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Porto Alegre, 26 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.379

 

   Última semana de inscrições para o 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo

Quem ainda não inscreveu seus trabalhos no 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo deve se apressar. As inscrições estão na última semana e vão até 1º de novembro. Promovida pelo Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), a iniciativa irá premiar as melhores reportagens produzidas pela mídia especializada no agronegócio e sobre o setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos edesafios. O Prêmio é dividido em quatro categorias: mídia impressa, mídia eletrônica, online e fotografia.

Para participar, basta enviar os trabalhos e a documentação necessária para o Sindilat por e-mail (imprensasindilat@gmail.com) ou entregar em mãos na sede do Sindilat (Av. Mauá, 2011/505 - Porto Alegre), das 9h às 18h. Todas as peças devem ter data de publicação/veiculação entre 01/12/2015 e 01/11/2016. Além da produção (PDF para texto e foto, e link para vídeo/áudio e web), também devem ser anexados cópias de um documento de identidade, registro profissional e ficha de inscrição preenchida. Os trabalhos que não tiverem a expressa identificação do autor deverão remeter um atestado de autenticidade. Os finalistas serão divulgados até 21 de novembro. A entrega da premiação será realizada durante a festa de fim de ano do Sindilat/RS, em 1º de dezembro, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Maiores informações podem ser obtidas no site www.sindilat.com.br. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
  
 
Embrapa Gado de Leite presta homenagem ao Sindilat
 
Na segunda-feira (24), durante a comemoração dos seus 40 anos, a  Embrapa Gado de Leite, em Minas Gerais, homenageou o Sindicato da Indústria dos Laticínios do RS (Sindilat) pelo trabalho em conjunto nos últimos anos. A homenagem, materializada em uma placa comemorativa, significa o reconhecimento pelo esforço do Sindilat/RS na cadeia produtiva do leite gaúcho. O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo Martins, ressalta que a missão da entidade é ter proximidade com produtores, empresários e consumidores. Assim, o Sindilat e os sindicatos de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, que desempenham projetos e formam uma união importante para o setor lácteo, foram escolhidos para receber as homenagens. "Esse é um reconhecimento pelo trabalho que o sindicato tem feito e pela sua importância no setor lácteo não só no Rio Grande do Sul como em todo o Brasil", afirmou o presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra. 
 
Martins ainda destaca o projeto Ideas For Milk, uma parceria entre a Embrapa Gado de Leite, o Sindilat/RS, onze universidades brasileiras e diversas entidades leiteiras. "É o maior movimento de incentivo a startups do agronegócio, que já conta com 137 iniciativas inscritas." O projeto reúne estudantes e profissionais da tecnologia da informação, medicina veterinária, zootecnia e agronomia, que se unem para criar aplicativos, hardwares e outras várias ideias que beneficiem e representem o setor produtivo do leite. Oito cidades participarão da final, que acontecerá em Brasília, no dia 14 de dezembro. Esse projeto é resultado da grande aproximação que o sindicato e a Embrapa estão desenvolvendo ao longo dos anos, que aumenta a abrangência dos seus trabalhos e os tornam mais eficientes. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 

RS: Redução de custos garante produtores na atividade leiteira

Garantir a qualidade do leite produzido pelas pequenas propriedades com genética de ponta e redução de custos, permitindo aumento de produção e produtividade. Esta foi a mensagem deixada em encontro realizado na última sexta-feira, dia 21 de outubro, organizado pelo projeto Pró-Leite Noroeste, realizado pela Fundação de Capacitação e Desenvolvimento (Funcap) em parceria com entidades como a Embrapa, para fomentar a criação de um Arranjo Produtivo Local (APL) na região. Na ocasião, técnicos e produtores puderam conhecer o sistema de produção de propriedades rurais atendidas pelo programa.

Uma delas foi a do produtor Valdir Justen, de Boa Vista do Buricá (RS). Em 18 hectares, onde vive com a mulher e dois filhos, ele produz cerca de 18 litros por dia para cada vaca. No início do projeto eram 20 animais. Hoje a propriedade já conta com 35 exemplares e a meta é chegar a 40. Justen revela que em alguns meses, aplicando a proposta, conseguiu até R$ 1,00 de lucro por litro de leite vendido. "Estamos bem satisfeitos com o projeto. O que queríamos fazer na propriedade, começamos a fazer aos poucos", salienta.

A Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil/RS) esteve representada no evento com o seu presidente, Wlademir Dall'Bosco, além de técnicos e produtores de laticínios associados. Para o dirigente, o modelo pode ser adotado na relação entre as pequenas e médias indústrias e pequenos produtores fornecedores da matéria-prima. "A parte importante do projeto é que trabalha em cima de custos. O produtor precisa saber exatamente o quanto custa o litro de leite e produzir com um custo aceitável. Não adianta ele produzir leite com custo elevado porque não conseguimos mudar o comportamento do mercado. Aqui ele consegue trabalhar com um custo que não ultrapasse os R$ 0,80", ressalta.
Entre os fatores destacados por Dall'Bosco para a redução dos custos está a forma de alimentação dos animais, que é determinante para o controle dos gastos. A alimentação está no campo, com o gado ficando cada dia dentro de um piquete e com 85% de sua alimentação no pasto e eliminando custos maiores com silagem e ração. "Para as pequenas propriedades, produtores e indústrias é importante trabalhar nesta linha, com tecnologia e qualidade garantindo a redução de custos para poder competir no mercado", observa o dirigente.

Segundo Diorgenes Albring, coordenador do Funcap, entidade que faz a gestão da APL Leite Fronteira Noroeste, a proposta foi retomada em 2012, depois de uma primeira experiência iniciada em 1992 quando três mil produtores foram profissionalizados. A região de Santa Rosa (RS), onde está instalada a bacia leiteira do projeto, que compreende 20 municípios, congrega 9,8 mil produtores de leite. Mas o dirigente acredita que pelo menos 10% já estão deixando a atividade.
 

No projeto Pró-Leite são atendidas 250 propriedades que estão focadas no aumento de produtividade e redução de custos. Albring afirma que a meta é dobrar a produção e que muitas ainda estão no caminho certo para alcançar estes resultados. "A maioria dos produtores já aumentou em 80% a produção das propriedades, enquanto outras estão em torno de 45% a 50%. Parece que é pouco, mas o foco principal é a redução de custo. Hoje a maioria das propriedades tem um custo de R$ 1,00 o litro, mas temos propriedades com R$ 0,80, R$ 0,70 e até R$ 0,45 por litro", revela. (APIL/RS)
 
SP: publicação da Embrapa orienta produtor de leite sobre gestão da água

A adoção de práticas de produção hidricamente corretas contribui para o pecuarista manter-se competitivo e fazer com que a produção agropecuária esteja de acordo com as exigências das legislações ambientais. A Embrapa Pecuária Sudeste disponibilizou, em outubro, um guia para auxiliar produtores, técnicos e gestores a manejar os recursos hídricos e conservar o meio ambiente na propriedade.

A publicação "Boas Práticas Hídricas na Produção Leiteira", segunda edição, orienta o pecuarista na adoção de ações em cada etapa do processo produtivo. Práticas simples como a troca de mangueiras comuns por de pressão, captação de água da chuva para uso na lavagem do piso, detecção de vazamentos, manter os bebedouros limpos, formular e balancear corretamente as dietas dos animais podem fazer a diferença.

"As boas práticas hídricas proporcionam o entendimento da água nas três dimensões em um sistema de produção animal: alimento, insumo produtivo e recurso natural. Exercitar a utilização e o manejo da água nestas três dimensões proporcionará disponibilidade hídrica em quantidade e com qualidade na propriedade rural", explica o pesquisador Julio Palhares, autor do documento. Para a implantação das boas práticas é fundamental que o técnico e o produtor tenham os conhecimentos necessários ou sejam capacitados.

No manual, a Embrapa propõe algumas ações para a gestão eficiente da água na propriedade e redução de possíveis impactos negativos no uso dos recursos hídricos. As recomendações consideram a realidade da produção leiteira brasileira e as legislações ambientais. "A pecuária leiteira pode ser pioneira na utilização de boas práticas hídricas, garantindo a oferta de um produto que considere os valores de segurança dos alimentos e de conservaçãodo meio ambiente, bem como a saúde de humanos e animais", destaca o pesquisador. A publicação está disponível AQUI. (Fonte: Embrapa Pecuária Sudeste)

África entra no mapa das multinacionais de lácteos

Na pequena propriedade familiar de Anno Walivaka, no vale abaixo do Monte Elgon, no Quênia, a produção diária de leite de seu punhado de vacas subiu de enos de 5 litros por animal para mais de 15 litros em dez anos. E ele está confiante em poder chegar, em breve, "a 20 ou até 25 litros". O consumo de leite na África está entre os mais baixos do mundo, mas assim como o rendimento das vacas de Walikava, está em alta. Entre os que apostam na expansão da área de laticínios na África estão a cooperativa dinamarquesa Arla Foods e o grupo francês Danone. Em recente visita ao Quênia, o vice¬presidente executivo da Danone, Pierre¬André Térisse, disse que continua otimista com as perspectivas de longo prazo da companhia na região, mesmo diante da recente queda nos preços das commodities e da baixa disponibilidade de mercados de câmbio em alguns países. O executivo prevê que a receita da Danone na África crescerá até 10% ao ano até 2020 - e na África Ocidental a taxa deverá ser duas vezes maior. A estimativa de avanço no continente é também duas vezes superior ao ritmo global previsto. Em 2015, a receita da Danone na África foi de € 1,4 bilhão. A Arla Foods é outra com grandes expectativas. Sua meta é quintuplicar a receita na África Subsaariana em cinco anos, de € 90 milhões, em 2015, para € 460 milhões, em 2020. 

No ano passado, a cooperativa criou empreendimentos conjuntos no Senegal e na Nigéria para melhorar sua rede de distribuição e fomentar a expansão na África Ocidental. Analistas dizem que apesar dos obstáculos representados pelo clima e pela baixa renda, a demanda potencial por laticínios na África é considerável. Seu consumo anual per capita é de 37 litros, ante a média mundial de 104 litros, segundo o Banco Mundial. E a população da África Subsaariana deverá dobrar até 2050 e se tornar mais próspera. Segundo Kevin Bellamy, especialista do Rabobank nesse mercado, a "África está definitivamente no mapa dos laticínios". Ele destacou que forma firmados 14 acordos de fusões e aquisições no segmento na região no ano passado. Esse interesse é incentivado, em parte, pela desaceleração na China, que levou empresas a buscarem outros países em desenvolvimento para crescer. Ao mesmo tempo, a tendência é de aumento da produção de leite na Europa após o fim das cotas restritivas da União Europeia, em 2015. Mas há problemas: neste ano, o baixo preço do petróleo e a valorização do dólar coibiram alguns negócios. A Danone, cuja primeira aquisição no continente foi no Marrocos, em 1953, investiu € 1 bilhão na África nos últimos dois anos, expandindo sua rede pelo continente. Neste ano, tornou¬se acionista majoritária da Fan Milk, que atua na África Ocidental, e comprou a Halayeb, uma das mais antigas produtoras de queijo no Egito. Antes, já havia adquirido, por € 30 milhões, 40% da Brookside Dairy, empresa queniana que processa e vende laticínios na África Oriental. 

