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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 19 de julho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.947


Ensino Técnico gera maior renda e empregabilidade

Pesquisa do Itaú Educação e Trabalho revela benefícios da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) para o desenvolvimento do Brasil

Profissionais com Ensino Técnico ganham, em média, 32% mais, em relação aos que possuem apenas Ensino Médio; e têm menor taxa de desemprego. O dado é da pesquisa “Potenciais efeitos macroeconômicos com expansão da oferta pública de Ensino Médio Técnico no Brasil”, do Itaú Educação e Trabalho. O estudo – de Marcelo Santos, Sergio Firpo, Vitor Fancio e Clarice Martins – revela que a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) gera maior empregabilidade e rentabilidade a trabalhadores, contribuindo com o desenvolvimento socioeconômico do país.

O levantamento indica que, se triplicado o acesso ao Ensino Médio Técnico no país, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro poderia aumentar até 2,32%. Esse crescimento seria decorrente da maior empregabilidade e rentabilidade dos trabalhadores. E sobre a taxa de desemprego, profissionais com Ensino Técnico ficam na média de 7,2%; e entre os que têm somente Ensino Médio, os desempregados são 10,2%.

A pesquisa mostra, ainda, que a expansão qualificada do Técnico pode reduzir, em 5,4%, a proporção de trabalhadores com Ensino Fundamental ou Ensino Médio tradicional que, geralmente, estão em postos de trabalho operacionais. E que a proporção de trabalhadores com Ensino Técnico ou Superior aumentaria 10,4%.

Mesmo com impactos positivos, a pesquisa expõe um cenário de pouco investimento em EPT. Nos países da OCDE, essa oferta alcança, em média, 32% dos concluintes do Ensino Médio. No Brasil, a EPT só atende 8% dos concluintes da Educação Básica. Por isso, a superintendente do Itaú Educação e Trabalho, Ana Inoue, considera que “é urgente colocar a EPT no centro da estratégia de desenvolvimento socioeconômico brasileiro”.

Algumas das ações propostas pelo estudo
Implementar políticas públicas intersetoriais de fomento ao Ensino Técnico no país.
Garantir a formação profissional das juventudes, alinhada às tendências do futuro do mundo do trabalho.

Utilizar informações sobre profissões e habilidades em alta; e alinhar currículos/práticas pedagógicas para promover o desenvolvimento de competências e habilidades. (Correio do Povo)


Uruguai: Conaprole aumenta em 7% a captação de leite em julho
 
A captação de leite no Uruguai responde e atravessa o inverno superando os volumes de julho do ano passado. Os envios de leite para a Conaprole foram em média de 4,4 milhões de litros por dia nos primeiros 10 dias de julho. Isso representa um aumento de 7% em relação ao ano anterior.
 
No acumulado anual chega a 1,494 milhão contra 1,524 no mesmo período de 2022, uma queda de 2%. Isso coincide com a queda percentual registrada nos últimos 12 meses móveis em relação ao mesmo período anterior.
 
Os últimos dados de captação publicados pelo INALE, que correspondem a maio, marcaram o corte de sete meses consecutivos da queda na produção. Na verdade, a produção subiu 3%, um recorde para esses meses. Os envios de leite às plantas totalizaram 169,6 milhões de litros, ante 164,6 milhões no mesmo mês do ano passado, segundo dados provisórios do INALE.
 
“A produção foi mantida, mas graças ao produtor, ele apostou, investiu, se endividou e hoje está refletindo na produção”, disse Eduardo Viera, diretor da Prolesa, à rádio Rural Tiempo de Cambio.
 
As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.

Leite Futuro [EP03]: os desafios da comunicação com o consumidor
 
O terceiro episódio do Leite Futuro, entrou no ar hoje 18/07. A nova edição traz os desafios da comunicação e da imagem do agro e do leite para o consumidor final e possíveis soluções. Além da participação de Marcelo P. Carvalho, Paulo do Carmo Martins e Ricardo Cotta Ferreira, o episódio contou com a presença da Fernanda Bacelar, produtora de leite com um longo histórico profissional no marketing e que traz para a discussão o ponto de vista dos dois mundos.
 
Clique aqui e assista o episódio no Youtube, ouça no Spotify ou confira no vídeo no link abaixo:
 
 
O programa leite futuro tem objetivo de pensar o leite de uma forma diferente, abrindo espaço para o contraditório e aprofundando as análises.
 
Confira alguns destaques deste episódio do Leite Futuro:
 
● O que pode ser feito para melhorar a imagem do agro brasileiro?
 
● Devemos ir pelo caminho do valor nutricional ou de como o leite é produzido?
 
● Como as marcas têm se comunicado com o consumidor?
 
● Até que ponto a distorção da imagem do agro é um problema de percepção do consumidor?
 
● Como contar nosso ponto de vista?
 
● Como criar conexão com o consumidor?
 
● Como ter credibilidade para passar a mensagem?
 
A imagem do Agro
 
"Não basta ser, tem que parecer ser". Esse ditado é mais válido do que nunca para o agro, incluída nele a produção de leite.
 
É quase unânime que vivemos um problema de imagem perante o consumidor. Atualmente 85% da população vive em áreas urbanas e principalmente nos grandes centros formadores de opinião. O consumidor está, ao mesmo tempo, mais distante do campo e interessado em saber como os alimentos estão sendo produzidos.
 
Marcelo pontua que “agora o desafio que o agro tem é outro. É o desafio de mostrar que a gente está no mesmo barco. Que a gente precisa produzir preservando os recursos, ser mais eficiente, usar menos químicos, quer preservar água, tratar bem os animais. Eu acho que essa é a grande diferença.” Fernanda entra na discussão e opina que estamos diante de um grande problema de imagem e reputação, e que o agro é um setor muito heterogêneo – pecuaristas, cooperativas, e não há conversa para alinhar qual é o grande discurso a ser feito.
 
O que tem de novo no Leite?
 
O Censo do IBGE foi divulgado, e mostrou que população está crescendo menos na média, mas com lugares específicos crescendo mais, como os ligados a agro.
 
“Além da surpresa  de uma redução das taxas  de crescimento populacional  maiores, redução essas  maiores do que se esperava,  o outro ponto foi  a redução  da população em várias  capitais  e o crescimento do interior,  das pequenas e médias  cidades do interior,  principalmente aquelas ligadas ao agro.”, pontua Ricardo.
 
Paulo ainda destaca pontos para estar atento “vem uma pressão nova  que é o seguinte,  ou eu consigo atrair  o jovem, seduzir o jovem,  ou então eu vou ter  mais problemas de mão de obra  que a gente já está vendo.  Então, isso deve se intensificar, porque a população está envelhecendo.”
 
Os feras que fizeram parte dessa conversa:
 
Marcelo P. Carvalho é engenheiro agrônomo formado pela ESALQ/USP em 1992, com Mestrado em Ciência Animal e Pastagens também pela ESALQ/USP, em 1998. Fundador e CEO da MikPoint Ventures e Co-fundador da AgTech Garage (hoje, pertencente à PwC).
 
Paulo do Carmo Martins é economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Mestre em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Doutor em Economia Aplicada pela USP/Esalq. Atualmente professor da FACC/UFJF.
 
Ricardo Cotta Ferreira é economista Mestre em Economia Aplicada pela ESALQ/USP e MBA pela Fundação Dom Cabral (FDC) com mais de 20 anos de experiência em Agronegócios e Indústria de Alimentos.
 
Fernanda Bacelar é gestora de negócios na Bacelar Agroleite, publicitária, com MBA em Administração de Empresas na Espanha e 15 anos de experiência em empresas multinacionais na área de Marketing e Comunicação. Hoje produz mais de 15.000 litros de leite por dia no Paraná. (Milkpoint)
 

Jogo Rápido

A Revista RS360 ed. nr. 09 está no ar.  
Trazendo os Indicadores econômicos de diversos setores da agroindústria e uma análise sintética do desempenho da atividade industrial no RS. Leia clicando aqui. (SEFAZ)


 
 
 

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Porto Alegre, 18 de julho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.946


GT de proteína animal pede agilidade em medidas emergenciais

Indústrias de carnes e lácteos aguardam anúncio de linhas de crédito do BNDES, “pacote” de competitividade e revisão do Fator de Ajuste de Fruição

Anunciado em abril pelo governador Eduardo Leite, o grupo de trabalho (GT) formado por representantes dos segmentos de aves, suínos, carne bovina e produtos lácteos, secretarias de estado e parlamentares reuniu-se ontem pela terceira vez em Porto Alegre. No encontro, as lideranças da cadeia produtiva pediram agilidade em medidas para revigorar o setor de proteína animal. Em resposta a um dos pleitos encaminhados, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) avalia a oferta de linhas de crédito emergenciais com condições diferenciadas e a repactuação de dívidas de indústrias e cooperativas com bancos parceiros.

