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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 02  de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.364


Frencoop e Sistema Ocergs apresentam agenda institucional para 2025

Com o objetivo de fortalecer o relacionamento entre o setor cooperativo e os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, o Sistema Ocergs, em parceria com a Frencoop-RS, apresentou, nesta terça-feira (1º), na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre, a Agenda Institucional do Cooperativismo Gaúcho para 2025.  O documento elenca as prioridades dos setes ramos do segmento no Estado, com destaque para o Agropecuário. 

Participaram do evento o presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann; o presidente da Assembleia Legislativa, Pepe Vargas (PT); o coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, Eduardo Queiroz e o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, além de deputados estaduais e lideranças do setor. 

Coordenador da Frencoop-RS, o deputado estadual Elton Weber (PSB) destacou como demanda comum a todos os ramos a regulamentação e transição da Reforma Tributária, especialmente na aferição da alíquota do regime geral que não resulte em encargo excessivo ao setor produtivo e a competitividade dos produtos e serviços gaúchos.  

E enfatizou a urgência em resolver os passivos provocados pelas secas e enchentes sobre as cooperativas agropecuárias. “Precisamos reestabelecer as condições para que as cooperativas continuem crescendo e colaborando como protagonistas para sustentação da economia gaúcha. Este parlamento é um parlamento cooperativo. De uma ou outra forma, diariamente, os 55 deputados estão trabalhando pelo cooperativismo” 

Já o presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann chamou a atenção para a importância da adimplência das cooperativas para o pleno desenvolvimento do Estado.” "Temos defendido o alongamento das dívidas rurais, para que o produtor possa voltar à adimplência e fazer seus investimentos. Sabemos dos desafios de adaptação frente às mudanças climáticas, mas, antes, precisamos equacionar a questão do endividamento. Para além do agro, trabalharemos em conjunto com os entes públicos as pautas prioritárias para cada um dos ramos do cooperativismo em 2025." 

Ramos Cooperativos: 

● Agropecuário 
● Crédito 
● Consumo 
● Saúde 
● Infraestrutura 
● Trabalho, Produção de Bens e Serviços 

● Transporte  

As informações são da Assembleia Legislativa do RS
 

O poder de compra do leite em 2024

O poder de compra do leite é um indicador que aponta a quantidade de leite necessária para aquisição de insumos utilizados na atividade primária leiteira em um período determinado. Mas como se comportou esse indicador em 2024? Confira!

O poder de compra do leite é um indicador que aponta a quantidade de leite necessária para aquisição de insumos utilizados na atividade primária leiteira em um período determinado. É a relação entre o preço do insumo no mercado à vista e o valor recebido pelo produtor por cada litro de leite. Quanto maior o resultado, mais litros de leite o produtor precisa dispor para adquirir determinado insumo e vice-versa. 

Este artigo analisa as flutuações do poder de compra de diferentes insumos utilizados na produção leiteira e suas implicações diretas para os produtores, entre janeiro e dezembro de 2024. Os valores médios do litro de leite recebido pelo produtor foram obtidos junto ao Cepea/USP e os preços dos insumos foram coletados mensalmente pelo Centro de Inteligência do Leite da Embrapa no comércio varejista. Todos os preços são válidos para o estado de Minas Gerais. Este estudo apresenta a sua evolução durante o período analisado.

O preço recebido pelo litro de leite variou significativamente ao longo do ano de 2024. Por outro lado, os preços dos insumos oscilaram de forma menos expressiva, variando negativamente boa parte do período analisado. Assim, o poder de compra apresentou relação benéfica ao produtor em todo o período, favorecendo a rentabilidade do produtor.
 
Os preços do leite ao produtor mineiro foram crescentes entre jan/24 e set/24, quando atingiu o maior preço da série. Apresentou variações negativas nos últimos três meses do ano. Mesmo o recorde de importação de produtos lácteos de 2024 não foi suficiente para barrar o aumento significativo nos preços pagos ao produtor. O aumento da massa de rendimento da população brasileira com o consequente aumento do consumo de lácteos contribuiu para esse cenário de crescimento da rentabilidade do produtor. (Figura 1).

Figura 1 – Evolução do Índice de Preço Recebido pelo Produtor (IPR) pelo litro de leite e do Índice de Custo de Produção do Leite (ICPLeite/Embrapa), em Minas Gerais, entre jan/2024 e dez/2024 (dez/2023 = 100).
 

Fonte: Embrapa (2025). 

A variação acumulada do custo de produção do leite em 2024 foi de 2,1%. Embora o ano tenha apresentado uma inflação contida, as oscilações verificadas entre os meses apresentaram volatilidade significativa. Foram 8 meses com variações positivas contra quatro meses de negativas. A expressiva redução nos preços dos grãos que ocorreu entre fev/24 e abril/24, causada pela boa safra brasileira e pela queda dos preços internacionais, foi determinante para conter o índice de custo de produção, que acumulou variação negativa até ago/24, tornando-se positiva a partir de set/24.

Houve fortes variações nos preços dos itens que compõem este índice. O preço de 50 kg de adubo 20:05:20 apresentou expressiva queda de 63%, saindo de R$ 142,58 em jan/24 e chegando a R$ 87,44 em jun/24; o saco de 50 kg de fubá custava R$ 77,13 em jan/24 e nos meses de abri/24 e mai/24, R$ 56,45, registrando variação negativa de 37%. O preço de cinco litros de glifosato oscilou de R$ 155,48 para R$ 125,78 entre jan/24 e jul/24, mantendo-se estável até ou/24. No entanto, esse preço se recuperou nos últimos dois meses do ano, fechando 2024 em R$ 153,96/galão.

Comparando o primeiro ao último mês de 2024, verifica-se que o poder de compra do litro de leite melhorou para a aquisição de nove dos dez itens pesquisados. As melhorias mais expressivas foram encontradas no adubo 20:05:20 (redução de 67,56 litros para 39,10 litros de leite para aquisição de 50 kg do produto), no fubá (de 36,55 para 26,36 litros de leite para o saco de 50 kg) e no saco de 50 kg de soja (de 66,68 para 44,63 litros de leite). A relação se tornou mais desfavorável somente para o saco de 50 kg de farelo de algodão, que variou de 21,67 litros para 32,4 litros de leite. Estas informações estão contidas no Quadro 1 que destaca, em vermelho, os meses em que a relação de troca foi pior para o produtor de leite e, em verde, os meses em que ela foi mais favorável a ele.
 