Analistas acreditam que a Danone vai direcionar a Fan Milk sobretudo para a área de iogurtes, com a intenção de aumentar as vendas na Nigéria, onde os produtos representaram 20% das vendas de laticínios em 2014 ¬ que no total alcançaram US$ 2,6 bilhões naquele ano, conforme o Rabobank. "O iogurte é um negócio de alta margem e está alinhado às atuais tendências a favor dos produtos saudáveis. O consumo na Nigéria, sob condições econômicas normais, vai aumentar", diz Miguel Azevedo, analista do Citigroup A compra da participação na Brookside, na qual a família do presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, tem participação majoritária, representa um trampolim para impulsionar a expansão. Em 2015, a Brookside adquiriu a empresa de laticínios ugandense Sameer Agriculture and Lives; neste ano, comprou participação majoritária na Inyange, uma empresa de laticínios, sucos e águas, em Ruanda. Parte desse "sucesso" da Danone pode ser creditada a uma "revolução" iniciada há 18 meses, quando as operações africanas foram tiradas de suas respectivas divisões de produtos e colocadas em uma nova unidade com base geográfica, a única do tipo no grupo francês. A estratégia contrasta com a de outras rivais, como a Nestlé, que agrupa a África Subsaariana com a Ásia e Oceania e a África Setentrional com Europa e Oriente Médio. Uma parte central da estratégia da Danone na África, diz o vice¬presidente Térisse, é ter "produtos que sejam feitos por africanos, para africanos". "Então, em vez de fazer iogurtes frescos, vamos pensar em longa vida (...). "Em vez de potes legais, vamos pensar em sachês.. Em vez de apenas laticínios, vamos pensar em cereais, já que há muitas tradições na África de mistura de cereais e laticínios". A Danone também quer usar o continente como "laboratório". "O problema da Europa e de muitas partes do mundo é que, quando você muda, há muito a perder. Na África, se mudarmos, não temos tanto a perder, mas temos muito a ganhar", diz Térisse. (Valor Econômico)
 

 

Atividade leiteira em Picada Café é discutida em encontro
Na tarde desta segunda-feira (24/10), a equipe da Emater/RS-Ascar de Picada Café esteve reunida com o grupo de agricultores familiares que desenvolvem a atividade leiteira no município, para tratar de diversos assuntos. O encontro aconteceu na propriedade de João Carlos Federhen, na localidade de Joaneta, e também contou com a presença do prefeito em exercício, Daniel Rückert. Inicialmente, o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Rafael Hoss, expôs o cenário da atividade leiteira e sua contextualização em nível de mundo, país, estado e, por fim, a caracterização da atividade no município de Picada Café, feita a partir do diagnóstico realizado nas propriedades, através do qual foi possível apontar algumas potencialidades e gargalos existentes na atividade leiteira. Após, o assistente técnico do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, João Carlos da Luz, tratou de uma das principais dificuldades da atividade leiteira levantadas no diagnóstico: a sanidade do rebanho, especificamente o problema frequente da mastite, que traz grandes prejuízos à produção leiteira. No encontro, também foi apresentado o Programa de Gestão Sustentável da Agricultura Familiar, do governo do Estado: seus objetivos, abrangência em Picada Café e, principalmente, a necessidade dos agricultores realizarem a gestão de suas propriedades, identificando assim os custos de produção de cada atividade que desenvolvem.Para a extensionista social da Emater/RS-Ascar de Picada Café, Elisete Benke, esses encontros permitem a troca de experiências entre as famílias e a possibilidade de, junto com a Extensão Rural e Social, buscar alternativas para superar as dificuldades enfrentadas. A proposta feita aos agricultores é de que ações que envolvem a agricultura familiar, especialmente os produtores de leite, tenham continuidade no próximo ano, com mais encontros periódicos como este. (Emater - RS)

 

Porto Alegre, 25 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.378

 

  Preço do leite atinge extremos em 2016

Direto de Santa Maria (RS), onde acontece o 2º Fórum Itinerante do Leite, o presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra, diz que este ano foi atípico para o setor. No primeiro semestre, os preços atingiram patamares históricos, e no segundo semestre, quando a produção reagiu e as importações foram maiores do que era necessário, os preços diminuíram de forma intensa. Os extremos prejudicam o produtor, que não consegue fazer o planejamento, e também prejudica a indústria, que não consegue garantir suas margens e viabilizar seus negócios. Para assistir a entrevista, CLIQUE AQUI. (Canal Rural)
 

 
  
 
Produtores pedem preço mínimo para o leite

Entidades que representam os produtores de leite do Rio Grande do Sul querem que seja instituído um preço mínimo para a matéria-prima, como forma de acabar com a constante oscilação do valor pago ao produtor. A proposta foi colocada na pauta do 2º Fórum do Leite, em Santa Maria (RS), nesta segunda-feira, dia 24. Atualmente, o valor é balizado de forma geral pelas informações repassadas pelas indústrias. No entanto, o secretário-geral da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no estado (Fetag), Pedro Signori, afirma que o preço é formado apenas por 50% da produção gaúcha de leite. "Com o preço mínimo, ninguém recebe menos do que isso e você agrega qualidade e sanidade dos animais". Para assistir a entrevista, CLIQUE AQUI

O produtor Daniel Kraetzig, de Jaguari (RS), mantém um rebanho de apenas oito vacas. Recebendo 30% a menos pelo litro de leite - que não passa de R$ 0,95 na região -, ele teve que apertar os custos, reduzindo gastos com alimentação. "Hoje, só na base da pastagem. Mão tem condições de dar ração", diz.

Reidratação
A indústria sugere a inclusão de um parágrafo na portaria do Ministério da Agricultura garantindo que o leite em pó, só possa ser reidratado a partir de matéria-prima produzida no Brasil. Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Derivados (Sindilat), Darlan Palharini, hoje a restrição não está clara. (Canal Rural) 

 
Instrução Normativa nº 40 

Não surtiu nenhum efeito positivo para os produtores de leite goianos e nacionais as alterações propostas pelo Governo Federal na Instrução Normativa nº 40, de 20 de outubro de 2016, que altera o artigo 1º da Instrução Normativa nº 26 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que trata da reconstituição do leite em pó para a produção de leite longa vida (UHT) e leite pasteurizado para atender o abastecimento público na região de desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Segundo o gerente de Estudos Técnicos e Econômicos da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Edson Novaes, a diferença da (IN) 26 para a (IN) 40 é que, a partir de agora, somente pode ser reconstituído o leite em pó oriundo de matéria-prima (leite) com origem em estabelecimento industrial registrado no Serviço de Inspeção Federal (SIF), localizado em território nacional. "Entre outras palavras, continua autorizada a reconstituição do leite em pó para a produção de leite longa vida. Com isso, não se pode mais reconstituir o leite em pó oriundo de importações".

Ele explica que há alguns aspectos que tornam essa medida praticamente inócua para os produtores de leite nacionais. A primeira delas é de que no Brasil não existem, atualmente, grandes estoques de leite em pó de origem nacional para serem reconstituídos. "O grande volume de leite em pó que temos hoje, no Brasil, foi internalizado, provenientes da Argentina, Uruguai ou de outros países", destaca.

Outro aspecto que faz com que essa medida não tenha resultado esperado, de acordo com Sérgio, é a estrutura deficitária do Mapa para fiscalizar se as indústrias estão realmente reconstituindo o leite em pó de leite de origem nacional ou não para a produção de leite longa vida. "E a terceira e mais importante questão é que, mesmo com a queda de produção de leite ocasionada em alguns estados brasileiros no primeiro semestre deste ano, não faltou leite para atender o mercado brasileiro e em específico a região nordeste. O leite produzido pelos produtores nacionais atende perfeitamente à demanda nacional", explica.

Sérgio acrescenta que essa alteração da (IN) 40 só atende os interesses comerciais das indústrias, uma vez que não faz sentido produzir leite em pó para depois reconstituí-lo em leite longa vida, já que os preços pagos internamente para a produção de leite em pó são os mesmos pagos para se produzir o leite longa vida. "O que se percebe é a manutenção de uma política para que as indústrias continuem a reconstituir o grande volume de leite em pó importado e que foram importados com valores menores aos pagos aos produtores goianos", enfatiza.

Por fim, Sérgio avalia que o que é necessário para que não haja mais prejuízos e para que os produtores nacionais não continuem saindo da atividade, é a revogação imediata da (IN)26, e agora da (IN)40, para que os produtores de Goiás e do Brasil possam voltar novamente a serem estimulados a investir e a produzir leite para que possamos não só abastecer o mercado interno, mas gerar excedentes exportáveis ao invés de importarmos. (Faeg)

Pesquisador expõe dados da produção de leite

Na primeira palestra da Agrotecnoeste 2016, o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Lorildo Aldo Stock, comentou diversos dados sobre o mercado de leite, tratando de questões como consumo, produção, competitividade e eficiência. A palestra aconteceu nesta quinta-feira, 20, no auditório central.

Segundo ele, há uma crescente demanda por produtos lácteos que não corresponde à velocidade de crescimento da produção, o que encarece o produto para o consumidor. Um dos fatores que explica esse crescimento no cenário internacional é o consumo de produtos como queijos, iogurtes e até soro em pó por países que tradicionalmente não consumiam esses alimentos.
Com relação ao Brasil, Lorildo apresentou dados sobre a produção, conforme as regiões e também de acordo com o tamanho dos rebanhos por produtor. As regiões que mais produzem leite são o sul e sudeste do Brasil.

Já a análise da estrutura produtiva revela um cenário de concentração. De acordo com os dados apresentados, o país tem cerca de um milhão de produtores de leite e, deste total, 800 mil são pequenos produtores, com até 30 vacas. No entanto, eles respondem por apenas 20% da produção. Por outro lado, 200 mil médios e grandes produtores respondem por 80% do leite produzido no Brasil. "E essa concentração tende a aumentar: a cada dia mais e mais produtores saem do mercado de leite", concluiu. (Da assessoria de imprensa do Campus Iporá do IF Goiano). (Fonte: Oeste Goiano)
 

 

EUA: Wisconsin perdeu quase 400 fazendas leiteiras desde 2015
O Estado de Wisconsin, nos Estados Unidos, perdeu quase 400 fazendas leiteiras no ano passado, de acordo com o último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) - que mostrou que pouco mais de 9.400 rebanhos leiteiros estavam ativos no estado em 1 de outubro, 4% a menos que em 2015. Porém, o presidente da Associação de Negócios Leiteiros de Wisconsin, Gordon Speirs, disse que a perda deste ano é positiva comparada com os declínios nos anos anteriores. "Esse é um dos menores (declínios) em minha memória e acho que é uma vitória real para nossa indústria, considerando os desafios econômicos que tivemos no último ano e meio com os baixos preços do leite", disse Speirs, que é proprietário e opera na Shiloh Dairy, em Brillion. "Há não muitos anos atrás, perdíamos 600, 800 e até 1.000 por ano". O número de rebanhos leiteiros vem declinando nos últimos 40 anos, à medida que mais produtores se aposentam sem que tenha alguém para cuidar de sua operação, disse Speirs. "As pessoas envelhecem, seus filhos não estão interessados em continuar o negócio da família e estão deixando a indústria". O número de vacas leiteiras em Wisconsin continuou muito estável nos últimos anos. Speirs disse que muitos produtores de leite aumentaram suas operações enquanto outros deixaram a indústria. (As informações são do http://www.wiscontext.org, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

 

Porto Alegre, 24 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.377

 

Setor lácteo alinha rumos da competitividade em Santa Maria

  

Fotos: Carolina Jardine

Elevar a competitividade do setor lácteo exige um trabalho orquestrado, que une planejamento e gestão profissional dos tambos a uma atuação forte por parte das indústrias para obtenção de produtos de alta qualidade em escala e capazes de acessar mercados cada vez mais exigentes. Como regente, o poder público tem o dever de, em conjunto com o setor, criar políticas públicas que garantam o equilíbrio necessário para assegurar competitividade ao setor, que gera renda a mais de 100 mil famílias e arrecadação a 467 dos 497 municípios gaúchos. A necessidade de união e ações concatenadas pelo bem coletivo foram a tônica dos debates do 2º Fórum Itinerante do Leite, realizado nesta segunda-feira (24/10), na UFSM, em Santa Maria (RS). Cerca de 450 pessoas, entre autoridades, lideranças do setor lácteo, acadêmicos, empresários e agricultores estiveram presentes no evento. Além do debate sobre o mercado, à tarde oficinas permitiram a avaliação técnica de diversas questões como inspeção, legislação, sanidade e gestão nas propriedades leiteras.

