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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 20 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.027


Produtores de leite devem ficar atentos à onda de calor

A onda de calor que vem atingindo vários estados brasileiros traz um alerta para cuidados com a hidratação, saúde e bem-estar. Isso vale também para os animais. Em bovinos, por exemplo, o estresse térmico pode causar alterações na frequência respiratória (respiração ofegante), redução na ingestão de matéria seca (menor busca por consumo de alimentos) e, consequente, queda na produção de leite.

O pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Adriano de Souza Guimarães, dá dicas que podem ajudar a diminuir o estresse térmico e dar mais conforto ao gado neste período de temperaturas extremas. O primeiro ponto é a oferta de água, nutriente essencial para a vida humana, animal e vegetal.

“A água deve ser ofertada em quantidade e qualidade”, destaca o pesquisador, lembrando que a necessidade de água varia em função de aspectos intrínsecos como raça, idade, lactação, sexo, alimentação, dentre outros. “Vacas maiores bebem mais água, pois ingerem maior quantidade de alimento. Animais taurinos bebem mais água que os zebuínos (mais adaptados às condições tropicais). Vacas em lactação têm maior exigência hídrica, pois perdem mais água nos processos de secreção do leite e ordenha. Vacas gestantes necessitam de mais água do que novilhas e vacas secas, por exemplo”.

As temperaturas muito acima do normal e a baixa umidade do ar, características da onda de calor também interferem na necessidade de água pelos animais. “Em situações de estresse térmico, o gasto energético dos animais é maior na tentativa de dissipar o calor. Por características de fermentação e fisiologia do rúmen é comum que os bovinos optem por água em temperaturas mais altas (a literatura aponta entre 25ºC e 30ºC) e tendem a reduzir o consumo em temperaturas inferiores a 15ºC, mas, em períodos atípicos, como este que estamos vivenciando, a água um pouco mais fresca, seguramente vai ajudar a amenizar o estresse por calor”, informa o pesquisador.

Adriano Guimarães ressalta a importância de se reduzir o deslocamento do animal na busca por hidratação. “O ideal é que haja bebedouros em diferentes pontos, como nas salas de espera, na saída da sala de ordenha, corredores, currais de alimentação (pista de trato) e piquetes. Também é preciso pensar na higienização dos bebedouros. Já existem mecanismos de drenagem bem eficientes e práticos, como os cochos d’água basculantes para facilitar esse trabalho de limpeza”, acrescenta.

Medidas
Outras maneiras de se garantir o conforto animal diante das altas temperaturas são: proteger os animais do sol, pela opção por locais sombreados, de forma natural (árvores) ou artificial (sombrites); o uso de mecanismos de ventilação e de aspersão (ex. na sala de espera ou linha de cocho) e ou em salas de resfriamento, prática comum em sistemas de confinamento mais tecnificados.

“Pequenas mudanças na rotina de alimentação podem ainda contribuir para amenizar os impactos negativos do estresse calórico de bovinos no que se refere ao desempenho animal. Dividir porções, ou seja, fracionar a dieta ao longo do dia (ofertando mais vezes) tende a reduzir as oscilações de consumo alimentar do rebanho”, completa Adriano Guimarães.

As informações são do Diário do comércio, adaptadas pela equipe MilkPoint. 


Produção de Leite na Região Sul: Uma Visão Abrangente

Produção de Leite - A região Sul, conhecida por sua tradição agropecuária, tem vivenciado variações no setor leiteiro nos últimos três anos. A produção de leite, o tamanho do rebanho e a produtividade são fatores que demonstram a complexidade e o dinamismo desse segmento na região.

Evolução da Produção ao Longo dos Anos

Em 2020, os produtores da Região Sul registraram uma produção de 12.058.038 litros de leite. No ano seguinte, em 2021, esse número apresentou uma ligeira queda, totalizando 11.977.983 litros. O decréscimo continuou, embora de forma sutil, em 2022, quando a produção alcançou 11.695.873 litros. Mesmo que a diminuição não seja drástica, ela reflete desafios enfrentados pelos produtores, que podem estar relacionados a diversos fatores, desde questões climáticas até aspectos econômicos e de manejo.

Destaque dos Estados Produtores

Dentre os estados da região Sul, o Paraná se destacou em 2022 como o maior produtor, com uma expressiva marca de 4.472.406 litros. O Rio Grande do Sul não ficou muito atrás, contribuindo com 4.070.650 litros, enquanto Santa Catarina completou o trio com uma produção de 3.152.817 litros. Juntos, esses estados representam a força leiteira da região Sul.

Dinâmica do Rebanho Leiteiro

Quando olhamos para o número de vacas ordenhadas, a tendência também é de retração. Em 2020, foram ordenhadas 3.300.322 vacas. Esse total sofreu uma diminuição em 2021, com 3.231.455 vacas ordenhadas. Em 2022, o número reduziu ainda mais, chegando a 3.142.536. A redução no rebanho ordenhado pode ser um dos reflexos – e talvez uma das causas – da queda na produção de leite.

A Ascensão na Produtividade

Um ponto de destaque é a produtividade média por vaca, que tem mostrado uma tendência ascendente ao longo dos anos. Em 2020, foi registrada uma produtividade de 3653,6 litros por vaca. No ano seguinte, houve um aumento para 3706,6 litros. E em 2022, esse número cresceu ainda mais, chegando a 3721,8 litros por vaca ao ano. Esse padrão ascendente reflete possivelmente a adoção de melhores práticas, tecnologias e manejo no setor.

Fonte: IBGE/Elaboração www.terraviva.com.br

Go: governo propõe FCO especial para cadeia do leite

Com o intuito de fortalecer a cadeia produtiva do leite em Goiás, o Governo Estadual propôs ao Ministério do Desenvolvimento Regional a criação de uma linha de crédito específica dentro do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) externo para a bovinocultura leiteira. O FCO Leite visa oferecer taxas de juros mais baixas e um período de carência mais longo para pagamento, concentrando-se em financiar projetos que enfatizem o aprimoramento genético dos rebanhos.

A proposta para a criação do FCO Leite está sob análise do Conselho Deliberativo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/Sudeco), órgão responsável pela gestão do FCO. Segundo a sugestão, esta nova linha de crédito terá taxas de juros equivalentes ao FCO Verde, aproximadamente 7% ao ano, e um prazo de pagamento de até 15 anos, incluindo uma carência de quatro anos, período não incluído na quitação do financiamento. Além disso, a proposta contempla uma taxa de juros zerada para aquisição de material genético.

O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo Rezende, destaca: “Nosso foco principal é estimular o avanço genético do rebanho leiteiro em Goiás. Já possuímos algumas fazendas que são referências globais em genética avançada. a esse material. Investir em genética de alto nível significa valorizar o nosso produto, seja o leite ou o próprio animal, e isso é crucial para a sustentabilidade da cadeia."

Para viabilizar esses investimentos, aproximadamente R$ 300 milhões dos recursos disponíveis através do FCO já foram reservados para projetos nesse segmento. César Moura, secretário da Retomada e presidente do Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE), gestor do FCO em Goiás comentou a respeito. "A previsão é atender cerca de 2.500 pequenos produtores goianos com o FCO Leite, uma iniciativa do governador Ronaldo Caiado, que despertou o interesse da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) para ampliá-la a todos os estados da região" ressalta o secretário. (AGROLINK)


Jogo Rápido

ÚLTIMAS VAGAS: 2ª edição do Programa de Formação em Qualidade do Leite está com inscrições abertas
Após grande adesão em sua primeira edição, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) em parceria com a Univates, lança a segunda edição do Programa de Formação em Qualidade do Leite: Formação de Laboratoristas. “Tivemos uma turma lotada e estamos registrando uma grande procura pela formação para melhorar a qualidade do leite tanto no setor da indústria quanto nas fazendas. Este curso foi elaborado para formar laboratoristas altamente qualificados e atualizados nas melhores práticas e legislações vigentes”, aponta Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS. Podem participar da formação profissionais da área agropecuária, estudantes em campos relacionados e laboratoristas que desejem aprimorar seus conhecimentos. Para se inscrever é preciso acessar o link. Para mais informações é possível entrar em contato pelo telefone (51) 99614-5442 ou e-mail comercial@univates.br. O curso será realizado nos dias 27, 28, 29 e 30 de novembro, com aulas no formato virtual síncrono e presencial para prática. O conteúdo está baseado na introdução ao setor leiteiro a até metodologias aplicadas nas análises de plataforma, incluindo questões como legislação e boas práticas, aplicação das leis da propriedade à indústria, noções de boas práticas agropecuárias, análises de plataforma, utilização de equipamentos como crioscópio e medidor de densidade relativa, realização de diversos testes como Alizarol, antibióticos, acidez, autonomia em testes e execução de testes aleatórios em amostras de leite para conferir autonomia aos estudantes. (SINDILAT)


 

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Porto Alegre, 16 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.024



ÚLTIMA CHAMADA: Encerram nesta sexta-feira as inscrições para o 3º Prêmio Referência Leiteira
 
O concurso referência no reconhecimento das melhores práticas na produção leiteira gaúcha finaliza amanhã (17/11) as inscrições abertas para a sua 3ª edição. Para participar do Referência Leiteira, que é promovido por Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Emater/RS e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), os produtores devem contatar os escritórios municipais da Emater/RS para acessar a Ficha de Inscrição. 
 
As informações precisam ser preenchidas e a Ficha de Inscrição deve ser assinada pelo produtor com o auxílio de um técnico responsável, ou da Emater/RS, ou da indústria ou da cooperativa de laticínios. O passo seguinte é entregar o documento no Escritório Municipal da Emater/RS que vai atestar o recebimento e enviar para o Sindilat/RS. Podem se inscrever para disputar a premiação na categoria Propriedade Referência em Produção de Leite, fazendas localizadas no Rio Grande do Sul que tenham sistemas de criação a pasto, com suplementação de silagem e ração, ou em semiconfinamento ou confinamento. Para aferição das propriedades vencedoras nestas categorias será considerado o somatório da pontuação em termos de: Produtividade do Fator Terra (litros de leite/hectare/ano), Produtividade do Fator Mão de Obra (litros de leite/pessoa/ano) e Qualidade do leite, baseado nos resultados das análises mensais realizadas em laboratórios oficiais da Rede Brasileira de Qualidade do Leite (RBQL), além de uma bonificação por certificação de propriedade livre de tuberculose e brucelose.
 
A premiação, vai distinguir as três propriedades que atingirem os melhores índices em cada um dos dois sistemas. A produção pode ser individual ou coletiva e deve estar vinculada à indústria de laticínios que adquire leite no Estado. Cada vencedor será premiado com um troféu, certificado e um notebook. A divulgação dos resultados e a entrega dos prêmios ocorrerão durante a Expointer 2024.
 
Para março de 2024, está prevista a abertura das inscrições para as seis categorias de Cases do 3º Prêmio Referência Leiteira: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira.
 
Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS e vice-coordenador da premiação, reforça os objetivos da iniciativa. “O intuito do prêmio seguem sendo a valorização dos produtores de leite do Rio Grande do Sul, o incentivo às boas práticas de produção e ao uso de tecnologias no campo, além de permitir a mensuração dos resultados para que tenhamos um panorama real dos indicadores de produtividade e qualidade do leite no Rio Grande do Sul”, assinala. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)
 
 
Quais os valores pessoais motivam o consumo de iogurtes saudáveis?
 
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) buscou compreender como os valores pessoais influenciam os consumidores de iogurtes saudáveis. Os resultados revelaram que existem três perfis de consumo orientados por valores distintos:
 
● os universalistas, que se preocupam não apenas com a sua própria saúde, mas também com o bem-estar animal;
● os entusiastas, que valorizam o prestígio e a aparência física;
● e os conscientizados, que têm como objetivo principal a segurança pessoal e a saúde.
 
