Pular para o conteúdo

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 21 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.352


Outono 2025 deverá ser mais quente no RS

O outono iniciou ontem (20/03), às 6h01 da manhã, e deve terminar no dia 20 de junho, às 23h42. É uma estação considerada de transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco.De acordo com o coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS), meteorologista Flávio Varone, vai ser um período com condição de mais neutralidade. “Ao contrário dos últimos anos, que nós viemos passando sobre influência ou do El Niño ou do La Niña, neste ano, não teremos a influência destes fenômenos”, afirma.Chuva: Durante este mês de março e abril, a ocorrência será de pouca chuva.  “Esta condição não recupera mananciais, não recupera reservatórios, devido à estiagem, o que traz consequências para a agricultura”, afirma Varone. Já a partir de maio e, principalmente, em junho, a condição de chuvas melhora no Rio Grande do Sul. “Em resumo, o outono começa com um tempo um pouco mais seco e aos poucos, vai voltando à normalidade, com chuvas mais abundantes nos meses de maio e junho, recuperando esta perda hídrica registrada pelo estado”, declara Varone.Temperatura: As temperaturas no outono serão mais quentes, um pouco acima da média histórica, em boa parte do Rio Grande do Sul, principalmente nos meses de abril e maio. As entradas de massas de ar mais frio, mais robustas, só são esperadas no final do outono. “Isto não quer dizer que não entrem massas de ar frio em alguns períodos, mas serão mais esporádicas”, diz o meteorologista do Simagro. 

PREVISÃO METEOROLÓGICA DE 20 A 26/03/2025

A previsão para os próximos dias indica tempo predominantemente seco na maior parte do Estado, com possibilidade de chuvas isoladas e passageiras nas regiões Norte, Alto Uruguai, Missões, Central, Vale do Rio Pardo, Vale do Taquari, Serra, Campos de Cima da Serra, Metropolitana, Litoral Norte, Sul e Campanha. Os volumes mais expressivos são esperados para as regiões Norte, Missões, Alto Uruguai e Sul. Na quinta-feira (20/03), sexta-feira (21/03) e sábado (22/03), o sistema de alta pressão, que vem atuando nos últimos dias, continuará influenciando o tempo em todo o Estado. Por isso, não há previsão de chuva significativa para nenhuma região nesses dias. Já no domingo (23/03) e na segunda-feira (24/03), efeitos de circulação podem favorecer a formação de alguns núcleos de precipitação isolados e passageiros em grande parte do Estado, com maior probabilidade nas regiões Norte, Missões, Alto Uruguai, Metropolitana, Campanha e Sul. Na terça-feira (25/03) e na quarta-feira (26/03), o sistema de alta pressão volta a predominar, mantendo o tempo seco em todo o Estado, sem previsão de chuva significativa.

Em relação às temperaturas máximas, na quinta-feira (20/03), sexta-feira (21/03) e sábado (22/03), os maiores valores devem ser registrados nas regiões da Fronteira Oeste, Missões e Central, podendo atingir até 35 °C. Nos dias seguintes (23, 24, 25 e 26/03), além dessas regiões, Vale do Rio Pardo, Metropolitana e Litoral Norte também devem apresentar elevação nas temperaturas, podendo chegar a 36 °C na Região Metropolitana. Já em relação à temperatura mínima prevista, os menores valores deverão ser observados nas regiões de Campos de Cima da Serra e Serra, podendo atingir 8 °C em alguns municípios. (SEAPI)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1859 de 20 de março de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

O rebanho leiteiro está em boas condições em função do clima, que proporciona melhor conforto térmico aos animais. As fases da criação variam conforme o planejamento de cada propriedade, sem anormalidades. O estado nutricional das vacas melhorou em virtude da queda das temperaturas, que beneficiaram o pastejo e a recuperação da produção. Em relação ao aspecto sanitário, o clima seco diminuiu os problemas de casco e mastite, embora haja relatos de alta incidência de carrapatos em algumas propriedades.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção de leite caiu 14% nas últimas semanas devido ao calor intenso, que levou os animais a passarem mais tempo na sombra e na água, reduzindo a alimentação. Em algumas localidades, a escassez de água também tem impactado os rebanhos. 

Na de Caxias do Sul, o calor afetou os rebanhos leiteiros, exigindo mitigação com ventiladores, aspersores e manejo de sombra. 

Na de Erechim, o estresse térmico diminuiu a produção, mas muitas propriedades já estão profissionalizadas e adaptadas para enfrentar períodos de calor intenso. 

Na de Frederico Westphalen, o preço do leite continuou estável, e há expectativa de leve melhora nas próximas semanas. A produção segue em queda, influenciada pela sazonalidade e pelas altas temperaturas, que causam estresse térmico, limitando o consumo de alimentos e o bem-estar animal. 

Na de Ijuí, as temperaturas mais baixas proporcionaram aos animais a retomada do consumo de pasto, mas a situação está ainda mais crítica em áreas sem sombra ou controle térmico.

Na de Passo Fundo, continuam as vacinações e o controle de mosca-dos-chifres e carrapatos. 

Na de Pelotas, segue a vacinação de terneiras contra brucelose. 

Na de Porto Alegre, a estiagem ampliou o vazio forrageiro entre as pastagens de verão e as de inverno. 

Na de Santa Rosa, a produção de leite sofreu queda de 20% em razão da estiagem, mas já houve 
estabilização. A expectativa é de recuperação da produtividade, auxiliada por ajustes na alimentação e pelo uso de alimentos conservados. 

Na de Soledade, as temperaturas mais amenas amenizaram o estresse térmico no gado leiteiro. (Emater editado pelo Sindilat RS)

Nota de Conjuntura: Mercado de Leite e Derivados - Março de 2025

As perspectivas para o comércio internacional e para a economia mundial como um todo já estão sendo impactadas pela iniciativa dos Estados Unidos de impor tarifas unilaterais decretadas sobre seus parceiros comerciais. Esta é uma estratégia que aparentemente visa corrigir o enorme déficit comercial americano, desvalorizando o dólar e incentivando maior produção de bens e serviços no país. Estas medidas têm gerado incertezas e volatilidade nos mercados, aumentando o risco de recessão nos Estados Unidos e em outras potências econômicas mundiais, o que pode refletir no Brasil.

A produção mundial de lácteos segue se ajustando à demanda, com algum aumento registrado na produção, o que tem permitido recentemente ligeiro recuo nas cotações internacionais de lácteos, após um período de contínuas altas. Após duas quedas consecutivas, o último leilão do GDT registrou estabilidade nas cotações e nos volumes comercializados, com preço médio de USD 4.245/ t.

No cenário doméstico, os principais indicadores macroeconômicos sinalizam para um crescimento da economia em 2025, estimado em 2,0% no último Boletim Focus, embora isso represente significativa redução em relação ao observado no ano de 2024. Os indicadores de emprego e renda seguem favoráveis, garantindo a melhoria do poder de compra da população. Alguns indicadores da atividade econômica como serviços e vendas do comércio apresentaram queda no primeiro mês do ano, mas com resultados positivos em 12 meses. Os últimos dados fiscais apontaram para uma pequena queda de 0,9% na dívida bruta brasileira no início de 2025. Estes dados e a evolução da economia brasileira permitiram a queda da cotação do dólar no início deste ano. Mas ainda há incertezas, em função do crescente aumento das expectativas inflacionárias, das altas taxas de juros e da gestão dos gastos públicos. Isso pode impactar o mercado de trabalho e a renda da população, que vêm apresentando resultados positivos, e sustentando a demanda por leite e derivados.

A produção de leite inspecionada cresceu pelo segundo ano consecutivo, aumentando 3,1% em 2024 em relação ao ano anterior. Este é o resultado de margens e termos de trocas mais favoráveis ao produtor,  viabilizando  a  recuperação  da  produção 

doméstica. No entanto, a importação continua em patamar elevado. Com crescentes volumes exportados, a pecuária de leite argentina tem exibido aumento de produção nos últimos meses. A maior estabilidade econômica, o controle da inflação e a retirada de barreiras às exportações explicam este crescimento e o Brasil é importante destino deste fluxo.

O mês de março marca o início da entressafra do leite no Brasil. Nos cinco meses entre março e julho historicamente a produção mensal cai para abaixo da média observada nos 12 meses do ano. Os preços do mercado spot, que sofreram expressiva elevação no mês de março, sinalizam menor disponibilidade de produto e demanda firme da indústria. A menor disponibilidade doméstica e uma postura mais agressiva de algumas empresas na captação de novos fornecedores de matéria prima podem alavancar o preço ao produtor nos próximos meses (Figura 1).

A atividade econômica mais aquecida nos últimos anos, com o aumento da massa de rendimento das famílias, tem mantido firme a demanda por lácteos. Isso tem possibilitado o aumento da produção nacional de leite mesmo em um cenário de pressão de importações. A evolução recente dos termos de troca tem favorecido a maior oferta doméstica de leite e esta situação pode prosseguir nos próximos meses. As dúvidas sobre a evolução do poder de compra da população e os custos domésticos mais altos que os internacionais lançam incertezas sobre a evolução da produção nacional em um cenário de menor crescimento do emprego e da renda, que é uma das possibilidades para o ano de 2025.

Figura 1. Sazonalidade da produção leiteira inspecionada no Brasil. Médias diárias de produção a cada mês comparada com a média diária anual, expressas em valores percentuais, 2014-2023.

Fonte: Embrapa Gado de Leite, IBGE (2025).

Resumo das informações discutidas na reunião de conjuntura da equipe do Centro de Inteligência do Leite, realizada em 18 de março de 2025.

Autores*: Samuel José de Magalhães Oliveira, Alziro Vasconcelos Carneiro, Kennya Beatriz Siqueira, Lorildo Aldo Stock, Luiz Antonio Aguiar de Oliveira, Manuela Sampaio Lana, Marcos Cicarini Hott, Walter Coelho Pereira de Magalhães Junior. 

*Pesquisadores e analistas da Embrapa Gado de Leite.


Jogo Rápido

Leite Cepea
O preço do leite ao produtor subiu neste começo de 2025 a cotação do leite captado em janeiro foi de R$ 2,6492/litro (“Média Brasil”), altas de 2,5% em relação ao mês anterior e de 18,7% frente a janeiro/24. Depois de registrar quedas ao longo do último trimestre de 2024, o preço do leite ao produtor voltou a subir neste começo de 2025. Pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que a cotação do leite captado em janeiro foi de R$ 2,6492/litro (“Média Brasil”), altas de 2,5% em relação ao mês anterior e de 18,7% frente a janeiro/24, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de janeiro). (CEPEA VIA TERRA VIVA)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 20 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.351


Conselho Técnico da Pecuária Leiteira tem nova presidência

O Conselho Técnico Operacional da Pecuária Leiteira do Fundesa-RS elegeu essa semana seu novo comando para o próximo biênio. O presidente da Febrac e da Gadolando, Marcos Tang assume a presidência, apoiado pela coordenadora do Programa de Tuberculose e Brucelose na Secretaria da Agricultura, Ana Cláudia Groff, na vice-presidência.Tang sucede Rodrigo Rizzo, da Farsul, que permaneceu no cargo por dois anos. Rizzo destaca os desafios enfrentados em sua gestão, incluindo o ano atípico de 2024 em função da enchente que afetou diretamente a bacia leiteira do Rio Grande do Sul. “Mesmo assim mantivemos, com alguns avanços, o status sanitário do rebanho leiteiro do estado.”Já o novo presidente, Marcos Tang, aponta o papel importante do Conselho Técnico como validador das propostas para avançar na sanidade animal do estado. “Ninguém quer ter problemas sanitários em sua propriedade, mas se tiver, que que eliminar rapidamente e evitar que se propague. E o Fundesa é de extrema importância para dar mais segurança ao produtor e mantê-lo na atividade”, destacou. Para Tang, é uma honra e um grande compromisso ter sido escolhido para o cargo de presidente do CTO.

O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, agradeceu a atuação de Rodrigo Rizzo no cargo e desejou sucesso ao novo presidente Marcos Tang. “A presidência de um CTO exige atenção e diplomacia. É uma difícil tarefa que envolve coordenar atividades e atender as demandas, mantendo uma boa gestão técnica e administrativa.”

Na reunião foi aprovada a nova tabela de indenizações da pecuária leiteira, de acordo com o reajuste da UPF, de 4,71% em relação ao exercício anterior. O novo valor passará pela aprovação do Conselho Deliberativo na Assembleia Geral Ordinária de 15 de abril.

Veja no link abaixo os valores atuais da tabela de indenizações.

https://fundesa.com.br/_files/pasta/1/623b808396e5f.pdf

Sobre os Conselhos Técnicos Operacionais

O Fundesa possui quatro Conselhos Técnicos Operacionais do Fundesa, um de cada cadeia que integra o fundo. Os CTOs são grupos formados por representantes das quatro cadeias produtivas, incluindo técnicos do Ministério e da Secretaria da Agricultura. Têm papel importante no desenvolvimento e na defesa sanitária animal no estado e são responsáveis por propor ações e estratégias voltadas para a sanidade animal. As propostas elaboradas pelos CTOs são analisadas e votadas pelo Conselho Deliberativo do Fundesa. (FUNDESA)


GDT 376: leite em pó se mantém valorizado no mercado internacional

O 376º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) foi realizado nesta terça-feira (18/03) e apresentou movimentos de preços variados entre as categorias de produtos. Leia mais!

O 376º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) foi realizado nesta terça-feira (18/03) e apresentou movimentos de preços variados entre as categorias de produtos.

O GDT Price Index, que representa a média ponderada dos produtos negociados, fechou em USD 4.245/ton, registrando uma estabilidade em relação ao evento anterior, conforme mostrado no Gráfico 1.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

Nos primeiros meses de 2025, o leite em pó integral (LPI), principal produto negociado no GDT, registrou uma sequência de altas que o consolidou em patamares mais elevados. No leilão anterior, porém, apresentou sinais de perda de força, com pequenos recuos. Já no último leilão, o preço médio da categoria se estabilizou, fechando em USD 4.052/ton – um pequeno aumento de 0,2% em relação ao leilão da primeira quinzena de março, conforme ilustra o Gráfico 2.