Durante o Fórum, o pesquisador Wagner Beskow cobrou avanços logísticos que permitam ao setor ser mais competitivo. Ele ainda defendeu empenho em qualificar os processos e manejo, principalmente com relação à alimentação animal, o que julga ser um dos grandes gargalos dentro da porteira.  "Nossa palavra de ordem tem que ser produtividade e eficiência", ressaltou.  O pesquisador da Embrapa Clima Temperado Darcy Bitencourt reforçou a necessidade de maior organização como estratégia para evitar a competição interna na cadeia produtiva. "Precisamos de lideranças que mudem essa história e se preocupem com o crescimento da cadeia", salientou.

Ao analisar o mercado, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, referiu-se aos entraves criados pela importação descontrolada de leite pelo Brasil. "A competitividade começa na casa do produtor, em como posso ampliar o rendimento por vaca. Mas vivemos em uma economia globalizada que atinge o mercado e os preços", frisou.  "Altos e baixos são uma realidade da vida inteira no setor lácteo. Quando se fala em leite, não dá para olhar o mês, tem que se olhar o exercício. Quando se ganha tem que se guardar", sugeriu, contrapondo manifestação de produtores que reivindicam uma maior previsibilidade de valores a serem pagos. "A indústria não quer baixar o preço, mas seguimos a lei da oferta e da procura, até porque vivemos em uma economia globalizada", completou Guerra.
A necessidade de parâmetros de preço e incentivos fiscais também foi alvo da manifestação do secretário-geral de Fetag, Pedrinho Signori.  Segundo ele, o desequilíbrio da cadeia produtiva desanima o produtor, que vive com picos de preço. "Precisamos de um maior equilíbrio. Não podemos entregar o leite e receber 40, 45 dias depois sem saber quanto. Isso desestrutura muito os tambos. O sucesso do campo está relacionado à sucessão rural. O jovem só vai ficar na propriedade se tiver resultado. Precisamos equilibrar a cadeia".

O diretor da Farsul e presidente da Aliança Láctea Sul Brasileira, Jorge Rodrigues, ainda reforçou a importância de se estabelecer normas factíveis ao produtor, diferente da IN 51, que mudou de nome, mais ainda é de difícil cumprimento. Rodrigues sugeriu a adaptação das exigências em relação à CCS aos padrões norte-americanos. A Aliança Láctea ainda está trabalhando com a equiparação de fiscalização dos três estados do Sul e em um plano de fidelização entre o produtor e a indústria, o que pode acontecer por meio de um contrato, por exemplo.
 
Durante manifestação em Santa Maria, o procurador do Ministério Público, Alcindo Bastos, informou que a Operação Leite Compensado deve ser levada a outros estados do Brasil.  A proposta é uma forma de corrigir a penalização do leite gaúcho que, sendo o mais fiscalizado, também acabou tendo um maior número de denúncias deflagradas. 

O 2º Fórum Itinerante do Leite foi uma realização do Sindilat, do Sistema Farsul, da Fetag e do Canal Rural, com apoio institucional da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Uruguai: faturamento das exportações caiu 7% até setembro

Até agora nesse ano (janeiro-setembro), o faturamento das exportações de lácteos do Uruguai foi de US$ 422 milhões, 7% a menos que no mesmo período do ano anterior, de acordo com dados do Instituto Nacional do Leite do país (Inale). Embora sigam caindo os preços de todos os produtos com relação ao ano anterior, as exportações de leite em pó integral e queijos são maiores do que as registradas no ano passado.

No caso do leite em pó integral, as receitas no período de janeiro a setembro foram de US$ 252,5 milhões (+27%), com um volume de 103.595 toneladas (+51%). No caso dos queijos, foram exportadas 27.055 toneladas (+28%) com um faturamento de US$ 89 milhões (-8%).

Com relação a dezembro do ano passado, em setembro houve uma melhora nos preços recebidos de todos os produtos, no caso do leite em pó desnatado foi de 49%, da manteiga, 17%, do leite em pó integral, 13%, e do queijo, 12%.

Por outro lado, em setembro deste ano, os preços dos queijos exportados pelo Uruguai aumentaram 5% com relação a agosto, ficando em média em US$ 3.929 por tonelada. Os preços recebidos pela Oceania também aumentaram 15% com relação ao mês anterior, ficando em US$ 3.581 por tonelada.

No caso do preço médio do leite em pó integral exportado pelo Uruguai, em setembro aumentou 4% com relação a agosto, ficando em US$ 2.653 por tonelada. No entanto, os valores de exportação desse produto da Europa (do norte) e da Oceania aumentaram 11% e 17%, ficando em US$ 2.888 e US$ 2.869, respectivamente. (Informações são do Tardaguila.com.uy, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Produtores de leite australianos descartam milhares de litros de leite

Os produtores de leite de Western Australia estão descartando milhares de litros de leite no ralo à medida que o excesso de oferta global os força a deixar suas terras. Produtores de leite no sudoeste do estado estão encerrando as atividades visto que processadoras como Brownes Dairy e Harvey Fresh terminaram seus contratos.

 

Graham Manning descartou 16.000 litros de leite e 156 anos da história da família à medida que o excesso de produtos lácteos e a queda na demanda da Ásia e da Europa interferiram  no seu sustento. Ele, que é da quinta geração de produtores, está se preparando para vender suas vacas e a fazenda em Harvey, sul de Perth. Seu contrato de dois anos com a Brownes expirou em 30 de setembro.

Os produtores Dale Hanks e Tony Ferrano também perderam seus contratos. A Harvey Fresh comprou o volume de duas semanas de leite de três produtores, após o fim do contrato da Brownes, mas isso terminou nesta semana.

 

O presidente do conselho de lácteos que representa os produtores de Western Australia, Michael Partridge, criticou as companhias de lácteos pela forma como estão lidando com o excedente de lácteos. "Esses três produtores assumirem o peso do problema da indústria no momento é absolutamente repugnante. Precisamos nos certificar de que isso não acontecerá com outros. Há outras formas de equilibrar e controlar a oferta de leite".

Brownes não quis comentar, mas citou um post no Facebook de 23 de setembro. "Em Western Australia, enfrentamos uma situação sem precedentes, onde nossa oferta de leite está maior do que a demanda dos mercados locais e de exportação combinados", diz o post.

 

Mais cinco produtores rurais do sudoeste de Western Australia enfrentam um futuro incerto à medida que os contratos da Harvey Fresh terminam em janeiro. No começo desse ano, a Brownes e a Harvey Fresh disseram a nove produtores rurais no sudoeste do Estado que seus produtos não eram mais requeridos, devido ao excesso de oferta de leite.

Em maio, o diretor gerente da Brownes, Tony Girgis, disse que a Western Australia estava produzindo 390 milhões de litros de leite por ano, mas somente 310 milhões de litros estavam sendo consumidos. Ele destacou que venderia 250 vacas e pararia a produção de mais 100. "É um momento muito difícil, mas temos que passar por ele. Não podemos pensar muito sobre nós mesmos, é importante para nós lidar com essas vacas". (As informações são do Dailymail.co.uk, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Processos de certificação no setor lácteo pautam encontro com produtores franceses
A experiência para alcançar certificações no setor lácteo foram debatidas na última quinta-feira (20), durante encontro de representantes do setor leiteiro e da missão governamental que está na Europa. O encontro ocorreu na Casa do Leite, em Paris. Conforme o coordenador técnico da Famurs (Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul), Mário Ribas do Nascimento, a ideia é promover a troca de experiências para que o estado avance neste setor. A proposta visa levar técnicos franceses ao estado e aperfeiçoar os processos para a obtenção de certificações como as de denominação de origem e indicação de procedência. A França é considerada a maior potência agrícola da Europa. O governo tem uma política forte de subsídios aos produtores, evitando o êxodo do campo para as grandes cidades. A união das cadeias produtivas garante os títulos de país com os melhores queijos, melhores vinhos e melhores mostardas. Isso faz com que o produtor ganhe mais credibilidade, poder de negociação e marketing. O selo é concedido pelo Instituto Nacional de Origem e Qualidade (INAO, na sigla em francês). Na reunião, representantes da Sodiaal - cooperativa dos produtores de leite e derivados francesa - manifestaram interesse de expandir negócios e investir no Rio Grande do Sul, informou Nascimento. Recentemente, a marca adquiriu unidades em Minas Gerais para a produção de lácteos. Estiveram presentes ao encontro o presidente da Famurs, Luciano Pinto, e o coordenador da Rede Gaúcha de Incubadoras e Parques Tecnológicos, Artur Gibbon. (Informações são do Governo do Rio Grande do Sul)
 

 

Porto Alegre, 21 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.376

 

 Reconstituição do leite

O Diário Oficial da União desta sexta-feira (21) publicou a Instrução Normativa (IN) nº 40, que proíbe a reconstituição do leite em pó importado pelas indústrias localizadas na área de abrangência da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) afetada pela seca.

Segundo o texto, apenas o leite em pó nacional pode ser usado para produzir leite UHT e pasteurizado. A IN do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) altera o artigo 1º da medida publicada em julho deste ano com a finalidade de conter a queda dos preços ao produtor nacional. Ela não especificava a origem do leite em pó, permitindo assim tanto o produto nacional quanto o de outros países. A proibição do produto importado para reconstituição vinha sendo reivindicada pelos representantes do setor e por parlamentares gaúchos que se reuniram esta semana com o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller. O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor nacional de leite com 4,7 bilhões de litros por ano. Minas Gerais aparece em primeiro lugar no ranking, com 9,4 bilhões de litros por ano. "A medida mostra a preocupação do ministro Blairo Maggi com o produtor rural e com o setor produtivo, para garantir a sua permanência na atividade", ressalta Geller.

Produção de leite
A produção brasileira de leite é de aproximadamente 35 bilhões de litros por ano e vinha crescendo 4% ao ano na última década. Na região Sul o crescimento foi de 7% ao ano. Nos dois últimos anos, no entanto, houve queda na produção, principalmente na região Nordeste. Segundo a Secretaria de Política Agrícola, no primeiro semestre deste ano a redução foi de 6% para o país. No Nordeste, a queda foi maior, 12%, o que levou o governo a autorizar a reconstituição de leite e a sua venda na área da Sudene. A Sudene abrange a região semiárida brasileira, ou seja, todos os estados do Nordeste, além do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. (Mapa)
 

  
 
Certificação
A experiência para alcançar certificações no setor lácteo foi debatidas nesta quinta-feira (20), durante encontro de representantes do setor leiteiro e da missão governamental que está na Europa. O encontro ocorreu na Casa do Leite, em Paris. Conforme o coordenador técnico da Famurs, Mário Ribas do Nascimento, a ideia é promover a troca de experiências para que o estado avance neste setor. A proposta visa levar técnicos franceses ao estado e aperfeiçoar os processos para a obtenção de certificações como as de denominação de origem e indicação de procedência.

A França é considerada a maior potência agrícola da Europa. O governo tem uma política forte de subsídios aos produtores, evitando o êxodo do campo para as grandes cidades. A união das cadeias produtivas garante os títulos de país com os melhores queijos, melhores vinhos e melhores mostardas. Isso faz com que o produtor ganhe mais credibilidade, poder de negociação e marketing. O selo é concedido pelo Instituto Nacional de Origem e Qualidade (INAO, na sigla em francês).

