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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 29 de maio de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.148


Governador revoga medida que revisava benefícios fiscais da cesta básica

Produtos voltam a ser isentos ou a usufruir de redução na base de cálculo

O governador Eduardo Leite anunciou, nesta terça-feira (14/5), a revogação de medida que retirava benefícios sobre alimentos da cesta básica. Um novo decreto deve entrar em vigorar em 1° de junho, estabelecendo que os produtos voltam a ser isentos ou a usufruir de redução na base de cálculo.   

"Consideramos oportuno retomar esses benefícios neste momento. Além disso, precisamos equilibrar o apoio aos setores econômicos severamente afetados para que possam se recuperar, enquanto garantimos a estabilidade financeira do Estado. Isso nos permitirá continuar apoiando as comunidades na reconstrução da infraestrutura e habitação, além de contratar servidores para fortalecer os serviços públicos, tendo em vista que há encaminhamentos em andamento com o governo federal”, destaca Leite.

Manter sem alteração o ICMS em produtos da cesta básica também era um pleito das 26 entidades que encaminharam sugestão, no fim de março, para o Estado retomar a discussão de ajuste na alíquota modal no lugar de retirar benefícios fiscais de setores econômicos. Naquele momento, o Executivo não conseguiu atender essa demanda, mas, neste momento, em razão do quadro atual, está adotando essa medida.

Em suas redes sociais, o vice-governador Gabriel Souza comentou o impacto positivo da medida. “É uma bela notícia para todos os consumidores do Estado e diminuirá o sofrimento do povo gaúcho. A mudança evita o aumento de preço nos alimentos em um momento que exigirá ações de recuperação econômica e retomada da normalidade da vida das famílias”, avalia. (Governo do Estado do Rio Grande do Sul)


Governo prepara ajuda a desabrigados no RS

Paulo Pimenta deve ser o nome escolhido como autoridade federal na reconstrução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve anunciar nesta quarta-feira um auxílio de R$ 600 a R$ 1.200 mensal para famílias de pessoas desalojadas e desabrigadas por causa das enchentes no Rio Grande do Sul, disseram ao Valor fontes do governo. Além disso, o ministro Paulo Pimenta deve ser o escolhido para tarefa de coordenar os trabalhos de  de auxílio à população e reconstrução do Estado.

Essa ajuda federal seria destinada para pessoas que ainda não estão inscritas no Bolsa Família e seriam inseridas no programa, como uma “folha de pagamento extra”.

A medida vem a se somar ao voucher de cerca de R$ 5 mil que o governo Lula pretende entregar para cada família desabrigada do Rio Grande do Sul. Segundo fontes da cúpula do Palácio do Planalto, há pressões dentro do próprio governo para que esse valor aumente. O valor final dos benefícios estava previsto para ser definido ontem, antes do embarque de Lula para o Rio Grande do Sul.

Durante passagem pelo Estado gaúcho, Lula ainda deverá estabelecer uma autoridade federal para o Rio Grande do Sul, com a tarefa de coordenar os trabalhos de auxílio à população e reconstrução do Estado. E, segundo interlocutores, a tendência é que Paulo Pimenta seja oficializado para essa tarefa. Nos bastidores, o ministro da Secom venceu a oncorrência do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.

As medidas previstas para serem anunciadas hoje fazem parte de uma segunda ofensiva do governo petista para tentar contornar as consequências da crise. Na semana passada, o Palácio do Planalto anunciou uma medida provisória com diversas ações voltadas ao empresariado e produtores rurais. Desde então, no entanto, Lula vem prometendo fazer o mesmo mesmo esforço por pessoas físicas. (Valor Econômico)

CCGL disponibiliza caminhões para auxiliar no abastecimento de água potável para a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre

 A Cooperativa Central Gaúcha Ltda. (CCGL) disponibilizou caminhões para auxiliar no abastecimento de 200 mil litros de água potável para hospitais e hotéis que estão recebendo equipes de saúde e desabrigados.

A primeira carga foi entregue na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, na quinta-feira, 08, seguida por outras entregas, a maioria no Complexo de Hospitais da Santa Casa. Ao total, 200 mil litros foram entregues para quem está fazendo a diferença em cuidar dos que mais precisam.

Guiada pelo princípio fundamental do cooperativismo e movida pela solidariedade em relação às vítimas diretas e indiretas dessa tragédia, a CCGL continua com a missão de unir as pessoas, produzir alimentos e estar junto com as comunidades, para a reconstrução nesses momentos difíceis. (CCGL)


Jogo Rápido

Dificuldades do setor de laticínios e derivados no RS
Confira aqui a íntegra da entrevista concedida na manhã desta quarta-feira, 15/05, pelo Secretário-Executivo do SINDILAT/RS, ao Jornal da Manhã da Jovem Pan News. (Jovem Pan via youtube)

 

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Porto Alegre, 28 de maio de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.147


Enchentes no RS: relação das regiões afetadas com produção de leite no estado

As chuvas têm afetado severamente o Rio Grande do Sul, que além de todo o cenário desolador que provocou, ainda traz consigo sérios prejuízos para diversos setores, como a pecuária leiteira.
O MilkPoint traz um panorama para entender a relação entre as regiões mais afetadas e a respectiva produção de leite.
O gráfico abaixo demonstra a participação de cada região na produção total de leite no estado, sendo o Noroeste Rio-grandense representando 66,9% da produção total no RS, seguida da região Nordeste (11,6%) e o Centro Oriental com 9,2%.

Imagem 1. Mesorregiões do estado do RS.

Fonte: IBGE - Pesquisa da Pecuária Municipal, 2022.

Já para as regiões atingidas pelas chuvas e enchentes, o Centro Ocidental Rio-Grandense, o Centro Oriental Rio-Grandense e a Região Metropolitana de Porto Alegre são as regiões mais afetadas.

As informações divulgadas até o momento são de que as mesorregiões em questão estão em estado de calamidade, sem a possibilidade de continuidade na produção e captação de leite ou produção de derivados lácteos.

Segundo a última Pesquisa Pecuária Municipal do IBGE, de 2022, juntas, as três mesorregiões, foram responsáveis pela produção de 15,1% de todo o leite produzido no estado no ano em questão, somando um pouco mais de 1,6 milhão de litros de leite produzidos por dia em 2022.
 
Imagem 2. Mesorregiões mais afetadas pelas chuvas no estado do RS.

A mesorregião Noroeste Rio-Grandense, onde está concentrado o maior número de propriedades leiteiras e com 66,9% da produção total de leite do estado, não está entre as mais impactadas pelas inundações.

O grande volume de chuvas na mesorregião trará impactos para as safras de milho e soja que ainda não haviam sido colhidas, além das pastagens. A situação ainda dificulta o acesso e a logística, aumentando os custos de produção.

Empresas da mesorregião indicam que houve uma queda de 10-15% em sua captação diária de leite nos primeiros dias do mês, por conta de dificuldades de acesso as estradas, principalmente estradas municipais de terra, e aumento nos custos de logística.

A dificuldade na chegada de combustíveis e ração, e até mesmo diminuição no número de ordenhas por dia, também devem afetar a oferta de leite na mesorregião nas próximas semanas.
 
Imagem 3. Mesorregião com maior produção de leite no estado do RS.


 
Material disponibilizado pelo MilkPoint Mercado.


Frísia envia 33 ton de alimentos e mais de 3,3 mil litros de leite para o RS

Logística de entrega está sendo auxiliada pela Ocergs e visa atender a população gaúcha atingida pelas chuvas

A Cooperativa Frísia está doando para a população do Rio Grande do Sul atingida pelas fortes chuvas 18 toneladas de feijão, 15 toneladas de farinha de trigo e mais de 3,3 mil litros de leite.

As doações serão enviadas a partir de amanhã (11) por caminhões. Os alimentos são produzidos por cooperados na região dos Campos Gerais (PR).

Ao todo, são 300 sacas de feijão, de 60 quilos cada, que partirão amanhã, seguidos de 3.315 caixas de leite que irão sair do Paraná a partir de segunda-feira (13). Ainda serão enviados, até segunda-feira, um caminhão misto, com cargas de farinha de trigo e leite. A farinha será paletizada em embalagens de 1 kg cada.

O Sistema Ocergs, entidade que reúne as cooperativas gaúchas, está auxiliando na entrega das doações, já que as cooperativas locais são pontos de distribuição dos alimentos. 

As últimas informações apontam para mais de 400 mil pessoas desalojadas e desabrigadas. São 437 municípios do estado, dos 497, afetados pelas chuvas, atingindo 1,9 milhão de pessoas. 

Sobre a Frísia

Em 2025, a Frísia completa um século de história. A cooperativa é a mais antiga do Paraná e segunda do Brasil, e tem como valores Fidelidade, Responsabilidade, Intercooperação, Sustentabilidade, Integridade e Atitude (FRISIA).

Com unidades no Paraná e no Tocantins, em 2022 produziu 313 milhões de litros de leite, 1,1 milhão de toneladas de grãos, 75,7 mil toneladas de madeira e mais de 30 mil toneladas de carne suína, resultado do trabalho de 1.046 cooperados e 1.190 colaboradores.

Para promover o crescimento nos próximos anos, a Frísia desenvolveu o planejamento estratégico “Rumo aos 100 Anos”, um conjunto de propostas que visa aumentar a produção agropecuária e os investimentos com outras cooperativas e em unidades próprias.

O planejamento da Frísia foi desenhado sob seis perspectivas principais: Sustentabilidade, Gestão, Mercado, Pessoas, Financeiro e Cooperados.

