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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04  de dezembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.037


"Não há solução a curto prazo", diz presidente do Sindilat-RS

Diretor da Lactalis do Brasil, Guilherme Portella acaba de ser reconduzido à presidência do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), para o triênio 2024-2025. Ele falou sobre os desafios do setor em entrevista ao Campo e Lavoura, na Rádio Gaúcha. Leia abaixo trechos da conversa.

Depois de um ano de intensificação da crise no setor, o que é possível projetar para 2024?
Passamos por uma conjuntura muito complexa em 2023. O setor de lácteos sofreu muito com a diminuição do consumo interno mas, também, com o ingresso de grande volume de leite em pó importado, que acabou pressionando o nosso mercado, e ainda sofre os efeitos disso no campo. Para 2024, apostamos em uma retomada da economia, para que possamos fortalecer o consumo e recuperar o espaço perdido em 2023.

Como lidar com questões que fogem ao controle do setor em uma atividade de ciclo longo?
Não há solução de curto prazo. Embora o Brasil seja o terceiro maior produtor de leite do mundo, historicamente, importa, cerca de 5% do volume consumido. Isso se dá por fatores conjunturais mas, especialmente, por uma baixa competitividade frente aos principais players globais. Normalmente, produz um leite entre US$ 0,05 e US$ 0,06 mais caro do que o de países vizinhos. Neste ano, chegamos a estar, em alguns meses, a US$ 0,14 acima do leite da Argentino, por exemplo. Temos de avançar em competitividade. 

O que daria ao Brasil maior competitividade?
Podemos pensar em uma série de fatores, como a produtividade da vaca. Na Argentina hoje, em média, uma vaca produz, em média, 7,57 mil litros por ano. No Brasil, 2,7 mil. Precisamos aproximar isso para conseguir diminuir custos, atendendo um valor dentro de uma escala global. Automaticamente, estaremos protegidos das importações, podendo pensar, de maneira mais efetiva, nas exportações. Não é uma receita simples, precisamos pensar a muitas mãos, indústrias e produtores, com o governo, para que se criem políticas públicas de transformação para cadeia do leite no Brasil, para que possamos atingir um nível de competitividade que nos permita brigar por terceiros mercados.

Nas questões de competitividade, entrou muito em debate o subsídio que países como a Argentina concedem aos seus produtores de leite. Isso não traz condições desiguais de competição?
Com certeza. Desde a pandemia, a Argentina tem dado um bônus em dinheiro, direto aos produtores. Isso é um fator importantíssimo dentro dessa discussão de competitividade, é um deles, tem outras questões conjunturais, inclusive concentração e eficiência na cadeia produtiva. De fato, isso tem de ser ouvido e atendido pelo governo. É necessário criar uma condição competitiva aqui, no Brasil criando, no mínimo, paridade para que a gente possa competir com Argentina e Uruguai. Isso é fato, temos discutido setorialmente com o governo estadual, mas também com o federal. O governo tem procurado criar alternativas, refinar algumas coisas trazidas pelos produtores rurais para que, enquanto setor, a gente possa avançar.

Dados do Cepea apontam a sexta queda consecutiva no valor mensal da média Brasil e de 24,8% no acumulado do ano. Isso não é um desestímulo ao produtor? Como ele vai buscar uma melhor produtividade e competitividade diante desse cenário?
Temos de pensar sempre que o produtor tem de ser remunerado de maneira justa, essa tem de ser uma briga da indústria. Não existe produtor sem indústria, nem indústria sem produtor. O preço na gôndola tem caído. E aí, a gente pode trazer de novo a questão das importações. À medida que se importa produto com um custo muito abaixo do Brasil, força todo o mercado pra baixo. Ao mesmo tempo que se fala da queda, que é verdadeira, quando se analisa o preço do leite que é pago em outros países do mundo, o do Brasil, ainda é um dos mais altos. Por isso, a necessidade de voltar para a questão da competitividade, para conseguir produzir mais, com mas eficiência, remunerando o produtor de forma justa pelo árduo trabalho, mas que nos coloque em condição de competir. Só conseguiremos mudar esse ciclo quando tivermos um custo em escala global. Essa globalização exige que todas as atividades consigam sobreviver e competir nos mesmos parâmetros praticados em todos os mercados do mundo.

Quais os principais nessa nova gestão à frente do Sindilat?
Acho que temos um grande desafio, que é essa questão da competitividade. E melhorar ainda mais essa união do setor. Precisamos nos abraçar para criar um mecanismo que de fato funcione e para que a gente consiga melhorar a  produtividade, reduzir os custos do setor, remunerando o produtor de maneira justa. Isso é muito importante. Fazendo com que as empresas e as cooperativas consigam sobreviver, melhorem suas escalas, sua produção. E não se faz isso sozinho. Precisamos avaliar como dar previsibilidade ao produtor, como trazer eficiência, e o governo é parte importantísssima nesse processo, precisa nos ajudar a direcionar políticas públicas corretas para que vençamos essa batalha e façamos com que o leite brasileiro, especialmente o gaúcho, vire um produto de exportação. (GZH)


Argentina: produção de leite teve sua pior queda em mais de quatro anos

Em outubro, a produção nacional de leite da Argentina foi de 1,066 bilhão de litros, de acordo com o Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (OCLA). Esse volume representa uma queda de 3,1% em relação ao mês anterior e de 4,3% em relação ao mesmo mês do ano passado.

É também a pior queda em mais de quatro anos.

De modo geral, a produção em outubro costuma apresentar um crescimento - em sua média diária - de 1% a 2%, mas, nessa ocasião, caiu 0,2%. O principal motivo é a seca generalizada e prolongada sofrida, em graus variados, em todas as regiões produtoras.

Esse cenário de falta de água se refletiu em uma redução na disponibilidade de pastos e reservas de forragem que ainda persiste em muitas áreas. Ao mesmo tempo, os produtores de leite também estão sofrendo com as relações desfavoráveis entre os preços do leite e alguns insumos básicos, especialmente os concentrados.

Se a análise for estendida para o período de janeiro a outubro, a produção foi 1,2% menor na comparação anual.

Como será o fechamento de 2023
Faltando pouco mais de um mês para o encerramento do ano, a OCLA projetou como as fazendas leiteiras argentinas encerrarão 2023 em termos de produção.

"É certo que a produção dos meses restantes do ano permanecerá com taxas anuais negativas em relação ao ano anterior (entre 5 e 7%), resultando em uma taxa anual acumulada de -2% em relação a 2022", calcularam. 

Além de analisar o número de fazendas leiteiras, em seu relatório a OCLA também estudou a evolução dos chamados "sólidos úteis", como gordura e proteína.

Entre janeiro e outubro, esse indicador caiu 1,4%, contra uma queda na produção de 1,2%. Isso mostra que houve uma pequena deterioração no conteúdo de sólidos do leite.

"Como de costume, a produção a partir do pico em outubro cai a uma taxa de 5% ao mês até março/abril, e então começa a se recuperar novamente em outubro", concluíram.
 
As informações são do Infocampo, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.

No combate ao carrapato há quase duas décadas
Rovaina Doyle, cientista do Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF), acredita que cenário para a pesquisa melhorou no último ano, mas que falta ainda celeridade para chegar ao produtor

Um dos grandes problemas da pecuária, do ponto de vista do bem-estar animal e das  perdas econômicas, é o carrapato. O parasita é o foco dos estudos da pesquisadora Rovaina Laureano Doyle, lotada em Eldorado do Sul, no Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF).

Rovaina, com 45 anos, está há pelo menos 18 anos a serviço do Estado, tendo ingressado em 2005 pela porta da Fundação de Pesquisa Agropecuária (Fepagro). Doutora em parasitologia, ela reside dentro do centro de pesquisas, com o marido, Mauro Peres Ferreira, e os filhos João, de 15 anos, e Gabriel, de 8 anos.

Dedicada à investigação das doenças ocasionadas pelo carrapato − entre as quais a tristeza bovina, com alto índice de mortalidade − e endoparasitoses, Rovaina é o que se define como mãe atípica. João, o filho mais velho, se enquadra em transtorno do espectro autista, exigindo atenção multidisciplinar.

“Trabalhar no Estado e morar dentro do centro me permite acompanhar o desenvolvimento dele com mais conforto, já que posso reduzir minha carga horária entre 30% e 50%. Além disso, conto com a parceria do meu marido.

Ele é o grande motivo de eu conseguir cumprir minhas atividades no laboratório. Porque ele cuida dos meninos e da casa durante o dia e trabalha à noite”, elogia.

Rovaina , com um bom humor invejável para o que ela diz ser um cotidiano “se virando nos 30”, tem como hobby a confecção de simpáticos carrapatos de pelúcia. Ela avalia que o momento da pesquisa no Rio Grande do Sul e no Brasil começa a dar sinais de melhora, com mais aporte de recursos e abertura de frentes de financiamento. Segundo ela, entretanto, nos últimos anos a atividade foi permeada pelo descrédito, em grande parte fomentado por governos que a consideraram menos importante.

”O resultado disso é que temos cada vez menos profissionais interessados em investir na carreira de pesquisador, pelas dificuldades que se apresentam para conseguir recursos e pela defasagem salarial. Aqui no IPVDF (o centro oferece curso de mestrado), temos visto sobrarem vagas nos processos seletivos”, relata ela.

A pesquisadora ressalta ainda que, mesmo com a ampla dedicação dos cientistas do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa em Agropecuária (DDPA) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), ainda existe um descompasso entre o conhecimento produzido e a chegada deste a seu destinatário final: o produtor. “Todo o nosso trabalho é feito com o objetivo de melhorar o desempenho das propriedades e da produção, mas ainda demora um pouco para chegar na ponta." conclui Rovaina.


Jogo Rápido

Chuva e umidade persistem no Estado pelos próximos dias
Os próximos sete dias permanecerão com umidade e chuva no Rio Grande do Sul, conforme o Boletim Integrado Agrometeorológico 48/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (01/12), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firma na maioria das regiões. Somente no Oeste poderão ocorrer pancadas isoladas de chuva. No sábado (02/12) e domingo (03/12), a propagação de uma frente fria vai provocar chuva em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados. Entre segunda (04/12) e quarta-feira (06/12), a aproximação de uma nova área de baixa pressão manterá a nebulosidade, provocando pancadas de chuva e trovoadas em todo o Estado. Os volumes esperados deverão oscilar entre 20 e 50 mm na maior parte do Rio Grande do Sul. No Alto Uruguai, Litoral, Zona Sul e Campanha, os totais previstos são mais elevados e deverão oscilar entre 50 e 65 mm - podendo superar 80 mm em várias localidades, especialmente na fronteira com o Uruguai. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 

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Porto Alegre, 01º de dezembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.036


Sindilat e Embrapa Gado de Leite promovem workshop focado nos Sistemas Típicos de Produção de Leite

Realizar uma imersão nos Sistemas Típicos de Produção de Leite (STPL) do Rio Grande do Sul é o objetivo do workshop que será promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat/RS),  Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Gado de Leite) e Emater/RS Ascar.

