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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 31 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.255


Governo estadual apresenta plano para guiar desenvolvimento do RS nos próximos anos 

Ferramenta que visa alavancar a economia gaúcha definiu 12 segmentos prioritários para o crescimento; a perspectiva menos conservadora prevê triplicar a taxa anual de crescimento do PIB gaúcho

O governo estadual apresentou nesta quarta-feira (30) o Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável, instrumento concebido para alavancar a economia do Rio Grande do Sul. A perspectiva do Palácio Piratini é de duplicar e, em cenário otimista, triplicar a taxa anual de crescimento do PIB gaúcho nos próximos anos.

Planejado para orientar o desenvolvimento com projeções que vão até o ano de 2040, o projeto foi estruturado a partir de um estudo da consultoria McKinsey e definiu 12 grupos de produtos e serviços com potencial de impulsionar a produtividade. Nesse rol, os mercados da cadeia agropecuária e da transição energética serão as principais apostas para agregar valor na economia gaúcha.

Os detalhes da ferramenta foram apresentados pela manhã a jornalistas e o lançamento oficial ocorre durante a tarde, na Fundação Iberê Camargo. Além do plano, o governo está criando a Invest.RS, agência que será responsável por atrair investimentos e promover comercialmente o Rio Grande do Sul.

Os estudos para a criação do instrumento começaram antes da enchente de maio e incluíram entrevistas e workshops com empresários e especialistas. A gestão do plano de desenvolvimento será vinculada à estrutura do Plano Rio Grande, idealizado para recuperar o Estado depois do desastre climático de maio.

Na apresentação, o governo frisou que o projeto foi concebido como estratégia de longo prazo, que tenha continuidade em futuras administrações mesmo em caso de mudança na orientação ideológica no comando do governo. O vice-governador Gabriel Souza aponta que será preciso mostrar resultados ainda no governo atual para que a ferramenta se torne consenso no futuro.

— Temos o restante do governo, que são dois anos e dois meses, para fazer o plano mostrar resultados concretos, para que a sociedade tenha um senso de pertencimento e do tamanho desse plano para o Estado e cobre os próximos governantes a mantê-lo em funcionamento — avalia Gabriel.

Na apresentação do plano, Sérgio Canova Júnior, sócio da McKinsey, apontou que um dos principais desafios do Estado será a qualificação do capital humano, visto que o RS tem a pirâmide etária mais envelhecida do Brasil e precisará atrair trabalhadores de outros lugares para ampliar a produtividade.

O governador Eduardo Leite destacou, no evento de lançamento do plano, que a ciência e o trabalho técnico desenvolvido por meio desse programa criam ambiente para um crescimento sustentado, sem as oscilações que a economia gaúcha vem apresentando nos últimos anos. Na visão do chefe do Executivo gaúcho, esse conjunto de ações abre caminho para um avanço estrutural: 

— A partir desses cinco habilitadores, com esse diagnóstico, podemos observar quais são os desafios para que a gente possa ter o nosso mapa, nossa jornada, definida para nos levar até onde queremos ir.

Durante a abertura do evento, realizado na Fundação Iberê Camargo, o CEO da CMPC, Francisco Ruiz-Tagle, a diretora da Bebidas Fruki, Aline Eggers Bagatini, e o presidente da Randoncorp, Daniel Randon, dividiram o palco com o governador Eduardo Leite. Os líderes empresariais saudaram o plano e destacaram a necessidade de avançar em pontos como infraestrutura, retenção de talentos e melhorias logísticas para aumento de competitividade no Rio Grande do Sul.

As quatro perspectivas
A estratégia de selecionar produtos e serviços prioritários para o crescimento compreende quatro perspectivas econômicas:

Sustentação - Inclui produções que já são relevantes na economia gaúcha e podem ser alavancadas

Ascensão - Considera as vantagens competitivas do RS para agregar valor em produtos e serviços com demanda em crescimento

Inovação - Visa aproveitar oportunidades atreladas a macrotendências globais nas quais o RS tem potencial 

Manutenção - Setores sem grande perspectiva de ascensão, mas que contribuem com geração de emprego e renda e promoção da identidade cultural e regional

Os 12 setores

No estudo para a elaboração do plano, foram mapeados 12 setores estratégicos para alavancar a economia nos próximos anos, que se enquadram nos conceitos das perspectivas econômicas apresentadas acima. Veja quais são eles e alguns produtos e serviços que abrangem:

Cadeia agropecuária - Grãos, carnes, leite, processamento de alimentos, melhoramento genético, produção de sementes de leguminosas e biotecnologia.

Máquinas agrícolas - Tratores, colheitadeiras, máquinas automatizadas conectadas à internet e de agricultura de precisão.

Fertilizantes - Produção de diferentes formas, que vão da convencional, com matéria-prima importada, até a exploração de pedras fosfáticas, fertilizantes verdes, biofertilizantes e nanofertilizantes.

Produtos regionais de nicho - Vinhos, espumantes, azeites e noz pecã.

Silvicultura, papel e celulose - Produção de celulose, papéis e embalagens, produtos de madeira, biomateriais, nanocristais e nanofibras

Produtos de transição energética - Biodiesel, energias renováveis, etanol, biogás, biometano, hidrogênio verde e combustível sintético

Máquinas, equipamentos e semicondutores - Máquinas para indústrias, eletrodomésticos, equipamentos para energias renováveis, semicondutores e novos materiais, como o grafeno

Automotivo e cadeia - Veículos convencionais, como automóveis, motocicletas e ônibus, peças, carros e ônibus elétricos, sistemas eletrônicos e novos materiais.

Cadeia petroquímica - Resinas, polímeros reciclados, fibras sintéticas, produtos plásticos, polímeros verdes, bioplásticos e plásticos degradáveis

Turismo - Serviços tradicionais como alimentação, acomodação e transporte, novos polos e oferta de serviços digitais, inteligentes e automatizados

Saúde - Equipamentos de diagnóstico básicos e por imagem, equipamentos de precisão, equipamentos para terapias (incluindo celular e genética), produção de fármacos, medicamentos e terapias avançadas e materiais médicos.

Produtos e serviços digitais - Prestação de serviços de TI, data centers, desenvolvimento de softwares, soluções setoriais e investimento em inteligência Artificial (IA).

Os cinco habilitadores

O governo identificou que são necessárias iniciativas articuladas em torno de cinco áreas que podem alavancar a competitividade do RS. São elas:

Capital humano - Atrair e reter pessoas, melhorar a qualidade da educação básica e profissional, ampliar e consolidar as escolas em tempo integral.

Inovação - Fortalecer o ecossistema de inovação com foco na aplicação prática, o que pode contribuir para maior conversão em riqueza.

Ambiente de negócios - Facilitar a realização de negócios e a atração de investimentos a fim de ampliar o desenvolvimento econômico.

Infraestrutura - Ampliar cobertura da infraestrutura, diversificar e qualificar a malha logística e atender áreas com menor cobertura.

Recursos naturais - Ampliar produtividade agropecuária com práticas sustentáveis e aumentar resiliência climática e a descarbonização para impulsionar o desenvolvimento sustentável.

Projeção de crescimento

A perspectiva para o crescimento da economia gaúcha a partir da aplicação do plano apontam para um crescimento de até 3% ao ano no PIB gaúcho até 2030. Em um cenário conservador, esse índice seria de 2% ao ano.

Para efeitos de comparação, nos últimos cinco anos a média de avanço anual foi de 1%.

GZH


Redução da emissão de gases eleva produtividade de fazendas de leite

De acordo com a gerente executiva de agricultura regenerativa da Nestlé, Bárbara Sollero, a produção de leite representa cerca de 30% das emissões de gases do efeito estufa da companhia.

Um estudo encomendado pela Nestlé junto a 948 de seus 1,1 mil fornecedores de leite constatou que quanto menor a emissão de gases do efeito estufa, maior a produtividade pecuária das fazendas participantes do seu programa de boas práticas.

Segundo dados prévios do levantamento, o grupo composto por 25% das fazendas com menor emissão produziu, em média, 26 litros de leite por vaca em lactação por dia – praticamente o dobro do registrado entre o quarto de fazendas mais emissoras, com 13 litros por animal em lactação por dia.

De acordo com a gerente executiva de agricultura regenerativa da Nestlé, Bárbara Sollero, a produção de leite representa cerca de 30% das emissões de gases do efeito estufa da companhia. O levantamento, afirma, servirá de base para que a empresa alcance sua meta de reduzir em 20% suas emissões até 2025 e em 50% até 2030.

“O meio pelo qual vamos descarbonizar as nossas operações em agricultura é adotando práticas regenerativas”, assegura a executiva. Dentre as metas da Nestlé, está o de adquirir 30% de sua matéria-prima de fazendas que adotem tais práticas.

Localizada em Santa Rosa de Goiás, a 90 quilômetros de Goiânia, a produtora Célia Rezende está entre os fornecedores considerados referência pela Nestlé. Em pouco tempo, ela passou da categoria de fazendas com práticas de sustentabilidade básicas, como o não revolvimento do solo, para a categoria “ouro”.

“Tirar leite é fácil, mas se adequar custa. Essa foi a nossa maior dificuldade e tivemos que nos adaptar”, comenta a produtora. O resultado foi imediato. Após iniciar o cultivo do próprio milho, integrado com a criação dos animais, ela conseguiu eliminar um custo mensal de R$ 3 mil com alimentação animal e viu produção diária por animal aumentar, em média, 50 litros.

“A partir da hora que paramos de ter esse gasto extra com os animais passamos a ter recursos para investir r melhorar em outras áreas. Então fez, realmente, uma diferença muito grande”, destaca a produtora.

Segundo o levantamento, as fazendas fornecedoras da Nestlé que adotam práticas de agricultura regenerativa tiveram uma produtividade 8% maior no plantio de grãos para silagem com 18% menos emissão. Ainda de acordo com a companhia, os produtores atendidos já conseguiram, ao todo, reduzir em 14% suas emissões no último ano.

“Ao obter o dado dessas fazendas, conseguimos saber exatamente quais as emissões e de onde elas estão vindo para que possamos aprimorar nossa jornada rumo a descarbonização”, completa Sollero. (Globo Rural via Edairy News)

LEITE/CEPEA: Preço ao produtor

Por Natália Grigol

Cepea, 29/10/2024 – Como esperado pelos agentes do setor, o preço do leite captado em setembro seguiu em alta. A pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). Apesar de o preço do leite pago ao produtor acumular avanço real de 36,4% desde o início de 2024, a média de janeiro a setembro deste ano (de R$ 2,58/litro) é 4,7% inferior à do mesmo período de 2023.

