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Porto Alegre, 29 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.400

 

​   Sindilat premia Destaques do Agronegócio 2016 

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) promove, nesta quinta-feira (01/12), às 20h, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre (RS), seu tradicional jantar de final de ano com entrega dos troféus Destaques do Agronegócio 2016. O prêmio é uma forma de reconhecer e valorizar pessoas e entidades que estiveram ao lado do setor lácteo brasileiro. Neste ano, serão dez agraciados, com destaque para a senadora Ana Amélia Lemos, na categoria Agronegócio Nacional.  Também recebem o troféu Destaques o secretário de Desenvolvimento, Fábio Branco (Agronegócio Estadual); o deputado federal Alceu Moreira (Liderança Política); o deputado federal Jerônimo Goergen (Personalidade); o superintendente do Mapa/RS, Roberto Schroeder
(Servidor Público); o servidor Roberto Lucena (Setor Público); a Lei do Leite (Inovação); a Emater (Responsabilidade Social); a pesquisadora Neila Richards/UFSM (Pesquisa) e a Cotrilac (Industrial). 
 
Durante o evento, o Sindilat ainda anunciará os vencedores do 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo nas categorias Impresso, Eletrônico, Online e Foto. "O evento de final de ano do Sindilat vem se consolidando com mais do que um momento de confraternização.É quando as indústrias realizam uma reverência a aqueles profissionais que trabalharam o ano todo pelo bem do setor produtivo", salientou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. 

Os trabalhos jornalísticos foram recebidos e avaliados por uma comissão julgadora composta pelo diretor da ARI, João Borges de Souza; pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, Milton Simas; pelo presidente da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado (Arfoc), Marcelo Campos; pelo jornalista da Farsul Gerson Raugust e pelo assessor de imprensa da Fetag, Luiz Fernando Boaz. Pelo Sindilat, participaram o diretor Renato Kreimeier e a assessora de qualidade Letícia Cappiello. Todos os finalistas das quatro categorias receberão troféus, e os primeiros lugares serão contemplados com um Iphone 6. 

Os finalistas do 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo são: 

CATEGORIA IMPRESSO
• Caio Cezar Cigana - Zero Hora - Trabalho: Alimento Farto
• Cristiano Dias Vieira - Press Agrobusiness - Trabalho: Qualidade com mais Rigor
• Solano Alexandre Linck - Jornal O Alto Taquari - Trabalho: Condomínio Leiteiro: União do Vale

CATEGORIA ELETRÔNICO
• Alessandra Bergmann - SBT - Trabalho: Programa Leitec
• Carine Massierer - Emater - Trabalho: Especial para Programa Rio Grande Rural
• Dulciana Sachetti- RBSTV - Trabalho: Propriedades modelos e vacas premiadas em rendimento contribuem para o rebanho gaúcho ser campeão em produtividade média por animal

CATEGORIA FOTO
• Diogo Zanatta - Zero Hora - Trabalho: Tripé do Futuro
• Luis Tadeu Vilani - Zero Hora - Mais Alimento, Mais Leite
• Samuel Maciel - Correio do Povo - Trabalho: Foco na Qualidade

CATEGORIA ON LINE
• Bruna Karpinski - Correio do Povo- Trabalho: Estagnação do preço leva produtores a abandonarem atividade leiteira no RS
• Naiara Silva- Portal Successful Farming Brasil - Trabalho: 6 Práticas essenciais para aprimorar a pecuária leiteira no Brasil
• Naiara Silva- Portal Successful Farming Brasil - Trabalho: Prepare o bolso: leite deve continuar caro nos próximos meses.
(Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 
 
Fracionamento sob nova regra

Publicado no Diário Oficial do Estado no dia 25, um decreto deixou mais claras as regras para o fatiamento e fracionamento de produtos de origem animal nos mercados. Apesar de ainda precisar ser regulamentado pela Secretaria da Saúde, o decreto está em vigor. A coordenadora do Centro de Apoio de Defesa do Consumidor do Ministério Público (MP), promotora Caroline Vaz, explica que, pela lei anterior, era necessário que os estabelecimentos contassem com um serviço de inspeção permanente para poder fatiar carnes, queijos, embutidos. A inspeção fica dispensada, mas os mercados têm que oferecer estrutura física adequada, como câmaras frias, responsável técnico e alvará específico para a atividade. 

A promotora diz que a Vigilância Sanitária do Estado já divulgou o decreto para conhecimento dos fiscais municipais. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, aprovou as mudanças. "Antes, existia uma insegurança jurídica. Para a indústria não terá impacto, mas o consumidor pode ficar mais tranquilo", avalia. O gerente executivo da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Francisco Schmidt, diz que a entidade continua apoiando as ações de fiscalização do MP e da Vigilância Sanitária nos estabelecimentos, mas defende que haja um prazo para que eles atendam às exigências. (Correio do Povo)

FEPALE elege Daniel Pelegrina como novo presidente

Durante a assembleia do 25º aniversário da Federação realizada na cidade de Colonia del Sacramento, Uruguai, na semana passada, foi eleito por unanimidade Daniel Pelegrina como o novo presidente da FEPALE (Federação Panamericana de Leite) para os anos de 2016-2018. 

 

Nos últimos anos, Daniel Pelegrina ocupou o cargo de vice-presidente de FEPALE, e também foi vice-presidente da Sociedade Rural Argentina (SRA), tendo uma experiência prolongada na área de lácteos. Além disso, ele também representou e fez parte do comitê de várias outras entidades, como Federação Internacional do Leite (IDF) e Federação Internacional dos Produtores Agrícolas (IFAP). 

É a primeira vez nos 25 anos de federação que se tem na presidência um argentino. Segundo Pelegrina "é um grande orgulho e uma grande responsabilidade representar o setor leiteiro nas Américas e no mundo". Ele destacou que a atividade leiteira é uma cadeia de grande impacto social, fortalece os produtores no campo e integra os mais jovens. Além disso, prometeu "tomar as medidas necessárias para promover o crescimento de atividade". 

Na assembleia, ele também foi eleito para fazer parte do Conselho Executivo da Federação no período de 2016-2018. A assembleia reuniu delegações de 15 países: Argentina, Bolívia, Brasil, Costa Rica, Colômbia, Chile, Cuba, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Uruguai. A FEPALE é uma organização composta de instituições e empresas, públicas e privadas, relacionadas com o setor dos produtos lácteos de toda a América e do mundo. Além da associação de membros de quase todos os países da América também são membros das instituições da Federação empresas da Dinamarca, Espanha, Holanda e Nova Zelândia. (As informações são da Assessoria de Imprensa)

Pacote de leite da Europa fortalece posição de produtores de leite na cadeia de fornecimento

A Comissão Europeia publicou um segundo relatório sobre a operação chamada de MilkPackage (Pacote de Leite), uma série de medidas lançadas em 2012 para fortalecer a posição dos produtores de leite europeus na cadeia de fornecimento.

O relatório mostra que, após três anos de implementação, os produtores europeus estão usando cada vez mais as ferramentas fornecidas pelo MilkPackage, como a negociação coletiva dos termos do contrato através de organizações de produtores ou o uso de contratos escritos. A medida permite que negociações coletivas sejam designadas a reforçar o poder de barganha dos produtores de leite, enquanto os contratos escritos oferecem melhor transparência e rastreabilidade aos produtores.

O relatório deveria inicialmente ser entregue em 2018, mas diante das contínuas dificuldades no setor leiteiro, o Comissário para Agricultura da UE, Phil Hogan, decidiu adiantar o relatório para o final de 2016. Esse compromisso fez parte de uma série de pacotes de solidariedade para o setor leiteiro anunciados e implementados durante o ano passado.

"O relatório mostra que existem medidas que podem ser tomadas a nível da UE para garantir uma posição melhor aos produtores de leite na cadeia de fornecimento. Após o relatório da Força Tarefa dos Mercados Agrícolas da semana passada, vejo esse relatório como mais uma evidência da ação política, no contexto do Programa de Trabalho da Comissão de 2017".

O relatório também examina mais possibilidades para os produtores de leite. Por exemplo, destaca o potencial de dois instrumentos essenciais do Milk Package: as organizações de produtores (POs) e as negociações coletivas - que não são totalmente exploradas ainda pelos Estados Membros, pelas organizações de produtores e destacam as várias formas de tornar isso mais eficaz, na UE e nos Estados Membros.

Os Estados Membros são, em particular, encorajados a tomar os passos necessários para impulsionar a criação de organizações de produtores com ações coletivas que vão além da barganha coletiva, aumentando, dessa forma, o peso dos produtores na cadeia de fornecimento de leite. Além dessas recomendações, devem ser consideradas a expansão do papel das InterBranch Organisations (IBOs).

Para que todo o potencial das possibilidades do MilkPackage se materializem, o relatório conclui que uma extensão de sua aplicação para além de 2020 deve ser considerada. (As informações são da Comissão Europeia, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Tetra Pak realizará webinar gratuito sobre "Leite com valor agregado". Inscreva-se!

O consumo de lácteos está em constante crescimento. Em 2015 o consumo de leite nas Américas foi de 65 bilhões de litros, dos quais 13 bilhões de litros foram consumidos no Brasil. O mercado está acompanhando o crescimento da categoria e buscando oferecer produtos com valor agregado que atendam às necessidades dos consumidores. Neste webinar, a Tetra Pak explicará como o leite com valor agregado pode fazer parte do seu negócio e como podemos identificar oportunidades no atual cenário da indústria de laticínios.

Quando o assunto é tecnologia e tendências, as alternativas lácteas se destacam e produtos com "alto teor de proteínas" lideram como o 2° maior claim com lançamentos no mundo. A Tetra Pak se preocupa em apresentar soluções para que o seu negócio acompanhe essas tendências. Neste webinar, a empresa vai apresentar a sua avançada linha de soluções e tecnologias para lácteos. Além disso, apresentará como as fábricas de laticínios podem otimizar suas produções e aumentar sua lucratividade. 

O Webinar irá abranger os seguintes tópicos: 
• Maximizando o volume de negócios - como agregar valor à produção de leite;
• Fracionamento de filtração por membranas - identificação de oportunidades de mercado;
• Tratamento térmico para produtos enriquecidos em proteínas - fatores que influenciam e contribuem para determinar a melhor solução;
• Escolhendo a embalagem certa - novas ocasiões de consumo e público-alvo.

Palestrantes:
Beatriz de Araujo Loureiro - Marketing Lácteos Tetra Pak
Arthur de Azevedo - Gerente de Produto - Filtração por membranas Tetra Pak

Ficou interessado? Inscreva-se e garanta sua vaga clicando aqui! (Milkpoint)
 

Equipamento para higienizar
A empresa francesa Dosatron expôs um equipamento feito para higienizar animais e instalações de gado leiteiro e que funciona apenas com a força da água - não precisa ser ligado à energia elétrica. De acordo com o gerente de desenvolvimento de negócios, François Pequerul, a maioria dos sistemas disponíveis hoje no mercado são elétricos, o que dificulta a sua utilização quando há pane no fornecimento de energia. (Zero Hora)
 

Porto Alegre, 28 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.399

 

​   Sindilat participa do julgamento Ideas for Milk da Embrapa 

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) integrou a equipe de julgamento da etapa Porto Alegre do prêmio Ideas For Milk, coordenado pela Embrapa. A análise dos finalistas na capital gaúcha ocorreu na sexta-feira passada (25/11) na TecnoPUC. Os representantes do Sindilat foram o secretário-executivo, Darlan Palharini, e a consultora Letícia Cappiello. 

A competição busca selecionar empreendedores que buscam gerar negócios lucrativos relacionados à startups novas ou em desenvolvimento. O objetivo final dos empreendimentos deve ser a busca de soluções que ampliem a eficiência da cadeia produtiva do leite. Assim, o prêmio busca selecionar e estimular a inovação no setor lácteo. 

Ao todo, na primeira seleção, são indicados 40 projetos, distribuídos pelas oito finais locais, sendo uma delas a de Porto Alegre. Cada etapa local indica um projeto, totalizando oito que estarão na disputa da grande final, que será realizada na sede da Embrapa, em Brasília, no dia 13 de dezembro. Detalhes da premiação podem ser acessadas em www.ideasformilk.com.br.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Foto: Julgamento ocorreu no TecnoPUC, em Porto Alegre
Crédito: Darlan Palharini
 
 
Segurança maior

A preocupação com a sanidade do rebanho é uma prioridade para o pecuarista Adelar Riva, de Teutônia. A propriedade dele, localizada em Linha Frank, é uma das 800 que contam com a certificação de área livre de brucelose e tuberculose no Estado. A condição foi obtida em 2010 e mantida desde então graças ao investimento do produtor, que calcula ter gasto R$ 6 mil com a realização dos testes de tuberculose no rebanho das raças Holandês e Jersey, durante o ano passado. "Vale a pena porque isso te dá uma segurança maior. Tenho a certeza de que o gado está bem", observa Riva, que produz em média 2 mil litros por dia, com 75 vacas em lactação. 

No início, os animais eram submetidos a três testes por ano. Como o rebanho não apresentou problemas, o número caiu para apenas um exame anual. Como Riva não compra animais de outras propriedades, o risco de haver a infecção é pequeno. Entre as demais ações relacionadas ao manejo está o uso da inseminação artificial para reprodução. O zelo com a questão sanitária reflete na remuneração. Cada vez mais indústrias estão bonificando o produtor pela qualidade do leite. A prática é adotada especialmente por companhias que visam a exportação. No entanto, segundo Riva, a remuneração poderia ser maior que os R$ 0,025 por litro representados pela certificação. Para o vice-presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV/RS), José Arthur de Abreu Martins, o envolvimento dos produtores é essencial para o controle da enfermidade. "Não basta só o serviço oficial controlar e os veterinários particulares orientarem; o produtor tem que ter a consciência de que são zoonoses e fazer a sua parte", observa. De acordo com ele, nem sempre o serviço oficial registra casos de contaminação humana, já que estes podem ser encaminhados à Secretaria de Saúde e não à da Agricultura. 

Mudanças a caminho
Para o assessor de Política Agrícola da Fetag, Márcio Langer, um dos entraves que ainda impactam no PNCEBT é o número de veterinários habilitados (hoje são 678), considerado insuficiente para atender um rebanho de 1,1 milhão de cabeças na pecuária de leite. Quanto à bonificação, a estratégia é vista como um estí-mulo. "O que gostaríamos é que todas as indústrias entrassem nessa política para que pudéssemos sanear o mais rápido possível o nosso plantel", observa. Outra reivindicação dos produtores de leite diz respeito à indenização paga pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa). A Fetag entende que os valores, que variam de R$ 1 mil a R$ 2 mil por animal destinado ao abate sanitário, estão defasados. A correção foi proposta na última reunião do Conselho Técnico Operacional para Pecuária de Leite e deve ser analisada no próximo encontro do conselho deliberativo do órgão. Outras mudanças estão em estudo. Segundo o diretor executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que também integra o conselho técnico, estão previstas mudanças nas faixas de indenizações, que hoje são quatro. No caso de propriedades "condenadas" devido à prevalência de tuberculose, o Fundesa garante um auxílio chamado risco-alimentar, que hoje tem a duração de três meses. Conforme Palharini, o prazo deve ser ampliado. "A ideia é ficar a critério do fiscal", explica. 

