% mais do que no ciclo anterior. Em nível nacional, o Santander não revela os números, mas pretende incrementar em 20% a disponibilização de recursos livres e controlados. Da mesma maneira, o Bradesco, que aplicou R$ 21 bilhões, em 2015/2016, pretende aumentar o índice em 10%. 

O Banrisul, por sua vez, lançou, no fim do mês passado, uma carteira de R$ 2,1 bilhões para produtores gaúchos, alta de cerca de 10%. Por outro lado, o volume maior de recursos voltado ao campo tem sido acompanhado por elevações nos juros nos últimos dois anos. No Plano Agrícola e Pecuário, lançado pelo governo federal em julho, as taxas variam de 9,5% a 12,75% ao ano, sendo de 8,5% para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). De acordo com os bancos, a elevação das alíquotas não tem influenciado nas contratações, pois ocorreram paralelamente a alta da taxa Selic, hoje em 14,25%. No caso da agricultura familiar, que contará com R$ 30 bilhões, as taxas variam de 2,5% a 5,5%, apresentando queda para produtos agroecológicos e da cesta básica. Mesmo com a maioria das alíquotas mais onerosas, o agronegócio segue com inadimplência baixa na comparação com outros setores. "É uma inadimplência muito aquém do mercado tradicional.

É um setor que vem se beneficiando de safras cheias, preços bons nas commodities e, com isso, acaba tendo um cená- rio diferente em relação aos demais segmentos", explica o diretor executivo do Sicredi, Gerson Seefeld. No Banrisul e no Sicredi, por exemplo, as pendências dos agricultores giram, respectivamente, em torno de 3% e menos de 0,3% da carteira de crédito. Enquanto o custeio e a comercialização da lavoura exigem crédito anual, a área de investimento é a que mais sentiu os efeitos da crise econômica, vide as bruscas quedas nas vendas de máquinas nos dois últimos anos. Segundo Seefeld, a busca por financiamento para compra de maquinário, armazenagem e construção, caiu nesse período. "Há cinco anos, houve investimento pesado na renovação do parque de máquinas. Depois, o produtor passou a fazer aplicações mais precisas. 

Acredito que, agora, está havendo uma readequação do mercado, com investimentos em equipamentos que gerem mais produtividade e menos perdas na colheita", explica. Para o superintendente executivo de Agronegócios do Santander, Claudio Yutaka, principalmente na região Sul, há espaço para renovação do maquinário, o que tem impulsionado a procura por crédito de investimento. "Em geral, os produtores trocam 10% do parque de máquinas anualmente e há um desgaste natural pelo uso de colheitadeiras e tratores", analisa. Yutaka afirma ainda que o aumento do preço médio da terra tem obrigado o agricultor a investir em agricultura de precisão, irrigação e armazenagem para elevar a produtividade. Nesse cenário, entram as linhas de silos, construção civil e renovação tecnológica: outra oportunidade dos bancos para captar o setor que mais cresce na economia brasileira. (Jornal do Comercio)

 
Projeto Leite na Escola apresenta resultados 
  
Em oito meses de ação, o projeto Leite na Escola já visitou 22 escolas e atendeu 2.608 alunos de escolas estaduais da região Metropolitana de Porto Alegre. Realizada pela Secretaria de Agricultura (Seapi), a ação integra a agenda da Câmara Setorial do Leite e tem apoio de instituições ligadas ao setor produtivo, como o Sindilat. Os dados foram divulgados em reunião de trabalho realizada nesta segunda-feira (18/7). De novembro de 2015 a julho de 2016, as oficinas levaram conhecimento a crianças com objetivo de incentivar o consumo de leite e derivados desde a infância, resgatar a confiança no produto e mostrar todo o percurso do leite, desde a origem até a mesa das famílias. Após cada apresentação, os alunos são convidados a degustar alguns itens, momentos esses onde foram consumidos 522 litros de bebida láctea, 99 litros de leite e 30 quilos de queijos.  Os alunos que participaram das oficinas ainda receberam a revistinha "Pedrinho & Lis: a origem do Leite". 

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, acompanhou a reunião e ressaltou a importância dessa ação junto a esses novos consumidores e garantiu a continuidade da parceria para atender a novas instituições de ensino. O coordenador da Câmara Setorial do Leite, Danilo Gomes, pontuou que a expectativa é atender mais 20 escolas neste segundo semestre e que a intenção é ampliar a atuação uma vez que a demanda por receber a equipe do projeto é crescente. Contudo, pontuou que a ação precisa estar enquadrada na questão orçamentária e logística existente. 

