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Porto Alegre, 12 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.349

 

   Cotas para Uruguai devem vir com acordo informal

Aproveitando a proximidade com a viagem realizada ao Oriente, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, retomou com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, o pedido feito na Expointer de revisão das importações de produtos lácteos uruguaios. Segundo Maggi, o Uruguai não quer nem falar sobre uma possível instituição de cotas, mas sinalizou que, se for impossível formalizar as cotas, vai se tentar um acordo tácito para que a entrada de leite em pó do Uruguai siga os padrões da Argentina, onde as aquisições estão relacionadas a momentos específicos de oferta reduzida no mercado interno brasileiro.

O pedido de maior atenção às importações de leite uruguaio foi feito pelo Sindilat durante a visita do ministro à Expointer, no final de agosto. Na ocasião, o assunto foi tratado em reunião a portas fechadas entre o brasileiro Blairo Maggi e o uruguaio Tabaré Aguirre. O setor lácteo gaúcho alega que os produtos daquele país prejudicam o mercado local e, desta forma, é necessário um regramento para os importados de forma que não entrem altos volumes em plena safra, o que acaba por derrubar os preços e reduzir a rentabilidade de todo o processo produtivo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Darlan Palharini e Blairo Maggi em viagem a Hong Kong
Foto: Arquivo pessoal
 
 
Importações brasileiras de leite praticamente dobram no acumulado do ano

As importações brasileiras de produtos lácteos NCM 04, praticamente dobraram de janeiro a agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado. O volume da categoria da Manteiga e Butteroil mais que triplicou. Embora os valores não tenham crescido na mesma proporção, o incremento foi de 183%. Ao importar 165% quilos a mais que no ano passado, o leite em pó integral contribuiu para que a categoria 0402 tivesse elevação de 102% em volume, e 66% em valores.
 

Chama a atenção também as compra de Leite Longa Vida UHT, que saiu de aproximadamente 501 toneladas nos primeiros oito meses de 2015, para 1.364 toneladas este ano.
 
O Uruguai foi líder absoluto nas vendas para o Brasil de leite UHT, responsável por quase 63% das compras de leite em pó, e ocupou 47% do mercado de queijos. A Argentina vem em seguida, vendendo quase 30% do leite em pó importado, e ligeiramente abaixo do Uruguai no mercado de queijos, 46,5%. Os três outros países que exportaram para o Brasil até o mês de agosto, em volume foram: Chile (3,1%); Estados Unidos (1,9%); e Nova Zelândia (1,7%). Esses cinco países foram responsáveis por 97,2% das compras brasileiras de lácteos em 2016. (MDIC/Terra Viva)

Produção/Europa 

Na sexta-feira passada foram publicados os Decretos 2016/1614, 2016/15 e o 2016/19 com medidas de gestão, com o objetivo de restaurar o equilíbrio do mercado. 

1 - Ampliação do período de intervenção pública para o leite em pó desnatado: prorroga de 30 de setembro de 2016 para 31 de dezembro de 2016.  A intervenção terá preço fixo até alcançar o limite de 350.000 toneladas e depois será pelo sistema de licitação;

2 - Antecipação da abertura da licitação de leite em pó desnatado: Em 2017 será aberta em 1º de janeiro e encerrará em 30 de setembro (habitualmente o início é em 1º de março). O limite se mantém em 109.000 toneladas a preços fixo;

3 - Prorrogação do período de armazenamento privado de leite em pó desnatado: será prorrogado de 30 de setembro de 2106 até 28 de fevereiro de 2017;

4 - Ampliação do período para os acordos de gestão da produção: Será prorrogado por um novo período de seis meses, a possibilidade de adotar acordos e decisões elaborados por organizações de produtores e entidades de classe sobre a redução da produção de leite. O primeiro período de seis meses para se realizas estes acordos foi iniciado em 13 de abril último. 

Até o momento não houve comunicação de nenhum acordo ou decisão conjunta por parte de nenhum país, mas a Comissão Europeia acredita ser questão de tempo. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

Inflação de alimentos 

As matérias-primas que têm influência sobre a inflação brasileira A inflação de alimentos ainda incomoda em 2016, mas com uma importante mudança de composição. Uma das principais pressões sobre os serviços nos últimos anos, a parte de alimentação fora de casa perdeu fôlego e está subindo menos do que os preços de alimentação no domicílio, algo raro na série do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Nos 12 meses encerrados em agosto, os preços de alimentação fora do domicílio subiram 8,65%, recuo de quase dois pontos ante dezembro de 2015, quando a alta era de 10,37%. No mesmo período, choques climáticos ocorridos neste ano levaram a inflação de alimentos no domicílio a saltar de 12,9% para 16,79%, pressão que parece não ter sido repassada aos preços em bares e restaurantes diante da crise que reduziu a demanda por esses serviços. A diferença de mais de oito pontos entre a inflação de alimentos dentro e fora de casa marca o ápice de uma mudança que vem ocorrendo desde meados de 2015, quando o avanço da alimentação domiciliar começou a superar o do outro subgrupo. 

O IPCA, dizem economistas, indica que choques nos preços de alimentos elevam também os preços de refeições fora do domicílio, algo que não tem ocorrido em 2016. Para o IBGE, a alimentação fora de casa peso 8,8% no orçamento de famílias com renda até 40 salários mínimos. Na média de 2011 a 2015, observa Fabio Romão, da LCA Consultores, a inflação de alimentos fora do domicílio ficou em 10% ao ano, acima da alta do total de serviços, que foi de 8% no período, e do aumento anual de 9% dos alimentos no domicílio. Para 2016, Romão estima que este conjunto de preços vai aumentar 13,7%, alta superior à prevista para os alimentos fora de casa, de 8,4%. "A menor demanda por esses serviços está ajudando a moderar os repasses", diz o economista, lembrando que a dinâmica de preços de alimentação domiciliar é uma importante "proxy" dos custos do segmento de restaurantes. Em 2012, por exemplo, ano marcado por forte choque de commodities agrícolas, o reajuste nos preços de alimentação dentro e fora de casa foi bastante parecido, de 10% e 9,51%, respectivamente. "Agora tivemos aumento de custo mais forte nas matérias-¬primas e ainda assim os alimentos fora de casa estão subindo menos", afirma Romão, o que, em sua visão, está relacionado à perda de empregos no setor.

 

 
Segundo levantamento da LCA a partir do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), somente em 2015, foram destruídas 38,5 mil vagas formais no setor de alimentação, somando restaurantes, serviços ambulantes de alimentação, de "catering" e de buffet. Na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE, a receita real do segmento de alimentação, que é agregada à do setor de alojamento, diminuiu 5,3% nos 12 meses até junho. Para Rodrigo Alves de Melo, economista-¬chefe da Icatu Vanguarda, o componente de serviços, como mão de obra e aluguel, tem maior peso na dinâmica de preços de alimentação fora de casa. Por isso, diante da recessão e da queda da renda dos consumidores, os empresários do setor estão absorvendo as pressões de custos dos alimentos via redução de margens. "Isso é evidência de que o hiato do produto está aparecendo de maneira robusta no comportamento dos reajustes de preços", diz, referindo¬-se ao aumento da distância entre o PIB de fato e o PIB potencial "A própria classificação do Banco Central reflete a característica de serviços de alimentação fora de casa", concorda Luís Otávio de Souza Leal, economista-chefe do banco ABC Brasil, lembrando que, a partir de 2012, a autoridade monetária deixou de considerar esse item do IPCA como um bem não durável e o incluiu no grupo dos serviços. 

Por isso, destaca Leal, estes preços desaceleraram durante a crise, mas dificilmente vão rodar abaixo da inflação total, ou do centro da meta inflacionária. Pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) ao Valor mostra que alguns indicadores melhoraram no segundo trimestre, mas a entidade ainda avalia que as vendas só devem voltar a crescer mais do que a inflação a partir de 2017, após estabilidade em 2016 e retração de 3,5% em 2015. De abril a junho, 25% das 700 empresas consultadas afirmaram que tiveram ganho de rentabilidade no período, enquanto, no início do ano, 33% delas disse que registrou queda ou estabilidade nesse dado. Com a expansão de 1,5% prevista para o PIB no ano que vem ¬ projeção que conta com viés de alta ¬ e a estabilidade esperada para a renda, depois de dois anos da queda, parte da demanda do setor deve voltar, pondera Romão, da LCA. Mesmo assim, afirma, os preços de alimentação fora de casa devem subir 8,4% em 2017, mesmo nível deste ano, contidos pela baixa projetada para os alimentos. Em seus cálculos, o grupo alimentação e bebidas vai desacelerar de 11,9% para 7,5% entre um ano e outro. (Fonte: Valor Econômico)

Ideas for Milk 

A Embrapa Gado de Leite, em parceria com empresas do setor, promove nesta segunda-feira, 12 de setembro, o evento de apresentação do "Desafio de Startups: Ideas for Milk", que terá a Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (USP/ESALQ) como uma das sedes regionais. O objetivo do evento é despertar nos participantes o interesse de desenvolverem projetos que relacionem soluções para aumentar a eficiência do segmento da cadeia produtiva do leite no Brasil. O desafio chega para estimular a inovação e o empreendedorismo voltados ao agronegócio do leite. Podem participar equipes informais compostas por quaisquer pessoas interessadas ou startups/empresas já constituídas. A proposta é que os participantes apresentem um projeto que relacione soluções para aumentar a eficiência do segmento da cadeia produtiva do leite no Brasil por meio de projetos de tecnologia que podem envolver aplicativos mobile, soluções de hardware ou software e tecnologias que estejam relacionadas à melhoria da eficiência da atividade.

As propostas para a competição nacional entre empreendedores devem ter foco nas áreas do agronegócio do leite, que abrangem desde os insumos agropecuários, logística de captação, distribuição do leite, indústria de laticínios até o consumidor final. Dessa forma, soluções para a maior eficiência de culturas utilizadas na atividade leiteira, como milho, pastagens, cana e outras, podem ser incluídas. Os benefícios para os ganhadores vão desde a participação e o aprendizado em um processo que envolve a formulação de uma ideia com potencial de mercado até a possibilidade de alavancar um negócio lucrativo. Após a primeira etapa de avaliação das ideias inscritas, até 40 projetos seguirão para as oito finais locais, que serão realizadas dentro de universidades - referências em agropecuária. Apenas oito projetos, um de cada final local, irão para a final nacional, que ocorrerá em Brasília. (Esalq/USP)
 

PGPAF
Açaí (fruto), babaçu (amêndoa), borracha natural, cacau (amêndoa), cará, inhame, laranja, leite, trigo e triticale (tipo de cereal). Estas são as culturas com desconto no pagamento dos financiamentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), neste mês de setembro. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira feira (9). A dedução vale para o período de 10 de setembro de 2016 a 9 de outubro.  Os produtos tiveram o valor de mercado abaixo do preço de garantia, definido com base no custo de produção, do Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF). O PGPAF é bom para o governo, pois contribui para a manutenção da capacidade de pagamento do produtor, e bom para o produtor, que pode planejar os investimentos e o custeio da safra com equivalência em produtos. O açaí, por exemplo, tem desconto de 56,34% no Amapá, e o babaçu está com 51,22% de abatimento no Maranhão. O bônus é calculado, mensalmente, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead).  A Conab faz um levantamento nas principais praças de comercialização dos produtos da agricultura familiar e que integram o PGPAF. Confira aqui a lista completa dos produtos com os descontos no Diário Oficial da União. (MDA)

Porto Alegre, 09 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.348

 

   Hong Kong é porta para queijos e fórmulas infantis na Ásia

A indústria láctea acredita que Hong Kong poderá ser a porta para acessar o mercado asiático de lácteos. Mais flexível e sensível às investidas brasileiras do que outros gigantes como a Coreia do Sul, o varejo de Hong Kong é potencial consumidor de queijos e fórmulas infantis brasileiras. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que está na Ásia acompanhando a comitiva governamental, a localização estratégica permite escoar a produção para diferentes regiões do Oriente. "Aqui estamos diante de 60% da população mundial. Mesmo que o leite não faça parte da dieta diária, esse é um desafio interessante quando nos defrontamos com 3,5 bilhões de pessoas", pontuou, lembrando que o principal motivo para esse consumo retraído é o preço que os derivados chegam ao consumidor final.

Basta ir ao supermercado para ver as potencialidades, explica Palharini. As lojas estão concentradas praticamente na mão de três redes supermercadistas e chama a atenção a quantidade de itens provenientes de outros países. "Hong Kong consome produtos vindos basicamente da Nova Zelândia, França, EUA e Suíça, mas eles não dispõem de produtos como o queijo lanche e mussarela com preços competitivos. O que se vê nas gôndolas são queijos mais sofisticados e mais caros", conta o executivo, indicando um novo e potencial nicho a ser explorado. "Existe um mercado para o queijo brasileiro. O que nós precisamos fazer agora é estudar o custo e a logística e quais são as quantidades mínimas que podem ser colocadas aqui em Hong Kong", completou. 

Com relação às fórmulas infantis, o potencial está nos altos preços dos rótulos no Oriente. Além da aquisição estar limitada a 4 latas de 800g por consumidor, o preço é de US$ 32 dólares, ou seja, R$ 102,00. No Brasil, o valor médio do produto ficaria em R$ 36,00, praticamente um terço do praticado em Hong Kong.

