Pular para o conteúdo

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 18 de junho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.160


Leite e derivados: saúde e sabor determinam consumo

Tendências recentes reforçam a necessidade de os agentes do setor compreenderem e se adaptarem às novas demandas, promovendo produtos lácteos que unam saúde e sabor, ao mesmo tempo em que valorizem a acessibilidade e o fator qualidade.

Os números pós-pandemia continuam nos surpreendendo. Pesquisa recente da Horus Inteligência de Mercado, para a Associação Brasileira dos Supermercados - Abras, revelou que não são os itens básicos que predominam nas cestas de compras dos brasileiros. Ao contrário, os consumidores continuam cedendo aos prazeres alimentares, ou seja, a compra por indulgência permanece enraizada na nossa cultura. O índice de incidência, que mede a presença percentual de cada item na cesta de compra dos brasileiros, mostra que, dos sete produtos com maior incidência nas notas fiscais de compra nos supermercados, cinco são produtos indulgentes (Figura 1). São eles: cerveja (com a maior incidência), refrigerante, biscoitos, chocolate e vinho. Apenas dois itens são da cesta básica: pão e leite. 

É interessante notar que nem os itens típicos da culinária brasileira, que são arroz e feijão, constam nesta lista. Mas, deve-se atentar que a medida de incidência não indica volume ou quantidade consumida, mas, sim, frequência de compras. Assim, a menor incidência desses itens pode estar relacionada com o fato de ser adquiridos em compras mensais, enquanto as compras por indulgência ocorrem mais vezes ao longo mês. De qualquer forma, o fato de o leite ainda figurar neste ranking indica a importância que o produto tem para o consumidor brasileiro.

Os inúmeros benefícios do consumo de leite, associados à versatilidade do produto na preparação de receitas, trazem uma vantagem competitiva para o produto, que, em termos de incidência, ficou à frente da água mineral e até dos snacks. Dentro da categoria de lácteos, a situação é um pouco diferente. Após o leite UHT, os derivados lácteos que aparecem mais vezes nas notas fiscais de 
compra são os iogurtes e os queijos (Tabela 1). 

Ambos carregam um apelo de saudabilidade, especialmente o iogurte.De acordo com a citada tabela, com exceção do leite condensado, todos os derivados do leite aparecem com maior frequência na cesta de compras de consumidores da classe AB. Corroborando com estudos anteriores, esses dados mostram que o consumo da categoria leite e derivados é muito dependente da renda da população. Por outro lado, mostram também que o produto com maior apelo indulgente da categoria, o leite condensado, tem seu consumo mais atrelado à população de baixa renda, mais uma vez ressaltando a característica da população brasileira, que mesmo nas dificuldades financeiras e crises, se permite algumas indulgências. 

INDICADORES DÃO DESTAQUE AO LEITE E SEUS DERIVADOS NA ALIMENTAÇÃO

Com exceção dos queijos, todos os outros produtos têm o sábado como um dos principais dias de compra. Para os queijos, os principais dias são domingo e sexta-feira. Considerando que estes são 
dias em que as pessoas tendem a se reunir com amigos ou familiares e fazer refeições especiais (jantares na sexta e almoços aos domingos). Isso pode indicar compras de última hora para compor esses lanches e refeições especiais. Dentre os queijos mais comprados, estão muçarela (69% de incidência dentro da categoria), seguido pelo queijo prato (18,4%) e minas frescal (7%). Ainda com relação ao dia de compra, é interessante notar que a segunda-feira aparece como um dos dias de maior incidência de compra apenas para o leite UHT e o iogurte. Considerando que a segunda-feira é tradicionalmente o dia de se iniciar dietas, pode-se inferir que essas compras podem estar atreladas à tendência de busca por saudabilidade, com foco na prevenção de doenças e benefícios adicionais à saúde. Com relação às regiões que mais têm comprado produtos lácteos, não é possível observar um padrão. Com a grande heterogeneidade de gostos e culturas no Brasil, há grande diferença entre as regiões que apresentam maior incidência de um ou outro derivado do leite. Portanto, estes dados evidenciam que, mesmo diante das transformações sociais e econômicas pós-pandemia, o leite e seus derivados mantêm papel importante na alimentação dos brasileiros. A presença constante desses produtos nas cestas de compras, especialmente entre consumidores de maior renda, reflete valorização da qualidade e da saudabilidade associada a esses alimentos. Paralelamente, o consumo indulgente de itens como leite condensado, mesmo entre a população de baixa renda, destaca a busca por prazer e conforto pela alimentação. Essas tendências reforçam a necessidade de os agentes do setor compreenderem e se adaptarem às novas demandas, promovendo produtos que unam sabor, saúde e acessibilidade, de modo a construir um futuro promissor para o leite brasileiro. (Anuário do Leite da Embrapa 2024 - Adaptado pelo SINDILAT/RS)


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT adaptado pelo SINDILAT/RS

Oferta de leite nas principais regiões do mundo

Perspectivas estáveis devem marcar o mercado internacional de leite este ano. É um cenário com oferta mais ajustada à demanda, ainda que ambas cresçam pouco, o que deve garantir sustentação dos preços internacionais.

A geografia mundial da produção de leite alterou-se significativamente nos últimos 30 anos. Em 1992, o mundo produzia 1,256 bilhão de litros de leite por dia. A Europa respondia por mais da metade deste montante, com 639 milhões de litros/dia, estimulados pelo forte amparo estatal, com subsídio à produção e às exportações. Naquele ano, as Américas produziam cerca de um quarto do total, com 330 milhões de litros/dia. De 1992 a 2022, a produção mundial cresceu mais de 60%, alcançando 2,064 bilhões de litros diários. A produção europeia ficou praticamente estacionada no período, refletindo a retirada da subvenção à produção e exportação e o surgimento de crescentes desafios ambientais, sociais e econômicos para a pecuária leiteira. A produção aumentou na África e na América. Mas o grande salto se deu na Ásia, passando de 202 milhões de litros de leite/dia produzidos em 1992 para 708 milhões de litros em 2022. Esse incremento foi puxado por programas de estímulo à produção para suportar a forte expansão do consumo local, estimulado por aumento populacional e de renda. O continente pouco participa das exportações, continuando a ser importante destino para os lácteos transacionados no mercado internacional. Já a produção da Oceania é a menor entre todos os continentes, embora quase tenha dobrado nos últimos 30 anos, alcançando 81 milhões de litros diários em 2022. A importância regional está  na produção competitiva, que transformou Nova Zelândia e Austrália em grandes exportadoras de lácteos, rivalizando com o papel tradicionalmente exercido pela Europa (Figura 1).

Nesse cenário, a China tornou-se o maior importador mundial de lácteos e movimentos na sua demanda têm reflexo direto na formação de preços no mercado. Os últimos dois anos, no entanto, foram de perda de velocidade do crescimento econômico e das importações de lácteos do gigante asiático. A importação de leite em pó integral pela China, que atingiu 841 milhões de t em 2021, caiu para 699 milhões em 2022 e apenas 445 milhões de t no ano seguinte. Para 2024, por enquanto, não há sinais de grandes alterações na importação de leite em pó pela China, continuando com volume ainda limitado. 

PRODUÇÃO DE LEITE DOS PRINCIPAIS PAÍSES DÁ SINAIS DE ESTAGNAÇÃO

A desaceleração das importações chinesas e o menor dinamismo econômico global nos últimos dois anos levaram à oferta de lácteos ficar acima da demanda nos anos de 2022 e no início de 2023. Isto provocou queda no preço de lácteos no mercado internacional. A cotação do leite em pó 
integral alcançou US$ 2.706/t em agosto de 2023, o que acabou desestimulando a produção. Em 2023 houve crescimento mais lento ou mesmo queda da produção nos principais países exportadores. Com isso, a produção permaneceu praticamente estacionada entre 2022 e 2023 em 280 milhões e 400 milhões de litros/dia, respectivamente, nos Estados Unidos e na União Europeia. As produções neozelandesas e australianas tiveram desempenho tímido, enquanto na Argentina ocorreu queda de 32 para 31 milhões de litros/dia, ainda que o país tenha aumentado suas exportações principalmente para o Brasil (Tabela 1). 

Em suma, em 2023 os principais exportadores mundiais aumentaram pouco ou diminuíram a oferta de leite, o que permitiu alguma recuperação dos preços internacionais. O leite em pó integral foi comercializado a US$ 3.463/t em fevereiro de 2024. Nos últimos meses, a produção leiteira nos principais países e regiões continua mostrando sinais de estagnação, alinhado ao observado no ano de 2023 em relação a 2022. Isso mostra que o aperto da oferta continua e as perspectivas para 2024 são pela continuidade deste quadro. A menor demanda chinesa, importante importador mundial e as incertezas do crescimento econômico e da demanda de lácteos nos principais países do mundo ajudam a manter este quadro de maior cautela no que trata da demanda por lácteos. É um cenário com oferta mais ajustada à demanda, ainda que ambos cresçam pouco. Isso pode garantir, ainda que de maneira limitada, a sustentação dos preços no mercado internacional. (Anuário do Leite da Embrapa 2024 - Adaptado pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Publicação do DDPA mostra impacto das enchentes no mês de maio no RS
Enchentes históricas no Rio Grande do Sul impactam severamente a agricultura e comunidades rurais em maio de 2024, revela relatório oficial. O Comunicado Agrometeorológico nº 70, emitido pela Secretaria da Agricultura, destaca precipitações excepcionais, superando 500 mm em várias regiões. Mais de 450 municípios foram afetados, com dezenas em estado de calamidade pública. Danos significativos foram registrados em infraestruturas e culturas agrícolas, com previsões de condições climáticas variadas para junho. Veja aqui o Comunicado:  Comunicado Agrometeorológico nº 70. Veja aqui a página com as publicações. (Seapi adaptado pelo SINDILAT/RS)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 17 de junho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.159


Preços ao produtor continuam aumentando e importações caem

Preços - O preço do leite ao produtor seguiu em recuperação, com aumento de 5,5% em abril/24. O preço médio nacional ficou em R$ 2,46 por litro, no entanto 15,1% inferior ao observado em abril/23.

A relação de troca leite/mistura melhorou em abril/24 quando comparado ao mês anterior e também ao mês de abril/23. Foram necessários 31,7 litros de leite para aquisição de 60 kg de mistura, contra 34,0 litros observados em abril/23.

