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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 13 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.264


Deputados aprovam orçamento do RS para 2025 com previsão de déficit de R$ 2,8 bi
 
Os deputados estaduais gaúchos aprovaram nesta terça-feira (12) o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício de 2025 no Rio Grande do Sul, com previsão de déficit de R$ 2,8 bilhões nas contas públicas. A proposta, de autoria do Executivo, segue para sanção do governador Eduardo Leite (PSDB), que tem prazo até 30 de novembro. Além dos 35 votos favoráveis, a matéria recebeu 13 contrários à sua aprovação, das bancadas do PT/PCdoB, do PSOL e do Novo.
 
O projeto encaminhado prevê receitas totais de R$ 83,8 bilhões e despesas de R$ 86,6 bilhões. A peça orçamentária também estima crescimento do PIB gaúcho em 2% para 2025, e crescimento na arrecadação do ICMS - principal imposto estadual - de 14,4% no ano que vem em relação a 2024, com recolhimento de R$ 53,6 bilhões.
 
Os deputados de oposição ao governo Leite criticaram os investimentos propostos pra as áreas de saúde e educação. "A Constituição exige que 25% dos investimentos dos estados sejam aplicados nas escolas públicas, e o orçamento retira R$ 3 bilhões que deveriam estar na escola pública e não estão", disse o líder da bancada do PT no parlamento, deputado Miguel Rossetto.
 
Um levantamento realizado pela equipe econômica do deputado Adão Pretto (PT) identificou o percentual de 19,4% dos investimentos pra educação e 9,38% para a saúde. Pela Constituição, os índices mínimos para estes setores são de 25% e 12%, respectivamente. Na área da educação, entretanto, um acordo firmado em setembro deste ano entre o governo do Estado e o Ministério Público permite o Piratini de não cumprir esta meta de mínimo constitucional.
 
Outra questão presente na LOA é o empenho financeiro pra a reconstrução do Estado após a catástrofe climática de maio de 2024. Conforme o líder do governo Leite na Assembleia Legislativa, deputado estadual Frederico Antunes (PP), os recursos economizados pelo Estado em função da suspensão da dívida do RS com a União serão destinados para a recuperação após as enchentes. "Os valores que não vão ser necessários o Estado pagar de juros provenientes da dívida para, exclusivamente, a contenda de fazermos ações que retornem ao Estado aquilo que ele perdeu na catástrofe", pontuou o parlamentar.
 
Para a gestão e captação destes recursos, o governo do RS criou ainda em maio, no período mais crítico das cheias, o Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), que tem a vigilância e fiscalização de um Conselho. Na LOA de 2025, está previsto aporte de cerca de R$ 4,2 bilhões ao Funrigs. (Jornal do Comércio)

Prévia IBGE: captação de leite recua no 3º trimestre de 2024

De acordo com os dados preliminares da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, divulgados nesta terça-feira (12/11), no 3º trimestre de 2024 a captação formal de leite no Brasil enfrentou um sutil recuo em relação ao terceiro trimestre de 2023. Com uma estimativa de 6,2 bilhões de litros captados, o recuo foi de 0,6% para o 3° trimestre de 2023, como mostra o gráfico 1, com uma diferença de menos 35 mil litros de leite em relação ao mesmo período do ano anterior.

Gráfico 1. Captação formal: Variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE. 
 
É importante destacar que os dados para o 3º trimestre, que são prévios, poderão ser reajustados para a publicação dos dados oficiais (que devem ser publicados no dia 05/12).

Os resultados do último trimestre seguiram sendo influenciados por questões climáticas. A estrutura produtiva da região Sul do país foi afetada pelas enchentes que ocorreram em maio deste ano, com danos sendo ainda refletidos nos últimos meses, o que provavelmente acarretou um pico de produção abaixo do esperado para o último trimestre na região. Além dos efeitos climáticos no Sul do país, as temperaturas elevadas, episódios de queimadas e a extensão do período de seca em outras regiões, como Centro-Oeste e Sudeste, também atrasou a entrada do período de maior produção de leite dessas áreas, trazendo o recuo observado para o terceiro trimestre do ano.

Os resultados de cada mês podem ser observados na tabela a seguir:

Tabela 1. Captação mensal de leite no Brasil (Prévia)

Fonte: IBGE - elaborado pelo MilkPoint Mercado

Dessa forma, o resultado para o 3º trimestre de 2024 apresentou um sutil recuo anual, puxado principalmente pelos resultados negativos de agosto e setembro, que são justamente os meses que tendem a apresentar maior produção de leite na região Sul do país, a maior região produtora.

Gráfico 2. Volume da captação formal de leite no Brasil

Fonte: IBGE – elaborado pelo MilkPoint Mercado

Apesar dos reflexos climáticos ainda estarem presentes nos resultados do último trimestre, para os últimos meses de 2024 é esperada a recuperação gradual e sazonal da produção de leite para o período, com uma maior influência das regiões Sudeste e Centro-Oeste no volume total, que possuem seu período de safra a partir de novembro. Vale a ressalva que no final de 2023 o maior estado produtor do país, Minas Gerais, apresentou uma produção de leite abaixo do histórico para o período, e, caso a produção do estado volte para seus patamares habituais, poderemos observar uma variação anual mais forte para o último trimestre do ano. Seguiremos acompanhando.

(Observação: os dados acima mencionados são em relação à prévia divulgada pelo IBGE. A publicação definitiva, que será divulgada no próximo mês, poderá sofrer alterações)

Produção de leite com lucratividade recebe ênfase em dia de campo

Como produzir leite com lucratividade foi o tema transversal do Dia de Campo que atraiu agricultores e lideranças à propriedade das famílias de José Kroth e do filho, Fábio André Kroth, na localidade de Linha Fátima, em Nova Candelária, na quarta-feira (06/11). A ação foi promovida pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, e pela Secretaria Municipal de Agricultura de Nova Candelária, com o apoio do Sicredi, da Cresol e da Sicoob.

Junto à propriedade, que é uma Unidade de Referência Tecnológica (URT), foram abordados quatro temas convergentes à rentabilidade e à qualidade de vida em propriedades voltadas à atividade leiteira.

Na estação conduzida pelo extensionista da Emater/RS-Ascar e engenheiro de produção Elir Paulo Pasquetti, e pelo proprietário Fábio André Kroth, receberam ênfase aspectos da gestão da propriedade e da sucessão familiar. Foi reforçada a importância de pontos estratégicos como a gestão das pessoas em relação à organização das atividades, disponibilidade de mão de obra e capacitação continuada, bem como aspectos técnicos relativos ao manejo do solo, da água, do rebanho, da alimentação, da qualidade da produção, dos controles técnicos e financeiros e dos investimentos.

Cuidados que se refletiram em alguns dos resultados obtidos pela família, em relação à produção e ao retorno econômico. Com o controle efetuado, foi possível observar um crescimento de mais de 200 mil litros de leite na propriedade, no período de 2007 a 2023. Há 16 anos eram produzidos 55.484 litros por ano; em 2023, o volume de produção chegou a 256.713 litros.

A importância do pré-parto na produtividade das vacas leiteiras também foi abordada no Dia de Campo. O médico veterinário Renan Stefler falou sobre aspectos relacionados à secagem das vacas, ao bem-estar animal, ao período de transição e o pós-parto. Destacou a relação entre a capacidade de ingestão de alimentos, a produção do leite e o escore corporal dos animais e seus respectivos reflexos na produção do leite.

O sistema de produção de leite a pasto foi tema da estação conduzida pelo extensionista da Emater/RS-Ascar de Três de Maio Leonardo Rustik e pelo assistente técnico regional Jorge Lunardi, com contribuições do produtor José Kroth. Os técnicos enfatizaram a necessidade de adaptar o sistema de produção às características de cada propriedade rural. Ao destacar o sistema de produção de leite, alertaram para a necessidade da adubação e manejo adequado das pastagens e a reserva de alimentação para os animais, através da silagem, do feno e do pré-secado. Sintetizaram dizendo que para produzir leite é necessário alimentação de qualidade, água e sombra para os animais.

A qualidade de vida das famílias rurais, aspecto fundamental para a permanência e a sucessão rural, foi abordada pela assistente técnica regional da Emater/RS-Ascar Vanessa Gnoatto, pela extensionista Luciele Boiczuk e pelas agricultoras Marli e Carine Kroth. A relação entre a produção diversificada de alimentos para autoconsumo na propriedade, a segurança alimentar, a redução de custos e a promoção da saúde foram enfatizadas. As famílias anfitriãs são exemplo desta consciência, segundo dados apresentados, juntas produzem 86% do que consomem em termos de alimentação.

O Dia de Campo contou com a participação de 82 produtores e lideranças, o que fez com que as entidades promotoras manifestassem seu agradecimento. O evento também oportuniza que as estratégias sejam adaptadas e adotadas em outras propriedades.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Santa Rosa


Jogo Rápido

ÚLTIMA CHANCE: Inscrições para o 10º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo encerram nesta sexta-feira, dia 15/11
Ainda dá tempo para inscrever trabalhos jornalísticos na 10ª edição do Prêmio Sindilat/RS. O prazo está aberto até a sexta-feira, dia 15/11. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular iPhone; segundos e terceiros serão agraciados com troféus. Não há limite de número de inscrições por candidato, que podem inscrever suas produções nas categorias impresso, eletrônico e on-line. Podem participar trabalhos que tenham sido publicados/veiculados entre 02/11/2023 e 01/11/2024, que tratem sobre o setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios. Para garantir a inscrição, é preciso completar a ficha com os dados solicitados, para cada trabalho inscrito, que devem ser enviados para imprensasindilat@gmail.com. Regulamento e Ficha de inscrição aqui. (SINDILAT)

 
 

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Porto Alegre, 12 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.263


Consumo de lácteos | O consumo de produtos lácteos ricos em proteínas no café da manhã aumenta a concentração e a saciedade

Os resultados do estudo revelaram que as jovens participantes se sentiram mais saciadas e com menos fome após um café da manhã à base de laticínios, com alto teor de proteína e baixo teor de carboidratos, em comparação com um café da manhã com baixo teor de proteína e alto teor de carboidratos ou sem café da manhã.Um novo estudo mostra que um café da manhã rico em proteínas de origem láctea não só é mais satisfatório em comparação com uma refeição rica em carboidratos ou com a omissão do café da manhã, mas também ajuda a aumentar a concentração nas primeiras horas críticas do dia, segundo pesquisadores publicados no Journal of Dairy Science.A pesquisadora principal do estudo cruzado e randomizado, Dra. Mette Hansen, professora associada do Departamento de Saúde Pública da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, lembra que “estudos epidemiológicos mostram claramente que pular o café da manhã está associado a um maior risco de sobrepeso, e outros estudos de intervenção indicam que vários componentes da dieta – com baixo teor de proteína, fibra e cálcio – podem ter um efeito prejudicial na regulação do peso. Isso sugere que o conteúdo do café da manhã pode influenciar seu impacto sobre a saúde”.Portanto, os pesquisadores queriam saber se um café da manhã com alto teor de proteína e baixo teor de carboidratos reduziria a ingestão de calorias ao longo do dia e ajudaria as pessoas a se sentirem saciadas por mais tempo do que se pulassem o café da manhã ou comessem uma refeição com alto teor de carboidratos.