Embora cada segmento tenha motivações e preferências semelhantes em relação a algumas características do produto e à percepção dos seus benefícios, cada um desses três grupos é orientado por valores pessoais distintos. De acordo com a pesquisa, os universalistas valorizam a ausência de ingredientes de origem animal e veem essa escolha como uma forma de contribuir para a preservação do meio ambiente. Os entusiastas veem os iogurtes saudáveis como uma forma de melhorar a estética do corpo e buscam informações nutricionais que possam contribuir para esse objetivo. Os conscientizados procuram informações nutricionais nos iogurtes e valorizam a presença de frutas, textura e sabor semelhantes aos iogurtes convencionais.
 
 
Esse trabalho, fundamentado na Teoria de Valores Básicos Humanos e na Teoria da Cadeia Meios-Fim, utilizou a técnica de coleta e análise de dados conhecida como Laddering. Ele contou com a participação de 60 consumidores desse tipo de bebida, divididos em três grupos: os que tomavam iogurtes veganos, proteicos e sem lactose. Esses participantes foram selecionados com base em critérios como: consumo regular de um desses produtos, idade mínima de 18 anos, e experiência acima de seis meses com esse alimento. Os entrevistados responderam a perguntas que identificaram características consideradas importantes dessa bebida, apontando os efeitos percebidos pela ingestão regular dela.
De acordo com os autores do estudo, entender como os valores pessoais influenciam a escolha por iogurtes saudáveis pode auxiliar os gestores de empresas no desenvolvimento de estratégias de marketing mais eficazes e na criação de produtos que atendam às necessidades e expectativas dos compradores. Além disso, alterações no design das embalagens, destacando os componentes nutricionais e características desejadas desses produtos, podem fortalecer a percepção positiva dos consumidores.
 
Os resultados deste estudo contribuem para o entendimento de como as características de um produto se relacionam com a autopercepção do consumidor. “Cada um desses segmentos de consumo tem uma linha de raciocínio própria, o que possibilita oportunidades de criação de conteúdo de acordo com as premissas e com as crenças desses consumidores”, afirma o pesquisador Alberdan Teodoro. Tal descoberta abre caminho para novas pesquisas nessa área e dialoga com a literatura de marketing e de comportamento do consumidor.
 
O trabalho completo foi publicado na Revista Brasileira de Marketing - ReMark, com o título “Motivações no consumo de iogurtes saudáveis: um estudo baseado na teoria dos valores básicos humanos”. Os autores são Alberdan José da Silva Teodoro, mestre em Administração do Departamento de Administração e Economia (DAE), Daniel Carvalho de Rezende, professor do DAE, Luiz Henrique de Barros Vilas Boas, professor do DAE, e Américo Pierangeli Costa, doutor em Administração pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) e hoje professor na Universidade de Brasília.
 
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais - Fapemig.
 
As informações são da UFLA

Jogo Rápido

Marca de Raul Randon vira restaurante
A abertura da Spaccio RAR Gramado já tem data marcada. Em 20 de novembro, a nova unidade da marca criada por Raul Anselmo Randon - daí as iniciais - abrirá as portas de seu empório gastronômico, assim como o serviço de distribuição de produtos para hotéis, restaurantes e pequenos varejistas locais. A unidade, com 65 metros quadrados, fica na Avenida Borges de Medeiros, no bairro Floresta. Vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e nos sábados das 10h às 17h. Segundo Carolina Porsch, proprietária da loja, haverá distribuição ainda para Canela, Nova Petrópolis, Igrejinha, Taquara, São Francisco de Paula e Cambará do Sul. Esse será ainda o ponto de partida para outro empreendimento, uma trattoria italiana que usará produtos RAR nos pratos. A abertura está prevista para janeiro de 2024. (Zero Hora)


 

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Porto Alegre, 14 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.023


Recorde: Prêmio Sindilat de Jornalismo tem 53 trabalhos inscritos

Com o volume recorde de 53 trabalhos inscritos, encerraram-se no dia 12/11 as inscrições para a 9ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo. As produções estão distribuídas entre as categorias Impresso e Online, com 18 trabalhos em cada, e Eletrônico, com 17 produções protocoladas.
Todos os materiais seguirão agora para a análise da comissão avaliadora. O grupo é composto por representantes da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (Sindjors), Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) e da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul). “Ficamos imensamente felizes com a adesão dos jornalistas à premiação. A quantidade recorde de inscrições comprova a sintonia do setor leiteiro com a imprensa, que é a grande dinamizadora de informações e de conhecimento sobre este alimento tão nobre e tão importante no desenvolvimento econômico”, salienta Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS, entidade promotora da ação que visa reconhecer matérias que evidenciam o setor lácteo gaúcho e está consolidada como a principal premiação do setor.  A previsão é de que os finalistas sejam divulgados até 25 de novembro. Os vencedores serão conhecidos durante cerimônia de premiação que será realizada em Porto Alegre (RS), no dia 14/12. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular Iphone. Os segundos e terceiros classificados receberão troféus. As informações são do SINDILAT


 
Produtores de leite do RS com perdas nas cheias terão crédito para repor estruturas

Linha subsidiada com recursos de fundo estadual poderá ser acessada por agricultores de 20 municípios, com danos atestados pela EmaterProdutores de leite de 20 municípios gaúchos afetados pelas cheias de setembro ganharam nesta segunda-feira (13) uma ferramenta de apoio para a reconstrução de estruturas danificadas pela intempérie. Publicado no Diário Oficial do Estado, o projeto disponibiliza crédito, com um limite de R$ 15 mil por beneficiário, para investimentos que permitam a retomada a pleno da atividade — aquisição de animais, de ordenhadeiras, reforma de galpão, entre outros, definidos no edital. No total, serão viabilizados R$ 2,3 milhões por meio do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper). — Os recursos serão para aqueles que tiveram perdas efetivas em decorrência do evento — explica Ronaldo Santini, secretário estadual de Desenvolvimento Rural.Além de viver nas cidades relacionadas, os agricultores precisarão ter um laudo da Emater que ateste os danos causados pelo clima às estruturas de produção (veja mais abaixo). Agricultores interessados em obter o recurso devem entrar em contato com a Emater do município até o dia 24 deste mês.A ajuda chega dois meses depois da passagem de ciclone extratropical pelo Estado que provocou enchentes e destruiu cidades inteiras — inclusive com a perda de vidas. Ainda que restrita aos municípios com calamidade pública reconhecida, a medida atende à reivindicação do setor. Vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS), Eugênio Zanetti pontuou:

— O ideal seria que fosse para todos os produtores de leite, que neste momento passam por grande dificuldade, agora, imagina para o produtor do Vale do Taquari, que teve ainda essas perdas? Foi a solução encontrada. Se focou naqueles que, além da crise, tiveram prejuízo com as cheias. 

Coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado (Fetraf-RS), Douglas Cenci avalia que a linha de financiamento "é interessante", com a ressalva da restrição da quantidade de municípios em que os produtores poderão acessar.

— Temos um grande número de agricultores que estão em municípios em situação de emergência com perdas significativas e que estão excluídos — afirma.

Saiba mais
Publicado no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira (13), o projeto se propõe a oferecer crédito a produtores de leite afetados pelas cheias e que tenham interesse em se manter na atividade
No total, são R$ 2,3 milhões, a serem disponibilizados por meio do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper)
Há um limite de R$ 15 mil por produtor. Tem bônus adimplência de 80% sobre o valor financiado, com prazo de carência de até três anos e amortização em até cinco anos para o contrato
Interessados deverão fazer contato com a Emater municipal até o dia 24 de novembro
O produtor deve informar o valor do recurso para o projeto. A Emater emitirá laudo de perdas da unidade produtiva, comprovando o enquadramento do produtor no projeto
A instituição levará a relação de produtores interessados, os valores e o laudo para avaliação a ser feita em reunião do Conselho Municipal de Agricultura/Desenvolvimento Rural, ou órgão afim
A ordem de prioridade é: maior nível de perdas; maior representatividade da renda da produção de leite no total da unidade produtiva; menor capacidade de reestruturação por conta própria; presença de jovens trabalhando no sistema de produção da unidade familiar.
Os municípios aptos
Arroio do Meio
Bento Gonçalves
Bom Jesus
Bom Retiro do Sul
Colinas
Cruzeiro do Sul
Dois Lajeados
Encantado
Estrela
Farroupilha
Guaporé
Lajeado
Muçum
Paraí
Roca Sales
Santa Tereza
São Valentim do Sul
Serafina Corrêa
Taquari
Venâncio Aires

(Fonte: Governo do Estado/ GZH)

 

Leite/Cepea: confira valores do leite captado em setembro

O preço médio do leite captado em setembro e pago em outubro e se estabeleceu em R$ 2,0509/litro na “Média Brasil” líquida do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.

De agosto para setembro o preço médio apresentou um recuo de 9,08% e 31,54% na comparação anual com setembro/22 (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro/23).

Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de setembro/2023).

O movimento baixista, que se iniciou em maio, continua sendo explicado pelo aumento da oferta de leite no mercado interno e uma baixa reação da demanda.

Obs.: vale lembrar que a partir da divulgação dos dados de janeiro, o CEPEA passou a divulgar o resultado de preços com o nome referente ao mês que o leite foi captado. Dessa forma, a série anterior passa a ter ajuste de -1 mês na nomenclatura do mês.

As informações são do Cepea, adaptadas pela equipe do MilkPoint.


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Onda de calor deve aumentar busca por sorvetes nos próximos dias
Uma nova onda de calor deve acontecer no Brasil nos próximos dias, com as temperaturas chegando na casa dos 40ºC no interior de São Paulo.  Com isso, a busca pelos sorvetes e picolés deve aumentar no período. “O clima é um dos fatores primordiais no aumento do consumo. O brasileiro associa diretamente esse alimento à alta temperatura, pois é uma maneira prática e saborosa para se refrescar”, afirma Marcelo Faria, gerente executivo de perecíveis do Covabra Supermercados. No Brasil, o setor de sorvetes movimenta aproximadamente R$ 13 bilhões anualmente, segundo a ABIS (Associação Brasileira das Indústrias do Setor de Sorvetes), com tendência de crescimento para os próximos anos. Um estudo feito pela MindMiners sobre os hábitos de consumo desse alimento mostra que napolitano e flocos são as opções prediletas dos brasileiros, mas consumidores gostariam de encontrar mais sabores. Os dados se comprovam ao analisar os resultados do setor no Covabra Supermercados. Na rede, os sabores mais vendidos são os prediletos apontados no estudo, seguido por chocolate em terceiro lugar. Faria explica que o Covabra possui mais de 180 tipos de produtos desse setor e que a busca por outros sabores está aumentando. “Temos identificado um crescimento da participação das linhas premium com sabores diferenciados, como doce de leite, pistache, iogurte e outros. Temos uma preocupação constante em oferecer ao cliente um mix diversificado, com opções para todos, desde o picolé com sabores tradicionais até o premium, incluindo sabores que vão além dos preferidos pelos consumidores”, conta o gerente. A pesquisa da MindMiners também revelou que os supermercados são os locais preferidos pelo brasileiro para comprar sorvetes e que sabor e preço são decisivos na hora da compra. Segundo o estudo, o brasileiro associa o sorvete a momentos de descontração, lazer e proximidade com os amigos e familiares. As informações são do Super Varejo, adaptadas pela equipe MilkPoint.


 

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Porto Alegre, 13 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.022


Metas para redução dos gases do efeito estufa até 2030 são apresentadas em Fórum
As metas até 2030 para o controle das emissões de gases do efeito estufa (GEE) no setor agropecuário gaúcho foram apresentadas na tarde de hoje (08/11) em evento realizado no auditório do Ministério Público Estadual, em Porto Alegre.
 
O engenheiro florestal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Jackson Brilhante, coordenador do Comitê Gestor do Plano ABC+RS, apresentou os objetivos do Plano no 4º Fórum Institucional de Mudanças Climáticas de Economia de Baixo Carbono, organizado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul e Instituto Latino Americano de Desenvolvimento Econômico Sustentável (ILADES).
 
