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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 10 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.301


Por que o leite não deve ser banido do seu cardápio, segundo a ciência

Novo estudo absolve os laticínios do risco de pré-diabetes; outros trabalhos mostram que leite e seus derivados não favorecem males cardiovasculares e inflamações

Relatos históricos dão conta de que o ser humano começou a beber leite em 5000 a.C., período em que se originou a prática da ordenha. Ultimamente, porém, essa convivência milenar tem sido abalada por um movimento conhecido como terrorismo nutricional, que coloca diversos alimentos como vilões.

Por outro lado, despontam pesquisas mostrando que os lácteos não devem ser banidos do cardápio sem respaldo médico. Afinal, eles oferecem muitos benefícios. Um dos estudos mais recentes, publicado em novembro no periódico científico Clinical Nutrition, absolve grande parte dos laticínios a fim de favorecer o surgimento do pré-diabetes.

O trabalho traz, inclusive, um elo entre o consumo de leite desnatado e a redução do risco da doença. Mas mostra, por sua vez, que o excesso de lácteos ricos em gordura pode ser prejudicial.

O pré-diabetes é um distúrbio metabólico marcado por níveis alterados de glicose no sangue, mas que não ultrapassam os limites da classificação para o diabetes. É diagnosticado por meio de exames laboratoriais. Se detectado ainda no estágio inicial, mudanças no estilo de vida – prática de exercícios e alimentação saudável – podem reverter a situação e normalizar a glicemia. No entanto, quando não é identificado precocemente, tende a evoluir para o diabetes tipo 2, doença vinculada a males circulatórios, renais e oculares.

Para chegar à conclusão, pesquisadores europeus avaliaram dados de 7.521 participantes oriundos de um grande estudo britânico, o Fenland. Ainda que se trate de uma associação, que não estabelece uma relação de causa e efeito, o trabalho levanta hipóteses promissoras.

Já sobre o elo dos laticínios com males cardiovasculares, há evidências de que, dentro do equilíbrio, não aumenta o risco — inclusive, um estudo nacional, o Elsa-Brasil, aponta benefícios às artérias. E quanto à relação com processos inflamatórios, ainda não há comprovação científica de que a ingestão sirva de estopim.

“Entretanto, para quem apresenta alergias ou intolerâncias, o leite pode, sim, favorecer inflamações”, comenta a nutricionista Daniela Boulos, da Unidade de Check-Up do Hospital Israelita Albert Einstein. Além disso, segundo a nutricionista, a caseína – principal proteína da bebida – pode estar por trás de desconfortos, sobretudo em organismos mais sensíveis. “Ela costuma ser difícil de digerir”, diz.

Mas nada de agir por conta própria. “Antes de restringir lácteos no dia a dia, é fundamental buscar o diagnóstico certeiro”, orienta Carla Muroya, nutricionista do Programa Obesidade e da Unidade Check-up do Hospital Israelita Albert Einstein.

Alergia x intolerância

No caso de alergia, o que ocorre é uma resposta diferenciada do sistema imunológico frente à proteína e que dispara a produção de uma série de mediadores inflamatórios responsáveis por reações exacerbadas. Sintomas como vômitos, diarreia e até falta de ar são comuns. Os exames laboratoriais, assim como o teste de provocação, ajudam a bater o martelo.Já a intolerância à lactose se dá porque o organismo produz pouca enzima lactase, a responsável pela quebra da famosa substância, que é um tipo de açúcar. Distensão abdominal, flatulência e desarranjos intestinais são exemplos de distúrbios desencadeados. Aqui, além de avaliação clínica, testes respiratórios, de glicose e até genéticos são indicados para flagrar o problema.

Afora essas situações e quando não há nenhum mal-estar decorrente da ingestão de lácteos, não existem motivos para excluí-los. A restrição pode até trazer prejuízos.

Um mix de nutrientes

O leite e seus derivados concentram nutrientes essenciais à saúde, tanto que as diretrizes alimentares recomendam três porções diárias. Um dos maiores destaques é o cálcio, mineral reconhecido pelo seu papel no esqueleto. Trata-se do principal nutriente da mineralização dos ossos, contribuindo para fortalecê-los.

O cálcio ainda está envolvido nas contrações musculares, daí ser indispensável, especialmente aos praticantes de atividade física. E há evidências de que favorece o controle da pressão arterial.

Laticínios também ofertam proteína, sobretudo a já citada caseína. Proteínas, em geral, são fundamentais para a formação de tecidos, manutenção dos músculos e colaboram para a sensação de saciedade.

Vale mencionar que lácteos são fontes de vitaminas: oferecem vitamina A, algumas integrantes do complexo B, além de pequenas quantidades da vitamina D, numa mistura que, entre outros atributos, beneficia a saúde óssea e a imunidade.

A lista ainda não acabou. “Outro nutriente que marca presença é a gordura, sobretudo a saturada”, aponta Daniela Boulos. E esse tipo, quando consumido em excesso, pode cooperar para o aumento nas taxas de colesterol e prejudicar as artérias.

Para indivíduos adultos, a sugestão é optar pelo leite na versão desnatada. Queijos mais magros, como o minas frescal, o cottage e a ricota, também estão entre os lácteos recomendados.

Um olhar atento aos rótulos é mais um conselho das especialistas. Ainda assim, a parcimônia é sempre bem-vinda. Exageros podem pôr tudo a perder — assim como para diversos outros alimentos. (CNN Brasil)


Conseleite Minas Gerais

A diretoria do Conseleite Minas Gerais no dia 7 de Janeiro de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Dezembro/2024 a ser pago em Janeiro/2025.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está  disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1849 de 9 de janeiro de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

Em relação à saúde animal, o controle de mosca, berne e carrapato tem sido eficaz tanto em matrizes quanto em terneiras. Estão sendo empregadas práticas de manejo e monitoramento constante para prevenir infestações mais severas.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, a produção segue regular, apesar da ausência de chuvas desde 20/12/2024. O estresse térmico tem aumentado, exigindo ajustes nos horários de pastejo e fornecimento de volumosos conservados. 

Na de Caxias do Sul, o manejo ajustado e a dieta balanceada garantem oferta alimentar de qualidade e manutenção da produtividade nos sistemas a pasto, confinados e semiconfinados. 

Na de Erechim, a atividade leiteira apresenta bom desempenho, e há oferta de água e de pastagens perenes e anuais, que estão em excelente desenvolvimento, reduzindo a necessidade de alimentos conservados. 

Na de Frederico Westphalen, segue a preocupação com as infestações de mosca e carrapato. 

Na de Ijuí, a produção de leite continua em alta, e os melhores resultados têm sido obtidos nos sistemas a pasto e no uso de silagem de trigo. Os rebanhos mantêm estado corporal adequado, e o controle de ectoparasitas tem sido eficiente. 

Na de Passo Fundo, os animais mantêm estado nutricional e escore corporal satisfatórios. A produção de leite permanece estável, e há oferta de pasto, especialmente em propriedades tecnificadas que ajustam o manejo por lote.

Na de Pelotas, a produção leiteira também segue estável, mas houve aumento pontual em algumas propriedades. Ocorreu crescimento das infestações de mosca e carrapato, demandando controle estratégico. 

Na de Santa Maria, as pastagens de verão enfrentam estresse hídrico, afetando o rebrote e reduzindo a oferta de forragem em quantidade e qualidade para o rebanho leiteiro. 

Na de Santa Rosa, o monitoramento de ectoparasitas continua, e houve redução das populações de carrapato, resultado dos tratamentos anteriores e da ausência de chuvas nas últimas semanas. (Emater/RS adaptado pelo Sindilat/RS)


Jogo Rápido

Tempo seco previsto para a maior parte das regiões do Estado nos próximos dias
A previsão para os próximos dias indica tempo seco na maior parte das regiões do Rio Grande do Sul, com possibilidade de temporais isolados.  É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 02/2025, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). sábado (11/01) e domingo (12/01): a nebulosidade deve predominar na maior parte do estado devido ao sistema frontal em deslocamento sobre o oceano , com temperaturas mais altas nas regiões oeste e noroeste. Nessas datas, não se descarta a possibilidade de formação de nuvens de chuva e até temporais isolados, isto é, chuvas acompanhadas de trovoadas e relâmpagos de curta duração, principalmente entre as regiões Central e Norte do estado. Entre sábado e domingo, a aproximação de um anticiclone migratório pós-frontal ao estado deverá influenciar as temperaturas, tornando-as mais amenas em comparação aos dias anteriores. Segunda-feira (13/01) e terça-feira (14/01): o destaque será a atuação persistente de um anticiclone migratório na costa do estado, que favorecerá condições de céu encoberto a parcialmente nublado em todo o território gaúcho. As temperaturas deverão permanecer amenas em todas as regiões, mas tendem a apresentar elevação a partir da terça-feira. Quarta-feira (15/01): a previsão indica um forte aquecimento das temperaturas no Rio Grande do Sul, devido à mudança na direção dos jatos de baixos níveis, que passarão a atuar sobre o estado. O prognóstico para a próxima semana indica a possibilidade de chuvas nas regiões Central e Norte do Estado, com volumes previstos de até 20 mm. No litoral, poderão ocorrer chuvas isoladas de baixa intensidade ao longo do período. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.(Boletim Agrometeorológico da Seapi editado pelo Sindilat RS)

 
 

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Porto Alegre, 09 de janeiro de 2025                                                Ano 19 - N° 4.300


Estratégia de sustentabilidade | RAR constrói barragem e amplia estocagem e economia de água

A RAR de Vacaria, no Rio Grande do Sul, investiu na construção de uma nova barragem de 3,5 hectares.

A RAR, empresa com forte atuação na produção de queijos, derivados do leite e fruticultura, concluiu a construção de uma barragem de 3,5 hectares ampliando sua capacidade de armazenamento de água para irrigação.

A nova estrutura atenderá uma área de 240 hectares, reforçando o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a eficiência hídrica.

Atualmente, mais de 70% de toda a água utilizada na fazenda de leite da RAR é proveniente de processos de reutilização, consolidando a empresa como referência em boas práticas ambientais no setor.

Em 2024, outras práticas sustentáveis permitiram uma economia de 1,2 milhão de litros de água por dia, oriundos do sistema de reutilização implantado para a limpeza do free stall. Ao longo do ano, estima-se que 438 milhões de litros de água foram economizados.

“Essa barragem é um marco importante em nossa estratégia de sustentabilidade. Além de garantir a irrigação de uma área significativa, reforçamos nosso compromisso com a gestão responsável dos recursos hídricos. Nosso objetivo é aliar produtividade com respeito ao meio ambiente, entregando resultados consistentes para nossos consumidores e parceiros”, destaca Sergio Martins Barbosa, presidente executivo da RAR.

A construção da barragem integra um conjunto de medidas da RAR voltadas para a sustentabilidade, alinhadas aos desafios do setor em tempos de escassez de recursos naturais. A empresa segue investindo em tecnologias e infraestruturas que possibilitem o crescimento de forma consciente e inovadora. 

Sobre a RAR – A RAR, de Raul Anselmo Randon, teve origem na fruticultura, com o cultivo da maçã na década de 1970. Hoje, é uma das maiores produtoras e comercializadoras da fruta no Brasil, comprometida com a inovação e a sustentabilidade. Com um legado voltado para o futuro, nos anos 1990, montou a primeira fábrica de queijo Tipo Grana fora da Itália lançando a marca Gran Formaggio. A RAR tem, em seu portfólio, linha de importados como queijos e acetos italianos, presuntos e salames italianos e espanhóis, e azeites de oliva chilenos. A linha de derivados é composta por creme de leite fresco, manteiga e queijo parmesão. A RAR, com sede em Vacaria (RS), conta ainda com linha de 32 rótulos entre vinhos e espumantes, nacionais e importados, e azeite de oliva produzido a partir de olivares próprios. (Agrorevenda via Edairy News)


Um copo de leite por dia pode reduzir o risco de câncer de intestino, mostra estudo

O maior estudo sobre dieta e doenças já realizado sugere que 300 mg extras de cálcio por dia estão associados a um risco 17% menor desse tipo de tumor

Tomar um copo grande de leite todos os dias pode reduzir o risco de câncer de intestino em quase um quinto, de acordo com o maior estudo realizado sobre dieta e doença, publicado na revista científica Nature Communications.

De acordo com os pesquisadores, uma dose extra diária de 300 mg de cálcio, aproximadamente a quantidade encontrada em meio litro de leite, foi associada a um risco 17% menor de câncer de colorretal.

"Este é o estudo mais abrangente já realizado sobre a relação entre dieta e câncer de intestino, e destaca o potencial papel protetor do cálcio no desenvolvimento desta doença", diz o médico Keren Papier, investigador principal do estudo e epidemiologista nutricional sénior da Universidade de Oxford, no Reino Unido, em comunicado.

Eles analisaram dados de mais de 500 mil mulheres para investigar a associação entre 97 produtos dietéticos e nutrientes e o risco de câncer de intestino durante um período médio de 16 anos. Os resultados mostraram que o consumo de alimentos ricos em cálcio, como leite e iogurte, estava associado a um menor risco de desenvolver câncer de intestino.