Assim, seguirá a missão da cooperativa, que é disponibilizar produtos e serviços para gerar resultado sustentável a cooperados, colaboradores e parceiros. (Jornal dia a dia)

Prévia IBGE: captação de leite avança no 1º trimestre de 2024

De acordo com os dados preliminares da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, divulgados nesta quinta-feira (09/05), no 1º trimestre de 2024 a captação formal de leite no Brasil enfrentou um aumento em relação ao primeiro trimestre de 2023. Com uma estimativa de 6,2 bilhões de litros captados, o aumento foi de 3,4% para o 1° trimestre de 2023, como mostra o gráfico 1, com uma diferença de mais de 200 mil litros de leite em relação ao mesmo período do ano anterior.

Gráfico 1. Captação formal: Variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.


Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE. 

É importante destacar que os dados para o 1º trimestre, que são prévios, poderão ser reajustados para a publicação dos dados oficiais (que devem ser publicados no dia 06/06). Também é importante ressaltar que fevereiro deste ano, por ser ano bissexto, teve 1 dia a mais.

Ao levar em consideração o cenário dos produtores de leite no segundo semestre de 2023, onde a rentabilidade média dos produtores (medida através do índice Receita Menos o Custo da Alimentação – RMCA) se encontrava em queda e o sentimento naquele momento para o mercado lácteo se expressava de forma mais negativa, o resultado obtido para o primeiro trimestre deste ano se mostra surpreendentemente acima do esperado. Como é possível observar no gráfico 2, o RMCA encerrou 2023 em um nível bastante abaixo ao ano anterior (2022), o que colocava uma expectativa de um pequeno avanço anual ou até mesmo uma estabilidade na captação formal de leite neste primeiro trimestre de 2024.

Gráfico 2. Receita Menos o Custo da Alimentação - RMCA

Fonte: IBGE – elaborado pelo MilkPoint Mercado

Também é preciso levar em consideração que apesar da variação anual positiva de 3,4% no 1º trimestre do ano, quando comparamos o resultado do período com os anos anteriores, o volume captado ainda ficou abaixo do observado para o 1º trimestre em anos como 2020 e 2021, como pode ser observado no gráfico 3.

Gráfico 3. Volume da captação formal de leite no Brasil

Fonte: IBGE – elaborado pelo MilkPoint Mercado

Em relação aos resultados mensais do 1º trimestre de 2024, fevereiro registrou a maior variação mensal, de 6,3%, influenciado também pelo acréscimo de um dia a mais na produção do mês (por conta do ano bissexto), porém, o mês de janeiro apresentou maior volume de captação.

Ao considerar uma captação de leite de 28 dias no mês de fevereiro ao invés de 29 dias, como ocorreu neste ano, a variação anual para o mês seria de 2,7%, ou seja, o crescimento diário real para o período é mais baixo do que o volume total aponta.

E o mesmo ocorre para o crescimento trimestral. Ao ponderarmos a captação formal de fevereiro com a mesma base de dias dos anos não-bissextos (28 dias), o trimestre apresenta uma variação de 2,3%, sendo essa porcentagem mais próxima do crescimento real da captação no período.

Os resultados de cada mês podem ser observados na tabela a seguir:

Tabela 1. Captação mensal de leite no Brasil (Prévia)

Fonte: IBGE - elaborado pelo MilkPoint Mercado

Como em qualquer outro momento de cenário atípico no Brasil e no mundo, como este em que vivemos atualmente com a catástrofe ocorrida no Rio Grande do Sul, se torna muito mais complexo avaliar as próximas movimentações no mercado lácteo, o que inclui a captação formal de leite para o restante de 2024, sendo, neste momento, imensurável a intensidade do impacto gerado pela tragédia no Rio Grande do Sul na produção de leite da região. Portanto, seguiremos reportando atualizações sobre a situação do estado acometido pelas chuvas e inundações e qual será o impacto no mercado nas próximas semanas. (IBGE)


Jogo Rápido

Secretaria da Agricultura amplia emissão de Guia de Trânsito Animal
A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) retoma, a partir desta segunda-feira (13/05), a emissão de Guias de Trânsito Animal (GTAs) para todo o tipo de movimentação de animais de produção, inclusive comercialização. A emissão de guias para abate de bovinos, suínos e aves, alojamentos de pintos de um dia, ovos férteis e suínos, além de movimentação de animais de áreas alagadas seguem sendo emitidas normalmente desde a semana passada. A Seapi vem trabalhando incansavelmente para restabelecer os serviços e a medida é de caráter emergencial em razão da indisponibilidade do Sistema de Defesa Agropecuária (SDA). "Pensando na importância da atividade econômica, a Secretaria da Agricultura vem atendendo, gradativamente, as demandas do setor produtivo, dentro da escala de prioridades nesse momento de calamidade pública que o Estado enfrenta, que é o abastecimento, o bem-estar animal e a retomada da economia", garantiu a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA/Seapi), Rosane Collares. Para solicitar as GTAs, os produtores devem entrar em contato com as Inspetorias de Defesa Agropecuária locais. Em razão do sistema indisponível, haverá um documento complementar de solicitação de emissão da guia que deverá ser assinado pelo produtor. As GTAs serão emitidas e enviadas em formato PDF por estes canais ou impressas. (SEAPI)

 

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Porto Alegre, 27 de maio de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.146


Governo destina 0,03% do PIB para gestão de desastres

Valor efetivamente gasto pelo principal programa federal entre 2015 e 2023 é ainda menor, pois nem toda a verba chega a ser utilizada

O governo federal reservou entre 0,01% e 0,03% do Produto Interno Bruto (PIB) entre os anos de 2015 e 2023 para o principal programa do Orçamento para gestão de riscos e de desastres naturais. Já o valor efetivamente gasto é ainda menor, pois nem toda a verba prevista chega a ser utilizada. Para este ano, o orçamento reservado inicialmente para o programa, que envolve quatro ministérios, era de R$ 1,9 bilhão, mas atualmente está em R$ 2,6 bilhões, considerando remanejamentos e créditos extras. Ainda assim, o valor atualizado representa apenas 0,02% do PIB.

O programa “Gestão de Riscos e de Desastres” prevê verba para ações de prevenção, controle e respostas a desastres e fenômenos naturais,que são preponderantemente eventos de secas ou excesso de chuvas regionalizadas, principalmente nas regiões Nordeste e Sul do país, segundo detalha o governo no anexo de riscos fiscais da lei de diretrizes orçamentárias (LDO).

O anexo mostra que, mesmo considerando a dotação atualizada do orçamento federal de cada ano, o valor reservado para o programa não ultrapassa 0,03% do PIB, considerando o período de 2015 até este ano, ou seja, nas gestões Dilma Rousseff, Michel Temer, Jair Bolsonaro e Lula 3. Em 2023, a dotação orçamentária atualizada ficou em R$ 2,3 bilhões, o equivalente a 0,02% do PIB, e o valor de fato pago no ano foi de R$ 1,4 bilhão. Os dados são nominais.

Neste ano, o programa envolve ações em quatro ministérios: Integração e Desenvolvimento Regional; Cidades; Minas e Energia; e Ciência, Tecnologia e Inovação. Da dotação atualizada de R$ 2,6 bilhões, quase a metade (R$ 1,1 bi) já foi empenhada (etapa anterior à liquidação e pagamento).

Considerando outros programas, como de respostas aos desastres, nos últimos 14 anos (2010-2023), foi autorizado nos orçamentos anuais da União um total de R$ 69,7 bilhões, em valores corrigidos pela inflação, mas somente 65% desses recursos (R$ 45,3 bi) foram efetivamente desembolsados, segundo levantamento feito pela ONG Contas Abertas.

Todos esses dados mostram que os recursos destinados à prevenção de desastres naturais são historicamente baixos em proporção do PIB, apesar de enchentes e secas serem eventos comuns no Brasil. Além disso, há a dificuldade de executar todo o orçamento reservado.

Gil Castello Branco, fundador e secretário-geral da Contas Abertas, avalia que o grande problema, maior até que a questão do volume de recursos, é a ausência de projetos ou planos de trabalho de Estados e municípios para que o repasse das verbas federais possa ser feito. “Muitas prefeituras não têm um engenheiro ou outro funcionário capaz de desenvolver um projeto de contenção de encostas ou de aprofundamento do leito dos rios, ou de desenvolvimento de casas populares em outros locais. Então, a prefeitura às vezes não tem nem recursos técnicos nem humanos para fazer isso”, afirma o economista. “O gestor [federal] tem receio de sair liberando dinheiro sem as formalidades cumpridas e amanhã responder um processo administrativo”, completa Castello Branco.

Ele acredita que o problema só será resolvido quando houver integração da União, dos Estados e dos municípios. “É necessário que a solidariedade entre autoridades federais com os governadores e prefeitos não ocorra apenas no momento das tragédias. Os municípios sozinhos não têm a menor condição de resolverem esse problema. A União e os Estados têm que colaborar com os projetos”, diz o fundador da Contas Abertas.

Em nota, o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) diz que os recursos aprovados pela Lei Orçamentária Anual (LOA) para a pasta entre 2015 e 2023 somaram R$ 14 bilhões, sendo 85% empenhado. Já os valores pagos chegaram a 86% do total empenhado. “É importante destacar que a política de riscos e desastres foi esvaziada após o impeachment da presidenta Dilma, culminando, inclusive, com o fim do Ministério das Cidades no governo anterior, e com a diminuição de políticas públicas correspondentes, que estão sendo retomadas neste governo”, diz o MIDR.

O Ministério das Cidades diz que no primeiro orçamento do governo Lula 3 os recursos da pasta para prevenção de desastres saltaram para R$ 636 milhões, mais de 100% da média dos últimos seis anos. Além disso, a pasta argumenta que há R$ 4,8 bilhões para obras de drenagem e R$ 1,7 bilhão para contenção de encostas previstas no PAC Seleções. O valor de R$ 1,7 bilhão foi anunciado ontem.