Brucelose tem dados estáveis
Associada normalmente à pecuária de corte, a brucelose bovina é uma doença infecto-contagiosa que provoca perdas diretas devido a diversas manifestações, como aborto, baixos índices reprodutivos, aumento do intervalo entre partos, nascimentos prematuros, esterilidade e baixa produção de leite. Além disso, por se tratar de uma zoonose, também pode infectar o homem. O estudo de prevalência da enfermidade, também publicado recentemente, aponta para um índice de 0,98% de animais positivos e 3,54% de focos. Ao contrário da tuberculose, a brucelose já havia sido alvo de um estudo com abrangência estadual, em 2004. Na comparação com aquele ano, os nú- meros coletados no último inquérito apresentaram-se estáveis. O estudo avaliou a eficácia da vacinação aplicada no Rio Grande do Sul. Segundo Ana Groff, da Seapi, a imunização do rebanho foi alavancada depois que, em 2006, o Estado vinculou a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) à vacinação contra a brucelose. Embora possa ser prevenida por meio da vacina, a brucelose não tem cura, de modo que os animais infectados são obrigatoriamente sacrificados. (Correio do Povo)

 
 

Publicação Embrapa

"A pecuária de leite no Brasil: cenários e avanços tecnológicos" - esse é o título do mais recente livro da Embrapa sobre o agronegócio do leite no país. A publicação faz uma grande radiografia do setor, abordando o cenário atual e futuro da cadeia produtiva do leite, as tecnologias disponíveis e as inovações que a pesquisa agropecuária reserva para a atividade.

Duarte Vilela, um dos editores da obra, diz que o objetivo foi fazer um grande apanhado de informações de interesse do setor leiteiro nacional, que permitisse projetar o agronegócio do leite para os próximos dez anos. "Por meio dos artigos, escritos por 78 especialistas do setor, buscamos apresentar em três partes a conjuntura da atividade, as tecnologias disponíveis e os avanços da ciência para o setor nas áreas de nanotecnologia, engenharia genética e tecnologia da informação", afirma.

Com 23 capítulos distribuídos em 436 páginas, trata-se de uma obra de conteúdo bastante eclético. Daí o pesquisador e assessor da presidência da Embrapa, Eliseu Alves, na apresentação do livro, afirmar que esse se destina a um público vasto, que inclui pesquisadores, agricultores e agroindustriais, exportadores e consumidores. Trata-se também de um material de grande importância para os formuladores de políticas públicas para o agronegócio do leite, que ainda discorre sobre a importância da pesquisa agropecuária na geração do conhecimento e de tecnologias para a sociedade.

A pecuária de leite no Brasil: cenários e avanços tecnológicos representa uma parceria inédita, do ponto de vista editorial, de duas unidades da Embrapa: Embrapa Gado de Leite, com sede em Minas Gerais, e Embrapa Pecuária Sudeste, com sede no estado de São Paulo. O empreendimento contou com o patrocínio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Os interessados podem adquirir exemplares na Embrapa Pecuária Sudeste, por meio do telefone (16) 3411-5600 ou Embrapa Informação Tecnológica, (61) 3448-4236. (Jornal Agora MS)

Uruguai dará início à rastreabilidade de medicamentos pecuários em dezembro

O ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP), Tabaré Aguerre, anunciou que em dezembro começará a funcionar o sistema Vigía, que fará a rastreabilidade pecuária dos medicamentos. Em uma primeira instância, estará vinculada ao combate do carrapato, mas, no futuro, será aplicada a outros controles, como o uso de antibióticos.

Ele também adiantou que promoverão as normas que estabelecem a gravidade de qualquer omissão que ponha em risco o status sanitário do país, o que implicará responsabilidades empresariais individuais. Por exemplo, em alguns países, na guia de propriedade de trânsito de gado, inclui-se uma declaração jurada dos produtores que não usou determinados produtos e o Uruguai está nesse caminho, disse Aguerre. Aguerre disse que o país tem todas as condições para fazer um controle desse tipo ao registrar todos os produtores e laboratórios específicos veterinários. Adiantou que está pronta a aplicação e que, nesta semana, estará pronta a normativa e espera "que se ponha em prática em dezembro".

Depois da avaliação dos veterinários oficiais e privados sobre a atividade cumprida nessa primeira etapa, na qual foram proferidas 36 palestras em todo o país, com participação de 1.100 produtores, Aguerre destacou que o iceberg é o carrapato e o que aflorou foi a ponta do iceberg, ao fazer referência aos resíduos do produto etion (antiparasitário organofosforado) em carnes - o que permitiu encarar a situação mais a fundo, como a inocuidade dos alimentos. Disse que o problema são as perdas pelo carrapato nos gados e também a inocuidade dos alimentos, que se vê alterada com resíduos que eram utilizados para combater essa doença, em alusão aos contêineres com carne rechaçados nos Estados Unidos.

Aguerre ressaltou que utilizará a sangria de 50% dos abates bovinos para que se faça uma busca por casos de brucelose em fêmeas e gerar um novo mapeamento da presença de carrapato a nível de todo o país. Aguerre também disse que o Ministério projeta fazer uma certificação de produtos e de processos de produção com base no registro dos eventos sanitários que permitem a rastreabilidade. (As informações são do El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
Regularização de agroindústrias
A regularização das pequenas agroindústrias no Rio Grande do Sul esbarra na falta de apoio por parte dos municípios gaúchos. Sem recursos, as administrações públicas locais têm dificuldade em oferecer estrutura básica de pessoal para implementação do Sistema Municipal de Inspeção (SIM), pré-requisito para que as empresas possam aderir ao Sisbi/Suasa. O impasse foi abordado durante encontro de lideranças municipais promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat) no Avisulat, em Porto Alegre, que encerrou na quinta-feira. Uma das alternativas é a adoção de sistemas de consórcios públicos que permitam contratação de veterinários privados pela CLT para realizar as inspeções em diferentes municípios. Na proposta, o veterinário público ficaria encarregado de fiscalização. Já a inspeção seria feira por veterinários contratados por um conjunto de municípios. (Zero Hora)
 

Porto Alegre, 25 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.398

 

​ Confinamento mais confortável ao gado desperta interesse de produtores de leite

Um tipo de confinamento que aumenta o bem-estar animal e já utilizado em países de clima temperado está sendo avaliado para as condições brasileiras. A técnica tem chamado a atenção de pecuaristas do País de olho nos resultados ligados ao manejo do rebanho, ao aumento da produtividade e à saúde dos animais. O que está por trás deles é um nome estrangeiro, que vem sendo falado cada vez mais no setor produtivo nacional: "Compost Barn", que pode ser traduzido livremente como "Estábulo de Composto".

Trata-se de uma alternativa aos sistemas de produção de leite em confinamento denominados free stall, no qual as vacas ficam retidas em baias de poucos metros quadrados, ou tie stall, em que os animais são criados, também em baias individuais, presos a correntes. O Compost Barn tem por característica deixar os animais livres no estábulo. Embora continue confinada, a vaca circula à vontade, interagindo com as outras, o que possibilita que ela exercite seus instintos sociais com o grupo e apresente cio com mais facilidade, o que melhora os índices reprodutivos.

Esse sistema de produção chegou ao País em 2011, sendo adotado em países como Estados Unidos, Canadá, Holanda e Israel desde meados de 1980. Cerca de 300 produtores brasileiros já optaram pelo Compost Barn, seja adaptando antigos free stalls, seja construindo um novo sistema. Mas ainda há poucas informações da pesquisa agropecuária nacional sobre sua adaptabilidade às condições do País. Para suprir esta lacuna, a Embrapa Gado de Leite (MG) vem realizando, desde 2014, um estudo sobre o uso do Compost Barn. "Por ser uma tecnologia importada de países com clima temperado é necessário que verifiquemos sua adaptabilidade às condições tropicais", diz o pesquisador Alessandro Guimarães, que está à frente dos trabalhos. A analista Letícia Mendonça, que integra a equipe da Embrapa Gado de Leite responsável pelos estudos, informa que três propriedades em Minas Gerais que adotam o sistema estão sendo acompanhadas. Nos laboratórios da Embrapa de da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) são realizadas análises sobre a qualidade do leite e a microbiologia dos compostos orgânicos utilizados nas camas.

A principal característica do Compost Barn é a utilização de uma "cama" orgânica cobrindo todo o estábulo. Em função dessa característica, vários outros aspectos de engenharia agronômica foram modificados em comparação aos sistemas de confinamento tradicionais. As baias, com suas camas de areia ou de borracha, por exemplo, foram abolidas. Em vez do concreto, que prejudica o casco dos bovinos, o piso do estábulo é formado por material orgânico que pode ser serragem e casca de amendoim, ou outro material orgânico que seja de baixo custo e de fácil disponibilidade para o produtor.

Cama vira adubo
A cama fica em contato com o solo, com uma altura entre 20cm e 50cm. As vacas defecam e urinam no material, dando início ao processo denominado "compostagem", que controla a decomposição de materiais orgânicos. No caso do Compost Barn, os residuos depositados pela vaca passam por uma semi compostagem aeróbica (em contato com o ar). Para que isso ocorra de forma efetiva, a cama deve estar sempre seca e passar por uma constante aeração, o que é feito por meio de ventiladores e com a escarificação duas vezes ao dia (revolvimento do material com tratores e enxadas mecânicas). O composto é removido e substituído de tempos em tempos. Dependendo do manejo, a cama pode ficar até um ano sendo utilizada no estábulo. Ao substituir por um novo composto, o material velho pode ser vendido como adubo orgânico ou utilizado na propriedade para fertilizar o solo, o que dá ao processo um importante apelo ambiental.

Viabilidade ainda precisa ser testada
No entanto, os pesquisadores ainda são cautelosos em relação ao sistema. "Precisamos aprofundar os estudos para dar respostas sólidas aos produtores no que diz respeito à viabilidade econômica, com relação aos custos de implantação e manutenção do sistema. Também é preciso ampliar o conhecimento sobre a microbiologia da cama, a incidência de mastite e a qualidade do leite", pondera Guimarães. Atrás dessas respostas, a Embrapa Gado de Leite realizou no dia 17 de novembro um workshop sobre o tema em que reuniu pesquisadores, professores, médicos-veterinários e produtores. O público, mais de duzentos participantes para um evento que pretendia se restrito a estudiosos do tema, surpreendeu positivamente a organização, o que prova a grande curiosidade do setor acerca do Compost Barn.

Apesar de o rigor científico ter focado o debate nas desvantagens do sistema, como o alto investimento inicial e o demorado retorno do capital investido, o ânimo permanece grande. Até porque, segundo o pecuarista argentino Cristian Chiavassa, que proferiu palestra durante o workshop, o custo de implantação do sistema de Compost Barn pode ser 50% mais barato do que um free stall. A expectativa é que o sistema pronto custe algo em torno de R$ 4.500,00 por vaca.

Ainda há outras desvantagens enumeradas pelos especialistas como despesas com o material orgânico utilizado na cama que, caso o produtor não o tenha próximo à propriedade, pode ser elevada; a dificuldade de manejo do composto, que exige a escarificação diária; a concentração de bactérias na cama, que ainda desperta dúvidas entre especialistas; o aumento dos custos com energia elétrica, para manter uma boa ventilação no estábulo, etc. No entanto, o meio ambiente agradece devido a menor quantidade de dejetos depositados na natureza (grande problema nos sistemas free stall e tie stall) e a sua utilização como adubo. E as vacas respondem positivamente com o aumento na produção de leite, menos problemas de casco, melhoria do índice reprodutivo. (Informações sobre o Compost Barn podem ser obtidas na Embrapa Gado de Leite, pelos e-mails leticia.mendonça@embrapa.br ou alessandro.guimaraes@embrapa.br). (Embrapa)
 

 
Produção de leite na Argentina encerrará o ano em nível mais baixo desde 2010

A produção láctea da Argentina deve chegar ao seu nível mais baixo desde 2010, com 10 bilhões de litros. A redução se deve ao excesso de chuvas e aos baixos valores que estão sendo pagos ao setor leiteiro. Esta queda representa 11% a menos do que no ano passado, ou seja, de 1,2 bilhões de litros a menos do que em 2015. Com base nos dados da Secretaria de Produção Leiteira do Ministério da Agroindústria do país, a produção leiteira vem manifestando um crescimento nos últimos três períodos (2013 a 2015).

Este ano, o panorama foi visivelmente afetado pelas inundações do começo o ano, que afetaram todas as principais regiões produtoras do país, como Córdoba, Santa Fe e Buenos Aires. Somente em Santa Fe, as constantes chuvas de abril fizeram com que 100.000 vacas leiteiras fossem atingidas por afogamento e falta de alimento. A perspectiva de queda também foi compartilhada por Flavio Mastellone, diretor de abastecimento da empresa La Sereníssima, que disse na semana passada, durante congresso da cadeia no bairro de Puerto Madero, na capital federal de Buenos Aires, que "hoje estamos com 10% a menos de leite do que no ano anterior".

O mesmo estimou que, para superar a crise, é preciso reduzir a margem e revisar o peso tributário na cadeia láctea. Ele disse também que a empresa, que utiliza quase 4 milhões de litros de leite diários para produzir queijos e laticínios, "não escapa à problemática que enfrenta o setor, que não tem crescimento a nível nacional nos últimos 15 anos". As perspectivas para o próximo ano, no entanto, são positivas. Recentemente, o ministro da Agroindústria da província de Buenos Aires, Leonardo Sarquís, disse que as previsões para o começo de 2017 sobre o preço do leite estão em alta, o que elevaria o preço a US$0,30 a US$0,35 por litro de leite cru. (EDairyNews)


Produtos alvo da Operação Lactose Zero atendem padrões exigidos pela lei

Todas as 107 amostras coletadas em 13 variedades de produtos lácteos para dietas com restrição de lactose tiveram os resultados de laboratórios oficiais em conformidade com padrões determinados pelo Ministério da Saúde. A avaliação foi feita em produtos registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF) de 31 empresas instaladas em cinco estados. Foi a primeira Operação Lactose Zero realizada por força-tarefa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Na avaliação da coordenadora de Caracterização de Risco do Mapa, Carla Rodrigues, a operação foi positiva. "O resultado das análises mostra que os consumidores desses produtos podem ficar tranquilos, porque o Ministério da Agricultura está atento e fiscalizando a produção para garantir alimentos seguros à sociedade."

