Pular para o conteúdo

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 24 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.378


O processamento de soro do leite é crucial para o futuro da indústria de queijos

Inovações como a tecnologia de processamento de soro de leite desempenham um papel importante em manter a indústria de queijos ativa.

De acordo com números publicados pelo Departamento de Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais (Defra) no ano passado, a renda caiu em quase todos os tipos de fazendas na Inglaterra em 2024 – o que resultou em margens de lucro cada vez mais apertadas. Posteriormente, os preços do leite na fazenda – o valor de mercado menos o custo de venda – aumentaram, com essa tendência definida para continuar.

Em meio a esses desafios, os produtores de queijo tiveram que encontrar maneiras inovadoras de ganhar dinheiro, além da coalhada. É aí que entra o soro, que era originalmente um subproduto da produção de queijo – ele se tornou um produto importante por si só.

Ao reduzir as emissões de carbono, o uso de água e os custos, o processamento do soro pode desempenhar um papel fundamental para permitir que os produtores de queijo britânicos naveguem por essas pressões nos próximos meses e anos.

A maioria dos tipos de queijo requer dez quilos de leite para produzir um quilo de queijo, deixando os produtores com aproximadamente nove quilos de soro. Anteriormente, ele era considerado um subproduto desnecessário, o que o levava a ser comumente deixado como resíduo ou usado como ração animal. No entanto, esse não é mais o caso.

O soro de leite provou ser um fluxo de valor significativo e continua a crescer em lucratividade. Os produtores agora estão aprendendo sobre o potencial do soro de leite – não apenas como uma fonte adicional de renda para ajudar financeiramente produtores de queijo tradicionais e em larga escala – mas também como um meio de reduzir as emissões de carbono e o uso de água. Este é o resultado de uma compreensão mais completa do valor nutricional do soro de leite como fonte de lactose, proteína e minerais.

Nas últimas três décadas, empresas do setor de laticínios têm investido no desenvolvimento de novas tecnologias e inovações, que processam o soro de leite de forma eficaz, permitindo que ele seja utilizado de inúmeras maneiras. Essas novas tecnologias permitem abordagens que vão desde filtragem e centrifugação até secagem por pulverização. Isso significa que agora é possível criar uma variedade de pós derivados do soro de leite, que podem ser usados não apenas em suplementos, mas também como estabilizadores.

O concentrado de proteína de soro de leite (WPC) oferece um exemplo importante, sendo um ingrediente de alto valor em produtos como alimentos para bebês, bebidas esportivas e suplementos nutricionais para idosos. A osmose reversa, um processo tornado possível com essas inovações, remove com sucesso a água do soro. Esse processo resolve um dos principais desafios que impedem a indústria de laticínios de aproveitar ao máximo esse subproduto: o alto teor de água do soro (94%).

Além disso, os produtores podem reutilizar as águas residuais separadas para aquecimento industrial, sistemas de resfriamento e processos de limpeza. A osmose reversa, portanto, reduz a necessidade de água doce nos processos de produção de queijo. Passar o soro por um processo de filtragem por membrana e remover o conteúdo de água antes do transporte também diminui o volume e o peso do produto a ser movido, reduzindo ainda mais as despesas e diminuindo as emissões de carbono.

Hoje, esse processo de osmose reversa está se tornando cada vez mais acessível a produtores menores e mais tradicionais, graças à tecnologia moderna. Isso permite que mais produtores de queijo explorem oportunidades existentes de lucro por meio do processamento de soro, ao mesmo tempo em que reforçam suas credenciais de sustentabilidade.

O processamento de soro está se tornando uma parte essencial dos negócios para produtores de queijo em toda a Europa e além. Além dos potenciais ganhos financeiros, os produtores de queijo britânicos também estão trabalhando em direção a metas de sustentabilidade cada vez mais ambiciosas . A utilização de processos e tecnologias que reduzem as emissões de CO2 e o uso de água pode desempenhar um papel útil no cumprimento dessas metas.

Os produtores de queijo do Reino Unido poderiam aumentar seus lucros investindo nessas tecnologias, ao mesmo tempo em que atraem uma nova geração de consumidores que geralmente compram com a sustentabilidade em mente.

Inovações como a tecnologia de processamento de soro de leite desempenharão um papel importante em manter a indústria de queijos à tona durante ventos contrários e momentos econômicos difíceis, garantindo que os apreciados queijos britânicos permaneçam firmes nas prateleiras do mercado e nas mesas da cozinha pelos próximos anos.

As informações são do Dairy Industries, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 


Sistema FIERGS saúda decisão do governo federal em ampliar prazo para empresas se adequarem a nova redação da NR-1

O Sistema FIERGS saúda a decisão do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) anunciada em reunião com entidades nesta quinta-feira (24) de dar um período de um ano para adaptação das empresas à nova redação da Norma Reguladora nº 1 (NR-1), que estabelece as diretrizes gerais para a segurança e saúde no trabalho no Brasil. A previsão era que atualização entrasse em vigor no dia 26 de maio. Eventuais autuações serão realizadas somente após o fim desse novo prazo. 

A FIERGS vinha alertando sobre as dúvidas e interpretações diversas na legislação, por parte de indústrias e sindicatos industriais, com trechos genéricos e pouco efetivos, o que dificulta a aplicação prática.

Coordenador do Conselho de Relações do Trabalho (Contrab) do Sistema FIERGS, Guilherme Scozziero participou da reunião com o ministro Luiz Marinho nesta manhã, em Brasília, e diz que o maior prazo é importante para o esclarecimento de dúvidas sobre a atualização do texto da NR-1.

“Fomos uma das quatro federações convocadas para a reunião, mostrando a força da FIERGS, e alertarmos o ministério sobre a sensibilidade dessa questão em razão da subjetividade presente na norma. As empresas querem cumprir a lei, mas não sabem como fazer isso. Por isso, o maior prazo é essencial para que se possa compreender as exigências e fazer a aplicação correta", destaca.

Segundo o ministro, a atualização da NR-1 será implementada de forma educativa e informativa a partir de 26 de maio deste ano, com enfoque na orientação às empresas, com a publicação de um guia. Um grupo de trabalho será formado para avaliar esse processo e esclarecer dúvidas.

O Sistema FIERGS fará eventos no interior do Estado para esclarecer e orientar sindicatos e indústrias sobre a nova norma.

As informações são da FIERGS

Movimento altista no campo deve perder força em março

A maior disputa entre indústrias de laticínios pela aquisição de leite cru impulsionou os valores pagos pela matéria-prima no primeiro bimestre de 2025. Segundo o dado mais recente do Cepea, o preço médio do leite captado em fevereiro foi de R$ 2,7734/litro (“Média Brasil”), aumentos de 3,3% em relação a janeiro e de 18,1% na comparação com fevereiro/24 (deflacionamento pelo IPCA de fevereiro). 

Para março, a expectativa é que as cotações continuem em alta, embora em menor intensidade, refletindo uma desaceleração no ritmo de valorização. O grande responsável pela freada no movimento altista no campo é a demanda enfraquecida na ponta final da cadeia. Pesquisas do Cepea realizadas com o apoio da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) mostram que as negociações dos lácteos entre indústrias e canais de distribuição  em março foram prejudicadas pela retração da procura. 

O desempenho ruim nas vendas dos lácteos em março afetou negativamente as cotações do leite spot em abril: em Minas Gerais, a média chegou a R$3,11/litro, queda de 5,8% frente ao mês anterior.

Apesar da proximidade do período de entressafra com a mudança da estação (primeiramente no Sul e, depois, no Sudeste e Centro-Oeste), a oferta de leite cru dá sinais de se manter mais ou menos estável. Assim, agentes do mercado acreditam que a redução da disponibilidade nesta entressafra seja menor que a observada em anos anteriores. Em muitas bacias leiteiras, o volume captado entre março e abril supera o registrado em anos anteriores devido ao clima propício, qualidade de silagem e melhores margens de atividade, que se refletiram em investimentos. Apesar dos custos com alimentação seguirem em alta em março, as variações neste ano têm sido mais baixas que em anos anteriores. E, mesmo que o poder de compra do pecuarista frente ao milho (relação de troca) esteja diminuindo mês a mês, os resultados desse 1° bimestre ainda são melhores que os registrados nos últimos anos.

Com a oferta mais estável durante a entressafra, a dificuldade do consumo em acompanhar os reajustes do campo e a redução da rentabilidade industrial, agentes do setor projetam um possível comportamento atípico dos preços ao produtor no segundo trimestre, com chances de queda. Esse contexto, no entanto, tem aumentado as incertezas e alimentado especulações, tornando o mercado ainda mais imprevisível.

As importações elevadas reforçam a pressão sobre as cotações internas. Embora as compras tenham recuado 14,8% em março, o volume acumulado no primeiro trimestre ainda supera em 5,4% o registrado no mesmo período de 2024. Essa quantidade contínua significa e mantém a preocupação de agentes quanto à concorrência com os produtos importados e a capacidade da indústria em repassar altas no campo para o preço dos lácteos e assegurar rentabilidade.

As informações são do CEPEA


Jogo Rápido

China quer mais filhos: bom para o leite global?
A queda drástica da natalidade na China acendeu o alerta no governo e no setor privado. Em uma sociedade que envelhece rapidamente, as empresas procuram soluções criativas para reverter a tendência. Uma delas vem do setor lácteo, que enfrenta uma superoferta e queda de preços. A recuperação da natalidade poderia ser um respiro para esse mercado. Mas que impacto isso pode ter sobre o comércio global de laticínios? Incentivos privados: quando a empresa ajuda a formar famílias. A gigante chinesa de laticínios Feihe anunciou que irá oferecer apoio financeiro a funcionários que tenham filhos, como parte de uma política para estimular a natalidade. Feihe não está sozinha. Empresas como Trip.com e Dabeinong Technology Group oferecem bônus entre 10 mil e 100 mil yuans por filho. A taxa de natalidade na China caiu para 6,4 nascimentos por 1.000 habitantes em 2023, o nível mais baixo desde o início dos registros modernos. A baixa natalidade afeta diretamente a demanda por fórmulas infantis, um dos segmentos mais rentáveis do setor. Uma crise global de natalidade. Coreia do Sul, Japão, Itália e vários países da Europa do Leste enfrentam desafios semelhantes. A Coreia do Sul, por exemplo, registrou uma taxa de fertilidade de apenas 0,78 filhos por mulher em 2022 — a menor do mundo. Algumas empresas, como o Booyoung Group, oferecem até US$ 75 mil por filho a seus colaboradores. A crise de natalidade ameaça a sustentabilidade de mercados como o de laticínios, que dependem de consumidores jovens. A China é o maior importador mundial de produtos lácteos. Em 2023, comprou mais de 620 mil toneladas de leite em pó, segundo o USDA. Uma recuperação da natalidade poderia reaquecer essa demanda. Mas os desafios persistem: mudanças nos hábitos de consumo (com aumento das bebidas vegetais), regulamentações mais exigentes e a necessidade de certificações específicas tornam o acesso ao mercado chinês mais complexo. A política natalista impulsionada por empresas como Feihe pode representar uma mudança estrutural. Para o setor lácteo, isso pode significar um novo horizonte — desde que haja capacidade de adaptação e inovação. (EDAIRYNEWS)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 23 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.377


Expansão: Sooro Renner inicia obras de complexo industrial em Beltrão

A empresa Sooro Renner iniciou a construção da sua nova unidade, em Francisco Beltrão. Máquinas e caminhões trabalham no nivelamento da área onde será edificada a planta industrial focada na produção de whey protein e lactose infantil formula grade.

Serão aportados cerca de R$ 650 milhões na obra e, após entrar em operação, a indústria vai gerar 250 empregos diretos e outros 1.200 indiretos. Segundo o prefeito Antônio Pedron, que acompanhou os trabalhos no terreno, este será o maior investimento privado da história de Beltrão.

“Teremos aqui uma indústria moderna e que vai atuar na transformação de um dos nossos principais produtos do meio rural, o leite. O impacto social e econômico será significativo em toda a região”, destacou. A vinda da Sooro Renner para Beltrão foi anunciada em janeiro pelo prefeito, que se dedicou pessoalmente na atração da empresa.

Um dos destaques do projeto é a produção de Lactose Infant Formula, um ingrediente essencial para fórmulas infantis que, até então, era importado pelo Brasil. Com a nova fábrica, a Sooro Renner atenderá à crescente demanda do mercado interno. Com a expansão da capacidade produtiva, a empresa pretende fornecer para os maiores fabricantes de alimentos do Brasil e da América Latina, além de ampliar as exportações para o Sudeste Asiático.

O investimento em Francisco Beltrão representa um novo passo para o desenvolvimento econômico do Sudoeste paranaense. A nova fábrica, com sua alta capacidade produtiva e tecnologia de ponta, trará benefícios significativos para a cidade, gerando empregos, impulsionando a cadeia produtiva do leite e consolidando Francisco Beltrão como um polo industrial de destaque no Paraná.  (Município de Francisco Beltrão)


Leite/América do Sul

Tendências positivas para produção de leite na América do Sul

O início de 2025 registrou uma notável alteração da produção de leite na América do Sul, como um todo. 

No ano passado, nesta época, os relatos eram mistos. Os produtores de leite da Argentina enfrentavam uma onda de muito calor e umidade, mas brasileiros e uruguaios possuíam condições eram adequadas. Este ano, todos os principais países produtores de leite da América do Sul, incluindo Chile e Colômbia, estão com tendências positivas para produção de leite. O clima vem desempenhando um papel fundamental, e o serviço internacional de meteorologia (NOAA) prevê a persistência de padrões climáticos “La Niña fracos” e neutros até maio. Apesar das projeções de queda da produtividade nas colheitas da região, as expectativas em relação à produção de leite são boas. Analistas avaliam que as margens dos agricultores tendem a diminuir, se os custos com a ração aumentarem diante da queda de safra do milho e da soja. 

A maioria das atividades comerciais de commodities lácteas para o 1º trimestre já foi encerrada. Os compradores brasileiros continuam ampliando os pedidos para produtos cuja disponibilidade está baixa. Os compradores brasileiros sendo impactados com os elevados custos logísticos nos últimos meses. 

O aumento recai particularmente para pós, leite em pó integral, leite em pó desnatado e soro de leite, que estão com uma forte demanda internacional. Os comerciantes aguardam novas orientações sobre tarifas até a próxima semana. 

Fonte: Relatório USDA - Tradução livre: www.terraviva.com.br

Do campo ao Feed: como fazendas de leite podem conquistar o consumidor moderno nas redes sociais

Do campo ao Feed: como as fazendas de leite podem conquistar o consumidor moderno através da comunicação via redes sociais? Quais as oportunidades? Leia mais!

A relação entre produtores de leite e consumidores nunca foi tão próxima — e, paradoxalmente, tão complexa. 

Fazendas abrem perfis em redes sociais, mas, no fim das contas, nem sabem muito bem o que fazer com elas. Em um mundo onde um único story no Instagram pode demonizar ou santificar um produto na prateleira do supermercado, as fazendas leiteiras e laticínios têm uma oportunidade única: humanizar suas marcas, criar narrativas autênticas e engajar gerações que consomem conteúdo de formas radicalmente diferentes.