No segundo semestre, o projeto Leite na Escola traz uma novidade. A segunda edição da revistinha "Pedrinho e Lis em: A Fantástica Fábrica do Laticínios" já está em elaboração. A ideia, pontuou o estagiário Pedro Nery, é lançar a publicação na Expointer 2016. O gibi traz informações sobre o processamento do leite e como funciona um laticínio, além de brincadeiras e curiosidades. Na ocasião, a equipe do projeto Leite na Escola ainda apresentou dados compilados a partir de questionários respondidos pelos professores que acompanharam o primeiro semestre de atividades. Segundo levantamento, 77% deles acreditam que a ação ajudou no consumo de produtos lácteos na merenda, 82% informaram que o assunto rendeu novas atividades em sala de aula e 100% gostariam de levar alunos a propriedades leiteiras ou indústrias. (Assessoria de Impresa Sindilat)

Festiqueijo espera receber 21 mil visitantes na edição deste ano

Principal evento do calendário de Carlos Barbosa, na Serra Gaúcha, o Festiqueijo chega a sua 27ª edição com perspectiva de aumentar o número de visitantes em relação ao ano passado. Os organizadores esperam receber 21 mil pessoas entre os dias 1 e 31 de julho, sempre às sextas-feiras, sábados e domingos, no salão paroquial da Igreja Matriz. "O público é muito fiel. As pessoas se programam para participar", descreve o presidente da diretoria voluntária do evento, Diego Carlos Baldasso. Ou, seja, a crise não tem afetado a expectativa de público. O valor do ingresso às sextas-feiras e domingos é R$ 100,00. Aos sábados a entrada passa para R$ 110,00. Há gratuidade para crianças até 7 anos, sendo que para as que têm de 8 a 12 anos o valor cobrado é de R$ 50,00. No local, o visitante tem acesso a mais de 40 tipos de queijos, além de um amplo cardápio de pratos típicos da região, o que faz com que o festival seja reconhecido como um dos principais eventos gastronômicos da Serra. 

 
A cultura italiana é presença forte, reforçam as soberanas Cheila Paula Pansera, que é a Senhorita Festiqueijo, e Stephanie Pech, a dama de companhia. "A cultura italiana diz que uma senhorita nunca anda sozinha, por isso existe a dama de companhia", comenta Cheila. "Tudo foi pensado para respeitar as tradições", acrescenta Stephanie. Segundo a vice-presidente e diretora de Marketing do evento, Jéssica Dalcin Andrioli, o espaço que recebe o Festiqueijo passou por melhorias que garantem mais conforto aos visitantes, com atenção à climatização do ambiente, sobretudo. "Prezamos muito pela qualidade", afirma Jéssica. (Jornal do Comercio)
 
Sindilat debate parceria para Fórum em Santa Maria
Reunido na sexta-feira (15/7) com Luciane Kolbe e Márcia Mandagará, do Canal Rural, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, alinhou parceria para a realização da segunda edição do Fórum do Leite. O evento ocorrerá no próximo dia 11 de outubro, em Santa Maria. Desta vez, o encontro terá o apoio da Universidade Federal de Santa Maria. Na ocasião, foi debatida a temática central do evento e os encaminhamento a serem dados para sua realização. O 1º Fórum Estadual do Leite - Rumo à Excelência foi realizado em Ijuí no mês de junho e reuniu mais de 500 pessoas no auditório da Unijuí para discutir as mudanças oportunizadas com a nova Lei do Leite.  O projeto itinerante deve ter sequência em diversas regiões produtoras de leite do Rio Grande do Sul. (Assessoria de Impresa Sindilat)
 

 

Porto Alegre, 15 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.310

 

  Impostos sobre peixes e queijos podem ter aumento, alerta ministro da Fazenda

A equipe econômica do novo governo estuda aumentar os impostos cobrados sobre alimentos como salmão, que hoje tem tributação zero, para engordar os cofres públicos. Outros itens, como bacalhau, truta e atum do Atlântico podem ser alvos do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sem mencionar vários tipos de queijos, como provolone, muçarela, minas e prato. 

Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, Meirelles citou o salmão como um "item de luxo", que foi adicionado à cesta básica do brasileiro, e sobre o qual a alíquota do PIS-Cofins - hoje zero - pode ser elevada. O quilo do salmão fresco inteiro custa, em média R$ 50,00. No primeiro semestre, o Brasil gastou quase US$ 200 milhões com a importação de 32 mil toneladas do peixe do Chile.

A Receita Federal estima que o governo vai deixar de arrecadar só este ano R$ 18,5 bilhões devido à desoneração do PIS-Cofins da cesta básica, que beneficia alimentos como feijão, arroz, farinha de mandioca, batata-doce, milho e leite. Massas, açúcar, óleo de soja e itens de higiene e limpeza também entram nessa lista, assim como carnes bovinas, proteínas de frango e carnes de caprinos e ovinos - para respeitar hábitos alimentares de diferentes regiões do País. 

Meirelles usou o salmão para exemplificar como alguns itens podem sofrer elevação de tributação, se for necessário. Segundo ele, a medida é estudada, mas ainda não passa de um "Plano C". O "Plano A" continua sendo ajustar as contas públicas com a contenção do crescimento dos gastos públicos. A outra prioridade é fortalecer o caixa por meio de privatizações, securitizações e vendas de ativos.

Antes de tomar qualquer decisão, o governo avaliará a repercussão que o aumento dos impostos terá sobre a economia. No caso específico do PIS-Cofins, também deverá ser levado em consideração quanto essa medida representará em aumento de custo para as empesas, e se, no limite, ela terá que demitir funcionários em função disso. Também existem estudos para uma alta geral do tributo. (As informações são do Economia - iG)
 

 
Campo aberto para produtos que sustentam as exportações

 

Estudo recém ¬concluído pelo Ministério da Agricultura e pela Embrapa com projeções para o agronegócio brasileiro até a safra 2025/26 confirma que o cenário é bastante positivo para os produtos mais valorizados do setor nos mercados interno e externo. Mas, em contrapartida, sinaliza um horizonte sombrio para itens básicos como arroz e feijão, voltados sobretudo ao abastecimento doméstico e que normalmente oferecem aos agricultores remunerações mais baixas do que commodities como soja e milho, por exemplo. Como adiantou ontem o Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, o estudo aponta que a safra brasileira de grãos poderá alcançar entre 255,3 milhões e 301,3 milhões de toneladas na safra 2025/26, ante 196,5 milhões em 2015/16 ¬ um crescimento que, na melhor das hipóteses será de 53,3%%, puxado por soja e milho. 

Esse incremento embute avanços tanto da produtividade das lavouras quanto da área plantada total, que poderá crescer para entre 58,2 milhões e 65,6 milhões de hectares, ante 58,2 milhões na temporada 2015/16. "Ainda que as nossas projeções sejam conservadoras, esses dados mostram que a agricultura brasileira tem um grande potencial de crescimento pela frente", afirma José Garcia Gasques, coordenador geral de Análise de Estudos do ministério. O cenário traçado está em linha com o que esperam do Brasil órgãos como a FAO, a agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação, e o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Entre os produtos que puxam as perspectivas de expansão do campo nacional, um dos grandes destaques é a soja, que já é o carro ¬chefe do agronegócio brasileiro. 

O estudo prevê que a produção da oleaginosa poderá alcançar 129,2 milhões de toneladas (médias dos limites inferior e superior apontados) em 2025/26, 35,1% mais que em 2015/16, com uma expansão de 30% da área plantada, para 43,2 milhões de hectares. Em seguida, aparece o milho, cuja colheita poderá aumentar 24,2%, para 94,7 milhões de toneladas (média dos limites), em uma área 4,4% superior, da ordem de 16,4 milhões de hectares. Em larga medida, essas culturas tendem a ser impulsionadas pelo aumento da demanda para produção de ração tanto no país quanto no exterior, tendo em vista a tendência de incremento do consumo de proteínas animais, principalmente em países emergentes. Tanto que, no horizonte desenhado pelo Ministério da Agricultura e pela Embrapa, a produção brasileira de carne de frango poderá aumentar 34,6%, para 19,1 milhões de toneladas no ciclo 2025/26, a de carne suína tende a crescer 31,3%, para 4,7 milhões de toneladas, e a de carne bovina poderá subir 21%, para 10,2 milhões de toneladas, sempre considerando as médias dos limites inferiores e superiores das estimativas. 