O Ministério da Cidades também diz que já selecionou 4.427 moradias destinadas a famílias vítimas de calamidades em área urbana no país. Há, ainda, a meta de apoiar 200 municípios com a elaboração de planos municipais de redução de risco. (Valor Economico)


Aquisição de leite sobe 3,4% na comparação anual

Produção trimestral IBGE - Os primeiros resultados da produção animal no 1º trimestre de 2024 apontam que, ante o mesmo período de 2023, o abate de bovinos cresceu 24,1%, o de frangos diminuiu 1,3% e o de suínos caiu 1,8%. 

A aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (federal, estadual ou municipal), no 1º trimestre de 2024, foi de 6,20 bilhões de litros. O valor correspondeu a um aumento de 3,4% em comparação ao 1º trimestre de 2023 e queda de 4,0% frente ao obtido no trimestre imediatamente anterior. (IBGE)


CCGL doa 400 kg de leite em pó para vítimas de enchentes em Rio Grande

A Cooperativa Central Gaúcha Ltda. (CCGL) realizou uma doação de 400 kg de leite em pó para a Prefeitura de Rio Grande, nesta quinta-feira, 09, para auxiliar as vítimas das enchentes. Essa ação faz parte do anúncio da doação de 8 toneladas de alimentos para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, com distribuição entre as principais áreas atingidas.  A entrega em Rio Grande contou com a presença do CEO da CCGL, Guillermo Dawson Jr e do Gerente dos terminais portuários Termasa e Tergrasa, José Antônio Mattos da Silva. Os produtos serão direcionados às pessoas afetadas pelas enchentes no município de Rio Grande. A escolha do leite em pó se dá pelo seu valor nutritivo e praticidade de preparo, visando agilizar a assistência nos abrigos e facilitar o trabalho dos voluntários. Movida pela solidariedade em relação às vítimas diretas e indiretas dessa tragédia, a CCGL está comprometida em fornecer suporte às famílias que enfrentam momentos difíceis. (CCGL)


Jogo Rápido

Governo Federal anuncia medidas de socorro para agricultores familiares do RS
Opacote de medidas anunciado na manhã desta quinta-feira (09/05) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para socorrer o estado do Rio Grande do Sul, inclui medidas que envolvem o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). Uma delas diz respeito ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O Governo Federal vai autorizar a liberação de R$ 1 bilhão, com vistas a subvenção de juros para o Pronaf.  Os beneficiários serão os agricultores familiares gaúchos. Conforme as regras estabelecidas, por meio do Pronaf, serão autorizados, a partir deste mês, financiamentos de até 120 meses (e até 36 meses de carência), com descontos para reduzir a taxa de juros para 0% nominal ao ano (apenas a devolução do principal, sem a correção).  Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, o impacto da medida será de R$ 1 bilhão para desconto de juros pelo programa.   "Vamos equalizar o financiamento do Pronaf para permitir aos agricultores familiares reconstruir suas lavouras no Rio Grande do Sul. Os financiamentos permitirão três anos de carência, 10 anos para pagar e 30% de rebate na prestação", afirmou Teixeira. (MDA)

 

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Porto Alegre, 24 de maio de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.145


Indústria pede liberação de recursos do Fundoleite para recuperação de produtores

Entidades do setor entregaram documento ao Estado e também à União; ao governo federal, solicitaram aditivos em programa voltado ao desenvolvimento da cadeia leiteira

A ideia, explica Guilherme Portella, presidente do Sindilat-RS, é ajudar nos desafios do produtor: dos que perderam tudo, dos que perderam animais e na recuperação das pastagens, que servem de alimento aos animais. O documento com os pedidos é assinado por Sindilat-RS, Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do RS (Apil), Organização das Cooperativas do Estado (Ocergs) e Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro).

Para viabilizar que projetos para a recuperação da atividade estejam aptos a buscar recursos do Fundoleite é preciso uma alteração por meio de resolução. No caso do Programa Mais Leite Saudável, do governo federal, a proposta é dobrar o crédito presumido de PIS/Cofins, até o final do ano, passando de 50% para 100% para as empresas quadruplicarem os investimentos voltados ao restabelecimento de produtores afetados.  (Zero Hora)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1814 de 09 de maio de 2024  - BOVINOCULTURA DE LEITE

Em várias regiões, o encharcamento das pastagens tem deixado o pastoreio inviável e compromete a oferta de alimento para o gado. Além disso, as enchentes têm prejudicado o acesso às propriedades, impedindo o transporte do leite e afetando a coleta e o escoamento da produção. A falta de energia foi um problema e exigiu o uso de geradores. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores de leite enfrentam desafios com uma nova sequência de dias chuvosos, especialmente em pequenas propriedades sem silagem ou feno, onde as pastagens não têm sido suficientes em volume e qualidade para atender às necessidades das matrizes. 

Em Hulha Negra, estimativas apontam perdas de até 40% na produção entregue, nos últimos 15 dias, devido ao excesso de chuvas. Nas áreas de aveia e azevém estabelecidas, o acesso dos animais está sendo evitado para que não haja prejuízos decorrentes do pisoteio. 

Na de Caxias do Sul, a produção de leite foi impactada pelas chuvas excessivas, impedindo o acesso dos animais ao pasto para evitar a compactação e o arrancamento de plantas. O consumo de silagem aumentou, pois tem sido a única fonte de volumoso disponível para as vacas leiteiras. Muitas pastagens em germinação sofreram lixiviação e deverão ser replantadas, se os produtores conseguirem sementes.

Na de Erechim, o excesso de chuva tornou ainda mais desafiador o manejo sanitário dos rebanhos leiteiros, principalmente relacionado ao controle de mastite, lesões em geral, laminite e problemas respiratórios.

Na de Frederico Westphalen, as precipitações recentes prejudicaram o pastejo dos animais e o recolhimento do leite por parte de alguns produtores, mas o retorno do sol e a melhoria das estradas normalizaram a situação.

Na de Ijuí, apesar das condições de tempo adversas entre 29/04 e 05/05, a produção total de leite não foi significativamente impactada, embora em algumas propriedades o acesso tenha sido difícil. O restabelecimento da trafegabilidade foi rápido, preservando a qualidade do leite estocado. Interrupções de energia foram pontuais e não prejudicaram a ordenha e a conservação do leite. 

Na de Passo Fundo, a oferta de pastagens não tem sido suficiente, demandando ajustes nas dietas e prejudicando a produção, especialmente em propriedades com poucos alimentos conservados. 

Na de Pelotas, as chuvas intensas têm inundado áreas de pastagem, dificultando o acesso. Problemas no abastecimento de energia levam produtores a usar geradores para manter a ordenha e os resfriadores funcionando. 

Em Rio Grande, a coleta de leite continua normal, mas as propriedades em áreas vulneráveis sofrem com inundações. Na de Porto Alegre, as condições gerais do rebanho são críticas, e houve perdas significativas devido a afogamentos, especialmente nas regiões do Vale dos Sinos, Vale do Caí e Centro-Sul. A coleta de leite está sendo comprometida em várias localidades. Estima-se que mais de 50% da produção não está sendo escoada. 

Na de Santa Maria, as pastagens foram submersas pela enchente, prejudicando a alimentação dos rebanhos, e há perda de animais. Na de Santa Rosa, o excesso de barro tem provocado lesões nos cascos das vacas e reduzido o pastejo, levando a um aumento no uso de silagem na dieta e à queda na produtividade. O alagamento de estradas e a destruição de pontes, no dia 02/05, impediu a coleta de leite em diversas propriedades, exigindo rotas alternativas. Também foram afetadas áreas de armazenamento de milho silagem, comprometendo a disponibilidade de alimentos para os animais. Os trabalhos de corte de silagem de milho foram interrompidos. (Emater/RS)

Lactalis amplia campanha e envasa 2 milhões de litros de água para o RS

A Lactalis Brasil ampliou sua campanha de apoio às comunidades atingidas pela enchente no Rio Grande do Sul. Frente à necessidade por água potável, o volume envasado para distribuição foi duplicado, e deve atingir 2 milhões de litros distribuídos. A empresa está envasando água nas embalagens plásticas e acartonadas que geralmente carregam leite. O processo ocorre na unidade de Teutônia (RS) em paralelo à produção de leite UHT, que segue normalmente. A ação, denominada “Todos Pelo Rio Grande – Lactalis Forte & Responsável”, é uma iniciativa da Lactalis Brasil com apoio de PackSeven, LogoPlaste, Converplast, Tetra Pak e Adami S/A. “Essa é uma iniciativa emergencial de apoio às comunidades gaúchas que se soma a um grande esforço coletivo da empresa e de seus colaboradores de reconstruir o que a chuva levou. Será um trabalho de longo prazo e estaremos junto a nossos funcionários, das prefeituras e do governo do Estado de forma a fortalecer as comunidades locais, um dos preceitos da Lactalis em todos os países onde atua”, pontuou o diretor de Comunicação, CSR e Assuntos Regulatórios da Lactalis Brasil, Guilherme Portella.