“O que nos foi reportado é que o BNDES está estudando a adaptação de algumas linhas do Plano Safra e também a negociação de dívidas, com alongamento de prazos”, disse o presidente executivo da Organização Avícola do RS, que engloba a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e o Sindicato da Indústria de Produtos Avícolas no Estado do Rio Grande do Sul (Sipargs), José Eduardo dos Santos. Uma reunião técnica com agentes financeiros repassadores de recursos do BNDES – Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE), Badesul e Banrisul – deverá ocorrer nesta terça-feira (18), para definir as regras dessas operações. “Acredito que daqui a uma ou duas semanas eles possam anunciar essas medidas”, afirmou.

No caso específico da avicultura, o segmento cobra também uma resposta rápida do governo gaúcho sobre “equilíbrio de competitividade”. O argumento é que as indústrias locais vêm perdendo espaço para produtos processados em outros estados, como Paraná e Goiás. “Pedimos que a Secretaria da Fazenda venha para a próxima reunião com algum anúncio de medida emergencial. Não adianta linha de crédito e renegociação de dívidas se nós vamos continuar sendo esmagados dentro do próprio mercado interno”, disse Santos. Na semana passada, a secretaria informou que os estudos técnicos relacionados ao pacote de competitividade estavam sendo realizados pela Receita Estadual e seriam depois validados com outras áreas do governo.

As indústrias de carnes e o segmento de laticínios também pedem ao governo a revisão do Fator de Ajuste de Fruição (FAF), percentual de desconto aplicado sobre os créditos presumidos concedidos pelo Estado nas compras de matéria-primas e insumos realizadas fora do Rio Grande do Sul. Na prática, o FAF incide sobre itens básicos para as indústrias de proteína animal, como embalagens. De acordo com o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), a penalização do setor no cálculo de descontos crescentes do FAF será de 10% em 2023 e chegará a 15% em 2024. (Correio do Povo)


GDT - Global Dairy Trade

 
Fonte: Gdt adaptado pelo SINDILAT/RS
 

 

Agroindústrias familiares voltam a ter comercialização limitada

Fim de decreto encerrou estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul e derrubou portarias que permitiam trânsito de produtos de origem animal certificados apenas pelo Serviço de Inspeção Municipal (SIM)

A revogação do Decreto 57.087, no início deste mês, que declarou estado de calamidade pública por mais de três anos no Rio Grande do Sul em razão da pandemia, reacendeu uma discussão sobre os serviços de inspeção de produtos de origem animal, especialmente os oriundos de agroindústrias familiares. No dia 10, as secretarias da Agricultura e da Saúde do Estado lançaram nota conjunta informando que os produtos registrados no Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e que transitaram durante o período da pandemia amparados em portarias poderão ser vendidos até a data de sua validade. Depois disso, esses produtos só poderão ser comercializados fora de seus municípios de origem se o SIM tiver equivalência ao serviços de inspeção estadual ou federal.

Com a edição do decreto, em 2020, uma portaria da Secretaria da Agricultura permitiu o trânsito de produtos certificados pelo SIM. A medida atendia a um pedido da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS) na defesa das agroindústrias familiares, que ficaram impedidas de vender em feiras e exposições, canceladas na pandemia. “O fim do decreto, de certa forma, vai prejudicar a comercialização das agroindústrias familiares”, disse o assessor de Política Agrícola e Agroindústrias da Fetag-RS, Jocimar Rabaioli. A preocupação é com municípios onde ainda não existe o SIM ou que não fizeram o processo de equivalência para o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf), que permite aos estabelecimentos registrados no SIM comercializar seus produtos em todo território gaúcho. 

O chefe da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Endrigo Pradel, reconhece que existem questionamentos sobre a separação das instâncias de inspeção (municipal, estadual e federal), mas destaca que a União, por meio do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi), e o Estado, através do Susaf, já têm formas para certificar a equivalência de inspeção. Conforme Pradel, no Rio Grande do Sul mais de 200 municípios já aderiram e estão ativos no Susaf e outros 18 aderiram ao Sisbi. 

Sobre a legislação ser antiga, Pradel ressalta que existem formas de certificação para os serviços de inspeção que permitem vender em nível estadual e federal. “Os mecanismos existem e estão disponíveis, o que precisa é comprometimento das prefeituras em implementar as políticas de inspeção”, destacou. Pradel informou que a secretaria editou a Instrução Normativa nº 9, que estabelece requisitos para avaliação de equivalência e normas de registro, inspeção e fiscalização sanitária de produtos de origem animal. (Correio do Povo)

 

Jogo Rápido

LEITE: Protesto contra importações
No próximo dia 1º de agosto, em Porto Xavier, município que faz fronteira com a Argentina, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag/RS) vai mobilizar associados para protestar contra as importações de produtos lácteos de países do Mercosul. A prática, ressalta a entidade, tem causado
sérios problemas para os produtores brasileiros, a cada dia com a produção mais desvalorizada. Em nota, a Fetag disse que o protesto foi definido junto com suas regionais sindicais, pois é “inaceitável que o Brasil permaneça de braços cruzados assistindo inúmeras famílias abandonando a atividade”. (Correio do Povo)


 
 
 

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Porto Alegre, 17 de julho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.945


US$ 10 bi ao Exterior

O Rio Grande do Sul fechou o primeiro semestre com US$ 10,2 bilhões em exportações. Houve uma pequena queda de 0,5% sobre o mesmo período do ano passado. Com isso, o Estado caiu de sexto para sétimo lugar entre os maiores exportadores do país. Os dados consultados pela coluna são do governo federal.

A China segue sendo o principal destino e recuperou participação. Aumentou em 15,3% as compras de produtos gaúchos e passou a responder por 16,9% dos embarques, mas ainda não é nem metade do que importava daqui antes da pandemia, quando fechou portos e desacelerou sua economia. A melhora da safra de soja, com uma estiagem menos intensa, também ajuda.

Já Estados Unidos compraram 5% menos e Argentina reduziu em 9%. Ainda assim, os dois países seguem como o segundo e o terceiro principais destinos das exportações gaúchas. Os norte-americanos tinham, ao longo do ano passado, substituído as compras chinesas pelas brasileiras por dificuldades de logística. Já a Argentina enfrenta mais uma crise econômica. (Zero Hora)

                      


Renegociação de dívidas da faixa 2 do Desenrola Brasil começa hoje
 
Trinta milhões de pessoas serão beneficiadas nesta etapa
 
Instituições financeiras credenciadas pelo Banco Central a realizar operações de crédito começam a oferecer, nesta segunda-feira (17), a renegociação de dívidas para a Faixa 2 do Programa Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas Inadimplentes (Desenrola Brasil). Segundo o Ministério da Fazenda, cerca de 30 milhões de brasileiros podem se beneficiar nesta etapa.
 
A Faixa 2 do programa abrange a população com renda de dois salários mínimos – R$ 2.640 até R$ 20 mil por mês. As dívidas podem ser quitadas nos canais indicados pelos agentes financeiros e poderão ser parceladas, em, no mínimo, 12 prestações. Também é necessário ter sido incluído no cadastro de inadimplentes até 31 de dezembro de 2022.
 
Nesta fase do programa, também serão perdoadas dívidas bancárias de até R$ 100. Nesse caso, o nome da pessoa será retirado dos cadastros de devedores pelas instituições financeiras. Segundo o Ministério da Fazenda, com essa medida cerca de 1,5 milhão de pessoas deixarão de ter restrições e voltarão a poder ter acesso ao crédito.
 
Faixa 1
A habilitação de agentes financeiros para a Faixa 1 do Desenrola Brasil também já está disponível. Nesse caso, os agentes financeiros terão de fazer a solicitação na plataforma do Fundo Garantidor de Operações (FGO) Desenrola Brasil e devem cumprir os critérios negociais e tecnológicos previstos no Manual de Procedimentos Operacionais do FGO Desenrola Brasil.
 