No varejo, o preço da cesta de lácteos subiu 2,0% em maio/24. Contudo, apresenta queda de 4,2% em 12 meses, contrastando com a inflação brasileira, medida pelo IPCA, que registrou alta de 3,9%. O Leite UHT apresentou maior alta mensal, 5,4% e o queijo, maior queda mensal, 0,6%. (Embrapa/Cileite)


Expointer 2024 será mantida na data prevista

Feira ocorrerá de 24 de agosto a 1º de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio

A 47ª Expointer está mantida e vai ocorrer na data prevista, de 24 de agosto a 1º de setembro, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O anúncio oficial foi feito pelo governador Eduardo Leite nesta sexta-feira (14/6), durante uma visita ao parque, que foi atingido pelas enchentes em maio. 

Logo na chegada ao local, Leite se reuniu com representantes das entidades copromotoras da Expointer. Também participaram do encontro o secretário interino da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Márcio Madalena, o secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, e a subsecretária do Parque Assis Brasil, Elizabeth Cirne Lima.

A decisão pela realização da Expointer e manutenção da data prevista foi um consenso do grupo, depois de análises técnicas sobre a viabilidade do restabelecimento do parque e das condições de execução do evento, como explicou o governador. 

“Realizar uma feira como essa em condições normais já é um desafio. Em uma situação extraordinária, mais ainda. Por isso, essa foi uma decisão tomada de forma consciente e responsável com todos os envolvidos”, garantiu Leite. “A Expointer é motivo de orgulho para o Estado. Será importante neste momento de superação e reconstrução, não só pela grande movimentação econômica que proporciona, mas pela injeção de ânimo e celebração da força e da capacidade de trabalho dos gaúchos.”

Nas próximas semanas, serão feitas as intervenções necessárias no parque, fortemente atingido pelas cheias. O governo do Estado vai investir cerca de R$ 6 milhões em obras no local. Serão realizados reparos de pisos dos pavilhões, calçamento de vias, reforma de telhados e calhas e revisão e melhorias da rede hidráulica e elétrica, além de limpeza e higienização de áreas comuns.

“O parque teve praticamente a totalidade da área alagada e sofreu uma série de avarias, mas que não vão comprometer a realização da feira. Estamos empenhados em todos os reparos emergenciais que são necessários para a abertura dos portões na data prevista”, afirmou Elizabeth. “A realização desta edição vai representar a força pela reconstrução e poderemos ter uma feira igual ou maior do que as anteriores, devido à energia positiva que está sendo canalizada para cá.” 

Considerada a maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina, o evento reuniu no ano passado 822 mil visitantes e uma comercialização de quase R$ 8 bilhões – números recordes entre todas as edições.

Para Márcio, a retomada econômica do Rio Grande do Sul depois das enchentes também passa pela realização da Expointer. “Isso se confirma com a manifestação das entidades representativas do setor primário gaúcho pela realização do evento. Além disso, a feira movimenta cerca de 30 mil empregos diretos e indiretos durante a pré-montagem, o período de realização e a desmontagem, que são de extrema importância no processo de recuperação do Estado”, destacou. 

O Pavilhão da Agricultura Familiar, um dos mais queridos pelos visitantes, é um momento aguardado com grande expectativa pelos pequenos produtores, que costumam ter na Expointer o ponto alto das vendas do ano. A realização da feira será importante para apoiar a retomada econômica desse e de outros setores, como enfatizou Santini.

"Precisamos fomentar o espírito de crescimento, força e resiliência, e essa Expointer será essencial para isso. A realização da feira será fundamental para a retomada da economia de diversos setores além do agronegócio e da agricultura familiar. Vamos fazer todos os esforços possíveis para que seja um grande evento”, disse o secretário. 

A Expointer é realizada pela Seapi com as entidades copromotoras: Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul); Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag); Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raças (Febrac); Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers); Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (Ocergs) e prefeitura de Esteio. (SEAPI)

Apoio ao crédito para produtor gaúcho pode ser base de fundo garantidor nacional

Aporte de R$ 600 milhões no Fundo de Garantia de Operações (FGO) servirá para avalizar novos financiamentos do Pronaf e Pronamp

O aporte de R$ 600 milhões no Fundo de Garantia de Operações (FGO), para avalizar a contratação de novos financiamentos no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) no Rio Grande do Sul, pode abrir caminho para a criação de um fundo garantidor nacional para a agricultura familiar.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, negocia a proposta de criação do fundo desde o ano passado com a equipe econômica do governo. Agora, a expectativa da Pasta é que a operacionalização do FGO para alavancar o crédito rural de produtores gaúchos após a tragédia climática sirva de teste para colocar de pé um fundo a nível nacional. O tema está no radar, mas ainda não há definição se será anunciado no Plano Safra 2024/25.

A secretária-executiva do ministério, Fernanda Machiaveli, disse que a ideia é usar o fundo para garantir operações de cooperativas da agricultura familiar, entidades que enfrentam dificuldades na constituição de garantias para operações do Pronaf.

“Vamos ter um aprendizado agora com o FGO no Rio Grande do Sul que esperamos usar em breve para agricultura familiar em todo o país”, afirmou. “O principal gargalo que temos é o acesso das pequenas cooperativas ao crédito. A grande barreira para elas é a ausência de garantias, mesmo com bom histórico de pagamento dos agricultores cooperados. É um problema que entendemos que vamos poder endereçar a partir dessa medida”, completou Machiaveli.

Há um debate técnico no governo, pois o tema é inovador. A medida seria complementar a outras operações do Pronaf que já têm a garantia da União, pois são realizadas com recursos de fundos constitucionais no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o que dá mais tranquilidade às instituições financeiras. Sul e Sudeste não têm esses mecanismos.

De acordo com a secretária-executiva, a Pasta trabalha para a criação de “um fundo garantidor que atenda esses agricultores que não têm garantias, mas que têm condições de contrair crédito nas outras regiões, fortalecendo a capacidade dos fundos constitucionais de alavancar empréstimos do Pronaf”.

O acesso aos recursos avalizados pelo FGO ainda depende de regulamentação do Conselho Monetário Nacional (CMN). (Globo Rural via Valor Econômico)


Jogo Rápido

Uruguai – O preço do leite tabelado ficou muito tempo sem aumento
Preços/UR – O preço do litro do leite pasteurizado, envasado em sacos de polietileno e à venda ao público em todo o território nacional, teve aumento de 1 peso uruguaio (+2,38%) e passou a custar 43 pesos, segundo decreto do Ministério da Economia e Finanças (MEF). [43 pesos correspondem, ao câmbio de hoje, US$ 1,10/litro ou R$ 5,88/litro]. Com base nos dados do Instituto Nacional do Leite (Inale), o preço do leite tarifado não foi alterado durante um ano, desde maio de 2023 ficou com o valor de 42 pesos uruguaios. O habitual, é ter leves ajustes semestrais, no entanto, isso não ocorreu na segunda metade do ano passado. O aumento decidido agora, surge dessa revisão semestral de acordo com critérios do Poder Executivo e entrou em vigor no dia 11 de junho. De acordo com o decreto ministerial, o leite com entrega a domicílio custará 43,30 por litro. Últimos preços do leite pasteurizado: - Junho/2024: UY$ 43,00 - Maio/2023: UY$ 42,00 - Setembro/2022: UY$ 40,60 - Março/2022: UY$ 37,00 - Setembro/2021: UY$ 36,00 - Abril/2021: UY$ 33,70 - Setembro/2020: UY$ 32,80 - Abril/2020: UY$ 31,30 Fonte: El Observador – Tradução livre: terraviva

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 14 de junho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.158


Governo empossa Conselho do Plano Rio Grande

O fórum é formado por entidades, movimentos sociais, lideranças empresariais, ex-governadores e pessoas afetadas pela enchente

Cerca de 160 representações do Poder Público, da sociedade civil e dos gaúchos atingidos pelas enchentes integrarão o Conselho do Plano Rio Grande - Programa de Reconstrução, Adaptação e Resiliência Climática do Rio Grande do Sul. A posse foi realizada na tarde desta quinta-feira (13/6) no Salão Negrinho do Pastoreio, no Palácio Piratini, com a presença do governador Eduardo Leite, do vice-governador, Gabriel Souza, do secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, e do ministro da Secretaria Extraordinária de apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta.

O objetivo do Conselho é receber demandas relacionadas ao restabelecimento do Estado e propor soluções. A iniciativa faz parte do Plano Rio Grande, que atua em três eixos de enfrentamento aos efeitos das enchentes: ações emergenciais, ações de reconstrução e Rio Grande do Sul do futuro. O papel dos conselheiros é propor, avaliar e monitorar as problemáticas recebidas, além de participar das câmaras temáticas que serão criadas para análise e discussão dos assuntos indicados.

Destacando o caráter democrático do Conselho, Leite falou sobre a importância da pluralidade e da participação social para a elaboração de alternativas que ajudem o Estado no processo de retomada.

“O Conselho reúne diversas entidades e movimentos porque, numa democracia, é essencial que tenhamos canais de interação organizados para que possamos colocar todos na mesma página. Esse fórum será um espaço para que a interação ocorra de forma efetiva, propondo medidas importantes que nos ajudarão a atender os objetivos do Estado. Será fundamental que todos caminhemos na mesma direção, buscando uma convergência mínima para dar velocidade ao processo de reconstrução", afirmou o governador.

Empossado como presidente do Comitê Executivo, que fará a análise e o encaminhamento final das demandas recebidas, o vice-governador ressaltou que o momento exige a união de esforços e o trabalho conjunto pela reconstrução do Estado.

”O Plano Rio Grande tem o objetivo de agregar e unificar as ações, portanto não é um plano apenas do governo, é um plano de todos os gaúchos. Por isso, é importante envolvermos a todos de maneira ampla e efetiva, canalizando no Conselho todos os setores da sociedade para dialogarmos e buscarmos soluções para o restabelecimento de serviços e para a recuperação do Rio Grande do Sul”, disse Gabriel.

Ele ressaltou ainda a participação de pessoas e representantes de negócios atingidos pelas enchentes. Serão selecionados, por meio de sorteio organizado pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), dez titulares e dez suplentes de cinco municípios. “Um dos critérios de seleção das cidades considerou aquelas que foram mais atingidas proporcionalmente, Eldorado do Sul e Muçum, da mesma forma que levou em conta aquelas que reúnem a maioria absoluta da população impactada – Canoas, Porto Alegre e São Leopoldo. Outros parâmetros também foram avaliados, como geolocalização e cadastramento de gaúchos atingidos”, explicou o vice-governador.