A campanha Todos Pelo Rio Grande – Lactalis Forte & Responsável  também prevê a doação de 20 mil litros de leite no Vale do Taquari e Região Metropolitana de Porto Alegre e uma campanha de arrecadação. Para cada R$ 1,00 doado por meio do PIX 140494670001-30, a Lactalis colocará novo aporte de igual quantia com limite de R$ 400 mil. O valor será revertido para os colaboradores que tiveram suas casas devastadas. Portella informa que a empresa também antecipou o pagamento do 13º salário para colaboradores atingidos pela enxurrada. (Jardine Comunicação para Lactalis do Brasil)


Jogo Rápido

PREVISÃO METEOROLÓGICA 
A previsão para os próximos dias indica chuvas com maiores volumes nas proximidades da Laguna dos Patos, Região Metropolitana, dos Vales e Litoral Norte. No sábado (11/05), o tempo segue estável na metade sul com temperaturas reduzidas e, na metade norte, as temperaturas continuam mais elevadas ainda em razão da ação do Jato de Baixos Níveis. O aporte de umidade pode provocar chuvas mais volumosas sobre a Região Metropolitana. No domingo (12/05), um cavado se formará sobre o Noroeste do RS, impulsionando a passagem de uma nova frente fria que causará instabilidade e precipitações sobre parte das regiões Metropolitana, das Missões e Norte. A frente fria que se formou no domingo se deslocará para o oceano e deverá trazer tempo estável para a maior parte do RS, causando quedas nas temperaturas a partir de segunda-feira (13/05). Esse mesmo padrão deve se repetir com mais intensidade na terçafeira (14/05) e na quarta-feira (15/04) em função do avanço do anticiclone migratório. Os volumes de chuva mais expressivos para os próximos dias são esperados para as regiões Metropolitana e Litoral Norte, variando entre 50 mm e 250 mm. Na região da Serra,
Planalto Médio, Depressão Central, Serra e Encosta do Sudeste, os volumes devem ficar entre 50 e 100 mm. Nos Campos de Cima da Serra, os volumes podem chegar até 100 mm. Já nos municípios do Alto Uruguai, Missões, Fronteira Oeste, Campanha e Litoral Sul, os volumes não devem ultrapassar acumulados de 50 mm em sete dias. (Boletim Agrometerologico)

 

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Porto Alegre, 23 de maio de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.144


Coleta de leite e inspeção de produtos de origem animal têm regras flexibilizadas

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) publicou, nesta quinta-feira (9/5), Instruções Normativas (INs) flexibilizando as regras para coleta de leite e para a comercialização de produtos de origem animal com selo de inspeção municipal, o SIM. Tais medidas se devem ao estado de calamidade pública instaurado no Rio Grande do Sul e atendem a pedido de entidades do setor produtivo.

Instrução Normativa no 11/2024 autoriza a comercialização intermunicipal de produtos de origem animal provenientes de agroindústrias registradas nos Serviços de Inspeção Municipais (SIM) pelo período de 90 dias. Normalmente, o selo de inspeção SIM só autoriza a comercialização dentro do município de registro. Durante o período de vigência da IN, estes produtos poderão ser vendidos em todo o território gaúcho, em ação semelhante adotada pela Secretaria durante a pandemia de Covid-19.

Pela Instrução Normativa no 10/2024, com validade de 30 dias a partir da publicação, a coleta de leite poderá ser realizada pela indústria de laticínios mais próxima à propriedade rural, sem o produtor estar cadastrado no Sistema de Defesa Agropecuário (SDA) da Seapi, e por indústrias com inspeção estadual junto a produtores inscritos no cadastro de inspeção federal. A IN se alinha à medida já adotada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Durante o período excepcional de vigência da IN, estará dispensada a coleta de uma amostra de leite antes do início das atividades de coleta (análise de CPP e visita técnica), a ser analisada em laboratório da Rede Brasileira de Qualidade do Leite (RBQL). Também ficará permitido o empréstimo de produtos controlados (autocontroles do estabelecimento) e embalagens entre indústrias de laticínios de diferentes níveis de inspeção, além do recolhimento do leite acima de 48 horas.

“A Secretaria da Agricultura tem atuado, juntamente com os setores produtivos, para manutenção da produção agroindustrial e abastecimento à população. Uma das medidas publicadas busca auxiliar a coleta e a distribuição de leite no Rio Grande do Sul e a outra permite a comercialização intermunicipal de produtos de origem animal fiscalizados pelo SIM, o que garante uma maior capacidade de escoamento da alimentação no estado”, destaca o secretário adjunto da Seapi, Márcio Madalena. (Seapi adaptado pelo SINDILAT/RS)


Portaria Autoriza Medidas Excepcionais para Produtores de Leite em Meio ao Estado de Calamidade no Rio Grande do Sul

Foi publicada a Portaria SDA/MAPA Nº 1.108 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), autorizando temporariamente a adoção de medidas excepcionais por parte dos estabelecimentos produtores de leite e derivados registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF) nos municípios do estado do Rio Grande do Sul. Essa iniciativa visa responder às necessidades urgentes decorrentes do reconhecimento do Estado de Calamidade Pública devido às recentes enchentes que assolaram a região.

A portaria concede flexibilizações temporárias em procedimentos e requisitos, visando garantir a continuidade da produção e comercialização de produtos lácteos em meio à crise enfrentada pelos produtores gaúchos. Essas medidas têm o objetivo de assegurar a manutenção da segurança alimentar e a sustentabilidade das atividades agropecuárias impactadas pelas adversidades climáticas. (Mapa adaptado pelo SINDILAT/RS)

 

Balança comercial de lácteos: importações voltam a avançar

Durante o mês de abril as importações de lácteos voltaram a avançar, gerando um recuo no saldo da balança comercial de lácteos. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo registrado no mês chegou a -185 milhões de litros em equivalente-leite, registrando um recuo mensal de 25,4 milhões de litros em relação a março, conforme pode ser observado no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
As exportações de lácteos seguiram apresentando uma tendência de queda no último mês. Com 5,2 milhões de litros em equivalente-leite exportados em abril, a queda mensal foi de 63%, ficando também abaixo do resultado obtido em abril de 2023, conforme mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
Após os dois últimos recuos mensais, as importações de abril voltaram a apresentar um avanço mensal. Ao todo, foram importados 190,6 milhões de litros em equivalente leite, registrando um avanço mensal de 9%, como mostra o gráfico 3.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
Em relação as categorias importadas no último mês, o leite em pó integral seguiu obtendo a maior participação nas importações, tendo a categoria obtido um avanço em seu volume importado em relação ao mês anterior.

Outras categorias com maior participação nas importações foram os queijos e o leite em pó desnatado. Enquanto os queijos apresentaram um sutil avanço mensal de 3% em suas importações, o leite em pó desnatado apresentou um recuo de 16% em seu volume importado.

As manteigas, que possuem uma participação menor nas importações, apresentaram um avanço mensal no volume importado para a categoria no último mês, de +157%, porém, ficando abaixo do resultado obtido em janeiro deste ano, por exemplo.

Em relação as exportações, o destaque ficou para os soros de leite, que apresentaram um importante avanço em seu volume exportado e atingiram o maior patamar em todo o histórico da categoria, iniciado em janeiro de 2000, com mais de 816 mil toneladas exportadas.

O leite condensado, o leite UHT e os queijos, categorias de maior participação nas exportações, apresentaram recuos em seus volumes exportados, de 36%, 24% e 24%, respectivamente.

Por outro lado, outros produtos de menor participação como o leite modificado, os iogurtes e outros produtos lácteos aumentaram seus volumes exportados no último mês.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de abril e março de 2024.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em abril de 2024

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em março de 2024

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.
 
O que podemos esperar para os próximos meses?
Apesar do período sazonal de aumento da oferta de leite na região Sul do Brasil, que se inicia geralmente entre os meses de maio e junho, os recentes eventos climáticos no Rio Grande do Sul colocam diversas dúvidas em relação ao impacto da catástrofe na produção de leite brasileira.

Diante disso, fica ainda mais incerto o cenário de oferta e demanda de leite para os próximos meses, o que inclui também as importações brasileiras de lácteos.

No momento, vale ressaltar que os recentes decretos estaduais diminuíram o ímpeto das compras brasileiras vindas dos principais fornecedores externos, e que a disponibilidade de leite nestes fornecedores segue bastante restrita, até o momento. No entanto, a dimensão do impacto das chuvas e inundações no Rio Grande do Sul será um importante fator determinante para a oferta brasileira de leite daqui para frente. (Milkpoint)


Jogo Rápido

Enchentes RS: operação emergencial para recolhimento de leite
O Rio Grande do Sul decreta operação emergencial para o recolhimento do leite de produtores afetados. A atividade leiteira está entre as mais afetadas pelos temporais, o escoamento da produção e o recebimento de suprimentos estão prejudicados. Confira a entrevista do Secretário-Executivo do SINDILAT/RS, Darlan Palharini, para o o AgroMais clicando aqui. (AgroMais via Youtube)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 22 de maio de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.143


Fenasul Expoleite é cancelada no Rio Grande do Sul; nova data será discutida

Enchentes que assolam o estado afetaram de forma drástica os produtores gaúchos de leite.

Por meio de nota oficial divulgada nesta terça-feira (07), a comissão organizadora da Fenasul Expoleite comunica o cancelamento da edição 2024 do evento, que estava prevista para ocorrer entre os dias 15 e 19 de maio no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS).

A decisão, tomada em conjunto com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), a Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), a Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Fetag) e a Prefeitura de Esteio, organizadoras da feira, foi tomada em decorrência das inundações que assolam o Rio Grande do Sul. “Diante da tragédia humanitária que assola o nosso estado, o momento agora é de união de esforços para preservar e salvar vidas”, destaca a nota.

“Nos solidarizamos com todos os que estão sofrendo e lamentamos profundamente as perdas significativas decorrentes das enchentes, que incluem os nossos produtores rurais e os setores produtivos do estado”, complementa o comunicado.

A comissão organizadora informa que a realização de um novo evento será discutida em momento oportuno, após a superação da crise e a avaliação dos impactos das enchentes.

Prioridade é o auxílio às vítimas

Neste momento, as entidades que compõem a comissão organizadora da Fenasul Expoleite estão focadas em auxiliar as vítimas das inundações. A Seapi, por exemplo, está atuando na distribuição de alimentos, água potável e outros itens de necessidade básica, além de prestar apoio técnico aos produtores rurais que tiveram suas propriedades afetadas.

As demais entidades também estão mobilizadas em ações de solidariedade, como a doação de recursos para entidades que estão atuando no auxílio às vítimas e a organização de campanhas de arrecadação de donativos.

A Fenasul Expoleite reconhece a importância do evento para o agronegócio do Rio Grande do Sul e para a economia do estado como um todo. No entanto, diante da grave situação humanitária que se apresenta, a comissão organizadora entende que o cancelamento da feira é a medida mais responsável e solidária neste momento.