No decorrer do evento, pesquisadores, técnicos, consultores, extensionistas, especialistas do setor, representantes de cooperativas, associações e órgãos de assistência técnica irão receber informações sobre como identificar modelos, estimar e avaliar indicadores de eficiência técnica e econômica na produção de leite.

No dia 07, a partir das 8h30min, o encontro será realizado na Sala de  Reuniões 02 da Embrapa, na Rodovia BR-258, no km 294, em Passo Fundo (RS). Através de processos guiados por técnicos e especialistas, serão realizadas as dinâmicas práticas para identificação e caracterização dos sistemas e seus coeficientes técnicos nos tipos A, B, C e D. Ao final, o trabalho irá se consolidar com a validação e análise dos resultados.  

A coordenação técnica do evento é feita pela Embrapa Gado de Leite, por Lorildo Aldo Stock, Luiz Antonio Aguiar de Oliveira, José Luiz Bellini Leite, e pelo Sindilat/RS, por Darlan Palharini. O evento conta ainda com apoio da Embrapa Trigo e da Emater/RS.

Dia 07/12/2023 - Embrapa Trigo em Passo Fundo (RS)

08:30 – 09:00 - ABERTURA - Darlan Palharini, Sindilat/RS. Jorge Lemainski, Chefe–Geral da Embrapa Trigo. Dartanha Luiz Vecchi, Gerente Regional da Emater/RS.

09:00 – 10:00 - Identificação e caracterização dos sistemas típicos. Lorildo Aldo Stock, Embrapa Gado de Leite

10:00 – 10:30 - Intervalo

10:30 – 11:30 - Coeficientes técnicos do Sistema Típico A.  Lorildo Aldo Stock, Embrapa Gado de Leite

11:30 – 12:30 - Coeficientes técnicos do Sistema Típico B. Lorildo Aldo Stock,  Embrapa Gado de Leite

12:30 – 14:00 - Intervalo

14:00 – 15:00 - Coeficientes técnicos do Sistema Típico C. José Luiz Bellini Leite, Embrapa Gado de Leite

15:00 – 16:00 - Coeficientes técnicos do Sistema Típico D.  Luiz Antonio A. de Oliveira, Embrapa Gado de Leite

16:00 – 17:30 - Validação e análise dos resultados. Lorildo Aldo Stock,  Embrapa Gado de Leite

17:30 – 18:00 - Encerramento 
Darlan Palharini – Sindilat/RS. Jorge Lemainski, Chefe–Geral da Embrapa Trigo. Dartanha Luiz Vecchi, Gerente Regional da Emater/RS.


Como presidente de empresa do grupo Randon busca alcançar receita de R$ 1 bi

Desde 2005 na posição de CEO da RAR, Sergio Barbosa assumiu a presidência da empresa idealizada por Raul Anselmo Randon na década de 1970

Com uma trajetória iniciada na década de 1990 no grupo Randon, Sergio Barbosa assume agora o desafio de ser presidente da RAR. A empresa que carrega no nome as iniciais do idealizador, Raul Anselmo Randon, começou com a maçã, na Serra, e hoje tem um portfólio diversificado. Desde 2005 como CEO da marca, Barbosa mira no objetivo de chegar a R$ 1 bi em faturamento. Confira trechos da entrevista à coluna no Campo e Lavoura da Rádio Gaúcha.

Uma das metas da RAR é chegar a R$ 1 bilhão em faturamento. De que forma?

Esse projeto todo vem de uma visão nossa. O seu Raul sempre falava: se a gente não cresce, é engolido. Então, tem de crescer, e de que maneira? Gerando caixa e, principalmente, através das pessoas. O que faz a diferença são as pessoas. Vamos ampliar portfólios. Na maçã, são 80 mil toneladas em 1,2 mil hectares, e a gente exporta. Queremos crescer 50% na quantidade de maçã. O queijo, da mesma forma, queremos dobrar a produção, e dobrando, tem de ter mercado. Já exportamos para Chile, Paraguai, África do Sul e de estamos olho nos Estados Unidos. Prospectamos também os canais de venda. Inauguramos a sétima franquia. Nos próximos cinco anos, queremos colocar 20, e chegar a 50 nos próximos 10. 

Para quando se pretende chegar a esse resultado?

Temos uma visão de curto prazo, de cinco anos, e de longo, 10 anos. Estamos em 2023, então, seria até 2033 para chegar a R$ 1 bi. Podemos chegar antes? Até podemos. Dependerá das parcerias que fizermos e da evolução do mercado, interno e externo. Além dos produtos, tem todo um processo de ESG, que estamos muito empenhados, não só de agora. Já faz algum tempo que trabalhamos a parte do ambiente, de ações sociais e de governança. 

Ainda há espaço para ampliar a diversificação de produtos?
Procuramos sempre olhar nosso propósito, que é o prazer de comer e beber bem, ter produtos de qualidade, premium, que complementam a linha. Estamos de olho em outros tipos de queijo, como o do mofo branco, que cabem no nosso portfólio e principalmente nos canais de venda. Tem o food service, os restaurantes, a questão também das franquias. Nas frutas, as que fazem linha com o que produzimos e trazemos de fora. Estamos fazendo algumas parcerias de trazer frutas de Portugal, que complementam o mercado interno, porque temos produção. Trazemos da Itália mais de duzentas toneladas de queijos duros. Uma variedade de portfólio para satisfazer o cliente. 

Ouça a entrevista completa clicando aqui.

As informações são de GZH

EMATER/RS: Informativo Conjuntural nº 1791 – 30 nov. 2023

As condições climáticas favoráveis impactaram positivamente a oferta de forragem e as condições de pastejo, reduzindo o acúmulo de barro. O conforto animal melhorou devido às chuvas moderadas e às temperaturas médias, porém a infestação de carrapato e moscado-chifre é preocupante em várias propriedades e exige controle. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, muitos produtores ainda estão implantando pastagens anuais de verão, enquanto as propriedades com pastagens perenes e campo nativo de qualidade já apresentam produção satisfatória. O uso de áreas de cereais de inverno, como feno, silagem e grãos (aveia e trigo), é uma alternativa acessível para suplementar a dieta animal. As infestações de carrapato e mosca-do-chifre atingem várias propriedades e devem ser controladas. 

Na de Caxias do Sul, em decorrência da escassez de pastagens, a alimentação tem se baseado na silagem de milho, complementada com ração proteica. No entanto, os estoques desses insumos estão baixos nas propriedades. A sanidade permaneceu dentro da normalidade, e o estado corporal dos animais se manteve estável, sem restrições alimentares. 

Na de Frederico Westphalen, o extenso período de alta umidade segue comprometendo o manejo dos animais tanto no pasto quanto nas proximidades da sala de ordenha. 

Na de Ijuí, a persistente umidade tem provocado um aumento de mastites devido ao contato do úbere com o solo molhado durante o descanso dos animais. 

Na de Passo Fundo, os preços reduzidos do produto têm desestimulado investimentos e levado os produtores a adotarem medidas de contenção de custos. A apreensão persiste entre os produtores em razão da remuneração limitada pelo litro de leite em suas propriedades. 

Na de Pelotas, em Pedras Altas, os produtores enfrentam redução na oferta de forragem em função do término do período de produção de feno de culturas de inverno e transição para pastagens de verão. 

Em Pedro Osório, os índices de produção estão estáveis, e os animais têm sido direcionados ao pastejo para reduzir os custos. 

Na de Santa Rosa, a sequência de dias ensolarados resultou em melhora nas condições das instalações e das pastagens. A luminosidade e a umidade favoreceram o rebrote das pastagens, aumentando a oferta de pasto. Com isso, muitos produtores puderam reduzir a oferta de silagem, feno e ração para diminuir os custos. 

Na de Soledade, a umidade excessiva está favorecendo o surgimento de enfermidades, como mastite.

As informações são da EMATER/RS


Jogo Rápido

Chuva e umidade persistem no Estado pelos próximos dias
Os próximos sete dias permanecerão com umidade e chuva no Rio Grande do Sul, conforme o Boletim Integrado Agrometeorológico 48/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (01/12), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firma na maioria das regiões. Somente no Oeste poderão ocorrer pancadas isoladas de chuva. No sábado (02/12) e domingo (03/12), a propagação de uma frente fria vai provocar chuva em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados. Entre segunda (04/12) e quarta-feira (06/12), a aproximação de uma nova área de baixa pressão manterá a nebulosidade, provocando pancadas de chuva e trovoadas em todo o Estado. Os volumes esperados deverão oscilar entre 20 e 50 mm na maior parte do Rio Grande do Sul. No Alto Uruguai, Litoral, Zona Sul e Campanha, os totais previstos são mais elevados e deverão oscilar entre 50 e 65 mm - podendo superar 80 mm em várias localidades, especialmente na fronteira com o Uruguai. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 

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Porto Alegre, 30 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.035


STF dá vitória aos Estados e permite cobrança do Difal do ICMS desde abril de 2022

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por seis votos a cinco, que os Estados podem cobrar o diferencial de alíquota (Difal) do ICMS desde abril de 2022. Os ministros entenderam que o recolhimento não precisa respeitar os princípios da anterioridade anual (espera de um ano para incidência), apenas a nonagesimal (espera de 90 dias).

O resultado frustrou a expectativa favorável aos contribuintes. No plenário virtual, onde o julgamento começou, o placar estava em cinco a três para as empresas.

O Difal do ICMS é um tributo que incide sobre operações interestaduais e visa equilibrar a arrecadação entre os Estados. O valor é calculado a partir da diferença entre as alíquotas de ICMS do Estado de destino do produto e de origem da empresa.

A lei que regulamentou o recolhimento foi sancionada em janeiro de 2022. A partir de então, instalou-se um impasse sobre o momento de início da cobrança. Setores da indústria e do varejo alegaram que a instituição do Difal equivale à criação de tributo e, por isso, deveria se sujeitar às anterioridades previstas em lei. Já os Estados argumentaram que o Difal não é um novo imposto, pois não aumenta a carga tributária e apenas muda a sistemática de distribuição do ICMS.

O voto de desempate coube ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, que destacou que a questão trata de "justiça fiscal". "O tributo foi criado por lei ordinária dos Estados, e não pela lei complementar federal que o STF instituiu como condição. Uma vez vigente a lei complementar federal, as leis estaduais que tinham eficácia suspensa voltam a produzir seus efeitos. A meu ver, nem se exigiria anterioridade nonagesimal, mas a lei complementar previu", disse o ministro.

A definição da data de início da cobrança tem implicação bilionária para Estados e empresas de e-commerce. De acordo com o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), a discussão tem impacto de R$ 14 bilhões para a arrecadação estadual.