O poder de compra do leite apresentou sua melhor relação em set/24, quando o maior número de insumos exigiu a menor quantidade de litros de leite para sua aquisição. Por exemplo, neste mês foram necessários apenas 44,63 litros de leite para comprar 50 kg de soja. Esta proporção havia alcançado 66,68 em jan/24. Também neste mês o poder de compra do glifosato atingiu 42,03, significativamente inferior aos 73,67 litros observados no primeiro mês da série, e concentrado mineral também atingiu seu mínimo, registrando 42,95. 

A pior relação para o produtor foi verificada em jan/24, quando o preço médio que o produtor recebeu pelo litro do leite foi o menor da série. Naquele momento, foram necessários 33,9 litros de leite para adquirir 5 litros de sanitizante, 2,72 litros de leite para custear um litro de óleo diesel e 43,05 litros para adquirir 50 kg de ração para vaca em lactação 22% PB. 

A relação de troca do litro de leite por insumos produtivos teve expressiva melhoria ao longo do ano de 2024. A combinação entre a inflação de custos contida e a expressiva alta no preço recebido pelo litro de leite culminou em uma maior rentabilidade, criando um cenário mais favorável para o produtor. No entanto, o aumento da taxa de câmbio pode encarecer as commodities e pressionar os custos de produção. Ademais, o preço recebido pelo litro de leite vem caindo no último trimestre indicando arrefecimento ou mesmo reversão desse cenário tão favorável ao produtor. 

As informações são da Embrapa Gado de Leite.

Alimentação saudável | Geração Z e Moo-llennials bebem mais leite do que nunca

Uma nova pesquisa da Dairy Australia revelou que as gerações Z e Millennials estão bebendo mais leite do que nunca.

Os dados mostram que pessoas entre 18 e 34 anos aumentaram em média 11% o consumo diário de leite nos últimos seis meses.

Além disso, 85% dos australianos consideram os laticínios alimentos saudáveis e nutritivos, um recorde histórico para o setor.A nutricionista da Dairy Australia, Kristina Gorgievska, explicou que, apesar dos diferentes motivos que levam os consumidores a escolherem leite, queijo e iogurte, todos compartilham a percepção de que esses alimentos oferecem diversos benefícios à saúde.

“Inúmeros australianos preocupados com a saúde estão reconhecendo os benefícios nutricionais dos laticínios como alimentos completos. As pessoas buscam nos laticínios um reforço natural de nutrientes, e sem dúvida as redes sociais influenciam essa tendência”, afirmou.

“Tendências como os alimentos funcionais impulsionam o consumo de laticínios por seus benefícios à saúde, seja pelo aporte de probióticos para o intestino ou pela alta concentração de proteínas.”

Além disso, a crescente preocupação com o consumo de proteínas coloca os laticínios no centro das atenções.

Gorgievska destacou que os laticínios oferecem naturalmente 10 nutrientes essenciais, consolidando sua reputação como alimentos indispensáveis para a saúde.

Os dados mais recentes, de 2023-2024, indicam que os australianos consomem em média 88 litros de leite, 12,5 kg de queijo e 10 kg de iogurte por ano.

Harvey Reporter - Traduzido e adaptado para eDairyNews 


Jogo Rápido

Investimento | COOPAR/POMERANO amplia armazenamento com novo silo isotérmico na BR 116
A COOPAR/POMERANO, indústria de laticínios localizada na BR 116, ampliou sua capacidade de armazenamento com a instalação de um Silo Isotérmico de Armazenagem. O novo silo, com capacidade para 75 mil litros, pode ser utilizado para armazenar tanto leite quanto soro. Este investimento é parte de um esforço contínuo da cooperativa para aprimorar suas unidades e garantir produtos de qualidade, representando o compromisso da COOPAR/POMERANO com o desenvolvimento da região de São Lourenço do Sul e arredores. (Edairy)


 
 
 

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Porto Alegre, 01º de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.363


Cepea: concorrência eleva 3,3% o preço do leite em Fevereiro

Dados do CEPEA apontam alta de 3,3% no preço do leite de fevereiro, reflexo da maior concorrência entre indústrias frente à menor oferta. Confira os principais destaques

A média Brasil do preço do leite captado em fevereiro fechou em de R$ 2,7734 por litro, segundo pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, representando uma alta de 3,3% em relação ao mês anterior e de 18,1% comparado ao mesmo período do ano passado (valores deflacionados pelo IPCA do mês).

Este é o segundo mês consecutivo de valorização do leite cru, impulsionada pela maior competição entre as indústrias pela matéria-prima, o que tem gerado uma pressão de alta nos preços, conforme mostrado no gráfico abaixo

Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de fevereiro/2025).

O aumento da concorrência pela compra do leite cru, por sua vez, se explicou pela diminuição da oferta no campo neste período do ano, sobretudo em decorrência do clima adverso em várias bacias leiteiras.

De janeiro para fevereiro, o Índice de Captação de Leite (ICAP-L) registrou queda de 4,6%, puxado por recuo médio de 6% nos estados do Sul, de 9% em Goiás e de 4% em São Paulo. Em Minas Gerais, a diminuição foi de 1,3% e na Bahia, de 0,3%.

Do lado da demanda, os preços elevados dos lácteos ao consumidor final têm resultado em uma postura mais retraída no consumo. Isso ocorre devido à alta inflação refletida diretamente nas gôndolas dos supermercados, gerando dificuldades para as indústrias realizarem novos aumentos nos preços de venda dos derivados.

Ainda assim, o efeito sazonal deve continuar impactando a produção de leite no país, que tende a seguir em retração até o mês de maio. Dessa forma, a menor oferta tende a sustentar novos avanços para o preço do leite recebido pelo produtor. (Milkpoint)


GDT - Global Dairy Trade 

Fonte: Global Dairy Trade adaptado pelo Sindilat

Produção e demanda de leite devem desacelerar no Brasil, avalia banco

Importações de lácteos devem se manter em níveis elevados no segundo trimestre, diz Rabobank

Os preços do leite seguem em alta no Brasil, mas a expectativa é de quedas à medida que a produção e a demanda desaceleram, avalia o banco holandês Rabobank.