A valorização do leite cru em setembro se explica pela maior competição dos laticínios e cooperativas na compra de matéria-prima – num contexto em que a oferta vinha crescendo de forma lenta, devido ao clima mais seco (sobretudo no Sudeste e Centro-Oeste) e aos estoques de lácteos em volumes abaixo do normal.

Mesmo com as adversidades climáticas, a captação de leite em setembro seguiu em alta por conta da estratégia das indústrias em assegurar volume para reabastecer seus estoques. Assim, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea subiu 8,3% de agosto para setembro.

A elevação da captação foi possível devido ao aumento dos preços no campo, acompanhando a valorização dos lácteos em setembro. A pesquisa do Cepea com apoio da OCB mostrou que o leite UHT, o queijo muçarela e o leite em pó se valorizaram 7,6%, 2,7% e 1,3% no atacado paulista em setembro.

Porém, o movimento altista pode não perdurar por muito tempo. O avanço da captação e o recuo nas cotações dos derivados e do leite spot a partir da segunda quinzena de outubro fortalecem a perspectiva de que os preços no campo em outubro possam apresentar viés de queda.

Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de setembro/2024)

Fonte: Cepea-Esalq/USP.

Tabela 1. Preços líquidos nominais do leite cru captado em setembro/24 nos estados que compõem a “Média Brasil”. Preços líquidos não contêm frete e impostos. Valores e variações nominais.

Fonte: Cepea-Esalq/USP. 

Tabela 2. Preços líquidos nominais do leite cru captado em setembro/24 nos estados que não estão incluídos na “Média Brasil”. Preços líquidos não contêm frete e impostos. Valores e variações nominais.

Fonte: Cepea-Esalq/USP. 


Jogo Rápido

Quem produz o leite brasileiro: dados atualizados e exclusivos de 2024
O setor leiteiro brasileiro tem passado por grandes transformações, exigindo informações atualizadas para decisões estratégicas mais seguras. Ainda há uma lacuna de dados precisos para entender essas mudanças, e quem atua no setor sabe que contar com informações recentes é fundamental para se adaptar e prosperar. Pensando nisso, a MilkPoint Ventures realizou, em 2024, a atualização da pesquisa “Quem Produz o Leite Brasileiro”.  O estudo abrangeu 12 estados do país e envolveu 65 empresas, responsáveis por captar 23,4 milhões de litros de leite por dia, representando uma parcela significativa (35%) da produção formal no Brasil.  Com a participação de 43 empresas não cooperativas e 22 cooperativas, a pesquisa oferece uma visão detalhada da estrutura produtiva. Além disso, em comparação com os dados de 2023, houve um aumento interessante na amostra de pequenos produtores, dado o perfil das novas empresas participantes, refletindo de forma mais precisa a base produtiva brasileira. Os dados coletados são essenciais para entender as mudanças no setor ao longo da última década. Em comparação com estudos anteriores, como o de 2013, é possível observar o impacto das evoluções econômicas, tecnológicas e sociais no perfil dos produtores.   No relatório completo, você encontra:  Estratificação do número de produtores e do volume de leite; Crescimento do tamanho médio dos produtores nas últimas pesquisas; Avaliação da eficiência do sistema estabulado na produção; Informações acerca dos índices atuais de qualidade do leite. Essas e outras análises estão disponíveis gratuitamente para quem busca compreender melhor o cenário leiteiro brasileiro. CLICANDO AQUI. (Milkpoint)

 
 

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Porto Alegre, 30 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.254


Iniciativa desenvolve ferramenta para seleção genômica de gado leiteiro

Por meio de uma parceria entre a Embrapa e associações de criadores, tecnologia reunirá informações levantadas por programas de melhoramento ao longo de 40 anos

Pesquisadores da Embrapa estão trabalhando com associações de criadores das raças Holandesa, Gir Leiteiro e Girolando para criar uma ferramenta de avaliação genômica baseada nos dados reunidos ao longo de quatro décadas de seleção genética no país.

Em fase de desenvolvimento, a tecnologia está em processo de incorporação dos dados dos respectivos programas de melhoramento em curso com previsão de ser lançada em 2026 a partir de parceria com empresas privadas que atuem no mercado de genética. As companhias interessadas poderão se inscrever em edital lançado pela estatal.

A ideia inicial é avaliar as características de produção de leite em até 305 dias e a idade ao primeiro parto. A reunião das informações das diferentes linhagens genéticas, segundo os pesquisadores, permitirá aos produtores identificar quais os melhores touros Gir Leiteiro para o cruzamento com vacas Holandesas, e vice-versa, visando obter o melhor Girolando a partir de uma análise única de dados dos três programas.

As avaliações contemplarão aspectos genômicos (do DNA dos animais), características que são expressas (chamadas de fenótipos), como produção leiteira, e pedigree, para obter a classificação dos touros de acordo com a composição racial das progênies que se quer obter.

“A avaliação genômica multirracial é um avanço possibilitado pelo conhecimento e pela experiência acumulados nos programas de seleção dessas raças leiteiras,” explica o pesquisador da Embrapa Claudio Napolis Costa.

Desse modo, afirma, será possível mitigar a endogamia e o risco de defeitos genéticos no cruzamento dos animais.

“Isto é particularmente benéfico para características com baixa herdabilidade ou dados limitados em raças individuais, conforme já demonstrado por resultados preliminares obtidos pela nossa equipe”, detalha o também pesquisador da Embrapa, Marcos Vinícius da Silva.

Nos últimos 20 anos, o fator genético foi responsável por um incremento de 28% na produção de leite de vacas da raça Girolando e de 31% entre os animais Gir Leiteiro, segundo números apresentados pelas respectivas associações de criadores.

De acordo com a Embrapa, o Brasil produziu 35,4 bilhões de litros de leite em 2023 com um rebanho de 15,7 milhões de vacas ordenhadas, número semelhante ao existente no início da década de 1980, quando o Brasil produzia apenas 11,2 bilhões de litros. (Globo Rural)


Semana do Leite recebe todos os públicos na Estação Experimental Terras Baixas

O tradicional “Dia de Campo do Leite” foi ampliado e, neste ato, as atividades com foco na cadeia produtiva serão realizadas durante a “Semana do Leite”.

A programação vai de 5 a 8 de novembro na Estação Experimental Terras Baixas, da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão. Em cada dia haverá um direcionamento para que todos os públicos sejam atendidos, como os pesquisadores e os técnicos, os produtores e também os consumidores.

Além disso, estarão presentes agroindústrias de laticínios para que os visitantes conheçam os produtos.

“É um espaço de discussões das questões ligadas à cadeia produtiva do leite, como políticas públicas e técnicas. Atualizar os produtores e técnicos, mostrar para a população urbana a produção do leite e trazer essa discussão para a Região Sul”, diz o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Waldyr Stumpf Junior, sobre o objetivo da semana e a complexidade que a envolve.

“A ideia também é avaliar a situação atual do setor leiteiro, onde estamos e onde queremos chegar. Isso é muito importante, pois, daqui para frente, chegamos a um ponto que já era difícil, e com a enchente, a situação piorou.

A reconstrução da atividade é o objetivo ao qual queremos chegar, complementa o coordenador regional da Emater/RS-Ascar em Pelotas, Ronaldo Maciel, sobre os assuntos que serão discutidos na Semana do Leite.

Pensando nisso, no primeiro dia (5) ocorrerá o Simpósio “Leite RS 2024: Reconstrução e Renovação”. Com o viés mais institucional, é aberto para todos os públicos.

Devem ser discutidos temas como políticas públicas e as perspectivas do setor com enfoque no produtor e nos sistemas de produção, proposições da pesquisa e assistência técnica, extensão rural e um debate sobre os principais desafios pós crise climática.

No dia 6, acontecerá o “12º Dia de Campo do Leite” com três estações temáticas destinadas aos técnicos e produtores leiteiros.

A primeira é a “Resistir”, que destaca a importância da resistência na cadeia do leite, desde a produção até o consumo, evidenciando os benefícios para toda a sociedade. Já a segunda é a “Reconstruir”, com soluções e tecnologias que permitam reconstruir, recuperar ou remediar os efeitos de crises climáticas.

E a última é a estação “Renovar”, com o propósito de enxergar o que é preciso mudar para que as perdas não se repitam.

O engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Cesar Roberto Demenech, explicou que os produtores enfrentaram tanto fortes chuvas quanto estiagem neste ano, e o Simpósio abordará esses desafios. “Esse primeiro e segundo dia vêm nesse sentido de ‘tivemos problemas, vamos ter problemas, mas podemos nos preparar’”, diz Demenech.

O terceiro dia (7) terá o “Dia de Campo Leite RS: Sustentabilidade, Qualidade de vida para o consumidor” destinado para comunidade urbana.

O intuito é mostrar para o consumidor todo o processo do leite até chegar na mesa de casa. Escolas de Capão do Leão e de Pelotas levarão seus alunos, e os interessados em conhecer mais da cadeia leiteira também podem participar do evento. Ainda no terceiro dia, haverá uma reciclagem sobre as técnicas para inseminadores.

A “Semana do Leite” é uma realização da Embrapa, Emater/RS-Ascar, Coopar, Plataforma Colaborativa Sul, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e governo federal. (Jornal Tradição, via Edairy news, adaptado pelo SINDILAT/RS)

LEITE/AMÉRICA DO SUL: A produção de leite na Argentina e no Uruguai continua caindo na comparação interanual

DEPARTAMENTO DE AGRICULTURA DOS ESTADOS UNIDOS (USDA) RELATÓRIO 43/2024 SOBRE O MERCADO INTERANCIONAL DE PRODUTOS LÁCTEOS AMÉRICA DO SUL - COTAÇÃO DAS PRINCIPAIS COMMODITIES LÁCTEAS

A produção de leite na Argentina e no Uruguai continua caindo na comparação interanual Informações procedentes da Argentina e do Uruguai dizem que a produção de leite está em queda na comparação interanual, nos dois países. Dependendo da área, a redução pode variar de 5% a 10% quando comparada com o período equivalente de 2023. 

