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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 10 de fevereiro de 2025                                                    Ano 19 - N° 4.325


Balança comercial de lácteos: importações iniciam 2025 com avanço

O mês de janeiro encerrou e um recuo foi observado no saldo da balança comercial de lácteos. Com uma diminuição de 8,6 milhões de litros, o saldo do último mês ficou em -197,6 milhões de litros em equivalente-leite. As importações seguiram elevadas, registrando um aumento em relação a dezembro.

As exportações de lácteos somaram 4,73 milhões de litros em equivalente-leite, apresentando uma leve redução de 1,3% em relação a dezembro e uma queda mais expressiva de 39,7% quando comparada a janeiro de 2024, como pode ser observado no gráfico abaixo.

As importações totalizaram 202,4 milhões de litros em equivalente-leite em janeiro, representando um crescimento de 4,1% em relação a dezembro. No entanto, no comparativo com janeiro de 2024, houve uma queda de 2% nos volumes importados, como mostra o gráfico 3. 

Entre os principais produtos exportados, o soro de leite teve um aumento significativo de 93%, totalizando 1.197 toneladas. Os cremes de leite também cresceram 22%, atingindo 626 toneladas. Enquanto por outro lado, o leite condensado registrou uma retração de 28%.

O maior destaque nas exportações ficou para a categoria de "outros produtos lácteos", que teve um crescimento expressivo em relação a dezembro de 2024 e atingiu o maior volume exportado da categoria desde 2023.

Para as categorias com maior participação nas importações, o destaque ficou para o leite em pó integral, com 14 mil toneladas importadas, o maior volume registrado nos últimos seis meses. Já os queijos tiveram um avanço de 18%, atingindo 4,8 mil toneladas importadas no último mês.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de janeiro de 2025 e dezembro de 2024.


O que podemos esperar para os próximos meses?

Desde o início de 2025, um dos principais balizadores dos preços internacionais de lácteos, o leilão GDT, vem sinalizando alta nos preços negociados internacionalmente para os principais derivados. Nas últimas semanas foi possível observar um reflexo dessas altas nos preços praticados pelo Mercosul, que apresentaram pequenos reajustes positivos em seus preços médios. 

No entanto, é preciso levar em consideração a atual taxa de câmbio. Também nas últimas semanas o dólar vem apresentando ajustes negativos. Nesse cenário, apesar das altas nos preços médios do Mercosul, o custo de aquisição dos derivados importados ganhou mais competitividade em nosso mercado, muito por conta da menor taxa de câmbio.

Ao levar em consideração apenas esses fatores, poderíamos pensar que para os próximos meses teríamos um aumento das importações. Porém, vale ressaltar que, apesar das expectativas serem de patamares que podem ser considerados ainda elevados para as importações brasileiras, esse volume importado deve diminuir. Isso porque os principais fornecedores de lácteos do Brasil entrarão em seu principal período sazonal de menor produção de leite, limitando a sua disponibilidade para as exportações.

O Brasil também deve apresentar um recuo em sua produção de forma sazonal nos próximos meses, porém, devido a um cenário mais favorável para o produtor de leite no último semestre, a produção brasileira deve apresentar um patamar mais elevado em comparação com o mesmo período de 2024, o que diminui também suas necessidades pelas importações.

Nesse cenário, será importante acompanharmos como se comportará a demanda brasileira e a taxa de câmbio, que terão forte influência. (Milkpoint)


CCGL investirá R$ 550 milhões no Termasa 

Em reunião com a prefeita de Rio Grande, Darlene Pereira, ontem, o vice-presidente da Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL), Guillermo Dawson Jr., e a gerente de projetos da cooperativa, Bruna Kloeckner, conf irmaram o investimento de R$ 550 milhões no Terminal Marítimo Luiz Fogliatto (Termasa), no Porto de Rio Grande. A expectativa é de que a iniciativa promova a geração de cerca de 400 empregos. Ainda de acordo com a nota, a obra deve iniciar nos próximos meses, e deve durar cerca de dois anos, com o objetivo de requalificar o terminal que foi atingido pelas enchentes de 2024, segundo informações divulgadas no site da prefeitura de Rio Grande.O investimento no Termasa inclui a execução de obras civis e a aquisição de máquinas e equipamentos nacionais. O terminal está situado à margem oeste do canal de acesso ao Porto de Rio Grande, que possibilita a exportação de produtos do Rio Grande do Sul e de todo o Sul do Brasil, com localização estratégica próxima a Uruguai, Argentina e Paraguai. A captação dos recursos que serão empregados na iniciativa foi confirmada em novembro do ano passado, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), que aprovou um aporte de R$ 373,46 milhões em duas operações de financiamento ao Grupo CCGL para investir na recuperação e na retomada das atividades da Termasa, no Porto de Rio Grande. 

A estrutura, utilizada para recebimento, armazenagem e expedição de produtos e grãos destinados aos mercados interno e externo, foi danificada durante as fortes chuvas no Estado, no mês de maio, e ficou inoperante. Com o aumento da força da correnteza das águas, um navio atracado no terminal chocou-se contra o cais, afetando a estrutura e interrompendo os serviços. Parte de um investimento total de cerca de R$ 400 milhões, o apoio de R$ 280 milhões do programa Bndes Emergencial, na Modalidade Investimento e Reconstrução, contempla a recomposição da condição operacional do píer, que exigirá a reconstrução da estrutura de atracação de navios, incluindo plataformas e mecanismos de amarração. 

Na outra operação, o crédito emergencial de R$ 93,46 milhões apoia a necessidade de liquidez da empresa, por meio da oferta de capital de giro, para ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas e retomada das atividades econômicas. O Termasa afirmou, à época, que adotará estratégias para reduzir o risco de novos acidentes e tornar a operação mais segura. Os recursos, oriundos do Fundo Social, integram o programa Bndes Emergencial para o Rio Grande do Sul. A iniciativa tem como objetivo o apoio a ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas e de enfrentamento de consequências sociais e econômicas dos eventos climáticos extremos no Estado. 

O Grupo CCGL atua, predominantemente, na industrialização de laticínios, com capacidade de processamento de 3,4 milhões de litros de leite por dia. Sua estrutura operacional conta com 14 cooperativas associadas, representando 172 mil produtores rurais, os quais estão distribuídos por mais de 350 municípios do Rio Grande do Sul. (Jornal do Comércio)

A inflação dos lácteos em 2024 e o que esperar para 2025

Ao longo do ano de 2024 observamos um importante crescimento nos preços dos produtos lácteos nas prateleiras dos supermercados. Isso ocorreu por uma junção de fatores, sendo um deles, um cenário econômico positivo ao longo do ano, com diminuição na taxa de desemprego e aumento no rendimento médio salarial, permitindo que algumas categorias lácteas crescessem em vendas e avançassem em preços no varejo ao longo do ano.

No gráfico abaixo é possível observar o comportamento de diferentes indicadores em dezembro de 2024 quando comparados com dezembro de 2023, indicando um aumento de 12,9% na massa salarial e 9,0% no rendimento médio salarial no Brasil. Ambos com crescimentos acima da inflação geral, medida pelo IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo), que obteve um aumento de 4,8% no mesmo período.

Dentro das categorias que compõem o IPCA, o gráfico também sinaliza o importante aumento que foi observado dentro dos alimentos e bebidas, que exerce grande peso na inflação geral no país.

Além desses grupos, chama ainda mais atenção a inflação nos preços do grupo de derivados lácteos, que foi acima do crescimento observado para os alimentos e bebidas de forma geral, com um aumento de 10,4% no último mês de 2024, indicando que, dentro dos alimentos e bebidas, os derivados lácteos auxiliaram a puxar esse crescimento.

O leite UHT se mostrou um dos principais responsáveis por essa inflação para a categoria, tendo apresentado uma inflação de 18,8% ao final de 2024, acima de todas as outras categorias lácteas e acima dos outros indicadores aqui citados, mostrando um crescimento expressivo em seu preço no varejo ao longo do último ano.

Trazendo essa realidade para 2025, é importante ressaltar que o ano inicia com os preços dos derivados lácteos no varejo em um patamar mais elevado, acima dos preços iniciais dos anos de 2023 e 2024, por exemplo. Dessa forma, esse avanço recente de preços é um fator que pode limitar as altas que podem ocorrer ao longo deste ano nesses preços, deixando uma menor margem para crescimentos em 2025.

É importante destacar que os preços seguirão sendo afetados pela oferta e pela demanda nos próximos meses deste ano, porém, observar esse início de ano em preços já elevados deve ser um ponto de atenção para nossa análise mercadológica. Seguiremos acompanhando. 

O setor lácteo desempenha um papel fundamental na economia, mas enfrenta desafios cada vez maiores. Com margens pressionadas, a indústria precisa inovar e aprimorar seus processos para manter a competitividade. Desde a logística até a volatilidade dos preços, cada etapa da cadeia produtiva exige eficiência e estratégia. Fortalecer esse setor é essencial para garantir o futuro de uma indústria que alimenta milhões de brasileiros diariamente.

No Fórum MilkPoint Mercado 2025, especialistas e agentes do mercado discutirão os principais desafios e oportunidades da indústria láctea. Participe desse debate e inscreva-se agora mesmo. Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto na inscrição, que pode ser feita no link: https://register.jalanlive.com/forummmercado?ticket=9708. (Fonte: Milkpoint)

 

Jogo Rápido

Mercado de carbono
O governo federal quer criar uma agência para regular e receber as receitas do futuro mercado de carbono do país, criado pelo Congresso Nacional no final do ano passado. A ideia é defendida pela área técnica do Ministério da Fazenda, responsável pela regulamentação do mercado de carbono. A medida ainda precisa ser deliberada e levada à Presidência da República -para só depois ser apresentada ao Congresso. (Jornal do Comércio)


 
 
 

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Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2025                                                    Ano 19 - N° 4.324


Dinâmica da produção global de leite: 10 maiores países produtores

Nos últimos dez anos, a produção mundial de leite cresceu 27%, considerando o ano de 2013 em relação a 2023, o que representa um crescimento médio de 2,6% ao ano. Sob a ótica da produção por país, somente os dez maiores produtores (Figura 1), juntos, foram responsáveis por quase dois terços (64%) do leite produzido globalmente. Neste período 2013 a 2023, a produção total oriunda desses países apresentou um crescimento de 33% (2,9% ao ano na média), maior, portanto, ao crescimento da produção global.

Figura 1. Países maiores produtores de leite em 2013 e 2023.

Fonte: IFCN (2025); elaboração dos autores.

Em 2023, a produção mundial totalizou 956 milhões de toneladas de leite, considerando-se todo tipo de leite, incluindo leite de búfala estimado em 150 milhões de toneladas (16%). Esse aumento pode ser classificado como moderado, uma vez que, em regiões tradicionalmente relevantes para a produção e exportação de leite, como a União Europeia, a Europa Oriental, a América do Sul e a Oceania, verificou-se uma estagnação ou até mesmo uma redução na produção.

Em termos do incremento em produção entre 2013 e 2013, o destaque foi a Índia com um aumento expressivo de 109 milhões de toneladas, equivalente a 72% no período, consolidando-se como a maior produtora mundial. Esse volume representou 53% do aumento da produção global no período. Os Estados Unidos e a China tiveram incrementos de 18,4 e 10,6 milhões de toneladas, respectivamente.
A oferta de leite evoluiu favoravelmente, em regiões emergentes, especialmente aquelas com produção mais informal, como a Ásia, que atualmente responde por 45% da produção mundial de leite. Por outro lado, França e Brasil mantiveram produção praticamente estável no período, enquanto a União Europeia como um todo enfrentou dificuldades para expandir sua oferta de leite. Esse cenário reforça o protagonismo crescente da Ásia e a necessidade de adaptação das regiões exportadoras tradicionais a um novo equilíbrio no mercado global de lácteos.