Em relatório, a instituição destacou que a combinação de custos com ração estáveis e preços elevados ao produtor tem impulsionado a rentabilidade no campo desde o final de 2023. De acordo com dados divulgados pelo Milkpoint Mercado na última semana, o indicador de receita menos custo da ração tem operado acima de R$ 40 por vaca por dia.

Esse patamar, segundo analistas do Rabobank, tem incentivado o aumento da produção, que deve registrar uma alta de 3,5% no primeiro trimestre de 2025 em comparação ao ano anterior, que já havia apresentado crescimento de 4,5% em relação a 2023. Para o segundo trimestre, espera-se uma desaceleração no ritmo de produção, com crescimento de 2,5%.

Além disso, houve recuperação da demanda nos últimos dois anos, beneficiando o setor lácteo. Contudo, em 2025, a expectativa é de uma desaceleração no consumo, com um crescimento real de somente 1% nos salários médios.

“O enfraquecimento relativo da demanda doméstica, somado ao recente crescimento da oferta local, deve levar os preços ao produtor a começarem a recuar no final do segundo trimestre de 2025”, afirma o relatório.

Os analistas também indicam que as importações de lácteos no Brasil devem se manter em níveis elevados no segundo trimestre de 2025, embora abaixo dos números do ano passado. Esse cenário é explicado pelos preços mais altos das commodities lácteas, o aumento da oferta local e o crescimento moderado da demanda, o que deve resultar em um déficit comercial inferior.

O Rabobank chama a atenção para a recuperação moderada da produção na Argentina, que, segundo os especialistas, deverá ser voltada principalmente para o mercado interno, com menor rentabilidade nas exportações.

A volatilidade climática também deve ser monitorada, com especial atenção para a região sul, que tende a ganhar destaque nos meses de inverno, quando há um aumento na produção. (Globo Rural)


Jogo Rápido

Petrobras anuncia redução de R$ 0,17 no litro do diesel nas distribuidoras
A Petrobras vai reduzir o preço médio do diesel vendido em suas refinarias em 4,6%, a R$3,55 por litro, a partir de 1º de abril, disse a presidente da companhia, Magda Chambriard, no primeiro corte de valores deste combustível desde dezembro de 2023. Com a redução, segundo a companhia, o preço médio do diesel A nas distribuidoras passará a ser de R$ 3,55 por litro – uma queda de 4,78%. "Considerando a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel para composição do diesel B vendido nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará a ser de R$ 3,05 /litro, uma redução de R$ 0,15 a cada litro de diesel B", informou a companhia. Ainda segundo a Petrobras, desde dezembro de 2022, o preço do diesel caiu 20,9% nas distribuidoras, ou R$ 0,94 por litro. Contudo, a redução anunciada nesta segunda-feira (31), ainda não reverteu completamente o aumento de R$ 0,22 por litro implementado em janeiro. (g1)


 
 
 

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Porto Alegre, 31 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.362


Associados ao Sindilat RS têm desconto no MilkPro Summit 2025

Os associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) contam com condições especiais para participar do MilkPro Summit 2025, evento que ocorrerá nos dias 15 e 16 de maio, em Atibaia (SP). 

A iniciativa busca reunir produtores, especialistas e investidores para discutir o futuro da produção leiteira no Brasil e no mundo e está dividida entre seis paineis temáticos focados nas mudanças provocadas pela tecnologia. São eles: Tendências para o leite no mundo: produção e consumo; A fronteira da inovação, digitalização e IA aplicada à atividade leiteira; Farmer’s Forum – A visão de negócio de 3 produtores globais; Mudando o jogo na comunicação com o consumidor; Leadership Talk e Estratégia de negócios envolvendo a atividade leiteira. 

Para garantir a inscrição com 10% de desconto, os sócios devem acessar o link, clicando aqui.  O evento também contará com paineis de discussão e momentos para a troca de experiências e ampliação de conexões no setor. 


Na 23ª Expoagro Afubra, eficiência e sustentabilidade na produção leiteira presentes no Espaço Casa da Emater/RS

A 23ª edição da Expoagro Afubra, que se encerra nesta sexta-feira (28) na localidade de Rincão Del Rey, em Rio Pardo, apresenta uma série de inovações e técnicas voltadas à agricultura familiar. Entre os destaques está a parcela da Bovinocultura de Leite, localizada no Espaço Casa da Emater, que aborda temas como manejo de pastagens, eficiência na produção e bem-estar animal.

A parcela conta com quatro subáreas que demonstram diferentes aspectos da produção leiteira. Entre elas, está a de aproveitamento do leite e seus derivados, destacando a possibilidade de transformação da matéria-prima produzida na propriedade em produtos como queijos e iogurtes, seja para consumo próprio ou para comercialização. Segundo o extensionista da Emater/RS-Ascar, André Macke Franck, essa é uma alternativa viável para agregar valor ao produto e até mesmo criar novas oportunidades de renda para os produtores familiares.

Outro ponto enfatizado é o manejo sustentável das pastagens. A Emater/RS-Ascar aborda espécies como o Tifton e o Giggs na feira, que permitem um sistema de pastejo permanente. De acordo com Franck, a sobressemeadura de inverno nessas pastagens garante alimento para o gado durante todo o ano, sem a necessidade de replantio, reduzindo custos e aumentando a sustentabilidade da propriedade. Além disso, a feira apresenta a aplicação do Azospirillum, uma bactéria que melhora a absorção de nutrientes do solo pela pastagem, reduzindo a necessidade de adubos e aumentando a resiliência do sistema produtivo.

O sistema de confinamento Compost Barn tem se mostrado uma alternativa eficiente para a produção de leite, desde que seja bem planejado e siga regras essenciais para seu funcionamento adequado. O médico veterinário e assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar da região de Lajeado, Martin Schmachtenberg, explica que um dos principais cuidados é a dimensão correta da área por animal, sendo necessário 12 metros quadrados de cama para cada vaca. Caso essa exigência não seja respeitada, em vez de ocorrer o processo de compostagem, o local pode se transformar em um ambiente lamacento e inadequado.

