Porto Alegre, 07 de março de 2025 Ano 19 - N° 4.342
BOVINOCULTURA DE LEITE
Em algumas regiões, apesar do apropriado desenvolvimento das culturas, a queda na produção de leite persiste devido ao estresse térmico e à redução no consumo de alimentos. Para mitigar esses efeitos, os produtores estão intensificando o uso de alimentos conservados, como silagem.Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, em Alegrete, planeja-se antecipar o plantio de pastagens de inverno.
Em Santana do Livramento, as matrizes estão em bom estado corporal, alimentando-se de campo nativo e suplementos, mas a produção de leite diminuiu em 35% devido ao déficit hídrico.
Em Aceguá, foi realizada a vacinação contra brucelose em fêmeas de 3 a 8 meses e contra raiva herbívora.
Na de Frederico Westphalen, a produção de leite está em declínio devido à sazonalidade e ao impacto das altas temperaturas, que causam estresse térmico.
Na de Ijuí, a produção e o escore corporal dos animais mantiveram-se estáveis, e há expectativa de melhora em função da retomada das chuvas e da queda das temperaturas, aliadas à suplementação com alimentos conservados e concentrados.
Na de Passo Fundo, a produção de leite também se manteve estável, e os animais apresentam estado geral satisfatório em virtude do maior uso de alimentos conservados, como silagens, que têm suprido as necessidades nutricionais dos rebanhos.
Na de Pelotas, a produção de leite está dentro do esperado para a época.
Na de Porto Alegre, as práticas de controle sanitário, principalmente para carrapatos e bernes, estão sendo intensificadas, sendo usados especialmente insumos para reforçar o manejo sanitário e garantir a saúde dos rebanhos.
Na de Santa Maria, as chuvas melhoraram as condições para a atividade leiteira, aumentando a oferta de pasto, mas a região ainda enfrenta os efeitos críticos da estiagem.
Na de Soledade, em função das temperaturas mais amenas, o estresse calórico no rebanho diminuiu, assim como as perdas na produção.
As informações são da Emater editadas pelo Sindilat RS
O Rio Grande do Sul teve uma semana marcada pela persistência de uma massa de ar quente, mantendo as temperaturas elevadas e volumes de chuva em níveis fracos a moderados. No período, as precipitações ocorreram de forma bastante irregular. Nas regiões com precipitações mais expressivas, houve recuperação parcial das lavouras de soja. A colheita do milho destinado à produção de silagem está avançada, e mais de 75% da área cultivada foi ensilada. A produtividade média se mantém dentro de parâmetros satisfatórios, apesar da redução da qualidade do material ensilado em parcelas das lavouras impactadas por restrições hídricas durante as fases críticas de floração e enchimento de grãos. Quanto às lavouras do tarde, as precipitações registradas nas últimas semanas contribuíram para o desenvolvimento vegetativo e a manutenção do potencial produtivo dessas áreas.
Apesar do calor intenso, as pastagens nativas e cultivadas apresentam desenvolvimento satisfatório, favorecido por condições climáticas. O campo nativo mantém produção adequada de forragem de qualidade, e as pastagens cultivadas seguem com produção nutricionalmente rica, atendendo às demandas dos rebanhos. Os produtores continuam se organizando para a aquisição de sementes de forrageiras de inverno para o próximo ciclo.
A previsão para os próximos dias indica a chegada de uma frente fria e o enfraquecimento da alta pressão no oceano Atlântico, favorecendo o retorno das chuvas e a redução do calor sobre o estado.
Entre sexta-feira e sábado (08/03), a chegada de um sistema frontal ao estado deverá provocar a formação de nuvens carregadas, resultando em chuvas generalizadas em todo o território gaúcho. A atuação desse sistema se estenderá até domingo (09/03), trazendo um declínio significativo das temperaturas ao longo do fim de semana, proporcionando um alívio para o calor intenso registrado nos últimos dias.
A tendência para o início da semana indica temperaturas mais amenas e possibilidade de chuvas concentradas na metade norte e no litoral do estado. Na manhã de segunda-feira (10/03), o sistema frontal que atuou no dia anterior ainda poderá provocar precipitações no norte do RS, antes de seu deslocamento no sentido sudoeste-nordeste. No entanto, ao longo do dia, as chuvas cessarão gradualmente, e as temperaturas permanecerão amenas devido ao avanço de uma massa de ar frio pósfrontal sobre o estado.
Na terça-feira (11/03), a formação de uma área de baixa pressão no oeste do RS poderá favorecer novas instabilidades, resultando em condições para chuvas no norte do estado. Esse cenário poderá se estender até a quarta-feira (12/03), mantendo a possibilidade de precipitações nessas regiões, enquanto o restante do estado seguirá com tempo firme e temperaturas amenas.