Na reunião, representantes da Sodiaal - cooperativa de produtores de leite e derivados francesa - manifestaram interesse de expandir negócios e investir no Rio Grande do Sul, informou Nascimento. Recentemente, a marca adquiriu unidades em Minas Gerais para a produção de lácteos. Estiveram presentes ao encontro o presidente da Famurs, Luciano Pinto, e o coordenador da Rede Gaúcha de Incubadoras e Parques Tecnológicos, Artur Gibbon. (Governo do RS)

Lácteos 

Ainda que existam boas perspectivas no médio e longo prazo para os lácteos, a conjuntura continua sendo complicada para o setor. Depois da queda nas cotações registradas no início do mês na plataforma da companhia neozelandesa Fonterra (Global Dairy Trade), nesta terça-feira o valor do leite em pó mostrou uma leve recuperação. O preço da tonelada subiu 2,9%, chegando ao valor de US$ 2,706. 
 
A melhora, no entanto, não foi suficiente para recuperar a perda registrada no começo do mês, quando o produto teve queda de 3,8%. O problema é o estoque. As grandes reservas mundiais de lácteos, que segundo o último relatório do Rabobank calculou em 6,5 milhões de toneladas acima do normal, é um freio que não deixa os preços decolarem. No entanto, uma queda na produção faria com que as cotações sejam recuperadas no futuro. (Agrovoz - Tradução livre: Terra Viva)

 

Uruguai 

"Felizmente este ano foi de boas notícias no que diz respeito a habilitações para o mercado internacional", destacou Martin Berrutti. O gerente comercial de Estâncias del Lago disse no "Amanhecendo com o Campo" que está exportando leite em pó integral para o Brasil, e conseguiram ingressar na Rússia e México. Nos próximos dias será obtida a abertura do mercado chinês. Esclareceu que a habilitação para a China está em fase final e seria "o último dos grandes mercados, por seu enorme potencial de compra". Atualmente a empresa não está sendo pressionada a fazer negócios, já que pode colocar, até janeiro, grande parte de sua produção no Brasil, destacou Berrutti. Assegurou ainda, que o espírito comercial de Estancias del Lago "foca sempre na diversificação do mercado e se aparecer algum negócio que fique próximo aos níveis de preços do Brasil, estamos dispostos a conversar". Comentou que hoje o Brasil está pagando em torno de US$ 3.100/tonelada de leite em pó, para entrega em janeiro. 

De qualquer forma, o gerente comercial da empresa disse que estão dispostos a fechar negócios de US$ 2.950 a US$ 3.000/tonelada, para não perder contato com os mercados do Norte da África e Oriente Médio. Mas, lembrou que "não estão em apuros, nem com pressões comerciais". Finalizou dizendo que o mercado internacional para o leite em pó integral está firme, mas, com uma demanda que não é elevada. A demanda "é discreta, mas os negócios continuam e isto ocorre pela baixa produção de vários países do Mercosul e outras partes do mundo". (El País - Tradução livre: Terra Viva)

 
 
 

FIL/IDF x FAO
Durante a Cúpula Mundial do Setor Lácteo, realizada em Roterdã, A Federação Internacional de Laticínios (FIL/IDF), assinou com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), um compromisso para enfrentar o desfio da sustentabilidade. Em nome da cadeia láctea mundial, as duas entidades firmaram um Declaração conjunta, assumindo a Agenda de Desenvolvimento Sustentável de 2030 das Nações Unidas. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)
 

 

Porto Alegre, 20 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.375

 

Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 20 de outubro de 2016 na cidade de Florianópolis, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Setembro de 2016 e a projeção dos preços de referência para o mês de Outubro de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)

 
  
 
Lactalis investe em fábricas e em novos produtos no Brasil

Quando receber o governador gaúcho José Ivo Sartori (PMDB) hoje em Paris para a assinatura de um protocolo de intenções, o presidente global da Lactalis, Daniel Jaouen, não vai apenas assumir o compromisso de investir pouco mais de R$ 100 milhões no Estado nos próximos oito anos. A cerimônia também jogará luz sobre a acelerada expansão da multinacional francesa de lácteos no Brasil. Conhecida por ser "low profile", a dona da marca Président está fazendo barulho. Presente no país desde 2013, a Lactalis primeiro se concentrou em fincar os alicerces na nova fronteira. Gastou cerca de R$ 2 bilhões em aquisições, conforme cálculos que circulam no mercado, montou uma rede formada por 15 fábricas espalhadas por sete Estados só não há unidade na região Norte, passou a contar com mais de 13 mil fornecedores de leite e está na fase final do processo de integração dos diferentes ativos e culturas absorvidos. Mas, ainda que o ajuste de processos e padrões continue, é hora de estreitar os laços com o consumidor. Nesse sentido, a empresa está lançando uma linha de produtos Président fabricados no Brasil e voltada ao mercado doméstico e se prepara para ampliar os aportes em marketing. Com um portfólio que também inclui duas marcas internacionais (Parmalat e Glabani) e nove nacionais (Balkis, Batavo, BoaNata, Cotochés, DaMatta, DoBon, Elegê, Poços de Caldas e Santa Rosa), a Lactalis sabe que um dos desafios que enfrenta é não perder a identidade em nenhum dos elos da cadeia produtiva. "A empresa ainda é uma criança no Brasil. Começamos a caminhar, mas ainda não estamos correndo", afirma Patrick Sauvageot, presidente da Lactalis para a América Latina. 

Ele observa que os investimentos feitos na "fundação" das operações no país, por exemplo, já saltaram aos olhos. Como informou o Valor em maio, a companhia já ficou em segundo lugar no ranking de captação da Leite Brasil (entidade que reúne produtores) em 2015, com volume de quase 1,6 bilhão de litros de leite, 12% superior ao do ano anterior. Mais que isso: com os esforços empreendidos até agora, o Brasil passou a representar cerca de 70% da receita da múlti na América Latina a região responde por quase 10% das vendas globais, que giram em torno de € 17 bilhões por ano. A Lactalis mantém unidades de produção em 43 países. São 229 no total, com um número de funcionários que se aproxima de 75 mil. "Mas nossa ambição para o Brasil é muito maior", diz Sauvageot, que tem 56 anos e está radicado no país há dois. No futuro próximo, caberá também a equipe formada por ele liderar a estratégia de expansão do grupo em outros mercados da América do Sul. "Vamos construir uma empresa muito grande na América Latina, com investimentos expressivos", afirmou o executivo ao Valor. Mas antes disso a "criança" tem aprender a correr. E é sobre esse crescimento o encontro desta quinta entre presidente global Jaouen e o governador Sartori. Com os mais de R$ 100 milhões que serão anunciados, a Lactalis vai ampliar as quatro unidades que tem em operação no Rio Grande do Sul e erguer uma nova, focada em proteína de soro. 

E, segundo Sauvageot, certamente o montante será gasto em bem menos tempo que os oito anos previstos no protocolo de intenções que será assinado. Paralelamente, afirmou o presidente da Lactalis para a América Latina, os aportes para a melhora da qualidade do leite cru recebido de seus fornecedores no país continuam. Até porque alguns padrões globais do grupo têm de ser respeitados. Na França, por exemplo, a matéria-prima utilizada pela companhia tem, no máximo, 30 mil germes por mililitro, enquanto no Brasil a média supera 500 mil. "Estamos desenvolvendo um trabalho com 1,5 mil produtores da nossa rede de fornecedores para baixar esse nível para menos de 200 mil. Está dando resultados e vamos ampliá-lo", disse. Ele esclareceu que no processo de industrialização do produto os germes são eliminados, na França ou no Brasil. Mas o que não representa risco para a saúde pode afetar, ainda que minimamente, o sabor dos produtos finais o que, para uma marca com o status da Président, pode ser bastante prejudicial. E que, muitas vezes, a solução é simples. Como o nível de contaminação no Brasil é alto por causa da água, a instalação de um sistema de purificação com cloro nas fazendas dos fornecedores já resolve boa parte do problema. E um sistema de aquecimento da água é considerado indispensável. Nada do outro mundo, a bem da verdade. Esse cuidado com o leite, aliado ao apoio técnico para a ampliação da produtividade dos pecuaristas, já tornou viável o lançamento de queijos mussarela, prato, minas frescal e reino com a marca Président no mercado doméstico. Sem contar o requeijão, um produto tipicamente brasileiro que a empresa pretende começar a exportar. A manteiga da marca ainda é importada, mas se tudo der certo os investimentos na tecnologia necessária para iniciar a produção por aqui também serão feitos, disse Sauvageot. "Seguindo esses passos ¬ investimentos na qualidade da matéria-prima, nos padrões das fábricas, na cadeia de fornecedores e na parte comercial e de marketing, construiremos a número um em lácteos no Brasil". Palavra de presidente. (Valor Econômico)

A competitividade dos custos de produção do leite desloca-se substancialmente

Os resultados recentes do Relatório de Lácteos IFCN 2016 publicado no dia 12 de outubro indica uma substancial queda nos custos em fazendas de leite em 2015. Os custos de produção caíram de US$ 46 para US$ 40,5/100 kg em média, em todas as fazendas analisadas.

 

As principais razões para isso foram: taxas de câmbio e a capacidade dos produtores de cortarem despesas que afetam a competitividade dos custos diante de um segundo ano de crise. Assim como 2014 foi um ano top para muitos do mundo do leite, 2015, até o momento, pode ser considerado o pior das últimas décadas para a maioria. Na verdade, a média dos preços do leite no mundo caíram 33% dos elevados níveis de 2014, para chegar a US$ 29,4/100 kg de Energia Corrigida do Leite (4% de matéria gorda e 3,3% de proteína), em 2015. "Nós estamos enfrentando a terceira crise nos preços do leite desde 2007. Essas crises e também outros fatores provocaram as maiores mudanças na competitividade que eu já vi em toda a minha carreira de economista do setor lácteo", disse Dr. Torsten Hemme, diretor do IFCN. Em média, os agricultores reduziram seus custos em US$ 5,5/100 kg ECM. Fortes reduções de custos atingiram locais como a Europa Ocidental, Central e também países do Leste Europeu, devido às taxas de câmbio e os efeitos do pós cotas, enquanto os custos ficaram estáveis ou subiram, na China, Índia, Estados Unidos relacionados às taxas de inflação, trabalho e alimentação. 

 
No entanto, a redução nos preços do leite foi bem mais forte do que o declínio dos custos. Como resultado a renda das fazendas enfrentou queda grave, que continuou em 2016. De acordo com o Dr. Amit Saha, "Os produtores de leite que enfrentaram os piores resultados em termos de rentabilidade em 2015 foram os da Europa Ocidental, América do Norte, e Oceania, que não recebiam o suficiente para cobrir os custos. Em outras regiões a situação foi menos terrível, com cerca de 30% das fazendas não cobrindo seus custos". Enquanto no Brasil e na Nova Zelândia a situação financeira das fazendas de leite estão melhorando, com o ligeiro aumento dos preços atuais, as coisas estão ficando mais desafiadoras nos Estados Unidos, União Europeia, China e Índia. A introdução do Relatório original destaca que mesmo com a crise, houve aumento de 1,8% na produção de leite, e 80% deste crescimento ocorreu na União Europeia e Índia. Na China e Estados Unidos a produção ficou estabilizada, enquanto no Brasil, Turquia e Nova Zelândia houve redução. (IFCN - Tradução livre: Terra Viva)
 
 
Roberto Muniz propõe regras para distribuição de recursos à defesa agropecuária

O senador Roberto Muniz (PP-BA) fez uma apresentação, nesta quinta-feira (20), em reunião da Comissão de Agricultura (CRA), sobre projeto de sua autoria que disciplina a distribuição de recursos do Orçamento da União para a defesa agropecuária. A proposta (PLS 379/2016) começou sua tramitação legislativa na quarta-feira (19).

De acordo com o projeto, haverá percentuais fixos, a exemplo do Fundo de Participação dos Estados (FPE), para os repasses dos entes federados às ações de inspeção e controle da saúde dos animais e vegetais. Roberto Muniz afirma que o objetivo é garantir o desenvolvimento de uma agropecuária competitiva, com a possibilidade de planejamento e gestão financeira do setor, cujas atividades estão diretamente ligadas à qualidade dos produtos que chegam à mesa dos brasileiros.