O principal objetivo do Plano é promover a adaptação às mudanças do clima, com aumento de eficiência e resiliência dos sistemas produtivos, considerando uma gestão integrada da paisagem rural. De acordo com Jackson, são oito as metas previstas para estímulo à adoção de sistemas, práticas, produtos e processos de produção sustentável. São elas:
 
● Ampliar em 1,43 milhões de hectares as áreas com adoção de Práticas para Recuperação de Pastagens Degradadas (PRPD);
● Ampliar em 600 mil hectares a área com adoção de Sistema de Plantio Direto;
● Ampliar em 1,005 milhão de hectares a área com adoção de Sistemas de Integração, sendo 1 milhão de hectares referentes a Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e 5 mil hectares referentes a Sistemas Agroflorestais (10% da meta nacional, com maior percentual);
● Ampliar em 322 mil de hectares a área com adoção de florestas plantadas;
● Ampliar em 1 milhão de hectares a área com adoção de bioinsumos;
● Ampliar em 216 mil hectares a área com adoção de Sistemas Irrigados;
● Ampliar em 11,8 milhões de metros cúbicos a adoção de manejo de resíduos da produção animal;
● Ampliar em 200 mil os bovinos em terminação intensiva.
 
“Se atingirmos as metas, teremos uma expansão de 4,6 milhões de hectares com agricultura de baixo carbono até 2030 e a mitigação de 75 milhões de dióxido de carbono equivalente (tCO2eq) com a adoção destas práticas agrícolas”, afirma Jackson.
 
As federações gaúchas que assinaram o protocolo de intenções do Plano de Descarbonização das Cadeias Produtivas do Rio Grande do Sul, em maio deste ano, foram a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), a Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do RS (Fecomércio-RS) e a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). (SEAPI)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1788

BOVINOCULTURA DE LEITEA bovinocultura de leite enfrenta desafios sazonais em relação à disponibilidade de pastagens. As pastagens perenes de verão desempenham um papel importante ao fornecer forragem durante a primavera, embora as condições climáticas adversas, como restrição de radiação solar e excesso de chuvas, tenham afetado seu crescimento recentemente. No entanto, tanto essas pastagens quanto o campo nativo tiveram um aumento na matéria seca. A produção de leite manteve índices aceitáveis, mas houve necessidade de suplementação alimentar para conservar o rebanho em estado adequado. Houve necessidade de aumento nas ações de controle de ectoparasitos, além de manejo para tratamento de casos de Tristeza Parasitária Bovina (TPB). Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Manoel Viana, alguns produtores observaram ligeira redução na produção de leite devido às condições climáticas adversas e ao fim do ciclo das pastagens anuais de inverno. No município de Bagé, a produção se mantém estável, e os animais estão em boas condições corporais em função do ambiente climático, que proporciona conforto adequado. Contudo, os produtores relatam maior incidência de carrapatos no rebanho. Em São Gabriel, o campo nativo com rebrotes novos está oferecendo suporte adequado para as matrizes em lactação. 

 

Na de Caxias do Sul, a sanidade dos rebanhos continua estável; as temperaturas amenas e a baixa umidade do ar contribuem para o bem-estar das vacas em lactação. 

Já na de Erechim, as chuvas intensas dificultaram o manejo do rebanho em virtude da formação de áreas lamacentas nos piquetes, corredores e arredores das instalações. 

Na de Ijuí, o prolongado período de alta umidade prejudicou o manejo e a sanitização dos animais em virtude do acúmulo de barro, que interfere na locomoção dos bovinos e aumenta a exposição dos tetos e do úbere à contaminação. 

Na de Porto Alegre, houve registro da ocorrência de casos de TPB, para os quais foram adotadas as medidas sanitárias adequadas e tratamentos específicos.

Na de Pelotas, houve registro de redução na produção de leite em algumas áreas devido ao vazio forrageiro. A maioria dos dias tem apresentado condições favoráveis para o pastejo a campo. Seguem as preocupações em relação às infestações de carrapatos, que encontram condições climáticas propícias para seu desenvolvimento. 

Na de Santa Rosa,a ocorrência de dias ensolarados permitiu que os animais permanecessem mais tempo nas pastagens, resultando em um leve incremento na produção e na redução do estresse dos animais. Adicionalmente, esses períodos de sol proporcionaram condições de trabalho mais favoráveis para os produtores. 

Na de Soledade, as pastagens de inverno encerraram seu ciclo, permitindo o plantio de pastagens de verão, como milheto e sudão, especialmente em áreas com menor pluviosidade na região do Baixo Vale do Rio Pardo. O crescimento do milho para silagem precoce foi prejudicado, sinalizando possível redução na produção. (EMATER)

Nova escola oferece opções de qualificação no agro

Campus de Agronegócio construído pela Atitus Educação será aberto em Passo Fundo no início do ano letivo de 2024 e faz parte da estratégia de reposicionamento da marca de Ensino Superior, com investimento de R$ 100 milhões

Impulsionada por uma demanda crescente de qualificação na agropecuária, a Atitus Educação, instituição de Ensino Superior que em 2024 completa duas décadas de existência, inicia o projeto de reposicionamento de suas unidades abrindo as portas da Escola de Agronegócio, em Passo Fundo, no início do próximo ano letivo, em março. Hoje, a instituição já atende 400 estudantes nos dois cursos, que frequentavam aulas no campus Santa Terezinha da Atitus, no mesmo município. De acordo com o presidente do complexo educacional, Eduardo Capellari, R$ 100 milhões estão sendo gastos para reposicionar as escolas. “Nossa perspectiva é chegar, em quatro anos, a cerca de 900 a 1 mil alunos matriculados”, diz ele.

O executivo ressalta que mais do que apresentar um campus novo, em uma área de 40 hectares, inspirado no conceito de fazenda inteligente, a Atitus pretende praticar um novo ecossistema de educação superior com foco em tecnologia, mercado de trabalho e empreendedorismo. A escolha de Passo Fundo e região para instalação do projeto, segundo Capellari, é estratégica e se baseia em três frentes. “Foi aqui nesta região que nasceu a genética de grãos no Rio Grande Sul, também é que se concentra a fabricação de máquinas e implementos agrícolas. Além disso, na região sul (incluindo Paraná e Santa Catarina) está a liderança na produção de proteína animal”, justifica.

Eduardo Capellari destaca que a intenção da instituição é tornar-se um hub de educação e inovação para o agronegócio, que conectará estudantes, profissionais, empresas e entidades do segmento, como as cooperativas. As empresas parceiras da iniciativa, adianta, serão anunciadas a partir do final deste mês. A maior novidade, em termos educacionais, é a possibilidade de o aluno escolher o direcionamento de sua graduação desde o começo, escolhendo entre as linhas de Empreendedorismo e Empregabilidade. A escola também oferecerá cursos de pós-graduação e educação continuada em parceria com outros estabelecimentos de ensino superior nacionais. “As possibilidades de capacitação de filhos e filhas de produtores rurais vão se multiplicar”, complementa.

Hoje, a Atitus mantém no Estado 19 cursos, com o total de 6 mil alunos, incluindo linhas de estudo para mestrado e doutorado. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

IPVDF oferece exames para bovinos e ovinos
O Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF) oferece exames para o diagnóstico de clostridioses, grupo de doenças causadas pelas bactérias Clostridium. Em ruminantes, as mais comuns são o Carbúnculo Sintomático, o Edema Maligno, Enterotoxemias e a Hemoglobinúria Bacilar. Os médicos veterinários interessados em encaminhar amostras para diagnóstico podem entrar em contato com o IPVDF através do WhatsApp (51) 98683-4297 ou pelo telefone (51) 3481-3711. (Correio do Povo)


 

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Porto Alegre, 10 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.021


Instituído o Grupo de Trabalho Interministerial para fortalecer a Cadeia Nacional do Leite

GTI Leite – O Decreto Nº 11.771, de 9 de Novembro de 2023 institui Grupo de Trabalho Interministerial com a finalidade de apresentar propostas para fortalecer a Cadeia Nacional do Leite.Leia o decreto completo:

DECRETO Nº 11.771, DE 9 DE NOVEMBRO DE 2023

Institui Grupo de Trabalho Interministerial com a finalidade de apresentar propostas para fortalecer a Cadeia Nacional do Leite.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,caput, inciso VI, alínea "a", da Constituição,

D E C R E T A :

Art. 1º Fica instituído o Grupo de Trabalho Interministerial com a finalidade de apresentar propostas para fortalecer a Cadeia Nacional do Leite, no âmbito do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

Art. 2º Ao Grupo de Trabalho Interministerial compete:

I - realizar diagnóstico da cadeia produtiva do leite no País, do ponto de vista técnico, econômico e social, e identificar as principais limitações ao estabelecimento de uma cadeia produtiva eficiente, resiliente e sustentável; e

II - propor medidas de caráter estrutural para o fortalecimento da cadeia produtiva do leite, que visem:

a) promover a estruturação produtiva, o acesso à tecnologia e à mecanização e o melhoramento genético da pecuária de leite;

b) aumentar a produtividade e a competitividade da cadeia do leite;

c) reduzir custos de produção da cadeia do leite;

d) fortalecer instrumentos de apoio à comercialização do leite;

e) promover o cooperativismo e a agroindustrialização da cadeia do leite pela agricultura familiar;

f) promover a simplificação para a inclusão sanitária e a ampliação do acesso a mercados da agroindústria familiar;

g) promover a sustentabilidade financeira da produção leiteira pelo agricultor familiar; e

h) estimular o acesso e o consumo de leite e derivados pela população brasileira.

§ 1º O diagnóstico de que trata o inciso I do caput conterá, no mínimo, informações sobre os custos e a eficácia das ações e dos programas da administração pública federal e sua integração com ações similares adotadas nos âmbitos estadual, distrital e municipal.

§ 2º A proposição de medidas de que trata o inciso II do caput contemplará, no mínimo:

I - estimativas mínimas de custos orçamentários e não orçamentários;

II - a proposição de fontes alternativas de financiamento; e

III - indicação de responsáveis pela implementação e pelo arranjo institucional de governança.

Art. 3º O Grupo de Trabalho Interministerial é composto por representantes dos seguintes órgãos e entidade:

I - Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, que o coordenará;

II - Casa Civil da Presidência da República;

III - Ministério da Agricultura e Pecuária;

IV - Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome;

V - Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços;

VI - Ministério da Fazenda;

VII - Ministério da Saúde; e

VIII - Companhia Nacional de Abastecimento.

§ 1º Cada membro do Grupo de Trabalho Interministerial terá um suplente, que o substituirá em suas ausências e seus impedimentos.

§ 2º Os membros do Grupo de Trabalho Interministerial e os respectivos suplentes serão indicados pelos titulares dos órgãos e da entidade que representam e designados em ato do Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

Art. 4º O Grupo de Trabalho Interministerial se reunirá, em caráter ordinário, mensalmente e, em caráter extraordinário, mediante convocação de seu Coordenador.

§ 1º O quórum de reunião do Grupo de Trabalho Interministerial é de maioria absoluta e o quórum de aprovação é de maioria simples.

§ 2º Na hipótese de empate, além do voto ordinário, o Coordenador do Grupo de Trabalho Interministerial terá o voto de qualidade.

§ 3º O Coordenador do Grupo de Trabalho Interministerial poderá convidar especialistas e representantes de outros órgãos e entidades, públicas e privadas, e da sociedade civil para participar de suas reuniões ou para subsidiar tecnicamente suas atividades, sem direito a voto.

Art. 5º A Secretaria-Executiva do Grupo de Trabalho Interministerial será exercida pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

Art. 6º Os membros do Grupo de Trabalho Interministerial que se encontrarem no Distrito Federal se reunirão presencialmente ou por videoconferência, e os membros que se encontrarem em outros entes federativos participarão da reunião por meio de videoconferência.

Art. 7º A participação no Grupo de Trabalho Interministerial será considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada.