A Ásia também se destaca por concentrar 60% do rebanho leiteiro mundial, sendo a Índia com 41%; Paquistão, 7%; China e Turquia, 2%; e Rússia, 1% (Figura 2). Chama atenção o caso da Índia, que possui aproximadamente 140 milhões de vacas ordenhadas (incluindo búfalas), além do Paquistão e do Brasil, ambos com plantéis próximos de 20 milhões de animais. O Brasil foi o país com maior redução de um terço do rebanho leiteiro no período, de mais de 7 milhões de vacas.

Figura 2. Número de vacas ordenhadas nos dez países maiores produtores de leite em 2013 e 2023.

Fonte: IFCN (2025); elaboração dos autores.

Índia e Paquistão reúnem características particularmente distintas das demais regiões países no que se refere a produção de leite. Primeiro pelo número de estabelecimentos, 67 milhões e 7 milhões, respectivamente. Segundo, por utilizar o búfalo como importante fonte de produção leiteira, representando 42% e 63% do total de leite desses Países, respectivamente.

A Índia, que em 2013 tinha uma participação de 20% na produção leiteira mundial, aumentou sua representatividade para 27% em 2023. Atualmente, talvez seja o único país em que vêm o número de vacas continua crescendo, a uma taxa de aproximadamente 1% ao ano. O número de estabelecimentos também vem aumentando nesta mesma proporção, embora a atividade leiteira permaneça predominantemente informal, com produtividade média 1.882 kg/vaca/ano.

Apesar de maiores dificuldades na oferta de leite no mundo, especialmente as regiões exportadoras de lácteos, em todos os dez países maiores produtores houve aumento do indicador de produtividade (Figura 3).

Figura 3. Produtividade das vacas dos países maiores produtores de leite no mundo.

Fonte: IFCN (2025); elaboração dos autores.

A redução do número de vacas ordenhadas em alguns países é atribuída, em grande parte, à substituição de vacas menos produtivas por outras geneticamente superiores. Na União Europeia, o tamanho do rebanho tem diminuído, também, devido a restrições ambientais e políticas voltadas à redução do número de animais. Esse cenário tem gerado insatisfação entre os produtores e protestos em algumas regiões.

Nos Estados Unidos, o abate de vacas aumentou 0,9% em 2023, refletindo o aperto nas margens de lucro. No entanto, o ano de 2025 se mostra mais promissor, com expectativa de crescimento da produção mundial de leite em aproximadamente 2,5% em relação a 2023, impulsionado por melhores preços e custos de produção reduzidos.

Em resumo, apesar dos desafios enfrentados pelo setor lácteo global nos últimos anos, as perspectivas para 2025 são cautelosamente otimistas. O equilíbrio entre oferta e demanda, aliado à gestão eficiente dos custos de produção e às mudanças estruturais no setor, será essencial para a sustentabilidade do mercado de leite nos próximos anos. (Lorildo Aldo Stock e Luiz Antonio Aguiar de Oliveira/Milkpoint)


BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO nº 06/2025 – SEAPI

A previsão para os próximos dias indica possibilidade de chuvas isoladas em algumas regiões e a manutenção do calor intenso em todo o estado. Na quinta-feira (06/02), uma área de instabilidade vinda do Uruguai deverá avançar sobre o território gaúcho, favorecendo a ocorrência de chuvas isoladas no Sul, na Campanha e no Centro do estado. Simultaneamente, a formação de um cavado – uma área alongada de baixa pressão entre o Paraguai e a divisa entre RS e SC – poderá gerar precipitações nas regiões centrais, norte e nordeste do estado. Apesar dessas instabilidades, a interação entre os jatos de baixos níveis – responsáveis pelo transporte de calor e umidade do norte do país para o sul – e um anticiclone posicionado no oceano continuará canalizando ar quente para o Rio Grande do Sul. 

Esse padrão persistirá ao longo da sexta-feira (07/02), sábado (08/02) e domingo (09/02), favorecendo a permanência da instabilidade no norte do estado, onde poderão ocorrer temporais isolados de intensidade baixa a moderada. Ao mesmo tempo, a massa de ar quente seguirá atuando, mantendo as temperaturas elevadas e contribuindo para a formação de tempestades localizadas. A tendência para o início da semana aponta para a continuidade do calor intenso, acompanhado da possibilidade de tempestades isoladas. 

Na segunda (10/02), terça (11/02) e quarta-feira (12/02), as condições atmosféricas seguirão favoráveis à manutenção da intensa massa de ar quente sobre o estado, favorecendo a formação de instabilidades locais e o desenvolvimento de nuvens de tempestade. Entretanto, a partir de quarta-feira (12/02), há indicação do avanço de uma frente fria, que poderá provocar chuvas mais abrangentes ao longo da próxima semana, além de proporcionar um breve alívio nas temperaturas, amenizando momentaneamente o calor predominante no estado. 

O prognóstico para a próxima semana indica a possibilidade de chuvas isoladas, com volumes moderados em algumas áreas da Campanha, Vale do Rio Pardo, Região Metropolitana e partes do Alto Uruguai, onde os acumulados devem variar entre 5 mm e valores inferiores a 100 mm. Para a Fronteira Oeste e Missões, não são esperados volumes superiores a 5 mm. Nas demais regiões, as precipitações devem oscilar entre 2 mm e 20 mm. (As informações são da Seapi/RS, adaptadas pelo Sindilat/RS)

Emater/RS: Informativo Conjuntural 1853 de 6 de fevereiro de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

As elevadas temperaturas impactaram o bem-estar das vacas e a produção de leite. O estresse térmico é mais evidente em sistemas a pasto, onde os animais reduzem o tempo de pastejo, buscando sombra ou proximidade de corpos hídricos nos períodos mais quentes. Em sistemas confinados, a ventilação e a aspersão de água têm sido estratégicas essenciais para mitigar os efeitos do calor extremo. Em muitos casos, a ordenha matinal foi atrasada, e a da tarde antecipada a fim de preservar o pastoreio. A suplementação com ração e silagem foi realizada em áreas cobertas durante os períodos de maior insolação, minimizando a exposição direta ao sol e garantindo melhor consumo dos alimentos. A sanidade dos rebanhos permanece satisfatória, e prossegue-se o protocolo de controle de ectoparasitos.  

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na região da Campanha, onde choveu no final de janeiro, há oferta, mesmo restrita, de pastagens. No entanto, a utilização tem sido controlada em piquetes menores, e o tempo de pastejo limitado para preservar as plantas até a ocorrência de chuvas com volumes significativos. Apenas um número restrito de produtores que realizaram a ensilagem de lavouras de milho até o final de dezembro, iniciou o uso da silagem como complemento na dieta das matrizes. A suplementação volumosa nas propriedades ainda depende, em grande parte, do fornecimento de fenos para complementar a ração. Em Alegrete, os produtores de leite enfrentam uma acentuada diminuição na produtividade das matrizes. As pastagens anuais não apresentam rebrote e, em alguns casos, foram completamente perdidas, sem possiblidade de se recuperarem, mesmo que chova novamente. A redução na produção de leite está estimada em 40% em relação ao volume comercializado no mesmo período, em anos normais. 

Na de Caxias do Sul, a ocorrência de chuvas favoreceu o manejo alimentar, mantendo forragem de qualidade para os bovinos. A condição corporal dos animais permaneceu adequada em função do manejo nutricional ajustado conforme o estágio de prenhez e lactação. A qualidade do leite atendeu aos padrões exigidos pela legislação federal, e os índices de Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem Padrão em Placas (CPP) estão dentro dos limites estabelecidos. 

Na de Erechim, as chuvas, entre 80 e 100 mm, contribuíram para a recuperação das vazões hídricas, para a melhoria dos açudes e para o rebrote das pastagens. Porém, a oferta de alimentos conservados ainda é necessária devido à redução no crescimento das forrageiras. A alta umidade gerada pelas precipitações aumentou os riscos de mastite e problemas de casco, especialmente em áreas com formação de barro.  

Na de Ijuí, a produção de leite segue em leve declínio, influenciada tanto pela sazonalidade quanto pelas altas temperaturas.  

Na de Passo Fundo, a situação está estável, mas foram necessários ajustes na alimentação e maior uso de silagens para suprir as exigências nutricionais e preservar a produção e o escore corporal. Houve aumento na infestação por mosca-dos-chifres, bernes e carrapatos, além de casos isolados de TPB, impactando o bem-estar animal. Durante este período de temperaturas elevadas, a produção de leite tende a sofrer leve diminuição. Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1853, p. 26, 6 fev. 2025 

Na de Pelotas, a falta de energia elétrica, a elevação nos custos dos insumos, a incidência de ectoparasitas (mosca-dos-chifres, carrapatos e cigarrinha-do-milho) e o estresse térmico dos animais demandaram atenção dos produtores. 

Na de Porto Alegre, a suplementação alimentar tem garantido a estabilidade na produção e no estado corporal do rebanho. O manejo sanitário segue eficiente, com maior atenção ao controle de ectoparasitas em vacas vazias, terneiras e novilhas. 

Na de Santa Maria, a menor oferta de forragem resultou em queda na produção diária de leite. No município de Santa Maria, estima-se redução de 30%.  

Na de Santa Rosa, houve queda de 5% a 10% na produção diária de leite em janeiro em decorrência das adversidades climáticas. Também aumentaram os casos de leite instável não ácido (LINA) em função da limitada oferta de volumosos de qualidade e quantidade. As propriedades com irrigação mantiveram as pastagens em boas condições, preservando a produtividade. 

Na de Soledade, de maneira geral, ainda há oferta razoável de forragem em propriedades com manejos adequados de nutrição e pastoreio. (As informações são da Emater/RS-Ascar, adaptadas pelo Sindilat/RS)

 

Jogo Rápido

Curso gratuito Bem-estar animal para a produção sustentável do leite
A capacitação a distância gratuita "Bem-estar animal para a produção sustentável do leite" objetiva preparar técnicos da Assistência Técnica e Extensão Rural para que sejam capazes de avaliar as condições de bem-estar animal e manejo da propriedade e propor soluções que promovam este bem-estar. Os multiplicadores formados atuarão junto a agricultores familiares e demais interessados. Este curso on-line é resultado de uma parceria entre a Embrapa e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. Faça sua inscrição clicando aqui. (Embrapa)


 

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Porto Alegre, 06 de fevereiro de 2025                                                    Ano 19 - N° 4.323


Leite spot segue em alta na primeira quinzena de fevereiro/2025

Segundo dados do MilkPoint Mercado, na primeira quinzena de fevereiro, o leite spot apresentou uma valorização, se estabelecendo em R$2,97 por litro – aumento de R$0,17 frente aos valores da quinzena anterior, que havia se estabelecido em R$2,80 na média Brasil.

Gráfico 1. Preços da média Brasil do leite spot (R$/litro).

Fonte: MilkPoint Mercado.

Nesta primeira quinzena de fevereiro as negociações do leite spot seguiram apresentando novos reajustes positivos em todos os estados acompanhados. Essas altas são reflexo do aumento de preços de alguns derivados lácteos pelas indústrias, como é o caso do leite UHT, mas também pela perspectiva de menor oferta de leite nos próximos meses devido à sazonalidade da produção brasileira.