Assim, a Dra. Hansen e sua equipe se propuseram a testar sua teoria em um estudo randomizado no qual acompanharam 30 mulheres jovens por três dias de teste separados por pelo menos dois dias. No dia anterior a cada teste, os níveis de atividade física e as dietas das mulheres foram padronizados. As participantes, com idades entre 18 e 30 anos, tinham um índice de massa corporal (IMC) superior a 25, o que as classificava como obesas ou com sobrepeso.

Durante o estudo, os participantes tomaram um café da manhã rico em proteínas, composto de iogurte skyr e aveia, ou uma refeição pobre em proteínas e rica em carboidratos, composta de pão integral com geleia de framboesa e suco de maçã. Ambas as refeições tinham o mesmo conteúdo e densidade de energia e a mesma quantidade de fibras e gorduras. O grupo de controle não tomou café da manhã (exceto por um copo de água).

Após o café da manhã, a equipe calculou a ingestão de energia dos participantes no almoço e durante o resto do dia e avaliou o apetite entre as refeições. Foram coletadas amostras de sangue entre o café da manhã e o almoço para analisar os hormônios intestinais reguladores do apetite, a insulina e a glicose. Por fim, a equipe mediu o desempenho dos participantes em um teste de concentração duas horas e meia após o café da manhã.

Os resultados do estudo revelaram que as jovens participantes se sentiram mais saciadas e com menos fome após um café da manhã à base de laticínios, com alto teor de proteína e baixo teor de carboidratos, em comparação com um café da manhã com baixo teor de proteína e alto teor de carboidratos ou sem café da manhã.

“No entanto, isso não se traduziu de forma significativa em seus hormônios intestinais ou na ingestão calórica total do dia”, diz o Dr. Hansen, sugerindo que um café da manhã rico em proteínas por si só pode não ser uma solução para a perda de peso.

É interessante notar que as escolhas do café da manhã também afetaram a cognição. Depois de ingerir o iogurte rico em proteínas, os participantes melhoraram suas pontuações nos testes de concentração em comparação com aqueles que não tomaram o café da manhã. Essa melhora cognitiva não foi observada naqueles que comeram torradas com geleia e suco.

Até onde sabemos, os efeitos cognitivos da ingestão aguda de proteínas não foram investigados antes nessa população de mulheres jovens”, afirma o Dr. Hansen.

A equipe do estudo especifica que esses resultados poderiam se beneficiar de mais pesquisas para entender como as escolhas do café da manhã influenciam a saúde ao longo do tempo e em populações mais diversificadas.

Independentemente das metas de peso, esse estudo mostra que um café da manhã à base de laticínios, rico em proteínas e micronutrientes, pode fazer com que você se sinta e tenha um desempenho melhor ao começar o dia, concluem. (EdairyNews)


Participação do RS na Conferência da ONU para o Clima (COP29) destaca ações de adaptação para a resiliência

Chefe de gabinete da Seapi, Joel Maraschin, participará evento, que ocorre no Azerbaijão entre 11 e 22 de novembro

O Rio Grande do Sul estará presente em mais uma Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP29), que será realizada em, no Azerbaijão. O chefe de gabinete da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Joel Maraschin, estará presente, ao lado da secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Marjorie Kauffmann, que representará o Estado no evento.

A programação do RS terá início na próxima quarta-feira (13/11). O primeiro compromisso será uma reunião fechada com o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, com a participação de autoridades. No mesmo dia, está prevista a participação do Estado em evento promovido pelo Pacto Global, uma iniciativa proposta pela ONU para incentivar empresas privadas a adotarem políticas de responsabilidade social e ambiental.

Um dos momentos mais esperados da participação do governo gaúcho na COP29 ocorre na quinta-feira (14/11), no lançamento do Roadmap Climático, uma plataforma desenvolvida pelo Estado que irá mapear as ações dos municípios gaúchos relacionadas às mudanças climáticas. O sistema irá garantir ao governo um banco de dados que servirá de base para o desenvolvimento de políticas públicas de mitigação, adaptação e resiliência locais.

“Esta é a quarta Conferência do Clima em que o Rio Grande do Sul está representado. A cada ano é possível observar a nossa evolução quando o tema são as ações de adaptação para a resiliência. O Estado, sob o comando do governador Eduardo Leite, não quer ficar apenas em assinaturas de acordos, mas sim firmar compromissos e executar políticas públicas factíveis. O Roadmap Climático, alinhado com as estratégias do Proclima 2050 e do Plano Rio Grande, é uma prova disso”, afirmou Marjorie.

A plataforma foi desenvolvida pela Assessoria do Clima da Sema, em parceria com a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, o Instituto Estadual de Dados Espaciais e o Under2, coligação de governos subnacionais que visa alcançar a mitigação das emissões de gases com efeito de estufa. Ainda na quinta-feira, está prevista uma reunião com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Itamaraty.

Com o objetivo de captar recursos, uma série de agendas com Bancos de Desenvolvimento da América Latina e da Europa serão cumpridas durante a programação. O Rio Grande do Sul apresentará projetos que preveem a mitigação das emissões no campo, ações de resiliência para o Vale do Rio Pardo e o projeto de integração do monitoramento hidrometeorológicos dos estados do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul).

O Plano Rio Grande, assim como o Proclima2050, também estará nos palcos da COP29, por meio de palestras e apresentações. Na terça-feira (19,/11) a titular da Sema e o presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Renato Chagas, dividirão o palco do pavilhão do MMA para abordarem o tema: O caminho do Rio Grande do Sul na superação dos desafios climáticos e na construção de infraestruturas resilientes.

Também na terça-feira, no Pavilhão da Agricultura Sustentável das Américas em Baku, o chefe de gabinete da Seapi, Maraschin, discutirá, junto com Marjorie, o tema: Políticas Públicas e Práticas Adaptativas para a Resiliência da Agricultura do Rio Grande do Sul.

“As alterações climáticas têm tido influência direta na economia do Rio Grande do Sul, e sendo nós um Estado em que o agronegócio representa 40% do PIB, as políticas públicas precisam ser adaptadas a essa nova realidade, como forma de mitigarmos esses prejuízos”, destacou Maraschin.

Já na quarta-feira (20/11), Marjorie será uma das convidadas da terceira Reunião Ministerial sobre Urbanização e Mudança Climática.

COP29

A Conferência do Clima é realizada anualmente. A presidência do evento é revezada pelas cinco regiões reconhecidas pela ONU. Este ano, o Azerbaijão foi selecionado para sediá-la. A programação estará dividida entre o Estádio de Baku e hotéis da cidade. A COP29 de Baku será realizada entre 11 e 22 de novembro de 2024. (SEAPI)

Bem estar animal | ‘Investimento em conforto das vacas é estratégia que se paga’, diz especialista em pecuária

Especialista afirma que melhorias no ambiente das vacas resultam em qualidade de vida e retornos positivos na produção e saúde.

O bem-estar das vacas durante o período de transição é fundamental para garantir saúde e produtividade.

Em entrevista no quadro “Raio-X da Pecuária“, Leandro Greco, gerente de serviços técnicos de leite da Kemin, destacou a importância de investir em instalações adequadas e com conforto para essa fase crítica da vida produtiva das vacas.

“Eu encaro a vaca de produção como um atleta de alta performance. A gente tem que dar condições para esse atleta se desenvolver”, afirmou Greco, enfatizando que melhorias no ambiente das vacas resultam em qualidade de vida e retornos positivos na produção e saúde. Ele disse que “o investimento se paga muito rapidamente”, especialmente em um período tão crítico como a transição. Assista aqui. (Canal Rural via edairy news)


Jogo Rápido

Portaria Mapa nº 730 de 07/11/24
A Portaria Mapa nº 730 de 07/11/24, foi publicada no DOU, no dia 8 de novembro de 2024. O que muda? Passa a ser “permitido o uso de amidos e amidos modificados como ingredientes opcionais, em queijos de umidade maior ou igual a 55,0 g/100 g, tratados termicamente e que adotem a forma da embalagem, ou do invólucro que os contém no momento do acondicionamento, em uma proporção máxima de 1% (m/m) do produto elaborado”. Acesse aqui. (Terra Viva)

 
 

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Porto Alegre, 11 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.262


Como o setor leiteiro busca se proteger do efeito do calor sobre a produção

Sindilat e UPF divulgaram, pela primeira vez, orientações aos produtores para garantir a qualidade do produto e o bem-estar dos animais sob altas temperaturas. Diminuição de produtividade por vaca pode chegar a 80%A chegada do calor traz uma preocupação adicional aos produtores de leite, que devem estar atentos à manutenção do volume e qualidade do produto, além, claro, do conforto térmico dos animais. Uma cartilha com orientações aos produtores foi lançada pela primeira vez, neste ano, pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat/RS) e pela Universidade de Passo Fundo (UPF). — Os animais sofrem muito com essas variações climáticas e resulta naquilo que nós denominamos de estresse térmico, ou seja, ele sente muito essa questão e, consequentemente, irá apresentar, ao longo dos dias de intenso calor, várias alterações no seu metabolismo, na ingestão de matéria seca, e isso tudo colabora para problemas como redução na produção e (alteração) na composição do leite — descreve o professor Carlos Bondan, do curso de Medicina Veterinária da UPF, que participou da elaboração da cartilha. O impacto se dá no metabolismo do animal. Sob estresse térmico, a vaca ocupa a maior parte do tempo ofegando, tentando regular sua temperatura, e consequentemente diminui o tempo destinado ao consumo de alimentos. Ingerindo menos nutrientes, há alterações nos sólidos totais do leite, conforme indicam estudos. Outra consequência é a diminuição na capacidade de defesa imunológica dos animais, o que implica em uma maior incidência de quadros infecciosos e doenças, como a mastite. Bondan cita um exemplo comum ao verão gaúcho: sob uma temperatura de 32°C, com uma umidade relativa do ar acima de 90%, somados à ausência de sombra e de água, a diminuição de produtividade por animal pode chegar a 80%. Por isso, a cartilha lançada por Sindilat e UPF recomenda oferecer principalmente conforto e boa alimentação aos animais. Entre as técnicas indicadas estão ainda o uso de aspersores e ventiladores, acesso irrestrito à água e manejo de ordenha nos horários mais frescos do dia. Sobre um possível impacto das mudanças climáticas no futuro da atividade leiteira, Bondan observa que isso é algo que deverá ser observado ao longo do tempo. De acordo com ele, o problema do estresse calórico sempre existiu, mas muitas vezes foi negligenciado por falta de diagnóstico: — Hoje, produtores mais tecnificados, mais conhecedores da causa, se tornam mais preocupados com isso e trazem esses problemas para a academia. Esse efeito há muitos anos a gente conhece, mas ele tem se tornado cada vez mais visível diante dos produtores, da própria indústria, exatamente porque, a partir de agora, nós temos uma identificação, nós temos um diagnóstico.

Segundo o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a discussão sobre a necessidade de uma cartilha surgiu dentro do grupo de qualidade criado pelo sindicato. As empresas deverão imprimir as orientações e enviar aos produtores junto com a nota do leite. 

— A grande maioria dos produtores já sabe, mas nunca é demais relembrar os conceitos básicos — observa. 

O executivo explica que a preocupação com as mudanças climáticas está relacionada à característica do rebanho leiteiro do Rio Grande do Sul, em que predominam as raças europeias (holandesa e jersey). Porém, Palharini acredita que não seria vantajoso alterar o perfil de raças em função da produtividade alcançada por estes animais. 