Embora os Estados aleguem que o Difal não gera aumento de tributo, o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) disse em manifestação ao Supremo que empresas como Magazine Luiza, Carrefour, Assaí Atacadista e Renner "tiveram grande redução da margem bruta de lucro" devido ao Difal. O tema levou a empresária Luiza Trajano, do Magazine Luiza, a procurar ministros do STF para defender a posição do varejo.

O voto vencedor foi o do relator, Alexandre de Moraes. Ele foi seguido pelos ministros Dias Toffoli, Kássio Nunes Marques, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Barroso.

A divergência foi aberta pelo ministro Edson Fachin e foi seguido pelos ministros Edson Fachin, Ricardo Lewandowski, André Mendonça, Rosa Weber e Cármen Lúcia. No entendimento desses magistrados, a cobrança deveria iniciar apenas em abril de 2023.

3 cenários

A demora em bater o martelo sobre o assunto causou três situações: há quem pague o tributo desde 2022, quem realizou depósito judicial e quem não pagou e reduziu os preços das mercadorias.

O STF não discutiu a possibilidade de modular os efeitos da decisão para impedir a Receita Federal de cobrar valores não pagos no passado.

Esse ponto ainda pode ser questionado na Corte por meio de embargos de declaração, um tipo de recurso que visa corrigir erros, contradições ou omissões nas decisões do Supremo.

Decisão alivia impacto de R$ 14 bilhões para os estados
Em comunicado no final da tarde de ontem, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) informou que sua atuação junto ao STF evitou que o Estado do Rio Grande do Sul tenha que devolver aos contribuintes o imposto cobrado em 2022. A tese foi defendida pela PGE-RS em nome dos estados e do Distrito Federal.De acordo com o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), a discussão possui impacto de R$ 14 bilhões para as Fazendas Públicas Estaduais.

"Nas ações, discutia-se a necessidade de se observarem as regras de anterioridade de exercício e nonagesimal desde a edição da Lei Complementar nº 190, sancionada em 5 de janeiro de 2022, que estabeleceu as normas gerais para a cobrança do DIFAL." Segundo a nota, a corrente vencedora reconheceu que as alterações promovidas pela Emenda à Constituição nº 87/2015 visaram a garantir maior justiça fiscal e a repartir adequadamente o imposto entre os Estados da Federação.

"Os ministros observaram que os estados cobram o Difal desde a edição da referida emenda, de modo que as leis estaduais instituidoras do imposto, que cumpriram as anterioridades de exercício e nonagesimal, são válidas, mas permaneceram com a eficácia suspensa até a edição da Lei Complementar nº 190/2022. Como o art. 3º da Lei Complementar nº 190/2022, por uma deliberação do Congresso Nacional, estabeleceu a observância da anterioridade nonagesimal (art. 150, III, "c", CF/88), o Tribunal firmou o entendimento de que seria possível a cobrança a partir de 05 de abril de 2022, e não somente a partir do exercício de 2023, como pretendiam os contribuintes", diz o comunicado. (Jornal do Comércio)


Cepea divulga valores do leite captado em outubro

O preço do leite captado em outubro se estabeleceu em R$ 1,9675/litro na “Média Brasil” líquida do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Os dados refletem um recuo de 4,3% frente ao mês anterior e 30,4% de outubro/22 a outubro/23.

Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo último IPCA disponível).

O movimento de queda tem sido influenciado principalmente pela maior disponibilidade interna de lácteos – tanto pelo aumento da produção doméstica quanto pelo crescimento das importações.  O Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea registrou alta de 1,4% de agosto para setembro. No acumulado do ano, o índice aponta um avanço na captação de 8,4% e, somado a isso, dados da SECEX mostram que, em outubro, as importações aumentaram 26,1% em relação ao mês anterior, aumentando o volume interno de leite disponível.

Do outro lado, o consumo não cresceu na mesma magnitude, ocasionando em pressão de baixa dos preços.

A perspectiva para os próximos meses é que o ciclo de baixa se encerre, trazendo estabilidade para os preços aos produtores.

Obs.: vale lembrar que a partir da divulgação dos dados de janeiro, o CEPEA passou a divulgar o resultado de preços com o nome referente ao mês que o leite foi captado. Dessa forma, a série anterior passa a ter ajuste de -1 mês na nomenclatura do mês.

As informações são do Cepea, adaptadas pela equipe do MilkPoint.

Rabobank espera melhores perspectivas para lácteos brasileiros

Pelas previsões da consultoria Rabobank sobre a indústria láctea brasileira em 2024, a oferta continuaria com crescimento lento e o equilíbrio entre oferta e demanda deveria melhorar, mostrando uma demanda mais consistente que ajudaria a indústria a preservar suas margens.

Este ano foi desafiador para a indústria láctea brasileira, com demanda abaixo do esperado e oscilações na disponibilidade de matéria-prima, o que impossibilitou a sustentação de margens em diversos itens lácteos.

O primeiro semestre do ano foi marcado por uma produção inferior ao esperado no primeiro trimestre, o que impulsionou parcialmente os preços no produtor, face à tendência sazonal de redução da produção no inverno. Porém, a partir do segundo trimestre, a produção no campo começou a reagir gradativamente com melhores margens para o produtor. Ao mesmo tempo, o fortalecimento dos preços reais e a queda dos preços internacionais impulsionaram as importações de leite em pó, aumentando a disponibilidade de leite e limitando a recuperação dos preços grossistas e retalhistas.

No segundo, o aumento sazonal da produção no campo, aliado à alta disponibilidade de leite por meio de importação, provocou correção nos preços ao produtor.

De acordo com a análise do Rabobank, apesar das quedas nos preços de produção, a rentabilidade manteve-se em níveis positivos ao longo do ano.

Os custos mais baixos de grãos, energia e fertilizantes ajudaram a sustentar as margens médias, com diferenças relevantes dependendo do tamanho e da eficiência do produtor.

A consultora disse esperar que no próximo ano haja um aumento na migração de pequenos produtores para outras atividades e a consolidação da base produtiva num número menor de produtores ativos . A rentabilidade dos grandes produtores tende a permanecer superior à dos pequenos produtores. Os incentivos da indústria para pagar pela qualidade e pelo volume continuam a impulsionar as margens e os investimentos (em tecnologia e eficiência) por parte dos maiores produtores estão a avançar mais rapidamente do que a média.

Na sua análise, o Rabobank considerou que haverá uma recuperação moderada dos preços internacionais dos lácteos, acentuando a tendência no quarto trimestre do corrente ano, depois de o leite em pó integral ter atingido o nível mais baixo em 5 anos (USD 2.548 /ton.) no Global Dairy Trade (GDT), em Agosto de 2023, o abrandamento da oferta internacional e a procura reprimida já estão a impulsionar os preços na Oceania. A oferta internacional está a perder dinamismo, com queda dos preços ao produtor, problemas climáticos e margens mais baixas

Para o Brasil, os preços internacionais mais elevados deverão reduzir parcialmente a competitividade do leite importado em 2024 . Porém, vale lembrar que o câmbio e o preço interno, bem como a competitividade do leite do Mercosul nas demais regiões, serão os fatores determinantes para definir o nível de importações no próximo ano. Por enquanto, o Rabobank projeta o dólar em R$ 5,15 no final de 2024 e o preço do leite em pó integral em torno de US$ 3,7 mil/t no Mercosul no segundo semestre de 2024.

A oferta de leite agrícola deverá ter melhor início de ano em 2024 , com recuperação dos preços ao produtor no início do ano e margens positivas. Os preços dos insumos deverão ser ligeiramente inferiores em relação ao primeiro semestre de 2023, principalmente por conta do farelo de soja.

As informações são do El País, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 


Jogo Rápido

Perda de ICMS é um motivo da alta
Como apontavam os analistas que acompanham a situação financeira dos Estados, a onda de aumento na alíquota de ICMS não se deve apenas à reforma tributária. Ainda na segunda-feira, o governador Eduardo Leite, admitiu que há dois motivos para propor elevação da alíquota modal de 17% para 19,5%: a reforma e as perdas impostas à arrecadação no ano passado, ainda não totalmente recompostas. Duas medidas provisórias editadas em julho de 2022 pelo governo Bolsonaro determinaram corte na cobrança de ICMS de todos os Estados em combustíveis, energia e telecomunicações. Para o Rio Grande do Sul, a perda de julho a dezembro do ano passado foi estimada em R$ 5,6 bilhões, que só será compensada em parte até 2025. Era inconstitucional: o governo federal, não pode decidir sobre impostos estaduais. Por isso, foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que a União compense as unidades federativas pelas perdas impostas. Como essa discussão se estendeu ao longo de 2022, coube ao governo Lula pagar a maior parte das perdas impostas pela gestão Bolsonaro. Leite foi elegante ao descrever o episódio: - Foi um evento político em circunstância eleitoral. No caso da gasolina, a perda foi parcialmente reposta pela mudança na cobrança de ICMS que passou a vigorar em abril deste ano. Em vez de um percentual, vale um valor fixo para cada litro do combustível. Segundo Leite, atualmente equivale a um percentual ao redor de 20%. Então, resta perda de 5%. Em julho de 2022, vigorava alíquota de 25%, reduzida para 17% como no caso de energia e comunicações. Esses segmentos representam os maiores nacos da arrecadação estadual. Conforme a Secretaria da Fazenda, o acordo com o governo federal se restringe às perdas de 2022. Parte foi compensada com desconto de R$ 880,1 milhões na dívida do RS com a União, ainda no ano passado. Estão previstas transferências de R$ 994,9 milhões neste ano, R$ 1,348 bilhão em 2024 e R$ 674,5 milhões só em 2025. Parte da perda foi definitiva, porque a arrecadação de energia e telecomunicações ficou em 17%. Esse é um dos principais objetivos dos Estados ao elevar a alíquota modal - a mais empregada -, porque uma decisão do STF determina que as cobranças sobre esses segmentos não podem ser maiores. Antes da redução, eram de 25% no RS. A proposta de Leite e dos governadores do Sul e do Sudeste é passar para 19,5%. Conforme o governo do Estado, embora seja a mais empregada, a alíquota modal impacta apenas 24% dos produtos, inclusive porque boa parte tem algum tipo de desoneração embutida - onde entra o plano B de Leite, de cortar incentivos. (Zero Hora)


 

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Porto Alegre, 29 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.034


Conseleite/PR divulga projeção para o leite entregue em novembro

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 28 de Novembro de 2023 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Outubro de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Novembro de 2023, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.  

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Novembro de 2023 é de R$ 4,2778/litro.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. 

As informações são do Conseleite-PR.


Arrecadação tem alta real em outubro e soma R$ 215,602 bilhões

Recolhimento de tributos soma R$ 1,907 trilhão no ano

Após quatro meses de queda na comparação anual, a arrecadação de impostos e contribuições federais cresceu em outubro. O recolhimento de tributos somou R$ 215,602 bilhões no mês passado, um alta real (descontada a inflação) de 0,10% na comparação com o resultado de outubro de 2022, quando o recolhimento de tributos somou R$ 205,475 bilhões, em termos nominais.