A comissão agradece a compreensão de todos e se coloca à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos adicionais.

Fonte: Assessoria Seapi


Lactalis envasa água, acolhe colaboradores e prepara doações

Para atender à demanda de água potável nas comunidades atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, a Lactalis Brasil está envasando emergencialmente água em embalagens plásticas e acartonadas, que normalmente carregam leite. Mais de 1 milhão de embalagens serão distribuídas a partir da unidade de Teutônia, no Vale do Taquari, localidade onde a empresa tem uma de suas maiores indústrias no Rio Grande do Sul. A ação tem apoio da PackSeven, LogoPlaste, Converplast e Tetra Pak. Com dezenas de funcionários atingidos pela calamidade climática, a Lactalis está desde a sexta-feira passada (3/5) com atendimento 24h aos funcionários e colaboradores. O socorro está sendo prestado também aos produtores de leite.

De acordo com o diretor de Comunicação, CSR e Assuntos Regulatórios da Lactalis Brasil, Guilherme Portella, as fábricas estão em operação, e todo o leite possível segue sendo captado no campo para garantir abastecimento da população e minimizar perdas financeiras para as comunidades atingidas, em especial aos produtores de leite que seguem com seus animais em coleta.

Alinhada com sua razão de agir de Nutrir o Futuro, a Lactalis também deu início ao projeto “Todos Pelo Rio Grande – Lactalis Forte & Responsável”. Pela campanha, para cada R$ 1,00 doado por meio do PIX 140494670001-30, a Lactalis colocará novo aporte de igual quantia com limite de R$ 400 mil. O valor será revertido para os colaboradores que tiveram suas casas devastadas. A Lactalis também anunciou antecipação do pagamento do 13º salário aos funcionários desabrigados ou em dificuldades em razão das cheias. “O Rio Grande do Sul é muito importante para a Lactalis, e estamos junto das comunidades no socorro às vítimas e ficaremos ao lado das famílias para a reconstrução de nossas cidades e do Estado”, frisou.

A Lactalis também está preparando cargas de doação de leite UHT e alimentos lácteos para distribuição assim que houver condição de trânsito. Neste primeiro momento, 20 mil litros de leite estão sendo doados no Vale do Taquari e região metropolitana de Porto Alegre. (Jardine comunicação para SINDILAT)

 

GDT: preços internacionais avançam

Os preços internacionais dos principais derivados lácteos apresentaram novos avanços durante o 355º leilão de lácteos da plataforma GDT, realizado no dia 07/05. Com uma variação de 1,8% em relação ao evento anterior, o preço médio das negociações ficou em US$ 3.708/tonelada, como mostra o gráfico 1, sendo este o maior valor médio do leilão desde novembro/22.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Todas as categorias acompanhadas e negociadas durante o evento apresentaram variações positivas. O destaque ficou para a categoria de queijos, que obteve uma valorização de 8,0% e foi negociado na média de US$ 4.257/tonelada.

Os leites em pó também registraram altas. Enquanto o leite em pó desnatado apresentou uma sutil valorização de apenas 0,4%, sendo negociado na média de US$ 2.551/tonelada, o leite em pó integral apresentou uma alta de 2,4%, atingindo o preço médio de US$ 3.350/tonelada.

A valorização observada para a manteiga foi de 2,1%, com o valor médio de US$ 6.593/tonelada para a categoria, o maior patamar desde março de 2022.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 07/05/2024.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Após um longo período de queda no volume negociado no evento, o primeiro leilão de maio apresentou um aumento no volume. Com um total de 19.231 toneladas sendo negociadas, foi gerado um avanço de 8,9% em relação ao volume negociado no evento anterior, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

No mercado futuro da Bolsa de Valores da Nova Zelândia para o leite em pó integral, os contratos com vencimento mais longo apresentam um patamar de negociações mais baixo do que o obtido nos meses anteriores, como pode ser observado no gráfico 3.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

O cenário global de lácteos segue apontando para uma menor oferta disponível de leite neste ano de 2024. Olhando para os nossos vizinhos, segundo dados do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), o primeiro trimestre deste ano encerrou com uma queda de 13,9% na produção total de leite no país, sendo que as fazendas de menor produção estão sendo mais afetadas do que aquelas de maior produção.

Ainda segundo dados da OCLA, as fazendas argentinas que produzem mais de 6 mil litros de leite por dia apresentaram uma queda anual de 4,7% em sua produção total no primeiro trimestre deste ano, enquanto as fazendas que produzem menos de 2 mil litros de leite por dia apresentam uma queda de 16,5% para o mesmo período, sendo, segundo o Observatório, uma consequência principalmente do estresse térmico sofrido no final de janeiro e início de fevereiro, e também devido aos problemas de disponibilidade financeira de muitos produtores para arcar com os custos mais altos da ração.

De forma geral, a situação na produção de leite na Argentina colabora com o cenário global de menor oferta e coloca em xeque a disponibilidade de produtos para o Mercosul.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e Uruguai, que atualmente praticam preços acima do GDT. Isso se dá pela Tarifa Externa Comum (TEC), que chega a quase 30% para importações de fora do Mercosul.

Para os próximos meses o cenário segue bastante semelhante ao mencionado no último leilão, com a possibilidade de os preços no mercado internacional ganharem ainda mais força caso a demanda internacional mostre maior solidez, frente a uma oferta dos principais exportadores ainda baixa. Ressaltando que este cenário poderia fazer com que a Argentina e o Uruguai destinem maior volume de exportações para outros mercados, em detrimento dos envios ao Brasil, ainda mais levando em consideração o menor interesse atual nas compras brasileiras pelos produtos importados. (Milkpoint)


Jogo Rápido

RS decreta operação emergencial para recolhimento de leite de produtores afetados
A situação no Rio Grande do Sul tem se tornado crítica devido às intensas chuvas que assolam o estado, afetando severamente a produção e entrega de leite para as indústrias. Estimativas da Gadolando e do Sindilat-RS indicam que cerca de 40% do leite não está sendo entregue devido a propriedades alagadas e isoladas, impossibilitando o recolhimento do produto. Diante desse cenário, uma operação emergencial para a captação do leite, foi decretada. A Gadolando, em colaboração com o Sindilat e a Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul - Apil, com o apoio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação - Seapi, determinou um acordo que permite a todo produtor de leite do estado a entrega de sua produção à indústria que conseguir acessar primeiro a propriedade, evitando assim o desperdício do produto. Conforme o comunicado enviado pela Gadolando para os produtores, “se tem uma indústria com acesso, que o leite vá para esta até abrir as estradas.” Guilherme Portella, presidente do Sindilat-RS, enfatiza, “Estamos sensíveis à situação, a prioridade é não deixar o produtor sem entregar o leite, e receber por isso”. Guilherme ainda pontuou que é cedo para avaliar questões como desabastecimento ou alta nos preços do leite, já que ainda não há dados contingenciados. “A preocupação agora é tentar captar o leite para não desamparar o produtor”, afirma. Além disso, conforme noticiado aqui, muitos produtores enfrentam dificuldades como a falta de combustível para os geradores, o que resulta em situações extremas, como o descarte do leite ou a redução na ordenha dos animais. A escassez de alimentos para o rebanho, a falta de energia e água agrava ainda mais a situação. (Milkpoint adaptado pelo SINDILAT/RS)

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 21 de maio de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.142


Captação de leite é retomada e indústrias iniciam campanhas de doações

Com a redução do nível das águas no Vale do Taquari e em diversas regiões do Rio Grande do Sul, a captação de leite vem sendo retomada. Nesta terça-feira (7/5), diversas propriedades voltaram a ser acessadas pelos caminhões de leite das indústrias e a coleta tende a aumentar nos próximos dias. Segundo o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, é importante informar à população que não faltará leite no varejo nem para o abastecimento das vítimas. Diversas indústrias associadas ao Sindilat estão, inclusive, dando início a campanhas de arrecadação de recursos, entrega de donativos, materiais de higiene e água aos desabrigados.

Com a alta precipitação do final de semana, o sistema de coleta teve maior prejuízo no domingo (5/5) devido à interrupção de estradas, morte de animais e alagamento de propriedades rurais. Segundo levantamento do Sindilat, cerca de 3 milhões de litros deixaram de ser coletados até o domingo no Rio Grande do Sul. Na segunda-feira (6/5), a situação já começou a ser restabelecida muito em função do apoio entre indústrias. “As empresas estão se ajudando, captando leite de todos os produtores possíveis, daqueles que são seus fornecedores e os que não são também. É a forma que encontramos de garantir renda para essas famílias e não prejudicar ainda mais o abastecimento”, comenta.

Segundo o presidente do Sindilat, Guilherme Portella, a situação é crítica. “Mais importante nesse momento é preservar vidas e apoiar as famílias atingidas”, frisou, lembrando que o setor lácteo é um dos mais ramificados da economia gaúcha com atuação em 493 dos 497 municípios gaúchos. “Estamos preparados para dar aos produtores o suporte necessário para a reconstrução do Rio Grande do Sul. Se agora estamos em dificuldade devido à ramificação de nossa captação também será ela que irá nos permitir fomentar uma retomada pulverizada do nosso Estado”, destacou Portella.

Na indústria, registram-se impactos de abastecimento. Já há falta de produtos como embalagens, itens de limpeza e químicos, uma vez que esses produtos vêm de outras regiões do Brasil e estão retidos nas estradas sem acesso ao Rio Grande do Sul. (SINDILAT/RS)


Receita prorroga prazo de entrega da declaração do imposto de renda e pagamento de tributos para 336 municípios atingidos por chuvas intensas no RS

A medida inclui também parcelamentos e cumprimento de todas as obrigações acessórias.