Assim como na quinzena anterior, o aumento dos preços médios do leite spot seguiu gerando um menor volume de compra por parte das indústrias neste início de fevereiro. (Milkpoint)


Sooro Renner vai aportar R$ 680 milhões em nova fábrica no Paraná

A Sooro Renner, líder nacional na produção de proteínas derivadas do soro de leite, apresentou nesta terça-feira (4) para o governador Carlos Massa Ratinho Junior o projeto de construção de um novo complexo industrial no Paraná. O empreendimento será instalado em Francisco Beltrão, no Sudoeste do Estado, com investimentos de mais de R$ 680 milhões. A nova planta industrial terá capacidade para produzir por ano 40 mil toneladas de Lactose Infant Formula, que é usado para nutrição infantil, 12 mil toneladas de Whey Protein e 6 mil toneladas de manteiga, dobrando a capacidade de produção do grupo, que hoje tem unidades em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, e em Estação, no Rio Grande do Sul. Este é o segundo grande investimento da empresa no Paraná. A planta da companhia em Marechal Cândido Rondon foi inaugurada em 2021, após investimentos de R$ 120 milhões para a produção de permeado non caking, que são proteínas que não empedram em contato com a umidade. Até 2027, a empresa terá investido mais de R$ 1 bilhão no Paraná.

De acordo com a empresa, a unidade vai gerar 350 empregos diretos e 1.650 empregos indiretos. O complexo será construído em uma área de 340 mil metros quadrados, com previsão total de execução da obra de 24 meses. Um dos objetivos da empresa ao expandir o negócio é passar a produzir Lactose Infant Formula no Brasil. Atualmente, o mercado brasileiro de fórmulas infantis é atendido por produtos importados. Para atender esta demanda, a nova fábrica será construída seguindo parâmetros altamente rígidos de controle, tornando-se uma das plantas mais modernas do ramo na América Latina. Com o investimento, a empresa também vai ampliar sua produção de Whey Protein concentrado, atendendo uma demanda crescente do mercado fitness e de nutrição esportiva, e acrescentar ao seu portfólio de produtos a manteiga, já que uma parte do aporte foi usado na incorporação da Concen, que é uma das maiores fabricantes do produto. A expansão vai permitir que o grupo siga atendendo os maiores fabricantes de alimentos do mercado brasileiro e latino-americano, mas também aumente suas exportações para países do sudeste asiático.

A escolha de Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná, foi estratégica. Além da unidade ficar entre as outras duas plantas do grupo, entre o Oeste do Paraná e o Noroeste do Rio Grande do Sul, o novo complexo industrial vai ficar no coração de uma das regiões com maior produção leiteira do Brasil. "Muitos fornecedores nossos estão no Sudoeste. Esta é uma região que nos oferece vantagens logísticas e agilidade nos processos, especialmente por ser uma cidade que já é bem estruturada tecnicamente, com oferta de profissionais que têm experiência neste mercado", afirmou o diretor-presidente da Sooro Renner Nutrição, Eduardo Serra Ferreira.

A Sooro Renner é a 231ª maior empresa da região e também a 87ª maior do Paraná, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC Brasil. (Fonte: Amanhã)

 
Empresas irão adotar planos de saúde mental

A partir de maio, todas as empresas brasileiras deverão adotar medidas para avaliar e mitigar riscos psicossociais no ambiente de trabalho. A nova exigência faz parte da atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), do Ministério do Trabalho e Emprego, que amplia a responsabilidade dos empregadores, incluindo a saúde mental dos trabalhadores entre as prioridades de segurança. 

O objetivo é prevenir transtornos mentais relacionados à atividade profissional, como estresse crônico, burnout, ansiedade e depressão. Para isso, as organizações precisarão identificar fatores de risco, como carga excessiva, assédio moral e sexual, jornadas exaustivas, conflitos interpessoais e insegurança no emprego. Entre as medidas obrigatórias estão a aplicação de ferramentas de avaliação, como questionários padronizados e entrevistas, além da análise de indicadores, incluindo absenteísmo e rotatividade de funcionários. Também será necessário promover treinamentos para capacitar gestores na identificação de sinais de estresse e esgotamento emocional, revisar políticas internas, flexibilizar jornadas quando possível e criar espaços de apoio psicológico. 

Para Mayra Medeiros Osório, presidente da Comissão de Psicologia Organizacional e do Trabalho do Conselho Regional de Psicologia do RS (CRP-RS), a atualização da norma reflete uma preocupação crescente com o aumento dos casos de adoecimento mental. Segundo o Relatório Mundial de Saúde Mental da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em junho de 2022, 15% dos adultos em idade ativa já enfrentaram algum transtorno mental. No Brasil, dados do Ministério da Previdência apontam que esses transtornos, incluindo episódios depressivos, estão entre as dez principais causas de afastamento do trabalho. “O número de afastamentos por saúde mental e as denúncias de violências no trabalho, como assédio moral e sexual, só têm crescido nos últimos anos. Isso escancara o quanto é necessário que as organizações se adaptem para promover mudanças realmente efetivas”, afirma a psicóloga. 

Ela destaca o impacto significativo da norma em setores de alta pressão, como saúde e serviços, onde comportamentos abusivos são frequentemente naturalizados. “A conscientização é essencial, mas, na prática, mudanças efetivas costumam ocorrer quando há uma cobrança legal”, avalia. Mayra defende que um plano de saúde mental eficaz deve envolver toda a organização, com gestores e equipes capacitados para identificar sinais de adoecimento, gerenciar conflitos e criar um ambiente psicologicamente seguro. Entre as ações sugeridas estão rodas de conversa, campanhas de conscientização e programas de escuta ativa, além de treinamentos voltados à gestão de equipes. O acompanhamento psicológico, por sua vez, deve ser funcional, com foco em intervenções coletivas e escuta individual quando necessário, sempre respeitando o sigilo e a ética profissional. 

O advogado trabalhista Aloísio Costa Junior alerta que o descumprimento das diretrizes pode resultar em sanções administrativas e ações judiciais. “Se o empregador não comprovar que adotou medidas para prevenir riscos psicossociais, poderá ser responsabilizado, inclusive com o pagamento de indenizações por danos à saúde do trabalhador”, explica. Segundo ele, a fiscalização do cumprimento da norma será realizada por auditores do Ministério do Trabalho, com possibilidade de autuações em casos de irregularidades. (Jornal do Comércio)


Jogo Rápido

Portaria MAPA Nº 768
Foi publicada ontem, dia 05/02, a portaria MAPA Nº 768, que estabelece os procedimentos para o cumprimento do disposto no Decreto nº 8.533, de 30 de setembro de 2015, que institui o Programa Mais Leite Saudável. CLIQUE AQUI para acessar. (MAPA)


 
 

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Porto Alegre, 05 de fevereiro de 2025                                                    Ano 19 - N° 4.322


GDT 373: Leite em pó renova valor máximo dos últimos anos

O primeiro leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) de fevereiro de 2025 foi realizado nesta terça-feira (04/02) e manteve a tendência de alta observada no último evento de janeiro. O GDT Price Index, que representa a média ponderada dos produtos, registrou alta de 3,7% em relação ao leilão anterior, com o preço médio atingindo USD 4.296 por tonelada, como mostrado no gráfico 1.


Com o fim de janeiro, o mercado de lácteos obteve valorização da maioria das categorias. De modo geral, os produtos mantiveram uma tendência de alta, com exceção da muçarela, que encerrou o leilão a USD 4.157 por tonelada, registrando uma pequena variação de -0,1%.

Por outro lado, outros produtos registraram aumentos expressivos, com o leite em pó integral sendo o principal destaque: com nova alta expressiva, desta vez de 4,1%. O preço médio fechou em USD 4.169 por tonelada, atingindo o maior valor desde junho de 2022, em sequência à valorização do mês anterior.

Além do leite em pó integral, outras categorias importantes também registraram valorização, como o leite em pó desnatado (+4,7%) e a manteiga (+3,4%). Confira na Tabela 1 os preços médios dos derivados ao término do evento e suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.

No último evento, o volume negociado continuou apresentando diminuição, o que é sazonalmente esperado para o período e contribuiu para as altas nos preços. Foram negociadas 27.785 toneladas, o que representa uma retração aproximada de 16% em comparação ao leilão anterior. 


A valorização do preço médio neste leilão mantém a tendência observada no evento anterior, impulsionada principalmente pela alta do leite em pó integral. Esse movimento reflete um mercado comprador mais ativo, sustentado pelo aumento da demanda de importantes mercados compradores, como China, Sudeste Asiático e Oriente Médio.

Além disso, a expansão da oferta global enfrenta desafios, com a China registrando quedas expressivas na produção interna e regiões exportadoras, como Nova Zelândia, União Europeia e EUA, apresentando um crescimento limitado.

Nesse contexto, os preços dos contratos futuros de leite em pó integral também se valorizaram, superando os níveis anteriormente praticados para os mesmos vencimentos.

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos, principalmente, da Argentina e do Uruguai, países que tradicionalmente praticam preços superiores aos do Global Dairy Trade (GDT). Esse diferencial é influenciado pela Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, que impõe tarifas de quase 30% sobre importações provenientes de fora do bloco.

Com a alta nos preços do mercado internacional, evidenciada pelo leilão GDT, as vendas do Mercosul para outros mercados se tornam ainda mais atrativas, reduzindo os embarques para o Brasil. Esse movimento reforça a perspectiva de importações menos estimuladas pelo país neste ano. (Milkpoint)


 

Sanidade animal é estratégica para sustentabilidade da pecuária

A sanidade animal é um fator estratégico para garantir a sustentabilidade da pecuária e a segurança alimentar. A Emater/RS-Ascar, em parceria com o Departamento de Defesa Animal (DDA) da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), desempenha um papel fundamental na prevenção, controle e erradicação de doenças que afetam o setor. Além disso, promove a educação sanitária e fortalece a biosseguridade nas propriedades rurais.

A extensionista da Emater/RS-Ascar, Thais Michel, destaca a importância da capacitação dos produtores rurais. "Nossa atuação busca orientar os produtores para que adotem práticas adequadas de manejo, controlem o trânsito de animais, usem os medicamentos de forma racional e atendam às exigências sanitárias", explica Thais. A Assistência Técnica, nesse sentido, contribui diretamente para a prevenção de prejuízos econômicos, a redução de riscos sanitários e a valorização da produção agropecuária.

A Instituição desenvolve ações em diversas frentes, com destaque para o fortalecimento das medidas de vigilância sanitária. Doenças como brucelose, tuberculose, febre aftosa, raiva bovina, influenza aviária, doença de Newcastle, tristeza parasitária bovina, piolheira e sarna ovina são monitoradas com rigor, além do controle de parasitas, como o carrapato bovino, que impacta na produtividade dos rebanhos.

Além de promover ações educativas, a Emater/RS-Ascar apoia as vacinações obrigatórias, orienta sobre diagnóstico e notificação de casos, e acompanha a implementação de boas práticas sanitárias. "A capacitação dos produtores é essencial para a adoção eficaz de medidas preventivas, garantindo a segurança sanitária e a conformidade com as normativas estabelecidas", reforça Thais.

Outro ponto relevante da atuação da Emater/RS-Ascar é o incentivo à notificação precoce de suspeitas de doenças, que auxilia o DDA a adotar medidas rápidas para conter focos de doenças. "A colaboração entre a Extensão Rural e a defesa sanitária fortalece a vigilância epidemiológica, proporcionando respostas eficientes aos desafios sanitários", comenta a extensionista.

A manutenção da sanidade animal exige um trabalho contínuo de orientação e mobilização dos produtores, estimulando a cultura da prevenção e boas práticas de manejo. "Estamos comprometidos com a defesa sanitária, trabalhando para reduzir perdas econômicas, proteger a saúde pública e garantir a competitividade do setor pecuário", afirma.

