Pular para o conteúdo

 

Porto Alegre, 27 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.359

 

Com redução das dívidas, famílias podem retomar consumo em 2017

A combinação de aumento do desemprego, queda dos rendimentos e juros altos está provocando uma redução importante das dívidas no orçamento das famílias, processo que pode abrir espaço para um início de retomada do consumo em 2017. Ainda sob efeitos de uma prolongada recessão, o cenário para as vendas está longe de ser considerado animador, mas o menor dispêndio com dívidas já representa algum alívio para os consumidores. Economistas ponderam, no entanto, que a reação da demanda dependerá mais do mercado de trabalho e da possibilidade de corte da taxa básica de juros. O comprometimento mensal dos salários com dívidas ainda é alto e, mais recentemente, mostrou leve expansão, mas o endividamento em relação à renda acumulada nos 12 meses até junho (último dado divulgado pelo Banco Central) caiu 2,2 pontos na comparação com mesmo período em 2015 e ficou em 43,7%, o menor índice da série desde dezembro de 2012. Esse percentual ficou acima de 46% durante boa parte do ano passado, de janeiro até setembro. Excluindo o financiamento imobiliário, a redução do endividamento é mais expressiva. Nessa métrica, o indicador ¬ que chegou a superar 31% entre o fim de 2011 e o começo de 2012 ¬ caiu de 27,2%, em junho de 2015, para 24,9% no mesmo mês deste ano. De acordo com pesquisa da Fecomercio¬RJ feita em parceria com a Ipsos em todo o país, 68% dos consumidores afirmaram não estar pagando nenhum tipo de parcelamento em julho deste ano, maior número para o mês desde o início do levantamento, em 2010. Para Flávio Calife, economista da Boa Vista, a principal razão para o recuo do endividamento está na piora do mercado de trabalho. "O consumidor não está apenas cauteloso. Ele está sem dinheiro", diz Calife, mencionando que 42% dos consumidores ouvidos pela administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) citam o desemprego como causa da inadimplência das famílias, segundo levantamento trimestral realizado em junho. 

 
 
O elevado nível de endividamento das famílias, combinado à diminuição da renda, foi uma das causas da crise, avalia Fabio Silveira, sócio¬diretor da Macrosector. Por isso, afirma, a trajetória de redução desse indicador é um movimento que pode ter impacto positivo sobre a atividade, ainda que condicionado a uma série de fatores. Em seu cenário, as famílias devem voltar a se sentir confiantes para contrair dívidas a partir do segundo semestre do próximo ano, mas, para isso, é preciso que as medidas de ajuste fiscal sejam aprovadas, abrindo espaço para o corte dos juros e, também, que haja alguma recomposição da renda. "A retomada do consumo será bastante lenta", pondera Silveira, que prevê alta de 1% das vendas no varejo restrito (excluem automóveis e material de construção) em 2017, depois de retração de quase 6% este ano. Além da defasagem maior do mercado de trabalho para se recuperar, o economista menciona a redução modesta prevista para a taxa Selic, que deve chegar a 13% em dezembro do ano que vem, queda de apenas 1,25 ponto em relação ao patamar de hoje. O custo do crédito subiu significativamente, apesar da estabilidade da Selic nos últimos meses, destaca Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, o que tem feito os consumidores reduzirem seu nível de endividamento para não caírem na inadimplência. De junho para julho, a taxa de juros com recursos livres para famílias avançou 0,5 ponto, para 71,9%, nova máxima. Por outro lado, diz Rabi, o comprometimento mensal da renda com dívidas mostrou ligeira expansão nos últimos meses, justamente porque o aumento dos juros faz com que uma parcela maior dos ganhos mensais seja destinada ao pagamento de financiamentos. Sem considerar o crédito imobiliário, medida que Rabi avalia como mais correta, o comprometimento mensal médio da renda das famílias com dívidas subiu de 19,97% para 20,13% entre maio e junho, segunda alta seguida na série também calculada pelo BC. Em relação a igual mês do ano passado, o indicador avançou 0,5 ponto. Com o peso maior dos débitos a prazo no orçamento, pondera ele, é difícil que a demanda ganhe fôlego. "Precisamos ver três coisas para que o consumidor tenha folga no orçamento: queda significativa dos juros, da inflação, e que o desemprego pare de subir", disse o economista da Serasa. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que o comprometimento médio da renda mensal entre consumidores endividados está em tendência de declínio e recuou 1,3 ponto entre agosto de 2015 e o mês passado, para 30,2%. Na mesma comparação, a proporção de famílias que se declara endividada caiu de 62,7% para 58%. 
 
A economista Marianne Hanson, responsável pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), explica que o Banco Central calcula o percentual de comprometimento considerando o total das parcelas de dívidas e uma estimativa da massa de rendimentos. Já a CNC pergunta apenas aos entrevistados que se dizem endividados qual a fatia da renda destinada ao pagamento desses gastos, dando como opção três faixas diferentes, que vão desde menos de 10% da renda até mais de 50%. A média ponderada de todas as respostas, aponta Marianne, é o comprometimento médio mensal da renda. Considerando os dados da Peic, a economista avalia que o comprometimento da renda com dívidas segue em patamar pressionado, mas com clara tendência de recuo, apesar do maior custo do crédito. Já a queda do nível de endividamento, em sua avaliação, é explicada também porque os consumidores têm contratado dívidas de menor valor, embora mais caras. É o caso, por exemplo, do cheque especial, que foi usado por 7,1%, das famílias que afirmaram ter dívidas em agosto, ante 6,4% em igual mês de 2015. O uso do crédito pessoal também subiu no período, de 8,7% para 10,2%. No levantamento da Fecomercio¬Rio, o carnê de loja segue como a principal modalidade de crédito utilizada por quem paga parcelamentos, citada por 47% dos consumidores em julho, queda de dois pontos sobre igual período do ano passado. Em seguida, aparece o cartão de crédito, mencionado em 40% das respostas. Para 2017, afirma Calife, da Boa Vista, está se desenhando um cenário um pouco melhor para o consumo, com redução da inadimplência e alta do crédito, mas a expectativa é que as dívidas de longo prazo permaneçam em segundo plano para os consumidores. "A diminuição do endividamento é um trunfo para a economia, mas há ainda uma cautela do consumidor."(Valor Econômico)   
 
 
Indústrias uruguaias mantêm contato para retomar vendas de lácteos à Venezuela

As indústrias de lácteos do Uruguai seguem em conversação para retomar as vendas de lácteos à Venezuela - apesar dos atrasos gerados pela cobrança da última rodada de negócios. A cooperativa Claldy mantém os contatos e as gestões semanais para ver as possibilidades de retomar as colocações nesse mercado, disse seu diretor, Erwin Bachmann.

"A Venezuela é um mercado, precisa de alimentos e o lógico é que comprem do Uruguai. Talvez não seja um momento político para pensar nisso, mas acredito em um acordo a nível de governo para termos um volume de mercado que eles compravam e que - creio que continuarão comprando". 

A Claldy foi uma das indústrias que enviou 4.400 toneladas de queijos sob o acordo assinado entre ambos os governos em meados de 2015 para a exportação de alimentos à Venezuela. Em abril desse ano, a cooperativa recebeu o dinheiro pelo volume exportado.

Espera-se poder concretizar algum envio antes do fim do ano e não se descarta a possibilidade de instrumentar um "pré-pagamento", disse Bachmann. Outra indústria que enviou lácteos à Venezuela sob o acordo entre os governos foi a Calcar. Seu presidente, Humberto Mendivil, disse que os contatos foram mantidos e ajustes nas condições de cobrança estão sendo analisados.

"Agora seguimos em comunicação com o governo venezuelano, com a Corpovex, para possíveis novas exportações. Estão sendo ajustados os detalhes de cobrança. O interesse da Venezuela se mantém, mas as condições precisam mudar". 

O Brasil é o mercado que paga melhor pelos lácteos uruguaios. "Hoje, o que defende os preços é o Brasil. A Claldy está vendendo praticamente todo o queijo ao Brasil", disse Bachmann. 

Apesar de, historicamente, durante a temporada de primavera, as compras do Brasil reduzam ao mínimo, esse ano, as exportações se prolongaram. A Claldy tem a produção vendida até outubro a esse destino. Os produtores brasileiros estão esforçando-se para que não entrem tantos lácteos do Uruguai, mas, até o momento, não frearam a entrada. (Informações são do Lecheriauy.com, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Fonterra: produção de leite da UE cai em junho mas em 12 meses cresce 4%

A empresa de lácteos Fonterra, da Nova Zelândia, destacou em relatório sobre o mercado queda na produção de leite na União Europeia em junho, pela primeira vez desde o início de 2015. O volume foi 2% menor na comparação com igual mês do ano passado, o que a Fonterra atribuiu ao clima mais seco e aos baixos preços do produto no mercado global, que desestimularam produtores a investir em suplementação animal. 

No acumulado dos 12 meses terminados em junho, no entanto, a oferta da União Europeia subiu 4%, ante igual período do ano passado. Em relação à produção de lácteos na Nova Zelândia, a Fonterra estimou uma queda de 3% na captação de leite no país na temporada 2016/17. A queda reflete o impacto de agricultores reduzindo o uso de tecnologia em suas produções, devido aos preços mais baixos do leite, segundo a Fonterra. "Ao longo das últimas duas temporadas agricultores reduziram as taxas de lotação e suplementação alimentar para ajudar a reduzir os custos."

Na semana passada a Fonterra reportou lucro líquido de 810 milhões de dólares neozelandeses (US$ 595 milhões) para o ano fiscal encerrado em 31 de julho, um aumento de 74% na comparação anual. Segundo a companhia, a decisão de investir em produtos com maior margem de lucro ajudou a contrabalançar o excesso de oferta global de lácteos. (Informações são do O Estado de São Paulo, com dados do Dow Jones Newswires)

 
 
Variações das commodities lácteas favorecem os exportadores norte-americanos

Exportações/EUA - Já na metade de setembro, a diferença entre os preços da manteiga nos Estados Unidos e internacionais chegou ao menor valor desde o início de 2015. A diferença entre os preços dos queijos no mercado norte-americano e mundial também melhoraram em relação aos níveis recentes. 
Enquanto permanecem com preços em desvantagens, a mudança - que indica uma alteração no mercado que aponta para a convergência - promete ser um impulso competitivo muito necessário para os exportadores de lácteos dos Estados Unidos. A partir de um breve momento de paridade no início de 2015, o preço da manteiga dos Estados Unidos chegou a ser, em média. US$ 1.700/toneladas maior que a cotação da manteiga da União Europeia, e até US$ 1.900/tonelada em relação ao preço da Oceania. Este mês, a diferença entre o preço da manteiga dos Estados Unidos e a da União Europeia, praticamente desapareceu, ficando em apenas US$ 33/tonelada, enquanto que a diferença com o preço da Oceania caiu mais de 60%, chegando a US$ 766/tonelada. No meio do ano, de março a agosto de 2016, o cheddar dos Estados Unidos teve a média de US$ 467/tonelada a mais em relação ao cheddar da União Europeia, e US$ 667/tonelada em relação ao mesmo queijo da Oceania. Em setembro, a diferença foi cortada para US$ 245/tonelada em relação ao queijo europeu. Enquanto houve declínio de 10% na diferença do preço com a Oceania, passando para US$ 595/tonelada.

O preço desfavorável foi o maior responsável pela perda de mercados de exportação pelos norte-americanos, particularmente de queijo. Mesmo no México, onde as companhias norte-americanas possuem acesso preferencial ao mercado devido ao NAFTA, e a proximidade, as cotações dos queijos dos Estados Unidos estavam muito altas em relação a outros fornecedores. E ajudando no longo caminho que é preciso percorrer para alcançar a paridade, nas últimas semanas existe uma sólida tendência de crescimento dos preços da manteiga e do queijo no mercando internacional, enquanto tendem para baixo nos Estados Unidos. Na maior parte de 2016, as condições do mercado favoreceram os esforços da Nova Zelândia em diversificar sua produção, saindo do leite em pó integral e indo em direção à manteiga e leite em pó desnatado. Com o declínio na produção de leite, padrões de compra da China, e recuperação do preço do leite em pó, é de se esperar que o leite em pó integral volte a ser mais rentável para a Nova Zelândia, do que o leite em pó desnatado e manteiga. Preços mais competitivos não significam, necessariamente, crescimento das exportações de lácteos, particularmente em relação à manteiga. Mas, a atual subida de preços internacionais não apenas melhora a competitividade norte-americana, ela também indica melhora do mercado global de lácteos. À medida que a temporada no Hemisfério Sul caminha para o pico da estação, é bom estar de olho na produção de leite da Nova Zelândia, em particular, se a recuperação dos preços das commodities foi suficiente para que a produção reaja, mantendo o  mercado equilibrado. Mesmo que o USDEC tenha projetado a recuperação dos preços internacionais dos lácteos, os ganhos recentes foram maiores e mais rápidos do que a expectativa, e deve-se manter em destaque que a volatilidade é inerente aos mercados de hoje. (Usdec - Tradução livre: Terra Viva)

 

Governo do Vietnã vai vender participação de 9% na Vinamilk
O governo do Vietnã vai vender neste ano uma participação de 9% na maior companhia de lácteos do país, a Vinamilk, em um negócio que pode chegar a pelo menos US$ 810 milhões. A estatal State Capital Investment Corp. (SCIC) tem participação de 44,7% na Vinamilk, formalmente conhecida como Vietnam Dairy Products. Segundo o presidente do conselho da SCIC, Nguyen Duc Chi, a capitalização de mercado da companhia supera os US$ 9 bilhões. O Vietnã está acelerando o processo de privatização de ativos estatais, diante do aumento da dívida pública. O país também está tentando reduzir o envolvimento do governo em atividades de negócios. Chi disse que a SCIC está considerando a possibilidade de vender a participação através de uma colocação privada e que espera obter um preço superior ao de mercado. Ele disse ainda que a companhia poderá vender participações adicionais na Vinamilk no futuro. (Informações são do Dow Jones Newswires, publicadas no jornal O Estado de São Paulo)
 

 

Porto Alegre, 26 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.358

 

   Laticínios preparam comitiva a Brasília
 
Laticínios gaúchos irão a Brasília no início de outubro para reunião com lideranças do governo federal com o intuito de limitar as importações de lácteos do Uruguai. A decisão foi tomada em reunião nesta segunda-feira (26/9), na sede do Sindilat, em Porto Alegre. O pedido, que vem sendo encaminhado nos últimos meses, é visto pelo setor como estratégico para regular o mercado brasileiro, onde os preços do leite entram em declínio em função do aumento da oferta. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a estratégia é estabelecer uma espécie de gatilho que libere a importação apenas em alguns momentos do ano.  "Precisamos dessa ferramenta para manter a viabilidade das indústrias e do produtor", salientou, lembrando que a deliberação tem apoio do Conseleite. A comitiva pretende se reunir com representantes do Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores. 