E isso também se aplica a fontes de cálcio não lácteas, como vegetais de folhas verdes escuras. Portanto, é provável que o cálcio seja um fator importante para ajudar a reduzir o risco de câncer de intestino.

“Temos uma ideia da razão pela qual o cálcio tem este efeito”, avalia Papier. “É sugerido que o cálcio pode proteger contra o câncer de intestino ligando-se aos ácidos biliares e aos ácidos graxos livres para formar uma espécie de 'sabão' inofensivo, que os impede de danificar o revestimento do nosso intestino.”

Este efeito de “sabão” ajuda estes ácidos biliares e graxos a serem eliminados do intestino como uma “limpeza de primavera”, para que não se possam acumular e, portanto, tenham menos probabilidade de causar danos.

O estudo descobriu que a maioria das mulheres participantes consumia acima do nível recomendado de cálcio (mais de 700 mg). Mas, para alguns, isso pode ser devido à adição de suplementação de cálcio na alimentação, como em pães ou certos produtos veganos (por exemplo, leites vegetais). Mas são necessárias mais pesquisas para saber se os suplementos de cálcio e os alimentos enriquecidos com cálcio têm o mesmo efeito na redução do risco de câncer de intestino.

“Não pudemos analisar a associação entre o consumo de suplementos de cálcio e o risco de câncer de intestino neste estudo”, explica Papier. “Dado o uso generalizado de suplementos de cálcio, estudos futuros deverão investigar o papel dos suplementos de cálcio na prevenção do câncer de intestino em diversas populações.”

Estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indica o surgimento de 44 mil novos casos por ano de câncer de intestino no Brasil. No país, esse tipo de tumor fica atrás apenas do câncer de mama e câncer de próstata.

A dieta e o risco de câncer é difícil de mapear, mas existem algumas ligações claras entre certos produtos dietéticos e o risco da doença. O estudo de Papier também confirma a associação clara entre o consumo de álcool e o aumento do risco de câncer de intestino. Descobriu-se que beber mais 20g de álcool por dia, o equivalente a um copo grande de vinho, aumenta o risco desse tipo de tumor em 15%.

“Além de manter um peso saudável e parar de fumar, manter uma dieta saudável e equilibrada é uma das melhores maneiras de reduzir o risco de câncer de intestino. Isso inclui reduzir o consumo de álcool e carne vermelha e processada e comer muitas frutas, vegetais e grãos integrais. Produtos lácteos como o leite também podem fazer parte de uma dieta que reduz o risco de cancro do intestino.”, pontua Sophia Lowes, gerente sênior de informações de saúde da Cancer Reserch UK, entidade patrocinadora do estudo.

Apesar dos resultados, o médico David Nunan, pesquisador sênior do Centro de Medicina Baseada em Evidências da Universidade de Oxford, que não participou do estudo, pondera que "embora o estudo possua um grande tamanho de amostra e uma análise estatística rigorosa, ele permanece suscetível aos vieses inerentes a todas as pesquisas observacionais, como vieses de seleção, erros de medição e fatores de confusão". Acesse o estudo completo e oficial clicando aqui. (Folha de Pernambuco)

Rúmens saudáveis começam com água

Para vacas mais saudáveis, que comem mais e produzem mais leite: água limpa! Entenda.

Se você deseja vacas mais saudáveis que comem mais e produzem mais leite, há um truque relativamente simples: certifique-se de que elas tenham acesso a água limpa, segundo o veterinário David Reid.

Reid, consultor leiteiro de Hazel Green, Wisconsin, compartilhou suas ideias sobre a importância da água em um episódio recente do The Dairy Podcast Show. Ele afirmou que seus anos de trabalho como consultor de qualidade do leite e saúde do úbere lhe ensinaram muito sobre o papel essencial da água na saúde das vacas.“Grande parte do que sei sobre ordenha de vacas, aprendi em fazendas pequenas de 30-60 vacas amarradas, no sudoeste de Wisconsin,” compartilhou Reid. “Tínhamos tigelas de água com mangueiras de pequeno diâmetro e canos enferrujados. Substituímos esses sistemas por tubulações de 5 centímetros em torno do curral, colocamos mangueiras de 1,9 centímetro nos bebedouros e começamos a limpá-los diariamente. As fazendas que adotaram isso aumentaram a produção de leite, geralmente de 0,91 a 1,36 quilos por vaca por dia.” 

Desde então, Reid tem visitado e consultado fazendas leiteiras de todos os tamanhos ao redor do mundo. Ele destacou que, independentemente de uma fazenda ordenhar 100 ou 10.000 vacas, a água faz diferença. “Ela é uma parte importante para criar um rúmen realmente saudável, o que resulta em um sistema imunológico mais forte, ajudando na qualidade do leite, controle de mastite e outras questões da produção leiteira.”

A seguir, estão algumas lições adicionais de sua experiência:

1. Fique atento à limpeza: Apenas disponibilizar água não é suficiente. “Quando caminho por fazendas e passo a mão pelo bebedouro e ele cheira a esgoto, isso não é água de alta qualidade,” declarou Reid. Ele recomenda que as fazendas estabeleçam cronogramas regulares de limpeza dos bebedouros e trabalhem com fornecedores de produtos químicos para implementar sistemas que higienizem rotineiramente a água, usando produtos contendo dióxido de cloro ou peróxido. Isso tornará a água mais higiênica e os bebedouros mais fáceis de limpar, especialmente se a água da fazenda tiver alto teor de ferro.

2. Uma vaca em lactação é uma vaca sedenta: O leite é composto por 87% de água e as vacas precisam de grandes quantidades dela. Reid explicou que, durante o processo de ordenha, o hormônio prolactina é liberado, o que desencadeia a sede. Ele afirmou que o ideal é que as vacas tenham acesso a água fresca no corredor de retorno, ao saírem da sala de ordenha.

3. As vacas preferem água morna: Pesquisas e práticas comprovam que as vacas bebem mais quando a água está mais quente. Reid defende sistemas que utilizem a água de descarga do resfriamento do leite, pois isso conserva água e também a aquece. Ele também observou que, em climas frios, as vacas tendem a preferir bebedouros próximos à entrada do curral, pois bebedouros mais distantes podem ter água mais fria.

4. Limpeza durante o período de transição é crucial: Reid destacou que o impacto mais dramático da manutenção meticulosa dos bebedouros ocorre nas baias pré e pós-parto. “Sabemos que há uma queda na ingestão de matéria seca em torno do parto, mas, se tivermos um rúmen funcional com boa água passando por ele, teremos melhores apetite e menor queda no consumo, resultando em saúde geral melhor,” afirmou.

5. Construa instalações pensando na água: Ao planejar novas instalações ou avaliar as existentes, a água não deve ser um aspecto secundário. Reid recomenda 10-12,7 centímetros lineares de espaço para bebedouro por vaca, o que deve ser alcançado com pelo menos 2 fontes de água por baia. Além disso, a capacidade de abastecimento deve ser suficiente para atender à demanda. “Em um bebedouro de 3 metros, é possível que 6-7 vacas bebam ao mesmo tempo,” observou. “Se você vê pouca água neles, tem um problema.”

Reid comentou que, nos sistemas atuais de gestão leiteira baseados em métricas, adoraria ver medidores de água instalados em cada baia de vacas. Dessa forma, seria fácil correlacionar os cronogramas de limpeza, o consumo de água e a ingestão de matéria seca.

Por fim, Reid compartilhou a história de um cliente extremamente rigoroso com a qualidade da água, que esfregava as tigelas de água do curral diariamente. “Podia ser uma chamada de emergência na manhã de Natal, e os bebedouros estariam limpos,” relatou. “Ele me dizia: É a coisa mais fácil que já fiz para obter 1,36 quilos extras de leite por vaca por dia."

As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

Capacitações sobre Nota Fiscal Fácil seguem após prorrogação de prazo
O prazo para a obrigatoriedade da emissão da Nota fiscal Eletrônica foi prorrogado. Em reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), em dezembro de 2024, foi definido que a obrigatoriedade da emissão da Nota Fiscal Eletrônica será a partir de janeiro de 2026, para os produtores que faturam até R$ 360 mil por ano. Os demais, com faturamento superior, já devem emitir a partir do dia três de fevereiro de 2025. Visando auxiliar os agricultores familiares no uso da Nota Fiscal Fácil, a Emater/RS-Ascar dará continuidade a partir do próximo mês de fevereiro, ao calendário de palestras e capacitações. As palestras são ministradas pelo extensionista da Emater/RS-Ascar, Everton da Rosa, e contam com a parceria da Secretaria da Fazenda do Estado do RS (SEFAZ), além de instituições bancárias. O objetivo principal dos encontros é orientar para o uso adequado do aplicativo Nota Fiscal Fácil (NFF), através da ferramenta digital desenvolvida pela Procergs. Esse trabalho teve início em julho de 2024. Os primeiros encontros ocorreram em São Francisco de Paula, na Região da Serra, encerrando o ano com a realização de 15 palestras, em 11 municípios da região da Serra, que contaram com a participação de 1.184 pessoas. O papel da Emater/RS-Ascar é parte da extensão rural, auxiliando os assistidos, sanando dúvidas, levando as informações de qualidade a qualquer local. Essa prorrogação nos deu um tempo maior para conseguir capacitar mais pessoas durante o ano de 2025", destaca Everton. Nesses encontros é explicado desde como baixar o aplicativo, seu funcionamento, cadastramento de dados, como emitir a nota fiscal eletrônica e guias de tributos incidentes, além de esclarecimento de dúvidas. Como os produtores rurais trabalham no campo, algumas vezes sem acesso à internet, o aplicativo NFF permite também o uso sem conexão. Dessa forma, os usuários podem emitir a nota de forma off-line e, quando o aplicativo é utilizado com o acesso restabelecido, a nota é autorizada. O aplicativo está disponível na Apple Store para sistema iOS e na Play Store, sistema Android. Para acessar é preciso usar o login da plataforma gov.br. Cada produtor pode instalar o NFF em até dez dispositivos. Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

 
 

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Porto Alegre, 08 de janeiro de 2025                                                Ano 19 - N° 4.299


Balança comercial de lácteos: importações fecharam o ano em baixa

No mês de dezembro, o saldo registrado para a balança comercial de lácteos ficou em cerca de -189 milhões de litros em equivalente-leite.

No mês de dezembro, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo registrado para a balança comercial de lácteos ficou em cerca de -189 milhões de litros em equivalente-leite, registrando um aumento mensal de cerca de 10 milhões de litros em relação a novembro, conforme pode ser observado no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

 Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As exportações de lácteos, apesar de serem em volume pequeno, apresentaram aumento no último mês, com 5,4 milhões de litros em equivalente-leite exportados em dezembro, o aumento mensal foi de 12,5%. Em relação a dezembro de 2023, a variação foi de -3,6 % conforme mostra o gráfico 2. Dessa forma, o ano de 2024 fechou com um volume total exportado de cerca de 86,1 milhões de litros em equivalente-leite (+19,5%).

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Já as importações fecharam o ano em baixa. Ao todo, foram importados em dezembro cerca 194,4 milhões de litros em equivalente leite, registrando um recuo de - 4,8% em relação ao mês anterior, como mostra o gráfico 3. 

Dessa forma, apesar do recuo no último mês, o volume importado total do ano apresentou o maior volume anual da série histórica, fechando 2024 com cerca 2,3 bilhões de litros em equivalente-leite (+5% vs 2023).

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Em relação às categorias exportadas no último mês, as maiores variações mensais de volume foram apresentadas pelas categorias de leite em pó desnatado, que teve redução de cerca de 802 toneladas (-92%) e fechou o mês com volume exportado de 72 toneladas em dezembro; além da categoria de leite condensado, que aumentou seu volume no mês em 298.758 toneladas (+51%) e fechou dezembro com cerca de 886.190 toneladas exportadas.

Já pelo lado das importações, o leite em pó desnatado se destacou em crescimento percentual, com aumento de 49%. A categoria dos iogurtes teve um aumento de 4.356 toneladas no mês de dezembro totalizando cerca de 48.645 toneladas importadas, um patamar de +50% de aumento. Por fim, o soro do leite e manteiga também apresentaram aumentos, sendo em cerca de +17,4% para o soro de leite e 33% para a categoria das manteigas. 

Por outro lado, o grupo de queijos foi o principal destaque: após uma sequência de aumentos consecutivos, atingindo as máximas históricas, o volume importado da categoria voltou a apresentar expressiva redução, com retração de cerca de 38%  em relação ao último mês.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de dezembro e novembro de 2024.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em dezembro de 2024

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em novembro de 2024

O que podemos esperar para os próximos meses?

Apesar do volume importado ainda ser considerado elevado, essa tendência de diminuição já observada em dezembro deve prevalecer ao longo de 2025. 