Mas, se são igualmente positivas as perspectivas de expansão da produção de açúcar, café e laranja, entre outros, o quadro traçado para os básicos arroz e feijão é preocupante, sobretudo porque o ministério e a Embrapa projetam aumentos de produtividade até agora não registrados. As estimativas do estudo do ministério apontam que a área plantada de arroz poderá cair 48,3% até 2025/26, para 1 milhão de hectares, e que a produção, mais eficiente, tende a crescer 2,6%, para 11,5 milhões de toneladas. Já a área de feijão poderá recuar 40,5%, para 1,8 milhão de hectares, e a colheita poderá subir 2%, para 3,4 milhões de toneladas, também por ganhos de produtividade superiores a 40%, que não encontram paralelo nas últimas décadas. No caso do feijão, por exemplo, da safra 2005/06 para o ciclo 2014/15 ¬ a temporada 2015/16 foi muito prejudicada pela seca ¬, a produtividade média caiu 28%. (Valor Econômico)


Itamaraty cita vantagens em acordos internacionais; agricultura familiar vê perda de soberania

Ao analisar o projeto, o Itamaraty entende que o texto pode aproximar o Brasil de eventuais acordos de investimento firmados com outros países no âmbito da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). "A proposta vai na direção de não discriminação entre empresas brasileiras ou controladas por estrangeiros", disse Norberto Moretti, que representou o Ministério das Relações Exteriores na audiência. "A consequência prática é que o investidor estrangeiro, sob a forma de uma empresa nacional de capital estrangeiro, terá o mesmo tratamento que uma empresa brasileira", disse Moretti. O deputado Heitor Schuch (PSB-RS), que propôs o debate, se disse contrário à proposta. "Não podemos nem permitir falar que agricultor familiar esteja correndo o risco de perder sua terra para estrangeiros. Estaremos realimentando a indústria dos sem-terra.

Portanto, o Brasil precisa antes cuidar bem dos brasileiros", disse. "Pode até trazer gente de fora, mas não entregando a terra. " Schuch disse que o objetivo do projeto "é vender 25% do território nacional para estrangeiros". "É dali que tiramos a produção agrícola, que gera emprego, gera renda e traz divisas novas para o Brasil", afirmou. Para o secretário da Contag, Elias D'Ângelo, a matéria põe em risco a soberania nacional e poderá inflacionar o preço da terra no País. Mesma opinião compartilhada pelo presidente da Fetag/RS, Carlos Joel da Silva. Segundo o dirigente, no Rio Grande do Sul hoje 30% dos agricultores não têm terra e plantam em áreas arrendadas. "A terra é um bem, sim, mas também tem função social. 

Precisamos é de crédito fundiário para garantir a sucessão rural e a produção de alimentos", opinou. Também contrário ao projeto, o representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Guilherme Delgado, disse que o texto é completamente inapropriado. "O projeto vai na contramão dos regimes fundiários instituídos pela Constituição de 1988. Precisamos entender que a terra não é mercadoria, mas um bem intergeracional de uso múltiplo e com uma função social clara", defendeu Delgado, para quem o texto põe em risco comunidades tradicionais, como índios e quilombolas, e a soberania nacional. (Jornal do Comércio)
 
Secretário do Mapa 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem novo secretário de Mobilidade Social, do Produtor Rural e Cooperativismo. É José Dória, ex-secretário Nacional de Irrigação do Ministério da Integração Nacional e administrador em RH. Nesta quinta-feira (14), ele teve reuniões com o ministro Blairo Maggi e com o secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki. Dória disse que uma de suas principais atribuições à frente da Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e Cooperativismo é trabalhar para que o Brasil tenha uma agricultura cada vez mais sustentável. (MAPA)

Porto Alegre, 14 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.309

 

  Missão sanitária a caminho

O deputado Alceu Moreira busca junto ao Ministério da Agricultura o agendamento de uma missão governamental a laticínios uruguaios e argentinos. "A ideia é conferir a condição sanitária de produção destes países", disse o parlamentar. Isso porque o Brasil é importador de produtos lácteos destes países. "A qualidade precisa ser igual ou superior à do leite produzido aqui", destacou, afirmando que este é um pleito antigo do setor lácteo brasileiro. Segundo o deputado, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, considerou oportuna a realização de missão sanitária, até mesmo para um intercâmbio de informações. Entretanto, ainda não há data prevista. A expectativa de Moreira é que a missão ocorra ainda neste ano.