Gráfico 2. Preço médio LPI

Por outro lado, algumas categorias seguem em alta, como o Cheddar (+1,0%) e a Mozzarella, que avançou 5,1%. Além dessas categorias, destaca-se o patamar de preços da manteiga, que com o avanço de 1,1% no último leilão renovou seus valores máximos no leilão. A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao fim do evento, assim como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 18/03/2025.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
 
Redução no volume negociado

O volume negociado no leilão seguiu em queda. Foram comercializadas 19.540 toneladas, o que representa uma retração de 6,9% em relação ao evento anterior. Esse é o menor volume negociado para um mês de março desde 2018.

Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
 
Impacto nos contratos futuros
Os contratos futuros de leite em pó integral na Bolsa da Nova Zelândia (NZX Futures) seguem apresentando correções de baixas para os próximos meses, com uma expectativa de demanda internacional mais contida e algum crescimento da oferta dos principais países exportadores.
 
Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?
Similar ao último leilão, o cenário de estabilidade no índice mantém os valores internacionais elevados, acima das médias dos últimos anos. Com isso, mercados compradores como Oriente Médio, Norte da África (especialmente a Argélia) e Ásia (com destaque para a China) seguem demandando produtos da Argentina e do Uruguai, intensificando a concorrência com o Brasil.

Nesse contexto, espera-se que o Brasil continue enfrentando uma oferta mais restrita do Mercosul, o que pode contribuir para a manutenção dos atuais preços no mercado interno. 

Outro ponto relevante sobre o resultado do Global Dairy Trade de 18 de março de 2025 é a incerteza no curto prazo do mercado global de leite. A ameaça de novas tarifas impostas pelos Estados Unidos, especialmente sobre seus vizinhos Canadá e México, impacta diretamente a cadeia láctea. Nos últimos anos, os EUA supriram grande parte da demanda desses países, mas, diante da possibilidade de barreiras comerciais, Canadá e México podem buscar novas fontes de abastecimento, especialmente no mercado europeu. (Milkpoint)

Copom eleva juros básicos da economia para 14,25% ao ano

Preço dos alimentos e incertezas globais influenciaram decisão

A alta do preço dos alimentos e da energia e as incertezas em torno da economia global fizeram o Banco Central (BC) aumentar mais uma vez os juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano.

Além de esperada pelo mercado financeiro, a elevação em 1 ponto havia sido anunciada pelo Banco Central na reunião de janeiro.

Essa foi a quinta alta seguida da Selic. A taxa está no maior nível desde outubro de 2016, quando também estava em 14,25% ao ano. A alta consolida um ciclo de contração na política monetária.

Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto e duas de 1 ponto percentual.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial, ficou em 1,48%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o fim do bônus de Itaipu sobre a conta de luz e o preço de alguns alimentos contribuíram para o índice.

Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,87% em 12 meses, acima do teto da meta do ano passado. Pelo novo sistema de meta contínua em vigor a partir deste mês, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.

No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em março de 2025, a inflação desde abril de 2024 é comparada com a meta e o intervalo de tolerância. Em abril, o procedimento se repete, com apuração a partir de maio de 2024. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de dezembro pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2025 em 4,5%, mas a estimativa pode ser revista, dependendo do comportamento do dólar e da inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de março.

As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,66%, mais de 1 ponto acima do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 5,6%.

Crédito mais caro

O aumento da taxa Selic ajuda a conter a inflação. Isso porque juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas maiores dificultam o crescimento econômico.

No último Relatório de Inflação, o Banco Central elevou para 2,1% a projeção de crescimento para a economia em 2025.

O mercado projeta crescimento um pouco menor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 1,99% do PIB em 2025.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir. (Zero Hora)


Jogo Rápido

Piracanjuba ProForce é nova marca da linha de proteicos da Piracanjuba
Com a qualidade de sempre, produtos com a nova marca começam a ser distribuídos nos principais pontos de vendas do país a partir de março. Na versão UHT, a novidade se estende ao lançamento de dois sabores: Cookies and Cream e Banoffee. A linha de proteicos da Piracanjuba agora tem nova marca, Piracanjuba ProForce. O nome substitui Piracanjuba Whey, mas sem alterar a qualidade dos produtos dessa categoria. A novidade alcança tanto o whey protein em pó como as bebidas prontas para beber com alto teor de proteína. Estas, inclusive, ganham dois novos sabores: Cookies and Cream e Banoffee, que entram no lugar das versões baunilha e banana, respectivamente. Além de atender uma demanda da legislação, a mudança de nomenclatura vem reforçar o compromisso da marca em oferecer soluções proteicas, nutritivas, práticas e saborosas. “Com ProForce ganhamos mais corpo para expansão da linha de proteinados da Piracanjuba, com produtos que envolvam performance e energia”, destaca a diretora de Marketing do Grupo Piracanjuba, Lisiane Campos. A mudança também está em linha com o posicionamento da Piracanjuba, que tem como essência ‘Para viver bem’. “Com Piracanjuba Proforce, a marca amplia a presença na jornada do consumidor, oferecendo um portfólio mais diversificado que acompanha as necessidades dos consumidores, que estão cada vez mais atentos à saúde e ao bem-estar" complementa Lisiane. As primeiras bebidas proteicas da Piracanjuba foram lançadas em 2018. Atualmente, a marca está entre as mais vendidas no ranking de bebida com alto teor de proteína, segundo dados de 2024, da Nielsen. O portfólio, hoje, inclui 11 bebidas, sendo cinco versões com 23g de proteínas e seis com 15g de proteínas. “São opções práticas e gostosas para quem busca reforçar a quantidade diária de consumo de proteína”, cita Lisiane. Além das bebidas, no ano passado a marca lançou suplemento em pó com 21g de proteínas por porção. O produto está disponível nos sabores Chocolate e Milk, em potes com 450g. “Ao ampliar e diversificar nossa linha de proteicos esperamos atender a demanda, cada vez maior, por produtos que se encaixem na rotina de quem prioriza o cuidado com a saúde e o bem-estar. É pensando nesse público, que vai do atleta aos praticantes de atividades físicas leves, que seguimos investindo em inovação e novidades que aliem praticidade a qualidade, característica indispensável aos produtos da marca”, explica Lisiane. O desenho da nova logomarca foi desenvolvido pela FutureBrand e simboliza a energia em movimento, voltada à alta performance. Com curvas suaves, a marca transmite a simplicidade e a fluidez de uma vida em constante movimento. Portfólio diversificado: - Bebidas em embalagens de 250ml e com 23g de proteínas. Atuais sabores disponíveis: Frutas Vermelhas, Cacau, Pasta de Amendoim, Cookies and Cream e Banoffee. Bebidas com 15g de proteínas: Quatro opções na versão 250ml: Chocolate, Morango, Coco e Café +. Duas opções em embalagens de 1 litro: Coco e Chocolate. - Whey protein em pó com 21g de proteínas por porção Em embalagens de 450g, está disponível nos sabores Chocolate e Milk. (As informações são da Pirancajuba)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 19 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.350


Governo do RS anuncia medidas para empresas renegociarem dívidas de ICMS

Programa Refaz Reconstrução oferece descontos em juros e multas que podem chegar a 95%; expectativa é arrecadar R$ 5 bilhões nos próximos anos

A partir desta quarta-feira, as empresas que possuem dívidas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com a Receita Estadual terão mais uma opção para quitarem seus débitos com redução significativa de juros e multas. Isso porque a Secretaria da Fazenda lançou nesta terça-feira o programa Refaz Reconstrução, que é destinado para as empresas com dívidas tributárias vencidas até o dia 31 de dezembro de 2024.De acordo com a secretária Pricilla Santana, esta é uma oportunidade para quem enfrentou dificuldades durante as crises relacionadas à pandemia e à enchente. Além disso, ela ressaltou que, apesar de refletir em redução do valor que o Estado receberia com os juros e multas sobre a dívida, a medida auxiliará na recuperação econômica das empresas e do próprio Estado. A adesão ao Refaz Reconstrução inicia nesta quarta e segue até o dia 30 de abril.“Esse manejo deve ser feito com parcimônia, pois resulta no Estado deixando de arrecadar o valor da dívida. Mas temos elementos importante para isso, como o aumento da fatia do bolo de arrecadação no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) a partir de 2026. Esperamos ter também uma retomada de produtividade no RS e um aumento dos recursos tributáveis no Estado com este programa. O Refaz Reconstrução trará potência para as empresas atingidas pela pandemia e pela enchente”, destacou a secretária.A plataforma que os contribuintes poderão utilizar para aderir à medida estará disponível no site da Sefaz. Ao todo, são duas modalidades de adesão ao programa. Na regra Ouro, a empresa optará por pagar todos os débitos de ICMS à vista, com desconto de 95%, ou parcelado em até seis vezes, com desconto de 90%.

Já na regra Prata, a empresa poderá selecionar os débitos que deseja quitar, garantindo 75% de desconto à vista. O parcelamento nesta modalidade pode ser feito em até 120 vezes, mas o desconto é reduzido gradativamente de acordo com o número de parcelas, partindo de 70% nas dívidas parceladas em até 18 vezes e chegando até 10% nas parceladas entre 61 e 120 vezes.

A secretária apontou ainda que o montante total devido em ICMS ao Estado está em mais de R$ 55,2 bilhões. Os segmentos com maior acumulado no valor devido ao RS são as empresas de calçados e vestuário, as indústrias metal mecânica e o agronegócio. A expectativa do Estado é arrecadar mais de R$ 1 bilhão com o Refaz Reconstrução em 2025, mas o número pode chegar a cerca de R$ 5 bilhões ao longo dos próximos anos.

O governador Eduardo Leite reforçou que este é o maior programa de renegociação de dívidas de ICMS desde a última edição do Refaz, em 2019. “É uma situação de ganha-ganha. Ganham os contribuintes com a oportunidade de regularização e ganha o Estado, pois a arrecadação é fundamental para a sustentação dos serviços. Além disso, vai constituir nesse período a base sobre a qual vai ser contabilizada a arrecadação do futuro do RS a partir da reforma tributária, com o IBS. Esse é mais um dos motivos pelos quais estamos tomando essa iniciativa”, finalizou Leite. (Correio do Povo)


EUA: investimentos em queijo e soro de leite podem remodelar o mercado global de lácteos

Nos EUA, os investimentos em queijo e soro de leite seguem firmes em busca de remodelar o mercado global de lácteos. Saiba mais sobre essa tendência.

Os Estados Unidos estão prestes a expandir significativamente sua capacidade de produção de queijo e soro de leite até 2026, marcando um período transformador para a indústria nacional de laticínios, segundo pesquisa do Rabobank. Com a produção de leite mantendo um crescimento constante, o país está canalizando investimentos substanciais em infraestrutura de processamento, um movimento que pode consolidar sua posição competitiva nos mercados globais nos próximos anos.

O consumo de queijo nos EUA tem apresentado uma trajetória ascendente, com a ingestão per capita atingindo níveis recordes em 2023. Analistas do setor antecipam que 2024 pode ser um ano marcante para as exportações de queijo dos EUA, impulsionadas por uma demanda internacional sustentada.

Ao mesmo tempo, o mercado de soro de leite está experimentando um crescimento sem precedentes, impulsionado pelo aumento global da procura por alimentos ricos em proteínas e voltados para a saúde. O consequente aumento nos preços do soro de leite forneceu mais justificativa econômica para investimentos na capacidade de processamento.

No entanto, no curto prazo, a rápida expansão da capacidade produtiva pode gerar volatilidade no mercado. Um possível cenário de superoferta temporária pode pressionar os preços do queijo, à medida que a indústria tenta absorver o aumento da produção. Analistas sugerem que, embora a oferta maior possa exercer pressão de baixa nos preços domésticos, o crescimento da demanda por exportação deve ajudar a mitigar esses efeitos ao longo do tempo.

A longo prazo, esses investimentos devem fortalecer a capacidade do setor de laticínios dos EUA de capitalizar as mudanças nas tendências de consumo e consolidar sua presença nos mercados internacionais.

O apetite global por queijos e produtos derivados do soro de leite está aumentando, com crescimento particular na Ásia e na América Latina, onde os padrões alimentares estão evoluindo e as populações de classe média estão em expansão, impulsionando a demanda.

A expansão estratégica dos principais processadores de laticínios permitirá que os EUA atendam a essas novas demandas de consumo com preços competitivos e maior eficiência na cadeia de suprimentos. Os investimentos representam não apenas um impulso econômico para as regiões produtoras de lácteos, mas também refletem tendências globais de consumo de alimentos que favorecem produtos lácteos de alto valor agregado.

Com uma perspectiva promissora para as exportações de queijo e soro de leite, a indústria de laticínios dos EUA se prepara para um período de expansão dinâmica. Embora flutuações de curto prazo possam ocorrer, a trajetória geral indica um caminho contínuo de sucesso para o queijo americano e seus subprodutos de alto valor agregado no cenário global.

As informações são do Dairy News Today, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.

Consumo de leite | Como os peptídeos do leite podem auxiliar na redução do estresse e da depressão

Em um mundo cada vez mais dinâmico e estressante, a busca por soluções que promovam o bem-estar mental e físico tem se tornado mais relevante do que nunca.

Peptídeos do leite | Em um mundo cada vez mais dinâmico e estressante, a busca por soluções que promovam o bem-estar mental e físico tem se tornado mais relevante do que nunca.
Muitas pessoas estão em busca de alternativas naturais para aliviar sintomas de fadiga e melhorar o humor. Em um mundo cada vez mais dinâmico e estressante, a busca por soluções que promovam o bem-estar mental e físico tem se tornado mais relevante do que nunca.

Muitas pessoas estão em busca de alternativas naturais para aliviar sintomas de fadiga e melhorar o humor. Embora muitas soluções estejam disponíveis, a questão é: como podemos utilizar alimentos comuns para promover uma sensação duradoura de bem-estar?