Em relação a setembro deste ano, a arrecadação cresceu 23,39%. De acordo com a Receita, esse é o melhor resultado para meses de outubro, em termos reais, na série histórica iniciada em 1995.

O Fisco apontou que houve em outubro um crescimento real de 3,28% na arrecadação da Contribuição Previdenciária, em razão do crescimento da massa salarial. O órgão destacou ainda o crescimento real de 8,20% da arrecadação de PIS/Cofins devido ao avanço de vendas e de serviços, além da reoneração da gasolina.

Por outro lado, a Receita citou a redução real de 12,98% na arrecadação de IRPJ e CSLL e a queda real de 12,25% nos recolhimentos do balanço trimestral."Ressalta-se que em outubro de 2022 foram registradas arrecadações atípicas, no valor de R$ 3 bilhões", completou o órgão.

De janeiro a outubro de 2023, a arrecadação federal somou R$ 1,907 trilhão. O volume acumulado no ano é o pior para o período desde 2021 (R$ 1,776 trilhão), em valores corrigidos pelo IPCA. O montante representa um recuo real de 0,68% na comparação com os primeiros dez meses de 2022. (Correio do Povo)

Sem aumento de ICMS, Eduardo Leite prevê rever benefícios fiscais

Estudo já foi solicitado à Secretaria da Fazenda

Diante da discussão e pressão de deputados e de empresários contrários ao projeto do Executivo que prevê aumento da alíquota modal do ICMS, o governador Eduardo Leite (PSDB) projeta como alternativa, com a rejeição do texto, a revisão dos benefícios fiscais. Segundo Leite, um estudo já foi solicitado à Secretaria da Fazenda, uma vez que abrange diferentes setores da economia. 

O governador encaminhou há dez dias um projeto de lei à Assembleia Legislativa aumentando a alíquota modal de ICMS dos atuais 17% para 19,5%. A argumentação de Leite é a queda da arrecadação dos bluechips e a perspectiva da aprovação do atual texto da reforma tributária no Congresso. 

Leite disse nao estar preocupado com o impacto político negativo da proposta.  Ao mesmo tempo, considera essa medida a mais "inteligente" no cenário atual. Em função disso, o governador também ressaltou estar otimista com a discussão no Legislativo e a possível aprovação.  Reforçou ainda que  a ausência de receita impactará nos serviços públicos. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

Associados do Sindilat estão entre os vencedores do Carrinho AGAS
As associadas do Sindilat/RS, Cooperativa Santa Clara e Lactalis estão entre os grandes vencedores do tradicional troféu Carrinho AGAS de 2023. A Santa Clara foi reconhecida nas categorias de melhor fornecedor de queijos e de leite, enquanto a Lactalis venceu na de iogurtes nesta 40ª edição da premiação. Promovida pela Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS), a cerimônia de premiação foi realizada no dia 27/11, em Porto Alegre (RS). Ao todo, foram 36 premiados, eleitos por representantes das 250 maiores companhias supermercadistas do Rio Grande do Sul. Na avaliação, foram considerados critérios como share de mercado, cumprimento de prazos de entrega, relacionamento com o varejo, capacidade de inovação e baixos índices de ruptura. (Assessoria de imprensa do SINDILAT *Com informações de agas.com.br)


 

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Porto Alegre, 28 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.033


Guilherme Portella é reeleito no Sindilat e prevê ação conjunta pela competitividade

Em votação na tarde desta terça-feira (28/11), o diretor da Lactalis do Brasil Guilherme Portella foi reconduzido à presidência do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) para o triênio 2024/2026. Atual presidente da entidade, ele foi aclamado em chapa única, que tem Alexandre Guerra, da Cooperativa Santa Clara, como 1º vice-presidente. A nova diretoria ainda conta com Alexandre dos Santos (Deale) como 2º vice-presidente, com Caio Vianna (CCGL) como diretor secretário, e Angelo Sartor (RAR) como diretor tesoureiro. A eleição ocorreu durante a reunião mensal de associados transmitida em formato híbrido da sede do Sindilat, em Porto Alegre (RS).

Segundo Portella, uma das principais frentes de ação será a busca por maior competitividade para o setor lácteo gaúcho. “Nosso objetivo é manter uma defesa firme das indústrias e cooperativas de leite do Rio Grande do Sul em busca de melhores condições para o desenvolvimento da atividade. Precisamos trabalhar a cadeia de produção junto com as entidades de produtores rurais e Governo em ações que fomentem a produtividade, reduzam custos e aumentem o consumo interno. Dessa forma, em médio prazo, conseguiremos produzir um leite competitivo em escala mundial, aumentando nosso volume de vendas interestaduais e exportações, o que deverá ajudar no desenvolvimento de todo o Estado”, frisou, lembrando que a cadeia leiteira gera renda em 493 dos 497 municípios gaúchos.

Para o executivo, que acompanhou a eleição diretamente de Laval, na França, é essencial que se garanta condições de o setor produtivo manter-se produzindo em igualdade competitiva entre os estados da federação, mas que também ganhe força no mercado internacional, turbinando as exportações hoje ainda incipientes. “Só superaremos o impacto das importações se formos competitivos o suficiente para enfrentar os produtos que vem de fora”, indicou. E disse mais. Portella acredita que o setor lácteo brasileiro tem muito a amadurecer. “Precisamos unir esforços e ganhar competitividade, mas, para isso, precisamos de ações concretas que transformem o esforço produtivo da cadeia em rentabilidade para as indústrias e para o campo”.

Entre as ações práticas a serem implementadas na nova gestão está o aprofundamento de estudos científicos que comprovem que o leite é uma atividade de baixo impacto ambiental e capaz de fixar carbono no solo. “O leite gaúcho tem uma qualidade diferenciada e merece ser reconhecido tanto dentro do Rio Grande do Sul quanto no resto do Brasil e no mundo”, reforçou. (Jardine Comunicação)

                   

Foto: Carolina Jardine 


Conseleite/MG projeta valor de referência do leite a ser pago em dezembro

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 24 de Novembro de 2023, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Setembro/2023 a ser pago em Outubro/2023. O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Outubro/2023 a ser pago em Novembro/2023. A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2023 a ser pago em Dezembro/2023. 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela.


Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.

As informações são do Conseleite-MG.

Farm Kids defendendo a indústria que os criou

“Os líderes não nascem, eles são feitos”, disse certa vez o lendário técnico de futebol americano Vince Lombardi. “E eles são feitos como qualquer outra coisa, através de muito trabalho.”

Não é por acaso que os jovens agricultores costumam ser bons líderes. Eles testemunham habilidades de liderança demonstradas diariamente na fazenda.

Não muito tempo atrás, dois dos meus filhos tiveram a oportunidade de ministrar uma aula de laticínios 'Da fazenda para a comida, para você' na escola secundária do meu filho mais novo, para a aula de artes linguísticas da oitava série. O currículo da turma tem lido O Dilema do Onívoro, que pinta uma história um tanto falsa e muito opinativa de como os alimentos são produzidos. 

Perguntei a Jacob se ele concordava comigo vindo e ensinando esta lição para sua classe, e ele disse com segurança que achava que poderia ensiná-la sozinho. Sua irmã mais velha, Cassie, perguntou se ela poderia ajudar a ensinar também, já que ela não pôde fazer esse workshop quando estava no ensino fundamental, pois era o ano do COVID.

Sabendo o quão impressionáveis são os alunos do ensino médio, peguei meu Rolodex e entrei em contato com a Domino's para me ajudar a contar minha boa história sobre laticínios. Queria unir o cuidado incrível que é necessário na produção dos alimentos que eles comem e, quando se trata de adolescentes, você fala com eles com pizza. Não consegui pensar num parceiro melhor do que a Domino's devido à sua incrível parceria com os produtores de leite.

Observei Cassie e Jacob passarem o dia conversando sobre o conforto das vacas, cuidados com a terra e contando aos alunos como não há antibióticos na carne e no leite que consomem. Isso não era algo para o qual meus filhos realmente tivessem que se preparar. Foi uma conversa natural sobre algo muito próximo de seus corações. Eles até fizeram uma sessão de perguntas e respostas e fizeram perguntas triviais, e todos os alunos ficaram muito envolvidos. 

Muitas vezes penso que nós, produtores de leite, falamos tanto sobre sermos defensores que às vezes nos esquecemos de perguntar se os nossos filhos gostariam de ser defensores de uma indústria que ajudou a criá-los e que eles também aprenderam a amar.

No início de cada aula, os alunos assistiam a uma apresentação de slides de 3 minutos com fotos de nossa família e da fazenda, enquanto tocavam o hit de Luke Bryan, “Hear's to the Farmer”. Todas as crianças estavam sorrindo, mas então olhei para Jacob, cujo sorriso era largo. Ele ficou muito orgulhoso de seus colegas verem de onde ele era. Ele tinha orgulho de ser filho do Fazendeiro. Você sabe do que estou orgulhoso? A capacidade do meu filho de se levantar e dar uma lição com paixão e conhecimento. 

Eu encorajaria mais de vocês a olhar para os líderes natos que ajudaram a criar para ajudar a contar a boa história dos laticínios e a serem defensores da indústria. (Dairy Herd)


Jogo Rápido

Uruguai: captação de leite cresceu 2% em outubro e bateu recorde
De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional do Leite do Uruguai (Inale), 221 milhões de litros de leite foram processados nas diversas plantas industriais em outubro, um volume 2% maior (+5 milhões de litros) em comparação com o mesmo mês do ano passado. Foi também um recorde histórico para outubro, superando o recorde anterior de 220 milhões de litros em 2021. Da mesma forma, a referência conseguiu se recuperar do retrocesso (-1,6%) registrado em setembro na comparação anual, como resultado do impacto da falta de água no início da primavera em várias áreas do país. No acumulado janeiro-outubro, a produção de leite acumula uma taxa de expansão de 1%, enquanto nos 12 meses até outubro atinge 2.106 milhões de litros (+1%). (As informações são do Tardáguila Agromercados, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


 

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Porto Alegre, 27 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.032


Crise do leite pode mudar forma como produtores e indústria fazem negócios

Leite - A produção de leite no país carece de políticas públicas de longo prazo, que aumentem a previsibilidade do negócio, avalia Caio Rivetti, vice-presidente da Comissão do Leite da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg). Por incrível que pareça, a atual crise pode ter dado o empurrão que faltava para o segmento.

Segundo Rivetti, a forte queda dos preços no campo obrigou produtores rurais e representantes da indústria a sentarem para discutir o problema e traçar caminhos para interromper ciclos ruins cada vez mais frequentes.

A volatilidade é intrínseca à atividade. Mas esta ocorreu em meio a um monte de coisas e problemas externos [ao setor]”, afirma Rivetti, que mantém 60 vacas em lactação, produzindo diariamente 900 litros, no município de Guaranésia. Ele fala com propriedade: desistiu da atividade em 2009 porque a conta não fechava, mas retornou em 2013.