Nos EUA, gigantes como Tillamook e Organic Valley já entendem: não basta produzir leite, é preciso contar histórias que ressoem da Geração Z aos Baby Boomers.

Vamos mergulhar em estratégias práticas que transcendem posts genéricos e constroem realmente um legado. Cada geração exige um idioma próprio nas redes sociais. A chave é segmentar sem fragmentar a essência da marca.

Geração  Z (18-24 anos): Autenticidade > Perfeição

Plataformas-chave: TikTok, Instagram Reels, YouTube Shorts.  

Estratégia: Vídeos rápidos que mostrem o "backstage" da fazenda — coisas como bezerros brincando, ordenha tranquila, funcionários de fazenda contando sua rotina. A Geração Z valoriza transparência e impacto ambiental. Outro ponto que cativa essa geração é a quebra de teorias da conspiração, já que eles nasceram nesse ambiente caótico de muita informação e “especialistas” influencers que surgem do dia para a noite.
Exemplo prático: A Tillamook (EUA) usa humor em séries como "Loaf Life", onde embalagens de queijo ganham personalidade, viralizando entre jovens. Inclua desafios como "Mostre sua receita com nosso leite" para gerar UGC (User-Generated Content - conteúdo gerado pelo usuário).  

 Millennials (25-40 anos): Conexão com Propósito

Plataformas-chave: Instagram, Facebook, LinkedIn.  

Estratégia: Conteúdo educativo. Posts sobre bem-estar animal, rastreabilidade (ex.: QR code na embalagem que leva a um vídeo da vaca específica) e certificações. Os millennials buscam marcas alinhadas a seus valores.  

Dado que impacta: 73% deles pagariam mais por produtos sustentáveis (Nielsen). A Organic Valley (EUA) faz live tours virtuais nas fazendas, destacando práticas regenerativas.   

Geração X (41-56 anos): Tradição com Modernidade

Plataformas-chave: Facebook, YouTube, Blogs.  

Estratégia: Combate à desinformação. Vídeos explicativos desmistificando temas como "hormônios no leite" ou "mitos sobre lactose". A Geração X valoriza confiança e tradição, mas precisa de dados claros, palatáveis, com explicações fáceis. É importante sempre associar rostos e histórias reais ao produto em questão.

Case: A Cabot Creamery (EUA) criou a série "Farmers’ Stories", vinculando cada produto a um produtor específico, com depoimentos sobre a história com a vida na fazenda e o leite.

Baby Boomers (57+ anos): Emoção e Confiança 

Plataformas-chave: Facebook, WhatsApp, E-mail Marketing.
  
Estratégia: Narrativas nostálgicas. Posts como "Como o leite chegava à sua mesa nos anos 60 vs. hoje" ou receitas familiares. Inclua testes interativos ("Qual queijo combina com seu perfil?").  

Dica: Parcerias com influenciadores "maduros" (ex.: chefs aposentados ou figuras locais) para reforçar credibilidade.  

Além das Gerações, pilares universais para uma marca forte

Definir para quem você quer comunicar: Você pode ser uma fazenda "heróica" (foco em superação), "cuidadora" (bem-estar animal) ou "visionária" (tecnologia sustentável). A persona guia o tom, o jeito como as coisas são mostradas e as histórias contadas — descontraído para o TikTok, e um pouco mais sério no LinkedIn.  

Content pillars - Pilares de conteúdo (escolha suas batalhas de forma inteligente): Organize o conteúdo em pilares temáticos (ex.: Sustentabilidade, Saúde, Cultura Rural). A Arla Foods (Dinamarca) usa 80% do conteúdo para educar e 20% para promover produtos.  

Data-driven decisions: Ferramentas como Meta Analytics e Hootsuite identificam horários de pico e conteúdos mais engajadores. Nos EUA, 60% das fazendas usam CRM integrado às redes para segmentar anúncios por idade e interesse.  

O futuro já acontece: cases globais para inspirar

Fairlife (EUA): Revolucionou o mercado com vídeos de inovação (leite ultrafiltrado) no YouTube, focando em performance atlética para Millennials e Geração Z. 
 
Fonterra (Nova Zelândia): Usa realidade aumentada no Instagram para mostrar o caminho do leite da fazenda ao copo, atraindo famílias (Gen X e Millennials).  

Estratégia local com impacto global: Na Holanda, a marca "Bemmel’s Best" permite que consumidores "adotem" uma vaca via app, recebendo atualizações personalizadas — modelo replicável para fidelizar Boomers e Millennials.   

Construir relações via redes sociais não é sobre panfletar seu produto, é sobre cultivar comunidades.

Nos EUA, as fazendas que lideram o mercado são aquelas que entendem que um consumidor de 20 anos quer entretenimento rápido, enquanto um de 60 busca confiança — mas ambos exigem autenticidade. O segredo? Unir dados demográficos a uma narrativa coerente, onde cada post, vídeo ou comentário reforça que “por trás da marca, há pessoas, vacas felizes e um compromisso que atravessa gerações”. Ou seja, dedicar tempo e se desprender de conceitos antigos sobre comunicação na hora de mostrar a cara no mercado. (Milkpoint)


Jogo Rápido

NO RADAR
Os preços do milho no mercado brasileiro fecharam ontem com nova queda, após o recuo registrado na última semana, na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea/Esalq. Reflexo, conforme a instituição, da postura retraída de parte dos compradores. Ontem, a saca fechou a R$ 82,57, com uma redução acumulada no mês de 5,86%. A colheita da safra de verão do grão chegou a 65,5% da área total cultivada no país. E a segunda safra, hoje o maior volume da cultura, teve a semeadura já encerrada, segundo boletim da Conab. (Zero Hora)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 22 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.376


Momento de estabilidade na pecuária leiteira

Alta do dólar, oferta equilibrada, retorno das chuvas e temperaturas mais amenas contribuem para uma entressafra excepcionalmente tranquila na produção de leite, em comparação com os últimos anos

No lançamento da 18ª Fenasul/45ª Expoleite, no início da semana passada, o tom dos discursos de representantes do setor leiteiro surpreendeu o público. Ao invés das queixas e reivindicações que têm caracterizado os encontros do endividado meio rural gaúcho, as manifestações do evento permitiram inclusive piadas e ditos espirituosos. O ambiente reflete um período de excepcional estabilidade, na comparação com anos anteriores, vivenciado pela bovinocultura leiteira na entressafra de 2025, mas que também não torna os pecuaristas alheios às dificuldades enfrentadas pela agropecuária do Rio Grande do Sul.

De acordo com o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando) e da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Marcos Tang, a estiagem que atingiu o Estado desde meados de dezembro, combinada às temperaturas extremas verificadas durante o verão, fez cair a produção de leite em cerca de 10%. O fenômeno climático, além de provocar estresse térmico nas vacas, reduzindo a oferta da bebida, prejudicou lavouras de soja e de milho nas regiões Oeste e Noroeste do RS, com impacto sobre a alimentação e, por consequência, nos custos de produção dos rebanhos. Tang calcula que entre 600 mil até um milhão de litros de leite deixaram de ser ordenhados, chegando próximo ao percentual de 10% da produção diária gaúcha.

“Estamos na entressafra. A produção melhora agora com a vinda das pastagens. É um momento em que reduz o custo e se produz mais, com uma alimentação muito natural para a vaca”, diz Tang. De qualquer forma, mesmo com a colaboração das condições climáticas e do pasto abundante, a produção dos meses de final de verão, outono e inverno tem seus limites.Tang exemplifica com os resultados dos concursos leiteiros em diferentes etapas do ano. “Concursos que ocorrem entre fevereiro e maio, incluindo a nossa Fenasul/Expoleite, as vacas vencem com 70 litros ou 80 litros. Depois chega na Expointer (que ocorre na primavera) e bate ali perto dos 100 litros. É um ciclo”, descreve o dirigente.

Secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) e coordenador do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do RS (Conseleite), Darlan Palharini prevê que a produção em 2025 supere o total de 2024, de 3,8 bilhões de litros. Tang ressalta a necessidade de estabelecimento de um debate sobre o volume da produção leiteira gaúcha, estacionada em cerca de 11 milhões de litros por dia. Dados do Sindilat/RS indicam que a média pode ser inclusive inferior. Entre 2021 e 2024, conforme o sindicato, a média diária de aquisição de leite pela indústria no RS oscilou entre 7,5 milhões de litros, em janeiro de 2022, a 12,2 milhões de litros, em agosto de 2021. “Estamos falando de leite oficial, com nota. Estagnamos nisso há mais de 10 anos ou 15 anos”, diz Tang.

Para o gerente de Suprimentos de Leite da Cooperativa Geral Gaúcha (CCGL), Jair da Silva Melo, a produção de leite no Rio Grande do Sul, de fato, cresce a uma taxa muito baixa, de 1,7% ao ano. A falta de incentivo, estadual ou federal, contribui para a redução de 60% no número de produtores, que hoje somam 34 mil agropecuaristas no Rio Grande do Sul, conforme Melo. “Dentro do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), ele (o pecuarista de leite) é um dos que menos consegue pegar recursos de até R$ 250 mil. Pescadores conseguem pegar mais que o produtor de leite”, aponta Tang. Palharini destaca a estabilidade nos negócios e nos preços, avaliação compartilhada pelo vice-presidente e diretor de Política Agrícola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS), Eugênio Zanetti. “Há um pouco de retração nas vendas. Com a taxa de juro mais alta, o mercado está um pouco travado, mas não dá para dizer que não se consegue vender”, revela Palharini. 

Conforme o dirigente sindical, a indústria opera com margem mais curta. “A cotação do leite está remunerando bem o produtor. Os laticínios têm de trabalhar muito com a questão da eficiência para buscar rentabilidade”, pondera Palharini. Zanetti considera a possibilidade de o valor ao produtor sofrer alta na próxima reunião do Conseleite, prevista para o dia 29 de abril, em Passo Fundo. Ele comemora o cenário mais equilibrado, diferente do que ocorreu no passado recente. “O produtor está precisando de normalidade, até para se recuperar das dificuldades dos últimos anos”, afirma.

Zanetti e Palharini, contudo, ressaltam que a situação é favorável ao pecuarista que atinge uma oferta de, pelo menos, 500 litros de leite por dia, assegurando com o volume a obtenção de uma rentabilidade “mais confortável”. Uma dificuldade que teve sua importância moderada desde abril de 2024 foi a concorrência com o produto importado do Mercosul. O governo gaúcho e de outras unidades federativas chegaram a adotar medidas de eliminação de benefícios fiscais, aplicadas às empresas que mantivessem a preferência pelo fornecedor estrangeiro. No entanto, o que acabou limitando o ingresso de leite oriundo da Argentina, principalmente, foi a alta do dólar e a elevação dos custos de produção do país vizinho a partir da chegada do presidente Javier Milei à Casa Rosada. “O governo argentino retirou subsídios e o preço do leite na Argentina está em patamar elevado”, diz Zanetti. “As importações continuam, em volume bem considerável, mas também a economia vai se acostumando com essa realidade e trabalhando com esse novo participante de mercado”, pondera Palharini. (Correio do Povo)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1863 

BOVINOCULTURA DE LEITE

As temperaturas amenas e as chuvas intensas favoreceram o bem-estar animal, apesar dos problemas com barro. São efetuados os devidos cuidados sanitários. A produção se mantém estabilizada, e os indicadores de qualidade do leite seguem dentro dos parâmetros. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, o vazio forrageiro outonal tem impactado a produção e a qualidade do leite, especialmente na Campanha e Fronteira Oeste.

Na de Caxias do Sul, o clima beneficiou o bem-estar animal. Nos sistemas confinados, tem sido mantida a alimentação adequada. A produtividade está estável, apesar do acúmulo de barro e da necessidade de maior atenção à qualidade do leite. 

Na de Erechim, os rebanhos apresentam apropriado estado sanitário e nutricional, beneficiados pelas temperaturas mais amenas e pela normalização da oferta de água. Contudo, o vazio outonal tem exigido maior suplementação alimentar e atenção aos manejos reprodutivos, sanitários e de pastoreio. 

Na de Frederico Westphalen, a produção foi levemente impactada pelo vazio forrageiro antecipado e pelas altas temperaturas. Contudo, as chuvas e as temperaturas mais amenas proporcionaram o rebrote das pastagens e adequado bem-estar animal, mantendo o cenário de estabilidade na comercialização. 

Na de Ijuí, a produção segue estável, e aumento o uso de silagem para compensar o vazio outonal nas pastagens. Nos sistemas confinados, a redução das temperaturas tem favorecido o bem-estar dos animais.

Na de Passo Fundo, o uso intensificado de alimentos conservados durante o vazio outonal contribuiu para a recuperação nutricional dos rebanhos. Observa-se redução na população de moscas e aumento nos casos de carrapatos e tristeza parasitária. Porém, há menor oferta de leite. 

Na de Pelotas, as chuvas intensas têm afetado o pastejo, o plantio de pastagens de inverno, a colheita de silagem e a logística de transporte do leite, comprometendo a produção em diversas regiões. Entretanto, há expectativa de recuperação com o avanço das forrageiras de inverno. 

Na de Porto Alegre, os animais mantêm condição corporal satisfatória com apoio da suplementação. 

Na de Santa Maria, os produtores seguem atentos ao controle de parasitas para manter a sanidade dos rebanhos. 

Na de Santa Rosa, os custos de produção estão adequados, e o preço da ração e dos insumos tem permitido margem de lucratividade para o produtor. A média do preço recebido pelo litro de leite apresentou estabilidade em comparação ao mês anterior. 

Na de Soledade, as temperaturas amenas e a boa oferta de pastagens, aliadas ao avanço das forrageiras de inverno e do milho para silagem, favoreceram o bem-estar do rebanho e a estabilidade alimentar dos animais. (Emater/RS adaptado pelo Sindilat)

Embrapa promove seminário on-line sobre rumos da cadeia do leite no Brasil

Evento será nesta terça-feira, 29, reunirá especialistas e terá debate com o público

A Rede de Socioeconomia da Agricultura da Embrapa promove na próxima terça-feira 29 de abril, das 9h às 11h, o seminário "Debates em Socioeconomia – Leite e Derivados: realidade e perspectivas futuras", com transmissão ao vivo pelo canal da Embrapa no YouTube. O evento é gratuito e aberto ao público.

Com foco na análise dos desafios e tendências da cadeia produtiva do leite, o seminário reunirá representantes do setor produtivo e especialistas da Embrapa Gado de Leite. O objetivo é aprofundar a compreensão sobre a atual conjuntura da produção leiteira no Brasil e debater estratégias para fortalecer a competitividade do setor, com especial atenção à inovação tecnológica, ao mercado consumidor e ao papel da produção familiar.