Outro aspecto interessante diz respeito à diferenciação de preço entre produtos nacionais e importados, o que retrata bem a preferência do consumidor local pelo que vem de fora. "O leite UHT enriquecido produzido localmente vale 40% a menos do que o similar vindo de outros países", compara Palharini. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 
 
Para captar mais leite, Lactalis reestrutura unidade em MG

A Lactalis deixou de produzir queijo em sua unidade de Juruaia, em Minas Gerais, em julho passado, e transferiu a operação para a fábrica de Pouso Alto, no mesmo Estado. Com isso, segundo a empresa, a planta de Juruaia "passou a focar totalmente suas atividades no resfriamento do leite captado na região". De acordo com o diretor de relações institucionais da Lactalis do Brasil, Guilherme Portella, a produção de 60 toneladas por mês de queijo minas frescal da planta de Juruaia passou, desde 20 de julho, a ser feita em Pouso Alto, onde a empresa já fabrica o mesmo tipo de queijo e outras variedades do produto. A unidade pôde absorver o volume que era feito em Juruaia pois tem capacidade quatro vezes maior de produção só para essa variedade de queijo. Sem produção, a unidade de Juruaia ficou apenas com operação de recepção e resfriamento de leite. A Lactalis pretende quadruplicar o volume de captação de leite recebido na planta, que era de 20 mil litros por dia. Segundo Portella, a captação deve alcançar 40 mil litros até dezembro e 80 mil até junho do ano que vem. 

A fábrica de Juruaia foi uma das primeiras adquiridas pela Lactalis no Brasil. Pertencia à Balkis, comprada pela companhia francesa em 2013. Portella afirma que a mudança não se deve à queda de demanda por lácteos no país, mas que visa à otimização da estrutura da empresa, com o aumento da capacidade de recepção e melhoria da logística de captação de leite. "É parte do processo de crescimento da companhia", observa. A Lactalis espera ampliar a captação de leite em Minas Gerais, principalmente na região de Juruaia, por meio do aumento da produtividade de fornecedores. Por isso está iniciando um projeto de fomento agropecuário para a melhoria da produtividade e da qualidade do leite na região. O programa inclui a venda de animais da raça girolando aos pecuaristas a preços subsidiados, segundo Portella. O número de produtores que fornece leite à Lactalis na região, cerca de 150, também deve aumentar para que a empresa consiga ampliar a captação. "É uma decisão para produzir mais", reforça ele. A planta de Juruaia tinha 53 empregados. Desses, 15 foram transferidos para Pouso Alto, que fica a 300 quilômetros, e oito ficaram na unidade. Segundo a companhia, os empregados "que não se enquadraram no perfil exigido para esta nova operação" tiveram acesso a um programa de apoio à recolocação profissional. A francesa Lactalis entrou no Brasil em 2013, com a aquisição da Balkis. Em 2014, comprou os ativos de lácteos da BRF e no mesmo ano unidades da LBR ¬ Lácteos Brasil ¬ em leilão do processo de recuperação judicial da empresa. A companhia francesa tem, atualmente, 15 unidades de produção de lácteos no Brasil. (Valor Econômico)

Como o McDonald's promove o leite nos EUA com a ajuda dos produtores

Se não fosse o McDonald´s, o leite talvez não seria um produto presente em quase todos os cardápios infantis das redes de fast food dos Estados Unidos atualmente. E se não fosse a organização Dairy Management Inc. (DMI) a maior rede de fast food dos Estados Unidos (McDonald´s) talvez nunca teria percebido que o leite pode ser bom para os seus clientes e para a sua imagem.

Desde 2009, o DMI vem trabalhando com redes nacionais, como McDonald's, Pizza Hut, Taco Bell e Domino's Pizza para colocar mais lácteos em seus cardápios. O McDonald's está presente em todo o país. Ter uma companhia tão expansiva como o McDonald's dedicada aos lácteos está funcionando - desde que a parceria começou, o DMI disse que o McDonald's está usando 14% mais lácteos. Isso é mais de 680 milhões de quilos de leite, queijos e manteiga. Além disso, o DMI aconselha o McDonald's sobre nutrição, sustentabilidade e preocupações com os consumidores.

A promoção dos lácteos por meio do marketing do McDonald's em seu cardápio se mostrou bem mais eficaz do que qualquer campanha de marketing direta feita pelo programa Dairy Checkoff - motivo pelo qual o DMI não mais faz anúncios de leite e queijos, como fazia até o começo do ano 2000. Isso faz sentido: no ano passado, o McDonald's gastou quase US$ 719 milhões em publicidade. Isso é quase nove vezes o orçamento anual de marketing do DMI, de US$ 80 milhões.

O DMI abriu a porta do McDonald's com o Happy Meal (McLanche Feliz, no Brasil). Um estudo do Conselho Nacional de Lácteos de 2002 descobriu que quando as escolas mudavam de caixas de leite para embalagens que poderiam ser fechadas novamente, reduziam o desperdício e os alunos bebiam de 35% a 40% mais leite. O DMI levou esse estudo ao McDonald's e, em 2004, o restaurante começou a servir leite em novas embalagens. 

O McDonald's também removeu o refrigerante do cardápio infantil, resultando em um aumento de 9% nas vendas de leite e suco desde 2014. Em 2008, o McDonald's introduziu os lattes nos McCafés e cafés gelados. Embora o café seja o principal ingrediente dessa bebida, cada latte tem uma porção de leite.

Mc Café - McDonals´s 
Em 2009, o DMI expandiu seu papel no desenvolvimento do cardápio do McDonald's incluindo uma equipe de cientistas de alimentos, conselheiros nutricionais e especialista em sustentabilidade nas lojas do McDonald's fora de Chicago. A chef, Jessica Foust, diretora de inovações culinárias do McDonald's, disse que as novas criações têm muito sabor. "Nossos fornecedores de lácteos passaram a nos entregar novos ingredientes - novos queijos, novos iogurtes, novas coisas para experimentar e nós simplesmente começamos a cozinhar", disse ela. 

Assim que um novo item do menu é desenvolvido na cozinha, ele passa por um rigoroso processo de grupos focados e testes dentro dos restaurantes para identificar os desafios e garantir o sucesso. Um obstáculo que o DMI trabalha para resolver é ajudar as companhias a se qualificar como fornecedores do McDonald's. Somente para sorvetes, o McDonald's conta com 10 fornecedores em todos os Estados Unidos.

Um exemplo recente disso foi a mudança de margarina para manteiga. Foust disse que o retorno à manteiga foi melhor para a companhia e para os consumidores, que estavam pedindo uma opção mais natural e saudável. O McDonald's estima que a mudança requererá quase 227 milhões de quilos de leite fluido anualmente, grande parte disso servido no cardápio de café da manhã. Isso é quase quatro vezes as exportações de manteiga dos Estados Unidos em 2015. Cerca de 90% do cardápio de café da manhã do McDonald's contém lácteos, comparado com 80% de seu menu diário. O McDonald's foca na construção da confiança dos consumidores.

"Eles querem ter certeza de que as pessoas saibam que seu alimento é bom, real e natural e eu acho que isso é apenas um reflexo de onde os consumidores estão indo hoje", disse a vice-presidente executiva de parcerias globais de inovação do DMI, Amy Wagner. "Os lácteos podem ter um importante papel em trazer mensagens de alimentos de verdade aos consumidores".

O DMI pode ser um recurso para quando o McDonald's quiser resolver as preocupações dos consumidores. Quando houve uma pressão para a redução dos níveis de gordura e açúcar no leite das crianças, foram pesquisadores do DMI que desenvolveram uma receita de leite com chocolate sem gordura.

O DMI continuará impulsionando refeições com lácteos no McDonald's, embora também defenda mudanças sustentáveis que façam sentido para a indústria de lácteos. Wagner disse que a próxima evolução em sua parceria com o McDonald's é compartilhar mensagens de nutrição, qualidade e frescor. Ele disse que essa missão levará a parceria para um próximo nível: "Uma das melhores formas de fazer isso é trabalhar com parceiros que também querem ser muito confiáveis para os consumidores". (www.milkbusiness.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

A produção diária de leite na União Europeia chega ao seu nível mais baixo desde o final das cotas
Em junho, a produção de leite na União Europeia (UE) caiu para seu nível mais baixo, desde o fim das cotas. Essa é a segunda queda mensal consecutiva no ajuste sazonal de produção de leite. Os dados oficiais de julho da UE28 ainda não estão disponíveis, mas espera-se uma forte desaceleração. O Reino Unido, a Polônia, e, a Dinamarca registraram reduções na comparação anual em julho e, também, é esperada queda na produção de leite nos dois Estados Membros que são os maiores produtores, Alemanha e França. A produção na Irlanda e nos Países Baixos continua subindo em relação a julho do ano passado, mas ambos desaceleraram bastante nos últimos meses. A União Europeia acaba de finalizar os detalhes do programa para pagar os fazendeiros que reduzirem a produção de leite, o que deve levar a maiores reduções no inverno. (AHDB Dairy - Tradução livre: Terra Viva)
 

Porto Alegre, 08 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.347

 

Setor produtivo inicia agenda para abertura do mercado na Coreia do Sul

 

Liderados pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, empresários e representantes do setor primário brasileiro deram início nesta semana à agenda de reuniões na tentativa de galgar novos mercados para a produção agropecuária brasileira na Ásia. A programação começou na terça-feira (6/9) pela Coréia do Sul, onde o ministro pontuou que o objetivo principal da missão é "estimular a indústria a se aventurar mundo afora". "A grande maioria aqui já faz isso, mas precisamos trazer mais gente, estimular o brasileiro a viver no mundo moderno e não esperar muito dos governos", salientou. Um dos estreantes a se lançar nesse novo mercado é o setor lácteo gaúcho, que está representado na comitiva pelo secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. "Estamos debutando no mercado asiático, um continente que importa US$ 600 milhões em lácteos, o que representa US$ 20 per capita. O Brasil tem participação com apenas 0,17%. Há um grande mercado a ser atingido e estamos trabalhando na busca de novas tecnologias para elevar ainda mais a qualidade de nossos produtos. Sabemos que, sem isso, ficamos limitados no acesso desses novos mercados", salientou Palharini. E, dirigindo-se ao embaixador brasileiro Luis Fernando Serra, garantiu: "o setor lácteo gaúcho vai bater muito a sua porta". A pretensão do Brasil é ampliar as exportações do agronegócio como uma estratégia para enfrentamento da crise e elevar a participação do país nas importações da Coreia do Sul (hoje em US$ 1,2 trilhão) de 6,9% para 10%. 

Maggi lembrou que o governo faz a parte oficial para abertura de mercados, mas que quem cria as condições necessárias são os empresários. "É preciso entender que nada se colhe de um dia para o outro e que é difícil sair daqui com pedido debaixo do braço. O que vamos fazer é plantar, conquistar mentes e corações e nos disponibilizarmos a estar aqui sempre que preciso e convidar para que eles conheçam nossa produção", alinhou, indicando a tônica que norteará a missão, que ainda tem no roteiro China e Tailândia. Nesta quarta e quinta-feira (8 e 9/9), a missão governamental brasileira está em Hong Kong. E lembrou que diversos setor do agronegócio vêm investindo pesado para aprimorar sistemas de qualidade para que os produtos cheguem às gôndolas dos supermercados com o máximo de segurança possível, citando fumo, maçã, queijos, café e carnes. "Temos que confiar na responsabilidade do empresário brasileiro que, em parceria com o Mapa e os produtores, irá muito firme para o mercado internacional", disse.  "O Brasil vive uma crise gigante e a alternativa que temos para sair mais rápido é a agricultura e a pecuária, setores em que a resposta é sempre muito mais rápida. Adoro que o Brasil faça carros, mas o mercado que vai reagir mais rápido será o nosso", pontuou o ministro, justificando o porque de uma longa viagem de cerca de 30 dias à Ásia neste momento. 

A Coréia do Sul é um dos sete países que pertence ao clube dos 50-20, ou seja, grupo de nações que tem mais de 50 milhões de habitantes e 20 mil dólares de renda per capita. O país tem atualmente 50 milhões de habitantes e U$$ 30 mil de renda per capita. Isso representa um PIB de US$ 3,5 trilhão, o que coloca a Coreia como a 11ª potência do mundo. O país vive um momento de retomada depois de 20 meses de queda nas exportações. O consenso entre os empresários que participam da comitiva é que existe um mercado com potencial enorme, porém, que adota duras estratégias de proteção nos segmentos onde existe produção interna. Um exemplo claro vem sendo evidenciado com as carnes. Enquanto a carne suína tramita na sexta etapa de oito para abertura de mercado, o processo para carne bovina segue na fila, confirmando que, em se tratando de Coreia do Sul, as negociações ocorrem para um segmento de cada vez. No entanto, há interesse da Coreia do Sul de estabelecer um acordo de livre comércio com o Mercosul. O empresariado alerta que a negociação entre os governo brasileiro e sul-coreano deve atentar para as barreiras não-tarifárias (sanitárias, técnicas e burocráticas), que devem ser tratadas antes de qualquer acerto formal. O temor é que a abertura do mercado nacional não tenha a contrapartida esperada frente ao histórico de rigor para as liberações do país asiático. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

 
 
Lactalis confirma investimento de R$ 40 milhões em unidade de Ijuí

A empresa francesa Lactalis, do ramo lácteo, vai investir 40 milhões de reais na unidade de Ijuí, que foi adquirida da BR Foods. A confirmação ocorreu ontem, 01, em ato com presença do governador José Ivo Sartori e vice, José Paulo Cairoli. O prefeito de Ijuí, Fioravante Ballin, e o prefeito de Condor, José Francisco Candido, também participaram.