Rivetti afirma que o setor ainda é desorganizado e desunido.

O produtor vê a indústria como inimigo, mas quando ele bate na indústria, ela bate de volta

Não é bom para ninguém. A crise fez todo mundo sentar para encontrar uma solução conjunta”, diz.

Um dos pontos que precisa mudar é a previsibilidade dos preços ao produtor. “Ainda tem fazenda que só vai saber o preço do leite 60 dias depois de entregar. Existe na legislação a obrigação de os laticínios falarem o preço antes do início do mês. Mas, no Brasil, tem leis que pegam e outras que não”, afirma.

Rivetti fornece leite exclusivamente à Danone Brasil, que mantém os produtores informados sobre os preços com antecedência, além de fazer contratos de médio e longo prazo.

Ano passado, quando o preço estava subindo, o produtor não queria fazer contrato. Agora, reclama que a indústria não quer. Eu [se eu fosse a indústria] também não iria querer”, afirma

Redução de produtores

O pecuarista Maurício Coelho, de Passos (MG), concorda que a relação do produtor com a indústria precisa avançar. “Boas empresas, dos dois lados, precisam ter visão de parceria de longo prazo. O setor ainda é desunido, e tem muito oportunismo. Produtor que não cria relacionamento e não entende que está ruim para todo mundo”, afirma.

Coelho diz que a crise deve enxugar o número de produtores no país, tirando do jogo principalmente aqueles que deixaram de investir por não acreditar na atividade. “Eles têm sistemas de produção desatualizados e não conseguem mais acompanhar”, afirma.

Segundo o produtor, vão sobrar apenas os produtores mais eficientes — e eficiência não é determinada, necessariamente, pelo tamanho da fazenda, afirma. Coelho tem 2 mil vacas em lactação, produzindo 50 mil litros por dia. A produção média, de 25 litros, supera em muito a média nacional, de 6 litros.

Diante da debandada de produtores, Coelho projeta uma queda na captação de leite, que pode provocar uma reação nos preços ao longo de toda a cadeia no próximo ano. “Crise não dura para sempre, e as consequências desta vão vir muito rápido”, afirma. (Fonte: Globo Rural)


Sinais de que a demanda da China por lácteos está se recuperando

Todos os meses, o Milk Monitor mergulha na indústria de laticínios e nos dá informações sobre o bom, o ruim, o feio e tudo mais. O ano está se encerrando, restando mais três leilões do Global Dairy Trade para 2023.

Os preços caíram 0,7% após o leilão de 8 de novembro e 2,7% para o leite em pó integral, encerrando a sequência de quatro altas consecutivas. O economista sênior de agro da Westpac, Nathan Penny, diz que, nessa perspectiva, os preços deveriam ter uma pausa.

Os preços do leite em pó integral subiram 20% nesse período, embora com uma queda acentuada. Após a queda de 8 de novembro, eles moderaram esse aumento para 17%. Penny diz que há sinais de que a demanda na China está se recuperando. 

Os dados econômicos recentes têm sido mais positivos do que o esperado, então isso pode se traduzir em maior demanda ao longo do tempo. Além disso, os Contratos 4 e 5 de leite em pó integral (para entrega em quatro e cinco meses) foram 8% e 9% maiores, respectivamente, do que o Contrato 1. 

"Este é o sinal mais claro até agora de que a retirada da tarifa de 10% a partir de janeiro impulsionará a demanda chinesa", diz ele no Agri Update do banco.

A Fonterra deixou sua previsão de preços do leite para 2023-2024 inalterada em sua reunião anual de meados de novembro – NZ$ 6,50-NZ$ 8 por quilo de sólidos do leite [equivalente a NZ$ 0,53-NZ$ 0,66 (US$ 0,32 - US$ 0,40) por quilo de leite] com um ponto médio de NZ$ 7,25 por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,60 (US$ 0,36) por quilo de leite].

Isso reflete a contínua redução da demanda por leite em pó integral, embora tenha havido um fortalecimento nos preços recentemente à medida que a dinâmica de oferta e demanda melhora, disse o presidente-executivo da Fonterra, Miles Hurrell, em seu discurso na reunião.

"Prevê-se que a produção de leite da Nova Zelândia seja levemente menor do que na temporada passada, enquanto o crescimento agregado do leite nos principais mercados de exportação também deve ficar abaixo da média. Do lado da demanda, ainda não está claro se a demanda mais forte vista nos recentes eventos do Global Dairy Trade será sustentada, então estamos cautelosos em nossas perspectivas."

Ele reconheceu que o forte resultado financeiro apresentado pela cooperativa foi devido à queda do preço do leite devido à redução da demanda e que os produtores estão enfrentando pressão dos altos custos de insumos.

Os olhos agora estarão voltados para o quão seco o país ficará até dezembro. Tem sido uma primavera razoavelmente decente até agora, com a chuva chegando nos momentos certos para manter o pasto crescendo após o inverno frio e úmido. Penny diz que a produção da primavera começou com firmeza, indicando que isso pode explicar a recente queda de preços, com a produção subindo 1,3% em comparação com setembro do ano passado.

"Os mercados de lácteos já vinham considerando o risco de seca devido ao padrão climático El Niño. Em nossa opinião, isso foi exagerado, já que os lençóis freáticos da Nova Zelândia são geralmente muito altos e a maioria dos agricultores tem bastante ração disponível. Isso ajudará a mitigar ou atenuar qualquer impacto da seca. Além disso, esperamos uma produção firme contínua em termos de variação anual durante o restante da primavera", diz ele.

Há também um sinal positivo para os preços dos fertilizantes, com a estabilidade de preços esperada para o início do Ano Novo, embora com um alerta sobre o conflito em Israel. O analista agrícola do Rabobank para insumos agrícolas, Vitor Pistóia, diz na atualização de novembro do banco que há um pequeno potencial de baixa nesse mercado, supondo que não haja interrupção das cadeias de suprimentos ou dos preços do petróleo bruto da guerra Israel-Hamas.

"Para os próximos cinco meses, prevemos que os preços internacionais da ureia caiam 11% em termos de dólar em comparação com o período entre novembro de 2022 e março de 2023, com os preços do fosfato diamônico (DAP) caindo 26% e o potássio caindo 41%." Em termos de dólar, isso equivale a 4%, 19% e 35% para ureia, DAP e potássio, respectivamente, diz ele.

Mas fundamental para que esses preços permaneçam baixos é o que acontecerá na guerra Israel-Hamas. O conflito está longe de onde Israel extrai fosfato e potássio e não houve suspensão da atividade portuária até agora, disse ele.

"Não só o fornecimento de fertilizantes está ameaçado, mas também petróleo bruto e gás natural e, portanto, fertilizantes nitrogenados. O Egito é um ator pesado neste setor. Uma escalada de conflito envolvendo o Egito viraria o mercado."

As informações são do Farmers Weekly, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.

Produção de Leite no Nordeste: Uma Ascensão Impressionante

Leite no Nordeste - Nos últimos três anos, a região Nordeste tem solidificado sua presença no mapa leiteiro do Brasil. Os números revelam um aumento significativo na produção, com a Bahia se destacando como líder regional.

Detalhando o Crescimento

Ao analisar a produção de leite na região Nordeste, nota-se um crescimento robusto:

Em 2020, a produção na Região Nordeste foi de 4.558.992 litros de leite. Já no ano seguinte, 2021, houve um aumento notável para 4.985.741 litros. E o crescimento não parou por aí: em 2022, a produção alcançou impressionantes 5.223.391 litros.

Os Grandes Produtores do Nordeste

Em 2022, no Nordeste, a Bahia liderou a produção de leite com 1.278.109 litros, seguida por Pernambuco com 1.178.998 litros e pelo Ceará, que produziu 1.063.705 litros.

O Rebanho Nordestino em Expansão

O crescimento na produção de leite está diretamente relacionado à expansão do rebanho na região.

Paralelamente ao aumento na produção, o número de vacas ordenhadas também demonstrou crescimento. Em 2020, foram ordenhadas 3.308.399 vacas. O ano de 2021 viu esse número subir para 3.557.503, e em 2022, a contagem chegou a 3.710.840 vacas ordenhadas.

Análise da Produtividade

Assim como a produção e o rebanho tenham crescido, a produtividade média, expressa em litros por vaca por ano, apresentou melhoras significativas.

Em 2020, os registros apontavam uma produtividade de 1.378 (litros/vaca/ano) , no entanto, 2021 viu esse número crescer, atingindo 1.401,5 (litros/vaca/ano). Mantendo esse crescente, em 2022, houve mais uma elevação nos dados apresentados, com a produtividade chegando em 1.407,6 (litros/vaca/ano).

A região Nordeste demonstra, através de seus números, a capacidade de crescimento e adaptação no setor leiteiro. Com investimentos contínuos e uma visão estratégica, o Nordeste pode se consolidar ainda mais como um dos principais polos produtores de leite do país.

Fonte: IBGE/Elaboração www.terraviva.com.br


Jogo Rápido

Whey protein fermentado para prevenção da atrofia muscular
Estudiosos destacaram as propriedades do whey protein fermentado, mediado por Lactobacillus gasseri IM13, na prevenção da atrofia muscular induzida pela dexametasona. Isso significa que, ao impulsionar a formação muscular, promover a síntese proteica e desencadear processos benéficos como autofagia, o whey protein fermentado revelou ser um aliado promissor na preservação da massa muscular.  (Fonte: BEBA MAIS LEITE - ESTUDO: Preventive effect of fermented whey protein mediated by Lactobacillus gasseri IM13 via the PI3K/AKT/FOXO patwhway in muscle atrophy. 2023; p. 1-14. DOI:Preventive effect of fermented whey protein mediated by Lactobacillus gasseri IM13 via the PI3K/AKT/FOXO pathway in muscle atrophy)


 

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Porto Alegre, 24 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.031


Conseleite SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 24 de Novembro de 2023 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Outubro de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Novembro de 2023. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)


EMATER: Informativo Conjuntural 1.790

BOVINOCULTURA DE LEITE:

O tempo chuvoso resultou em excesso de umidade nas pastagens, além de acúmulo  de barro nos locais de trânsito e ao redor das instalações. Para evitar danos às pastagens,  muitos produtores mantiveram as matrizes nos locais mais altos e aumentaram a oferta de alimentos concentrados. A rotina de ordenha foi impactada, exigindo mais tempo para a higienização dos tetos, consequentemente aumentando a chance de contaminação do leite.  Continua o controle de ectoparasitas, havendo aumento considerável na presença de mosca, berne e carrapato.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as condições de produção foram mais favoráveis durante o período com menor volume de chuvas, embora persista a presença significativa de barro nos potreiros planos e nos corredores de acesso. 

O volume entregue pelos produtores teve uma redução principalmente devido à queda na qualidade da dieta das matrizes, composta principalmente por azevém em final de ciclo, campo nativo e feno. Muitas propriedades não possuem mais silagem de milho em razão da quebra da safra, causada pela estiagem. 