Painelistas e temas

A programação contará com três apresentações seguidas de debate com o público:

9h – Jônadan Ma (Comissão Técnica da Pecuária de Leite da FAEMG) abordará “Os desafios da produção sob a perspectiva do produtor de leite”

9h30 – Glauco Carvalho (Embrapa Gado de Leite) falará sobre “Desafios e tendências para a cadeia produtiva do leite”

10h – Kennya Siqueira (Embrapa Gado de Leite) apresentará o tema “O mercado de leite e derivados sob a ótica do consumidor”

Logo depois das apresentações, acontece o debate com o público.

Alinhar visões e estratégias
A mediação será do pesquisador Samuel Oliveira, da Embrapa Gado de Leite. Ele ressalta a importância da abordagem integrada do tema: “A cadeia produtiva do leite está em um momento de inflexão. Estamos vendo avanços em produtividade e uso de tecnologia, mas também novos desafios ligados à competitividade, à oscilação do consumo e à reorganização da produção no território nacional. O seminário será uma oportunidade para alinhar visões e estratégias a partir de uma leitura qualificada do cenário atual.”

Samuel destaca que a proposta do evento é criar um espaço para análise crítica e troca de experiências: “Nossa intenção é reunir diferentes olhares – do produtor, do pesquisador, do mercado – para que possamos compreender a complexidade do setor e identificar caminhos viáveis, tanto do ponto de vista econômico quanto social.”

Transformações e perspectivas
De acordo com estudos da Embrapa, o Brasil alcançou em 2023 a marca de 97 milhões de litros de leite por dia. Ainda que a produção pouco tenha se alterado nos últimos dez anos, ocorreu forte redução do número de vacas ordenhadas, evidenciando o aumento da produtividade por animal – que passou de 1.492 litros/vaca/ano em 2013 para 2.259 litros em 2023.

Avanços e Desafios

Apesar dos avanços, os desafios permanecem. “A cadeia precisa enfrentar o aumento de custos, a concorrência das importações e um consumo interno que cresce em ritmo mais lento”, explica Samuel. “Por outro lado, há oportunidades reais ligadas à gestão eficiente, ao uso de tecnologias e ao fortalecimento das estratégias de agregação de valor nos produtos lácteos”, diz.

O pesquisador também reforça a importância do olhar socioeconômico sobre o setor: “A produção de leite envolve grandes produtores, mas também um número significativo de agricultores familiares. É fundamental pensar políticas e soluções que ajudem os pequenos a se manter competitivos. A sustentabilidade econômica e social da cadeia depende disso.”

Rede de Socioeconomia da Embrapa
A Rede de Socioeconomia da Agricultura (RSA) é uma iniciativa da Embrapa criada oficialmente este ano, a partir de um grupo de trabalho instituído pela Diretoria Executiva em 2024, com coordenação da Assessoria de Estratégia e Sustentabilidade (AEST). A Rede tem como missão fortalecer a área de socioeconomia na Empresa, promovendo a integração entre pesquisa e inteligência estratégica para apoiar a competitividade e a sustentabilidade do setor agropecuário brasileiro.

A rede conta hoje com pelo menos 273 empregados da Embrapa – entre economistas, sociólogos, agrônomos, estatísticos, cientistas da computação e outras especialidades. A Rede busca gerar análises, subsídios e dados estratégicos voltados à formulação de políticas públicas, ao desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis, ao monitoramento de inovações tecnológicas e à inclusão socioprodutiva de pequenos agricultores.

Serviço

  • Seminário Debates em Socioeconomia – Leite e Derivados: realidade e perspectivas futuras
  • Data: 29 de abril de 2025
  • Horário: das 9h às 11h
  • Transmissão ao vivo: www.youtube.com/embrapa
  • Participação aberta com perguntas ao vivo
  • Mais informações sobre o setor: www.cileite.com.br
  • Fonte: Embrapa Gado de Leite

Jogo Rápido

Associados ao Sindilat RS têm desconto no MilkPro Summit 2025
Os associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) contam com condições especiais para participar do MilkPro Summit 2025, evento que ocorrerá nos dias 15 e 16 de maio, em Atibaia (SP). A iniciativa busca reunir produtores, especialistas e investidores para discutir o futuro da produção leiteira no Brasil e no mundo e está dividida entre seis paineis temáticos focados nas mudanças provocadas pela tecnologia. São eles: Tendências para o leite no mundo: produção e consumo; A fronteira da inovação, digitalização e IA aplicada à atividade leiteira; Farmer’s Forum – A visão de negócio de 3 produtores globais; Mudando o jogo na comunicação com o consumidor; Leadership Talk e Estratégia de negócios envolvendo a atividade leiteira. Para garantir a inscrição com 10% de desconto, os sócios devem acessar o link, clicando aqui.  O evento também contará com paineis de discussão e momentos para a troca de experiências e ampliação de conexões no setor. (Sindilat)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 17 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.375


Whey protein: A indústria brasileira da suplementação: vai um scoop aí?

Dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD) mostram que o setor como um todo expandiu 2,4% ao longo de 2024: Brasil é o maior mercado consumidor de proteína do soro do leite na América do Sul.

Início de ano, planos e metas novos, dietinha para recuperar o ritmo, app da empresa para competição de quem treina mais. Que atire a primeira pedra quem não pensou em levar 2025 nessa vibe.

E cada vez mais temos visto por aí as suplementações, inseridas nesse contexto para dar uma mão na rotina: proteína, creatina, glutamina, aminoácidos.

Em cápsula, em pó, comprimidos, batidos com banana e até disfarçados de balinha, os suplementos alimentares e vitamínicos ganharam a mente e o corpo dos brasileiros.

De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), o setor de alimentos para fins especiais, nome técnico de boa parte dessas suplementações, mostrou crescimento significativo em 2024.

O consumo de vitaminas, por exemplo, cresceu em 9,3% entre janeiro e dezembro, na comparação com 2023. Já os concentrados de proteínas registraram um avanço de cerca de 3% no mesmo período, segundo cálculos da ABIAD.

Uma das explicações para tanta admiração pelo whey protein é por ser a forma mais eficiente de o corpo humano digerir e usar o nutriente.

Como são microfiltrados, oferecem proteína ultrapura, pois o processo de produção garante que a proteína permaneça intacta e tão pura quanto possível, podendo ser diluído em diferentes tipos de bebida.

Um relatório da Mordor Intelligence coloca o Brasil como o maior mercado consumidor de proteína do soro do leite na América do Sul, sendo responsável por mais de 58% do mercado. A projeção é que o consumo continue crescendo a uma taxa anual de 8% entre 2024 e 2029. Informação que impulsiona a produção do ingrediente no Brasil atualmente.
Pioneira na fabricação de whey e líder no mercado de suplementos, a Sooro Renner investiu mais de R$ 600 milhões nos últimos cinco anos. A indústria,  baseada em Marechal Cândido Rondon (PR) e Estação (RS), é hoje a maior processadora de soro de leite da América Latina.

Recentemente a Sooro apostou em uma expansão que quintuplicou a produção diária e investiu em uma torre só para produzir uma nova fórmula: o permeado de soro de leite.

“A gente não produzia permeado e passamos a produzir em torno de 100 toneladas/dia desse produto. Estamos falando aí de 3 mil toneladas/mês de permeado na nossa fabricação”, explica Cláudio Hausen de Souza, diretor e sócio da Sooro.

O permeado é uma fonte de energia com alto teor de lactose, que é separada no processo da produção do whey protein. “Esse mercado é crescente e nós estamos navegando em um mar bastante favorável aqui no Brasil.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Nutrição, nos próximos cinco anos esse mercado deve dobrar de tamanho”, comenta Cláudio.

Da manteiga ao whey
Esse nicho de mercado fez com que marcas estabelecidas, como a Piracanjuba, abrissem novas frentes de produção para acompanhar a tendência.

Nascida em 1955, a Piracanjuba começou produzindo manteiga, há mais de 69 anos, na cidade goiana de quem emprestou o nome. Há cerca de sete anos, vieram os itens com suplementação de proteínas. Em 2018, chegou a vez do Piracanjuba Whey.

A demanda foi tão grande que foi preciso ajustar a produção para ter mais e novas opções da bebida. Uma forma de atender diferentes perfis de consumidores, que reúne do atleta ao praticante de atividades físicas de grau moderado a leve.

Para atender toda a demanda, o processo de produção é feito em sete unidades fabris, com capacidade produtiva de mais 6 milhões de litros de leite por dia. Além disso, conta com 16 postos de recepção de leite e mais de 4 mil colaboradores, ao todo.

Para o diretor de Nutrição do Grupo Piracanjuba, Wesley de Pádua Barbosa, os lançamentos diversificaram o portfólio da empresa e os resultados apareceram.

“Hoje a Piracanjuba ocupa a 2ª posição entre as marcas mais vendidas no ranking bebida com alto teor de proteína.

Nós triplicamos o número de máquinas dedicadas à produção de whey 250 ml nos últimos dois anos, conseguindo chegar ao 2º lugar em share e, principalmente, ajudando a desenvolver a categoria que cresce acima de 2 dígitos no país”, explica Wesley.

Em março de 2024, o Grupo Piracanjuba comprou a Emana, empresa de suplementos como vitaminas, encapsulados, proteínas, shots funcionais e gomas, além das bebidas proteicas.

“Temos a oportunidade de desbravar novos segmentos, contribuindo para os nossos planos de ser uma das melhores marcas de nutrição do país. Isso inclui democratizar o acesso da população aos produtos de suplementação alimentar.

A meta é aproveitar nossa expertise junto ao varejo para fortalecer a presença desses produtos em supermercados, por exemplo. Algo que, hoje, é limitado”, afirma Wesley de Pádua.

Tendência mundial e um giro de milhões
O crescimento mercado de suplementação reflete mudanças no comportamento dos consumidores, que estão em busca de qualidade de vida. E essa é uma tendência mundial que vai aumentar nos próximos 16 anos.

É o que mostra um estudo publicado no final de 2024 pela Rede de Observatórios do Sistema Indústria sobre as macrotendências que vão impactar a indústria até 2040. O levantamento indicou a “cultura do bem-estar” como um dos comportamentos que veio para ficar.

Uma tendência com potencial de impacto em toda a indústria nacional e que toca em aspectos diversos, como mudanças nos padrões de consumo, novas tecnologias de produção, questões ambientais e transformações sociais.

“As análises feitas por este tipo de estudo permitem que organizações identifiquem oportunidades emergentes, antecipem riscos e alinhem suas estratégias a cenários de transformação, aumentando a resiliência e a capacidade de adaptação em contextos de incerteza”, explica o responsável pelo núcleo de prospectiva do Observatório Nacional da Indústria, Marcello Pio.  

Suplementos que ajudam também no emprego
O setor como um todo expandiu 2,4% em consumo aparente ao longo de 2024, quando comparado com 2023.

Junto com o aumento do consumo, veio o impacto do mercado de trabalho: a contratação de profissionais subiu 4,4% em 2024, valor que representa a abertura de mais de 4,3 mil postos de trabalho, segundo a ABIAD.

Quando se trata de importações, o segmento teve um aumento de 24,6%, totalizando mais de US$ 1 bilhão, o que reforça o interesse do consumidor brasileiro em alimentos dessa categoria. A importação de concentrados de proteínas e vitaminas também cresceu 66,7% e 15,6%, respectivamente.

“O setor apresentou um crescimento contínuo ao longo de 2024, impulsionado pelo investimento em pesquisa e desenvolvimento.

A introdução de novos ingredientes e tecnologias resultou em maior eficácia e diversificação dos produtos, fortalecendo a confiança dos consumidores.

De modo geral, foi um ano em que a indústria consolidou sua importância e expandiu sua base de consumidores, fatores essenciais para esse desempenho positivo”, afirma Gislene Cardozo, diretora executiva da ABIAD.

A importância do consumo seguro
Até aqui parece tudo bem, tudo de bom, mas vamos agora entrar na parte mais “forte” do suplemento. Aminoácidos, proteínas, seja qual for o suplemento, não é indicado administração por conta própria.

Esses produtos devem fazer parte de uma estratégia, que será montada por um especialistas. ” Na prática clínica, o que a gente vê muito é a pessoa se automedicando.

Faz a matrícula na academia e já compra o Whey protein. E isso é muito por conta do acesso à informação, que hoje é muito rápido”, revela a nutricionista e representante da Federação Nacional de Nutrição (FNN), Michelly Dossi.

O mercado aquecido, todo mundo tomando, querendo tomar, segundo Michelly, não pode ser um incentivo ao consumo indiscriminado.

“A suplementação não é para todos. Não são todas as pessoas que têm necessidade. Precisa fazer avaliação, com médicos, adequar o que o corpo precisa e o que está sobrando, porque a falta gera problemas, mas o excesso também”, alerta Michelly Dossi.

Outro ponto importante de citar é a segurança comercial do produto. No fim do ano passado, 48 marcas de whey protein foram retiradas de circulação.

Nove sites brasileiros, não especificados, foram obrigados a parar de vender esses produtos. A suspeita era de adulteração na fórmula, após a Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) analisar as marcas.

Também no fim do ano passado, a CNI divulgou a pesquisa Percepção da Indústria Sobre os Impactos da Ilegalidade e para as empresas consultadas, o ilícito que mais evoluiu nos últimos três anos foi a venda de produtos não-conformes, assinalado por 43% dos empresários.

E cerca de metade das empresas percebeu que foi o comércio digital  que aumentou a venda de produtos não-conformes (53%), piratas ou falsificados (51%).

“Sempre direciono os pacientes para que verifiquem as marcas, para que veja a avaliação da Anvisa, poruqe hoje em dia tem muitos problemas com fórmulas trocadas e ingredientes que não estão de acordo.

A suplementação pode ser uma ótima alternativa, se indicada, mas é importante ter responsabilidade para que seja parte de um estilo de vida saudável”, concluiu Michelly. (Portal da Indústria via Edairy News)


Pesquisa levanta principais tendências globais para consumo de queijo

Mercado global de queijos deve chegar a US$ 105,9 bi até 2026. Descubra aqui as tendências e oportunidades!

O mercado global de queijos está em constante crescimento, impulsionado por fatores como a expansão das economias, o aumento do consumo de laticínios e a maior disponibilidade de produtos derivados.

Segundo a MarketsandMarkets, o setor deve movimentar US$ 105,9 bilhões até 2026, com destaque para o potencial de crescimento na região da Ásia-Pacífico.

Embora o consumo de queijo na Ásia ainda seja inferior ao da Europa e dos Estados Unidos, a ocidentalização das dietas, especialmente entre millennials e consumidores mais jovens, está aquecendo a demanda. A popularização da culinária ocidental em países da Ásia e da América do Sul tem impulsionado o consumo de produtos de fast food com queijo.

Tendências do mercado de queijos para 2025
Queijo como lanche saudável: Nos Estados Unidos, um em cada três consumidores escolhe o queijo como substituto dos lanches tradicionais, destacando seus benefícios nutricionais: alto teor de proteína, cálcio e compatibilidade com dietas cetogênicas. Na Ásia, cresce o interesse por sabores regionais e exóticos.