Art. 8º O Grupo de Trabalho Interministerial terá prazo de duração de cento e oitenta dias, contado da data de realização da primeira reunião, permitida a prorrogação por prazo determinado, por meio de ato do Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

Parágrafo único. O relatório final das atividades do Grupo de Trabalho Interministerial será encaminhado ao Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

Art. 9º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 9 de novembro de 2023; 202º da Independência e 135º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Carlos Henrique Baqueta Fávaro

Luiz Paulo Teixeira Ferreira

FONTE: DIÁRIO OFICIAL


LACTALIS INAUGURA FÁBRICA, ELEVA CAPTAÇÃO DE LEITE EM MINAS GERAIS E FORTALECE AÇÃO NO BRASIL

Uberlândia, 9 de novembro de 2023 – Com um investimento de R$ 100 milhões, a Lactalis do Brasil inaugurou sua nova queijaria em Uberlândia (MG) nesta quinta-feira (9/11) com a presença do Vice-Presidente, Geraldo Alckmin, políticos e autoridades. O projeto fortalece a política de investimento do grupo no Brasil. Desde que chegou ao país, em 2014, a Lactalis já investiu R$ 7 bilhões em aquisições e ampliações de unidades fabris em oito estados. A ação da empresa francesa foi destacada pelo Vice-Presidente ao lembrar do potencial de saúde que os lácteos representam para a população brasileira. “A empresa está agregando valor, promovendo desenvolvimento na região e confiança no Brasil”, disse Alckmin.

A relação da empresa com os produtores de Minas Gerais também será ampliada com o novo projeto e apoio da CCPR. A unidade de Uberlândia deve consolidar capacidade para produção de 5,5 mil toneladas de produtos/mês e, para isso, vai captar 1,6 milhão de litros/dia. A planta vai gerar mais de 500 empregos diretos e 2.500 empregos indiretos. Com o investimento, a unidade em Uberlândia também teve reformulada sua fábrica de manteigas, que dobrou a capacidade de processamento de 500 toneladas/mês para 1 mil toneladas/mês. “A Lactalis acredita muito no Brasil. Quando se faz uma projeção da necessidade de leite para o mundo, se verifica que, até 2030, faltarão mais ou menos 20 bilhões de litros de leite. Onde se pode produzir esse leite? Na nossa visão, o Brasil é esse país, mas precisamos arrumar a cadeia do leite. Isso vai ser um grande desafio”, assinalou o presidente da Lactalis para Brasil e Cone Sul, Patrick Sauvageot. Em sua manifestação durante a solenidade em Uberlândia, o executivo informou que a Lactalis injeta R$ 6,5 bilhões ao ano no Interior do Brasil por meio da compra de 2,7 bilhões de litros de leite, pulverizando renda e emprego nas mais diversas e longínquas regiões.

Maior empresa de produtos lácteos do mundo, a Lactalis completou 90 anos de atuação em outubro e lançou seu propósito global de “Nutrir o Futuro”. Entre as metas apontadas, está o cuidado com as pessoas e o planeta. Para isso, a empresa está disposta a transformar o seu negócio, métodos e ferramentas de forma a buscar sistemas mais eficientes e com menor impacto ambiental. A meta é que a produção se torne carbono neutro até 2050. Nos planos do grupo francês também estão investimentos em geração de empregos, desenvolvimento de produção local e qualificação dos talentos alinhados com os valores do grupo: ambição, determinação e simplicidade. (Jardine)

 

Busca de soluções para o setor leiteiro são tema de reunião da Câmara Setorial

A Câmara Setorial do Leite se reuniu na tarde desta quinta-feira (09/11), em formato híbrido, para debater o decreto federal nº 11.732. O coordenador das Câmaras Setoriais da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn, deu as boas-vindas e disse que a Secretaria está à disposição para buscar soluções em conjunto com a cadeia produtiva para a questão do leite.

O decreto, publicado em 18/10/2023, altera a aplicação de créditos presumidos do Programa Leite Mais Saudável e estimula a produção de leite in natura por produtores brasileiros.  A medida entra em vigor em fevereiro de 2024.

De acordo com o presidente da Câmara Setorial, Eugênio Zanetti, vice-presidente da Fetag-RS, os produtores argentinos e uruguaios recebem diversos subsídios para a produção de leite e quando este leite em pó vem para o Brasil, entra com um preço muito mais barato. Para ele, a medida contida no decreto é importante, mas não é suficiente, sendo necessárias outras ações de auxílio aos produtores de leite.

O gerente de suprimento de leite da Cooperativa Central Gaúcha Limitada (CCGL), Jair Mello, afirmou que o leite em pó importado está entrando de três a quatro reais mais barato no país. E os dados divulgados nesta semana pelo governo federal apontam para a importação de 13 mil toneladas de leite em pó em setembro e de 16 mil toneladas em outubro.

Dados publicados pela Emater apontam que desde 2015 cerca de 51 mil agricultores deixaram a atividade leiteira no Rio Grande do Sul.

Ao final da reunião, ficou definido que os presentes vão encaminhar sugestões de melhorias a curto prazo na cadeia produtiva leiteira e que serão encaminhadas para as respectivas esferas, estadual ou federal, através de ofício. Também foi sugerida uma apresentação do Programa de Produção Integrada de Sistemas Agropecuários (PISA), a ser feita pelo professor Paulo Carvalho, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Participaram da reunião as seguintes entidades: Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínos (AGL), Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Cooperativa Central Gaúcha Limitada (CCGL), Comissão das Indústrias Fabricantes de Equipamentos para a Pecuária do Leite do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas (CIEPEL/Simers), Emater, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (APIL), Fetraf-RS, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Teutônia, Fetag, Farsul, Sebrae e Secretarias da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e de Desenvolvimento Rural (SDR). (SEAPI)


Jogo Rápido

Grandes volumes de chuva são esperados para os próximos dias
A próxima semana deverá ter chuva e altos volumes acumulados em grande parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 45/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Entre sexta-feira (10/11) e domingo (12/11), a presença de uma área de baixa pressão vai manter uma grande variação de nuvens, com pancadas de chuva e trovoadas, com chance de tempestades isoladas. Na segunda-feira (13/11), a propagação de uma nova frente fria provocará chuva generalizada. Na terça (14/11) e quarta-feira (15/11), o tempo quente e úmido seguirá predominando, com períodos de céu encoberto e pancadas de chuva na maioria das regiões. Os totais previstos são elevados em grande parte do Estado. Deverão oscilar entre 80 e 120 mm na maioria das áreas da Metade Norte, podendo superar 150 mm em diversos municípios, principalmente nas Missões, Alto Uruguai e Planalto. Na Metade Sul, os valores esperados deverão oscilar entre 35 e 50 mm na maioria das localidades, com exceção do Extremo Sul, onde os volumes poderão exceder 100 mm. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 

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Porto Alegre, 09 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.020


Reinauguração da Suport D Leite: Uma nova fase de sucesso e inovação

A empresa com sede no Rio Grande do Sul, atua no ramo da bovinocultura de leite com serviços de análises, consultorias e desenvolvimento de novos produtos. 

A Suport D Leite, uma startup inovadora com base na Incubadora de Empresas de Inovação Tecnológica - Criatec da Unijuí, está orgulhosamente anunciando sua reinauguração em um novo local. Com um histórico notável de inovação e sucesso, a Suport D Leite está preparada para uma nova fase de crescimento e realizações.A fundadora da Suport D Leite, Denize da Rosa Fraga, expressou sua gratidão a todos que apoiaram a empresa desde o começo, até o sucesso que atingiu hoje. Ela compartilhou suas expectativas para o futuro, destacando o compromisso contínuo da empresa com seu propósito e essência, independentemente do tamanho da organização. "O processo de mudança de local na Suport D Leite é um marco significativo para nós. Nas próximas semanas, muitas novidades virão, estou ansiosa para todas as realizações que o futuro reserva e estou profundamente grata a todos que confiaram em nosso trabalho desde o início.", afirma a médica veterinária, doutora especializada em bovinocultura de leite. Sob a liderança de Denize, a Suport D Leite é reconhecida por sua inovação no setor agropecuário. A startup se destaca através do SuporTest Antibiograma, que oferece soluções para práticas agrícolas sustentáveis e tratamento eficaz de mastite em vacas leiteiras. 

 

SUPORTEST ANTIBIOGRAMA NA PRÁTICA:
A mastite, doença na glândula mamária de vacas, geralmente causada por infecções bacterianas, ocorre com frequência no Brasil. Cerca de 15%, das mais de 16 milhões de vacas de leite do Brasil, terão algum problema de saúde na glândula mamária durante a lactação e precisarão de tratamento com antibióticos. Além deste índice, todas elas devem passar por um tratamento com antibióticos antes de entrar no período seco, ou seja, antes de parir e iniciar a próxima lactação.

O teste é capaz de indicar o antibiótico mais eficaz, evitando desperdício de recursos e tempo, através dele produtores não precisam mais se deslocar até a cidade, pois com o suporte do kit, todas essas etapas podem ser realizadas na fazenda através do aplicativo, garantindo uma produção de leite de maior qualidade.

O Suportest Antibiograma é o primeiro produto que leva um teste de antibióticos para o campo. Nossa missão é proporcionar eficiência, economia e qualidade para os produtores rurais.

A EXPANSÃO:
Recentemente, a Suport D Leite também agregou um sócio investidor, o que permitirá à startup expandir ainda mais sua presença e aprimorar sua gestão. “Estou extremamente empolgado em me unir à Suport D Leite como sócio investidor. Acredito firmemente no potencial dessa empresa para impactar positivamente o setor agropecuário e promover práticas sustentáveis. Estou ansioso para colaborar e impulsionar nossa expansão internacional até 2025. Juntos, alcançaremos novos patamares de sucesso e inovação.", pontua Dante Maurício Tissot, Diretor da Dubai Alimentos.

A Suport D Leite conquistou neste ano um lugar de destaque como a única startup brasileira selecionada para participar do programa de aceleração Innovations in Sustainability 2023, realizado pela Village Capital em parceria com a Unilever. Esse programa visa capacitar empreendedores com foco em soluções relacionadas a práticas agrícolas sustentáveis, descarbonização e reciclagem.

SOBRE A SUPORT D LEITE:
Criada em 2021 pela médica veterinária Denize da Rosa Fraga, uma profissional com uma paixão enraizada na produção de leite que em 2018, foi diagnosticada com câncer de mama. Diante da possibilidade de não conseguir amamentar sua filha, Denize recorreu a fórmulas lácteas desenvolvidas com leite de vaca. Essa experiência pessoal a inspirou a pensar nas dificuldades que outras mães enfrentam para acessar essas fórmulas. A partir desse ponto de virada em sua vida, Denize concebeu um projeto para aprimorar a cadeia de leite na região. Com sua formação como doutora especializada em bovinocultura de leite e sua experiência na produção e pesquisa, ela criou um projeto para fornecer análises de qualidade do leite para produtores locais, ajudando a melhorar o manejo, a qualidade do leite e impactando positivamente a vida das pessoas que dependem desse alimento vital. O trabalho visa garantir que o leite que chega aos consumidores seja o melhor possível, independentemente da fonte. A empresa já recebeu reconhecimento através de várias premiações, destacando-se na Batalha das Startups na Expofest Ijuí 2022, Campotech Fenamilho 2023 e Startup Day SebraeX Ijuí.

CONVITE REINAUGURAÇÃO:
A Suport D Leite convida a todos os interessados, membros da imprensa, parceiros e amigos para prestigiarem a nossa emocionante reinauguração no novo local. Estamos entusiasmados em compartilhar esse momento significativo e esperamos contar com sua presença para celebrar conosco. Venha conhecer mais sobre nossa história, nossos produtos inovadores e nossa visão para o futuro. Sua presença será muito apreciada e contribuirá para tornar esse evento ainda mais especial.

Data: 11 de novembro de 2023 - Sábado
Horário: 9h30min
Local: Rua Bento Gonçalves, 456 - Sala 02 - Ijuí/RS

As informações são da Suport D Leite


Setores de proteína animal e indústria eletroeletrônica pedem extinção do FAF

A Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo promoveu, no final da tarde desta quarta-feira (8), audiência pública para debater norma da política fiscal do governo estadual. O tema ‘a efetividade da implantação, os impactos e os resultados do Fator de Ajuste de Fruição (FAF)”, foi proposto pelo deputado Prof. Claudio Branchieri (Podemos), que presidiu o encontro no Espaço da Convergência.Estabelecido por decreto do Executivo em janeiro de 2022, o FAF é um percentual gradativo aplicado sobre os créditos presumidos - aplicados no ICMS - para incentivar aquisições de produtos do mercado interno e promover o desenvolvimento da economia gaúcha. Representantes dos setores de proteína animal, lácteo e eletroeletrônico que participaram do debate, criticaram a medida e pediram a extinção.