No total, a Lactalis fez anúncio de investimento de 120 milhões de reais no Rio Grande do Sul. O presidente da Lactalis para a América do Sul, Patrick Salvageaut, disse que o investimento em Ijuí é para aumentar a capacidade da indústria. Além disso, informou que o queijo President, uma das marcas nobres da Lactalis, vai ser produzido em Ijuí. A base de captação de Ijuí já é a maior da Lactalis. 60% do leite produzido no Estado estão nas regiões de Ijuí e Santa Rosa. (Rádio Progresso de Ijuí)

Cenário instável no mercado leiteiro 

O preço do leite ao produtor subiu no pagamento de agosto, referente à produção de julho, atingindo os maiores valores históricos. A média nacional ficou em R$1,232 por litro, sem o frete, segundo levantamento da Scot Consultoria. Em relação a agosto do ano passado, a alta é de 26 %, em valores nominais.

Cenário geral - O tom do mercado, porém, é de baixa, com quedas desde julho no mercado spot e no preço do leite longa vida no atacado (principal fator de baixa do mercado). A produção em alta desde junho colabora com este cenário, mas cabe destacar que os volumes captados seguem abaixo de 2015, que já foi um ano de queda na produção.

Preços - Para o pagamento de setembro (produção de agosto), 19% dos laticínios pesquisados acreditam em alta dos preços do leite ao produtor (todos no Nordeste), 35% falam em manutenção e os 46% restantes acreditam em queda no preço do leite. Para outubro, o mercado segue em baixa, com a maioria das indústrias estimando queda do leite ao produtor.
No mercado spot, ou seja, o leite comercializado entre as indústrias, os preços do leite caíram fortemente, saindo de um patamar de R$2,00 por litro no final de julho e começo de agosto, para os atuais R$ 1,70, em média, por litro em São Paulo e R$1,66 por litro em Minas Gerais. A expectativa é de queda também nos preços dos lácteos no atacado e varejo. (Scot Consultoria)

Analistas estimam lenta desaceleração do IPCA em agosto

Depois de voltar a superar 1% em julho, os preços dos alimentos perderam força ao longo de agosto, principalmente por causa das altas menores de feijão e do leite. Ainda assim, dizem economistas, o ritmo de desinflação continua bastante lento, o que tem mantido o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em nível elevado para essa época do ano. De acordo com a média das projeções de 26 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, o IPCA cedeu para 0,43% em agosto, após alta de 0,54% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, quando o grupo alimentação e bebidas estava em deflação, o IPCA subiu 0,22%. As projeções para o índice oficial de preços, a ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira, vão de aumento de 0,35% até 0,48%. Com a variação de alimentos ainda alta para esse período do ano, o IPCA acumulado nos últimos 12 meses deve acelerar, ao passar de 8,74% em julho para 8,97% em agosto. Para Leonardo Costa, economista da consultoria Rosenberg Associados, o IPCA subiu 0,45% em agosto, com importante descompressão dos alimentos e bebidas. Em julho, esse grupo aumentou 1,32%, a maior variação desde janeiro. Para agosto, diz, a expectativa é que os preços desacelerem para 0,7%. "Mas para esse período do ano, esse ainda é um número alto. Os alimentos estão perdendo força em um ritmo bem mais lento do que a gente imaginava", afirma Costa. O leite, por exemplo, ainda vai ter um avanço expressivo, de 5,71%, nos cálculos do economista da Rosenberg. 

 

Mesmo assim, a variação será metade da observada no período anterior, quando esse item registrou aumento de 10,48%. Os cereais, leguminosas e oleaginosas, no qual estão o feijão e o arroz, outros produtos que têm pressionado o índice oficial de preços, devem ceder de 17,51% em julho para um aumento de 2,96% no mês passado, afirma Costa. Para setembro, estima o economista, é possível que enfim haja surpresa positiva com os alimentos, já que no atacado os itens que mais incomodaram nos últimos meses têm mostrado tendência de baixa. Nas contas do banco Itaú, que estima alta de 0,4% do IPCA em agosto, os alimentos e bebidas ainda representaram a principal fonte de pressão para a inflação no mês passado com uma contribuição de 0,11 ponto percentual. Saúde e cuidados pessoas aparecem em seguida, com 0,1 ponto percentual. As despesas pessoais devem ter contribuído com mais 0,09 ponto do índice. Segundo Costa, da Rosenberg, despesas pessoais devem registrar alta forte, como já visto na prévia do indicador, principalmente por causa da alta dos preços de hotéis no Rio de Janeiro no mês passado, em função da realização dos Jogos Olímpicos. No IPCA¬15 de agosto, esse grupo registrou alta de 0,85%. 

Ainda entre os grupos que vão acelerar na passagem mensal, observa o economista, está habitação, que deve ter passado de deflação de 0,29% para alta de 0,09% no período, com o fim dos efeitos da queda da conta de luz em São Paulo e Curitiba em julho. Além disso, ressalta o Bank of America Merrill Lynch (BofA), o aumento sazonal de educação, com os reajustes de mensalidades escolares de cursos diversos, também manteve o IPCA de agosto elevado. O banco projeta aumento de 0,43% para o índice no período. Costa avalia que, apesar do processo de desinflação estar se mostrando bem mais lento do que se imaginava, o IPCA deve começar a perder fôlego mais rapidamente no último trimestre do ano, principalmente por causa das taxas elevadas registradas nesse período em 2015. Por isso, afirma apesar das surpresas negativas nos últimos meses, a Rosenberg Associados mantém a estimativa de alta de 7,5% do índice em 2016. (Valor Econômico)

 

Atual cenário de preço poderá afastar muitos agricultores da produção de leite na região de Ijuí
A incerteza quanto ao mercado leiteiro no Rio Grande do Sul é uma constante e a previsão não é boa para o produtor. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Augusto Pestana, Remi Beck, se continuar o atual cenário, num período de 4 a 5 anos haverá poucos agricultores na produção de leite. Isso ocorre, principalmente, pela pouca lucratividade do produtor, baixa do preço pago por empresas e alta nos custos. Remi Beck alerta que após razoável aumento de preço repassado para os produtores nos últimos meses, já agora, em setembro, existe previsão de queda que pode chegar a 25 centavos o litro. Na região de Ijuí, Remi Beck destaca que alguns agricultores chegaram a receber 1 real e 95 centavos o litro, mas muitos tiveram entre 1 e 30 e 1 real e 40 centavos. (Rádio Progresso de Ijuí)
 

Porto Alegre, 06 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.346

 

Leilão GDT: preços de lácteos seguem em alta

Para a primeira quinzena de setembro, o leilão GDT, que ocorreu nesta terça-feira (06/09), continuou o movimento de alta que se iniciou em agosto, com o preço médio dos produtos lácteos comercializados apresentando elevação de 7,7%, fechando em US$2.290/ton.

O leite em pó integral apresentou incremento de 3,7%, fechando a um preço médio de US$2.793/ton. Já o leite em pó desnatado teve alta ainda mais expressiva, de 10%, chegando a US$2.224/ton.  O queijo cheddar chegou a US$3.436/ton, com alta de 9% sobre o último leilão.
O volume de vendas de produtos lácteos foi 2,5% superior ao mesmo período do ano passado, com um total de 36.748 toneladas comercializadas.

Os contratos futuros de leite em pó integral apresentaram reação positiva para outubro, sendo alta de 4,4% a preço de US$2.834/ton. As projeções de preço médio para os próximos seis meses apontam para uma tendência de estabilização no patamar entre US$2.700 a US$2.900/ton. (GDT)

 

 
 
 
Preços/Espanha

Depois da queda de 2% na capitação de leite em junho na Espanha, houve certa estabilidade em julho. As entregas chegaram a 578.765,9 toneladas, perda de 0,3% em relação a julho de 2015, de acordo com os últimos dados do FEGA (Fundo Espanhol de Garantia Agrária do Ministério da Agricultura). Apesar disso, o volume capitado em julho de 2016 superou os volumes de 2014, 2013 e 2012, conforme o gráfico.
 

Desde o mês de abril a capitação vem caindo em relação aos mesmos meses do ano anterior, mas no acumulado dos primeiros 7 meses, o volume é 2,2% superior ao mesmo período de 2015. Como está se tornando hábito, o número de pecuaristas vai diminuindo mês a mês. Em julho eram 15.755 fazendas, 124 menos que em junho, e 586 menos que em janeiro. O preço médio pago em julho aos pecuaristas espanhóis foi de 28,6 centavos/litro, [R$ 1,04/litro], o que representa uma baixa de 0,2 centavos/litro em relação a junho. Desde o início de 2014, os preços do leite caem de forma continuada. O preço registrado em julho é o mais baixo desde janeiro de 2012, como ver no gráfico. Mesmo que o preço pago na Espanha esteja muito baixo, este se mantém acima da média comunitária. Segundo a LTO, o preço médio pago na UE (União Europeia) em julho foi de 25,39 centavos/kg (26,15 centavos/litro), [R$ 0,95/litro], uma queda de 2,29 centavos/kg (2,36 centavos/litro) em relação a julho de 2015. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

 

Leite em pó/EUA 

A oferta apertada de leite no Brasil permitiu aumento nas importações de leite em pó dos Estados Unidos apesar desse produto ter 33% de tarifa alfandegária. De acordo com o último relatório GAIN do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em 2016 o Brasil importou US$ 3 milhões em leite em pó integral norte-americano, um aumento de 172% em relação ao mesmo período do ano passado. Em resposta ao déficit interno de lácteos, o Brasil aumentou em 70% suas compras externas entre janeiro e julho. Além do Uruguai e Argentina - os tradicionais fornecedores de leite em pó - o Brasil buscou mercados não tradicionais para se abastecer, dentro dos quais se encontra os Estados Unidos. O Uruguai foi o principal provedor do produto no primeiro semestre do ano. Em julho o Brasil importou um total de 13.481 toneladas de leite em pó integral. Desse total, 12.600 toneladas (93%) foram do Uruguai, de acordo com os dados publicados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil (MDIC). (Blasina y Asociados - Tradução livre: Terra Viva)

 

Exportações/Uruguai 

A queda nas exportações, em agosto e no acumulado do ano, confirma a situação crítica que atravessa o país, e a importância do setor agropecuário na economia nacional. O Boletim do Uruguay XXI sobre o comércio exterior destaque em agosto as exportações retrocederam levemente, 0,3%, mas no acumulado do ano o retrocesso foi de 10,1% em relação ao mesmo período de 2015.

O Uruguay XXI divulgou o boletim mensal sobre comércio exterior com exportações as exportações uruguaias chegando a US$ 777 milhões, significando queda de 0,3% em relação a agosto de 2015. Segundo o documento essa "leve redução se explica, fundamentalmente, pela menor venda de soja e celulose, ainda que tenham melhorado as remessas de carne bovina e lácteos". As exportações totalizaram US$ 5.674 milhões no acumulado do ano, representando queda de 10,1% em relação ao mesmo período de 2015. "A carne bovina, celulose, soja, concentrados de bebidas e lácteos se mantiveram como os principais itens exportados no acumulado do ano. Com os dados de agosto, a celulose superou a soja como principal produto de exportação em 2016", esclarece o Uruguay XXI. As colocações no exterior de soja, arroz, trigo e cevada, "tiveram crescimento destacado na última década. A participação destes cultivos no total exportado cresceu mais de três vezes, passando de 7% em 2006, para 25% em 2016".

A queda de agosto
A retração das exportações em agosto foi "mínima", destaca o Uruguay XXI, mas deve ser atribuída à soja. O terceiro produto mais exportado no mês "registrou queda de 32% em relação a agosto de 2015, mesmo com preços médios de exportação superiores", afirma. Quanto à celulose, esta "apresentou variação negativa de 3% em relação ao mesmo mês do ano anterior". As melhoras ocorreram na carne bovina e nos lácteos. "A carne foi o principal produto exportado em agosto, totalizando US$ 137 milhões, 24% mais que em agosto de 2015. A China e o Canadá foram os mercados com maior crescimento. Os preços de exportação caíram 10% na comparação interanual, o que não permitiu alcançar o mesmo crescimento dos volumes exportados que foram 38%". Os lácteos "apresentaram um forte impulso graças ao mercado brasileiro, cujas exportações mais que dobraram na comparação interanual, provocando crescimento de 42% na exportações totais", diz o relatório do Uruguay XXI. "As exportações de gado em pé também tiveram um desempenho de destaque em agosto, mesmo que não esteja entre os dez principais produtos exportados no mês. Aumentaram as remessas para a Turquia (mercado que se manteve ativo no último ano, e único destino em agosto de 2015), e também foram registrados envios para o Líbano, Paraguai e Argentina", destaca o relatório. (Todo El Campo - Tradução livre: Terra Viva)

 

BebaMaisLeite
Com o patrocínio da TetraPak e da Piracanjuba, o Dr. Drauzio Varella estará proferindo a palestra: Por que recomendamos o consumo de leite?. O evento será em Belo Horizonte, e as inscrições terão o valor simbólico de R$ 10,00. Esta é mais uma iniciativa do #BEBAMAISLEITE, que busca levar informações sobre a importância do leite na saúde humana. (BebaMaisLeite)
 
 

Porto Alegre, 05 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.345

 

Expointer tem alta de 12% na comercialização

A movimentação financeira da Expointer voltou a crescer depois de dois anos de queda. A 39ª edição, encerrada ontem, em Esteio, apresentou crescimento de 12,6%, chegando a R$ 1,923 bilhão em negócios ante R$ 1,708 bilhão no ano passado. A variação positiva é resultado da retomada nas vendas de máquinas e implementos agrícolas, único setor a apresentar evolução durante os nove dias de feira. Por outro lado, devido ao clima instável, o número de visitantes no Parque de Exposições Assis Brasil caiu de mais de 500 mil pessoas para 355 mil. A indústria de máquinas e implementos, que detém a maior participação sobre o total, teve desempenho 12,9% superior na comparação com 2015. Foram encaminhados R$ 1,909 bilhão em vendas de tratores, colheitadeiras, entre outros produtos. "Os números mostram que os produtores estão apostando em tecnologia para alavancar a produtividade", afirmou o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori. 