Segundo o senador, com os novos percentuais de repasse, haverá melhorias na execução dos recursos do Ministério da Agricultura que já são destinados atualmente para os estados, e a possibilidade de maior controle da pasta sobre as ações de defesa sanitária agropecuária em todos os entes da federação.

A proposta (PLS 379/2016) prevê a partilha de 80% dos recursos destinados aos repasses federais, ficando os outros 20% destinados, a critério do Ministério, para possível compensação a entes federados ou para emergências sanitárias. Atualmente, os recursos financeiros para as ações de defesa são deliberados por meio de convênios entre a União e os entes da Federação.

O projeto altera esse processo, ao instituir a transferência mensal, direta e obrigatória dos recursos para contas correntes dos entes federativos, na proporção de um doze avos (1/12) do valor previsto para o exercício. O projeto veda a utilização dos recursos para o pagamento de despesas de caráter continuado.

- Há ainda a definição da contrapartida dos entes favorecidos, levando-se em conta sua capacidade financeira ou se sua localização está na abrangência das superintendências de desenvolvimento regionais ou na faixa de fronteira. O projeto prevê a prestação de contas como medida de controle e transparência, através de demonstrativos disponibilizados em site para este fim na Internet - explicou o senador.

Roberto Muniz ressaltou ainda que a organização é necessária, já que a natureza continuada das ações de defesa não pode sofrer com a suspensão ou contingenciamento dos recursos. Ele lembrou que as atividades relacionadas à defesa agropecuária são, em geral, de natureza contínua e carecem de uma segurança financeira.

- A suspensão ou contingenciamento dos recursos orçamentários, mesmo que por breves períodos, podem colocar em risco os seus objetivos - afirmou.

O senador entende que um sistema robusto de defesa, com aperfeiçoamento no planejamento e na gestão financeira, vai ao encontro do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). Ele argumentou ainda que sua proposta apresenta ao sistema alternativas viáveis de financiamento aos órgãos executores, cujas atuações estão atreladas às questões de saúde, segurança alimentar, meio ambiente, economia sustentável e emprego e renda.

Critérios
A distribuição dos recursos, explica o senador na justificação da proposta, será balizada pelos Planos Plurianuais de Atenção à Sanidade Agropecuária, já previstos no regulamento do Suasa, que deverão conter as metas, as responsabilidades de cada instância do sistema, os recursos necessários, inclusive contrapartidas financeiras e fontes de financiamento.

Ele propõe ainda que a distribuição leve em consideração metas e parâmetros relativos à realidade de cada estado e município, incluindo nos aspectos físico e territorial: área plantada (ha), extensão de fronteiras internacionais (Km²), imóveis rurais cadastrados; no aspecto técnico e demográfico: rebanhos registrados (cabeças) e população rural; e no aspecto econômico: valor bruto da produção de lavouras (R$), exportações agropecuárias (U$) e participação de pessoal ocupado na agricultura familiar.

Tramitação
O projeto será analisado pelas Comissões de Agricultura (CRA) e de Assuntos Econômicos (CAE), recebendo decisão terminativa na última. A presidente da CRA, senadora Ana Amélia (PP-RS), designou como relator o senador Wellington Fagundes (PR-MT), que é médico veterinário. (Agência Senado)

 

Censo Agro
A Comissão de Agricultura do Senado aprovou ontem emenda de R$ 1,156 bilhão ao projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2017, para realização do Censo Agropecuário no ano que vem. O último censo da área data de 2006 e vem sendo adiado em função do ajuste fiscal. Agora, a Comissão Mista de Orçamento do Congresso ainda precisa acatar a emenda na proposta de orçamento federal para o próximo ano e o plenário do Congresso ainda aprovar esses recursos. Mesmo assim, em tese, esse montante corre risco de contingenciamentos futuros. (Valor Econômico)

 

Porto Alegre, 19 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.374

 

Aliança Láctea define pedido em bloco


Foto: Darlan Palharini/ Sindilat

A Aliança Láctea Sul Brasileira encaminhará, nos próximos dias, documento a deputados, senadores, governo e lideranças do agronegócio nacional com três pedidos emergenciais. O setor lácteo dos  três estados da Região Sul do Brasil (RS, SC e PR) quer um teto nacional de importação de leite, definições de cotas para aquisições do Uruguai e a proibição da reidratação de leite importado. O encaminhamento veio de reunião nesta quarta-feira (19/10), em Curitiba. "Alinhamos temas que são urgentes no setor para os três estados", pontuou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que representou as indústrias gaúchas.

Em Brasília, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, informou que, até sexta-feira (21/10), deve ser publicada portaria proibindo a reidratação de leite em pó vindo do Uruguai. A informação foi repassada ao deputado Elton Weber durante reunião que também contou com representantes da Contag e Fetag. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Reidratação de leite em pó deve ter solução esta semana
 

O Ministério da Agricultura irá editar até a sexta-feira uma portaria proibindo a reidratação de leite em pó importado do Uruguai. O produto vinha sendo comprado há meses, basicamente para abastecer o Nordeste, que a partir da publicação da portaria terá de utilizar somente matéria-prima nacional. A edição da portaria foi anunciada hoje à tarde pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, durante reunião coordenada por Contag e Fetag-RS, em Brasília. O governo também estuda a compra de leite em pó através da Conab. 

Segundo o deputado Elton Weber, as medidas trazem alento aos agricultores que sofrem com a queda de preço do leite no Estado. Ontem, Weber entregou um oficio do Sindilat ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, demonstrando os danos das importações de lácteos do Uruguai. "Com estas medidas a situação tende a melhorar, mas vamos continuar acompanhando a situação, e ver o que será necessário à frente", ponderou o deputado. Além do presidente da Contag, Alberto Broch, e do Secretário-Geral da Fetag-RS, Pedrinho Signori, participaram da audiência o deputado federal Heitor Schuch e o deputado estadual, Edson Brum. (Assessoria de Imprensa do Deputado Elton Weber)

 
Discussão sobre os valores de referência do leite

Em reunião realizada na manhã de terça-feira (18), os métodos de cálculo que compõem o valor do preço de referência do leite e seus derivados, fornecidos pelo Conseleite, foram apresentados pelos professores da Universidade de Passo Fundo (UPF) Marco Antônio Montoya e Eduardo Belisário Finamore. Na ocasião, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, e representantes das indústrias e cooperativas Cotrilac, Deale, RAR, Languiru, Cosulati e Santa Clara debateram e tiraram suas dúvidas sobre os critérios determinantes que geram vários questionamentos, tanto aos produtores quanto às empresas. Guerra abriu a discussão pontuando que "o Conseleite é justamente o fórum para debater o preço do leite, não se podendo fazer várias reuniões paralelas e independentes para não gerar mais dúvidas".

Os trabalhos começaram com um explicação sobre como atua o Conseleite, que reúne oito representantes dos produtores rurais e oito representantes das indústrias dos laticínios, com estatuto e regulamentos próprios.  Montoya pontuou que a metodologia do Conseleite é a que mais se sobressaiu ao longo dos anos. O objetivo de estabelecer a referência é representar um valor justo para a remuneração, tanto para os produtores rurais, quanto para as indústrias. Finamore ressaltou que os preços de referência são apenas indicativos, não representam um preço mínimo nem máximo, e são de livre adesão pelas indústrias. Guerra ainda alertou sobre a necessidade de trazer mais indústrias para fazer parte do Conseleite, agregando e dando mais realidade e transparência ao processo do cálculo dos preços de referência. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Associações 

 
 
 
Lácteos/Reino Unido 

As exportações de lácteos têm papel essencial para impulsionar a indústria e estimular crescimento, diz a Dairy UK à secretária de estado do Defra, Andrea Leadsom, em uma reunião especial semana passada. A Secretária de Estado juntou-se ao Grupo de Exportações da Dairy UK, como convidada especial, na reunião organizada pelo AHDB Dairy, para discutir o plano de exportação do governo para comida e bebida. A reunião foi uma oportunidade para discutir desafios atuais e futuros junto às negociações da Brexit e para reiterar as prioridades da Dairy UK em termos de comércio e exportações de lácteos.

Dra Judith Bryans, CEO da Dairy UK, diz: "A indústria tem trabalhado arduamente para desenvolver as exportações de lácteos e abrir novas oportunidades com países no mundo todo.  A estratégia que publicamos no início desse ano definiu os próximos passos necessários para ajudar a indústria de lácteos do Reino Unido a tomar seu devido lugar no mercado global e já fizemos progresso significativo trabalhando com o Defra. "No entanto, com 80% das nossas exportações de lácteos destinados a países da União Europeia, é absolutamente vital que mantenhamos nosso acesso ao mercado da União Europeia sem quaisquer barreiras tarifárias ou não-tarifárias.  O governo precisa manter a continuidade e evitar qualquer rompimento nas parcerias comerciais já existentes."

"Se quisermos nos manter competitivos, precisamos de um nível de igualdade com nossos parceiros europeus e globais." Peter Dawnson, presidente do Grupo de Exportações da Dairy UK, diz: "A reunião foi muito positiva com debate construtivo com a Secretária de Estado. Estamos confiantes que ela reconheça plenamente os nossos principais pontos de interesse e que ela compartilhe do nosso entusiasmo e compromisso para expandir as exportações de lácteos." (The Dairy Site - Tradução Livre: Terra Viva)

Lançado pela Embrapa, aplicativo Roda da Reprodução facilita o processo de gestão do rebanho leiteiro

Facilitar o processo de gestão do rebanho leiteiro pelos produtores e agentes de extensão rural. Esse é o objetivo do aplicativo Roda da Reprodução, lançado no último dia 28 de agosto pela Embrapa. A ferramenta exibe, em meio digital, o quadro físico usado no campo para acompanhar o ciclo de reprodução do rebanho - desde o momento da cobertura ou inseminação artificial da novilha até o parto.


  
Segundo André Luiz Monteiro Novo, Chefe-adjunto de Transferência de Tecnologias da Embrapa Pecuária Sudeste, localizada em São Carlos/SP, a ideia surgiu por meio da equipe do Balde Cheio inspirada pelas necessidades dos produtores de leite. 

"Há dois anos, começamos a usar diversos aplicativos disponíveis e vimos um grande potencial para essa nova plataforma no meio rural. Pensamos imediatamente em adaptar algumas ferramentas que usamos já há bastante tempo (a roda da reprodução física por exemplo) para este novo formato. A ideia era ampliar o acesso a essas ferramentas assim como provocar o interesse de jovens e adolescentes na gestão da atividade leiteira. A partir daí envolvemos os colegas da Embrapa Informática em Campinas que aceitaram o desafio e nos deram um grande apoio. Queríamos replicar o visual e as funcionalidades da roda 'física' no meio virtual e juntos, fizemos isso em tempo recorde".

O aplicativo funciona da mesma forma que a Roda da Reprodução convencional, porém com algumas facilidades inerentes do meio digital como acessibilidade, facilidade e rapidez de acesso à informação. Na roda física, o animal é representado por um ímã colorido, posicionado e movido de acordo com a fase reprodutiva em que se encontra. Seguindo o mesmo padrão, a versão digital representa cada animal por um círculo da mesma cor do ímã, que se movimenta automaticamente pela roda. 
 
Dessa forma, o produtor consegue visualizar a qualquer momento a situação reprodutiva do rebanho e, por meio do registro dos animais em fase de reprodução (vacas e novilhas cobertas), a roda gera várias informações, como: proximidade do parto, vacas em aberto para serem cobertas, vacas já cobertas a espera de confirmação de prenhez, vacas próximas à secagem, distribuição de partos, entre outros, em uma só imagem. 