Foram testados os seguintes produtos: bebidas lácteas, coalhada, composto lácteo, creme de leite UHT, doce de leite, iogurte, leite condensado, leite em pó, leite fermentado, leite UHT, queijo minas padrão, cottage e requeijão cremoso. As análises foram feitas nas unidades do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Belo Horizonte e de Porto Alegre.

As marcas analisadas foram Nestlé, Piracanjuba, Batavo, Danone, Paulista, Molico, Parmalat, CCGL, Vigor, Embaré, Frimesa, Italac, Piá, Tirol, Betania, Camponesa, Santa Clara, Cemil, Leitíssimo, ZeroLac, Casa da Ovelha e Verde Campo.

A operação teve início na segunda quinzena de agosto e se estendeu até o início de setembro. Foram colhidas amostras no comércio varejista das capitais e regiões metropolitanas de Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Sul e São Paulo. Vinte e cinco auditores fiscais federais e agentes de inspeção do Mapa participaram da operação.

"Além de mostrar a preocupação e o respeito com os consumidores, os resultados também evidenciam a eficácia da fiscalização", disse Carla Rodrigues. "Estamos realizando diferentes operações em todas as áreas de produtos de origem animal - carne, leite, mel, ovos e pescados - em breve divulgaremos a conclusão de novas análises", acrescentou o diretor de Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), José Luis Vargas. (As informações são do Mapa)


Chuvas na Nova Zelândia prejudicam vendas de terras e produção de leite

A umidade na Nova Zelândia, além de prejudicar a produção de leite, está prejudicando também o mercado de terras, adiando o aumento nas vendas que ocorre na primavera. O volume de vendas de terras durante os meses de inverno, de agosto a outubro, mostrou ser "razoavelmente consistente com o mesmo período dos dois últimos anos", segundo dados do Instituto Reinz. 

Entretanto, as esperanças entre os vendedores de terras de que a primavera traria um impulso nas vendas foram prejudicaras pelo clima úmido que, por exemplo, nessa semana alagou partes da região da Ilha do Norte, com mais chuvas em um dia do que tipicamente são registradas no mês. Wainuiomata, na região de Wellington, por exemplo, recebeu 109,5 mm de chuvas em 24 horas, de acordo com o MetService.

"Embora uma série de propriedades esteja programada para entrar no mercado durante a atual primavera, em algumas áreas da Ilha do Norte, em particular, o clima extremamente úmido tem levado alguns vendedores a adiar os programas de vendas", disse Brian Peacocke, do Reinz. Os vendedores estão esperando até que suas fazendas estejam "mais apresentáveis", disse ele. "Uma necessidade urgente de mais luz solar é um fator dominante em muitas regiões".

Em termos de preços, o valor das fazendas vendidas no mês passado foram 5,9% maiores que no ano anterior, de acordo com o índice da Reinz que ajusta os negócios por tamanho de fazenda, localização e tipo de fazenda. O aumento desafiou a queda de 8,7% nos valores das fazendas leiteiras com relação ao ano anterior, de acordo com o Reinz - que notou nas áreas do norte da Ilha do Norte "indicações de mudanças no uso da terra, com algumas unidades marginais trabalhando com carne bovina", já que os preços do leite estão agora somente aumentando com relação ao menor valor em dois anos.

A recuperação nos preços mundiais dos lácteos - que aumentaram 16,5% com relação ao mês anterior nos leilões GlobalDairyTrade da Nova Zelândia - é um fato que está sendo ajudado pela queda na produção do país devido ao clima úmido.

A gigante do setor de lácteos, Fonterra, há duas semanas reportou uma queda de 2% nas receitas de leite para setembro, alertando que "as condições climáticas desafiadoras terão um impacto significativo nos picos de produção de leite e na futura produção para esta estação". O grupo, que realiza o GlobalDairyTrade desde 1 de agosto, cortou em mais de 550.000 toneladas o volume de produtos lácteos que venderá nos leilões nos próximos 12 meses. (As informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
Estoques mundiais de grãos devem superar 500 milhões de toneladas
Os estoques globais de grãos devem ultrapassar os 500 milhões de toneladas pela primeira vez em 2017, segundo estimativa do Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) divulgada hoje. Trata-se da sétima elevação consecutiva nas previsões do órgão para a produção da safra 2016/17. Se não ocorrer nenhum imprevisto ao longo da colheita, os estoques globais devem aumentar em 6 milhões de toneladas na comparação com a temporada anterior, atingindo 504 milhões de toneladas em 2017. Já a produção de grãos no mesmo período deverá atingir o volume recorde de 2,084 bilhões de toneladas, acima dos 2,077 bilhões de toneladas previstos em outubro. O recorde anterior, observado em 2014/15, foi de 2,048 bilhões de toneladas. A revisão positiva reflete um aumento de 7 milhões de toneladas nas estimativas do IGC para a produção de milho, avaliada em 1,042 bilhão de toneladas. Já a produção mundial de trigo deve atingir 749 milhões de toneladas, 1 milhão de toneladas acima do projetado em outubro, e a de soja 336 milhões de toneladas, 4 milhões acima do estimado anteriormente. O IGC também elevou sua previsão para o consumo global de grãos, agora avaliado em 2,056 bilhões de toneladas -- revisão positiva de 2 milhões de toneladas, refletindo a demanda industrial mais forte nos EUA. A previsão para o comércio mundial também foi revisada para cima, em 1 milhão toneladas, para 338 milhões de toneladas, ainda abaixo das 344 milhões de toneladas negociadas em 2015/16. (As informações são do Valor Econômico)

 

 

Porto Alegre, 24 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.397

 

Queda no preço do leite é mais sutil em novembro
 

Crédito: Carolina Jardine - Na foto: Alexandre Guerra

O preço de referência projetado para o leite no mercado gaúcho em novembro deve ficar em R$ 0,9362, redução de 1,49% em relação a outubro, quando o valor consolidado ficou em R$ 0,9504. Os dados foram divulgados pelo Conseleite em reunião nesta quinta-feira (24/11), durante o Avisulat, em Porto Alegre (RS). Apesar do avanço da safra em outros estados do Brasil, a queda foi mais sutil este mês em relação aos anteriores.  "A alta registrada no meio deste ano decorrente de uma entressafra severa não se mostrou sustentável, foi uma bolha, um bônus que o mercado deu ao setor. Agora, veio a queda do preço ao consumidor que foi repassada ao produtor e coloca o leite novamente na sua normalidade", salientou o professor da UPF Eduardo Belisário Finamore.  Apesar da queda, a maioria dos preços dos produtos lácteos está acima dos valores praticados em novembro de 2015, com exceção do leite UHT.

O presidente do Sindilat e do Conseleite, Alexandre Guerra, alertou que o setor vive um momento difícil, onde as indústrias operam sem margem, algumas até no negativo. "No mercado, os preços já pararam de cair, o que sinaliza uma retomada importante para atender à expectativa da indústria e dos produtores nos próximos meses". (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

 

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ - Outubro de 2016.

Matéria-prima

Valores Finais

Outubro / 16

I - Maior valor de referência

1,0929

II - Preço de referência

0,9504

III - Menor valor de referência

0,8553

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ - Novembro de 2016.

Matéria-prima

Novembro /16 *

I - Maior valor de referência

1,0766

II - Preço de referência

0,9362

III - Menor valor de referência

0,8426

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

 
Sindilat lança livro do 1º Fórum do Leite

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, lançou oficialmente o livro "O Rio Grande do Sul e a Lei do Leite", que traz o compilado dos projetos levantados durante o 1º Fórum do Leite, realizado no primeiro semestre, em Ijuí. Ao lado do presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, e dos colegas que contribuíram com a publicação, ele ressaltou os avanços propostos durante os debates com vista à melhoria constante da produção. "Em Ijuí, tivemos o avanço da sanção da Lei do Leite. Em Santa Maria, foi o momento de debater a necessidade de se buscar resultados e colocar em xeque as atividades desenvolvidas, rever nossos conceitos", salientou Palharini. Emocionada, a professora da Inijuí Denize Fraga agradeceu a parceria do Sindilat na publicação da obra e ressaltou que os textos devem ser essenciais para construir uma produção voltada à excelência. O livro reúne 13 artigos técnicos. 

O lançamento ocorreu durante a 3ª edição do evento, realizada durante o Avisulat, nesta quinta-feira (24/11), em Porto Alegre.  O 4º Fórum Itinerante do Leite também já tem destino certo. Em 2017, o ciclo de palestras começará sua agenda por Palmeira das Missões. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

 
Gargalhadas e visão de futuro em apresentação do Leitec no Avisulat

Os avanços obtidos pelo programa Leitec, desenvolvido pelo Senar para levar Tecnologia aos tambos, foram apresentados com muito bom humor durante o 3º Fórum Itinerante do Leite, no Avisulat.  Para ilustrar os benefícios do projeto na vida do campo, foi apresentada a histórica do Tambo Lajeado, localizado no interior de Alegrete. Trabalhando com criação a pasto, a propriedade de Nelson Abreu tem 27 vacas em lactação. Assessorado pelos inspetores do Senar, o tambo superou dificuldades, reduziu custos e trouxe os filhos Angélica e Gilberto de volta à propriedade.   A jovem de 24 anos pegou o microfone para expor as mazelas da atividade e arrancou gargalhadas da plateia. Com muito bom humor, ela salientou questões crucias para uma sucessão rural bem sucedida, a exemplo de divisão de tarefas, comprometimento e investimento. Angélica garantiu que a atividade se tornou lucrativa, o que garante o carro 0Km à família. "Há 15 anos atuamos na produção de leite, mas só há cinco deixamos de ser burros e permitirmos que a assistência técnica entrasse na propriedade", pontuou ela, citando que lida com suas vacas pelo nome o que, garante, rende mais no tanque no final do dia.  "Tenho orgulho e bato no peito para dizer que produzo comida, e comida de qualidade", completou, contando que chegou a ir trabalhar na cidade, mas, vendo o pai doente, resolveu voltar  para o tambo.  "O que aprendemos é que temos que ter poucos animais, mas bons. Estamos trabalhando com novilhas de ponta em campo nativo. Estamos conseguindo melhorar a adubação do solo  com a ajuda dos técnicos para que não falte comida", relatou Nelson. 

Avaliando o resultado do encontro, o coordenador de programas especiais do Senar, Alexandre Prado, lembrou que foi um momento rico de interação. "O envolvimento familiar é o futuro da propriedade. A gente vê de cara a permanência do jovem no campo e que o setor vai poder se manter". (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Gestão eficiente é segredo de sucesso dos tambos gaúchos


 

O impacto da profissionalização da gestão dos tambos gaúchos foi o foco da apresentação da Emater durante o 3º Fórum Itinerante do Leite, realizado durante o Avisulat, na manhã desta quinta-feira (24/11). Segundo assistente técnico regional de Sistema de Produção Animal da Emater de Frederico Westphalen, Valdir Sangaletti, se o objetivo é ter uma família empreendedora, é preciso inclui todos na gestão. "Não podemos passar a propriedade para o filho quando o pai tiver com 80 anos. Filho nenhum vai querer ficar em casa se não tiver diálogo, participação de resultado", aconselhou a um auditório lotado de produtores e estudantes. O especialista ainda pontuou que é preciso planejar a atividade. "Não posso dar ração para a vaca sem saber quanto ela está produzindo. Boas informações qualificam a tomada de decisão."

Durante o fórum, produtores contaram sua experiência a campo. Histórias como a de Claudemar Fagundes, de 32 anos. Casado e pai de dois filhos, ele começou a investir no leite em substituição ao tabaco na propriedade de 3,8 hectares localizada no município de Palmitinho. Com a assistência da Emater nos últimos anos, conta ele, a  produção por vaca dia saltou de 11,9 litros, em 2009, para 19 litros. Avanço conquistado com muito trabalho, planejamento e apoio de consórcio de produtores para uso de maquinários mais pesados.

Aumento de produtividade que também se refletiu em ganho de 96% na produção anual. Em 2014, a captação era de 43 mil litros, em 2015, saltou para 61 mil litros e, em 2016, chegou a 85 mil litros. "Para trabalhar com leite tem que gostar. É o nosso dia a dia. Tem sol, tem chuva, tem geada e nós estamos lá. Não desistimos, seguimos em frente", pontuou Fagundes, lembrando que as decisões importantes da propriedade são tomadas na hora do chimarrão ao lado da esposa.  Com os anos, a propriedade também ganhou uma nova cara, com melhoria das estruturas e, inclusive, na residência da família. O técnico da Emater de Palmitinho Luan Costa relatou que o trabalho é prestado a 22 propriedades que operam na atividade na regional. 

O casal Élio Post e  Élia Schossler, de Fazenda Vila Nova, também contaram sua história na produção de leite. Com apoio do técnico Maicon Berwanger, ressaltaram que o início da atividade começou com uma alternativa de renda extra com a produção de queijos. O movimento teve início quando Élia ficou desempregada após anos de trabalho na indústria calçadista. "Eram poucos animais e eu comecei a pegar leite para fazer queijos. Fiz alguns cursos e hoje sou muito feliz com o que faço. Foi a melhor escolha que eu fiz na minha vida. Só me arrependo por não ter começado antes", contou. 

Para profissionalizar o sistema e reduzir custo, a família investiu pesado na criação a pasto com base em sistema de irrigação. Atualmente, há 23 vacas de lactação na propriedade de 10 hectares com produção de 550 litros/dia. Há três anos, a captação era apenas de 120 litros/dia. "O erro dos produtores é investir em equipamentos desnecessários", alerta Berwanger.  Com orientação, os produtores focaram em itens que trazem significante avanço na produção: aquecedor solar, sala de ordenha, sistema de irrigação. 

Os exemplos apresentados emocionaram o presidente da Emater, Clair Tomé Kuhn, que acompanhou a apresentação da plateia. "As pessoas sabem que o leite não vem da caixinha, mas não sabem como é sofrido colocar esse leite dentro da caixinha. Quanto custa de tempo, de dedicação e  de gestão", ressaltou.  E garantiu apoio a quem precisar de ajuda. "A Emater está aí para ajudar na gestão. Busquem o escritório. O que precisamos é dar renda e qualidade de vida para manter pessoas como vocês no campo". E aproveitou para a agradecer ao Sindilat pela iniciativa. "Parabéns por acreditarem nos agricultores, que são a força que move o Rio Grande do Sul. O melhor emprego do mundo é ser dono do próprio negócio".