A produção brasileira, que cresceu significativamente na primavera de 2023, está mantendo os números do ano passado. O clima é o catalisador do declínio. No Brasil, não apenas os produtores enfrentam o tempo muito seco, mas também são impactados pelas fumaças dos incêndios florestais que permanece em algumas áreas do maior país da região. 

Os mercados de commodities da América do Sul estão firmes em decorrência da limitação da oferta de leite mencionada anteriormente e as expectativas futuras. Os clientes brasileiros e argelinos continuam comprando leite em pó desnatado (SMP). As queijarias estão ativas, o que reduziu a disponibilidade de matéria seca desnatada, segundo os contatos. Os mercados de gorduras de leite e proteínas de soro de leite estão, particularmente, com notável tendência de alta. Os compradores brasileiros dizem que existem necessidades relacionadas com as festas que se aproximam, em particular para produtos de confeitaria, impulsionando os importadores a aumentar os estoques. 


Relatório USDA: 

https://www.ams.usda.gov/market-news/individual-dairy-market-newscommodity-reports#International

Tradução livre: www.terraviva.com.br


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Dairy Vision 2024
As indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido na inscrição para o Dairy Vision 2024. As vendas estão no primeiro lote e seguem abertas até o dia 29 de setembro. O acesso para garantir o benefício deve ser feito clicando aqui. Um dos principais fóruns de estratégia e negócios do setor lácteo brasileiro discute, neste ano, os impactos da chegada no campo de diferentes inovações, entre elas, a Inteligência Artificial. Serão dois dias de palestras e encontros na cidade de Campinas (SP). Os cinco painéis acontecem nos dias 05 e 06 de novembro e tratam de: Desafios e oportunidades para a cadeia do leite no Brasil; A transformação do ambiente de negócios na cadeia do leite; O que há de novo no horizonte? Startups to watch; Um olhar sobre o leite na América Latina; Indo além do leite: o que a ciência está trazendo de inovação; e Inovação aplicada ao segmento de alimentos. As informações do evento e programação completa estão em www.dairyvision.com.br. 

 
 

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Porto Alegre, 29 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.253


Setor lácteo prevê 2025 positivo, mas com desafios

O setor lácteo brasileiro projeta um 2025 positivo, mas com alguns desafios para a manutenção da rentabilidade da atividade no médio prazo. A projeção alicerçada em estudos capitaneados pela Embrapa Gado de Leite foi debatida na manhã desta terça-feira (29/10) entre lideranças do setor industrial e dos produtores gaúchos durante reunião mensal do Conseleite, na sede do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), em Porto Alegre (RS). 

Em uma apresentação densa e repleta de reflexões que dialogam com a realidade do Rio Grande do Sul, o economista e pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Glauco Carvalho, alertou que a estabilidade dos preços do leite vem sendo mantida por um crescimento econômico projetado em 3% do PIB para 2024, sustentado pela expansão do crédito, consumo das famílias e gastos do governo. No entanto, um arrojo maior nos investimentos é necessário para sustentar o desenvolvimento no longo prazo, alerta Carvalho. No setor lácteo, há ameaças reais no horizonte, entre elas, está a falta de competitividade do leite brasileiro frente aos importados, que seguem ingressando no Brasil a taxas crescentes. A apresentação do especialista foi viabilizada por meio de parceria entre o Conseleite, Sindilat/RS e a Fecoagro.

Com produção estagnada, o mercado brasileiro torna-se um prato cheio para a produção externa. De janeiro a setembro de 2024, a importação de lácteos cresceu 6%. Um cenário motivado apenas por questões de mercado uma vez que, enquanto o preço do leite em pó no Brasil é de R$ 27,87, o importado chega ao Brasil a R$ 20,28. “A importação tende a seguir elevada, pois o produto importado está mais competitivo. A medida do governo para limitar a importação tirou o laticínio da jogada, mas as compras seguem via tradings e varejistas”, disse citando também a abertura de um nicho de companhias que vêm operando no porcionamento de produtos para redistribuição no mercado interno. “O que preocupa é que nossa produção está perdendo participação no abastecimento doméstico”, alertou.

O segredo para o equilíbrio está em tornar a produção nacional mais competitiva, reduzindo custos de produção. Um modelo que, segundo o presidente do Sindilat/RS, Guiherme Portella, já foi exitoso ao fundamentar a expansão do setor avícola brasileiro. “Com base na redução de custos por quilo, se conseguiu elevar o consumo interno, expandir produção e, só então, achar o caminho das exportações”, comparou. Segundo ele, a tendência deve estar atrelada à valorização do produtor eficiente, independentemente do tamanho e produção mensal. 

Outra potencialidade indicada pelo pesquisador da Embrapa é a exploração de nichos de maior valor agregado e que trabalhem o consumo dentro da fatia populacional que o Brasil dispõe hoje, com boa parte da população mais velha. Com o baixo crescimento demográfico e com a renda relativamente estagnada na última década, o caminho é explorar potencialidade e funcionalidades, criando demandas em novas faixas de idade e renda. “Aqui temos o papel da inovação e a possibilidade de trabalhar itens diferentes para rendas diferentes. É importante explorar nichos de mercado e inovar, para melhorar as vendas”. 

Segundo ele, a rentabilidade das operações com produtos como leite UHT e queijo muçarela vem reduzindo no tempo, sendo necessários importantes ganhos de eficiência na indústria para manter rentabilidade, citando características intrínsecas do mercado lácteo que o colocam nessa situação, como alta pulverização industrial, baixo poder de negociação e achatamento de margens no setor.

Riscos do clima

Glauco Carvalho apresentou dados que confirmam o impacto dos episódios climáticos na produção brasileira. Segundo ele, as enchentes no Rio Grande do Sul promoveram um declínio imediato de 750 mil litros/dia na bacia leiteira gaúcha no mês de maio. O impacto foi continuado e, apesar do patamar de produção ter se recuperado, verifica-se, no campo, uma difícil retomada. O principal motivo é a falta de comida abundante para acelerar a produção das vacas, o que indica que a coleta a pleno só deve ocorrer em um novo ciclo de produção de forragens.

Os impactos climáticos na produção não se limitaram ao RS. De acordo com dados da Embrapa, no mês de setembro, houve aumentos de até 3°C na temperatura em um cinturão que cruza o Brasil de Sul e Norte. “Isso teve muito impacto na produção nos últimos meses”, salientou o especialista, sinalizando que a situação deve se normalizar no próximo trimestre com temperaturas e precipitações mais próximas da média histórica.  (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)

Crédito: Carolina Jardine


​CONSELEITE/RS divulga projeção do leite para outubro

O valor de referência do leite projetado para o mês de outubro é de R$ 2,5844 no Rio Grande do Sul. O indicador foi divulgado nesta terça-feira (29/10) durante reunião do Conseleite, na sede do Sindilat, em Porto Alegre (RS). A projeção, lastreada nos dados dos primeiros 20 dias do mês, está acima do projetado em setembro, o que sinaliza uma recuperação de preços no Estado. Segundo o vice-coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, que conduziu a reunião nesta terça-feira. “Há uma certa estabilidade no mercado nos últimos 90 dias, que fortalece toda a cadeia produtiva. Esperamos que essa harmonia se mantenha”, disse. (Jardine Comunicação)

CONSELEITE–PARANÁ

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 29 de Outubro de 2024 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Setembro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Outubro de 2024, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Outubro de 2024 é de R$ 4,4627/litro.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (FAEP)


Jogo Rápido

Prorrogado para 15/11 o prazo de inscrição para o 10º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo 
As inscrições para a 10ª Edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo foram prorrogadas e a nova data para encerramento passou a ser dia 15 de novembro. Os trabalhos, no entanto, precisam ter sido publicados/veiculados entre 02/11/2023 e 01/11/2024 e devem tratar sobre o setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios. Não há limite de número de inscrições por candidato, que podem inscrever suas produções nas categorias impresso, eletrônico e on-line. Mesmo com a prorrogação, a previsão é de que os finalistas sejam divulgados até o dia 29 de novembro. Já os vencedores serão revelados no dia 19 de dezembro. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular iPhone; segundos e terceiros classificados receberão troféus.  Para garantir a inscrição, é preciso completar a ficha com os dados solicitados, para cada trabalho inscrito, que devem ser enviados para imprensasindilat@gmail.com. Também é necessário encaminhar o Documento de Identidade do autor; a cópia do Registro Profissional; o atestado de autoria em caso de matérias não assinadas; e atestado de data de veiculação para as produções em que não houver referência expressa ao período. Acesse o regulamento e a ficha de inscrição clicando aqui. (SINDILAT)

 
 

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Porto Alegre, 28 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.252


A produção de leite na Argentina está se recuperando?

A Direção Nacional de Leite divulgou seu relatório mensal de produção de leite na Argentina, e os dados trazidos por este documento geraram otimismo para o final do ano no setor. De acordo com os dados oficiais, analisados pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), os produtores de leite ordenharam 1,015 bilhão de litros em setembro.

Isso significa um aumento de 2,2% em relação a agosto, mas, na verdade, é um aumento de 5,6% se for considerado o volume médio diário. Além disso, embora tenha sido 1,9% inferior a setembro de 2023, esta é a menor variação interanual em mais de um ano, já que é preciso voltar a agosto de 2023 para encontrar uma taxa melhor.

Produção de leite volta a crescer 

"Normalmente, a produção no mês de setembro aumenta cerca de 4% em relação a agosto (em média diária), e neste ano houve uma melhoria, subindo 5,6%, resultado da importante recuperação que vem ocorrendo em relação aos fracos registros desde o início do ano e na mesma época do ano passado", destacou o OCLA em relação a esses dados.

Ao analisar a evolução do setor, o organismo lembrou que a queda na produção foi se aprofundando durante a primeira parte do ano, acumulando uma redução de 14,5% no primeiro quadrimestre em comparação ao mesmo período de 2023.

Mas, a partir desse momento, "na maioria das regiões os dados começaram a melhorar significativamente, com uma recuperação entre maio e julho das fortes quedas, com um leve retrocesso em agosto; e em setembro passado, a recuperação voltou a se destacar", continuou.

Por esse motivo, "espera-se que, se o ritmo de recuperação iniciado em maio continuar, além da comparação com um último trimestre muito fraco de 2023 e considerando que o último trimestre do ano é o de maior participação na produção total, o acumulado anual fique em torno de 6% abaixo do registrado com relação ao ano anterior", detalha o OCLA.