O app também disponibiliza outras funcionalidades, como a exibição das categorias isoladamente e a possibilidade de o produtor enviar a imagem do quadro por e-mail ou whatsapp para o técnico analisar. Na fazenda a praticidade de ter todas as informações no bolso ajuda o produtor e os funcionários a identificar imediatamente o estado produtivo ou reprodutivo de cada animal. "Até o momento, as avaliações têm sido muito positivas. Há destaque para a rapidez no registro da informação, a mobilidade e o envolvimento de jovens no processo de gestão da atividade com a ferramenta", destacou André em entrevista ao MilkPoint. 

Ele ressalta que a presença de plataformas digitais no campo tem aumentado a cada dia. "A ideia tem sido muito bem recebida pois o conceito de exposição visual de todo o rebanho na roda é intuitivo, com grande impacto visual dos problemas e informações necessárias no dia a dia de quem maneja um rebanho leiteiro. Apesar disso, noto que os produtores ainda não perceberam todo o potencial que as novas ferramentas podem ter para o auxílio das atividades cotidianas". 

Para André, os principais desafios do manejo reprodutivo na pecuária leiteira brasileira ainda são reflexos da falta de alimentos volumosos de qualidade, manejo inadequado e falta de conforto. "Além disso, muitas fazendas leiteiras não têm o mínimo de informações para gerenciar o rebanho. Pode parecer inacreditável, mas dados essenciais como data do parto, data de cobertura, diagnóstico de prenhez e data de secagem ainda são desconhecidos para muita gente". Criado com base nos padrões de usabilidade do Google, a Roda da Reprodução é simples de ser usada e funciona no sistema Android, além de ser compatível com outros aplicativos e permitir integração com outros sistemas. A equipe de desenvolvimento da Embrapa Informática Agropecuária planeja criar, até o início do próximo ano, uma versão para a plataforma iOS da Apple. (Embrapa)

 

Sartori antecipa ida a Paris para negociar com empresa de laticínios
No quarto dia da missão do governo do Estado na Europa, o governador José Ivo Sartori não participará da última agenda na Alemanha. Ele foi chamado às pressas para uma reunião em Paris, na França, nesta quarta-feira. O encontro será com a direção da empresa Lactalis, um dos maiores grupos de laticínios do mundo, dono das marcas Elegê, Parmalat e Batavo no Brasil. Na reunião emergencial, será discutida a ampliação da produção no Rio Grande do Sul, através da captação de maior quantidade de leite oriunda de produtores gaúchos. Já havia a expectativa de um anúncio de mudança da sede da empresa no Brasil, de São Paulo para Porto Alegre. Dessa maneira, se tudo ocorrer bem na reunião de negociação, o aumento da produção no Estado também deve ser sinalizado. Atualmente, 60% da captação nacional de leite da empresa vem do Rio Grande do Sul. São quatro fábricas no Estado, que mobilizam 8 mil produtores de leite. As sedes no RS, situadas em Três de Maio, Ijuí, Santa Rosa e Teutônia, são responsáveis por dois mil empregos diretos, com o envio de mais de 900 milhões de litros de leite por ano à multinacional. Conforme a Lactalis, a produção atual gera R$ 1,5 bilhão, por ano, para a economia do Rio Grande do Sul. (ClicRBS)
 

 

Porto Alegre, 18 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.373

 

  Leite tem nova queda no mercado gaúcho
 
O preço de referência do leite divulgado nesta terça-feira (18/10) pelo Conseleite indica nova queda no mercado gaúcho. O valor projetado para o mês de outubro é de R$ 0,9539, redução de 4,58% em relação ao consolidado de setembro, que fechou em R$ 0,9997. A redução foi puxada pela queda do valor do leite pasteurizado (-11,70%) e do leite UHT (-6.68%). Apesar da diminuição de preço de referência nos últimos meses, o leite ainda está acima da valorização de anos anteriores. O leite UHT, por exemplo, nos últimos 12 meses, acumula alta de 26%, o que se justifica pelos picos históricos do produto apurados na entressafra. "Também é preciso considerar que, na ponta, as indústrias pagam mais do que isso por litro uma vez que há remuneração adicional por qualidade e quantidade", explicou o presidente do Conseleite e do Sindilat, Alexandre Guerra.
 
O professor da UPF Eduardo Belisário Finamore pondera que os dados do Rio Grande do Sul estão inseridos em um contexto nacional, regidos pelo livre mercado e acompanham a realidade de outros estados. A redução do UHT em outubro, pontua ele, foi menor do que vinha sendo verificada nos meses anteriores. "Nossa expectativa é que o leite UHT agora tenda a se estabilizar", sugere.
 
O presidente do Conseleite pontuou a interferência do mercado internacional no contexto nacional e salientou que o leite em pó importado foi o "grande vilão". "Tivemos uma alta expressiva no primeiro semestre e, agora, estamos enfrentando uma queda considerável. A indústria não quer baixar o preço e não baixamos o preço porque queremos. É porque o mercado se autorregula pela lei da oferta e da procura", argumentou Guerra. O vice-presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, lembrou que o aumento substancial do produto foi decorrência da falta de leite no mercado brasileiro, com picos em junho e julho, e, agora, a queda é inevitável. "O mercado de leite é São Paulo e Rio de Janeiro. Quando começa a safra em Minas Gerais e Goiás, o volume impacta todo o mercado, o que se agrava com a importação de leite do Uruguai", pondera.
 
REUNIÃO ALIANÇA LÁCTEA - Durante a reunião do Conseleite, lideranças ainda alinharam uma posição a ser apresentada durante encontro da Aliança Láctea Sul Brasileira, nesta quarta-feira (19/10), em Curitiba. Jorge Rodrigues disse que criar cotas específicas ao Uruguai é difícil neste momento. A sugestão é delimitar um teto para as importações nacionais, independente da origem do leite adquirido. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, "é preciso trabalhar com o governo reforçando a questão social". "Trabalhamos com livre mercado, mas precisamos de um acordo privado que limite as aquisições". (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Carolina Jardine
 
  
 
Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 18 de Outubro de 2016 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Setembro de 2016 e a projeção dos valores de referência para o mês de Outubro 2016, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas /ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Outubro de 2016 é de R$ 2,4714/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Fonte: Conseleite/PR)
 
 
 
Leilão GDT apresenta leve alta

O leilão GDT, que ocorreu nesta terça-feira (18/10), apresentou leve alta em relação ao evento anterior, com o preço médio dos produtos lácteos comercializados 1,4% maior, fechando em US$2.965/ton. O leite em pó integral apresentou leve alta de 2,9%, fechando a um preço médio de US$2.760/ton. Já o leite em pó desnatado teve queda de 0,3%, chegando a US$2.204/ton. O queijo cheddar teve queda de 3,7%, com o preço de US$3.290/ton.

O volume de vendas de produtos lácteos foi 7% inferior ao leilão anterior e 8,6% inferior que o mesmo período do ano passado, com um total de 31.525 toneladas comercializadas. Os contratos futuros de leite em pó integral apresentaram reação positiva para novembro, com alta de 2,3% a um preço de US$2.791/ton. As projeções de preço médio para os próximos seis meses não demonstram nenhuma expectativa de grandes movimentos de preços, oscilando no patamar entre US$2.687 a US$2.834/ton. (Milkpoint/gDT)

 

Weber defende medidas contra queda do preço do leite em Brasília

A forte importação de leite que prejudica agricultores familiares gaúchos será tratada pelo deputado Elton Weber (PSB), nesta quarta-feira (19), com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, em Brasília. A reunião, às 15h30min, contará com a presença de representantes da Fetag-RS e da Contag. A intenção é articular um encontro com o Ministério da Fazenda e o Itamaraty.

A orientação foi do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que recebeu de Weber um levantamento do Sindilat sobre o impacto negativo da entrada de produtos lácteos causa no mercado do Estado. De janeiro a setembro deste ano, ingressaram 182,23 milhões de quilos de produtos lácteos no país contra 96,62 milhões no mesmo período de 2015, um aumento de 88,6%. Já as exportações caíram de 54,62 milhões de quilos no mesmo período para 39,28 milhões de quilos, recuo de 39,05%.
Para o setor, uma das alternativas seria o governo encaminhar um acordo comercial com o Uruguai, baseado nas importações entre 2013 e 2015, garantindo ao Brasil uma programação de produção na entressafra, o que permitiria reduzir a variação de preço ao produtor e garantiria maior renda. Outra medida, segundo Weber, seria a compra governamental para enxugar mercado. "A situação está crítica, um produtor que há dois meses recebia R$ 1,70 hoje está recebendo R$ 1,20, o preço despencou no campo."
Durante a audiência com Padilha, o deputado também pediu agilidade na liberação de Proagro e do seguro agrícola para agricultores de 12 municípios atingidos pelo granizo no começo do mês nas regiões Noroeste e Celeiro, especialmente em lavouras de canola, milho e trigo. Padilha se comprometeu a acionar o Banco do Brasil (BB) para dar celeridade aos processos. "Saímos confiantes, pretendemos marcar uma reunião com BB e Fetag no Estado já na próxima semana."
A audiência, marcada pelo deputado federal Heitor Schuch, também tratou da participação brasileira na 7ª Conferência das Partes (COP7).  Padilha informou a lideranças que irá solicitar o credenciamento de pelo menos um representante do setor produtivo como observador. A COP7 reunirá os países que aderiram à Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, de 7 a 12 de novembro, na Índia. Padilha garantiu que a maioria dos integrantes do governo reconhece a importância econômica e social da cultura e apoia o setor produtivo. Segundo ele, essa deverá ser a posição adotada pela delegação brasileira no evento em Nova Délhi, cuja pauta principal é o debate de medidas restritivas ao tabaco. (Assessoria de Imprensa do Deputado Elton Weber)
 

População brasileira
Mais de 90% da população brasileira viverá em cidades no ano de 2030, segundo previsão divulgada nesta segunda-feira (17) pela encarregada nacional do Programa da Organização das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) no Brasil, Rayne Ferretti. Ela lembrou que o Brasil está localizado no continente mais urbanizado do mundo, a América Latina, e se configura atualmente como o país mais urbanizado da região. Dados do último censo, realizado em 2010, indicam que 84,4% da população brasileira é urbana. A previsão é que, em 2030, esse índice chegue a 91,1% e que, em 2050, toda a América Latina seja 86% urbana. A encarregada da ONU disse que a urbanização, muitas vezes, é vista como uma oportunidade e uma espécie de motor para o desenvolvimento, mas que os desafios relacionados ao tema persistem. Na América Latina, especificamente, ela citou problemas de ordem econômica e ambiental, expansão desordenada, segregação socioeconômica e questões relacionadas à saúde, segurança e efeitos da mudança climática. "A gente identifica algumas necessidades muito especiais para as cidades latino-americanas e caribenhas. A gente fala muito dos três 'R' do redesenvolvimento urbano, que seriam a Regeneração, a Renovação e Reabilitação das nossas cidades. A América Latina é, ao mesmo tempo, o continente mais urbanizado e também o mais desigual do mundo e a gente não pode fechar os olhos para isso", explicou Rayne. (Agência Brasil)
 

 

Porto Alegre, 17 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.372

 

  Caminhos da Competitividade é tema do 2º Fórum Itinerante do Leite em Santa Maria 

Entender porque há tanta diferença de rentabilidade entre os 105 mil tambos existentes nos 467 municípios que operam com o setor leiteiro. Este é o objetivo do 2º Fórum Itinerante do Leite, evento que será realizado no dia 24 de outubro, na Universidade Federal de Santa Maria, no município de Santa Maria (RS). O encontro contará com a participação de pesquisadores e líderes de entidades representativas da cadeia produtiva do leite. Eles discutirão a importância do manejo e da alimentação do gado para alcançar a eficiência produtiva, apontando quem ganha dinheiro com o leite e quais são as perspectivas dessas propriedades e do mercado de lácteos. No turno da tarde, a programação prossegue com oficinas técnicas sobre boas práticas, sucessão, políticas públicas, inspeção, sanidade e sistemas de produção. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, será um momento de mostrar a produtores e indústrias sistemas produtivos que vêm dando certo, mesmo em anos difíceis. "Produzir leite com qualidade e rentabilidade é uma equação delicada e que exige muito do produtor. Estaremos reunidos para debater exatamente as sutilezas que fazer o diferencial de alguns tambos e sistemas produtivos", pontuou Guerra, que participará do painel. Ao seu lado, devem estar o diretor da Farsul e presidente da Aliança Láctea Jorge Rodrigues, o pesquisador e consultor da Transpondo, de Cruz Alta, Wagner Beskow, o secretário-geral da Fetag, Pedrinho Signori, e a professora de Tecnologia do Leite e Derivados da UFSM, Neila Richards.