Apesar da preocupação, o percentual de leite condenado é pequeno diante do volume total de produção. Em 2024, o pico de desvio de crioscopia chegou a 0,16% no mês de janeiro, segundo o Sindilat — nos meses de inverno, o índice não passa de 0,014%. (Zero Hora)


Suporte a produtores de leite aumenta produtividade e ajuda famílias no campo

Novo episódio de websérie da Lactalis Brasil mostra como uma boa gestão faz toda a diferença

O aumento da produtividade no campo passa por um processo organizado e eficiente de gestão. Na cadeia leiteira, não é diferente. Boas práticas no manejo do rebanho e da propriedade tornam os negócios sustentáveis - em todos os sentidos -, além de garantirem a permanência das famílias na atividade e no campo. Aprimorar a gestão é o foco do projeto Lactaleite, implementado pela Lactalis para assessorar os produtores diretamente no campo.

A iniciativa é tema da websérie "Caminhos do Leite", disponível no canal da empresa no YouTube. O terceiro episódio explica o trabalho de suporte dado aos produtores pela Lactalis e relata os resultados já alcançados pelas famílias.

Por meio da história de vida de produtores gaúchos, o filme mostra o impacto da profissionalização da gestão nas novas gerações, que começam a tomar as rédeas da produção. Por trás desse suporte, está o entendimento de que propriedades com gestão eficiente são mais atrativas e convidativas à sucessão. Os especialistas da Lactalis defendem que, nos locais em que as finanças são bem geridas, há previsão de ganhos futuros, planejamento e se vislumbram projetos e melhorias. Tudo isso é fundamental para manter o jovem no campo.

- Nesse assessoramento de gestão que concedemos a nossos pro-dutores, mostramos a importância de abrir a mente para novas ideias, ouvir os filhos e parceiros e implementar melhorias. Isso tudo instigaos filhos a se manterem na atividade porque veem um futuro no campo - explica o CEO da Lactalis Brasil, Roosevelt Júnior.

Evolução
A cadeia leiteira gaúcha dispõe de grandes oportunidades de otimização de processos mesmo que tenha um dos melhores rebanhos do país. - O produtor gaúcho é um dos mais dedicados e eficientes do Bra-sil. No entanto, na hora de gerenciar a propriedade, estimar custos e receitas, sempre há pontos a avançar - observa júnior. Segundo o gestor, é preciso ter atenção na hora de fazer as contas- e isso não quer dizer não gastar.

Muitas vezes, é importante saber investir, ganhar escala de produção e aumentar o rebanho para diluir custos fixos. A Lactalis dá suporte aos produtores com assessoramento constante, por meio do Clube do Produtor e também do Lac-taleite - projeto que começou há cinco anos, no Rio Grande do Sul, e hoje atende cerca de 900 produtores em todo o Brasil.

Apoio técnico
Pensado como um programa de assessoramento 360, o Lactaleite ajuda na capacitação para cumprir diversos processos. O corpo técnico da empresa oferece consultoria para composição de ração do gado investimentos e benfeitorias, além de ajudar na escola de insumos e equipamentos.

- Para participar, é preciso vontade de mudar. O Lactaleite não inclui só os grandes produtores. Muito pelo contrário. Ser um produtor Lac-taleite exige vontade de fazer melhor todos os dias. Nossa experiência em produzir leite em diferentes cenários nos traz o conhecimento para orientar esses homens e mulheres que vivem do leite e querem um leite cada vez melhor - conclui o CEO da Lactalis Brasil. Clique aqui e confira o terceiro episódio da websérie Caminhos do Leite. (Zero Hora)

Dia de Campo aborda estratégias para crescimento do setor leiteiro da Metade Sul

A Estação Experimental Terras Baixas, no Campus da UFPel em Capão do Leão, sediou o Dia de Campo do Leite na última terça-feira (06/11), durante a Semana do Leite que se encerrou nesta sexta-feira (08/11). Com o tema "Resistir, Reconstruir e Renovar", o Dia de Campo foi uma realização da Embrapa, Emater, Coopar, Plataforma Colaborativa Sul, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e Ministério da Agricultura e Pecuária. A Semana do Leite, que teve como objetivo mobilizar a cadeia produtiva do leite para recuperação e crescimento do setor, contou com a participação de produtores, técnicos e representantes do setor interessados em fortalecer a cadeia produtiva do leite no Estado.

Na primeira estação do Dia de Campo, foram abordadas questões relacionadas à importância da resistência da cadeia do leite para a sociedade, abrangendo desde a produção até o consumo. As atividades incluíram uma apresentação da Coopar Pomerano sobre o sucesso do cooperativismo, a estrutura de pesquisa em leite da Embrapa Clima Temperado com seus projetos futuros, a contribuição do Lableite para a qualidade do leite e derivados, e os cursos do Cetac com ferramentas de qualificação para gestão e sucessão familiar.

A segunda estação focou em soluções e tecnologias para reconstruir e remediar os impactos da crise climática, com o objetivo de retomar e ampliar a produção de leite. Cinco temas foram discutidos: qualidade do leite, crise climática, planejamento forrageiro, produção de leite seguro, cultivares de gramíneas e leguminosas BRS, ajustes de dietas baseadas em forrageiras, e a prevenção e controle de doenças como leptospirose e controle de carrapatos. Também foram abordadas dificuldades enfrentadas pelos produtores após as enchentes, incluindo manejo de ordenha, teste para mastite clínica, higienização do gado, teste do leite ácido, nutrição, manejo de pastagem, uso de pastagens perenes, homeopatia veterinária e doenças e técnicas relacionadas à silagem e ao manejo de cereais de inverno, como o trigo BRS Reporte, Belajoia, Pastoreio e Tarumaxi.

A terceira e última estação propôs mudanças necessárias para que o agricultor não enfrente novamente as mesmas dificuldades impostas pelas recentes condições climáticas que o Estado sofreu. O foco foi direcionado para o planejamento ambiental das unidades de produção de leite, com o objetivo de superar os desafios das mudanças climáticas. Essa proposta incluiu a parceria com a CPPSUL Cooptil, a recuperação de solos após inundações e enxurradas, a adequação das condições ambientais e o conforto dos animais, além da segurança na captação e no armazenamento de água para a atividade leiteira. Também foram abordados aspectos de saúde única e biosseguridade em contextos de emergência climática.

SIMPÓSIO
O Simpósio do Leite RS, na Estação Experimental Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, no Campus da UFPel, em Capão do Leão, reuniu na última terça-feira (05/11), representantes de órgãos e entidades para discutir políticas públicas e desafios para o desenvolvimento do setor leiteiro na região Sul do Estado. O evento integrou a Semana do Leite, encerrada nesta sexta-feira (08/11), que com o tema Resistir, Reconstruir e Renovar, teve como objetivo mobilizar a cadeia produtiva do leite no fortalecimento do setor. A programação foi realizada pela Embrapa, Emater, Coopar, Plataforma Colaborativa Sul, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e Ministério da Agricultura e Pecuária.

As atividades do simpósio se dividiram em duas programações no início da tarde, sendo a primeira sobre políticas públicas e desenvolvimento do setor leiteiro, das quais foram discutidos temas sobre as políticas públicas e as perspectivas para o desenvolvimento do setor, com foco no produtor e nos sistemas de produção de leite. O Simpósio do Leite RS 2024 buscou oferecer uma plataforma de diálogo entre produtores, pesquisadores e gestores para fortalecer a cadeia produtiva do leite no estado, especialmente diante dos recentes desafios climáticos. (Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar Regional Pelotas)


Jogo Rápido

ÚLTIMA SEMANA: Prazo de inscrição para o 10º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo encerra nesta sexta-feira 
Encerra, no dia 15 de novembro, o prazo de inscrições para a 10ª edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo. Podem ser protocolados trabalhos que tenham sido publicados/veiculados entre 02/11/2023 e 01/11/2024. Eles precisam tratar sobre o setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular iPhone; segundos e terceiros serão agraciados com troféus. Não há limite de número de inscrições por candidato, que podem inscrever suas produções nas categorias impresso, eletrônico e on-line. Para garantir a inscrição, é preciso completar a ficha com os dados solicitados, para cada trabalho inscrito, que devem ser enviados para imprensasindilat@gmail.com. Também é necessário encaminhar o Documento de Identidade do autor; a cópia do Registro Profissional; o atestado de autoria em caso de matérias não assinadas; e atestado de data de veiculação para as produções em que não houver referência expressa ao período. Regulamento e Ficha de inscrição aqui.  (SINDILAT/RS)

 
 

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Porto Alegre, 08 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.261


RAR faz primeira exportação de queijo tipo grana padano para os EUA

A RAR marcou sua entrada no mercado dos Estados Unidos com a primeira exportação de seu queijo tipo grana padano, o Gran Formaggio, produzido em Vacaria (RS). Foram enviados 700 quilos do produto para Miami, o passo inicial de uma estratégia de entrada no mercado norte-americano.“Acreditamos que os Estados Unidos têm potencial para este mercado, inclusive levando em consideração o número de brasileiros estabelecidos na região. Este foi o primeiro embarque para validarmos a aceitação do produto. Nossa estratégia é expandir para outros Estados e para isso estamos estudando o mercado e buscando outras oportunidades”, disse o presidente executivo da RAR, Sergio Martins Barbosa.Barbosa destacou que o Gran Formaggio é o único queijo tipo grana padano produzido fora da Itália a entrar no mercado dos Estados Unidos.“Estamos entrando no maior mercado do mundo. Este movimento contempla nosso plano de expansão que está diretamente ligado à abertura de novos mercados”, afirmou Barbosa.

A empresa já atua com exportações para o Uruguai, Paraguai e Chile, com planos de ampliar o alcance nos Estados Unidos.

Em 2024, a RAR já exportou 2,5 toneladas do seu queijo tipo grana padano. “Explorar novos mercados faz parte da nossa visão de crescimento sustentável”, acrescentou o presidente executivo. (Estadão)


CONSELEITE MINAS GERAIS - RESOLUÇÃO DE FECHAMENTO DO MÊS DE OUTUBRO/2024

A diretoria do Conseleite Minas Gerais no dia 7 de Novembro de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o 
produto entregue em Outubro/2024 a ser pago em Novembro/2024.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1840 de 7 de novembro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Em decorrência do término do ciclo das pastagens do período, como azevém, inicia-se o pastejo das pastagens perenes de verão, incluindo tifton, braquiária e panicuns, além de forrageiras nativas. No que tange ao aspecto sanitário, observa-se um aumento na incidência de berne, mosca-dos-chifres e carrapato, o que demanda a implementação de práticas de controle adequadas.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Manoel Viana, os produtores que dispõem de silagem e grãos de aveia e de trigo conseguem manter a produção, mesmo com a redução na qualidade das pastagens de azevém. Nas áreas com potreiros de pastagens perenes de verão e capineiras, há boa oferta de volumoso de qualidade, contribuindo para a manutenção da produção em conjunto com a suplementação de ração. 

Na de Caxias do Sul, nos sistemas mais intensivos que utilizam silagens e fenos como base forrageira, os estoques estão sendo repostos devido à conclusão da ensilagem de trigo forrageiro e à produção de pré-secados. Nos sistemas baseados em pastagens, as forrageiras de inverno encerraram seu ciclo, restando apenas pastagens perenes e azevéns de ciclo longo como fonte de forragem de qualidade. 

Na de Erechim, a umidade excessiva nas imediações das propriedades e estábulos tem diminuído, reduzindo a presença de barro e, consequentemente, o risco de doenças, como mastite, problemas de casco e lesões decorrentes de escorregões. 