É necessário informar os registros ativos dos inadimplentes no perfil da Faixa 1, e fornecer dados como o número de contrato, a data da negativação e da inserção no cadastro de inadimplência, além dos três dígitos iniciais do número do CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) do devedor.
 
As pessoas com dívidas até R$5 mil e que tenham renda de até dois salários mínimos, ou sejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), poderão participar do Desenrola Brasil na etapa que terá início em setembro. (Canal Rural)
 
 
 
Informativo Conjuntural nº 1771 – 13 jul. 2023 - BOVINOCULTURA DE LEITE
 
Os produtores de leite enfrentam desafios devido ao acúmulo de barro causado pelas chuvas, afetando o crescimento das pastagens e a higiene na ordenha
 
● Na região administrativa de Emater/RS-Ascar de Bagé, a formação de barro, ocasionado pelas chuvas, gera transtornos aos produtores de leite. As pastagens apresentam  crescimento lento, mas ainda atendem às necessidades dos rebanhos;
 
● Já em Santana do Livramento, a boa oferta de pasto tem proporcionado o aumento da produção de leite;
 
● Na de Caxias do Sul, alguns produtores aproveitam a disponibilidade de forragem, reduzindo a suplementação volumosa e aumentando o consumo de pasto. O excesso de barro  prejudicou a higiene na ordenha, mas a qualidade do leite se manteve dentro dos padrões;
 
● Na de Erechim, o estado corporal dos rebanhos e as condições sanitárias são consideradas boas. Os custos de produção sofreram uma leve queda;
 
● Na de Ijuí, a produção de leite está aumentando;
 
● Nas de Frederico Westphalen e Pelotas, as pastagens de inverno estão se  desenvolvendo bem. Os custos de produção foram reduzidos;
 
● Na de Passo Fundo, os animais apresentam boas condições sanitárias e nutricionais, 
apesar da menor oferta de pastagens;
 
● Nas de Santa Maria e Porto Alegre, o rebanho leiteiro apresenta condições nutricionais adequadas, e as pastagens cultivadas de inverno estão com bom desempenho;
 
● Na de Santa Rosa, a produção diária de leite está aumentando devido ao bom  desenvolvimento das pastagens de inverno. No entanto, as chuvas têm provocado a formação de barro nos potreiros, o que eleva a incidência de mastite nas vacas. (As informações são da EMATER/RS adaptadas pelo SINDILAT/RS)
 

Jogo Rápido

Associados Sindilat têm descontos para participar do 15º Milkpoint e do Interleite Brasil 2023
Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm garantido desconto de 10% na inscrição para participar do 15º Fórum MilkPoint Mercado e de 15% no Interleite Brasil 2023. Os dois eventos serão realizados de forma virtual e presencial na cidade de Goiânia (GO). O Fórum Milkpoint Mercado tem como tema “O mercado de lácteos no Brasil: o desafio está posto; como se preparar?”. Neste ano, o evento acontecerá no dia 1 de agosto, e será dividido em três blocos que vão abordar diversos temas relacionados à indústria láctea. O primeiro contempla os cenários de mercado; o segundo, mercados potenciais e o novo consumidor de lácteo; e, por fim, o futuro da indústria láctea no Brasil. A programação completa pode ser conferida abaixo e no site: www.forummilkpointmercado.com.br. Em dois dias de evento, 2 e 3 de agosto, o Interleite Brasil 2023 vai se concentrar em debater o tema: estratégia de negócios chegando à produção de leite. A programação se desdobra em quatro painéis: Melhorando o ambiente de negócios na atividade leiteira; as estratégias de negócio na produção primária; agricultura regenerativa, bioinsumos e geração de energia: o que já está acontecendo e como a cadeia do leite pode se beneficiar e propriedades familiares podem ser rentáveis e sustentáveis?. A íntegra da programação está abaixo e no site https://www.interleite.com.br.  (As informações são do Milkpoint e da assessoria de imprensa SINDILAT/RS)

 
 
 

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Porto Alegre, 14 de julho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.942


MDA indica medidas de apoio à cadeia leiteira para enfrentar aumento da importação de lácteos

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, confirmou  que o governo federal irá propor medidas de apoio à cadeia leiteira a fim de fazer frente à elevação da entrada de derivados lácteos no Brasil através da importação do alimento, ameaçando a produção nacional. Segundo ele, a iniciativa, que inclui ações de curto, médio e longo prazo, já foi apresentada em carta enviada à Câmara de Comércio Exterior (Camex) e será debatida em encontro do órgão na terça-feira (18/07). 

“O MDA está muito preocupado com o aumento elevado da importação de leite no Brasil, porque com essa importação exagerada, o preço do leite está alto, mas comprime o preço do leite do nosso produtor. Uma parte desse leite vem do Mercosul, por isso nós achamos que tem que fazer um processo de diminuição da importação para não prejudicar o produtor de lácteo nacional”, disse Teixeira em entrevista veiculada no programa Agro Manhã do Canal Terraviva desta sexta-feira (14/07). 

Segundo o ministro, outra ação é a instauração pela União de um processo antidumping, a fim de averiguar a possibilidade de concorrência desleal ou triangulação no comércio de leite. Outra medida do MDA é fomentar o processo de contratação de compras públicas de lácteos e derivados, o que se complementaria com uma quarta providência, com resultado a longo prazo, que é o estabelecimento de um programa federal, em convênio com instituições como a Embrapa, para o aumento da produtividade no setor lácteo brasileiro. “Já determinei, dentro do Ministério, a criação de um grupo de trabalho para atuar na melhoria da produtividade da cadeia do leite, trazendo a Embrapa, trazendo as universidades, as associações, sindicatos e especialistas nessa área para adotarmos as políticas para aumentar a produção de leite no Brasil”, afirmou Teixeira na entrevista. 

Desde o início deste ano, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) tem defendido a necessidade de implementação de políticas públicas que protejam a indústria leiteira frente aos incentivos que vêm sendo concedidos ao setor, principalmente no Mercosul por países como Uruguai e Argentina. “Esta sinalização do ministro Teixeira vem num momento importante para frear a escalada da entrada estrangeira e para promover a preservação da produção interna da cadeia produtiva do leite”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato. Confira a entrevista completa do ministro clicando aqui

As informações são da Assessoria de Imprensa SINDILAT/RS, com base em entrevista para o Canal Terraviva. 


Políticas públicas para o setor leiteiro e sucessão nos tambos pautam agenda do Sindilat com executivo de Quinze de Novembro (RS)

A importância de políticas públicas do setor leiteiro voltadas para o desenvolvimento da atividade nos municípios do interior gaúcho e para assegurar a sucessão nas propriedades rurais estiveram no centro da agenda realizada entre o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, e o prefeito de Quinze de Novembro (RS), Gustavo Peukert Stolte. 

O município, localizado na região do Noroeste gaúcho, tem na atividade leiteira uma das suas principais fontes de renda, registrando uma média de 39,7 milhões de litros por ano, de acordo com dados do IBGE de 2019. "A bacia leiteira é uma locomotiva importante no desenvolvimento do nosso interior e, por isso, o apoio do Sindilat é fundamental a fim de alcançarmos projetos que incentivem as boas práticas de gestão e sanitárias, visando melhorar cada vez mais a qualidade da produção", afirmou Stolte.

Durante a reunião, ainda foi ressaltada a necessidade de os municípios estarem próximos dos produtores, desenvolvendo estratégias para assegurar a competitividade dos tambos e, com isso, possibilitar que as famílias se sucedam na produção, permanecendo no campo e produzindo na região. “Quando o trabalho está articulado neste sentido, vemos os municípios crescendo economicamente, mantendo as propriedades produzindo com qualidade e com as tecnologias necessárias para se manterem ativas", ressalta Palharini.

Também participaram da reunião o vice-prefeito, Marcos Petri, o vereador Tiago Spielmann e o coordenador de Agricultura da prefeitura, Laudeno Eickstaedt. 