Produtores podem obter mais informações e orientações nos escritórios municipais da Emater/RS-Ascar ou nas inspetorias de defesa agropecuária. A parceria entre a extensão rural e o serviço veterinário oficial é fundamental para garantir a segurança sanitária e produtiva da pecuária. (Emater/RS-Ascar)

Captação de leite caiu 3,3% no Uruguai em 2024

A captação de leite no Uruguai em dezembro foi de 190,4 milhões de litros, encerrando o ano de 2024 com um total de 2,045 bilhões de litros, um volume 3,3% inferior ao do ano anterior, conforme informou o Instituto Nacional do Leite (Inale).

O volume de leite entregue à indústria foi o mais baixo desde 2019, quando totalizou 1,97 bilhão de litros.

Em dezembro, a captação registrou um aumento interanual de 3,1%, após oito meses consecutivos de queda e um mês de estabilidade.

No início de janeiro, o ritmo da captação se mantinha em bons níveis, antes do período de temperaturas mais altas, que impactam negativamente a produtividade.

A recente alta nos preços dos laticínios na plataforma GDT na semana do dia 21/01, que elevou o valor do leite em pó integral ao maior nível em quase três anos, atingindo US$ 3.988 por tonelada, representa um estímulo para que a produção continue dinâmica, caso as condições climáticas sejam favoráveis. O preço médio dos laticínios no último leilão da GDT teve um aumento de 1,4%, chegando a US$ 4.146 por tonelada. (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido

Previdência 
Os planos de previdência privada arrecadaram R$ 196,1 bilhões em 2024, um crescimento de 15,3% em relação a 2023, de acordo com a Fenaprevi. Os recursos sob gestão dos planos somavam R$ 1,6 trilhão, crescimento de 14,4% em relação ao final do ano anterior. Ao todo, a captação líquida, resultado da subtração dos resgates do volume de aportes, foi de R$ 60,8 bilhões, aumento de 41,2% em um ano. (Jornal do Comércio)


 
 

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Porto Alegre, 04 de fevereiro de 2025                                                    Ano 19 - N° 4.321


GDT - 04/02/2025

(Fonte: GDT)


CNA discu impactos do acordo Mercosul-UE para o setor lácteo

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou da reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados, na quarta (29), para discutir temas estratégicos do setor, como os desafios e oportunidades do acordo Mercosul-União Europeia.

O presidente da Câmara, Ronei Volpi, que também preside a Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, destacou que o acordo representa grandes potencialidades para o agro brasileiro, com a desgravação tarifária (retirada gradual da tarifa) de 82% do fluxo comercial agropecuário entre ambos os blocos, em um período de dez anos, com a implementação de cotas.O leite em pó por exemplo, terá uma cota inicial de 1 mil toneladas a ser comercializada isenta de tarifas de importação. Qualquer volume excedente terá incidência da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul de 28%. No segundo ano, a cota aumenta em mil toneladas, e assim sucessivamente até atingir a cota máxima de 10 mil toneladas, em dez anos. As cotas foram estabelecidas para os dois blocos, tanto para importação, quanto exportação.

Um ponto de atenção levantado pelo colegiado foi a exigência de que as exportações de lácteos pelo Mercosul sejam provenientes de matéria prima produzida em zonas livres de brucelose e tuberculose.

O assessor técnico da CNA, Guilherme Dias, explicou que nesse primeiro momento, a cadeia láctea brasileira não será beneficiada pelo acordo, uma vez que o Brasil ainda não possui nenhuma área livre das enfermidades. Entretanto, o setor tem trabalhado para elevar a cobertura vacinal e erradicar essas zoonoses.

Neste contexto, Dias ressaltou que o setor deve propor a alteração da regra após o período de três anos da entrada em vigência do acordo. A fundamentação para essa revisão tem como pilar a eliminação de qualquer possibilidade de contaminação de brucelose, tuberculose e outras doenças, após o processamento industrial do leite.

Outra pauta do encontro foi a regulamentação de produtos plant based , que tem sido trabalhada há mais de dois anos pela CNA e outras entidades setoriais, com o objetivo de estabelecer requisitos mínimos de rotulagem, identidade e qualidade para produtos análogos de base vegetal, evitando assim a utilização de termos lácteos em produtos que não sejam produzidos a partir do leite.

“Tanto o regulamento do Riispoa, quanto do Codex Alimentarius, estabelecem que leite e/ou lácteos são aqueles produtos que foram produzidos a partir da secreção mamária de animais mamíferos. A câmara setorial defende que os dispositivos legais vigentes sejam respeitados e cumpridos no Brasil”, disse Guilherme.

Para tanto, a CNA tem trabalhado na aprovação do PL nº 10.556, de autoria da então deputada Tereza Cristina, marco legal que veda a utilização dessas terminologias por produtos que não sejam produzidos a partir da matéria prima leite. Atualmente, a matéria está na Câmara dos Deputados, e a CNA apresentará à Subcomissão de Leite da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural a solicitação para que a matéria tramite em regime de urgência. (As informações são da Assessoria de Comunicação CNA via Milkpoint)

Cresce urgência de se reinventar entre empresas do agronegócio

O cenário de mudanças climáticas e transformação digital faz crescer a urgência das empresas se reinventarem. No agronegócio brasileiro, 44% dos CEOs acreditam que suas empresas não serão viáveis economicamente por mais de dez anos se não se reinventarem, de acordo com a 28ª edição da Global CEO Survey, pesquisa da PwC que ouviu 4,7 mil líderes em mais de cem países, incluindo Brasil. Na edição do ano passado, esse índice era de 31%.

“A necessidade de reinvenção é urgente e a gente tem visto movimentos relevantes de empresas buscando novos negócios, seja revisitando o modelo de negócios, mudando estratégia, buscando parcerias. Os executivos estão sendo pressionados pelas mudanças muito rápidas globalmente. As tecnologias chegando e desafiando negócios. É preciso estar atento para não ser surpreendido pelas mudanças do mercado e acabar ficando de fora”, afirmou Mauricio Moraes, sócio e líder do setor de agribusiness da PwC Brasil e CEO do PwC Agtech Innovation.

Otimismo com economia
Os CEOs do agronegócio demonstram otimismo em relação à economia e ao próprio negócio neste ano. Do total, 66% dos líderes do setor esperam aceleração na economia global nos próximos 12 meses, ante 40% em 2024. O percentual é similar à média nacional de 68%, mas acima da média global, de 58%. Em relação à economia brasileira, 76% dos CEOs do agronegócio estão otimistas, ante 69% em 2024. Entre os CEOs do Brasil, 73% estão otimistas com a economia nacional este ano. Para Moraes, o indicador está ligado em parte ao desempenho do agronegócio esperado para este ano.

“O ano passado foi bastante desafiador para o agronegócio e a visão é que este ano terá uma retomada. Setores como café, cacau e laranja tiveram bons resultados em 2024 e continuam fortes este ano. Há boas perspectivas em relação à proteína animal e açúcar, além da safra recorde de grãos”, afirmou o executivo. Moraes acrescenta que, em relação ao cenário global, há uma expectativa de que a política tarifária do governo Trump nos Estados Unidos possa indiretamente favorecer as exportações brasileiras de grãos. Além disso, há expectativa de uma maior resiliência do setor em relação aos problemas geopolíticos internacionais.

Fatores de risco
Em relação aos próximos três anos, 66% dos CEOs do agronegócio demonstraram confiança, acima dos 55% da pesquisa de 2024 e também acima da média nacional de 54%. Embora haja otimismo, também há preocupações com riscos que podem afetar o agronegócio. Entre os CEOs ouvidos, 56% consideram as mudanças climáticas como maior fator de risco para os seus negócios nos próximos 12 meses, índice bem acima da média nacional, de 21%. Ao mesmo tempo, 47% relataram aumento de receita com investimentos climáticos nos últimos cinco anos, acima da média nacional de 30%.

“O setor produtivo do agronegócio é uma fábrica a céu aberto. É natural que haja uma preocupação maior com riscos climáticos, principalmente com os eventos extremos enfrentados no ano passado, como as enchentes no Rio Grande do Sul e a seca prolongada no Centro-Oeste e Sudeste”, afirmou Moraes. A segunda principal ameaça, na visão dos CEOs do agronegócio, é a qualificação da mão de obra, citada por 38% dos ouvintes. A instabilidade econômica (30%), inflação (22%), conflitos geopolíticos (22%) e riscos cibernéticos (20%) também são citados por parcelas menores dos CEOs.

Moraes destacou a baixa preocupação com os riscos cibernéticos. “Só no Brasil, um terço das empresas, de todos os setores, enfrentaram perdas de pelo menos US$ 1 milhão nos últimos três anos com ciberataques e no agronegócio a ameaça não é diferente”, observou.

Busca pela reinvenção
Diante dos desafios, 44% dos líderes do agronegócio acreditam que suas empresas não serão viáveis economicamente por mais de dez anos se não se reinventarem, ante 31% na pesquisa de 2024. Os dados da pesquisa mostram que a busca pela reinvenção já tem acontecido nos últimos cinco anos. Entre os entrevistados, 54% afirmaram que buscaram uma nova base de clientes, 48% desenvolveram produtos ou serviços inovadores e 44% firmaram parcerias com outras organizações. A busca por novas parcerias aumentou 11 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior. Moraes destacou que essas parcerias envolvem não só fornecedores e prestadores de serviços, mas também união com concorrentes na busca de novos negócios que ajudem a dar sustentabilidade ao negócio.

Dos CEOs do agronegócio, 36% investiram em novas estratégias de crescimento e 34% implementaram novos modelos de precificação. Moraes também ressaltou que 44% dos CEOs do agronegócio afirmaram que suas empresas buscaram diversificar a receita nos últimos cinco anos. “Nesse sentido vimos aumento de investimentos em produção de biogás e biocombustíveis, que também estão entrelaçados com a preocupação com as mudanças climáticas”, afirmou o executivo.

Ele acrescentou que 62% dos CEOs do setor (59% no Brasil) afirmaram que sua remuneração variável está vinculada a métricas de sustentabilidade. Apenas 26% dos CEOs do setor disseram que investimentos climáticos aumentaram seus custos, enquanto quase metade relata aumento de receita.

IA generativa
A pesquisa da PwC mostrou um interesse crescente dos CEOs do agronegócio pela inteligência artificial (IA) generativa em seus negócios. Do total, 52% dos CEOs afirmam que a IA generativa resultou em ganhos de eficiência no uso do tempo dos funcionários e 26% identificaram aumento na receita. Em relação à lucratividade, 24% dos CEOs do agro dizem ter registrado ganhos.

Para este ano, 61% dos CEOs esperam que a IA generativa aumente sua lucratividade nos próximos 12 meses, ante 46% em 2024. “Isso mostra que o setor já está colhendo resultados positivos da IA e começa a projetar uma expectativa de resultados melhores”, disse Moraes. O executivo observou que as empresas relataram ganho de produtividade, com aumento da eficiência nas atividades e melhora na gestão de dados para tomadas de decisões.

Entre os entrevistados, 86% dos CEOs do setor planejam investir na integração da IA com plataformas tecnológicas em 2025, em nível bem acima da média nacional (69%). Em relação ao futuro, 86% dos CEOs do setor de agronegócio disseram que investirão em integração da IA (incluindo a generativa) em plataformas tecnológicas nos próximos três anos. Do total, 82% afirmaram que investirão em IA para melhoria de processos de negócios e fluxos de trabalho e 64% usarão a tecnologia para reformular a estratégia de negócios.