Na de Caxias do Sul, a sanidade dos animais ainda é mantida; há estabilidade no estado corporal e ausência de restrições alimentares. Apesar das adversidades  ocasionadas pelas chuvas, a qualidade do leite permaneceu dentro dos padrões exigidos pela legislação. 

Na de Erechim, o excesso de chuvas reduziu o tempo efetivo de pastejo e prejudicou o manejo dos rebanhos, refletindo na produção de leite. 

Na de Frederico  Westphalen, a umidade elevada prejudicou o manejo dos animais no pasto e nas 
proximidades das instalações ao dificultar o deslocamento dos animais e o manejo de ordenha. 

Na de Ijuí, os dias chuvosos se tornaram obstáculos para a produção nos sistemas de pasto em função das adversidades no manejo, diminuindo a produção por animal. Nos sistemas confinados, a produção permanece estável.

Na de Passo Fundo, os animais mantêm o volume de produção e escore corporal estáveis; dedica-se atenção especial à saúde do úbere devido ao excesso de barro e umidade. 

Na de Pelotas, a semana foi caracterizada por chuva e vários dias nublados, impedindo o manejo das pastagens de verão. O foco dos produtores está no nascimento dos terneiros e na secagem das vacas.
Na de Soledade, as pastagens perenes de verão estão sendo utilizadas como fonte de forragem em diversas propriedades para minimizar o déficit forrageiro na primavera. No entanto, o crescimento dessas plantas ainda não atinge níveis satisfatórios em decorrência da limitação de radiação solar, que afeta a produção de matéria seca. 

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 23 A 29/11/2023:

A projeção para a próxima semana novamente mostra chuva em todo o RS. Na sexta-feira (24) e sábado (25), o tempo seco, com ligeira elevação da temperatura, predominará em todo o Estado. No domingo (26), o ingresso de ar quente e úmido favorecerá maior variação de nuvens, com possibilidade de pancadas isoladas de chuva nas Missões, Alto Uruguai e no Planalto. Na segunda (27) e terça-feira (28), a aproximação de uma nova área de baixa pressão deverá provocar pancadas de chuva e trovoadas em todo o Estado. Na quarta-feira (29), o ingresso de ar úmido e quente favorecerá a elevação das temperaturas, com valores superiores a 30 °C na maioria das regiões. Os totais previstos deverão ser inferiores a 10 mm na maior parte da Metade Sul. No restante do Estado, os volumes esperados deverão oscilar entre 20 e 35 mm e, somente nas Missões e Alto Uruguai, os valores poderão alcançar 60 mm em diversas localidades.

As informações são da Emater e da SEAPI, adaptadas pelo SINDILAT/RS

Produção Leiteira na Região Centro-Oeste: Desafios e Potenciais

Produção Leiteira - O Centro-Oeste, região estratégica para o agronegócio brasileiro, tem se mostrado como um importante player no cenário da produção leiteira. Nos últimos anos, enquanto a produção total tem apresentado uma leve retração, o rebanho e a produtividade têm crescido, revelando um panorama cheio de nuances.

Tendências Recentes na Produção de Leite
Em 2020, a produção de leite da Região Centro-Oeste foi de 4.113.109 litros. No entanto, essa marca sofreu uma diminuição em 2021, com a produção registrando 3.984.020 litros. A tendência de queda persistiu em 2022, com a produção caindo para 3.815.968 litros.

Líderes na Produção Leiteira
Quando olhamos para os estados que mais se destacaram na produção de leite em 2022, Goiás surge como o principal produtor, com expressivos 1.742.203 litros. Em seguida, temos Mato Grosso, com uma contribuição de 291.677 litros, e Mato Grosso do Sul, com 159.749 litros. Estes estados, em conjunto, mostram a capacidade e o potencial leiteiro da região.

O Crescimento do Rebanho Leiteiro
No que se refere ao número de vacas ordenhadas, os dados também apresentam um decréscimo. Em 2020, 2.433.227 vacas foram ordenhadas na região. Esse número sofreu uma queda em 2021, totalizando 2.316.116 vacas ordenhadas. A redução continuou em 2022, com 2.208.629 vacas.

Produtividade em Ascensão
O Centro-Oeste tem mostrado uma melhoria na produtividade média por vaca ao longo dos anos. Em 2020, cada vaca produzia, em média, 1690,4 litros de leite. No ano subsequente, esse número subiu para 1720,1 litros e, em 2022, a produtividade alcançou 1727,8 litros por vaca ao ano. Esse crescimento sugere a adoção de práticas mais eficientes e um manejo mais especializado na região.

Fonte: IBGE/Elaboração www.terraviva.com.br 


Jogo Rápido

Leite argentino ganha espaço em supermercados do Brasil
Falamos sobre a crise do leite, que afeta produtores de várias regiões do Brasil. A invasão do produto importado dos vizinhos do Mercosul tem chegado às gôndolas de supermercados até mesmo no nordeste. Sobre esse assunto, a gente conversou com o especialista em agronegócio de leite e derivados e pesquisador da Embrapa, Paulo do Carmo Martins. Assista aqui. (AgroMais)


 

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Porto Alegre, 23 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.030


Divulgados os finalistas do 9º Prêmio Sindilat de Jornalismo

Reunida na tarde desta quinta-feira (23/11), a Comissão Julgadora do 9ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo anunciou os finalistas das categorias Impresso, Online e Eletrônico. O grupo foi composto pelos jornalistas Antônio Goulart (Associação Riograndense de Imprensa - ARI), Viviane Finkielsztejn (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS - SindJoRS), Gerson Raugust (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul - Farsul), Eduardo Oliveira (Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul - Fetag-RS) e pelas representantes do Sindilat Julia Bastiani e Jéssica Aguirres. 

“Os trabalhos estão apresentando para o público o quanto é difícil produzir, o quanto é importante a cadeia leiteira para o Estado e o quanto os produtores estão precisando de um olhar governamental para manter a atividade leiteira. São necessárias políticas públicas para manter os produtores na atividade”, assinalou Eduardo Oliveira, coordenador da Comissão Julgadora.

Os vencedores serão conhecidos durante a tradicional cerimônia de premiação que será realizada em Porto Alegre (RS), no dia 14/12. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular iPhone. Os segundos e terceiros classificados receberão troféus.  

O prêmio instituído pelo Sindicato da Indústria dos Laticínios do RS (Sindilat/RS) reconhece as reportagens que evidenciam o setor lácteo. No total, foram 53 trabalhos inscritos, distribuídos nas três categorias.  

O volume de inscrições é o maior já registrado na premiação que chegará em 2024 a sua 10ª edição. “Além da grande quantidade de produções na área e no setor do leite, observamos uma altíssima qualidade, com abordagens contundentes e diversificadas que fazem jus a esta cadeia tão presente os gaúchos, e ao leite, este produto tão nobre na alimentação”, destacou Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat. 

Categoria Impresso 

Jornalista: Ana Esteves
Trabalho: Setor lácteo gaúcho luta para reverter prejuízos
Veículo: Jornal do Comércio

Jornalista: Itamar Pelizzaro
Trabalho: Fundos agropecuários públicos em xeque
Veículo: Correio do Povo

Jornalista: Susana Leite
Trabalho: Pecuária de precisão eleva rendimento no setor leiteiro
Veículo: NH

Categoria Online

Jornalista: Julio Huber
Trabalho: Produzir leite sem emitir carbono é a meta de pecuaristas brasileiros
Veículo: Revista Negócio Rural

Jornalista: Marcelo Gonzatto
Trabalho: Preço baixo e dificuldade de produção ampliam debandada do setor leiteiro
Veículo: Zero Hora/GZH

Jornalista: Tamires Ribeiro
Trabalho: RS desponta na produção de leite com carbono neutro
Veículo:  Folha de S.Paulo

Categoria Eletrônico

Jornalista: Bruno Faustino
Trabalho: A busca por um "LEITE VERDE"
Veículo: TV Cultura

Jornalista: Cid Martins
Trabalho: 10 anos da primeira operação contra a fraude no leite: o crime não compensa
Veículo: Rádio Gaúcha 

Jornalista: Eliza Maliszewski
Trabalho: Dez anos após "Operação Leite Compensado" proteína gaúcha é uma das mais seguras
Veículo: Canal Rural

Fonte: Jardine Comunicação - Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS


China – Mercado internacional
 
China – A China é um mercado relevante para o Uruguai. Divulgamos o boletim de Comércio Exterior de Lácteos da China com os principais dados.
 
Até setembro, houve aumento das importações de leite em pó desnatado, queijos e soros. E, queda nas compras de fórmulas infantis, leite em pó integral, leite e cremes frescos.
 
O produto que mais cresceu foi o queijo (representou 8% do total das importações em dólares) e o que mais decresceu foi o leite em pó integral, que representa 16% das importações em valores.
 
O Uruguai é o terceiro maior exportador de leite em pó integral (1%) para a China, enquanto a Nova Zelândia é o maior fornecedor, não somente de leite em pó integral, mas também de leite em pó desnatado, queijos, leite e cremes frescos. 
 


 
Fonte: Inale – Tradução livre: www.terraviva.com.br

ICMS: duas visões sobre o possível aumento da carga tributária no RS

Artur Lemos e Gilberto Porcello Petry argumentam a favor e contra a alta da alíquota

O projeto de lei que propõe majoração da carga tributária de ICMS de 17% para 19,5%, apresentado pelo governador Eduardo Leite, deve ser votado ainda neste ano pela Assembleia Legislativa. Em regime de urgência, a proposta passa a trancar a pauta de votações a partir do dia 17 de dezembro. O governo do Estado defende que, sem a elevação, o RS perderá receitas relevantes no futuro, afetando custeio e investimentos. Entidades empresariais garantem que a alta da alíquota prejudica a geração de empregos e enfraquece as indústrias locais.  GZH oferece ao leitor duas visões sobre a possível mudança na tributação. 

Artur Lemos: ajustar o ICMS é olhar para o futuro

Por Artur Lemos, secretário-chefe da Casa Civil do governo do RS

Este é um governo que tem compromisso com o futuro do Estado, dos gaúchos e dos que aqui escolheram morar ou trabalhar. Sendo assim, não pode deixar de colocar em debate o ajuste nas alíquotas do ICMS.

No passado recente, o Rio Grande do Sul precisou elevar percentuais do tributo para fechar as contas, o que pode sugerir que a proposta atual tem o mesmo sentido. Mas não é isso.

O caminho, agora, é para não ficarmos atrás em relação a outros Estados na divisão do novo tributo, denominado Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). A partir da implementação da reforma tributária, quem arrecadar menos entre 2024 e 2028 receberá, pelos próximos 50 anos, uma fatia menor na futura divisão do bolo tributário.

Se nada for feito, se adotarmos a cômoda posição de deixar os outros decidirem ou de evitar medidas impopulares, as futuras gerações serão prejudicadas pela menor disponibilidade de recursos para o funcionamento do Estado.