Foi publicada, em edição extra do Diário Oficial da União, a Portaria RFB Nº 415 de 06 de maio de 2024, que define a prorrogação dos prazos para pagamento de tributos federais, incluindo parcelamentos, e o cumprimento de obrigações acessórias para os contribuintes domiciliados nos 336 municípios do Rio Grande do Sul afetados por chuvas intensas a partir de 24 de abril de 2024.

Essa medida excepcional foi adotada com base na Portaria MF nº 12/2012, do Ministério da Fazenda, e no Decreto estadual nº 57.603, de 5 de maio de 2024, emitido pelo Governador do Estado do Rio Grande do Sul.

Entenda:

Os tributos federais com vencimento em abril, maio e junho de 2024 serão prorrogados para o último dia útil dos meses de julho, agosto e setembro de 2024, respectivamente.

Por exemplo: a entrega da declaração do imposto renda será prorrogada de 31 de maio para 31 de agosto.

Além disso, os prazos para a prática de atos processuais no âmbito da Receita Federal do Brasil, em relação a processos administrativos de interesse de contribuintes domiciliados nos municípios atingidos, ficarão suspensos até 31 de maio de 2024.

A lista dos municípios afetados está disponível para consulta aqui. (GOV.BR)


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT adaptado pelo SINDILAT/RS


Jogo Rápido

​Interleite Sul é adiado para setembro de 2024
Em função da situação de calamidade no Rio Grande do Sul, a 11ª edição do Interleite Sul, maior evento nacional focado em gestão do setor leiteiro e previsto para ocorrer de 8 a 9 de maio, será adiada. A decisão foi anunciada no início da tarde desta segunda-feira (6/5). O InterleiteSul será realizado em nova data, prevista para o período de 18 e 19 de setembro. “Sabemos dos transtornos que essa difícil decisão implicará a pessoas e empresas que se planejaram para ir ao evento, bem como aos palestrantes. Contudo, o momento é de solidariedade ao Rio Grande do Sul”, pontuou o coordenador geral do Interleite Sul, Marcelo Pereira de Carvalho. O Interleite informa que sua equipe está à disposição dos participantes já inscritos para esclarecer dúvidas e prestar informações por meio do email thais@milkpointventures.com.br ou pelo número (19) 99247-5347. O Interleite Sul tem o apoio de Faesc/Senar, MSD, Cia do Leite, Cowmed, Aurora, Bimeda, JA Saúde Animal, KWS, Rúmina, Agener União, Casale, Hipra, Lactalis do Brasil, Química Anastacio, Rehagro, Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (A.B.C.B.R.H), Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ), Pré-secados Girardi, Sociedade de Agronomia do Rio Grande do Sul (Sargs), Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) e Sindicato das Indústrias de Laticínios, Produtos Derivados do Estado de Santa Catarina (Sindileite/SC), FecoAgro/RS e Chapecó Convention. (Jardine Comunicação para Interleite Sul)

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Porto Alegre, 20 de maio de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.141


3º Prêmio Referência Leiteira está com inscrições abertas na categoria “Cases de Sucesso”

As s melhores práticas da produção leiteira gaúcha já podem ser inscritas para participarem das categorias de “Cases de Sucesso”, do 3º Prêmio Referência Leiteira. O prazo para o protocolo da documentação vai até 14/06 de 2024. O regulamento completo e Ficha de Inscrição podem ser baixados pelo link Abrir numa nova janelae também estão disponíveis nos escritórios municipais da Emater/RS.

A premiação está dividida entre seis categorias de Cases: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira.

Podem participar propriedades estabelecidas no Rio Grande do Sul que comercializam leite cru in natura para indústria ou que processem o leite em agroindústria própria, explica o presidente da comissão do Prêmio Referência Leiteira, o zootecnista Jaime Eduardo Ries, da Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica (Emater/RS).  “O concurso significa um reconhecimento pelo esforço que os produtores fazem no dia a dia, nesta atividade que exige bastante dedicação, ao longo de todo o ano. É importante valorizar estas pessoas que se destacam e que, apesar de todas as dificuldades, continuam fazendo o seu trabalho com afinco para produzir um alimento de extrema qualidade para a população gaúcha”, assinala Ries.

Pelo regulamento, é possível se inscrever em apenas uma das categorias através do envio das informações solicitadas, em remessa única, por correio eletrônico, à Emater/RS (jries@emater.tche.brAbrir numa nova janela) e ao Sindilat (sindilat@sindilat.com.brAbrir numa nova janela), explica o vice-coordenador do 3° Prêmio Referência Leiteira, Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS). A ação tem o apoio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR).

Na primeira parte do processo de inscrições para esta 3ª Edição da premiação, as fazendas se credenciaram para disputar nas categorias: Propriedade Referência em Produção de Leite, divididas entre sistemas de criação a pasto com suplementação ou de semiconfinamento/confinamento. As três que atingirem os melhores índices em cada processo, assim como as melhores em cada Case, serão conhecidas durante evento na Expointer 2024. (SINDILAT/RS)


Medidas de apoio ao setor agropecuário do estado do Rio Grande do Sul

Diante da situação dos municípios gaúchos atingidos pelas chuvas intensas, alagamentos, inundações, enxurradas e vendavais, nessa quinta-feira (2), uma cominativa presidencial esteve no estado do Rio Grande do Sul para acompanhar e apoiar a população local.

Durante visita à região, o presidente Lula assegurou que não faltará ajuda do Governo Federal para cuidar da saúde. “Não vai faltar dinheiro para cuidar da questão do transporte e não vai faltar dinheiro para os alimentos. Tudo o que estiver no alcance do Governo Federal, seja por meio dos ministros, em parceria com a sociedade civil ou através dos nossos militares, vamos nos dedicar 24 horas por dia para que a gente possa atender as necessidades básicas do povo que está isolado”, disse Lula, que se solidarizou com as famílias de mortos e desaparecidos.

A prioridade do Governo Federal é que todos os órgãos federais estejam mobilizados e atuando até que seja restabelecida a normalidade.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), apoiado pelo Ministério da Fazenda (MF), disponibilizou medida para dar suporte aos produtores rurais que foram afetados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas. Com a medida os agricultores poderão renegociar dívidas do crédito rural de investimentos. A iniciativa foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e tem o prazo limite para repactuação até 31 de maio.

Com isso, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023. É a primeira vez que um governo adianta e aplica a medida de apoio antes do fim da safra.

O ministro ainda explicou o primeiro passo para acessar a renegociação. “Qualquer produtor, que se enquadre na medida, procure seu agente financeiro com o laudo do seu engenheiro agrônomo, contextualizando a situação. Com isso, será atendido com a prorrogação ou o parcelamento do débito”, reforçou.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, em conversa com a imprensa, na noite de quinta-feira (3), destacou a importância dos Auditores Ficais Federais Agropecuário (AFFA) diante da situação do Rio Grande do Sul. “Agradecer aos nossos auditores do RS e SC que suspenderam a Operação Padrão para se dedicarem integralmente na questão dos dois estados, porque tem dez frigoríficos que foram atingidos pelas enchentes, então, vai ter abate, vai ter municípios com dificuldade até de acesso à alimentação animal, entre outros”, disse.

CONAB
O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, lembrou que no evento do ano passado a mobilização do Governo Federal resultou na distribuição de 40 mil cestas de alimentos e que, desta vez, a companhia está mais uma vez pronta para atuar junto a outros parceiros para garantir o abastecimento às famílias.

“A gente está no aguardo da demanda que o Rio Grande do Sul irá precisar de alimentação. Estamos preparados para agir e colocar aqui o alimento necessário para as pessoas nesta situação”.

ESCRITÓRIO DE MONITORAMENTO
A partir da próxima segunda-feira (6), o Governo Federal terá um espaço físico em Porto Alegre que funcionará como escritório de monitoramento. No local, serão concentradas as informações sobre as ações do apoio federal ao Rio Grande do Sul em decorrência dos danos causados pelas fortes chuvas.

A decisão foi tomada durante reunião da Sala de Situação, no Palácio do Planalto, em Brasília.

Leite/Oceania

Relatórios recentes da Dairy Australia sobre exportações de lácteos mostram que os volumes embarcados de julho de 2023 a fevereiro de 2024 foram de 125.955 toneladas, queda de 27,8% em relação ao mesmo período da temporada anterior.

O serviço de Meteorologia da Austrália anunciou dias atrás que o fenômeno climático El Niño caminha para o fim, e até agora eles não podem avaliar quando as condições do La Niña irão se desenvolver nos próximos meses. Na Austrália, El Niño está associado com temperaturas elevadas especialmente no sul do país e tempo seco no leste e norte. E, La Niña provoca temperaturas mais frias em todo o sul do continente que esteja abaixo do Trópico de Capricórnio e aumento das chuvas no leste e norte.
 

Dados sobre a produção de leite na Nova Zelândia no mês de março de 2024 foram divulgados recentemente. Eles mostram que o total, em toneladas, ficou 3,5% abaixo do volume registrado no mesmo mês do ano passado, enquanto em termos de sólidos do leite, o recuo foi de 1,2% na mesma comparação.