E o mais importante é que "também é provável que os valores de outubro a dezembro possam estar no quadrante positivo na comparação interanual", finaliza.

As informações são do Infocampo, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


CONSELEITE MINAS GERAIS

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 25 de Outubro de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Agosto/2024 a ser pago em Setembro/2024.

b) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Setembro/2024 a ser pago em Outubro/2024.

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Outubro/2024 a ser pago em Novembro/2024.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 

Centro de Liderança Pública promove edição especial do Fórum de Competitividade e Reconstrução do RS

Os mecanismos competitivos de recuperação da economia gaúcha pós-enchentes de abril e maio  foram tema do Fórum de Competitividade e Reconstrução do RS, promovido pelo Centro de Liderança Pública (CLP) durante a manhã de quinta-feira (24/10), em Porto Alegre. O evento reuniu lideranças governamentais, especialistas e empresários para debater ações no âmbito da infraestrutura, saneamento, sustentabilidade, planejamento urbano e inovação, entre outros pilares que compõem a avaliação do Ranking de Competitividade dos Estados e Municípios.

O governador Eduardo Leite destacou que, a partir do Ranking de Competitividade, é possível não só celebrar os avanços, mas também lembrar que estes dados são um instrumento de gestão que ajuda a traçar a rota de partida e de chegada. "Nos últimos anos, colocamos em prática uma agenda profunda de transformação do RS", disse o governador, ressaltando que tudo o que é necessário para o reequilíbrio fiscal do Estado foi e está sendo feito e que agora é preciso que a União reconheça os esforços do RS, em especial no que tange à questão da suspensão da dívida pública. "O que depende de nós, temos feito, mas precisamos que a União nos olhe com mais atenção", disse.

Leite, ainda acrescentou, que o Estado segue exigindo esforços para superar problemas antigos. “O nosso passado continua nos desafiando, mas estamos crescendo de forma constante, como mostra o prêmio Excelência em Competitividade, que recebemos este ano do CLP. Do Estado que devia, agora estamos com capacidade de investir e evoluir em pilares como infraestrutura e segurança pública, além de promover avanços na educação, saúde, turismo e cultura", salientou Leite. 

O governador também falou sobre o Plano Rio Grande, que já proporcionou mais de R$2,1 bilhões em investimentos e que, além da resiliência, busca a ativação da economia em áreas estratégicas para que o RS fique protegido em situações como as ocorridas em maio deste ano. "Não tenho dúvidas que o RS sairá mais forte depois de tudo o que aconteceu. Com o volume de investimentos que conseguimos assegurar com o não pagamento da dívida e com a nossa capacidade orçamentária, vamos conseguir o maior volume de investimento público que o RS já teve. Não vamos só reconstruir o Estado, vamos reconstruir de forma melhor. Tenham confiança no Rio Grande do Sul. Eu já tenho e ela será compartilhada com todos nós", disse.

O secretário de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Ernani Polo, apresentou o painel “Investimentos e Competitividade do Rio Grande do Sul”, juntamente com a secretária de Meio ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, o diretor-geral da CMPC de Guaíba, Antonio Lacerda, e o diretor da Aegea Saneamento e Participações S.A., Fabiano Dallazen. Polo ressaltou que o evento é uma oportunidade de aprofundar o tema da competitividade, destacando que o Ranking do CLP promove uma competição saudável entre os estados, que os incentiva a aprimorar as ações do setor público e formar em parcerias com o privado. "Não se consegue aprimorar somente o público ou só privado, é preciso trabalhar em sintonia, discutir de forma conjunta e, a partir disso, ver a evolução do Estado nos indicadores e pilares do CLP", disse. Polo salienta que a competitividade melhora o ambiente de negócios. "O governador Eduardo Leite sempre diz que é necessário criar um ambiente para que o empreendedor se sinta confortável para investir e, assim, gerar emprego e renda que promovam o desenvolvimento econômico e social".

O embaixador do CLP, Eduardo Fernandez, realçou sobre a cooperação entre público e privado, explicando que com cooperação podem construir a melhora da competitividade. "Temos trabalhado através destes fóruns, já realizados em algumas cidades, de que forma podemos melhorar. O RS é 5º lugar no Ranking e com certeza pode melhorar. O setor privado e público juntos vão construir um Estado cada vez melhor e maior", disse Fernandez.

Ações ambientais que são relacionadas com a competitividade foram apresentadas pela secretária Marjorie, que destacou que sua pasta abrange não só o meio ambiente, mas também a infraestrutura, que é um dos pilares do Ranking. Incentivos fiscais atraentes para energia renováveis e biocombustíveis, planejamento energético estratégico - com estudos que mapeiam os potenciais do RS na área de energia -, planos de transição energética justa, monitoramento do licenciamento ambiental e agricultura sustentável de baixo carbono foram alguns pontos explicados pela secretária. 

 A respeito das privatizações, a titular da Sema explicou que “quando buscamos iniciativas deste tipo, como no caso da Corsan, foi porque nós, enquanto governo do Estado e secretaria, entendíamos que, para alcançarmos os níveis adequados de saneamento, que são a base para tudo, não conseguiríamos fazer isso somente com o setor público”. Ela também relembrou o lema de sua secretaria: "desenvolver para proteger", salientando que o desenvolvimento gera condições e recursos para fortalecer a proteção do meio ambiente. Marjorie  relembrou o lema de sua secretaria: "desenvolver para proteger", salientando que o desenvolvimento gera condições e recursos para fortalecer a proteção do meio ambiente. Ambos os secretários também ressaltaram o papel da Assembleia Legislativa do RS como parceira nas propostas de melhoria do Rio Grande do Sul, demonstrando compromisso na busca por um futuro melhor para o Estado. 

Escolha pelo RS

O diretor-geral da CMPC unidade Guaíba , Antônio Lacerda, explicou porque a CMPC escolheu o Rio Grande do Sul para receber o investimento de R$ 24 bilhões, um dos maiores da história do RS, feito por uma entidade privada. Além das condições climáticas, que favorecem a plantação de eucalipto, ele citou a receptividade do governo estadual em ouvir e entender o projeto, inclusive estabelecendo o Comitê de Monitoramento do Projeto Natureza CMPC, para acompanhar o empreendimento. A educação da população e a qualidade da mão-de-obra também foram pontos levados em consideração para a instalação da indústria em Barra do Ribeiro. Ao explicar que o eixo de decisão da CMPC está saindo do Chile e vindo para o Rio Grande do Sul, Lacerda complementou: “eu já participei de outros projetos e sei que dá trabalho fazer as coisas bem feitas. Teremos a grande satisfação de comemorar um trabalho bem feito conjunto, que vai trazer prosperidade não somente para a empresa, mas também para o RS, para as pessoas que aqui vivem e para fornecedores locais. Isso tem que andar junto, caso contrário, não teremos feito um bom trabalho”, disse. 

O diretor da Aegea Saneamento e Participações S.A., Fabiano Dallazen, diretor da empresa que adquiriu a Corsan, falou sobre a necessidade de olhar o saneamento como parte essencial da infraestrutura, especialmente pelo país ter déficits graves neste setor. Ele citou que quase 100 milhões de brasileiros não têm coleta de esgoto e cerca de 35 milhões não tem água tratada. Para ele, é necessário uma parceria entre poder público e privado para superar os problemas de saneamento, o que, além de melhora na estrutura, tem a capacidade de gerar empregos e dar oportunidades para empresas e fornecedores locais. Ele também citou o projeto que a Aegea está fazendo no Rio de Janeiro, com a despoluição da Baía de Guanabara. “Isso vai ser uma virada de chave. E se podemos fazer isso lá, nós podemos fazer muito mais aqui no RS”, disse. 

Participaram do evento o diretor de Operações do Badesul, Kalil Sehbe, a presidente da Junta Comercial do RS, Lauren Momback, o secretário executivo do Conselho de Desburocratização e Empreendedorismo, Diogo Leuck, o líder do governo na Assembleia, deputado estadual Frederico Antunes, além de autoridades políticas e empresários. Na ocasião, governador Eduardo Leite convidou os presentes para o lançamento do Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável do RS e apresentação da equipe que irá coordenar a Agência de Investimentos do Estado, que será realizado no dia 30 de outubro. 

Ranking de Competitividade dos Estados de 2024

Desenvolvido pelo CLP, o ranking de competitividade avalia as 27 unidades da federação a partir de dez pilares temáticos considerados fundamentais para a promoção da competitividade e melhoria da gestão pública dos estados brasileiros: Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação. 

Desempenho do Estado no Ranking 

- neste ano, o RS ficou em quinto lugar no ranking geral de competitividade, colocação que foi conquistada em 2023 e repetida em 2024, sendo sua melhor marca desde 2018. 

- melhora no desempenho nas seguintes áreas: segurança pública, infraestrutura, capital humano, solidez fiscal e potencial de mercado. 
- na área de segurança pública, passou de quinto para terceiro colocado. 

- subiu cinco posições em infraestrutura 

- subiu duas posições em capital humano, solidez fiscal e potencial de mercado. 

O RS recebeu o prêmio Excelência em Competitividade 2024, que premia os estados que se destacam na priorização da competitividade na formação de sua agenda, por meio de políticas de alto impacto que influenciam diretamente nos indicadores que compõem o Ranking. Também foi Destaque em Crescimento, como reconhecimento por ser o estado que mais evolui no ranking nos últimos quatro anos, subindo de posição nos pilares sustentabilidade social, infraestrutura e segurança pública. (Secretaria de Desenvolvimento RS)


Jogo Rápido

ADVB/RS entrega troféu TOP de Mkt 2024 a vencedores
Profissionais e empresas do ramo de marketing e vendas do Rio Grande do Sul se reuniram, na noite desta quinta-feira (24), em Porto Alegre, para celebrar a edição 2024 do prêmio TOP de Mkt. Promovido há mais de 40 anos pela Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVB/RS), esse é o principal reconhecimento do setor no Estado. Além de homenagear destaques da área, a honraria busca identificar, reconhecer e disseminar as melhores práticas, desenvolvidas por instituições de diferentes segmentos. A Cooperativa Santa Clara, associada do SINDILAT/RS, conquistou o prêmio na categoria Agro. A cerimônia de premiação teve transmissão no YouTube e pode ser assistida clicando aqui. Para acessar a lista completa dos vencedores, clique aqui. (SINDILAT/RS) 

 
 

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Porto Alegre, 25 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.251


Reunião da Câmara Produtiva do Leite faz avaliação do setor

Um estudo sobre os principais desafios do setor leiteiro foi apresentado nesta quinta-feira (24/10), na reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados, de forma presencial e online.