É aqui que o leite entra em cena, trazendo consigo não apenas a riqueza de seus nutrientes tradicionais, mas também novos avanços científicos que prometem transformar nossa compreensão sobre o papel dos alimentos na saúde mental.

Recentemente, pesquisadores investigaram o efeito de um suplemento de whey protein, que contém alta concentração do peptídeo AJI-801, no bem-estar mental. Esse estudo foi conduzido com rigoroso design de ensaio clínico, onde participantes saudáveis com fadiga foram divididos em grupos e receberam diferentes doses do suplemento.

O estudo foi projetado como um ensaio cruzado duplo-cego controlado por placebo. Participantes com idades entre 20 e 59 anos, que relataram fadiga, foram divididos em dois grupos e receberam doses de 100 mg ou 500 mg de whey protein hidrolisado contendo o peptídeo AJI-801.

Após o consumo dos suplementos, amostras de sangue foram coletadas em vários intervalos para medir os níveis de ALC e FGF21, e os participantes preencheram questionários sobre seu estado de ânimo. 

Os resultados mostraram que a ingestão de 500 mg do suplemento contendo AJI-801 melhorou significativamente os sentimentos de depressão e desânimo em comparação com o placebo.

Embora não tenha havido diferenças notáveis nos níveis de ALC e FGF21 entre os grupos, a melhora no estado de ânimo foi clara. Esses resultados indicam que o peptídeo AJI-801, derivado do leite, pode representar abordagem inovadora para melhorar o bem-estar mental, complementando os benefícios já conhecidos do leite. 

O leite, já celebrado por suas qualidades nutricionais, mostra-se agora também um aliado promissor na promoção da saúde mental, revelando nova faceta dos seus benefícios. Incorporar o leite de vaca em nossa dieta não só reforça nossa saúde física, mas também pode contribuir para um estado mental mais equilibrado e positivo. 

O LEITE, JÁ CELEBRADO POR SUAS QUALIDADES NUTRICIONAIS, MOSTRA-SE AGORA TAMBÉM UM ALIADO PROMISSOR NA PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL, REVELANDO NOVA FACETA DOS SEUS BENEFÍCIOS

Fonte: Effect of whey protein-derived decapeptide on mood status and blood variables in healthy adults: a randomized, double-blind, placebo-controlled cross-over trial. European Journal of Nutrition, 2024.

Autora: Andreza Ebersol dos Anjos 

Fonte: Revista Leite Integral via EdairyNews


Jogo Rápido

Lactalis faz 10 anos no Brasil e anuncia R$313 milhões de investimentos e ampliações no Paraná
No ano em que completa 10 anos no Brasil e alinhada com propósito de constituir uma liderança Forte e Responsável na cadeia de leite do país, a Lactalis investirá R$ 313 milhões na ampliação das suas operações fabris no Paraná. O investimento será direcionado para a instalação de uma nova linha de UHT em Londrina e para o aumento da produção de iogurtes, leite fermentado, bebidas lácteas, sobremesas e creme de queijo na unidade de Carambeí, o que resultará na fabricação local de um vasto portfólio de marcas da empresa, dentre elas a icônica Batavo que carrega a marca da Holandesa, uma figura ímpar para as regiões produtivas de leite do Paraná. Na terça-feira (18/03), o governador Ratinho Júnior reuniu-se em Curitiba (PR), com o CEO da Lactalis Brasil, Roosevelt Junior. O projeto deverá ser formalizado na sequência, por meio de dois protocolos entre a Lactalis Brasil e o governo do Paraná. O representante da Lactalis informou que, nos últimos 10 anos, foram investidos mais de R$ 710 milhões no Estado, onde a Lactalis tem três fábricas (Carambeí, Londrina e Pato Branco), 1,5 mil colaboradores e movimenta 600 milhões de litros de leite ao ano. “Como líder do setor lácteo no Brasil, a Lactalis reconhece sua responsabilidade com o desenvolvimento das bacias leiteiras do país e assume o compromisso de oferecer alimentos saborosos e de alto valor nutricional aos consumidores a preços justos. Ampliar a produção no Paraná é fortalecer o elo entre a Lactalis e o Estado, é valorizar a produção e o leite paranaense, levando os produtos fabricados aqui para todo o Brasil e demais países da América do Sul”, salientou Roosevelt Junior. A história da Batavo com o Estado do Paraná remonta quase 100 anos, quando se iniciou a produção na região de Carambeí (PR). A relação com a comunidade, fortemente marcada pela colonização holandesa, deu tom à produção e interferiu em muitas das receitas de laticínios incorporadas até hoje. Desde que assumiu as operações da Batavo, em 2015, a Lactalis fortalece uma relação de confiança com a comunidade local e vem investindo no Estado. A fábrica de Carambeí gera 830 empregos diretos, que se somam a outros 280 nas unidades de Londrina e 36 em Pato Branco. O impacto na geração de renda para o Estado inclui ainda a captação de leite de produtores ligados a duas importantes cooperativas da região: Cativa e Castrolanda. “Carambeí está entre os mais importantes polos produtivos da empresa no país e é estratégico para nossa política de expansão. A unidade é responsável atualmente pela produção de 210 mil toneladas de alimentos no ano”, informou o CEO. As informações são da Assessoria de Imprensa da Lactalis. 


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 18 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.349


A aquisição de leite, no 4° trimestre de 2024, foi de 6,79 bilhões de litros

Acréscimo é de 4,6% em relação ao 4° trimestre de 2023, e aumento de 6,7% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.No 4º trimestre de 2024, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 6,79 bilhões de litros, acréscimo de 4,6% em relação ao 4° trimestre de 2023, e aumento de 6,7% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. Trata-se da maior aquisição de leite nesses estabelecimentos nos últimos quatro anos, performando a segunda maior aquisição da série histórica, superada apenas pela ocorrida no quarto trimestre de 2020. No Gráfico I.12 é possível perceber um comportamento cíclico no setor leiteiro, em que os 4 os trimestres regularmente apresentam pico de produção em relação aos trimestres anteriores, impulsionado pelo período de safra em algumas das principais bacias leiteiras do País. O mês de maior captação dentro do período foi dezembro, no qual foram contabilizados 2,34 bilhões de litros de leite.

No comparativo do 4º trimestre de 2024 com o mesmo período em 2023, o acréscimo de 295,7 milhões de litros de leite captados, em nível nacional, é proveniente de aumento de produção registrado em 12 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. Em nível de Unidades da Federação, os acréscimos mais relevantes ocorreram em Paraná (+121,25 milhões de litros), Minas Gerais (+98,64 milhões de litros) e Santa Catarina (+43,29 milhões 27 de litros). Em compensação, as reduções mais significativas ocorreram em Rondônia (-19,15 milhões de litros), Goiás (-12,19 milhões de litros) e Espírito Santo (-11,92 milhões de litros).  Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 25,2% da captação nacional, seguido por Paraná (15,9%) e Santa Catarina (12,8%) (Gráfico I.13).

O preço médio do litro de leite cru pago ao produtor, no 4º trimestre de 2024, foi de R$ 2,76, valor 31,4% acima do praticado no trimestre equivalente do ano anterior. Em comparação ao preço médio auferido no 3° trimestre de 2024, houve decréscimo de 1,4%. (Gráfico I.14)

Segundo o IPCA, o item Leite e derivados teve aumento de 10,37% no acumulado de janeiro a dezembro de 2024, superior ao Índice geral da inflação de +4,83% no mesmo período. Dos oito subitens desta lista, as maiores variações no período foram verificadas no Leite longa vida (+18,83%), Leite em pó (+9,26%) e Leite condensado (+8,46%). (Gráfico I.15).

A maior parte da captação de leite pelos laticínios brasileiros foi realizada por estabelecimentos de grande porte, que receberam mais de 150 mil litros de leite/dia (6,4% do total de estabelecimentos) e foram responsáveis por 68,2% do volume de leite cru captado no 4º trimestre de 2024 (Tabela I.13).

No 4º trimestre de 2024, participaram da Pesquisa Trimestral do Leite 1 927 estabelecimentos, 678 (35,2%) registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), 830 (43,1%) nos Serviços de Inspeção Estadual (SIE) e 419 (21,7 %) nos Serviços de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 88,3%, 10,5% e 1,2% do total de leite captado. O Estado do Amapá foi a única Unidade da Federação a não participar da Pesquisa, por não apresentar estabelecimento elegível ao universo investigado. 

(Fonte Indicadores IBGE: Estatística da Produção Pecuária - Aquisição de Leite, editado pelo Sindilat)


Inteligência artificial na produção leiteira

Universidade de Passo Fundo prepara-se para desenvolver pesquisa inédita no Rio Grande do Sul, a qual pretende monitorar a saúde animal a partir do uso de algoritmos e tecnologias que analisem amostras do leite

No campo, cada detalhe faz a diferença para reduzir as perdas, aumentar a produtividade e a rentabilidade. Com olhar voltado para o futuro, a Universidade de Passo Fundo (UPF) prepara-se para utilizar a inteligência artificial como ferramenta estratégica em uma pesquisa inovadora. A iniciativa pioneira da universidade no Rio Grande do Sul foi contemplada com R$ 2 milhões em recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para a montagem do laboratório multidisciplinar que vai utilizar algoritmos combinados com tecnologia para diagnósticos antecipados da saúde das vacas, por meio da coleta de amostras de leite.

O coordenador do curso de Medicina Veterinária da UPF, professor Carlos Bondan, lidera o projeto de pesquisa e explica que o leite é um fluido orgânico, a exemplo do sangue que é utilizado para apurar doenças através da análise de laboratório.

“Vamos analisar inclusive parâmetros que não são muito frequentes e solicitações por parte dos produtores”, adianta, acrescentando que as novas avaliações têm potencial de identificar problemas nas fêmeas leiteiras, principalmente aqueles relacionados ao metabolismo e, às condições nutricionais, além das doenças infecciosas.

“É um primeiro passo desafiador. Porque vamos precisar de amostras individuais por vaca e atualmente o controle leiteiro no Brasil não é realizado de uma forma tão intensa e corriqueira como em outros países”, explica Bondan. Segundo ele, isso já é comum no Canadá, Estados Unidos e alguns países da Europa. “Na Holanda, uma vez por mês, os produtores coletam o leite das vacas em ordenha para esse tipo de análise, tendo informações individuais de cada exemplar. Então consegue-se, por vezes, até antever um problema sanitário prestes a ocorrer”, sublinhou.

Com o projeto, o coordenador do curso de Medicina Veterinária da UPF antecipa que se quer ir além, inclusive, com um prognóstico de uma doença subclínica nas fêmeas em virtude de indicadores já existentes. “A intenção é mostrarmos problemas que irão resultar em perdas. Seja de bem-estar, produtiva ou de qualidade do leite”, explica. Bondan, ressalta que as variações do clima e do solo em que o alimento foi cultivado (para as vacas leiteiras) são alterações que também podem trazer comprometimentos para a produtividade, a qualidade e a saúde dos animais. “Por isso, criaremos um banco de dados onde iniciaremos com as mais diferentes informações. É aí que entra a inteligência artificial, avaliando estatisticamente um problema que vamos determinar”, detalha.

De acordo com Bondan, o objetivo final do projeto é bem audacioso se a cadeia láctea se somar a ideia, que é fazer com que o Rio Grande do Sul seja positivamente diferenciado no setor. “Tornar o nosso leite conhecido como o melhor em termos de qualidade, produção e rentabilidade do Brasil”, afirmou. Para isso, a intenção é criar uma ferramenta em que todos os atores do sistema produtivo gaúcho possam ter acesso, tanto o produtor, quanto os técnicos e a indústria.

Nessa direção, o professor Carlos Bondan adianta que será criada uma inteligência artificial específica para o projeto. “Não compraremos nenhum software ou metodologia. Serão desenvolvidos única e exclusivamente pela Universidade de Passo Fundo”, garante.

Bondan detalha que as equipes de trabalho já estão formadas e que a iniciativa aguarda apenas a licitação para a aquisição de equipamentos de alto valor. “O projeto em si tem um orçamento de R$ 5 milhões, mas com os recursos que obtivemos com a Finep já conseguiremos iniciá-lo”, pontuou.

O coordenador do curso de Medicina Veterinária da UPF antecipa ainda que a expectativa é de que as primeiras conclusões e resultados do projeto sejam apurados no período de dois a cinco anos.

“Vai depender muito da aderência da cadeia láctea porque eu não consigo produzir informação se não tenho dados, análise de leite. E não é avaliação do tanque refrigerador do leite, embora esse também seja importante, mas não mais do que as análises individuais”, sublinhou.

Bondan destaca que quanto mais propriedades leiteiras participarem mais robusto será o banco de dados e mais assertiva será a inteligência artificial. “Precisaremos de rebanhos distribuídos em diversas regiões do Rio Grande do Sul. Existem muitas diferenças edafoclimáticas (de clima e solo) que compreendem desde a temperatura, o índice pluviométrico, o solo, as plantas. As condições particulares de uma determinada região ou microrregião influenciam o leite”, explica.

O professor acredita que o conjunto de informações do banco de dados e suas correlações poderá auxiliar na tomada de decisões do produtor rural para entregar um leite ainda melhor. “Temos uma preocupação muito grande com o setor produtivo do leite. Entendemos que é muito importante para as economias locais e do Estado do Rio Grande do Sul”, conclui. Bondan chamou atenção para o fato de o alimento gaúcho possuir qualidade e sua produção seguir uma série de legislações rígidas, estabelecidas por órgãos federais, estaduais e municipais. “Queremos torná-lo ainda melhor. Tudo evolui e o produtor não pode ficar obsoleto no uso de tecnologia pois isso pode refletir diretamente na sua receita e ganho”, finaliza. (Correio do Povo)

Fórum MilkPoint Mercado: É AMANHÃ! Confira a programação completa

Acontece amanhã, em Campinas, a 17ª edição do Fórum MilkPoint Mercado. Confira a programação completa e participe!