 
Rabobank estima boas perspectivas para os produtores de leite da UE em 2017
Estoques recordes devem manter preços de alimentos baixos em 2017, diz Rabobank
Estoques em máximas históricas devem manter os preços mundiais de alimentos baixos durante 2017, mesmo com a inflação começando a subir em economias desenvolvidas, disse o banco de agronegócio Rabobank em relatório nesta quarta-feira. Alimentos básicos como trigo, milho e soja estão sendo armazenados em volumes recordes, mantendo um teto para os preços que devem ser pagos a produtores no próximo ano. "A população global está crescendo e a prosperidade está subindo, impulsionando a mudança para dietas mais caras e ricas em carne e laticínios. Na nossa visão, os preços globais de alimentos deveriam, em sua maioria, resistir, ainda que produtores estejam preparados para pequeno ou zero crescimento no preço das commodities durante o ano", disse o chefe do mercado de commodities agrícolas da Rabobank, Stefan Vogel. A Rabobank disse que muito iria depender da China, que tem estoques gigantes de muitas commodities, incluindo milho, trigo e soja. "O maior coringa nisso tudo é a China... Qualquer decisão dos políticos chineses de começar a vender essas reservas iria ter um efeito profundo nos mercados mundiais, à medida que as importações chinesas iam cair", disse Vogel. (Reuters)
 

 

 

Porto Alegre, 23 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.396

 

Qualidades nutricionais do leite são alvo de profissionais de saúde e produção


Crédito: Carolina Jardine - Na foto1: Olga Amancio                   Na foto2: Carlos Alberto Werutsky

Profissionais da área da saúde reuniram-se com representantes do setor leiteiro na tarde desta quarta-feira (23/11) para debater a relação entre a qualidade nutricional e o processo produtivo e os mitos relacionados à intolerância à lactose. Ao abrir o evento, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, ressaltou que a indústria está atenta às novas demandas da população e que os produtos funcionais lançados são reflexos de investimento em inovação. "Estamos aqui para debater um aspecto importante da produção. Que sejamos divulgadores desses assuntos de forma a gerar um efeito multiplicador", pontuou. O evento, promovido pelo Sindilat e pela Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), ocorreu no Centro de Eventos da Fiergs dentro da programação do 5º Avisulat.

Em sua palestra, a presidente da SBAN, Olga Amancio, salientou que se vive um modismo relacionado ao leite. Segundo ela, há diversas causas que ocasionam os mesmos sintomas relacionados à intolerância à lactose. Mesmo assim, citou ela, o que se vê é a exclusão do leite da dieta de muitos adultos. "A pessoa não se sente bem e faz um autodiagnostico de intolerância", disparou. 

Falando sobre as qualidades nutricionais do leite, ressaltou que o alimento é uma rica fonte de cálcio. Um exemplo é a comparação entre o leite e os vegetais com alto teor de cálcio. Segundo Olga, para obter a mesma quantidade de cálcio presente em um copo de 200 ml de leite, seria necessário ingerir 4 porções e meia de brócolis ou 1,3 quilo de espinafre. "Apesar do aumento do consumo de leite, ainda verificamos inadequação da ingestão de cálcio entre a população", salientou.

Segundo o organizador do simpósio, médico nutrólogo Carlos Alberto Werutsky, é fundamental unir academia e setor produtivo em debates como este. "Há pesquisas constantes que analisam a importância de determinados alimentos e a tolerabilidade de diferentes faixas etárias, especialmente em crianças. Portanto, há a necessidade de avaliação individual," enfatizou.  O evento ainda reuniu autoridade do setor de saúde no RS. O chefe do serviço de Nutrologia do Hospital Ernesto Dornelles, Paulo Henkin, destacou a importância das gorduras na dieta. Apresentou dados que confirmam que não se pode estabelecer uma relação direta entre o consumo de gorduras saturadas e doenças cardiovasculares. "Há uma diferença enorme entre os estudos científicos e os protocolos, e não se fala nisso". 

O encontro teve ainda a apresentação das especialistas Márcia Terra, que abordou a questão das pesquisas e a relação entre a indústria e a academia; Ana Lúcia Barretto Penna, que falou sobre as propriedades nutricionais do leite pasteurizado e leite UHT; e Geórgia Castro, que destacou a questão dos lácteos fortificados. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Sindilat quer políticas públicas que resguardem a produção


Crédito Carolina Jardine

"Temos a convicção de que 2017 precisa ser um ano diferente. O mercado de leite não pode seguir a mercê das estratégias de outros países. Precisamos de uma legislação que resguarde a produção". O apelo foi feito pelo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, durante a abertura do 5º Avisulat, na noite de terça-feira (22/11), na Fiergs. Ao lado de dirigentes do setor industrial e empresarial, Guerra ainda falou sobre o pacote de cortes anunciado pelo governador José Ivo Sartori. "Apesar da situação financeira do Estado, não há espaço para onerar o setor lácteo, pois o que temos hoje de incentivo é somente para concorrer com os demais estados", ressaltou. Ao finalizar sua fala, destacou a ação conjunta do setor lácteo, avicultura e suinocultura na promoção do Avisulat.  "Se estamos juntos no Avisulat, é porque sabemos que, juntos, somos mais fortes e temos mais voz. Sigamos assim, de mãos dadas por uma produção competitiva, que alavancará a economia do nosso Rio Grande para fora dessa crise e, sem dúvida, trabalhará por um Brasil melhor". 

Com a presença do secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, as autoridades fizeram discursos de união e ressaltaram as dificuldades que o agronegócio deve ter pela frente. "Tivemos dificuldade, mas assumimos o compromisso de fazer mais um evento para promover os setores. Agradecemos todas as empresas que estão aqui, pois valorizam a parceria. O Avisulat é um evento estratégico porque ocorre no final do ano e muito do que será falado aqui é uma preparação para o próximo", afirmou o coordenador Geral AVISULAT, José Eduardo dos Santos.
O presidente da Fiergs, Heitor José Müller, também exaltou o conceito de união do Avisulat. "O evento é um belo exemplo da união dos setores, uma conjugação de interesses que deveria servir de exemplo para nossos políticos".   
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado, Fábio Branco, representou o governador José Ivo Sartori e parabenizou os organizadores pelos esforços em realizar o evento. Branco comentou a situação econômica do Estado e afirmou que é necessário, mesmo na crise, que o governo seja atuante junto ao setor para modernizar ainda mais a produção. "Eventos como esse são importantes para trazer sugestões, ideias, informações e oportunidade de conhecimento para o país multiplicar as ações em sanidade", afirmou. 
O Avisulat segue até amanhã (24/11). Na agenda desta quinta-feira, destaca-se o 3º Fórum Itinerante do Leite, que debaterá os rumos da competitividade. Na área de exposição, há empresas de todo o Brasil, além de China e França. Os Encontros Internacionais de Negócios reúnem 9 países que vieram conhecer o mercado brasileiro. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Regularização de agroindústrias esbarra em apoio municipal


Crédito: Carolina Jardine

A regularização de centenas de pequenas agroindústrias no Rio Grande do Sul esbarra na falta de apoio por parte dos municípios gaúchos. Sem recursos, as administrações públicas locais têm dificuldade em oferecer estrutura básica de pessoal para implementação do Sistema Municipal de Inspeção (SIM), pré-requisito para que as empresas possam aderir ao Sisbi/Suasa. O impasse foi abordado na manhã desta quarta-feira (23/11), durante encontro de lideranças municipais promovido pelo Sindilat no Avisulat, em Porto Alegre. "As agroindústria precisam de resposta rápida e os municípios querem desenvolver esse setor. O problema é que não há condições para contratação dos veterinários que o sistema exige", pontuou o coordenador para a Agricultura da Famurs, Mário Nascimento.
 
Uma das alternativas para amplificar atendimento às agroindústrias pelo SIM é a adoção de sistemas de consórcios públicos que permitam contratação de veterinários privados pela CLT para realizar as inspeções em diferentes municípios.  Nesse modelo, o veterinário público ficaria encarregado de fiscalização, com poder de polícia. Já a inspeção ficaria a cargo desses veterinários contratados por um conjunto de municípios. O modelo de consórcios é bem visto pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag). Segundo o assessor de Política Agrícola da Fetag, Márcio Langer, que também participou do debate, as ações não avançam porque os municípios e o Estado têm pouca estrutura.  "Temos muitos desafios pela frente", concluiu. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, ressaltou a importância de debates como este para lançar novas ideias e projetos de desburocratização da cadeia produtiva em linha com o projeto Agro+. 

A autorização de equivalência entre as inspeções municipal, estadual e federal também deve ajudar a estimular a expansão das agroindústrias. O PL 334/2015, que delega a estados e município a incumbência pala inspeção de produtos de origem animal, está em tramitação em Brasília e já foi aprovado pela Comissão de Agricultura da Câmara.  A relevância dos diferentes tipos de inspeção foi tema da manifestação de Roberto Lucena, do Ministério da Agricultura, que também participou do debate.

A engenheira de alimentos e coordenadora do Programa Estadual de Agroindústria Familiar da Emater, Bruna Roldan, acrescentou que o importante na avaliação dos estabelecimentos é se estes garantem ou não a realização de processos e operações de fabricação seguros.  De acordo com ela, é preciso enfatizar a "analise de perigos" como foco da inspeção, ao invés de se tratar com tanto afinco as questões relacionadas meramente às instalações das empresas que, na verdade, não é o que, ao fim, garante a sanidade dos processos. E destacou a força da produção da agroindústria familiar. "Queremos manter a agricultura familiar e a agroindústria familiar como uma maneira de manter a cultura alimentar.  São alimentos carregados de tradição. " 

Durante o painel, a fiscal da Secretaria da Agricultura, Karla Oliz, ainda falou sobre a Lei do Leite e a regulamentação que está em curso. "A gente sabe que ela necessitará ser aperfeiçoada e ainda podemos mudar alguns pontos. Meses de discussão é pouco". (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Mudanças no ICMS preocupam setor industrial

Entre as diversas medidas que integram o pacote de combate à crise fiscal do Estado, anunciado pelo governador José Ivo Sartori na segunda-feira, as que mais preocupam os setores industriais gaúchos são as que mexem no ICMS. A intenção do Executivo é dar regime de urgência ao PL 214, parado desde o ano passado, que limita os benefícios de crédito presumido em 70%, além de antecipar em nove dias o recolhimento do imposto. Os sindicatos patronais argumentam que já trabalham sem margem e que, com as medidas, perderão vendas e reduzirão empregos. O projeto de maior impacto entre os dois, o PL 214, já foi enviado pelo Piratini à Assembleia Legislativa em 2015. O texto, porém, está parado na Comissão de Constituição e Justiça, que não deu parecer sobre o projeto. O documento determina que os benefícios de crédito presumido seriam limitados, até 2018, a 70% do concedido. 

O instrumento consiste, na prática, na redução das alíquotas de ICMS para setores específicos, com o objetivo de igualar a carga tributária com os concorrentes de outros estados. Em 2015, somando todos os setores, o total de créditos chegou a R$ 2,5 bilhões, 31% de todas as desonerações concedidas pelo Estado. Segundo o governo, a medida geraria um impacto de R$ 300 milhões por ano aos cofres públicos. Com o regime de urgência, o projeto entra na pauta da Assembleia Legislativa 30 dias após ser protocolado e deve ser votado antes dos demais. O documento ainda deixa aberto à decisão de o Executivo estabelecer exceções à medida. Entre os representantes de diversos segmentos, porém, a preocupação é que mudanças na área retirarão competitividade da indústria gaúcha. "O crédito presumido é uma questão de vida ou morte para as empresas. Já estamos atuando sem margem nenhuma, e no caso de onerar mais a produção, teremos muitas dificuldades", afirma o presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados no Estado (Sicadergs), Ronei Lauxen. 

O diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips), Rogério Kerber, salienta o objetivo do instrumento, que é de equalizar a situação com os outros estados, para defender que, na prática, a medida poderia gerar um efeito contrário ao desejado. "Isso pode acelerar a perda de competitividade com os concorrentes e, assim, levar à redução na arrecadação em curto prazo", projeta. Nessa linha, o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Darlan Palharini, é ainda mais enfático. "Isso vai invariavelmente levar à migração do parque industrial para outros estados, que cobram uma alíquota menor", projeta. Na visão dos industriais, embora reconheçam a situação precária das finanças gaúchas, o sentimento é de que o setor produtivo já deu a sua contribuição ao absorver o aumento da alíquota geral do ICMS de 17% para 18%, no início do ano. "Estamos cientes da situação de ajuste fiscal do Estado, mas já contribuímos ao abrir mão de parte do benefício no início do ano", acrescenta o representante do Sindicato das Indústrias de Vestuário (Sivergs), Henrique Vieira Gonzales. 

O empresário se refere à mudança na alíquota do setor têxtil, que, na última renovação do benefício, concordou em aumentá-la de 13% para 13,5%. Outros setores são mais cautelosos na análise. O vice-presidente da Associação das Indústrias de Móveis (Movergs), Rogério Francio, argumenta que não é possível fazer um julgamento, mesmo que a indústria seja prejudicada. "Lamentavelmente, a situação exige um remédio, que às vezes é amargo", afirma, acrescentando torcer para que o pacote funcione. O presidente da Fiergs, Heitor José Müller, também ressalta a necessidade das medidas, que, na sua opinião, foram adiadas por muito tempo por seu custo político. "Por outro lado, faz com que a gente tema por uma recessão maior do que esperávamos", argumenta. (Jornal do Comércio)

 
Fundesa faz repasse à OIE
O Fundesa, fundo criado no Rio Grande do Sul para complementar ações de desenvolvimento e defesa sanitária animal, anunciou ontem o repasse de 80 mil dólares à OIE. O ato aproveitou a presença da diretora-geral da entidade, Monique Eloit, no 5˚ Avisulat, em Porto Alegre. O aporte ajudará a fomentar ações desenvolvidas globalmente para combater enfermidades. Monique lembrou que investir em ações em outros países evita a propagação das doenças, inclusive retornos. (Correio do Povo)
 
 

 

Porto Alegre, 21 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.394

 

 Agro+RS trará competitividade ao agronegócio

Pioneiro no país, o Rio Grande do Sul lançou na tarde desta segunda-feira (21/11) o programa Agro+RS. Detalhado às lideranças de vários setores do agronegócio, o programa tem a finalidade de reduzir a burocracia dos processos ligados ao setor, assim como trazer maior competitividade à agricultura gaúcha. 

Presente na solenidade, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, parabenizou a iniciativa, uma vez que a colabora na redução da burocracia e traz maior competitividade ao setor lácteo. Para ele, essa é uma oportunidade para gerar as condições de crescimento do segmento de uma maneira mais ágil. "É um projeto que nasce de maneira aberta, permitindo o seu constante aperfeiçoamento. "Por exemplo, atualmente o produtor precisa encaminhar notas dos seus envios e, ao mesmo tempo, as indústrias também. Esse é um exemplo claro do que pode ser feito, se essa nota for unificada", citou ele. 