No encontro de  laticínios, as indústrias ainda debateram as propostas a serem remetidas ao Agro+ Gaúcho de forma desburocratizar o setor lácteo no Rio Grande do Sul. As empresas montaram grupo de trabalho para debater a questão e compilar até o dia 3 de outubro os apontamentos do segmento. Na reunião, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, ainda fez um relato sobre as potencialidades de mercado verificadas durante viagem ao Oriente realizada neste mês com a comitiva do governo brasileiro. Ele detalhou as ações e visitas realizadas a redes varejistas na Coreia do Sul, Tailândia, Hong Kong e China. Entre as peculiaridades apontadas está a preferência e a consequente valorização dos lácteos importados. "Mesmo sendo mais baratos, os lácteos produzidos localmente não têm tanta demanda", citou. 

Também foi tratada da programação do Avisulat 2016, evento que será realizado de 23 a 24 de novembro, em Porto Alegre. Além da agenda técnica voltada aos laticínios e aos produtores no dia 24/11, foi apresentado projeto para um simpósio para nutricionistas no dia 23/11. A pretensão é provocar o debate sobre questões técnicas relacionadas ao consumo de lácteos de forma a orientar os consumidores. Na agenda do Sindilat também está a próxima edição do Fórum Itinerante do Leite, que será realizado no dia 24 de outubro, em Santa Maria. Na reunião, Palharini convidou os dirigentes das empresas presentes a participarem do debate, que busca coletar informações importantes para o setor. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Carolina Jardine
 
 
 
Francesa Lactalis deverá ampliar unidades gaúchas

A francesa Lactalis deve confirmar nas próximas semanas o investimento de R$ 120 milhões na ampliação de quatro unidades no Rio Grande do Sul: Teutônia, Santa Rosa, Ijuí e Três de Maio. A operação, que dependia de incentivos tributários negociados com o governo estadual, está praticamente confirmada. O anúncio oficial deve ser feito durante missão do governo gaúcho à Europa, no mês de outubro.

- A empresa está finalizando o planejamento interno para concretizar o investimento - adianta Guilherme Portella, diretor de relações institucionais e assuntos regulatórios da Lactalis do Brasil.

Dona das marcas Elegê, Batavo, Parmalat, Santa Rosa e Galbani, a multinacional quer aumentar a fabricação de requeijão, queijo prato e mussarela e também da marca global President - queijo artesanal que deu origem à empresa francesa ainda na década de 1930.

O investimento no Rio Grande do Sul, explica Portella, é estratégico. Dos tambos gaúchos, a empresa capta de 900 milhões a 1 bilhão de litros por ano - cerca de 60% do leite industrializado em 17 unidades em nove Estados do país.

A francesa entrou no mercado gaúcho em 2013, quando comprou ativos de lácteos da BRF e fábricas da LBR. Hoje possui cinco unidades industriais e um centro de distribuição, em Fazenda Vilanova.

Outro investimento no setor lácteo é da Cooperativa Santa Clara, que irá instalar uma nova unidade em Casca, no Norte do Estado. A cooperativa começará as obras físicas neste ano. O investimento será de R$ 110 milhões. Quando operar a pleno, a fábrica poderá processar 600 mil litros por dia - dobrando a capacidade atual.

- A Região Sul já responde por 34% da produção nacional de leite, com oportunidades de crescimento de mercado - afirma Alexandre Guerra, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat). (Zero Hora)

Nota técnica prevista para os próximos dias

Alvo de controvérsia entre governo do Estado, indústria e varejo, o fatiamento e fracionamento de produtos de origem animal (cárneos e lácteos) deve ganhar novos capítulos. Nos próximos dias, será divulgada uma nota técnica da Secretaria Estadual da Saúde, elaborada para uniformizar os procedimentos que vão ser adotados pela Vigilância Sanitária na fiscalização do varejo. Nesta segunda-feira, a Secretaria da Agricultura avalia se também edita uma nota técnica, já que é encarregada de fiscalizar a atividade industrial. Um dos pontos em discussão é que uma lei federal e um decreto estadual limitam a manipulação de alimentos em estabelecimentos comerciais porque dizem que essa seria uma atividade industrial. No entanto, entidades do setor lácteo e de carnes entendem que o fatiamento de produto perecível, sem modificar suas características, não configura atividade industrial, e portanto poderia ser realizado dentro dos mercados, desde que em condições adequadas.

A coordenadora do Centro de Apoio de Defesa do Consumidor do Ministério Público, Caroline Vaz, lembra que as dúvidas sobre a interpretação das leis surgiram durante operações realizadas no último verão pelo MP, Polícia Civil, Vigilância Sanitária e Secretaria da Agricultura. "Queremos que as secretarias da Saúde e da Agricultura façam notas técnicas para esclarecer a legislação vigente. Quando o trabalho estiver pronto vamos divulgar entre todos os fiscais do Estado e municípios", diz. O secretário da Agricultura, Ernani Polo, não confirma se a pasta publicará uma nota técnica. "Sabemos que a legislação está desatualizada e estamos construindo uma solução junto aos setores e com a Saúde", resume. Enquanto isso, entidades aguardam o desenrolar da questão. O diretor-executivo do Sips/ RS, Rogério Kerber, diz que as entidades querem que um novo texto apresente as condições que os mercados devem seguir para fatiar e expor os produtos. "O que precisamos é de regras claras. As indústrias já estão evoluindo para entregar aos estabelecimentos varejistas os produtos fracionados, mas é um processo gradativo, porque precisa de investimento e de certo tempo", defende. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, hoje a indústria não está preparada para fatiar e fracionar 100% dos produtos. "Tem que ser construída uma solução", diz Guerra. O presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, defende que uma atualização o mais rápido possível para os supermercadistas se adequarem. (Correio do Povo)
 

Workshop ABLV & G100
No próximo dia 20 de outubro será realizado mais um workshop "Sobre Avaliação de Riscos". Desta vez em Juiz de Fora (MG). As duas palestras: "Origem, qualidade da matéria-prima e possíveis adulterações no leite", e "Análises e Metodologias da matéria-prima - leite" fazem parte de palestras que estão sendo realizadas desde 2014 em diversas cidades brasileiras com o intuito de reciclar os trabalhadores das indústrias. Tanto aqueles que lidam na plataforma coletando o leite, como aqueles que orientam os produtores. (Terra Viva)
 

 

Porto Alegre, 23 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.357

 

Anvisa propõe critérios para alerta sobre lactose nos rótulos de alimentos

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) irá colocar em consulta pública duas propostas de mudanças a serem aplicadas nos rótulos dos alimentos e bebidas para que estes passem a informar o consumidor sobre a presença de lactose. A previsão é que, após a consulta, as novas regras sejam aprovadas até o fim deste ano.

A discussão sobre a mudança nos rótulos ocorre após o governo sancionar, em julho, uma lei que obriga que as indústrias de alimentos coloquem um alerta nos produtos sobre a presença de lactose na composição. A justificativa é o aumento no diagnóstico de pessoas com intolerância à lactose. A lei deve entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2017.

Pela proposta inicial da Anvisa, os alimentos devem trazer alertas como "isentos de lactose", "baixo teor de lactose" e "contém lactose". A declaração, no entanto, deve seguir critérios que serão estabelecidos pela agência para cada caso.

Produtos cuja quantidade de lactose for reduzida a valor igual ou menor que 10 mg por 100 g ou 100 ml do alimento, por exemplo, serão considerados isentos de lactose. Deverão, assim, trazer a inscrição de isento ou sinônimos como "zero lactose", "0% lactose", "sem lactose" ou "não contém lactose".

Já os alimentos cujos rótulos deverão trazer a declaração de "baixo teor de lactose" serão aqueles cujo teor deste açúcar foi reduzido a valor igual ou menor que 1g por 100 g ou 100 ml.

Contém lactose 
A Anvisa também irá discutir critérios para rotulagem de alimentos com lactose. Inicialmente, a ideia é que alimentos que tiverem mais de 10 mg de lactose por 100 g ou 100 ml do alimento tragam a inscrição "contém lactose" logo após ou abaixo da lista de ingredientes.

Para especialistas, a nova lei que obriga a informação nos rótulos pode ajudar os consumidores a suprir dúvidas quanto aos produtos que contêm lactose e aqueles que, embora contenham leite, não contêm lactose - casos em que o alimento é tratado com enzima específica, a lactase, ainda no processo de produção. ( Folha de São Paulo)

 
 
Representante da Farsul destaca que preço do leite está fora da realidade

A tradicional lei da oferta e procura, que embasa muitas relações econômicas, influencia diretamente no atual preço do leite. Recentemente, em razão da alta do valor para o agricultor, muitos produtores investiram na produção, o que elevou a quantidade ofertada no mercado. Com mais oferta, agora o preço para o agricultor registra queda, situação também ocasionada pela redução do consumo, já que o valor de venda nos supermercados subiu bastante.

Segunda-feira, durante reunião no Sindicato Rural de Ijuí, o presidente da Comissão do Leite da Farsul, Jorge Rodrigues, disse que o preço do litro do leite na gôndola, que ultrapassou os 4 reais na caixinha longa vida, e o valor pago ao produtor, que recentemente chegou a cerca de 2 reais, estão fora da realidade. A tendência é de redução nesses dois valores. O presidente do Sindicato Rural Patronal de Ijuí, Ércio Eickhoff, ressalta que uma das medidas sugeridas para o produtor não ter tanto prejuízo é a organização de contrato entre agricultores e empresas. (Rádio Progresso de Ijuí)

TUDO PARA VENDER

Ao liderar missão oficial a países asiáticos desde o início do mês, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, não se faz de rogado na arte de vender o Brasil. Na Índia, em roteiro nesta semana, vestiu as roupas típicas dos compradores. Na tentativa de convencer os povos orientais a importar produtos agropecuários brasileiros, Maggi protagoniza a investida do novo governo na expansão do comércio internacional.

Ontem, na Índia, assinou acordo com a empresa de defensivos United Phosphorus Limited (UPL) para a instalação de unidade de produção de agroquímicos no Brasil. O investimento previsto é de R$ 1 bilhão. Ainda não há local definido para a instalação. A UPL é uma das 10 maiores empresas do mundo no segmento de agroquímicos, com 28 fábricas e cinco centros de pesquisa. No Brasil, a companhia indiana tem centro de pesquisas em Campinas (SP) e unidade produtora em Ituverava (SP).

A Índia é o sétimo país visitado por Maggi neste mês. Antes, passou por Malásia, Vietnã, Myanmar, Tailândia, Coreia do Sul e China. Acompanhado de empresários de diferentes setores do agronegócio, o ministro tem firmado acordos comerciais para venda de carne bovina, suína e de frango - além de produtos lácteos. Em vez de buscar especiarias no Oriente, a missão agora é levar os nossos produtos tropicais aos asiáticos. (Zero Hora)

Desafio de startups para o Leite é apresentado na UFPel

Uma competição entre empreendedores na busca pelas melhores inovações tecnológicas para o setor lácteo. Isso é o que pretende o Ideas for Milk, desafio que foi lançado na semana passada, no dia 15, em Pelotas, na UFPel. O objetivo é estimular o desenvolvimento de soluções web, mobile ou em hardware relacionadas à cadeia produtiva do leite, abrangendo desde a oferta de insumos para a fazenda até os produtos lácteos na gôndola dos mercados.

Mais de 70 pessoas participaram do lançamento, de diversas áreas, como Administração, Zootecnia, Veterinária, Agronomia, Tecnologia da Informação e Design. O público foi formado por estudantes e professores dos cursos.

Aspectos como a importância da inovação, a parceria entre instituições, como a existente entre a UFPel e a Embrapa, e o trabalho conjunto de diferentes áreas e visões foram destacados nas falas de abertura do encontro. Manifestaram-se a vice-reitora da UFPel, Denise Gigante, o diretor da Faculdade de Veterinária, Gilberto Vargas, o coordenador de Inovação Tecnológica da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Rafael Lund, e a apresentadora do projeto, pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora, Minas Gerais, Rosângela Zoccal, que propôs as atividades desenvolvidas na reunião e apresentou números relativos à cadeia do leite no Brasil.