O Fórum MilkPoint Mercado 2025 está chegando. A sua 17ª edição acontece amanhã, 18 de março, em Campinas/SP.

No evento, vamos discutir os principais desafios e oportunidades para a indústria láctea em 2025, trazendo insights estratégicos sobre temas essenciais. Confira a programação completa:

Bloco 1 - Cenários de Mercado
Abertura do Painel - Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios da MilkPoint Ventures

Cenário do consumo de lácteos: como fechamos 2024 e como começamos 2025 - André Penariol, CEO da BU Rock Conecta

Cenário econômico e possíveis impactos do novo governo americano no mercado lácteo no mundo - Glauco Carvalho, Pesquisador da Embrapa

Do Campo ao Mercado: Sustentabilidade, Gestão Financeira e Logística no Setor Lácteo - Ben French, Diretor Associado do Programa de Suprimentos Sustentáveis VIVE na Czarnikow e Tom Soutter, Trader Sênior na Czarnikow

Tendências do Mercado Lácteo no Mercosul para 2025 - Andres Padilla, Industry Specialist na Rabobank Brasil

Proteção de preços de milho e soja: o que já poderíamos ter feito e o que ainda podemos fazer olhando o cenário para 2025? - Alberto Pessina, Fundador e CEO da Agromove

Cenários para o mercado lácteo - Matheus Napolitano, Analista de Mercado na MilkPoint Ventures

O futuro da produção de leite no Brasil - Marcelo Pereira de Carvalho, CEO da MilkPoint Ventures

Perguntas e Debate

Bloco 2 - Gestão de Custos e Eficiência Operacional na Cadeia Láctea

Logística compartilhada na distribuição de produtos lácteos: oportunidades e limitações do mercado brasileiro - Graciela Civolani, Diretora de Suply Chain na Danone

Gargalos e Oportunidades nos custos da cadeia de abastecimento de leite de produtores - Juliana Santiago, Consultora de Projetos da MilkPoint Ventures e Luana Chiminasso, Consultora de Projetos Jr. da MilkPoint Ventures

Uso de Instrumentos FOSS para otimização dos processos lácteos adicionando valor a cadeia - Priscila Tortelli, Diretora Geral da FOSS no Brasil

Perguntas e Debate

Milk break

Oportunidades na precificação do leite matéria-prima - onde estamos/dificuldades/oportunidades - Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios da MilkPoint Ventures

Desbloqueando a Performance por meio da Digitalização da Cadeia de Suprimentos - Fede Lang, Head of Customer Success, MADCAP

Perguntas e Debate

Mesa Redonda: Sistemas de remuneração do leite: para qual direção caminha a indústria?
Armindo José Soares Neto, Diretor Executivo de Captação na Alvoar Lácteos
Edney Murillo Secco, Diretor de Compra de Lácteos no Grupo Piracanjuba
Rafael Junqueira, Diretor de Captação de Leite - Lactalis do Brasil e Uruguai
Ricardo Rodrigues, Diretor Compras de Leite & Agropecuária na Scala
Roberto Victor Hegg, Diretor de Supply Chain na Tirolez

Encerramento e Queijos & Vinhos

Estes e outros temas serão abordados por especialistas do setor, reunindo os principais players da cadeia láctea para um dia de muito conhecimento e networking.

Se não puder estar presencialmente, você ainda tem a chance de acompanhar todas as análises estratégicas e debates do Fórum MilkPoint Mercado na modalidade online, com transmissão ao vivo e acesso às gravações por 30 dias.

Se você ainda não garantiu sua participação, essa é a sua última chance! Acesse o site oficial do evento e inscreva-se agora. Não fique de fora do debate que definirá os rumos do mercado lácteo! Associados do Sindilat garantem 10% de desconto clicando aqui.

Milkpoint


Jogo Rápido

MILHO/CEPEA: Estoques baixos e demanda aquecida sustentam alta de preços
Os preços do milho seguem em alta na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Dados da Conab indicam que os estoques iniciais da temporada 2024/25 são de apenas 2,04 milhões de toneladas, inferior às 2,1 milhões de toneladas apontadas em fevereiro/25. Os preços do milho seguem em alta na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, o impulso vem da combinação de estoques baixos com a demanda aquecida pelo cereal. No encerramento da semana passada, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) se aproximava dos R$ 90/saca de 60 kg, patamar nominal verificado pela última vez em abril de 2022. Dados da Conab indicam que os estoques iniciais da temporada 2024/25 são de apenas 2,04 milhões de toneladas, inferior às 2,1 milhões de toneladas apontadas em fevereiro/25 e bem abaixo das 7,2 milhões de toneladas da safra 2023/24. O atual estoque representa apenas 2,4% do consumo anual do milho pelo mercado interno, estimado pela Conab em 86,97 milhões de toneladas em 2024/25. (Terra Viva)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 17 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.348


Live sobre a Plataforma SDA Digital trará novidades para registro de estabelecimentos sob SIF

O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), vinculado à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), promoverá no dia 25 de março de 2025, às 09h30, uma live especial para apresentar a Plataforma SDA Digital e suas novas funcionalidades para o registro de estabelecimentos sob o Serviço de Inspeção Federal (SIF).

O evento será transmitido pelo Canal da Enagro no YouTube (acesse aqui) e contará com a presença de Carla Bueno (DIREC/DIPOA) e Paulo Groba (CSG/DIPOA), que abordarão as principais novidades do sistema, facilitando o entendimento e a adesão dos usuários ao novo formato digital.

O que esperar da live?

● Apresentação das novas funcionalidades da Plataforma SDA Digital.

● Esclarecimento de dúvidas sobre o uso da ferramenta.

● Sessão interativa de perguntas e respostas com os especialistas.

Os interessados em enviar perguntas previamente podem acessar o formulário oficial por meio do link: https://forms.office.com/r/msJVyv6DvR.

Recursos e materiais adicionais:

Para aqueles que desejam se aprofundar no tema, estão disponíveis os seguintes materiais:

● Informações gerais sobre o Registro de Estabelecimentos - SIF ou ER: Clique aqui

● Manual da Plataforma SDA Digital: Acesse aqui

● Acesso à Plataforma SDA Digital: https://sdadigital.agricultura.gov.br/sda/home

A iniciativa reforça o compromisso do MAPA com a modernização dos processos e a digitalização dos serviços, promovendo maior agilidade e transparência no registro de estabelecimentos sob inspeção federal.

Não perca! Anote na agenda: 25 de março, às 09h30, no Canal da Enagro no YouTube.
 
Sindilat com informações do MAPA

Inteligência artificial na produção leiteira

Universidade de Passo Fundo prepara-se para desenvolver pesquisa inédita no Rio Grande do Sul, a qual pretende monitorar a saúde animal a partir do uso de algoritmos e tecnologias que analisem amostras do leite

No campo, cada detalhe faz a diferença para reduzir as perdas, aumentar a produtividade e a rentabilidade. Com olhar voltado para o futuro, a Universidade de Passo Fundo (UPF) prepara-se para utilizar a inteligência artificial como ferramenta estratégica em uma pesquisa inovadora. A iniciativa pioneira da universidade no Rio Grande do Sul foi contemplada com R$ 2 milhões em recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para a montagem do laboratório multidisciplinar que vai utilizar algoritmos combinados com tecnologia para diagnósticos antecipados da saúde das vacas, por meio da coleta de amostras de leite.

O coordenador do curso de Medicina Veterinária da UPF, professor Carlos Bondan, lidera o projeto de pesquisa e explica que o leite é um fluido orgânico, a exemplo do sangue que é utilizado para apurar doenças através da análise de laboratório.

“Vamos analisar inclusive parâmetros que não são muito frequentes e solicitações por parte dos produtores”, adianta, acrescentando que as novas avaliações têm potencial de identificar problemas nas fêmeas leiteiras, principalmente aqueles relacionados ao metabolismo e, às condições nutricionais, além das doenças infecciosas.

“É um primeiro passo desafiador. Porque vamos precisar de amostras individuais por vaca e atualmente o controle leiteiro no Brasil não é realizado de uma forma tão intensa e corriqueira como em outros países”, explica Bondan. Segundo ele, isso já é comum no Canadá, Estados Unidos e alguns países da Europa. “Na Holanda, uma vez por mês, os produtores coletam o leite das vacas em ordenha para esse tipo de análise, tendo informações individuais de cada exemplar. Então consegue-se, por vezes, até antever um problema sanitário prestes a ocorrer”, sublinhou.

Com o projeto, o coordenador do curso de Medicina Veterinária da UPF antecipa que se quer ir além, inclusive, com um prognóstico de uma doença subclínica nas fêmeas em virtude de indicadores já existentes. “A intenção é mostrarmos problemas que irão resultar em perdas. Seja de bem-estar, produtiva ou de qualidade do leite”, explica. Bondan, ressalta que as variações do clima e do solo em que o alimento foi cultivado (para as vacas leiteiras) são alterações que também podem trazer comprometimentos para a produtividade, a qualidade e a saúde dos animais. “Por isso, criaremos um banco de dados onde iniciaremos com as mais diferentes informações. É aí que entra a inteligência artificial, avaliando estatisticamente um problema que vamos determinar”, detalha.

De acordo com Bondan, o objetivo final do projeto é bem audacioso se a cadeia láctea se somar a ideia, que é fazer com que o Rio Grande do Sul seja positivamente diferenciado no setor. “Tornar o nosso leite conhecido como o melhor em termos de qualidade, produção e rentabilidade do Brasil”, afirmou. Para isso, a intenção é criar uma ferramenta em que todos os atores do sistema produtivo gaúcho possam ter acesso, tanto o produtor, quanto os técnicos e a indústria.

Nessa direção, o professor Carlos Bondan adianta que será criada uma inteligência artificial específica para o projeto. “Não compraremos nenhum software ou metodologia. Serão desenvolvidos única e exclusivamente pela Universidade de Passo Fundo”, garante.

Bondan detalha que as equipes de trabalho já estão formadas e que a iniciativa aguarda apenas a licitação para a aquisição de equipamentos de alto valor. “O projeto em si tem um orçamento de R$ 5 milhões, mas com os recursos que obtivemos com a Finep já conseguiremos iniciá-lo”, pontuou.

O coordenador do curso de Medicina Veterinária da UPF antecipa ainda que a expectativa é de que as primeiras conclusões e resultados do projeto sejam apurados no período de dois a cinco anos.

“Vai depender muito da aderência da cadeia láctea porque eu não consigo produzir informação se não tenho dados, análise de leite. E não é avaliação do tanque refrigerador do leite, embora esse também seja importante, mas não mais do que as análises individuais”, sublinhou.

Bondan destaca que quanto mais propriedades leiteiras participarem mais robusto será o banco de dados e mais assertiva será a inteligência artificial. “Precisaremos de rebanhos distribuídos em diversas regiões do Rio Grande do Sul. Existem muitas diferenças edafoclimáticas (de clima e solo) que compreendem desde a temperatura, o índice pluviométrico, o solo, as plantas. As condições particulares de uma determinada região ou microrregião influenciam o leite”, explica.

O professor acredita que o conjunto de informações do banco de dados e suas correlações poderá auxiliar na tomada de decisões do produtor rural para entregar um leite ainda melhor. “Temos uma preocupação muito grande com o setor produtivo do leite. Entendemos que é muito importante para as economias locais e do Estado do Rio Grande do Sul”, conclui. Bondan chamou atenção para o fato de o alimento gaúcho possuir qualidade e sua produção seguir uma série de legislações rígidas, estabelecidas por órgãos federais, estaduais e municipais. “Queremos torná-lo ainda melhor. Tudo evolui e o produtor não pode ficar obsoleto no uso de tecnologia pois isso pode refletir diretamente na sua receita e ganho”, finaliza. (Correio do Povo)

Fórum MilkPoint Mercado: É AMANHÃ! Confira a programação completa

Acontece amanhã, em Campinas, a 17ª edição do Fórum MilkPoint Mercado. Confira a programação completa e participe!

O Fórum MilkPoint Mercado 2025 está chegando. A sua 17ª edição acontece amanhã, 18 de março, em Campinas/SP.

No evento, vamos discutir os principais desafios e oportunidades para a indústria láctea em 2025, trazendo insights estratégicos sobre temas essenciais. Confira a programação completa:

Bloco 1 - Cenários de Mercado
Abertura do Painel - Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios da MilkPoint Ventures

Cenário do consumo de lácteos: como fechamos 2024 e como começamos 2025 - André Penariol, CEO da BU Rock Conecta

Cenário econômico e possíveis impactos do novo governo americano no mercado lácteo no mundo - Glauco Carvalho, Pesquisador da Embrapa

Do Campo ao Mercado: Sustentabilidade, Gestão Financeira e Logística no Setor Lácteo - Ben French, Diretor Associado do Programa de Suprimentos Sustentáveis VIVE na Czarnikow e Tom Soutter, Trader Sênior na Czarnikow

Tendências do Mercado Lácteo no Mercosul para 2025 - Andres Padilla, Industry Specialist na Rabobank Brasil

Proteção de preços de milho e soja: o que já poderíamos ter feito e o que ainda podemos fazer olhando o cenário para 2025? - Alberto Pessina, Fundador e CEO da Agromove

Cenários para o mercado lácteo - Matheus Napolitano, Analista de Mercado na MilkPoint Ventures

O futuro da produção de leite no Brasil - Marcelo Pereira de Carvalho, CEO da MilkPoint Ventures

Perguntas e Debate

Bloco 2 - Gestão de Custos e Eficiência Operacional na Cadeia Láctea

Logística compartilhada na distribuição de produtos lácteos: oportunidades e limitações do mercado brasileiro - Graciela Civolani, Diretora de Suply Chain na Danone

Gargalos e Oportunidades nos custos da cadeia de abastecimento de leite de produtores - Juliana Santiago, Consultora de Projetos da MilkPoint Ventures e Luana Chiminasso, Consultora de Projetos Jr. da MilkPoint Ventures

Uso de Instrumentos FOSS para otimização dos processos lácteos adicionando valor a cadeia - Priscila Tortelli, Diretora Geral da FOSS no Brasil

Perguntas e Debate

Milk break

Oportunidades na precificação do leite matéria-prima - onde estamos/dificuldades/oportunidades - Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios da MilkPoint Ventures

Desbloqueando a Performance por meio da Digitalização da Cadeia de Suprimentos - Fede Lang, Head of Customer Success, MADCAP

Perguntas e Debate

Mesa Redonda: Sistemas de remuneração do leite: para qual direção caminha a indústria?
Armindo José Soares Neto, Diretor Executivo de Captação na Alvoar Lácteos
Edney Murillo Secco, Diretor de Compra de Lácteos no Grupo Piracanjuba
Rafael Junqueira, Diretor de Captação de Leite - Lactalis do Brasil e Uruguai
Ricardo Rodrigues, Diretor Compras de Leite & Agropecuária na Scala
Roberto Victor Hegg, Diretor de Supply Chain na Tirolez

Encerramento e Queijos & Vinhos

Estes e outros temas serão abordados por especialistas do setor, reunindo os principais players da cadeia láctea para um dia de muito conhecimento e networking.