Na de Frederico Westphalen, as condições secas e ensolaradas favoreceram o desenvolvimento das culturas, promovendo aumento do pastejo e melhora do bem-estar animal. 

Na de Ijuí, a produção de leite permanece estável. Houve incremento no número de propriedades que adotam sistemas de produção a pasto. 

Na Passo Fundo, os animais de alta lactação estão recebendo suplementação com alimentos concentrados. 

Na de Porto Alegre, observou-se uma melhora nas vendas de terneiros, especialmente aqueles cruzados com Angus provenientes de matrizes leiteiras. 

Na de Santa Maria, em Júlio de Castilhos, as pastagens perenes, como tifton 85 e Aruana, já estão sendo utilizadas, minimizando o impacto do vazio forrageiro primaveril. 

Na de Santa Rosa, apesar dos altos custos com ração e fertilizantes, os produtores mantêm uma situação financeira favorável devido à disponibilidade de forrageiras para pastejo, o que eleva a produtividade de leite das vacas. O volume de leite produzido permaneceu constante, e a qualidade atendeu aos padrões da maioria dos produtores. (Emater adaptado pelo SINDILAT)


Jogo Rápido

Nos próximos dias, o Rio Grande do Sul enfrentará uma sequência de eventos

 meteorológicos, começando com o retorno da chuva, seguido por uma fase de estabilidade no final de semana. O Boletim Integrado Agrometeorológico 45/2024 da Seapi, em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga, detalha essa previsão. Sábado (09/11) e domingo (10/11): Uma crista de alta pressão entre a Argentina e o Uruguai mantém o tempo estável no Rio Grande do Sul. No sábado, o céu estará claro, com poucas nuvens e temperaturas amenas. No domingo, a nebulosidade aumenta na tarde, e as temperaturas elevam-se gradualmente. Segunda-feira (11/11): Um cavado sobre a Argentina fortalece outro na superfície entre o Paraguai e o Rio Grande do Sul, formando uma frente fria ligada a um ciclone extratropical no oceano. Espera-se instabilidade, com trovoadas e chuvas moderadas a fortes nas regiões Sul e Campanha, e temperaturas caindo ao longo do dia. Terça-feira (12/11): A frente fria traz condições instáveis, com chuvas moderadas a fortes na metade sul e precipitações de intensidade menor ao norte. A intensidade dos ventos aumenta no Sul e ao longo do litoral. Com a entrada de um novo anticiclone, a estabilidade retorna, junto a uma queda nas temperaturas. Quarta-feira (13/11): A presença de um anticiclone migratório estabiliza o tempo em todas as regiões. As temperaturas caem acentuadamente, com possibilidade de geada na madrugada e ao amanhecer em várias regiões. O céu deve ficar claro, com sol e temperaturas mais baixas. O boletim prevê, para os próximos sete dias, chuvas mais intensas na metade sul do Estado, com volumes entre 30 mm e 100 mm, podendo ultrapassar esses valores na Campanha e no Sul. Para a metade norte, são esperadas chuvas entre 20 mm e 50 mm. O boletim também fornece informações sobre o impacto nas culturas e criações de animais. Mais detalhes estão disponíveis em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (Seapi adaptado pelo SINDILAT)

 
 

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Porto Alegre, 07 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.260


O soro pode ser o baú de ouro da indústria de laticínios?

Com uma produção diária aproximada de 67 milhões de litros de leite inspecionado, conforme aponta o Anuário Leite 2024 da Embrapa, cerca de 24 milhões de litros são destinados à fabricação de queijos. Esse processo gera aproximadamente 22 milhões de litros de soro de leite por dia, o que equivale a cerca de 100 ml de soro por habitante diariamente. Mas a quem interessa esse produto?Esse foi o tema central da palestra "By the Whey, Z Generation", ministrada por Rodrigo Stephani, pesquisador do Inovaleite/UFJF, durante o segundo dia do Dairy Vision 2024. Em sua apresentação, Rodrigo abordou a interação entre pessoas e produtos, especialmente o soro de leite e produtos derivados que o utilizam. Seu foco foi a geração Z (nascidos entre 1995 e 2010), que atualmente representa uma parcela expressiva da população brasileira.Rodrigo apresentou dados recentes que mostram que o consumo de soro de leite é vantajoso entre a Geração Z em comparação com as gerações anteriores, que tradicionalmente viam o soro como um subproduto de menor valor. Ele ressaltou que, do ponto de vista do consumo, a Geração Z é hoje a maior parte da população consumidora e, portanto, é essencial entender suas preferências e tendências.Além disso, Rodrigo destaca um fato curioso: as gerações mais antigas tendem ao consumo de queijos, cuja produção gera soro como coproduto. Em outras palavras, enquanto uma geração consome queijo sem valorizar o soro, outra aprecia o soro, mas não consome tanto queijo. Dessa forma, os hábitos de consumo parecem se complementarem.Preferências de consumo de lácteos entre gerações
De acordo com o Anuário Leite 2023  da Embrapa, a bebida láctea é o produto mais consumido entre adolescentes e crianças, diferentemente de adultos e idosos, para quem esse é o produto lácteo menos consumido, como é possível observar na tabela abaixo:

Atualmente, o soro é o principal coproduto da indústria de laticínios. Embora historicamente subvalorizado, nos últimos anos tem-se demonstrado que essa visão não reflete o real potencial do soro. A produção de Whey Protein Concentrado (WPC) é um exemplo claro do valor agregado desse subproduto. Curiosamente, as gerações nascidas após 1995, que cresceram com acesso a produtos mais sofisticados, tendem a consumir produtos com soro na composição, muitas vezes sem se dar conta de que o coproduto está presente.

O pesquisador também apresentou com exclusividade em sua palestra no Dairy Vision os dados de uma pesquisa realizada pelo Inovaleite em setembro de 2024, na qual 429 pessoas de diferentes faixas etárias foram entrevistadas sobre seus hábitos e percepções em relação ao leite e à bebida láctea. Um dos destaques da pesquisa é a disposição das pessoas em pagar por 200 ml (um copo) de determinado produto lácteo. 

Em todas as categorias de produtos, a Geração Z (15 a 29 anos) demonstra uma disposição maior para pagar por lácteos em comparação com as gerações anteriores, como a Geração Y, Geração X e os Boomers. 

Em relação aos produtos, a Geração Z está disposta a pagar mais pelo leite com chocolate em relação ao leite puro. Por outro lado, os Boomers (nascidos entre 1946 e 1964) preferem pagar menos pelo leite com chocolate do que pelo leite puro.

Quando se trata de bebidas lácteas sabor chocolate, todas as gerações indicam uma menor disposição a pagar, em comparação com o leite sabor chocolate. A situação se agrava quando se menciona a bebida láctea sabor chocolate com soro – ingrediente comum em bebidas lácteas no Brasil. A simples adição do termo "soro" leva a uma queda ainda maior na disposição de compra.

O estudo ganha ainda mais relevância ao investigar a disposição a pagar pela bebida láctea sabor chocolate com "whey", sem menção a um maior teor de proteína, apenas com o uso da palavra "whey". Nesse caso, a disposição a pagar aumenta de forma significativa, especialmente entre os membros da Geração Z. No entanto, os Boomers continuam apresentando uma menor disposição a pagar por esse tipo de produto, o que representa uma perda de oportunidade para o setor, considerando que essa é uma faixa etária que possivelmente tem maior necessidade de uma nutrição específica e pode estar sendo subestimada pelo mercado. 

Atualmente, grande parte do volume de leite produzido no Brasil é destinado à fabricação de queijos. Como resultado, uma quantidade expressiva de soro é gerada, mas ainda não é aproveitada de maneira eficiente, o que representa uma oportunidade promissora para a indústria. Embora algumas empresas já reconheçam o valor do soro e utilizem de forma eficaz, novas iniciativas começam a surgir nesse contexto. No mercado global, o interesse pelo soro vem crescendo de forma consistente. “O Brasil é um dos países que mais gera soro de leite no mundo, e isto definitivamente não é um problema”, mencionou Rodrigo.

Portanto, ao falarmos da cadeia produtiva do leite, é essencial incluir a cadeia do soro, que é parte integrante desse processo. É fundamental superar a percepção de que produtos derivados do soro possuem uma qualidade inferior. 

Sob a perspectiva da sustentabilidade, uma questão cada vez mais relevante, o aproveitamento do soro não é apenas necessário, mas uma decisão inteligente e consciente. É crucial que o público entenda que, ao consumir queijo, deve-se considerar o destino do soro resultante. Desvalorizar esse coproduto é um equívoco, uma vez que ele possui grande importância no mercado nacional e oferece um enorme potencial de crescimento. (Milkpoint)


Balança comercial de lácteos: volume de importações volta a crescer

Após ficar em estabilidade em setembro, o volume total de importações de lácteos voltou a crescer em outubro, influenciado pelo maior de número de dias úteis no último mês. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo registrado no mês de outubro (exportações – importações) chegou a -199 milhões de litros em equivalente-leite, registrando uma queda mensal de cerca de 22 milhões de litros em relação a setembro, conforme pode ser observado no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As exportações de lácteos seguiram em baixos patamares e apresentaram recuo no último mês. Com 4,4 milhões de litros em equivalente-leite exportados em outubro, a queda mensal foi de 10,3%, mantendo um patamar semelhante ao observado durante o ano para as exportações brasileiras, conforme mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As importações de outubro apresentaram aumento mensal. Ao todo, foram importados cerca 203,3 milhões de litros em equivalente leite, registrando um avanço de 11,6% em relação ao mês anterior, como mostra o gráfico 3. Dessa forma, as importações de lácteos ainda se mantém em um patamar considerado elevado.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Em relação às categorias exportadas no último mês, as maiores variações percentuais mensais de volume foram apresentadas pelas categorias de soro de leite, que teve aumento de cerca de 240 toneladas (+41%) e fechou o mês com volume exportado de 833 toneladas em outubro; além da categoria de leite em pó integral, que aumentou seu volume no mês em 28 toneladas e fechou outubro com cerca de 40 toneladas exportadas.

Pelo lado das importações, o principal destaque ficou com o grupo dos queijos, que atingiram a sua máxima histórica, com um total de 6.764 toneladas importadas durante o mês de outubro, um crescimento de 14% frente ao mês anterior. Além disso, a categoria do leite em pó integral, voltou a avançar no mês de outubro, com um total de 12.802 toneladas, o produto teve um crescimento de cerca de 2.180 toneladas (+21%) em relação ao mês de setembro.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de setembro e outubro de 2024.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em outubro de 2024

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em setembro de 2024

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.
 
O que podemos esperar para os próximos meses?

Apesar do aumento nos preços registrados durante o mês de setembro no leilão Global Dairy Trade (GDT), o maior leilão internacional de lácteos, que pressionou as cotações de produtos lácteos no Mercosul, alguns itens importados, como o leite em pó integral e a muçarela, continuaram a mostrar-se mais competitivos em relação aos produtos nacionais. A manutenção dessa competitividade de preços é um dos fatores centrais que impulsionam as importações brasileiras, oferecendo aos compradores alternativas economicamente vantajosas frente ao mercado doméstico.

Contudo, um novo fator começou a influenciar a dinâmica regional: o aumento das exportações argentinas e uruguaias para mercados fora do Mercosul, impulsionado pela maior demanda de novos compradores asiáticos e africanos. Esse redirecionamento das exportações tem ganhado força nos últimos meses, e levanta preocupações para os compradores sobre a futura disponibilidade de produtos lácteos do Mercosul para o mercado brasileiro, podendo representar um fator limitante nas importações.