 

Proteína animal
José Eduardo dos Santos, da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), informou que o setor já apresentou análise ao Grupo de Trabalho (GT) Proteína Animal, liderado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que vem estudando a eficácia do FAF em promover o crescimento. “O governo deve anunciar um pacote até o final de novembro para ajudar o setor e deve incluir extinção permanente do FAF”, apostou. Desde 1º de julho deste ano, com vigência até 31 de dezembro, o governador suspendeu a aplicação da regra para o setor de proteína animal.

A indústria de laticínios e derivados também acredita no fim da medida. Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat-RS, lembrou que o setor é um dos atingidos, pois precisa comprar fora do estado embalagens tipo tetrapak e de determinados queijos. “ Com a retirada do FAF em julho, já tivemos alívio”, disse.

Eletroeletrônica
Para Antônio Costa Sobrinho, da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE) - Regional RS, a medida só aumentou a burocracia. O setor precisa trazer de fora do estado equipamentos e insumos. Também da Associação, Jéssica Almeida, defendeu medidas protetivas para empresas locais e um sistema de fruição condicionada, a exemplo do que é aplicado na Alemanha.

Encaminhamento
O colegiado vai encaminhar à Casa Civil pedido para que o governo receba as lideranças dos setores produtivos, e propor nova audiência pública para ampliar o debate sobre o tema. O deputado Zé Nunes (PT) também participou do encontro. 

As informações são da ALRS

 

Estratégias sustentáveis e potenciais ganhos em eficiência e rentabilidade para a cadeia do leite

Dando continuidade ao segundo dia do Dairy Vision, as oportunidades a partir da agenda ambiental nortearam a discussão do painel. Alexandre Berndt, Chefe Geral da Embrapa Pecuária Sudeste, iniciou o painel abordando a pegada de carbono na pecuária de leite. 

Alexandre pontuou que a redução do desmatamento e o reflorestamento são fatores que irão gerar grande impacto para o meio ambiente, mas que o processo produtivo do leite deve ser reestruturado para produzir mais sustentavelmente, devido aos benefícios que isso proporciona, e afirma que essas soluções devem ser pautadas em tecnologia. “A eficiência do sistema de produção reduz a intensidade de emissão, e o segredo para isso é a adoção de tecnologias”, disse. 

O metano entérico, dejetos e os alimentos formam  80% da pegada de carbono do leite. Berndt destacou três pilares tecnológicos para o balanço de carbono: 

Manipulação da fermentação: aditivos, rações e pastagens; 

Aumento da eficiência de produção: melhoramento genético, nutrição, reprodução, sanidade, bem estar, gestão 

 Ampliar a remoção de carbono: manejo de solo, utilização de ILPF 

“Cada estratégia de mitigação de carbono tem um potencial de redução de emissão e ganhos em produtividade”, finaliza ele. 

A segunda palestra do painel contou com Luis Fernando Laranja da Fonseca, Sócio Fundador na Guaraci Agropastoril e NoCarbon Milk, que abordou a sustentabilidade e as oportunidades para a indústria láctea.  Laranja enfatizou o grande problema climático que estamos vivendo e traçou alternativas. “Temos que transformar e redefinir os modelos produtivos, caso contrário, vamos a passos largos para uma catástrofe climática, e existem duas formas para transformar: por consciência ou por conveniência”, disse. 

As pessoas estão buscando alternativas sustentáveis, mas ainda existem poucas opções que englobam esses atributos. Laranja ainda fez uma provocação em forma de incentivo: “Há um claro desejo dos consumidores por produtos com atributos sustentáveis, e qual marca de leite está tentando capturar essa oportunidade?”, destacando a oportunidade de negócio existente. 

Fernanda Marcantonatos, Gerente Sr. De Sustentabilidade na dsm-firmenich e Carlos Saviani, Diretor Global de Sustentabilidade na dsm-firmenich, abordaram a jornada de sustentabilidade para o leite brasileiro, a mensuração e redução das pegadas ambientais.

Carlos relatou a importância do trabalho conjunto entre indústria e produção para solucionar juntos o problema das emissões de gases. “O desenvolvimento de projetos só é possível com participação ativa dos elos da cadeia, com seus compromissos e ações”, e destacou a importância de mensurar os dados de emissões, “A gente não consegue melhorar aquilo que não mede, e não consegue comunicar e nem se defender dos dados errados que circulam. Se a gente não falar qual é o nosso próprio número, fica difícil a gente se defender, né? Então é muito importante a gente entender qual realmente é a nossa pegada ambiental”, relata. Fernanda apresentou ainda a solução da DSM voltada a redução de emissão de carbono. 

Finalizando a manhã do segundo dia de Dairy Vision, Paul Myer, CEO da Athian Sustainable Livestock Systems (EUA), palestrou sobre o tema “Créditos de carbono podem ser um negócio relevante para o setor?”. 

Paul apontou que é importante mostrar para os consumidores a questão da sustentabilidade, mas também é muito importante construir processos eficientes para ter bons e consistentes resultados.

O palestrante também mostrou que o número de empresas comprometidas com a diminuição na emissão de gases de efeito estufa tem crescido nos últimos anos, porém, a resposta para resolver este problema está nos produtores, no campo. A partir disso, Paul exemplificou que a oportunidade de ganho financeiro na produção de leite ao cortar 30% da emissão de carbono é de aproximadamente 13 bilhões de dólares por ano, sendo que a melhor forma de mudar a realidade no campo é mostrando a real importância do problema aos produtores.

Paul também mostrou como o mercado de crédito de carbono já está atuando dentro do setor, onde a empresa Athian calcula a pegada de carbono da produção, mostra soluções para mitigar a emissão e busca empresas da cadeia de suprimentos que queiram auxiliar os produtores nessa solução através do crédito de carbono que será gerado com essa implementação, que deve antes de tudo fazer sentido ao produtor.

Por fim, o palestrante mostrou que o valor dos créditos depende muito da credibilidade do mercado, e que essa credibilidade está muito associada à transparência, ao fornecer dados científicos que comprovam essas reduções nas emissões de gases, fica mais fácil de garantir essa credibilidade ao mercado. 

As informações são do Milkpoint


Jogo Rápido

Aquisição de leite sobe 0,8% na comparação anual e 8,4% ante o trimestre anterior
A aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (federal, estadual ou municipal), no 3º trimestre de 2023, foi de 6,20 bilhões de litros. O valor correspondeu a um aumento de 0,8% em comparação ao 3º trimestre de 2022 e alta de 8,4% frente ao obtido no trimestre imediatamente anterior.  (IBGE)


 

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Porto Alegre, 08 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.019


Balança comercial de lácteos: outubro volta a apresentar aumento nas importações
 
Para o mês de outubro, o saldo da balança comercial de lácteos voltou a ficar mais negativo quando comparado com o mês anterior. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo registrado no último mês chegou a -181 milhões de litros em equivalente-leite, uma queda de 37 milhões em relação a setembro de 2023, conforme pode ser observado no gráfico 1.
 
Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.
 

 
As exportações registraram uma nova alta no último mês. Com um volume de 7,7 milhões de litros em equivalente-leite exportados, outubro encerrou com um avanço mensal de 26,2% (+1,6 milhão de litros) nas exportações, como mostra o gráfico 2. Apesar desse aumento percentual, os volumes exportados permanecem em níveis baixos e também menores quando comparados com o mesmo período de 2022. De janeiro a outubro, o Brasil exportou 44,6% a menos (-49,9 milhões de litros) em comparação com o mesmo período do ano passado.
 
Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.
 

 
Do lado das importações, após o expressivo recuo em setembro, o volume importado voltou a aumentar. Com um total de 188,5 milhões de litros em equivalente-leite importados, o avanço mensal foi de +26,9% (+38,8 milhões de litros de leite), como mostra o gráfico 3. No comparativo anual, o volume de outubro ficou 12,9% superior vs outubro/22. E nos primeiros 10 meses deste ano, o volume importado é 77% maior do que no mesmo período de 2022.
 
Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.
 

 
Analisando a variação para os principais produtos importados, vemos que o leite em pó integral, principal categoria láctea importada pelo Brasil, apresentou um avanço no mês de +23%. As importações de queijos em outubro cresceram 16%, se comparado a setembro. E o principal destaque foi a categoria de leite em pó desnatado, que apresentou variação mensal de +58%.
 
Outras categorias de menor participação no volume importado diminuíram no mês, tais como: iogurtes (-43%), soro de leite (-52%) e outros produtos lácteos (-13%).
 
Já entre as categorias exportadas, o leite condensado teve uma pequena diminuição no mês (-2%), creme de leite (-28%) e leite UHT (-11%). O grupo de soro, que chegou a atingir volume recorde de exportação em setembro, teve um recuo de -13%. Por outro lado, as exportações de queijos cresceram, com um aumento de 82% se comparado a setembro.
 
As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de setembro e agosto deste ano.
 
Tabela 1. Balança comercial de lácteos em outubro de 2023
 

 
Tabela 2. Balança comercial de lácteos em setembro de 2023.
 

 
O que podemos esperar para os próximos meses?
Nos últimos meses, os preços internacionais dos lácteos, incluindo do Mercosul (nossos principais fornecedores) mostraram recuperação, o que tem diminuído a competitividade de preços do produto importado em comparação com o nacional. Além disso, a produção de leite na Argentina e no Uruguai está começando a diminuir, de acordo com o padrão sazonal típico da produção nesses países, o que deve resultar em menor disponibilidade de produtos para novas vendas. Nesse cenário, o volume de lácteos importados pelo Brasil tende a diminuir nos próximos meses.
 

Como lidar com a volatilidade da demanda no setor de laticínios?

Em mais uma edição recorde, o Dairy Vision 2023 teve início nesta terça-feira, 07/11. Neste primeiro dia de evento, a Expo Dom Pedro, em Campinas/SP, recebeu mais de 400 agentes de transformação do setor lácteo. A primeira sessão do evento trouxe perspectivas do que esperar no panorama nacional e internacional no setor lácteo. Mesmo ressaltando a dificuldade na exatidão na resposta, Scott Briggs, Diretor Administrativo na National Milk, Austrália, que teve como tema da sua palestra ”O novo paradigma para a oferta de leite: como a demanda será suprida?”, ajudou o público presente a compreender as implicações na oferta atual. “A inflação e a deflação vão estar cada vez mais presentes, isso vai gerar cada vez mais volatilidade da demanda, o que resulta em volatilidade também, dos produtos lácteos”, explicou Scott, destacando que a oferta deve vir de uma origem que consiga lidar com a volatilidade da demanda. Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios na MilkPoint Ventures, trouxe os principais aspectos de onde e como o leite vai crescer no Brasil. Valter pontuou que os principais fatores associados ao crescimento brasileiro na produção de leite são: condições favoráveis de clima e disponibilidade de água, disponibilidade de grãos e matérias primas para alimentação, cooperativas atuantes e efetivas, aspectos culturais do produtor, proximidade da demanda, benefícios tributários estaduais e regionais e outro, e destacou: “É importante ressaltar que nem todos esses fatores estão associados ao crescimento observado em todas as regiões brasileiras”, destacou Galan. Valter citou também sobre os clusters de produção do país. “O Brasil produz leite em 99% dos municípios, sim, mas a produção vai se concentrar em alguns clusters de excelência da produção”. Os principais clusters citados são: Sul, Centro Oriental, Triângulo Mineiro, Sul MG/ZM, Central/MG, Sul/ GO, Central/GO, Agreste PE, AL, SE e Cearense. “Os clusters representam 60% da produção total de leite do Brasil”, disse. A terceira palestra da primeira sessão visou trazer as perspectivas do nosso vizinho que, embora esteja passando por um momento difícil e de instabilidade, tem tentado contornar a situação e investido na produção leiteira. Com o tema “Argentina: é possível voltar a crescer como antes”, Jorge Giraudo, Diretor Executivo do Observatório Argentino da Cadeia Láctea (OCLA), trouxe as perspectivas para o setor lácteo na Argentina. “Hoje a Argentina tem 1,5 milhões de vacas em produção, com 11,5 milhões de litros sendo produzidos. E apesar do alto consumo, a Argentina exporta cerca de 25% de sua produção”, destacou Jorge, que apontou ainda o desafio de crescimento: “Atualmente, o crescimento na produção é cada vez mais difícil. Cada litro de leite produzido a mais, é mais difícil de conquistar do que nos anos anteriores, mas ainda sim há investimentos, e o principal deles tem sido em genética”, relatou Giraudo, além de citar a intensificação da produção. “Hoje 25% da produção argentina já é intensiva, e tecnologias de monitoramento e automatização também têm crescido no país”, conclui. 

