Porto Alegre, 06 de junho de 2024 Ano 18 - N° 4.152
Principais destaques do evento: O Grito da Cadeia Láctea
O Grito da Cadeia Láctea - Representantes do setor lácteo e lideranças políticas realizaram uma mobilização na semana do Dia Mundial do Leite com foco na Regulamentação da Reforma Tributária. Veja os principais números e destaques do evento.
O evento realizado pelo G100, ABIQ, ABLV e Viva Lácteos em conjunto com a Câmara dos Deputados, que teve início ontem (04) em um Jantar com a presença de associados das entidades realizadoras do evento e 20 deputados, mostrou a importância socioeconômica da Cadeia Láctea para o Brasil.
Baseado em dados históricos econômicos e sociais do país, comparados aos principais indicadores do Leite; dados nutricionais; falas de especialistas; e muitos apoiadores, as reinvindicações foram postas.
No dia 05/06/24, na segunda parte do evento, as bandeiras dos treze Sindicatos Estaduais das Indústrias de Laticínios (RN, RS, SP, MG, SC, PR, GO, MS, MG, RJ, PE, AL, BA) na entrada do Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, indicavam o apoio ao movimento " O Grito da Cadeia Láctea"
Durante o evento foi entregue um folder impresso e, mantido no telão do auditório um vídeo, em ambos explicando os assuntos que estavam sendo discutidos (clique aqui para baixar o folder). Também, cinco empresas de laticínios (Diolac, Italac, Lactalis, Piracanjuba e Tirolez) presentes expuseram seus produtos por mais de 3 horas.
Dos vinte e nove Deputados que estiveram presentes, 23 se manifestaram em apoio às manifestações durante seus discursos. Os outros 6 não puderam permanecer. Veja a seguir a relação de deputados que manifestam o apoio:
Um debate que foi muito importante foi contra a MP 1227/24 na qual proíbe a utilização de créditos de PIS/COFINS para pagamento de débitos das próprias empresas de laticínios (entre outras) de outros tributos federais, inclusive os previdenciários, e veda o ressarcimento, em dinheiro, de saldo credor decorrente de créditos presumidos de PIS/COFINS (leia a MP completa).
O Grito da Cadeia Láctea esteve em mais de 60 mídias nacionais nos últimos 25 dias, entre elas, canais de televisão; jornais; sites; blogs de notícias e na agência de notícias da Câmara dos Deputados. Veja aqui a entrevista do Dep. Reginaldo Lopes.
O evento teve apoio dos Sindicatos das Indústrias de Laticínios de treze estados, e a presença fisica dos presidentes do Sindicato de MG, GO, RS, RN, PE, BA e AL. Cerca de 100 pessoas de diversos laticínios também participaram presencialmente do evento. Mais de 180 pessoas no total.
No fim do evento, foi entregue uma carta assinada pelos presidentes do G100, ABIQ, ABLV e Viva Lácteos aos Deputados Arthur Lira (Presidente da Câmara dos Deputados), Ivair de Melo (Presidente da Comissão de Agricultura e Pecuária), Rafael Simões (Presidente da Comissão de Leite da CAPDAR), Pedro Lupion (Presidente da Frente Parlamentar da Agricultura) e Reginaldo Lopes (Membro do Grupo de Trabalho da Regulamentação da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados). Veja aqui o texto da Carta Aberta da Cadeia Láctea. (Terra Viva)
Trimestrais da pecuária: Aquisição de leite tem aumento de 3,3% em comparação anual
No 1º trimestre de 2024, a aquisição de leite cru foi de 6,21 bilhões de litros, equivalente a um aumento de 3,3% em relação ao 1° trimestre de 2023, e decréscimo de 4,4% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.
O acréscimo de 198,90 milhões de litros de leite captados em nível nacional é proveniente de aumentos registrados em 21 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. Em nível de Unidades da Federação, as variações positivas mais significativas ocorreram em: Minas Gerais (+116,11 milhões de litros), Paraná (+27,33 milhões de litros), Goiás (+24,29 milhões de litros), Rondônia (+18,81 milhões de litros), Rio de Janeiro (+5,73 milhões de litros) e Sergipe (+5,63 milhões de litros). Em compensação, os decréscimos mais relevantes ocorreram no Rio Grande do Sul (-41,78 milhões de litros), São Paulo (-37,05 milhões de litros) e Pernambuco (-5,96 milhões de litros).
Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 25,3% da captação nacional, seguida por Paraná (14,5%), Santa Catarina (12,6%) e Rio Grande do Sul (11,6%). (IBGE adaptado pelo SINDILAT/RS)
PIB cresce 0,8% no primeiro trimestre de 2024
PIB/24 - No primeiro trimestre de 2024, o PIB cresceu 0,8% frente ao quarto trimestre de 2023, na série com ajuste sazonal. Pela ótica da produção, os destaques foram Serviços (1,4%) e Agropecuária (11,3%), enquanto a Indústria ficou estável (-0,1%).
O PIB totalizou R$ 2,7 trilhões no primeiro trimestre de 2024, sendo R$ 2,4 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 361,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. No mesmo período, a taxa de investimento foi de 16,9% do PIB, abaixo dos 17,1% registrados no primeiro trimestre de 2023. Já a taxa de poupança foi de 16,2%, ante 17,5% no mesmo trimestre de 2023.