Segundo o secretário estadual de Agricultura, Ernani Polo, até o momento foram recebidas 218 demandas, sendo que 73 foram internas (dentro do governo) e outras 145 externas (de entidades). Destas, 23 já foram solucionadas ou encaminhadas.  O Sindilat colaborou com o projeto repassando demandas, como a simplificação de alguns procedimentos burocráticos. "Queremos o agronegócio mais ágil, mais produtivo e mais sustentável", afirmou Polo. Atualmente, o setor representa 50% do PIB gaúcho. Ao parabenizar a iniciativa gaúcha, o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, parabenizou o RS por ser o primeiro a avançar no projeto. Disse que outros 20 estados estão discutindo as suas versões do projeto nacional Agro+. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Evento reuniu lideranças do setor no Palácio Piratini 
Crédito: Daniela Barcellos/Palácio Piratini
 
 
Fonterra eleva previsão para preço do leite ao produtor

A cooperativa de lácteos neozelandesa Fonterra elevou na sexta-feira a previsão para o preço do leite ao produtor na safra 2016/17 em 75 centavos de dólar neozelandês, para 6,00 dólares neozelandeses por quilo de sólidos de leite. Quando combinado com as previsões de ganhos por ação no ano fiscal 2017, de 50 a 60 centavos de dólar neozelandês, o pagamento total disponível aos produtores na atual safra deve ficar entre 6,50 e 6,60 dólares neozelandeses antes de retenções, informou a Fonterra em comunicado.

O chairman da Fonterra, John Wilson, disse, em comunicado, que o aumento reflete a melhora no preço do leite desde setembro depois "do gradual reequilíbrio da oferta e da demanda global" do produto. "Temos visto produção em queda em importantes regiões exportadoras, particularmente Europa e Austrália, e um declínio sem precedentes na oferta de leite na Nova Zelândia devido à primavera mais úmida do que o normal em muitas regiões", afirmou na nota. Ele acrescentou que a demanda continua firme. Como resultado desse cenário tem havido uma melhora constante nos preços globais das commodities lácteas, o que levou ao aumento na previsão [para as cotações].

Na sexta-feira, a Fonterra também atualizou os dados de seu desempenho no primeiro trimestre deste ano. Segundo a cooperativa, a receita no período foi de 3,8 bilhões de dólares neozelandeses, 6% superior à do primeiro trimestre do ano anterior.

Conforme a Fonterra, os volumes de vendas no primeiro trimestre subiram 2%, para 4,9 bilhões de litros equivalente leite, enquanto a margem bruta ficou em 22% no período, praticamente inalterada.

O CEO Theo Spierings disse, em comunicado, que os ganhos de receita no primeiro trimestre refletiram o crescimento de volume e margem em todo o negócio e foco contínuo no controle dos custos. (As informações são do Valor Econômico)

Lácteos

Os temores de uma escassez de queijo e manteiga, como resultado da redução da oferta de leite, já começaram a se materializar, os fornecedores têm alertado. Os preços de atacado  da manteiga, já elevados, aumentaram em mais 6% de setembro a outubro, para £3.750/tonelada [AHDB Dairy] devido à baixa oferta, e estavam agora a mais de £4.000/tonelada, de acordo com um importante fornecedor. 

Os preços do Cheddar permaneceram acima de £3.000/tonelada, com alguns produtores de queijo "utilizando o leite do queijo, para manter a oferta de manteiga no curto prazo", acrescentou outra fonte, informando que os fornecedores de queijos para as escolas do Sudoeste já estavam com escassez. "Também há preocupação real de que quando a demanda por creme no Natal começar,  o varejo no Reino Unido não terá manteiga suficiente", advertiu a fonte. "É um enorme volume e, normalmente tira toda a gordura de dezembro do mercado. Este ano, no entanto, simplesmente não existe abastecimento. Ou não haverá creme agora, ou não haverá manteiga mais tarde. Essa é a escolha. "

A oferta de leite continuou a ser um problema enorme, disse outro fornecedor, que concordou que simplesmente não há "quantidade suficiente de queijo ou manteiga no sistema". E isso, junto ao aumento no custo de produção de cerca de 1,5 centavos/litro devido aos custos com a importação, diante da desvalorização da libra. Houve uma série de aumentos do preço ao produtor na última quinzena.

Semana passada a Cheesemaker Barber anunciou aumento de 6 centavos/litro de agora até fevereiro. A opção das três maiores indústrias de laticínios abalaram o mercado, estabelecendo um preço mínimo de 30 centavos/litro para a produção de outubro, enquanto aguardam o anúncio da Lactalis para o aumento de preços aos seus fornecedores de leite e a pressão das varejistas.  "Esperamos que estes aumentos de preços parem no primeiro trimestre do próximo ano, o que provavelmente não ocorrerá, a menos que tenhamos melhoria na oferta de leite ", disse um fornecedor. "Um inverno rigoroso poderá tornar as coisas ainda piores para o abastecimento." (The Grocer - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
Sistema de nutrição para bezerras leiteiras vence a Final Juiz de Fora do Ideas for Milk
 
Systech Feeder, um sistema de nutrição em tempo real para bezerras leiteiras, foi o vencedor da etapa de Juiz de Fora do primeiro desafio de startups voltado exclusivamente para soluções para a cadeia produtiva do leite. A proposta, que vai disputar a final nacional do desafio, em Brasília, no mês de dezembro, foi desenvolvida pela equipe Salvati & Morais. Os representantes da startup são Gustavo Salvati, aluno de doutorado no programa de pós-graduação em Ciência Animal e Pastagens da Esalq/USP; o professor titular na área de zootecnia no Instituto Federal do Espírito Santo - Campus Itapina, Nilson Morais Júnior; e os estudantes Klerio Silva Rocha, Wildson Batista Groner, Lucas Reichelm Costa e Igor Gonçalves de Souza Salvati. A final local do concurso foi realizada na noite do dia 17, no Anfiteatro da Faculdade de Direito da UFJF.

O Systech feeder é um sistema integrado hardware/software que monitora em tempo real o consumo de concentrados de bezerras. Seu propósito é definir o momento do desaleitamento, otimizar tempo e mão-de-obra, promover ganho em desempenho e reduzir custo alimentar com gerenciamento eficiente via dispositivos fixos e móveis. A ideia de desenvolver o sistema teve como base a experiência do professor Nilson Morais Júnior, que observou a ausência de tecnologias para facilitar o fornecimento de ração, o desaleitamento e o monitoramento da nutrição de bezerras leiteiras. O docente destaca que a única existente é o alimentador coletivo (leite e ração), o qual ainda não tem grande adesão pelos produtores devido ao seu preço e por não apresentar um controle do consumo de concentrados adequado. "O Systech Feeder atende a um amplo espectro de fazendas que utilizam casinhas tropicais, sistema argentino e bezerreiros individuais", afirmou.

Segundo Lucas Reichelm, o desenvolvimento de sistema de controle alimentar tem como bases tecnológicas o dispositivo de fornecimento de concentrado, o sensor propriamente dito e a tecnologia de transmissão de informações, que é o software de gerenciamento e mecanismos de disponibilização das informações. O dispositivo de fornecimento de concentrado será adaptável a diversos sistemas individuais de criação de bezerras leiteiras na fase de aleitamento. "O software de gerenciamento poderá gerar em tempo real e armazenar dados do consumo diário, número de refeições, consumo acumulado, consumo médio nos três dias anteriores. Além do mais, alertar quanto ao aumento ou reduções bruscas no consumo, momento do desaleitamento e necessidade de reposição de concentrado", explicou.

Além da Salvati & Morais, participaram da final local as propostas: Milkup App (Italo Gama Pacheco), Icow (Gestão de Rebanhos Leiteiros), Scanner Bovino (UFJF) e Sistema de Monitoramento da Acidez do Leite desde a Ordenha ao Laticínio (IF Sudeste - Campus JF). A decisão da etapa de Juiz de Fora foi a segunda final local do Ideas for Milk. A proposta SCL Rota - Sistema de Coleta de Leite foi a vencedora da final da etapa de Belo Horizonte, realizada no dia 12. As próximas finais locais são:

Viçosa (MG) - 22/11, às 17, no Centev (Centro Tecnológico de Desenvolvimento regional de Viçosa)
Lavras (MG) - 23/11, às 17h, no InovaCafé, na Universidade Federal de Lavras (UFLA)
Porto Alegre (RS) - 25/11, às 17h, no Global TecnoPUC
São Carlos (SP) - 28/11, às 17h, no auditório da Embrapa Instrumentação Tecnológica
Campinas (SP) - 29/11, às 17h, no auditório da Embrapa Informática Agropecuária
Piracicaba (SP) - 30/11, às 17h, no auditório central da Esalq/USP
A final nacional acontecerá no dia 13 de dezembro em Brasília. ((Milkpoint)

 

AVISULAT
A cadeia do setor de aves, suínos e leite se reúne de amanhã a quinta-feira na Capital para fazer negócios, apresentar inovações e pesquisas e debater demandas dos três segmentos. O 5º Avisulat será realizado no Centro de Eventos da Fiergs. Logística, saúde, tributos e alimentação são alguns dos temas que serão debatidos. Um dos principais nomes da programação é o da diretora-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Monique Eliot. (Zero Hora)
 

Porto Alegre, 18 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.393

 

​  Especialistas debatem potencial nutricional do leite no Avisulat
Um grupo de especialistas da área da saúde, como médicos e nutricionistas, participará de um simpósio sobre os benefícios dos produtos lácteos e irá desvendar um pouco sobre os tabus atuais relacionados ao leite. O encontro ocorrerá durante o 5º Avisulat, na próxima quarta-feira (23/11), a partir das 14h, no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre. O "Simpósio Sobre Versatilidade dos Lácteos em Incorporar Mais Propriedades Funcionais ou de Saúde" é promovido pelo Sindilat e pela Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), e tem o apoio da Farsul, Fetag, Mapa e Seapi. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o simpósio tem grande relevância, uma vez que busca esclarecer os consumidores sobre muitos tabus e mitos ligados ao leite. "É uma oportunidade para ouvirmos especialistas e as suas análises sobre essas questões que são tão importantes para os consumidores", afirmou.   
A programação contará com a presença de seis profissionais da área da saúde e alimentos, que estarão distribuídos em dois grupos de discussão. No primeiro bloco, o médico nutrólogo Carlos Alberto Werutsky, que participa da coordenação do evento, falará sobre as propriedades funcionais do leite e a professora Ana Lúcia Barretto Penna mostrará as diferenças nutricionais do leite pasteurizado e do leite UHT. 
Já a nutricionista e presidente da SBAN, Olga Amâncio, irá desmistificar o receio que muitos consumidores adquiriram relacionado à lactose. Após o Milkbreak, a nutricionista Márcia Terra abordará os conflitos de interesses entre a academia e o mercado. Em seguida, está previsto o painel 'Lácteos com baixos teores: sódio e gorduras saturadas', sob o comando do médico nutrólogo Paulo Henkin. E para encerrar as discussões, a palestra doutora em nutrição Geórgia Castro sobre os lácteos enriquecidos com micronutrientes de interesse. 
O simpósio se destina a estudantes e profissionais da área da saúde preocupados com a qualidade, higiene e segurança dos componentes de uma alimentação saudável e integra a programação do 5º Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios 2016 (5º Avisulat), de 22 a 24 de novembro. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 

 
Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 17 de Novembro de 2016 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Outubro de 2016 e a projeção dos preços de referência para o mês de Novembro de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)

 
 

Recuperação nos preços do leite nos EUA continuará, afirma Dean Foods

Os preços do leite nos Estados Unidos terminarão o ano com firmeza, disse a maior processadora de lácteos do país, Dean Foods, após a última série de sinais positivos aos mercados de lácteos no país (recuperação na produção de queijos e leite em pó). A Dean Foods previu preços para o leite classe 1 (em média US$ 36,40 por 100 quilos em dezembro), recuperando-se em 11,7% com relação ao mês anterior - apesar de permanecer marginalmente baixo com relação ao ano anterior. O aumento estenderia o aumento nos preços com relação ao menor valor alcançado de US$ 28,97 por 100 quilos em junho, à medida que o mercado americano lidou com volumes do aumento sazonal na produção, contra uma queda no mercado mundial ainda nos estágios iniciais de recuperação.

A previsão vem em meio a sinais positivos de outras partes do mercado de lácteos dos Estados Unidos, com os futuros no mercado spot de cheddar (barrels), por exemplo, aumentando em 55,67 centavos, para US$ 4,10 por quilo. De fato, a produção de queijos dos Estados Unidos em setembro alcançou 445 milhões de quilos, um recorde para o mês, enquanto a produção de leite em pó desnatado alcançou 56,97 milhões de quilos, o maior dado para setembro em 54 anos. E, de acordo com o Conselho de Produtores de Leite, "os fundamentos no mercado de manteiga também estão um pouco otimistas". "Apesar do creme ainda estar abundante nas regiões central e ocidental dos Estados Unidos, as ofertas estão caindo no leste".

As previsões da Dean Foods vieram à medida que o grupo revelou uma queda de 28%, para US$ 14,53 milhões, nos lucros no trimestre de julho a setembro, com as receitas caindo em 3,4%, para US$ 1,96 bilhão, refletindo preços menores que no ano anterior. Entretanto, os lucros vieram em US$ 0,37 por ação, um pouco maior do que os US$ 0,36 previsto por analistas. A Dean Foods está planejando mudar seu negócio em direção a produtos de leite e sorvete de marca que comandam mais lucros, à medida que o consumo de leite cai.
A companhia disse que houve um "contínuo crescimento" no leite com sabor e um aumento de 14% no sorvete, direcionados principalmente pela aquisição da Friendly's. Uma "inovação robusta em sorvetes para 2017" foi prevista, disse a companhia. (As informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Languiru é reconhecida como a 2ª maior cooperativa de produção do Estado

A Cooperativa Languiru, com sede em Teutônia, mais uma vez integra o ranking 500 Maiores do Sul - Grandes & Líderes, projeto da Revista Amanhã e PwC Brasil, cuja divulgação ocorreu na edição no. 319/2016. O periódico destaca as empresas líderes do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, além das 500 empresas consideradas emergentes, tomando como referência seu desempenho econômico no exercício de 2015.