Diante desse cenário, espera-se que as importações ainda sigam em patamares elevados, mas que passam por pequenas diminuições nos próximos meses. (Milkpoint)

Prêmio SomosCoop destaca a excelência em gestão da Cooperativa Santa Clara

Na noite de segunda-feira (28), a Cooperativa Santa Clara foi agraciada com o Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão RS, na categoria Cooperativas do ramo agropecuário.

O evento, que contou com um Jantar dos Presidentes promovido pelo Sistema Ocergs, reuniu as cooperativas do estado que se destacam por sua gestão exemplar e pelo compromisso com o cooperativismo. A cerimônia ocorreu no Centro de Eventos do Pontal Shopping, em Porto Alegre.

“Estamos muito felizes com este prêmio, que é um reconhecimento a todos da nossa Cooperativa. Isso mostra que, juntos, somos fortes e reconhecidos. Apresentamos resultados financeiros muito positivos, tendo distribuído mais de 150 milhões de reais aos nossos associados nos últimos 10 anos”, destacou Alexandre Guerra, diretor administrativo e financeiro.

Está é a 1º edição da premiação no Estado do Rio Grande do Sul. A análise é realizada pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), utilizando a metodologia baseada no Diagnóstico Governança e Gestão (PDGC) do Sescoop. O reconhecimento também avalia a maturidade da gestão das cooperativas nos setores agropecuário, crédito, infraestrutura, saúde, transporte e trabalho, produção de bens e serviços.

“Esses diagnósticos nos mostram que temos fundamentos sólidos que comprovam o compromisso da Santa Clara com a gestão e governança. Somos referência e pioneiros em muitas frentes, e isso se reflete nos nossos índices.  Além disso, a pesquisa aponta uma série de áreas para mantermos o foco, bem como novas oportunidades, sempre buscando a excelência”, conclui o diretor.

“É com grande honra e satisfação que recebemos este prêmio. Reconhecemos a responsabilidade que temos de valorizar o trabalho árduo e o sacrifício dos nossos associados em nosso segmento. Na linha de frente, devemos sempre zelar pela igualdade em nossa gestão. Graças a esse compromisso e à eficiência de nossa equipe, conquistamos este troféu,” afirmou o presidente da Cooperativa, Gelsi Belmiro Thums. (Edairy News)


Jogo Rápido

Prazo de inscrição para o 10º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo encerra em 10 dias
Encerra, no dia 15 de novembro, o prazo de inscrições para a 10ª edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo. Podem ser protocolados trabalhos que tenham sido publicados/veiculados entre 02/11/2023 e 01/11/2024. Eles precisam tratar sobre o setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular iPhone; segundos e terceiros serão agraciados com troféus.Não há limite de número de inscrições por candidato, que podem inscrever suas produções nas categorias impresso, eletrônico e on-line. Para garantir a inscrição, é preciso completar a ficha com os dados solicitados, para cada trabalho inscrito, que devem ser enviados para imprensasindilat@gmail.com. Também é necessário encaminhar o Documento de Identidade do autor; a cópia do Registro Profissional; o atestado de autoria em caso de matérias não assinadas; e atestado de data de veiculação para as produções em que não houver referência expressa ao período. Acesse aqui. (SINDILAT/RS)

 
 

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Porto Alegre, 06 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.259


Perspectivas para o leite brasileiro, segundo Rabobank

O Rabobank produziu um estudo das Perspectivas para o Agronegócio Brasileiro 2025. Segundo o relatório, 2024 foi positivo para o setor no país após um 2023 de grandes desafios. Os produtores de leite conseguiram manter níveis adequados de rentabilidade com o preço do leite em patamares relativamente elevados ao longo do ano e os custos de produção em níveis estáveis.A indústria também conseguiu operar em um cenário mais favorável, ainda que com o da matéria-prima elevado. A demanda do consumidor final voltou a crescer com melhoras nos indicadores de renda e emprego, o que permitiu ao setor preservar as suas margens em várias categorias e aumentar as vendas em volume em alguns segmentos.A primeira metade do ano foi marcada por produção no campo acima do esperado, principalmente no primeiro trimestre, quando a produção avançou 3,6% comparada com o mesmo período de 2023. Já no segundo trimestre de 2024 a captação formal de leite avançou apenas 1%, comparada como mesmo período de 2023, em parte por causa da queda de 10% no Rio Grande do Sul, que sofreu com as maiores enchentes da sua história no final de abril. As importações recuaram 4,6% em volume no primeiro semestre, porém se mantiveram em patamar historicamente elevado (131 mil toneladas de janeiro a junho). Apesar do aumento da disponibilidade de leite no campo e das importações em patamares elevados, os preços ao produtor avançaram consideravelmente de R$ 2,13/litro em janeiro para R$ 2,75/litro em junho.Na segunda metade de 2024, os efeitos da maior estiagem registrada no Brasil em mais de 40 anos, frearam o avanço da produção no terceiro trimestre. As condições extremas de calor impactam negativamente o conforto das vacas e a disponibilidade de pastagens, reduzindo a produtividade, principalmente em fazendas menores.Mas apesar dos desafios com o clima, a rentabilidade dos produtores se manteve em patamares positivos no segundo semestre de 2024. De acordo com dados do MilkPoint Mercado, o indicador de receita menos o custo da ração tem se mantido no maior patamar do ano no terceiro trimestre (R$ 44/vaca/dia), e provavelmente deve continuar em níveis elevados no quarto trimestre. Isto porque esperamos queda apenas moderada dos preços ao produtor nos meses finais de 2024, considerando a desaceleração da oferta no segundo semestre e a dinâmica positiva da demanda.Assim, a produção de leite no Brasil deve fechar o quarto trimestre com crescimento e alcançar um avanço total de aproximadamente 1,5% em volume para 2024 como um todo, comparado com o nível de 2023. Com relação ao mercado internacional, as importações brasileiras se mantiveram em patamares elevados no segundo semestre, e devem encerrar o ano em patamares semelhantes aos níveis de 2023 (278 mil toneladas).

A migração de pequenos produtores para outras atividades e a consolidação da base produtora em menos produtores ativos aumentou em 2024, como era esperado, e deve continuar em 2025. A rentabilidade dos produtores de grande porte tende a permanecer mais elevada do que a do pequeno produtor e os incentivos da indústria para pagamento por qualidade e volume, continuam impulsionando as margens e os investimentos (em tecnologia, genética e eficiência) dos maiores produtores, levando-os a crescer bem acima da média. O fator mão de obra deve continuar sendo um grande desafio para os produtores em 2025, com oferta limitada de funcionários capacitados e comprometidos na atividade, a tendência é continuar a ver aumento de investimentos em robôs de ordenha e tecnologia para aliviar a dependência em mão de obra.

E o mercado internacional?

Olhando para 2025, o Rabobank espera leves altas dos preços internacionais em continuação com a tendência apresentada em 2024. A oferta global está encontrando dificuldades para engatar um novo ciclo de expansão na maioria das regiões e inclusive mostra claros sinais de esgotamento na China, que tem sido o principal contribuinte ao crescimento da produção global nos últimos três anos.

Regulamentações adicionais, volatilidade climática e custo da mão de obra, são alguns dos fatores restringindo o avanço da oferta internacional em regiões como Europa e Oceania. Por outro lado, a demanda global tende a se manter estável no agregado em 2025, apesar das compras menores da China em 2024, estímulos adicionais devem nivelar o consumo no próximo ano. Outras regiões importadoras como o sudeste asiático devem sustentar as compras globais com crescimento demográfico e econômico.

Para o Brasil, preços internacionais levemente maiores não devem impactar consideravelmente o nível das importações. O preço do leite no Brasil tende a continuar dentre os mais caros do mundo, o que mantém as importações competitivas mesmo com câmbio mais depreciado.

Para a curva de preço ao produtor, parece provável que inicie 2025 em patamar elevado, limitando o espaço potencial para novas altas no primeiro semestre (salvo algum problema exógeno relevante). Já no segundo semestre poderá apresentar quedas relevantes, isto porque as margens elevadas ao produtor no segundo semestre de 2024 e primeiro semestre de 2025, devem estimular a produção de forma significativa, fortalecendo a oferta.

Com relação à demanda local, vale a pena considerar que os preços do leite e derivados estarão em patamares levemente mais altos no primeiro trimestre de 2025, comparado com os níveis de 2024, e os níveis de comparação de vendas serão elevados. Estes dois fatores podem levar a crescimentos nominais menores na primeira metade de 2025, comparado com 2024.

Por outro lado, o mercado financeiro espera mais um ano de crescimento econômico em 2025 no Brasil, porém em ritmo levemente menor comparado com 2022-2024 (próximo de 3%), com projeções atuais do PIB avançando próximo de 1,8% em 2025 e inflação próxima de 4%. Esperamos que a continuação do ciclo de crescimento econômico permita manter o nível de desemprego em patamares baixos, o que deve sustentar o consumo e permitir alguns ganhos adicionais em volume desde que a inflação permaneça sob controle. No ano de 2024, mais uma vez ficou evidente que quando o consumidor brasileiro percebe uma melhora no seu poder de compra, a categoria dos lácteos tende a performar melhor. A exceção deve continuar sendo o leite fluído (não refrigerado) que continuará enfrentando desafios com mudanças de tendências de consumo e desaceleração do crescimento demográfico.

A volatilidade climática mais uma vez deve ser monitorada e poderá trazer novos impactos negativos para a produção. Porém, os investimentos em tecnologia, genética e eficiência devem ajudar os produtores a navegar as oscilações do clima em 2025.

Pontos de Atenção:

A procura por produtos com alto teor de proteína e zero açúcar devem dar fôlego adicional aos produtos lácteos funcionais em 2025 no mercado brasileiro.
A evidente desaceleração no crescimento da produção na China deve levar a maior equilíbrio entre oferta e demanda global nos próximos anos.
 
As informações são do relatório anual Perspectivas para o Agronegócio 2025, do Rabobank. 


GDT: forte aumento nos preços no início de novembro

Os preços internacionais dos principais derivados lácteos apresentaram expressivos aumentos no primeiro leilão do mês, no 367º leilão de lácteos da plataforma GDT, realizado no dia 05/11. O GDT Price Index (média ponderada dos produtos) passou por uma valorização de 4,8%, atingindo USD 3.997/tonelada – o maior valor desde setembro de 2022.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

As principais categorias acompanhadas apresentaram altas durante o leilão. Nesse cenário, a maior valorização percentual ficou para a categoria da manteiga, que obteve uma aumento de 8,3% no preço médio, sendo negociado na média de US$ 6.990/tonelada. Por outro lado, o menor aumento, ficou com a categoria da muçarela, com um leve aumento de 0,9%, fechando com preço médio de US$4.607/tonelada.
O leite em pó desnatado apresentou alta de 4,0% sendo negociado na média de US$ 2.850/tonelada, avanço similar ao do leite em pó integral, que foi negociado na média de US$ 3.713/tonelada, obtendo valorização de 4,4%. Além disso, a categoria do queijo cheddar, também apresentou alta de 4,0%, fechando na média de US$ 4.973/tonelada.
Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 05/11/2024.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

No primeiro leilão do mês de novembro, o volume negociado apresentou queda, colaborando para os avanços nos preços. Com um total de 36.595 toneladas sendo negociadas, uma retração de  6,1% em relação ao volume negociado no evento anterior, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Além da oferta restrita, o bom momento de demanda também tem refletido em avanços nos preços. As compras da região norte asiática (contemplando a China), que vinham puxando as altas recentes, voltaram a diminuir neste último leilão. Em compensação, observou-se uma atuação mais forte das compras do Oriente Médio, com crescimentos expressivos das aquisições de leite em pó integral e manteiga pela região.