Se não puder estar presencialmente, você ainda tem a chance de acompanhar todas as análises estratégicas e debates do Fórum MilkPoint Mercado na modalidade online, com transmissão ao vivo e acesso às gravações por 30 dias.

Se você ainda não garantiu sua participação, essa é a sua última chance! Acesse o site oficial do evento e inscreva-se agora. Não fique de fora do debate que definirá os rumos do mercado lácteo! Associados do Sindilat garantem 10% de desconto clicando aqui.

Milkpoint


Jogo Rápido

Mudança de gestão na superintendência do Rio Grande do Sul
O advogado Glauto Lisboa Melo Júnior tomou posse, nesta sexta-feira (14), no cargo de superintendente regional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no Rio Grande do Sul. Glauto Lisboa é funcionário da Conab desde 2008 e já foi assistente da Superintendência Regional e superintendente Regional da Companhia no estado. (Conab)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 14 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.347


Como melhorar o ambiente das vacas?

Pesquisadores da Universidade de Nottingham destacam a importância do enriquecimento ambiental para um manejo mais estimulante e saudável para os animais. Confira!Compreender o comportamento das vacas leiteiras tem sido um tema de destaque na pesquisa em ciência leiteira nas últimas décadas. Em uma edição especial do JDS Communications dedicada ao comportamento dos animais leiteiros, um novo estudo destaca a importância do enriquecimento ambiental para melhorar o bem-estar das vacas mantidas em confinamento.Pesquisadores da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, descobriram que a introdução de um objeto novo e simples no ambiente das vacas pode reduzir significativamente comportamentos associados ao tédio, tornar o ambiente mais envolvente e ajudar a comunidade científica a compreender melhor os efeitos do confinamento no comportamento animal.

Alison L. Russell, pesquisadora da School of Veterinary Medicine and Science da Universidade de Nottingham e investigadora principal do estudo, explicou: “A pesquisa tem se concentrado cada vez mais em garantir o melhor bem-estar possível para as vacas leiteiras sob nossos cuidados, especialmente aquelas mantidas em ambientes fechados. O confinamento pode ser benéfico para a saúde e o bem-estar das vacas, além de trazer vantagens para as fazendas. No entanto, também pode levar a condições monótonas que predispõem os animais ao tédio, um estado emocional negativo que devemos evitar.”

Embora estudos sobre enriquecimento ambiental tenham demonstrado resultados positivos na redução do tédio em outras espécies animais, há pouca pesquisa nessa área para vacas leiteiras confinadas.

Russell e sua equipe buscaram entender se a oferta de um objeto de enriquecimento novo, como é frequentemente feito para suínos, poderia estimular as vacas e ajudar a comunidade leiteira a compreender melhor os comportamentos associados ao tédio. O estudo envolveu 71 vacas Holandesas alojadas em baias com camas de areia e acesso a uma escova automática, ferramenta já amplamente reconhecida como uma fonte positiva de enriquecimento para bovinos.

Os pesquisadores então introduziram um novo objeto no ambiente das vacas – uma boia inflável de navegação suspensa na altura dos ombros dos animais – instalada na área de descanso dos currais por um período de três semanas.

Russell explicou: “Escolhemos a boia porque é segura, praticamente indestrutível e oferece uma oportunidade totalmente nova de interação para as vacas.”

O comportamento das vacas durante esse período foi comparado com as semanas anteriores, quando nenhum enriquecimento adicional estava presente. Os pesquisadores registraram continuamente as interações com a boia, bem como dados coletados no sistema de ordenha robotizado usado no experimento.

“Nós registramos não apenas se as vacas interagiam com a boia, mas também dois comportamentos associados ao tédio, além de comportamentos de autocuidado”, explicou Russell.

Os comportamentos associados ao tédio incluíam ficar parada sem interagir com o ambiente, um sinal de desengajamento, e recusas na ordenha automática, quando as vacas entram no robô de ordenha buscando estimulação, mesmo após já terem atingido sua produção diária ou antes do intervalo mínimo necessário entre as ordenhas, além de autocuidados, como lamber, mastigar e coçar-se.

“As vacas interagiram prontamente e repetidamente com a boia em um nível comparável ao da escova, o que sugere que a consideraram uma adição positiva ao ambiente”, disse Russell.

Os resultados do estudo também mostraram uma redução tanto no tempo ocioso quanto nas recusas de ordenha quando a boia estava disponível, sugerindo que ferramentas de enriquecimento podem tornar o confinamento mais estimulante.

Curiosamente, o estudo encontrou um aumento no comportamento de autocuidado quando o enriquecimento estava presente. Embora a literatura sobre esse tema seja contraditória, esses comportamentos podem estar ligados a mudanças nos níveis de estresse ou excitação – que podem ser tanto positivos quanto negativos.

“As vacas interagiram livremente com a boia, sugerindo que a experiência foi positiva, e não estressante. No entanto, mais pesquisas são necessárias para compreender completamente esses comportamentos, avaliar se o enriquecimento traria benefícios a longo prazo e identificar os tipos mais eficazes de enriquecimento para vacas leiteiras”, disse Russell.

O uso de enriquecimento ambiental para vacas leiteiras confinadas ainda é um campo pouco explorado e que merece mais investigação. Este estudo contribui para preencher uma lacuna importante no entendimento do comportamento das vacas e reforça a necessidade de estratégias para melhorar seu ambiente de confinamento.

“Esperamos que essas descobertas abram caminho para mais pesquisas sobre o tédio e estados emocionais negativos em vacas leiteiras confinadas – em sintonia com o crescente compromisso de oferecer experiências positivas para os animais e melhorar ainda mais seu bem-estar. Nossa meta é incentivar o desenvolvimento de estratégias de enriquecimento mais eficazes para o setor leiteiro”, concluiu Russell.

As informações são da Feedstuffs, traduzidas pela equipe MilkPoint.


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1858 de 13 de março de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

O bem-estar dos animais foi prejudicado pelas altas temperaturas, resultando em queda na produtividade. Em algumas regiões, as chuvas ajudaram a amenizar o calor e a manter as pastagens.Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção de leite em Hulha Negra ainda está estável, mas já apresenta leve queda em razão do estresse térmico e do fim do ciclo das pastagens de verão. 

A suplementação segue predominantemente com ração e feno, pois poucos produtores ensilaram o milho. 

Na Fronteira Oeste, as pastagens começam a se recuperar em função das chuvas, mas a produção de leite ainda está limitada. 

Na de Ijuí, a qualidade do leite ficou dentro dos padrões, sem exclusões pelos laticínios. O controle de ectoparasitas exigiu mais atenção, e a alimentação foi garantida com silagem e ração, evitando restrições nutricionais. 

Na de Erechim, o excesso de umidade nos estábulos favoreceu os casos de mastite e os problemas nos cascos. No mercado, o preço do leite caiu devido ao aumento da oferta nacional. 

Na de Frederico Westphalen, para mitigar os efeitos do estresse térmico causado pelo calor, os produtores têm utilizado silagem para manter a alimentação dos animais, o que pode aumentar os custos de produção.

Na de Ijuí, a produção de leite sofreu leve queda, atribuída principalmente ao calor excessivo, que afetou o bem-estar dos animais. 

Na de Passo Fundo, a expectativa é de recuperação da produtividade, impulsionada pela retomada das chuvas, pela queda nas temperaturas e pela complementação da alimentação com alimentos conservados e ajustes nas dietas com concentrados. 

Na de Pelotas, há um aumento significativo na população de moscas e carrapatos, o que pode impactar a produção. 

Na de Porto Alegre, o rebanho continua em adequada condição corporal e sanitária, e a produtividade está satisfatória, apesar do calor excessivo. O controle sanitário segue frequente, com foco em carrapatos e bernes. 

Na de Santa Maria, os produtores ainda realizaram suplementação alimentar para minimizar perdas na produção. O calor também tem impactado o bem-estar e a produtividade das vacas. 

Na de Santa Rosa, o calor intenso prejudicou a atividade leiteira, reduzindo o tempo de pastejo e aumentando casos de mastite. Já nas propriedades tecnificadas, os efeitos foram minimizados pela ventilação e aspersão. 

Na de Soledade, as altas temperaturas causaram estresse térmico no rebanho leiteiro, diminuindo a produção.

As informações são Emater, adaptadas pelo Sindilat

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 11/2025 – SEAPI 

Nos últimos sete dias o estado do Rio Grande do Sul experimentou mudanças significativas nas condições meteorológicas. A onda de calor que vinha atingindo todo o estado esteve atuante no início do período, sendo que a partir do dia 09/03 uma frente fria começou a avançar trazendo chuvas, queda de temperatura e ventos fortes, especialmente nas regiões sul e noroeste do estado (Litoral Sul, Sul, Campanha e Fronteira Oeste). 

A colheita de milho de silagem está em estágio avançado, e aproximadamente 80% da área cultivada foi ensilada. Restam 10% das lavouras em desenvolvimento vegetativo, semeadas em safrinha, e 10% entre as fases reprodutivas e o ponto ideal de corte. A produtividade média para safra 2024/2025 foi reavaliada em 36.760 kg/ha, representando redução de 6,8% nos 39.457 kg/ha estimados na ocasião do plantio. 

As altas temperaturas e a baixa umidade impactaram negativamente o crescimento das pastagens, afetando principalmente os campos nativos em solos rasos. As chuvas do período favoreceram a recuperação das forrageiras perenes de verão, mas o consumo ainda está limitado em razão do estresse térmico aos animais. Os produtores já preparam áreas para a implantação de forrageiras de inverno e trigo para pastejo, visando amenizar o vazio forrageiro.

A produção leiteira passou por dificuldades devido às altas temperaturas, que afetam o bem estar dos bovinos de leite e resultaram em queda na produtividade. Apenas após dia 09/03, às chuvas ajudaram a amenizar o calor. O controle de ectoparasitas exigiu mais atenção, e a alimentação foi garantida com silagem e ração, evitando restrições nutricionais.

A previsão para os próximos dias indica que o ciclone associado à frente fria estará em deslocamento para leste, se afastando do litoral sul do estado em direção ao oceano. Ainda são esperadas chuvas associadas a esse sistema nas regiões Sul e Litoral Sul entre os dias 13 e 14, com volumes que podem atingir de 30 a 50 mm, além da região da Campanha e porção sul do Vale do Taquari, Metropolitana e Litoral Norte com volumes menos expressivos nestes dias. Há também prognóstico de chuvas da ordem de 10 a 20 mm no extremo leste da região de Serra e Campos de Cima da Serra entre os dias 13 e 14. Para os dias 15 e 16 não há previsão de precipitação no estado. As temperaturas voltam a subir gradativamente no período, com máximas acima dos 30°C esperadas para as regiões das Missões e Alto Uruguai já nos dias 13 e 14, podendo atingir os 35°C após o dia 15. Nas demais regiões do estado as temperaturas máximas devem ultrapassar os 28°C também nos dias 15 e 16. 

A tendência para os dias subsequentes indica a manutenção de temperaturas elevadas e sem precipitação. A condição pós frontal perde força e as temperaturas seguem elevadas em todo o estado entre os dias 17 e 19 de março, especialmente nas regiões das Missões e Alto Uruguai. Na tarde do dia 19, instabilidades locais podem trazer precipitação leve para as regiões da Fronteira Oeste e Campanha.

 

As informações são da Seapi adaptadas pelo Sindilat


Jogo Rápido

Debate Correio Rural desta quinta-feira abordou produção sustentável na cadeia leiteira
O encontro foi mediado pelo jornalista Poti Silveira Campos, na Casa do Correio do Povo na Expodireto Cotrijal. Foram convidados desta edição Jair da Silva Mello, Gerente de Suprimentos de Leite da CCGL; Geomar Corassa, Gerente de Pesquisa da CCGL; Frederico Trindade, Gerente de Produção Animal da COTRISAL de Sarandi; Leandro Siede, Produtor de Leite, de Ajuricaba; Vitória Siede, Produtora de Leite, de Ajuricaba; Eduardo Condorelli, Diretor Superintendente do SENAR/RS. Assista clicando aqui.  (Correio do Povo)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 13 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.346


Depois das enchentes, setor leiteiro projeta recuperação para 2025

Diferentemente da soja, a produção de leite vive um momento de boas expectativas apesar da estiagem. Com a boa safra de milho, a alimentação dos animais permite uma produção expressiva no Estado. De acordo com o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Darlan Palharini, a expectativa é que o setor registre um crescimento de 5% em relação ao ano passado, quando o RS produziu 4 bilhões de litros. Questões relacionadas à atividade foram debatidas no 20º Fórum do Leite, realizado nesta quarta-feira (12) durante a 25ª Expodireto, em Não-Me-Toque.“O momento é positivo. Estamos com estabilidade de preços e viés de alta para o produtor. Quem trabalha com grãos enfrenta dificuldades por conta da estiagem, mas, com a profissionalização no leite, estamos conseguindo superar esses desafios”, ponderou Palharini. Ele acrescenta que nem mesmo a importação tem causado efeitos tão negativos no setor, uma vez que o consumo interno também tem aumentado.
 