Logo após a divulgação dos dados, um grupo de analistas afirmou que a produção de março foi menor do que a de março de 2020 em termos de sólidos do leite e também em toneladas. El Niño contribuiu para que houvesse uma seca mais forte do que o normal no país, e muitos agricultores ficaram entre as condições secas de um lado e restrições à irrigação de outro, em decorrência dos baixos níveis dos lençóis freáticos. Os analistas estão prevendo que a produção de leite cairá 1,1% em abril, e 5,3% em maio, em comparação com o ano passado. A expectativa, de um modo geral, é que o volume de leite na temporada 2023/2024 seja 0,6% superior à temporada anterior. Uma cooperativa da Nova Zelândia, [a Fonterra], anunciou os resultados de duas ofertas de leite a preço fixo que foram feitas para a temporada 2024-2025. A oferta de março colocou 20 milhões de quilos de sólidos (kgMS) ao valor fixo de NZ$ 8,09/kgMS. Os agricultores contrataram somente 3 milhões de kgMS. Em abril, a cooperativa ofereceu 30 milhões de kgMS a NZ$ 8,51/kgMS. Os agricultores se candidataram a 33 milhões de kgMS. Um porta-voz da cooperativa afirmou que os preços fixos são importantes para ajudar os produtores a fazerem seus orçamentos, e também para a cooperativa fechar contratos de longo prazo. Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm 10 % desconto para o Interleite Sul 2024
Os associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS)  têm liberado desconto de 10% na compra de ingressos para a  11ª edição do Interleite Sul. O evento acontecerá nos dias 08 e 09 de maio, na cidade de Chapecó (SC). O segundo lote está sendo comercializado até o dia 26 de abril através do site interleitesul.com.br. Para os dois dias de evento, estão programadas 23 palestras sobre o universo do leite, conforme a programação disponível abaixo. Neste ano, o Interleite Sul foca em discutir caminhos para o futuro da produção e será dividido entre seis painéis: Mudanças climáticas no Sul do país: efeitos e soluções; Tecnologia aplicada para melhores resultados; Olhando para o futuro; Transformações e prioridades do leite nos estados do Sul do Brasil; Os diferentes caminhos para a sucessão do negócio e Os desafios e soluções para a mão de obra no campo. Os materiais estarão disponíveis para download e serão conferidos certificados de participação “O Interleite Sul é um dos eventos que ajudam a fortalecer e antecipar as discussões em torno da cadeia do leite, oferecendo formação e oportunidades de crescimento para a indústria láctea”, assinala Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS. (SINDILAT/RS)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 17 de maio de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.140


"Deve haver redução de oferta", diz dirigente sobre abastecimento de frango no RS

Maioria das empresas nas regiões afetadas pela chuva suspendeu ou suspenderá as atividades; bloqueios e dificuldade de acesso impedem transporte de animais e chegada de ração às propriedades

Com estradas bloqueadas e o nível da água subindo, o processamento de alimentos vem sendo afetado no Rio Grande do Sul, e o reflexo deverá aparecer em breve nos supermercados, com redução da oferta. Pelo menos essa é a projeção feita pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), já que empresas do setor estão com a operação reduzida ou suspensa. A quantidade exata ainda está sendo mapeada, mas apontamento indica 12 unidades com suspensão de um turno ou mais de abates.

_ A Serra tá totalmente interditada, o Vale do Taquari também. Se não buscarmos alternativa de escoamento, já poderemos ter algum tipo de dificuldade. Desabastecimento total não vai ter, mas acredito que uma redução na oferta nos próximos dois, três dias _ avalia José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav. 

Além de unidades que estão alagadas, os bloqueios e isolamentos de diferentes pontos no Estado impedem o transporte de animais e também a chegada de ração às propriedades, razões pelas quais se estima essa dificuldade na oferta. Em Roca Sales, no Vale do Taquari, a JBS teve de paralisar as atividades da planta que trabalha com alimentos prontos porque a água chegou ao local.

Situação semelhante é percebida nas empresas de carne suína. Além de frigoríficos com problemas por conta das cheias, não é possível acessar diferentes regiões do Estado. Não é possível, também, levar ração. Isso deve provocar um aumento da quantidade de animais nas propriedades.

_ Não tem condição de ir para o Interior para retirar a produção do campo. Cada dia que passa, é um problema adicional _ reforça Rogério Kerber, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado (Sips). 

 Também há o drama dos funcionários, que enfrentam alagamentos e perdas onde vivem. Tudo isso impossibilita o funcionamento das unidades. 

_ Não depende das empresas, depende da infraestrutura pública para a remoção de barreira, recuperar pontes que caíram. Isso é coisa para dias _ pondera Kerber.

Nas indústrias de lácteos, conforme o Sindilat-RS, 40% do leite captado no Estado está tendo problema de atraso, recebimento ou impossibilidade de coleta dos volumes nas propriedades. 

_ A situação é super complexa, as empresas estão hora a hora tentando cooperar, para que possam "beber" o leite mais próximo das suas fábricas, fazendo essa troca entre elas, para que a menor quantidade de produtores seja atingida, para que todo mundo consiga resgatar o leite _ diz Guilherme Portella, presidente do Sindilat-RS. (Gaucha ZH)


Uruguai – Captação de leite, em março, foi a mais baixa para um mês de março, desde 2017

Produção/UR – A captação de leite pelas indústrias de laticínios teve queda moderada, em março, mas foi suficiente para ser o menor volume registrado em um mês de março, desde 2017.

Foram 132,72 milhões de litros, recuo de 0,4% em comparação com março do ano passado, de acordo com os dados publicados pelo Inale.

A queda ocorreu depois de dois meses consecutivos de alta, e de um aumento interanual significativo de 7,0%, em fevereiro.

“A situação climática está impactando seriamente”, comentou à Conexão Agropecuaria, Justino Zavala, integrante da diretoria da Associação de Produtores de Leite de Canelones.

“Nos primeiros 15 dias de abril a captação da Conaprole caiu 6,3% em relação ao mesmo período de 2023. O efeito das chuvas foi sentido na produção, com menor conforto para o gado, mais barro e vacas que precisaram ser retiradas das pastagens”.   (INALE – Instituto Nacional de La Leche)

Informativo Conjuntural 1813 de 02 de maio de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Os rebanhos apresentam boas condições, apesar da baixa oferta de pasto devido ao período de transição entre as pastagens de verão e da implantação das de inverno. A produção leiteira vem sofrendo queda, sendo necessário manter as suplementações com ração e silagem. Seguem os relatos de alta infestação por carrapato, o que demanda tratamentos frequentes.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores enfrentam desafios em função do período chuvoso, que dificulta a locomoção dos animais e os trabalhos de higiene na ordenha, além de atrasar a implantação e o desenvolvimento das pastagens de aveia e azevém. Embora algumas áreas estejam prontas para o pastejo, o solo não oferece condições ideais.

Na de Caxias do Sul, a produção de leite continua enfrentando desafios por causa do vazio forrageiro, mas as forrageiras se desenvolvem bem em muitas propriedades, aumentando a disponibilidade de alimento de qualidade.

Na de Erechim, houve leve queda na produção de leite em decorrência da transição das forrageiras de verão para as de outono/inverno. As temperaturas amenas contribuíram para o conforto dos animais.

Na de Frederico Westphalen, o cultivo de cereais de inverno para a alimentação animal está aumentando, exigindo um planejamento forrageiro cuidadoso para melhorar a eficiência na produção leiteira.

Na de Passo Fundo, houve relato de aumento na oferta de terneiros em leilões locais, além de boa procura por animais jovens para invernar.

Na de Pelotas, tem sido um desafio para os produtores controlar a alta população de carrapato e mosca. A colheita de milhosilagem está quase finalizada, destacando-se pela boa produtividade e qualidade das lavouras.

Na de Porto Alegre, a infestação por carrapato está exigindo tratamentos mais frequentes, afetando a saúde animal e a comercialização de leite devido aos períodos de carência, necessários após a aplicação de carrapaticidas.

Na de Santa Rosa, a ocorrência de chuvas intensas, o tempo nublado e a alta umidade do solo dificultaram o manejo do rebanho e os trabalhos de ordenha, resultando em maior sujeira nas instalações.

Na de Soledade, há relatos sobre a indisponibilidade de vacinas de brucelose no mercado, impedindo a realização da vacinação obrigatória das terneiras (entre 3 e 8 meses de idade). (Emater/RS adaptado pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

PREVISÃO METEOROLÓGICA DE 02 A 08/05/2024
Na sexta-feira (03/05), o sistema frontal deverá se deslocar em direção ao Nordeste do Estado, porém a previsão aponta que o transporte de umidade amazônico favorecerá a formação de novas áreas de instabilidade sobre o RS ao longo do dia. As áreas ao Norte, Nordeste e Centro do Estado serão as mais suscetíveis à ocorrência dos principais acumulados de chuva ao longo do dia. No sábado (04/05), as condições meteorológicas previstas para o dia anterior deverão persistir, embora o sistema possa perder força ao longo do dia. Ainda assim, há possibilidade de temporais isolados, principalmente no Norte do Estado. No domingo (05/05), a previsão indica que o escoamento que transporta umidade para o Norte do RS sofrerá um desvio, o que resultará em chuvas em outras regiões do Estado. Na segunda-feira (06/05), a tendência é que as instabilidades deverão estar deslocadas para o Sul do Estado, podendo ainda ocorrer chuvas e até tempestades isoladas nas regiões da Campanha, Fronteira Oeste, Litoral Sul e no extremo sul do RS. Para as demais regiões, o tempo deverá ser firme e seco. Na terça-feira (07/05), a previsão indica ainda possibilidades de chuvas nas regiões ao Sul do Estado. Na quarta-feira (08/05), um novo sistema frontal poderá atuar sobre o RS, resultando em volumes de chuva em todo o Estado.Os volumes de chuva mais expressivos para os próximos dias são esperados para as regiões dos Vales, Metropolitana e Serra Gaúcha, com valores entre 150 e 250 mm. Nas regiões da Missões, Planalto Médio, Depressão Central e Alto Uruguai, os volumes devem ficar entre 50 e 200mm. Na Campanha, divisa com o Uruguai, e Região da Serra do Sudeste, os acumulados deverão ficar entre 10 e 150mm. Na Fronteira Oeste, os acumulados deverão ser inferiores a 20 mm. (Seapdr)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 16 de maio de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.139


Chuva afeta cerca de 30% do recolhimento de leite no Vale do Taquari

Em Teutônia, unidade de processamento precisou paralisar a operação por cerca de oito horas por questão de segurança

A dificuldade de acesso a propriedades já traz impactos para o recolhimento de leite no Vale do Taquari. No final da noite desta quarta-feira (1º), o rio Taquari atingiu a maior cheia da sua história em Lajeado e Estrela, passando dos 30 metros.