Foto: Lucas 

 

Seminário de Lácteos será realizado durante a 5ª Jornada Técnica do Setor Alimentício

Por conta do papel fundamental dos produtores lácteos, a 5ª Jornada Técnica do Setor Alimentício abrigará o Seminário de Lácteos, que  acontecerá no dia 19/10 e vai oferecer oportunidades de qualificação e capacitação para quem atua na cadeia láctea. “A programação engloba oportunidades para a inovação na indústria, desenvolvimento de novos produtos, práticas de manejo sustentáveis e a implementação de tecnologias mais eficientes”, detalha Adriana Nunes Machado, diretora de eventos da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (ACIL), responsável pela organização do evento. 

"O Sindicato da Indústria dos Laticínios do RS (Sindilat) acredita que estas parcerias beneficiam todos os elos da cadeia, por isso é uma apoiadora do evento e está imbuída em incentivar a participação de seus associados", diz o secretário-executivo da do sindicato, Darlan Palharini.

Prevista para acontecer de 16 a 19 de outubro, no Clube Tiro e Caça, em Lajeado (RS), a Jornada Técnica do Setor Alimentício tem como objetivo qualificar a troca de informações e promover o networking entre técnicos, compradores, gestores e acadêmicos da indústria alimentícia. Na edição deste ano, palestras, exposições, workshops, seminários e meetings empresariais vão abordar inovações em pesquisas, qualidade, desenvolvimento e legislação. “Teremos uma ampliação das atividades ofertadas e o aumento da abrangência dos temas que serão discutidos. A Jornada deve atrair profissionais de indústrias de pequeno, médio e grande porte de todas as regiões do Brasil. Já a exposição terá fornecedores de todos os setores que envolvem a alimentação”, aponta.

A expectativa é de que o evento repita o sucesso atingido nas edições anteriores. No ano passado, foram mais de 900 participantes. As inscrições devem ser abertas nas próximas semanas por meio do site https://www.jornadaalimentaacao.com.br/. O Salão do Expositor ainda tem espaços disponíveis. Os interessados podem entrar em contato com através do telefone (51) 3011-6900 ou pelo e-mail: eventos@acilajeado.org.br.

Jogo Rápido

Próximos dias serão de chuva e muito frio no Estado
Os próximos sete dias terão volumes elevados de precipitação e muito frio no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 28/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (14/07) e sábado (15/07), o ingresso de uma massa de ar frio e seco afastará as instabilidades e manterá o tempo firme, com declínio da temperatura. No domingo (16/07), a propagação de uma frente fria no oceano provocará maior variação da nebulosidade e poderão ocorrer chuvas isoladas. Entre segunda (17/07) e quarta-feira (19/07), o ingresso de uma nova massa de ar seco e frio manterá o tempo firme, com acentuado declínio das temperaturas e formação de geadas em diversas regiões. Os volumes previstos deverão oscilar entre 20 e 50 mm na maioria das regiões. Na Região Central, Zona Sul, Litoral e Região Metropolitana, os totais deverão variar entre 60 e 80 mm. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 
 
 

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Porto Alegre, 13 de julho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.942


Pressão das importações mobiliza o setor do leite

O avanço nas importações de leite, que cresceram quase 300% na primeira metade do ano, tem ampliado as queixas do setor leiteiro gaúcho.

O tema esteve na pauta de uma série de agendas ontem, em Brasília, para discutir com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, medidas de apoio aos produtores em várias áreas. No que se refere ao leite, a demanda é por ações que tornem o produto gaúcho mais competitivo frente à produção vizinha da Argentina e do Uruguai. Fatores como a valorização do real e a queda nos preços do leite no Mercosul estão elevando as importações, principalmente do RS.

- Ou o governo dá uma segurada nas importações e eleva a taxa (a Tarifa Externa Comum), ou tem que subsidiar os produtores, como Argentina e Uruguai estão fazendo - defende o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no RS (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, que participa dos pleitos na capital federal, mediados pelo ?deputado Heitor Schuch.

O volume importado de leite e de produtos lácteos como leite em pó somou quase 116 mil toneladas no primeiro semestre, de acordo com dados da plataforma ComexStat. São negócios que se dão por questão de oportunidade, explica o secretário executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat).

Joel lembra que o aumento das importações se soma a dificuldades que não são de hoje, como a redução de produtores na atividade, o que agrava a situação da cadeia.

O leite em pó e o queijo parmesão são os itens mais importados. Na avaliação do Sindilat, bloquear os negócios externos não é opção viável.

- Não é tão simples apenas bloquear as importações. Vejo isso com dificuldade porque poderia gerar impacto em outros produtos nossos, um efeito reverso - diz Palharini.

O setor entende que deveria haver uma equivalência dos benefícios concedidos, de modo a compensar os produtores locais. Senão por subsídio direto, por refinanciamento de dívidas, como acontece com os uruguaios, ou por isenção para compra de equipamentos.

Para os próximos meses, a expectativa é de queda nos preços do leite ao produtor, o que reduziria as importações. Mas ainda não seria suficiente para conter as dificuldades:

- Mesmo com possível baixa, é evidente que o prejuízo está sacramentado - diz o dirigente do Sindilat. (Zero Hora)


Perspectivas agrícolas da OCDE e FAO 2023-2032

Perspectivas – As Perspectivas agrícolas da OCDE e FAO 2023-2032, que foram publicadas no dia 06 de julho, projetam a evolução dos mercados nacionais, regionais e mundiais dos produtos agrícolas, pesqueiros e aquícolas nos próximos dez anos. 

A publicação abrange os diversos setores das commodities negociadas no mercado internacional, e analisa a evolução desses setores. As Perspectivas deste ano foram impactadas por um contexto de incertezas, riscos econômicos persistentes e carestia de energia. A alta dos preços dos insumos agrícolas observada de dois anos para cá aumentaram as preocupações em relação à segurança alimentar mundial. Utilizando o modelo Aglink-Cosimo, a OCDE e FAO conseguiram separar os custos dos principais fertilizantes minerais de outros insumos utilizados na produção agrícola. E através dessa análise foi possível estimar que 1% de aumento no preço dos fertilizantes aumenta 0,2% os preços dos produtos agrícolas. Mas foi possível observar que o impacto é mais acentuado na produção de grãos, cereais e oleaginosas onde os fertilizantes entram como insumos diretos, do que na produção animal, em que os fertilizantes são insumos indiretos. O modelo Aglink-Cosimo forneceu dados sobre as consequências nos diversos setores de um aumento de 25% no preço dos fertilizantes, a partir dos quais foi possível fazer o seguinte gráfico:

Ainda que o gráfico tenha tido o foco nos insumos para a produção agrícola, é preciso lembrar que os custos de energia, sementes, mão de obra e maquinário também afetam os preços dos alimentos.

Em seu resumo as Perspectivas agrícolas da OCDE e FAO 2023-2032 destacam alguns pontos:

- O crescimento econômico anual nos próximos dez anos será entre 2,7% e 2,6% conforme previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI).

- Haverá redução da população da China a partir de 2022.

- O preço da energia cairá em 2023 para depois iniciar um lento crescimento até 2032.

Feitas essas observações, as Perspectivas 2023 destaca, ainda que, em decorrência da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, as projeções sobre a evolução da oferta, demanda, comércio e preços dos principais produtos agrícolas, pesqueiros e aquícolas diferem bastante das realizadas nas Perspectivas 2022, e não é possível fazer qualquer análise de médio prazo sobre as perspectivas da região em conflito.

Mas as outras análises sobre a evolução da produção mundial de alimentos foram resumidas no seguinte gráfico:

Produção de leite

Nesta divulgação preliminar, foram destacadas as análises das Perspectivas sobre a produção animal, com especial foco na produção de leite, que será o segmento mais dinâmico nos próximos dez anos, com aumento de 17%.

O crescimento da produção de produtos de origem animal será maior nos países de renda média e baixa, principalmente a expansão dos setores de produção leiteira e carne de aves. A crescente demanda de alimentos de maior valor agregado, estimulada pela urbanização em curso nessas regiões, deverá ser feita principalmente pela produção local. A insuficiência de infraestrutura e os elevados custos de transporte e logística são os principais obstáculos ao comércio nessas regiões.

Nos países de renda elevada, o crescimento global será limitado em decorrência da queda da demanda, uma vez que os consumidores vão reduzir o consumo de produtos de origem animal, substituindo por outras fontes proteicas.