"Temos um imenso desafio pela frente. E um desafio dessa magnitude requer organização, método e disciplina. Para isso, vamos seguir desempenhando um trabalho de cooperação com todas as esferas do poder público e da sociedade. O Conselho vai contribuir para analisar demandas e propor ações resolutivas para os problemas trazidos, porque não basta reconstruir., temos que reconstruir melhor", pontuou Capeluppi.

Composição

O Conselho contará com convidados que representam o Poder Público (Executivo, Legislativo, Judiciário, Defensoria Pública, Tribunal de Contas e Ministério Público), a sociedade civil (empresários, federações, sindicatos, associações, investidores, movimentos culturais/artísticos e identitários, além de ex-governadores do Estado e pessoas atingidas pelas cheias. Uma Secretaria Executiva – que será conduzida pelo prefeito de Restinga Sêca, Paulo Salerno – fará a gestão das ações em cada etapa.

O trabalho também contará com câmaras temáticas constituídas por secretarias de Estado, equipes técnicas e convidados. Elas serão encarregadas de examinar as demandas, a partir de eixos como assistência social, educação, habitação, segurança, entre outros.

Já o Comitê Executivo será responsável pela análise e pelo encaminhamento final das requisições. A Casa Civil, a Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), a Secretaria da Fazenda (Sefaz), a Secretaria da Reconstrução Gaúcha (SRG), a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e a Defesa Civil também integrarão o comitê.

Um grupo formado por todos os agentes do Conselho, denominado Plenário, ficará responsável por fazer o monitoramento e a supervisão das atividades.

Membros do Conselho
Metodologia

O fluxo de trabalho do Conselho do Plano Rio Grande terá quatro etapas. A primeira será a entrada da demanda por meio da Secretaria Executiva, podendo ser encaminhada por qualquer membro do Conselho. Na sequência, será feita a análise da demanda nas câmaras temáticas, que vão averiguar as propostas dentro dos seus eixos e levantar possíveis resoluções.

A terceira fase será a destinação da demanda. Nesse momento, o Comitê Executivo encaminhará a ação final para a Secretaria fim ou para arquivamento. Por fim, ocorrerá o monitoramento da demanda, com apresentação para o Plenário das ações tomadas nas etapas anteriores.

Plano Rio Grande

O Plano Rio Grande vem sendo implementado desde seu lançamento oficial, em 17 de maio, com medidas emergenciais, de médio e longo prazo. As ações de curto prazo atendem áreas como Assistência Social, Segurança, Serviços Públicos e demais demandas do Gabinete de Crise. Nesse quesito, já foram investidos mais de R$ 818 milhões em diversas áreas.

No médio prazo, os projetos já estão sendo desenhados pela Secretaria da Reconstrução Gaúcha, como foi o caso do plano para reconstrução de rodovias e pontes afetadas pela chuva. O processo para execução de oito pontes foi concluído em apenas 15 dias. A próxima etapa é o início das obras. Em outros períodos, esse processo poderia demandar um prazo de, no mínimo, 60 dias. Outros projetos, em áreas como Infraestrutura, Educação e Unidades de Saúde estão sendo mapeados e serão apresentados pelo Executivo estadual.

No longo prazo, a gestão trabalha em temas como reorganização e redesenho das cidades e implementação de ações de adaptação e resiliência climática. (Governo)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1819 de 13 de junho de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

A ocorrência de dias secos com temperaturas mais elevadas favoreceu o desenvolvimento das pastagens, permitindo o início do pastejo dos animais. Os produtores estão complementando a dieta com silagens e rações. A redução da umidade diminuiu a formação de barro, facilitando o deslocamento dos animais e o acesso às pastagens, melhorando as condições de bem-estar dos rebanhos. Continuam as ações de controle de carrapato e as vacinações obrigatórias.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Alegrete, a melhora nas condições do tempo auxiliou na estabilização da produção de leite, embora ainda esteja abaixo do normal.

Na de Caxias do Sul, a produção de leite permaneceu estável, apesar de uma pequena queda provocada pelo vazio forrageiro de outono. As condições de tempo adequadas proporcionaram o retorno gradual à normalidade nos sistemas à base de pasto.

Na de Erechim, a atividade leiteira foi impulsionada pelo retorno dos rebanhos às pastagens de inverno, após o período chuvoso, reduzindo o uso de silagens e de rações e diminuindo os custos de produção. As vacinações e o controle de verminose continuam, e as inseminações seguem normalmente com crescente adoção da inseminação em tempo fixo nas propriedades mais tecnificadas.

Na de Frederico Westphalen, em razão da baixa oferta de forragem e da dificuldade de pastejo, em função do excesso de chuvas, os produtores estimam uma redução média de 10% na produção de leite, podendo chegar a 30%.

Na de Ijuí, a produção de leite melhorou após a entrada de novos animais em lactação e em função da maior produtividade dos rebanhos a pasto.

Na de Passo Fundo, a oferta de alimentos volumosos nas pastagens ainda está baixa, levando à necessidade de complementação com alimentos conservados e concentrados para os rebanhos. Os produtores estão gradualmente aumentando o pastoreio à medida que as pastagens crescem.

Na de Pelotas, a baixa trafegabilidade de algumas estradas provocou o aumento dos custos de transporte, mas sem afetar a coleta de leite. O manejo dos rebanhos permanece desafiador em decorrência da umidade e da formação de lama.

Em Rio Grande, o alagamento de propriedades impede o retorno dos animais e proprietários, afetando a produção de leite.

Na de Porto Alegre, há relatos de significativa diminuição na produção, requerendo o aumento no fornecimento de silagem para manter a condição corporal do rebanho. Algumas propriedades estão recorrendo precocemente às pastagens de inverno, apesar de não estarem no ponto ideal de pastejo. Mais casos de mastite e leptospirose nos rebanhos foram reportados.

Na de Santa Maria, os animais estão em déficit nutricional em função da escassez prolongada de pasto. As áreas de restevas de soja ou de pastagens em estabelecimento não estão suprindo as necessidades nutricionais dos animais.

Na de Santa Rosa, a produção de leite continuou a diminuir devido à baixa qualidade das forragens. Houve um pequeno aumento na produtividade do leite em decorrência do tempo ensolarado, que reduziu o barro e melhorou as condições de manejo. (Emater/RS adaptado pelo SINDILAT/RS)

PREVISÃO METEOROLÓGICA
A previsão para os próximos dias no RS indica mudanças no tempo com a volta das chuvas e queda nas temperaturas, a partir do final de semana. Na tarde de sexta-feira (14/06), quando a aproximação de uma frente fria vinda do Uruguai deve trazer mudanças nas condições do tempo, provocando chuvas e uma leve queda nas temperaturas nas regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste do RS. No sábado (15/06), o deslocamento da frente fria sobre o RS trará chuvas de intensidade moderada a intensa e queda nas temperaturas de forma gradativa no decorrer do dia, principalmente sobre a faixa compreendida entre a Lagoa dos Patos e a Região da Campanha. No domingo (16/06), a frente fria seguirá seu deslocamento em direção ao norte do Estado, provocando chuva mais intensa na Região Sul e na faixa entre a Região Metropolitana e a Região das Missões. No final do dia, a queda nas temperaturas será mais expressiva sobre a Região Sul. Na segunda-feira (17/06), o deslocamento da frente fria causará pancadas de chuva mais expressivas nas regiões Central e Missões. Na terça-feira (18/06), a configuração atmosférica pode mudar para uma condição estacionária, reforçando a precipitação nas mesmas regiões observadas no dia anterior. O mesmo padrão deve perdurar na quarta-feira (19/06), quando estão previstas chuvas generalizadas sobre todo o RS. A precipitação mais expressiva é esperada para as regiões Central, Planalto Médio e Missões, com volumes de chuva entre 150 e 200 mm. Apenas para pontos no limite do Extremo Sul do Estado, da Fronteira Oeste e da divisa com SC, são esperados menores volumes de chuva, de até 30 mm; nas demais regiões, entre 30 e 150 mm. (SEAPI)


Jogo Rápido

Apresentação para micro, pequenas e médias empresas sobre o Programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul
Ontem, quinta-feira, 13 de junho, às 18h, o BNDES realizou uma apresentação, em seu canal no YouTube, sobre as novas linhas de crédito emergenciais lançadas para ajudar a recuperar a economia gaúcha após as fortes chuvas e enchentes que afetaram o estado em 2024. Confira o conteúdo na íntegra clicando aqui. (BNDES via youtube)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 13 de junho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.157


Indústria leiteira conta com medidas emergenciais de apoio do BNDES

Para enfrentar os impactos após as fortes chuvas e enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul, a indústria leiteira gaúcha e produtores de leite poderão contar com uma série de medidas de socorro. Confirmadas por representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), à diretoria do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat).

Segundo o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, as políticas de crédito devem amenizar a situação principalmente das indústrias e produtores que estão localizadas no Vale do Taquari e que concentram cerca de 10% da produção gaúcha. “Esta região foi a que sofreu com queda na captação e degradação das pastagens e ainda enfrenta problemas de logística para circular com matéria-prima e fazer o transporte de produtos acabados, principalmente em direção à Região Metropolitana”, destaca.

Matheus Gomes Chaguri, do Departamento de Clientes e Relacionamento Institucional do BNDES, explica que o conjunto de medidas podem gerar um impacto de R$ 20 bilhões, atendem a diversos setores dentre eles a indústria leiteira, produtores e cooperativas nas cidades atingidas pelas inundações em situação de emergência ou estado de calamidade. “Essas iniciativas representam um esforço conjunto para restaurar a estabilidade econômica, proporcionando suporte financeiro essencial para a recuperação das comunidades afetadas”, assinala.

As medidas são operacionalizadas por empresas de todos os portes, exceto o FGI PEAC Crédito Solidário RS, que é destinado exclusivamente para micro, pequenas e médias empresas. Para maiores informações sobre as ações adotadas pelo BNDES no âmbito das medidas emergenciais do Rio Grande do Sul, acesse o site: https://www.bndes.gov.br/emergenciaisrs

Conheça as medidas:

FGI PEAC Crédito Solidário RS: solução de garantia com potencial de viabilizar R$ 5 bilhões em operações de crédito, por meio de garantias a operações de crédito com micro, pequenas e médias (MPMEs) com Bancos Parceiros. A medida já está em operação.

Programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul: solução de crédito destinada ao financiamento de máquinas e equipamentos, projetos de investimento e reconstrução e capital de giro. Serão disponibilizados R$ 15 bilhões para os clientes que declararam ter sofrido perdas e danos e/ou consequências sociais e econômicas em decorrência dos eventos climáticos extremos relacionados ao decreto de calamidade. A expectativa é que a partir do próximo dia 21 de junho, os recursos estejam disponíveis para os clientes que já tiveram o seu crédito aprovado nas instituições parceiras.

De forma complementar, o BNDES aprovou refinanciamentos, como BNDES Refin e Refin Agro, que se encontram em operação. Tais medidas irão gerar um alívio financeiro de R$ 6,9 bilhões em prestações, que poderão ser suspensas, de uma carteira de crédito total de R$ 48,1 bilhões.

BNDES Refin: suspensão completa de prestações vencidas ou a vencer, por até 12 meses (standstill), além da possibilidade de ampliar o prazo total do contrato por até 12 meses, de financiamentos contratados com o BNDES. A data limite para protocolo do pleito pelo cliente será até 31.10.2024.
Refin Agro Sul: permite a suspensão, até 15/08/2024, do vencimento das prestações de operações contratadas por meio de Programas Agropecuários do Governo Federal. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS, com informações de BNDES)


Prorrogado para o dia 30 de junho o prazo de inscrições para o 3º Prêmio Referência Leiteira

Com o objetivo de fortalecer a produção leiteira gaúcha frente às tragédias provocadas pelas chuvas, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), juntamente com a Emater/RS e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR) estabeleceram a prorrogação para o dia 30 de junho do prazo de inscrições para o 3º Prêmio Referência Leiteira, categoria Cases.

“Diante de tantas adversidades enfrentadas em diversos setores, o leite gaúcho estará mobilizado através da premiação para valorizar e fomentar quem produz, ajudando tanto na divulgação das melhores práticas quanto na propagação de ações inspiradoras na produção”, assinala o presidente da comissão do Prêmio Referência Leiteira, Jaime Eduardo Ries, da Emater/RS. O regulamento e a Ficha de Inscrição estão disponíveis nos escritórios municipais da Emater/RS e também podem ser acessadas no site do SINDILAT/RS.

Vice-coordenador da premiação, Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS, explica que podem participar as propriedades que estejam estabelecidas no Rio Grande do Sul, que comercializem leite cru in natura para indústria ou que processem o leite em agroindústria própria. “Na categoria de Cases, as melhores práticas da produção leiteira serão destacadas em seis categorias: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira”, explica.

Conforme o regulamento, cada propriedade pode se inscrever em apenas uma das categorias através do envio das informações solicitadas no regulamento, em remessa única, por correio eletrônico, à Emater/RS (jries@emater.tche.br) e ao Sindilat (sindilat@sindilat.com.br). O resultado será divulgado durante a Expointer 2024. (Assessoria de imprensa do SINDILAT/RS)

Declaração de rebanho tem prazo prorrogado para 31 de julho

A Declaração Anual de Rebanho 2024 teve seu prazo final prorrogado para 31 de julho. A prorrogação se deve às fortes chuvas registradas em maio no Rio Grande do Sul, que causaram indisponibilidade de diversos sistemas da Procergs – entre eles, o Sistema de Defesa Agropecuária (SDA), por onde a declaração é feita. A Instrução Normativa nº 15/2024, que prorroga o prazo, foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira (11/6).

A Declaração de Rebanho é uma obrigação sanitária de todos os produtores rurais gaúchos detentores de animais. Desde o ano passado, a declaração pode ser feita diretamente pela internet, em módulo específico dentro do Produtor Online. Um tutorial ensinando a realizar o preenchimento pode ser consultado aqui. Caso prefira, o produtor também pode fazer o preenchimento nos formulários em PDF ou presencialmente nas Inspetorias ou Escritórios de Defesa Agropecuária, com auxílio dos servidores da Seapi e assinando digitalmente com sua senha do Produtor Online. 

A Declaração Anual de Rebanho conta com um formulário de identificação do produtor e características gerais da propriedade. Formulários específicos devem ser preenchidos para cada tipo de espécie animal que seja criada no estabelecimento, como equinos, suínos, bovinos, aves, peixes, abelhas, entre outros. No formulário de caracterização da propriedade, há campos como situação fundiária, atividade principal desenvolvida na propriedade e somatória das áreas totais, em hectares, com explorações pecuárias. Já os formulários específicos sobre os animais têm questões sobre finalidade da criação, tipo de exploração, classificação da propriedade, tipo de manejo, entre outros. 

Em 2023, a declaração teve adesão de 84,19%, índice que se manteve condizente com a média de declarações de rebanho entregues nos anos anteriores. Para mais informações: www.agricultura.rs.gov.br/declaracao (SEAPI)


Jogo Rápido

"Com a tragédia climática deixamos de captar de 9 milhões de litros de leite, o equivalente a um dia de produção do estado", disse Darlan Palharini, secretário-executivo do SINDILAT/RS em entrevista ao programa Tempo Real com Oziris Marins da Rádio Bandeirantes POA. Confira a entrevista na íntegra clicando aqui. (Band via youtube)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 12 de junho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.156


Ministério da Agricultura autoriza uso do Mais Leite Saudável em reconstrução do RS

O Ministério da Agricultura (Mapa) autorizou o uso dos recursos destinados ao Programa Mais Leite Saudável para apoio e reconstrução das bacias leiteiras no Rio Grande do Sul. A medida foi oficializada por meio da portaria nº 687, na segunda-feira (10/06), e prevê possibilidade de destino das verbas do programa para projetos de recuperação liderados por indústrias e cooperativas com operação no Rio Grande do Sul. A decisão do Ministério da Agricultura ocorre em caráter excepcional devido ao reconhecimento do estado de calamidade pública após as enchentes que atingiram diversos municípios gaúchos.

O anúncio atende a pedido liderado pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), com apoio da Ocergs, Fecoagro e Apil ao governo federal, tendo em vista as inúmeras dificuldades que atravessa o setor produtivo do leite. O setor aguarda, para as próximas semanas, a complementação do pacote de apoio ao Rio Grande do Sul, com aumento percentual dos créditos presumidos via Mais Leite Saudável. “Nossa ideia é elevar em oito vezes o recurso aplicado aos produtores via Programa Mais Leite Saudável para recuperação de todos aqueles que foram atingidos em regiões de calamidade ou emergência. Isso extrapola questões de mercado, é uma obrigação social da cadeia produtiva e do governo”, disse o presidente do Sindilat, Guilherme Portella, que esteve em Brasília na última semana defendendo a adoção de políticas de fomento ao leite. “Nos últimos anos, o Mais Leite Saudável oportunizou avanços consistentes na gestão das propriedades rurais por meio de programas desenvolvidos pelos laticínios. Ampliar sua força agora é essencial para recuperação da produção gaúcha”, disse. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Pacheco decide devolver ao governo trecho da medida provisória que altera regras do PIS/ Cofins

Presidente do Senado alegou que a medida não preenche requisito de urgência e não atende a obrigatoriedade de prazo para instituir nova regra tributária.

O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu nesta terça-feira (11) por devolver a medida provisória que propunha alterações nas regras do PIS/ COFINS.

A medida provisória foi enviada pelo governo ao Congresso na semana passada e gerou polêmica. Para políticos em Brasília, como havia antecipado o blog da Ana Flor, o governo contratou uma derrota no Congresso ao editar a MP. Isso porque o texto não tem apoio entre parlamentares, e o governo vem sofrendo derrotas em votações nas últimas semanas.

Pacheco, como presidente do Congresso, pode devolver medidas provisórias se considerar que elas não atendem a critérios legais.

Ele justificou que a medida, ao alterar regras sobre tributos, deveria adotar um prazo para que essa mudança passasse a valer. Esse é o princípio da noventena.

"Com absoluto respeito à prerrogativa do Executivo e do presidente da República na edição de MPs, o que se observa nessa MP, no que toca a parte de compensação de PIS e Cofins, é o descumprimento dessa regra [anterioridade], o que impõe a esta Presidência do Congresso impugnar essa matéria com a devolução desses dispositivos para a Presidência da República", afirmou o presidente do Senado.

"Reitero nosso absoluto respeito ao Poder Executivo, porque essa relação de harmonia e de respeito e de independência entre os poderes é absolutamente salutar, e a Constituição Federal nos confere essa engrenagem de solução para esse tipo de impasse", atenuou Pacheco.

A MP é foi um meio que o governo elaborou para compensar as perdas fiscais com a desoneração da folha de pagamentos dos 17 setores que mais empregam na economia.

O governo não queria a desoneração, mas, diante das argumentações do Congresso sobre manutenção de empregos, manteve a medida para os setores. Como isso significa perda de arrecadação, a equipe econômica buscou uma solução na MP do PIS/Cofins.

Com a devolução, agora o governo tem um problema na mão novamente: terá que buscar um novo meio de compensar a desoneração. E terá que convencer o Congresso disso.

"A devolução de medida provisória por inconstitucionalidade é algo muito excepcional, poucas vezes aconteceu na história da República, e só se dá em razão flagrante inconstitucionalidade, como aconteceu nesta compensação de PIS/COFINS já decidido por esta presidência", afirmou Pacheco.

Como funcionaria a mudança do PIS/ Cofins

A MP funcionaria assim:

PIS/ Cofins são tributos federais.
Hoje, o pagamento de PIS/ Cofins gera créditos para alguns setores
Esses setores podem usar esse crédito para abater o valor de outros tributos
A MP determina que o crédito só pode ser usado para abater o pagamento de PIS/ Cofins
Mas alguns setores são isentos de PIS/ Cofins na venda de seus produtos. Mas pagam PIS/ Cofins ao comprar de fornecedores
Logo, esses setores saem prejudicados, porque não terão de onde abater o valor pagos nas compras
Entre esses setores estão o do agronegócio, medicamentos e combustíveis. Inclusive, alguns postos chegaram a anunciar aumento no preço do combustível em razão da MP.Com as ações que alteram regras do PIS/Cofins, o governo espera aumentar a arrecadação neste ano em R$ 29,2 bilhões – valor acima do necessário para compensar a desoneração de empresas e dos municípios (que é de R$ 26,3 bilhões).