Os participantes do lançamento em Pelotas tiveram a oportunidade de entender o "Desafio Ideas for milk" e também conhecer um pouco mais o mercado do leite com a apresentação sobre as "Oportunidades da cadeia do leite para startups". Em seguida foi feita uma "Experiência de Ideação e Networking" com uma dinâmica de grupo.

A proposta é reunir profissionais do mundo do leite e do mundo das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) para que se aproximem e criem oportunidades de desenvolver negócios em conjunto. O público alvo do evento é formado por empreendedores, estudantes, professores, pesquisadores e outros profissionais interessados no universo das startups.

Segundo o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, "Ainda não encontramos em profusão soluções em softwares, aplicativos e hardwares que auxiliem nas atividades produtivas e que viabilizem precisão nas tomadas de decisões". Sobre o mercado de IoT (Internet das Coisas, da sigla em inglês), que tem como exemplos sensores e chips, ele comenta: "o agronegócio do leite brasileiro ainda não participa da quarta revolução industrial, a da Internet das Coisas".

Desafio nacional - O Ideas for Milk será composto de três etapas. A primeira é a seleção das cinco melhores ideias inscritas em cada sede onde haverá uma Final Local. Serão oito Finais Locais e o ganhador de cada uma delas vai para a Final Nacional, que será realizada no dia 14 de dezembro, em Brasília.

Antes, porém, estão sendo realizados eventos de apresentação do Ideias for Milk em dez instituições de ensino localizadas nas cidades sedes das Finais Locais: Juiz de Fora, Lavras, Viçosa, Belo Horizonte, Porto Alegre, Campinas, São Carlos e Piracicaba.

Startup - O conceito de startup é definido pelo mercado como companhias e empresas jovens, que buscam explorar atividades inovadoras. São empreendimentos recém-criados, que primam pela inovação tecnológica em qualquer área ou ramo de atividade e buscam um modelo de negócio que atraia grande número de clientes e gere lucros em pouco tempo. Empresas como Google, Facebook, Uber e WhatsApp são exemplos de startups que alcançaram êxito mundial.

Aceleradoras, incubadoras e investidores-anjo que acreditem no modelo de negócio fazem parte de um ecossistema que impulsiona as startups na caminhada pelo sucesso. Martins explica que o Ideas for Milk irá proporcionar uma interface entre os empreendedores e quem pode ajudá-los a crescer, com ganhos para o agronegócio do leite. As inscrições para o Ideas for Milk devem ser realizadas no site www.ideasformilk.com.br , até 12 de outubro. Outras informações podem ser obtidas no próprio site e também na fanpage do Facebook https://www.facebook.com/IdeasforMilk/ . (UFPEL)

Rio Grande do Sul buscará investimentos na Europa

O governo do Estado prepara uma missão à Europa entre 16 e 21 de outubro para atrair investimentos ao Rio Grande do Sul. Em exposição prévia da viagem à imprensa ontem, o secretário estadual do Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, adiantou que destacará vantagens como a posição geográfica gaúcha e as condições econômicas favoráveis para investir no Brasil está mais barato, por fatores que vão do câmbio ao desaquecimento da economia. Branco não quis garantir que algum negócio será fechado durante o roteiro, que conta com Alemanha, França e Itália, mas a agenda prevista inclui compromissos promissores, como reuniões em Paris do governador José Ivo Sartori com o presidente mundial do Grupo Lactalis, Daniel Jaouen, sobre o plano de investimentos da empresa; e com o presidente mundial do Grupo Carrefour, Georges Plassat, sobre novos projetos no Rio Grande do Sul. Na Alemanha, a missão propõe a integração de segmentos industriais gaúchos em cadeias globais de valor, através da associação com empresas. 

O exemplo destacado é o Cluster de Tecnologia em Saúde para o Rio Grande do Sul, projeto já em andamento. Será a terceira internacionalização do Medical Valley alemão, que já tem iniciativas na China e nos Estados Unidos. O roteiro, aliás, será aberto em solo germânico, no 34º Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), que reunirá empresários em Weimar. A Fiergs lidera a comitiva gaúcha. O governo do Estado terá um estande e vai fazer um chamamento para a próxima edição, que acontecerá em Porto Alegre, de 12 a 14 de novembro de 2017. A expectativa é trazer 500 empresários alemães no ano que vem. A Braskem também estará presente e auxiliará o Palácio Piratini a fazer contatos com empresas da cadeia do plástico. "Temos aqui o Polo Petroquímico de Triunfo, que poderia ser melhor aproveitado para a economia do Estado. Queremos adensar a cadeia do plástico", informou Branco. 

Além de encontros pontuais e participação em feiras - também está prevista uma representação na Sial, de alimentos e bebidas, em Paris, que inclui uma agenda com produtores rurais sobre certificações internacionais de qualidade no setor de laticínios -, a missão promoverá encontros com empresários para apresentar o Rio Grande do Sul a investidores. É o caso de uma apresentação na Câmara de Comércio Brasil-França para 30 convidados, em que serão apresentadas possibilidades de aportes em infraestrutura, base tecnológica e agronegócio. Outra agenda do gênero "oportunidades para investir" terá 40 convidados e acontecerá em Veneza (Itália), onde se encerra o roteiro. Também está previsto encontro na Itália do Arranjo Produtivo Local (APL) Polo de Moda, da serra gaúcha. A agenda ainda não está fechada, porque o governo do Estado ainda está recebendo demandas de encontros por parte de embaixadas, consulados e empresários. Também é possível uma extensão da viagem à China. Além de Sartori e Branco, a missão terá a presença do secretário da Agricultura, Ernani Polo, e do secretário-geral de Governo, Carlos Búrigo. (Jornal do Comércio) 

 

Brasil fecha 651.288 vagas até agosto, pior resultado desde 2002
BRASÍLIA ¬ O mercado de trabalho brasileiro registrou em agosto deste ano o fechamento de 33.953 vagas com carteira assinada. No mesmo mês de 2015, foi contabilizada demissão líquida de 86.543. Em julho, as demissões somaram 91.032. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e estão sem ajuste -- não consideram as informações entregues pelas empresas fora do prazo. Em agosto, foram registradas 1,253 milhão de admissões ante 1,287 milhão de desligamentos. No acumulado do ano, foram fechados 651.288 postos de trabalho, o pior resultado desde 2002. Em 12 meses, são 1,656 milhão de vagas perdidas. Setores O setor que liderou as demissões em agosto foi o da construção civil (22.113), seguido por agricultura (15.436) e serviços (3.014). Por outro lado, a indústria da transformação teve 6.294 contratações líquidas. Já o comércio fechou agosto com 888 admissões líquidas. (Valor Econômico)
 

 

Porto Alegre, 22 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.356

 

Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 22 de setembro de 2016, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de agosto de 2016 e a projeção dos preços de referência para o mês de setembro de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)

   

 
 
 
Missão à Ásia mostra que segurança sanitária do Brasil é uma das melhores do mundo

A missão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) à Ásia mostra aos países visitados a alta qualidade dos produtos brasileiros. Além disso, serve para comprovar que a segurança sanitária do Brasil é uma das melhores do mundo. A avaliação é do secretário de Defesa Agropecuária, Luís Eduardo Pacifici Rangel, um dos integrantes da comitiva do Mapa em missão oficial a sete países do continente.

Para Rangel, a visita do ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) com os secretários à Ásia deixa claro que, do ponto de vista técnico, o Brasil não deve nada a nenhum país em relação à segurança sanitária e à qualidade dos seus produtos agropecuários. "O reconhecimento do status sanitário do Brasil é grande e ninguém questiona os produtos brasileiros. "

Rangel destacou que, nas negociações internacionais, os problemas de ordem sanitária dificilmente são impeditivos. "Algumas dificuldades existentes são questões protocolares que precisam ser ajustadas. A gente atribui isso à questão de comunicação, mas que está sendo bem gerenciada tanto pela nossa Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio quanto pelo Itamaraty". 

O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa disse que houve avanço nas pautas envolvendo todos os setores. "A visita à Malásia, por exemplo, foi um grande sucesso. É um país muito resistente, mas sinalizou positivamente as nossas demandas. Tivemos uma série de avanços nas questões sanitárias, com a Malásia reconhecendo o nosso trabalho recente. " As contrapartidas apresentadas ao Brasil são viáveis de serem atendidas, garantiu Rangel, acrescentando que o Mapa fará o acompanhamento das prioridades apresentadas pelos países visitados.

"O grande resultado dessa missão é a possibilidade de dar um combustível de alto rendimento às embaixadas brasileiras nesses países, para que possam fazer um trabalho ainda melhor do que vinham fazendo", observou Rangel. (MAPA)

Sindilat debate exportações em evento em Teutônia 

A expansão das exportações de lácteos brasileiros é apontada como medida eficaz para a estabilização do mercado interno. A posição foi defendida pelo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, durante o painel "Qualidade do leite, cenário e ações governamentais", no 10º Fórum Tecnológico do Leite, no Colégio Teutônia, em Teutônia, na noite desta quarta-feira (21\09).

O dirigente ainda salientou a necessidade de monitorar a entrada de leite de outros países do Prata de forma a evitar a super oferta de leite no mercado brasileiro. O Sindilat está negociando junto ao Ministério da Agricultura a adoção de cotas de importação do Uruguai. Durante o evento, Guerra esteve acompanhado por representantes do Senar, Emater, Fetag e SDR, e ainda pontuou a importância dos tambos gaúchos ampliarem a produtividade por animal e de manter investimentos constantes na sanidade do rebanho. Durante o 10º Fórum Tecnológico do Leite, a produção foi debatida com produtores rurais, estudantes da escola técnica e autoridades ligadas ao setor lácteo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Fonterra abre nova fazenda leiteira na China com capacidade para 30.000 vacas

A cooperativa neozelandesa, Fonterra, abriu recentemente um novo centro de produção leiteira capaz de produzir 30.000 vacas, em Ying County, leste da China. Quanto estiver totalmente operacional, o centro terá 30.000 vacas, das quais 16.000 estarão em ordenha, disse o ministro de Segurança Alimentar da Nova Zelândia, Jo Goodhew.

"Nas três fazendas do centro, quase 400 pessoas locais foram empregadas e cerca de 85% dos alimentos animais são fornecidos localmente. Todo esse trabalho representa uma oportunidade massiva de impulsionar a economia local e permitir resultados em desenvolvimento social importantes". A abertura do centro impulsionará a capacidade total e a economia local.

Como resultado do programa de treinamento de produtores da Fonterra, em colaboração com o governo chinês e com a indústria rural, mais de 1000 produtores locais foram treinados em áreas como gestão de agricultura moderna de escala, cria de gados e controle de doenças. No começo desse ano, no anúncio de seus resultados temporários, a Fonterra disse que seu objetivo era produzir um bilhão de litros por ano na China até 2018. A cooperativa disse que atualmente tem duas fazendas leiteiras na Província de Hebei, perto de Pequim, e outras três em desenvolvimento, o que levou a cooperativa a dizer que está no caminho certo. 

A cooperativa construiu sua primeira fazenda na China, Tangshan Fonterra Farm, em 2007 como piloto, para ver se produziria leite com padrão neozelandês, localmente. Desde então, o rebanho dobrou em tamanho e a produção média por vaca aumentou 30%. Hoje, a fazenda está produzindo cerca de 28 milhões de litros de leite de alta qualidade todo ano.

O plano é que, quando estiverem completas, essas fazendas ordenhem e produzam 150 milhões de litros de leite fresco por ano, bem próximo de Pequim. A Fonterra quer ter 1 bilhão de litros de leite vindo das fazendas até o final de 2018.

Os rebanhos da Fonterra na China são instalados em currais e ordenhados três vezes ao dia, com uma produção média por vaca de 34 litros de leite por dia. O consumo chinês deverá dobrar nos próximos oito anos e a cooperativa pretende estar em posição para suprir essa demanda. (Informações são do Agriland, traduzidas pela Equipe MilkPoint) 

 
 
EM SINAL, NOTA FISCAL ELETRÔNICA É ADIADA

Prevista para começar a valer em 1º de outubro, a adesão dos produtores rurais à Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) foi postergada pela segunda vez neste ano no Rio Grande do Sul. Para agricultores com CNPJ, empresas e agroindústrias, o novo prazo será 1º de dezembro. Aos produtores com CPF, que hoje usam o talão do produtor, a exigência passará a valer a partir de 31 de março de 2017.

A prorrogação foi confirmada ontem pela Secretaria Estadual da Fazenda, após reunião com entidades do setor - que pressionavam pela medida. O prazo maior beneficiará principalmente agricultores familiares e integrados da fumicultura e da criação de aves e suínos - que demonstram maior dificuldade em cumprir a exigência. O impeditivo é a ausência de sinal de internet no meio rural.

- Se nada for feito para ampliar a cobertura, daqui seis meses os produtores continuarão sem condições de aderir ao sistema - alerta Carlos Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag).

Em fevereiro deste ano, o governo estadual já havia prorrogado o prazo, pelo mesmo motivo. Além da deficiência de sinal de internet, a Fetag questiona a exigência da certificação digital.

- O sistema deve ser mais simples, que facilite a adesão - argumenta Silva.

Um dos proponentes do encontro das entidades com a Secretaria da Fazenda, o deputado Elton Weber (PSB) defende que a adesão seja facultativa até que os obstáculos sejam derrubados. Com implantação gradual prevista até 2019, o novo sistema deverá estar totalmente em operação na produção agrícola até lá - quando a emissão passará a ser exigida em todas operações efetuadas por agricultores, independentemente do tamanho da propriedade.