Conforme o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado (Sindlat-RS), Guilherme Portella, a projeção é de cerca de 30% da captação na região tenha sido afetada, com atrasos ou impossibilidade de acesso às propriedades. A dificuldade é gerada principalmente pelos bloqueios e obstruções de vias e estradas.

— É um problema que estamos tentando resolver, neste momento mais concentrado na região do Vale do Taquari  — pontua o presidente do Sindilat-RS.

Houve ainda impacto temporário nas atividades de plantas. A unidade da Lactalis, em Teutônia, por exemplo, precisou paralisar a operação por cerca de oito horas, entre 8h e 16h, por questão de segurança. A subestação de energia foi atingida pelas águas, mas posteriormente, foi possível retomar as atividades. A planta tem capacidade para recebimento de até 1 milhão de litros de leite por dia. 

A água também começou a chegar na indústria de carnes. A unidade da JBS de Roca Sales, de alimentos preparados, é uma delas, conforme nota enviada pela empresa.

"A JBS confirma que a unidade de Roca Sales foi atingida pelas fortes chuvas que afetam o Rio Grande do Sul, mas ainda não é possível avaliar o impacto nas operações. Os esforços da empresa neste momento estão voltados à integridade de seus colaboradores e da comunidade na região." (Gaúcha ZH)


 

Após mudanças, veja o que está valendo no corte de incentivos fiscais no RS

No caso dos itens da cesta básica, por exemplo, tributação passa de 7% para 12%; medida foi adotada pelo governo estadual para aumentar a arrecadação, após fracasso na tentativa de elevar o ICMS

Começou a vigorar nesta quarta-feira (1º) o corte promovido pelo governo do Rio Grande do Sul nos incentivos fiscais de diferentes produtos e segmentos econômicos. A medida foi implementada pelo Palácio Piratini para aumentar a arrecadação, após a derrota na tentativa de aumentar a alíquota geral de ICMS.

Na prática, a revisão dos benefícios fiscais significa uma elevação no imposto cobrado dos produtos. No caso dos itens da cesta básica, por exemplo, o ICMS passa de 7% para 12%.

Em edição extra do Diário Oficial publicada na quarta-feira (30), o Palácio Piratini publicou uma série de decretos que oficializaram as providências anunciadas no início da tarde pelo chefe da Casa Civil, Artur Lemos.

Com a revisão das desonerações, o governo Eduardo Leite estima arrecadar cerca de R$ 800 milhões até o final do ano. Desse montante, um quarto irá para as prefeituras.

O que muda agora

Alimentos
Produtos da cesta básica que hoje pagam 7% de ICMS passarão a pagar 12%. Os itens são: açúcar, café, farinhas de trigo, de arroz, de mandioca e de milho, leite longa vida, margarina, óleos vegetais, sal, banha suína, mistura para preparação de pães e conservas de frutas, avelãs, castanhas e nozes.

Itens que não estão incluídos na cesta básica pela legislação estadual, como carnes, arroz, feijão e massas, também terão o imposto elevado de 7% para 12%.

O pão francês e o leite de tipos A, B e C, que eram isentos de imposto (0%), passam a pagar 12%.

Agroquímicos
O governo exigirá a devolução de parte dos incentivos fiscais incidentes sobre os agrotóxicos. A contribuição começa em 10% agora e passará para 20% no final do ano.

A ideia inicial era de estender a cobrança a até 40% sobre os benefícios concedidos aos defensivos agrícolas, mas o percentual foi limitado a 20%.

O que ficou para janeiro

Ovos e hortifruti
Para frutas, legumes, hortaliças e ovos, o governo estadual resolveu estender a desoneração até o final de 2024. Assim, esses produtos começam a pagar ICMS em janeiro de 2025.

Fator de Ajuste de Fruição (FAF)
Esse mecanismo funciona como uma espécie de abatimento do imposto para incentivar compras no Estado. Pela regra as empresas recebem créditos presumidos de ICMS sobre 85% do valor de suas compras, sendo que os outros 15% dependem da aquisição de insumos no Rio Grande do Sul.

O plano do Piratini estipulava que 100% do crédito presumido ficasse condicionado às compras dentro do Estado. No entanto, essa exigência foi postergada para começar em 2025.

Corte linear
Para garantir a ampliação da receita, o governo informou que deve promover um corte linear  de 10% nos benefícios fiscais em 2025. (Gaúcha ZH)

 

Leite/Europa

A produção de leite europeia varia entre os países.  Mas, fontes da indústria relatam que ela está mais forte tanto sazonalmente como de semana para semana, dentro da Europa continental. Algumas publicações europeias divulgaram que na semana 15 de 2024 a captação de leite, tanto na Alemanha como na França subiu 0,1%, em relação à semana anterior.

Na Alemanha a captação foi 1,1% maior do que a registrada na semana 15 de 2023, e na França a coleta recuou 0,7% no mesmo período. De um modo geral as condições climáticas estão adequadas para o crescimento das pastagens e as forragens são abundantes em toda a Europa.

De acordo com o site CLAL, a produção de leite de vaca em fevereiro de 2024 na União Europeia (UE) está estimada em 11.515.000 toneladas, 3% acima de um ano atrás. Na comparação interanual, a captação de leite em janeiro e fevereiro de 2024 totalizou 23.282.000 toneladas, subindo 1,1% em relação à captação de janeiro e fevereiro de 2023. Entre os principais países produtores, a produção e a variação interanual nos dois primeiros meses do ano foram: Alemanha, 5.346.000 toneladas, +0,5%; França, 4.032.000 toneladas, +1,8%; e Países Baixos, 2.300.000 toneladas, -1,0%.

No Reino Unido as taxas de crescimento das forragens estão adequadas, mas a umidade prejudica a colocação das vacas no pasto, causando preocupações sobre o potencial impacto na qualidade do capim se as condições de umidade persistirem. Preliminarmente, relatórios indicam que a produção de leite em março pode não ter sido tão forte quanto a de fevereiro. De acordo com o site CLAL, em fevereiro de 2024, a produção de leite de vaca no Reino Unido foi de 1.223.700 toneladas, aumento de 2,9% em relação a fevereiro de 2023. No acumulado de janeiro a fevereiro, o volume contabilizado foi de 2.503.400 toneladas, o que representa crescimento de 1,4% em relação ao mesmo período de 2023.

Desde a saída da UE, em 2016, a Grã-Bretanha vem trabalhando para criar normas para a cadeia de suprimento e procedimentos alfandegários. Os exportadores de alimentos da UE precisam apresentar certificados de sanidade, assinados por veterinários, para a remessa de carne, queijo e outros produtos lácteos desde 31 de janeiro. A partir de 30 de abril, eles ainda precisarão fazer inspeções físicas em alimentos. Isso é bastante preocupante, porque o pequeno varejo e os atacadistas britânicos acreditam que as novas regras resultarão em menor disponibilidade de produtos e em custos mais elevados, o que forçará alguns exportadores a deixar de vender para a Grã-Bretanha.

Após a pandemia de Covid e o subsequente salto inflacionário nos preços dos alimentos, os consumidores migraram para as marcas da distribuição como uma alternativa a preços mais baixos. Agora, como a inflação cedeu e os custos de produção ficaram sob controle, várias empresas nacionais de alimentos procuram atrair os clientes para suas marcas. As grandes indústrias planejam amortecer o aumento de preços e desenvolver novos alimentos para tentar atrair os consumidores, trazendo-os de volta para suas marcas para recuperar suas cotas do mercado.   

Impulsionada pelo clima favorável e expansão do setor lácteo, a produção de leite continua crescendo em muitos países do Leste Europeu. De acordo com dados do site CLAL, a oferta de leite de vaca em fevereiro de 2024 na Bielorrússia foi de 682.000 toneladas, 11,1% a mais do que em fevereiro de 2023. No acumulado de janeiro a fevereiro, o volume de leite produzido na Bielorrússia foi de 1.392.000 toneladas, com aumento de 8,8% em relação aos mesmos meses de 2023.

Entre os maiores produtores de leite do Leste Europeu, o volume produzido nos dois primeiros meses do ano, e a variação percentual foram: Polônia, 2.182.000 toneladas, +3,7%; República Checa, 538.000 toneladas, +2,9% e Hungria, 282.000 toneladas, +2,6%.  

Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva 

Jogo Rápido

Inscrições para o 3º Prêmio Referência Leiteira – Cases de Sucesso – vão até 14 de junho
As inscrições para as categorias de “Cases de Sucesso” do 3º Prêmio Referência Leiteira encerram-se no dia 14 de junho. O regulamento e a Ficha de Inscrição estão disponíveis nos escritórios municipais da Emater/RS e também podem ser acessados pelo link. “Ao longo das edições temos, através dos destaques, alcançado tanto a divulgação das melhores práticas, quanto o reconhecimento de quem se dedica no campo, bem como a propagação dessas ações como inspiração para quem está na produção”, assinala o vice-coordenador do 3° Prêmio Referência Leiteira, Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), entidade promotora da ação, juntamente com a Emater/RS e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR). Estão aptas para participarem, propriedades estabelecidas no Rio Grande do Sul e que comercializam leite cru in natura para indústria ou que processem o leite em agroindústria própria. As melhores práticas da produção leiteira gaúcha serão destacadas entre seis categorias de Cases: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira. Conforme o regulamento, cada propriedade pode se inscrever em apenas uma das categorias através do envio das informações solicitadas no regulamento, em remessa única, por correio eletrônico, à Emater/RS (jries@emater.tche.br) e ao Sindilat (sindilat@sindilat.com.br). As melhores em cada Cases de Sucesso, serão conhecidas durante a Expointer 2024, juntamente com as melhores nas categorias Propriedade Referência em Produção de Leite, divididas entre sistemas de criação a pasto com suplementação ou de semiconfinamento/confinamento.