No mercado futuro de leite em pó integral na Bolsa de Valores da Nova Zelândia, as projeções indicam um leve aumento nos preços do leite em pó integral em comparação com os preços praticados anteriormente para os contratos vencidos nos mesmos períodos. Conforme mostrado no gráfico 3.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e do Uruguai, países que historicamente praticam preços acima do Global Dairy Trade (GDT), em grande parte devido à Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, que impõe tarifas de quase 30% sobre importações de fora do bloco.

Entretanto, os preços mais elevados do mercado internacional diminui a diferença entre os preços do Mercosul em relação aos outros principais países exportadores, aumentando a atratividade dos lácteos da Argentina e do Uruguai para os países importadores.

Nesse cenário, o Brasil tende a continuar enfrentando uma disputa mais acirrada com outros países importadores pelos lácteos do Mercosul, o que pode resultar em retração do volume importado de lácteos pelo Brasil nos próximos meses.

Bebida láctea pronta para beber com Whey é a nova queridinha do mercado

Quem visita um supermercado, mercearia ou até farmácia já percebeu a crescente presença de uma nova categoria de bebidas que, até pouco tempo, era praticamente inexistente no Brasil: as bebidas lácteas prontas para beber com whey protein. Essa categoria vem ganhando destaque no mercado brasileiro de alimentos e bebidas, especialmente em um contexto no qual conveniência e nutrição são prioridades para os consumidores. Esses produtos se tornaram uma opção saudável, prática e saborosa para aqueles que buscam um estilo de vida equilibrado e ativo.

Com a crescente preocupação com uma alimentação mais saudável, as bebidas proteicas se consolidaram como uma alternativa ao snack tradicional, beneficiando tanto atletas quanto pessoas que desejam melhorar sua dieta diária. As bebidas com whey oferecem altos níveis de proteína, favorecendo a recuperação muscular e fornecendo energia ao longo do dia. Essa demanda é impulsionada pelo fortalecimento do movimento de saudabilidade, que ganhou ainda mais relevância após a pandemia, quando o foco na saúde se intensificou.

Para atender aos anseios dos consumidores, é fundamental aos fabricantes que desejam se adaptar à essa tendência crescente garantir a qualidade, a segurança e o sabor das bebidas. Além disso, a diversificação do portfólio, adaptando produtos já existentes para novas embalagens é uma estratégia importante para impulsionar o crescimento e ampliar as opções disponíveis aos consumidores.

A indústria do leite no Brasil está passando por uma fase de revitalização, com um portfólio diversificado que inclui leites sem lactose, com menor teor de gordura, leite tipo A2 e as bebidas proteicas com whey. Esses produtos atendem a nichos específicos, tornando as marcas mais competitivas. O segmento de bebidas lácteas prontas para beber com whey, que em 2022 representou cerca de 4% das vendas de leites aromatizados, segundo a consultoria Nielsen, já demonstra um crescimento expressivo e tem grande potencial de expansão.

Segundo dados da Mordor Intelligence, o mercado global de bebidas proteicas prontas para beber foi avaliado em 1,3 bilhão de dólares em 2020, com uma projeção de crescimento de 7,72% ao ano até 2027. No Brasil, o crescimento desse segmento é ainda mais acentuado, com um aumento de 48% nas vendas entre 2021 e 2022. Em 2023, a Tetra Pak registrou um salto de 82% nas vendas de embalagens para bebidas proteicas, passando de 132 milhões de unidades em 2022 para 242 milhões em 2023. Marcas tradicionais de leite UHT em embalagens cartonadas já estão explorando essa nova oportunidade de mercado, mas ainda há espaço para novos players entrarem nessa disputa.

Produtos com atributos de maior saudabilidade e sustentabilidade oferecem um valor agregado nas prateleiras, e os consumidores brasileiros estão dispostos a pagar por isso. De acordo com o Tetra Pak Index – estudo que identifica as tendências de consumidores, promovendo novas oportunidades de crescimento para clientes em todo o mundo –, 31% dos brasileiros afirmam que estariam dispostos a pagar um pouco mais por produtos que atendam a essas preocupações. O relatório analisa as preferências dos consumidores em relação à saúde e sustentabilidade, destacando o que eles buscam em termos de alimentos.

A popularidade das bebidas prontas para beber com whey reflete uma transformação nos hábitos de consumo e cria uma oportunidade significativa para a indústria de alimentos e bebidas. Empresas e laticínios interessados em aproveitar essa tendência devem buscar parceiros estratégicos que possam garantir um crescimento sustentável nesse mercado em expansão, oferecendo produtos de alta qualidade que atendam às expectativas dos consumidores modernos. (Guia Lat)


Jogo Rápido

Regule seu metabolismo com uma dieta equilibrada e a ingestão ideal de cálcio
Em estudo recente, pesquisadores mostraram que consumir de cerca de 1200 mg de cálcio por dia, o equivalente a 3 porções de leite desnatado, pode reduzir os marcadores de glicação, associados à resistência à insulina e alterações metabólicas.Portanto, para portadores de diabetes tipo 2 ou indivíduos que desejam melhorar a saúde metabólica, as propriedades do leite desnatado podem ser grandes aliadas! Fonte: Increased calcium intake from skimmed milk in energy-restricted diets reduces glycation markers in adults with type 2 diabetes and overweight: a secondary analysis of a randomized clinical trial. Nutrition Research, v. 127, p. 40-52, 2024. (VIA BEBA MAIS LEITE)

 
 

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Porto Alegre, 05 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.258


Consumo de lácteos: OMS e FAO Destacam Importância dos Lácteos nas Dietas Saudáveis: Oportunidades para Produtores e Processadores de Leite no Brasil
 
Com a crescente pressão para oferecer dietas saudáveis e promover a sustentabilidade ambiental, os produtores e processadores de alimentos enfrentam o desafio de atender a essas demandas.
 
O que realmente significa “dieta saudável”? Em um novo relatório, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) detalharam diretrizes para orientar consumidores e produtores sobre o que constitui uma alimentação saudável. As orientações incluem o papel de produtos lácteos, como uma fonte essencial de nutrientes.
 
Segundo o documento, uma dieta saudável deve ser:
 
● Adequada: Deve fornecer nutrientes essenciais em quantidades adequadas, de acordo com a idade, gênero, e nível de atividade.
● Equilibrada: Deve incluir uma proporção adequada de proteínas, carboidratos e gorduras.
● Moderada: Deve limitar o consumo de açúcar, sódio, carne vermelha e alimentos ultraprocessados.
● Diversificada: Deve incluir uma variedade de alimentos nutritivos.
 
Esse conceito é particularmente importante para grupos vulneráveis, como crianças de até dois anos, para quem a OMS recomenda o consumo diário de alimentos de origem animal, incluindo produtos lácteos, que fornecem proteínas de alta qualidade e vitaminas essenciais.
 
A importância das proteínas na dieta e o papel dos lácteos
O consumo de proteínas é uma preocupação central nas dietas atuais. A OMS recomenda que as proteínas representam entre 10% a 15% da ingestão diária de energia dos adultos, com níveis variáveis de acordo com a faixa etária. Para adultos, a ingestão segura é de 0,83g de proteína por kg de peso corporal por dia. Por exemplo, uma pessoa de 60 kg deve consumir cerca de 50g de proteínas diárias.
 
Os produtos lácteos, que são ricos em proteínas de alta qualidade, ganham destaque como uma fonte ideal para atender a essas recomendações. Além disso, o consumo moderado de laticínios com baixo teor de gordura contribui para o controle de ingestão de gorduras saturadas, promovendo saciedade e, potencialmente, ajudando no controle do peso.
 
Lácteos funcionais: Benefícios para a saúde intestinal e além
Além do valor nutricional básico, a OMS e a FAO destacam que produtos lácteos funcionais, como o kefir e o iogurte fortificado, têm papel importante na saúde intestinal e são fontes essenciais de vitaminas e minerais. Para o setor lácteo brasileiro, essa ênfase nos lácteos funcionais representa uma oportunidade para explorar produtos que atendam a um público interessado em alimentos com benefícios adicionais para a saúde.
 
Dietas saudáveis e sustentabilidade ambiental
Além de apoiar a saúde, as dietas saudáveis têm um papel fundamental na transição sustentável do sistema agroalimentar. O relatório da OMS e FAO ressalta que padrões alimentares sustentáveis podem ajudar a reduzir o uso excessivo de recursos naturais, combater a perda de biodiversidade e diminuir a emissão de gases de efeito estufa.
 
Nesse sentido, os laticínios, quando produzidos de forma responsável, podem se alinhar a essas metas de sustentabilidade. No Brasil, onde a produção de leite é um setor crucial, a implementação de práticas sustentáveis, como o manejo adequado de pastagens e o uso responsável de recursos hídricos, pode reduzir o impacto ambiental e contribuir para a oferta de produtos lácteos sustentáveis.
 
Para os produtores e processadores de lácteos no Brasil, as novas diretrizes da OMS e da FAO trazem várias oportunidades:
 
● Atendimento à demanda por proteínas de alta qualidade: Com a popularidade de dietas ricas em proteínas, há uma oportunidade para desenvolver produtos lácteos que atendam a essa tendência, como iogurtes e queijos ricos em proteínas.
● Lácteos funcionais e fortificados: Investir em produtos como kefir e iogurtes com adição de probióticos pode atrair consumidores que buscam alimentos com benefícios para a saúde intestinal.
● Alinhamento com práticas sustentáveis: Produtores que adotam práticas que respeitam o meio ambiente podem se diferenciar no mercado, alinhando-se com as demandas globais por produtos que contribuem para a sustentabilidade.
● Educação do consumidor: Compartilhar informações sobre os benefícios dos laticínios para uma dieta equilibrada pode ajudar a educar os consumidores brasileiros sobre o papel positivo dos produtos lácteos na saúde.
 
A definição de uma dieta saudável pela OMS e FAO inclui produtos lácteos como uma fonte valiosa de nutrientes e uma opção de alimento que contribui para a saúde intestinal e o bem-estar geral. 
 
Para os produtores e processadores de lácteos no Brasil, esse reconhecimento oferece um incentivo para investir em produtos de alta qualidade e com benefícios para a saúde, promovendo o setor de maneira sustentável. 
 
Com uma abordagem estratégica, o setor lácteo brasileiro pode se posicionar para atender tanto à demanda interna quanto às expectativas globais por alimentos saudáveis e sustentáveis.
 
Com informações do Dairy Reporter via edairynews

GDT - GLOBAL DAIRY TRADE

FONTE: GDT ADAPTADO PELO SINDILAT/RS

Ainda em profunda reestruturação, cooperativa redesenha marca: "Temos que voltar à mesa do gaúcho"

Com sede em Nova Petrópolis, empresa vendeu e fechou lojas para concentrar forças na fábrica

Ainda se recuperando de uma forte crise financeira e prestes a completar 57 anos, a cooperativa Piá está "de cara nova". O primeiro produto a mudar a embalagem é um achocolatado, colocado à venda em supermercados de 122 cidades gaúchas, com expectativa de dobrar este número até o final do ano. A nova caixa também reduz custos da empresa, que é a toada da reestruturação encabeçada pelo presidente da cooperativa, Jorge Dinnebier. 