O prognóstico para a próxima semana indica a ocorrência de chuvas no Rio Grande do Sul, com volumes variando de fracos a moderados. Os maiores acumulados são esperados na faixa central do estado, onde os volumes poderão oscilar entre 10 mm e 50 mm, com áreas pontuais na Região Metropolitana, Fronteira Oeste e região Central registrando valores acima de 50 mm. No Sul e na Campanha, os acumulados deverão variar entre 5 mm e 50 mm, enquanto no Norte do estado as precipitações devem ficar entre 2 mm e 30 mm.
As informações são da Seapi
Para baratear alimentos, governo anuncia ações em parceria com setor privado
Iniciativas zeram impostos de importação de itens como café, azeite, óleo, milho, biscoitos, macarrão e carne e mantêm percentuais de misturas em combustíveis
Após diversas reuniões com empresários, produtores, agricultores e integrantes do setor produtivo, o Governo Federal anunciou nesta quinta-feira, 6 de março, 16 medidas para baratear os preços dos alimentos ao consumidor final. As ações zeram impostos de importação de itens considerados essenciais, como café, azeite, açúcar, milho, óleo de girassol, sardinha, biscoitos, macarrão e carnes (veja listagem a seguir).
O anúncio foi feito pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, após reunião comandada pelo presidente Lula com os ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), Rui Costa (Casa Civil), Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social) e Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, além do próprio Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).
“São medidas para reduzir preços, para favorecer o cidadão e a cidadã, para que ele possa manter o seu poder de compra, possa ter a sua cesta básica com preço melhor. Isso também acaba estimulando o setor produtivo e o comércio. Todas elas são medidas, desde regulatórias até medidas tributárias, em que o governo está deixando de arrecadar, abrindo mão de imposto para favorecer a redução de preço”, ressaltou Alckmin.
AMPLIAÇÃO – Outra ação no plano regulatório envolve a extensão do Serviço de Inspeção Municipal (SIM). O intuito é possibilitar, pelo período de um ano, a comercialização em todo o território nacional dos produtos que já foram devidamente certificados no âmbito municipal. A medida alcança itens como leite fluido, mel e ovos.
“Vamos, por um ano, dar os efeitos do SIM para todo o território brasileiro. Então, aqueles produtos que já não correm nenhum risco de precarização sanitária – sem nenhum risco à qualidade dos alimentos – a gente vai dar esse efeito”, detalhou o ministro Carlos Fávaro, pontuando que o objetivo da medida é dar competitividade e oportunidade para os produtos da agricultura familiar brasileira.
FORMAÇÃO DE ESTOQUES – No Plano Safra, haverá estímulo à produção de itens da cesta básica e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai investir na formação de estoques reguladores. “Teremos um conjunto de produtos que serão subsidiados para oferecer para a sociedade brasileira, centrando na cesta básica. Além da cesta básica, vimos que tem alguns produtos da agricultura que podem ser insumos para a indústria e são importados. Eles também serão subsidiados”, afirmou Paulo Teixeira.
REPUTAÇÃO – Em outra frente, será lançado o Selo Empresa Amiga do Consumidor, para identificar e incentivar empresas do setor supermercadista que praticam preços equilibrados da cesta básica: uma parceria entre o governo brasileiro e iniciativa privada para dar publicidade aos melhores preços praticados e estimular os preços baixos no mercado.
Medidas para baratear alimentos
Tarifas de importação zerada
Azeite: (hoje, 9%)
Milho: (hoje, 7,2%)
Óleo de girassol: (hoje, até 9%)
Sardinha: (hoje, 32%)
Biscoitos: (hoje, 16,2%)
Massas alimentícias (macarrão): (hoje, 14,4%)
Café: (hoje, 9%)
Carnes: (hoje, até 10,8%)
Açúcar: (hoje, até 14%)
Medidas regulatórias
Biodiesel: mantém mistura de 14% no diesel
Plano Safra com estímulo para produtos da cesta básica
Formação de estoques reguladores pela Conab
Extensão Serviço de Inspeção Municipal por um ano (impacto em leite, mel e ovos)
Reputação
Criação do Selo Empresa Amiga do Consumidor
Link: https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2025/03/para-baratear-alimentos-governo-anuncia-acoes-em-parceria-com-setor-privado
Fonte Agência Gov
Jogo Rápido
O coordenador do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do RS (Conseleite), Darlan Palharini, detalhou os resultados da última reunião do órgão realizada na sede da Cotrisal, em Sarandi. O preço de referência do leite teve uma valorização de 2,36%. Ouça clicando aqui.