Ninguém gosta de propor ajuste de tributação, mas a responsabilidade com o futuro nos impõe a coragem e a transparência de não sermos demagógicos e populistas agora
No Norte e no Nordeste, governadores já anunciaram elevação de alíquotas para não correrem o risco de ter uma receita menor nas próximas décadas.

E está falando uma gestão que baixou o ICMS de forma responsável, passando a alíquota modal de 18% para 17%, umas das menores do Brasil, além de diminuir em telecomunicações, energia e combustíveis.

O RS, que já teve participação de 7% na arrecadação total desse imposto no país, está com 5,9%. Prova clara de que reduzimos o peso do tributo na vida dos gaúchos. Agora, por uma ação que nada tem a ver com a administração estadual, precisamos retomar os níveis históricos de participação no recolhimento total do ICMS.

Se ficar tudo como está, em 25 anos o Rio Grande do Sul deixará de ter arrecadado R$ 110 bilhões para custeio da máquina pública e investimentos. É preciso agir para que não apenas esta gestão, mas também as próximas não fiquem com menos recursos em caixa.

É importante destacar que os valores que o Rio Grande do Sul deixar de receber serão divididos entre os outros Estados. Não se trata apenas de perder recursos, mas de ficarmos muito menos competitivos dentro da Federação.

Ninguém gosta de propor ajuste de tributação, mas a responsabilidade com o futuro nos impõe a coragem e a transparência de não sermos demagógicos e populistas agora. Com essa postura, agimos para que nossos filhos e netos não paguem uma conta muito maior lá na frente, sem ter um instrumento para virar o jogo porque o imposto com gerenciamento do governo estadual deixará de existir.

Gilberto Porcello Petry: O custo de produzir no RS

Por Gilberto Porcello Petry, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul

A função social dos tributos é indiscutível enquanto respondam às necessidades e demandas dos contribuintes. No entanto, há que se ter um equilíbrio entre a carga tributária estadual e as características locais, que podem gerar vantagens ou desvantagens comparativas ao setor industrial. Tal como existe no âmbito nacional o denominado “Custo Brasil”, temos que considerar o “Custo RS”.

Trata-se do custo adicional de produção aqui no Rio Grande do Sul em relação a outros Estados. No setor industrial gaúcho, a razão entre o custo de produção e a receita líquida de vendas é de 64,9%, o maior percentual entre os Estados mais industrializados e muito acima da média nacional de 57%.

A economia gaúcha tem características próprias que precisam ser levadas em conta. A primeira delas é a fatalidade geográfica, que nos distancia dos grandes centros compradores e fornecedores de insumos. Essa barreira impõe gastos de logística bem superiores a outros Estados. E ainda somos um dos poucos Estados que mantêm o piso regional acima do salário mínimo nacional.

Temos também grandes problemas conjunturais, muitos deles vinculados à agroindústria, vulnerável às condições climáticas, que, bem sabemos, estão oscilando entre estiagens e inundações. Outros fatores ainda estão presentes e a todo momento se refletem nas estatísticas.

A proposta de elevação do ICMS irá causar um desequilíbrio que certamente comprometerá toda a economia rio-grandense em 2024
A produção industrial gaúcha, por exemplo, caiu 5,1% neste ano, até setembro, e 7,5 mil empregos foram fechados nos últimos 12 meses. O Rio Grande do Sul foi o segundo pior Estado na produção fabril em nove meses de 2023. O primeiro foi o Ceará. Ainda deve-se levar em conta o alto custo burocrático do nosso sistema fiscal.

O aumento da carga tributária gaúcha também representará uma redução do poder aquisitivo dos consumidores, estreitando o mercado local e gerando inflação. A proposta de elevação do ICMS, portanto, irá causar um desequilíbrio que certamente comprometerá toda a economia rio-grandense em 2024.

O cenário de incertezas, aliado aos custos operacionais elevados e à carga tributária já existente, pode levar a uma redução ainda maior nos investimentos do setor industrial, impactando o crescimento econômico e a geração de empregos.

Por essas razões e considerações, temos a expectativa de que os deputados avaliem o contexto da proposta de elevação da alíquota do ICMS e decidam o que entenderem mais adequado para o Rio Grande do Sul.

As informações são de GZH


Jogo Rápido

Live - Perspectivas para a Agropecuária Chinesa nos Próximos Dez Anos
Em 2023 foi realizada a "China Agricultural Conference" evento onde são apresentadas as perspectivas agrícolas chinesas para os próximos dez anos. Neste webinar foi discutido os principais apontamentos e tendências publicadas no China Agricultural Outlook 2023-2032, visando evidenciar os principais impactos para a agropecuária brasileira. Participantes: Moderador: Pedro Rodrigues - Assessor de Relações Internacionais da CNA. Luiz Augusto de Castro Neves - Presidente do Conselho Empresarial Brasil-China - CEBC. Inty Mendoza - Chefe do Escritório da Cna em Xangai. Assista clicando aqui. (CNA)


 

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Porto Alegre, 21 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.028


Crise argentina pode dificultar corte das retenciones no agro

A retirada da tributação sobre as exportações do agronegócio – as chamadas retenciones –, uma forte bandeira do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, não deve ser tão simples quanto prometido. Mergulhado em uma dívida externa de US$ 276 bilhões, com reservas negativas de US% 15,3 bilhões e uma inflação que pode chegar a quase 190% até o final de 2023, o governo local tem nesses impostos uma importante fonte de receita. E o impasse na solução desse imbróglio econômico já faz balançar o mercado internacional de grãos.

A avaliação é do diretor da Brasoja Agro Corretora, Antonio Sartori. “A situação no país vizinho é caótica. E Javier Milei venceu com um discurso de zerar a alíquota das retenciones em cinco anos. E de, nesse mesmo intervalo, dobrar a produção agrícola. Mas cada grão de soja embarcado reverte 33% do valor para os cofres públicos. Outras culturas têm alíquotas menores. Mas é difícil o governo abrir mão desse recurso”, analisa.

A medida seria importante para o agronegócio argentino, que poderia ganhar em tecnologia e produtividade com o aumento da renda dos produtores rurais e o investimento nas propriedades. Mas as entidades do agro estão apreensivas com o que pode, de fato, se tornar a política econômica do futuro governo. “Todos querem uma única cotação para o dólar. Mas hoje há nove cepas para a moeda americana: para a soja, para o turismo, o dólar blue (uma cotação paralela do peso negociada por cambistas dentro do país), o oficial, entre outras. O futuro é uma caixa de surpresas”, acrescenta o dirigente da Brasoja.

Sartori vê a alta de quase 25 pontos na Bolsa de Chicago na tarde desta segunda-feira (20) como mais um reflexo das incertezas quanto à oferta mundial de soja, comodity que tem na Argentina um dos maiores produtores do mundo. Segundo ele, questões políticas, geopolíticas e especulativas já estão estabelecendo um ambiente de retenção da soja nas mãos dos produtores na Argentina e no Brasil.

“Os efeitos exacerbados do El Niño na América Latina criam um cenário de incertezas no campo. Calor extremo em algumas regiões, matando as plantas queimadas, e chuvas excessivas em outras, impedindo a semeadura ou afogando as mudas. O mercado está em alta e, nessa situação, ninguém quer vender”, completa.

Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat, acredita que Milei não deverá manter o subsídio aos locais – medida que, segundo ele, teria sido usada com fins eleitoreiros para potencializar a campanha do candidato derrotado Sergio Massa. “Essa retirada já traria um certo equilíbrio na relação de preços entre o produto nacional e o argentino, que vem sendo derramado em enorme volume no País, desafogando nossos produtores. Queremos acreditar que seja um governo que respeite as regras do Mercosul e que subsídios só possam ser concedidos em comum acordo entre os países do bloco”.

Palharini lembra, porém, das dificuldades econômicas da Argentina e a escassez de dólares. E que isso pode pesar na hora de o novo comando da Casa Rosada definir como tratar o tema.

Já para o presidente da Câmara Empresarial Argentino-Brasileira do Rio Grande do Sul, Fabio Ciocca, a fala de Javier Milei após a confirmação da vitória nas urnas já foi mais ponderada e pragmática, mostrando preocupação com o que ele próprio chamou de “uma nova Argentina”. De acordo com o dirigente, com um discurso efusivo, Milei demonstrou a necessidade de um trabalho conjunto entre as lideranças políticas e o setor privado.

Ciocca avalia que ocorrerá o enxugamento da máquina, com cortes importantes nos gastos públicos, para retomar o equilíbrio fiscal, a fim de restaurar décadas de deterioração econômica. E que questões que gravitam em torno da dolarização, do fechamento do Banco Central, da saída da Argentina do Mercosul, serão bastante complexas para o futuro presidente, pois necessitam do aval do Congresso, onde ele não terá maioria. Ele espera uma política de governo menos intervencionista, impulsionada à abertura de mercado, sem barreiras tarifárias e não tarifárias, o que fortalecerá as negociações com os principais parceiros comerciais”.

Segundo o dirigente, mesmo com fatores conjunturais adversos, Brasil e Argentina têm características tradicionais que podem oportunizar vantagem comparativa no intercâmbio comercial. “Ambos podem ser atores importantes na cadeia global, pois são grandes produtores de alimentos e necessitam trabalhar em conjunto questões relacionadas à segurança alimentar, assim como necessitam figurar como atores na segurança energética e na transição para uma economia verde”. (Jornal do Comércio)


Global Dairy Trade - GDT

Fonte: GDT adaptado SINDILAT/RS

Com capacitação, pecuaristas multiplicam por quatro a produção de leite

Programa Balde Cheio, da Embrapa, atende a mais de 3 mil criadores de gado leiteiro

A capacitação técnica continuada e as melhorias aplicadas na produção de leite geraram uma verdadeira “mudança de chave” na gestão da Agropecuária Saint Expedit, em Porto Nacional (TO).

A produtora Ingergleice Abreu diz que as melhorias na rotina da produção não demandam investimentos tão altos, mas que o retorno é positivo. “A ideia é otimizar o processo com o menor custo possível”, afirmou.

Ela é uma das mais de três mil pessoas atendidas pelo programa Balde Cheio, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A fazenda recebe consultoria do programa há três anos. Algumas atividades foram corrigidas nesse período. Animais que antes eram descartados passaram a receber um manejo mais eficiente e se tornaram produtivos.

“Aprendemos que, com medidas simples, podemos oferecer maior conforto ao animal, o que deixou o rebanho mais produtivo”, relatou.

O Balde Cheio tem 247 técnicos em 375 municípios de 18 Estados do país. Com a assistência do programa, pecuaristas conseguem até quadruplicar a produção leiteira. Enquanto a média geral brasileira é de 1.180 litros de leite por hectare ao ano, as propriedades integrantes da iniciativa têm produtividade de 4.485 litros por hectare.