A ventilação e o controle da umidade também são fatores fundamentais. Para garantir um ambiente apropriado, é essencial que a estrutura tenha um pé-direito alto, com no mínimo 4 a 4,5 metros, podendo ser ainda maior dependendo da largura da construção. Outro ponto crítico é a instalação de um lanternim, uma abertura no centro do telhado que permite a saída da umidade e do calor. Schmachtenberg destaca que essa abertura age como uma chaminé, impedindo que o calor e a umidade fiquem retidos no ambiente. Sem ela, o produtor pode enfrentar aumento nos custos operacionais devido à necessidade de ventilação artificial.

A busca por soluções sustentáveis também está presente no sistema, com foco na redução de gastos energéticos e no aumento da eficiência da produção. Além disso, o Compost Barn proporciona mais conforto aos animais, o que reflete diretamente no bem-estar e na produtividade das vacas, garantindo um melhor retorno para o produtor.

Além das práticas sustentáveis e estruturais, a parcela também apresenta um levantamento de indicadores de eficiência técnica na produção de leite no Rio Grande do Sul. Segundo Diego Barden dos Santos, extensionista da Emater/RS-Ascar, os dados coletados nos últimos anos foram organizados em uma planilha de avaliação de propriedades. Esses indicadores analisam fatores como produção de leite por hectare, por pessoa e por vaca, além de qualidade do leite e consumo de ração, entre outros. Santos explica que os indicadores servem como um "exame clínico" da propriedade, permitindo ao produtor identificar seus pontos fortes e áreas de melhoria. "Cada propriedade tem suas peculiaridades e pode se beneficiar de diferentes aspectos do levantamento. Não significa que uma propriedade com baixa produção por pessoa não seja viável, mas sim que esse é um fator a ser analisado dentro do contexto da propriedade", esclarece.

Outro ponto sublinhado pelo extensionista é que a análise dos indicadores permite comparar a rentabilidade da produção leiteira com outras culturas, auxiliando os produtores na tomada de decisão. Além disso, a planilha apresenta um gráfico que facilita a visualização dos pontos críticos da propriedade, ajudando na definição de estratégias para aumentar a eficiência produtiva e a sustentabilidade da atividade leiteira.

Fonte: Emater/RS-Ascar

Consumo de lácteos | O impacto dos lácteos no desempenho esportivo

Descubra o impacto dos lácteos no desempenho esportivo e quando é aconselhável consumi-los para obter os melhores resultados. 

Há uma crença amplamente difundida na sociedade de que é necessário eliminar o consumo de produtos lácteos ao praticar algum tipo de atividade esportiva. No entanto, a realidade é totalmente oposta. Os lácteos estão entre os alimentos mais recomendados e benéficos para quem pratica esportes, devido ao seu alto valor nutricional. 

Esses alimentos oferecem uma grande quantidade de nutrientes essenciais para o organismo, ajudando a melhorar o desempenho esportivo de quem os consome. 

Mas qual é o verdadeiro impacto dos lácteos no desempenho esportivo? Neste post da Mundo Lácteo, explicamos por que é essencial consumir um superalimento como o leite ou qualquer outro produto lácteo e qual é o momento ideal para consumi-los e obter os melhores resultados. 

O leite afeta o desempenho esportivo?

O leite tem um impacto positivo no desempenho esportivo. Por quê? Porque é uma excelente fonte de aminoácidos essenciais, contém peptídeos bioativos (benéficos para o sistema imunológico, digestivo e cardiovascular), vitaminas A, B, D e, principalmente, é o alimento mais rico em cálcio.

Mas como esses componentes agem no organismo para melhorar o desempenho dos atletas?

Proteínas para a recuperação muscular: O soro do leite e a caseína são proteínas de alta qualidade que ajudam os músculos a se recuperarem mais rapidamente após treinos intensos.

Energia rápida graças aos carboidratos: Durante os treinos, os músculos consomem glicogênio. Os carboidratos presentes no leite ajudam a repor essas reservas, acelerando a recuperação e mantendo a energia para a próxima sessão de exercício.

Hidratação e reposição de eletrólitos: Após o treino, é importante repor líquidos e eletrólitos perdidos pelo suor. O leite ajuda na hidratação e fornece minerais, como potássio e sódio, para equilibrar os fluidos no corpo.

Vitaminas e minerais essenciais: Rico em cálcio, o leite é vital para a saúde óssea e muscular. Contém também vitaminas do complexo B, importantes para a produção de energia e o bom funcionamento do metabolismo. 

Com todos esses benefícios, não é surpresa que o leite seja uma das melhores opções para manter o desempenho e melhorar a recuperação após uma rotina de exercícios. 

Qual o melhor momento para consumir lácteos e melhorar o desempenho?

O leite e os produtos lácteos são conhecidos por promover a recuperação muscular e também são excelentes fontes de hidratação e energia para quem pratica esportes. O momento de consumo é fundamental para potencializar os resultados.

Antes do exercício: Consumir leite ou outro lácteo antes do treino ou competição fornece uma fonte constante de energia. A lactose, principal carboidrato do leite, é metabolizada ao longo do exercício, proporcionando energia de liberação sustentada. Isso pode aumentar a resistência, especialmente em esportes de longa duração. No entanto, é importante dar tempo suficiente para a digestão antes de atividades intensas, já que o leite é de digestão mais lenta.

Depois do exercício: O consumo de leite após exercícios intensos está associado a uma melhora significativa na recuperação muscular. As proteínas de alto valor biológico ajudam a reparar e reconstruir os tecidos musculares danificados. Estudos recentes indicam que o leite com redução de gordura favorece o metabolismo proteico, estimulando a síntese de proteínas musculares e promovendo o ganho de massa magra.
Além disso, o leite contribui para manter os níveis de hidratação necessários, devido ao seu alto teor de água e eletrólitos essenciais, como sódio e potássio.

Por isso, o leite é uma alternativa completa e mais econômica em comparação com outros produtos de recuperação, como shakes proteicos. 

Por que o leite é importante para a saúde óssea e muscular dos atletas?

O leite é uma excelente fonte de cálcio, mineral essencial para o fortalecimento dos ossos e a prevenção de fraturas. Além disso, o cálcio desempenha um papel crucial na contração muscular, permitindo um desempenho otimizado durante atividades físicas. 