- Não somos contrários à nota fiscal eletrônica, pelo contrário. O que queremos é ter condições de aplicá-la no meio rural. E hoje não temos nenhuma segurança da ampliação desse serviço - avalia Carlos Sperotto, presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul).

Vale lembrar que operadoras de telefonia firmaram termos de ajustamento de conduta com o Ministério Público para ampliar a cobertura no meio rural. (Zero Hora)

 

O Produto Interno Bruto do agronegócio brasileiro cresceu 0,62% em junho, acumulando alta de 2,45% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2015, conforme estimativa da CNA e do Cepea/USP. (Zero Hora)
 

 

Porto Alegre, 21 de setembro de 2016.                                               Ano 10- N° 2.355

 

  Alexandre Guerra assume o Conseleite
O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, assumiu a presidência do Conseleite/RS em substituição ao diretor da Farsul Jorge Rodrigues, que agora responde pela vice-presidência. A transmissão do cargo, que já estava prevista desde a eleição em 2014, foi realizada em almoço na sede da Farsul nesta quarta-feira (21/9). Segundo ele, a expectativa é manter o trabalho que vem sendo realizado junto ao colegiado com o objetivo de dar ao setor subsídios para entender as dinâmicas de produção láctea do Rio Grande do Sul. Ao assumir, relatou as dificuldades enfrentadas pelo setor com as altas importações de lácteos dos países do Prata. 

No encontro desta quarta-feira, o Conseleite deliberou por adotar ações junto ao governo federal para solicitar redução das importações de lácteos e pela abertura de linhas para aquisições governamentais de leite em pó que ajudem a reequilibrar o mercado. Guerra ainda relatou trabalho realizado durante a Expointer, quando o Sindilat apresentou ao ministro Blairo Maggi argumentação sobre a necessidade de criação de cotas para limitar o ingresso de leite uruguaio no Brasil. "A pauta foi encaminhada e estamos em contato como o ministro Blairo Maggi para ajustar esse mercado", pontuou.
 
Queda do preço

No encontro, a equipe da UPF apresentou levantamento referente ao preço de referência do leite no mês setembro. Segundo dados do Conseleite, a projeção é de R$ 1,0054 por litro, queda de 14,29% em relação ao consolidado do mês anterior (R$ 1,1731 em agosto). Entre julho e setembro, a redução do preço do leite soma 23,85%. "No mês, o leite UHT caiu 22,45%, o que puxou a tendência de queda do preço do leite no Rio Grande do Sul uma vez que tem peso importante no mix de produtos", pontuou o professor da UPF Eduardo Belisário Finamore.  

Guerra pontua que os dados de setembro refletem a retomada da produção no campo, já que, após meses de baixa captação, os animais voltaram a produzir a pleno no Rio Grande do Sul. O vice-presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, pontuou que há algumas questões que precisam ser olhadas mais de perto no setor. "A situação é muito crítica porque estamos com preço muito abaixo do que deveria. É verdade que há mais oferta no mercado, mas o produtor está em uma apreensão grande". Segundo ele, a dúvida é "quem vai resistir nesse mercado." Presente ao encontro, o assessor de Política Agrícola da Fetag, Márcio Langer, alegou que produtores investiram em adubação e ração para elevar a produção nos últimos meses e essa queda de preço será um balde de água fria no campo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
    
Alexandre Guerra
Crédito: Carolina Jardine
 
 
 
 
Sindilat investe em mercados do Oriente
Consciente que a maior estabilidade no mercado interno depende de expansão das exportações, o setor lácteo gaúcho participa neste mês de missão à Ásia. A comitiva, organizada pelo Ministério da Agricultura, conta com o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini. A proposta é enxergar potencialidades, sejam elas em gigantes como China, sejam em nações menores, mas promissoras, como Coreia do Sul, Vietnã, Myanmar e Tailândia.

- É um mercado estratégico e que deve contribuir para escoar uma boa parcela do excedente de leite do mercado brasileiro - destaca o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

Uma das grandes oportunidades da indústria láctea é Hong Kong, região considerada a porta de acesso ao mercado asiático. Mais flexível e sensível às investidas brasileiras do que outros países, o varejo de Hong Kong é potencial consumidor de queijos e fórmulas infantis brasileiras.

- Mesmo que o leite não faça parte da dieta diária, é um desafio interessante quando nos defrontamos com 3,5 bilhões de pessoas - pontua Palharini, lembrando que o principal motivo para esse consumo retraído é o preço que os derivados chegam ao consumidor final. Basta ir ao supermercado para ver as potencialidades, explica o secretário-executivo do sindicato.

As lojas estão concentradas em três redes supermercadistas e chama atenção a quantidade de itens importados. Hong Kong consome produtos vindos basicamente de Nova Zelândia, França, EUA e Suíça, mas não dispõem de produtos como queijo lanche e mussarela com preços competitivos. O que se vê nas gôndolas são queijos mais sofisticados e caros, conta o executivo, indicando um novo e potencial nicho a ser explorado. É preciso estudar o custo, a logística e as quantidades mínimas que podem ser enviadas para Hong Kong.

Com relação às fórmulas infantis, a oportunidade está nos altos preços dos rótulos. Além da aquisição estar limitada a quatro latas de 800g por consumidor, o preço é de US$ 32, ou seja, cerca de R$ 100. No Brasil, o valor médio do produto ficaria em R$ 36, praticamente um terço do praticado em Hong Kong. (Zero Hora)

 
 
Agro+ Gaúcho recebe sugestões de setores produtivos

O programa Agro+Gaúcho recebe, até o dia 3 de outubro, sugestões de diferentes setores do agronegócio gaúcho para desburocratização dos processos no Rio Grande do Sul. A proposta, capitaneada pelo secretário da Agricultura, Ernani Polo, foi apresentada na manhã desta quarta-feira (21/9) em reunião com líderes de diversas cadeias produtivas. O Sindilat estava presente e foi representado pelo seu diretor secretário, Renato Kreimeier, e pelo secretário-executivo, Darlan Palharini. Kreimeier parabenizou Polo pela iniciativa que, segundo ele, está em consonância com o lugar de destaque que o agronegócio gaúcho conquistou.

As equipes da Seapi já estão trabalhando para compilar algumas sugestões internas de desburocratização. Um grupo técnico foi formado para o enfrentamento das questões e conta com o expertise dos servidores Ildara Vargas, Fernando Groff e Rafael Lima. A ideia é que a atuação desse colegiado seja permanente para eliminar distorções e entraves que limitem a expansão do setor. Após o recebimento dos formulários das entidades, serão avaliadas as solicitações com vista a dar o start no programa no dia 23 de novembro com boa parte das demandas viáveis já implementadas. "O governo federal recebeu 300 demandas e 60 já foram anunciadas no próprio lançamento do projeto", citou Polo, referindo-se ao programa homônimo implementado pelo ministro Blairo Maggi.

Segundo Polo, o programa gaúcho será implementado em três fases. A primeira visa implementar as medidas de resolução imediata e a segunda e a terceira ocorrerão em 60 e 120 dias, respectivamente. "Há muitas questões técnicas e setores sensíveis. Vamos fazer o máximo de esforço possível para que a legislação fique mais simples", salientou o secretário. As demandas que não forem de competência da Seapi serão redirecionadas para o governo federal, conforme acerto feito em recente viagem das equipes a Brasília.  "O setor se transformou muito nos últimos anos. Precisamos contar com a colaboração de todos porque precisamos avançar, e o Estado precisa crescer". 

Líderes do agronegócio solicitaram um novo encontro para que cada segmento possa expor suas demandas oralmente. A Seapi ficou de avaliar o pleito e agendar, assim que possível, uma data para a nova reunião. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Crédito: Carolina Jardine
 

 
 
Preço médio de lácteos registra pequena alta em leilão internacional
Depois de ter subido mais de 34% em quatro leilões, o leite em pó integral registrou leve queda no pregão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) realizado ontem (20). O preço do produto, que havia alcançado US$ 2.793 por tonelada no pregão do dia 6 de setembro caiu 0,2%, para US$ 2.782, conforme dados publicados pela plataforma GDT. O leite em pó desnatado subiu 3%, para US$ 2.293 por tonelada, e a manteiga, 3,6%, para US$ 3.892 por tonelada. Na média de todos os produtos lácteos negociados no leilão, que acontece quinzenalmente, a alta foi de 1,7% sobre o pregão anterior, para US$ 2.795. Os preços dos produtos negociados na plataforma são referência para o mercado internacional de lácteos.

O comportamento dos preços do leite em pó integral no leilão confirma o que vem dizendo os analistas. Apesar das altas expressivas registradas recentemente não é possível dizer se a recuperação terá fôlego ou se a valorização é pontual. A avaliação é de que existe um ajuste no lado da oferta. Entre as principais razões está a queda na produção de leite na União Europeia após um crescimento ininterrupto entre abril de 2015 e maio deste ano. Esse incremento foi estimulado pelo fim do sistema de cotas de produção na UE. Há ainda redução na oferta de leite da Argentina em decorrência de problemas climáticos e da alta dos custos devido ao aumento dos preços dos grãos para a alimentação do rebanho. Informações de que a China estaria voltando ao mercado de lácteos para comprar também deram sustentação aos preços até o leilão passado. Não, há, porém, números mais recentes disponíveis. Entre janeiro e julho, as importações de leite em pó (integral e desnatado) do país somaram 446 mil toneladas, 15,6% sobre igual período de 2015, conforme dados da aduana do país citados pela consultoria MilkPoint. Valter Galan, analista da consultoria, observa que o ritmo de avanço no acumulado do ano desacelerou. Há ainda comentários no mercado sobre queda de produção de leite na China, reflexo de preços baixos, menor demanda e problemas climáticos. (As informações são do jornal Valor Econômico e GDT)

 
 

Inflação emagrecida
O recuo nos preços dos alimentos foi decisivo para a desaceleração da inflação na Capital na segunda semana de setembro, pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), apurado pela Fundação Getulio Vargas. A variação da taxa foi de 0,28%, ante 0,44% no início do mês. Os alimentos (-0,14%) foram a classe de despesa com maior queda, puxados por batata inglesa (-20,49%), leite longa vida (-5,69%), carne moída (-4,41%), cebola (-26,86%) e queijo muçarela (-7,31%). (Zero Hora)


Compartilhe nas redes sociais

 

Descadastre-se caso não queira receber mais e-mails.

Porto Alegre, 19 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.354

 

Estado quer dobrar adesões ao Susaf e Sisbi-Poa em 2016

O Rio Grande do Sul quer dobrar o número de municípios registrados no Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar (Susaf) e a quantidade de empresas aderidas ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sibi-Poa) até o fim do ano. No Susaf, são 17 cidades registradas até o momento, mas a intenção mais otimista é saltar para 35. Enquanto isso, os estabelecimentos com registro no Sisbi-Poa devem saltar de 16 para 30, segundo a Secretaria Estadual da Agricultura Pecuária e Irrigação (Seapi). Como possui o Sisbi-POA, o Rio Grande do Sul está apto a indicar empresas cadastradas no seu sistema estadual para obter a licença federal, o que tem facilitado novos registros, segundo o fiscal da Superintendência Federal da Agricultura, Márcio Tondero. Recentemente, por exemplo, a cooperativa Santa Clara foi indicada e sua documentação está prestes a ser enviada para o Ministério da Agricultura (Mapa), concluindo o licenciamento. "Se atende às exigências de boas práticas e está vinculado ao sistema estadual, pode ser feita indicação direta. 

A auditoria do Mapa atesta a equivalência", detalha Tondero. Os outros estados com reconhecimento federal são Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Bahia e o Distrito Federal. Mais 12, como São Paulo e Mato Grosso, estão em processo de adesão junto ao Ministério da Agricultura. Além disso, três consórcios de cidades conquistaram o reconhecimento: o Consórcio Público de Desenvolvimento do Vale do Ivinhema (Codevale), no Mato Grosso do Sul; Consórcio Intermunicipal do Oeste de Santa Catarina (Cidema); e o Consad, reunindo prefeituras dos três estados da região Sul. Em nível municipal, são nove gaúchos registrados até o momento: Glorinha, Alegrete, Rosário do Sul, Santana do Livramento, Erechim, Santa Cruz do Sul, Marau, Miraguaí e São Pedro do Butiá. Em outros Estados, Chapecó (SC), Cascavel (PR), Ibiúna (SP), Itu (SP) e Uberlândia (MG) têm o mesmo status. 

De acordo com o chefe substituto da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Seapi, Vilar Ricardo Gewehr, as adesões de cidades ao Sisbi-Poa caminham em um ritmo mais lento do que para as empresas, pois a maior parte dos municípios tem optado pelo Susaf. "Se o município pedir Susaf, é permitido comprar matéria-prima de qualquer abatedouro com inspeção estadual, que são a maioria. Se pedir Sisbi, tem que comprar de alguém com Sistema de Inspeção Federal (SIF). Como no Estado são muitas fábricas de embutidos que precisam comprar de frigoríficos estaduais, o Susaf acaba sendo mais favorá- vel", explica Gewehr. A expansão da abrangência do Susaf é uma demanda constante de entidades ligadas à agricultura familiar por abrir mercados às agroindústrias, que, na maioria das vezes, podem vender apenas nos limites da cidade. (Jornal do Comércio) 

 
 
Santa Clara investirá em nova planta frigorífica após obter o reconhecimento
Uma das indicações da Secretaria da Agricultura foi a Santa Clara, que está em processo final para obter o Sisbi-Poa para sua unidade de frigoríficos, uma vez que os lacticínios já chegam a outros estados. Conforme o diretor administrativo e financeiro, Alexandre Guerra, apesar de a cooperativa ter todos os planos de qualidade permitindo a adesão, foram praticamente dois anos de trabalho aparando arestas pelo reconhecimento. Com isso, entra nos planos a construção de uma nova planta em uma área adquirida na cidade de Tapera. "Essa questão estava nos planejamentos estratégico e de qualidade da Santa Clara há algum tempo. Foi uma oportunidade que aproveitamos, pois nos permite vender produtos industrializados de maior valor agregado para outros destinos", explica Guerra. 