 
Em coletiva de imprensa, Sartori destacou a presença de ministros da Agricultura da Argentina e do Uruguai na Expointer. "A Feira foi importante para promover assuntos de integração do Mercosul", disse. De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Má- quinas e Implementos Agrícolas do Estado (Simers), Cláudio Bier, além da procura dos agricultores por mais tecnologia, os bons resultados nas safras de soja e milho impulsionaram a comercialização. "O produtor está capitalizado pelos preços das commodities e tem segurança para investir. E, neste ano, temos que destacar que os bancos de fábrica foram protagonistas para obtermos esse resultado", analisou Bier. Antes do início do evento, a expectativa do Simers era atingir o mesmo patamar de negócios do ano passado. Em relação aos negócios com animais, a feira refletiu o momento recessivo, efetivando um faturamento cerca de 25% menor em venda na comparação com o ano anterior. Neste ano, o volume alcançou R$ 11,78 milhões contra R$ 15,5 milhões em 2015. 

O primeiro vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira, sinalizou que a queda no PIB reduz o consumo de carne vermelha. A relação já foi calculada pelo economista-chefe da entidade, Antônio da Luz, que projeta uma queda de 0,5 ponto percentual no consumo para cada ponto reduzido no PIB. Segundo o presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Farsul, Francisco Schardong, ainda não foi possível sentir nos preços a alta esperada para o valor dos animais. Porém, ele argumenta que a Expointer é uma vitrine de alta genética para os 32 eventos a serem realizados a partir da feira em todo o Estado. No pavilhão da Agricultura Familiar, os visitantes deixaram R$ 2,033 milhões em compras, contra R$ 2,2 milhões em 2015. A retração nas agroindústrias foi atribuída, pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Tarcísio Minetto, a menor circulação de visitantes. 

Os mesmos motivos foram usados para explicar a queda, até o meio dia de ontem, no artesanato: de R$ 960 mil para R$ 942 mil. O volume de financiamentos solicitados aos bancos somou mais de R$ 1,19 bilhão, considerando apenas dados do Banco do Brasil (BB), Sicredi, BRDE e Banrisul. O BB teve a maior procura, protocolando, até a manhã de ontem, mais de 3 mil propostas, que juntas representam R$ 610 milhões, alta de 20%. Na sequência, destacam-se os 556 pedidos solicitados ao Banrisul, alcançando R$ 266 milhões, aumento de 36%. O Sicredi recebeu 994 solicitações com volume pleiteado de R$ 127 milhões, alta de 8%. Somente o BRDE demonstrou valor inferior a 2015, com pedidos totais de R$ 190 milhões para 45 protocolos. (Jornal do Comécio)

 
 
Blairo Maggi diz que o Brasil tem condições de atender demanda mundial de alimentos

Durante palestra no Seminário Empresarial de Alto Nível Brasil-China, em Xangai, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) afirmou que a agricultura brasileira tem capacidade de aumentar ainda mais a sua participação no mercado mundial do agronegócio. "O complexo do agro é bastante diversificado no Brasil. Temos condições de atender a toda população brasileira e as demandas mundiais", garantiu. 

Maggi revelou que sua meta a frente do Ministério da Agricultura é aumentar a participação brasileira no mercado mundial de 6,9% para 10% em um prazo de cinco anos. Para tanto, ele fez um apelo ao presidente Michel Temer para que peça ao presidente da China, Xi Jinping, com quem manterá um encontro neste sábado, que abra a possibilidade de ampliar o comércio com o Brasil. 

"Nós temos capacidade de produzir, sabemos como fazer, mas temos restrições, muitas vezes impostas pelos organismos aqui da China. Eles têm colocado algumas imposições, medidas fitossanitárias que não fazem muito sentido, que prejudicam o comércio", afirmou Maggi durante exposição que contou com a participação de empresários e políticos brasileiros e chineses.

O ministro da Agricultura reclamou da demora do governo chinês para liberar a habilitação de novas plantas frigoríficas brasileiras. Para Maggi, essas dificuldades impostas pelo país asiático são usadas como "moeda de troca" para impor produtos chineses. 

Blairo Maggi viajou no último dia 30 para China onde participará da reunião do G-20. O ministro encontrou o presidente Michel Temer, que voltou a elogiar o plano Agro + lançado pelo Ministério da Agricultura na semana passada. Durante a primeira reunião ministerial, após tomar posse em caráter definitivo como presidente da República, Temer pediu aos demais ministros que façam o mesmo em suas pastas. 

"Quero pedir a todos que nos respectivos ministérios criem um grupo para desburocratizar as medidas que são tomadas pelo ministério. O ministro Blairo Maggi apresentou um plano, depois que um grupo trabalhou reduzindo as dificuldades burocráticas em 63 pontos determinados", afirmou.

O presidente revelou que pensava em criar um órgão específico para cuidar exclusivamente da desburocratização, mas, após o lançamento do programa Agro+ do Ministério da Agricultura, ele entendeu que o melhor seria que os próprios ministros possam examinar quais são as dificuldades existentes em suas pastas e apresentar as soluções. A coordenação ficará a cargo do ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. (Mapa)

Embrapa lança app para gestão reprodutiva de rebanhos leiteiros

Para facilitar o processo de gestão do rebanho leiteiro pelos produtores e agentes de extensão rural, a Embrapa lançou no dia 28 de agosto o aplicativo Roda da Reprodução. A ferramenta exibe, em meio digital, o quadro físico usado no campo para acompanhar o ciclo de reprodução do rebanho, desde o momento da cobertura ou inseminação artificial da novilha até o parto.

O quadro, uma peça circular com 365 divisões, relativas ao período de um ano, pode ser substituído pela ferramenta digital. Além de visualizar a situação do rebanho com um toque na tela do celular, é possível ter acesso a vários recursos que informatizam a gestão. "A ideia é ampliar o uso da Roda da Reprodução, tanto no programa Balde Cheio executado pela Embrapa, como nas atividades de gestão de rebanho leiteiro", afirma o pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária (SP) Marcos Visoli, coordenador de desenvolvimento da tecnologia.

Cerca de 90% dos produtores, que participam do programa Balde Cheio, monitoram o manejo reprodutivo por meio do quadro manual. Um dos objetivos, segundo o pesquisador Artur Chinelato de Camargo, da Embrapa Pecuária Sudeste (SP), é facilitar o acompanhamento da situação de cada vaca em um calendário circular anual.

Na roda física, o animal é representado por um ímã colorido, posicionado e movido de acordo com a fase reprodutiva em que se encontra. Seguindo o mesmo padrão, a versão digital representa cada animal por um círculo da mesma cor do ímã, que se movimenta automaticamente pela roda. Dessa forma, o produtor consegue visualizar a qualquer momento a situação reprodutiva do rebanho.

O aplicativo oferece funcionalidades como agenda para cadastro dos animais e o controle do ciclo de eventos de todos os estágios dos processos produtivo e reprodutivo, seja um aborto, parto ou secagem, por exemplo. Outros benefícios são a possibilidade de realizar buscas entre os bovinos cadastrados, incluindo filtros de pesquisa de acordo com o status individual, e de compartilhar as informações por e-mail ou programas de mensagem instantânea com empregados ou outros produtores.

Também é possível inserir os dados da propriedade e do rebanho a partir da importação de arquivos já existentes em um computador, tablet ou smartphone. A versão digital ainda apresenta vantagens como atualização diária automática e a opção de prever cenários com a visualização futura de dias, semanas ou meses. Esse recurso é útil ao produtor para que ele possa se preparar para os eventos, até mesmo planejando a visita de veterinários e técnicos.

Uso simples 
Criado com base nos padrões de usabilidade do Google, a Roda da Reprodução é simples de ser usada e funciona no sistema Android, além de ser compatível com outros aplicativos e permitir integração com outros sistemas. A equipe de desenvolvimento da Embrapa Informática Agropecuária planeja criar, até o início do próximo ano, uma versão para a plataforma iOS da Apple.

Para melhor visualização na tela do celular, a ferramenta é ideal para atender a propriedades de 100 a 150 animais. Se for usado um tablet, podem ser visualizados até 200 animais com boa resolução. Também pode ser usado por produtores do exterior, pois possui versões em inglês e espanhol.

Manejo reprodutivo 
Em uma propriedade leiteira, o manejo reprodutivo reflete-se diretamente na produção de leite. "Sem a reprodução, não tem a parição e, sem a parição, não há produção de leite", diz Chinelato. Segundo o pesquisador, a reprodução dos animais precisa ser regular, com intervalo entre partos de 12 meses, caso contrário, o produtor começa a ter prejuízos.

A gestão eficiente passa pelo controle de todas as informações relacionadas ao animal e ao rebanho. Deve-se ter o registro de cada ocorrência, como entrada no cio, coberturas, partos, medicamentos, doenças etc. O monitoramento permite que o produtor faça avaliações dos dados para nortear decisões a serem tomadas na fazenda.

Estratégias de manejo planejadas com base em informações melhoram os índices reprodutivos e, consequentemente, aumentam a produtividade e lucros da propriedade. O aplicativo "Roda da Reprodução" é uma alternativa eficiente e viável para gerenciar os dados do manejo.

Para Chinelato, possibilita maior facilidade de registro e portabilidade, além de acesso rápido ao histórico de cada animal da propriedade e o envio das informações ao técnico ou veterinário, que poderá prestar assistência e discutir problemas mesmo à distância.

De acordo com o especialista em manejo reprodutivo Marco Aurélio Bergamaschi, da Embrapa Pecuária Sudeste, a reprodução só ocorre quando todas as necessidades do animal forem satisfeitas. "Se a vaca estiver com carência nutritiva, ela não vai apresentar cio e, com isso, não tem como ser coberta", explica.

Todos os fatores que envolvem a reprodução devem ser tratados com cautela para não comprometer a vida reprodutiva da fêmea. "Além da nutrição adequada, os cuidados sanitários devem começar ainda no pré-parto para não haver risco de contaminação, devido à imunidade mais baixa nesse período. Assim, qualquer agressão biológica, uma bactéria ou fungo, que normalmente ela combateria facilmente, pode se transformar em um problema sério", destaca o especialista.

Em um manejo reprodutivo eficiente, faltando 30 dias para o parto, a vaca deve ser colocada em um piquete separado, chamado de piquete maternidade, com disponibilidade de pasto, sombra e água. As boas condições corporais antes do parto também contribuem para uma melhor performance reprodutiva no pós-parto. A atenção com a nutrição e sanidade é importante para garantir o futuro reprodutivo do animal. (Embrapa Pecuária Sudeste e Informática Agropecuária)

 

Fonterra reduz tempo para vender produtos UHT para a China
O projeto da cooperativa neozelandesa Fonterra de alinhar e melhorar sua cadeia de fornecimento da Nova Zelândia para a China viu uma redução no tempo para colocar produtos UHT no mercado de mais de 100 dias para 34. A cooperativa disse que isso permite com que leite UHT mais fresco seja importado pela China. O diretor de operações globais da Fonterra, Robert Spurway, disse que o tempo gasto no envio e transporte de produtos pode fazer diferença no sabor. A redução no tempo deixa a Fonterra com pouco menos de quatro meses do começo ao final, com a simplificação da cadeia de fornecimento, incluindo produção, tempo de venda, programações e liberação na alfândega. Spurway disse que os processos que atrasavam os produtos para deixar as instalações da Fonterra foram analisados e refinados e o tempo de espera nos portos também foram minimizados. A Fonterra disse que também trabalhou de perto com regulamentadores na China para obter um entendimento mais profundo sobre como podia suprir melhor os requerimentos alfandegários para se certificar de que não haja nenhuma espera na chegada. Com o UHT se tornando cada vez mais popular na China, Spurway disse que a melhora tem sido bem recebida pelos clientes. (Informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

Porto Alegre, 02 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.344

 

PIB do Brasil recua 0,6% no 2º trimestre; agropecuária encolhe 2%

A economia brasileira encolheu 0,6% no segundo trimestre sobre os primeiros três meses do ano, mas a indústria e os investimentos deram os primeiros sinais de recuperação. A indústria mostrou expansão de 0,3% no trimestre passado sobre o anterior, interrompendo cinco sequências seguidas de queda. O setor agropecuário brasileiro, no entanto, encolheu 2% no segundo trimestre do ano. A queda foi mais acentuada do que a verificada no período anterior, de 0,3%. Os serviços também apresentaram recuo, de 0,8%, no mesmo tipo de comparação. 

 

Os dados, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (31), também mostraram que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro encolheu 3,8% em relação ao mesmo período de 2015.  Comparação com o 2º trimestre de 2015. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, todos os setores tiveram queda: a agropecuária caiu 3,1%, a indústria, 3% e os serviços, 3,3%. Segundo o IBGE, o resultado da agropecuária foi influenciado pelo fraco desempenho de safras importantes no segundo trimestre. Com exceção do café, que apresentou crescimento na estimativa de produção anual de 11,2%, as demais culturas com safra neste período registraram queda na estimativa de produção anual e perda de produtividade: milho (-20,5%), arroz (-14,7%), algodão (-11,9%), feijão (-9,1%) e soja (-0,9%).