As proteínas presentes no leite, como a caseína e o soro, são fundamentais para a manutenção e crescimento muscular. O consumo regular de lácteos ajuda a preservar a saúde muscular, essencial para esportes que demandam força e resistência. 

Atletas, sejam profissionais ou amadores, podem consumir leite de vaca sem preocupações, a menos que apresentem intolerância. Nesse caso, opções como iogurtes ou queijos, com baixo ou nenhum teor de lactose, são alternativas viáveis. Assim, é possível garantir a ingestão de cálcio e outros nutrientes indispensáveis para o bom funcionamento do organismo e a recuperação após a prática esportiva. (EdairyNews) 


Jogo Rápido

BC REDUZ PREVISÃO DO PIB DE 2,1% PARA 1,9% EM 2025
O Banco Central diminuiu sua projeção para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2025 para 1,9%, de 2,1%, refletindo a redução no crescimento esperado para setores mais cíclicos da economia, mas reconheceu que a incerteza no cenário central aumentou. Para o BC, os resultados sugerem que “interpretações sobre o grau de aquecimento da atividade no início de 2025 devem ser feitas com cautela”, disse no Relatório de Política Monetária (RPM) de março, divulgado ontem. Em um estudo especial, o BC observou que as previsões para o crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2025 parecem elevadas mesmo sem considerar a expectativa de boa colheita no período, o que aumenta a incerteza sobre a intensidade da desaceleração econômica no início do ano. Parte dessa estimativa mais forte, porém, pode ser atribuída a questões técnicas, relacionadas ao método de ajuste sazonal, apontou. (Zero Hora)


 
 
 

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Porto Alegre, 28 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.361


Top 100 2025: quem são os maiores produtores de leite do Brasil e quais são suas principais características?

Quem são os 100 maiores produtores de leite do Brasil? Quais são as suas principais características de produção? Onde estão localizados? O Levantamento Top 100 2025 está disponível, acesse!

O Levantamento que mapeia os 100 maiores produtores de leite do país acaba de ser publicado. Nele, você encontra dados detalhados sobre volume de produção, custos, sistemas de produção, raças, sustentabilidade e rentabilidade. Além disso, o material apresenta um ranking exclusivo, classificando individualmente os 100 maiores produtores de leite do Brasil.

Os dados completos do estudo estão disponíveis gratuitamente – basta clicar na imagem abaixo para acessá-los. Ao longo da matéria, você confere alguns destaques com as principais informações levantadas.

Maior crescimento anual das últimas duas décadas

Os dados do Levantamento Top 100 2025 indicam que 1.191.497.813 litros foram comercializados pelos 100 maiores produtores de leite do país. A marca superou em mais de 13% o ano anterior.
 

Os números de produção média diária ficaram em 32.555 litros – esse foi o maior crescimento anual dos últimos 20 anos, refletindo a maior abrangência do levantamento, o avanço da produção dos participantes. 

Figura 1. Produção de leite média diária por propriedade no Levantamento Top 100, de 2001 a 2024. 

Fonte: Levantamento Top 100 2025 MilkPoint/ABRALEITE.

Em comparação com 2001, o valor é aproximadamente 400% maior, enquanto o crescimento da produção formal no mesmo período foi de 90,4%, ao passo que a produção total teve um crescimento no período de 76,3%, considerando a estimativa da equipe MilkPoint para 2024, visto que os dados oficiais ainda não foram divulgados pelo IBGE. 

Figura 2. Índices de crescimento do volume de produção de leite dos Top 100, produção de leite formal e total do Brasil, 2001 a 2024.

 

Fonte: Levantamento Top 100 2025 MilkPoint/ABRALEITE.

"Os dados revelam um crescimento expressivo superior a 13% entre 2023 e 2024, impulsionado tanto pela ampliação do levantamento, que contou com a participação de 16 novos produtores, quanto pela evolução da produção do grupo. Um dado especialmente relevante é que, ao analisarmos apenas os produtores que participaram do estudo tanto em 2024 quanto em 2025, o crescimento foi superior a 11%, representando um incremento de mais de 100 milhões de litros de leite. Esse avanço é reflexo de diversos fatores como investimento em tecnologias, genética, gestão e bem-estar, que contribuem para a eficiência e competitividade do setor.", destacou Stephanie Gonsales, Zootecnista, responsável pelo Conteúdo do MilkPoint e pelo Levantamento Top 100

Figura 3. Comparação da produção total do grupo presente no Levantamento Top 100 2024 e 2025.

 

Fonte: Levantamento Top 100 2025 MilkPoint/ABRALEITE.

Volume de produção dos Top 100 representa quase 5% da produção formal do país 

A representatividade da produção das fazendas do Top 100 em relação ao volume total de leite inspecionado no Brasil vem crescendo ao longo dos anos. De acordo com o Levantamento Top 100 de 2025, essa participação corresponde a 4,74% da produção formal do país.

O gráfico abaixo permite avaliar a evolução da participação dessas propriedades ao longo do tempo, acompanhando mudanças estruturais no setor. 

Figura 3. Percentual que a produção dos Top 100 representa do leite inspecionado.

Fonte: Levantamento Top 100 2025 MilkPoint/ABRALEITE.

“Embora os Top 100 representem uma parcela pequena do leite (4,74% do leite formal), essa participação vem crescendo ao longo dos anos. Esse crescimento reflete a consolidação e profissionalização do setor, com um número cada vez maior de produtores operando em larga escala e adotando tecnologias avançadas, gestão eficiente e práticas sustentáveis. Além dos Top 100, há uma quantidade significativa de produtores aumentando a escala de produção, de forma que os top 100 são uma espécie de ponta do iceberg da transformação que ocorre no país”, diz Marcelo Pereira de Carvalho, CEO da MilkPoint Ventures.

O relatório completo do Top 100 2025 conta ainda com dados sobre: 

● Custos de produção dos maiores produtores de leite do país; 
● Localização das propriedades; 
● Ações sustentáveis;

● Comercialização e laticínios e muito mais!   

 As informações e análises detalhadas estão disponíveis gratuitamente. Para ter acesso, clique aqui.