A quase totalidade da produção de proteína animal terá crescimento de um dígito nos próximos dez anos, com exceção do setor lácteo da América do Norte, que registrará 20% de aumento, de agora até 2032. A melhor produtividade animal das vacas leiteiras será o principal fator de aumento da produção de leite na região.

Nos países de renda baixa ou média, a produção de leite será estimulada pelo aumento dos rebanhos, enquanto que nos países de renda elevada ocorrerá o aumento da produtividade animal com otimização e melhoramento da saúde e genética animal.

O crescimento demográfico nas principais regiões de renda média ou baixa, e aumento dos consumidores de produtos lácteos frescos e transformados por habitante será um estímulo aos investimentos na produção leiteira.

Em números absolutos a produção leiteira deverá ter o primeiro e o segundo lugar de crescimento na Índia e Paquistão, respectivamente, que juntos, serão responsáveis não somente pelo aumento mundial, mas representarão, 30% do leite produzido em 2032. O rebanho leiteiro, nessas regiões, será ampliado, e o crescimento da produção virá desse aumento, mais do que pela produtividade animal.  

Na África subsaariana, o crescimento vigoroso de 33% da produção leiteira também virá do aumento do número de animais leiteiros. A região terá também uma certa melhora de produtividade, embora a comparação seja feita com uma base baixa que corresponde à produtividade leiteira de ovinos que são utilizados para produção de leite na região. A produção na União Europeia (UE), o segundo maior produtor mundial de leite, depois da Índia, deverá apresentar ligeira queda devido à transição em curso para uma produção ambientalmente sustentável, a expansão da produção orgânica e o abandono dos sistemas intensivos em favor dos sistemas de pastagens.

Esse é um apanhado sobre o resumo da publicação da OCDE/FAO, e o capítulo dedicado ao setor lácteo será divulgado posteriormente em tópicos.

Versão original em francês está disponível para consulta CLICANDO AQUI.

Fonte: FAO – Tradução livre: www.terraviva.com.br 

CEEE Equatorial amplia investimentos e melhora indicadores

Para este ciclone extratropical está mobilizando 500 equipes de atendimento

Ao completar dois anos (neste mês) no controle da CEEE D, o Grupo Equatorial Energia fez um balanço da gestão no Tá na Mesa da FEDERASUL.  O presidente Raimundo Barretto Bastos revelou que a empresa recolheu aos cofres públicos R$ 1,2 bilhão em ICMS no ano de 2022, além de outros R$ 777 milhões, referente ao segundo semestre de 2021. O novo controlador herdou da CEEE uma dívida bancária mais passivo de ICMS de R$ 3,5 bilhões .

Em sua palestra, Raimundo Barretto Bastos anunciou que a empresa fechará este ano com investimentos de R$ 670 milhões na rede (especialmente na expansão e melhoria nos sistemas de alta tensão, de distribuição, em novas ligações e na regularização de redes clandestinas). O programa de investimentos da CEEE Equatorial foi elaborado com o objetivo expandir e melhorar a rede de energia visando a qualidade do fornecimento. “Foi necessário aumentar a força de trabalho o que movimentou de forma expressiva a economia do Estado com forte geração de empregos”, afirmou o presidente. A CEEE Equatorial Energia é responsável pelo fornecimento de energia elétrica de 72 municípios gaúchos.

Entre os principais resultados obtidos pela empresa na melhoria da qualidade do fornecimento de energia estão a redução da duração média de falta de energia que caiu de mais de 20 horas para 15,8 horas em maio deste ano. Outro indicador de melhoria consistente no serviço é a frequência média da falta de energia que reduziu nos últimos 12 meses de 10,3 para 8,2 horas. A empresa registrou também avanços na qualidade do atendimento com a redução do tempo presencial de espera inferior a 30 minutos.

A CEEE D ampliou também o cadastro de clientes na Tarifa Social de Energia Elétrica em que são concedidos descontos de até 65% para os consumidores enquadrados na Subclasse Residencial Baixa Renda.

O Tá na Mesa foi coordenado pelo presidente da FEDERASUL, Rodrigo Sousa Costa, e nos debates contou com a participação do vice-presidente regional do Vale do Rio dos Sinos – Vale do Rio Caí, Valdir Farias de Mattos.

Eventos climáticos

Ao ser questionado sobre os preparativos para enfrentar um novo ciclone extratropical, Raimundo Barretto Bastos informou que desde a noite de terça-feira (11) 500 equipes estão mobilizadas para atender todas as regiões do Estado.

O dirigente informou ainda que 422 mil clientes foram afetados pelo outro ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul em junho. Disse que 89% tiveram a energia restabelecida nas primeiras 24 horas. Na ocasião, Porto Alegre registrou o maior volume de chuvas da série histórica, com rajadas de vento acima de 100 km/h.

O Secretário-Executivo do SINDILAT/RS, Darlan Palharini, acompanhou o evento. 

As informações são da FEDERASUL, adaptadas pelo SINDILAT/RS

Jogo Rápido

O poder dos  probióticos
Em metanálise publicada recentemente em respeitado periódico internacional, os pesquisadores mostraram que a administração de probióticos é eficaz na redução dos principais sintomas da intolerância à lactose em adultos. Achados como esses são promissores e têm o potencial de melhorar a saúde e qualidade de vida desse grupo de indivíduos, pois abrem caminhos para o benefícios associados ao consumo do leite e seus derivados. Acesse o estudo clicando AQUI, Fonte: Effects of probiotics administration on lactose intolerance in adulthood: A meta-analysis. J. Dairy Science. v.106, n.7, 2003. DOI: Effects of probiotics administration on lactose intolerance in adulthood: A meta-analysis, via BEBA MAIS LEITE.


 
 
 

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Porto Alegre, 12 de julho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.942


Câmara dos Deputados Aprova Texto da Reforma Tributária

Após uma longa sessão, a Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro e segundo turno, o texto-base da PEC 45/2019, a reforma tributária, por uma ampla maioria de votos. A proposta de emenda à Constituição (PEC) tem como objetivo principal reformular a tributação sobre o consumo. Durante a votação, foram feitas alterações no texto original, com o intuito de ampliar o apoio à reforma e aprimorar alguns pontos específicos.

As mudanças propostas pelo relator da reforma na Câmara, Aguinaldo Ribeiro, incluíram ajustes importantes. Um dos destaques foi a isenção de alíquotas para produtos da cesta básica e para setores específicos. Além disso, foram realizadas modificações no Conselho Federativo, órgão responsável pelas políticas fiscal e tributária. Essas alterações visam melhorar o sistema tributário brasileiro, simplificando-o e promovendo uma distribuição mais equitativa da carga tributária.

Em linhas gerais, o novo sistema tributário prevê a fusão de tributos federais (PIS, Cofins e IPI), Estadual (ICMS) e Municipal (ISS) e um único tributo, o IVA (Imposto sobre Valor Agregado).

Interessante destacar que nesse novo panorama, o sistema será dual, ou seja, uma parcela da alíquota será administrada pelo governo federal por meio da CBS (Contribuição sobre Bens e serviços), e a outra, por estados e municípios pelo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços).

No que diz respeito à tributação sobre a cesta básica, o novo parecer propôs a isenção do futuro Imposto sobre Valor Agregado (IVA) para itens que entrarão na cesta básica nacional, a serem definidos em lei complementar, além de frutas, produtos hortícolas e ovos. Cumpre destacar que, através desta lei, será criada a “cesta básica nacional de alimentos”. Quanto aos outros alimentos, que não entrarem na lista, estes devem seguir a taxação reduzida. Essa medida tem como objetivo evitar uma competição desleal entre os estados no que se refere aos produtos alimentícios, uma vez que a lista será válida em todo o território nacional.

Outra mudança relevante foi o aumento do redutor de alíquotas do IVA, imposto resultante da unificação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência da União, com o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de responsabilidade dos estados e municípios, de 50% para 60% em determinados produtos e setores com tratamento diferenciado. Essa alteração visa beneficiar áreas como transporte público, saúde, educação, cultura e produtos agropecuários que não estão inclusos na cesta básica nacional. 

Além dos produtos da cesta básica nacional, a CBS não incidirá sobre medicamentos para doenças graves e sobre serviços de educação superior (Prouni). As alíquotas cheias de IVA, que serão definidas posteriormente, serão aplicadas aos demais produtos.