Levando em conta especificamente as cooperativas de produção gaúchas que integram o ranking divulgado pela Revista Amanhã, a Languiru é a 2ª colocada, atrás apenas da Cotrijal, de Não-Me-Toque. Também figura na 46ª posição entre as maiores empresas do Rio Grande do Sul, cooperativas ou não (era 49ª no ranking anterior). Além disso, passou da 129ª posição para a 118ª no ranking que considera as maiores empresas da Região Sul do Brasil (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná). A Languiru ainda figura no ranking das 50 maiores receitas líquidas do Rio Grande do Sul, ocupando a 35ª posição, superando R$ 1 bilhão em 2015, variação de 17,22%. Numa análise mais criteriosa do ranking, a Languiru também surge como a maior empresa com sede no Vale do Taquari.

"Depois dos vendavais"
O diretor de redação da Revista Amanhã, Eugênio Esber, que assina o editorial da edição, ressalta que "a safra de balanços mostra que a grande maioria das empresas ingressou em 2016 trazendo um legado oneroso, produto da brutal recessão que fez o PIB brasileiro derreter 3,8% em 2015". Para ele, "o desemprego e a estagnação dos negócios transportaram as companhias para um cenário que só tem paralelo em uma realidade que muitos gestores nem chegaram a conhecer - a depressão instaurada 26 anos atrás pelo Plano Collor, ao impedir que cidadãos e empresas tivessem acesso ao dinheiro aplicado no banco".

Sobre o cenário econômico futuro, Esber escreve que, aparentemente, os níveis de confiança na economia brasileira voltam a subir, e é possível esperar que 2016 já configure um início de recuperação. "A grande crise de 2015 deverá ser saudada, no futuro, como o grande laboratório a partir do qual o Brasil dobrou sua aposta no que efetivamente constrói riqueza e prosperidade social: livre mercado, Estado eficiente e instituições fortes para defender a jovem, mas vigorosa, democracia brasileira", conclui em seu editorial.

Em texto assinado pelo secretário de redação Marcos Graciani, destaque para a importância do setor agropecuário para a economia brasileira. "O PIB industrial caiu 6,2% e o dos serviços, que tem maior peso no Produto Interno Bruto, encolheu 2,7%. Menos mal para o país, e principalmente para o ambiente econômico do Sul, que o PIB agropecuário sustentou uma expansão de 1,8%. Não chegou a ser uma salvação da lavoura, mas atenuou consideravelmente o impacto de um ano duríssimo. Em um ano no qual o PIB (nacional) recuou nada menos que 3,8%, a maior redução desde 1990, a prioridade foi manter o ritmo dos negócios", escreve.

A repórter Laura D'Angelo faz uma análise do ranking das 100 maiores do Rio Grande do Sul. Considerando que "nem sempre o campo salva", ela projeta que até o agronegócio tem registrado quedas na produção este ano e não conseguirá amenizar o recuo do PIB do Rio Grande do Sul como em 2015. Em seu texto ela ressalta que "para um Estado com saúde financeira e fiscal debilitadas, a agropecuária ganhou ares de oásis no deserto. O campo amenizou a queda de 3,4% do PIB gaúcho e foi o único setor que cresceu em 2015 (13,6%)". Paralelamente a isso, ela acrescenta que a agropecuária é responsável por 10% da riqueza produzida no Rio Grande do Sul, "chave para o desenvolvimento de outros segmentos".

No ranking das 500 Maiores do Sul, o setor de alimentos e bebidas detém a maior soma de receita líquida, ultrapassando R$ 87,6 bilhões, com a representatividade de 36 empresas. As cooperativas de produção, com 23 representantes, somam receita líquida superior a R$ 53 bilhões e aparecem entre as mais eficientes em 2015, com rentabilidade de 3,45%.

Como é feito o ranking
A fonte são os balanços financeiros oficiais publicados pelas empresas. O critério de classificação é um indicador exclusivo conhecido como Valor Ponderado de Grandeza (VPG), resultado da soma do patrimônio líquido (50%), receita líquida (40%) e resultado (10%).

Crescimento, geração de emprego e renda
Para o presidente da Languiru, Dirceu Bayer, o desempenho positivo e a evolução da cooperativa no ranking refletem a confiança e dedicação de todos os associados e colaboradores. "Anualmente integramos o ranking das maiores empresas do Sul do Brasil, e isso nos dá a convicção de que estamos no rumo certo. Assim como a Languiru tem evoluído, também percebemos o crescimento dos nossos produtores associados e das comunidades onde a cooperativa está presente. Essa é a premissa do cooperativismo, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social da região", disse.

Sobre o atual cenário econômico, Bayer ressalta a necessidade da união de esforços. "A cooperativa é feita por pessoas e todos precisamos juntar forças, o que é essencial para superarmos as dificuldades impostas pelo atual cenário econômico. O Brasil vive a maior crise econômica e política da sua história, e o setor do agronegócio é muito atingido. A Languiru está fazendo o seu dever de casa e, apesar de todas as dificuldades, estamos satisfeitos, pois queremos o melhor para a Languiru", afirma.

"É difícil crescer em plena crise, mas nossas unidades industriais seguiram produzindo e vamos colher os resultados disso quando a economia melhorar. Quando tudo isso passar, vamos estar muito melhores, pois aproveitamos a crise para fazer o que precisa ser feito", conclui Bayer.

União de esforços
O vice-presidente da Languiru, Renato Kreimeier, também avalia a evolução da cooperativa. "Na última década a Languiru cresceu muito e resgatou sua credibilidade no mercado, fruto da gestão e do trabalho comprometido de todos os colaboradores e associados. A marca Languiru está cada vez mais consolidada no mercado nacional e internacional, tornando-se referência em produtos diferenciados e de qualidade." Para ele, esse trabalho de grande responsabilidade "contribui significativamente para a fidelização de associados e clientes".

Sobre o atual cenário econômico de extremas dificuldades, Kreimeier reafirma o crescimento da Languiru apesar da crise brasileira. "Queremos ser a melhor opção como cooperativa para associados e clientes. Mesmo diante de todas as adversidades, crescemos cerca de 17%, e embora soframos com o atual cenário, com o trabalho de todos, eficiência e produtos de qualidade, marcamos forte presença no mercado. No momento de crise também é preciso ter coragem, aliada à competência e ao profissionalismo. Isso é administrar, fazendo as mudanças quando forem necessárias para o bem da Languiru. Crises sempre vão existir, mas precisamos acreditar no nosso potencial", ressalta. (Assessoria de Imprensa Languiru)

Presidente Dirceu Bayer (e) e vice-presidente Renato Kreimeier comemoram desempenho da cooperativa e dividem o reconhecimento concedido à Languiru com associados e colaboradores
Crédito: Leandro Augusto Hamester
 
Santa Clara recebe Top de Marketing

A Santa Clara foi premiada com mais um Top de Marketing. O projeto Plantando o Bem foi o vencedor da categoria Agronegócio. O diretor administrativo e financeiro da Cooperativa, Alexandre Guerra, recebeu o troféu das mãos do presidente do Júri do Top de Marketing, Arthur Bender, na cerimônia de premiação que aconteceu na noite de quinta-feira, 15 de novembro, no Barra Shopping Sul, em Porto Alegre.

O case vencedor foi desenvolvido pela Santa Clara em 12 escolas de Carlos Barbosa entre os meses de junho e agosto. Os estudantes participaram de atividades teóricas e práticas sobre a importância do meio ambiente, alimentação saudável, da agricultura familiar e de hábitos sustentáveis. 

A primeira etapa foi realizada junto a funcionários da Cooperativa, alunos e comunidade dentro do programa Compartilhar, que desenvolve ações nas regiões onde a Santa Clara está presente com associados.

Este é o sétimo Top de Marketing ADVB que a Santa Clara conquista. Em outubro, o Projeto Plantando o Bem também recebeu o Prêmio Ocergs de Cooperativismo. (Assessoria de Imprensa Santa Clara)

 
Na foto, o diretor administrativo e financeiro da Cooperativa Santa Clara, Alexandre Guerra, recebe o troféu das mãos do presidente do Júri do Top de Marketing, Arthur Bender. 

Crédito: Denison Fagundes

 

Frase do dia
"O problema é que mais uma vez estaremos vendendo o futuro para pagar o passado". De Leonardo Busatto, do Tesouro do Rio Grande do Sul, sobre proposta de formação de fundos com recebíveis e ativos dos Estados. (Valor Econômico)
 

 

Porto Alegre, 17 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.392

 

​  Fórum Itinerante do Leite chega a Porto Alegre

 
O Fórum Itinerante do Leite será realizado pela primeira vez em Porto Alegre e busca debater e a competitividade do leite produzido nas diferentes regiões do Rio Grande do Sul. O evento ocorre durante o V Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios (AVISULAT), no dia 24/11, no Centro de Eventos da Fiergs, a partir das 8h45min. Com realização do Sindilat, Fetag, Farsul, Seapi, Mapa, Emater e apoio do Fundesa, a 3ª edição dá continuidade ao ciclo iniciado em Ijuí (RS), no primeiro semestre deste ano. Entusiasmado com a repercussão dos fóruns anteriores, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, acredita que a iniciativa é muito importante para o alinhamento das questões com as indústrias, agricultores e universidade acerca do setor lácteo.
 Na ocasião, a Emater vai apresentar o seu programa de Gestão Sustentável da Propriedade Rural, visto que muitos agricultores sentem a necessidade de obter mais assistência técnica na administração de suas propriedades rurais. Além disso, será lançado o livro 1º Fórum Estadual do Leite, que tem como pauta a Lei do Leite, sancionada pelo governador José Ivo Sartori em junho deste ano. As mudanças provocadas pela medida aumentaram a responsabilidade de produtores, indústrias e transportadores de leite sobre a qualidade do produto que chega aos consumidores.
 
Confira a programação completa:
 3º Fórum Estadual do leite
- 08:45 - Abertura
- 09:00 - Relato dos Fóruns Itinerantes
- 09:10 - Lançamento do Livro 1º Fórum Estadual do Leite
- 09:20 - Apresentação do Programa de Gestão Sustentável da Propriedade Rural - Emater-RS/SDR
- 10:00 - Relato de produtores - Como ter sucesso com o leite na pequena propriedade rural
- 10:40 - Apresentação Leitec - Senar
- 11:10 - Case de produtores assistidos
- 11:50 - Mesa redonda: Programa Emater/RS e Senar
- 12:30 - EncerramentoFórum Itinerante do Leite chega a Porto Alegre
(Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

 
Francês aceita pagar mais por leite do país para 'salvar' setor
Os consumidores nem sempre querem pagar mais barato por um produto. Na França, foram eles que fixaram o preço final do litro de leite - superior ao geralmente praticado - de uma marca que acaba de entrar no mercado e já enfrenta falta no estoque.

O objetivo é garantir uma renda adequada aos produtores de leite franceses - que têm enfrentado uma crise decorrente da queda das cotações no mercado -, assegurando a perenidade do setor no país.

Além do preço, os consumidores definiram todo o processo produtivo: desde o tipo de alimentação das vacas, sem organismos geneticamente modificados, até a embalagem, onde letras garrafais indicam que "este leite paga ao seu produtor o preço justo".

A marca surgiu com um questionário na internet, respondido por quase 7 mil pessoas. A partir do preço médio do litro do leite longa vida, de € 0,69 (R$ 2,60), cada escolha do internauta - como produção 100% francesa, período de pastagem, remuneração dos produtores e até a possibilidade de eles tirarem férias - ia aumentando o valor final do produto, fixado em € 0,99 (cerca de R$ 3,70).

Desse total, os produtores responsáveis pelo fornecimento da matéria- prima - ligados a uma cooperativa na região de Lyon - receberão € 0,39 por litro, quase o dobro do que obtinham exportando o leite cru para laticínios da Itália. Isso totaliza € 390 por mil litros, bem acima dos € 290, em média, que a francesa Lactalis, líder mundial do setor, aceitou pagar na França em um acordo arrancado a fórceps em agosto, com intermediação do governo, após vários protestos dos produtores. Eles exigiam o alinhamento dos preços da Lactalis aos de outras indústrias.

 

A "marca do consumidor", como é chamada, reúne 50 produtores da Cooperativa Bresse Val-de-Saône, nas proximidades de Lyon, no leste da França. O produto é envasado por um laticínio de médio porte, o LSDH, da região do Vale do Loire. Lançado em outubro nos supermercados Carrefour em Paris e Lyon, é vendido desde novembro nas 5,6 mil lojas da varejista em todo o país.

O leite já está em falta em mil lojas, informa o Carrefour, acrescentando que 500 mil caixas foram vendidas em três semanas, algo atípico para um produto que não teve publicidade.

A demanda de 1,8 milhão de litros ultrapassou amplamente a previsão inicial de 1 milhão de litros, afirma Nicolas Chabanne, co-fundador da "marca do consumidor". Por isso, mais produtores vão se juntar em breve à iniciativa. Outras redes de supermercado também deverão vender esse leite até o início de 2017.

"O consumidor quer assumir o controle sobre os produtos que adquire e, ao mesmo tempo, dar um sentido às suas compras", diz Chabanne. Ele já havia criado na França, em 2014, a marca "caras quebradas", de frutas e legumes "feios", jogados fora em razão do visual e por terem dimensões diferentes das habituais.

Para Chabanne, não se trata de "caridade" com os produtores de leite. "Se fosse só esse aspecto, a marca poderia não dar certo. É a primeira vez que o consumidor define o processo produtivo e dispõe de todas as informações a respeito." A previsão de faturamento em 2017 é de € 1 milhão.

Vários dos 50 produtores ligados à "marca do consumidor" beiravam a falência. "Íamos desaparecer. Agora vamos pagar as contas atrasadas e conseguir ter um salário", afirma Martial Darbon, presidente da cooperativa.

A crise do leite na Europa se agravou em 2015 com o fim do sistema de cotas de produção que vigorou por 31 anos. Isso provocou excesso de oferta de leite no continente, derrubando as cotações aos produtores. Na França, os preços recuaram quase 23% desde 2014, antes do fim do sistema de cotas.

A iniciativa deve ser levada a outros países, incluindo o Brasil, por meio de uma parceria em estudo com a fabricante de embalagens sueca Tetra Pak, diz Chabanne. A marca também prepara o lançamento de outros produtos nos mesmos moldes do leite, como um suco de maçã. Segundo ele, produtores da Alsácia estão arrancando suas macieiras em razão de prejuízos.

"É o consumidor quem paga. Ele tem o poder absoluto", diz Chabanne. Não é por acaso que o nome oficial da marca é "Quem é o patrão?". (As informações são do Valor Econômico)

Simplificar para crescer

Quem não é a favor da simplificação de processos e procedimentos? Todos convivemos diariamente com entraves que nos prejudicam, seja para alugar um imóvel, abrir uma empresa etc. Isto mantém uma paralisia de serviços, que repercute na economia. No meio rural, essa realidade também impacta. Segundo dados do Ministério da Agricultura, cerca de R$ 1 bilhão deixam de ser arrecadados por ano devido ao excesso de burocracia. Para mudar esta realidade, o Mapa criou o Plano Agro+, voltado à simplificação de serviços ao produtor rural. Aqui no Estado, estamos lançando o nosso modelo, nos mesmos moldes, chamado Agro+ RS. Queremos agilizar ações que signifiquem encurtamento de prazos para fortalecer a economia que vem do campo e ajuda o Rio Grande a crescer.