Esta iniciativa contou com o apoio das empresas Casale, Cowmed, MSD Saúde Animal, Supra Sementes e Tortuga | DSM, às quais agradecemos a viabilização do projeto.

Para o Levantamento Top 100 2025, contamos com a parceria entre a MilkPoint e a Associação Brasileira dos Produtores de Leite (ABRALEITE). Essa união estratégica visou fortalecer ainda mais o levantamento, proporcionando dados mais completos e precisos sobre a produção leiteira brasileira. (Milkpoint)

Conseleite Santa Catarina

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 28 de Março de 2025 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Fevereiro de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Março de 2025.

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)

Emater/RS: Informativo Conjuntural 1860 de 27 de março de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

As infestações de moscas e carrapatos continuam elevadas, com registros de casos de tristeza parasitária bovina em alguns rebanhos, exigindo controle estratégico. As temperaturas mais amenas têm contribuído para o bem-estar animal das matrizes leiteiras.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção de leite segue estável, favorecida pelo clima mais ameno e pelo uso de silagem e feno em propriedades mais preparadas. Nas pastagens de verão implantadas tardiamente, há adequada oferta de forragem. 

Na de Caxias do Sul, aumentou o uso de silagem e de suplementação para a manutenção da produtividade. Os animais buscaram pastejar nos horários mais frescos do dia, e o conforto foi auxiliado pelo uso de ventiladores e aspersores em sistemas confinados.

Na de Erechim, o estado sanitário do rebanho é considerado estável, e há baixa incidência de mastites e problemas de casco, favorecida pelo tempo mais seco. 

Na de Frederico Westphalen, a produção continua em queda, influenciada pela sazonalidade e pelas altas temperaturas anteriores, que causaram estresse térmico e redução no consumo de alimentos pelos animais. 

Na de Lajeado, houve pequena queda na produção de leite devido ao calor excessivo, mas a produtividade já se recupera em função das temperaturas mais amenas e da disponibilidade de forragem.

Na de Passo Fundo, a redução na oferta e na qualidade das pastagens tem exigido ajustes na dieta dos rebanhos. Também tem sido intensificado o uso de silagem, concentrados e sal mineral para a manutenção do escore corporal e da produção.

Na de Pelotas, alguns  municípios, como Capão do Leão e Santa Vitória do Palmar, registraram aumento no preço do leite. 

Em Herval, há relatos de retorno de produtores à atividade. 

Na de Santa Maria, as temperaturas amenas e a nebulosidade favoreceram o bem-estar animal e contribuíram para manter níveis adequados de produtividade nas propriedades leiteiras. 

Já na de Santa Rosa, a estiagem tem afetado a atividade, e há relatos de falta de água para dessedentação dos animais em algumas propriedades, sendo necessário o transporte com tanques. 

Na de Soledade, os produtores iniciaram o preparo do solo e a semeadura das pastagens de inverno, mas a baixa umidade do solo interrompeu o avanço dessas práticas em algumas áreas. As temperaturas mais amenas favoreceram o bem-estar dos animais. (Emater/RS adaptado pelo Sindilat RS)


Jogo Rápido

Boletim semanal agrometeorológico
O Rio Grande do Sul, na última semana, foi marcado por chuvas de baixo volume e por variações nas temperaturas máximas ao longo dos dias. As chuvas registradas nos últimos sete dias ocorreram de forma irregular sobre o Estado, e os maiores acumulados ficaram concentrados principalmente entre a Fronteira Oeste e o Sul, além de áreas do Centro-Norte ao Nordeste. Os volumes variaram entre 1 e 50 mm nessas regiões. A temperatura máxima registrada ocorreu em São Borja, atingindo 37,1 °C no dia 24/03, e a temperatura mínima registrada foi de 7,9 °C, registrada em São José dos Ausentes, no dia 23/03. Já a  previsão para os próximos dias indica a volta das chuvas generalizadas sobre o Estado, podendo ser observados volumes intensos em algumas regiões. No sábado (29/03), o sistema do dia anterior já deverá ter se deslocado para o oceano, podendo ainda provocar ventos de maior intensidade e nebulosidade, principalmente no Litoral do Estado. No domingo (30/03), a condição de tempo seco e firme deve predominar ao longo do dia, com a elevação das temperaturas. No entanto, no final do dia, há previsão de aproximação de um novo sistema frontal no RS. Na segunda-feira (31/03), a frente fria, que deverá adentrar o Estado no domingo, avançará pelo RS ao longo de todo o dia. Essa condição deverá permanecer na terça-feira (01/04). Na quarta-feira (02/04), o sistema não afetará mais o Estado; no entanto, a massa de ar frio associada a ele deverá causar redução nas temperaturas no RS. O prognóstico para os próximos sete dias indica a ocorrência de chuvas generalizadas em todo o Estado, com acumulados entre 30 e 100 mm na maior parte do território. As exceções são o Sul do Estado e as áreas ao redor da Laguna dos Patos, onde os volumes previstos ficarão inferiores, entre 5 e 50 mm. (Boletim Agrometeorológico)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 27 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.360


Descubra algumas razões científicas para manter o leite na sua alimentação

Essencial para a saúde óssea, esse mineral também participa da contração muscular e do controle da pressão arterial

Desde tempos imemoriais, o ser humano e o leite compartilham uma longa trajetória. Evidências históricas indicam que já em 5000 a.C. nossos ancestrais dominavam a arte da ordenha, garantindo uma fonte nutritiva essencial à sobrevivência. No entanto, em tempos recentes, esse vínculo tem sido questionado por um fenômeno conhecido como “terrorismo nutricional”, que rotula certos alimentos como vilões da saúde.

Por outro lado, a ciência vem mostrando que excluir os laticínios da dieta sem justificativa médica pode ser um equívoco. Pesquisas recentes, como um estudo publicado em novembro no Clinical Nutrition, revelam que a maioria dos laticínios não está associada ao risco de pré-diabetes.