Concluindo o primeiro painel, Mercedes Baraibar, Economista na Área de Informação e Estudos Econômicos, Inale, Uruguai, falou sobre as Mudanças e perspectivas para o setor lácteo no Uruguai. O país tem como base, ser uma produção extensiva com suplementação, alto nível de sanidade, status genético elevado e reconhecido mundialmente, rastreabilidade, cumprimento de exigências internacionais de qualidade e crescente incorporação de tecnologia. 

Mercedes destacou as dificuldades no país. “Por conta do alto volume exportado (cerca de 70% da produção) o Uruguai tem como desafio a grande volatilidade dos preços internacionais”, relatou.

Assim como a Argentina, o Uruguai também tem investido no setor. “Sistemas de produção sustentáveis estão sendo testados e experimentados, assim como há a evolução no monitoramento, na rentabilidade, no balanço de nutrientes, e gases efeitos estufa têm sido temas abordados no país”, destaca. 

O fim da primeira sessão contou com um painel de discussão com todos os especialistas. Os gaps do balanço de oferta e demanda retomaram durante o debate. Scott destacou a importância de criar ferramentas para ajudar com a volatilidade do produto no mercado nacional. Além desse e outros temas, a necessidade de adaptação frente às alterações climáticas e impactos que pode gerar para a indústria foram abordados.  

Confira as matérias sobre os demais blocos do 1º dia:

Estratégia de negócios aplicadas à indústria láctea

Quais as novas fronteiras que o setor lácteo pode alcançar?

As informações são do Milkpoint

NÃO FIQUE DE FORA: Abertas as inscrições para o 3º Prêmio Referência Leiteira

O concurso referência no reconhecimento das melhores práticas na produção leiteira gaúcha já está com as inscrições abertas para a sua 3ª edição. Para participar do Referência Leiteira, que é promovido por Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Emater/RS e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), os produtores devem contatar os escritórios municipais da Emater/RS para acessar a Ficha de Inscrição. A data limite para o protocolo da documentação é o dia 17 de novembro.
As informações precisam ser preenchidas e a Ficha de Inscrição deve ser assinada pelo produtor com o auxílio de um técnico responsável, ou da Emater/RS, ou da indústria ou da cooperativa de laticínios. O passo seguinte é entregar o documento no Escritório Municipal da Emater/RS que vai atestar o recebimento e enviar para o Sindilat/RS.

Podem se inscrever para disputar a premiação na categoria Propriedade Referência em Produção de Leite, fazendas localizadas no Rio Grande do Sul que tenham sistemas de criação a pasto, com suplementação de silagem e ração, ou em semiconfinamento ou confinamento. Para aferição das propriedades vencedoras nestas categorias será considerado o somatório da pontuação em termos de: Produtividade do Fator Terra (litros de leite/hectare/ano), Produtividade do Fator Mão de Obra (litros de leite/pessoa/ano) e Qualidade do leite, baseado nos resultados das análises mensais realizadas em laboratórios oficiais da Rede Brasileira de Qualidade do Leite (RBQL), além de uma bonificação por certificação de propriedade livre de tuberculose e brucelose.

A premiação, vai distinguir as três propriedades que atingirem os melhores índices em cada um dos dois sistemas. A produção pode ser individual ou coletiva e deve estar vinculada à indústria de laticínios que adquire leite no Estado. Cada vencedor será premiado com um troféu, certificado e um notebook. A divulgação dos resultados e a entrega dos prêmios ocorrerão durante a Expointer 2024.
Para março de 2024, está prevista a abertura das inscrições para as seis categorias de Cases do 3º Prêmio Referência Leiteira: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira.

Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS e vice-coordenador da premiação, reforça os objetivos da iniciativa. “O intuito do prêmio seguem sendo a valorização dos produtores de leite do Rio Grande do Sul, o incentivo às boas práticas de produção e ao uso de tecnologias no campo, além de permitir a mensuração dos resultados para que tenhamos um panorama real dos indicadores de produtividade e qualidade do leite no Rio Grande do Sul”, assinala. (SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

LACTALIS DO BRASIL INAUGURA QUEIJARIA EM UBERLÂNDIA E AMPLIA PRODUÇÃO DE MANTEIGAS
Uberlândia, 7 de novembro de 2023 – A Lactalis do Brasil inaugurará, nesta quinta-feira (9/11), uma nova fábrica de queijos no Distrito Industrial de Uberlândia, Minas Gerais (MG). Foram investidos R$ 100 milhões na construção da queijaria, contígua à fábrica da Itambé, sua subsidiária integral, que já operava com produção de leite em pó e manteiga. A previsão é processar 1 mil toneladas de queijo ao mês. O investimento também viabilizou a reformulação da fábrica de manteigas, que dobrou a capacidade de processamento de 500 toneladas/mês para 1 mil toneladas/mês. Ao todo, a planta deve aumentar sua recepção de leite para 1,6 milhão de litros por dia e ampliar seu processamento total das atuais 4 mil toneladas/mês para 5,5 mil toneladas nos próximos meses. O evento, marcado para 14h, contará com a presença do Vice-Presidente da República, Geraldo Alckmin, além de outras lideranças e autoridades. Segundo o presidente da Lactalis para Brasil e Cone Sul, Patrick Sauvageot, com a ampliação, a fábrica passará a gerar mais de 500 empregos diretos e 2.500 empregos indiretos. “Com esse investimento, a Lactalis reforça seus elos com a comunidade e produtores rurais da região de Uberlândia, ampliando empregos e gerando renda de forma sustentável”, salienta. Maior empresa de produtos lácteos do mundo, a Lactalis completou 90 anos de atuação em outubro e lançou seu propósito global de “Nutrir o Futuro”. Entre as metas apontadas, está o cuidado com as pessoas e o planeta. Para isso, a empresa está disposta a transformar o seu negócio, métodos e ferramentas de forma a buscar sistemas mais eficientes e com menor impacto ambiental. A meta é que a produção se torne carbono neutro até 2050. Nos planos do grupo francês também estão investimentos em geração de empregos, desenvolvimento de produção local e qualificação dos talentos alinhados com os valores do grupo: ambição, determinação e simplicidade. (Jardine Comunicação)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 07 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.018


INSCREVA-SE! ÚLTIMOS DIAS! 2º Seminário Alterações na Legislação de Rotulagem de Alimentos será em Frederico Westphalen

Dando sequência ao debate sobre as modificações surgidas a partir da alterações na Lei da Rotulagem de Alimentos, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), em parceria com o Sebrae RS, promoverá a 2ª edição do Seminário na cidade de Frederico Westphalen. A formação acontecerá no dia 10/11, uma sexta-feira, a partir das 14h, na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI/FW) (Av. Assis Brasil, 709 - Bairro Itapagé Frederico Westphalen).

“A fim de que o projeto atenda às necessidades das empresas, o Sindilat/RS, através de seu grupo técnico de trabalho da área da qualidade das indústrias, levantou as principais dúvidas sobre o tema para preparar a formação. Além disso, destinamos um momento para que as empresas apresentem suas embalagens e tirem suas dúvidas”, explica Darlan Palharini, secretário-executivo do sindicato. As inscrições para o curso, que será no formato presencial, já estão abertas e podem ser realizadas através de contato com o Sindilat/RS no telefone (51) 98909-1934 ou através do e-mail sindilat@sindilat.com.br

A formação será conduzida por Giuliana de Moura Pereira, engenheira de Alimentos, de Segurança do Trabalho e mestre em Engenharia de Produção, e inclui o debate sobre as principais legislações do tema, incluindo as normas do Ministério da Agricultura, ANVISA, Inmetro e outras; regras e aplicações da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 429; regras e aplicações Instrução Normativa nº 75; cálculo das informações nutricionais para rotulagem; como fazer as novas embalagens?; o que deve ser feito com as embalagens antigas?; e exigências de rotulagem para o Mercosul.

Desde o dia 09/10 encerrou o prazo para adequação às novas regras de rotulagem de alimentos, incluindo a adoção da tabela nutricional frontal. As mudanças exigem questões como letras pretas em fundo branco e a identificação dos açúcares totais e adicionais. As empresas têm prazos diferentes para se adaptarem, variando de 2023 a 2025, dependendo do tipo de alimento ou bebida. Conforme a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 819/2023 da Anvisa, que alterou a RDC 429/2020, está permitida a utilização até o dia 9/10/24 dos estoques de embalagens e rótulos que tenham sido adquiridos pelas empresas até 8/10/23.

As informações são do SINDILAT/RS


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT adaptado pelo SINDILAT/RSChina: importações de leite em pó devem cair em 2024

De acordo com um relatório sobre a indústria de lácteos da China do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), o país importará menos leite em pó em 2024.
 
Leite em pó integral
De acordo com o relatório, a produção de leite em pó integral em 2024 na China deverá se manter estável. Os processadores de lácteos chineses normalmente não produzem leite em pó integral proativamente, pois não é lucrativo. Eles produzem leite em pó integral devido a desequilíbrios sazonais entre a produção e o consumo de leite cru. Ao contrário de outros grandes países produtores de lácteos que poderiam produzir produtos de alto valor, como queijo, a partir de leite cru, a China produz principalmente leite fluido com seu suprimento de leite cru.A produção de leite cru é normalmente na primeira metade do ano, enquanto a maior parte do consumo de leite fluido é na segunda metade do ano, quando ocorre a maioria dos principais feriados chineses. As férias geralmente aumentam o consumo de leite fluido quando os consumidores compram leite como presente para famílias e amigos. Quando há um excedente de leite cru que o mercado de fluidos não consegue absorver, os processadores usarão esse excesso para processar leite em pó integral.Alguns governos locais fornecem subsídios para ajudar a diminuir as perdas que os processadores de lácteos enfrentam quando têm um excedente de leite cru e devem produzir leite em pó integral. Em 2023, as principais regiões produtoras de leite que forneceram subsídios aos processadores para a compra de leite cru e produção de leite em pó integral incluíram Hebei, Shandong e Heilongjiang. 

A demanda de leite em pó integral tem diminuído na China nos últimos anos entre os consumidores preocupados com a saúde que procuram benefícios adicionais de outros produtos lácteos. Produtos feitos a partir de leite em pó integral, como leite reconstituído, iogurte reconstituído e bebidas lácteas, tornaram-se menos populares, especialmente em áreas ricas. O USDA espera que essa tendência continue em 2024. No entanto, a previsão é de que o consumo de produtos de panificação permaneça estável, já que este setor está relativamente estável.

No primeiro semestre de 2023, a produção de leite em pó integral superou o consumo, resultando em um alto estoque do produto. Os processadores que produzem leite em pó integral em excesso tendem a mantê-lo em estoque em vez de vender para o mercado, pois os preços desse produto são baixos. 

O USDA prevê que os estoques de leite em pó integral diminuam no segundo semestre de 2023 devido ao aumento da demanda sazonal e menor produção sazonal. O resultado efetivo é que os estoques de 2023 superem os níveis de 2022.

Com relação às importações, o USDA previu uma redução em 2024 por causa da demanda mais fraca e do amplo estoque final de 2023. Fontes da indústria indicaram que, embora o leite em pó integral importado geralmente sejam mais padronizados, os processadores podem se beneficiar do leite em pó integral doméstico, pois às vezes podem obter maior teor de proteína. Apesar dos preços do leite em pó integral importados que geralmente estiveram mais baixos do que no mesmo período do ano passado, o incentivo à importação não foi gerado devido ao fornecimento adequado.
 