O estudo, apresentado pelo engenheiro agrônomo Jair Mello, gerente de Suprimento de Leite da Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL). De acordo com ele, a produção gaúcha de leite inspecionado deve ficar neste ano em cerca de 2,98 bilhões de litros/ano, segundo dados da Pesquisa Municipal do IBGE. “A produção não cresce há 12 anos e perdemos lugar para os outros estados do Sul, hoje estamos em terceiro lugar”, afirma Jair.

Outros desafios são a melhoria na produtividade dos animais e da terra, a escala de produção e a rentabilidade, as dificuldades para a formação de mão de obra, com cursos de qualificação profissional e adaptação dos currículos das escolas técnicas para atender também essa área de produção, assistência técnica qualificada e a sucessão rural. “É preciso entender as novas gerações, o que os jovens estão buscando, e estimular para que fiquem no campo”, destaca.

O engenheiro agrônomo da CCGL apresentou o exemplo do casal Oliveira, de Eugênio de Castro, que largou o emprego na cidade para assumir a propriedade do pai, de 29,9 hectares, que seria arrendada. A produção passou de 8.559 litros/hectare/ano, em 2012, para 16.250 litros/hectare/ano, em 2023. A média de litros/vaca/dia também aumentou 102%, passando de 12,8, em 2012, para 25,9 em 2023. E o objetivo dos produtores para 2025 é aumentar a produção, a produtividade da terra e tornar a propriedade 100% digital.

Mas Mello destaca que o setor passa por muitos desafios. “Foram três secas, uma enchente, aparecimento da cigarrinha e da doença foliar no milho silagem e ainda o aumento dos custos de produção”, constata.

O coordenador da Câmara, Eugênio Zanetti, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS), colocou em pauta o Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite do Rio Grande do Sul (Fundoleite), que tem um volume de recursos que ainda não está acessível para a cadeia do leite.

De acordo com o secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn, presente na reunião, “a Secretaria está trabalhando internamente no governo para encontrar uma solução para que estes recursos possam ser liberados o mais rapidamente possível. E assim que tivermos esta posição, iremos discutir os termos com a cadeia leiteira, setor tão importante para a economia do nosso estado”. (SEAPI)


CONSELEITE – SANTA CATARINA - RESOLUÇÃO Nº 10/2024

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 25 de Outubro de 2024 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Setembro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Outubro de 2024. 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1838 de 24 de outubro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Segue o período de transição das pastagens de inverno para o preparo das pastagens de verão e para a semeadura de milho para silagem e grãos. Em algumas regiões, o excesso de umidade tem dificultado o manejo das áreas e dos animais, causando problemas nos cascos e na circulação nas instalações. Em relação às condições sanitárias, tem sido fundamental realizar o controle estratégico do carrapato, visando reduzir a pressão do ectoparasita e prevenir surtos nas próximas gerações.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, os potreiros de tifton, jiggs e capim kurumi mantêm a produção devido à alta qualidade dessas pastagens. Na Campanha, a oferta de trevos e cornichão está crescendo, mas o desenvolvimento segue atrasado. Os problemas com barro foram menores em função das chuvas concentradas e dos dias subsequentes ensolarados. 

Na de Erechim, o excesso de chuvas, no último período, prejudicou os manejos e os pastoreios, levando os produtores a oferecerem mais concentrados conservados. A umidade elevada nos arredores das propriedades e estábulos aumentou a incidência de enfermidades, como mastites e doenças de casco. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite permanece estável, e há expectativa de aumento no próximo mês em razão do maior uso de alimentos concentrados e conservados, além da maior oferta de pastagem. 

Na de Ijuí, a produção está estabilizada, e houve leve aumento na produtividade nas propriedades que adotam sistemas de produção a pasto, em virtude da melhora na oferta de alimentos. 

Na de Pelotas, os produtores estão investindo em melhoramento genético e em projetos de custeio. 

Na de Porto Alegre, continua a suplementação com ração e silagem de milho, e os animais ainda acessam as pastagens de inverno em final de ciclo. 

Na de Santa Maria, a maior parte das pastagens de inverno está finalizando seu ciclo e entrando no tradicional vazio forrageiro da primavera, que se estende do final das pastagens de inverno até o início das de verão. 

Na de Santa Rosa, o pastejo de verão anual e o bom desenvolvimento das pastagens perenes ajudaram na retomada da produção de leite, após o vazio forrageiro. 

Na de Soledade, apesar do atraso no desenvolvimento do azevém, a alta oferta atual beneficia a produção de leite. (As informações são da EMATER/RS adaptadas pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Chuva retorna ao Rio Grande do Sul, mas tempo firme deve predominar no fim de semana
O Boletim Integrado Agrometeorológico nº 43/2024, divulgado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (SEAPI), indica mudanças no clima para os próximos dias no Rio Grande do Sul, com previsão de chuvas seguidas de tempo estável no fim de semana. Nesta quinta-feira (24), a chegada de uma frente fria, impulsionada por um ciclone extratropical que se desloca em direção ao oceano, deve trazer pancadas de chuva e trovoadas, com intensidade de moderada a forte, especialmente nas regiões Sul, Campanha, Fronteira Oeste, Vales, Metropolitana, parte da Serra, Planalto, Noroeste e Norte. O dia será marcado por ventos fortes, começando do quadrante noroeste pela manhã e mudando para oeste ao longo do dia, quando as temperaturas começarão a cair. Na sexta-feira (25), a frente fria ainda manterá a possibilidade de chuvas fracas a moderadas no Litoral Norte e em parte da Serra Gaúcha. O tempo deve seguir instável, com nebulosidade e temperaturas em declínio gradual ao longo do dia. No sábado (26), com a passagem da frente fria, um anticiclone migratório atuará no estado, reduzindo as chuvas. No entanto, ainda há possibilidade de nevoeiros ou chuvas fracas nas regiões Sul, Campanha e parte da Metropolitana, devido à umidade oceânica. O tempo tende a se estabilizar na maioria das regiões, com temperaturas em queda. No domingo (27), o estado deve ter tempo firme, céu com poucas nuvens e a presença do sol em grande parte das regiões, garantindo temperaturas agradáveis ao longo do dia. Entre os dias 28 e 30 de outubro, o clima deve seguir estável no estado. Na segunda-feira (28), uma leve instabilidade poderá ocorrer nas regiões de divisa com Santa Catarina, mas o tempo deve permanecer firme na maior parte do RS. Já na terça-feira (29), uma frente de instabilidade poderá provocar chuvas leves nas regiões das Missões, Noroeste e Litoral Norte, enquanto o restante do estado segue com tempo estável. Na quarta-feira (30), a previsão é de estabilidade e elevação gradual das temperaturas, principalmente nas regiões das Missões, Noroeste e Norte. Ao longo da próxima semana, é esperado que os acumulados de chuva variem entre 30 mm e 100 mm nas regiões da Campanha, áreas Centrais, Metropolitana, Litoral Norte, Serra, Campos de Cima da Serra e Norte do estado. (SEAPI adaptado pelo SINDILAT/RS)

 
 

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Porto Alegre, 24 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.250


CCJ do Senado aprova plano de trabalho de projeto sobre regulamentação da reforma tributária

Para o senador Otto Alencar, líder interino do governo na Casa reforma não deveria ser prioridade na Casa

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal aprovou nessa quarta-feira (23) o plano de trabalho do senador Eduardo Braga (MDB-AM) sobre o projeto de regulamentação da reforma tributária, com as regras para funcionamento do novo sistema, que entrará em vigor gradualmente a partir de 2026.

Pelo cronograma, serão realizadas audiências públicas de 29 de outubro a 14 de novembro, além de duas sessões de debates no plenário do Senado com representantes dos Estados e dos municípios. Mas ele evitou precisar uma data para entrega do parecer e votação. “Não tenho como cravar. Não vou estabelecer uma data”, afirmou o relator.

Ao Valor, o líder interino do governo no Senado, Otto Alencar (PSD-BA), disse que a reforma não deveria ser prioridade na Casa. Ele defende que, antes, os senadores votem a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o projeto de lei instituindo as novas regras sobre emendas parlamentares e a lei do Orçamento de 2025.

“O paciente está sangrando? Tem que botar na sala e operar, ou tem que pedir exame?”, questionou Alencar, que é cirurgião ortopedista de formação. “Só porque querem a grife da reforma tributária?”, criticou.

Apesar de não haver uma data, a expectativa no Senado é conseguir concluir a aprovação no Congresso ainda este ano. Para o líder do União Brasil, senador Efraim Filho (PB), a votação na CCJ deve ocorrer na primeira semana de dezembro e o texto ir rapidamente ao plenário.

Segundo Braga, não é possível falar com exatidão uma data porque, além de negociar alterações com os senadores, será necessário discutir as mudanças com a Câmara dos Deputados — que dará a palavra final sobre o projeto de lei — e com o governo —, já que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem poder de veto sobre o texto aprovado.

O plano de trabalho estabeleceu a realização de 11 audiências públicas na CCJ. Serão ouvidos representantes do governo federal, dos Estados, dos municípios, do setor privado e especialistas da área. Os debates começarão com a participação do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, e do secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, que falarão sobre aspectos gerais do texto. As demais audiências terão temas específicos, como impactos social e no setor produtivo. (Valor Econômico)


Geografia da qualidade: comparação do teor de sólidos no leite nas principais bacias leiteiras do Brasil

A porcentagem de sólidos no leite é um indicador essencial para a produção leiteira, estando diretamente relacionada à qualidade e ao valor agregado desse produto, uma vez que cerca de 60% do leite produzido no país é destinado à produção de lácteos que exigem sólidos. Os componentes do leite, como gordura e proteína, podem variar a depender da raça e estado nutricional das vacas, fase da lactação, frequência de ordenha e saúde da glândula mamária.

Gráfico 1. Distribuição de sólidos no leite nas Mesorregiões Brasileiras.

Fonte: MAPLeite.