 

Em 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou problemas com matéria-prima e as enchentes impactaram os resultados no segundo semestre. “Temos, para este ano, uma recuperação na produção. A silagem foi boa e não faltou chuva para o milho. Podemos chegar a mais de 4,3 bilhões de litros de produção”, projetou.O gerente de produção animal da Cotrijal, Eduardo Bosse, destaca que a produção de leite tem se mostrado uma alternativa para complementar a renda dos produtores, especialmente em períodos de seca que afetam a soja e outros grãos. “É uma forma de os produtores pagarem suas contas, diversificando a produção”, afirmou.Apesar disso, tanto Bosse quanto Palharini ressaltam que a sucessão familiar e a falta de mão de obra têm prejudicado o setor. “O maior desafio é o abandono na sucessão. Muitos jovens estão deixando o campo”, disse Palharini. “Trabalhar com leite é uma atividade diária, que exige dedicação do produtor. Ainda há desafios climáticos, mas o ciclo do leite é mensal, o que proporciona maior capacidade de recuperação”, acrescentou Bosse.Uma resposta a essas dificuldades tem sido a informatização e a robotização da atividade, além do aumento da produtividade sustentável por animal, temas debatidos no fórum. “Aqui estamos vendo que uma propriedade mais produtiva minimiza as emissões de gases de efeito estufa. É fundamental que avancemos em propriedades sustentáveis”, destacou Palharini.

Aumento da eficiência nas fazendas reduz pegada de carbono
Reconhecido por sua pecuária sustentável, o Rio Grande do Sul pode avançar ainda mais na eficiência das fazendas leiteiras. Um dos palestrantes do 20º Fórum do Leite, o professor associado do Departamento de Medicina Veterinária e Ciência Animal da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, Luiz Pereira, explicou que a perda de energia em uma fazenda resulta no aumento da emissão de metano, um dos principais gases de efeito estufa. “Se aumentamos a eficiência, reduzimos a pegada de carbono”, afirmou. A pegada de carbono é a quantidade total de gases de efeito estufa, principalmente dióxido de carbono (CO₂) e metano (CH₄). Ela mede o impacto ambiental dessas emissões no aquecimento global e pode ser reduzida por meio de práticas sustentáveis, como eficiência energética, uso de fontes renováveis e manejo adequado de resíduos.

Uma das formas de alcançar esse objetivo é melhorando a eficiência alimentar, ou seja, fornecendo mais amido para os animais. Segundo um levantamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) realizado em 1.743 fazendas, apenas duas foram classificadas como de baixa pegada de carbono, enquanto a maioria se enquadrava nas categorias média ou alta.

Outros fatores que influenciam na pegada de carbono são o combustível utilizado nas fazendas e o manejo de dejetos. Além disso, a genética também contribui para o melhor desempenho dos animais. “São medidas que aumentam a produção e reduzem a intensidade das emissões”, explicou o professor.

Uma fazenda com índice abaixo de 1 é considerada de baixa pegada de carbono, enquanto aquelas acima de 2 são classificadas como de alta pegada. “As propriedades de baixo carbono precisam de investimentos. Já as de alta pegada enfrentam problemas estruturais e demandam melhor gestão do rebanho. Se não fizerem isso, é provável que o produtor desista. As que estão na faixa intermediária precisam de uma alimentação com maior teor de amido e melhoramento genético”, detalhou.

Essas fazendas com baixa emissão de gases de efeito estufa estão agregando valor aos seus produtos e encontrando mercados importantes, especialmente na Europa, onde os consumidores buscam alimentos de origem sustentável. (Jornal do Comércio)


Conseleite Minas Gerais

A diretoria do Conseleite Minas Gerais no dia 11 de Março de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:a) os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Fevereiro/2025 a ser pago em Março/2025.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 

 

Bebidas lácteas ‘Sabores Extraordinários’ da Santa Clara chegam às prateleiras

O desenvolvimento deste produto inédito aconteceu em parceria com a empresa TetraPak e demandou mais de um ano de pesquisa, para que a bebida proporcionasse esta experiência sensorial única. 

A Cooperativa Santa Clara apresenta ao mercado as bebidas lácteas “Sabores Extraordinários” em duas versões para surpreender a garotada: morango azedinho e chocolate que gela.
Mais do que sabores, são experiências únicas que só podem ser descobertas ao provar. 

Com embalagens nas cores rosa e azul, os produtos chamam a atenção do público infantil, mas conquistam paladares de todas as idades, despertando curiosidade e proporcionando uma nova sensação a cada gole.   

Esse lançamento reforça a inovação no portfólio da Cooperativa Santa Clara, atendendo uma faixa-etária mais específica, sem abrir mão de agradar diferentes públicos. Os “Sabores Extraordinários” são produzidos na unidade industrial de Casca, onde são fabricadas todas as linhas de UHT. 

O desenvolvimento deste produto inédito aconteceu em parceria com a empresa TetraPak e demandou mais de um ano de pesquisa, para que a bebida proporcionasse esta experiência sensorial única.  

Os produtos chegarão aos supermercados da região Sul e São Paulo nos próximos dias. (Coop Santa Clara)


Jogo Rápido

Faturamento com exportação de lácteos do Uruguai cresceu 39% em fevereiro
Fevereiro registrou um forte dinamismo na exportação de produtos lácteos do Uruguai, impulsionado por um maior volume comercializado (+30%) e também por uma valorização do preço médio (+9%) na comparação anual. De acordo com dados aduaneiros, os pedidos de exportação de produtos lácteos em fevereiro deste ano totalizaram cerca de 19.500 toneladas, movimentando aproximadamente US$ 72 milhões. O preço médio de exportação para todos os produtos foi de US$ 3.670 por tonelada. Em fevereiro de 2024, o Uruguai havia exportado cerca de 15 mil toneladas de produtos lácteos a um preço médio de US$ 3.370 por tonelada, totalizando cerca de US$ 52 milhões. Quanto aos destinos, a Argélia liderou as importações em fevereiro, com uma participação de 34%, seguida pelo Brasil (29%). Já os Estados Unidos completaram o pódio (algo incomum) com uma participação de 6,5% (quase US$ 5 milhões em vendas). O leite em pó integral foi o principal produto exportado em fevereiro (72%), com cerca de 13 mil toneladas embarcadas a um preço médio de US$ 3.950 por tonelada. Em janeiro, o valor médio por tonelada havia sido de US$ 3.770. A Argélia foi o principal destino do leite em pó integral, importando quase 6 mil toneladas a um preço médio de US$ 4.001 por tonelada. O Brasil recebeu cerca de 3.800 toneladas a US$ 3.790 por tonelada, enquanto os Estados Unidos importaram 950 toneladas, pagando um preço médio de US$ 4.210 por tonelada. Para 2025, projeta-se um crescimento de 5% nas exportações de produtos lácteos, alcançando um valor estimado de US$ 855 milhões, segundo o relatório do Uruguay XXI. A recuperação dos preços ao longo de 2024 tem sido um fator chave, e espera-se que eles permaneçam firmes pelo menos durante a primeira metade de 2025. As informações são do Tardáguila Agromercados, traduzidos e adaptados pela equipe MilkPoint.


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 12 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.345


20º Fórum Estadual do Leite destaca produção eficiente com menor pegada de carbono

Produzir mais leite, com sustentabilidade e rentabilidade são os grandes objetivos da cadeia láctea e também o foco do 20º Fórum Estadual do Leite, realizado nesta quarta-feira (12), na 25ª Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque/RS. A série de palestras reuniu representantes do setor, especialistas e produtores rurais para buscar caminhos para a produção sustentável no Sul do país, observando as lições do mercado internacional e a eficiência enquanto pilar fundamental da sustentabilidade.“O Fórum do Leite, a cada ano, nos dá uma motivação ainda maior. O leite pode ser uma atividade muito difícil e todos nós sabemos disso, mas estamos vendo uma evolução e Cotrijal está trabalhando para a profissionalização, sustentabilidade, eficiência e resiliência do nosso produtor”, ressaltou o presidente da Cotrijal, Nei César Manica, na abertura do evento.
 
O Rio Grande do Sul observa nos últimos anos uma redução no número de produtores e perde cada vez mais espaço entre os principais estados produtores do país, ocupando atualmente a quarta posição no ranking. Por isso, espaços como o Fórum do Leite são fundamentais para qualificar a produção. “Com certeza temos potencial para retomar a importância do leite para o estado e temos a consciência de que a atividade depende da rentabilidade do produtor. Se o produtor não tiver a possibilidade de ter uma remuneração justa e correta, a atividade tem dificuldades para evoluir”, afirmou Caio Vianna, presidente da CCGL.“A sustentabilidade é um caminho sem volta para a produção de leite no Rio Grande do Sul. Aliar eficiência produtiva à redução da pegada de carbono é essencial para garantir a competitividade da atividade e atender às exigências do mercado, que cada vez mais valoriza práticas ambientalmente responsáveis”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS).O Fórum Estadual do Leite é uma realização de Cotrijal e CCGL, com patrocínio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) e Sicredi, além do apoio de FecoAgro/RS, Rede Técnica Cooperativa (RTC), Sistema Ocergs e SmartCoop.

Sul do país
O Rio Grande do Sul tem grande tradição na produção de leite, com um número expressivo de produtores de pequeno porte. No entanto, esse cenário está em transformação, com uma exigência cada vez maior pelo aumento da produção. “Nós temos um processo de consolidação no campo, uma redução no número de produtores e um volume de leite maior por produtor. Esse é um processo com o qual temos que saber lidar com ele, porque vamos ter menos produtores no futuro”, avalia Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios da MilkPoint Ventures, palestrante do fórum.

Para que a produção de leite do Sul do país alcance novos patamares, Valan aponta os seguintes caminhos: “pagar mais por sólidos, ter mais sólidos no leite, ter maior competitividade no campo e na indústria - a indústria brasileira também tem que crescer em termos de tamanho”, avalia. Já para alcançar maior competitividade no campo, dois pilares são fundamentais: a redução no custo de produção e a gestão das propriedades.

Demanda
A evolução da produção de leite não pode ignorar a demanda atual por sustentabilidade no sistema produtivo. “Nós que vendemos alimentos para o consumidor final temos que atender aquilo que consumidor busca. O ponto é como fazer isso de uma maneira que seja economicamente viável para todos que estão envolvidos. Então acho que esse é o grande desafio, o grande aprendizado, mas temos que entender que veio pra ficar”, afirma a gerente de Marketing na Cargill da Europa, Maria Reis.

Nesse contexto, observar as exigências de outros mercados e as soluções encontradas podem ajudar a guiar o processo de adaptação. “O mercado brasileiro está num estágio diferente do que o europeu em termos de sustentabilidade porque lá a pressão é muito grande do governo, dos consumidores, de todos os lados, mas eu acho que entender o que está acontecendo com o outro nos ajuda a ter a mais consciência e ver como podemos adequar aquilo pra nossa realidade no futuro”, pontua Maria.

Sustentabilidade
Para alcançar a sustentabilidade na produção, primeiro é necessário avaliar o processo produtivo e mensurar diversas características, inclusive a pegada de carbono, medida de avaliação das emissões de gases do efeito estufa pela atividade. “Conhecendo qual é a pegada [de carbono] da fazenda, conseguimos ter uma base para escolher as melhores estratégias”, explica o professor adjunto Luiz Gustavo Pereira, da Universidade de Copenhague.

Partindo desse ponto, as propriedades ainda podem contribuir para regeneração ambiental e para o aumento da biodiversidade, além de reduzir o impacto ambiental, diminuindo a pegada de carbono do leite. Propriedades rurais de diferentes portes podem adotar essas estratégias, independentemente do sistema de produção. No entanto, a eficiência é o princípio básico para desenvolver a pecuária leiteira sustentável. “Para ser eficiente, primeiro tem que ter estratégia, sustentabilidade envolve a economia, o social e o meio ambiente. Então é fazer uma boa gestão, fazer o feijão com arroz e mensurar essas novas variáveis que estão no mercado e que estão sendo demandadas pelo consumidor e pelo mercado lácteo no mundo”, conclui Pereira, pesquisador Embrapa Gado de Leite.

*Por Bruna Scheifler | Assessoria de Imprensa Expodireto Cotrijal com Sindilat/RS


Hulha Negra planeja incentivos fiscais para consolidar distrito industrial

A prefeitura de Hulha Negra, na região da Campanha, pretende lançar um pacote de incentivos fiscais e disponibilizar áreas para a instalação de indústrias no município. A iniciativa faz parte de uma estratégia de fortalecimento do setor produtivo local, com foco na valorização das cadeias agrícolas e na geração de empregos, segundo o prefeito Fernando Campani (PT).Em entrevista ao Jornal do Comércio, o chefe do Executivo pontua que a criação do distrito industrial será um passo importante para a economia local. “Estamos instalando o primeiro distrito industrial do município para receber pequenas e médias indústrias”, afirma. Segundo ele, a localização do empreendimento é um diferencial para atração de investimentos. “O distrito ficará na entrada da cidade, com acesso direto à BR-293, permitindo escoamento da produção por rodovias asfaltadas até Rio Grande, além de Uruguai, Argentina e demais regiões do estado”, explica.Além da infraestrutura, o município pretende adotar políticas de incentivo fiscal. “Os tributos municipais serão facilitados e, na fase inicial, as empresas estarão isentas de impostos para viabilizar a instalação e o funcionamento das indústrias”, diz Campani. O objetivo é atrair negócios que agreguem valor à produção local, como leite, grãos e sementes.Também segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, Campani já está em contato com possíveis investidores das Federações das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e de São Paulo (Fiesp), para apresentar as oportunidades da cidade.A administração municipal também está elaborando um edital de concessão de uso de espaços públicos para instalação de restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência e lojas de produtos em geral. O primeiro espaço a ser ofertado serão as lojas da Rodoviária, destinadas a cafeterias, livrarias, tabacarias e lojas de utensílios domésticos. Até o final do ano, a prefeitura também disponibilizará quiosques de serviços gastronômicos no Ginásio de Esportes Municipal. A reforma do ginásio incluirá painéis de exploração publicitária para empresas privadas.