Benefícios funcionais ganham espaço: Segundo pesquisas, 64% dos consumidores chineses acreditam que o queijo fortalece a imunidade. No Reino Unido, a Benecol lançou um cream cheese com estanóis vegetais para controle do colesterol. Nos EUA, 27% dos pais afirmam priorizar queijos com benefícios adicionais à saúde. 

Alternativas veganas em ascensão: A busca por queijos veganos aumentou. Marcas como Babybel, Boursin e Philadelphia já oferecem versões à base de plantas. No entanto, ainda há desafios nutricionais: enquanto o queijo tradicional tem em média 13 g de proteína por 100 g, as versões veganas oferecem apenas 5 g.

Panorama global das tendências do mercado de queijos
Europa: Na Europa, o consumo de queijo permanece estável, mas cresce a exigência por práticas sustentáveis e maior transparência na produção. Embalagens com rótulos que indicam bem-estar animal, produção ética e responsabilidade ambiental têm ganhado destaque nas prateleiras. Marcas que adotam ações sustentáveis e comunicam isso de forma clara estão conquistando a preferência de consumidores mais conscientes e exigentes.

Américas: Nas Américas, cresce a demanda por queijos de “rótulo limpo”, elaborados com ingredientes naturais e mínima intervenção industrial. Os consumidores buscam produtos sem aditivos artificiais, conservantes ou corantes, valorizando processos mais simples e transparentes. Essa tendência reflete a preferência por alimentos mais saudáveis e autênticos, reforçando a conexão entre qualidade, origem e confiança na marca.

Ásia: Na Ásia, o mercado de queijos registra forte crescimento, impulsionado por jovens consumidores e pela influência da culinária ocidental. A ocidentalização das dietas, aliada à popularização do fast food e à busca por praticidade, tem aumentado o consumo de queijos, especialmente entre millennials. Além disso, novos hábitos alimentares e o interesse por sabores diferenciados e experiências gastronômicas têm ampliado o apelo do produto na região.

As informações são da Dairy News Today, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

Você sabia que o leite pode ajudar a prevenir a pré-eclâmpsia?

Entenda como o leite pode combater a pré-eclâmpsia, doença que afeta diversas gestantes anualmente e descubra os benefícios para a saúde materna!

A suplementação de cálcio para gestantes passou a ser uma medida universal adotada pelo Ministério da Saúde (MS) para evitar a pré-eclâmpsia, complicação da gravidez caracterizada por pressão alta e presença de proteína na urina, e uma principais causas de morbimortalidade materna e perinatal, tanto no Brasil quanto no mundo, ela é responsável por cerca de 80.000 mortes maternas e 500.000 mortes infantis globalmente.
No Brasil, de acordo com informações da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) do MS, aproximadamente 15% das gestantes são afetadas por essa condição, sendo esta associada a 25% dos partos prematuros. Os dados da BSV indicam que a mortalidade materna relacionada a síndromes hipertensivas pode chegar a até 170 óbitos por 100 mil nascidos vivos em serviços especializados em alto risco obstétrico. 

A recomendação do MS para a suplementação de cálcio em gestantes, divulgada em fevereiro deste ano, visa reverter esse quadro no Brasil, uma vez que, de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 96% das mulheres adultas consomem menos cálcio que o recomendado. Dentro desse contexto, o leite se apresenta como um dos alimentos mais completos e naturais para fornecer esse mineral tão importante.

Como o leite pode ajudar na prevenção da pré-eclâmpsia
O médico especialista em Nutrologia, Plínio Cezar de Almeida Júnior, do Órion Business & Health Complex, explica os benefícios do leite, especialmente para gestantes. "O leite é uma excelente fonte de cálcio, essencial para a formação óssea e dentária do bebê. Além disso, ele desempenha papel crucial no controle da pressão arterial, ajudando a prevenir complicações como a pré-eclâmpsia", afirma o especialista.

De acordo com Plínio, as gestantes devem incluir leite e derivados em sua alimentação diária, pois são ricos em cálcio, proteína e outros nutrientes essenciais. "O cálcio é fundamental não apenas para a formação óssea, mas também para a saúde cardiovascular, além de contribuir para a formação da placenta e do feto", explica o especialista.

O leite, por sua excelente biodisponibilidade de cálcio, é altamente recomendado para gestantes, já que esse mineral é facilmente absorvido pelo organismo. Plínio também destaca que, ao contrário de crenças populares, o leite não é inflamatório, mas sim anti-inflamatório para a maioria das pessoas, sendo problemático apenas para quem tem intolerância à lactose, devendo neste caso ser substituído pelo leite sem lactose pois mantém todos os benefícios do leite, como o cálcio e as proteínas, sem causar desconforto.

Além do leite sem lactose, outras fontes de cálcio também são recomendadas, como queijos e iogurtes. Esses derivados podem ser consumidos por pessoas com intolerância à lactose, dependendo da gravidade da intolerância de cada indivíduo. Plínio Cezar de Almeida Júnior também destaca como boas opções de fontes de cálcio as folhas escuras, como couve, brócolis, rúcula e espinafre, e alguns grãos, como gergelim, soja, grão-de-bico e lentilha."

Em relação à qualidade do leite consumido, o especialista enfatiza a importância de escolher leite pasteurizado, especialmente para as gestantes. O consumo de leite cru pode representar um risco à saúde. "É fundamental atentar-se ao prazo de validade e à forma de armazenamento do leite. A recomendação é optar sempre pelo leite pasteurizado, que é mais seguro e livre de bactérias nocivas", afirma Plínio."

Desfazendo mitos sobre o leite e a nutrição
Além dos benefícios do leite para gestantes, Plínio também aborda alguns mitos comuns sobre esse alimento. Um dos principais equívocos é a crença de que o leite de caixinha contém produtos químicos prejudiciais à saúde. “Isso é um mito. O leite longa vida, ou UHT, é tratado com altas temperaturas para eliminar bactérias, mas não recebe conservantes ou agentes artificiais que possam prejudicar a saúde”, explica.

Vinícius Junqueira, diretor geral da Marajoara Laticínios, reforça a segurança do processo de envase do leite. “O leite UHT passa por um rigoroso processo de pasteurização e esterilização, que garante a eliminação de até 99,9% das bactérias, sem a adição de conservantes. Isso significa que o leite é 100% natural e seguro para consumo”, destaca Junqueira.

O processo UHT, que consiste em aquecer o leite a temperaturas extremamente altas por um curto período de tempo, preserva sua qualidade e mantém os nutrientes intactos. “Após esse processo, o leite é armazenado em embalagens herméticas e assépticas, garantindo que ele se conserve por até quatro meses sem a necessidade de refrigeração. Portanto, não é necessário ferver o leite de caixinha”, esclarece o especialista.

As informações são do Jornal de Brasília, adaptadas pela equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 16/2025 – SEAPI
Segundo o Boletim Agrometeorológico nº 16/2025 da SEAPI, o Rio Grande do Sul terá uma semana de clima relativamente estável, com previsão de baixos volumes de chuva na maior parte do estado. Após um período de precipitações que impactou a colheita de milho para silagem — ainda com 85% concluída —, o tempo deve se manter firme até quinta-feira (17), com temperaturas amenas. Na sexta (18), a formação de uma área de baixa pressão poderá trazer chuvas isoladas e tempestades passageiras, especialmente nas regiões central e norte. No sábado (19), a instabilidade se concentra na Serra e no Litoral Norte, enquanto nas demais áreas o tempo volta a ficar firme, com queda nas temperaturas devido à chegada de uma nova massa de ar frio. O domingo (20) será de tempo seco em todo o estado. Na segunda-feira (21), as temperaturas seguem amenas, e, a partir de terça-feira (22), a entrada de uma massa de ar mais quente deve provocar uma elevação gradual nos termômetros até quarta-feira (23). Os acumulados de chuva previstos são baixos, entre 2 mm e 10 mm, com exceções pontuais na Campanha, Região Metropolitana, Serra e Campos de Cima da Serra, onde os volumes podem ultrapassar os 20 mm. (Seapi)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 16 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.374


Fundesa registra queda nos pedidos de indenização na pecuária leiteira no primeiro trimestre

Conselheiros do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS aprovaram por unanimidade os números do primeiro trimestre de 2025. No período, o Fundesa alcançou um saldo de R$164 milhões, com a arrecadação de mais de R$8 milhões entre contribuições e rendimentos financeiros, e a aplicação de R$2 milhões em investimentos e indenizações nas quatro cadeias que compõem o fundo. Entre os destaques do trimestre, a continuidade dos investimentos na recuperação de equipamentos e insumos perdidos ou prejudicados no período das enchentes no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor. Para essa finalidade foram aplicados R$68 mil. O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, destaca entre os pontos apresentados na Assembleia Geral Ordinária que as indenizações tiveram o menor valor para um primeiro trimestre. Foram R$318 mil de janeiro a março, ante R$1,3 milhão no mesmo período de 2024 e R$2,4 milhões em 2023. O valor deste trimestre é o menor desde 2014. Para Kerber, a queda no número de pedidos de indenização pode representar que o setor vem fazendo seu trabalho de saneamento e controle nos rebanhos leiteiros. O Rio Grande do Sul é o campeão nacional na realização de testes de diagnóstico para brucelose e tuberculose. A medida é uma estratégia para controlar e erradicar a doença. A prestação de contas fica disponível no site em: https://www.fundesa.com.br/prestacao-de-contas


As informações são do Fundesa adaptadas pelo Sindilat RS


Passo a passo mostra como acessar o portal do Produtor Online

Desde o início de abril, produtores rurais gaúchos já podem emitir Guias de Trânsito Animal (GTAs) pelo celular no portal do Produtor Online. Basta entrar no sistema pelo login gov.br e ir em emissão da GTA. A plataforma contempla GTAs de bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos, equinos, asininos, muares, suínos, abelhas e peixes. Só em casos de exceção, onde existam exigências sanitárias específicas, o produtor ainda precisa ir às Inspetorias ou Escritórios de Defesa Agropecuária do seu município.

O portal foi lançado recentemente pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). Também fazem parte do público-alvo representantes de pessoa jurídica, responsáveis técnicos de diferentes áreas, médicos veterinários habilitados, entre outros.

De forma simplificada, a emissão de GTA pode ser feita com preenchimento de poucos campos:

● Selecionar a propriedade de origem dos animais;
● Selecionar a espécie animal que deseja emitir a Guia;
● Selecionar o destino dos animais (frigorífico ou outra propriedade);
● Informar a quantidade de animais em suas respectivas categorias;
● Informar os dados gerais;

● Finalizar a GTA na confirmação dos dados informados.

O tutorial completo para os serviços do Produtor Online, como a emissão da GTA, pode ser acessado no site da Secretaria da Agricultura - Seapi.

São emitidas, por ano, cerca de 1,6 milhão de GTAs e agora é possível, com orientações claras e de forma simples, emitir a Guia em qualquer aparelho mobile. Serão apenas sete etapas a serem preenchidas, com as informações necessárias. Também é possível fazer online o estorno ou cancelamento de uma GTA, o que antes só era feito presencialmente nas Inspetorias ou Escritórios de Defesa Agropecuária.

A confirmação de recebimento de animais também poderá ser feita online e pelo celular. Assim que o produtor recebe uma GTA, o sistema já fará um alerta na primeira tela informando que ele possui esta Guia para confirmação. Isso evita pendências com o Serviço Veterinário Oficial e mantém o rebanho devidamente atualizado.

SOBRE O PORTAL

O novo portal do Produtor Online foi reformulado e modernizado. Agora o acesso ao sistema pode ser feito com o login gov.br, sem a necessidade do produtor se deslocar até uma Inspetoria para solicitar senha de acesso. As atualizações cadastrais, assim como informes sobre nascimentos e mortes de animais, poderão ser feitas facilmente, podendo o produtor estar sempre com sua "ficha" em dia.

O novo sistema também traz o recurso de notificações direcionadas para o perfil do cliente/produtor, onde o mesmo passará a receber alertas inerentes a sua atividade específica, personalizando o sistema e melhorando a comunicação com o produtor. Além disso, ele está mais responsivo, ou seja, se adapta a qualquer dispositivo móvel.

A plataforma já contempla os serviços mais utilizados pelos produtores. "A ideia é que o produtor possa focar 100% no seu trabalho no campo, cuidar de seus animais, suas plantações, sem precisar se ausentar da sua propriedade, ter deslocamentos, gastos para executar atividades burocráticas. E esta ferramenta proporciona isto, fazer tudo de forma simples, prática e na palma da mão, tornando a produção rural cada vez mais eficiente", destaca o gerente de projetos da Agricultura Digital da Seapi, Daniel Gallina.

Além disso, o portal traz também links para acesso direto ao Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro), sistema com informações agrometeorológicas importantes ao produtor.

O desenvolvimento dos novos sistemas foi realizado pela gerência de projetos da Agricultura Digital da Seapi em parceria com a Procergs (Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do RS). (EMATER RS)

GDT 378: leite em pó volta a se valorizar no mercado internacional

Leilão GDT desta terça (15/04) apresenta nova alta média nos preços, mas com queda no volume negociado. Entenda o cenário global e nacional.

O 378º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) foi realizado nesta terça-feira (15/04) e continuou apresentando variações nos preços entre as diferentes categorias de produtos. O GDT Price Index, que reflete a média ponderada dos itens comercializados, alcançou USD 4.385/ton, marcando um aumento de 1,6% em comparação com o evento anterior, conforme mostrado no Gráfico 1.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT


Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

Entre as categorias negociadas no GDT, o leite em pó integral (LPI), principal produto do leilão, apresentou um avanço significativo, sendo comercializado por USD 4.171/ton – alta de 2,8% em relação ao evento anterior, conforme ilustrado no Gráfico 2.

Gráfico 2. Preço médio LPI

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

O leite em pó desnatado e o queijo Cheddar apresentaram quedas em seus preços no último evento, com recuos de 2,3% e 1,8%, respectivamente. Em contrapartida, algumas categorias registraram alta, como a Mozzarela, com avanço de 5,4%, e a manteiga, que subiu 1,5%.

A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao fim do evento, assim como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 15/04/2025.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
Redução no volume negociado permanece

O volume negociado no leilão manteve a tendência de queda. Ao todo, foram comercializadas 16.718 toneladas, o que representa uma redução de 5,2% em comparação com o evento anterior. Esse é o menor volume registrado desde agosto de 2019.

Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
Impacto nos contratos futuros

Os contratos futuros de leite em pó integral na Bolsa da Nova Zelândia (NZX Futures) apresentaram correções positivas para os próximos meses em relação às expectativas de março, porém no cenário ao longo do ano os preços futuros continuam a indicar retrações.

Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

De modo geral, observa-se um mercado com demanda aquecida, enquanto a oferta segue em retração, influenciada pela queda na produção sazonal da Nova Zelândia — o que eleva a competição entre os compradores no leilão. 

Os preços futuros vêm oscilando tanto em função desta mudança de estação quanto por questões geopolíticas, como as tarifações que aumentam as tensões comerciais entre Estados Unidos e China — principal importador global de lácteos. Além disso, o preço do petróleo segue gerando preocupações quanto aos custos de frete para exportações.