Na indústria, pesou a diminuição da produção de máquinas e equipamentos; da indústria automotiva e outros equipamentos de transporte; produtos metalúrgicos; produtos de metal; artigos do vestuário; produtos do refino de petróleo e móveis. Ainda de acordo com a pesquisa, no segundo trimestre de 2016, a despesa de consumo das famílias caiu 5%. Este resultado pode ser explicado pela deterioração dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo do período, afirma o IBGE. (As informações são do portal UOL Economia e do jornal O Estado de São Paulo)

 
 
 
Alta nos preços dos lácteos no mercado internacional

No leilão de número 170 da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado no dia 16 de agosto, os produtos lácteos terminaram cotados, em média, em US$2,73 mil por tonelada.
Em relação ao evento anterior, houve alta de 12,1% nos preços. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o preço médio acumula valorização de 38,3%.
No caso do leite em pó, a cotação média ficou em US$2,69 mil por tonelada, alta de 19,0% frente ao leilão da primeira quinzena do mês. Este valor é o maior registrado desde outubro de 2015.
Em relação a agosto do ano passado, o leite em pó está custando 45,2% mais.
Foram vendidas 37,77 mil toneladas de produtos lácteos neste leilão, volume 2,3% acima do mesmo período do ano passado.
Os contratos futuros de leite em pó integral subiram estimulados pela atual alta nos preços. Até fevereiro de 2017, as projeções estimam preços entre US$2.643 e US$2.814/tonelada. (Scot Consultoria)

Exportação de soro de leite para China bate recorde

Um grande número de consumidores chineses veem a proteína como parte indispensável a uma dieta saudável. A proteína do soro de leite tornou-se ingrediente essencial na fabricação de alimentos e bebidas, bem como em raçoes suínas. Em Julho, a indústria de laticínios dos EUA enviou volume recorde de soro de leite para a China. Segundo o Daily Dairy Report, a proteína em pó é um insumo básico utilizado na ração dos leitões para aumentar seu desenvolvimento, e dado a recente elevação de preço da carne de porco chinesa,os produtores na China tiveram dinheiro suficiente para gastar com o soro de leite. De acordo com o Global Trade Information Services (GTIS), enquanto as importações de soro de leite da China de 102,6 milhões de libras, [aproximadamente 46.539 toneladas], caíram 3,8% em relação a julho de 2015, os Estados Unidos enviaram um recorde de 66,6 milhões de libras, [aproximadamente 30.209 toneladas], de soro de leite para a China. "Graças aos preços competitivos, os Estados Unidos foram os principais beneficiários do crescente apetite chinês por soro de leite", diz Sara Sharp, especialista em economia agrícola no Relatório do Daily Dairy. 

 
Ela reporta que as exportações de soro dos Estados Unidos para a China foram responsáveis por 64,9% do toral de compras dos país em julho - a maior quota de mercado desde março de 2010. "É provável que o crescimento contínuo das importações de soro de leite pela China, e principalmente concentrados de soro, seja a sustentação da indústria de soro de leite dos EUA," acrescenta Sharp. Ao mesmo tempo que as importações de soro dos EUA para China crescem, as exportações de queijos despencam - mesmo com as importações tendo atingido um recorde em julho, segundo Sharp. A China importou 22,6 milhões de libras de queijo e coalhada em Julho, [aproximadamente 10.251 toneladas], 36,6% mais do que em julho de 2015. Segundo dados da GTIS, nos primeiros sete meses do ano, as importações subiram 26,4% acima do volume de 2015 (ajustado para o ano bissexto). "Como consequência de preços domésticos muito mais elevados, os EUA viram seus embarques de queijo para China caírem 27,3% em relação aos  primeiros sete meses de 2015. 
Enquanto  Nova Zelândia e  Austrália - o primeiro e o segundo maior fornecedor da China - tiveram crescimento de aproximadamente 34%  cada um, nas exportações de queijo para a China, neste ano", acrescenta Sharp. Enquanto a demanda chinesa por soro de leite e queijo aumenta, a florescente importação chinesa de leite em pó, integral e desnatado, enfraqueceu em julho. Dados da GTIS mostram que as importações de leite em pó integral e desnatado em julho, juntas, caíram 8,8% em relação ao ano passado e ficaram 6,7% abaixo na média das importações diárias em junho. Contudo, nos primeiros sete meses do ano, a China importou 22,3% mais leite em pó integral e 0,45% mais leite em pó desnatado do que no mesmo período de 2015. "Os EUA podem claramente competir pelo crescente mercado de soro de leite da China, mas enquanto persistir a grande diferença entre os preços do mercado mundial e dos EUA, os exportadores norte-americanos continuarão alijados dos mercados de queijo e leite em pó", observa Sharp. (DairyReporter - Tradução livre: Terra Viva)

AgriBrasil investirá US$ 1 bilhão em lácteos

A produção do leite no Brasil vai ganhar um reforço importante no próximo ano com o estabelecimento da AgriBrasil na Bahia, empresa de produtos lácteos que está sendo implementada pelo empresário holandês Kees Koolen, com investimentos de US$ 1 bilhão. O executivo, que ficou conhecido principalmente pelo tempo em que foi CEO da Booking.com, falou sobre a fé que tem no mercado brasileiro, durante o segundo dia do Fire, evento de marketing digital realizado na Capital pela startup Hotmart.

Depois de fazer da Booking.com uma empresa de sucesso, que movimenta cerca de R$ 160 bilhões por ano, Koolen se dedicou à vida de investidor. Atualmente ele é estrategista da internacionalização da Uber e investe em startups ao redor do mundo, sendo uma delas a mineira Hotmart. Durante sua palestra no Fire, o executivo afirmou que gosta de investir no Brasil porque é um País que ainda atrai poucos investidores do exterior e, por isso, ele acaba ganhando sozinho grandes oportunidades.

Uma delas é o mercado de produção de leite. Koolen foi criado na zona rural da Holanda e, por isso, já tem expertise no assunto. Para ele, esse é um mercado em potencial no mundo e o Brasil é "o melhor lugar para se produzir leite". O empreendimento será construído em uma região a 200 Km do município Luis Eduardo Magalhães, na Bahia. Mas o executivo explicou que o que tem em mente vai muito além das fazendas de leite como o brasileiro conhece. A ideia, segundo ele, é fazer parceria com universidades, trazer conhecimento novo sobre o setor e também trazer matrizes de raças holandesas para, em seguida, iniciar a reprodução delas no País.

"A ideia é construir de 25 a 50 unidades produtoras nos próximos anos. Também queremos exportar para China, que será o nosso principal mercado. A legislação atual não permite isso, mas a gente vai ter que mudar essas questões. Esse é o tipo de projeto que temos para o Brasil", disse entusiasmado. O executivo ainda completou que a alimentação do rebanho e até a energia utilizada nas fazendas serão produzidas localmente.

Para o executivo, a maior inovação da AgriBrasil é a integração em todo o processo produtivo. Segundo ele, esse é um setor em que ainda há muita fragmentação na produção e o resultado disso é que as pessoas não sabem de onde veio o leite que estão bebendo. "Estamos propondo a fabricação de produtos alimentícios, inclusive para crianças. Então é muito importante ter o controle de qualidade e o conhecimento do trajeto que esse alimento percorreu na produção. É mais que eliminar os intermediários, é integrar esses caminhos. As pessoas querem saber de onde vem a comida que elas estão comendo e é essa demanda que queremos atender", afirma.

Koolen explicou que ainda não há uma data certa para início das atividades, tendo em vista que ainda estão sendo fechados detalhes relativos às finanças e aos aspectos técnicos do negócio. Segundo ele, o empreendimento está sendo planejado há três anos e a expectativa é que ele comece a operar no próximo ano. Sobre a situação política do País e os possíveis impactos disso no investimento, o empresário diz não se preocupar.

"Gosto do Brasil porque acredito que existem muitas oportunidades aqui e não estou envolvido com a política, pois sei que qualquer governo sempre quer o desenvolvimento de seu País. Percebo que no Brasil governar é um desafio muito grande devido à sua extensão territorial e à diferença entre regiões muito e pouco desenvolvidas. Mas acredito que se você traz projetos que promovem o desenvolvimento do país, o governo sempre irá dar suporte", analisa. (Diário do Comércio)

 

Brasil e China assinam acordo de investimento em agricultura
Um acordo para a criação de um Fundo de Investimento do Desenvolvimento da Agricultura do Brasil e China, com capital de US$ 1 bilhão, foi assinado nesta sexta¬feira em Xangai, ao fim de seminário que reuniu empresários dos dois países, com a presença do presidente Michel Temer, em sua primeira viagem internacional após assumir o cargo, na quarta¬feira. O fundo participará da cadeia do setor agrícola brasileiro, especialmente em serviços agrícolas e de melhoramento de infraestrutura, incluindo armazenamento, logística e portos. O banco chinês Haitong, de Xangai, diz que a ideia é aproveitar as vantagens da indústria e financiamento das partes chinesas. Xie Tao, presidente do grupo Hunan Dakang International Food and Agriculture, disse ver oportunidades importantes no Brasil e acha que a economia vai melhorar nos próximos 18 meses. Por sua vez, o ministro da Agricultura do Brasil, Blairo Maggi, anunciou plano de elevar a participação brasileira nas exportações agrícolas mundiais, de 7% para 10% do total no prazo de cinco anos. "Não vou estar lá (no ministério) até lá, mas é preciso plantar a partir de agora", afirmou. Segundo o ministro, com essas medidas implementadas o Brasil poderia faturar cerca de US$ 30 bilhões a mais por ano. (Valor Econômico)
 

Porto Alegre, 01 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.343

 

Jorge Rodrigues comandará a Aliança Láctea

O produtor rural e diretor da Farsul Jorge Rodrigues assumiu o comando da Aliança Láctea Sul Brasileira em reunião na manhã desta quarta-feira (31/8) durante a Expointer. O encontro reuniu lideranças do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, incluindo o vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella, e o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. 

Segundo Rodrigues, o objetivo é manter o grupo como um fórum de discussão dos rumos do setor na região. "Este não é um fórum de relacionamento, não é um fórum de confraternização. Somos  um fórum de discussão que tem um objetivo que é trazer para debate as pautas de interesse dos três estados", pontuou, admitindo que existirão muitos momentos de divergência do caminho. "É a partir dessas discussões que nós elaborarmos nossas pautas comuns", previu.

Jorge Rodrigues assume em nome do Rio Grande do Sul, sucedendo o catarinense Airton Spiens, secretário-substituto de agricultura de SC. Segundo ele, depois de dois anos de trabalhos, a Aliança Láctea consolida-se como um demonstrativo de sua importância para o setor. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 

Guerra destaca importância da gestão no setor lácteo

 Foto: Cassiano Ranzan

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, palestrou sobre os desafios do setor lácteo aos cerca de 80 alunos do curso de engenharia agroindustrial da Universidade Federal de Rio Grande (Furg), do campus de Santo Antônio da Patrulha. A apresentação ocorreu nesta terça-feira (30/08) no auditório da Casa de Imprensa da Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Segundo Guerra, é importante que os profissionais que irão trabalhar futuramente no agronegócio tenham uma dimensão da realidade do setor. "Os lácteos, assim como os demais setores, dependem de um conjunto de fatores.

 Assim, não podem ser visto de maneira isolada", explicou ele, citando a questão fiscal, que está em constante atualização. No encontro com os estudantes, o presidente do Sindicato abordou ainda a Lei do Leite, que foi regulamentada recentemente e o projeto de medidor de vazão, que está em implantação no Estado, além do movimento de busca de mercado fora do país. "Temos uma preocupação muito grande com a competitividade e qualidade é fundamental", explicou. Segundo o professor Edson Valle, que organizou a atividade, é muito importante que os alunos tenham contato com os conceitos teóricos na prática e as suas peculiaridades. "Na Universidade temos a base teórica, porém, na prática, há uma série de fatores que influenciam na produção e nos negócios", enfatizou. Ele destacou ainda que a questão da gestão nas propriedades é um dos assuntos que recebe maior atenção na formação dos engenheiros. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Leite teve alta em agosto, mas tendência é de baixa

O preço médio do leite aos produtores do país voltou a subir de forma expressiva em agosto, mas os indicadores são de queda a partir de setembro. Levantamento da Scot Consultoria mostra que a cotação média neste mês ¬ considerando preços em 17 Estados produtores ¬ teve valorização de 5,1% sobre julho, alcançando R$ 1,233 por litro. Já a pesquisa do Cepea/Esalq em sete Estados mostra que o valor médio bruto pago ao produtor atingiu R$ 1,6928 por litro em agosto, novo recorde, em termos reais. O preço é 13% superior ao de julho. O valor pago ao produtor em agosto se refere ao leite entregue aos laticínios em julho, quando o cenário ainda era de oferta mais apertada de matériaprima no país. Mas o ambiente vem mudando gradativamente nos últimos meses e outros indicadores (como o spot, atacado e varejo) já mostram que os preços do leite entregue em agosto ¬ e pago em setembro ¬ devem recuar. "O pagamento de agosto ainda reflete a queda da produção de leite no primeiro semestre. 