Na verdade, os resultados sugerem que o consumo de leite desnatado pode até reduzir as chances de desenvolver essa condição. No entanto, há um alerta: a ingestão excessiva de laticínios ricos em gordura pode trazer efeitos negativos. 
O Pré-diabetes e o papel da alimentação

O pré-diabetes caracteriza-se por níveis elevados de glicose no sangue, mas ainda abaixo do limiar diagnóstico do diabetes tipo 2. Detectado precocemente por meio de exames laboratoriais, ele pode ser revertido com mudanças no estilo de vida, como uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios. Caso contrário, a progressão para o diabetes tipo 2 pode trazer sérias complicações à saúde, incluindo problemas circulatórios, renais e oculares. 
Para entender melhor essa relação, cientistas europeus analisaram dados de 7.521 indivíduos do estudo britânico Fenland. Embora a pesquisa não comprove causalidade, os achados abrem novas perspectivas sobre o impacto dos laticínios na saúde metabólica. 

Leite e a saúde do coração
Muito se especula sobre a influência dos laticínios nas doenças cardiovasculares. Contudo, estudos recentes indicam que, quando consumidos com moderação, esses alimentos não elevam o risco de problemas cardíacos. No Brasil, o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil) apontou até benefícios para as artérias. E quanto às inflamações? Até o momento, não há comprovação de que os laticínios sejam gatilhos diretos para processos inflamatórios. Mas para indivíduos com alergias ou intolerâncias, o cenário muda.

 Alergia ou intolerância? Entenda a diferença
Alergia ao leite é uma reação imunológica exacerbada contra a proteína da bebida, desencadeando sintomas como vômitos, diarreia e dificuldades respiratórias. Exames específicos ajudam a diagnosticar a condição. Já a intolerância à lactose ocorre devido à baixa produção de lactase, enzima responsável pela digestão do açúcar do leite. Nesse caso, os sintomas incluem inchaço abdominal, gases e desconfortos intestinais. Testes clínicos e genéticos podem confirmar o quadro.
Se a ingestão de laticínios não causa desconforto e não há restrições médicas, não há razão para bani-los da dieta. Pelo contrário, sua exclusão pode resultar em deficiências nutricionais.

Laticínios: Uma fonte de nutrientes essenciais
Leite e derivados são verdadeiros pacotes de nutrição. As diretrizes alimentares recomendam o consumo de três porções diárias, destacando-se o cálcio como um dos nutrientes mais valiosos. Essencial para a saúde óssea, esse mineral também participa da contração muscular e do controle da pressão arterial.

Além disso, os laticínios fornecem proteínas de alta qualidade, como a caseína, indispensáveis para a manutenção muscular e a saciedade. No quesito vitaminas, esses alimentos oferecem vitamina A, várias do complexo B e pequenas quantidades de vitamina D, fundamentais para a imunidade e a fortificação óssea.

 No entanto, há um componente que exige atenção: a gordura saturada. O consumo excessivo pode elevar os níveis de colesterol e afetar a saúde cardiovascular. Por isso, a recomendação para adultos é optar pelo leite desnatado e por queijos magros, como minas frescal, cottage e ricota.

Equilíbrio é a chave
O segredo está na moderação e na escolha consciente. Ler rótulos, equilibrar o consumo e não cair em modismos alimentares são passos fundamentais para uma alimentação saudável. Afinal, exageros – para mais ou para menos – podem comprometer a saúde. Quando se trata de nutrição, a melhor receita continua sendo o bom senso. (Catraca Livre)


Conseleite Minas Gerais

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 26 de Março de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Janeiro/2025 a ser pago em Fevereiro/2025.

b) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Fevereiro/2025 a ser pago em Março/2025.

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Março/2025 a ser pago em Abril/2025.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está  disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 

Rabobank prevê mercado global de lácteos crescendo de forma moderada em 2025, com estoques baixos e preços elevados

O relatório do Rabobank prevê que o mercado global de lácteos deve crescer de forma moderada em 2025, com estoques baixos e preços elevados. Confira as informações completas aqui! 

O mercado global de lácteos está preparado para um crescimento moderado em 2025, impulsionado por uma expansão estável da oferta e pela demanda de exportação, de acordo com um novo relatório do banco especializado em agronegócio, Rabobank. 

No entanto, como essa taxa de crescimento lenta não deve levar a um grande aumento nos estoques ou a um excesso de oferta, os preços globais dos laticínios devem permanecer elevados. Como resultado, o Rabobank revisou sua previsão para o preço do leite, aumentando-o em 30 centavos, para NZ$ 10,00 (US$ 5,7) por quilo de sólidos do leite [equivalente a NZ$ 0,83 (US$ 0,47) por quilo de leite] na temporada leiteira da Nova Zelândia 2024/25.

No relatório "Crescimento modesto em meio a mudanças no comércio", referente ao primeiro trimestre, o Rabobank prevê que a produção de leite nas sete principais regiões exportadoras (Austrália, Nova Zelândia, Argentina, Uruguai, Brasil, União Europeia e Estados Unidos) crescerá 0,8% em relação ao ano anterior, com um aumento semelhante na primeira metade de 2026.

O relatório destaca que essa previsão se deve, em grande parte, à recuperação do crescimento da produção na União Europeia, que tem alternado entre expansão e retração nos últimos trimestres, e nos Estados Unidos, onde os ganhos anuais típicos de mais de 1% estagnaram nos últimos anos.

 “A expansão da oferta nos EUA está prevista para 2025, mas deve ser modesta, ficando abaixo de 1%”, disse Emma Higgins, analista sênior de agricultura do Rabobank e coautora do relatório.

A Oceania e a América do Sul também devem registrar aumentos na produção, principalmente devido às quedas ocorridas no ano anterior, que tornam mais fácil a recuperação dos volumes. O Rabobank prevê que a produção total das sete principais regiões exportadoras alcance 325,8 milhões de toneladas em 2025, contra 323,2 milhões de toneladas no ano anterior.

Emma Higgins afirmou que o crescimento da oferta global será mais forte na segunda metade de 2025. “O ano começará com ganhos mais lentos na produção, estimados em 0,5% no primeiro trimestre, o que ajudará a manter os preços das commodities firmes. Prevemos um aumento mais acentuado de 0,9% ano a ano na segunda metade de 2025, ultrapassando o pico anterior da produção global de leite de 323,7 milhões de toneladas, registrado em 2021.” 