Nos últimos meses, os compradores brasileiros têm visto seu poder compra para importações de lácteos ficarem mais limitados, em virtude da mudança de patamar dos preços internacionais (que estão mais caros) e, principalmente, da forte elevação recente da taxa de câmbio, que tem operado em patamares acima de R$6,00/dólar

Nesse cenário, as exportações argentinas e uruguaias para fora do Mercosul se mostraram como fator de competição para as importações brasileiras, visto que a  presença de novos compradores reduziram a prioridade do Mercosul para envios ao Brasil. Esse redirecionamento das exportações ganhou força no último trimestre de 2024 e, agora, no início de 2025, pode continuar representando um fator limitante nas importações. (Milkpoint)


GDT 371: ano inicia com correção nos preços

O primeiro leilão do ano da plataforma GDT apresentou variações distintas nos preços dos derivados lácteos. O GDT Price Index registrou uma retração de 1,4%.

O primeiro leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) de 2025 foi realizado nesta terça-feira (07/01) e apresentou variações distintas nos preços dos derivados lácteos negociados. O GDT Price Index, que representa a média ponderada dos produtos, registrou uma retração de 1,4% em relação ao leilão anterior, com o preço médio fechando em USD 4.029 por tonelada, conforme ilustrado no gráfico 1.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

No primeiro leilão do ano, os produtos negociados apresentaram variações distintas, com alguns voltando a se valorizar, enquanto outros registraram correções de baixa. Entre os que apresentaram retrações, os preços dos leites em pó chamaram atenção: o leite em pó integral encerrou a USD 3.804/ton (-2,1%), enquanto o leite em pó desnatado ficou em USD 2.682/ton (-2,2%).

Embora tenha ocorrido essa recente correção de baixa no preço do leite em pó integral, o nível atual ainda se mantém significativamente acima do que foi observado na maior parte de 2024, como evidenciado no gráfico abaixo.

Gráfico 2. Preço médio LPI

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

Por outro lado, algumas categorias iniciaram o ano com ajustes positivos nos preços. A muçarela foi um dos destaques, abrindo 2025 no leilão GDT a USD 4.173/tonelada (+3,6%). A manteiga, que tem operado próximos aos seus preços máximos históricos, também apresentou valorização, com uma alta de 2,6%, mantendo-se em níveis elevados.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 07/01/2025.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

No primeiro leilão de 2025, o volume negociado apresentou uma queda em relação ao evento anterior, um movimento sazonalmente típico para este período. Foram negociadas 30.156 toneladas, representando uma retração de 6,1% em comparação ao leilão anterior. No entanto, ao observar os volumes dos primeiros leilões dos últimos dois anos, nota-se que o volume atual é superior, conforme ilustrado no gráfico 2.

Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

No geral, apesar das variações de preços em sentidos opostos entre as categorias, os ajustes foram modestos, permitindo assumir que os preços, de maneira geral, permaneceram próximos da estabilidade. A variação negativa do GDT Price Index foi influenciada principalmente pela retração no preço médio do leite em pó integral, que é o principal produto negociado no leilão e também a categoria mais relevante para as importações brasileiras.

No mercado futuro de leite em pó integral na Bolsa de Valores da Nova Zelândia, os preços têm mostrado perda de força. Essa tendência reflete expectativas mais fracas de demanda em importantes regiões compradoras, como Norte da África, Oriente Médio e, especialmente, China.

Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e do Uruguai, países que tradicionalmente praticam preços superiores aos do Global Dairy Trade (GDT). Esse diferencial é amplamente influenciado pela Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, que aplica tarifas de quase 30% sobre importações provenientes de fora do bloco.

Apesar dos recuos registrados no último leilão GDT de 2024 e da tendência de queda nos preços futuros, as importações para compradores brasileiros têm se mostrado menos atrativas no momento. Isso se deve ao elevado patamar de preços praticados pelo Mercosul, com o leite em pó integral cotado acima de USD 4.100/tonelada, conforme pesquisa do MilkPoint Mercado. Além disso, a taxa de câmbio real/dólar, que superou a marca de R$6,00 na reta final de 2024, permanece nesse nível, tornando as importações ainda mais caras.

Nesse cenário, o que podemos esperar para o mercado internacional e importações brasileiras para este ano de 2025? No dia 18/03 os principais agentes e especialistas do Mercado estarão reunidos em Campinas/SP, no Fórum MilkPoint Mercado, para discutir esses e outros aspectos do mercado lácteo. (Milkpoint)

Tendências para o setor lácteo em 2025

Em 2025, a demanda por produtos inovadores, saudáveis e sustentáveis será o principal motor de crescimento do setor de laticínios. Confira os detalhes!

O segmento de alimentação vem passando por profundas transformações, motivado por mudanças sociais, culturais, tecnológicas e econômicas que vem redefinindo as preferências e prioridades dos consumidores. E isso se reflete também no setor lácteo. Essas alterações estão diretamente ligadas a tendências globais, como maior preocupação com a saúde, sustentabilidade, inovação tecnológica e conveniência no consumo.

Para tentar entender o que vem por aí no setor de laticínios em 2025, foi realizado um levantamento bibliográfico em diferentes fontes internacionais, da literatura científica, pesquisas de mercado e mídia especializada. Os resultados apontam que, em 2025, a demanda por produtos inovadores, saudáveis e sustentáveis será o principal motor de crescimento do setor de laticínios. A seguir, são apresentados alguns detalhes interessantes dessas principais tendências.

1. Saúde e bem-estar em foco: Uma das tendências que ganhou destaque e continua forte desde a pandemia de Covid-19, foi a busca dos consumidores por saudabilidade. E no ano que vem não será diferente. A saúde continuará a ser prioridade para os consumidores, que agora buscam alimentos funcionais adaptados às suas necessidades específicas de saúde. Com isso o foco dos consumidores no momento é: controle de peso, alimentos ricos em proteínas e fibras, saúde digestiva e opções nutricionais mais avançadas. Produtos lácteos associados ao gerenciamento de peso, como opções com alto teor de proteína e alimentos funcionais, estão em ascensão. A crescente procura por iogurtes proteicos enriquecidos e produtos com fibras reflete o interesse em alimentos que promovam saciedade e controle glicêmico. Além disso, a inclusão de ingredientes bioativos, como lactoferrina, deve ganhar espaço, atendendo à demanda por benefícios adicionais, como fortalecimento imunológico e suporte à saúde digestiva. Contudo, os consumidores estão cada vez mais céticos quanto a promessas genéricas de saúde. Os rótulos e campanhas de marketing devem ser claros. Marcas que focarem em soluções específicas, como por exemplo, alívio de inchaços ou desconfortos intestinais, devem ter maior aceitação. Neste quesito, a qualidade dos ingredientes também é importante. Os consumidores estão priorizando cada vez mais os produtos mais naturais, com maior frescor, nutrição e transparência na origem. Assim, marcas que demonstrarem qualidade superior dos ingredientes provavelmente se destacarão no mercado. Entra nesta tendência também, os alimentos que promovem a beleza de dentro para fora, como por exemplo, aqueles ricos em antioxidantes ou vitaminas. Isso acontece porque os consumidores começam a buscar produtos que apoiem a saúde da pele e o bem-estar geral.

2. Sustentabilidade e transparência:  A preocupação ambiental, especialmente entre os consumidores mais jovens, também continua forte e impulsiona a busca por práticas mais sustentáveis. Empresas que adotarem processos produtivos com menor impacto ambiental, como redução de emissões de carbono e uso consciente de recursos naturais, terão vantagem competitiva. No entanto, os consumidores estão ficando mais exigentes com relação a isso: a transparência durante todo o processo produtivo tem ganhado força como motivador de compra. Assim, a transparência na cadeia produtiva, destacando a origem dos insumos e práticas de responsabilidade ambiental, será essencial para conquistar a confiança do público. Esse apelo de sustentabilidade deve continuar promovendo o setor de bebidas e alimentos alternativos ao leite. Inovações tecnológicas, como alternativas lácteas fermentadas livres de origem animal atraem consumidores interessados em dietas mais sustentáveis e plant-based. No entanto, vale ressaltar que mesmo o segmento plant based deve apresentar mudanças. Atualmente, o consumidor está migrando para opções menos processadas que enfatizam ingredientes naturais.

3. Inovação sensorial: A busca por experiências gastronômicas únicas tem levado o setor lácteo a explorar sabores, texturas e combinações inéditas. Essa tendência é impulsionada, sobretudo, pela geração Z, que deseja produtos que vão além do convencional e ofereçam uma experiência sensorial diferenciada. Queijos com especiarias exóticas, iogurtes de edição limitada com sabores de frutas tropicais ou combinações doces e salgadas são exemplos que atendem a esse público mais aventureiro em termos de sabores. O setor de queijos, em particular, tem a oportunidade de explorar sabores ousados e edições limitadas para atrair esse público. Há também um interesse crescente por texturas surpreendentes, como cremosidade extrema ou crocância adicionada. Além disso, a inovação em sabores internacionais e combinações inesperadas pode ampliar o apelo dos produtos lácteos, reforçando o vínculo com consumidores que valorizam sabores emocionantes e experiências culinárias inovadoras.

4. Praticidade refinada: O estilo de vida moderno, urbano e acelerado exige soluções práticas, sem renunciar qualidade e sabor. Por isso, a conveniência permanece como um dos principais fatores de decisão de compra. Cresce a demanda por soluções de refeição convenientes que sejam saudáveis e fáceis de preparar ou consumir em movimento. No setor lácteo, isso se traduz em formatos que facilitam o consumo, como porções individuais, embalagens reutilizáveis e produtos prontos para comer ou beber. Assim, iogurtes em embalagens individuais ou sachês, bebidas lácteas em garrafas compactas e queijos fatiados em porções controladas são exemplos de como a indústria está respondendo a essa necessidade. A conveniência, pode vir também acompanhada de soluções sustentáveis, como embalagens biodegradáveis e sistemas que reduzem o desperdício. Essa combinação agrega valor e torna os produtos mais atrativos para consumidores conscientes e com rotinas de vida dinâmicas. Dentro dessa tendência, é importante ressaltar também a crescente demanda por bebidas prontas para beber e hidratantes. Embora esse segmento seja dominado por águas, isotônicos e sucos, existe espaço também para o leite e bebidas lácteas, já que essa tendência envolve bebidas que oferecem mais do que apenas hidratação, como nutrientes extras ou ingredientes funcionais.

5. Acessibilidade: Embora muitos indicadores econômicos apontem para um cenário positivo da economia brasileira em 2025, por se tratar de um país em desenvolvimento, com grande parte da população em situação de baixa renda, o poder de compra da população ainda é um entrave para a expansão do crescimento do consumo no Brasil. Portanto, a oferta de produtos acessíveis é sempre uma necessidade brasileira. Assim, para a maior parcela da população, que enfrenta restrições orçamentárias, opções acessíveis e nutritivas se tornam indispensáveis. Manter a qualidade de itens básicos como leite fluido, requeijão e queijos populares pode não apenas preservar a demanda, mas também contribuir para combater a insegurança alimentar.

6. Inteligência Artificial: A inteligência artificial (IA) está emergindo como um pilar estratégico para impulsionar a inovação e a eficiência no setor lácteo. Por meio da análise avançada de dados, a IA permite entender com precisão as preferências e necessidades dos consumidores, identificando padrões de comportamento e tendências de consumo. Essa capacidade torna possível a personalização de produtos, desde o desenvolvimento de fórmulas ajustadas para necessidades específicas, como maior teor de proteína ou ingredientes funcionais, até a criação de embalagens e campanhas adaptadas a diferentes públicos. Essa abordagem não só aprimora a experiência do consumidor, mas também fortalece o posicionamento das marcas em um mercado altamente competitivo. Além disso, a IA promove ganhos significativos em eficiência operacional. Desde a previsão de demanda e gestão de estoques até a otimização dos processos de produção, a tecnologia ajuda as empresas a reduzir desperdícios e custos, mantendo a qualidade e a sustentabilidade. Ferramentas como aprendizado de máquina e algoritmos de previsão estão sendo aplicadas para adaptar rapidamente a oferta às condições de mercado, como sazonalidade e oscilações nos preços de insumos. Ao integrar inovação e eficiência, a IA se torna essencial para atender tanto às demandas por produtos diferenciados quanto à necessidade de manter margens competitivas em um setor em constante transformação. 

Atender com excelência ao consumidor em 2025 envolve oferecer um produto que seja saboroso, acessível, com apelo de saudabilidade, sustentável e conveniente.  Encontrar tudo isso em um único produto pode ser complicado. Mas, não para um setor que trabalha com um produto tão nobre quanto o leite. O leite e muitos dos seus derivados já são naturalmente saborosos, saudáveis e sustentáveis. Então, agregar acessibilidade e conveniência são desafios que o setor enfrenta em 2025.

Portanto, é importante ressaltar que há muitas possibilidades de inovação para as indústrias de laticínios no próximo ano. Basta definir o seu nicho de mercado. Empresas que adaptarem suas estratégias para atender às novas demandas dos consumidores, destacando-se em qualidade, transparência e criatividade estarão bem posicionadas para prosperar.