— Além de atualizar a marca, economizamos em torno de 12% nas embalagens, tirando, por exemplo, o fundo —  explica Dinnebier. — Optamos por este produto porque ainda temos algumas embalagens antigas dos outros e não podemos desperdiçar nada. Na medida em que forem terminando, as novas terão esta mudança também — disse em entrevista ao podcast Nossa Economia, de GZH. 

Presidente da cooperativa Piá, Jorge Dinnebier mostra novas embalagens de achocolatado.  - Cooperativa Piá / Divulgação

O novo desenho da embalagem foi aprovado em assembleia com associados da cooperativa de Nova Petrópolis. O mascote, que é "guri", ganhou boné e tênis. A ideia é aumentar em 35% o faturamento do achocolatado. Nos próximos meses, a mudança será vista também nas embalagens de leites, natas, requeijão, doce de leite, iogurtes e outros.

Como prometeu logo que assumiu a Piá, Dinnebier conduz um forte enxugamento para colocar todas as forças na atividade industrial, recuperando a produção. A marca deixa de operar varejos. Em março, a cooperativa vendeu seu último supermercado para o grupo Andrezza, de Caxias do Sul. As unidades não compradas, incluindo agropecuárias, foram fechadas.  

— Estamos produzindo o que realmente tenha margem positiva. Hoje, 30% do nosso faturamento é do leite UHT (longa vida) e 70% de derivados, o que gera resultado um pouco maior — diz Dinnebier. — Temos que voltar gradativamente à mesa do consumidor gaúcho. Não é fácil. Com as enchentes, sofremos muito. Nossos associados perderam muita coisa nas suas propriedades e diminuíram a produção de leite — lamenta. 

Dinnebier diz ainda que há muita procura de grandes redes de supermercados pelos produtos da Piá, mas a retomada está sendo feita com calma. 

— Não adianta voltar sem poder dar sequência. Neste primeiro ano, retornamos às menores lojas e, aos poucos, voltaremos aos maiores. Eu preciso de leite, de capital de giro e de estrutura comercial. (GZH)


Jogo Rápido

Você sabia que o queijo pode ser um aliado valioso da saúde dos idosos?
Estudo recente revelou que o consumo de queijo pode AUMENTAR A FORÇA E A MASSA MUSCULAR em idosas que apresentam sinais de sarcopenia – caracterizada pela perda progressiva desta massa muscular – graças à sua relação com o metabolismo energético das células musculares. Fonte: Effects of cheese ingestion on muscle massand strength in possible sarcopenia women: an open-label, parallel-group study. Nutrition & Metabolism, v. 21, n. 64, p. 12, 2024. (Beba Mais Leite)

 
 

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Porto Alegre, 04 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.257


Vacas com calor podem produzir 5 litros de leite a menos por dia

Para reduzir os efeitos do estresse térmico, animais precisam de alimentação enriquecida de minerais, além de sombra e água fresca

Temperaturas acima de 32º C já começam a provocar desconforto nos animais e, no caso das vacas leiteiras, a influenciar na produção. Por isso, os criadores são orientados a proporcionar mais conforto térmico ao animal, como investir em ambientes climatizados. A alimentação também é ponto importante para reduzir o estresse térmico.

César Meinerz, produtor rural de Estrela (RS), já começou a preparar o rebanho para enfrentar o verão, porque ele sabe que a vaca com calor come menos e, consequentemente, produz menos leite. “Temos 180 vacas em lactação atualmente, com média de 37 litros por dia. Se não cuidar, elas diminuem a produção e podem até morrer”, conta Meinerz ao Agro Estadão. Além de manter as vacas confinadas em temperatura até 10º C inferior ao ambiente externo, o produtor investe em um complemento alimentar feito à base de minerais. 

Misturado à ração e à silagem, o composto atua no metabolismo do animal para que ele não sinta tanto calor e, com isso, não diminua a produção de leite. “Em vez de 5, 6 ou 7 litros, a gente vê que a produção de leite diminui em 1 litro ou no máximo 1,5 litro”, conta. Uma das empresas fornecedoras desse tipo de produto é a gaúcha Mig-Plus. O composto mineral Mig Fresh auxilia na regulação da temperatura corporal, segundo Rubem Frosi, engenheiro agrônomo e gerente da empresa. 

“Ele contém uma substância feita de extrato de pimenta que atua na dilatação dos vasos sanguíneos e, com isso, o calor é dissipado. Indiretamente, ao não sofrer com o calor, há uma melhora na ingestão da dieta. Ao ingerir 1 kg de matéria seca a mais, a vaca pode produzir até 2 litros de leite a mais”, explica Frosi.

Na prática, o mix mineral ajuda a manter o apetite da vaca. O engenheiro lembra ainda que o estresse térmico pode chegar a um nível que não é mais possível recuperar. “Temperatura de 30ºC e umidade de 80% já corre o risco de óbito”, alerta. 

Estresse térmico reduz concentração de sólidos no leite
O estresse calórico no animal também diminui a concentração de sólidos no leite, como proteínas e lactose. De acordo com o Sindilat-RS, a situação é mais comum em animais de descendência europeia, como as raças Holandesa e Jersey, concentradas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

“No verão de 2024, chegamos a ter um pico de mais de  500 mil litros no dia que não foi possível industrializar. Isso representa 0,16% da nossa produção diária e é um número bem significativo, pois diminui a competitividade e aumenta o custo de produção”, afirma Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat.  

O descarte acontece porque o leite produzido por vacas que sofrem com o calor perde qualidade para a produção de derivados, como manteiga. Com isso, o produto não se enquadra na legislação brasileira por não ter a concentração necessária de sólidos. Palharini explica que animais a pasto são mais afetados pelo estresse térmico, por isso, a orientação é instalar sombreiros e disponibilizar água corrente à vontade. 

“Também precisamos melhorar a dieta alimentar do animal para produzir um leite mais rico em proteína e não ter esse descarte que prejudica a cadeia como um todo”, afirma, lembrando que é importante contar com o apoio de um técnico.

Atualmente, a produção leiteira do Rio Grande do Sul está em 11 milhões de litros por dia. O estado é o terceiro no ranking de produção de leite, liderado por Minas Gerais e Paraná; Santa Catarina é o quarto.

Fonte: ESTADÃO


Mercado lácteo: O Brasil é o destino de mais de 50% das exportações de lácteos da Argentina

As exportações de lácteos da Argentina em setembro de 2024 totalizaram 31.019 toneladas de produtos, no valor de US$ 115,2 milhões. O Brasil é o principal destino, respondendo por 50,8% dos embarques de lácteos para o exterior, se medidos em dólares.

As informações foram fornecidas e elaboradas pelo Observatorio de la Cadena Láctea, com dados da Dirección Nacional de Lechería/SAGyP e do INDEC.
Isso significa que as exportações argentinas de produtos lácteos aumentaram 11,3% e 9,9% em termos de volume de produtos e valor total em dólares, respectivamente, em comparação com agosto de 2024, ou seja, o mês anterior.

Na comparação ano a ano, elas aumentaram 9,9% em volume, 10,8% em valor em dólares e caíram 1,9% em litros equivalentes de leite.

No período acumulado de janeiro a setembro de 2024, como pode ser visto no folheto, elas aumentaram 8,9% em volume, as receitas em dólares aumentaram 1,8% e os equivalentes em litros superaram o período de janeiro a setembro de 2023 em 11,4%.

A distribuição das exportações por itens principais em termos de valor total em US$ para o período de janeiro a setembro de 2024:

38,8% para leite em pó;

33,0% para queijo em suas diferentes pastas;

18,8% para outros produtos (doce de leite, manteiga, óleo butírico, soro de leite, etc.);

9,4% para produtos confidenciais (lactose, caseína, iogurtes etc.).

A variação por categoria de produto em termos de volume para os nove meses até o final do ano em comparação com o mesmo período em 2023:

Leite em pó +11,6%.

Queijo +17,4%.

Outros produtos +3,2%.

Produtos confidenciais -8,3%.

O destino das exportações (com base no valor em dólares) foi o seguinte

Vale observar que, entre janeiro e setembro de 2024, a participação do Brasil nas exportações de leite em pó integral é um pouco maior do que o normal (58,1%), com a Argélia em segundo lugar, com 30,6%.

Crescimento em linha com o aumento da produção

Em litros equivalentes de leite (janeiro-setembro de 2024), as exportações cresceram 11,4% e representaram 25,2% da produção total (em janeiro-setembro de 2023, representaram 20,5%). Em particular, em setembro de 2024, as exportações representaram 20,8% da produção total do mês, o que implica uma queda acentuada na participação em comparação com os primeiros quatro meses do ano, quando ultrapassaram 30%.

O preço médio de exportação por tonelada foi de US$ 3.650 de janeiro a setembro de 2024, o que implicou uma queda de 6,6% em relação a 2023. No caso específico do leite em pó, o preço médio foi de US$ 3.542/tonelada, 7,2% abaixo do ano anterior.

Por outro lado, o preço médio de exportação alcançado em setembro de 2024, medido em pesos (dólar atacadista BCRA líquido de DEx e Reintegros e dólar Decreto 28-23 80/20), foi 209,1% superior ao preço médio alcançado em setembro de 2023, como referência no mesmo período o IPC Lácteos cresceu 242,8%, o IPIM Lácteos 254,0% e o preço SIGLeA 260,1%, mostrando claramente que a frente exportada é a que teve menor variação.

EdairyNews

Jornada Técnica de Primavera apresenta soluções a produtores de leite

"Proporcionar mais tempo para as vacas pastarem e maior consumo de pasto nesse tempo em que estiverem pastando, usando o comportamento natural bovino". Assim, o engenheiro agrônomo Leandro Ebert, extensionista da Emater/RS-Ascar resume o objetivo da atividade realizada nesta quarta-feira (30/10) com produtores de leite participantes da Rede Elite a Pasto.

Essa foi a terceira e última etapa da Jornada Técnica de Primavera, uma programação técnica realizada nos dias 3, 10 e 30 de outubro, com temas demandados pelos produtores em ações prévias no âmbito do projeto.

Na primeira etapa os participantes integraram a visita técnica "Novidades em Pastagens, Silagens, Bioinsumos e Manejo no Inverno", na propriedade de Gilson Mazarro e família, no Rincão dos Pinheiros, onde o grupo pode conhecer as soluções aplicadas e os resultados obtidos neste inverno. A segunda etapa foi marcada pela reunião técnica "Carrapato sob controle: estratégias para o verão", realizada no Salão do Assentamento Santa Júlia com a condução da médica veterinária e extensionista da Emater/RS-Ascar Elusa Andrade, preparando o grupo para fazer o controle estratégico do carrapato.

Na terceira etapa, Rezomar de Souza e sua família receberam o encontro em sua propriedade, no Assentamento Alvorada, com o tema: "Verão sem estresse: Manejo de Pastagens para Enfrentar o Verão", conduzida por Ebert.

"Inovamos ao aplicar uma nova metodologia didática que chamamos de 'Desafio do Consumo de Pasto no Verão', na qual, através do auxílio de ferramentas visuais, o grupo é convidado a estabelecer rotinas e estratégias de manejo que promovam o máximo consumo de pasto possível por dia. Para isso, eles contam com o conhecimento técnico/científico discutido previamente, usando a situação da propriedade visitada como pano de fundo", explica o extensionista.