No gráfico acima, pode-se analisar a alta variação nos teores de sólidos nas diferentes mesorregiões mapeadas em um dos nossos produtos, o MAPLeite – regiões estas que compõem as principais bacias leiteiras do país. Há uma evidente variação entre estados, fato atribuído não só ao manejo alimentar e genética dos rebanhos, mas também às condições climáticas e aos investimentos em tecnologia associados.

A região Sul destaca-se por superar a média nacional de 7,09% em três das suas mesorregiões: Noroeste Rio-grandense (7,18%), Oeste+Sudoeste Paranaense (7,22%) e Oeste Catarinense (7,30%). Em contraste, o Centro-Sul Goiano (GO) e a Zona da Mata (MG) apresentam valores distantes da média brasileira, não superando 6,9%.

O Sul do Brasil é a maior região produtora do país, tradicionalmente conhecida por deter alto grau de tecnificação no setor agropecuário, com ênfase em práticas de manejo alimentar e genética aprimorada dos rebanhos. O clima mais ameno nessa localização também é um fator favorável aos animais com aptidão leiteira, viabilizando pastoreio de melhor qualidade, além de proporcionar uma zona de conforto térmico e menor gasto energético para manutenção da temperatura, fatos que refletem na composição do leite.

Por outro lado, regiões como o Centro-Sul Goiano e a Zona da Mata mineira enfrentam desafios distintos. O clima quente e seco limita a qualidade das pastagens, impactando diretamente na nutrição e bem-estar dos animais. Nessas áreas, embora já sejam bacias leiteiras consolidadas, o acesso a tecnologias mais avançadas e a adoção de práticas modernas ainda pode ser um desafio para alguns produtores, o que influencia diretamente nas baixas porcentagens vistas acima.

Assim, a análise do teor de sólidos no leite entre as mesorregiões brasileiras evidencia as disparidades regionais na qualidade do leite. Enquanto algumas regiões se destacam pela alta adaptabilidade ao sistema, outras enfrentam desafios estruturais e ambientais que limitam o desempenho. Em todas as regiões, é sempre interessante aumentar as porcentagens de sólidos por meio de seleção genética e criação de fatores ambientais e nutricionais favoráveis, uma vez que esse é um fator atrativo para a indústria de lácteos. (Milkpoint)

X Fórum Oportunidades da Economia promove interação entre setores público e privado para desenvolvimento do RS

O desenvolvimento econômico de um estado depende de um diálogo constante entre os diferentes atores que compõem a economia. No Rio Grande do Sul não é diferente, principalmente em um momento de retomada, após as dificuldades enfrentadas durante o ano de 2024. O X Fórum Oportunidades da Economia segundo o Plano Rio Grande, que acontece no dia 7 de novembro, no auditório do Ministério Público do RS, se destaca como um espaço fundamental para discutir políticas públicas e ouvir as demandas do setor produtivo.

“O futuro da economia gaúcha passa pelo desenvolvimento, não pode ser diferente. E nós precisamos aprofundar esses debates e essa iniciativa no Fórum. Ele é primordial à medida que a gente avança nas políticas públicas e é importante também escutar todas as partes envolvidas. Desde a classe política, que está trabalhando e gestionando com políticas públicas, até a classe empresarial, que está na ponta, empreendendo”, ressalta o secretário-chefe da Casa Civil do Estado, Artur Lemos.

Um dos pilares do Fórum é a capacidade de reunir quem elabora e executa políticas com aqueles que empreendem e movimentam a economia. A interação entre governo e setor privado proporciona uma compreensão mais ampla dos desafios e oportunidades, permitindo a formulação de iniciativas mais eficientes e direcionadas ao desenvolvimento regional.

No time de painelistas confirmados para a 10ª edição do evento constam nomes como: Fernando Lemos, presidente do Banrisul; Ronaldo Santini, secretário do Turismo do RS; César Saut, vice-presidente da Icatu Seguros e presidente da Rio Grande Seguros; Fernando Lucchese, diretor dos hospitais São Francisco, Sto Antônio e Nora Teixeira; Mauro Pilz, diretor da Reiter Log; Antonio Lacerda, diretor-geral da CMPC; Artur Lemos, secretário-chefe da Casa Civil; Cláudio Bier, presidente do Sistema FIERGS; Sergio Canova Junior, diretor da Partner at McKinsey & Company; Marjorie Kauffmann, secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS; Nei Manica, presidente da Cotrijal; e Fernando Postal, diretor de Desenvolvimento do Banrisul.

A apresentação ficará a cargo da comunicadora da TV Pampa Magda Beatriz e a mediação dos debates será conduzida pelo vice-presidente da Rede Pampa, Paulo Sérgio Pinto. A abertura será feita pelo governador Eduardo Leite e o secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, será responsável pelo encerramento do evento.

O X Fórum Oportunidades da Economia é uma iniciativa da Rede Pampa em parceria com Banrisul, Icatú e Rio Grande Seguros, e Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado. O evento no dia 7 de novembro contará com transmissão ao vivo pela Rádio Liberdade, pelo canal no Youtube da TV Pampa e pelo site www.forumoportunidadeseconomia.com.br.

O encontro é direcionado a prefeitos, secretários estaduais e municipais ligados ao desenvolvimento, tribunais de Contas, Justiça e Ministério Público, empresários do Trade Turístico, além de profissionais de imprensa e demais interessados no desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul. As inscrições são gratuitas e limitadas até o dia 6/11 também pelo site www.forumoportunidadeseconomia.com.br. (Jornal o Sul)


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Dairy Vision 2024
 As indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido na inscrição para o Dairy Vision 2024. As vendas estão no primeiro lote e seguem abertas até o dia 29 de setembro. O acesso para garantir o benefício deve ser feito através do link disponível no site do Sindilat/RS, clicando aqui. Um dos principais fóruns de estratégia e negócios do setor lácteo brasileiro discute, neste ano, os impactos da chegada no campo de diferentes inovações, entre elas, a Inteligência Artificial. Serão dois dias de palestras e encontros na cidade de Campinas (SP). Os cinco painéis acontecem nos dias 05 e 06 de novembro e tratam de: Desafios e oportunidades para a cadeia do leite no Brasil; A transformação do ambiente de negócios na cadeia do leite; O que há de novo no horizonte? Startups to watch; Um olhar sobre o leite na América Latina; Indo além do leite: o que a ciência está trazendo de inovação; e Inovação aplicada ao segmento de alimentos. As informações do evento e programação completa estão em www.dairyvision.com.br.

 
 

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Porto Alegre, 23 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.249


Indústria láctea gaúcha resiste a enchentes e projeta crescimento 

O setor leiteiro do Rio Grande do Sul, terceiro maior produtor do Brasil, demonstra sinais claros de recuperação em 2024, após enfrentar uma série de crises agravadas pelas enchentes. 

Com a resiliência dos produtores e a adoção de novas tecnologias, a indústria conseguiu superar os desafios climáticos e econômicos, alavancando a produtividade e o bem-estar animal.

O aumento nos preços e os investimentos em inovação fortaleceram a cadeia produtiva, projetando um futuro promissor para a produção de leite no estado, que agora vislumbra crescimento contínuo. 

São pontos abordados no novo episódio do Agrolink News, que foi ao ar nesta terça-feira, 22 de outubro, e contou com a participação do Secretário Executivo do SINDILAT/RS, Darlan Palharini. Ouça o episódio na íntegra clicando aqui. 

As informações são do Agrolink via spotify.


Competitividade | A América Latina no mercado internacional de laticínios

Nas últimas décadas, a América Latina se estabeleceu como uma região importante para as exportações de produtos lácteos. Países como a Argentina, o Brasil e o Uruguai são atores importantes no comércio internacional, mas não sem desafios que exigem atenção em todos os elos da cadeia.

De acordo com a plataforma South Dairy Trade, a Argentina exportou mais de 340.000 toneladas de produtos lácteos em 2023.

O Brasil, um importador, tem um déficit estrutural que o obriga a se abastecer na Argentina e no Uruguai. Essa interdependência regional fortalece a integração comercial, mas força a concorrência nas políticas comerciais e de produção de cada país.

O Uruguai, com um setor de laticínios bem desenvolvido, é uma história de sucesso de exportação. Em 2022, exportou mais de 70% de sua produção, com receitas de quase US$ 700 milhões. Sua alta produtividade, apoiada por um modelo cooperativo, é fundamental para manter custos baixos e preços competitivos no mercado internacional.

A Colômbia continua a buscar oportunidades no cenário internacional. Nos últimos anos, o acordo comercial de 2013 com a União Europeia permitiu que as exportações de queijo e leite em pó crescessem 20% entre 2019 e 2023, de acordo com o Ministério do Comércio, Indústria e Turismo.

Um dos principais desafios da América Latina é a heterogeneidade da produtividade entre os países.

Enquanto a Argentina ou o Uruguai atingem 6.000 litros por vaca por ano, na Colômbia, a média nacional é de apenas 4.000, de acordo com o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural.

Essa diferença é significativa e coloca alguns produtores em desvantagem, quando países como a Nova Zelândia ou os Estados Unidos ultrapassam os 9.000 litros.

O transporte, o armazenamento e o acesso a tecnologias avançadas de processamento são restrições na Colômbia, no Peru e na Bolívia. Os altos custos de produção, a volatilidade econômica e a instabilidade política afetam o acesso ao financiamento necessário para modernizar as fazendas leiteiras, como pode ser visto no caso da Argentina.

Da mesma forma, as flutuações do mercado internacional afetam diretamente a lucratividade da produção primária. Por exemplo, quando o Global Dairy Trade anunciou uma queda de 9% no preço médio entre junho e setembro de 2023, a renda dos produtores da Argentina e do Uruguai, que dependem muito das exportações, despencou.

Essas oscilações também afetam a produção local, pois a demanda doméstica pode não ser suficiente para absorver o excesso de produção, pressionando os preços para baixo.

Na Colômbia, o aumento das importações afetou as margens de lucro dos produtores, por isso é muito importante que eles também estejam informados e adaptados às condições do mercado global.

A América Latina tem potencial para melhorar sua competitividade internacional, e uma das chaves para isso pode ser encontrada no desenvolvimento de produtos de valor agregado, que são cada vez mais procurados em mercados como a Europa, os Estados Unidos e a Ásia.

De acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a adoção de tecnologias como o gerenciamento de dados por meio de sistemas de gerenciamento de gado, sensores para monitorar a saúde do gado e inteligência artificial para otimizar a alimentação pode aumentar a produtividade em 15 a 20%.