O sucesso do setor em 2025 dependerá da capacidade de responder a demandas distintas, desenvolvendo produtos específicos, promovendo inclusão alimentar enquanto atende às exigências de sustentabilidade e inovação para nichos de mercado. (Milkpoint)


Jogo Rápido

NF-e e NFC-e passam a valer em fevereiro
O Governo do Estado divulgou que começa a valer em fevereiro a obrigatoriedade da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e da Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e) para produtores rurais, incluindo os de leite. Os documentos substituem o modelo 4, conhecido como Nota do Produtor Rural ou “talão do produtor”. No entanto, aqueles que já tenham o talão impresso para emitir o modelo 4 podem seguir utilizando o documento até 30 de junho. Já em 5 de janeiro de 2026, a obrigatoriedade das notas eletrônicas começa a valer para todos, independentemente do faturamento e fica vedado o modelo 4.A medida aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) no início de dezembro e publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) em 27/12, determina ainda que a emissão vale para quem, em 2023 ou 2024, teve receita bruta superior a R$ 360 mil.  O Governo do Estado ainda disponibilizou um link para a consulta de quem precisará fazer a mudança que pode ser acessado aqui. (Assessoria de imprensa Sindilat RS com informações da Secom)

 
 

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Porto Alegre, 07 de janeiro de 2025                                                Ano 19 - N° 4.298


Universidade gaúcha terá centro de inteligência artificial para monitorar qualidade do leite 

Instituição de Passo Fundo receberá recursos no ano que vem para fazer investimento

É com um recurso de R$ 7 milhões que a Universidade de Passo Fundo (UPF) vai tirar do papel três projetos neste ano. Um deles, que leva o nome de Laboratório de Serviços de Análise de Rebanhos Leiteiros (Sarle), é a criação de um centro de inteligência artificial para monitoramento da qualidade do leite. Algo que ainda não existe no Brasil.

A ideia, explica Carlos Bondan,  coordenador do curso de Medicina Veterinária da UPF e um dos líderes do projeto, é construir um espaço para o monitoramento da qualidade da matéria-prima desde a propriedade até a indústria. Do leite, será possível gerar dados de bem-estar do animal, informações meteorológicas, características do solo e até a alimentação do rebanho.

— O equipamento tem como novidade a possibilidade de identificar componentes que não são do leite, assim, será possível diagnosticar fraudes também — detalha o professor.

No Brasil, ainda não existe essa tecnologia. No entanto, em outros países, como Estados Unidos, Canadá, Uruguai e Argentina, já há.

— Para a profissionalização da cadeia leiteira, nós não podemos ficar para trás nestes avanços tecnológicos — acrescenta Bondan.

O centro de monitoramento será coordenador pelo professor Ricardo Zanella e terá uma equipe multidisciplinar, formada por pesquisadores de diferentes programas de pós-graduação da UPF. O projeto também conta com o apoio de entidades, sindicatos e associações ligadas ao setor bovino e leiteiro, que serão diretamente impactados.

Os outros dois projetos que foram agraciados com o recurso são para a modernização de outros laboratórios e a criação de bolsas de pesquisa. O montante será disponibilizado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). (Zero Hora)


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT editado pelo Sindilat RS

Por que tantas fazendas leiteiras no estado do Rio Grande do Sul estão robotizando a ordenha?

Acompanhe como a robotização da ordenha está transformando as fazendas leiteiras no RS, com dados inéditos sobre marcas, regiões e sistemas adotados!

Todo o dia quando recebia uma noticia que mais uma fazenda leiteira iria robotizar a ordenha eu me fazia essa pergunta que utilizei no titulo desse artigo.

Obviamente, como estou dentro da academia, envolvido com alunos de graduação, pós-graduação, pesquisa e atendendo muitas fazendas leiteiras na consultoria eu conseguia trocar ideias com o aluno, filho do produtor que comprou o robô de ordenha, ou o técnico que atendia a fazenda em questão, ou propriamente com a família durante minhas consultorias diárias. Nestas conversas e visitas o que mais me chamou a atenção foi um trecho das falas: “não conseguimos mais dar conta de tudo, falta gente para trabalhar. Contratar funcionários não dá, investimos ou paramos com a atividade”.

De fato, eles tinham razão na fala, os produtores de leite daqui, na maior parte são de descendência italiana e polonesa. Eles são determinados, acordam cedo e se recolhem para dentro de suas casas para descansar depois que escurece, não têm medo do trabalho, independente do dia da semana. E assim construíram suas famílias e fazendas ao longo dos anos. Na média estas fazendas tem 15 a 20 anos de atividade, é uma boa parte das suas vidas!

Os pais já estão com idade avançada (60 anos) e os filhos cresceram (30 anos), alguns ficaram na fazenda para ajudar e outros foram estudar para um possível retorno. Enfim, quem ficou teve que se organizar para poder realizar todas as tarefas que acumularam durante o dia. A ordenha, na maioria das vezes, é designada para as mulheres. Porém, elas têm outros afazeres durante o dia: alimentar as bezerras e higienizar o ambiente, tarefas da casa, café, almoço e janta, que também toma muito tempo.

Poderia citar muitos argumentos aqui para entender melhor todo esse contexto, mas o que resume o investimento na robotização da ordenha é “não conseguimos mais dar conta de tudo, falta gente para trabalhar. Contratar funcionários não dá, investimos ou paramos com a atividade”.

Contatei o professor Marcos Neves Pereira e contei para ele desse crescimento tão rápido dos robôs aqui no RS e decidimos levantar essas informações iniciais dos números de box de robô em atividade para registrar este fato e contribuir para as futuras pesquisas na área de manejo, reprodução e nutrição de vacas nesse sistema de ordenha.

Criamos um formulário, juntamente com dois alunos da graduação do curso de agronomia da Faculdade CESURG Marau e submetemos para as empresas que estavam presentes no estado comercializando os robôs. Eles responderam e nos enviaram de volta com as informações que precisávamos para concluir o estudo.

Segundo nosso levantamento, 206 boxes de Sistemas de Ordenha Robotizada (SOR) estavam em atividade em propriedades leiteiras no RS em julho de 2022. Não tivemos acesso ao número de fazendas envolvidas. Os boxes da marca DeLaval® se destacaram com maior porcentagem de utilização (67,97%), seguido pelas marcas Lely® (21,84%) e GEA® (10,19%) (Figura 1).

Figura 1. Boxes de ordenha robotizada por marca no Rio Grande do Sul em julho de 2022.

FONTE: Zadinello L., Luza J., Pereira M.N., Bordin Tiago. (2023). Flow systems in robotic milking at Rio Grande do Sul state, Brazil. Peer Review. 5. 76-84. 10.53660/1290.prw2817. Via Milkpoint editado pelo Sindilat RS


Jogo Rápido

Ano de 2024 foi favorável ao consumo de leite, ajudando a sustentar os preços ao setor produtivo, diz especialista
De acordo com pesquisador da Embrapa, mesmo com importações elevadas em 2024, cenário de demanda foi diferente de 2023, contribuindo para a manutenção de preços. Assista clicando aqui. (Notícias Agrícolas via Edairy News)

 
 

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Porto Alegre, 06 de janeiro de 2025                                                Ano 19 - N° 4.297


Por que a indústria de leite vê a demanda como ponto de atenção em 2025

Perspectivas de clima favorável e queda das importações animam segmento, que projeta margem bastante limitada para reajustar preços

A cadeia de produção de leite começa 2025 com a perspectiva de diminuição das importações e quadro climático mais favorável, o que anima laticínios e pecuaristas. O cenário é bem mais positivo do que o de anos anteriores, quando cresceram as compras de matéria-prima do exterior, especialmente de Argentina e Uruguai, e sucessivas estiagens em importantes Estados produtores reduziram a oferta de matéria-prima e afetaram a produtividade no campo. Isso não significa, no entanto, que o segmento terá vida fácil nos próximos 12 meses.

Neste ano, o aumento dos preços dos lácteos no mercado internacional e a desvalorização do real devem enxugar as importações brasileiras de lácteos, que bateram recorde no país em 2024.

“Para a indústria nacional, isso é bastante bom porque o produto importado estava entrando com muita força no Brasil”, afirma Valter Galan, sócio da Milkpoint. “Os preços que Uruguai e Argentina praticam subiram e estão mais próximos dos preços que vemos no Brasil. Isso, somado a uma taxa de câmbio mais elevada, provavelmente reduzirá a importação”. Segundo levantamento da consultoria, os valores, que eram de US$ 3,7 mil a tonelada em agosto, subiram para US$ 4,1 mil no fim do ano.

De janeiro a novembro de 2024, o Brasil importou 252,5 mil toneladas de lácteos, especialmente de Argentina e Uruguai, de acordo com as estatísticas do Ministério da Agricultura. O volume é pouco superior ao do mesmo período de 2023, quando as importações somaram 251,9 mil toneladas, mas 60% maior do que as 151,2 mil toneladas do intervalo entre janeiro e novembro de 2022.

O aumento expressivo das importações levou o segmento a pedir a abertura de investigação sobre a possível prática de dumping por parte de Argentina e Uruguai. O governo brasileiro atendeu a solicitação no início de dezembro.

Se o virtual declínio das importações anima produtores, que terão menos concorrência, e indústrias, que não precisarão recorrer a um produto que já não tem custo competitivo como em anos recentes, ele vai reduzir a oferta do produto no mercado interno. Esse desdobramento pode encarecer o produto final — e o segmento já detectou que os consumidores estão resistentes a pagar mais pelo leite e seus derivados.

Inflação
“Devemos ter um começo de ano mais difícil para consumo do que tivemos em 2024”, observa Galan. A inflação de leite e derivados medida pelo IPCA foi de 10,24% nos 12 meses até novembro, mas, no caso do leite longa vida (UHT), os preços subiram 20,38% nesse intervalo, quando a inflação no país foi de 4,87%.

No campo, há uma boa notícia, mas com desdobramentos que preocupam os pecuaristas. A novidade positiva é que, no momento, não há previsão de grandes problemas climáticos para a atual temporada. Com clima favorável, a produção nacional deve crescer, o que tende a pressionar as margens dos produtores, que tiveram um respiro no ano passado. Em 2024, o preço médio pago ao produtor de leite subiu 38%, para R$ 2,8065 o litro, de acordo com o Cepea.

“O ano de 2024 foi de recuperação para o produtor de leite, com alta de preços em quase todos os meses, enquanto os custos de produção andaram de lado”, diz Juliana Pilla, analista da Scot Consultoria. Na avaliação dela, as perspectivas para 2025 são de produção crescente, o que deve pressionar os preços pagos ao produtor, comprometendo parte das margens que os pecuaristas conseguiram no ano passado.

Segundo levantamento do Cepea, em outubro, o produtor brasileiro de leite precisou de 24,51 litros de leite cru para comprar uma saca de 60 quilos de milho. O valor subiu 12,21% em relação a setembro, mas ficou bem abaixo dos 30,8 litros necessários em janeiro. “Se considerarmos a diferença entre preço pago ao produtor e o índice de custo, na comparação com o ano anterior, a margem do produtor teve uma melhora de 13% em 2024”, disse a analista.

Preços no teto
Na avaliação do secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat-RS), Darlan Palharini, os preços já atingiram patamares máximos, dada a dificuldade de repasse para o consumidor final. “O produtor brasileiro está recebendo quase o mesmo que o europeu, então não tem muito mais o que aumentar esse preço ao produtor, mas sim ganharmos em eficiência”, avalia.

Ele projeta que, sem catástrofes climáticas nem mudanças drásticas na economia, 2025 será um ano “tranquilo e equilibrado”. “Será um ano para o setor se capitalizar e crescer em demanda e também em produtividade”, diz. (Globo Rural via Valor Econômico)


Colheita de milho para silagem avança e os resultados são adequados

A colheita de milho para silagem avançou e os resultados de colheita são considerados adequados. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira (02/01), estima-se que 14% da área cultivada foi colhida e 17% estão próximos ao ponto ideal de corte, que corresponde ao estágio de grão farináceo-duro e os colmos verdes, em que o teor de matéria seca da planta inteira varia entre 30% e 35%.

Nesse estágio, os grãos apresentam elevada concentração de amido, e as fibras vegetativas preservam sua digestibilidade, garantindo o equilíbrio necessário para maximizar o valor nutricional, o rendimento por hectare e a qualidade da silagem conservada. Para a Safra 2024/2025 no Estado, a Emater/RS-Ascar projeta o cultivo de 357.311 hectares, e a produtividade média é de 39.457 kg/ha.

MILHO

A semeadura do milho avançou apenas em pequenas extensões, mantendo a proporção de 95% da área projetada para a safra. O progresso ocorreu em partes da Campanha, tradicionalmente destinadas ao cultivo tardio. Nas demais regiões, o plantio não foi executado devido à redução da umidade no solo ou à ocupação das áreas destinadas para cultivo em segunda safra. Para a Safra 2024/2025, a Emater/RS-Ascar estima o cultivo de 748.511 hectares, e a produtividade média de 7.116 kg/ha.