Neste contexto de valorização dos preços internacionais, os valores praticados nas exportações pelos nossos principais fornecedores (Argentina e Uruguai) também devem permanecer elevados. Somado a isso, o câmbio real/dólar vem operando em patamares mais altos nos últimos dias, o que aumenta o custo de importação para os compradores brasileiros. Como consequência, espera-se uma redução no volume de importações nos próximos meses. (Milkpoint)


Jogo Rápido

Mercado de Queijos | Muçarela ou mussarela? Jeito certo de escrever vai dar um nó na sua cabeça
Você certamente já escreveu “mussarela” assim, com dois ‘S’; ou então já viu escrito em algum cardápio por aí. Mas essa não é a forma correta de redigir a palavra. Apesar de mussarela com dois ‘S’ ser mais popular, a palavra deve ser grafada com “ç” (cê-cedilha): muçarela. A definição está exposta no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), publicado pela Academia Brasileira de Letras. Explicação está no aportuguesamento de uma palavra de origem italiana. Muçarela vem de mozzarella, uma palavra italiana – especialmente do dialeto napolitano. Há uma regra que impõe a escrita com o cê-cedilha. Quando as palavras estrangeiras que sofrem processo de aportuguesamento, o fonema /ce/, antecedido pelas vogais “a”, “o” e “u”, devem, necessariamente, ser escritas com cê-cedilha, resultando em: “ça”, “ço”, “çu”. Há muitos exemplos de palavras nas quais isso acontece. Açaí e paçoca, oriundas de línguas indígenas e africanas; açúcar, proveniente do árabe; praça, de origem espanhola, palhaço, palavra que também vem do italiano, assim como “muçarela”. Especialistas recomendam escrever “muçarela” em vestibulares e concursos públicos. Mesmo que “mussarela” seja uma maneira representativa por sua força popular, contraria o sistema ortográfico vigente e não está representada no VOLP da ABL. (Bol via EdairyNews)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 15 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.373


Teste inédito indica o para cada caso de mastite antibiótico certo

Solução apresentada por médica-veterinária e pesquisadora gaúcha indica ao produtor o medicamento para o combate de bactérias causadoras da mastite de forma assertiva, reduzindo drasticamente custos e proporcionando maior qualidade do leite produzido

Um teste inédito que indica os antibióticos resistentes em casos de mastite no rebanho leiteiro, desenvolvido pela startup gaúcha Suport D Leite, fundada pela médica-veterinária e pesquisadora Denize da Rosa, está prestes a chegar ao mercado como solução para um antigo problema enfrentado pelos pecuaristas, reduzindo drasticamente seus custos. 

Em 2021, Denize abriu o primeiro laboratório privado de análises de leite no Rio Grande do Sul, iniciando, com isso, a prestação de serviços a técnicos e aos próprios produtores do noroeste gaúcho. Antes, já havia trabalhado com qualidade do leite no mestrado e, por dois anos, esteve em campo antes de ministrar aulas no ensino superior, em 2012. 

Em 2015, ela começou o doutorado em bovinocultura de leite e passou a conhecer ainda mais a realidade da cadeia do leite, dentro e fora da porteira, atuando com pesquisa, ensino e extensão, além de participar da Rede Leite, uma iniciativa que reúne várias instituições nesta área.  “Conhecia muitas pessoas no setor e decidi abrir o laboratório, que, no início, funcionava na garagem da minha casa, com uma estrutura modesta e recursos limitados para investir. Inaugurei em fevereiro de 2020, mas em março veio a pandemia e, sinceramente, se não fosse minha trajetória e conexão com a cadeia do leite, teria desistido”, conta Denize. 

Ela passou então a pensar em como utilizar seus conhecimentos técnicos para contribuir com o avanço do mercado sabendo das dificuldades que o produtor tem no dia a dia para manter a qualidade do leite e entendendo a importância de um leite de qualidade para a nutrição das pessoas. “Acabei salvando a vida da minha filha com fórmula à base de leite de vaca, porque não pude amamentá-la devido a um câncer de mama que tive, e isso me motivou a ajudar os produtores”, comenta. 

Passada a pandemia, as atividades do laboratório foram sendo ampliadas, incluindo serviços de consultoria em parceria com o Sebrae-RS, além da prestação de serviços para laticínios por meio do Programa Leite Mais Saudável, do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). “Focamos também na implementação do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes, alinhado ao objetivo da OMS de produzir alimentos de maior qualidade, reduzindo desperdícios e promovendo uma nutrição mais sustentável”.

Com sua experiência em pesquisa, atuação como professora na área de meio ambiente e sustentabilidade e vínculo com empresas focadas na melhoria da qualidade do leite, Denize teve um insight a partir do relato de um produtor que mencionou a dificuldade de encontrar um antibiótico eficaz para tratar uma vaca com mastite, após várias tentativas sem sucesso. 

“Ele não tinha tempo de ir até a cidade para realizar um teste e me perguntou se eu não poderia desenvolver um kit para ser usado diretamente na fazenda com os medicamentos que ele costumava usar. 

Foi nesse momento que percebi que esse produto ainda não existia e assim surgiu o teste”. Atualmente, embora exista um teste com essa finalidade, ele só pode ser realizado em laboratórios sediados na zona urbana, o que limita o acesso dos produtores rurais, muitas vezes localizados distantes da cidade. 

Para superar essa limitação, a startup desenvolveu uma versão modificada desse teste para uso em campo. Este projeto está sendo validado por meio do Programa Manutenção de Talentos Tecnológicos – Emergência Climática, lançado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS), em outubro de 2024. 

Com essa inovação, espera-se reduzir em até 80% as chances de erro nos tratamentos, prevenindo a seleção de superbactérias. “Desenvolvemos o kit e incubamos na Criatec, em Ijuí-RS. Com esta inovação, participamos de diversas batalhas de startups regionais, ganhando alguns prêmios. Destaca-se que, em 2023, fomos selecionados para o programa ‘Innovations in Sustainability 2023’, uma iniciativa da Village Capital, com o apoio da Unilever, que selecionou 11 startups lideradas ou fundadas por mulheres na América Latina”. 

“Nosso objetivo era qualificar o produto para que, no futuro, tenha escala internacional, e fomos a única empresa selecionada do Brasil”, afirma Denize. Outra meta, segundo ela, é permitir ao produtor ter acesso a amostras de antibióticos (de forma semelhante que se tem hoje a amostras de perfume), para testá-los diretamente e identificar rapidamente quais são eficazes e quais não funcionam, embora o resultado ainda não seja instantâneo, já que o processo leva cerca de 24 horas. 

A ideia também é adaptar o teste para que fique disponível na própria fazenda, em cooperativas ou em lojas de produtos agropecuários, facilitando o acesso e agilizando a tomada de decisão.

Além disso, está em fase final de desenvolvimento um aplicativo que reunirá todos os dados, facilitando a gestão da propriedade e permitindo que empresas e órgãos governamentais utilizem essas informações para validar novos produtos e protocolos. O sistema também poderá auxiliar na retirada do mercado de medicamentos que já não apresentem eficácia, uma vez que estudos indicam que alguns antibióticos possuem mais de 90% de resistência e não deveriam mais estar disponíveis.

Com o kit SuporTest Antibiograma, o produtor, após realizar a cultura e identificar o tipo de bactérias encontradas na amostra de leite, poderá definir quais antibióticos estão resistentes. Para isto, em uma placa de cultura – dispositivo utilizado para o cultivo de microrganismos, células ou tecidos –, irá colocar as bactérias em contato com os medicamentos e, em 24 horas, verificará se o antibiótico disponível é eficaz ou não. 

Além disso, será possível realizar o teste com uma amostra de leite do resfriador, permitindo ao produtor obter uma visão ampla da saúde do rebanho. Atualmente o teste, que custa R$ 55,00, é vendido apenas a técnicos e veterinários para uso nas propriedades assistidas por eles. 

Parceria – Dois anos atrás, após uma reunião com o empresário Dante Maurício Tissot, proprietário da Dubai Alimentos – empresa de Ijuí-RS especializada na comercialização de aveia para nutrição humana e parceira de pelo menos cinco universidades –, ele se interessou pela proposta e decidiu investir no negócio, reconhecendo seu potencial inovador.

“Percebi que talvez essa fosse a chance de avançar de uma forma mais rápida e assertiva. Fechamos o negócio e a primeira coisa que fiz foi trocar de local, saindo da garagem. Contratamos mais funcionários, nós nos qualificamos na questão de equipamentos e começamos a fazer experimentos internos para modificar o teste”, afirma Denize.

O empresário, por sua vez, destaca que, apesar do seu interesse ter surgido apenas como investidor, também se sensibilizou justamente pelo propósito do projeto de levar qualidade e segurança alimentar para quem consome leite, pois sua empresa também participa desse mercado de segurança alimentar e produção de alimentos de qualidade.

lém do aporte financeiro, cujo valor se absteve de revelar, colocou a equipe da sua empresa à disposição para ajudar na organização e gestão da startup, no desenvolvimento do próprio aplicativo e no modelo de negócio. “Sempre que se fala em alimentação, faz sentido para nós, pelo negócio que já temos, e, quando podemos olhar com carinho essas iniciativas, a gente olha. Realmente, o projeto é muito interessante, pois minimiza e faz com que o uso de antibióticos seja mais assertivo, com impacto direto na qualidade do que está sendo produzido. É uma segurança alimentar e também para o produtor e para o consumidor. Isso nos levou a investir”, revela. 

Produtores apontam vantagens no uso do teste
O primeiro contato da produtora Fernanda Fydryszewski com a Suport D Leite aconteceu através de uma influencer da região, que publicou algo sobre o laboratório nos stories, chamando sua atenção. Ao comentar com o veterinário que presta assistência à sua propriedade, ele sugeriu que ela fizesse os testes no laboratório para ter mais assertividade e mais controle dos casos de mastite.“Hoje não sei mais tratar uma vaca sem o antibiograma, porque fazer isso sem ele e sem a cultura, com tantas bactérias e tantos tipos de antibiótico para combatê-las, é como dar um tiro com os olhos vendados”. Categoricamente, ela afirma que o tratamento antes era “muito ruim”, porque tinha que ser feito duas, três e até quatro vezes na mesma vaca e quase sempre acontecia até de perder o animal. 

“O antibiótico parecia curar, mas depois a bactéria voltava ainda mais forte e mais avassaladora, sem muito mais a fazer. Poder usar o antibiótico certeiro é a melhor parte”. Com o teste, ela consegue fazer tratamentos mais leves, não tão invasivos, e certeiros, proporcionando mais qualidade de vida às vacas, diminuindo o desperdício e descarte de leite. A redução “drástica” dos custos é outra vantagem, pois o uso de antibióticos antes era quase que indiscriminado. “O consumo caiu em torno de 70%, pois chegávamos a ter até seis vacas sendo tratadas de uma só vez, além do descarte que também era um absurdo”. Por isso, ela afirma que não hesitaria em recomendar o teste a qualquer produtor, pois o considera “uma mão na roda, literalmente”, além da excelente qualidade do leite obtido. 

Economia – Da mesma forma, na Agropecuária Lambrecht, do casal Diéssica Lambrecht Amaral e Samoel Amaral, também de Ijuí, os resultados da utilização do teste foram bastante promissores e, com isso, a adesão foi imediata e sem volta. “Descobri o laboratório através do veterinário que me atende, a quem sempre perguntava o melhor antibiótico para utilizar e ele sempre recomendava que, para isso, o ideal seria saber exatamente que bactéria estava atacando o animal. Em novembro de 2023, tive um caso de mastite na propriedade e decidi ir até o laboratório buscar os frasquinhos para coleta das amostras e foi assim que começou a nossa relação de negócios”, conta Amaral. Desde então, ele já fez 47 testes na propriedade e, desses, 12 deram negativo, evitando “jogar dinheiro fora” com o uso desnecessário do antibiótico. Nos demais testes, com bactérias identificadas, o SuporTest Antibiograma propiciou o tratamento assertivo e a cura dos animais. Segundo Amaral, em cada tratamento, o custo fica em torno de R$ 1mil, entre antibióticos e o descarte do leite. “Ou seja, se fizermos a conta, só dos casos negativos tivemos uma economia de R$ 12 mil, um dinheiro que seria desperdiçado”, resume. (Balde Branco)


Global Dairy Trade - GDT

Fonte: Global Dairy Trade editado pelo Sindilat


"Não podemos mais ficar à mercê das questões climáticas"

Entrevista - Edivilson Brum - Secretário estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação

Duas das prioridades apontadas pelo novo titular da Secretaria Estadual da Agricultura, Edivilson Brum, estão diretamente relacionadas ao clima: o avanço da área irrigada e a solução para o endividamento dos produtores.

Como fazer a irrigação avançar no Estado?
O governador Eduardo Leite determinou a irrigação como prioridade número um. Temos em aberto o projeto em que o produtor pode receber até R$100 mil do Estado. Quais os motivos pelos quais temos menos de 4% da lavoura de soja irrigada? Primeiro, pela questão cultural. Temos de ver a questão de financiamento, o custo, que também pode ser um dos gargalos.

Por que ter uma subsecretaria, criada agora, para tratar do tema?
Temos vários projetos em diferentes setores, não só da secretaria, mas de outros órgãos ligados ao governo. Então, o governo acredita que criando a subsecretaria reúne todos os projetos, inclusive do próprio Funrigs, do Plano de Recuperação do Estado. Fica concentrado na Secretaria da Agricultura, sob uma liderança, para que o trabalho seja tocado com a eficiência e a celeridade que requer. Não podemos mais ficar à mercê das questões climáticas.

Outro foco deve ser as dívidas de produtores...
Tem duas propostas, uma na Câmara e uma no Senado, e o governo do Estado também chamou todos os atores, entidades e parlamentares para apresentar uma alternativa, que seria buscar um recurso no fundo social para quitar essas dívidas e depois vai se devolvendo este recurso. Porque de nada adiantará fazer um grande projeto de irrigação se os produtores não tiverem acesso ao crédito. A nossa perspectiva é de sensibilizar o governo (federal). (Zero Hora)


Jogo Rápido

Robôs e softwares da Lely garantem decisões estratégicas e maior controle
Equipamentos, como robôs de ordenha, e softwares de gestão trouxeram à pecuária leiteira a possibilidade de monitorar o rebanho em tempo real, identificando oportunidades de melhorias e problemas antes que estes se tornem críticos. Um exemplo dessa transformação está na história de superação e inovação da Cabanha DS, localizada em Vila Lângaro (RS). Após enfrentar dificuldades que quase resultaram no encerramento da atividade leiteira, a propriedade retomou a produção há pouco mais de um ano, agora focada em um modelo de gestão automatizado. A propriedade é administrada pela família Secco, que, em processo de sucessão familiar, apostou na modernização, com robôs de ordenha da Lely e o software de gestão Horizon, como caminho para superar os desafios e tornar o negócio sustentável e competitivo. Atualmente, cada vaca produz, em média, 48 litros de leite por dia, performance que é monitorada detalhadamente com dados coletados automaticamente durante a ordenha e enviados para análise no sistema. (Balde Branco)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 14 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.372


Santa Clara, Piá e Elegê se destacam no Prêmio Marcas de Quem Decide 

As marcas Santa Clara, Piá e Elegê, associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), estão entre as cinco mais lembradas e preferidas na 27ª edição do Prêmio Marcas de Quem Decide, realizado pelo Jornal do Comércio em parceria com o Instituto Pesquisas de Opinião (IPO).