Presidente do Sindilat, Alexandre Guerra considerou positivo o pleito. "Podemos analisar a produção e entender a visão que eles têm do leite daqui pra frente", pontua o dirigente, destacando que Uruguai e Argentina sempre foram referência em produção de leite de qualidade. De janeiro a março deste ano, as importações brasileiras de leite cresceram 11%, de 28,8 milhões de quilos no mesmo período de 2015 para 32,2 milhões; e as exportações caíram 23%, de 13,9 milhões de quilos no primeiro trimestre do ano passado para 10,6 milhões neste. (Correio do Povo)
 
 
Tamanho médio das fazendas leiteiras globais pode ser diferente daquilo que imaginamos

Em 2015, havia cerca de 121 milhões de produtores de leite no mundo. Quando você pensa sobre os motivos pelos quais o setor de lácteos e as políticas governamentais estão proximamente relacionadas a resposta é que muitas pessoas estão envolvidas na produção global de leite, disse o diretor gerente da International Farm Comparison Network (IFCN), Torsten Hemme, durante a Conferência de Gestão de Grandes Rebanhos Leiteiros, realizada no começo de maio, próximo a Chicago.

Ainda haverá 121 milhões de produtores de leite nos próximos anos? Os números deverão declinar. "Quando nossos números de produtores declinam, se iniciam alguns processos políticos para a prevenção de perdas. Nós podemos parar essa mudança estrutural? Não, mas o processo político estará lá e cabe a nós orientar os envolvidos o máximo possível", frisou Torsten. 

É interessante notar que, até 2013, o número de fazendas leiteiras estava aumentando lentamente, de forma que tem havido cerca de 1% de aumento nos números de fazendas. Esse é um indicador que mostra novas adições de animais nos rebanhos. 

 

Qual o tamanho médio de uma fazenda leiteira?
O tamanho de uma fazenda é um indicador muito simples, mas significativo. Países com um tamanho médio de rebanho com mais de 100 vacas incluem Estados Unidos, Argentina, Uruguai, África do Sul, Oceania, Arábia Saudita e partes da Europa - especialmente, Reino Unido e República Tcheca. Entretanto, a maioria dos países no mundo não são de grande escala, mas sim, tem rebanhos menores. "O tamanho médio de uma fazenda leiteira mundial atualmente é de cerca de 3 vacas, que produzem aproximadamente 18 quilos de leite. Metade disso, os próprios produtores consomem e a outra metade é vendida. Essa é a realidade", comentou Hemme. 

Ele destacou que 73% das fazendas leiteiras são de pequena escala ou fazendas familiares, que possuem de uma a duas vacas, enquanto cerca de 23% possui de duas a dez vacas. "Cerca de 60% das vacas leiteiras estão em fazendas de pequena escala ou familiares, enquanto cerca de 26% das vacas estão na categoria de fazendas familiares médias, que têm 10 a 100 vacas. Cerca de 15% das vacas estão em fazendas comerciais com mais de 100 vacas", ponderou o diretor. 

De acordo com ele, em alguns países, fazendas com mais de 100 vacas são consideradas "hobby", porém, é importante observar a indústria de lácteos por meio de uma visão global. "No momento, talvez apenas 3% das vacas leiteiras totais estão em rebanhos com mais de 1000 vacas. É interessante notar que nós provavelmente temos 300.000 rebanhos globalmente - com mais de 100 vacas - e grande parte deles estão localizados nos Estados Unidos", finalizou. (As informações são do http://www.thecattlesite.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Kantar WorldPanel: Italac foi uma das marcas que mais ganhou consumidores em 2015
 
Entre 2014 e 2015, as marcas no Brasil que mais ganharam consumidores foram aSeara (3,4 milhões de novos lares), Brilhante (2,8 milhões) e Italac (2,7 milhões), de acordo com dados inéditos da Kantar WorldPanel. 

O estudo Brand Footprint mostra que o crescimento da Seara, da JBS, está relacionada com a busca do consumidor por uma proteína mais barata, ajudado pelo maciço investimento em propaganda. Agora, a marca chega a 32,8 milhões de domicílios.