A habilitação foi possível com algumas alterações nos planos de controle de qualidade do processo produtivo. "Estamos encaminhando as mudanças necessárias nas embalagens e, em seguida, basta seguir fazendo aquilo que já fazíamos", completa. O objetivo é levar mais de 130 produtos para todas as regiões do Brasil, começando, gradativamente, por Santa Catarina e Paraná. De acordo com Guerra, a expansão ajuda a consolidar a marca e se valerá da estrutura de representação comercial existente de itens lácteos, facilitando a logística. Outros estados entram na mira da Santa Clara após o aumento da capacidade de produção com a entrada em operação do novo frigorífico. Os primeiros embarques devem começar em 60 dias, assim que for finalizado o processo de registro de embalagens e rótulos. (Jornal do Comécio)

QUEIJOS DO SUL: UM MUNDO DE SABORES E DE CULTURAS SENDO DESVENDADO

Antes tarde do que nunca, os queijos típicos nacionais parecem ter encontrado seu espaço na última década. Em plena ascensão, o mercado gastronômico brasileiro pode ser apontado como importante fio condutor neste processo. As tendências de valoriza- ção dos alimentos regionais e artesanais pela "alta gastronomia" têm aberto portas para os queijos brasileiros. Um exemplo, foi o segundo lugar conquistado pelo queijo Canastra em um dos principais concursos de queijos do mundo, o Mondial du Fromage de Tours de 2015, na França, em uma categoria em que concorreram mais de 600 tipos de queijos. E no Rio Grande do Sul? Aqui temos um universo incrível a ser trabalhado. O queijo Serrano que já está em processo de indicação geográfica tem sido uma experiência muito positiva para a região Sul, tanto para a qualificação da sua produção, quanto para o desenvolvimento regional. Também no sul do país, temos o popular e tradicional queijo Colonial, mas que cada vez mais padece d e descaracterização e com isso tem perdido sua identidade histórica. Para reverter essa situação, a Seapi em parceria com outras entidades e instituições está há um ano trabalhando para caracterizar o queijo Colonial e regulamentar sua produção. Ou melhor, dos queijos coloniais, já que provavelmente a identificação de características regionais e sensoriais específicas será evidenciada na radiografia que está sendo realizada em todo Estado. 

A França possui mais de 1.000 variedades de queijo, então não é descabido dizer que podemos ao menos tentar identificar aspectos socioculturais e terroirs locais de ao menos meia dúzia de queijos no Estado em médio prazo. Neste contexto é importante elucidar que muito além de apenas estabelecer critérios para a produção de um derivado lácteo local, a valorização dos queijos regionais é um importante indutor para a economia e turismo local, além de alternativa de renda e de permanência na propriedade rural, principalmente em regiões distantes de polos industriais. 

Lembrando sempre que sanidade e higiene são indissociáveis para produção de alimentos seguros, e nas queijarias isso não pode ser diferente. Todo potencial dos queijos gaúchos, sejam aqueles produzidos em escala industrial ou artesanal, está sendo trabalhado para alçar voos maiores e conquistar novos territórios e paladares. Eu diria que o Rio Grande do Sul está com "a faca e o queijo na mão", o Estado possui diferentes tradições e biomas, bem como técnicas e sistemas produtivos peculiares, além de leite de boa qualidade. Todos os ingredientes para elaborar uma diversidade de queijos regionais, podendo traduzir em sabores a identidade de um povo e de uma região. Porém para que isso se torne realidade, é fundamental a participação conjunta de toda cadeia leiteira e da sociedade gaúcha em prol deste patrimônio alimentar do sul do país.(Correio do Povo)

Acordos com Vietnã e Coreia do Sul beneficiam exportações agropecuárias

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, fechou na semana passada acordos para a exportação de produtos agropecuários para o Vietnã e para a Coreia do Sul. O anúncio foi feito pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que classificou os acordos como "um golaço para economia brasileira". Ainda não há informações, no entanto, sobre quanto isso pode render anualmente para a economia brasileira. Com o Vietnã, foi estabelecido que o Brasil exportará suínos, aves e produtos lácteos. Para a Coreia, serão exportados suínos e aves.

Segundo Padilha, os acordos mostram "a inserção brasileira de forma diferenciada" em "mercados importantíssimos". Ele fez questão de ressaltar o papel do governo no êxito das negociações, afirmando que as tratativas ganharam força após a visita do presidente Michel Temer à China. Também classificou Blairo Maggi de "farejador de negócios". As declarações foram dadas após reunião com Temer, no escritório particular que o presidente mantém em São Paulo. (Valor Econômico)

 

Capacitação na produção de leite
Lançado há um mês, o programa de capacitação para produtores rurais Agroeduc já conquistou clientes. Emater-RS, Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), com associadas nos 26 Estados e no Distrito Federal, e a Central Sicredi Sul, com atuação no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, estão na carteira do Instituto de Educação no Agronegócio (I-Uma). O Agroeduc é um programa de educação a distância destinado a jovens da cadeia do leite. O projeto é dividido em etapas teórica e prática (agribusiness game) e pode ser customizado para levar gestão e sustentabilidade a outros setores do agronegócio. A duração é de dois meses, com carga horária de 48 horas, sendo 18 horas de capacitação científica e 30 horas de prática. (Zero Hora)
 

Porto Alegre, 16 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.353

 

Balança comercial de lácteos: déficit chega a quase 1 bilhão de litros em 2016

A balança comercial de lácteos teve um déficit de 19 mil toneladas em julho, redução de 3,2% sobre o déficit apresentado no mês anterior. Em valores, o déficit da balança de lácteos foi de US$46 milhões.

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto.

 

As exportações apresentaram alta de aproximadamente 60% em volume e de 7% em valor. Em agosto, foram exportadas 6,3 mil toneladas de produtos lácteos, contra 4 mil toneladas em julho. Na comparação com agosto de 2015, houve uma queda de 22% das exportações.    

As importações apresentaram elevação de 7,2% no seu volume em relação a junho. Houve importação de 12,2 mil toneladas de leite em pó integral em agosto (-9,6% em relação a julho); 4,4 mil toneladas de leite em pó desnatado (+91% x julho); 3,5 mil toneladas de soro de leite (+23,1% x julho) e 2,5 mil toneladas de queijo muçarela (+20,4% x julho). 

As importações de leite em pó tiveram origem no Uruguai, que enviou para o Brasil 10,9 mil toneladas no mês de agosto e a Argentina, que enviou 4,7 mil toneladas de leite em pó para o Brasil e cerca de mil toneladas tiveram origem nos Estados Unidos. (MilkPoint)

 
 
Perspectivas do mercado lácteo - Europa

 

Do final de agosto ao princípio de setembro a captação de leite pelas indústrias da Alemanha foram menores que o esperado. A queda extra foi atribuída ao calor do final do verão. Na França a recepção ficou dentro das expectativas. Na semana passada foram divulgados os últimos detalhes sobre o incentivo à redução da produção de leite, bem como ampliando o período de compras dos estoques de intervenção do leite em pó desnatado e prorrogando o prazo de armazenagem privada. O total de recursos para o programa de redução da produção foi de 150 milhões de Euros. Os produtores que quiserem receber os recursos de outubro a dezembro de 2016, deverão fazer a solicitação até o meio dia, horário de Bruxelas, do dia 21 de setembro de 2016. O objetivo é reduzir em 1,1 milhões de toneladas a produção de leite. A ajuda foi fixada em 14 euros por cada 100 kg de leite não produzido em comparação com a produção passada. 

O volume de redução mínimo que permitirá receber a ajuda é de 1.500 kg. E, o volume máximo será de 50% do volume do período de referência escolhido. (Por exemplo, 50% do leite produzido pelo agricultor entre outubro e dezembro de 2015). Já para participar do recurso excepcional de 350 milhões de euros que visa apoiar os produtores de leite e carne, o Estado Membro deverá submeter à Comissão Europeia, até o dia 30 de novembro, os projetos para utilização do financiamento. Os países que tiverem seus projetos aprovados poderão receber até 100% do financiamento. O regulamento para as ajudas prorrogou também as compras para os estoques de intervenção de 30 de setembro, para 31 de dezembro de 2016. Em 2017, as compras irão iniciar em 1º de janeiro, encerrando em 30 de setembro. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva) 

 

Perspectivas do mercado lácteo - Oceania

Os preços de feno na Austrália ficaram elevados, com os baixos estoques e a demanda inconsistente. A precipitação recente tem sido dentro da média, mas as fortes chuvas dos últimos meses ajudaram a recompor os níveis dos reservatórios, reduzindo os gastos com água dos produtores que fazem irrigação.

 

O preço das vacas de descartes continua forte, bem como o preço do leite, que está atrelado à redução do tamanho dos rebanhos como forma de reduzir custos. As previsões para um futuro próximo são de uma primavera quente e úmida, na maior parte da Austrália. O esforço de muitos agricultores para mudar de processadores que estão pagando com atraso, tem sido infrutífero. A verdade é que a maioria das principais indústrias de laticínios da Austrália estão trabalhando no limite da capacidade instalada, não havendo espaço para um volume adicional de leite. O pacote de centenas de milhares de dólares anunciados pelo governo para emprestar, ainda não chegou aos produtores de leite. Os recursos são distribuídos aos governos estaduais, que nem sempre apresentam com eficiência e rapidez na liberação. Muitos produtores de leite de Victoria, Austrália do Sul e Tasmânia aguardam a ajuda do pacote. O GlobalDairyTrade (GDT) nº 171 na Nova Zelândia, teve preços médios variando de 2,0% a 15,4%, entre as categorias e períodos, em relação ao evento anterior. Isto significa elevação significativa dos preços nos últimos GDT, muito mais rápida e significativa do que o previsto por analistas do mercado. A magnitude dos recentes aumentos de preços eleva, significativamente o número de fabricantes aguardando moderação no curto prazo, na medida em que os mercados fizerem o balanço da situação atual dos lácteos na Nova Zelândia, e, no mundo. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 

Grupos lácteos no mundo inteiro contra nova política protecionista no Canadá

Organizações do setor lácteo dos Estados Unidos, Austrália, União Europeia, México e Nova Zelândia emitiram uma carta conjunta aos seus respectivos governos do comércio e da agricultura, expressando indignação sobre as ações recentes do Canadá para intensificar suas restrições proibitivas sobre o comércio de laticínios. Os grupos dizem que as políticas, cada vez mais protecionistas, do Canadá violam "as obrigações do comércio internacional, resistem a perspectiva de desvio do comércio com os impactos da depreciação dos preços globais e entram em conflito com os princípios do livre mercado, comércio justo e transparente." Os grupos norte-americanos, incluindo a Federação Nacional de Produtores de Leite, o Conselho de Exportação de Lácteos dos Estados Unidos e a Associação Internacional de Laticínios, opõem-se ao "Agreement in Principle", acordo fechado recentemente entre produtores e processadores de lácteos do Canadá. O acordo, que está passando por finalização e avaliação no Canadá, forneceria incentivo para substituir ingredientes lácteos importados por ingredientes lácteos canadenses e iria, injustamente, subsidiar as exportações de produtos lácteos canadenses. 

Se for ratificado, o acordo entraria em vigor 01 de novembro de 2016. Além das três organizações norte-americanas subscreveram a carta: o Conselho de Indústria Láctea Australiana, a Associação Europeia de Laticínios, a Associação Europeia de Produtos de Soro de leite, a Associação Europeia de Comércio Lácteo, a Câmara Nacional Mexicana de Leite Industrial e a Associação de Empresas de lácteos da Nova Zelândia. Cada uma das organizações lácteas pediu ao governo de seus respectivos países, para contestarem o acordo junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). Na carta enviada em conjunto aoo representante de Comércio dos EUA, Michael Froman e outras autoridades de comércio do governo, as organizações lácteas afirmaram que o "Agreement in Principle" violaria as obrigações comerciais do Canadá no âmbito da OMC e no Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA). Disseram também que prejudicaria a intenção dos acordos pendentes Trans-Pacific Partnership (TPP) e Acordo da União Europeia -Canada Comprehensive Economic and Trade Agreement (CETA).