O evento dá continuidade ao ciclo estadual promovido pelo Sindilat, Canal Rural, Sistema Farsul, Fetag, Secretaria da Agricultura (Seapi) e Ministério da Agricultura e iniciado em Ijuí no primeiro semestre desse ano. O Fórum terá transmissão ao vivo pelo Canal Rural a partir das 10h, diretamente do Auditório Flavio Miguel Schneider, do Centro de Ciências Rurais, prédio 42 da UFSM. A apresentação ficara a cargo do analista financeiro do Canal Rural, Miguel Daoud. INSCREVA-SE AQUI. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

  
 
Conseleite/MS 

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 14 de outubro de 2016, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de setembro de 2016 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de outubro de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul) 

 
 
 
Plano Agro+ já atendeu a 89 demandas do setor privado voltadas à redução da burocracia
 
O Plano Agro+ possibilitou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) adotar, até agora, 89 ações para facilitar a vida dos produtores e exportadores agrícolas. Segundo o coordenador do plano, Ricardo Cavalcanti, o setor produtivo tem contribuído com grande número de sugestões para simplificar, modernizar e desburocratizar normas e procedimentos do Mapa. 
 
Parte significativa das medidas adotadas por meio do Agro+ diz respeito à eliminação de dificuldades enfrentadas pelos produtores para ampliar as exportações. Pelos cálculos do coordenador, apenas 10% das demandas apresentadas pelas entidades do agronegócio precisarão de mais tempo para serem atendidas. Em curtíssimo prazo foram padronizados procedimentos, atualizados cadastros e iniciada a revisão de manuais. O plano foi lançado pelo Mapa em 24 de agosto deste ano.
 
Entre os destaques do Agro+, Cavalcanti aponta a redução da temperatura de congelamento de -18°C para -12°C dos cortes suínos, que vai diminuir o gasto de energia elétrica, aliviando o custo de produção dos frigoríficos.
 
Outra medida foi a dispensa do carimbo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) nas carcaças bovinas, dentro das plantas frigoríficas, sendo mantida apenas a carimbagem para os países importadores que exigem o selo do SIF. A medida vai garantir menos perdas na hora da limpeza das carcaças e agilidade no processo de produção. (MAPA)
 
 
Missão da Rússia vem ao Brasil entre 21/11 e 02/12; indústrias lácteas serão inspecionadas
 
Uma missão de técnicos da Rússia vem ao Brasil entre 21 de novembro e 2 de dezembro para inspecionar plantas frigoríficas de carnes bovina, suína e de aves, além de indústrias de produtos lácteos. O comunicado foi feito ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) pelo Rosselkhoznadzor, o serviço sanitário russo.
 
Segundo o documento enviado ao ministério pela Rússia, técnicos de outros países da União Eurasiática também podem vir ao Brasil para a inspeção, como determina a legislação do bloco econômico. A União Eurasiática é formada pela Bielorússia, Armênia, Cazaquistão e Quisguistão, além da Rússia.
 
A visita dos russos foi anunciada no início desta semana (10) pelo secretário secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki, depois de se reuniu com o vice-chefe do Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia, Yevgeny Nepoklonov, em Moscou. (As informações são do Mapa)

 
 
"Integração com Alemanha é oportunidade concreta para RS", diz Sartori
 
Integração e cooperação no setor de máquinas e implementos agrícolas foi pauta de reunião com Ministro da Turíngia - Foto: Palácio Piratini Secretário Ernani Polo destaca encontro com o ministro da Turíngia, estado da Alemanha que concentra maior número empresas na área de inovação
 
O 34º Encontro Econômico Brasil Alemanha, que segue até 18 de outubro na cidade germânica de Weimar foi aberto oficialmente, na manhã desta segunda-feira (17). Esse é um dos principais compromissos da missão gaúcha liderada pelo governador José Ivo Sartori, com o intuito de consolidar um novo perfil para as relações econômicas do Rio Grande Sul.O secretário da agricultura, pecuária e irrigação, Ernani Polo, participa da missão e acompanha também esta integração com a Alemanha.
 
Com uma agenda diversificada, o encontro tem como foco ampliar a interação empresarial e entre os setores público e privado, com potencialização do comércio e da expansão de novos investimentos. Após a solenidade de abertura, o governador afirmou, em entrevista à imprensa, que a missão gaúcha à Alemanha representa mais do que a simples atração de investimentos para o Rio Grande do Sul. "É a oportunidade concreta de propor a integração de alguns segmentos industriais gaúchos, em cadeia globais de valor, por meio de associações, como é o exemplo germânico do Medical Valley", disse Sartori, que acredita que essa nova perspectiva deva ter desdobramentos no intercâmbio científico e tecnológico. "Não há tempo a perder. Só não investe no Rio Grande do Sul quem não quiser", destacou o governador.
 
" Em 2017 o encontro econômico Brasil/Alemanha, que acontece todos os anos, será realizado pela 1ª vez no Rio Grande do Sul. O objetivo é trocar experiências para crescer juntos com desenvolvimento sustentável. Na reunião que tivemos com Wolfgang Tiefensee, Ministro da Economia e Ciência de Turíngia, falamos sobre cooperação técnica de transferência de tecnologia. Colocamos a importância da troca de experiências em tecnologia embarcada na aérea de máquinas e equipamentos agrícolas. Esta integração com a Alemanha será muito importante também para o setor primário gaúcho", avalia o secretário Ernani Polo.
 
O presidente do Conselho de Diretores da Federação das Indústrias Alemãs (BDI) para a América Latina, Andreas Renchler, destacou que após um período de dificuldades profundas, o Brasil já apresenta indícios de recuperação econômica. "A União Européia também vive um período de desafios, com a saída do Reino Unido. Na Alemanha, estamos trabalhando para que nosso setor industrial continue crescendo, com a integração de muitos refugiados. As crises devem ser vistas como impulso para melhorar a economia de forma sustentável". Esteve presente também o secretário de Estado da Alemanha, Uwe Beckmeyer, ministro federal para Economia e Energia.
 
O presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, destacou que o volume do comércio bilateral é significativo e está no topo da agenda da CNI. "Continuamos voltados para a superação das dificuldades. Para ter sucesso na tarefa de retomar a economia brasileira, é preciso conectar nosso país com a economia global. A Alemanha é o nosso quarto parceiro comercial e o segundo principal destino da União Européia, representando 15% das exportações. Temos acompanhado ativamente as negociações e a expressiva liderança alemã é fundamental nesse processo, principalmente para evitar a dupla tributação", salientou. A solenidade de abertura do 34º Encontro Econômico Brasil Alemanha foi prestigiada pelo ministro de Economia e Ciência da Turíngia, Wolfang Tiefensee e pelo presidente da Fiergs, Heitor Müller. Também participaram da programação os secretários gaúchos Fábio Branco (Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia), Carlos Burigo (Geral de Governo) e além do presidente do Cientec, Marc Richter, e da presidente do Badesul, Susana Kakuta.
 
O evento é organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Federação das Indústrias Alemãs (BDI), com apoio da Câmara de Comércio Brasil Alemanha. Ocorre anualmente, de forma alternada em solos germânico e brasileiro. Em 2017, será a vez do Rio Grande do Sul sediar o encontro, agendado para ocorrer de 12 a 14 de novembro, na Fiergs. (Seapi)

 

Governo deve limitar reidratação do leite
Depois de conversar com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, o secretário estadual
da Agricultura, Ernani Polo, disse que o governo federal vai publicar amanhã uma nova redação para a Instrução Normativa 26 limitando a permissão para areidratação do leite em pó à matéria-prima comprada no Brasil.(Correio do Povo)

 

 

Porto Alegre, 14 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.371

 

  Sindilat quer limite à reconstituição de leite em pó no Brasil

 O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) quer que o governo federal permita a reconstituição de leite em pó apenas para aqueles produzidos em território nacional. A reivindicação resultaria em alteração na redação da Instrução Normativa nº 14, de 22/04/2013, do Ministério da Agricultura. A ação busca sensibilizar integrantes dos ministérios da Agricultura e Relações Exteriores, parlamentares e lideranças de que a medida é uma das alternativas mais eficazes para conter a crise de renda que atinge o setor lácteo nacional. Nesta sexta-feira (14/10), o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, entregou ofício ao chefe de gabinete da senadora Ana Amélia Lemos em que pede freio a reconstituição com base em produto importado. Nele, o Sindilat pontua: "A nossa sugestão é que este leite em pó que poderá ser reconstituído tenha a sua matéria prima originada somente de produtor de leite do Brasil e de estabelecimento industrial localizado em território nacional, ficando expressamente proibida a utilização de leite em pó importado".

Segundo entende o Sindilat, a reconstituição de leite em pó deve ser uma exclusividade das indústrias localizados em território nacional. Segundo o presidente do Sindilat e do Conseleite, Alexandre Guerra, é preciso urgência em uma ação do governo em apoio ao setor lácteo tendo em vista o crescente índice de importação, principalmente em se tratando de cargas vindas do Uruguai.  Atualmente, o ingresso de leite do Prata tem reduzido a lucratividade da atividade e, consequentemente, afastado dezenas de produtores da atividade.

O Brasil importou 153,38 milhões de quilos de produtos lácteos nos primeiros oito meses de 2016, contra 85,55 milhões de quilos no mesmo período do ano anterior (aumento de 79,29%, representando 67,83 milhões de quilos). Já as exportações de lácteos do Brasil para o mercado externo foram bem menores e decrescentes. Nos primeiros oito meses de 2015 o país exportou 45,19 milhões de quilos e, no mesmo período desse ano, apenas 32,25 milhões de quilos (queda de 28,65%, equivalendo a 12,95 milhões de quilos). As importações de leite em pó integral e desnatado passaram de 56,64 milhões de quilos nos primeiros oito meses de 2015 para 104,83 milhões de quilos nos oito primeiros meses deste ano - aumento de 85,09%. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

 
  
 
Leite derramado

O Brasil é o sexto maior consumidor de leite do mundo, e o produto, tão comum na culinária, é protagonista num cabo de guerra que envolve produtores brasileiros, o governo do Brasil e o Uruguai. Produtores de leite do Brasil reclamam que estão à mercê do mercado internacional, já que o Brasil importa leite em pó do Uruguai. Com isso, 850 mil famílias que dependem do alimento estariam sob risco de passar fome. A discussão sobre o problema já se arrasta há 14 anos na Câmara. Em 2002, o ex-deputado Agnaldo Muniz (PPS-RO) apresentou projeto de lei proibindo a importação de leite.

Preços baixos
O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, apontou que o Estado responde por 13% da produção nacional de leite e que 300 mil pessoas estão ligadas diretamente à produção do insumo. Ele defende a diminuição das importações vindas do Uruguai, pelo menos temporariamente, pois os produtores brasileiros não têm como concorrer com os preços baixos do vizinho.