Ao término da atividade, os participantes puderam conferir a área de pastagens da propriedade e verificar como algumas das soluções apresentadas já estão sendo implementadas. A família iniciou o acompanhamento com a Emater/RS-Ascar no inverno deste ano na Rede Elite a Pasto e, em poucas semanas, a produtividade leiteira praticamente dobrou, apenas efetuando ajustes na rotina e no manejo de pastagens, com a adoção do Pastoreio Rotatínuo, um conceito de manejo de pastagens concebido a partir da ótica animal que visa otimizar o tempo do animal em pastejo.

A Rede Elite a Pasto é um projeto da Emater/RS-Ascar em Júlio de Castilhos, desenvolvido em conjunto com produtores de leite com a intenção de explorar o potencial de rentabilidade da produção leiteira baseada em pastagens, utilizando os recursos disponíveis nas propriedades das famílias. Para isso, a iniciativa se vale de conhecimentos científicos avançados e tecnologias adequadas às especificidades locais. Atualmente, são cerca de 20 famílias participantes, em três grupos que compõem a Rede.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional Santa Maria.


Jogo Rápido

15/11 é o prazo final de inscrição para o 10º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo
As inscrições para a 10ª Edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo foram prorrogadas e a nova data para encerramento passou a ser dia 15 de novembro. Os trabalhos, no entanto, precisam ter sido publicados/veiculados entre 02/11/2023 e 01/11/2024 e devem tratar sobre o setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios. Não há limite de número de inscrições por candidato, que podem inscrever suas produções nas categorias impresso, eletrônico e on-line. Mesmo com a prorrogação, a previsão é de que os finalistas sejam divulgados até o dia 29 de novembro. Já os vencedores serão revelados no dia 19 de dezembro. Os primeiros lugares receberão como prêmio um troféu e um celular iPhone; segundos e terceiros classificados receberão troféus. Para garantir a inscrição, é preciso completar a ficha com os dados solicitados, para cada trabalho inscrito, que devem ser enviados para imprensasindilat@gmail.com. Também é necessário encaminhar o Documento de Identidade do autor; a cópia do Registro Profissional; o atestado de autoria em caso de matérias não assinadas; e atestado de data de veiculação para as produções em que não houver referência expressa ao período. Regulamento e Ficha de inscrição aqui. (SINDILAT)

 
 

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Porto Alegre, 01º de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.256


2º Congresso Sindical da Indústria

O segundo dia da edição 2024 do Congresso Sindical da Indústria promoveu troca de ideias, conhecimento e insights e contou com palestras de diferentes assuntos de interesse dos Sindicatos Industriais gaúchos.

Entre os temas abordados estiveram:

Registro Sindical – Regras Atuais
Com Andreia Lopes, especialista em Políticas e Indústria, com foco em Relações Sindicais na CNI, e Aline Elesbão, chefe da Seção de Relações do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho no RS.

Já no Painel: Relações Trabalhistas e Sindicais – Atualizações e Estratégias para empresas e sindicatos, dividido entre os assuntos:

Contribuição Assistencial: direito de oposição, STF e como Conduzir Negociações Eficazes,
advogado mestre em Direito Privado e conselheiro do Contrab Thiago Guedes.

A prevalência do negociado sobre o legislado e a posição atual do STF: (INS)segurança jurídica?
Com o advogado mestre em Direito e conselheiro do Contrab Benôni Rossi.

Desafios Atuais para Empresas: Igualdade e Transparência Salarial, Combate ao Assédio
Com o advogado especialista em Direito do Trabalho e conselheiro do Contrab Gustavo Juchem.

Também foram apresentados cases de boas práticas sindicais:

Sindicato da Indústria da Mineração de Brita, Areia e Saibro do Estado do Rio Grande do Sul (@sindibritas) – sobre o mapeamento das indústrias e jazidas de areia com ferramentas de georreferenciamento.

Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (@sindilatrs) – que ampliou ações, entre elas orientações e boas práticas tributárias e sanitárias para o setor, bem como a integração da cadeia produtiva e a valorização dos produtores.

Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (@simecscaxias) – projeto Escola do Amanhã, para que estudantes desenvolvam habilidades essenciais para o mercado de trabalho. (FIERGS SINDICAL VIA INSTAGRAM)


Créditos: Dudu Leal


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1839 de 31 de outubro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

As condições para a produção de leite foram favoráveis, e os rebanhos apresentam bom estado nutricional e sanitário. Os animais recuperaram o escore corporal e a produção de leite. Em relação à alimentação, os produtores estão priorizando o pastejo, complementando com concentrados para vacas em lactação.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, em algumas propriedades, tem sido utilizado feno, recentemente produzido, para preservar as pastagens até que as condições climáticas melhorem. Os produtores que ainda possuem silagem estão intensificando a suplementação após as chuvas. 

Na de Erechim, a redução das precipitações favoreceu os manejos e os pastoreios em piquetes, aliviando o excesso de umidade nos arredores das propriedades e estábulos, o que diminui a incidência de doenças, como mastites e problemas de casco. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite permanece estável, impulsionada pelo maior uso de alimentos concentrados e conservados, além da maior oferta de pastagens.

Na de Ijuí, em dias de altas temperaturas, os animais têm apresentado sintomas de estresse calórico, especialmente nas propriedades que carecem de áreas sombreadas. 

Na de Pelotas, embora o vazio forrageiro seja uma preocupação, há expectativas positivas em decorrência do início da rebrota das pastagens perenes e da estabilização da produção leiteira, impulsionada pela melhor oferta de alimentos. 

Na de Porto Alegre, os animais apresentam boa condição corporal e sanitária, sendo favorecidos pelas temperaturas amenas e pela suplementação com ração e silagem de milho.  Em relação ao aspecto sanitário, assim como na bovinocultura de corte, observa-se o início da aparição de mosca-dos-chifres (Haematobia irritans). 

Na de Santa Maria, os rebanhos apresentam bom estado nutricional e condição sanitária em função da rotação de piquetes, do ajuste da carga animal e da aplicação contínua de homeopatia como medida preventiva contra doenças comuns. 

Na de Santa Rosa,o barro formado devido às chuvas novamente dificultou os trabalhos na atividade leiteira. A presença de ectoparasitas está aumentando, exigindo controle eficaz. (EMATER/RS adaptado pelo SINDILAT/RS)

Chuva pode retornar ao Estado em algumas regiões

A previsão para os próximos quatro dias no Rio Grande do Sul será marcada pelo retorno da chuva, porém de forma mal distribuída a partir desta sexta-feira (1º/11). É o que aponta o  Boletim Integrado Agrometeorológico 44/2024 da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

Sexta-feira (1º/11): um cavado (área alongada de baixa pressão) em níveis médios entre Argentina e Uruguai criará condições para a ocorrência de nevoeiro e/ou precipitação de intensidade fraca sobre parte da Fronteira Oeste. Por esse motivo, o tempo deverá se tornar instável, de maneira gradual, em relação ao dia anterior, com temperaturas elevadas, nebulosidade sobre a maior parte do Estado e ventos de Quadrante Nordeste se intensificando ao longo da faixa litorânea.

Sábado (2/11): um cavado em altos níveis no interior da Argentina conduzirá, em superfície, o deslocamento de uma frente fria sobre o oceano, que passará próxima ao Rio Grande do Sul, possibilitando a ocorrência de precipitação de intensidade fraca sobre partes das regiões Sul, Campanha, Fronteira Oeste, Metropolitana e dos Vales. Na Região Noroeste, a intensidade da precipitação poderá variar de fraca a moderada. Logo, o tempo deverá seguir pouco instável, na maioria das regiões, com aumento de nebulosidade sobre o Estado e temperaturas em leve declínio, no decorrer do dia.

Domingo (3/11): um novo cavado em altos níveis sobre o Paraguai intensificará sua amplitude e influenciará a formação de um cavado em superfície entre o Paraguai e o Rio Grande do Sul durante o período do dia. Nessas condições, haverá pouca instabilidade sobre o Estado e possibilidades para a ocorrência de nevoeiro e de precipitação de intensidade fraca em parte das regiões Sul, Serra Gaúcha e Planalto, inclusive com temperaturas mais agradáveis ao longo do dia. A tendência para os próximos três dias será de instabilidade devido à chegada de uma frente fria.

Segunda-feira (4/11): a mesma configuração atmosférica do dia anterior deverá se repetir, e o tempo permanecerá pouco instável com possibilidades para a ocorrência de chuva de intensidade fraca em partes da Região Norte e Missões. Além disso, deverá ser observado céu entre nuvens na maioria das regiões e temperaturas amenas no decorrer do dia.

Terça-feira (5/11): o cavado em superfície entre o Paraguai e o Rio Grande do Sul se intensificará, gerando uma frente fria com precipitação de intensidade fraca, ao longo da faixa entre a Fronteira Oeste, Central, parte da Sul, dos Vales e parte da Metropolitana, a moderada sobre a Fronteira Oeste. O tempo deverá ficar instável sobre todo o Estado com temperaturas em leve declínio até o final do dia.

Quarta-feira (6/11): a chegada da frente fria no Estado pela fronteira com o Uruguai deverá provocar precipitação de intensidade moderada a forte entre a Fronteira Oeste e a Região da Campanha, e de intensidade fraca entre a Região Sul, Central, dos Vales e Metropolitana. No geral, o tempo deverá permanecer mais instável em relação aos últimos dias, e as temperaturas devem apresentar uma elevação gradual no decorrer do dia.

Para os próximos sete dias, a previsão é de chuvas mais intensas nas regiões Oeste e Centro do Estado, com acumulados entre 30 e 100 mm. Já no Leste, incluindo áreas do Nordeste, Litoral, Centro-Sul e Extremo Sul, os volumes de chuva tendem a ser inferiores, variando entre 2 e 30 mm.

O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.


Jogo Rápido

Alta do ICMS dos combustíveis vai superar inflação

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis vai subir em 1º de fevereiro de 2025 para gasolina, etanol e diesel; e vai cair para o gás. O reajuste foi aprovado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne Ministério da Fazenda e secretarias estaduais. Vale para todo o país, inclusive no Rio Grande do Sul. Embora seja um tributo estadual, o valor passou a ser nacional após lei de 2022, pela qual também deixou de ser um percentual aplicado em cima de um valor estimado de venda. O último aumento entrou em vigor em fevereiro de 2024. Na gasolina e no etanol, a alíquota, que é fixa, subirá de R$1,37 para R$1,47. A alta de R$0,10 representa aumento de 7,3%, acima da inflação acumulada em 12 meses, que está em 4,47%. Para diesel e biodiesel, passará de R$1,06 para R$1,12, aumento de R$0,06. Ou seja, reajuste de 5,7%.  Já o imposto sobre o gás liquefeito de petróleo (GLP, gás de cozinha) e gás liquefeito derivado de gás natural (GLGN) terá uma pequena redução. O valor do tributo passará de R$1,41 para R$1,39, diminuição de R$0,02. O repasse às bombas, para o consumidor, tende a ser imediato. O setor não projeta preços. Presidente do sindicato que representa os postos de combustíveis, o Sulpetro-RS, João Carlos Dal'Aqua diz que o valor fixo trouxe previsibilidade, mas enfatiza que o aumento supera a inflação.  – Enfim, nossa batalha é que todos paguem o ICMS – diz ele, que se reuniu nesta semana com a Receita Estadual reforçando a importância de se combater a sonegação de impostos em combustíveis. (Zero Hora)