"O desrespeito contínuo do Canadá pelas disposições em seus pactos com seus parceiros comerciais é inaceitável", disse Connie Tipton, presidente e CEO da Associação Internacional de Laticínios. "Essas políticas protecionistas estão em conflito direto com os princípios do livre mercado e comércio justo,em que acordos de comércio, como TPP, visam promover." "A situação no comércio de lácteos com o Canadá tem ido de mal a pior este ano e agora o Canadá está planejando estratégias mais sérias sobre esse terrível histórico", disse Jim Mulhern, presidente e CEO da Federação Nacional de Produtores de Leite. "Basta, o Canadá precisa parar de fugir de seus compromissos e sustentar-se até o fim dos acordos já negociados." "Durante anos os exportadores dos EUA têm suportado o peso de uma procissão contínua de novas ferramentas na política canadense, destinadas a reduzir importações de produtos lácteos", disse Tom Suber, presidente da o Conselho de Exportação de Lácteos dos Estados Unidos. "O TPP incluiu novos recursos para mover-se em direção a um comércio mais aberto, expandindo o acesso ao mercado em comparação com o status quo; mas o Canadá tem feito o seu melhor para minar o acesso de longa data existente antes que este acordo seja fechado."(Usdec - Tradução Livre: Terra Viva)

Marca própria 

Fabricantes de bens de consumo de pequeno e médio porte estão remando na contramão da crise econômica. Diante da demanda por itens de marca própria, em geral mais baratos, essas empresas têm elevado vendas produzindo para grandes varejistas. "Esse tipo de produto ganha força em momentos de instabilidade econômica, conforme visto em países que passaram por crises e incorporaram as marcas próprias com o objetivo de desenvolver o consumo. Aqui deve ocorrer algo semelhante", diz o analista Kantar Worldpanel, Tiago Oliveira. Ele avalia que a oportunidade de ganhos pode ser ainda maior se considerar que apenas 1% das vendas no mercado brasileiro corresponde a produtos de marca própria. Na Europa, essa participação supera 30%.

Os supermercados da Espanha, por exemplo, vendem de alimentos e bebidas a produtos de higiene e beleza. Segundo Oliveira, as marcas próprias hoje representam 38% das vendas naquele país, um amadurecimento obtido depois de uma crise econômica. A presidente da Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro), Neide Montesano, vê muitas oportunidades para o segmento em função do momento econômico brasileiro, uma vez que o consumidor está mais disposto a testar novas marcas visando reduzir despesas. "Historicamente no mundo, em momento de crise, a marca própria se beneficia. Estamos muito otimistas", afirma ela.

De olho nesse movimento, a fabricante paulista de laticínios Salute apostou nos acordos com grandes redes de supermercados para alcançar um maior número de consumidores, conta o diretor da empresa, Marcelo Duarte. Hoje, a empresa produz iogurtes das marcas Carrefour, Dia% e Walmart. "Na crise, o que determina o consumo é preço, então o varejo tem buscado cada vez mais diversificar as opções de marcas próprias disponíveis. Temos demanda desde os itens mais simples até os mais elaborados, como iogurte grego", revelou o executivo em entrevista ao DCI. Segundo ele, a fabricação de itens de marca própria representou 60% do faturamento da empresa no último ano. O segmento de atuação da Salute é um dos mais promissores, na avaliação do analista da Kantar. Oliveira explica que se trata de um segmento muito concentrado ainda em marcas já tradicionais, o que pode surgir como uma chance competitiva para os produtos de marca própria, em geral, mais baratos. "Nesse aspecto, o mercado ainda pode evoluir mais", espera.

O executivo da Salute observa que essa também pode ser uma possibilidade de as empresas menores competirem com as gigantes sem grandes aportes. "Colocar um produto no mercado exige força de venda, o que nem sempre ocorre no lançamento de uma marca devido aos custos. Mas com as chamadas marcas próprias [para terceiros] garantimos maior pulverização, espaço na gôndola e volumes nas entregas", reforça o gerente comercial da Casa Maní, Marcelo Costa. A empresa de alimentos produz fécula de mandioca ou tapioca e barrinha de cereal. Atualmente, 55% do faturamento da empresa vêm dos produtos de marca própria. "Nossa meta é chegar a 60% até o fim do ano e, depois, avaliar se aumentaremos essa porcentagem". 

Sem revelar valores exatos, Costa afirma que a demanda subiu. "Nesse aspecto, a crise impulsionou nossos negócios e deve continuar assim, mesmo com a recuperação econômica".
Tiago Oliveira vê outras oportunidades no estágio "ainda embrionário" em termos de importância das marcas próprias no Brasil. "É um mercado com muito espaço para expansão. Para a indústria, significa uma excelente oportunidade de ganhar escala na produção e diluir o custo fixo da fabricação de seus produtos". Na visão do gerente da Casa Maní há muitas vantagens financeiras em produzir marcas próprias para terceiros. "Valeria a pena continuar avançando nesse mercado por tratar-se de uma operação mais simples e com garantia de receitas".

Planejamento
Apesar da forte demanda, a presidente da Abmapro, Neide Montesano, aponta que as indústrias deverão se preparar para manter o nível de atividade no pós-crise com investimentos em mix de produtos e inovação. "É necessário ter diversidade. Ir além do básico. Neste mercado, é preciso pensar que caso uma indústria não faça determinado produto de marca própria, a concorrente fará e ocupará aquele espaço." De acordo com o analista da Kantar, as empresas que se destacam nesse segmento têm investido "em inovação, extensão de linhas e, principalmente, relação custo-benefício".

No entanto, ele pondera que não basta entregar qualidade com custo-benefício e contar com apoio do varejo se a fabricante não consegue entregar em grande quantidade. "A ruptura é sempre um dos maiores entraves para a demanda e compromete a fidelização desses produtos", acrescenta. A diretora da LençoBrás, Alejandra Orenstein, conta que foi observando esses fatores e pesquisando tendências de consumo no mercado internacional que a empresa expandiu sua produção de e lenços umedecidos para o segmento de marcas próprias. "Aproveitamos esse momento para fidelizar nossa marca no mercado. A proposta é aliar inovação, qualidade e pontualidade no ponto de venda". Para ela com investimentos em inovação é possível concorrer em igualdade com as marcas líderes de mercado. "Quando ocorre a percepção da qualidade, vemos que as marcas próprias são capazes de competir em igualdade. É isso que impulsiona nossos negócios na categoria", afirma Alejandra. Costa, gerente da Casa Maní, comenta ainda que o varejista sempre vai procurar um fornecedor que já tem uma linha de produção pronta para atender as demandas dos consumidores, sobretudo em momentos em que grandes investimentos podem estar em um segundo plano. "É mais uma oportunidade de ter presença na gôndola", finaliza ele. (DCI)

 

General Mills tem planos para revigorar a categoria de iogurtes em 2017
A General Mills propôs uma estratégia global - baseada nos sucessos anteriores em suas outras categorias de produtos - para revigorar a categoria de iogurtes, que tem um valor estimado de US$ 8 bilhões somente nos Estados Unidos.Falando durante a Global Consumer Staples Conference, da Barclays, o presidente e diretor operacional da General Mills, Jeff Harmening, disse que a divisão de iogurtes da companhia nos Estados Unidos continua direcionando mais da metade do declínio de suas vendas varejistas nos Estados Unidos. A General Mills antecipa que o declínio nas vendas de iogurtes nos Estados Unidos continuará no próximo ano, mas o nível reduzirá até o final do ano fiscal de 2017. Para combater o declínio esperado nas vendas de iogurtes no mercado americano, Harmening disse que a companhia aplicará os mesmos princípios que usou para seus produtos de cereais aos seus produtos como iogurtes gregos e Yoplait - que direcionaram o declínio nas vendas de iogurtes no varejo americano. Do total das vendas líquidas da General Mills de US$ 17,6 bilhões no ano passado, os iogurtes foram responsáveis por 16%, com US$ 2,8 bilhões. "Precisamos melhorar nossos portfólio nos Estados Unidos melhorando nossos produtos gregos, reduzindo nossa dependência do light e estabelecendo bases nos segmentos de rápido crescimento de orgânicos e bebidas". A General Mills disse que renovará todo seu portfólio de iogurte para crianças com mudança nas embalagens e reformação de suas receitas. Nos próximos meses, a companhia também lançará uma linha reformulada dos produtos Greek 100 com quase 40% mais proteína, enquanto ainda manterá a contagem de 100 calorias e nove gramas de açúcar. Os iogurtes originais Yoplait passarão por uma mudança nas embalagens na segunda metade do próximo ano fiscal. (Dairy Reporter)
 

Porto Alegre, 15 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.352

 

   Conseleite/MS 

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 14 de setembro de 2016, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de agosto de 2016 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de setembro de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul) 
 
 
 
IBGE: 1º semestre tem queda de 6,4% na captação de leite
 
Foram divulgados nesta quinta-feira (15/09), pelo IBGE, os dados de captação brasileira de leite para o segundo trimestre deste ano, referente aos meses de abril, maio e junho.  Para estes três meses, o volume de leite captado foi de 5,17 bilhões de litros, número 8,4% inferior quando comparado a este mesmo trimestre do ano de 2015. 

 

No acumulado do 1º semestre, a captação de leite apresentou queda de 6,4% em relação ao mesmo período de 2015, com um total de 11 bilhões de litros de leite captados, uma queda de cerca de 750 milhões de litros em relação ao ano passado. 

Ao analisar o desempenho de captação das regiões brasileiras, em uma comparação a este mesmo trimestre do ano passado, apenas a região Norte apresentou alta, de 1,8%. Já as demais regiões apresentaram quedas significativas: Nordeste (-10,7%), Centro-oeste (-14,6%), Sul (-7,5%) e Sudeste (-7,9%). 

Gráfico 2 - Variação da captação de leite por região (2º Tri 2016 x 2º Tri 2015). 
 
Como observa-se no gráfico 3, todos os maiores estados em captação de leite tiveram quedas no volume captado. Em relação a este mesmo trimestre de 2015, as quedas foram de -8,3% em Minas Gerais, -6,6% em São Paulo, -4,6% no Paraná, -2,5% em Santa Catarina, -13% no Rio Grande do Sul e -16,2% em Goiás. (As informações são do IBGE; elaboração Equipe MilkPoint)

Gráfico 3 - Variação da captação de leite nos principais estados (2º Tri 2016 x 2º Tri 2015).

 

Cinco coisas para se observar no mercado de lácteos da América Latina no resto de 2016

Não há dúvidas de que a primeira metade de 2016 foi difícil para os produtores de leite de todo o mudo e na América do Sul não foi exceção. Entre complicações climáticas, baixos preços do leite e obstáculos econômicos, esse ano tem sido um daqueles que os membros da indústria de lácteos regionais gostariam de esquecer.

Entretanto, após meses muito desafiadores, parece que o equilíbrio está levemente sendo restaurado. No geral, os volumes de leite vêm se contraindo, indicando alguma resolução no problema do excesso de oferta. Em resposta, os preços do leite têm aumentado de leve na maioria dos países, fornecendo um alívio para muitos da cadeia láctea. 

Todos querem saber exatamente quando a recuperação ocorrerá. A maioria prevê que a indústria global melhorará até o final desse ano e em 2017 e essas expectativas estão sendo aplicadas à América do Sul, em particular. Entretanto, é difícil prever precisamente quando as escalas aumentarão. Para ajudar a fornecer dicas a essa questão do momento, a seguir estão cinco itens acompanhados de perto.
 

Diferença de preços do leite ao produtor e ao consumidor na Argentina
A Argentina elegeu um novo presidente no final de 2015, terminando 12 anos consecutivos de um governo populista no país. Desde sua instalação, o novo presidente, Maurício Macri, tem implementado agressivamente uma ampla gama de reformas políticas e econômicas. Como resultado, o país caminha de forma meio desajeitada rumo aos que os especialistas em economia da FocusEconomics chamam de "um doloroso, mas necessário ajuste econômico".

Embora a inflação já estivesse desenfreada na Argentina, a remoção de certos subsídios e proteções de preços levou a um rápido aumento nos preços de bens aos consumidores e insumos de produção. Nas lojas de alimentos, o leite agora custa 20 pesos argentinos (cerca de US$ 1,33) por litro, um aumento de mais de 15% comparado com janeiro. Entretanto, os produtores estão longe de aproveitar esse aumento nos preços ao consumidor - já que o preço do leite ao produtor atualmente está em 4 pesos argentinos (cerca de US$ 0,27) por litro.

Apesar da tentativa de concluir que essa ampla diferença é causada pela indústria e varejistas que ficam com a maior parte do valor, os dados mostram que a porcentagem do valor absorvido em cada estágio da cadeia de valor ficou relativamente constante. De fato, os processadores em particular estão sofrendo, com muitas importantes companhias de lácteos tomando medidas, como a venda de certas unidades de negócios - em uma tentativa de conter suas perdas. No entanto, essa diferença é uma questão política que está sendo observada de perto pela indústria. Se essa diferença crescer, podemos espera que a indústria reaja dramaticamente, talvez indo tão longe a ponto de empregar táticas como protestos que bloquearão o acesso às fábricas e lojas. Esse tipo de problema pode se mostrar profundamente prejudicial à indústria, que está lutando para encontrar sua base.

Abates de vacas leiteiras no Uruguai
Uma das questões mais frequentemente discutidas é se a queda que estamos vendo na produção de leite na América do Sul é devido a fatores estruturais, como redução no rebanho leiteiro, ou fatores não estruturais, como decisões de gestão. Na maioria dos casos, a determinação é baseada na coleta de evidências anedóticas, reunidas a partir de observações e participantes da indústria. Entretanto, no Uruguai, o governo publica informações sobre abates de vacas leiteiras, fornecendo importantes informações sobre a mudança de terras da produção leiteira nesse pequeno, mas importante país.

Até agora nesse ano, as estatísticas mostram que os abates de vacas leiteiras vêm aumentando dramaticamente. Até julho, 67.000 vacas foram abatidas, um aumento de 76,6% com relação ao mesmo período de 2015. A partir dessa informação, podemos concluir que os produtores estão verdadeiramente reduzindo o tamanho de seus rebanhos, conhecimento que é ecoado pela informação que estamos ouvindo das pessoas no campo.