O relator também manteve regimes especiais de arrecadação para setores específicos, como combustíveis, operações com bens imóveis, planos de assistência à saúde, serviços financeiros e apostas. Adicionalmente, foram incluídos regimes específicos para serviços de hotelaria, parques de diversão e temáticos, restaurantes e aviação regional. Esses regimes preveem tratamentos tributários diferenciados, com regras específicas de creditamento e bases de cálculo, além de uma tributação baseada na receita ou no faturamento, em vez do valor adicionado na cadeia.

Outra mudança importante diz respeito ao Conselho Federativo, será responsável por centralizar a arrecadação do futuro IVA estadual e municipal, que vai substituir o ICMS e o ISS. O novo modelo de votação do conselho será composto por:

27 conselheiros representando os estados e o Distrito Federal (um por unidade da Federação);
14 representantes que serão eleitos, com voto em peso igual, pelos municípios; e
13 representantes que serão eleitos, com peso do voto ponderado pelo número de habitantes, pelos municípios
Para que as decisões do conselho sejam aprovadas, é necessário obter maioria absoluta de seus representantes e de representantes que correspondam a mais de 60% da população do país, simultaneamente. Já os votos dos municípios serão apurados com base na maioria absoluta. O Distrito Federal terá duas cadeiras no conselho, uma como unidade da Federação e outra como município.

O Imposto Seletivo também foi objeto de alteração no relatório final. Esse imposto incidirá sobre bens e serviços prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como cigarros, bebidas alcoólicas e alimentos com excesso de açúcar. O imposto poderá incidir em uma ou mais fases da cadeia produtiva – por exemplo, produção e comercialização – e será cobrado nas importações, não incidindo sobre exportações. Além disso, interessante mencionar que, embora o presente imposto seja do escopo federal, sua arrecadação será dividida com estados e municípios, seguindo a atual distribuição do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Vale destacar que Os detalhes da cobrança e dos produtos que serão desestimulados pelo imposto serão definidos posteriormente.

Quanto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional, que receberá aportes do governo federal para Estados e municípios, o relatório não trouxe critérios de divisão dos recursos, seus critérios de distribuição, assim como a maioria dos pontos tratados, serão estabelecidos por lei complementar. 

O parecer final do relator também abordou o tema do cashback, que consiste na devolução parcial de impostos, com o intuito de reduzir as desigualdades de renda. A proposta inicial previa a inclusão de um mecanismo de devolução para famílias de baixa renda, semelhante ao existente em alguns estados. As condições específicas para o ressarcimento serão definidas por meio de lei complementar.

Já em relação às heranças, o relatório final isentou do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) as transmissões para entidades sem fins lucrativos de relevância pública e social, incluindo organizações assistenciais, beneficentes, religiosas e institutos científicos e tecnológicos. No entanto, a progressividade das alíquotas, que estabelece percentuais mais altos para heranças de maior valor, foi mantida. Os critérios para essas isenções serão definidos por meio de uma lei complementar.

Após a aprovação na Câmara dos Deputados, o texto-base da reforma tributária será encaminhado para o Senado, onde passará por análise e discussão antes de ser aprovado. É importante destacar que o processo de reforma tributária ainda está em andamento, e é provável que ocorram mais debates e ajustes durante o processo legislativo. O objetivo é alcançar um consenso que atenda aos interesses de diversos setores e promova melhorias significativas no sistema tributário do país.

Por fim, cumpre destacar que a transição tributária será em duas fases. Haverá um período de teste por dois anos com redução da Cofins (sem impacto para estados e municípios) e IBS de 1%. Depois, a cada ano as alíquotas serão reduzidas em 1/8 por ano até a sua extinção e a do IBS aumentada para repor a arrecadação anterior. (Blog LivrariArt)


Lácteos continuam sendo vitais na nutrição global, apesar das compensações ambientais

Juntamente com todos os setores globais, a indústria de laticínios está trabalhando para reduzir seu impacto ambiental enquanto olhamos para um futuro de emissões líquidas zero compartilhado em 2050.

Atualmente, a pesquisa está focada em estratégias de mitigação de gases de efeito estufa que não comprometam a saúde e a produção animal, mas muitas discussões sustentam que uma transformação radical é necessária em nossos sistemas de produção agrícola para cumprir as metas climáticas.

Um grupo de pesquisadores da Escola de Ciências Animais da Virginia Tech está trabalhando para entender as vantagens e as desvantagens desse tipo de transformação. Seu novo estudo no Journal of Dairy Science, publicado pela FASS Inc. e Elsevier, pretende entender o impacto holístico da indústria de lácteos, quantificando a contribuição do leite para a nutrição humana, juntamente com associações com emissões de gases de efeito estufa na agricultura e uso de água.

O principal pesquisador do estudo, Robin R. White, PhD, explicou: “Avaliações em escala global das compensações associadas à produção de lácteos são necessárias para compreender melhor o papel dos laticínios na alimentação do mundo”.

A equipe de White notou que investigações anteriores sobre a pegada ambiental dos sistemas de laticínios relataram de forma incompleta sobre a contribuição dos laticínios de vitaminas e minerais essenciais para a saúde humana e muitas vezes apresentaram resultados em termos de peso do leite ou conteúdo de energia/proteína apenas.

White continuou: “Estávamos interessados em usar métodos de análise de rede para entender melhor as compensações entre nutrição e impacto ambiental nos sistemas alimentares existentes, globalmente”.

White e a co-autora Claire B. Gleason, PhD, começaram com dados coletados pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, o que lhes permitiu avaliar dados em nível de país e continente e quantificar o suprimento global de diferentes alimentos, bem como o impacto ambiental desses sistemas. Todos os conjuntos de dados usados na análise estão disponíveis no Virginia Tech Data Repository de acesso aberto (https://doi.org/10.7294/6y9v-gg39).

Os dados foram, então, aproveitados para considerar melhor as contribuições em escala global do leite fluido para a nutrição humana (especialmente o cálcio) e os impactos ambientais da produção de alimentos, especificamente as emissões e o uso da água.

Os alimentos foram considerados apenas em suas formas pré-processadas, sendo incluído o leite fluido de cada espécie láctea. O suprimento total de alimentos foi calculado usando uma definição simplificada, contabilizando perda, desperdício, comércio e ração animal. Esses números foram, então, usados como um suprimento de referência de alimentos que poderiam ser consumidos por humanos, levando em consideração as necessidades nutricionais com base na idade e no sexo.

Para entender como o leite e os produtos à base de carne estão associados aos impactos ambientais agrícolas, os suprimentos também foram correlacionados com as emissões de efeito estufa e a retirada de água para regar plantações e gado, usando dados de cada país. Acesse o estudo clicando aqui

As informações são do Dairy Industries International, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.

 

Jogo Rápido

Associados Sindilat têm descontos para participar do 15º Milkpoint e do Interleite Brasil 2023
Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm garantido desconto de 10% na inscrição para participar do 15º Fórum MilkPoint Mercado e de 15% no Interleite Brasil 2023. Os dois eventos serão realizados de forma virtual e presencial na cidade de Goiânia (GO). O Fórum Milkpoint Mercado tem como tema “O mercado de lácteos no Brasil: o desafio está posto; como se preparar?”. Neste ano, o evento acontecerá no dia 1 de agosto, e será dividido em três blocos que vão abordar diversos temas relacionados à indústria láctea. O primeiro contempla os cenários de mercado; o segundo, mercados potenciais e o novo consumidor de lácteo; e, por fim, o futuro da indústria láctea no Brasil. A programação completa pode ser conferida abaixo e no site: www.forummilkpointmercado.com.br. Em dois dias de evento, 2 e 3 de agosto, o Interleite Brasil 2023 vai se concentrar em debater o tema: estratégia de negócios chegando à produção de leite. A programação se desdobra em quatro painéis: Melhorando o ambiente de negócios na atividade leiteira; as estratégias de negócio na produção primária; agricultura regenerativa, bioinsumos e geração de energia: o que já está acontecendo e como a cadeia do leite pode se beneficiar e propriedades familiares podem ser rentáveis e sustentáveis?. A íntegra da programação está abaixo e no site https://www.interleite.com.br.  (As informações são do Milkpoint e da assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


 
 
 

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Porto Alegre, 11 de julho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.941


Kit rápido de identificação de leite A2 simplifica seleção nos rebanhos leiteiros

Já está disponível no mercado brasileiro um teste rápido para a identificação da proteína do leite A2. Entre as vantagens, o mecanismo consegue fazer a distinção de animais com o fenótipo através de um kit simples e fácil de ser aplicado, exigindo apenas uma pequena amostra de leite. “Em apenas 20 minutos é possível determinar se o alimento é livre de beta caseína A1, facilitando a triagem dos rebanhos”, explica Maria de Lourdes Borba Magalhães, professora da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

O kit foi desenvolvido a partir de estudos elaborados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). Além de revolucionar o processo de classificação, dispensando a coleta de amostras de sangue ou de pelos para exames de DNA, também tem se mostrado eficaz no controle de qualidade dos derivados. “É capaz de detectar nos produtos derivados de leite A2 qualquer contaminação com leite beta caseína A1. Este processo é fundamental, uma vez que o leite A2 é conhecido por sua melhor digestibilidade", assinala Maria de Lourdes.