O cultivo apresenta desempenho satisfatório, superior à Safra 2023/2024. Contudo, há variação no desempenho entre as lavouras, influenciada pelo regime de precipitações: em algumas áreas, o desenvolvimento está excelente, e em outras houve perdas consideráveis devido ao déficit hídrico ocorrido em novembro, durante o estágio de fecundação e formação de grãos. Embora a restrição hídrica não tenha comprometido a cultura, houve redução no potencial produtivo inicialmente estimado. A recente sequência de temperaturas elevadas, os ventos e a baixa umidade relativa do ar têm levado as plantas à excessiva perda de água, o que pode resultar na antecipação da colheita.

A colheita evoluiu pouco, mais concentrada no Noroeste do Estado, alcançando 3% da área cultivada. A produtividade média alcançada, até o momento, é de aproximadamente 7.800 kg/ha, considerando tanto as lavouras de sequeiro quanto as irrigadas, que apresentam ótimo desenvolvimento. (Emater/RS editado pelo Sindilat/RS)

Com sinais de recuperação após enchentes, PIB do RS registra variação de -0,3% no terceiro trimestre de 2024

Resultados foram divulgados pelo Departamento de Economia e Estatística

A economia do Rio Grande do Sul apresentou sinais de recuperação após as enchentes ao registrar variação de -0,3% no terceiro trimestre de 2024 na comparação com o segundo trimestre. Os números do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado mostram ainda que, em relação ao mesmo período de 2023, a alta foi de 4,1%. No Brasil, nas mesmas bases comparativas, o PIB registrou avanço de 0,9% e 4%, respectivamente.  

Os resultados do PIB do RS relativos ao período entre julho e setembro foram divulgados na última quinta-feira (2/1) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG). No acumulado dos três primeiros trimestres do ano, a economia do Estado teve alta de 5,2% na comparação com o mesmo período de 2023, enquanto no Brasil o avanço alcançou 3,3%. Na soma dos últimos quatro trimestres, a variação no RS atingiu 3,7%, acima da registrada no país, que alcançou 3,1%.  

No Estado, o terceiro trimestre é o período tradicionalmente com menor repercussão das atividades agropecuárias no PIB.

"Apesar da queda na margem, causada pela retração da agropecuária típica do período, o PIB mostrou sinais de recuperação após os impactos mais severos das enchentes. Tanto a indústria quanto os serviços tiveram crescimento no terceiro trimestre em relação ao segundo, com destaque para os bons resultados da indústria de transformação e do comércio”, destaca o pesquisador em Economia do DEE, Martinho Lazzari.

Terceiro trimestre x segundo trimestre

Entre as grandes atividades da economia, a agropecuária recuou 30,6% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre, enquanto a indústria cresceu 1,1%, e os serviços registraram avanço de 2,3%. Na indústria, a alta foi puxada pelo desempenho da indústria de transformação, a com maior participação no segmento, que cresceu 2%. As atividades de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-10,3%) e construção (-0,4%) recuaram no período.

Nos serviços, segmento mais representativo na formação da taxa, o comércio (+3,9%), os serviços de informação (2,6%) e o setor de transportes, armazenagem e correio (2,3%) foram as atividades que apresentaram as maiores altas no período.

2024 x 2023

Na comparação dos números do terceiro trimestre de 2024 com os de 2023, o PIB do RS cresceu 4,1%, com alta nos números da agropecuária (+7,9%) e dos serviços (+4,2%), enquanto a indústria teve recuo (-1,3%).

A queda na atividade industrial foi puxada pelos números da indústria de transformação, com baixa de 2,8% no período. Na transformação, as maiores influências para a queda vieram das atividades de máquinas e equipamentos (-16,4%), bebidas (-11,4%) e celulose, papel e produtos de papel (-6,9%). Por outro lado, os avanços mais relevantes foram registrados em móveis (+14,9%), metalurgia (+37,9%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (+5,3%).

Nos serviços, as sete atividades pesquisadas registraram alta, com destaque para comércio (+8,2%), outros serviços (5,2%) e serviços da informação (+5,1%). No importante segmento do comércio, os avanços mais significativos ocorreram nas atividades de comércio de veículos (+21,5%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+9,3%) e material de construção (+18,5%).  

Acumulado de 2024  

No acumulado do ano, o avanço de 5,2% do PIB do Estado em relação ao mesmo período de 2023 foi impulsionado pelo desempenho positivo da agropecuária (+37,1%) e dos serviços (+3,2%), enquanto a indústria teve variação negativa (-0,2%). (SEAPI)


Jogo Rápido

Como será o clima no Brasil em janeiro?
A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o mês de janeiro indica chuvas entre a média climatológica e acima da média  em grande parte das Regiões Norte, Sul e do leste e norte do Nordeste. No entanto, em algumas áreas dessas Regiões, como Rondônia, sudeste e norte do Pará, sul e norte do Tocantins, região central do Maranhão, oeste da Bahia e sul do Rio Grande do Sul, os acumulados poderão variar entre próximo e abaixo da média histórica. Por outro lado, em São Paulo e áreas localizadas no centro-sul do Rio de Janeiro, os acumulados poderão ficar na normalidade ou acima da média , enquanto que Minas Gerais e Espirito Santo poderão registrar precipitação abaixo da média. Na Região Centro-Oeste, a previsão aponta para precipitação dentro da normalidade e acima da média em grande parte do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Porém, em Goiás e áreas no noroeste e sudeste do Mato Grosso do Sul, os volumes de chuva podem ficar abaixo da climatologia. Quanto às temperaturas, a previsão indica que deverão ser acima da média em grande parte do país, com possibilidade de ocorrência de alguns dias de calor em excesso , principalmente no norte do país, onde as temperaturas médias do ar podem ultrapassar os 28ºC. Em áreas pontuais do Amazonas, Amapá, sudoeste do Paraná, leste de Santa Catarina e sul do Rio Grande do Sul, são previstas temperaturas próximas ou ligeiramente abaixo da média, devido a ocorrência de dias consecutivos com chuva que podem amenizar a temperatura. (MAPA)

 
 

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Porto Alegre, 03 de janeiro de 2025                                                Ano 19 - N° 4.296


A inteligência artificial pode melhorar o controle de qualidade dos laticínios?

Estudo detalha como a inteligência artificial e o learning machine podem ser aproveitados para melhorar a segurança e o controle de qualidade no setor lácteo.

O aprendizado de máquina pode ser usado para detectar anomalias em amostras de laticínios ao analisar o microbioma do leite, abrindo caminho para melhorias em segurança e controle de qualidade, de acordo com um estudo.

Publicado na revista mSystems da American Society for Microbiology, o estudo detalha como a inteligência artificial (IA) e o aprendizado de máquina podem ser aproveitados para melhorar a segurança e o controle de qualidade no setor de alimentos e bebidas.

Os pesquisadores usaram leite cru para testar se a IA e os dados de sequenciamento shotgun poderiam ser usados para identificar corretamente amostras de leite anormais, como leite que contém antibióticos, em comparação com amostras regulares. A IA faria isso analisando o tipo e a quantidade de bactérias presentes nas amostras de leite – o chamado microbioma do leite – de forma semelhante a como o risco de doenças como diabetes tipo 2 pode ser previsto pela IA ao analisar o microbioma intestinal humano.

Provar que a IA pode ser usada para triagem nesse contexto seria significativo, já que os métodos tradicionais para detecção de anomalias na indústria alimentícia são limitados.

Além de validar esse conceito, o grupo – que inclui pesquisadores da Pennsylvania State University, Cornell University e IBM Research – também investigou se a IA poderia prever diferentes estágios de processamento e transporte do leite, bem como a estação do ano em que o leite foi coletado, utilizando conjuntos de dados acessíveis e disponíveis publicamente.

O experimento

Para realizar o experimento, os pesquisadores coletaram 58 amostras de leite cru de tanques de armazenamento a granel para estabelecer amostras de referência do microbioma do leite cru. Eles descobriram que 33 microrganismos apresentavam uma presença estável no leite cru, sendo os mais abundantes Pseudomonas, Serratia, Cutibacterium e Staphylococcus.

Já nesse estágio, os pesquisadores confirmaram que métodos tradicionais, como PCA contrastante (cPCA) e escalonamento multidimensional (MDS), eram limitados em sua capacidade de diferenciar classes de amostras. No entanto, a IA conseguiu fazê-lo e ainda identificou os microrganismos responsáveis por separar essas classes de amostras.

O estudo então aplicou IA explicável a dados de RNA ribossomal 16S – uma alternativa acessível ao sequenciamento shotgun do genoma completo – provenientes de dois conjuntos de dados públicos sobre o microbioma do leite. O objetivo era verificar se a ferramenta poderia diferenciar entre diferentes categorias de leite, como estágios de transporte e processamento.

Por que detectar ingredientes indesejados nos alimentos é desafiador?

Os métodos tradicionais para detecção de anomalias no setor de alimentos e bebidas incluem análises de diversidade alfa e beta, abundância diferencial, agrupamento, PCA contrastante (cPCA) e escalonamento multidimensional (MDS). No entanto, nenhum desses métodos consegue separar completamente e de forma precisa classes de amostras, como uma amostra anômala de uma amostra de referência.

Por outro lado, ferramentas de aprendizado de máquina já foram usadas com sucesso para analisar o microbioma intestinal, como para prever o risco de doenças como diabetes tipo 2. Este estudo testou, de forma inversa, se o aprendizado de máquina poderia detectar e identificar anomalias no microbioma do leite.

As técnicas de aprendizado de máquina conseguiram prever o estágio de processamento, como identificar qual amostra de leite foi pasteurizada, detectando corretamente os tipos e a abundância de bactérias presentes. Além disso, o aprendizado de máquina produziu modelos precisos sobre os estágios de armazenamento do leite, identificando quais amostras eram de leite cru, leite de caminhão-tanque ou leite de silo.

Além disso, as ferramentas de triagem baseadas em IA também identificaram a estação do ano em que uma amostra de leite foi coletada, medindo a abundância de mycoplasma.

“Pelo que sabemos, este estudo caracterizou os metagenomas do leite cru com maior profundidade de sequenciamento do que qualquer outro trabalho publicado até o momento e demonstra que há um conjunto de microrganismos consensuais que se mostraram elementos estáveis em várias amostras”, concluíram os pesquisadores no artigo.

“Demonstramos que nossa abordagem de IA explicável é capaz de prever com sucesso o estágio de processamento e o estágio de transporte de onde uma amostra de leite veio. Este estudo representa avanços na aplicação de aprendizado de máquina que podem ser ampliados para toda a indústria alimentícia.”

As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


Os prazos e descontos previstos no novo refinanciamento de dívidas de ICMS preparado pelo Piratini

O objetivo é, após as crises recentes no RS, dar fôlego para empresas se reconstruírem e investirem no negócio

O novo programa de refinanciamento de dívidas tributárias do governo do Estado buscará dar fôlego para empresas gaúchas se reconstruírem e voltarem a investir após a enchente, diz o secretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, após o governador Eduardo Leite ter confirmado à coluna que o projeto estava no forno. Ele deve ser lançado em fevereiro com o nome “Refaz Reconstrução” ou “Refaz Plano Rio Grande". 

– O objetivo é permitir mais do que quitar as dívidas. Além dos descontos, haverá o parcelamento – destaca Neves.

Estudos da Secretaria Estadual da Fazenda identificaram que a enchente e outras crises recentes provocaram o "desencaixe no caixa", com descompasso entre saída e entrada de recursos financeiros. Ou seja, a dívida de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dificulta o reinvestimento e a ampliação dos negócios. 

– Por isto, o novo Refaz terá o propósito de ajudar a alavancar a recuperação, reconstrução e a conversão destes valores em investimento privado nas empresas gaúchas. Potencializará mais investimentos no Estado – acrescentou o secretário.  

Com o mesmo nível de desconto para quitação aplicado em 2019, de até 90% em juros e multas, será permitido parcelamento em 12 ou 18 vezes. Outras modalidades com abatimentos menores terão prazos de até 120 meses, dependendo do caso. 

O Refaz de 2019, início do primeiro mandato de Leite, teve adesão de 7,6 mil empresas e regularizou 76,5 mil créditos, com quitações parciais e totais. O governador afirmou que o de agora será tão amplo quanto este. Outras iniciativas pontuais e menores de renegociação ocorreram na pandemia e na enchente. (GZH)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1848 de 2 de janeiro de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

O tempo seco favoreceu o manejo nas propriedades, e as temperaturas amenas permitiram maior tempo de pastejo pela manhã. O aumento de forragem fresca contribuiu para a estabilidade na produção de leite e para a melhora da condição corporal dos animais. O calor e a umidade aumentaram a incidência de mosca-dos-chifres e carrapato.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as temperaturas amenas e a água em quantidade suficiente nos açudes favoreceram o bem-estar animal e atenderam às necessidades das matrizes. 

Na de Caxias do Sul, a sanidade dos bovinos de leite ficou dentro da normalidade, e os ectoparasitas estão controlados. A condição corporal foi satisfatória devido à alimentação adequada. 