 

Mas a partir de maio a produção do Sul começou a subir e em julho também começou a aumentar em regiões de São Paulo, Minas e no sudeste de Goiás", explica Rafael Ribeiro, analista da Scot. O crescimento registrado, à exceção da região Sul, deve¬se a um "alívio nos preços do milho" usado na alimentação do rebanho, segundo Ribeiro. De acordo com o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP¬L/Cepea), o volume de leite adquirido pelos laticínios cresceu 5,03% em julho. Como resultado da maior oferta, os preços no mercado spot (negociação entre as empresas) já tiveram queda significativa em agosto, segundo a Scot. Em São Paulo, saiu de R$ 2,108 por litro em julho para R$ 1,703 em agosto. Em Minas Gerais, recuou de R$ 2,089 por litro para R$ 1,662 na mesma comparação. 

A pesquisa da Scot também detectou redução nos preços do leite longa vida do atacado e no varejo em agosto, refletindo um arrefecimento da demanda. Segundo a consultoria, o produto no atacado paulista caiu R$ 0,79 entre julho e agosto, para R$ 2,64 por litro. Já no varejo, a queda ainda foi menos expressiva, de R$ 3,85 por litro em julho, para R$ 3,80 em agosto. Para Ribeiro, a alta do leite longa vida no mercado foi "tão forte que chegou um ponto em que o consumo começou a ser prejudicado". Isso explica os recuos no atacado e no varejo em agosto. Segundo ele, essa retração na demanda derrubou as cotações do longa vida, gerando uma pressão de baixa na matéria¬prima. Diante do ambiente de aumento da oferta de leite e de formação de estoques de longa vida, a maior parte dos laticínios espera recuo no valor pago este mês pelo leite entregue em agosto. Pesquisa da Scot com mais de 140 laticínios mostra que 46% acreditam em queda do preço, 19% em alta e 35% em estabilidade. (Valor Econômico)

LEITE/CEPEA: mesmo com possíveis mudanças no cenário, preço ao produtor bate novo recorde

O valor médio bruto pago ao produtor de leite (que inclui frete e impostos) atingiu R$ 1,6928/litro em agosto, novo recorde, em termos reais, considerando-se toda a série histórica do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, iniciada em janeiro de 2000. Essa média de agosto, ponderada pelo volume captado nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA, superou em quase 13% o valor até então recorde de julho/16 e esteve 54,4% acima do de agosto/15, em termos reais (valores foram deflacionados pelo IPCA de julho/16). 

Pesquisadores do Cepea alertam que essa tendência, no entanto, pode ser alterada no próximo mês, já que os estoques nas indústrias e a captação de leite vêm aumentando. De acordo com o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea), o volume adquirido pelos laticínios cresceu 5,03% em julho - no acumulado deste ano, porém, a variação ainda é negativa, em 14,5%. 

Apesar de ser período de entressafra, indústrias de grande porte têm aumentado a captação leiteira frente às pequenas empresas, por conta da maior capacidade de remuneração aos produtores. No campo, a produção deve crescer nas próximas semanas, devido ao possível retorno das chuvas e também ao fato de muitos produtores estarem em época de parição de vacas. Neste caso, pecuaristas mais tecnificados concentram o nascimento dos bezerros em momentos que antecedem o início das chuvas. Além disso, as altas nos preços ao produtor no correr deste ano e a recente queda nos valores do milho e do farelo de soja, componentes do concentrado, também incentivaram maiores investimentos dentro da porteira, o que já vem resultando em aumento na produção de leite.

Por outro lado, a demanda por derivados lácteos está retraída. A perda do poder de compra de consumidores na atual conjuntura econômica do País e o elevado patamar de preço dos derivados afastaram consumidores. Nesse cenário, indústrias relatam que teriam chegado ao limite do repasse de preços da matéria-prima ao derivado para o consumidor final. Para setembro, 54,5% dos representantes de laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea, que representam 70,5% da amostra, têm expectativa de queda nos preços. Entre os entrevistados, 32,7% acreditam em estabilidade nos preços do leite em setembro e somente 12,7% esperam alta. 

Derivados 
Depois de seis meses de alta consecutiva, os preços dos derivados lácteos caíram em agosto. O leite UHT teve média de R$ 3,4256/litro no mês, queda de 14,4% em relação a julho/16, mas ainda acumula alta de 47% neste ano, em termos reais. O queijo muçarela teve média de R$ 21,20/kg em agosto, recuo de 1,27% frente ao mês anterior, porém, aumento de 48,54% neste ano. 

Com a demanda enfraquecida e estoques nas indústrias, atacadistas consultados pelo Cepea acreditam em novas quedas nos preços dos derivados, cenário que pode refletir nos valores pagos aos produtores. Essa pesquisa sobre o segmento de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas do estado de São Paulo e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). (As informações são do Cepea/Esalq)

Tabela 1. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquido) em AGOSTO/16 referentes ao leite entregue em JULHO/16.

 
Tabela 2. Preços em estados que não estão incluídos na "média Brasil" - RJ, MS, ES e CE.

Desafio para inovar o mercado lácteo tem inscrições abertas

Empreendedores, estudantes, pesquisadores e outros profissionais interessados em encontrar soluções tecnológicas para o mercado lácteo estão convidados a participar do desafio de startups Ideas for Milk, que está com inscrições abertas, até 12 de outubro, por meio do site http://www.ideasformilk.com.br/. A Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP) é uma das Unidades da Empresa participantes da iniciativa, liderada pela Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora, MG), em parceria com dez universidades e outras instituições públicas e privadas.

O objetivo da competição é estimular projetos capazes de aumentar a eficiência da cadeia produtiva do leite no Brasil, além de oferecer às startups a oportunidade de alavancar um negócio lucrativo. Os participantes, que podem ser equipes informais ou startups já constituídas, devem submeter ideias de soluções web, mobile ou hardware que apresentem inovações em modelos de negócio, produtos, processos, serviços e tecnologias. As propostas devem ter foco nas grandes áreas temáticas do agronegócio do leite, como insumos agropecuários, captação e distribuição, indústria de laticínios, mercado e consumidores finais.

Negócio do leite
Com o desafio, os organizadores buscam impulsionar e valorizar o mercado lácteo. O setor está em crescimento e requer cada vez mais iniciativas capazes de otimizar os processos de produção e melhorar a renda dos produtores. Nos últimos cinco anos, o mercado mundial de leite cresceu 78%, tendo atualmente 1,3 milhão de produtores no País. O Brasil ocupa o 4º lugar na lista dos maiores produtores lácteos, com cerca de 35 bilhões de litros gerados por ano. Para a pesquisadora da Embrapa Gado de Leite Rosângela Zoccal, é preciso sensibilizar a sociedade sobre a importância desse mercado.

Em média, o brasileiro consome 170 litros de leite, incluindo queijos, iogurtes, sobremesas, cosméticos, medicamentos e suplementos alimentares, além do leite fluido. Apesar disso, o leite é novidade no contexto das startups. E apenas 23 das 4.180 startups brasileiras, cerca de 0,5%, estão relacionadas ao agronegócio de modo geral. De acordo com o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Informática Agropecuária, Carlos Alberto Meira, o Ideas for Milk pode trazer avanços para esse campo, com diversas soluções tecnológicas voltadas à cadeia produtiva do leite.

O concurso
A competição terá três etapas: seleção das cinco melhores ideias inscritas em cada uma das oito cidades-sede do evento; escolha da melhor proposta de cada cidade-sede; e participação das oito ganhadoras locais na Final Nacional, que será realizada em 14 de dezembro, em Brasília. As cidades-sede são Belo Horizonte, Juiz de Fora, Lavras e Viçosa, em Minas Gerais; Campinas, Piracicaba e São Carlos, no estado de São Paulo, além de Porto Alegre (RS).

Durante todo o desafio, os participantes poderão contar com o auxílio de especialistas em agronegócio e Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Quatro empregados da Embrapa Informática Agropecuária estão entre os mentores de TIC; são eles: Fernanda Stringassi de Oliveira, Isaque Vacari, Marcos Cezar Visoli e Stanley Robson de Medeiros Oliveira. A organização está fechando parceria com investidores, aceleradoras, incubadoras e empresários interessados em fazer negócio com os proponentes das propostas que forem classificadas para as finais locais e a final nacional.

O evento tem patrocínio da Totvs e correalização da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), USP de São Carlos, Pontifícia Universidade Católica de Minas e do Rio Grande do Sul (PUC-Minas e PUC-RS), e universidades federais de Minas Gerais (UFMG), Viçosa (UFV), Lavras (UFLA), Juiz de Fora (UFJF), São Carlos (UFSCar) e do Rio Grande do Sul (UFRGS). As empresas AgriPoint, Carrusca Innovation, Litteris Consulting e Qranio também são realizadoras.

São apoiadores: Microsoft, Associação Brasileira de Agroinformática (SBIAgro), Sociedade Brasileira de Computação (SBC), Balde Branco, Brasil Júnior, Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado de Minas Gerais (Silemg), Central Estudantil de Empresas Juniores da UFV (Ceempre), Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional de Viçosa (Centev/UFV), Terra Júnior Consultoria Agropecuária, Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (Inbatec) e Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados no Estado de São Paulo (Sindleite).
Já os apoiadores da etapa Campinas são: Instituto Eldorado, Inova Unicamp e Fundação Fórum Campinas Inovadora (FFCi), além da Baita Aceleradora, que oferecerá aos três primeiros colocados dessa cidade-sede a participação em um programa de pré-aceleração. O programa visa identificar as necessidades e motivações dos clientes e ensinar aos empreendedores como validar ideias de negócios inovadores.

Palestra de sensibilização
Dados que mostram o atual mercado do leite no Brasil e no mundo fazem parte das palestras de divulgação do Ideas for Milk realizadas entre o final de julho e o início de setembro nas oito cidades-sede do evento. Em Campinas, o encontro ocorreu em 24 de agosto, no Instituto Eldorado, e contou com uma atividade em grupo sobre empreendedorismo e apresentações de Rosângela Zoccal e de Wagner Arbex, também da Embrapa Gado de Leite.
Além de explicarem as etapas do desafio e discutirem as tendências do agronegócio lácteo, os palestrantes destacaram a crescente necessidade de capacitação e de levar a tecnologia da informação ao campo, por exemplo, na forma de sensores e sistemas para automatização de processos. Arbex ressaltou que "o objetivo do Ideas for Milk é provocar esse ecossistema das startups para o mercado do leite".

Durante o evento, a chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária, Silvia Massruhá, afirmou que o concurso "é muito oportuno para incentivar empreendedores na área do mercado lácteo". Já Paulo Ivo, representante do Instituto Eldorado, falou da importância de apoiar essa competição. "Nós entendemos que é uma iniciativa bem disruptiva para o momento atual. É um desafio do presente", completou ele. (Embrapa)

  

7 empresas credenciadas
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação realizou, nesta segunda, a entrega de certificados do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi) para sete empresas gaúchas que, a partir de agora, estão habilitadas a comercializar produtos fora do Rio Grande do Sul. De acordo com o diretor do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA), Antonio Carlos de Quadros Ferreira Neto, dos 241 empreendimentos que se credenciaram à obtenção d a certificação, 15 já conquistaram o Sisbi e outras 15 devem ser certificadas até o final do ano. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, destacou que as empresas têm coragem para ampliar negócios e conquistar mercados. No entanto, lamentou que os entraves burocráticos ainda estejam entravando os procedimentos necessários à obtenção do Sisbi. O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, José Luis Vargas, ressaltou que a inspeção federal existe há 101 anos e está em constante aperfeiçoamento. (Correio do Povo)
 

Porto Alegre, 30 de agosto de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.342

 

Laticínios rumo à Ásia
                                                                  
 Crédito: Claiton Dornelles

Conduzida pelo Ministério da Agricultura, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e o Ministério das Relações Exteriores, a missão oficial aos países asiáticos, que ocorre a partir da próxima semana, contará com a presença do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), representando a indústria láctea gaúcha. Voltada para a abertura de mercado em um continente que, atualmente, concentra amplas oportunidades para o agronegócio brasileiro, a viagem será chefiada pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, e passará por quase uma dezena de países, dos quais Coreia do Sul, Hong Kong e Tailândia estão no foco da entidade, explica o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que integrará a comitiva entre 6 e 14 de setembro. "Dentro dos dados do setor lácteo desses países que levantamos, esses seriam os principais", explica, antecipando que, provavelmente, no mês de outubro a entidade participará de uma viagem para o Japão. 

A perspectiva é de que até outubro de 2017, o Japão exigirá, para importação, apenas que o leite seja pasteurizado. "As empresas que estão no Sisbi terão equivalência para exportar, permitindo que a empresa média e pequena também vislumbre esse mercado", detalha. "Temos que investir para entrar nesse mercado para colher os frutos depois", descreveu Alexandre Guerra, presidente da entidade. "O mercado asiático é grande", frisou, dizendo que existem empresas maiores, que já têm condições de fazer exportações por conta própria, e que as demais vão ter acesso às exportações por meio do associativismo. Os produtos adquiridos por compradores asiáticos se resumem, hoje, ao leite em pó, queijos e leite condensado, sendo que os dois últimos têm maior valor agregado, sinaliza o vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella. "Tem a possibilidade que também queremos explorar que é a da bebida wey, feita a partir do soro", projeta Palharini. "O Rio Grande do Sul tem um parque industrial representativo para a secagem do soro", cita. Outro produto valorizado e que poderá ser estimulado é a manteiga. O Brasil já exporta para os dois maiores países do continente: Rússia e China. (Jornal do Comércio) 

 

 
Diversão marca lançamento de gibi sobre lácteos na Expointer

 

Em clima de festa e descontração foi lançada, na manhã desta segunda-feira (29/08), na Expointer, oficialmente a segunda edição da revista "Pedrinho & Lis", que aborda o mundo do setor lácteo. Presente no lançamento, que ocorreu no Pavilhão do Gado Leiteiro, no Parque de Exposições Assis Brasil, o secretário estadual de Agricultura, Ernani Polo, parabenizou a iniciativa. "Esse é o resultado da união de esforços das equipes envolvidas", enalteceu.