Santa Clara lidera nas duas frentes entre produtos lácteos, onde registrou 24,75% de lembrança e 28,1% de preferência. Conforme a pesquisa, a marca foi citada por lideranças de todas as regiões do Rio Grande do Sul e aparece em primeiro lugar em seis delas. 

A Piá ocupa a segunda posição geral, com 11,25% de lembrança e 12,5% de preferência, também com presença em todas as regiões do Estado. Já a Elegê se consagra em terceiro lugar em lembrança (9,5%) e mantém a terceira colocação também em preferência (11,3%), sendo citada em todas as regiões e liderando em duas: Ijuí e Uruguaiana. 

Santa Clara e Piá também se destacam entre as cooperativas, sendo a quarta e sexta mais lembradas e Santa Clara como a terceira preferida. O ranking está no caderno especial publicado nesta segunda-feira (14/04) e pode ser acessado aqui.  

Ao todo, foram pesquisados 70 setores da economia gaúcha, para definir as mais lembradas e preferidas, através da realização de 400 entrevistas entre lideranças das principais cidades gaúchas em todas as regiões do estado, que resultaram em quase 5 mil marcas citadas. (SINDILAT/RS)


Fenasul Expoleite 2025 é lançada com expectativa de retomada

Evento ocorre de 14 a 18 de maio, no Parque Assis Brasil em Esteio

Com espírito de retomada, após a feira ter sido cancelada no ano passado, foi oficialmente lançada a 18ª Fenasul e 45ª Expoleite, na manhã desta segunda-feira (14/4). As estrelas da festa, duas vacas holandesas, duas cabras, e um exemplar da raça Árabe de equinos, participaram mais uma vez do ato realizado na sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em Porto Alegre. A Fenasul Expoleite 2025 ocorre de 14 a 18 de maio, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

O evento reúne produtores rurais, empresas, entidades e lideranças do agro, além de contar com exposição de animais e realização de concurso leiteiro, avaliação morfológica, seminários e eventos técnicos. A feira é uma realização da Seapi e da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), com co-promoção da  Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul  (Fetag-RS), Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e Prefeitura de Esteio.

Junto com a Fenasul Expoleite também acontece o 10º Rodeio Fenasul, a Feira da Agricultura Familiar, que este ano conta com 40 estandes para as agroindústrias, o 3º Rodeio Artístico de Esteio e a 4º Multifeira de Esteio, com exposição da indústria, comércio, serviços e artesanato do município, shows musicais todos os dias, apresentações culturais, espaços de inovação e kids, entre outras atrações.

Este ano, a grande novidade é que a Fenasul Expoleite receberá o 2º Campeonato Pan-Americano de Assadores Ancestrais, organizado pelo chef Edi da Gre e a Associação Gaúcha de Churrasqueiros e Chefs. Além da competição de parrilleros e assadores, onde são esperados cerca de 300 chefs de 14 países, também será assada a maior linguiça do mundo - 150 metros -, e o maior carreteiro do mundo, com dez toneladas de alimentos que podem servir cerca de 20 mil pessoas. Uma iniciativa que une a gastronomia, a cultura e a ação social, com a distribuição da comida para entidades e comunidades carentes.

O secretário da Agricultura, Edivilson Brum, disse estar feliz em ser o primeiro evento que participa como chefe da pasta e agradeceu às parcerias das entidades promotoras da Fenasul Expoleite e destacou o trabalho feito, depois da tragédia climática do ano passado, para dar a volta por cima, especialmente através do setor primário. “Este ano, pretende-se quebrar recordes, entre eles, servir o maior carreteiro do mundo. Isso agrega valor ao evento. Se a gente olhar a tradição da Fenasul Expoleite, ela vem cada vez mais se tornando gigante”, pontuou Brum. Ele destacou ainda a expertise e qualidade dos técnicos da Seapi que contribuem para o crescimento da feira e da atividade produtiva do leite. “O que nos dá segurança em relação à sanidade animal, na qual somos referência em nível nacional”, falou com orgulho.

O presidente da Gadolando e da Febrac, Marcos Tang, enfatizou que a Fenasul Expoleite é a grande feira de outono que propicia mais possibilidades de negócios. “No outono, é melhor fazer negócios com gado de leite, já que é a época onde as novilhas estão parindo com melhores perspectivas de pastagens, inclusive” destacou. Tang lembrou que Fenasul Expoleite e Expointer são os dois grandes eventos anuais para os produtores de leite. “E para que todos saibam, a Fenasul Expoleite tem apenas duas edições a menos que a Expointer, portanto, é uma feira de tradição consolidada, temos antiguidade”, ressaltou. Tang acrescentou que a entrada é franca, citou todos os apoiadores do evento e disse que espera suplantar a edição de 2023. “Tivemos 100 mil visitantes na última edição e a ideia é superar esse número na feira que acontecerá de 14 a 18 de maio no Parque Assis Brasil, em Esteio”, finalizou.

A feira é totalmente gratuita, com acesso do público pelo portão 3, para quem desce do Trensurb, e pelo portão 7, na rua lateral ao Parque (Av. Celina Chaves Kroeff), para pedestre e veículo.

O vice-presidente da Fetag-RS, Eugênio Zanetti, ressaltou que estar representando a entidade nesse importante evento, que é o lançamento da Fenasul Expoleite, é motivo de muito orgulho. “Estaremos presentes com 40 agroindústrias familiares, levando o que há de melhor da nossa produção — alimentos com identidade, qualidade e o esforço das famílias do campo. A Multifeira é um espaço fundamental para dar visibilidade a esses empreendimentos, que geram renda, preservam a cultura local e fortalecem as economias regionais. O evento não apenas abre portas para a agroindústria familiar, mas também proporciona um cenário de fortalecimento e união entre os agricultores, suas famílias e todas as entidades envolvidas. A Fenasul é uma oportunidade para mostrar a força da Agricultura e Pecuária Familiar e como ela é essencial para a economia e o desenvolvimento sustentável do nosso Estado. É a união de todas as entidades que torna possível o sucesso deste evento, refletindo a força coletiva e o compromisso com o futuro do campo”, afirmou Zanetti.

O diretor vice-presidente da Farsul, Domingos Velho Lopes, reforçou que a Fenasul Expoleite é um patrimônio do Estado. Ele salientou a necessidade urgente da ampliação da irrigação. “Não podemos mais, como sociedade gaúcha, emitir esse atestado de incompetência ao perder 30%, 40% das lavouras de sequeiro em decorrência da estiagem”, afirmou. 

Domingos também aproveitou para falar do atual momento do setor como período de maior maturidade com a união das entidades e classe política na busca por solução ao endividamento dos produtores e destacou que os reflexos das dificuldades são para toda sociedade gaúcha, refletindo diretamente no PIB do Rio Grande do Sul.

Em sua fala, o prefeito de Esteio, Felipe Costella, destacou os principais responsáveis pelo evento. “Quero iniciar minha saudação por todos os produtores de leite que aqui estão. A minha saudação inicia pelos senhores e senhoras, pois são vocês que fazem a Fenasul e a Expoleite acontecer e são vocês que fazem com que essas feiras cresçam a cada ano”, afirmou. “Passou pandemia, passou enchente, e nada foi capaz de deter o nosso produtor aqui do Rio Grande do Sul. Nós estamos fazendo a Fenasul, Expoleite e Multifeira de Esteio e eu não tenho dúvida nenhuma de que será a maior em toda a história do nosso estado”, ressaltou. (SEAPI)

EMBRAPA CILEITE: Nota de Conjuntura Mercado de Leite e Derivados Abril de 2025

Abril de 2025 se iniciou com os EUA definindo novas tarifas de importação, mas sem impactos imediatos sobre o setor lácteo brasileiro. A Argentina apresentou sinais preliminares de recuperação econômica, que pode favorecer a retomada do consumo interno e gerar efeitos positivos sobre fluxos comerciais regionais. No Brasil, ganhou força o debate em torno da isenção tarifária para produtos da cesta básica, com potencial de alterar o comportamento de consumo de itens essenciais, incluindo os lácteos.

Do ponto de vista da produção, os dados da CLAL (fev/2025 em relação a fev/24) revelam cenários distintos entre os países. Enquanto a Argentina registrou alta de 8,3% na produção de leite, o Uruguai teve crescimento moderado de 1,9%. Em contraste, importantes exportadores globais enfrentaram quedas: Estados Unidos (-2,5%), Nova Zelândia (-2,6%) e Austrália (-4,8%), refletindo os efeitos do clima adverso, custos de produção elevados e readequações no mercado internacional.

O padrão de consumo mundial segue muito correlacionado ao poder aquisitivo. Enquanto países desenvolvidos mantêm níveis superiores a 300 L de leite equivalente/hab. ao ano, o consumo das economias emergentes permanecem abaixo de 100 litros/hab., evidenciando desafios estruturais.

No mercado internacional, os preços recuaram na maior parte dos derivados (1o. leilão GDT de abr/25 em relação ao último de mar/25), com exceção do leite em pó desnatado, que teve alta de 5,9% e atingiu seu maior valor em 9 leilões consecutivos. Essa valorização pode estar relacionada à recomposição de estoques em países importadores e à menor oferta nos países exportadores. Em sentido oposto, a muçarela apresentou queda de 4%, atribuída à retração da demanda internacional, especialmente em mercados asiáticos. A manteiga também sofreu desvalorização, após altas anteriores e diante da pressão inflacionária que vem reduzindo o consumo em alguns mercados.

No cenário doméstico, há sinais mistos. A expectativa de crescimento do PIB foi levemente reduzida, de 2,01% para 1,97%, enquanto a taxa Selic segue em 14,25%. O IPCA geral subiu 5% em março e o de lácteos 10%, reduzindo o poder de compra das famílias. Apesar disso, observa-se melhora nas condições do mercado de trabalho, com aumento de 2,45% na taxa de pessoal ocupado entre dez/24 e fev/25, comparado ao mesmo período do ano anterior. O rendimento dos trabalhadores chegou ao recorde da série (R$ 3.378), assim como o número de trabalhadores com carteira assinada (39,6 milhões). Além disso, tem-se os estímulos das políticas de transferência de renda como o Bolsa Família (injeção de R$ 27,61 bilhões no ano), reajustes no Auxílio-Gás (R$ 575 milhões) e no salário mínimo (atualmente em R$ 1.518), além do pagamento do abono PIS/Pasep (R$ 30,7 bilhões previstos para o ano). Esses movimentos vêm sustentando o consumo das famílias e contribuindo para um cenário relativamente favorável para os lácteos no curto prazo.

O ICPLeite deste mês apresentou alta de 1%, influenciado pelo aumento dos custos com concentrado (3,2%) e com qualidade do leite (2,4%), elementos que devem continuar pressionando a margem do produtor, especialmente no início da entressafra. O preço médio pago ao produtor, passou de R$ 2,65/L em janeiro para R$ 2,77/L em fevereiro.

No atacado, os preços seguem tendência de alta. Em março, o leite UHT valorizou 1,22%, o leite em pó 0,43%, e a muçarela teve ligeira elevação de 0,19%, o que reflete o ajuste típico do início do período de menor produção.

O consumo domiciliar apresenta comportamento positivo, com dados recentes indicando mudanças importantes no perfil de compras dos brasileiros. Em 2024, o dispêndio com o consumo nos lares teve alta de 3,72%, sendo o leite um dos principais responsáveis, com contribuição de 22,4% nesse crescimento.  O leite com sabor, que inclui as bebidas lácteas proteicas, apresentaram elevação de 10,7% nas unidades vendidas, demonstrando a consolidação dessa categoria entre os consumidores preocupados com saúde e nutrição. O iogurte também teve desempenho expressivo, com alta de 9,7% nas unidades comercializadas.

Segundo a Abras, a expectativa é de crescimento de 2,7% no dispêndio com o consumo de alimentos nos lares em 2025. Em fev/25 comparado com o mesmo mês do ano passado, registrou-se aumento no valor vendido de leite (5%), leite condensado (7%), leite em pó (9%) e iogurte (10%). Com a proximidade da Páscoa, que é um dos períodos de maior volume de vendas no varejo alimentar brasileiro, há expectativa de incremento nas vendas de queijos. A sazonalidade, aliada ao ambiente de recuperação da renda, deve impulsionar o consumo desses produtos.

Diante disso, o cenário atual do setor leiteiro pode ser considerado moderadamente positivo. Embora existam pressões inflacionárias e desafios na produção, o consumo segue sustentando o mercado doméstico. A atenção deve se voltar para o mercado internacional, o comportamento dos custos durante a entressafra e para a permanência das políticas de transferência de renda e continuidade de bons indicadores no mercado de trabalho, que têm sido fundamentais para sustentar o consumo das famílias brasileiras.

FONTE: Resumo das informações discutidas na reunião de conjuntura da equipe do Centro de Inteligência do Leite, realizada em 07 de abril de 2025.

Autores*: Kennya B. Siqueira, Alziro V. Carneiro, Glauco R. Carvalho, José Luiz B. Leite,  Lorildo A. Stock, Luiz A. Aguiar de Oliveira, Manuela S. Lana, Marcos C. Hott, Paulo do C. Martins, Ricardo G. Andrade, Samuel José de M. Oliveira.
*Pesquisadores e analistas da Embrapa Gado de Leite.


Jogo Rápido

FALTA UM MÊS: Associados ao Sindilat RS têm desconto no MilkPro Summit 2025
Os associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) contam com condições especiais para participar do MilkPro Summit 2025, evento que ocorrerá nos dias 15 e 16 de maio, em Atibaia (SP). A iniciativa busca reunir produtores, especialistas e investidores para discutir o futuro da produção leiteira no Brasil e no mundo e está dividida entre seis painéis temáticos focados nas mudanças provocadas pela tecnologia. São eles: Tendências para o leite no mundo: produção e consumo; A fronteira da inovação, digitalização e IA aplicada à atividade leiteira; Farmer’s Fórum – A visão de negócio de 3 produtores globais; Mudando o jogo na comunicação com o consumidor; Leadership Talk e Estratégia de negócios envolvendo a atividade leiteira. Para garantir a inscrição com 10% de desconto, os sócios devem acessar o link clicando aqui. O evento também contará com painéis de discussão e momentos para a troca de experiências e ampliação de conexões no setor. (Sindilat)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 11  de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.371


Edivilson Brum assume como secretário da Agricultura

O deputado estadual em primeiro mandato, Edivilson Brum, assumiu o cargo de secretário estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). A nomeação foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (9/4). Brum ocupará o posto exercido por Clair Kuhn desde junho do ano passado.