Longevidade dos CEOs
Outro destaque da pesquisa é a longevidade dos CEOs do agronegócio no cargo em relação à média de todos os setores no Brasil. Os dados revelam que 42% dos executivos esperam estar à frente do negócio por seis anos ou mais, um percentual muito maior do que o verificado nas médias do país (32%) e do mundo (30%). Do total, 40% esperam permanecer na empresa por três a cinco anos. E 16% esperam ficar por até dois anos na companhia. (Globo Rural)


Jogo Rápido

Boleto pode ser pago com Pix 
Já está disponível a modalidade de pagamento de boletos por meio de Pix. Entrou em vigor a resolução aprovada pelo Banco Central que moderniza o boleto bancário. Agora, os boletos poderão conter código QR específico para o pagamento via Pix. O usuário aponta o celular e conclui a transação. A vantagem é que a operação é compensada instantaneamente sem necessidade de esperar vários dias, como ocorre com parte dos boletos atuais. Outra novidade aprovada pela resolução ainda depende de instrução normativa do Banco Central para entrar em vigor. O boleto de cobrança dinâmico, ou “boleto dinâmico”, permite a transferência de titularidade de papéis quando a dívida é vendida e troca de mãos. (Correio do Povo)


 

 

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Porto Alegre, 03 de fevereiro de 2025                                                    Ano 19 - N° 4.320


O cenário projetado para o leite (e o que pode atrapalhar)

Depois de dois anos de curvas opostas - uma de alta e outra de baixa - e um 2024 mais equilibrado, 2025 tem ingredientes para um quadro de estabilidade nos preços do leite no Rio Grande do Sul. A avaliação é do novo coordenador do Conselho Paritário Indústria/Produtores do Estado (Conseleite), Darlan Palharini. Também secretário-executivo do Sindilat-RS, ele faz uma ressalva:

- Claro, temos uma preocupação no ar que é como vai se colocar a questão climática durante o ano. Estamos enfrentando no Noroeste um problema um pouco mais grave de falta de chuva. A região representa 60% da produção do Estado, então qualquer queda de 2,3% impacta na captação total.

O milho silagem, usado para alimentação dos animais, plantado cedo, conseguiu escapar do intervalo prolongado sem chuva e seus impactos. A qualidade é considerada boa. Mas há as lavouras semeadas depois e ainda os efeitos sobre a pastagem a considerar.

Interiorização e calculadora

Outros pontos de atenção do setor são os custos de produção e a concorrência de produtos do Mercosul, que chegam a preços mais competitivos. No momento, a variação cambial tem segurado um pouco essa entrada em razão de encarecer o produto importado.

- De modo geral, entendemos que devemos ter um 2025 mais ou menos nos moldes de 2024, a não ser que realmente aconteça algum fato novo - diz Palharini.

Palharini sucede Allan Tormen, que representava os produtores de leite, na alternância de gestões prevista nas regras da entidade. O objetivo neste ano é fazer uma interiorização "ainda maior das ações do conselho".

Um dos papéis do Conseleite é o de validar o preço de referência para o produto que, como o nome indica, projeta um guia de valores. As análises desse balizador, que acumula um banco de dados de 20 anos, também devem ser aprimoradas com a ajuda da tecnologia. Nessa proposta de orientação, uma calculadora que permite ao produtor projetar o valor de forma individual, a partir de parâmetros estabelecidos, foi disponibilizada de forma gratuita. (Zero Hora)


20º Fórum Estadual do Leite debaterá sustentabilidade e cadeia Láctea na Expodireto 2025
 
O 20º Fórum Estadual do Leite já tem data marcada: será realizado no dia 12 de março, durante a Expodireto 2025, em Não-Me-Toque/RS. O evento, promovido pela CCGL e a Cotrijal, reunirá especialistas para debater temas estratégicos para o futuro da cadeia láctea, com foco na pegada de carbono e na conjuntura do mercado de lácteos.
 
A programação inicia às 8h30, com a abertura oficial, seguida por uma série de palestras:
 
 
         

O evento conta com o patrocínio de Sindilat/RS, SENAR, BRDE e Sicredi e também com o apoio do Sistema Ocergs, da Rede Técnica Cooperativa - RTC, SmartCoop e FecoAgro/RS.

A participação é gratuita, e o fórum promete ser uma oportunidade imperdível para profissionais da área, produtores, estudantes e interessados no futuro do setor leiteiro.

As informações são do Sindilat/RS

 
Por que a chuva que chega ao RS não é suficiente para resolver estiagem
 
Distribuição irregular das precipitações faz com que a condição das lavouras mantenha comportamento de "mosaico" na produção
 
Enquanto cresce o número de municípios sinalizando problemas com a falta de chuva, qualquer gota que chega vira alívio, sobretudo na produção agrícola. Ainda que em quantidade insuficiente para encerrar a estiagem, os volumes da semana passada ajudaram a amenizar, temporariamente, o quadro de escassez hídrica e permitir que os plantios fossem retomados em algumas áreas. Mas é preciso mais.
 
Assistente de culturas da Emater, Alencar Rugeri volta a atentar para a maneira desparelha com que as precipitações vêm ocorrendo no Rio Grande do Sul. A característica acentua os efeitos da estiagem e faz com que seja ainda mais difícil projetar cenários para a produção que será colhida lá na frente, no fim da safra.
 
— É um quadro que segue muito variado. Teve lugares onde choveu muito, e imediatamente após a chuva parece bom. Mas falta chover de forma homogênea. Onde foi abundante, tranquiliza. Mas piora a situação de mosaico, que permanece — diz Rugeri.
 
A porção mais ao leste do Estado é a única que apresenta lavouras em condições mais favoráveis neste momento. Nas regiões onde a estiagem aparece com mais força, as perdas no potencial produtivo se consolidam.
 
Por isso, o momento é de corrida contra o tempo. Os agricultores já se mobilizam para que a ajuda - de reservação de água ou mesmo financeira - não chegue tarde demais. Um encontro marcado para 17 de fevereiro, com atos simultâneos em 16 municípios gaúchos, vai levar a pauta para discussão estadual. (GZH)


Jogo Rápido

18ª edição do Fórum MilkPoint Mercado tem 10% de desconto para sócio Sindilat/RS
Os caminhos para melhorar a eficiência operacional em aspectos como logística de captação, gestão de custos e volatilidade de preços para reverter as perdas da indústria láctea, de produtores e do varejo no valor final pago pelo consumidor na aquisição de derivados lácteos é o foco da  18ª edição do Fórum MilkPoint Mercado. Para participarem, associados do Sindilat/RS têm garantido 10% de desconto na inscrição, que pode ser feita no link clicando aqui. O primeiro lote está disponível até o dia 31 de janeiro, sexta-feira.  A edição deste ano será realizada no dia 18 de março na cidade de Campinas (SP). Com o tema “Gestão e Performance: os desafios da indústria láctea brasileira”, o evento terá dois blocos principais: Cenários de Mercado, com previsões para o setor em 2025, incluindo o impacto do novo governo americano e tendências no Mercosul; e Gestão de Custos e Eficiência Operacional na Cadeia Láctea, explorando logística compartilhada, precificação do leite e novas oportunidades para a indústria. A programação inclui palestras de especialistas, como Andres Padilla (Rabobank Brasil), Graciela Civolani (Danone), Valter Galan (MilkPoint Ventures), além de uma mesa-redonda com grandes líderes do setor, como Rafael Junqueira (Lactalis do Brasil e Uruguai) e Murillo Secco (Grupo Piracanjuba). (As informações são da Assessoria de imprensa do Sindilat/RS)

 
 

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Porto Alegre, 31 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.319


Aumento do ICMS de combustíveis vigora a partir de sábado

O incremento do ICMS cobrado sobre os combustíveis vai começar a valer a partir deste sábado (1) no Rio Grande do Sul e nos outros estados brasileiros. Para cada litro de gasolina e etanol hidratado, o imposto passará de R$ 1,37 para R$ 1,47 (alta de R$ 0,10) e para o óleo diesel a alteração será de R$ 1,06 para R$ 1,12 (elevação de R$ 0,06).

Os aumentos foram definidos pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) ainda em outubro do ano passado. O colegiado é formado pelas Secretarias Estaduais de Fazenda e responsável por definir políticas fiscais e harmonizar a cobrança do ICMS em todo o País. O órgão também determinou a redução do imposto do quilo de gás de cozinha (GLP) de R$ 1,41 para R$ 1,39 (diferença de R$ 0,02), a vigorar neste sábado.

O presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Rio Grande do Sul (Sulpetro), João Carlos Dal’Aqua, comenta que o tempo de repasse do reajuste do tributo dos combustíveis para as bombas dependerá de cada posto. Contudo, essa ação deverá ocorrer em passo acelerado.

A mais recente pesquisa de levantamentos de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aponta que o custo médio do litro da gasolina comum em postos da capital gaúcha, antes da mudança do imposto, é de R$ 5,91 e da gasolina aditivada de R$ 6,12. No geral do Rio Grande do Sul esses valores são, respectivamente, de R$ 6,03 e R$ 6,22. Já o óleo diesel vendido em Porto Alegre custa em média R$ 5,99 e o etanol hidratado R$ 4,76. No Estado, por sua vez, o litro médio do diesel vale R$ 6,08 e do álcool R$ 4,71.

Dal’Aqua frisa que o incremento do imposto vem em um momento (entre janeiro e fevereiro) que tradicionalmente as vendas dos revendedores estão mais baixas, com exceção dos estabelecimentos localizados no Litoral. Além do ICMS, ele informa que, há pouco tempo, já houve variação do custo da gasolina, entre R$ 0,03 a R$ 0,04, devido ao encarecimento do etanol anidro (misturado com o combustível) por parte das distribuidoras.

O presidente do Sulpetro recorda que desde 2022 o ICMS sobre os combustíveis passou a ser um valor fixo que abrange todos os estados. “Então, todo o Brasil pratica o mesmo custo do imposto”, reforça. Dal’Aqua considera que essa nova forma de tratar o tributo trouxe mais previsibilidade para o setor, porque antigamente os estados tinham uma espécie de preço presumido do combustível sobre o qual incidia determinada alíquota percentual, que podia variar entre as regiões do País.

Sobre a possibilidade que mais um aumento seja praticado em breve, devido a um eventual reajuste a ser feito pela Petrobras, Dal’Aqua não descarta que pressões políticas acabem retardando esse reajuste. “Porque a gente sabe o efeito que o combustível tem na inflação”, ressalta o dirigente.

Nesta quinta-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que cabe à Petrobras decidir se eleva ou não o preço dos combustíveis no País. A companhia está analisando um possível reajuste no valor do litro do óleo diesel, que acumula defasagem de preço por causa do dólar ao longo dos últimos meses.
No âmbito estadual, sobre o assunto combustíveis, o governo gaúcho divulgou uma nota indicando que, entre 2022 e 2024, o Rio Grande do Sul manteve o preço médio anual da gasolina abaixo dos vizinhos Santa Catarina e Paraná. De acordo com o governo, citando dados da ANP, em 2022 a gasolina no Rio Grande do Sul registrou um preço médio de R$ 5,90, enquanto os outros dois estados sulistas mantiveram valores superiores a R$ 6,00. Na média nacional, o valor da gasolina no Rio Grande do Sul foi de R$ 0,21 por litro mais barato naquele ano.

O desempenho mais expressivo ocorreu em 2023, quando o preço médio anual caiu para R$ 5,43, enquanto no Paraná ficou em R$ 5,64 e R$ 5,60 em Santa Catarina. Em 2024, o Rio Grande do Sul registrou um valor médio anual de R$ 5,90, permanecendo abaixo de Santa Catarina (R$ 6,03) e do Paraná (R$ 6,08). No mesmo período, a média nacional foi de R$ 5,93. 

As informações são do Jornal do Comércio.