Entretanto, um importante componente dos dados de abate é o período. Embora até agora nesse ano os números certamente mostrem um aumento significativo no ano passado, será crítico continuar rastreando essa estatística para determinar se os altos números vistos até agora nesse ano são realmente aumentos marginais ou simplesmente uma aceleração da atividade normal. No caso da primeira opção, a expectativa é de que os volumes de leite sejam menores no próximo ano até que os estoques se regenerem de acordo com os sinais do mercado.

Colheita de milho no Brasil
Tem havido muita conversa nesse ano sobre a colheita de milho no Brasil, em particular nos setores de lácteos e pecuário. Uma colheita extremamente pequena de milho levou os preços locais a aumentar muito, aumentando demais os custos dos insumos e desafiando a rentabilidade dos produtores de leite - mesmo com eles tendo os maiores preços do leite da região até agora.

O que começou como uma safra com expectativas recordes foi repetidamente prejudicada pelo clima extremo, especialmente seca, que reduziu o potencial de crescimento da colheita. Além disso, o Real brasileiro relativamente barato tornou sua produção acessível aos compradores globais e levou a aumentos dramáticos nas exportações. Combinados, esses fatores resultaram em estoques historicamente pequenos, pressionando os preços para o produto físico para valores mais altos.

As atuais estimativas para a safra de milho brasileira são de 68,47 milhões de toneladas, quase 20% a menos comparado com o ano anterior. Nesse ponto, há pouca coisa que possa ser feita para a safra desse ano. Entretanto, setembro marcará o começo da nova safra e o plantio de milho começará na região sul do Brasil. Isso deve ser acompanhado de perto para ver como a safra se desenvolverá. Se tudo correr de acordo com o planejado, pode-se esperar que dará aos produtores algum espaço para respirar. Entretanto, se surgir qualquer complicação, as margens dos produtores serão mais pressionadas e provavelmente levarão a quedas adicionais na produção de leite.

Probabilidade do La Niña
Durante o ano passado, ouvimos falar muito sobre o fenômeno do El Niño e seu impacto projetado na agricultura da região. Atualmente, os padrões climáticos que vêm se desenvolvendo têm mudado a conversa desse ano para a La Niña. De acordo com a Associação Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), a La Niña é um fenômeno climático causado pelo resfriamento em partes do Oceano Pacífico. A La Niña tipicamente resulta em clima mais seco que a média em muitas regiões agrícolas e de produção leiteira da América do Sul, incluindo Brasil, Argentina e Uruguai.

Em suas análises divulgadas em 11 de agosto de 2016, o NOAA previu que a "La Niña está levemente favorecida a se desenvolver durante agosto a outubro de 2016, com cerca de 55-60% de chances da La Niña ocorrer durante o outono/inverno de 2016-2017". Embora essa previsão represente uma probabilidade reduzida do fenômeno comparado com os relatórios anteriores, isso ainda é uma importante indicação de que a região deve estar preparada para lidar com os impactos resultantes desse evento climático.

Apesar de o clima excessivamente seco obviamente não ser bem vindo em lugar nenhum, o desenvolvimento desse fenômeno é particularmente ameaçador no Brasil, que já sofre com o clima seco neste ano. Outro ano sem chuvas pode ter um tremendo impacto no desenvolvimento agrícola e da indústria de lácteos no país. Continuaremos observando o desenvolvimento da La Niña de perto para ajudar a entender o que acontecerá no próximo ano.

Preço global do leite em pó integral
Embora cada país na América Latina tenha seu próprio mix de demanda doméstica e internacional, para muitos países, os mercados globais têm um papel importante na viabilidade da indústria local de lácteos. Para esses países que são orientados às exportações, um dos produtos mais importantes é o leite em pó integral. Como resultado, o nível internacional de preços do leite em pó integral tem uma influência importante no bem-estar da indústria de lácteos da América Latina.

Os resultados dos mais recentes leilões do Global Dairy Trade foram amplamente celebrados na região, e 18,9% de aumento no leite em pó integral foi particularmente aplaudido. Os relatórios são mistos sobre o quanto de leite em pó está armazenado, esperando por melhores preços para serem liberados nos mercados globais. As próximas semanas mostrarão se volumes adicionais de leite em pó chegarão ao mercado, prejudicando os preços globais. Entretanto, se esses ganhos forem sustentados nos próximos leilões, isso fornecerá um suporte importante para a indústria regional, que tem lutado para encontrar níveis de preços de commodities sustentáveis para cada passo da cadeia de valor.

A América Latina é uma região dinâmica e próspera e seus mercados de lácteos não são exceção. Deve-se continuar acompanhando a recuperação desses mercados, com esses cinco fatores oferecendo dicas sobre o quão rápido e em qual extensão pode-se esperar que os mercados melhorem. (O artigo é de Monica Ganley, gerente da Quarterra, firma de consultoria estratégica dedicada a ajudar seus clientes a entender as indústrias de agricultura e alimentos da América Latina, publicado no Dairy Reporter e traduzido pela Equipe MilkPoint)

 

Biossegurança
A ocorrência de algumas enfermidades nos rebanhos gaúchos foi um dos resultados apresentados na prestação de contas do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Ministério e Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, realizada nesta quarta-feira (14) na Seapi. O número relativo a eventos sanitários como a Diarreia Viral Bovina (DVBV) foi um deles. Conforme o professor da Faculdade de Veterinária da Ufrgs, Gustavo Corbellini, o percentual de 24% de prevalência poderia ser minimizado com a utilização de medidas de biossegurança. Os principais sintomas da Diarreia Viral Bovina são retorno de cio em função das perdas embrionárias e aborto. "A doença causa ainda queda no sistema imunológico, deixando os animais suscetíveis a outras enfermidades." A diarreia viral bovina pode ser transmitida pelo contato entre animais infectados ou através da placenta para o feto em vacas prenhas. Conforme o professor, alguns procedimentos verificados nas propriedades, como o trânsito de inseminadores sem a correta higienização entre uma propriedade e outra, pode ser um causador deste índice, considerado alto pelos veterinários do serviço oficial. A representante do Conselho Técnico Operacional de Pecuária Leiteira do Fundesa, Ana Cláudia Groff, disse que "ainda não existe na produção leiteira a mesma preocupação com biossegurança observada em outras cadeias, como a de suínos e aves". A ideia, a partir dos dados apurados nas pesquisas realizadas através do ACT, é trabalhar com educação sanitária e transferência das informações junto aos produtores. O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, disse que "procedimentos simples, como o treinamento de técnicos que atendem as propriedades e dos próprios produtores, podem contribuir para melhorar os indicadores. É preciso mudar a postura e atenção ao acesso às propriedades ". O Acordo de Cooperação Técnica teve duração de quatro anos e encerrou em abril deste ano. Desde o início das atividades, o Fundesa investiu em torno de R$ 500 mil em três grandes eixos de atuação: pesquisa aplicada à defesa sanitária, assessorias (para resolução de problemas pontuais na área da defesa) e capacitação de médicos veterinários do serviço oficial, com mais de 200 profissionais treinados. O ACT também proporcionou a participação dos pesquisadores em eventos técnicos e apresentação dos trabalhos inclusive em congressos internacionais. O Conselho Deliberativo do Fundesa vai avaliar os resultados e decidir se haverá a renovação do ACT. (Agrolink)

Porto Alegre, 14 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.351

 

Potencial da Ásia será levado à Aliança Láctea

Ao encerrar sua participação na comitiva governamental à Ásia, o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, informou que a prospecção de mercados feita pelo sindicato no Oriente será apresentada aos estados que compõem a Aliança Láctea (RS, SC e PR) para que, em bloco, a Região Sul tenha mais força nas negociações de novos mercados para os produtos brasileiros. O assunto deve ser tratado no próximo encontro e ainda deve passar por debate interno na próxima reunião de associados do Sindilat no dia 26 de setembro em Porto Alegre (RS). "O setor lácteo gaúcho era a única representação do segmento na comitiva e estamos atentos às oportunidades para nossas empresas. Mas atender a um mercado tão superlativo quanto os que visitamos requer uma ação conjunta a ser planejada", pontuou. A ideia, ampliou Palharini, é criar uma agenda mais focada no setor lácteo no Oriente e promover, no futuro, uma comitiva com representantes de toda a Região Sul para adiantar as tratativas. Um parceiro o setor lácteo já tem. Após o contato nesta missão, a Embaixada brasileira de Bangkok, na Tailândia, ficou de intermediar o contato entre o Sindilat e o setor varejistas local. 

A missão do Sindilat à Ásia passou pela Coreia do Sul, Hong Kong, China e encerrou-se pela Tailândia. Segundo Palharini, que esteve com empresários e visitou redes varejistas para conhecer mais sobre os hábitos de consumo dos orientais, Bangkok foi uma grata surpresa e sinaliza para um promissor potencial comprador. Isso porque a região recebe 26 milhões de turistas todos os anos, o que amplia o mix de produtos lácteos em oferta tanto na rede hoteleira quanto nos supermercados. Para se ter uma ideia, o Brasil recebe cerca de 6 milhões de turistas por ano. "Essa capital tem um potencial enorme que se mostra para o Brasil, pois tem uma ampla variedade de produtos lácteos à venda, queijos e leites enriquecidos e orgânicos. Mas não se vê produtos da América do Sul por aqui. O potencial turístico torna a região um mercado interessante a ser desbravado ". Uma das dificuldades a ser superada, cita o executivo, é a questão da língua tendo em vista a grande dificuldade que a própria Embaixada brasileira tem que conseguir interpretes do Tailandês. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

  
 
Conseleite/PR
 
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 13 de Setembro de 2016 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Agosto de 2016 e a projeção dos valores de referência para o mês de Setembro 2016, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas /ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Setembro de 2016 é de R$ 2,8172/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Fonte: Conseleite/PR)

 
 
 
Leite ensaia recuperação no mercado internacional

Sem grandes oscilações desde o início do ano, os preços dos lácteos no mercado internacional registraram aumento expressivo desde agosto. Mas, de acordo com especialistas, ainda não é possível dizer se essa recuperação terá fôlego ou se as altas recentes são pontuais e resultado de movimentos especulativos. Os preços internacionais vinham patinando em decorrência da fraca demanda da China e do aumento da oferta de leite, especialmente na União Europeia, após o fim do sistema de cotas de produção em abril de 2015. Mas esse quadro começou a mudar, principalmente do lado da oferta, de acordo com os analistas. Sinais de que a China estaria voltando ao mercado internacional também contribuem para sustentar os preços. Não há ainda, porém, dados precisos sobre a demanda do país asiático. 

 

Diante disso, nos últimos três pregões internacionais para comercialização de lácteos, realizados pela plataforma Global Dairy Trade (GDT), as cotações do leite em pó integral subiram 34,34%, para US$ 2.793 por tonelada. Os preços nos leilões quinzenais capitaneados pela neozelandesa Fonterra são referência para o mercado internacional. Mesmo com essa valorização o produto importado segue competitivo no mercado brasileiro, o que significa que o déficit da balança de lácteos deve crescer ainda mais (ver a matéria Déficit em lácteos já é três vezes maior que o de 2015). Uma das regiões onde a produção de leite começou a cair foi a União Europeia, observa Rafael Ribeiro, analista da Scot Consultoria. Depois de subir todos os meses entre abril de 2015 e maio deste ano ¬ o que levou à queda dos preços pagos aos pecuaristas europeus e a intervenções da UE, a produção no bloco recuou 1,6% em junho passado na comparação com igual mês de 2015 e 2,1% em julho em relação ao mesmo intervalo do ano passado, acrescenta Valter Galan, analista da MilkPoint, consultoria especializada em lácteos. Tão importante quanto a queda na produção na União Europeia  onde os estoques de lácteos ainda são elevados ¬ é o recuo na oferta de leite da Argentina, segundo Galan. O país, que exporta 30% do que produz, deve ter uma retração de 2 bilhões de litros em sua produção inicialmente projetada em 11 bilhões de litros  por conta de problemas climáticos e da alta dos custos devido ao aumento dos preços dos grãos para a alimentação do rebanho.