Márcio Madalena segue como secretário-adjunto da pasta. Além da mudança na gestão, o governo do Estado anunciou a criação da Subsecretaria da Irrigação, que será comandado por Paulinho Salerno.

Brum falou que é uma honra estar à frente dessa tão importante Secretaria do governo, responsável por 40% da riqueza do Rio Grande do Sul, que é setor primário. “A irrigação será um dos projetos prioritários. Temos um percentual muito baixo de lavouras irrigadas e temos que enfrentar essa situação e seus gargalos. O endividamento dos agricultores também é prioridade. Nas últimas cinco safras tivemos frustrações e isso fez o nosso agricultor se endividar. O gaúcho quer pagar suas contas e honrar seus compromissos, mas precisamos que o governo federal se sensibilize em relação ao tema. E vamos dialogar junto”, ressaltou o secretário.

Deputado estadual desde 2023, Edivilson cumpre seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa e agora é licenciado para assumir o cargo de secretário de estado. Sua trajetória pública começou em Rio Pardo, onde foi vereador (1993–1996) e presidente da Câmara Municipal. Foi eleito vice-prefeito em 1997 e prefeito em 2001, sendo reeleito para um segundo mandato em 2005.

Fora de cargos eletivos, presidiu a Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás), de 2006 a 2007, atuou como assessor da presidência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Ministério da Agricultura (2012–2013) e ocupou cargos de liderança na Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs) e na Escola de Gestão Pública de Porto Alegre. Em 2015, assumiu a presidência da Companhia Riograndense de Mineração (CRM). Em 2020, foi eleito novamente prefeito de Rio Pardo, de onde se licenciou para concorrer ao Parlamento Gaúcho. (SEAPI)

Crédito: Divulgação Seapi


Toda a Europa faz a contagem de suas vacas: rebanho bovino recua de forma inédita 3% em 2024

A redução do rebanho bovino está longe de ser um problema exclusivamente francês. Em seu relatório Tendências Leite e Carne, o Instituto de Pecuária destaca a evolução do rebanho bovino europeu, e ninguém escapa dessa realidade. A mais recente publicação da Comissão Europeia sobre a evolução do número de cabeças na União confirma uma aceleração da redução do rebanho bovino.

“Observamos uma queda inédita de 3% no rebanho europeu, considerando todas as categorias de vacas”, aponta Ilona Blanquet no relatório do Instituto de Pecuária. “Estávamos mais acostumados a uma erosão lenta e contínua, na ordem de 1% ao ano”, analisa a economista.

O motivo? A sucessão de eventos climáticos extremos. “Ou são secas recorrentes, ou chuvas excessivas e inundações.” Em outras palavras, os criadores estão ajustando o tamanho dos seus rebanhos para enfrentar os anos ruins em termos de produção de forragem. Em alguns países europeus, as exigências ambientais também incentivam a redução dos rebanhos, como é o caso dos Países Baixos e da Irlanda. E a França não é o único país que enfrenta o desafio da renovação geracional entre os pecuaristas.

A França perdeu 140 mil vacas em 2024

A França, maior país em número de vacas na Europa, registrou uma queda de 2% no rebanho em 2024. “São 140 mil vacas a menos em um ano (considerando todos os tipos de rebanho). É um número significativo”, continua Ilona Blanquet. A Alemanha, segundo maior rebanho da UE, também não ficou de fora, com uma redução de 3% no número de animais. Até mesmo a Espanha, que tem uma presença forte no mercado de carne bovina, foi impactada, com uma redução de cerca de 1%.

“A Espanha enfrentou secas severas, e o rebanho de corte do centro do país foi reduzido para se adaptar às condições forrageiras deterioradas.” Na Irlanda, o problema não foi a seca, mas o excesso de chuvas, que contribuiu para a redução do rebanho em 3%, o quarto maior da Europa. O caso irlandês tem uma particularidade: a queda se concentrou nas vacas de corte, que representam um terço do total de cabeças.

“As chuvas incessantes entre novembro de 2023 e maio de 2024 levaram os criadores a descartarem animais por falta de condições adequadas para alimentá-los ou deixá-los pastar.” O rebanho de corte, assim, registrou uma queda de 6% em 2024. Apenas a Romênia manteve seu rebanho estável, com 1,1 milhão de vacas.

A reforma do setor leiteiro irlandês atinge níveis históricos
A menor disponibilidade está elevando o preço do abate de vacas, tanto leiteiras quanto de corte. Na semana de 10 de março, poucos dias antes das festividades de São Patrício, o preço da vaca tipo O na Irlanda atingiu um nível histórico.

“O preço subiu 65 centavos em quatro semanas, chegando ao valor inédito de 6,14 €/kg de carcaça”, comenta a economista. “É o maior valor dos últimos 22 anos.” Além disso, o preço do leite, que deveria incentivar a produção, não está favorecendo a permanência das vacas nos rebanhos. Ao mesmo tempo, a vaca tipo O na Alemanha chegou a 5,38 €/kg de carcaça. Na França, o valor ficou em torno de 5,17 €/kg de carcaça no mesmo período. (Agri Mutuel tradução livre Sindilat)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1862 de 10 de abril de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

Devido ao vazio forrageiro outonal, segue a necessidade de maior uso de alimentos conservados e concentrados, bem como o ajuste das dietas. A queda das temperaturas contribuiu para a redução da população de moscas-dos-chifres, mas houve aumento da infestação por carrapatos e na incidência de tristeza parasitária. A produção de leite continua em queda, ainda influenciada pela escassez de pastagens e pelas condições climáticas adversas.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a menor disponibilidade de pasto verde de qualidade tem levado à diminuição da produção de leite, chegando a até 20% em algumas propriedades. 

Na de Caxias do Sul, as chuvas favoreceram os sistemas de produção de leite a pasto, melhorando a oferta de forragem e reduzindo o uso de silagem e feno. A queda de temperatura eliminou o estresse térmico nos animais. Apesar das chuvas terem dificultado a manutenção da qualidade do leite, os produtores conseguiram manter os padrões exigidos. 

Na de Erechim, o manejo sanitário segue adequado, com destaque para as vacinações preventivas contra raiva bovina, em função de casos registrados. O controle de ectoparasitas têm sido um desafio em decorrência da grande incidência de carrapatos. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite se reduziu em razão da antecipação do vazio forrageiro e da influência das altas temperaturas. 

Na de Ijuí, nas propriedades com sistema de produção a pasto, houve diminuição na produção de leite, levando ao aumento do uso de forragens conservadas. 

Na de Passo Fundo, as condições do rebanho se estabilizaram após o período de estiagem, com melhora no escore nutricional em virtude da suplementação alimentar.
 
Na de Porto Alegre, as temperaturas amenas e as chuvas beneficiaram o manejo do rebanho e o preparo de áreas para implantação das pastagens de inverno. 

Na de Santa Maria, as chuvas permitiram a intensificação da implantação das pastagens de inverno, inclusive nas áreas de integração lavoura-pecuária, como em Júlio de Castilhos. A escassez de forragem está mais acentuada nas propriedades que dependem de pastagens anuais. 

Na de Santa Rosa, a redução da insolação e as chuvas aumentaram o consumo de alimentos conservados e proporcionaram a retomada da produção diária de leite. 

Na de Soledade, as chuvas favoreceram o rebrote das pastagens perenes e anuaisde verão, garantindo maior estabilidade na oferta de forragem para o rebanho leiteiro. (Emater/RS editado pelo Sindilat)


Jogo Rápido

PREVISÃO METEOROLÓGICA ATÉ 16/04/2025
Na última semana, o Rio Grande do Sul foi novamente impactado por volumes expressivos de chuva, acompanhados de uma acentuada queda nas temperaturas. A previsão para os próximos dias indica a ocorrência de chuvas irregulares, tanto em distribuição quanto em volume, no Rio Grande do Sul, acompanhadas por temperaturas amenas. Na sexta-feira (11/04), uma área de alta pressão migratória, posicionada sobre o oceano a Leste do Estado, continuará enviando umidade para o continente, favorecendo a formação de nuvens e provocando chuvas no Litoral gaúcho, com possibilidade de volumes moderados. No sábado (12/04), uma frente fria deverá avançar pelo RS, provocando chuva localizada, especialmente em regiões do Norte e do Sul. Já no domingo (13/04), ainda poderão ocorrer precipitações em quase todas as regiões. A previsão aponta para que, na segunda-feira (14/04), a frente fria esteja em deslocamento para o oceano, provocando nebulosidade e chuvas isoladas no Litoral. Nas demais áreas, o tempo permanecerá firme. No entanto, a partir de terça-feira (15/04), instabilidades provenientes do Noroeste do Estado começarão a avançar, trazendo chuvas para as regiões entre o Noroeste e o Centro. As instabilidades devem se expandir gradualmente, atingindo as demais áreas do Rio Grande do Sul ao longo da terça-feira e quarta-feira (16/04). O prognóstico para os próximos sete dias indica uma diminuição nos volumes de chuva em relação à semana anterior, na maior parte do Rio Grande do Sul. Apesar disso, ainda há possibilidade de precipitações significativas em áreas do Norte, Noroeste e Centro, além da faixa litorânea do Estado. Nessas regiões, os acumulados podem variar entre 30 e 100 mm. Nas demais áreas, os volumes previstos serão mais baixos não devendo ultrapassar 30 mm ao longo da semana. (Simagro editado pelo Sindilat)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 10  de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.370


Indústria do leite segue estável no RS

Mesmo com os impactos negativos da estiagem, que dificultou a produção, e das altas taxas de juros, que podem diminuir o consumo, as indústrias que fazem parte do setor leiteiro do Rio Grande do Sul passam por um momento de tranquilidade e equilíbrio nas contas.
É o que afirma o coordenador do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Rio Grande do Sul (Conseleite- RS) e secretário-executivo do Sindicato da Indústria do Leite do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Darlan Palharini, em entrevista ao JM. “Estamos em um momento tranquilo, com estabilidade de preços junto ao produtor e, por isso, os preços também estão estáveis para o consumidor. Por isso, o produtor tem conseguido ter uma margem de resultado bastante interessante”, relata Palharini. 

Segundo o coordenador, o Conseleite-RS está trabalhando com uma projeção de tranquilidade do mercado para o próximo trimestre, até o final de julho. No momento, o conselho analisa o impacto das taxas de juros, que podem afetar o nível de consumo e diminuir a procura por laticínios, prejudicando os produtores. “Nós temos uma preocupação com a elevação da taxa de juros, no futuro isso pode refletir na questão do consumo. E se isso diminuir o consumo, aí a situação começa a ficar um pouco mais complicada, porque começaremos a ter uma oferta maior do que a demanda. Mas, por enquanto, nos próximos três meses não se vê uma mudança de cenário tão drástica”, explica. 

Outra preocupação são as repercussões futuras dos impostos sobre importações que alguns países estão aplicando, como parte da “guerra tarifária”. Este movimento, que envolve países como a China, Canadá e México, teve início com as taxas propostas pelo presidente americano Donald Trump. “Por enquanto, não temos nenhum indicativo de que as tarifas possam impactar de alguma forma também o setor lácteo. Mas como esse movimento está a recém começando e existe a possibilidade de retaliação por parte da China, que é um mercado comprador de lácteos, talvez acabe aparecendo uma oportunidade de mercado para o nosso setor”, explica Palharini. (Fonte: Jornal da Manhã). 


Sindilat/RS acompanha protagonismo do agro no South Summit 

O South Summit Brazil 2025, realizado em Porto Alegre, reuniu painéis e debates que tiveram o agronegócio no centro das discussões sobre o futuro sustentável na produção de alimentos. A tecnologia foi apresentada como aliada estratégica para transformar o campo, com destaque para soluções em inteligência artificial, práticas sustentáveis e inovação colaborativa. 

Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), Darlan Palharini, a participação no South Summit reforça o papel do setor lácteo como força econômica e social do Estado. “Eventos como este são importantes para integrar o setor produtivo às discussões de futuro. Mas também precisamos pensar em iniciativas específicas, como o Milk Summit Brazil, para dar visibilidade à cadeia do leite. Essa é uma proposta que o Sindilat/RS pretende tirar do papel ainda este ano”, afirma, ao acrescentar que o setor lácteo precisa falar com toda a sociedade. “Precisamos de eventos que dialoguem com a sociedade, mostrando a importância nutricional, econômica e social da atividade”.

Entre os dias 9 e 11 de abril, o South Summit Brazil 2025 destacou como a tecnologia, a inteligência artificial e as práticas sustentáveis estão redesenhando o agronegócio. Na quinta, o debate “Inovação, Sustentabilidade e Tecnologia no Agro”, promovido pelo Governo do Estado, reforçou que o agro precisa ser reconhecido como aliado do meio ambiente. Painéis sobre AgTech e inteligência artificial mostraram caminhos para uma produção mais eficiente e conectada.  Já o painel “Endereçamento rural e cidadania” apontou como é importante olhar para o campo através de políticas públicas que incentivem a competitividade sustentável. “As discussões reforçaram que o agro é parte das respostas aos desafios ambientais e que é preciso mostrar isso ao público urbano. As palestras convergiram ao reforçar que ele integra a solução ambiental e que é impossível pensar no futuro do planeta sem a participação ativa do campo gaúcho que é internacionalmente reconhecido como importante pilar na segurança alimentar mundial”, analisa Jéssica Aguirres, gerente de Comunicação do Sindilat/RS. 

As informações são do Sindilat/RS

China aumenta importações de lácteos pelo 4º mês seguinte

Importações de leite pela China crescem pelo 4º mês seguido. Confira os números completos e as tendências!

Em fevereiro, a China registrou seu quarto mês consecutivo de aumento nas importações de lácteos, totalizando 255.516 toneladas — alta de 16% em relação ao ano anterior. Em valor, o crescimento foi de 20%, segundo dados da OCLA com base em informações aduaneiras.

O destaque do mês foi o soro de leite, que superou o leite em pó integral em volume importado. Foram 58.097 toneladas de soro, um crescimento expressivo de 52% em comparação com fevereiro de 2024.

Já o leite em pó integral teve queda de 9% no volume comprado, mas apresentou aumento de 13% no valor das importações, refletindo uma possível valorização do produto ou mudanças nas condições de mercado.

Gráfico 1. Evolução da importação de lácteos pela China com o passar do tempo 

Dados do primeiro bimestre

No acumulado de janeiro e fevereiro, os dados são positivos. O volume de laticínios importados apresentou um crescimento anual de 8%, totalizando 519.372 toneladas. Em valor, o aumento foi de 17%. O preço médio da tonelada importada subiu de US$ 3.901 para US$ 4.223.

Ao analisar por produtos, os soros superam o volume de compras de leite em pó integral.

Foram 116.897 toneladas, um aumento de 35% em relação ao primeiro bimestre de 2024, tanto em volume quanto em valor.

As compras externas de leite em pó integral somaram 103.959 toneladas, marcando uma queda anual de 6% em volume, mas com um aumento de 14% em dólares.