Em relação ao 1º trimestre de 2023, o PIB avançou 2,5%. A Indústria (2,8%) e os Serviços (3,0%) avançaram no período, enquanto a Agropecuária (-3,0%) recuou.
Dentre as atividades industriais, houve queda nas atividades de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,6%), Construção (-0,5%) e Indústrias Extrativas (-0,4%). Já a Indústria de Transformação (0,7%) teve desempenho positivo.
Nas atividades de Serviços houve crescimento em Comércio (3,0%), Informação e comunicação (2,1%), Outras atividades de serviços (1,6%), Atividades imobiliárias (1,0%) e Transporte, armazenagem e correio (0,5%). Por outro lado, houve estabilidade nas atividades de Intermediação financeira e seguros (0,0%) e Administração, saúde e educação pública (-0,1%).
Pela ótica da despesa, a Despesa de Consumo das Famílias (1,5%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (4,1%) se expandiram, enquanto a Despesa de Consumo do Governo (0,0%) registrou estabilidade.
Quanto ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram variação positiva de 0,2% ao passo que as Importações de Bens e Serviços cresceram 6,5%.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, o PIB cresceu 2,5% no primeiro trimestre de 2024. O Valor Adicionado a preços básicos subiu 2,3% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram em 3,4%.
Entre as atividades, a Agropecuária recuou 3,0% em relação a igual período do ano anterior. Apesar da contribuição positiva da Pecuária, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), alguns produtos agrícolas, cujas safras são significativas no primeiro trimestre, apresentaram queda na estimativa de produção anual e perda de produtividade: soja (-2,4%), milho (-11,7%), fumo (-9,6%), e mandioca (-2,2%).
A Indústria cresceu 2,8%. As Indústrias Extrativas (5,9%) registraram o melhor resultado, sendo afetadas pela alta tanto da extração de petróleo e gás como de minério de ferro. Houve destaque também na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (4,6%), com destaque para o consumo residencial.
A Construção (2,1%), por sua vez, teve a segunda alta consecutiva corroborada pelo aumento da ocupação na atividade e da produção dos insumos típicos. A Indústria de Transformação (1,5%) teve o menor crescimento nessa comparação, puxada pela alta na fabricação de coque e produtos derivados de petróleo e biocombustíveis; produtos alimentícios e bebidas.
O setor de Serviços cresceu 3,0% ante o mesmo período de 2023, com altas em todas as suas atividades: Outras atividades de serviços (4,7%), Informação e comunicação (4,6%), Atividades Imobiliárias (3,9%), Comércio (3,0%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,5%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,3%), Transporte, armazenagem e correio (0,4%).
No primeiro trimestre de 2024, tanto a Despesa de Consumo das Famílias (4,4%) quanto a Despesa de Consumo do Governo (2,6%) tiveram alta ante o primeiro trimestre de 2023.
A Formação Bruta de Capital Fixo avançou 2,7% no primeiro trimestre de 2024, apresentando alta após três quedas consecutivas. O crescimento das importações de bens de capital, o desempenho positivo da construção e o aumento do desenvolvimento de sistemas suplantaram a queda na produção interna de bens de capital.
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram alta de 6,5%, enquanto as Importações de Bens e Serviços avançaram 10,2% no primeiro trimestre de 2024.
O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2024 apresentou crescimento de 2,5% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou do avanço de 2,6% do Valor Adicionado a preços básicos e de 2,0% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (6,4%), Indústria (1,9%) e Serviços (2,3%).
Dentre as atividades industriais, as Indústrias Extrativas (8,2%) e Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (5,9%) apresentaram crescimento, enquanto a Construção (-0,3%) e a Indústria da Transformação (-0,6%) recuaram.
Nos Serviços, houve resultados positivos em todas as atividades: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (5,7%), Atividades imobiliárias (3,2%), Outras atividades de serviços (2,7%), Informação e comunicação (2,3%), Transporte, armazenagem e correio (1,6%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,3%) e Comércio (1,0%).
Na análise da demanda, houve altas na Despesa de Consumo das Famílias (3,2%) e na Despesa de Consumo do Governo (2,1%), e queda na Formação Bruta de Capital Fixo (-2,7%).
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 9,0%, enquanto as Importações de Bens e Serviços apresentaram elevação de 0,8%. (IBGE)
Jogo Rápido
Produtores de leite reivindicam alíquota zero na reforma tributária
Produtores de leite - Em meio às comemorações do Dia Mundial do Leite, em 1º de junho, produtores de leite de todo o país mobilizam-se por alíquota zero para seus produtos na cesta básica, como parte da reforma tributária. A reivindicação inclui também um crédito presumido de 100% para produtores não contribuintes. A Câmara dos Deputados sediará dois eventos sobre o tema: o 3º Encontro dos Produtores Brasileiros de Leite, em 4 de junho, e o “Grito da Cadeia Láctea”, em 5 de junho. Atualmente, 99% dos municípios brasileiros estão envolvidos na produção de leite. O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), vice-líder do governo no Congresso e coordenador do grupo de trabalho que trata desse tema na Câmara dos Deputados, defende a importância das reivindicações para fortalecer o setor. Atualmente, 22 produtos lácteos já possuem alíquota zero, com crédito presumido de 50% para os produtores. (Canal Rural)