A decisão de Pacheco reflete as preocupações levantadas por empresários, associações médicas e líderes políticos, que argumentaram que as mudanças propostas pela MP causariam insegurança jurídica e impactos econômicos significativos.

A pressão para a devolução aumentou após manifestações contrárias sobre a forma abrupta como as alterações foram introduzidas, sem um debate prévio suficiente com as partes afetadas.

Repercussão
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirma que Pacheco "interrompeu uma tragédia sem fim".

"Eu quero parabenizar vossa Excelência, agradecer em nome do governo a sua postura, quero registrar aqui o próprio papel do presidente da República, que lhe chamou para um diálogo, junto com o ministro da Fazenda, externou que não estava confortável, claramente, e vossa Excelência teve a capacidade de encontrar um caminho que, na minha opinião, nada mais que o caminho legal e constitucional para interromper o que seria uma tragédia sem fim", afirmou o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA). (G1)

Embrapa lança anuário do leite na abertura da Megaleite

O Anuário Leite 2024, produzido pela Embrapa Gado de Leite em parceria com a Texto Comunicação Corporativa, será lançado nesta terça-feira (11/06), durante a abertura da Megaleite e pode ser acessado no site da instituição (https://www.embrapa.br/gado-de-leite). O evento ocorre no Parque da Gameleira (Sala Minas Gerais – 2º piso), em Belo Horizonte/MG. A publicação apresenta as pesquisas e tecnologias que podem impulsionar a cadeia produtiva, mas também traz dados de um ano difícil para o setor.

Em 2023, o país bateu recorde de importação de lácteos, comprados principalmente da Argentina e do Uruguai. Segundo Elizabeth Nogueira Fernandes, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, “a mudança na oferta e na demanda de leite refletiu-se no comportamento das margens financeiras em todos os elos da cadeia, em especial no poder de compra do produtor”.

A conjuntura econômica é o foco das primeiras páginas do Anuário. Analistas e pesquisadores da Embrapa fazem análises do mercado e índices de produção do Brasil e de outros países. No artigo “10 reflexões sobre a competitividade e os desafios do leite brasileiro”, é destacado a importância da eficiência na gestão técnica e econômica para que o produtor se mantenha de forma sustentável na atividade, superando os momentos de crise da pecuária de leite nacional.

“A ciência brasileira tem muito a contribuir para essa superação”, afirma a chefe-geral. Há muita tecnologia desenvolvida pela pesquisa agropecuária, já incorporadas por parte do setor produtivo, capazes de promover essa superação. O Anuário elenca algumas dessas tecnologias como práticas para recuperação de pastagens degradadas, técnicas para redução da pegada de carbono do leite e protocolo de biosseguridade em fazendas leiteiras. Há ainda soluções a serem lançadas em breve, como a avaliação genômica multirracial, que permitirá identificar animais Gir Leiteiro com genética superior para cruzamento com bovinos da raça Holandesa a fim de se obter o melhor Girolando.

Elizabeth Fernandes conta que o desenvolvimento e a disponibilização dessas tecnologias envolvem uma gama de parceiros públicos e privados, que permite a soma de competências e esforços para acelerar a evolução tecnológica da pecuária de leite nacional. É nesta direção que se inserem outras iniciativas apresentadas no Anuário, a exemplo do Laboratório Multiusuário de Bioeficiência e Sustentabilidade da Pecuária, hub de geração de conhecimentos, serviços e produtos junto a parceiros públicos e privados.

Além da pesquisa, a publicação foca na transferência de tecnologia. Nesse aspecto, o Anuário destaca a iniciativa piloto de compartilhamento de conhecimentos e tecnologias focadas em bovinocultura de leite por meio da rede Embrapa – ATER (empresas estaduais de assistência técnica e extensão rural). O consumidor também está presente na edição, que aponta as tendências atuais no consumo.  O Anuário fala do dilema do consumidor, confrontado com movimentos contrários ao consumo de lácteos e da evolução das campanhas de marketing do leite em uma perspectiva global, incluindo a experiência exitosa do “Movimento Beba Mais Leite”.

“O Anuário do Leite 2024 é uma publicação que permite entender o passado recente e os principais desafios para construir as bases para um futuro promissor”, conclui Elizabeth Fernandes. Futuro que, segundo ela, será baseado na soma de esforços organizados pelos diversos atores da cadeia produtiva do leite. Fonte: Embrapa Gado de Leite


Jogo Rápido

Cadeia produtiva do leite teve muitos prejuízos com as inundações
O vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado (Sindilat-RS), Alexandre Guerra, fez um balanço das perdas da cadeia produtiva do leite. Destacou que o setor já vinha enfrentando dificuldades há algum tempo. Ouça aqui. (AGERT)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 11 de junho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.155


Produtores que tiveram perdas na calamidade podem obter crédito com subvenção

Os escritórios municipais da Emater/RS-Ascar estão prontos para atender aos agricultores e produtores rurais que precisam encaminhar novos financiamentos neste contexto de calamidade. A partir da publicação da portaria nº 835 do Ministério da Fazenda, novas linhas de crédito oferecem subvenção econômica em forma de desconto.

A medida atende agricultores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). Para encaminhar projeto e obter crédito, os produtores gaúchos podem contar com os extensionistas da Emater/RS-Ascar, aptos a auxiliar, informar, planejar e elaborar laudos técnicos, quando necessários. 

O coordenador da Área de Crédito Rural e assessor especial da Diretoria Técnica da Emater/RS-Ascar, engenheiro agrônomo Célio Colle, explica que esse recurso será aplicado no planejamento das atividades de recuperação. Podem solicitar crédito para investimentos de  municípios em situação de calamidade e emergência, que tiveram mais de 30% de perda na estrutura produtiva da sua unidade de produção rural, com destaque para máquinas, equipamentos, construções, instalações, animais e solos das áreas de produção agrícola e pecuária.

“Nós estamos fazendo laudos para os agricultores e encaminhando projetos, dentro da lógica da Extensão Rural, do crédito assistido, que além do projeto técnico/econômico queremos acompanhar a sua aplicação e o retorno da melhor maneira possível”,  afirma Colle. O prazo para a contratação se encerra em dezembro de 2024.

Renegociação de operações de crédito

Duas resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN) já haviam sido publicadas para autorizar renegociações de operações de crédito rural contratadas por agricultores familiares, médios e demais produtores cuja renda da atividade tenha sido prejudicada por adversidades climáticas ou dificuldades de comercialização. 

A primeira, de 28 de março de 2024, autorizou a renegociação de investimentos atrelados à cultura da soja, milho e leite, com parcelas vencidas ou por vencer, com prazo final de envio até 30/05/2024. A segunda, publicada em 10 de maio de 2024, permite a prorrogação das operações de estabelecimentos rurais localizados em municípios com decretação de situação de emergência ou calamidade pública para 15 de agosto de 2024. (SEAPI)


Trabalhadores fazem a limpeza do parque Assis Brasil para a Expointer

Trabalhadores da Secretaria da Agricultura, funcionários e terceirizados de permissionários do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, trabalham, espalhados pelo complexo, para reconstituir as áreas afetadas pelas enchentes de maio. Basta um passeio pelo local para perceber a extensão dos alagamentos e o tamanho da mobilização que será necessária para fazer a Expointer abrir os portões no dia 24 de agosto. A data ainda não está confirmada, e os organizadores seguem dialogando para bater o martelo.

Uma montanha de entulho acumulado durante a limpeza é sistematicamente removida, mas ainda há muito a fazer. E, para isso, o cenário é de obras por todo lado. O local foi fechado no dia 30 de abril, quando o impacto das águas chegou pelos fundos do parque e com velocidade, relatam trabalhadores que agora retomam a manutenção. E, de ponta a ponta, inundou todas as áreas baixas do local.

Nos espaços dos pavilhões da Agricultura Familiar, Internacional, do gado leiteiro e de corte, dos ovinos e equinos, as marcas nas paredes apontam a altura que a água atingiu, variando entre 80 centímetros e 1,5 metro, aproximadamente. Madeiras úmidas nos bretes e baias e os  vidros sujos e engordurados nas construções de permissionários também são sinais da catástrofe. E até pelo chão os danos podem ser constatados. Equipes trabalham na revisão das tubulações hídricas pelos corredores de circulação de veículos e pedestres.

Lava-jatos por compressão limpam paredes, janelas e o chão de lojas, restaurantes e passeios. Colchões e outros objetos são espalhados ao sol, na esperança de serem salvos, mas muitos não poderão ser reaproveitados.

Quem também corre contra o tempo é a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos crioulos (ABCCC). Trabalhadores estão trabalhando na retirada do lixo, lavagem e desinfecção de todas as cocheiras para, posteriormente, receberem camas novas para os animais, diz o presidente, César Hax.

Na Casa do Sindilat, será preciso refazer a pintura interna e externa, além de recuperar refrigeradores. Os danos foram poucos, porque boa parte  dos materiais já costuma der armazenada em espaços mais altos. E todo o sistema elétrico foi refeito no ano passado, igualmente acima  do nível que a água alcançou.

"Estamos trabalhando na higienização. Mas dá uma tristeza e um desânimo imaginar que a Expointer poderá estar acontecendo em um espaço cujo entorno foi muito prejudicado. Há famílias que vivem próximas ao parque e que sofreram drasticamente", lamenta o secretário executivo da entidade, Darlan Palharini.

No outro lado da rua, as associações de criadores também foram atingidas. Um deles foi a sede e o restaurante da Associação Brasileira de Limousin. A entidade está no parque desde 1994, sempre aos cuidados do ecônomo do restaurante, Beto Barcellos. Em 2023, ele reformou o local, se antecipando para as comemorações dos 30 anos no local.

"A água entrou um metro no restaurante e na sede. Pela força, virou freezer, botijões de gás, danificou buffets e balcões. Na sede da raça, tapetes e sofás, por exemplo, também estragaram. Nesta quarta-feira (12) vamos começar a limpeza, tem uma lâmina de barro sobre o piso", lamenta o comerciante.

Ele estima prejuízo de pelo menos R$ 70 mil somente com equipamentos do restaurante, mas sabe que o gasto será maior.

Apesar dos estragos e do ambiente triste, a associação da raça apoia a realização da Expointer, admitindo adiamento para a última semana de setembro e primeira de outubro, diz o ex-presidente e hoje diretor Edegar Lima. (Jornal do Comércio)

Prorrogado para o dia 30 de junho o prazo de inscrições para o 3º Prêmio Referência Leiteira

Com o objetivo de fortalecer a produção leiteira gaúcha frente às tragédias provocadas pelas chuvas, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), juntamente com a Emater/RS e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR) estabeleceram a prorrogação para o dia 30 de junho do prazo de inscrições para o 3º Prêmio Referência Leiteira, categoria Cases.