A América Latina está bem posicionada para ser um participante importante no mercado internacional de laticínios, mas precisa superar os desafios relacionados à produtividade, à infraestrutura e às flutuações do mercado.

Os produtos lácteos de alta qualidade e valor agregado, juntamente com a inovação tecnológica, oferecem uma grande oportunidade para que a região fortaleça sua presença no mercado global e garanta um futuro próspero para o setor.

Fonte: La Vía Láctea - Asoleche via Edairy News

Manejo correto ajuda o produtor a aumentar a produção de leite de uma vaca em lactação

A produção de leite de uma vaca em lactação pode ser aumentada através de uma série de práticas voltadas para o bem-estar, manejo, alimentação e genética do animal. Para isso, é preciso fazer uma alimentação balanceada. A nutrição adequada é fundamental. As vacas devem receber dietas ricas em energia, proteína, vitaminas e minerais. Ingredientes como silagem de milho, ração concentrada e forragens de alta qualidade, como feno e pastagem, ajudam a manter a produção de leite elevada.

O consumo de água é crucial para a produção de leite, pois o leite é composto principalmente de água. Garantir que a vaca tenha acesso constante a água limpa e em quantidade suficiente é essencial. As vacas precisam de um ambiente confortável para produzir bem. Ambientes limpos, com temperatura adequada e livre de estresse, como excesso de barulho ou confinamento extremo, aumentam a produtividade.

A rotina de ordenha deve ser eficiente e regular. Ordenhar nos horários corretos, com técnicas adequadas e em um ambiente higiênico ajuda a otimizar a produção de leite e a evitar problemas como mastite. Manter a saúde do rebanho é vital. Doenças como a mastite, infecção nas glândulas mamárias, podem reduzir drasticamente a produção de leite. Um bom programa de vacinação e cuidados veterinários regulares ajudam a prevenir doenças.

Outra coisa importante é o descanso adequado dos nimais. Vacas que descansam em condições confortáveis produzem mais leite. Estações de descanso adequadas e um bom manejo do tempo de repouso contribuem para a saúde geral do animal e, consequentemente, para uma maior produção.

A qualidade genética das vacas é também um fator determinante. A seleção de vacas com alta aptidão genética para produção de leite é uma estratégia importante. O uso de inseminação artificial com touros de alta performance pode melhorar as características genéticas do rebanho.

Importante observar a deficiência de certos minerais, como cálcio e fósforo, que pode afetar a produção de leite. Suplementos alimentares e aditivos que aumentam a eficiência digestiva também podem ser usados para maximizar o potencial produtivo da vaca. Em alguns casos, hormônios como a somatotropina bovina (BST) podem ser usados sob orientação de um veterinário, mas seu uso deve ser feito com cuidado e é proibido em muitos países devido a questões de segurança alimentar e bem-estar animal. (Terra Viva)


Jogo Rápido

O acordo com o Mercosul poderia ser assinado em novembro, mas…
Cada vez mais existem vozes indicando que o acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul possa ser assinado durante a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, entre os dias 18 e 19 de novembro. A França tem sido a grande oponente ao acordo já que seu setor de carne bovina, de carne de frango, açúcar e milho, entre outros, pressionam o governo francês para que se mantenha contra. Tais setores se sentem ameaçados pelo prejuízo que o acordo poderá acarretar, já que seria impossível competir os produtos importados sem tarifas alfandegárias e preços mais baixos. A França por si só, não é capaz de frear o acordo, mas a Comissão Europeia não parece disposta a provocar a cólera da França e fomentar ondas de euroceticismo. Por esse motivo, parece que, para tentar apaziguar a França, assim como outros países reticentes ao acordo como Irlanda ou Áustria, a Comissão Europeia trabalha sobre um novo fundo orçamentário para indenizar os agricultores e os produtores de qualquer impacto negativo que possa ser decorrente do acordo UE-Mercosul, segundo Político. Esta ideia, no entanto, encontra-se em fase preliminar e tem precedente. Em 2021 a UE criou uma reserva de ajuste do Brexit de € 5,4 bilhões para proteger os setores industriais, como o da pesca, dos impactos potencialmente negativos da saída do Reino Unido da UE. A Espanha sempre foi uma grande defensora desse acordo. Ontem, na reunião do Conselho de Ministros de Agricultura da UE, o Ministro Luís Planas expressou sua confiança de que haverá “uma conclusão rápida e equilibrada” do acordo UE-Mercosul já que, em sua opinião é “estrategicamente necessário” para ampliar as possibilidades de venda dos produtores comunitários nos países do bloco latino-americano. Isso sim, ficou claro, “é importante que se possa competir nas mesmas condições”, em alusão à inclusão de cláusulas de reciprocidade nos acordos com países terceiros, um conceito que “está abrindo caminho” entre os Estados Membros. Fonte: Agrodigital Tradução livre: www.terraviva.com.br

 
 

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Porto Alegre, 22 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.248


Governos podem ficar proibidos de dar incentivo fiscal

Ministério da Fazenda tenta endurecer a Lei de Responsabilidade Fiscal, propondo regra que pode afetar municípios, estados e o próprio governo federal

Municípios, estados e o próprio governo federal poderão ser proibidos de conceder ou ampliar benefícios tributários se, ao fim de cada ano, não tiverem recursos suficientes no caixa para honrar com os chamados restos a pagar (RAP). O endurecimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) pode impactar cerca de 300 cidades que, atualmente, não respeitam esse equilíbrio.

A mudança, patrocinada pelo Ministério da Fazenda, foi aprovada pelo Senado no projeto de lei que trata da renegociação de dívidas dos estados. Se for chancelada dessa forma pela Câmara, a nova regra começaria a valer a partir de 2027.

De acordo com dados do Tesouro Nacional, em 2023, 307 municípios apresentaram insuficiência em caixa para arcar com os RAP processados (despesas empenhadas e liquidadas que não foram pagas no exercício) e 77 com os não processados (gastos empenhados não liquidados). O volume de entes atingidos pela medida pode ser ainda maior, segundo especialistas, já que o projeto de lei determina a necessidade de haver recursos também para “as demais obrigações financeiras”.

A insuficiência de caixa no poder público revela que uma administração tem gastos previstos sem ter, contudo, lastro financeiro para arcar com as despesas. Quando atinge uma situação séria de déficit financeiro, a máquina começa a entrar em colapso, com o atraso de pagamentos, do 13º salário de servidores, chegando a afetar até remunerações mensais e fornecedores, em contextos mais graves.

Para tentar evitar tal situação, a proposta inserida no PL da dívida dos Estados enrijece uma regra que atualmente só funciona para o último ano de mandato de chefes de Executivos. A LRF veda que, nos últimos oito meses do mandato, o prefeito ou o governador, por exemplo, contraia uma obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente ainda naquele ano, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para isso. Com o novo texto proposto, esse cuidado deverá ser anual.

“A partir de 1º de janeiro de 2027, se verificado, ao final de um exercício, que a disponibilidade de caixa não é suficiente para honrar os compromissos com Restos a Pagar processados e não processados inscritos e com as demais obrigações financeiras, aplica-se imediatamente ao respectivo Poder ou órgão, até a próxima apuração anual, a vedação à concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária”, diz o texto chancelado pelos senadores.

Além disso, o PL prevê que, se o caixa insuficiente perdurar por dois anos, a lista de restrições aumentará. A prefeitura, o estado ou a União não poderão conceder aumento a servidores, criar cargos e alterar uma estrutura de carreira que implique em alta de despesa.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que a proposta foi uma “batalha” encampada pelo órgão para evitar que o problema financeiro dos entes gere um “colapso” na prestação de serviços públicos. Por isso, para ele, a mudança vai além de uma melhora fiscal. Ele afirmou que, nas situações em que o saldo de caixa bruto é inferior ao volume de restos a pagar processados, a administração pública pode estar à beira do colapso.

“Chega num cenário que implode. E isso infelizmente ainda acontece”, disse Ceron. Ele ainda observou que a regra só começará a valer em 2027 para que os entes possam se preparar. Segundo o secretário, houve uma “compreensão” do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre o tema, além de uma concordância dos estados. “Foi um avanço importante”, disse.

Um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostra que, de 1888 municípios com dados divulgados do primeiro semestre, 26 apresentaram disponibilidade de caixa insuficiente para arcar com a despesa dos restos a pagar. O estado com mais municípios nessa situação é Minas Gerais, que totaliza oito prefeituras, seguido do Maranhão, com cinco.

Com problemas financeiros há alguns anos, o governo estadual mineiro também tem problemas em manter as contas equilibradas. De acordo com o Relatório de Gestão Fiscal do Estado, em 2019, quando a situação era mais crítica, a disponibilidade de caixa líquida chegou a ficar deficitária em R$ 21,4 bilhões. Em 2023, o rombo ficou em R$ 5,1 bilhões. (Canal Rural)


Brucelose – São Paulo sai na frente e se torna o primeiro estado onde a marcação a fogo deixa de ser obrigatória

Estado é o primeiro e único a ter o modelo de identificação alternativo aprovado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA)

O Governo de SP, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) e da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), saiu na frente dos outros estados e publicou nesta segunda-feira (21), que a vacinação das fêmeas bovinas e bubalinas de três a oito meses de idade contra a Brucelose, sofrerá alterações em alguns procedimentos, com destaque para a marcação a fogo dos animais vacinados, que deixa de se tornar obrigatória. O modelo alternativo adotado no Estado de São Paulo é o primeiro do país aprovado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24, e fica estabelecido para a identificação da vacinação contra a doença para animais dentro do território de São Paulo, de forma alternativa, a identificação individual auricular, tipo botton.

“São Paulo sai na frente mais uma vez com essa nova marca para o agro do Estado. Bem-estar animal significa segurança jurídica, garantindo um documento que comprova boas práticas, valorizando a pecuária paulista e abrindo novos mercados internacionais, cada vez mais restritivos”, destaca o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai.

“Se trata de um pacote de medidas que priorizam todos os envolvidos na vacinação contra a Brucelose, visando o controle e posteriormente a erradicação dessa zoonose”, comenta Luiz Henrique Barrochelo, médico-veterinário e coordenador da Defesa Agropecuária.