O Uruguai também está produzindo menos leite. Ribeiro cita ainda um ajuste na oferta de leite nos Estados Unidos, com a entressafra. Contudo, Galan lembra que também nos EUA os estoques de lácteos são elevados. "Ainda não dá para dizer que a alta tem fôlego", avalia. Mas ele considera que os níveis históricos de preços para o leite integral, entre US$ 3.200 e US$ 3.500 por tonelada, podem ser vistos ainda antes de 2017 em função de uma eventual antecipação de compras por parte de países importadores. Os especialistas estão atentos também à produção na Nova Zelândia, maior exportador mundial de lácteos, onde a safra começou em junho passado. As projeções indicam recuo de 3% na produção do país nesta safra, mas em julho houve leve alta. Num dos últimos leilões da plataforma GDT, informações de que haveria maior demanda da China por leite integral fizeram as cotações do produto subir 19%. No entanto, segundo Valter Galan, ainda não há dados disponíveis recentes comprovando essa maior demanda. Entre janeiro e julho, as importações chinesas de lácteos cresceram 13% em relação a igual período de 2015, de acordo com o Instituto Nacional do Leite, do Uruguai. Marcelo Costa Martins, diretor-executivo da Viva Lácteos, que reúne laticínios brasileiros, também cita o aumento da demanda chinesa como uma das explicações para a alta dos preços. Para ele, a valorização recente "é um alento", mas as cotações ainda estão muito abaixo de patamares registrados em 2013 e 2014, quando a tonelada do leite em pó ficou na casa dos US$ 5 mil. Projeções feitas pela própria plataforma GDT indicam que o leite integral pode alcançar a casa dos US$ 3 mil por tonelada em março do ano que vem, cita Ribeiro, da Scot. "A demanda ainda não se recuperou", observa, acrescentando que estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) indicam que as importações mundiais de lácteos devem somar 943 mil toneladas este ano, abaixo das 1,014 milhão de toneladas de 2015. (Valor Econômico)

Déficit em lácteos já é três vezes maior que o de 2015 

As importações brasileiras de produtos lácteos voltaram a subir em agosto deste ano, ampliando ainda mais o déficit da balança comercial do segmento. Nos oito primeiros meses de 2016, a diferença entre importações e exportações já alcançou US$ 301 milhões, três vezes o déficit de todo o ano de 2015, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento (Secex/Mdic). Só em agosto, as importações de lácteos subiram 153,2 %, para 25,9 mil toneladas. Em valor, foram US$ 66,659 milhões, quase o dobro de agosto de 2015. Já as exportações brasileiras caíram 22,4%, para 6,4 mil toneladas, com uma receita de US$ 20,386 milhões (recuo de 46,9%). 

 

De acordo com Marcelo Costa Martins, diretor-executivo da Viva Lácteos, a redução da oferta de leite no mercado interno brasileiro devido a problemas climáticos e alta de custos de produção estimulou as importações. Ao mesmo tempo, esse quadro elevou os preços ao produtor brasileiro  que já começam a perder fôlego , reduzindo a competitividade dos lácteos nacionais no exterior. Ainda que bem inferior a 2015, agosto foi o melhor mês para as exportações de lácteos este ano, segundo Martins. A razão foi o volume significativo vendido para a Venezuela  2 mil toneladas de leite em pó. Apesar de viver uma forte crise, o país ainda é relevante para as exportações brasileiras e respondeu por mais da metade da receita de US$ 96 milhões apurada até agosto. O executivo se diz otimista e afirma que as empresas exportadoras de lácteos estão se preparando para uma demanda que "em algum momento passará a existir". O diretor da Viva Lácteos não acredita que o cenário de grandes volumes de importação pelo Brasil vá se sustentar no médio prazo. A razão é que a entrada da safra de leite na região central do país, com a temporada de chuvas, deve melhorar a oferta de matéria¬prima. Valter Galan, da consultoria especializada em lácteos MilkPoint, tem opinião diferente. Ele avalia que as "importações devem continuar firmes até o fim do ano". Segundo o analista, os preços internacionais, ainda que tenham subido, continuam competitivos no mercado brasileiro. (Valor Econômico)

 

Instrução Normativa deve facilitar emissão
A Receita Estadual deve publicar, nos próximos dias, uma Instrução Normativa que visa facilitar a emissão de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) pelos pequenos produtores rurais que terão que adotar esse sistema a partir de 1˚ de outubro. Ao mesmo tempo em que busca alternativa para eliminar dificuldades, o governo sofre pressão de entidades como Fetag e Famurs que acreditam que os agricultores ainda não têm condições de usar a NF-e em substituição ao talão de produtor. O chefe da Divisão de Fiscalização e Cobrança da Receita Estadual, Edison Moro Franchi, entende que, tecnicamente, os produtores já tiveram tempo para se adaptar às exigências, já que os prazos foram prorrogados no início do ano. Mesmo assim, explica que a Instrução Normativa irá apresentar uma modalidade "mais facilitada" para a adesão. Ele preferiu não adiantar os detalhes. Em outubro, a exigência começa a valer para produtores do Sistema Integrado (entre os quais os agricultores familiares são maioria), produtores estabelecidos como empresa (CNPJ) e para as lavouras temporárias. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, enfatiza que ainda não há condições de a NF-e ser implementada, tendo em vista a precariedade da Internet em várias regiões. "Queremos que seja facultativo. O produtor que quiser usar, que use, mas aquele que não tem condições que continue no sistema do talão", defende. Silva acrescenta que a federação pretende marcar uma nova audiência com o governo para tratar a questão, tendo em vista a proximidade da exigência. Em contraponto, Franchi destaca que a NF-e é emitida no RS desde 2005. "Todos os setores aderiram há muito tempo e agora precisamos também da adesão dos produtores rurais. Isso vai diminuir custos para o Estado, vai acabar o papel e o produtor terá uma organização melhor das informações, porque tudo estará no sistema", argumenta. Ele explica que as empresas podem utilizar softwares próprios ou fazer download de um programa gratuito do site da Secretaria da Fazenda. Já o produtor pessoa física deverá emitir NF-e avulsa no site da Sefaz. De acordo com dados da Receita, as notas substituiriam cerca de 8 milhões de notas fiscais que circulam anualmente, reduzindo R$ 3,5 milhões de custos ao ano para o Estado na confecção e distribuição dos modelos em papel. O cronograma atual prevê que os micro-produtores que não participam de Sistema Integrado estarão obrigados a aderir à NF-e em janeiro de 2019. (Correio do Povo)
 

Porto Alegre, 13 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.350

 

  Sindilat participa de rodada de negócios em Chongqing

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) participou de rodada de negócios com mais de cem empresários chineses nesta segunda-feira (12/9) em Chongqing, cidade no interior da China com população de 16 milhões de habitantes só na área urbana. Levando em consideração a região, são mais de 30 milhões de pessoas. Redes varejistas locais manifestaram interesse pela importação de lácteos brasileiros, principalmente por leite UHT em embalagens de 250ml e 1,2 litros. "Essa demanda é algo novo para a nossa realidade, uma vez que não temos embalagens de 1,2 litro", pontua o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que representou o setor na comitiva governamental. "É uma oportunidade de negócios interessante", frisou.

O mercado chinês, citou Palharini, é abastecido basicamente por produtos da Nova Zelândia, Austrália, França e Itália. "A Argentina e o Uruguai, dois importantes países que exportar produtos para o Brasil, não vendem para o Oriente. Por isso, é importante uma ação como a que está sendo capitaneada pelo Sindilat para escoar excedentes para outros mercados uma vez que o Brasil também sempre será importador de derivados". Para isso, lembrou o executivo, o Brasil vem fazendo seu dever de casa, investindo em programas de excelência em qualidade e em sanidade do rebanho, como ações de controle da tuberculose e brucelose. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
 
Exportações/Uruguai 
Entre janeiro e agosto a receita com exportação de lácteos foi de US$359 milhões, o que comparado com um ano atrás implica queda de 8%. O Instituto Nacional do Leite (Inale) informou que os preços de todos os produtos continuam baixos.

As exportações acumuladas de janeiro a agosto foram:

Leite em pó integral: faturamento aumentou 45%, e o volume cresceu 70%, mas o preço caiu 15%. Os principais mercados foram Brasil, Argélia, Cuba, China e Rússia.

Leite em pó desnatado: faturamento caiu 47%, o volume 42%, e o preço 9%. Os principais mercados foram Brasil, Rússia, Chile, Bolívia e Argélia.

O queijo obteve 17% de queda nas receitas em relação a um ano atrás, e em volumes houve aumento de 21%, enquanto o preço caiu 32%. Os principais mercados foram Brasil México, Rússia, Argentina e China.

A manteiga teve um faturamento 48% menor, o volume caiu 45%, e o preço 5%. Os principais destinos foram Rússia, Brasil, Marrocos, Argélia e Irã.

As vendas de leite em pó integral e queijo melhoram mês a mês, informa o INALE.

Os preços de exportação de agosto melhoraram para o queijo, o leite em pó desnatado, e a manteiga, enquanto os outros ficaram estáveis. (Todo El Campo - Tradução livre: Terra Viva)

Embarques de doce de leite somaram US$ 106,42 mil de janeiro a julho deste ano

Minas Gerais tem se esforçado para agregar mais valor à sua pauta de exportações. E embora os números não sejam tão expressivos como os apurados em outros itens do comércio exterior, o doce de leite tipicamente mineiro tem sido um dos destaques da balança comercial. Segundo o governo, os sete primeiros meses de 2016, além dos tradicionais produtos exportados (minério de ferro, café, açúcar, ouro e pedras preciosas), Minas Gerais foi o estado que mais exportou doce de leite no País (US$ 106,42 mil), seguido por São Paulo (US$ 27,07 mil) e Santa Catarina (US$ 13,06 mil).

Os dados compõem a balança comercial de Minas Gerais de agosto, divulgada mensalmente pela Exportaminas, unidade de comércio exterior do governo de Minas Gerais. De acordo com o levantamento, até julho deste ano, as remessas de doce de leite enviadas aos Estados Unidos representaram 83,8% das exportações mineiras do produto. Atualmente, o doce fabricado em Minas Gerais já caiu no gosto de países como Reino Unido, Angola e a vizinha Bolívia.
 
No último dia 21 de agosto, o doce de leite mineiro reafirmou sua posição de destaque no mercado nacional. Durante o 42º Concurso Nacional de Produtos Lácteos, realizado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em Juiz de Fora, na Zona da Mata, os três primeiros lugares da competição que elegeu o melhor doce de leite do País foram mineiros. O campeão do concurso -- que contou com 11 categorias - foi o doce de leite de Viçosa.
 
Em seguida, as marcas Dom Coimbra e Boreal completaram o pódio. A avaliação foi feita por profissionais de universidades, centros de pesquisa, indústrias e dos serviços de inspeção federal, estadual e municipal. Foram julgados aspectos como: cor, textura, odor, aroma, sabor e consistência. (Diário do Comércio)

Exportações do agronegócio 

As exportações do agronegócio cresceram 4% em agosto deste ano em relação ao mesmo mês de 2015, somando US$ 7,63 bilhões, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic) compilados pelo Ministério da Agricultura. Já as importações tiveram avanço bem mais expressivo, de 28,4%, para US$ 1,24 bilhão, na mesma comparação. Com isso, o superávit do setor em agosto foi de US$ 6,4 bilhões, com leve alta de 0,2%. "O forte crescimento das importações impediu uma expansão maior do saldo comercial dos produtos do agronegócio, permanecendo o saldo praticamente no mesmo patamar de agosto de 2015, ou seja, em US$ 6,39 bilhões", disse o ministério em nota. 

As exportações do "complexo soja" (grão, farelo e óleo) ¬ que geralmente lideram as vendas externas do agronegócio ¬ caíram para US$ 2,17 bilhões em agosto, 17% menos que no mesmo intervalo de 2015, segundo o ministério. Só a soja em grão teve redução de 20,7%, atingindo US$ 1,6 bilhão em agosto deste ano. Em agosto, as exportações de carnes também recuaram ¬ 4% ¬ para US$ 1,2 bilhão. Já as vendas externas de açúcar e etanol subiram 91% em agosto, para US$ 1,2 bilhão, e as de cereais cresceram 6,2% para US$ 466 milhões no mês passado. Um dos destaques entre os cereais foram as exportações de milho, que somaram US$ 432 milhões, 11% a mais que em agosto de 2015. No caso do café, os embarques praticamente repetiram, em agosto, o desempenho de US$ 477 milhões verificado em igual mês de 2015. No acumulado até agosto deste ano, as vendas externas do agronegócio brasileiro cresceram 1,2% na comparação com o mesmo período de 2015, para US$ 60,4 bilhões. As importações, por sua vez, recuaram 7,6% para US$ 8,4 bilhões em igual comparação. Entre os principais itens exportados pelo país, as vendas do complexo soja recuaram 0,4% sobre janeiro a agosto de 2015, para US$ 22,4 bilhões. Por seu lado, os embarques de carnes caíram 3,1%, para US$ 9,4 bilhões, e os de açúcar e etanol cresceram 28,7%, na mesma comparação, para US$ 6,8 bilhões. (Valor Econômico)

Congresso de embalagem

Nos dias 05 e 06 de outubro, das 08 às 18 h, no Centro Fecomercio de Eventos em São Paulo, acontecerá o 17º Congresso Brasileiro de Embalagem, realizado pela Associação Brasileira de Embalagem. O evento terá participação de importantes empresários do setor de bens de consumo debatendo conteúdos estratégicos sob diversas perspectivas, entre eles: João Campos - Presidente da Pepsico Brasil; Alexandre Almeida - Presidente da Itambé; Luiza Helena Trajano - Sócia Fundadora do Magazine Luiza; Pedro Feliu - Diretor da Nescafé Dolce Gusto Brasil; Felipe Oria - da BRF, entre outros. Para mais informações e inscrições, acesse o site: www.congressoabre.org.br. (Giro News)

 

Preços/UE
O Observatório do Leite da União Europeia (UE) estima que o preço médio do leite ao produtor estará melhor em agosto, ainda que ligeiramente. Em julho o preço médio foi de € 25,5/100 kg, [R$ 0,96/litro]. A estimativa para agosto é de € 25,7/100 kg, [R$ 0,97/litro]. Mesmo com a alta de 0,6% o preço de agosto será o menor valor registrado no mês, desde 2009, mas, para o Observatório o importante é mudança de tendência, já que será a primeira elevação desde novembro de 2015, e também ocorrerá na maioria dos países da UE. Fora da UE, o preço do leite também deverá aumentar. Tanto na Nova Zelândia como nos Estados Unidos o preço subiu, chegando este último a € 35,1/100 kg, [R$ 1,32/litro], em julho. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)