Na sexta-feira (7) a CCGL recebeu a licença ambiental para a operação de um posto de recebimento e concentração de leite, que deve gerar até 100 empregos diretos na cidade. “Temos uma estimativa de produção de 80 mil litros de leite por dia, o que representa uma importante movimentação econômica e social”, destaca. Ele reforça que, além do leite, outras cadeias produtivas também serão beneficiadas pelo incentivo à industrialização.

De acordo com Campani, a prefeitura também busca fortalecer parcerias com instituições de ensino e capacitação profissional. “Temos um polo de universidade aberta e estamos estabelecendo parcerias com a Unipampa, Uergs, Ufpel e Urcamp para incentivar a pesquisa e a extensão universitária no desenvolvimento de negócios”, afirma Campani. O município pretende fomentar startups e pequenos empreendimentos voltados à agroindústria e ao mercado local.

Nesta área, Hulha Negra teve, no fim de fevereiro, o início das obras do Centro de Formação Profissional Rural Campanha (CFPR), administrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) e que terá capacidade para o atendimento de até 8 mil alunos por ano. A construção deve ficar pronta no início de 2026.

Outra ação em andamento é a reestruturação de pontos de comercialização de produtos da agricultura familiar. “Vamos inaugurar uma central de comercialização na entrada do município, voltada para a oferta de produtos agroindustriais”, informa o prefeito.

A prefeitura também pretende manter o incentivo ao fornecimento de alimentos para merenda escolar. “Hulha Negra foi uma das primeiras cidades do Brasil a comprar merenda da agricultura familiar, uma iniciativa que inspirou a legislação nacional sobre o tema”, ressalta Campani. (Jornal do Comércio)

Na Expodireto, Emater/RS-Ascar lança projeto que aposta no futuro do jovem no campo

Nesta terça-feira (11/03), durante a Expodireto Cotrijal 2025, em Não Me Toque, a Emater/RS-Ascar fez o lançamento do Projeto Juventudes do Campo em Movimento. O Projeto é direcionado a jovens rurais com idades de 15 a 29 anos e inclui mulheres e homens, de diversos tipos de público presentes no meio rural, como agricultores e pecuaristas familiares, pescadores artesanais, assentados da reforma agrária e famílias de comunidades indígenas e quilombolas.

A sucessão familiar no campo representa um dos maiores desafios para a continuidade das atividades agropecuárias no Brasil e, especialmente, no RS. A Emater/RS-Ascar reconhece a necessidade de enfrentar esse desafio e desenvolve ações que valorizam a juventude rural e incentivam a sua permanência no campo, proporcionando oportunidades de geração de renda, empreendedorismo e capacitação técnica.

Conforme a extensionista rural social da Emater/RS-Ascar, Clarice Bock, o projeto surge como uma resposta abrangente a essas demandas e, por meio de experiências práticas, experimentações e troca de saberes, busca garantir não apenas a continuidade das atividades agropecuárias e não agrícolas, mas também um modelo de desenvolvimento sustentável, que respeite e valorize o contexto local. "Por isso o Programa Juventudes em Movimento é a cara da Emater", destaca Clarice. Entre as principais ações dessa iniciativa, merece destaque o Projeto Young Farmers (em tradução livre, Jovens Agricultores), primeiro intercâmbio promovido pela Emater/RS-Ascar com o apoio do Consulado do Canadá, Seymour Learning Center, PH Advisory Group e Overseas Five Educacion Inc. Essa iniciativa oportunizará a ida de 18 jovens ao Canadá, onde, por seis meses, compartilharão experiências de estudo e de trabalho na área da agricultura. Os jovens participantes embarcam no próximo dia 28 de março e, na volta, apresentarão propostas de ações a serem implementadas na unidade de produção familiar na comunidade onde vivem e ideias que possam ser aplicadas na melhoria da agricultura gaúcha.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar


Jogo Rápido

Podcast: sustentabilidade em foco na Expodireto 2025
Confira os desafios e também soluções que vêm sendo implementadas no agronegócio gaúcho. A reportagem do Correio do Povo ouviu autoridades que estiveram presentes na maior feira do agronegócio gaúcho, em Não-Me-Toque, para saber o que vem sendo implementado no estado para uma agropecuária mais sustentável. (Ouça clicando aqui)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 11 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.344


É AMANHÃ: Fórum Estadual do Leite debate pegada de carbono

Com foco na discussão sobre a pegada de carbono na cadeia leiteira, a 20ª edição do Fórum Estadual do Leite será realizada no dia 12 de março com duas palestras dedicadas ao tema. A “Pegada de carbono na pecuária de leite: estágio do conhecimento e oportunidades”, será debatida por Gustavo Ribeiro, doutor e professor na Universidade de Copenhagen (Dinamarca). Já a “Visão geral do mercado de carbono na Europa”, ficará a cargo de Maria Reis, médica Veterinária e gerente de Marketing da Cargill da União Europeia.“A questão da redução das emissões de carbono dialoga, de um lado, com consumidores cada vez mais atentos e preocupados com o meio ambiente e, de outro, com a adoção das melhores práticas no campo incrementado inovações no setor leiteiro que contribuem também para a melhoria da qualidade da produção”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), Todas as atividades estarão concentradas no auditório central da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). A programação terá início às 8h30min com a abertura oficial e também contará com espaço para a discussão dos temas e também com a palestra a "Conjuntura da cadeia láctea no Sul com foco em sólidos", ministrada por Valter Galan, engenheiro Agrônomo e diretor técnico do MilkPoint Ventures em Piracicaba/SP.

 Fórum é uma realização da CCGL e Cotrijal, com patrocínio de BRDE, Sindilat/RS, Sicredi e Senar, e apoio de Sistema Ocergs, RTC, SmartCoop, FecoAgroRS e Expodireto Cotrijal. (Sindilat)


Leite anuncia medidas para enfrentamento da estiagem durante a abertura da 25ª Expodireto Cotrijal

Entre as iniciativas, serão repassados R$ 46,7 milhões, por meio do Fundo a Fundo, a municípios afetadosDurante a abertura da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, nesta segunda-feira (10/3), o governador Eduardo Leite anunciou o repasse, por meio do Fundo a Fundo, de R$ 46,7 milhões a municípios afetados por estiagem, além da publicação de dois decretos relacionados a estratégias de mitigação desse fenômeno, que possibilitarão melhorias no Sistema de Outorga de Água e estabelecerão novas regras para a segurança de barragens. Esses documentos serão publicados no Diário Oficial do Estado ainda nesta semana. 

O governador disse que a Expodireto é um espaço privilegiado para encontros do agronegócio, para a pesquisa e o desenvolvimento do setor. “Por isso, aqui precisamos disseminar as informações mais importantes sobre o momento que estamos vivendo. A superação da estiagem se dará com a proteção das nossas lavouras com irrigação. O Rio Grande do Sul tem feito nos últimos anos ajustes para desburocratizar ao máximo a emissão de licenças para sistemas de irrigação e reservação de água. E hoje fazemos mais anúncios nesta direção, além da liberação de mais recursos para os municípios que já estão vivenciando as dificuldades das estiagens para mitigar o impacto do fenômeno nestas comunidades”, afirmou Leite.  

O presidente da Cotrijal, Nei Mânica, destacou as oportunidades para os expositores e visitantes desta edição da feira. “Nossa 25ª Expodireto está como sempre voltada para a inovação no agronegócio. Oportunizamos para os produtores do Rio Grande e até do exterior que possam vir aqui buscar mais conhecimento, oportunidades de negócios e relacionamentos. Temos a certeza de que todos os setores terão muitos ganhos em geração de negócios e aumento de produtividade”, afirmou. 

No caso do Fundo a Fundo, a Defesa Civil iniciará nova rodada de transferências aos municípios. Dessa vez, os valores poderão subsidiar ações de resposta e restabelecimento nas cidades afetadas por estiagem, que estejam em situação de emergência ou estado de calamidade.

Foram estabelecidas faixas de valores disponíveis a cada cidade, de acordo com o índice populacional, sendo: R$ 250 mil para municípios com até 20 mil habitantes; R$ 300 mil para municípios entre 20.001 até 50 mil habitantes; e R$ 350 mil para municípios com mais de 50 mil habitantes.

O coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel Luciano Boeira, frisou que essa iniciativa visa apoiar os municípios que estejam sofrendo os efeitos da estiagem para que possam atender às necessidades mais urgentes dentro de seus territórios. “A celeridade na avaliação dos requerimentos e na liberação dos recursos garante que o tempo de resposta seja menor, como já fizemos com sucesso nos últimos desastres”, destacou.

As verbas podem ser empregadas em ações de resposta e de restabelecimento pelas prefeituras municipais em situação de emergência ou estado de calamidade pública.

As ações de resposta compreendem aquisição de cestas básicas, kits de higiene pessoal e coletiva, ração animal, água mineral, combustível para caminhões-pipa ou transporte de logística humanitária, contratação de soluções temporárias de acumulação de água para comunidades ou famílias isoladas (assentamentos, povos tradicionais e quilombolas), reservatórios flexíveis, locação de banheiros químicos, máquinas, caminhões-pipa, bombas d’água e geradores de energia, entre outros itens. 

As ações de restabelecimento abrangem: montagem ou reinstalação de redes de água para o abastecimento de comunidades afetadas em área rural; conserto e reparo de geradores para máquinas, como bombas d’água ou motobomba para abastecimento de água a comunidades afetadas e tratamento de poços artesianos contaminados. 

O Fundo a Fundo é um mecanismo de transferência de recursos financeiros que permite que os municípios recebam recursos diretamente do Fundo Estadual de Proteção e Defesa Civil do RS (Fundec/RS), com o objetivo de aplicá-los em áreas atingidas por desastres naturais. 

Sistema de Outorga de Água e segurança de barragens

Os dois novos decretos anunciados pelo governador abordam a gestão de recursos hídricos e a segurança de barragens. Essas ações estão sendo coordenadas pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema).  

Uso de recursos hídricos
O primeiro decreto regula o uso de recursos hídricos no Estado. A principal mudança é a previsão da automatização do processo de outorga, em determinadas situações, que permitirá a análise de projetos de açudes e barragens em menor prazo. A validade das outorgas poderá ser de até 35 anos, conforme o tipo de empreendimento. 

O decreto também cria a outorga emergencial, destinada a situações específicas, como calamidade pública por eventos meteorológicos e secas, e dispensa de outorga de empreendimentos de baixo impacto, que deverão se cadastrar apenas no Sistema de Outorga de Água (Siout-RS). Além disso, obras que visem à segurança das barragens serão dispensadas da necessidade de autorização. O corpo técnico da Sema ficará responsável pela elaboração de um manual para orientar os procedimentos.  

Segurança de barragens
O segundo decreto estabelece regras para a segurança de barragens, alinhando-se à Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). A Sema, por meio do Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento (DRHS), será responsável pela regulamentação e fiscalização de reservatórios artificiais no Estado, incluindo açudes e barragens com altura superior a 15 metros ou capacidade superior a 3 milhões de metros cúbicos. Também abrange barragens de alto risco ou com alto potencial de danos, e é aplicável às barragens de usos múltiplos, exceto aquelas destinadas ao aproveitamento hidrelétrico, que são outorgadas pelo Estado. 

O decreto institui o Programa Barragem Segura, que prevê a elaboração de um diagnóstico situacional dos reservatórios, um cronograma de implementação das novas normas e estratégias de articulação com os Comitês de Bacia e outros órgãos competentes. Para assegurar a participação da sociedade gaúcha, serão realizadas consultas públicas para a revisão periódica das regulamentações.

Irriga+RS está com edital aberto

Além dessas medidas, desde 2023, o governo vem investindo em ações com o lançamento do programa de irrigação Irriga+RS. A primeira fase, que teve edital vigente de agosto a novembro de 2023, destinava ao produtor rural uma subvenção de 20% do valor do projeto, limitado a R$ 15 mil por beneficiário. A fase dois teve início em março de 2024 e segue com edital aberto até 30 de abril de 2025 para receber projetos de irrigação. Neste edital, o teto da subvenção subiu para até R$ 100 mil por produtor. 

Até o momento, são 720 projetos de irrigação recebidos, em ambas as fases, com potencial de subvenção de R$ 25 milhões e mais 9.659 novos hectares irrigados. São projetos recebidos de 173 municípios em que os produtores investirão cerca de R$ 197 milhões em sistemas de irrigação em suas propriedades.

A 25ª edição da Expodireto Cotrijal segue até sexta-feira (14/3), das 8h às 18h.

As informações são da Seapi

Valor Bruto da Produção do agro alcançou R$ 1,41 trilhão em janeiro

Crescimento representa 11% em comparação à safra de 2024

O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária referente à safra 2025, com base em janeiro deste ano, alcançou R$ 1,41 trilhão, um aumento de 11% sobre a safra 2024 (R$ 1,27 trilhão).

Os produtos que tiveram maior aumento foram café (46,1%), mamona (40,5%), cacau (25,0%), amendoim (23,8%), milho (16,7%) e soja (13,4%). As variações negativas mais significativas foram da batata-inglesa (-61,1%), tomate (-20,0%), banana (-9%), trigo (-8,2%) e arroz (-7,2%).

Na atividade de pecuária, a bovina teve maior evolução (21,8%), seguida por aves (6,5%), suínos (4,6%) e leite (2,2%). Já os ovos tiveram redução de 5,6%, não tendo sido captado, neste período, o recente reajuste nos preços.

A atividade de lavoura, considerando as 17 culturas levantadas, teve aumento de 11,0%, e a pecuária bovina, suína, frango, leite e ovos, de 10,9%.