Além do destaque envolvendo a identificação dos animais, medida que tem como objetivo o bem-estar animal e um manejo mais eficiente e seguro ao produtor e ao médico-veterinário habilitado responsável pela vacinação, as publicações estabelecem mudanças nos prazos para a vacinação e a desburocratização da declaração.

Prazos

A partir de agora, no âmbito do Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PECEBT), fica estabelecido que o calendário para a vacinação será em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto as unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

Diferente das campanhas anteriores, a declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Em caso de incongruências, o médico-veterinário e o produtor serão notificados das pendências por meio de mensagem eletrônica, enviada ao e-mail cadastrado junto ao GEDAVE. Neste caso, o proprietário deverá regularizar a pendência para a efetivação da declaração.

Identificação

O modelo alternativo de identificação - o primeiro do país aprovado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) - de vacinação contra a Brucelose trata-se de uma alternativa não obrigatória à marcação a fogo que além do bem-estar animal, estimula a produtividade e a qualidade do manejo, além de aumentar a segurança do produtor e do veterinário responsável pela aplicação do imunizante.

A partir das publicações, fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o algorismo do ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

Os bottons, produzidos dentro de especificações indicadas em portaria, serão fornecidos às revendas de insumos e produtos veterinários, que farão a venda e fornecimento dos identificadores juntamente com as vacinas, aos médicos-veterinários ou aos produtores, mediante informação no receituário.

Para o caso de perda, dano ou qualquer alteração que prejudique a identificação, deverá ser solicitada nova aplicação que deverá ser feita ao médico-veterinário responsável pela aplicação ou ainda, para a Defesa Agropecuária.

Havendo a impossibilidade da aquisição do botton, o animal deverá ser identificado conforme as normativas vigentes do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT).

A Defesa Agropecuária informa ainda que o uso do botton só é válido dentro do Estado de São Paulo, não sendo permitido o trânsito de animais identificados de forma alternativa para demais estados da federação.

Para ter acesso à íntegra das portarias, acesse https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/legislacoes/. (Agricultura SP)

Dia da Osteoporose: a importância de consumir cálcio na infância e na adolescência

No domingo, 20 de outubro foi o Dia Mundial da Osteoporose instituído pela Federação Panamericana do Leite (Fepale) com o objetivo de destacar o papel fundamental dos lácteos na prevenção dessa enfermidade.

A osteoporose debilita os ossos, fazendo-os mais frágeis e propensos a fraturas. Afeta tanto mulheres como os homens em todo o mundo. Para prevenir e melhorar a situação de quem sofre com a osteoporose, é recomendado  exercício físico, alimentação equilibrada com lácteos, tomar sol (vitamina D), evitar álcool, tabaco, bebidas cola e cafeína, segundo a instituição em seu canal no Youtube.

Vários artigos com informação sobre o tema foram publicados no site da Fepale. 

Lácteos e Saúde Óssea: O consumo diário de lácteos na infância e adolescência contribui para a estruturação e consolidação da massa óssea, prevenindo de patologias ósseas na idade adulta, como a osteoporose.

O Cálcio na Adolescência: Na adolescência, os ossos crescem em tamanho e volume,
incrementando a massa óssea corporal. Até os 23 anos de idade é produzido o denominado “pico de massa óssea”, que é o maior crescimento, em volume, da massa óssea durante o ciclo da vida. Quantos maiores forem os depósitos de cálcio acumulados na adolescência, maior será o pico de massa óssea, e consequentemente, a massa óssea máxima (MOM) e densidade óssea alcançada na idade de um adulto jovem.

Massa Óssea Máxima e Lácteos: Uma alimentação que inclua lácteos desde a infância e principalmente na puberdade, é fundamental para obter massa óssea adequada (MOM), até os 30 anos de idade.

Cálcio e Minerais do Leite: Uma dieta rica em cálcio de alta biodisponibilidade e proteínas de alto valor como os fornecidos pelos lácteos, junto com outras vitaminas e minerais encontrados no leite e derivados: vitamina D, potássio, fósforo, magnésio, durante as primeiras etapas da vida, permitem alcançar de forma efetiva e eficiência o máximo nível de massa óssea, amortecer o processo de envelhecimento dos ossos, e diminuir o risco de fraturas por osteoporose na idade adulta.

Fonte: TodoElCampo Tradução livre: www.terraviva.com.br


Jogo Rápido

O secretário executivo do Sindilat-RS, Darlan Palharini, destacou que a cartilha desenvolvida em parceria com a Universidade de Passo Fundo (UPF) visa incentivar a adoção de práticas que proporcionem o bem-estar dos animais, bem como a manutenção do volume e da qualidade do leite nos períodos mais quentes do ano. Ouça a entrevista da AGERT clicando aqui. (Agert)

 
 

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Porto Alegre, 21 de outubro de 2024                                                    Ano 18 - N° 4.247


Jornalistas têm 10 dias para inscrever trabalhos no 10º Prêmio Sindilat/RS

Nesta segunda-feira, 21/10, começa o prazo regressivo de 15 dias para o encerramento do prazo de inscrições para a 10ª Edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo. O limite é o dia 01/11 para a remessa de trabalhos sobre o setor lácteo, veiculados entre 02/11/2023 e 01/11/2024, e que tratem de seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios.

Para a inscrição, é necessário completar a ficha para cada trabalho que deve ser enviada para imprensasindilat@gmail.com, com as cópias do Documento de Identidade do autor; do Registro Profissional; do atestado de autoria em caso de matérias não assinadas; e do atestado de data de veiculação para as produções em que não houver referência ao período.

A premiação está dividida em três categorias: impresso, eletrônico e on-line. Não há limite de número de inscrições por profissional. A divulgação dos finalistas será realizada no dia 29/11 e os vencedores, conhecidos no dia 19/12. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular; os segundos e terceiros classificados receberão troféus. Nesta edição de aniversário, a premiação também destacará o profissional mais premiado ao longo das dez edições.

As informações são do SINDILAT/RS


CEPEA: O Boletim do Leite de outubro já está disponível!

Com oferta menor que a esperada, o preço do leite captado subiu em agosto. De acordo com a pesquisa do Cepea, o valor pago ao produtor registrou alta de 1,4% na “Média Brasil” frente ao mês anterior, atingindo R$ 2,7607/litro, em termos reais (deflacionado pelo IPCA de agosto/24). A expectativa de agentes do setor é de que o movimento de elevação ganhe força em setembro.

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) aponta que o mês de setembro foi marcado por alta nos preços dos três itens analisados. A muçarela foi cotada à média de R$ 32,89/kg, aumento de 2,74% em relação ao mês anterior; o leite em pó e o leite UHT, por sua vez, se valorizaram respectivos 1,32% e 7,58%, em igual comparativo, com as médias passando para R$ 30,02/kg e R$ 4,68/l, nessa ordem.

Em setembro, as importações brasileiras de lácteos permaneceram praticamente estáveis em relação a agosto (-0,53%), ainda superando em 21,35% as do mesmo período do ano passado. As exportações, por sua vez, cresceram expressivos 218,96% no comparativo mensal e 96,77% no anual. Como resultado, o déficit da balança comercial (em volume) recuou 5,6% de agosto para setembro, para aproximadamente 173,3 milhões de litros em equivalente leite, gerando um saldo negativo de US$ 72,2 milhões.

Em setembro, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 0,72% em relação ao mês anterior, na “média Brasil” (bacias de BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS). Com o resultado, o COE acumula leve variação negativa de 0,06% na parcial de 2024.

Acesse o boletim completo clicando aqui.

https://www.cepea.esalq.usp.br/upload/revista/pdf/0950893001729268272.pdf

A produção de leite se recupera a passos firmes

O Departamento Nacional do Leite divulgou o boletim mensal da produção de leite na Argentina e os dados trouxeram otimismo para o setor no final do ano. De acordo com os dados oficiais, analisados pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), foram produzidos 1.015 milhões de litros em setembro.

Isto significa 2,2% a mais do que em agosto, mas representa 5,6% a mais na média diária. Além disso, mesmo que seja 1,9% inferior a setembro de 2023, é a menor variação interanual em mais de um ano, e é preciso voltar a agosto de 2023 para encontrar uma taxa maior.

A produção do leite de vaca volta a crescer “Normalmente a produção no mês de setembro sobe 4% em relação a agosto (na média diária) e este ano houve melhora, subindo 5,6%, como resultado de uma importante recuperação que vem sendo registrados em relação aos fracos desempenhos desde o início do ano, e em igualperíodo do ano passado”, explicou o OCLA.

Ao analisar a evolução do setor, o organismo lembrou que a queda da produção foi agravada durante o primeiro semestre do ano, recuando 14,5% nos quatro primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período de 2023. Mas a partir de então, “a maioria das bacias leiteira melhoraram significativamente os dados e houve recuperação entre maio e julho em relação às fortes quedas iniciais, com leve recuo em agosto, voltando a ter dados positivos em setembro passado”, continuou. “Por isso, espera-se que, o ritmo de recuperação iniciado em maio deverá continuar, mesmo porque será uma comparação com um último trimestre muito fraco de 2023 e por ser o último trimestre do ano, o de maior participação na produção total, o acumulado de 2024 poderá ficar 6% menor em relação a 2023”.

E, o mais importante é que “também é provável que os valores de outubro a dezembro possam ser positivos na comparação interanual”. Fonte: infocampo Tradução livre: www.terraviva.com.br


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Dairy Vision 2024
 
As indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido na inscrição para o Dairy Vision 2024. As vendas estão no primeiro lote e seguem abertas até o dia 29 de setembro. O acesso para garantir o benefício deve ser feito através do link disponível no site do Sindilat/RS, clicando aqui. Um dos principais fóruns de estratégia e negócios do setor lácteo brasileiro discute, neste ano, os impactos da chegada no campo de diferentes inovações, entre elas, a Inteligência Artificial. Serão dois dias de palestras e encontros na cidade de Campinas (SP). Os cinco painéis acontecem nos dias 05 e 06 de novembro e tratam de: Desafios e oportunidades para a cadeia do leite no Brasil; A transformação do ambiente de negócios na cadeia do leite; O que há de novo no horizonte? Startups to watch; Um olhar sobre o leite na América Latina; Indo além do leite: o que a ciência está trazendo de inovação; e Inovação aplicada ao segmento de alimentos. As informações do evento e programação completa estão em www.dairyvision.com.br.