O gibi "Pedrinho & Lis" é voltado ao público infantil, numa iniciativa da Seapi, com apoio do Sindilat, Mapa, Fetag e Farsul. Na primeira edição, lançada na Expointer do ano passado, as crianças se aventuram em uma propriedade leiteira. Desta vez, foram conhecer de perto o funcionamento de uma fábrica de laticínios. "Queremos ir às escolas e levar essa informação às crianças", afirmou o coordenador da Câmara do Leite, Danilo Gomes, lembrando que o gibi será distribuído nas instituições da rede pública. Já o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, frisou a relevância do projeto que busca falar de maneira informal e lúdica sobre a realidade no campo. A revistinha, que é de colorir, também tem atividades recreativas, como jogo dos sete erros e caça-palavras.

Na mesma ocasião, ocorreu o lançamento da peça teatral "Mimosa na Expointer", que vem sendo realizada na Vitrine do Leite, que fica no Pavilhão do Gado Leiteiro. A apresentação conta o drama de uma vaquinha que resolve fazer "greve de leite". Diariamente, são realizadas quatro apresentações (9h20min, 11h, 13h20mim e 15h). A peça é uma iniciativa do Sindilat, junto com a Seapi, Mapa, Fetag e Farsul e apoio do Fundesa e Senar. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

EUA ganham participação no mercado de lácteos do Brasil

A força do dólar dos Estados Unidos deixou que os produtos lácteos americanos ficassem com preço menor por grande parte do ano de 2016. Porém, à medida que os preços continuam caindo, as exportações aumentam, e o Brasil é um excelente exemplo. De acordo com o Serviço de Agricultura Agrícola (FAS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no Brasil, os EUA exportaram mais de US$ 3 milhões de leite em pó em 2016. O serviço disse que isso é em resposta à escassez doméstica no país. 

"As importações de lácteos aumentaram 70% de janeiro a julho de 2016 devido à queda da produção no Brasil. Como resultado da escassez de leite em pó no mercado, o Brasil está buscando outros fornecedores e tem importado dos Estados Unidos, apesar da tarifa de importação de 33%".

Embora o Uruguai e a Argentina tenham liderado como os maiores fornecedores de lácteos do Brasil, os Estados Unidos e outros fornecedores de leite não tradicionais ganharam participação de mercado. O FAS notificou os fornecedores de leite em pó dos Estados Unidos sobre a oportunidade do mercado e também ajudou a registrar seus rótulos no mercado brasileiro.

De acordo com o FAS, Maryland é o estado que está tendo tirando mais vantagens da oportunidade, exportando US$ 3,1 milhões até agora neste ano, um aumento de 172% comparado com o mesmo período do ano anterior. (Informações são do http://www.milkbusiness.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Vendas reais dos supermercados crescem 4,20% em julho, revela Abras

As vendas dos supermercados brasileiros cresceram 4,20% em termos reais em julho deste ano na comparação com o mesmo mês do ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Já na comparação com junho deste ano, houve alta real de 7,58%. No acumulado dos sete primeiros meses de 2016, as vendas do setor aumentaram 0,66% em termos reais ante os mesmos meses de 2015. Todos os valores foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Em termos nominais, a alta nas vendas em julho foi de 13,31% na comparação com o mesmo mês de 2015. Já o resultado acumulado de sete meses é de crescimento nominal de 10,27% ante o mesmo período do ano anterior. O preço da cesta de itens básicos nos supermercados brasileiros subiu 2,96% em julho na comparação com junho deste ano, de acordo com a Abrasmercado, cesta composta por 35 produtos de largo consumo pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O preço total da cesta saiu de R$ 473,31 em junho para R$ 487,34 em julho. Já na comparação com julho de 2015, o preço subiu 17,60%.

Entre as maiores altas do mês passado estão itens como feijão, cujo preço aumentou 29,17% ante o mês anterior; leite longa vida, aumento de 18,14%; e queijo mussarela, com alta de 14,36%. Já as maiores quedas foram de cebola, cujo preço recuou 36,11%; batata, queda de 23,55%; e papel higiênico, retração de 3,63%. (Informações são do jornal O Estado de São Paulo)

 

Livro aborda a realidade do país
A taxa de fecundidade no Brasil caiu de 6,16 filhos por mulher para 1,57 filhos, no período de 1940 a 2014. Em contrapartida, a expectativa de vida da população aumentou 41,7 anos em pouco mais de um século: em 1990 era de 33,7 anos; em 2014 atingiu 75,4 anos. Os dados estão no livro "Brasil: Uma visão geográfica e ambiental do início do século XXI", lançado ontem pelo IBGE, para "ampliar o conhecimento das alterações ocorridas no território brasileiro como resultado das transformações econômicas, demográficas, políticas e ambientais nas últimas décadas".  A obra, composta por nove capítulos, foi escrita por pesquisadores do IBGE e organizada pela geógrafa Adma Hamam de Figueiredo e atualiza a edição anterior, lançada em 1995. A abordagem é sobre a formação territorial e demográfica do país, da relação entre geografia e urbanização, da ocupação do território pela agropecuária, do desenvolvimento local e da diversidade cultural, dando maior visibilidade à formação territorial e demográfica a partir do início do século passado. Os dados de fertilidade e expectativa de vida estão no capítulo 2. Para o IBGE, a "radical transformação do padrão demográfico corresponde a uma das mais importantes modificações estruturais verificadas na sociedade brasileira". (Correio do Povo)
 

Porto Alegre, 29 de agosto de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.341

 

Sindilat recebe troféu Senar O Sul

 
Crédito:Jackson Ciceri / O Sul

Em uma noite de festa e com a presença de muitas autoridades, foi entregue, na noite deste domingo (28/8) o troféu Senar O Sul a pessoas e instituições que fazem a diferença com relação ao agronegócio. Entre os agraciados da edição de 2016, realizada nos salões da Associação Leopoldina Juvenil, em Porto Alegre, está o Sindicato da Indústria de Latícinios do RS (Sindilat), que foi representado pelo seu presidente, Alexandre Guerra. Segundo ele, o prêmio da categoria Associativismo significa um reconhecimento por toda a dedicação e trabalho realizado pelo Sindilat em prol do desenvolvimento do setor e de toda a economia gaúcha. 

Os premiados de 2016
1. Agroindústria Familiar Rural - Embutidos Hermes
2. Produtor de Frutas - RPM Frutas
3. Associativismo - Sindilat RS
4. Tecnologia e Pesquisas - José Fernando Piva Lobato
5. Instrutor Padrão do Senar -RS - Cláudio Ribas Rocha
6. Jovem Produtor Rural - Rafael Ribeiro Leal de Macedo
7. Produtora Rural - Livia Pinzon de Carvalho
8. Pecuarista - Associação Brasileira de Criadores de Devon
9. Produtor de Grãos - Luíz Carlos Nemitz
10. Destaque Empresarial Nacional (Empreendedorismo) - Luiz Eduardo Batalha
11. Parceiro do Senar-RS - Ibravin - Instituto Brasileiro do Vinho
12. Instituição Centenária - Banco do Brasil
13. Destaque Especial Gaúcho - Ernani Polo
14. Destaque Especial Nacional - João Martins da Silva Júnior
15. Liderança Nacional - Rodrigo Maia
16. Personalidade Política Nacional - Blairo Maggi
17. Personalidade Política Gaúcha - José Ivo Sartori. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 

 
Vitrine do Leite apresenta receitas

 
Crédito: Isadora Osório

A 3º edição da Vitrine do Leite, realizada na Expointer 2016, trouxe ao público receitas fáceis e acessíveis à base de produtos lácteos. Com um estande de 110m², produtores e consumidores têm acesso a informações sobre técnicas usadas na cadeia leiteira gaúcha para atingir maior qualidade e excelência no produto final. A vitrine está localizada dentro do Pavilhão do Gado Leiteiro, no Parque de Exposições Assis Brasil, e está aberta, diariamente, entre às 8h e 18h. Neste sábado (27/08), as receitas produzidas foram pão de queijo e cappuccino e ficaram a cargo da nutricionista Márcia da Silva, do Senar. Com um ambiente bem estruturado para que todos consigam visualizar o modo de preparo da receita, a vitrine chamou a atenção. O proprietário rural Edison Lacerda, de Esteio, elogiou o projeto. "É muito interessante poder ver as várias coisas que se faz com o leite e que nós nem notamos. E a gente se impressiona porque temos todos os ingredientes em casa", pontuou.

O espaço também pretende mostrar aos visitantes da Expointer como o leite é produzido e, por isso, é exibido um vídeo explicando todas as etapas de produção, como o manejo de pastagem para alimentação do gado leiteiro, ordenha mecanizada, armazenamento e o processo na indústria. As exibições do vídeo estão previstas para 10h, 12h, 14h e 19h. A iniciativa conta com o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Fetag, Farsul, Seapi, Mapa, Senar e Fundesa. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Vaca mimosa diverte crianças na Expointer

 

O primeiro dia de Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, contou com muita diversão e aprendizado. Voltada ao público infantil, a peça de teatro "Mimosa na Expointer", novidade deste ano, contagiou o público de várias idades. A atração foi uma iniciativa do Sindilat, junto com Seapi, Mapa, Fetag e Farsul e apoio do Fundesa e Senar, que busca explicar como funciona a produção de laticínios, desde o campo, passando pela indústria até a mesa do consumidor.
Mimosa é uma vaca leiteira que fica chateada por achar que todos acreditam que o leite vem da caixinha. Revoltada, ela decide fazer "greve de leite". A família, preocupada com a situação, faz de tudo para conseguir ajudar a vaquinha, até que descobrem seu segredo. As crianças Pedrinho e Lis conversam com a Mimosa e mostram para ela que o público sabe da sua importância. No final, a vaquinha fica contente, como resultado, obtém recorde de produção.
Com o objetivo de mostrar a rotina do produtor rural de maneira bem didática, além de apresentar os benefícios do leite e das boas práticas de produção, o teatro fez sucesso com as famílias. A mãe Daiane Brockerstreb, de São Leopoldo, levou seu casal de filhos, de 1 e 6 anos, para ver a mimosa e contou como foi divertido. "A peça foi muito legal e instrutiva. Tem que ser divertido para as crianças aprenderem da melhor forma possível", elogia.
A apresentação teatral é realizada na Vitrine do Leite, que fica no Pavilhão do Gado Leiteiro. As exibições ocorrem diariamente às 9h20min, 11h, 13h20min e 15h. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Sindilat estimula a modernização da coleta de leite

Um dos grandes desafios do setor lácteo no País é modernizar a coleta e o transporte do leite cru. Essa é uma realidade que já vem sendo estudada, graças a uma parceria entre Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Embrapa Clima Temperado e Fundesa, que, juntos, investem em um projeto de automa- ção, lançado em dezembro do ano passado, em Capão do Leão, e iniciado, na prática, neste mês. Em visita à Casa do JC na Expointer, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, contextualizou que o atraso no início da fase de teste ocorreu por conta de adequações jurídicas e burocráticas, necessárias para a disponibilização de verbas. O sistema favorece o controle do volume de leite coletado junto ao produtor e amplia o controle da rastreabilidade do produto, dois benefícios que se revertem em melhorias para o criador, a indústria e os consumidores. Com a utilização de um caminhão-tanque específico para uma coleta de leite mais qualificada e de softwares que registram dados do processo, é possível acelerar o prazo de captação do insumo e de geração de dados, sem a necessidade de intervenção do transportador na separação do material que irá para análise ou na mensuração da quantidade de leite entregue. "O segredo é ninguém mais botar a mão quando ocorre a coleta de amostras para os testes nos laboratórios oficiais." Dessa forma, a quebra entre volume coletado e pago, um dos grandes problemas enfrentados atualmente pela indústria, pode ser corrigida. 

Como atualmente a medição é feita pelo transportador com o uso de uma régua que mede a quantidade diretamente no tanque do produtor, é comum que, na chegada à fábrica, o montante apurado não seja o mesmo do registrado inicialmente. Isso ocorre por diversas razões: pode ser desnível no solo em que está instalado o tanque, a quantidade de espuma se a medição for feita logo após a coleta ou outro erro humano. Mas, para os industriais do setor, essa distorção sai cara, porque o que será pago ao produtor é o valor anotado, e não o alcançado, de fato. Segundo Guerra, a estimativa é de uma quebra de 0,5 ponto percentual no volume entregue nos laticínios. A produção diária do Estado é de 13 milhões de litros de leite. Com isso, a quebra seria de 40 mil litros ao dia. Em um mês, a conta chega a 1 milhão. Só a correção nessa etapa já é benéfica para o setor, além de tornar a relação entre empresário e agricultor mais transparente. Em busca de alcançar esse benefício, já há empresas adquirindo os medidores de vazão, avaliados entre R$ 80 mil e R$ 130 mil (muitos são importados, por isso a variação de preços). Investir para equipar todo o processo, no entanto, sai bem mais caro: o tanque isotérmico, por exemplo, custa entre R$ 60 mil e R$ 70 mil, além do caminhão. 