Alivio temporário no estresse hídrico

As chuvas da última semana (23 e 24/01), mais uniformes e de maior volume, aliviaram temporariamente o estresse hídrico nas lavouras de soja. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (30/01) pela Emater/RS-Ascar, as precipitações possibilitaram a retomada do plantio em áreas de resteva de milho sem irrigação e o replantio em locais com falhas significativas de estande, mas sem alterar a proporção semeada, que permaneceu em 99% no Estado, sendo que 29% da cultura está em enchimento de grãos, 41% em floração e 30% em germinação e desenvolvimento vegetativo.

Embora as precipitações tenham sido insuficientes para encerrar a estiagem, elas restabeleceram temporariamente a umidade do solo, promovendo a recuperação da turgescência das plantas, a abscisão de folhas senescentes e a emissão de novos brotos. Contudo, a continuidade do desenvolvimento da cultura depende de chuvas em volumes que garantam a manutenção da umidade adequada no solo.

Apesar da melhora do cenário, as lavouras semeadas no final de outubro, assim como as cultivares de ciclo precoce, que se encontram nas fases de formação de vagens e enchimento de grãos, apresentam perdas consolidadas no potencial produtivo. A redução do porte das plantas, a diminuição do número de ramos laterais e a insuficiência de reservas hídricas comprometem o rendimento, especialmente nas áreas do Centro-Oeste do Estado.

Nas regiões mais a Leste, como o Planalto e Campos de Cima da Serra, o estresse hídrico foi atenuado e as condições climáticas ficaram mais favoráveis ao desenvolvimento da cultura, mantendo o potencial produtivo das lavouras próximo ao projetado.

Em termos de manejo, a elevação da umidade do ar e solo permitiu a intensificação de pulverizações de herbicidas em lavouras tardias e o reforço no controle fitossanitário preventivo, especialmente contra a ferrugem-asiática e, em determinadas regiões, contra alguns insetos-praga.

MILHO: As recentes precipitações, em volumes mais elevados, também atingiram a Região Oeste do Estado, onde o déficit hídrico estava comprometendo o potencial produtivo. A reposição de umidade favoreceu as lavouras de milho, especialmente aquelas em desenvolvimento vegetativo e em início do período reprodutivo. Houve a retomada do plantio de milho safrinha, e as lavouras semeadas tardiamente, em resteva de tabaco e feijão, estão em desenvolvimento vegetativo; algumas já entrando em floração. As condições atuais de umidade do solo estão adequadas. Porém, novas precipitações e temperaturas amenas serão essenciais, nos próximos dias, para garantir pendoamento e polinização adequados, além de evitar impactos negativos no enchimento de grãos. As chuvas não afetaram o ritmo da colheita, que alcançou 38% da área projetada. Os resultados observados são satisfatórios, e muitas lavouras superam o potencial produtivo estimado inicialmente. As perdas causadas pela estiagem em janeiro estão concentradas nas lavouras em enchimento de grãos (19%), mas não têm abrangência uniforme. Outros 9% da cultura estão em floração e 10% em germinação e desenvolvimento vegetativo. Na Região Leste do Estado, as precipitações foram mais regulares, e as lavouras nesse estágio fenológico foram mais beneficiadas.

PASTAGENS: As pastagens anuais de verão recuperaram o seu desenvolvimento em decorrência da volta das chuvas e da maior umidade no solo, que também colaboraram para o aumento de oferta e melhor rebrote. Muitos produtores aplicaram adubações em cobertura para estimular as gramíneas. Os campos nativos apresentaram bom desenvolvimento, fornecendo pastagem de qualidade.

BOVINOCULTURA DE LEITE: As chuvas recentes contribuíram para a recuperação dos níveis de fontes e açudes e para a redução das temperaturas, mas ainda são exigidas estratégias para minimizar o estresse térmico nos rebanhos. Foi realizado controle eficaz de moscas e carrapatos. O estado corporal dos animais permaneceu satisfatório devido à nutrição adequada.

As informações são da Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

 

Emater/RS: Informativo Conjuntural 1852 de 30 de janeiro de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

As chuvas recentes contribuíram para a recuperação dos níveis de fontes e açudes e para a redução das temperaturas, mas ainda são exigidas estratégias para minimizar o estresse térmico nos rebanhos. Foi realizado controle eficaz de moscas e carrapatos. O estado corporal dos animais permaneceu satisfatório devido à nutrição adequada.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as altas temperaturas continuam interferindo no manejo, em especial nas propriedades com deficiência de sombra para o rebanho. Os açudes apresentam níveis reduzidos, causando preocupação em relação à sanidade das matrizes, à qualidade do leite e à capacidade de atender à alta demanda hídrica dos animais diante do calor intenso.

Na de Caxias do Sul, nos sistemas confinados, foi utilizada ventilação e nebulização. Nas áreas com animais em pastagens, houve ajuste dos horários de ordenha para aproveitar os períodos mais frescos do dia.

Na de Erechim, a saúde dos rebanhos permanece estável. Os preços do leite ao produtor caíram devido ao aumento da oferta nacional e à redução no consumo.

Na de Frederico Westphalen, o preço do leite permaneceu estável na última semana, variando conforme a escala de produção e qualidade.

Na de Ijuí, diminuiu a produção de leite em razão do estresse calórico dos animais e da menor oferta de forragem nos sistemas a pasto. Já nos sistemas confinados, a produção se mantém, mas aumentam os custos com aeração e aspersão para controle térmico.

Na de Passo Fundo, o calor intenso favoreceu a proliferação de mosca-dos-chifres, berne e carrapato, além de casos isolados de tristeza parasitária bovina (TPB), impactando o bem-estar do rebanho. A produção sofreu leve redução em função do estresse térmico.

Na de Pelotas, a produção leiteira se manteve estável, mas houve suplementação e ajustes nos manejos devido ao calor, que também afetou o conforto dos animais.

Na de Porto Alegre, apesar dos esforços para manter o estado corporal dos animais, a produção já apresenta queda.

Na de Santa Maria, o controle de ectoparasitas tem sido realizado de forma estratégica, especialmente em relação ao manejo integrado de pastagens e de animais, reduzindo gradualmente a necessidade de tratamentos anuais.

Na de Santa Rosa, o retorno das chuvas e a melhora da umidade do solo pode colaborar para a recuperação das pastagens e para a produção.

Na de Soledade, as chuvas melhor distribuídas favoreceram o rebrote das pastagens anuais e perenes de verão no Alto da Serra do Botucaraí e parte do Centro Serra, aumentando a oferta de volumoso e recuperando os campos nativos.

As informações são da Emater/RS-Ascar, editadas pelo Sindilat/RS


Jogo Rápido

Chuvas em pontos isolados do RS devem ocorrer nos próximos dias
A previsão para os próximos dias indica mudanças no tempo sobre o Rio Grande do Sul, com a possibilidade de chuva em pontos isolados do estado. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 5/2025, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).Sábado (1º/2) e domingo (2/2): a mesma configuração atmosférica dos dias anteriores manterá condições para a ocorrência de precipitação com intensidade variando de fraca a moderada em parte da Região dos Campos de Cima da Serra. No entanto, haverá uma mudança em relação às temperaturas. Dessa forma, espera-se uma elevação gradativa a partir da tarde de sábado, o que poderá diminuir a nebulosidade e tornar o tempo mais seco. Segunda (3/2) e terça-feira (4/2): haverá condições para a ocorrência de precipitação com intensidade variando de fraca a moderada sobre as regiões Norte e Campos de Cima da Serra, em função da umidade transportada pelo anticiclone que estará situado no oceano. Paralelamente, uma área de baixa pressão se formará entre o interior da Argentina e o Rio da Prata e intensificará um cavado pré-frontal que vai canalizar umidade da Amazônia em direção à área em questão. Por outro lado, sobre o estado o tempo será pouco instável, permanecendo seco e com temperaturas em elevação nos respectivos dias. Quarta-feira (5/2): uma frente fria se formará no Uruguai e, posteriormente, se deslocará sobre o Rio Grande do Sul, provocando chuvas com intensidade variando de fraca a moderada, principalmente nas regiões Sul, Campanha e Campos de Cima da Serra. Nas demais regiões, a tendência é que as chuvas ocorram com intensidade fraca. O prognóstico para a próxima semana aponta para a possibilidade de chuvas em volumes moderados, principalmente nas regiões Norte, Campos de Cima da Serra e Serra Gaúcha, onde esperam-se volumes entre 10 e 50mm, e ao longo da faixa litorânea entre Mostardas e a Região Metropolitana, onde os volumes esperados alcançarão 100mm. Na região Sul, os volumes previstos estarão compreendidos entre 10 e 20mm. Nas regiões Central, Metropolitana, Região dos Vales, Noroeste, Planalto e parte da Fronteira Oeste, são esperados volumes entre 1 e 5mm. Em partes da Região da Fronteira Oeste e Missões, não há previsão de precipitação. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (As informações são da Seapi)

 
 

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Porto Alegre, 30 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.317


Cepea: com oferta elevada, como ficou o preço do leite?
 
A Pesquisa do Cepea mostra que o preço do leite captado em dezembro/24 fechou com uma queda de 2,7% em relação ao mês anterior. Confira!
 
A Pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que o preço do leite captado em dezembro/24 fechou a R$ 2,5805/litro (“Média Brasil”), queda de 2,7% em relação ao mês anterior, mas elevação de 21% frente a dezembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de dezembro). Desse modo, a média de 2024 foi de R$ 2,6362/litro, 1,9% acima da verificada em 2023, também em termos reais.
 
Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de dezembro/2024).
 

 
Conforme destacado pelo MilkPoint Mercado, dezembro é tradicionalmente um mês que o preço do leite perde força, em reflexo do pico de produção em importantes regiões produtoras, como Sudeste e Centro-Oeste.
 
Ainda assim, o fechamento de 2024 foi expressivamente mais positivo em relação ao ano anterior, com uma alta real de 21% (deflacionada pelo IPCA). Além disso, esse pagamento tende a marcar o fim da sequência de quedas, com expectativa de recuperação nos preços já a partir do próximo mês.As informações são de Cepea, adaptadas pela equipe MilkPoint Mercado.


Consumir leite promove o desenvolvimento de massa muscular de esportistas

Em sua análise, o leite e os produtos lácteos podem enriquecer a alimentação de quem realiza exercícios físicos, já que, por ser fonte de proteínas, carboidratos, cálcio e outros nutrientes, contribui para fornecer nutrientes necessários para estas pessoas. 
O leite fornece benefícios para a recuperação, desenvolvimento muscular e funcionalidade em pessoas que exercem atividade física frequentemente. É isso o que mostram diversos estudos científicos que estão compilados no livro “Lácteos, Nutritción y Salud”, um projeto de divulgação realizado pelo Consorcio Lechero e seu programa Gracias a la Leche. A autora do capítulo dedicado à nutrição desportiva e sua relação com os lácteos, a acadêmica da Universidade do Chile, Nathalie Llanos, explicou que, dada sua qualidade proteica, a ingestão de leite após o treinamento promove benefícios ao nível do desempenho e à prevenção de lesões. Isto se deve à presença de proteínas de alta qualidade, cálcio, vitamina D e antioxidantes, que são nutrientes essenciais na dieta de pessoas que praticam esportes. “Existe também evidência de que o leite, na recuperação posterior ao exercício, é mais efetiva do que bebidas esportivas, tanto em termos de reidratação como em relação à reposição de glicogênio, por isso sugere a ingestão de leite após o treino como forma de maximizar os benefícios dele”, destaca a especialista na publicação.Em sua análise, o leite e os produtos lácteos melhoram a alimentação daqueles que realizam exercícios físicos, já que, por ser fonte de proteínas, carboidratos, cálcio e outros nutrientes, contribui para reposição das necessidades nutricionais destas pessoas, melhorar a qualidade de sua dieta, além do rendimento, adaptação e recuperação dos exercícios físicos. 