Na de Ijuí, a produção de leite continua em crescimento, e o maior volume está concentrado em propriedades de sistemas a pasto. Os produtores avaliam o desempenho de silagens de cereais de inverno, em especial de trigo, que tem mostrado melhores resultados. 

Na de Lajeado, a produção de leite segue dentro da normalidade, favorecida pelas condições climáticas. Há estabilidade nos custos de insumos. 

Na de Passo Fundo, os rebanhos não apresentaram anormalidades sanitárias, apenas alguns problemas restritos ao ataque de mosca-dos-chifres e carrapato, que são manejados de forma rotineira.

Na região de Pelotas, houve aumento de investimento em pastagens perenes. 

Na de Porto Alegre, a condição corporal dos animais está adequada. Houve redução no uso de silagem de milho em razão da possibilidade de pastejo em áreas implantadas. Apesar do aumento de ectoparasitas, especialmente do carrapato, o controle tem sido eficaz. 

Na de Santa Maria, as pastagens de verão estão em excelentes condições de pastejo, e há satisfatória oferta de forragem. Os produtores seguem monitorando as populações de mosca e carrapato, adotando estratégias de controle.  (Emater/RS editado pelo Sindilat/RS)


Jogo Rápido

PREVISÃO METEOROLÓGICA DE 04/01 A 08/01/2025: TEMPO ESTÁVEL E NEVOEIROS NO RS, MAS CHUVA À VISTA
A partir deste sábado (04/01), o Rio Grande do Sul deve começar a experimentar uma melhora no tempo com a chegada de um anticiclone migratório. Isso trará céu claro e sol entre nuvens, além de temperaturas mais amenas em comparação aos dias anteriores, mantendo essa estabilidade até o domingo (05/01). Na segunda (06/01) e terça-feira (07/01), a configuração atmosférica se repetirá com tempo estável e pouca variação, embora nevoeiros possam surgir em algumas regiões, incluindo a Região Metropolitana, o Sul do Estado, a Campanha, além das áreas próximas à Laguna dos Patos e Lagoa Mirim. Na quarta-feira (08/01), no entanto, o cenário meteorológico muda gradualmente com a formação de um cavado entre o Paraguai e o RS, elevando as temperaturas e trazendo instabilidade. A previsão é de chuvas fracas na Metade Norte do Estado. Ao longo da semana, as chuvas serão irregulares, com volumes baixos em diversas regiões. No Norte e Nordeste, os acumulados devem ficar entre 10 e 30 mm, enquanto o Litoral, a Região Metropolitana, os Vales, e partes centrais do RS, assim como a Fronteira Oeste, podem esperar precipitações mais leves, variando de 1 a 20 mm. (Boletim Agrometerológico da SEAPI editado pelo Sindilat/RS)

 
 

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Porto Alegre, 02 de janeiro de 2025                                                Ano 19 - N° 4.295


Unidade Padrão Fiscal é de R$ 27,1300 em 2025 e muda taxas do Fundesa e Fundoleite 

Está em vigor desde a quarta-feira (1º/01) o valor de R$ 27,1300 como referência para a Unidade Padrão Fiscal (UPF-RS) em 2025. O indexador da Receita Estadual foi determinado em Instrução Normativa da Receita Estadual (IN RE) número 131/24 do Governo do Estado. Em relação ao valor de R$ 25,9097, praticado em 2024, houve um aumento de aproximadamente 4,71%.

A nova unidade altera o recolhimento para o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa). Por litro produzido ficará em R$ 0,001682, sendo 50% descontado na nota de compra de leite pago aos produtores (R$ 0,00841) e 50% pago pelas indústrias (R$ 0,00841). Os valores têm como destino a indenização dos proprietários de animais com zoonoses, como tuberculose e brucelose, assim como para a promoção de ações de prevenção contra doenças infectocontagiosas reconhecidas nos programas de sanidade animal.

Já com relação ao recolhimento para o Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite), o valor será de R$ 0,001682 por litro adquirido, apenas pela indústria, sendo que o Estado bonifica 50% desse valor em ICMS. O fundo é para ações, projetos e programas de desenvolvimento da cadeia do leite com objetivo assegurar a sua competitividade e para campanhas de aumento do consumo de lácteos.

Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS, lembra que o Fundesa dá segurança aos produtores ao garantir a indenização dos rebanhos. Já com relação ao Fundoleite, o dirigente informa que o sindicato segue conversando com o governo para a liberação do fundo. “A Secretaria da Agricultura e Casa Civil trabalham nos assuntos legais e temos a expectativa pela liberação dos recursos que vão qualificar a produção”, assinala. (Assessoria de imprensa Sindilat RS)


Bancos estimam Selic a 15% em junho, diz Febraban

Ainda assim, maioria dos bancos espera que novo de ciclo de corte de juros se inicie ainda em 2025

A Pesquisa de Economia Bancária da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgada nesta quarta-feira (1º) revela que a grande maioria das instituições consultadas (84,2%) espera que o Banco Central eleve a taxa básica de juros, a Selic, para além de 14,25% ao ano no atual ciclo de aperto monetário.

Sobre a trajetória da Selic, a expectativa para os juros se elevou novamente ante as pesquisas anteriores, que são feitas a cada 45 dias pela Febraban com os bancos. Agora, a mediana para a Selic prevê alta até 15% ao ano em junho de 2025.

Mas a maioria dos bancos (52,6%) espera que um novo de ciclo de corte de juros se inicie ainda em 2025.

Já para a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a maioria dos participantes (57,9%) espera que o indicador encerre 2025 acima de 4,5%, ou seja, além do teto da meta, em função de inúmeros fatores, como a atividade aquecida, o mercado de trabalho apertado e o câmbio depreciado, ressalta a pesquisa da Febraban.

Com relação à atividade econômica, metade dos participantes espera que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça em torno de 2% em 2025. Contudo, 27,8% dos participantes esperam um crescimento menor que esse patamar, influenciado por fatores como a alta dos juros.

A expectativa para a taxa de câmbio aumentou, com a moeda americana testando máximas históricas ante o real em dezembro. No curto prazo, a expectativa dos bancos é que o câmbio siga próximo do nível de R$ 6,00, mas pode voltar a cair abaixo desse nível nos próximos meses, chegando a R$ 5,90 em julho de 2025.

No campo fiscal, a maior parte dos entrevistados (66,7%) estima que o pacote aprovado no Congresso gere uma economia entre R$ 40 bilhões e R$ 55 bilhões nos próximos dois anos.

A Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas da Febraban é realizada a cada 45 dias. A pesquisa divulgada nesta quarta é resultado do levantamento feito com 19 bancos entre os dias 17 e 20 de dezembro. (CNN Brasil)

Pode comer queijo na dieta? Conheça os seus benefícios para o corpo

Não importa o tipo, o queijo - além de saboroso - é um poderoso alimento para incluir na dieta. Conheça seus benefícios.

O brasileiro consome, em média, 2,2 quilos de queijo por ano, segundo o IBGE. Isso por si só já mostra que o alimento é um queridinho no país. No entanto, é importante não exagerar no consumo, e se limitar a duas fatias (ou 30 gramas) por dia. Essa quantidade já é suficiente para se beneficiar com as propriedades nutricionais do alimento – que, aliás, fazem um bem danado à saúde.

“A recomendação é consumir o queijo de forma distribuída na dieta, em lanches ou ralado na salada. Evite o consumo exagerado em uma única refeição, como naquela pizza de quatro queijos do final de semana. Além disso, é preciso ficar atento às quantidades adicionadas nos lanches e refeições como massas, por exemplo”, recomenda a nutricionista e coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, Patrícia de Moraes Pontilho.

Benefícios do queijo para a saúde
O queijo é considerado um alimento processado saudável, pois seus diferentes tipos são produzidos a partir da coagulação do leite, com adição de enzimas à massa, e posterior remoção do soro do leite durante esse processo. Quanto mais duro, como o parmesão, menos soro ele possui, além de passar mais tempo sendo prensado.

Segundo a professora da Anhanguera, o alimento é muito rico e ajuda na prevenção de doenças e no bom funcionamento do organismo. Ela explica cada uma das propriedades presentes no queijo:

Probióticos: também encontrados nos iogurtes, são microrganismos vivo que ajudam a equilibrar a flora intestinal, evitando a prisão de ventre e a diarreia;

Proteínas: por terem uma digestão mais longa, ajudam a aumentar a sensação de saciedade, o que pode colaborar para o emagrecimento;

Oligoelementos: são encontrados em pouca quantidade de forma natural no organismo humano. Eles atuam em funções metabólicas como balanço hormonal, produção enzimática, hidratação celular, regulação do pH, biodisponibilidade de nutrientes e, além disso, no transporte de oxigênio.

O queijo também é rico em vitaminas e minerais
Vitaminas:

A (atua no sistema imunológico);
B2 (favorece o metabolismo de gorduras, açúcares e proteínas, além de auxiliar na cicatrização e visão);
B12 (atua nas células que transportam oxigênio no sangue, prevenindo a anemia e a trombose);
D (hormônio que atua na saúde óssea, crescimento, imunidade, musculatura, metabolismo e em diversos órgãos e sistemas, como o cardiovascular e nervoso central, por exemplo);
K2 (substância essencial aos seres humanos, ajuda o fígado a produzir diversas proteínas).
Minerais: 

Cálcio (mineral mais abundante no corpo humano, é essencial para fortalecer ossos e dentes);
Fósforo (segundo mineral mais abundante no corpo, depois do cálcio);
Selênio (possui ação antioxidante e fortalece a imunidade, além de combate os radicais livres, protegendo as células do envelhecimento);
Zinco (necessário para o funcionamento do sistema imunológico, e que não é produzido pelo organismo humano);
Sódio (regula o volume sanguíneo e atua no impulsos nervosos e contração muscular).
Atenção às quantidades
Apesar dos diversos benefícios, o consumo exagerado pode acarretar uma alta ingestão de sódio, o que é um perigo para quem tem pressão alta. Além disso, também eleva o risco de doenças cardíacas devido ao alto teor de gordura saturada, bem como problemas de digestão para quem tem intolerância à lactose.

Escolha o queijo mais adequado para você
Existem diversos tipos de queijo – um mais saboroso que o outro. No geral, os mais amarelos passam por um processo maior de maturação. Por isso, eles têm níveis mais elevados de gordura, explica a nutricionista. A especialista listou os mais comuns, do “mais magro” ao “mais gordo”. Confira:

Ricota (139 kcal por 100g): melhor opção para quem quer perder peso, é leve e de fácil ingestão. Apresenta menos gorduras e sódio – contudo, ter poucas proteínas é um contra;

Minas frescal (243 kcal por 100g): pode ser feito com leite desnatado, o que confere menos gordura e maior umidade;

Muçarela de búfala (311 kcal por 100g): de origem italiana, é mais branco e doce que os queijos feitos com leite de vaca. É rico em gorduras saudáveis, cálcio e proteína;

Muçarela (320 kcal por 100g): de origem italiana, possui níveis elevados de gordura e sódio;

Gorgonzola (324 kcal por 100g): maturado por mofos verdes, é bastante comum em tábuas de queijos, em recheios e molhos;

Variedade é o que não falta
Prato (346 kcal por 100g): bastante consumido em lanches e popular no Brasil, por conta do preço mais em conta. É menos maturado, apresentando textura macia;

Provolone (350 kcal por 100g): é defumado, com textura firme e sabor que varia de suave a picante. No entanto, tem bastante sódio e gorduras;

Cheddar (404 kcal por 100g): o que é popular no Brasil nem pode ser, de fato, chamado de queijo. É um tipo de preparado com outros tipos de queijo, popularizado pelas redes de fast food. Pode receber aditivos artificiais, inclusive para chegar à cor alaranjada. Além disso, o queijo cheddar original tem origem inglesa e é bem diferente da versão processada, sendo mais suave e podendo ter notas nozes, maçã e café torrado.