Após consultar entidades representativas das cadeias produtivas, um grupo técnico da Secretaria da Agricultura selecionou propostas para dar mais agilidade a procedimentos. O Agro+ RS visa estabelecer um programa mais simples para quem produz, que nos permita competir com mais vigor no mercado, o que representará mais negócios e recursos girando em nossa economia.

Não é de hoje que o agro é a mola propulsora do Produto Interno Bruto e pode ser muito mais. Vamos inovar conferindo mais agilidade e eficiência ao agronegócio, destravando ações que envolvem demandas do campo.

Legislações ultrapassadas e falta de clareza em determinadas normas trazem paralisia a processos e isto têm de ser revisto. O serviço público pode ser mais eficaz também para auxiliar o produtor, que precisa de serviços simplificados para crescer. Já avançamos com o projeto de lei que cria o marco regulatório das florestas plantadas e no decreto que simplifica regras para irrigação.

O agronegócio representa cerca de 40% do PIB gaúcho e, sendo favorecido na simplificação de processos que envolvem até interpretações de leis do século passado, será alçado a produzir mais e melhor. É claro que ser ágil não significa deixar de lado o rigor da lei ou a preocupação com a sustentabilidade. São pontos que, em um mundo moderno, andam juntos necessariamente. Estamos agindo para mudar, para fazer o campo e o Estado se desenvolverem economicamente. E o Agro+ RS é isto. Simplificar para crescer. (Ernani Polo, Secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação/Zero Hora)

 

Enfermidades animais em pauta na AVISULAT 
Nos próximos dias 22 a 24 de novembro, será realizada a quinta edição do Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios (AVISULAT), no Centro de Eventos da FIERGS. No dia 22, destaca-se a palestra da Dra. Monique Eloit, Diretora Geral da Organização Mundial da Saúde Animal, com o tema "Estratégias Globais de Enfrentamento de Enfermidades", às 14h.  É a primeira vez que a Organização Mundial da Saúde Animal, entidade que está relacionada com os objetivos e ações desenvolvidas pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), vem ao Estado com este nível de representação. A programação completa, além das Palestras Magnas, está disponível no site: www.avisulat.com.br. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

 

Porto Alegre, 16 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.391

 

​  Leilão GDT apresenta nova alta

O leilão GDT, que ocorreu nesta terça-feira (05/11), apresentou novo movimento de alta, embora mais tímido que o anterior. O preço médio dos lácteos ficou em US$3.519/tonelada, alta de 4,5%. O leite em pó integral apresentou alta de 3,2%, fechando a US$3.423/ton. O leite em pó desnatado teve forte alta de 9,8%, chegando a US$2.562/ton. O queijo cheddar teve alta de 11%, com preço de US$3.697/ton.

O volume de vendas de produtos lácteos foi 14% inferior ao leilão anterior e 20% inferior ao mesmo período do ano passado, com um total de 23.902 toneladas comercializadas. A retomada de preços no leilão GDT ocorre devido à redução na oferta: além de notícias de que a Nova Zelândia já estava reduzindo o volume de produção, ocorreu um terremoto no país, o que pode afetar ainda mais o volume produzido, de forma a limitar a oferta disponível.

Os contratos futuros de leite em pó integral apontam que o movimento de alta do mercado pode estar próximo de um teto. O contrato de dezembro, inclusive, apresentou baixa e fechou a US$3.531/ton. As projeções até maio indicam manutenção de preços entre US$3.400/ton e US$3.500/ton. (Fonte: Global Dairy Trade)
 
 

 
Produtores comemoram prêmio pela qualidade do leite

DSM, detentora da marca Tortuga, premiou os vencedores do programa "Qualidade do Leite Começa Aqui!" em 9/11, em jantar em São Paulo (SP), no hotel Pullman.
 
Após avaliar 2.160 produtores de bacias leiteiras de todo o País, com um total de 157 mil animais, a DSM, detentora da marca Tortuga de suplementos nutricionais, anuncia os vencedores do Prêmio "Qualidade do Leite Começa Aqui!", conhecidos em um jantar especial na capital paulista, em 9 de novembro. Por meio do programa, a DSM estimula iniciativas de pecuaristas que pautam as suas atividades na alta qualidade e reconhece a aplicação de tecnologias que melhoram o desempenho do rebanho e a rentabilidade da produção leiteira.
 
Após as etapas regionais realizadas em sete Estados (Sergipe, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Goiás), os primeiros colocados da categoria "Qualidade do Leite" foram Inelson Enir Fiorezi (Holandês), Antonio Claudimerio dos Reis (Girolando) e Aurélio Dalaio Neto (Jersey). Na categoria "Quantidade mais Qualidade do Leite", os primeiros lugares foram para Willian Vriesman Sobrinho (Holandês), Williams e Cia Pecuária (Girolando) e Francisco Bastos de Miranda (Jersey).
 
Confira os produtores premiados pela qualidade do leite:
 

Tecnologia e foco na qualidade
Para avaliação dos inscritos e identificação dos campeões, o programa considera alguns critérios que contribuem para aumentar o rendimento industrial, como baixo teor de células somáticas e altos teores de proteína e gordura. Estes fatores, segundo o gerente de categoria Gado de Leite da DSM, Fernando Sousa, já são premiados com melhor remuneração aos produtores em várias plantas captadoras. "Produzir leite de maneira segura, com alto teor de proteína e gordura e com baixo nível de células somáticas é um dos principais desafios da pecuária leiteira do Brasil", aponta, destacando que, nesta edição, houve um aumento superior a 20% no número de produtores cadastrados no programa, em comparação com o ano passado.
 
Nas categorias, os produtores são separados em etapas regionais, pela raça (Holandês, Jersey e Girolando/Guzolando) e pelo volume de produção. Mas, no caso das avaliações, todos tiveram os dados coletados a cada 15 dias e submeteram a produção a testes feitos em laboratórios reconhecidos ou pelas próprias plantas captadoras.
 
No caso dos recursos tecnológicos disponíveis para maximizar a qualidade do leite, os criadores têm à disposição os suplementos nutricionais desenvolvidos pela DSM, com efeito no teor de sólidos e na quantidade de células somáticas presentes no leite, além dos benefícios para melhora da produtividade e dos índices zootécnicos dos animais. Neste sentido, todos os vencedores nacionais recebem o Certificado de Qualidade Superior do Leite e duas toneladas dos novos produtos da linha Bovigold®, que combinam os aditivos CRINA® e RumiStarTM, da DSM, aos Minerais Tortuga com objetivo de elevar a produção das vacas - até aquelas que já têm alto desempenho.
 
Os produtos com CRINA®, lançados este ano, têm um conjunto de óleos essenciais que substitui os antibióticos na ração e permitem aos laticínios se adequarem às normas para exportação para países que proíbem o uso da Monensina na nutrição animal, por exemplo. Além disso, estes suplementos promovem o aumento da ingestão de matéria seca, melhor degradação de fibras, proteínas e amido e reduzem os transtornos metabólicos (acidose), além de estarem alinhados ao conceito OVN® (Optimum Vitamin Nutrition), uma linha de pesquisa da DSM que enxerga a suplementação vitamínica na perspectiva de desempenho, e não de deficiência.
 
"A nova linha foi desenhada para entregar maior retorno sobre o investimento ao produtor. Nela, destacam-se os efeitos sinérgicos das tecnologias para cada nível de produtividade e fase do animal, gerando maiores eficiência e produção de leite, além de melhorar a qualidade do produto final pelo aumento da quantidade dos níveis de proteína e gordura. Ou seja, são soluções alinhadas às exigências de competitividade e qualidade da pecuária de leite moderna e da indústria", comenta Sousa. (Agrolink com informações de assessoria)

PIB do agronegócio cresce 2,71% até julho, diz CNA 
 
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro acumula alta de 2,71% de janeiro a julho de 2016, na comparação com igual período do ano passado, de acordo com estudo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Em julho, o setor cresceu 0,13%. 

O segmento com melhor desempenho no ano é o da "porteira para dentro", com alta de 3,96%, seguido por serviços (2,57%), insumos (2,4%) e indústria (1,65%). "O resultado foi puxado principalmente pela cadeia produtiva agrícola. Embora o segmento tenha apresentado queda de 0,04% em julho, o desempenho no ano é positivo, com crescimento de 3,6% em relação ao mesmo período de 2015", diz a CNA em nota. 

Até julho o setor primário cresceu 6,52%, em razão da alta dos preços e da expectativa de maior faturamento em culturas como soja, milho, cana-de-açúcar, café, trigo, cebola, cacau, banana, batata, laranja e mandioca. Serviços, insumos e indústria tiveram variação positiva de 3,61%, 2,64% e 0,07%, respectivamente. Já a pecuária variou 0,52% em julho e registra expansão de 0,76% no acumulado deste ano. (As informações são do Estadão)

Preço pode prejudicar produção

A retração no preço do litro de leite começa a assustar as comunidades produtoras. Pela quarta semana seguida a cotação média recuou, de R$ 1,18, entre 31 de outubro a 4 de novembro, para R$ 1,14 entre 7 a 11 de novembro, segundo levantamento da Emater. A diferença entre setembro, quando o valor médio chegou a R$ 1,35, e novembro, apontam uma queda de 15,5%. "É muito drástica", diz o assessor de Política Agrícola da Fetag, Márcio Langer. A involução deve se refletir em menor investimento no gado leiteiro nas propriedades e, se o quadro se agravar, uma crise pode se instalar no setor. Langer acredita que a queda nos preços deverá provocar a retirada de investimentos na propriedade. "Quando o produtor tem margem muito baixa, ele acaba reduzindo parte da ração, por exemplo. 
 
É uma lógica perversa para o animal, mas não há opção", diz Langer. Com menos recursos no campo, mesmo com o bom desenvolvimento das pastagens, a produção de leite no Estado poderá cair a partir de dezembro. Na opinião do assessor, a queda pode alcançar até 5%. "Talvez um maior equilíbrio entre a oferta e a procura fará o preço reagir novamente", estima Langer. O produtor de leite de Antônio Prado, Lucas Zenatto, utiliza as reservas financeiras do meio do ano para tocar a propriedade neste momento de retração. "Não vou diminuir a ração, porque se cair a produção teremos menos fluxo de caixa nos próximos meses", diz. Em agosto, Zenatto recebeu por litro de leite R$ 1,69. Em outubro, R$ 1,14. Como resultado, deixou de entrar R$ 7,5 mil na propriedade no mês passado. "O setor leiteiro é muito desorganizado. Por que não cobramos que o governo corte a importação do leite do Uruguai e Argentina? E por que o preço do leite caiu e o preço dos produtos industrializados nos mercados não se altera?", questiona. 
 
Em Frederico Westphalen, onde o preço caiu mais do que a média estadual, o presidente do Sindicato Rural, Danilo Vanzin, diz que, se a retrocesso continuar nos próximos dois meses, haverá produtores abandonando a atividade. "Acho que o cenário poderia ser ainda pior se os produtores não estivessem se aperfeiçoando, usando técnicas mais modernas, fazendo cursos de manejo para aumentar a produtividade". (Correio do Povo)
 

Vacinação sem queixas
Mesmo que não venha contando com distribuição de doses gratuitas, como em edições anteriores, a nova campanha de vacinação contra a febre aftosa chega à sua terceira semana sem ocorrência de problemas. Os produtores são obrigados a imunizar o rebanho de bovinos e bubalinos com até 24 meses. A demanda pelas vacinas está sendo suprida por 480 agropecuárias credenciadas na Secretaria da Agricultura ao preço médio de R$ 1,70 a dose. "Fizemos contato com várias regionais e nenhuma relatou problemas desde o início de campanha (em 1˚ de novembro). Os produtores estão mais preocupados em comprar a vacina do que reclamar da falta de doses gratuitas", diz o diretor da Comissão de Pecuária Familiar da Fetag, Nestor Bonfanti. O rebanho de 5 milhões de cabeças deve ser vacinado até o dia 30 de novembro. Para o assessor de Sanidade Animal da Farsul, Luiz Alberto Pitta Pinheiro, é importante que o Estado identifique os locais sujeitos a ficar sem vacinação. "Alguns produtores, por despreocupação ou falta de dinheiro, podem não vacinar os animais. O Estado tem que buscar soluções para esses casos", defende. Ao mesmo tempo, Bonfanti recomenda que os produtores agilizem a compra das vacinas para ter mais tempo de comprovação junto às Inspetorias Veterinárias. Em maio, foram imunizados 13,8 milhões de animais, inclusive os que tinham mais de 24 meses. (Correio do Povo)
 

 

Porto Alegre, 14 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.390

 

Divulgados finalistas do 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo

Depois de uma avaliação criteriosa dos 52 trabalhos inscritos em 2016, o 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo divulga os finalistas em suas quatro categorias. A disputa contou com trabalhos de diferentes regiões do país e diversos concorrentes do Interior do Rio Grande do Sul. A definição dos vencedores veio após reunião da Comissão Julgadora, realizada na tarde desta quinta-feira (10/11), na sede do Sindilat, em Porto Alegre. A premiação será entregue durante jantar de final de ano no dia 1 de dezembro, no Hotel Plaza São Rafael. Na ocasião, os finalistas receberão troféus, e o primeiro colocado de cada categoria será contemplado com um Iphone 6. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o mérito é uma forma de destacar quem está o ano todo ao lado do setor leiteiro. "São profissionais que trabalham no dia a dia do setor e merecem um agradecimento por seu profissionalismo e esmero em levar informação precisa e de alta relevância seja para o consumidor seja para o homem do campo", salientou.

Neste ano, a Comissão Julgadora do 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo foi presidida pelo diretor da ARI João Borges de Souza. Segundo ele, o que achou atenção na disputa foi o nível dos trabalhos apresentados, fundamentados em uma "profunda e interessante pesquisa". "Estamos tratando de uma área específica, que exige muita qualificação dos profissionais para conhecerem a fundo o setor", pontuou. 

Entre os jurados que se dedicaram à avaliação dos trabalhos em 2016 estão o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, Milton Simas; o presidente da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado (Arfoc), Marcelo Campos; o jornalista da Farsul Gerson Raugust e o assessor de imprensa da Fetag, Luiz Fernando Boaz. Pelo Sindilat, participaram o diretor Renato Kreimeier e a assessora de qualidade, Letícia Cappiello.