Apesar dos múltiplos benefícios para os atletas, os lácteos raramente são encontrados em academias, escolas e centros recreativos. Segundo informações fornecidas por cientistas chilenos, esses alimentos são fonte de uma grande variedade de macro e micronutrientes, cujos benefícios para os atletas são múltiplos de acordo com as publicações dos últimos anos.

A nutrição é fundamental para os praticantes de atividade física, pois fornece nutrientes para a manutenção e reparação dos tecidos, assegura a hidratação e recomposição de eletrólitos perdidos durante as sessões. 

Devido à relevância que têm na nutrição para melhorar o desempenho e a segurança na prática esportiva, a professora da Universidade do Chile sugere que é fundamental buscar orientação antes de iniciarem períodos de maiores atividades. “O exercício aumenta o metabolismo e as necessidades de muitos nutrientes, não somente durante as sessões, mas também nos períodos de descanso e recuperação. Sempre é importante procurar orientação, principalmente quando há possibilidade do uso de suplementos”. 

“Uma alimentação adequada pode melhorar todos os efeitos do treinamento que a pessoa está realizando e isso irá contribuir para alcançar os objetivos, tanto estéticos, como saúde e rendimento. sendo a alimentação o apoio que contribui para obter êxitos. É de suma importância buscar orientação, de preferência de profissionais especialistas no assunto”. Fonte: DiarioLechero – Tradução livre: www.terraviva.com.br

Como está a demanda da China por leite em pó?

A China continua a cortar suas compras de leite em pó no mercado global, um sinal preocupante para os países exportadores de laticínios, especialmente a Oceania. Confira!

A China continua a cortar suas compras de leite em pó no mercado global, um sinal preocupante para os países exportadores de laticínios, especialmente a Oceania. No entanto, uma mudança no tipo de laticínios que a China continua a comprar pode ser uma boa notícia para os exportadores de laticínios dos EUA se as guerras comerciais não explodirem sob a nova administração Trump.

De acordo com o National Bureau of Statistics (NBS) da China, a economia do país cresceu cerca de 5% em 2024, impulsionada por exportações e investimentos. Betty Berning, analista do Daily Dairy Report , observou que, embora o crescimento tenha sido melhor do que os analistas esperavam, "os gastos fracos do consumidor, juntamente com as consequências da crise imobiliária, continuam sendo preocupações constantes".

A população da China também caiu pelo terceiro ano consecutivo em 2024, de acordo com o NBS. À medida que a população do país diminui e envelhece, uma força de trabalho em declínio criará desafios contínuos para a economia da China, disse Berning.

“O negócio de laticínios da China, que é essencial para as nações exportadoras de laticínios, é uma fatia considerável do bolo de importação global. No entanto, parece provável que a fatia da torta da China possa encolher, ou o mix de produtos possa mudar, conforme o país se ajusta a uma população mais velha e a problemas econômicos”, disse Berning.

As importações chinesas de leite de temperatura ultra-alta (UHT) têm sido particularmente fracas. O país comprou 27% menos leite UHT em dezembro do que em 2023. Em todo o ano de 2024, as compras anuais de leite UHT da China despencaram 24% — o menor valor anual desde 2015, observou Berning.

Em dezembro, a China importou mais de 95 milhões de libras de leite em pó integral (WMP), mais que o dobro dos volumes de dezembro de 2023. No entanto, apesar das grandes compras de dezembro, as importações da China no ano de 899 milhões de libras de WMP foram 5% menores do que em 2023 e menos da metade do recorde estabelecido em 2021. As importações de leite em pó desnatado do país ano a ano em dezembro também aumentaram, mas caíram 34% no ano em relação a 2023.

Enquanto as importações anuais de leite em pó e leite UHT da China diminuíram, o interesse do país em outros produtos tem aumentado. Por exemplo, a China importou um recorde de 28,4 milhões de libras de manteiga em 2024, e as remessas de queijo em 2024, embora tenham caído 3% em relação a 2023, foram formidáveis, disse Berning. As importações de queijo em 2024 foram as terceiras maiores já registradas. As importações de soro de leite, que caíram 1,3% no ano, também foram classificadas como as terceiras maiores.
 
Ao mesmo tempo em que os volumes totais de compra de produtos lácteos diminuíram, a produção doméstica de leite na China também desacelerou após aumentar por vários anos. Isso deixou as empresas de processamento chinesas com menos leite para produzir em WMP e outros produtos lácteos.
 
“A demanda por WMP na China não foi grande em 2024, e isso compensou a perda na produção de leite”, disse Berning. “Mas, dados os fortes volumes de importação de dezembro e a recente força de preço nos leilões do Global Dairy Trade, a demanda por WMP pode estar retornando e continuará sendo um curinga que vale a pena ficar de olho em 2025.”

As informações são de Dairy Herd Management, traduzidas pela equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

Copom eleva a taxa Selic para 13,25% ao ano
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) definiu, nesta quarta-feira (29), o novo patamar do juro básico do país. A Selic subiu um ponto percentual e alcançou 13,25% ao ano, resultado esperado por especialistas. A taxa fechou 2024 em 12,25% ao ano.  Essa foi a primeira reunião do Copom comandada pelo presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, empossado no dia 2 de janeiro. Em comunicado no site do BC, o Copom informa que "avalia que o cenário externo segue exigindo cautela por parte de países emergentes". "O ambiente externo permanece desafiador em função, principalmente, da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, o que suscita mais dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed. Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho", diz o texto do Comitê. A decisão ocorreu por unanimidade, ou seja, foi acompanhada pelos nove membros do Copom. Ainda em comunicado, o Comitê disse que "segue acompanhando com atenção como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros". (GZH)

 
 

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Porto Alegre, 29 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.316


Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo passa a valer na definição dos profissionais de imprensa mais premiados

No ano em que o prêmio Sindilat/RS de Jornalismo completou uma década, ele entrou para a lista de premiações nacionais que ranqueiam os vencedores mais premiados do jornalismo. O Ranking +Premiados da Imprensa Brasileira é uma produção da Jornalistas Editora Ltda que em 2024 analisou o resultado de 200 competições. 

Realizado desde 2014, o Prêmio Sindilat já reconheceu mais de 100 jornalistas e seus trabalhos envolvendo o setor de laticínios no Rio Grande do Sul. “Ele reflete o nosso compromisso em fomentar o diálogo entre a imprensa e a indústria de laticínios, destacando as boas práticas e os desafios do setor”, aponta Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS. 

Na página 19 da publicação, que pode ser acessada clicando aqui, a premiação do Sindilat/RS é destacada juntamente com as realizadas pela Amrigs, ARI,  Asdep, Cooperativismo Gaúcho, Corecon-RS, José Lutzemberger, Justiça Eleitoral, MPRS, Press, Setcergs e Themis. 

As informações são da assessoria de imprensa do Sindilat RS


Produtor que comprovar manejo sustentável terá desconto em operações de custeio

O benefício vale para certificações válidas em programas oficiais; produtores poderão obter uma redução na taxa de juros

Com o objetivo de estimular a sustentabilidade no setor agropecuário, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou que produtores rurais de médio e grande porte que comprovarem a adoção de práticas produtivas sustentáveis, por meio de certificações, poderão obter uma redução de 0,5 ponto percentual na taxa de juros de custeio. A medida foi implementada pela Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) nº 5.152, publicada em julho do ano passado.O benefício vale para certificações válidas em programas oficiais, como o Produção Integrada (PI Brasil), com documento emitido por instituição certificadora acreditada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro); o Programa de Boas Práticas Agrícolas (BPA); os sistemas de produção orgânica, ambas mediante certificação do Mapa; ou certificação realizada por organismos participativos avaliação da conformidade orgânica, no âmbito do Sistema Participativo de Garantia (SPG).Também tem direito ao desconto o produtor que houver, nos últimos cinco anos agrícolas, contratado crédito de investimento em um dos subprogramas do RenovAgro (antigo Programa ABC), desde que o crédito de custeio seja destinado a atividades desenvolvidas em área total ou parcialmente coincidente com a área objeto do financiamento do RenovAgro e o custeio seja relacionado à atividade financiada. Nesse caso, basta que o produtor autorize a instituição financeira o acesso à informação de seus financiamentos obtidos em outros bancos.As instituições financeiras deverão validar as informações na Plataforma AgroBrasil + Sustentável. Os passos a serem seguidos estão disponíveis na página do Serpro: página do produto Consulta Práticas Agropecuárias Sustentáveis.

O produtor rural que pretende utilizar o benefício, deverá reunir os seguintes requisitos:

  • Prévia qualificação socioambiental do estabelecimento rural na Plataforma AB+S;
  • Conter pelo menos um certificado válido de prática sustentável emitido para o produtor que solicitou a habilitação ao Plano Safra e cadastrado pela respectiva instituição na Plataforma AB+S;
  • Número do CAR do estabelecimento rural certificado para as práticas sustentáveis.

O acesso à Plataforma AB+S, pelo produtor rural, deverá ser realizado no site https://agrobrasil.agricultura.gov.br/abs/home

As informações são do Canal Rural com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária.

Maioria das decisões judiciais afasta tributação de benefícios fiscais

Levantamento mostra que, em 2024, os contribuintes venceram em 58% dos julgamentos envolvendo a nova Lei das Subvenções O Judiciário tem sido mais favorável ao contribuinte em processos sobre a tributação de benefícios fiscais de ICMS. Levantamento do escritório Mattos Filho mostra que, entre janeiro e outubro de 2024, as empresas venceram a Fazenda Nacional em 58% dos 614 julgamentos de primeira e segunda instâncias envolvendo a nova Lei das Subvenções, a nº 14.789, de 2023. A norma alterou as regras e passou a prever a incidência de Imposto de Renda (IRPJ), CSLL, PIS e Cofins sobre todos tipos de incentivos fiscais concedidos pelos Estados e Distrito Federal desde 2024.

O tema é relevante para a União. Mas com as derrotas no Judiciário, a maioria envolvendo o crédito presumido de ICMS, a arrecadação, segundo tributaristas, deve ter ficado aquém das expectativas - que caíram ao longo do tempo. Inicialmente, ao propor a Medida Provisória (MP) nº 1.185, de 2023, que antecedeu a Lei das Subvenções, a previsão era de incremento de R$ 35,4 bilhões na receita anual.

Depois, ao enviar um projeto de lei sobre o assunto ao Congresso Nacional, o governo reduziu o número para R$ 26,3 bilhões. Em resposta a um pedido com base na Lei de Acesso a Informação (LAI), a Receita Federal informou ao Valor que não há como saber o total arrecadado só com a tributação das subvenções de ICMS. Cita, porém, nota técnica do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros (Cetad), que estima perdas, para a União, de cerca de R$80 bilhões por ano com exclusões supostamente indevidas de incentivos concedidos pelos Estados e Distrito Federal da base de cálculo de tributos federais.

As exclusões, segundo a nota técnica, aumentaram mais de 40% após 2017, com a edição da Lei Complementar nº 160 e um julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os ministros da 1ª Seção permitiram a retirada do crédito presumido das bases do IRPJ e da CSLL (EREsp 1517492).

Ainda de acordo com a nota, cerca de R$ 2 trilhões em incentivos estaduais foram dados a empresas entre 2020 e 2022. Além do impacto financeiro, a Receita Federal citou alta na litigiosidade: quase metade dos mandados de segurança impetrados contra ela em junho de 2023 envolveram o tema.