Parmesão (448 kcal por 100g): por ser um queijo duro, apresenta mais sódio e gordura. Boa opção para intolerantes, por ter níveis menores de lactose. (Terra via Edairy News)


Jogo Rápido

Nova Portaria altera critérios de credenciamento de laboratórios junto ao Mapa
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou na sexta-feira (27) a Portaria nº 747/2024, que estabelece novos critérios e requisitos para o credenciamento e fiscalização de laboratórios pelo Ministério. Esta Portaria revoga, entre outras normas, a Instrução Normativa nº 57, de 2013. A publicação foi feita no Diário Oficial da União (DOU).  A atualização desse regulamento vem com o objetivo de adequar procedimentos Lei nº 14.515/2022 (Lei do Autocontrole), bem como de modernizar os parâmetros de credenciamento e fiscalização dos laboratórios que prestam serviços às ações oficiais de Defesa Agropecuária no Brasil.  O novo regulamento traz, como principal inovação, um sistema de credenciamento por meio de edital público prévio de seleção. “O processo se tornará mais dinâmico, uma vez que o Mapa passará a priorizar os credenciamentos em função das demandas de Defesa Agropecuária, em nível nacional. Além disso, alinhamos temas que tiveram aperfeiçoamento legal ao longo dos últimos 11 anos, tais como a eliminação de conflitos de interesse e critérios de priorização de demanda”, frisou o coordenador-geral de Laboratórios Agropecuários, Fabrício Pedrotti. Além disso, foram também introduzidos critérios de biossegurança e bioproteção, de maneira que o Mapa passará a exigir uma gestão mais adequada dos riscos biológicos por parte dos laboratórios a serem habilitados. Entre outras inovações, destaca-se ainda que o credenciamento passará a ter validade de 10 anos.  Os credenciamentos autorizados pela IN MAPA nº 57, de 2013 seguem válidos por prazos determinados, de acordo com a área de atuação, que variam de 365 a 720 dias. Em decorrência da mudança de legislação, os pedidos de credenciamento em curso serão arquivados. O primeiro edital público de seleção para credenciamento de laboratórios deverá ser divulgado em até 270 dias a partir da vigência da Portaria.  (MAPA)

 
 

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Porto Alegre, 27 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.293


Conseleite indica leite projetado a R$ 2,4073 em dezembro no RS

Durante reunião virtual do Conseleite, realizada nesta sexta-feira (27/12), foi divulgado o valor de R$ 2,4073 como referência projetada para o leite em dezembro no Rio Grande do Sul. O cálculo é elaborado mensalmente pela UPF, tendo como base dados fornecidos pelas indústrias considerando a movimentação dos primeiros 20 dias do período.

O coordenador do colegiado que reúne produtores e indústrias para tratar de assuntos relevantes para o setor lácteo gaúcho, Allan André Tormen, destacou que os números apresentados indicam uma redução de preço quando comparado a novembro, que fechou em R$ 2,4578. “A diminuição é reflexo do final do ano, em um período de festas e férias. No entanto, os parâmetros estão estáveis e seguimos dentro do patamar, com uma boa expectativa para 2025, ao fortalecermos ainda mais o elo produtor e indústria”, afirmou Tormen. (Assessoria de imprensa Sindilat)


Conseleite Minas Gerais
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 27 de Dezembro de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o
menor valor de referência para o produto entregue em Outubro/2024 a ser pago em Novembro/2024.
b) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o
menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2024 a ser pago em Dezembro/2024.
c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Dezembro/2024 a ser pago em Janeiro/2025.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1847 de 26 de dezembro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

As condições gerais dos bovinos de leite estão propícias em razão do estado nutricional e do escore corporal, que beneficiam a produção leiteira. A oferta de pasto está satisfatória, especialmente entre produtores tecnificados que segregam lotes por produção. O manejo alimentar e sanitário segue dentro da normalidade.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, o manejo diário das matrizes tem favorecido a detecção e o controle de mosca e carrapato, cuja incidência tem aumentado nas últimas semanas. As condições ambientais e nutricionais adequadas têm contribuído para os indicadores de qualidade do leite. 

Na de Caxias do Sul, o tempo favoreceu o bem-estar animal, e a qualidade do leite permaneceu dentro dos padrões estabelecidos.

Na de Ijuí, a produção de leite apresentou leve aumento, e alguns produtores estão investindo na reposição e no melhoramento do rebanho, aproveitando a satisfatória oferta de pastagens. 

Na de Passo Fundo, não foram registradas anormalidades sanitárias, e houve problemas pontuais relacionados à infestação de mosca e carrapato, que estão sendo controlados rotineiramente.

Na de Pelotas, as chuvas e as temperaturas amenas favoreceram o desenvolvimento das pastagens e o conforto animal. 

Na de Santa Maria, os produtores monitoram as populações de mosca e carrapato e adotam estratégias de manejo adequadas. 

Na de Santa Rosa, os dias de sol seguidos por chuvas moderadas contribuíram para o bem-estar dos animais e para o aumento da produção leiteira, especialmente em rebanhos da raça Holandesa. (Emater RS editado pelo Sindilat RS)


Jogo Rápido

Retorno do tempo firme marca último fim de semana de 2024 no RS
A previsão para os próximos dias indica a possibilidade de nevoeiro em áreas ao leste do estado, seguido pelo retorno do tempo firme durante o final de semana. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 52/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). ábado (28/12): com o lento ingresso do anticiclone migratório sobre o Rio Grande do Sul, o tempo permanecerá estável na maioria das regiões - apesar da canalização de umidade ao longo do litoral gaúcho, Laguna dos Patos e Lagoa Mirim e regiões Sul e Campanha por conta do ciclone extratropical situado no oceano. Devido a esse fato, não se descarta a possibilidade para a ocorrência de nevoeiro ao amanhecer ou chuvas isoladas de intensidade fraca, seguido por tempo firme com céu entre nuvens e temperaturas amenas no decorrer dos respectivos dias. Domingo (29/12): um cavado (área alongada de baixa pressão) se formará entre o Paraguai e RS, simultaneamente ao deslocamento do anticiclone migratório em direção ao oceano. Essa configuração atmosférica causará o aumento da nebulosidade, criando condições para a precipitação de intensidade fraca no período entre a tarde e a noite sobre a Região das Missões, Região Noroeste e ao longo da divisa com Santa Catarina. Nas demais regiões, a estabilidade no tempo seguirá abrangente com céu entre nuvens e temperaturas amenas no transcurso do dia. Segunda-feira (30/12): o cavado do dia anterior se inclinará entre o Paraguai e o Uruguai, o que provocará o aumento gradativo da instabilidade e, por consequência, da nebulosidade sobre o estado, com destaque para uma elevação nas temperaturas. Na divisa com SC, entre as regiões Norte e Campos de Cima da Serra, haverá a possibilidade para ocorrência de precipitação de intensidade fraca em pontos isolados. Terça-feira (31/12): o cavado dos dias anteriores se intensificará, concentrando as áreas de instabilidades no Sul, na Campanha, na Fronteira Oeste, na Região Central, nas Missões, no Noroeste, no Norte, no Planalto e nos Campos de Cima da Serra, o que possibilitará a ocorrência de chuvas esparsas nas regiões acima citadas. Quarta-feira (1º/1): as áreas de instabilidade se espalharão por todo o estado, mantendo as temperaturas em elevação. Por este motivo, as chances para a ocorrência de precipitação de forma irregular, porém com intensidade variando de fraca a moderada, aumentarão sobre a maioria das regiões. Os prognósticos para os próximos sete dias indicam chuvas irregulares por todo o estado, com acumulados de baixos volumes ocorrendo principalmente em áreas do oeste, noroeste e centro do território gaúcho. Estes volumes podem chegar até os 10 mm de chuva acumulada na semana. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.

 
 

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Porto Alegre, 26 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.292


Como a inteligência artificial tem mudado a rotina das fazendas?

A inteligência artificial (IA) e sistemas avançados de câmeras estão revolucionando a maneira como os produtores de leite nos EUA gerenciam seus rebanhos.

Embora o uso de câmeras inteligentes em fazendas leiteiras não seja inteiramente novo – e haja cerca de uma dúzia de empresas trabalhando globalmente nessa área –, quatro grandes players comercializaram a tecnologia em fazendas leiteiras dos EUA, oferecendo ferramentas que podem melhorar a lucratividade, a produtividade e usar a inteligência artificial para informar a gestão da fazenda.

A evolução das câmeras com IA na pecuária leiteira

Devido à complexidade historicamente alta e ao custo de instalação, a adoção de tecnologia de câmeras ficou atrás do uso de sensores IoT vestíveis – como colares e brincos para vacas –, que agora são usados em mais da metade das vacas leiteiras nos EUA. Apesar de câmeras em fazendas leiteiras serem utilizadas há décadas, a IA torna o monitoramento por câmeras muito mais útil e eficiente. Ao monitorar constantemente as imagens, a IA consegue identificar práticas na fazenda, questões de bem-estar animal e preocupações com sustentabilidade que seriam impossíveis de serem observadas por humanos 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Impulsionados pelo crescente reconhecimento do valor que os sistemas de IA trazem para as operações leiteiras, os sistemas de câmeras inteligentes estão ganhando tração. Atualmente, os sistemas de câmeras com IA estão sendo usados em apenas 1/10 das vacas que utilizam dispositivos vestíveis, mas o número total de vacas monitoradas por essas câmeras inteligentes deve ultrapassar 1 milhão nos próximos dois anos.

O que as empresas oferecem hoje

1. Vacinas mais saudáveis e partos mais seguros: As câmeras inteligentes com IA têm sido usadas para observar o consumo de ração e o comportamento dos animais no estábulo. Dado que ambos são críticos do ponto de vista financeiro e de tomada de decisão, não é surpreendente que decisões baseadas no gerenciamento da alimentação tenham sido amplamente adotadas pelos produtores de leite nos EUA. Mais recentemente, a mesma empresa, Cainthus, criou um novo sistema de monitoramento de maternidades que envia alertas aos fazendeiros quando as vacas estão prontas para parir, permitindo intervenções oportunas que reduzem o risco de complicações. Ao integrar esses sistemas às suas plataformas de dados, os fazendeiros podem tomar decisões informadas com base em insights em tempo real.

2. Diagnóstico e tratamento precoce de claudicação em vacas: Uma empresa usa câmeras 2D para monitorar o andar das vacas nas salas de ordenha, permitindo a identificação precoce de possíveis claudicações. Isso ajuda os fazendeiros a abordar problemas de locomoção antes que se agravem. O fornecedor CattleEye sugere que as câmeras de IA usadas dessa maneira podem melhorar o cuidado com as vacas e até mesmo reduzir a pegada de carbono.

3. Câmeras de IA para melhorar as práticas de ordenha: Outro player nesse espaço usa câmeras de IA para monitorar salas de ordenha e identificar comportamentos fora do padrão, enviando alertas em vídeo imediatos para as fazendas. A Cattle Care afirma monitorar quase 500.000 vacas e encoraja os empregadores a substituir os salários por hora por compensações baseadas em desempenho. No final, o sistema ajuda os fazendeiros a identificar áreas para treinamento e melhoria, promovendo uma cultura de responsabilidade e produtividade.

4. Monitorar o comportamento e a saúde das vacas: Outro player se descreve como um “pastor digital” para garantir que as práticas de bem-estar animal sejam seguidas nas fazendas. Criada para atender às necessidades da Fairlife e focada no bem-estar das vacas e nas interações humano-animal, a ElectroFai busca criar transparência para auditores, garantir a conformidade com as melhores práticas e mitigar riscos à marca.

Olhando para o futuro: o que as câmeras de IA significam

Ao fornecer dados em tempo real sobre a saúde, o comportamento e a alimentação das vacas, tecnologias como IA generativa, ChatGPT e modelos de linguagem ampla (LLMs) oferecem insights antes impossíveis, permitindo que os produtores de leite melhorem significativamente suas fazendas. Desde ajudar os fazendeiros no trabalho diário, aumentar a produtividade e promover cuidados humanitários com os animais, fica claro que o futuro da pecuária leiteira está na adoção de tecnologias avançadas. À medida que o foco em sustentabilidade e bem-estar animal cresce, os sistemas de câmeras inteligentes com IA se tornarão essenciais, transformando a indústria leiteira nos próximos anos.

Então, qual tecnologia de câmera com IA escolher?

Como sempre, escolha aquela respaldada por alguém com recursos financeiros robustos, pergunte sobre o suporte à instalação e serviço e obtenha os nomes e telefones de clientes atuais que você possa contatar. Nada funciona melhor do que conversar com outros produtores para descobrir a realidade. Mas não espere. A IA é a tendência com maior potencial para transformar as fazendas leiteiras.  (As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas pela equipe MilkPoint)


Informação e tecnologia na agricultura têm impacto na preservação dos solos

O solo é um recurso natural que sustenta a flora e a fauna, o armazenamento da água e as infraestruturas. Além de ser um meio insubstituível para a agricultura, é também um componente vital do agroecossistema no qual ocorrem processos e ciclos de transformações físicas, químicas e biológicas.

O conhecimento do solo é importante para diversas áreas de atividade e isso requer que os atores no desenvolvimento agrícola e na preservação ambiental tenham as noções e as habilidades para identificar os diferentes tipos de solos e as limitações de uso agrícola, objetivando seu uso mais racional, economicamente viável e ambientalmente sustentável. Quando mal manejado, ocorre a degradação do ecossistema.

O Rio Grande do Sul apresenta grande variedade de solos, consequência da complexidade da sua formação geológica e da ação climática ao longo do tempo.

Em diversas regiões do Estado, a compactação do solo por pisoteio de animais ou tráfego de máquinas tem prejudicado a infiltração de água e o crescimento das raízes, especialmente em culturas como a soja. Para mitigar esses efeitos, os agricultores adotam práticas como a rotação de culturas e o uso de plantas de cobertura, que ajudam na descompactação do solo e na manutenção de sua estrutura.

Conforme Rafael Goulart Machado, extensionista da Emater/RS-Ascar em Coxilha, quando se trabalha com plantas de cobertura, optamos, nesta época do ano, por gramíneas de verão, que podem ser cultivadas após a cultura da soja, como estratégia para uma melhor estruturação do solo.