 

Já a Italac, ainda de acordo com o estudo, beneficiou-se da estratégia de inovação e aumento do portfólio. A empresa mineira de laticínios alcança 33,4 milhões de residências.

E a marca Brilhante, da Unilever, presente em 25,3 milhões de lares, mais barata que alguns de seus concorrentes, cresceu pelo melhor custo/benefício. (As informações são do jornal O Globo)

USDA revisa para cima produção norte-americana de grãos

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) disse nesta terça-feira (12/7) que produtores do país devem colher uma safra recorde de milho. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o USDA estimou a produção em 14,54 bilhões de bushels (369,32 milhões de toneladas), acima da projeção de junho, de 14,43 bilhões de bushels (366,52 milhões de t). Analistas consultados pelo The Wall Street Journal esperavam um número maior, de 14,561 bilhões de bushels (369,85 milhões de t).

Os estoques de milho nos EUA ao fim da atual temporada, em 31 de agosto, devem somar 1,701 bilhão de bushels (43,21 milhões de t), ante projeção de 1,708 bilhão de bushels (43,4 milhões de t) em junho. Os analistas esperavam um aumento para 1,784 bilhão de bushels (45,3 milhões de t). Para o ciclo 2016/2017, o USDA estimou os estoques em 2,081 bilhões de bushels (52,86 milhões de t), abaixo da previsão do mercado, de 2,189 bilhões de bushels (55,6 milhões de t). 

Já a safra de soja foi estimada em 3,880 bilhões de bushels (105,61 milhões de t), acima da previsão de junho, de 3,8 bilhões de bushels (103,43 milhões de t) mas próxima da estimativa de analistas, de 3,876 bilhões de bushels (105,5 milhões de t). O USDA reduziu sua estimativa para as reservas domésticas de soja em 2015/2016, de 370 milhões de bushels (10,07 milhões de t), em junho, para 350 milhões de bushels (9,53 milhões de t). O número ficou próximo da previsão de analistas, de 354 milhões de bushels (9,64 milhões de t).

Para 2016/2017, os estoques finais foram projetados em 290 milhões de bushels (7,89 milhões de t), em linha com a previsão do mercado. Em 30 de junho, o USDA disse que produtores de soja semearam uma área recorde de 83,7 milhões de acres (33,87 milhões de hectares). O número ficou acima dos 82,236 milhões de acres (33,28 milhões de hectares) previstos em 31 de março.

Já a área semeada com milho foi estimada em 94,1 milhões de acres (38,08 milhões de hectares). O número ficou acima dos 87,999 milhões de acres (35,6 milhões de hectares) do ano passado e dos 92,759 milhões de acres (37,54 milhões de hectares) projetados por analistas.

O clima favorável durante a primavera do Hemisfério Norte e a alta dos preços de commodities agrícolas levaram produtores a semear uma área maior este ano. As condições foram amplamente favoráveis durante os estágios iniciais de desenvolvimento e, caso persistam, podem resultar em alta produtividade. No entanto, se o clima ficar mais quente e seco no fim de julho, o rendimento pode ser afetado. "Parece que teremos uma grande safra de milho", disse Don Roose, presidente da corretora U.S. Commodities.

Ele observou, porém, que o clima parece mais ameaçador à medida que julho avança. Os estoques globais de milho em 2016/2017 devem somar 206,9 milhões de toneladas, disse o USDA. Já as reservas mundiais de soja devem cair para 66,31 milhões de toneladas no próximo ciclo, de 72,17 milhões de toneladas projetadas para este ano. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo, resumidas pela Equipe MilkPoint)

 
Importação de lácteos tem ligeiro recuo em junho
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, as importações brasileiras de lácteos tiveram ligeira redução em junho. O volume totalizou 25,19 mil toneladas no mês. Na comparação com o embarcado em maio deste ano, a queda foi de 2,3%. Para os gastos, a redução no período foi de 0,8%, totalizando US$61,90 milhões. O produto mais importado foi o leite em pó. O país importou 17,35 mil toneladas, num total de US$42,10 milhões no mês de junho. Os maiores fornecedores de produtos lácteos, em valor, foram o Uruguai, com 64,2%, a Argentina com 23,1% e a Nova Zelândia, com 4,0%. Apesar da queda mensal, na comparação com igual período do ano passado, a importação aumentou 59,0% em valor e 101,5% em volume. (Scot Consultoria)