O preço total do investimento pode alcançar R$ 200 mil. "Depois dos experimentos e de comprovarmos que é eficaz, vamos trabalhar com o governo para desonerar a compra dos equipamentos", sustenta Guerra. O Sindilat também recomenda que, na medida do possível, o empresário invista no sistema, pois ele se paga ao longo do tempo, com a maior precisão na medição do volume coletado e redução na quebra, mas também fortalecendo os mecanismos de segurança da produção. "As amostras vão chegar ao laboratório da indústria rastreadas e com a segurança de que saiu de cada produtor." Presente em países com maior volume de produção por propriedade, sobretudo europeus, o sistema está sendo testado para que seja avaliada a viabilidade de adoção em uma cadeia que ainda precisa avançar na questão da produtividade, como é o caso brasileiro. A expectativa da entidade é que o processo se mostre viável, mesmo que seja com uma possível adaptação. (Jornal do Comércio)

Segurança pauta início da feira

Os discursos na abertura da 39ª Expointer, sábado, no Parque Assis Brasil, em Esteio, misturaram otimismo com o momento do agronegócio e esperança para superar as crises da segurança e financeira no Rio Grande do Sul, além do conturbado cenário político nacional. Os representantes apresentaram as reivindicações do setor aos ministros, mas não fizeram criticas. Ao contrário, demonstraram apoio ao governo interino, que teve participação representativa na solenidade. Os ministros Blairo Maggi, da Agricultura, Eliseu Padilha, da Casa Civil, Osmar Terra, do Desenvolvimento Social e Agrário, e Ronaldo Nogueira, do Trabalho, prestigiaram o ato e visitaram a feira. O governador José Ivo Sartori falou sobre a presença da Força Nacional no Estado e destacou a importância do agronegócio para a economia gaúcha. "No Rio Grande do Sul, a recuperação da econômica começa pelo setor primário em todas as suas vertentes", observou. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que o país só vai sair da crise com investimentos maciços em agricultura. "Não apenas investimentos financeiros, mas de olhar com atenção especial ao segmento. Se o governo não atrapalhar, já ajuda muito", concluiu. A segurança no campo foi abordada no discurso de representantes dos produtores. "O que preocupa não é ter o animal premiado. 

São as ações que levam os animais a desaparecer pela ação de meliantes", disse o presidente da Febrac, Eduardo Finco. Já o diretor da Farsul Francisco Schardong reforçou a importância do seguro agrícola. "Gostaria que o ministro da Agricultura levasse um recado no bolso, queremos seguro de verdade", reivindicou. O presidente do Simers, Claudio Bier, pediu maior apoio ao Moderfrota. Na solenidade, o secretário estadual de Agricultura, Ernani Polo, anunciou a criação de um grupo de trabalho para a implantação do programa Agro Mais Gaúcho, que busca adequar a legislação gaúcha com a federal. "As normas do ministério servem como referência para os Estados. Faremos também o nosso dever de casa", frisou. (Correio do Povo)
 

Indústrias gaúchas pedem cotas de importação para o Uruguai
A visita do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, à 39ª Expointer abriu a oportunidade de apresentação de demandas do setor leiteiro gaúcho à pasta. O pedido feito pelo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, no sá- bado, foi para que o Brasil estabeleça cotas de importação para o leite em pó vindo do Uruguai. Na ocasião, o dirigente defendeu que a pasta volte o olhar para a questão, já que o maior volume de importação do produto vem do país vizinho, que, diferentemente de outros países próximos, como a Argentina, não tem limite para venda no Brasil. "Nunca foi estabelecida uma cota para o Uruguai, porque o volume importado era baixo, o que já não era o caso da Argentina. Porém, diante da limitação à importação argentina, a quantia uruguaia aumentou", contextualiza Guerra. A atividade leiteira vive de sazonalidades. Aqui, por exemplo, a produtividade é maior nos meses mais frios do ano: o volume produzido começa a se elevar entre abril e maio. Porém o período mais quente registra a queda na produção, começando a partir de meados de setembro em diante. Esse ciclo interfere diretamente na disponibilidade de produtos lácteos e também no preço cobrado. Por essa razão, há períodos em que o ingresso do leite em pó importado não é um grave problema; porém, em outros, pode ser um peso a mais para o produtor e a indústria, que precisam equalizar a situação no preço para se tornarem competitivos. Entre julho e agosto, por exemplo, a produtividade local aumentou 20% em relação ao período imediatamente anterior. É mais produto para competir no mercado consumidor. A balança comercial exemplifica o desafio colocado aos produtores nacionais: a importação aumentou 70%, enquanto a exportação reduziu 30%. "A solu- ção é criar uma cota de importação para o produto uruguaio, uma cota que possa ser flexibilizada." Guerra saiu do encontro com Maggi com o compromisso de que a questão seria tratada ainda no fim de semana, já que, no domingo, o ministro se encontrou com o ministro da Agricultura do Uruguai, Tabare Aguerre, em encontro fechado. "Tenho certeza de que esse pedido vai avançar e de que as entidades representativas de outros estados brasileiros também apoiarão a medida", afirmou o presidente do Sindilat. (Jornal do Comércio)
 

 

Porto Alegre, 26 de agosto de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.340

 

  Peça teatral aborda detalhes da produção de leite

Para mostrar às crianças que o leite não vem da caixinha, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), juntamente com Seapi, Mapa, Fetag e Farsul, levará ao Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, a peça teatral "Mimosa na Expointer". Com quatro apresentações diárias e gratuitas ao longo da feira, promete encantar adultos e crianças ao narrar um pouco sobre a vida no campo e a lida em um tambo. "Esse projeto busca conscientizar as novas gerações sobre a importância social e nutricional do leite no Rio Grande do Sul, uma realidade distante para muitos gauchinhos hoje em dia", pondera o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. A expectativa é receber tanto as famílias quanto escolas que queiram abordar o assunto.  

O teatro, elaborado com apoio do Fundesa e Senar, será encenado no espaço da Vitrine do Leite, junto ao Pavilhão do Gado Leiteiro. As apresentações ocorrerão nos nove dias da Expointer em quatro horários: 9h20min, 11h, 13h20min e 15h. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

 

 
Vitrine do Leite apresenta receitas em quatro oficinas diárias

Durante a programação da Expointer 2016, será realizada a terceira edição da VITRINE DO LEITE, um estande de 110 m² onde produtores e consumidores terão acesso a informações sobre técnicas empregadas na cadeia leiteira gaúcha para promoção de sua excelência e qualidade. Localizado dentro do Pavilhão do Gado Leiteiro, é uma iniciativa do Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado do RS (Sindilat), Fetag, Farsul, Seapi e Mapa. Também conta com o apoio do Senar e do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS (Fundesa).

Aberto entre as 8h e 18h, o espaço tem como objetivo mostrar aos visitantes da feira como o leite é produzido, detalhando o caminho percorrido entre o campo e sua chegada à mesa do consumidor. Para isso, serão promovidas diariamente quatro oficinas, divididas em dois momentos. O primeiro consiste na exibição de um vídeo, que explica todas as etapas de produção, como o manejo de pastagem para alimentação do gado leiteiro, ordenha mecanizada, coletor automatizado para o transporte, armazenamento e o processamento na indústria.

A segunda etapa da oficina apresentará 26 receitas elaboradas a partir do leite, entre iogurte, queijos, ambrosia e outras. Os profissionais darão ainda informações sobre os valores nutricionais e propriedades do alimento. Todas as ações serão gratuitas. As exibições do vídeo e a preparação de receitas estão previstas para as 10h, 12h, 14h e 16h. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Seapi e Sindilat apresentam 2ª fase do projeto Leite na Escola

A Secretaria da Agricultura (Seapi) e o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) apresentam nesta SEGUNDA-FEIRA (29/8), às 9h, a segunda fase do projeto Leite na Escola. A campanha será detalhada durante café da manhã no espaço da Vitrine do Leite, localizada no Pavilhão do Gado Leiteiro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O projeto Leite na Escola busca difundir informações sobre a produção de leite e produtos lácteos e seus benefícios à saúde. Na ocasião, o coordenador da Câmara Setorial do Leite, Danilo Gomes, fará apresentação do gibi "Pedrinho e Lis - A Fantástica Fábrica de Laticínios". (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Expointer terá Concurso de Sólidos

Depois do sucesso registrado na Fenasul, agora é a vez da Expointer ter seu CONCURSO LEITEIRO DE SÓLIDOS. A ideia é valorizar os produtores que obtêm um leite com boas quantidades de gordura e proteína, atributos altamente valorizados pela indústria. O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) é patrocinador do Concurso que também conta com apoio da Secretaria da Agricultura (Seapi), Embrapa, UFRGS, Associação dos Criadores de Gado Holandês do RS (Gadolando) e Associação de Criadores de Gado Jersey do RS. 

As amostras de leite serão coletadas em ordenhas realizadas nos animais presentes no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, no início da semana e remetidas ao laboratório da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS), para testes. Os resultados serão conhecidos na QUARTA-FEIRA (31/8), ÀS 16H30MIN, durante solenidade no estande da Vitrine do Leite, no Pavihão do Gado Leiteiro. Na ocasião, também serão entregues os troféus e premiação. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


USDA comprará 5 milhões de quilos de queijos para ajudar produtores

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) tem planos de comprar aproximadamente 11 milhões de libras (cerca de 5 milhões de quilos) de queijos dos estoques privados para ajudar bancos de alimentos e despensas do país, enquanto reduz o excedente de queijo - que está em seu nível mais alto em 30 anos.

O atual excesso de queijos dos Estados Unidos tem um peso de US$ 1,2 bilhão causado por uma reação exagerada no lado da oferta que pode somente ser remediada pela desaceleração na produção de leite.

A compra, no valor de US$ 20 milhões, será fornecida a famílias de baixa renda do país por meio de programas de assistência à nutrição do USDA, enquanto ajudam o mercado para os produtores de leite, cujas receitas caíram 35% nos últimos dois anos.

O USDA recebeu requisições do Congresso, da União Nacional de Produtores Rurais, da Agência Americana Agrícola e da Federação Nacional de Produtores de Leite para fazer essa compra imediata de lácteos. A Seção 32 do Ato de Agricultura de 1935 autoriza o USDA a utilizar fundos do ano fiscal de 2016 para comprar excedentes de alimentos para beneficiar os bancos de alimentos e as famílias que precisam de assistência à nutrição. "Entendemos que os produtores de leite do país estão passando por desafios devido às condições de mercado e que os bancos de alimentos continuam vendo forte demanda por assistência", disse o secretário de Agricultura, Tom Vilsack.

"Essa compra de commoditie é parte de uma rede robusta e ampla de segurança que ajudará a reduzir o excedente de leite, que está em seu maior nível em 30 anos - ao mesmo tempo que coloca alimentos ricos em proteína nas mesas daqueles que precisam. O USDA continuará buscando formas dentro de suas autoridades para lidar com a insegurança alimentar e fornecer mais estabilidade ao mercado".

Embora o USDA projete que os preços dos lácteos aumentarão no resto do ano, muitos fatores - incluindo baixos preços no mercado mundial, maiores ofertas/estoques e menor demanda - contribuíram para o enfraquecimento do mercado para os produtos lácteos. O USDA disse que continuará monitorando as condições de mercado nos próximos meses e avaliando ações adicionais, se necessário, no final deste outono. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)


Rótulos/França 

A partir de 1º de janeiro de 2017 os rótulos de produtos industrializados deverão indicar a origem da carne e do leite usados no alimento. Medida reclamada pelas associações dos consumidores e mais recentemente pelos produtores. O decreto foi publicado no Diário Oficial no dia 21 de agosto.  Esse decreto "torna obrigatório a indicação de origem do leite e das carnes utilizadas como ingredientes em alimentos embalados". A norma, que foi apoiada pela Comissão Europeia em março último, estará em vigor por dois anos, começando em 1º de janeiro de 2017, até 31 de dezembro de 2018. Esta obrigação, a primeira na Europa, será utilizada em pratos que tenham uma certa proporção de carne, ou produtos lácteos, mas os limites não foram fixados pelas partes, disse o ministério de agricultura. A etiqueta deverá ter: - para a carne: o país de origem, de criação e de abate do animal; 1 para o leite: o país de coleta, embalagem e de transformação.

Um pedido dos consumidores e dos produtores
Etiquetar produtos industrializados é uma antiga reivindicação das associações de consumidores, sobretudo depois do escândalo de lasanhas com carne de cavalo, no início de 2013, fraudulentamente utilizadas como se fosse carne de vaca. Com a crise no campo, os agricultores também pediram para que as etiquetas tenham a origem dos produtos transformados, para incentivar a compra de carne produzida na França. A título de experiência, relatórios de avaliação serão enviado para a Comissão Europeia, "os quais servirão de base para avaliar a transformação da medida em um dispositivo permanente", diz o texto. Os distribuidores terão até o dia 31 de março de 2017 para recolher os estoques de alimentos preparados que não mencionem a origem da carne do leite utilizados como ingredientes. (Le Monde - Tradução livre: Terra Viva)

 

Leite: custo de produção volta a subir 
Custo de produção da pecuária leiteira voltou a subir na parcial do mês de agosto. De acordo com dados da Scot Consultoria, a alta foi de 1,1% na comparação com o mesmo período no mês de julho. A alta está estrelada a custos logísticos e de insumos. No período avaliado, o preço do combustível subiu 3%; os alimentos concentrados proteicos subiram, 0,7%; e os defensivos agrícolas 0,4%. Em um ano, o custo de produção acumula alta de 24,4%. (Fonte: Scot Consultoria)