Além de práticas de manejo, a adoção de bioinsumos tem se destacado como uma alternativa sustentável para a agricultura. Esses insumos biológicos, como os fixadores de nitrogênio e microrganismos controladores de pragas, contribuem para a redução do uso de fertilizantes químicos e inseticidas.

Além disso, a metilobactéria simbiótica, que auxilia no aproveitamento do nitrogênio, é um exemplo de inovação que potencializa a produtividade das culturas com menor uso de adubos nitrogenados. Essas tecnologias estão impulsionando a sustentabilidade da agricultura no Planalto, consolidando a região como um modelo de inovação e eficiência no Brasil. Cada um deles, através de seus mecanismos específicos, contribui para a maior sustentabilidade da agricultura, destaca Machado. (Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar)

Teor de etanol anidro na gasolina deve subir a 30% e elevar preços

Em 2025, consumo de biocombustível deve crescer, mas produção tende à estabilidade

Previsto na lei do Combustível do Futuro, o aumento do teor de etanol anidro na gasolina acima dos atuais 27% deve se tornar uma realidade já em 2025. Os testes das montadoras serão feitos no primeiro trimestre, e a indústria espera que eles já permitam um aumento da mistura para 30% a partir de abril, o que elevaria a demanda potencial pelo anidro em 1,2 bilhão a 1,4 bilhão de litros em um ano, segundo especialistas.

Considerando também um aumento natural do consumo de combustíveis do ciclo Otto (usados em veículos leves), esse incremento adicional da demanda por etanol não deve ser acompanhado de crescimento na produção. Isso significa aumento dos preços do biocombustível no próximo ano.

“Vamos ver preços médios 10% acima do preço médio desta safra”, estima Pedro Paranhos, CEO da Evolua Etanol, joint venture entre Copersucar e Vibra e líder na comercialização do biocombustível no país.

Na previsão da consultoria StoneX, o teor de 30% representa já um acréscimo de 1,04 bilhão de litros para o ano de 2025, se a mudança for implementada em abril. Dentro do período da safra sucroalcooleira (2025/26), de abril a março, o incremento no consumo de etanol anidro pode chegar a 1,4 bilhão de litros, projeta Paranhos.

O teor do aumento de mistura ainda depende dos testes, que serão conduzidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) entre janeiro e fevereiro. Os testes serão patrocinados pelos produtores de etanol e servirão de base para o Ministério de Minas e Energia (MME) recomendar a nova mistura para o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), conforme definido pela Pasta na última semana. A lei do Combustível do Futuro prevê que o aumento da quantia de etanol ocorra de forma gradual, até 35%, a depender dos testes.

Ciclo Otto
Mas o consumo total de etanol anidro deve crescer ainda mais no próximo ano, considerando-se as projeções de mais um período de aumento do consumo de combustíveis do ciclo Otto — embora menos aquecido do que em 2024. “Neste ano, já surpreendeu o movimento do ciclo Otto, relacionado ao crescimento robusto do PIB e ao crescimento da frota. Para o ano que vem, voltamos a patamares [de crescimento] mais regulares”, avalia Paranhos.

Esse retorno ao normal deve representar um crescimento de 2,5% no consumo, segundo o executivo. Já Martinho Ono, presidente da trading de etanol SCA, avalia que o aumento do ciclo Otto deve ficar mais próximo de 2%, dada o impacto da inflação.

Oferta
O cenário para a oferta de etanol na próxima safra ainda é incerto. As perspectivas para a safra de cana variam muito de região para região do país, já que algumas áreas de canaviais foram mais impactadas pela seca e pelos os incêndios que outras.

O que é certo é que haverá mais produção de etanol de milho com o início da operação de novas usinas e aumentos de capacidades. “Deve haver um equilíbrio [entre oferta e demanda] com as capacidades novas de etanol de milho”, avalia Pierre Santoul, diretor da Tereos Brasil. Para ele, a moagem de cana deve ser no máximo igual à da safra atual se o clima no verão for “muito bom”.

Ainda que as chuvas favoreçam uma recuperação mais vigorosa dos canaviais, as usinas já fixaram boa parte das exportações de açúcar, e deverão ter menos flexibilidade para aumentar a produção de etanol. A saída deverá ser produzir menos etanol hidratado para atender à demanda pelo anidro, apertando a oferta do biocombustível que é utilizado diretamente nos tanques .

Para a StoneX, que estima um crescimento de 1,7% no consumo do ciclo Otto em 2025, a gasolina deve ganhar competitividade perante o etanol hidratado e ter um aumento de 3% no consumo, puxando a demanda pelo anidro.

Veículos elétricos
Por outro lado, a disparada das vendas de carros elétricos neste ano também pode começar a segurar a renovação da frota de veículos com motores a combustão flex, na avaliação de Ono, da SCA.

Em 2023, os veículos flex representaram 83% dos licenciamentos, enquanto os elétricos e híbridos representaram 4,3% do total, segundo os dados mais recentes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Neste ano, no acumulado até novembro, a participação dos veículos flex oscilou para 79%, enquanto o conjunto de elétricos e híbridos passou a 6,9% dos licenciamentos.

Esse movimento reflete o forte crescimento da venda dos elétricos e híbridos, que até novembro mais que dobrou em relação a todo o ano de 2023, segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). “Mas a frota nacional ainda é predominantemente a combustão”, ressalta Ono. (Globo Rural via Valor Econômico)


Jogo Rápido

Dólar opera em alta e bate R$ 6,19; BC fará leilão de até US$ 3 bilhões
O dólar opera em alta na sessão desta quinta-feira (26), conforme investidores aguardavam o resultado do novo leilão anunciado pelo Banco Central do Brasil (BC) para tentar conter a subida da moeda norte-americana. A instituição anunciou que fará um leilão à vista de até US$ 3 bilhões. Os leilões de dólar do Banco Central são uma ferramenta de regulação do mercado de câmbio e servem para aumentar a oferta de dólares disponíveis — o que, em tese, faz a cotação cair. Com o noticiário econômico esvaziado e em uma semana mais curta por conta do Natal, momento em que os mercados ficam fechados no Brasil, investidores voltam as atenções para o mercado internacional. Na Ásia, as autoridades chinesas anunciaram que vão aumentar o estímulo fiscal ao país no próximo ano, tendo concordado em emitir 3 trilhões de iuanes (US$ 411 bilhões ou R$ 2,5 trilhões) em títulos públicos especiais. Se confirmado, esse será o maior valor já registrado. Já o governo do Japão afirmou nesta quinta-feira (26) que prevê que a produção econômica atingirá capacidade total no próximo ano fiscal, pela primeira vez em sete anos, devido a um mercado de trabalho aquecido. (G1)

 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 23 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.291


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1846 de 19 de dezembro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

A produção leiteira tem se mantido estável devido à oferta adequada de pasto, garantida pela ocorrência de chuvas. Onde as precipitações foram mais expressivas, a quantidade e a qualidade dos pastos permitiram aos produtores reduzir a proteína na ração, mantendo a energia da dieta e melhorando a rentabilidade da atividade. Durante os períodos mais quentes do dia, os animais seguem em busca de locais frescos e suspendem o pastejo, o que pode prejudicar a atividade. O calor e a umidade também têm favorecido a infestação de carrapato, mosca-dos-chifres e mosca-berneira.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as temperaturas amenas têm garantido o conforto às matrizes, e as chuvas regulares mantêm os reservatórios abastecidos e as pastagens em bom desenvolvimento, sem problemas com barro, beneficiando a produção de leite. 

Na de Caxias do Sul, a sanidade dos bovinos está satisfatória, porém exige o controle permanente de ectoparasitos.

Na de Erechim, a oferta de alimentos conservados diminuiu em função do uso intensivo do pastoreio direto. No entanto, o excesso de umidade nas proximidades dos estábulos aumenta o risco de mastite e problemas de casco. 

Na de Frederico Westphalen, as espécies anuais de verão, como capim-sudão, estão em ponto de pastejo. Já o milheto e as gramas apresentam bom desenvolvimento, com pequenos ataques de lagarta e cigarrinha.

Na de Ijuí, houve aumento na incidência de mosca-dos-chifres e início de infestação por carrapato em função do calor e da umidade. 

Na de Santa Maria, as pastagens de verão estão em excelentes condições de pastejo. Os produtores seguem monitorando e controlando populações de mosca e carrapato. 

Na de Santa Rosa, muitos produtores intensificaram o fornecimento de silagem, pré-secado e feno no cocho para garantir a ingestão de alimentos. 

Na de Soledade, há oferta satisfatória de pastagens de verão para o gado leiteiro devido às chuvas regulares, à umidade do solo, à radiação solar e às temperaturas adequadas, apesar de alguns períodos de frio atípico. (Emater/RS editado pelo Sindilat)


Boletim do Copaaergs traz orientações técnicas para cultivos durante o verão de 2025

O prognóstico climático para os meses de janeiro, fevereiro e março 2025 indica chuvas entre normal a ligeiramente abaixo da média no Rio Grande do Sul, especialmente no mês de fevereiro. É o que aponta o Boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). As previsões apresentadas pelo boletim são baseadas no modelo estatístico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Valores registrados na primeira quinzena de dezembro indicam anomalias frias na área Central do Pacífico e a possibilidade de leve resfriamento, o que pode levar a evolução para a ocorrência de um fenômeno La Niña de fraca intensidade próximo trimestre.

Para janeiro e março, volumes acima da média podem ocorrer nas áreas mais a Norte e Nordeste e Litoral Norte do Rio Grande do Sul, com volumes um pouco abaixo nas demais áreas do Centro para o Oeste do estado. Estiagem e tempo mais seco são possíveis, especialmente em fevereiro e parte de março, entre a área que vai da Campanha, Oeste, Noroeste e Centro do estado.

Clima de verão será marcado pela variabilidade entre os meses, com chuvas localizadas e temporais mais frequentes no Norte - Nordeste e extremo Sul do estado, enquanto que nas outras áreas pode haver períodos mais prolongados de tempo relativamente seco, especialmente do Centro para o Oeste-Sudoeste do estado.

As temperaturas do ar no trimestre ficam acima da média, especialmente na metade Norte do estado. Variam de normal a ligeiramente acima da média entre janeiro e fevereiro, com eventuais passagens de frente frias e incursões de ar frio que amenizam as temperaturas, especialmente na metade Sul. Maior aquecimento do ar é esperado entre fevereiro e especialmente no mês de março de 2025.

O boletim do Copaaergs é elaborado a cada três meses por especialistas em Agrometeorologia de 16 entidades estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. O documento também lista uma série de orientações técnicas para as culturas do período. Acesse aqui (SEAPI)

Cuidados no período de transição aumentam saúde e produtividade de vacas leiteiras

Especialista destaca dieta balanceada e ambiente adequado como fatores essenciais

Nesta semana, no quadro Raio-X da Pecuária, o zootecnista Rafael Cardenas falou sobre os cuidados cruciais para o bom desenvolvimento da saúde e da produtividade do rebanho durante o período de transição das vacas leiteiras. Nessa fase, as vacas enfrentam diversos desafios, e fatores de bem-estar, como conforto e ventilação, podem ser essenciais para determinar a qualidade do leite. A jornalista Pryscilla Paiva conversou sobre o assunto com o profissional no telejornal Mercado & Companhia.

Rafael explicou que o período de transição é caracterizado pelas três semanas que antecedem o parto e pelas três semanas após o parto, na transição do período seco — quando a vaca não está produzindo leite — para o início da lactação. “É um período em que o animal passa por diversas mudanças, sejam elas hormonais ou metabólicas. Quando o animal começa a produzir leite, aumenta muito a exigência por alguns nutrientes”, disse.

Segundo o zootecnista, minimizar os impactos desse período pode afetar diretamente a saúde e a produtividade dos animais. Uma dieta balanceada com os nutrientes necessários pode evitar diversos problemas.

Cardenas também ressaltou que o ambiente onde os animais passam esse período precisa atender a alguns aspectos, como espaçamento de coxo adequado, sombra e ventilação. “Estratégias como banho e ventilação desses animais são importantes, inclusive no momento em que a vaca ainda não está produzindo leite. Esses 21 dias que antecedem o parto requerem o controle da temperatura do ambiente para manter a temperatura do animal sob controle”, concluiu. Assista aqui. (Canal Rural)


Jogo Rápido

Exportações de produtos lácteos pela Rússia aumentam, inclusive para a China
As exportações de produtos lácteos alcançaram US$ 370 milhões nos primeiros onze meses de 2024, um aumento de 20% na comparação interanual, de acordo com o Centro AgroExport do Ministério da Agricultura, com base em dados do site interfax.com. Mais de 30% do faturamento foi obtido com as exportações de queijos e queijo cottage, 22% de produtos lácteos fermentados, 14% de sorvetes, 11% de leites em pó, 9% de leite e creme e 6% de soro de leite em pó. Em termos de volume as indústrias de laticínios russas exportaram 31.000 toneladas de leite e creme no período, 9% a mais em relação ao ano anterior. (Terra Viva)