As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint


Jogo Rápido

Inale: Poder de compra do leite no Uruguai aumenta 10% em fevereiro
O poder de compra do leite no Uruguai subiu 10% em fevereiro, alcançando o nível mais alto desde maio de 2024, segundo o INALE. O poder de compra do leite no Uruguai teve um aumento significativo de 10% em fevereiro na comparação anual, impulsionado por uma alta expressiva nos preços do leite em relação aos custos. O poder de compra do leite no Uruguai aumentou 10% em fevereiro na comparação anual, atingindo o maior nível desde maio de 2024, de acordo com o Instituto Nacional do Leite (INALE). O índice de preços do leite subiu 14,7%, enquanto o índice de custos registrou um crescimento de 3,7%, indicando um desempenho mais forte dos preços do leite em relação aos custos associados. O INALE disponibiliza três indicadores-chave para monitorar a evolução dos preços do leite recebidos nas fazendas e o custo de produção: o Índice de Preço do Leite, o Índice de Custo de Produção e o Índice de Poder de Compra. (Dairy News Today)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 09  de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.369


FIERGS apresenta sua Agenda Legislativa da Indústria

Documento inclui mais de 70 projetos de lei de interesse do setor industrial em tramitação no parlamento gaúcho

A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) lançou, nesta segunda-feira (7), a Agenda Legislativa da Indústria de 2025, que inclui mais de 70 projetos de lei de interesse do setor apresentados pelos deputados estaduais na Assembleia do RS até o final do ano passado. “É um documento essencial, construído com a participação dos Conselhos Temáticos e dos 107 Sindicatos Industriais filiados à FIERGS. É a contribuição de uma comunidade formada por 52 mil indústrias, sempre buscando o objetivo comum do desenvolvimento do nosso Estado”, destacou o presidente da FIERGS, Claudio Bier, em sua manifestação.

O documento de 90 páginas foi entregue aos deputados estaduais presentes, mas será encaminhado a toda a bancada estadual. O objetivo é divulgar análises técnicas da entidade por meio de pareceres elaborados pelas equipes dos seus Conselhos Temáticos. “A Agenda traz posicionamentos objetivos sobre temas críticos para nossas empresas num espírito de colaboração. E o Sistema FIERGS está inteiramente disponível para ser consultado”, reforçou Claudio Bier.

Para o presidente da Assembleia Legislativa, Pepe Vargas, a apresentação da Agenda é muito importante porque dá a dimensão para cada deputado de quais são os elementos centrais colocados pela FIERGS para o desenvolvimento da indústria. “A nossa casa está sempre aberta a todos os setores da sociedade. Políticas públicas que venham a pensar o fortalecimento da indústria e permitam a ampliação dos investimentos no setor industrial são fundamentais”, afirmou.

O coordenador do Conselho de Articulação Política (Coap) da FIERGS, Diogo Bier, ressaltou a capacidade da equipe técnica da entidade que contribuiu para a elaboração de estudos que auxiliaram na elaboração da agenda. “Nosso olhar vai ser sempre de diálogo e de respeito”, disse.

DOCUMENTO DIVIDIDO EM SETE ÁREAS
A Agenda Legislativa da Indústria da FIERGS está dividida em sete áreas temáticas: Agroindústria, Infraestrutura, Inovação e Tecnologia, Meio Ambiente, Relações do Trabalho, Sistema Tributário e Setoriais. Em cada área, os projetos em tramitação foram organizados por ordem numérica, seguidos de uma avaliação e parecer da FIERGS com posicionamentos convergentes, divergentes ou com ressalvas.

Entre os mais de 70 projetos apresentados estão o que institui a Política Estadual de Incentivo à Agricultura de Precisão no RS, o que cria a Política de Apoio e Fomento ao Desassoreamento de rios, arroios, açudes, lagos, lagoas, lagunas e canais, e o que dispõe sobre política estadual de estímulo, incentivo e promoção ao desenvolvimento local de startups no Rio Grande do Sul. Também estão incluídos o projeto que dispõe sobre o Zoneamento Ecológico-Econômico do RS, o que altera o Fundo Operação Empresa  do Estado (Fundopem) e o Programa de Harmonização do Desenvolvimento Industrial do RS (Integrar RS), além do que dispõe sobre reserva mínima de 5% de vagas para mulheres na área da construção civil no RS, e que cria critérios para concessão e manutenção de benefícios fiscais no Rio Grande do Sul.

Estiveram presentes os deputados estaduais Pepe Vargas, Delegado Zucco, Dimas Costa, Dr. Thiago, Edivilson Brum, Elton Weber, Felipe Camozzato, Frederico Antunes, Guilherme Pasin, Gustavo Victorino, Joel Wilhelm, Marcus Vinicius, Miguel Rossetto, Patrícia Alba, Rodrigo Lorenzoni e Vilmar Zanchin. O secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, representou o governador Eduardo Leite. 

O documento completo da Agenda Legislativa da FIERGS pode ser consultado aqui.

As informações são da FIERGS. 


Importância dos laticínios na nutrição infantil

Hábitos alimentares saudáveis começam na infância! Veja como os laticínios podem contribuir para o crescimento ideal das crianças.

A importância do consumo de laticínios durante a infância tem sido destaque na mídia há anos. Pesquisas em andamento revelam que essa necessidade começa antes mesmo do nascimento, já na concepção. Ainda no útero, o estado nutricional e os hábitos de vida da mãe ajudam a moldar a saúde futura da criança.

Os nutrientes apoiam o metabolismo do bebê, o funcionamento do sistema imunológico e o desenvolvimento dos órgãos. Dentro de seis meses de gestação, se houver suporte nutricional adequado, o cérebro do feto já pode conter 10 bilhões de células cerebrais, estabelecendo as bases para um desempenho cognitivo mais elevado, memória e habilidades motoras avançadas.

De fato, nos primeiros 1.000 dias — da concepção até mais de dois anos de idade — o cérebro cresce mais rapidamente do que em qualquer outro momento da vida de uma pessoa. Como o leite fornece 7 dos 14 nutrientes necessários para o desenvolvimento cerebral (iodo, colina, zinco, selênio, proteína e as vitaminas A e B12), consumir as três porções diárias recomendadas de leite, iogurte ou queijo é fundamental durante a gravidez.

Após o nascimento, a Academia Americana de Pediatria (AAP) recomenda aguardar até o primeiro aniversário do bebê para introduzir o leite integral como bebida. No entanto, os bebês podem começar a consumir produtos lácteos, como iogurte e queijos frescos como cottage e mascarpone, ou leite integral misturado a alimentos como aveia, por volta dos 6 meses de idade.

O consumo de laticínios é essencial à medida que as crianças crescem, para garantir que recebam a quantidade recomendada de cálcio, fósforo e vitamina D, que são fundamentais para a formação de dentes e ossos fortes. Os alimentos lácteos também são fonte de proteína de alta qualidade, importante para a construção muscular durante os períodos de crescimento, e o leite pode servir como fonte de líquidos e eletrólitos para reidratar o corpo após a prática de esportes ou atividades físicas.

Diversos fatores influenciam os hábitos alimentares durante a infância. Um artigo na revista Pediatrics (“A frequência das refeições em família está relacionada à saúde nutricional de crianças e adolescentes?”) apontou que a frequência das refeições compartilhadas em família está significativamente relacionada à saúde nutricional. Crianças e adolescentes que compartilham refeições com a família três ou mais vezes por semana tendem a apresentar peso adequado e padrões alimentares mais saudáveis do que aqueles que fazem menos refeições em família.

Algumas crianças também podem ser seletivas ou ter dificuldade em aceitar novos alimentos. Introduzir queijo e iogurte como alimentos complementares pode ajudar os bebês a se familiarizarem com novos sabores e texturas. A partir de 1 ano, servir leite nas refeições é uma maneira simples de fornecer uma base nutricional segura para crianças que têm dificuldade em consumir outros alimentos ricos em nutrientes.

“Os hábitos alimentares na primeira infância podem estabelecer as bases para uma vida inteira de saúde e bem-estar”, afirma Kristin Ricklefs-Johnson, diretora de Pesquisa em Nutrição do National Dairy Council, sediado em Rosemont, Illinois, especializada em saúde infantil. “Infelizmente, as pesquisas indicam que o consumo de leite de vaca diminui entre 1 e 5 anos de idade, enquanto o consumo de bebidas adoçadas com açúcar aumenta. A boa notícia é que pequenas mudanças positivas podem melhorar significativamente a qualidade da dieta infantil. Estudos mostram que simplesmente adicionar leite de vaca à dieta de crianças pequenas ou substituir refrigerantes por leite pode aumentar substancialmente a ingestão de diversas vitaminas e minerais importantes.”

A AAP também recomenda incluir dois ou três lanches nutritivos, além das refeições principais, para garantir que esse grupo etário consuma quantidades adequadas dos diferentes grupos alimentares. Por exemplo, oferecer iogurte para que as crianças pequenas mergulhem vegetais ou fatias de frutas pode tornar o consumo de ambos os grupos mais divertido. Modelar bons comportamentos alimentares, como fazer pausas, saborear e conversar entre as mordidas, também ajuda a estabelecer hábitos alimentares positivos.

À medida que as crianças crescem e entram na pré-adolescência e adolescência, é importante que continuem a consumir laticínios diariamente. A partir dos 9 anos de idade, recomenda-se o consumo de três copos de leite ou equivalentes lácteos por dia. Modelar comportamentos alimentares saudáveis, estabelecer rotinas de refeição, ensinar às crianças os benefícios dos alimentos lácteos e oferecer lanches e refeições saborosas que incluam esses produtos é muito importante para essas faixas etárias.

Inovações de produtos convenientes e saborosos chegaram ao mercado para ajudar a suprir essa necessidade. Sachês de iogurte com frutas que não precisam de refrigeração, leite longa vida, snacks crocantes de queijo desidratado, palitinhos de queijo, porções menores de cottage e dips de iogurte grego, barrinhas refrigeradas de iogurte grego, foram todos desenvolvidos para atrair o público pré-adolescente e adolescente.

Receitas fáceis de preparar com produtos lácteos como ingrediente principal também podem envolver os jovens no preparo e no prazer de refeições e lanches. Nunca é tarde para construir uma base alimentar saudável.

As informações são do Dairy Foods, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 

Inovação tecnológica na pecuária leiteira

Diante da crescente demanda global por produtos lácteos, a adoção dessas inovações não é apenas uma vantagem, mas uma necessidade para os produtores que desejam se manter no mercado. Entenda!

O leite é um dos alimentos mais importantes e completos da dieta humana, devido a sua composição química, consequentemente a cadeia produtiva do leite e derivados é um setor de grande importância econômica e social para o Brasil. De acordo com o IBGE, em 2023 no Brasil foram produzidos cerca de 35 bilhões de litros de leite, e o estado com maior produção foi o de Minas Gerais, com aproximadamente nove bilhões de litros.

A produção de leite ocorre em escala mundial, com isso a modernização na pecuária de leite tem se tornado essencial para atender à crescente demanda global, garantindo maior produtividade e sustentabilidade. Esse setor tem passado por transformações significativas devido à incorporação de tecnologias inovadoras. Essas inovações têm impulsionado a eficiência da produção, reduzindo custos e melhorado o bem-estar animal. 

Belusso e Hespanhol (2010) destacam que inovações tecnológicas têm impactado não apenas a pecuária leiteira, mas também os segmentos agroindustriais, buscando aumentar a produtividade e o faturamento. Dessa forma, a modernização dessa área envolve desde melhorias na genética dos animais até o uso de sensores e automação para monitoramento da saúde e produção.

Tecnologias como ordenha robotizada, alimentação automatizada e análise de dados em tempo real, permitem otimizar os processos e garantir um leite de melhor qualidade, assim a automação tem desempenhado um papel crucial na pecuária leiteira, especialmente com o uso de sistemas de ordenha robotizada.

Na ordenha robotizada as vacas são ordenhadas automaticamente, de forma autônoma sem necessidade de intervenção humana constante. A qualidade do leite também é monitorada, isso não apenas reduz a mão de obra necessária, mas também garante um ambiente mais confortável para os animais e, consequentemente, há aumento da produtividade. A automação tem um papel fundamental na gestão da alimentação do gado. Com sistemas automatizados de fornecimento de ração e suplementos, os animais recebem a quantidade adequada de nutrientes, promovendo um crescimento mais eficiente. 

A coleta de dados em fazendas bovinas está se tornando cada vez mais avançada. Com o uso de plataformas de análise, os produtores podem tomar decisões estratégicas baseadas em informações em tempo real, abrangendo o calendário de vacinações, gestão financeira, controle de estoque e detalhes sobre cada lote, entre outros aspectos (CELESTINO, 2023). 

A tecnologia e a automação estão transformando a pecuária, tornando-a mais eficiente, sustentável e rentável. À medida que novas soluções surgem, é fundamental que os produtores adotem essas inovações para se manterem competitivos e atenderem à crescente demanda global.

A modernização da pecuária leiteira é um processo essencial para garantir maior eficiência, sustentabilidade e competitividade no setor. A incorporação de tecnologias inovadoras, como as citadas acima, tem revolucionado a produção de leite, reduzindo custos, aumentando a produtividade e promovendo o bem-estar animal. 

Diante da crescente demanda global por produtos lácteos, a adoção dessas inovações não é apenas uma vantagem, mas uma necessidade para os produtores que desejam se manter no mercado. Assim, investir em tecnologia e automação na pecuária leiteira é um caminho promissor para impulsionar a produção de forma sustentável, garantindo produtos de alta qualidade e contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do setor. 

BELUSSO, D.; HESPANHOL, A. N. A evolução da avicultura industrial brasileira e seus efeitos territoriais. Revista Percurso. Maringá, v. 2, n. 1, p. 25-51, 2010. 

CELESTINO, B. Tecnologia e automação: o futuro da produção animal. Acesso em <https://blog.leigado.com.br/pt/tecnologia-e-automacao-o-futuro-da-producao-animal> 

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção agropecuária: Leite, 2023. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/explica/producao-agropecuaria/leite/br 


Jogo Rápido

Petróleo atinge menor nível em 4 anos
Nova York – O preço do barril de petróleo tipo West Texas Intermediate (WTI), negociado na Bolsa de Nova York, fechou ontem abaixo dos 60 dólares, atingindo o menor patamar desde abril de 2021. A queda reflete a preocupação do mercado com a demanda global, em meio à guerra comercial e às tarifas de importação anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os contratos com vencimento em maio registraram recuo de 1,85%, fechando a 59,58 dólares. Já o Brent do Mar do Norte — referência na Europa — caiu 2,17%, encerrando o pregão a 62,82 dólares por barril, em negociações para entrega em junho. Segundo análise da ANZ Research, a perspectiva de uma demanda global mais fraca, resultado direto das tensões comerciais, tem assustado os investidores. Desde o anúncio das tarifas por Trump, o Brent já acumula queda de quase 14%. Para analistas do ING, os riscos seguem “inclinados para o lado negativo”, com alta probabilidade de uma intensificação nas disputas comerciais. Esse cenário tende a agravar as preocupações com o crescimento econômico global e a demanda por petróleo. (Correio do Povo)