“Diante de tantas adversidades enfrentadas em diversos setores, o leite gaúcho estará mobilizado através da premiação para valorizar e fomentar quem produz, ajudando tanto na divulgação das melhores práticas quanto na propagação de ações inspiradoras na produção”, assinala o presidente da comissão do Prêmio Referência Leiteira, Jaime Eduardo Ries, da Emater/RS. O regulamento e a Ficha de Inscrição estão disponíveis nos escritórios municipais da Emater/RS e também podem ser acessadas no site do SINDILAT/RS.

Vice-coordenador da premiação, Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS, explica que podem participar as propriedades que estejam estabelecidas no Rio Grande do Sul, que comercializem leite cru in natura para indústria ou que processem o leite em agroindústria própria. “Na categoria de Cases, as melhores práticas da produção leiteira serão destacadas em seis categorias: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira”, explica.

Conforme o regulamento, cada propriedade pode se inscrever em apenas uma das categorias através do envio das informações solicitadas no regulamento, em remessa única, por correio eletrônico, à Emater/RS (jries@emater.tche.br) e ao Sindilat (sindilat@sindilat.com.br). O resultado será divulgado durante a Expointer 2024. (Assessoria de imprensa do SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

PORTARIA MAPA Nº 687, DE 10 DE JUNHO DE 2024
Autorização de medidas excepcionais para as pessoas jurídicas, inclusive cooperativas participantes do Programa Mais Leite Saudável - PMLS, localizadas no estado do Rio Grande do Sul, devido ao reconhecimento do estado de Calamidade Pública. Acesse na íntegra clicando aqui.  (DOU)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 10 de junho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.154


Emater/RS-Ascar auxilia no repasse de doações para bovinos de leite no RS

Após os prejuízos causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, que atingiram diversos setores produtivos, a Emater/RS-Ascar contribui com a distribuição de alimentos destinados ao rebanho leiteiro gaúcho. Os produtos são doações vindas de outras regiões do RS e de outros estados do Brasil, como Paraná e Santa Catarina, e incluem feno pré-secado e silagem.

As enchentes e as chuvas intensas ocorreram no período em que os produtores rurais do RS realizam o cultivo das plantas forrageiras de inverno, como a alfafa e o azevém, que servem como alimento específico para o gado leiteiro. O extensionista Jaime Ries, zootecnista e assistente técnico estadual em Bovinocultura de Leite da Emater/RS-Ascar, destaca a importância das doações, ao afirmar que as forrageiras são a base da produção de leite gaúcha.

As doações são de caráter emergencial e priorizam produtores e rebanhos afetados e em situação crítica. Ries explica que alguns produtores não conseguiram realizar o plantio das forrageiras a tempo, e que outros conseguiram, mas não obtiveram o desenvolvimento esperado ou não puderam soltar seus rebanhos para o pastejo por conta do barro. Muitos terão de refazer o plantio de suas pastagens e lidar com os problemas causados à saúde dos animais durante os eventos climáticos ocorridos.

“Tememos que esse seja, talvez, o empurrãozinho que faltava para que mais pessoas desistam da bovinocultura leiteira”, pontua Ries.

O zootecnista estima um atraso de 45 dias na produção leiteira do Estado, já impactada pela estiagem há três anos, e que também foi atingida por enchentes e chuvas no segundo semestre do ano passado. Nos últimos oito anos, 51% dos produtores de leite vinculados às indústrias do RS deixaram a atividade, insatisfeitos pela rentabilidade. As regiões mais afetadas em termos de coleta de leite são o Vale do Taquari, a Quarta Colônia, o Vale do Rio dos Sinos e o Alto da Serra do Botucaraí, muitas ainda sem luz e com dificuldade de tráfego pelas estradas.

A Emater/RS-Ascar realiza levantamentos de dados para embasar os laudos de perdas dos municípios, além de operacionalizar as políticas públicas das secretarias estaduais de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). A Instituição está aberta ao produtor rural para ajudá-lo a planejar e reorganizar suas estratégias de produção e investimento. (Notícias Agricolas)


Chocolate, salgadinho e sorvete deviam estar no ‘Imposto do Pecado’, defende o Banco Mundial

Organização afirma que incluir alimentos ultraprocessados no Imposto Seletivo da reforma tributária reduz consumo, traz ganhos de renda e diminui despesas com saúde

BRASÍLIA - Cobrar mais impostos sobre chocolate, pacote de salgadinho, sorvete e outros alimentos ultraprocessados pode trazer benefícios para a população e para o governo, de acordo com estudo do Banco Mundial. A organização afirma que a inclusão desses produtos no Imposto Seletivo da reforma tributária tem o potencial de reduzir o consumo desses itens - considerados prejudiciais à saúde -, liberando renda para produtos mais saudáveis e diminuindo os gastos com o sistema de saúde, principalmente entre a população mais pobre.

A reforma tributária, aprovada pelo Congresso no ano passado, institui o Imposto Seletivo (apelidado de “Imposto do Pecado”) para aumentar a tributação de produtos que fazem mal à saúde e causam danos ao meio ambiente. O projeto enviado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para regulamentar a mudança neste ano incluiu alguns itens nessa relação, como cigarros, bebidas alcoólicas e refrigerantes, mas deixou de fora a maioria dos alimentos ultraprocessados.

Em vez de incluir os ultraprocessados no Imposto Seletivo, o governo decidiu cobrar a alíquota cheia do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), uma média de 26,5%, sobre esses produtos. Na prática, a cobrança será maior do que a aplicada em alimentos da cesta básica e produtos in natura, como arroz, feijão e frutas, mas será menor do que se estivesse incluído no Imposto Seletivo. A exceção são os refrigerantes, que ficaram no Seletivo, e a margarina, que ficou com imposto zero.

O assunto é polêmico. Cobrar impostos mais caros sobre salgadinhos, doces, barras de cereal, chocolates, sorvetes, bolachas ou biscoitos pode dar a entender que o governo quer que esses produtos sejam consumidos apenas pelas classes mais favorecidas. O projeto ainda vai passar pelo Congresso e pode ser alterado. O setor de refrigerantes, por exemplo, pressiona ela retirada do item do Imposto Seletivo.

Aumento de 20% no preço dos ultraprocessados reduz o consumo em 30%, diz Banco Mundial
Um aumento de preço de 20% nos alimentos ultraprocessados reduz o consumo em 30%, calcula o Banco Mundial. Os mais pobres sentem mais quando algo aumenta de preço e reduzem o consumo desse item, de acordo com a instituição. O estudo indica que os 10% mais pobres do Brasil reduziriam o consumo de ultraprocessados três vezes mais do que os 10% mais ricos, abrindo a possibilidade da substituição por alimentos mais saudáveis.

“É estimado que as camadas mais ricas passem a gastar mais, mas consumir menos esses produtos, enquanto os mais pobres, que já consomem menos ultraprocessados como proporção da sua dieta, vão também substituir esse consumo por produtos mais saudáveis, e isso leva a ganhos na saúde”, diz a especialista sênior em Saúde do Banco Mundial, Courtney Price.

O Banco Mundial não calculou qual seria o aumento de preço com o projeto da reforma tributária. Empresas tendem a deixar os itens mais caros quando pagam um imposto maior. A simulação de 20%, no entanto, aproxima o cenário da realidade de inclusão desses alimentos no Imposto Seletivo, de acordo com os pesquisadores.

O Banco Mundial estima que a população brasileira teria ganhos de renda com a redução de anos de vida perdidos, uma medida que estima o tempo de vida que uma pessoa perde por problemas de saúde. De acordo com o estudo, os 10% mais pobres teriam um ganho de renda de 3,5% com a redução de anos de vida perdidos relacionados a riscos alimentares. O aumento é nove vezes maior do que na parcela mais rica da população.

Além disso, haveria redução nas despesas médicas para todas as faixas de renda. A parcela mais carente da população diminuiria esses gastos em 6,82%, 55 vezes mais que o grupo mais rico, diminuindo inclusive a pressão sobre o Sistema Único de Saúde (SUS).

“Hoje, quem paga o custo da saúde somos nós, então esse custo tem de entrar no Imposto Seletivo. A população e o governo se beneficiariam muito com a redução desses custos. A tributação é boa para a saúde, para o meio ambiente e para a economia”, diz Bruna Hassan, nutricionista da ACT Promoção da Saúde, organização que defende a inclusão dos ultraprocessados no Imposto Seletivo. Estadão

Governo argumenta que ultraprocessados são consumidos pelos mais pobres e, por isso, ficaram fora do Imposto Seletivo

O governo Lula argumenta que os alimentos ultraprocessados são consumidos pelas pessoas mais pobres e, portanto, uma tributação excessiva iria prejudicar essa parcela da população. Apesar disso, a maioria dos produtos classificados dessa forma ainda é consumida em níveis mais elevados pelos mais ricos e terá uma tributação cheia do IVA, sem descontos.

“A maior parte dos alimentos que ficaram na alíquota cheia são os ultraprocessados e que hoje majoritariamente são consumidos por ricos. Isso foi definido por critérios objetivos, não foi feito no chute”, afirmou o secretário extraordinário da reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, ao enviar o projeto de regulamentação, em abril.

O Banco Mundial concorda com o diagnóstico, mas afirma que a proposta do governo não é suficiente. A instituição alerta para o aumento do consumo desses alimentos por grupos da população rural, mais pobre e de menor escolaridade. Isso indica que o Brasil deveria aproveitar uma “janela de oportunidade” para aumentar a tributação e impedir que o País consuma tantos alimentos prejudiciais à saúde e se aproxime de outras nações onde isso ocorreu.