No Judiciário, a tendência é mais favorável ao contribuinte. E se considerados apenas os casos sobre crédito presumido, o entendimento contra a cobrança tem mais envergadura: de um total de 596 que discutem o benefício, 371 foram favoráveis (62%). O único Tribunal Regional Federal (TRF) com posição majoritariamente próFisco é o da 4ª Região - que abrange a região sul do país. Apenas 36 de 130 decisões de primeira e segunda instâncias acataram o argumento das empresas (28%).

As decisões beneficiam pelo menos 260 empresas dos mais diversos setores (que podem ter um ou mais processos sobre o tema), como a Apple, Raia Drogasil, Tommy Hilfiger Brasil, Camil, Nestlé, Pepsi, Johnson & Johnson, E-Vino e Mobly. O levantamento, feito pelo escritório Mattos Filho, mapeou liminares, sentenças e acórdãos de primeira e segunda instâncias nas seis regiões da Justiça Federal.

Algumas decisões abrangem todos os benefícios fiscais, já outras abarcam só crédito presumido, a depender do pedido do contribuinte. Também existem casos que separam o tributo cobrado - IRPJ/CSLL e PIS/Cofins. 

A divisão tem motivo. Segundo advogadas, a tese do crédito presumido é mais forte que a dos outros benefícios, por conta de precedentes do STJ. Em 2017, a 1ª Seção decidiu que o IRPJ e CSLL não poderiam ser cobrados sobre o crédito presumido, pois haveria ofensa ao pacto federativo. Em 2023, a 1ª Seção, em recurso repetitivo, analisou se o entendimento de 2017 poderia ser estendido aos demais benefícios fiscais, como redução de base de cálculo. A conclusão foi que não.

Os ministros levaram em consideração efeitos contábeis. No crédito presumido, o governo estadual concede um crédito ao contribuinte, o que seria uma “grandeza positiva” no caixa. Nos outros tipos, haveria desoneração - seriam “benefícios negativos”. Para afastar a cobrança nos outros incentivos, deveriam ser cumpridos determinados requisitos legais, previstos no artigo 30 da Lei nº 12.973/2014 (Tema 1182).

Depois do julgamento, veio a nova lei, de nº 14.789, que revogou o artigo 30 e equiparou todos os benefícios, chamando-os de subvenções para investimento. As empresas teriam que se habilitar na Receita Federal para depois tomar um crédito fiscal de até 25%.

As empresas, com a edição da nova lei, decidiram recorrer ao Judiciário. As decisões são diversas, o que deve fazer com que a Justiça tenha que fixar nova tese sobre o assunto. “Tem alguns temas que estão pendentes e muitas decisões não aplicam o entendimento do STJ. É um assunto do passado, mas que permanece com discussões mesmo com a nova lei”, afirma a tributarista Ariane Guimarães, sócia do Mattos Filho. “Neste ano, o STJ pode vir a se deparar com o tema, pela rapidez com que os casos estão sendo julgados.”

Segundo ela, existe uma “resistência” de tribunais em aplicar a decisão do STJ. “O TRF-4 compreende que a decisão do crédito presumido não vale para crédito outorgado, que são a mesma coisa”, diz. Para ambas as teses, acrescenta, há argumentação favorável aos contribuintes. “Mas para o crédito presumido é mais forte.”

A decisão do STJ, de acordo com Ariane, compreende que o crédito presumido não é fato gerador do Imposto de Renda e da CSLL. “Seria coerente o STJ respeitar a jurisprudência em novo julgamento. O crédito presumido continua tendo as mesmas características e a nova lei não pode dizer que o que não era fato gerador passa a ser fato gerador. Precisa estar em consonância com a Constituição Federal.”

O Supremo Tribunal Federal (STF) também julgará o tema, em três ações diferentes. Em uma delas, a discussão é mais abrangente, sobre a exclusão do PIS/Cofins da base de cálculo dos créditos presumidos de ICMS (Tema 843). Em outros três casos, é questionada a constitucionalidade da Lei de Subvenções (ADIs 7751, 7604 e 7622). A tributarista Maria Andréia dos Santos, sócia do Machado Associados, diz que esperava que a tese dos contribuintes fosse mais aceita no TRF-2, que engloba os
Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. “Há uma certa vantagem [dos contribuintes], mas não é estrondosa”, afirma. “A gente tinha a expectativa que andasse melhor quando tratasse do crédito presumido, porque tem decisão favorável contra a tributação no STJ”, completa.

Ela observa que as vitórias judiciais dos contribuintes têm tido efeito na arrecadação do governo, que havia previsto inicialmente levantar com a tributação das subvenções R$ 35,4 bilhões - valor que foi caindo ao longo do tempo. A arrecadação efetivamente alcançada, acrescenta, mostra que não se atingiu o esperado. Em 2024, até novembro, segundo a Receita Federal, foram arrecadados, no total, R$ 10 bilhões de IRPJ e CSLL.

“Vários setores da economia cresceram e isso gera aumento de receita, mas grande parte das empresas socorreu-se do Judiciário e o placar está mais favorável aos contribuintes”, diz ela, que espera que o STJ, ao retomar o tema, reafirme a jurisprudência. “É mais do que uma expectativa, é o que imporia a preservação da segurança jurídica. Não pode haver uma mudança de posição sem que nenhum fato tenha se alterado, porque a mudança legislativa não é capaz de mudar essa posição. O pacto federativo continua em vigor.” Procurada pelo Valor, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) não deu retorno até o fechamento da edição.

As informações são do Valor Econômico


Jogo Rápido

Pós-bióticos e leite em pó são aliados contra o Diabetes Tipo 2
Estudo recente sugere que a combinação pode ser grande aliada no controle da doença. O diabetes tipo 2 (DT2) é uma condição de saúde complexa e prevalente que afeta milhões de pessoas. Caracterizado por resistência à insulina e regulação prejudicada da glicose, requer abordagens terapêuticas inovadoras para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e reduzir complicações associadas. Nesse cenário, a pesquisa em nutrição e microbiologia tem explorado novas estratégias, incluindo o uso de pós-bióticos, para auxiliar no controle da enfermidade. Os pós-bióticos são produtos inativados derivados de probióticos que contêm alta variedade de componentes benéficos, como enzimas, proteínas e ácidos graxos de cadeia curta. Esses compostos têm demonstrado potencial na modulação da microbiota intestinal, fortalecimento do sistema imunológico e regulação do metabolismo, tornando-os candidatos promissores para intervenções terapêuticas em condições metabólicas, incluindo o DT2. O leite em pó, produto amplamente consumido e com mercado em expansão, oferece plataforma única para a incorporação de pós-bióticos. Sua longa vida útil, facilidade de armazenamento e transporte o tornam veículo ideal para a entrega de pós-bióticos, permitindo a criação de alimentos funcionais. Recentemente, pesquisadores de um importante periódico internacional investigaram os efeitos do pós-biótico Lactiplantibacillus plantarum LRCC5314 adicionado ao leite em pó no tratamento do DT2 induzido por estresse em modelos animais. Os resultados do estudo foram promissores. Os animais tratados demonstraram redução nos níveis de corticosterona, hormônio associado ao estresse crônico. A redução desses níveis é crucial, pois o estresse prolongado pode contribuir para o desenvolvimento e progressão do DT2. Além disso, houve melhora significativa na sensibilidade à glicose e insulina, indicando maior eficiência na utilização e regulação da glicose no organismo, o que é essencial para o controle adequado da doença. Mais um avanço significativo nas abordagens terapêuticas para condições tão relevantes e impactantes como o DT2. E o que torna isso ainda mais empolgante é a participação dos produtos lácteos, que continuam a demonstrar seu potencial e benefícios para a saúde humana de forma consistente. Fonte: Effect of postbiotic Lactiplantibacillus plantarum LRCC5314 supplemented in powdered milk on type 2 diabetes in mice. Journal of Dairy Science, 2024. DOI: https://doi.org/10.3168/jds.2023-24103

 
 

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Porto Alegre, 28 de janeiro de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.313


Darlan Palharini assume coordenação do Conseleite

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, assumiu, nesta terça-feira (28/01), a coordenação do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do RS (Conseleite). Conforme política de alternância entre produtores e indústrias à frente do colegiado, ele sucede Allan André Tormen, que segue na vice-coordenação, representando a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). 

Durante a reunião desta terça-feira, também foi implementada revisão de parâmetros de cálculo aprovada pela Câmara Técnica do Conseleite. A partir de janeiro de 2025, o colegiado empregará dados de custos de produção atualizados de 2023, os mesmos da nova Calculadora do Leite. Até dezembro de 2024, o colegiado utilizava indexadores de 2021. 

Levando em conta a nova base de dados, a projeção do valor de referência do leite ficou em R$ 2,4411 para o mês de janeiro de 2025 e o consolidado de dezembro de 2024, em R$ 2,4081. Para fins de adaptação, o colegiado também divulgará, por três meses, as contas referentes ao padrão anterior (2021), no qual o valor de referência projetado para janeiro de 2025 ficou em R$ 2,4506 frente a um projetado em dezembro de 2024 de R$ 2,4073, alta de 1,80%. O consolidado de dezembro passado fechou em R$ 2,4226. “Essas atualizações são importantes para garantir a máxima proximidade entre os valores calculados e a realidade do campo”, frisou Palharini.

As informações são da assessoria de imprensa do Sindilat RS


Conseleite Paraná

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 28 de Janeiro de 2025 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Dezembro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Janeiro de 2025, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Janeiro de 2025 é de R$ 4,3912/litro.Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br

Leite/América do Sul: O clima desempenha um importante papel na produção de leite da América do Sul
 
O clima desempenha um papel crucial na produção de leite na América do Sul.
 
Um sistema La Niña de baixa intensidade está a caminho e é esperado para os próximos dois ou quatro meses. Com a chegado do verão, a expectativa é de que a produção de leite sofra uma queda.
 
As perspectivas para a safra variam significativamente entre as regiões. No Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) relatou que o rendimento da soja foi impactado pelas condições da seca severa.
 
A Argentina, um outro importante produtor de soja, também enfrentou tempo seco, e as expectativas para os rendimentos foram reduzidas devido à segura do solo.
 
A produção de ração apresenta variações em todo continente, mas as expectativas permanecem sob pressão no início de 2025.
 
Segundo contatos da indústria de laticínios na América do Sul, a disponibilidade de leite está longe de ser abundante. Isso tem levado a um movimento de alta de preços na região.
 
O complexo internacional de soro de leite tem oferecido novas oportunidades de exportação para as indústrias argentinas, dado o crescente interesse internacional em produtos de alta proteína.
 
As expectativas em relação ao leite em pó integral e desnatado também são promissoras no 1º trimestre. O interesse por soro de leite e queijo é, em geral, positivo, do ponto de vista dos importadores brasileiros. No entanto, contatos no Brasil continuam apontando que as flutuações cambiais e os custos logísticos estão dificultando a concretização de alguns acordos intercontinentais.


 
As informações são do Relatório USDA - Tradução livre: www.terraviva.com.br


Jogo Rápido

Produtores relatam perdas
Produtores vinculados à Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Rio Grande do Sul (Fetraf-RS) relataram, à entidade, perdas decorrentes da estiagem e das altas temperaturas que atingem o Estado. Os depoimentos são oriundos principalmente da Região Celeiro, no norte do Estado. "A redução de umidade no solo, excesso de calor e a ausência de chuvas prejudicaram a semeadura e o desenvolvimento de diversas culturas, entre elas, a soja", ", diz o texto distribuído pela Fetraf-RS. Há necessidade de replantio em até 20% das áreas em algumas propriedades, com perdas de até 30% na produção. Os agricultores informam ainda dificuldades com cultivos mais sensíveis a temperaturas extremas, como a olericultura, e aumento nos custos de produção do leite. (Correio do Povo)