Um relatório mostrou que cada R$ 1 investido reverte R$ 44,41 em benefícios para a sociedade, com base em valores corrigidos em IGP-DI entre 2003 e 2022. No período, o investimento da Embrapa na manutenção do programa foi de R$ 53 milhões, resultando em um ganho de produtividade equivalente a R$ 941 milhões em valores atuais. A taxa de retorno é de 1.148%.

“Analisamos tudo que foi gerado gasto, considerando o aumento de produtividade. Comparamos a produtividade dos produtores assistidos pelo programa Balde Cheio com a produtividade média de cada região de produtores que não são assistidos, e foram descontados os custos de implantação, de uso da tecnologia, de investimentos feitos pela Embrapa”, disse o coordenador do Balde Cheio, André Novo, que também é chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pecuária Sudeste.

Enquanto a produção de leite média no país é de menos de 100 litros por dia, cerca de 75% das propriedades que participam do programa produzem mais que o dobro. “Independentemente da produtividade inicial ou da região, a aplicação de tecnologias adequadas para cada estágio multiplicou por três ou quatro vezes”, destacou Novo. São cerca de 79,3 mil hectares atendidos pelo programa no país.

A maior produtividade nessas fazendas é fruto de várias tecnologias e conceitos utilizados de forma customizada para os pecuaristas, como sanidade animal, bem-estar, gerenciamento, irrigação, manejo intensivo de pastagens, estruturação de rebanhos, eficiência na reprodução e preservação ambiental.

De acordo com a Embrapa, a aplicação da metodologia do Balde Cheio propicia aumento da produtividade e da renda, em função da intensificação e das melhorias nos sistemas de produção com sustentabilidade. O programa foi criado em 1998 para melhorar o desempenho da pecuária leiteira do país, com base na adoção de ferramentas de gerenciamento das propriedades e tecnificação dos processos de acordo com a realidade de cada produtor.

A iniciativa capacita profissionais da assistência, extensão rural e pecuaristas em técnicas, práticas e processos agrícolas, zootécnicos, gerenciais e ambientais. É uma rede de formação contínua, na qual as propriedades funcionam como “salas de aula”.

Ainda conforme a Embrapa, o conjunto de práticas preconizado pela iniciativa também contribui para a sustentabilidade ambiental. Os resultados já podem ser vistos nas nascentes preservadas e nos cursos de água descontaminados. Os efeitos das mudanças climáticas, como a ocorrência de secas, também diminuíram nas propriedades participantes do programa.

Em algumas propriedades, houve aumento das áreas de sombra com plantio de árvores. Pecuaristas de Tocantins e Pará abandonaram o uso da queima anual das pastagens. Com o manejo, os animais deixaram de pisotear margens de cursos d’água, o que contribuiu para a preservação e redução do assoreamento. Em São Paulo e Rondônia foi possível irrigar os pastos.

O conjunto de práticas previsto na metodologia permitiu ainda conter a pressão pela abertura de novas áreas para pastagens, diz a Embrapa. André Novo, coordenador do Balde Cheio, disse que as parcerias são vitais para o programa. No ano passado, foram 99. São laticínios, cooperativas, associações de produtores, órgãos públicos e privados de extensão rural, ONGs, bancos, prefeituras, agências e entidades do sistema “S” que atuam junto à Embrapa para disseminar as técnicas para a cadeia leiteira nacional.

Recentemente, o governo criou um grupo interministerial para elaborar um novo programa para aumentar a competitividade da cadeia leiteira nacional, diante de uma crise de custos e preços agravada pela importação de lácteos, segundo o setor. (Globo Rural Via Valor)


Jogo Rápido

Diálogo Setorial - Discussão da proposta de RDC após análise das contribuições recebidas durante o período de consulta pública (CP 1.158/2023) 
O diálogo setorial, a realizar-se no dia 23/11, das 9:30 às 12:30, via teams, com o objetivo de apresentar e discutir a proposta de RDC que dispõe sobre a comprovação de segurança e a autorização de uso dos novos alimentos e novos ingredientes de que trata a CP 1.158/2023. Não é necessário confirmar participação. Incentivamos o compartilhamento do link com os interessados. O encontro virtual será realizado na Plataforma Microsoft Teams e os participantes deverão acessar o link na data e horário informados:  Data: 23/11/2023 | Horário: 9h30 às 12h30 | Link de acesso: Clique para ingressar na reunião. (ANVISA) 


 

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Porto Alegre, 17 de novembro de 2023                                               Ano 17 - N° 4.025



ÚLTIMA CHAMADA: Encerram nesta sexta-feira as inscrições para o 3º Prêmio Referência Leiteira
 
O concurso referência no reconhecimento das melhores práticas na produção leiteira gaúcha finaliza amanhã (17/11) as inscrições abertas para a sua 3ª edição. Para participar do Referência Leiteira, que é promovido por Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Emater/RS e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), os produtores devem contatar os escritórios municipais da Emater/RS para acessar a Ficha de Inscrição. 
 
As informações precisam ser preenchidas e a Ficha de Inscrição deve ser assinada pelo produtor com o auxílio de um técnico responsável, ou da Emater/RS, ou da indústria ou da cooperativa de laticínios. O passo seguinte é entregar o documento no Escritório Municipal da Emater/RS que vai atestar o recebimento e enviar para o Sindilat/RS. Podem se inscrever para disputar a premiação na categoria Propriedade Referência em Produção de Leite, fazendas localizadas no Rio Grande do Sul que tenham sistemas de criação a pasto, com suplementação de silagem e ração, ou em semiconfinamento ou confinamento. Para aferição das propriedades vencedoras nestas categorias será considerado o somatório da pontuação em termos de: Produtividade do Fator Terra (litros de leite/hectare/ano), Produtividade do Fator Mão de Obra (litros de leite/pessoa/ano) e Qualidade do leite, baseado nos resultados das análises mensais realizadas em laboratórios oficiais da Rede Brasileira de Qualidade do Leite (RBQL), além de uma bonificação por certificação de propriedade livre de tuberculose e brucelose.
 
A premiação, vai distinguir as três propriedades que atingirem os melhores índices em cada um dos dois sistemas. A produção pode ser individual ou coletiva e deve estar vinculada à indústria de laticínios que adquire leite no Estado. Cada vencedor será premiado com um troféu, certificado e um notebook. A divulgação dos resultados e a entrega dos prêmios ocorrerão durante a Expointer 2024.
 
Para março de 2024, está prevista a abertura das inscrições para as seis categorias de Cases do 3º Prêmio Referência Leiteira: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira.
 
Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS e vice-coordenador da premiação, reforça os objetivos da iniciativa. “O intuito do prêmio seguem sendo a valorização dos produtores de leite do Rio Grande do Sul, o incentivo às boas práticas de produção e ao uso de tecnologias no campo, além de permitir a mensuração dos resultados para que tenhamos um panorama real dos indicadores de produtividade e qualidade do leite no Rio Grande do Sul”, assinala. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)
 
 
Quais os valores pessoais motivam o consumo de iogurtes saudáveis?
 
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) buscou compreender como os valores pessoais influenciam os consumidores de iogurtes saudáveis. Os resultados revelaram que existem três perfis de consumo orientados por valores distintos:
 
● os universalistas, que se preocupam não apenas com a sua própria saúde, mas também com o bem-estar animal;
● os entusiastas, que valorizam o prestígio e a aparência física;
● e os conscientizados, que têm como objetivo principal a segurança pessoal e a saúde.
 
Embora cada segmento tenha motivações e preferências semelhantes em relação a algumas características do produto e à percepção dos seus benefícios, cada um desses três grupos é orientado por valores pessoais distintos. De acordo com a pesquisa, os universalistas valorizam a ausência de ingredientes de origem animal e veem essa escolha como uma forma de contribuir para a preservação do meio ambiente. Os entusiastas veem os iogurtes saudáveis como uma forma de melhorar a estética do corpo e buscam informações nutricionais que possam contribuir para esse objetivo. Os conscientizados procuram informações nutricionais nos iogurtes e valorizam a presença de frutas, textura e sabor semelhantes aos iogurtes convencionais.
 
 
Esse trabalho, fundamentado na Teoria de Valores Básicos Humanos e na Teoria da Cadeia Meios-Fim, utilizou a técnica de coleta e análise de dados conhecida como Laddering. Ele contou com a participação de 60 consumidores desse tipo de bebida, divididos em três grupos: os que tomavam iogurtes veganos, proteicos e sem lactose. Esses participantes foram selecionados com base em critérios como: consumo regular de um desses produtos, idade mínima de 18 anos, e experiência acima de seis meses com esse alimento. Os entrevistados responderam a perguntas que identificaram características consideradas importantes dessa bebida, apontando os efeitos percebidos pela ingestão regular dela.
De acordo com os autores do estudo, entender como os valores pessoais influenciam a escolha por iogurtes saudáveis pode auxiliar os gestores de empresas no desenvolvimento de estratégias de marketing mais eficazes e na criação de produtos que atendam às necessidades e expectativas dos compradores. Além disso, alterações no design das embalagens, destacando os componentes nutricionais e características desejadas desses produtos, podem fortalecer a percepção positiva dos consumidores.
 
Os resultados deste estudo contribuem para o entendimento de como as características de um produto se relacionam com a autopercepção do consumidor. “Cada um desses segmentos de consumo tem uma linha de raciocínio própria, o que possibilita oportunidades de criação de conteúdo de acordo com as premissas e com as crenças desses consumidores”, afirma o pesquisador Alberdan Teodoro. Tal descoberta abre caminho para novas pesquisas nessa área e dialoga com a literatura de marketing e de comportamento do consumidor.
 
O trabalho completo foi publicado na Revista Brasileira de Marketing - ReMark, com o título “Motivações no consumo de iogurtes saudáveis: um estudo baseado na teoria dos valores básicos humanos”. Os autores são Alberdan José da Silva Teodoro, mestre em Administração do Departamento de Administração e Economia (DAE), Daniel Carvalho de Rezende, professor do DAE, Luiz Henrique de Barros Vilas Boas, professor do DAE, e Américo Pierangeli Costa, doutor em Administração pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) e hoje professor na Universidade de Brasília.
 
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais - Fapemig.
 
As informações são da UFLA

Jogo Rápido

Marca de Raul Randon vira restaurante
A abertura da Spaccio RAR Gramado já tem data marcada. Em 20 de novembro, a nova unidade da marca criada por Raul Anselmo Randon - daí as iniciais - abrirá as portas de seu empório gastronômico, assim como o serviço de distribuição de produtos para hotéis, restaurantes e pequenos varejistas locais. A unidade, com 65 metros quadrados, fica na Avenida Borges de Medeiros, no bairro Floresta. Vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e nos sábados das 10h às 17h. Segundo Carolina Porsch, proprietária da loja, haverá distribuição ainda para Canela, Nova Petrópolis, Igrejinha, Taquara, São Francisco de Paula e Cambará do Sul. Esse será ainda o ponto de partida para outro empreendimento, uma trattoria italiana que usará produtos RAR nos pratos. A abertura está prevista para janeiro de 2024. (Zero Hora)