“O que se quer é que esses alimentos não sejam consumidos”, afirma o economista sênior em Saúde do Banco Mundial, Roberto Iunes. “O ideal é que os ultraprocessados fossem incluídos no Imposto Seletivo. O que a reforma faz de positivo é que esses alimentos devem ficar mais caros que os itens in natura, então, resolve parcialmente o problema.” Estadão


Jogo Rápido

Leite: mercado interno enfrenta menor disponibilidade
Vamos falar sobre o mercado dos lácteos? Os derivados registram alta com menor disponibilidade interna. Nós conversamos com Glauco Carvalho, economista e pesquisador da Embrapa Gado de Leite. Assista aqui. (AgroMais) 

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 07 de junho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.153


Prorrogado para o dia 30 de junho o prazo de inscrições para o 3º Prêmio Referência Leiteira

Com o objetivo de fortalecer a produção leiteira gaúcha frente às tragédias provocadas pelas chuvas, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), juntamente com a Emater/RS e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR) estabeleceram a prorrogação para o dia 30 de junho do prazo de inscrições para o 3º Prêmio Referência Leiteira, categoria Cases.

“Diante de tantas adversidades enfrentadas em diversos setores, o leite gaúcho estará mobilizado através da premiação para valorizar e fomentar quem produz, ajudando tanto na divulgação das melhores práticas quanto na propagação de ações inspiradoras na produção”, assinala o presidente da comissão do Prêmio Referência Leiteira, Jaime Eduardo Ries, da Emater/RS. O regulamento e a Ficha de Inscrição estão disponíveis nos escritórios municipais da Emater/RS e também podem ser acessadas pelo link https://www.sindilat.com.br/site/2024/03/19/3o-premio-referencia-leiteira-cases-de-sucesso/

Vice-coordenador da premiação, Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS, explica que podem participar as propriedades que estejam estabelecidas no Rio Grande do Sul, que comercializem leite cru in natura para indústria ou que processem o leite em agroindústria própria. “Na categoria de Cases, as melhores práticas da produção leiteira serão destacadas em seis categorias: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira”, explica.

Conforme o regulamento, cada propriedade pode se inscrever em apenas uma das categorias através do envio das informações solicitadas no regulamento, em remessa única, por correio eletrônico, à Emater/RS (jries@emater.tche.br) e ao Sindilat (sindilat@sindilat.com.br). O resultado será divulgado durante a Expointer 2024. (Assessoria de imprensa do SINDILAT/RS)


Balança comercial de lácteos: importações voltam a apresentar recuo mais expressivo

Durante o mês de maio as importações de lácteos recuaram, gerando um avanço no saldo da balança comercial de lácteos. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo registrado no mês chegou a -142 milhões de litros em equivalente-leite, registrando um avanço mensal de 43,5 milhões de litros em relação a abril, conforme pode ser observado no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
As exportações de lácteos seguiram apresentando uma tendência de queda no último mês. Com 4,4 milhões de litros em equivalente-leite exportados em maio, a queda mensal foi de 15%, ficando também abaixo do resultado obtido em maio de 2023, conforme mostra o gráfico 2, sendo esse o menor volume exportado desde julho de 2019.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
As importações de maio apresentaram um importante recuo mensal. Ao todo, foram importados 146,3 milhões de litros em equivalente leite, registrando uma queda mensal de 23% e o menor volume dos últimos 12 meses, como mostra o gráfico 3.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
Em relação às categorias importadas no último mês, diversos produtos apresentaram recuos em seus volumes importados, entre eles se destacam os leites em pó integral e desnatado, que apresentaram quedas de 31% e 38%, respectivamente.

Outros produtos de menor relevância dentro das importações também recuaram durante o mês de maio, como os iogurtes, os leites modificados e outros produtos lácteos.

Em contrapartida, o doce de leite apresentou avanço em suas importações, de 12%.

Sobre as exportações, a categoria de maior relevância foi o soro de leite, que apresentou um avanço mensal de 26% em seu volume exportado. Para o leite em pó integral também foi observado um aumento em suas exportações, de 25%, enquanto o avanço para o leite UHT foi de 24%.

Dentre os produtos de menor relevância nas exportações, o leite em pó semi-desnatado e o leite evaporado apresentaram fortes avanços percentuais, de 137% para o leite em pó e 100% para o leite evaporado.

Enquanto as exportações de iogurtes (-50%), manteigas (-19%) e queijos (-10%) apresentaram recuos no último mês.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de maio e abril de 2024.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em maio de 2024

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em abril de 2024

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.
 
O que podemos esperar para os próximos meses?

Diante do forte movimento de alta dos preços dos derivados lácteos no país, o custo de aquisição dos produtos importados ganhou mais competitividade durante o último mês. No caso dos leites em pó, os produtos importados já eram mais competitivos em preço, com a diferença no custo de aquisição aumentando e favorecendo ainda mais os produtos de fora do Brasil, enquanto para a muçarela, o produto local estava até então sendo mais competitivo, perdendo nas últimas semanas sua posição mais favorável para as compras brasileiras.

Sendo assim, são criados indicativos de que nos próximos 2 a 3 meses (considerando o período entre uma negociação e chegada efetiva do produto) as importações podem apresentar algum avanço em relação ao patamar atual.
Além disso, deve ser levado em consideração que, apesar do recuo anual na produção de leite na Argentina e Uruguai, principais fornecedores brasileiros, no mês a mês deve haver um crescimento sazonal na disponibilidade de leite, o que colabora para esse cenário de futuro aumento nas importações.

Em contrapartida, existem fatores limitantes, como os decretos federais e estaduais, que entraram em vigor neste ano justamente para limitar as importações brasileiras de lácteos. (Milkpoint)

Chapada sedia oitava edição do Seminário Regional de Bovinocultura de Leite, diz Emater/RS

Para enfrentar os desafios da cadeia produtiva da bovinocultura de leite, especialmente no atual cenário enfrentado em todo o Estado do RS, a Emater/RS-Ascar direciona suas ações para a qualificação da atividade. Na região Norte, a oitava edição do Seminário Regional de Bovinocultura de Leite foi realizada nesta quarta-feira (05), no município de Chapada, reunindo mais de 380 participantes no Pavilhão Católico Pe. Waldemar Engster.

O Seminário foi promovido pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), com apoio da Prefeitura Municipal de Chapada, Programa Orientador de Desenvolvimento Econômico (Pode), Cooperativa Santa Clara e Rádio Simpatia, além de contar com o patrocínio de 22 entidades e empresas envolvidas com o setor.

“Na região Norte do Estado, as fortes chuvas causaram grandes prejuízos na produção de pastagem, causando erosão e dificuldade na produção de forragem para a bovinocultura de leite. Por isso, nesta oitava edição do seminário, um dos temas é justamente esse, como produzir pasto com maior qualidade e menor custo de produção. Nosso intuito é preparar os produtores para poderem recuperar suas pastagens, potencializar sua produtividade e também obter melhor renda na atividade leiteira”, salientou o gerente regional da Emater/RS-Ascar, Luciano Schwerz.

“É um evento que acontece de forma itinerante na nossa região, abordando sempre temas do momento, para trazer cada vez mais conhecimento e informação para os produtores e para as equipes técnicas. Por isso, nesta edição selecionamos temas como Defesa Sanitária Animal, gestão da atividade, a parte de reprodução, além do enfoque no cenário e perspectivas da atividade leiteira, destacando mercado e preço. Temas desafiadores, mas que trazem importantes informações aos nossos agricultores”, destacou o coordenador regional de sistemas de produção animal da Emater/RS-Ascar, Valdir Sangaletti, que também apresentou o painel “Gestão do leite para além das planilhas”, durante o evento.

Defesa Sanitária Animal foi tema abordado pela médica veterinária e fiscal estadual agropecuária (IDA) de Carazinho, Camila Machado. Em seguida, o extensionista rural da Emater/RS-Ascar de Chapada, Erivelton Kreisig, apresentou a avaliação de resultados em manejo de pastagens de inverno, estudo realizado em propriedades do município.

“Nós trouxemos alguns resultados práticos que alcançamos aqui no município. É importante ressaltar que, quando o agricultor aduba bem o seu solo e começa bem, atribuindo a esse cultivo de pastagens de inverno quantidades de sementes, adubo formulado, aliada à uma questão de análise de solo e suficiência de nutrientes, nós temos resultados muito interessantes. Manejo interfere muito nos resultados da pecuária leiteira. Então, a pastagem, que é a base de sustentação das propriedades, ela é importante na medida em que barateia os custos e nós temos resultados que chegam a mais de 25 centavos por litro de leite, só com manejo na propriedade”, afirmou o extensionista.

A Cooperativa Santa Clara, apoiadora do seminário, através do seu médico veterinário e gerente do Departamento de Política Leiteira, Felipe Soares de Souza, apresentou o painel sobre manejo nutricional para controle de distúrbios metabólicos. (Emater/RS)


Jogo Rápido

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No23/2024 – SEAPI 
o tempo deve permanecer estável na maior parte do Estado, devido ao deslocamento do anticiclone migratório da semana passada que, até o momento, localiza-se no Oceano Atlântico. Ao longo do dia, as temperaturas devem se elevar gradativamente, e o fluxo de umidade marítima no setor oeste do anticiclone pode trazer nebulosidade com chances de chuvas isoladas para as regiões Sul e Campanha. Na sexta-feira (07/06), o tempo deve seguir o mesmo padrão do dia anterior, novamente com possibilidades de chuvas isoladas no Estado devido à proximidade do setor oeste do anticiclone junto ao litoral do RS. Durante a tarde, as temperaturas devem ser mais elevadas, principalmente na Fronteira Oeste. No sábado (08/06), o tempo deve permanecer estável em todo o RS, sendo observada a contínua elevação das temperaturas no decorrer do dia. Nas regiões da Campanha e Sul, pode haver mais nebulosidade ao longo da fronteira com o Uruguai, com possibilidade de ocorrer precipitação de intensidade fraca devido à aproximação de uma frente fria. No domingo (09/06), o padrão de tempo estável sobre o RS pode ser rompido por conta do deslocamento de uma frente fria associada à formação de um ciclone no sudoeste do Oceano Atlântico, próximo ao litoral da Argentina. As nebulosidades entre as regiões Sul, Campanha, Fronteira Oeste e Região Central podem proporcionar possibilidade de chuvas isoladas. A tendência para o início da semana é de temperaturas elevadas e com possibilidade de chuvas de pequena intensidade. Na segunda-feira (10/06), o deslocamento da frente fria em direção ao RS pode ocasionar chuvas no sul do estado. Na terça-feira (11/06) e na quarta-feira (12/06), o mesmo padrão deve seguir, no entanto, com probabilidade de precipitação de intensidade leve sobre a Região Sul, Campanha e Fronteira Oeste.Para os próximos 7 dias os prognósticos indicam precipitação sobre o Extremo Sul do RS, onde
podem ser registradas chuvas isoladas de até 10 mm. (SEAPI)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 06 de junho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.152


Principais destaques do evento: O Grito da Cadeia Láctea

O Grito da Cadeia Láctea  - Representantes do setor lácteo e lideranças políticas realizaram uma mobilização na semana do Dia Mundial do Leite com foco na Regulamentação da Reforma Tributária. Veja os principais números e destaques do evento. 