Finalistas 2016:

CATEGORIA IMPRESSO
  • Caio Cezar Cigana - Zero Hora - Trabalho: Alimento Farto
  • Cristiano Dias Vieira - Press Agrobusiness - Trabalho: Qualidade com mais Rigor
  • Solano Alexandre Linck - Jornal O Alto Taquari - Trabalho: Condomínio Leiteiro: União do Vale
CATEGORIA ELETRÔNICO
  • Alessandra Bergmann - SBT - Trabalho: Programa Leitec
  • Carine Massierer - Emater - Trabalho: Especial para Programa Rio Grande Rural
  • Dulciana Sachetti - RBSTV - Trabalho: Propriedades modelos e vacas premiadas em rendimento contribuem para o rebanho gaúcho ser campeão em produtividade média por animal
CATEGORIA FOTO
  • Diogo Zanatta - Zero Hora - Trabalho: Tripé do Futuro
  • Samuel Maciel - Correio do Povo - Trabalho: Foco na Qualidade
  • Luis Tadeu Vilani - Zero Hora - Mais Alimento, Mais Leite
CATEGORIA ON LINE
  • Bruna Karpinski - Correio do Povo- Trabalho: Estagnação do preço leva produtores a abandonarem atividade leiteira no RS
  • Naiara Silva- Portal Successful Farming Brasil - Trabalho: 6 Práticas essenciais para aprimorar a pecuária leiteira no Brasil
  • Naiara Silva- Portal Successful Farming Brasil - Trabalho: Prepare o bolso: leite deve continuar caro nos próximos meses. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
     
 
Conseleite/MS 

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 11 de novembro de 2016, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de outubro de 2016 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de setembro de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul) 

 

 
Ital lança plataforma de informações científicas sobre alimentos processados
 
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) apresentou nesta quinta-feira, 10 de novembro, em evento no auditório da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), uma nova plataforma científica (www.alimentosprocessados.com.br) que servirá como base de informações sobre ciência e tecnologia de alimentos processados. Todo o conteúdo foi desenvolvido pela Plataforma de Inovação Tecnológica do Ital e revisado por um comitê técnico-científico formado por pesquisadores, professores e profissionais do setor.
 
Diversos mitos relacionados ao consumo de alimentos processados, sem a devida comprovação cientifica, influenciam as decisões alimentares da população, fazendo com que o consumidor perca a oportunidade de ingerir alimentos seguros, nutritivos, práticos e saborosos. Por meio dessa plataforma, é possível encontrar explicações pautadas na ciência e na tecnologia de alimentos sobre diversos mitos associados a alimento industrializado.
 
O coordenador da Plataforma de Inovação Tecnológica do Ital, Raul Amaral, afirmou que "classificar alimentos em 'bons' ou 'ruins' de acordo com o nível de processamento é uma grande bobagem sem base científica", destacando ainda que "a restrição de comunicação imposta à indústria de alimentos permite a proliferação de mitos".
 
Luis Madi, diretor geral do Ital, coordenou o painel com os especialistas sobre o tema e apresentou outras iniciativas que o setor está desenvolvendo com o objetivo de fornecer informações confiáveis ao consumidor. Para Madi, "este é um instrumento gratuito que será disponibilizado à sociedade e busca oferecer conhecimento sobre os alimentos processados".
 
A Plataforma de Inovação Tecnológica é uma estrutura que tem como objetivo estreitar o relacionamento com os stakeholders do setor de alimentos, bebidas e embalagens, para conhecer melhor as necessidades do mercado e identificar áreas estratégicas para a inovação tecnológica e para o desenvolvimento do setor.
 
O secretário Arnaldo Jardim lembrou que a saudabilidade e a segurança dos alimentos formam uma das principais linhas de atuação da Secretaria. "O governador Geraldo Alckmin é médio de formação e sabe da importância da alimentação. Essa plataforma nos ajudará em nossa missão de oferecer produtos cada vez mais seguros à população", ressaltou. A plataforma pode ser acessada em http://alimentosprocessados.com.br. (ITAL)

 

Mercado global de leite 

Estudo envolve informações referentes à produção, produtividade e consumo de leite nos principais países do mundo. Como abrir ou gerir um negócio com o menor risco possível? Esta é uma pergunta recorrente para quem vai empreender no Brasil. De acordo com especialistas, dentre outras coisas, requer conhecimento sobre o mercado, sobre o ambiente onde seu negócio estará inserido. Informações bem apuradas e de fontes confiáveis, podem servir de base para a tomada das melhores decisões, garantindo assim, vantagem competitiva ao negócio.  Pensando nisso, a Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100), em parceria com a consultoria especializada Terra Viva, está ampliando cada vez mais o seu banco de dados para oferecer aos associados um panorama global do leite. O estudo realizado em novembro de 2016 contém 170 páginas com gráficos e mapas georreferenciados envolvendo os 20 maiores países produtores de leite do mundo e também sobre a produção no Brasil, atualizado sempre que houver algum dado novo.

"O estudo envolve dados sobre produção, produtividade e consumo de leite nos principais países do mundo. Abrange os fluxos de importação e exportação de cinco produtos lácteos comercializados entre os cinco maiores países exportadores e os cinco maiores importadores, possibilitando uma visualização rápida dos fluxos predominantes no comércio internacional de produtos lácteos", explica Wilson Massote, diretor executivo do G100 e responsável pela coordenação do estudo. Massote afirma que são informações para entender a conjuntura do leite e acompanhar as permanentes variações do mercado, tendo como fonte principal a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). "Para os associados é um universo de dados macro que possibilita compreender melhor os processos de industrialização, produção e comercialização do leite no Mundo e no Brasil. E no âmbito da entidade, são informações que irão nos ajudar também no embasamento das reivindicações de políticas que ajudem no desenvolvimento dos associados", diz. 
O diretor executivo do G100, no entanto, lembra que os dados de produção internacionais têm certa defasagem. "Os números disponíveis na FAO são atualizados mais ou menos com dois anos de atraso. Já os dados dos fluxos comerciais, que têm como fonte a ONU, apresentam defasagem de um ano", afirma.  Da mesma forma ocorre em relação ao mercado interno. "Os dados de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são defasados em três meses, mas, o censo agropecuário pode demorar até dois anos. As quantidades de leite recebidas pelas indústrias sob fiscalização, têm defasagem de alguns meses, variando de três a quatro meses. Já em relação às séries de preços internacionais, essas são atualizadas quase que mensalmente, assim como os preços nacionais", informa Massote. 
Entre as mais recentes informações disponibilizadas estão dados sobre produção, produtividade e consumo de leite. Segundo o IBGE, a produção brasileira de leite em 2015 chegou a 35 bilhões de litros, com produtividade de 1.609 mil litros por vaca/ano. Já sobre o consumo per capita de leite no Mundo, o dado da FAO é de 2011, onde o Brasil aparece com 148 quilos por ano. Mas, pelos dados do IBGE que são de 2015, o consumo brasileiro per capita de lácteos, (equivalente leite), em 2015, foi de 174 quilos por ano. O acervo sobre importações e exportações, que também fazem parte do banco de dados, trazem dados curiosos. A Alemanha e a Itália aparecem como os países que mais importaram leite fluido (UHT) em 2015 (mais de dois milhões de quilos). Entender o fluxo das importações/exportações intereuropeias e entre os países da América do Norte de leite fluido é fundamental para analisar os dados do continente Europeu e da América do Norte. O comércio de leite fluído quase não ocorre entre outros países. Para ter acesso ao material completo, basta solicitar pelo e-mail para geoleite@g100.org.br. (AgroEffective)

Adequação no final

Festejada como um marco no combate às fraudes, a lei 14.835/2016 -- chamada de Lei do Leite -- entra em vigor dia 26 de dezembro, quando termina o prazo de 180 dias para adequação estabelecido pelo decreto que regulamentou o texto, assinado pelo governador José Ivo Sartori em 24 de junho e publicado em 27 de junho deste ano. A partir de então, começam a ser aplicadas as sanções, que podem chegar à multa de R$ 342 mil e dobrar em caso de reincidência. Antes disso, porém, os últimos detalhes do novo regramento ainda precisam ser estabelecidos por uma instrução normativa. Se por um lado a nova legislação representa mais segurança para o consumidor, por outro, o cenário ainda impõe desafios tanto para a indústria quanto para o produtor de leite. Composto por 25 artigos, o PL 414/2015, aprovado em dezembro de 2015 pela Assembleia Legislativa, foi discutido ao longo do ano passado por entidades ligadas ao setor. A iniciativa surgiu depois de várias denúncias de fraudes que causaram impacto na atividade desde 2013, quando o Ministério Público Estadual, com apoio do Ministério da Agricultura e da Secretaria Estadual de Agricultura, deflagrou a primeira das 11 edições da Operação Leite Compen$ado, que depois seria acrescida das quatro Operações Queijo Compen$ado. Entre os principais pontos da nova lei estão o fim da intermediação da compra e venda do produto, o que coloca na ilegalidade o chamado "atravessador". 

 
Além disso, o transportador (pessoa física ou jurídica) deve estar vinculado aos estabelecimentos de processamento ou postos de refrigeração, passar por treinamento aprovado pelo Serviço Oficial de Fiscalização e estar cadastrado junto à Seapi. Somente poderão ser fornecedores de leite cru estabelecimentos vinculados à indústria e com cadastro atualizado junto ao Departamento de Defesa Agropecuária (DDA). O leite deve atender aos padrões da legislação vigente, sendo que cabe ao transportador aceitar ou recusá-lo. "O grande benefício é separar o joio do trigo", afirma o coordenador da Câmara Setorial do Leite, Danilo Cavalcanti Gomes. "Vamos privilegiar quem trabalha sério, quem prima por uma produção com qualidade", complementa. "O maior avanço é a questão da rastreabilidade, ou seja, podemos ter todos os produtores registrados junto à Secretaria de Agricultura, todos os transportadores treinados e não podem mais existir atravessadores neste processo", ressalta o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra. A expectativa, agora, é pela publicação da instrução normativa que irá definir alguns aspectos operacionais para que a lei seja implementada. Entre esses itens estão a forma como será feito o treinamento dos transportadores, a identificação dos veículos e a quantificação do leite impróprio para consumo. As regras devem ser publicadas ainda em novembro. Mesmo assim, algumas empresas já deram início aos treinamentos, por meio do Programa Alimentos Seguros da Cadeia do Leite (PAS Leite). "Agora, precisamos desta regulamentação de quem dá o treinamento, como é, para quanto tempo vale, como é feita a habilitação, o registro das informações etc", complementa Guerra. 
 
Uma das cooperativas que já começaram a repassar informações aos seus associados e a treinar transportadores é a Languiru, de Teutônia. "Considerando o fato de o assunto ser relativamente novo, talvez o maior desafio que enfrentamos é o de conseguir transmitir o conteúdo da lei e sua aplicabilidade a todas as partes interessadas, especialmente aos nossos produtores, que enfrentam uma significativa mudança de paradigma", comenta o gerente da Indústria de Laticínios da instituição, Lauri Reinheimer. "Os transportadores, por sua vez, tiveram oportunidade de ter acesso à informa- ção em recente treinamento", destaca, afirmando que praticamente todas eles já atendem as exigências impostas pela Lei do Leite. Nem todos, porém, recebem a lei com o mesmo entusiasmo. O professor Carlos Bondan, da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Passo Fundo (UPF), considera a medida importante, mas tem dúvidas sobre a sua efetividade. Na avalia- ção dele, falta clareza com relação à compra de leite entre empresas -- o chamado mercado spot -- onde ocorreram muitas das fraudes recentes. "Querem fazer um cadastro geral de transportadores. E esses transportadores vão comprar leite de quem? E vão levar esse leite para quem? Precisaria haver algumas definições um pouco mais claras", observa.

Qualidade será decisiva
Se para o consumidor a Lei do Leite representa uma garantia de maior controle sobre a qualidade do produto, para o produtor a nova realidade é um cenário incerto. Com uma maior exigência para que o leite produzido alcance os parâmetros recomendados, em meio a um período de oscilação nos preços, há o temor de que muitos acabem abandonando a atividade. "A lei ajuda, mas por outro lado vai apertar ainda mais a seleção (dos produtores). Então o produtor terá que trabalhar mais, principalmente no aspecto sanitário e de bem-estar dos animais, o que será traduzido em uma boa qualidade do leite", afirma Márcio Langer, assessor de Política Agrícola da Fetag. Embora o afastamento de pecuaristas que produzem pequenas quantidades de leite tenha sido citado nos últimos anos como uma das principais preocupações do setor, Langer acredita que o fator determinante para o futuro será a qualidade do leite. As melhorias necessárias, porém, não devem ocorrer imediatamente. "Para que a gente chegue aos patamares que a cadeia toda espera, o produtor levará no mínimo cinco anos", calcula o dirigente. "Se conseguirmos fazer acelerar ainda mais (o processo), menos impactante a lei será", complementa. No entanto, para fazer investimentos em resfriamento, melhoria genética do rebanho, descarte de animais com idade avançada, manejo e bem-estar animal, entre outros, o produtor quer que o seu leite seja vendido a um preço maior. Nos últimos três meses, o preço de referência caiu de R$ 1,31 para R$ 0,95. "A queda da rentabilidade afeta diretamente o interesse pela atividade. O leite precisa de boas-práticas todos os dias, de manhã e de tarde", observa Langer. Além do problema da renda, a cadeia terá pela frente o desafio da extensão rural. Composta basicamente por pequenas propriedades, que não têm condições de bancar uma assistência técnica própria, a atividade nem sempre consegue ser contemplada em sua totalidade pelos órgãos oficiais. "Em algumas regiões, a Emater consegue fazer um trabalho efetivo. Mas, às vezes, há muitos produtores e é muito difícil que ela abrace esse universo com grande efetividade", avalia Danilo Gomes, da câmara setorial. No entanto, de acordo com ele, profissionalizar o setor não significa que produtores precisem sair da atividade. (Correio do Povo)

 

Cisvale terá departamento
O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) vai abrir licitação para a compra de sete veículos, material de informática e mobiliário para implantação da estrutura fí- sica do Departamento de Inspeção Sanitária. O projeto para a criação da unidade obteve um repasse de R$ 350 mil do Programa de Desenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais (Pronat). O presidente do Cisvale e prefeito de Vale do Sol, Clécio Halmenschlager, diz que a medida possibilitará a expansão das atividades das agroindústrias da região, que poderão comercializar seus produtos para todo o território nacional. Uma comitiva do Cisvale visitou recentemente o Departamento de Inspeção Sanitária do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Serra Gaúcha, em Bento Gonçalves, para conhecer o método de trabalho daquela região. (Correio do Povo)