Importações de leite em pó integral pela China

A Nova Zelândia é o principal fornecedor de leite em pó integral da China, respondendo por 90% da participação de mercado até os primeiros 8 meses de 2023. As medidas de salvaguarda para as importações de leite em pó da Nova Zelândia terminarão em 2023. No entanto, as importações da Nova Zelândia podem não crescer significativamente em 2024 devido à abundância esperada de leite cru doméstico e leite em pó integral.

Leite em pó desnatado
Com relação ao leite em pó desnatado, a produção em 2024 permanecerá estável em 30 mil toneladas. A produção interna da China de manteiga e leite em pó desnatado é mínima. A produção doméstica de leite em pó desnatado é baseada em pedidos avançados de processadores e fabricantes de alimentos. Não há incentivo para produzir leite em pó desnatado adicional sem que haja crescimento significativo na produção de leite cru em 2024. 

O USDA prevê que o consumo de leite em pó desnatado da China em 2024 caia devido à abundância de produtos substitutos. O principal uso do leite em pó desnatado é no processamento de alimentos, como alimentos processados, bebidas lácteas e produtos de panificação. De acordo com fontes da indústria, leite em pó integral e desnatado são muitas vezes intercambiáveis no processamento de alimentos. Como o leite cru doméstico continua sendo uma opção com preços competitivos, fontes da indústria esperam que os processadores de alimentos possam optar por usar mais leite cru ou leite em pó integral para certos produtos. 

O consumo de leite em pó desnatado também depende dos preços internacionais. A oferta de leite em pó desnatado provém principalmente das importações, uma vez que a produção interna do país é mínima. Membros da indústria relatam que os processadores de alimentos alternarão entre leite cru, leite em pó desnatado e integral, dependendo dos preços locais.

Com relação às importações, o USDA prevê as importações de leite em pó desnatado de 2024 diminuam, já que a demanda está estável, enquanto alguns estoques de 2023 podem ser transferidos para 2024. Não há uma fonte de dados confiável para o inventário leite em pó desnatado, mas os contatos indicam que haverá alguma transferência de 2023 para 2024. Os volumes de importação também dependerão do preço do mercado internacional.

Importações de leite em pó desnatado pela China

As informações são do USDA, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 


Jogo Rápido

Uruguai: preço do leite pago pela indústria em setembro foi o menor desde março de 2021
O preço médio pago pelas indústrias de lácteos do Uruguai pelo leite em setembro ficou em 14,13 pesos, queda de 1% em relação aos 14,27 pesos de agosto, de acordo com a Inale. Em dólar, o valor médio ficou em US$ 0,37, 1 centavo abaixo de agosto (US$ 0,38) e 9 centavos abaixo (-19%) do máximo recebido pelos produtores de leite para a remissão de julho (US$ 0,46) em 2023. Em dólares correntes, os produtores de leite estão obtendo praticamente o mesmo valor recebido na primavera de dois anos atrás, enquanto em pesos atuais (sem descontar a inflação) é o nível mais baixo desde março de 2021. Na comparação com setembro do ano passado, o preço medido em pesos caiu 17%, enquanto em dólares caiu 11%. Por outro lado, o quilo médio de sólidos em setembro que as indústrias pagaram aos seus forneceodres foi de 183,6 pesos (US$ 4,60), valor 20% menor que o mesmo mês do ano passado, segundo a Inale. (As informações são do Tardáguila Agromercados, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 06 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.017


Importações de leite e lácteos devem totalizar 2,2 bilhões de litros em 2023

Setor cobra do governo federal medidas para conter entrada de produto argentino e uruguaio, como salvaguardas comerciais

Se mantido o ritmo atual de importações de leite e lácteos pelo Brasil – principalmente da Argentina e do Uruguai –, esse ingresso deverá totalizar o equivalente a 2,2 bilhões de litros de leite até o final do ano, de acordo com projeções da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). De janeiro a setembro, o país importou cerca de 1,6 bilhão de litros, 90% a mais que no mesmo período de 2022. Esse volume, segundo o assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da entidade, Guilherme Dias, supera a queda recorde verificada na captação da matéria-prima no ano passado, quando os laticínios brasileiros receberam 1,2 bilhão de litros de leite a menos na comparação com o ano anterior.

Na terça-feira, a CNA e outras entidades do setor reuniram-se com parlamentares para discutir a crise do setor leiteiro. Na sequência, o assunto foi abordado no 2º Encontro dos Produtores Brasileiros de Leite, realizado na Câmara dos Deputados. A queixa dos pecuaristas é que o produto estrangeiro entra no país com preços inferiores aos do leite local, pressionando para baixo os valores pagos aos produtores brasileiros pelo litro. “Nos últimos 12 meses, tivemos uma retração de cerca de 6% nos custos de produção. Mas, pelo lado da receita, tivemos uma retração de 28% (nas margens de lucro)”, compara Dias.

Dados do primeiro semestre deste ano, informa o assessor, mostram que o leite importado representou 10% do volume consumido no Brasil no período, frente a uma média histórica de até 4% do total de matéria-prima captado em nível nacional. Entre outras medidas de socorro ao setor, o governo federal alterou no mês passado, por meio de decreto, as regras do Programa Mais Leite Saudável, do Ministério da Agricultura e Pecuária. Com a mudança, laticínios participantes do programa que adquirirem leite importado poderão aproveitar apenas 20% dos créditos presumidos de PIS/Pasep e Cofins – antes, essas indústrias tinham acesso a 50% dos créditos. “Porém, (a medida) só entra em vigor daqui a 90 dias. O setor não pode esperar esse período, porque as margens já estão negativas há diversos meses”, observa Dias.

Para frear as importações de leite e derivados da Argentina, responsável por 52% do volume de leite que ingressa no Brasil, o setor cobra do governo medidas compensatórias. Segundo o assessor da CNA, os fortes subsídios concedidos pelo país vizinho aos seus pecuaristas podem chegar ao equivalente a R$ 0,42 por litro. “Existem mecanismos de defesa comercial se você tem uma distorção no mercado advinda de uma prática de artificialidade de competitividade. O próprio tratado (do Mercosul) prevê, por exemplo, adoção de salvaguardas. Ele considera também estudos antidumping, quando existe a comercialização a preços externos aquém dos preços do mercado interno”, explica Dias.

De acordo com entidades dos produtores, a escalada das importações causou prejuízos ao setor em pleno período de entressafra (de maio a outubro), geralmente caracterizado por menor oferta de pastagens e alta de preços. “É quando o produtor consegue ter um fôlego para recompor margens, quitar dívidas e realocar investimentos na produção, mas isso não aconteceu neste ano. Desde maio o mercado vem caindo”, destaca Dias. (Correio do Povo)


Fetag-RS pede investigação de prática de dumping na importação de lácteos do Mercosul

Entidade solicitou providências à Camex e foi orientada a coletar provas para processo

Há meses resignados pela inação do governo federal em estancar a entrada de lácteos do Mercosul, produtores de leite brasileiros pediram ao governo federal que investigue a prática de dumping (comercialização de produtos a preços abaixo do custo de produção). A Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS) encabeçou o pedido e teve reunião há duas semanas na Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), quando foi informada de que deveria reunir evidências sobre a denúncia. 

“Estamos buscando provas junto ao mercado da Argentina e do Uruguai para que a medida seja levada à frente”, diz o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva. "Cabe a nós, uma entidade privada, provar que isso está acontecendo”, complementa o vice-presidente da Fetag-RS, Eugênio Zanetti. A prática de dumping tem por objetivo eliminar a concorrência e abocanhar uma fatia maior de mercado, conforme definição que consta do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio, que regula as relações comerciais internacionais. 

Conforme a Camex, se reconhecer os direitos antidumping do Brasil, o país fica autorizado a impor sobretaxas a produtos cujos concorrentes importados entram no país abaixo do custo de produção. De acordo com a Camex, o dumping é considerado concorrência desleal pelo direito internacional e torna os produtos importados mais baratos que os equivalentes nacionais, inviabilizando a produção no país.

O pedido de investigação de defesa comercial da cadeia leiteira nacional é mais uma tentativa do setor produtivo para estancar a entrada de lácteos do Uruguai e da Argentina e recuperar a competitividade dos pecuaristas. De janeiro a setembro, o Brasil importou o equivalente a 652,02 milhões de dólares em lácteos (leite, creme de leite e laticínios, exceto manteiga ou queijo), conforme dados da plataforma Camex Stat, do MDIC. Os dados atualizados do mês de outubro devem ser divulgados na próxima semana. 

Os produtores brasileiros têm clamado por subsídios à produção. “Neste momento, não tem outra alternativa a não ser o subsídio”, defende Zanetti. Segundo o vice-presidente da Fetag-RS, o governo da Argentina subsidiou seus produtores que produzem até 1,5 mil litros/dia durante quatro meses com R$ 0,40 por litro. Depois, segundo Zanetti, houve prorrogação do subsídio de R$ 0,27 por litro por mais dois meses. “O produtor de até 1,5 mil litros por dia recebeu do governo da Argentina, em seis meses, R$ 90 mil. Qual é o produtor brasileiro o produtor brasileiro que sobrou R$ 90 mil em seis meses?”, questiona. 

O Correio do Povo procurou a assessoria do MDIC nesta sexta-feira e aguarda posicionamento do ministério sobre o assunto. (Correio do Povo)

Centro de pesquisa da proteína animal em Venâncio Aires aguarda por recursos

O prefeito Jarbas da Rosa e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de Venâncio Aires, Nelsoir Battisti, visitaram, nesta semana, a obra do Centro Vocacional Tecnológico (CVT) de Produção de Proteína Animal de Venâncio Aires. Concluída em setembro, o município agora projeta os próximos passos para colocar em prática mais um ambiente de estudos e inovação na área agrícola. A prefeitura busca a liberação de repasses de recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, que totalizam R$ 120 mil, para a compra de equipamentos.

A obra está localizada na antiga área da Fundação Ambiental de Venâncio Aires (Favan), em Linha Ponte Queimada, às margens da RSC-287. "A estrutura está finalizada, porém precisamos que o Ministério nos encaminhe os recursos necessários para colocá-la em funcionamento. Nosso convênio com a União se encerra em março de 2024", afirma Battisti.
Com área de 312 metros quadrados e orçado em R$ 830 mil, o empreendimento deve abrigar cursos e pesquisas que auxiliem no desenvolvimento de produções como leite, gado de corte, aves, suínos, ovinos, peixes e mel. "Neste espaço de ensino e capacitação, nossa expectativa é que, a partir do CVT, possamos transformar a proteína animal em um produto com ainda mais valor agregado, trazendo mais renda para quem produz", destaca o secretário.

O prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa acrescenta que, enquanto a estrutura é finalizada para operação, o município do Vale do Rio Pardo busca parceria com as universidades da região para melhor utilização do espaço. "Estamos abertos para desenvolver parcerias naquele local, seja com o Poder Público, iniciativa privada ou universidades. O importante é fomentar a inovação na área da proteína animal e não deixar esse ambiente subutilizado como acontece em outros municípios", finaliza. (Jornal do Comércio)


Jogo Rápido

Aplicativo ajuda a calcular conforto térmico para bovinocultura de leite
Um novo aplicativo para dispositivos móveis vem para auxiliar na bovinocultura, relacionando o estresse térmico com a queda ou não na produção diária de leite. O BovConfort está disponível para download gratuito neste link, rodando em aparelhos com a plataforma Android. “O aplicativo é voltado para criadores e profissionais das Ciências Agrárias, no sentido de auxiliar a identificar situações de estresse térmico em bovinos leiteiros e projetar estimativas de perdas na produção de leite decorrentes desse estresse. Com estas informações, eles podem estabelecer estratégias de manejo para mitigar os efeitos”, explica a coordenadora do projeto, a pesquisadora Adriana Tarouco. No BovConfort, o usuário insere dados de previsão do tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) de sua localidade, tais como temperaturas máxima e mínima, e umidade relativa do ar máxima e mínima. "O aplicativo calcula o Índice de Temperatura e Umidade (ITU), identificando as faixas de conforto ou desconforto térmico às quais os animais podem ser submetidos, estimando os efeitos na produção de leite", detalha Adriana. O BovConfort é resultado de um projeto de pesquisa do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi), para o desenvolvimento de ferramentas digitais aplicadas na área de produção de bovinos. O grupo já conta com dois outros aplicativos disponíveis: o BovCria e o BovSan. (SEAPI)


 

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Porto Alegre, 01º de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.016


LACTALIS DO BRASIL CONCLUI AQUISIÇÃO DA DPA E ASSUME FABRICAÇÃO DE PRODUTOS REFRIGERADOS NESTLÉ NO BRASIL

Quarta-feira, 01 de novembro de 2023 – A Lactalis do Brasil anuncia, hoje, a conclusão da aquisição da DPA Brasil (Dairy Partners America), joint venture criada entre a Fonterra e a Nestlé. Com o closing da negociação, iniciada em dezembro de 2022 e aprovada pelo CADE em 11 de outubro deste ano, a empresa de origem francesa passa a controlar os centros de distribuição e duas fábricas localizadas em Araras (SP) e Garanhuns (PE), ficando responsável pela fabricação e distribuição de produtos Chambinho, Chamyto e Chandelle. O acordo também prevê uma licença de longo prazo para o uso de marcas da Nestlé, como Ninho, Neston, Molico e Nesfit, exclusivamente para o segmento de lácteos refrigerados.

Segundo o presidente da Lactalis para Brasil e Cone Sul, Patrick Sauvageot, a conclusão do negócio representa um avanço consistente nas operações do grupo no Brasil.  “Agora somos uma empresa que fatura R$ 15 bilhões com 10.900 colaboradores e 23 fábricas no Brasil, aumentando nossa responsabilidade com os produtores de leite, talentos, consumidores, parceiros de negócio e comunidades de entorno, dentro do nosso propósito de Nutrir o Futuro!” 

A partir de hoje, os quase 1.400 funcionários da DPA serão incorporados ao quadro da Lactalis do Brasil, que também passa a atuar com os distribuidores e centenas de produtores de leite ligados à DPA.  “Nas próximas semanas vamos trabalhar para encontrar sinergias entre as empresas, visando acelerar o crescimento de ambas as operações. Nossa visão é consolidar a Lactalis do Brasil como um líder Forte e Responsável na cadeia leiteira do país, capaz de criar valor para todo o segmento. Estamos muito felizes em unir o time extremamente competente da DPA à nossa equipe”, reforçou Patrick Sauvageot, lembrando que, neste mês, o Grupo Lactalis completou 90 anos de operações. 

Sobre a Lactalis
A Lactalis é uma empresa familiar francesa criada em 1933 por André Besnier. Em 2022, o Grupo Lactalis é líder no mercado de lácteos, com presença industrial em 52 países, mais de 270 fábricas e 85.500 funcionários. Iniciou suas atividades no Brasil em 2014 com a aquisição da indústria de queijos da Balkis. Ampliou sua atuação em 2015, com a incorporação de ativos selecionados da LBR e Elebat e marcas como Elegê, Parmalat e Batavo. A Lactalis adquiriu, em 2019, a Itambé e, em 2021, a Confepar. A Lactalis do Brasil oferece aos consumidores produtos lácteos saborosos e de alta qualidade em uma seleção de marcas consagradas, incluindo Batavo, Président, Elegê, Cotochés, Poços de Caldas, Itambé e Parmalat. Atualmente, a Lactalis do Brasil é líder em captação de leite no Brasil. Em constante expansão, a Lactalis mantém 21 unidades fabris espalhadas por oito estados (RS, SC, PR, MG, SP, PE, GO, RJ). 

Sobre a DPA
Atuando no mercado de refrigerados lácteos há 50 anos, a DPA é uma das maiores companhias do segmento do Brasil. A empresa, que hoje conta com quase 1.400 funcionários, possui duas fábricas em Araras e Garanhuns, centros de distribuição, sede e equipe de vendas, aposta na fabricação de produtos de alta qualidade com as marcas Nestlé no segmento de refrigerados e detém as marcas Chambinho, Chamyto e Chandelle. A qualidade diferenciada de seus produtos aliada ao compromisso com a inovação torna seus produtos cada vez mais desejados por seus clientes e consumidores. (Assessoria de imprensa Lactalis do Brasil)


Leite Carbono neutro: RS desponta em busca desse tipo de produção

É uma questão de tempo para que o consumidor brasileiro encontre nos supermercados marcas de leite com selo carbono neutro. Os processos para produzir o alimento no campo têm passado por adaptações que visam maior produtividade e sustentabilidade.

A mudança é reflexo do anseio da sociedade e, sobretudo da indústria, que vê na produção com baixos índices de carbono uma forma de agregar valor e acessar mercados internacionais. Entidades projetam que a descarbonização do segmento leiteiro é uma tendência.

"O leite com carbono neutro é um nicho de mercado, mas com o passar dos anos ele vai ser um indicador fundamental para as empresas se manterem, até porque o mercado europeu irá exigir isso para as exportações", avalia Alexandre Guerra, vice-presidente do Sindilat-RS (Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul).

Apesar de não haver ações coordenadas, Guerra acredita que a concorrência pautará as transformações tanto no campo quanto no beneficiamento. "Quando uma marca conseguir lançar esse produto, ela irá despertar a necessidade nas demais. A indústria já debate o lançamento de linhas que sejam carbono neutro. Entendo que isso não levará muitos anos", avalia.

De pequenas propriedades a multinacionais que atuam no Brasil, estratégias para descarbonizar a cadeia leiteira estão sendo testadas. Influenciados por padrões internacionais e pela necessidade de reduzir as emissões dos gases que provocam o efeito estufa, empresas começaram a apurar a pegada de carbono nas fazendas.

A partir da customização de cálculos desenvolvidos e adotados em países europeus, empresas como Nestlé e Danone passaram a mensurar a geração do carbono e metano ao longo da produção de leite em propriedades paulistas, mineiras e goianas. Esses cálculos seguem o padrão ISO e levam em conta particularidades de cada estado, como clima e geografia.

À frente dos estudos no âmbito nacional, a Embrapa Gado de Leite tem atuado desde 2021 com gigantes do setor na aferição do carbono. A partir disso, é possível mapear a geração de gases nos diferentes processos da produção leiteira e trabalhar em estratégias para reduzir as emissões. "Indicamos o direcionamento da genética superior para que os animais produzam mais, manejo balanceado do rebanho e alimentação balanceada. Em algumas propriedades mais afinadas lançamos mão de uso de aditivos específicos", comenta Luiz Gustavo Pereira, pesquisador da Embrapa.

Ele indica que os resultados apontam um bom caminho. "Tem fazendas que em 2024 ou 2025 atingirão a marca de 30% na redução, o que é acima da expectativa proposta pelo governo no Pacto Global."

Uma nova parceria da Embrapa pode aprimorar técnicas de mensuração da pegada do carbono no Rio Grande do Sul. A empresa atuará com a multinacional Lactalis para aperfeiçoar os métodos franceses adotados em propriedades do sul.

Impulsionado por fatores como clima e solo, o Rio Grande do Sul pode elevar o nicho de leite carbono neutro a um padrão de produção. "Os sistemas pastoris representam 85% da produção adotada pelos produtores gaúchos. Se as pastagens são bem conduzidas, elas conseguem sequestrar o carbono e fazer esse balanço favorável de todo o processo", explica Paulo Carvalho, pesquisador de sistemas agropecuários de baixo carbono.

O potencial da produção sustentável no estado tem sido intensificado por meio do Pisa (Programa de Produção Integrada em Sistemas Agropecuários). Promovido pelo Sebrae, Senar e Farsul, o projeto já atendeu mais de 3.000 pequenos produtores —80% se concentra no território gaúcho.

No interior de Caxias do Sul, a 31 km da cidade, a propriedade de Cátia Perini atingiu o equilíbrio financeiro dois anos após aderir ao projeto. Ao todo são 150 animais, incluindo 69 vacas em lactação. "O rebanho permanecia solto, mas comia mais ração e silagem. Depois do manejo do pasto, os custos com esses complementos diminuíram. Aumentamos a quantidade de vacas emprenhadas e a produtividade da propriedade saltou de 800 litros/dia para 1.600 litros/dia. Então, foi possível reduzir o custo do litro de R$ 2 para R$ 1,60", explica.

Situada a 48 km da área urbana de Caxias do Sul, a propriedade familiar de Airton Zacarias já tinha a pastagem como base de alimentação dos animais. A adesão ao Pisa contribuiu para a melhoria das técnicas utilizadas e aumento do bem-estar das 46 vacas, sendo 20 lactantes. "Antes eu ordenhava duas vezes ao dia. Reduzimos para uma vez e com isso temos uma média de 250 litros/dia. Eu, minha mulher e meu filho trabalhamos menos e a margem de lucro continua boa. Gastamos R$ 1,70 por litro e, dependendo do mês, recebemos até R$ 2 por litro", comenta.

Em comum, as duas propriedades contam com pastagens altas (cerca de 25 centímetros) e áreas arborizadas, o que garante o sequestro de carbono gerado pelos animais. O próximo passo do Pisa é iniciar a mensuração da pegada de carbono. A perspectiva é que em três anos haja um mapeamento dos índices gerados nos pequenos produtores. (As informações são da Folha de S. Paulo, adaptadas pela equipe MilkPoint)


Prorrogado o prazo de inscrições para o Prêmio Sindilat de Jornalismo 

Foram prorrogadas as inscrições para a 9ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo. Profissionais que ainda não garantiram sua participação na disputa, terão até o dia 12 de novembro para o envio de seus trabalhos. Promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), o mérito visa reconhecer matérias que evidenciam o setor lácteo gaúcho. Podem ser inscritos materiais que tenham sido publicados entre 02/11/22 e 01/11/23. Conforme o regulamento, que pode ser consultado no link abaixo, a previsão é de que os finalistas sejam conhecidos até 25 de novembro. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular Iphone. Os segundos e terceiros classificados receberão troféus. É possível concorrer nas três categorias que estão em disputa: Impresso, Eletrônico e On-line. Não há limite no número de publicações a serem inscritas mas, cada uma deve ser protocolada separadamente. É necessário remeter a cópia da matéria, ou link, além de documento de identidade, registro profissional e ficha de inscrição preenchida e assinada para o e-mail imprensasindilat@gmail.com. O acesso está disponível abaixo, juntamente com o Regulamento completo.

Regulamento:
https://drive.google.com/file/d/1y2Xa8ZoaFz9RvQ91QoOviU5Hs2V939n2/view

Ficha de inscrição:
https://drive.google.com/file/d/1MEaXJpEc_Frw-BqjGF2XR1SXOEv-tBYE/view 


Jogo Rápido

PREVISÃO METEOROLÓGICA 
Os próximos sete dias novamente serão marcados por chuva forte em diversas regiões do RS. Na quinta (02/11) e sexta-feira (03/11), o deslocamento de um sistema frontal vai provocar chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados, sobretudo na Metade Norte. No decorrer da sexta (03), a formação de um ciclone extratropical no oceano, manterá a chuva e fortes rajadas de vento na Zona Sul e no Litoral, onde as rajadas de vento deverão oscilar entre 60 e 80 km/h, com valores próximos de 100 km/h em áreas isoladas. No decorrer do sábado (04), o ciclone extratropical se afastará para 
alto mar, mas ainda ocorrerão chuvas fracas e isoladas pela manhã. No domingo (05), o ingresso de ar seco e frio manterá o tempo firme, com declínio da temperatura em todo Estado. Entre a segunda (06) e a quarta-feira (08), o tempo permanecerá seco, com elevação gradativa das temperaturas em todas as regiões. Os volumes previstos são elevados e deverão oscilar entre 80 e 100 mm na maioria das áreas da Metade Norte e poderão alcançar 150 mm em diversos municípios, principalmente nas Missões, Alto 
Uruguai e Planalto. Na Metade Sul os valores esperados deverão oscilar entre 20 e 50 mm na maioria das localidades. (SEAPI)