O evento realizado pelo G100, ABIQ, ABLV e Viva Lácteos em conjunto com a Câmara dos Deputados, que teve início ontem (04) em um Jantar com a presença de associados das entidades realizadoras do evento e 20 deputados, mostrou a importância socioeconômica da Cadeia Láctea para o Brasil. 

Baseado em dados históricos econômicos e sociais do país, comparados aos principais indicadores do Leite; dados nutricionais; falas de especialistas; e muitos apoiadores, as reinvindicações foram postas. 

No dia 05/06/24, na segunda parte do evento, as bandeiras dos treze Sindicatos Estaduais das Indústrias de Laticínios (RN, RS, SP, MG, SC, PR, GO, MS, MG, RJ, PE, AL, BA) na entrada do Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, indicavam o apoio ao movimento " O Grito da Cadeia Láctea" 

Durante o evento foi entregue um folder impresso e, mantido no telão do auditório um vídeo, em ambos explicando os assuntos que estavam sendo discutidos (clique aqui para baixar o folder). Também, cinco empresas de laticínios (Diolac, Italac, Lactalis, Piracanjuba e Tirolez) presentes expuseram seus produtos por mais de 3 horas.

Dos vinte e nove Deputados que estiveram presentes, 23 se manifestaram em apoio às manifestações durante seus discursos. Os outros 6 não puderam permanecer. Veja a seguir a relação de deputados que manifestam o apoio: 

Um debate que foi muito importante foi contra a MP 1227/24 na qual proíbe a utilização de créditos de PIS/COFINS para pagamento de débitos das próprias empresas de laticínios (entre outras) de outros tributos federais, inclusive os previdenciários, e veda o ressarcimento, em dinheiro, de saldo credor decorrente de créditos presumidos de PIS/COFINS (leia a MP completa).

O Grito da Cadeia Láctea esteve em mais de 60 mídias nacionais nos últimos 25 dias, entre elas, canais de televisão; jornais; sites; blogs de notícias e na agência de notícias da Câmara dos Deputados. Veja aqui a entrevista do Dep. Reginaldo Lopes.

O evento teve apoio dos Sindicatos das Indústrias de Laticínios de treze estados, e a presença fisica dos presidentes do Sindicato de MG, GO, RS, RN, PE, BA e AL. Cerca de 100 pessoas de diversos laticínios também participaram presencialmente do evento. Mais de 180 pessoas no total.

No fim do evento, foi entregue uma carta assinada pelos presidentes do G100, ABIQ, ABLV e Viva Lácteos aos Deputados Arthur Lira (Presidente da Câmara dos Deputados), Ivair de Melo (Presidente da Comissão de Agricultura e Pecuária), Rafael Simões (Presidente da Comissão de Leite da CAPDAR), Pedro Lupion (Presidente da Frente Parlamentar da Agricultura) e Reginaldo Lopes (Membro do Grupo de Trabalho da Regulamentação da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados). Veja aqui o texto da Carta Aberta da Cadeia Láctea. (Terra Viva)


Trimestrais da pecuária: Aquisição de leite tem aumento de 3,3% em comparação anual

No 1º trimestre de 2024, a aquisição de leite cru foi de 6,21 bilhões de litros, equivalente a um aumento de 3,3% em relação ao 1° trimestre de 2023, e decréscimo de 4,4% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.

O acréscimo de 198,90 milhões de litros de leite captados em nível nacional é proveniente de aumentos registrados em 21 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. Em nível de Unidades da Federação, as variações positivas mais significativas ocorreram em: Minas Gerais (+116,11 milhões de litros), Paraná (+27,33 milhões de litros), Goiás (+24,29 milhões de litros), Rondônia (+18,81 milhões de litros), Rio de Janeiro (+5,73 milhões de litros) e Sergipe (+5,63 milhões de litros). Em compensação, os decréscimos mais relevantes ocorreram no Rio Grande do Sul (-41,78 milhões de litros), São Paulo (-37,05 milhões de litros) e Pernambuco (-5,96 milhões de litros).

Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 25,3% da captação nacional, seguida por Paraná (14,5%), Santa Catarina (12,6%) e Rio Grande do Sul (11,6%). (IBGE adaptado pelo SINDILAT/RS)

PIB cresce 0,8% no primeiro trimestre de 2024

PIB/24 - No primeiro trimestre de 2024, o PIB cresceu 0,8% frente ao quarto trimestre de 2023, na série com ajuste sazonal. Pela ótica da produção, os destaques foram Serviços (1,4%) e Agropecuária (11,3%), enquanto a Indústria ficou estável (-0,1%).

O PIB totalizou R$ 2,7 trilhões no primeiro trimestre de 2024, sendo R$ 2,4 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 361,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. No mesmo período, a taxa de investimento foi de 16,9% do PIB, abaixo dos 17,1% registrados no primeiro trimestre de 2023. Já a taxa de poupança foi de 16,2%, ante 17,5% no mesmo trimestre de 2023.

Em relação ao 1º trimestre de 2023, o PIB avançou 2,5%. A Indústria (2,8%) e os Serviços (3,0%) avançaram no período, enquanto a Agropecuária (-3,0%) recuou.

Dentre as atividades industriais, houve queda nas atividades de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,6%), Construção (-0,5%) e Indústrias Extrativas (-0,4%). Já a Indústria de Transformação (0,7%) teve desempenho positivo.

Nas atividades de Serviços houve crescimento em Comércio (3,0%), Informação e comunicação (2,1%), Outras atividades de serviços (1,6%), Atividades imobiliárias (1,0%) e Transporte, armazenagem e correio (0,5%). Por outro lado, houve estabilidade nas atividades de Intermediação financeira e seguros (0,0%) e Administração, saúde e educação pública (-0,1%).

Pela ótica da despesa, a Despesa de Consumo das Famílias (1,5%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (4,1%) se expandiram, enquanto a Despesa de Consumo do Governo (0,0%) registrou estabilidade.

Quanto ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram variação positiva de 0,2% ao passo que as Importações de Bens e Serviços cresceram 6,5%.

Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, o PIB cresceu 2,5% no primeiro trimestre de 2024. O Valor Adicionado a preços básicos subiu 2,3% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram em 3,4%.

Entre as atividades, a Agropecuária recuou 3,0% em relação a igual período do ano anterior. Apesar da contribuição positiva da Pecuária, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), alguns produtos agrícolas, cujas safras são significativas no primeiro trimestre, apresentaram queda na estimativa de produção anual e perda de produtividade: soja (-2,4%), milho (-11,7%), fumo (-9,6%), e mandioca (-2,2%).

A Indústria cresceu 2,8%. As Indústrias Extrativas (5,9%) registraram o melhor resultado, sendo afetadas pela alta tanto da extração de petróleo e gás como de minério de ferro. Houve destaque também na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (4,6%), com destaque para o consumo residencial.

A Construção (2,1%), por sua vez, teve a segunda alta consecutiva corroborada pelo aumento da ocupação na atividade e da produção dos insumos típicos. A Indústria de Transformação (1,5%) teve o menor crescimento nessa comparação, puxada pela alta na fabricação de coque e produtos derivados de petróleo e biocombustíveis; produtos alimentícios e bebidas.

O setor de Serviços cresceu 3,0% ante o mesmo período de 2023, com altas em todas as suas atividades: Outras atividades de serviços (4,7%), Informação e comunicação (4,6%), Atividades Imobiliárias (3,9%), Comércio (3,0%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,5%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,3%), Transporte, armazenagem e correio (0,4%).

No primeiro trimestre de 2024, tanto a Despesa de Consumo das Famílias (4,4%) quanto a Despesa de Consumo do Governo (2,6%) tiveram alta ante o primeiro trimestre de 2023.

A Formação Bruta de Capital Fixo avançou 2,7% no primeiro trimestre de 2024, apresentando alta após três quedas consecutivas. O crescimento das importações de bens de capital, o desempenho positivo da construção e o aumento do desenvolvimento de sistemas suplantaram a queda na produção interna de bens de capital.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram alta de 6,5%, enquanto as Importações de Bens e Serviços avançaram 10,2% no primeiro trimestre de 2024.

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2024 apresentou crescimento de 2,5% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou do avanço de 2,6% do Valor Adicionado a preços básicos e de 2,0% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (6,4%), Indústria (1,9%) e Serviços (2,3%).

Dentre as atividades industriais, as Indústrias Extrativas (8,2%) e Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (5,9%) apresentaram crescimento, enquanto a Construção (-0,3%) e a Indústria da Transformação (-0,6%) recuaram.

Nos Serviços, houve resultados positivos em todas as atividades: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (5,7%), Atividades imobiliárias (3,2%), Outras atividades de serviços (2,7%), Informação e comunicação (2,3%), Transporte, armazenagem e correio (1,6%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,3%) e Comércio (1,0%).

Na análise da demanda, houve altas na Despesa de Consumo das Famílias (3,2%) e na Despesa de Consumo do Governo (2,1%), e queda na Formação Bruta de Capital Fixo (-2,7%).

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 9,0%, enquanto as Importações de Bens e Serviços apresentaram elevação de 0,8%. (IBGE)


Jogo Rápido

Produtores de leite reivindicam alíquota zero na reforma tributária
Produtores de leite - Em meio às comemorações do Dia Mundial do Leite, em 1º de junho, produtores de leite de todo o país mobilizam-se por alíquota zero para seus produtos na cesta básica, como parte da reforma tributária. A reivindicação inclui também um crédito presumido de 100% para produtores não contribuintes. A Câmara dos Deputados sediará dois eventos sobre o tema: o 3º Encontro dos Produtores Brasileiros de Leite, em 4 de junho, e o “Grito da Cadeia Láctea”, em 5 de junho. Atualmente, 99% dos municípios brasileiros estão envolvidos na produção de leite. O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), vice-líder do governo no Congresso e coordenador do grupo de trabalho que trata desse tema na Câmara dos Deputados, defende a importância das reivindicações para fortalecer o setor. Atualmente, 22 produtos lácteos já possuem alíquota zero, com crédito presumido de 50% para os produtores. (Canal Rural)