Terra de leite e mel
O presidente da Aliança Láctea Sul Brasileira, Jorge Rodrigues, pintou uma situação apocalíptica. Os preços estão defasados e, desde de maio de 2016, a situação ficou mais preocupante pelo aumento do volume importado do Uruguai. Principalmente de leite em pó, que só pode ser importado para ser reidratado na região atendida pela Sudene, por força de normativas do Ministério da Agricultura. "Não estamos com falta de leite no Brasil, por que importar? Estamos prejudicando nossa produção com importação desnecessária", disse.

Preço mínimo
O primeiro tesoureiro da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), Nestor Bonfanti, e o secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Ernani Polo (PP), também compararam a situação do leite com o Livro das Revelações. "As oscilações de preços prejudicam os produtores e desestabilizam o mercado", disse Polo. Segundo ele e Bonfati, a resposta é o estabelecimento de uma política de preço mínimo para o leite brasileiro.

Tentar acordo
Num raro consenso entre empresários, trabalhadores e governo do Estado, o governo federal ficou com o papel de advogado do diabo. O diplomata Otávio Brandelli, do Ministério das Relações Exteriores, explicou que a Organização Mundial do Comércio (OMC) não permite que sejam estabelecidas restrições quantitativas no comércio internacional. "Oficialmente, as cotas de limitação de quantidade de comércio são proibidas mundialmente. Nenhum país quer ver suas exportações limitadas", disse. A saída é tentar um acordo entre os produtores brasileiros e uruguaios, como já foi feito entre Brasil e Argentina. (Jornal do Comércio)


Piá celebra Dia das Crianças com doação de brinquedos

A Piá comemorou o Dia das Crianças da melhor maneira possível. A Cooperativa realizou a doação de, aproximadamente, 300 brinquedos para crianças carentes do bairro Fazenda Pirajá, de Nova Petrópolis, e das instituições Rango Solidário, Amigos do Bem e Horta Comunitária Joanna de Ângelis, de Novo Hamburgo. A ação foi organizada pelo projeto "Amigos do Coração", formado por funcionários da Cooperativa que desenvolvem ações sociais nas comunidades onde a Piá atua, levando mais qualidade de vida a quem precisa. 
 
O grupo de voluntários realizou a coleta dos brinquedos nas filiais da cidade e também de Ivoti. "O objetivo desta campanha foi de levar um pouco de alegria para aquelas crianças cuja as famílias não têm condições de presentear nesta data que é tão importante", destaca o presidente da Piá, Gilberto Kny. (Assessoria de Imprensa Piá)


Importação de leite em pó bate recorde em setembro 

O volume de leite em pó importado em setembro é o maior da história, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O conteúdo equivalente a 225 milhões de litros é sete vezes maior do que a média histórica para o mês. O pesquisador do Cepea, Wagner Yanaguizawa, explica que o déficit de leite em 2016 foi o principal motivo para o aumento da importação.

A tendência até o fim do ano, na opinião do pesquisador, é de que a importação de leite continue aquecida, apesar do aumento da captação no segundo semestre. Isso porque é mais barato trazer o produto da Argentina, por exemplo, do que comprar no mercado interno. A competitividade do leite nacional está cada vez mais enfraquecida devido aos altos custos com a produção.

Yanaguizawa acredita em um crescimento no volume de leite produzido no país, resultado da melhor regularidade de chuvas dos últimos 2 anos, que contribuiu para o cultivo de pastagens. Isso vai causar pressão nos preços até pelo menos março de 2017, mas vale lembrar que desde o início deste ano, o acumulado é de alta de mais de 50%.

Para finalizar, o pesquisador diz que o foco dos produtores agora é oferta e demanda, já que o consumo nos supermercados caiu nos últimos dois meses, mas a produção está a todo vapor devido ao cenário climático favorável. (Canal Rural)
 

Embrapa abre Inscrições para o Simpósio de Melhoramento Genético de bovinos de leite
Os rumos dos programas de melhoramento genético das raças leiteiras serão debatidos durante o Simpósio de Melhoramento Genético de Bovinos de Leite entre os dias 8 e 11 de novembro, em Juiz de Fora/MG. As inscrições podem ser feitas pelo site do evento (clique aqui) até o dia 1º de novembro. Junto com o Simpósio, será realizado o II Talking About Computing and Genomics - TACG. São esperados pesquisadores e professores, com o objetivo de gerar reflexões e impulsionar a busca de soluções tecnológicas. A programação completa do evento já foi definida. Clique aqui para acessar. (Girolando)
 

 

Porto Alegre, 13 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.370

 

  Medidas protetivas no setor de alimentício será tema de seminário

Intensificar medidas protetivas do setor de alimentos, bem como orientar acerca das ações a serem adotas para a criação dessas ações, esses são os objetivos do III Seminário de Segurança Alimentar - Competências e Responsabilidades, que será realizado no dia 31/10, das 9h às 17h, no Auditório Mondercil Paulo de Moraes, na sede do Ministério Público, em Porto Alegre. O evento faz parte do Programa Segurança Alimentar e se propõe a debater as competências e responsabilidades na produção, distribuição e comercialização de alimentos, assim como suas implicações e riscos à saúde. 

O seminário será dividido em três painéis: "Competências para a fiscalização e inspeção sanitária", das 9h às 12h; "Responsabilidades dos Fornecedores perante o CDC", das 13h30min às 15h e "Responsabilidades funcionais (Administrativa, Civil e Criminal)", das 15h15min ás 17h. Promovido pelo Centro de Apoio Operacional de Defesa do Consumidor e da Ordem Econômica (Caocon), com apoio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), o evento contará com profissionais da área da agricultura, saúde, justiça, administração e contabilidade.

As inscrições se encerram no dia 24 e devem ser feitas no site do Ministério Público: https://www.mprs.mp.br/ceaf/evt/inscricao?idevento=371. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
  
 
UE: produção de leite tende a diminuir 3% no último trimestre incentivada pelo "esquema de redução"

O Esquema de Redução da Produção de Leite da União Europeia (UE) anunciado em julho e que operará no último trimestre de 2016 foi praticamente todo preenchido. Em função das ofertas dos inscritos, a produção se reduziria em 1,06 milhão de toneladas no último trimestre de 2016, o que significaria uma baixa de 3% (em relação ao último trimestre de 2015).

Há diversidade entre os países: desde um volume de redução de 286.000 toneladas na Alemanha, mais de 100.000 toneladas na França e no Reino Unido e até menos de 1.000 toneladas em Malta e Chipre.

Participam do esquema mais de 52.000 produtores dos 28 estados da União Europeia (UE). Em média, cada produtor reduziria 16,5% no último trimestre sua produção de leite. A maioria dos produtores são da França, da Alemanha, da Irlanda, da Áustria e da Holanda. No final desse período, os produtores terão 45 dias para demonstrar que reduziram a produção e, portanto, podem ter acesso ao pagamento de 0,14 euros (US$ 0,15) por quilo de leite reduzido (em meados de fevereiro). 
Em 11/10/16 - 1 Euro = US$ 1,11698
0,89515 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do http://www.tardaguila.com.uy, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

EUA: exportações de leite multiplicaram por cinco, em cinco anos

As exportações de leite dos Estados Unidos multiplicaram por cinco, em cinco anos, atingindo US$ 7,1 bilhões em 2014. Os acordos comerciais dos EUA com outros 20 países (Free Trade Agreements) permitiram uma elevação das exportações de US$ 690 milhões antes do início desses acordos para US$ 2,8 bilhões em 2015.

Estudo do USDA (Departamento de Agricultura do país) indica que o cenário pode ficar ainda melhor. Quando incrementado, o TPP (Parceria Transpacífico), que engloba 12 países, poderá render mais US$ 300 milhões por ano em exportações nesse setor.

O mercado norte-americano de leite está maduro, e a saída agora é o mercado externo, segundo técnicos do governo dos EUA. Estudo do USDA indica que cada US$ 1 exportado em leite movimenta outros US$ 3 na economia interna norte-americana.

Os Estados Unidos, que tinham 4% das exportações mundiais em 2004, já estão com 14%. A colocação do produto no mercado externo reflete também no bolso do produtor. De 2004 a 2014, a renda média anual dos produtores aumentou US$ 7.560.

Enquanto isso, a Secex (Secretaria de Comércio Exterior) indicou que as importações brasileiras de leite e de derivados cresceram 186% no mês passado, em relação a igual período de 2015, atingindo US$ 53,8 milhões. No acumulado do ano, somam US$ 310,4 milhões, 62% mais do que as de janeiro a setembro de 2015. (As informações são do jornal Folha de São Paulo)

Retração no consumo 

A inflação arrefeceu, mas não o suficiente para estimular o consumidor a ampliar suas compras nos super e hipermercados. Ainda pressionado pelo medo de perder o emprego, e com a renda achatada, mantém hábitos adquiridos quando a recessão parecia mais aguda e a inflação, mais alta. O brasileiro continua buscando promoções, embalagens econômicas e mostra preferência pelo atacarejo. A retração do consumo atingiu o varejo em cheio, causando queda no volume de vendas em todas as categorias avaliadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em hipermercados e supermercados, as vendas de alimentos, bebidas e fumo registram queda de 2,9% neste ano, até julho. Em 12 meses, chega a retração chega a 3,1%. "O humor dos consumidores muda à medida que há melhora na perspectiva sobre a economia de 2017, com inflação mais baixa, redução da taxa básica de juros [Selic] e queda no nível do desemprego. Mas, efetivamente, não houve mudança significativa nos indicadores macroeconômicos", diz Maximiliano Bavaresco, sócio-diretor da Sonne Consultoria.

Embalagens econômicas
Nas categorias com embalagens maiores ou econômicas, as vendas crescem 25% neste ano, em relação a 2015, diz Arruiz. Fabricantes de detergentes para roupas, limpadores, papel higiênico, fraldas, leite em pó, achocolatados, refrigerantes e sucos estão entre as que mais exploram esse formato, afirma. Tiago Oliveira, gerente de soluções para lojistas da Kantar Worldpanel, diz que o aumento do consumo de marcas com posicionamento de preço inferior ao de marcas líderes se mantém. Ele cita como exemplos o aumento nas vendas de marcas como Seara, em carnes; Itambé, em leite; e Brilhante, em detergente para roupas.

Marcas próprias
As marcas próprias, com preços em média 40% mais baratos, continuam como aposta dos supermercados. Com o lançamento de 250 produtos da Prezunic, a Cencosud Brasil prevê um avanço de 88% nas vendas de marcas próprias este ano, sobre 2015, com destaque para itens como leite condensado, creme de leite, arroz e açúcar. (Supermercado Moderno)

Inadimplência 

A inadimplência do consumidor obteve alta de 4,7% em setembro de acordo com dados nacionais da Boa Vista SCPC, descontados efeitos sazonais. No entanto, no acumulado em 12 meses (entre outubro de 2015 e setembro de 2016 contra os 12 meses antecedentes) a inadimplência desacelerou 0,4 p.p. no mês, subindo 1,8% no período. Na avaliação contra o mesmo mês do ano anterior, setembro apresentou queda de 3,4%, enquanto no acumulado do ano houve alta de 0,5% frente ao mesmo período do ano anterior. Regionalmente, na análise acumulada em 12 meses, a maior elevação ocorreu no Norte (4,7%), seguida das regiões Nordeste (3,2%), Centro-Oeste (3,1%) e Sudeste (1,6%). Já a região Sul obteve queda de 1,0%. (Supermercado Moderno)
 

Alíquota zero sobre importação de milho vai até o final deste ano
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) prorrogou a alíquota zero para a importação de milho até 31 de dezembro deste ano. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (11). O limite de importação é de 1 milhão de toneladas. Os países do Mercosul já tinham alíquota zero. Mas os outros países pagavam 8%. São eles que podem se beneficiar agora da decisão da Camex. A medida deverá ajudar na importação para o abastecimento interno e regular o preço de mercado. A primeira isenção da alíquota de milho ocorreu em abril deste ano. (As informações são do Mapa)