Quanto aos valores da produção, a soja segue tendo a maior participação, respondendo com R$ 341,5 bilhões, seguida do milho com R$ 147,0 bilhões, cana-de-açúcar com R$ 121,6 bilhões e café com R$ 116,4 bilhões. Esses quatro produtos somados representaram 51,8% do total do VBP apurado.

Na pecuária, a bovinocultura responde por R$ 206,1 bilhões, avicultura R$ 113,0 bilhões e leite R$ 69,3 bilhões, sendo que a bovinocultura representou 14,6% do total do VBP.

O fator mais relevante no resultado deste levantamento, para os seis principais produtos que tiveram aumento na participação do VBP, foi o crescimento no preço para café, cacau e milho e o aumento na produção para mamona, amendoim e soja. Na pecuária, o aumento de preço foi o fator mais relevante, exceto para ovos, cujos preços deflacionados tiveram queda de 5,6%.

O Valor Bruto da Produção é calculado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola do Mapa, representando o faturamento bruto na propriedade rural, com base na produção informada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e nos preços vigentes no período, levantados pela Conab e pelo Cepea/Esalq, deflacionados pelo IGP-DI da FGV, com base em janeiro de 2025.

As informações são do MAPA


Jogo Rápido

Preços globais dos alimentos subiram 1,6% em fevereiro, aponta a FAO
Os preços mundiais dos alimentos subiram em fevereiro, pressionados pelo aumento dos açúcares, laticínios e óleos vegetais, mostram dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O índice da entidade — que monitora os preços globais de uma cesta de alimentos básicos — teve uma média de 127,1 pontos em fevereiro, um aumento de 1,6% em relação a janeiro. O indicador ficou 8,2% acima do registrado em fevereiro de 2024 e pouco menos de 21% abaixo de sua máxima histórica, atingida em março de 2022, logo após o início da invasão russa à Ucrânia. Em fevereiro, os preços do óleo vegetal subiram 2% em relação ao mês anterior. Segundo a FAO, esse aumento reflete principalmente os preços mais altos dos óleos de palma, canela, soja e girassol. Os preços dos açúcares subiram 6,6% no mês, quebrando três meses consecutivos de declínio, embora permaneçam 15,8% mais baixos na comparação anual. “O aumento de fevereiro foi motivado por preocupações com a oferta global mais restrita, com perspectivas de produção em declínio na Índia e preocupações com o recente clima seco no Brasil, juntamente com o fortalecimento do real brasileiro em relação ao dólar americano”, disse a FAO, em relatório. Os preços dos laticínios subiram 4% na comparação mensal. Isso reflete um salto nos valores do queijo, devido à forte demanda internacional. Os preços da manteiga se recuperaram, enquanto o leite em pó desnatado registrou um aumento moderado. Os preços dos cereais subiram 0,7% no mês, de acordo com a FAO. O trigo foi responsável por grande parte da variação devido à oferta russa mais restrita e às preocupações com condições desfavoráveis de safra na Rússia, União Europeia e EUA. Enquanto isso, os preços do milho aumentaram, devido à oferta sazonal brasileira mais restrita. Os preços da carne caíram marginalmente 0,1% no mês. (Valor Econômico)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 10 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.343


Expodireto Cotrijal abre nesta segunda-feira com edição que une história e tecnologia para celebrar 25 anos

Evento no norte do RS é considerado uma das principais referências para o agronegócio brasileiro, reunindo empresas do setor, produtores e visitantes

Os olhares do agronegócio brasileiro se voltam para o norte gaúcho a partir desta segunda-feira (10) com a abertura dos portões do Parque da Expodireto, em Não-Me-Toque. Com expectativa de circulação intensa de público e oportunidades de negócios, a edição deste ano celebra os 25 anos da Expodireto Cotrijal.Em diferentes espaços do parque com mais de 600 expositores, os temas da produção vegetal e animal, sustentabilidade e inovação estarão entre as discussões e atividades que integram a programação até sexta-feira (14). A abertura oficial acontece às 9h, no Auditório Central.— A Expodireto é feita não só para vender na hora, mas para mostrar o que se tem, o potencial, as tecnologias, tanto na parte de máquinas quanto também em outras áreas, na produção vegetal, produção animal, além do conhecimento nas palestras e debates. Há 25 anos, não imaginávamos que avançaríamos tanto na tecnologia para o campo, daí o papel tão importante da feira — afirma o vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder.Apesar de não projetar números para a edição, a organização trabalha com os recordes atingidos em 2024, quando a feira reuniu 377 mil visitantes e movimentou mais de R$ 7,9 bilhões em negócios.Economia e desenvolvimento
Na terça-feira (11), o destaque é o 35º Fórum Nacional da Soja, que vai abordar a influência de países como Índia e China no setor, além de prospecções para os mercados de soja e milho na safra 2024/2025. As discussões também devem girar em torno do clima, diante de um cenário de falta de chuva que impacta o Estado.

— Estamos preparados para receber nosso público mesmo em meio ao calor, com arborização e espaços de conforto. O público não ligado ao agronegócio também tem a oportunidade de participar da programação e entender a importância do setor — destacou o presidente da Cotrijal Nei Manica, em entrevista à Rádio Gaúcha.

No espaço da Emater-RS, o turismo rural ganha destaque com programação diária sobre as tendências do setor, que conquista espaço como economia alternativa e opção de lazer. Além disso, a Arena Agrodigital promete inovações e debates sobre as possibilidades da inteligência artificial no campo.

A Expodireto Cotrijal também será palco de Audiência Pública do Senado, na qual deve ser discutida a securitização de operações de crédito rural para produtores afetados por eventos climáticos extremos. O objetivo da iniciativa é renegociar as dívidas com prazos e juros compatíveis.

— Estaremos ao lado dos produtores para encontrar uma solução diante desse cenário de dificuldades. Fomentar esse debate e levá-lo adiante é de grande importância neste momento — completa Schroeder.

Pavilhão Internacional
O Pavilhão Internacional receberá representantes de 70 países e terá a maior quantidade de empresas estrangeiras expositoras na história da Expodireto Cotrijal, com destaque para a participação de empreendimentos de China, Itália, Alemanha, Índia, Polônia e Uruguai.

A grande novidade da área é a participação inédita de uma delegação da Índia, que também contará com um estande na Área Internacional da Câmara de Comércio e Indústria Indo Brasil.

O Pavilhão Internacional também sediará o 6º Seminário China/Brasil da cadeia de suprimentos da Agricultura, Pecuária e Alimentação. O auditório do International Point também terá uma série de eventos e debates, com palestrantes do Brasil e do Exterior.

Agricultura Familiar
O Pavilhão da Agricultura Familiar contará com 222 expositores, sendo 75% agroindústrias e 25% empreendimentos de artesanato. Entre os expositores, também encontram-se produtores de flores e plantas, além de comunidades indígenas.

Os visitantes poderão encontrar no pavilhão uma grande variedade de produtos, incluindo pães, geleias, sucos, salames, queijos, mel, vinhos e cachaças.

Programação
A abertura da feira está marcada para as 9h, no Auditório Central. Devem participar autoridades entidades representantes do agronegócio e delegações internacionais.

Atrações já consagradas como o Pavilhão da Agricultura Familiar, Arena Agrodigital, estações da Emater e Pavilhão Internacional também terão programações próprias, além de fóruns, debates, premiações e palestras. É possível conferir a agenda completa no portal da Expodireto. (Zero Hora)


Balança comercial de lácteos: fevereiro mantém importações em patamar elevado

O saldo da balança comercial de lácteos seguiu recuando ao longo do mês de fevereiro. Entenda como ficam as importações dos lácteos aqui!O saldo da balança comercial de lácteos seguiu recuando ao longo do mês de fevereiro. Com um total de -203,9 milhões de litros em equivalente-leite, fevereiro apresentou um recuo de 6,3 milhões de litros em relação ao mês anterior, com o avanço nas importações de lácteos ainda influenciando neste resultado.Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Em fevereiro, as exportações de lácteos somaram 6,03 milhões de litros em equivalente-leite, apresentando um importante aumento de 27,5% em relação a janeiro, mas, com uma queda ainda expressiva quando comparada a fevereiro de 2024, de -63,5%, como pode ser observado no gráfico abaixo.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

 

As importações totalizaram 209,9 milhões de litros em equivalente-leite em fevereiro, mantendo a tendência de aumento observada até o momento em 2025, com uma variação mensal de 3,7%. No comparativo com fevereiro de 2024, o crescimento foi ainda maior, em 16,5%, como mostra o gráfico 3.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Entre os principais produtos exportados, o soro de leite, que havia apresentado um aumento significativo no mês anterior, apresentou em fevereiro um recuo de 43% em suas exportações. O creme de leite também apresentou um recuo no último mês, de 33%. Enquanto, em contrapartida, outros produtos relevantes como o leite UHT (+33%) apresentaram avanços em suas exportações.

O maior destaque nas exportações ficou para o leite em pó integral, que teve um crescimento expressivo em relação a janeiro e atingiu um volume total de 200,6 toneladas exportadas, sendo o maior volume exportado da categoria dos últimos sete meses.

Para as categorias com maior participação nas importações, as movimentações observadas foram mais sutis. O leite em pó integral continuou obtendo destaque, com um crescimento mensal de 3%, totalizando 14,4 mil toneladas importadas. Já os queijos tiveram uma sutil retração de 1%, praticamente mantendo o volume importado em 4,8 mil toneladas no último mês.

Além do leite em pó integral, o leite em pó desnatado também apresentou aumento em suas importações em fevereiro, com um avanço de 11% em relação a janeiro deste ano.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de fevereiro e janeiro de 2025.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em fevereiro de 2025.

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em janeiro de 2025.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT. 

O que podemos esperar para os próximos meses?

Ao longo do mês de fevereiro algumas importantes movimentações no Mercosul foram observadas para o mercado dos derivados lácteos. O primeiro ponto foi o aumento das compras de outros importantes países compradores, como a Argélia, que em seu último leilão de compra de lácteos focou suas importações principalmente em produtos do Mercosul ao invés de outros fornecedores, como a Oceania, colocando assim outros grandes compradores em concorrência com o Brasil pelos derivados lácteos da América do Sul.

Além desse fator, outro importante ponto começou a reverberar de maneira mais relevante: a disponibilidade de leite dos principais países fornecedores do Mercosul. O período atual é marcado justamente pelo momento onde a produção de leite de países como Argentina e Uruguai estão diminuindo de maneira sazonal, diminuindo assim a disponibilidade de leite para as exportações dos países em questão - sendo eles, justamente, os principais fornecedores de leite ao Brasil.

Dessa forma, levando em consideração esses pontos e o aumento dos preços internacionais diminuindo a competitividade dos derivados lácteos importados em relação aos produtos locais (principalmente para os leites em pó), se torna mais provável que as importações brasileiras apresentem uma tendência de diminuição nos próximos meses. Porém, o patamar deve se manter ainda considerado elevado, devido a proximidade comercial entre os compradores brasileiros e os vendedores do Mercosul que foi criada ao longo dos últimos anos. 

As informações são do Milkpoint

Piracanjuba vai investir R$ 150 milhões na produção de biogás

Recursos são provenientes do Fundo Clima do BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a liberação de R$ 150 milhões via Fundo Clima para financiar a produção de biogás pelo Grupo Piracanjuba em quatro unidades industriais.

Segundo a instituição financeira, o valor será destinado para a implantação de Estações de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEs) com produção de biogás nas unidades de Araraquara (SP), Três Rios (RJ), Carazinho (RS) e São Jorge D´Oeste (PR).

Os recursos também serão aplicados para substituir caldeiras que atualmente consomem combustível fóssil nas unidades de Araraquara e Três Rios. Segundo comunicado do BNDES, os projetos vão transformar a gestão de resíduos líquidos em uma fonte valiosa de energia limpa.

“As intervenções presentes no projeto aprovado pelo BNDES têm como finalidade a descarbonização, a redução na geração de resíduos sólidos e a substituição de combustíveis fósseis por renováveis como fonte de energia da empresa. Objetivos que integram a política de transição energética do governo do presidente Lula e que são possíveis a partir do Novo Fundo Clima, que destinou R$ 10 bilhões a projetos com essa finalidade em 2024”, disse, em nota, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. 

No comunicado, Luiz Claudio Lorenzo, presidente do Grupo Piracanjuba, disse que o biogás será utilizado nas novas caldeiras, que terão alternativas mais sustentáveis de geração de calor nas unidades da empresa, que produz lácteos. (Globo Rural)


Jogo Rápido

O impacto das importações de lácteos no Brasil e as perspectivas para 2025
No ano de 2024 as importações brasileiras de lácteos representaram cerca de 8,4% de toda a disponibilidade de leite do país. E para 2025, o que esperar? No ano de 2024 as importações brasileiras de lácteos representaram cerca de 8,4% de toda a disponibilidade de leite do país. Esse foi o maior percentual já registrado, superando ligeiramente os 8,2% de 2023 e evidenciando a crescente influência do mercado externo no abastecimento interno de lácteos. Quando analisamos a origem dessas importações, percebemos que Argentina e Uruguai foram responsáveis por cerca de 90% de todo o volume importado pelo Brasil. Esses dois países desempenham um papel fundamental na formação da disponibilidade e dos preços do leite no mercado brasileiro, tornando essencial acompanhar de perto suas dinâmicas produtivas e comerciais. Com a chegada de um novo ano, torna-se fundamental entender as tendências do mercado de leite no Mercosul, pois elas desempenham um papel determinante no planejamento estratégico da produção, comercialização e precificação do leite no Brasil.  Por isso, no dia 18 de março, em Campinas - SP, Andres Padilla, Industry Specialist na Rabobank Brasil, estará presente no Fórum MilkPoint Mercado, para discutir sobre o tema: Tendências do mercado lácteo no Mercosul para 2025. Para participarem, associados do Sindilat/RS têm garantido 10% de desconto na inscrição, que pode ser feita clicando aqui. (Milkpoint editado pelo Sindilat)