O sistema é comercializado pela empresa Scienco Biotech desde fevereiro deste ano e vem sendo utilizado na seleção dos úberes A2 em fazendas nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Tocantins, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. “Em solo gaúcho, são cerca de dez propriedades fazendo a utilização deste mecanismo e, de acordo com o que se tem observado acerca dos resultados, em torno de 40% dos animais destas fazendas já puderam ser selecionados para produzir exclusivamente o leite A2A2”, diz Maria Magalhães.  

Recentemente a tecnologia foi aprovada para participar do programa Sistema InovaLácteos (SIL) formado por quatro Núcleos de Inovação de Minas Gerais. “Nosso objetivo é produzir testes rápidos, com custos reduzidos e facilidade de operação para identificar genótipos de interesse da produção leiteira, para que todo produtor tenha acesso a este tipo de ferramenta para o melhoramento genético de seu rebanho em características específicas, aumentando assim a sua produtividade e contribuindo para o desenvolvimento de toda a cadeia láctea”, destaca Maria Magalhães. 

Segundo o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS, Darlan Palharini, o teste é um avanço muito importante para o setor lácteo, sendo uma tecnologia avançada e de manuseio direto pelo produtor rural e que agrega valor ao leite. “Com a capacidade de identificar a presença da proteína A2, os produtores podem selecionar animais que produzem exclusivamente o leite A2A2, atendendo a demanda de consumidores que buscam produtos livres da proteína A1 por questões de saúde. O kit está entre os produtos e equipamentos que estarão em demonstração no seminário sobre inovações tecnológicas promovido no espaço do Sindilat na Expointer”, assinala. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Importação de lácteos cresce 240% no semestre

Entidades de pecuaristas e indústrias buscam medidas de apoio dos governos federal e estadual para fazer frente à concorrência de produtos da Argentina e do Uruguai, que entram no mercado com preço menor

O Brasil importou no primeiro semestre deste ano quase 116 mil toneladas de leite, creme de leite e lácteos (exceto manteiga e queijo), volume 240% superior ao registrado no mesmo período de 2022, de acordo com dados da plataforma ComexStat, do governo federal. Em valores, essas importações corresponderam a cerca de 443 milhões de dólares, um crescimento de 268,7% na mesma base de comparação. A maior parte dos negócios envolveu compras da Argentina e do Uruguai.

A disparada das importações é motivo de apreensão dos pecuaristas gaúchos, que nos últimos dois anos enfrentaram prejuízos com estiagens e reclamam de desvantagem na competição com o produto estrangeiro. De acordo com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), o leite em pó argentino e o uruguaio, por exemplo, entram no país com preços de R$ 19,25 e R$ 21,06 o quilo, enquanto o produto brasileiro custa em média R$ 26. Isso ocorre porque os pecuaristas dos países vizinhos contam com subsídios e incentivos governamentais, o que lhes permite reduzir custos de produção, diz a entidade. (Correio do Povo)

Leite/Europa

O declínio sazonal da produção de leite continua através da Europa. Várias fontes das indústrias sugerem que a captação de leite mensal vem caindo. Na semana 25, o volume captado na Alemanha teve redução de 0,5% em relação à semana anterior.

No Reino Unido, a entrega de leite caiu 1,7% em comparação com a semana anterior. Mesmo diante dessa queda semanal, a tendência é de que o volume total captado na Alemanha, Holanda e Reino Unido esteja acima do volume de um ano atrás. No entanto, a seca e o calor no início do verão reduz a captação na França, Itália e Espanha. Também a coleta de leite na Irlanda está menor do que a registrada em 2022.

Por enquanto, os baixos volumes semanais estabilizaram o preço do leite ao produtor. Depois de reduções constantes no primeiro semestre do ano, algumas indústrias mantiveram em julho, os mesmos preços de junho. No mercado spot os preços também ficaram estáveis, ou, em alguns casos, até subiram. 

Incertezas em relação à oferta de leite no segundo semestre do ano, fizeram com que alguns participantes tentassem determinar a direção do mercado. De um modo geral, o ambiente está calmo, com a maioria dos europeus iniciando suas férias de verão. Mas, existe pessimismo diante das incertezas sobre a demanda futura, as pressões econômicas, e a continuidade do conflito na Ucrânia. As pressões econômicas e regulamentos ambientais sobre os agricultores, fazem com que muitos participantes do mercado acreditem que haverá queda no volume de leite no segundo semestre do ano na Europa Ocidental.

Começou o declínio sazonal no volume de leite semanal no Leste Europeu, mas, na Bulgária, Romênia e Polônia os volumes são maiores na comparação interanual. De acordo com fontes de informação online, a produção de leite na Polônia cresceu em todos os meses de 2023, quando comparada com 2022. A Polônia é o maior produtor de leite da região, exportando significativas quantidades de produtos lácteos para os mercados internacionais. Regionalmente, a Polônia fornece para a Ucrânia 69% do leite fresco por ela importado. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 

Jogo Rápido

Inflação cai pela primeira vez em 2023 e tem a menor variação para junho em seis anos
A inflação oficial do mês de junho caiu 0,08%, ficando 0,31 ponto percentual abaixo da taxa de 0,23% registrada em maio. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trata-se da menor variação para o mês de junho desde 2017, quando o índice foi de -0,23%, e da primeira queda em 2023. No ano, o IPCA acumula alta de 2,87% e, nos últimos 12 meses, de 3,16% — abaixo dos 3,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2022, a variação havia sido de 0,67%.Alimentação e bebidas (-0,66%) e Transportes (-0,41%) foram os grupos que mais contribuíram para o resultado do mês, de deflação. Também registraram quedas os Artigos de residência (-0,42%) e Comunicação (-0,14%).No lado das altas, o maior impacto e a maior variação vieram de Habitação. Os demais grupos ficaram entre o 0,06% de Educação e o 0,36% de Despesas pessoais. No grupo dos Transportes, o resultado de junho deve-se ao recuo nos preços dos automóveis novos (-2,76%) e dos automóveis usados (-0,93%). O IBGE destaca, ainda, o resultado de combustíveis (-1,85%), com as quedas do óleo diesel (-6,68%), do etanol (-5,11%), do gás veicular (-2,77%) e da gasolina (-1,14%). No lado das altas, as passagens aéreas subiram 10,96%. Já a queda do grupo Alimentação e bebidas deve-se, principalmente, ao recuo nos preços da alimentação no domicílio (-1,07%), que havia registrado estabilidade em maio. Destacam-se as quedas do óleo de soja (-8,96%), das frutas (-3,38%), do leite longa vida (-2,68%) e das carnes (-2,10%). No lado das altas, batata-inglesa (6,43%) e alho (4,39%) subiram de preço. (Zero Hora)


 
 
 

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Porto Alegre, 10 de julho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.940


Balança comercial de lácteos: importações passam por novo avanço em junho

O mês de junho encerrou com o saldo da balança comercial atingindo o menor patamar dentro da série histórica – analisada desde janeiro/00.

Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo obtido no último mês chegou a -198,6 milhões de litros em equivalente-leite, um recuo de 2,9 milhões em relação a maio de 2023, como pode ser observado no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As exportações passaram por uma queda de cerca de 200 mil litros em equivalente leite quando comparado com o mês anterior, chegando a um total de 6,9 milhões de litros exportado durante o mês de junho. Apesar da queda mensal (-2,9%) e anual (-11,9%), as exportações de junho atingiram o segundo maior patamar mensal de 2023, como mostra o gráfico 2. Com este resultado, o primeiro semestre de 2023 encerra com as exportações apresentando uma queda de 56,9% em relação ao mesmo período de 2022. 

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Já as importações continuaram em ritmo bem avançado e atingiram o maior volume importado em equivalente-leite desde outubro/16, com 205,5 milhões de litros, como mostra o gráfico 3. Com esse total, foi registrado um avanço mensal de 1,4% e um avanço anual maior ainda, de 146,8%. Desta forma o primeiro semestre de 2023 encerra com um volume importado 197% acima do obtido no primeiro semestre de 2022, com um pouco mais de 1 bilhão de litros em equivalente-leite importados neste período.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Assim como no mês anterior, o principal fator envolvido com esse alto ritmo das importações é a competitividade de preço. Apesar dos preços praticados no mercado interno terem desvalorizado neste último mês, os preços internacionais dos principais fornecedores brasileiros no Mercosul, Argentina e Uruguai, também passaram por consecutivas quedas, mantendo os preços dos produtos importados ainda favoráveis.

Vale ressaltar também que as importações que chegaram ao Brasil durante o mês de junho tiveram suas negociações realizadas entre 30 e 60 dias antes, quando os preços praticados no atacado brasileiro se encontravam em altos patamares quando comparado com os últimos preços observados.

Em relação as categorias importadas, o maior avanço percentual obtido foi nos iogurtes, que teve um volume importado 58% acima do observado no mês anterior, chegando ao segundo maior volume mensal de 2023. Outros avanços mensais também foram observados no doce de leite (+19%), leite em pó desnatado (+19%) e leite em pó integral (+5%).

Apesar da variação mensal do leite em pó integral não ter sido tão impactante como as demais categorias citadas, o volume importado do produto chegou também ao maior patamar da série histórica (desde janeiro/00), com um pouco mais de 18 mil toneladas importadas.

Por outro lado, o leite modificado, os queijos e a manteiga passaram por variações mensais negativas em relação ao volume importado, de -33%, -19% e -18%.

Sobre as categorias exportadas, mesmo com a variação mensal negativa no total exportado, algumas passaram por importantes avanços, como o leite em pó desnatado, que obteve o maior volume exportado de 2023 (um pouco mais de 25 toneladas), ficando 4.043% acima do exportado em maio/23. O leite evaporado e o leite modificado também passaram por importantes avanços, de 509% e 139%, respectivamente.

Entretanto, todas essas categorias citadas possuem pouca representatividade dentro das exportações, tendo mantido o leite condensado como a principal categoria exportada, com esse produto enfrentando uma queda de 15% no volume total exportado.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de junho e maio deste ano.

Tabela 1. Balança comercial láctea em junho de 2023

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.

Tabela 2. Balança comercial láctea em maio de 2023.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.
 
O que podemos esperar para o próximo mês?

Para o mês de julho é esperado uma desaceleração no ritmo das importações. Apesar dos preços dos produtos importados ainda apresentarem maior competitividade frente aos preços internos, observa-se uma desaceleração da demanda do Brasil, com compradores brasileiros já abastecidos.

Porém, mesmo com a expectativa de recuo mensal no volume importado, quando considerado o pico nas importações de junho, espera-se que o volume se mantenha em um patamar considerado ainda alto, possivelmente acima do observado em julho de 2022.

No que diz respeito às exportações, ainda não é observado abertura na janela exportadora nos próximos meses, principalmente levando em consideração a tendência de queda nos preços internacionais. Isso torna os produtos de outros países, que são grandes exportadores de lácteos, mais competitivos em preços em relação aos produtos brasileiros. (Milkpoint)


Leite/América do Sul

Os relatórios mostram que existem resultados mistos sobre a produção de leite no Brasil no 1º trimestre, mas, na Argentina e Uruguai os dados mensais são mais estáveis. Claramente, a longa e persistente seca diminuiu, embora existam ainda relatos recentes de estiagens que estão mantendo a produção de leite em dificuldades. 

As expectativas de curto e médio prazo são totalmente diferentes das apresentadas em anos anteriores em relação à produção de leite no final do inverno e início da primavera. Existem informações de que o fenômeno El Niño está afetando o regime de chuvas na região. Apesar disso, alguns contatos avaliam que a produção poderá ser maior na Argentina e Uruguai, em comparação com os dois últimos anos. 

Os preços do leite ao produtor aumentaram devido à produção volátil e limitada de leite. Os preços da alimentação estão notavelmente elevados, em comparação com os anos anteriores à Covid-19, dada às limitações das colheitas de grãos e forragens causadas pelas condições seca do clima. O Brasil continua sendo o principal destino das commodities lácteas exportadas pela Argentina, Uruguai e Chile.

As expectativas de produção de leite no Brasil se fortaleceram no sentido de que existem sinais evidentes de que no final do inverno e início de primavera a captação cairá. Os preços dos lácteos em pó começaram a cair na região, se alinhando aos valores internacionais. A demanda asiática enfraqueceu, e os exportadores procuram os países do norte da África como um destino secundário para as commodities. Analistas avaliam que as distâncias maiores encarecem os produtos com os fretes, e assim, os preços atuais ficaram relativamente mais estáveis e as cotações do leite em pó integral e desnatado tendem a diminuir. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


Índice FAO dos Preços dos Lácteos

O Índice FAO dos preços dos produtos lácteos atingiu a média de 116,8 pontos em junho e está 33,4 pontos (22,2%) abaixo do valor de um ano atrás. O declínio em junho foi novamente liderado pela redução nos preços internacionais de queijo, como reflexo de amplas disponibilidades exportáveis, em particular da Europa Ocidental, onde a produção de leite atingiu o pico sazonal, em meio a vendas moderadas no varejo.

No último mês, os preços do leite em pó integral caíram ligeiramente em razão das fracas compras de importação por compradores do norte asiático e do aumento da oferta, em particular da Nova Zelândia. Já as cotações mundiais da manteiga aumentaram, sustentadas por uma demanda ativa para formação de estoques, principalmente procedentes do Oriente Médio, e pelo aumento das vendas internas no varejo da Europa Ocidental. Os preços do creme de leite aumentaram ligeiramente em razão de compras de importações mais elevadas para atender às necessidades de curto prazo em um contexto de preocupações relacionadas aos estoques no próximo mês, durante a baixa sazonal de produção de leite na Europa Ocidental. (Fonte: FAO – Tradução livre: Terra Viva)

 

Jogo Rápido

Mapa vai estruturar projeto para buscar financiamento de programas de recuperação de pastagens
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu nesta quinta-feira (6) com técnicos do Mapa, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco do Brasil para discutir a elaboração de um projeto para a captação de financiamento para programas de recuperação de pastagens degradadas no Brasil. A ideia é estruturar propostas para a captação de recursos internacionais que possam financiar técnicas de produção agropecuária sustentáveis no Brasil. “Vamos elaborar juntos um plano estruturado para que a gente possa captar recursos e intensificar esse programa de governo”, destacou o ministro Fávaro. Na reunião, o Banco do Brasil apresentou o mapeamento de todas as áreas degradadas do país e um plano de recuperação escalonada, com estimativas de financiamento. Segundo o estudo, o país tem atualmente cerca de 100 milhões de hectares de pastagens degradadas, sendo 35 milhões com degradação alta e cerca de 66 milhões de hectares com degradação intermediária. O BNDES apresentou propostas de cofinanciamentos em projetos de recuperação de biomas, de coinvestimentos em fundos já existentes e a possibilidade de elaboração de um novo fundo para investimentos externos. O ministro também destacou a importância do BNDES para aumentar os investimentos em infraestrutura e logística para escoamento da safra. “Isso tem que estar integrado, se não fizermos assim, vamos criar um gargalo, aumentando a produção sem aumentar a infraestrutura necessária para o setor”. Os técnicos irão finalizar a proposta nos próximos dias para levar a investidores privados e governamentais na viagem que será realizada pelo ministro e comitiva do Mapa no fim de julho ao Japão, Coreia, Emirados Árabes e Arabia Saudita.  (MAPA)