Fora das sete principais regiões exportadoras, a China segue um caminho diferente, com uma queda na produção de leite prevista para os próximos meses. “A produção chinesa caiu em 2024 após vários anos consecutivos de forte expansão, rompendo uma tendência de crescimento”, disse Higgins.

“A redução do rebanho e a queda mais acentuada do que o esperado no último trimestre de 2024 levaram o RaboResearch a reduzir sua previsão para a produção chinesa em 2025, agora estimada em queda de 2,6% em relação ao ano anterior, marcando o segundo ano consecutivo de retração.”

Ela também apontou que os preços do leite no mercado chinês caíram 15% em fevereiro de 2025 (em dólares americanos), desencorajando os produtores a expandirem a produção no curto prazo.

As informações são do interest.co.nz, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

Como funcionam os programas de sustentabilidade nas fazendas leiteiras?
Sustentabilidade vai muito além de medir a pegada de carbono de uma fazenda leiteira. É sobre integrar três pilares: o social, o ambiental e o econômico. Mas você sabia que já existem produtores de leite sendo recompensados por adotar práticas sustentáveis? Isso mesmo! programas de incentivo à produção sustentável já são uma realidade no Brasil e no mundo. Além de impulsionar ganhos financeiros, esses programas funcionam como um verdadeiro "atestado de saúde" para uma fazenda, mostrando que ela está alinhada com o futuro da agropecuária. Entenda mais sobre os programas de sustentabilidade com o Doutor em Ciência Animal, Luiz Gustavo Pereira. Assista clicando aqui. (Milkpoint)


 
 
 

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Porto Alegre, 26 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.359


Leite projetado a R$ 2,5214 em março no RS

O valor projetado para o leite no Rio Grande do Sul no mês de março é de R$ 2,5214 o litro. O estudo, divulgado pelo Conseleite nesta quarta-feira (26/03) durante reunião em Santa Cruz do Sul (RS), indica uma elevação de 0,62% em relação ao projetado para o mês de fevereiro que foi de R$ 2,5058. Os dados levam em conta os primeiros 20 dias do mês e foram realizados com base nos novos parâmetros de cálculo implementados em janeiro deste ano. O valor consolidado do mês de fevereiro de 2025 ficou em R$ 2,4972, 1,03% acima do consolidado de janeiro (R$ 2,4718).


Crédito da foto: Jair Mello 

O encontro de lideranças dos produtores, indústrias e cooperativas do setor lácteo ocorreu durante a programação da Expoagro Afubra e dá sequência ao projeto de interiorização dos encontros mensais do colegiado. Segundo o coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, foi uma reunião muito produtiva que contou com representantes da região. “Essas agendas nos permitem levar o trabalho do Conseleite e de sua Câmara Técnica a diferentes bacias leiteiras, debater a questão preço com produtores nas regionais e explicar a metodologia de trabalho implementada”, salientou.

Parâmetros anteriores
Durante a reunião, o Conseleite ainda divulgou os dados compilados com base nos parâmetros de 2021, estratégia adotada para garantir uma transição segura entre os dois modelos de cálculo. Nesta modalidade, o valor de referência do leite projetado para março ficou em R$ 2,5303 frente a um projetado de fevereiro de R$ 2,5247. O consolidado de fevereiro fechou em R$ 2,5145.

Assessoria de imprensa Sindilat RS


Conseleite Paraná

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 25 de março de 2025 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Fevereiro de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Março de 2025, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Março de 2025 é de R$ 4,4449/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br.

Conseleite Paraná

Mitos e verdades na indústria de laticínios

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, o Brasil, produz mais de 34 bilhões de litros de leite, sendo o terceiro maior produtor em todo o mundo. Ainda segundo o Ministério da Agricultura e da Pecuária, a produção de lácteos está presente em 98% dos municípios brasileiros e gera emprego para aproximadamente 4 milhões de pessoas. Graças à sua relevância para a economia, a modernização do setor vem se tornando uma necessidade estratégica. Ao mesmo tempo, ela ainda enfrenta algumas resistências devido a mitos que rondam a utilização de tecnologia na produção e no processamento de laticínios.  

A Tetra Pak, líder mundial em soluções para processamento e envase de alimentos, é a parceira ideal para a indústria na busca por inovação, eficiência e sustentabilidade. “Nós trabalhamos continuamente para oferecer tecnologias que ajudam nossos clientes a otimizar processos, reduzir desperdícios e agregar valor aos seus produtos, sempre com foco na qualidade e na segurança do alimento”, afirma Ana Paula Forti, Diretora de Processamento da Tetra Pak Brasil. Por isso, reforçando seu papel de parceira da indústria, a Tetra Pak desvenda quatro mitos que rondam a indústria de laticínios no país. 

1 – Não vale a pena investir em maquinário novo para a produção já que o custo seria muito alto. 

Mito. Apesar de exigir um investimento inicial, novos equipamentos trazem benefícios que, a longo prazo, superam os custos. A Tetra Pak oferece a seus clientes a tecnologia OneStep, que reduz o número de etapas na produção de leite – unindo separação, padronização e tratamento UHT e seguindo direto para a estocagem asséptica, sem a necessidade do estoque intermediário – e, em comparação com as linhas tradicionais, pode reduzir o custo operacional entre 20 e 40%, o gasto de água em 30% e o de energia em 28%. Além disso, os processos modernos garantem a segurança do alimento, permitindo que as indústrias alcancem os altos padrões internacionais de qualidade. “Nós, como parceiros da indústria de alimentos e bebidas, entregamos a nossos clientes equipamentos e soluções que integrem inovação e eficiência, de maneira que a automação também minimize erros e falhas operacionais, de maneira que as perdas, assim, tornando a produção mais consistente e confiável”, conclui Ana Paula Forti. 
 
2 – Uma produção automatizada significa menos qualidade e sabor do que uma produção manual  

Mito. Com os avanços nas tecnologias de processamento e envase, os produtores podem contar com soluções que unem inovação e qualidade, preservando as características originais e únicas de seus produtos. A Tetra Pak disponibiliza equipamentos modernos e eficientes, que garantem altos padrões de qualidade enquanto otimizam a eficiência e a produtividade. O Misturador de Corte Elevado da Tetra Pak®, por exemplo, é ideal para produção de requeijão e outros queijos cremosos culinários, pois permite a padronização dos produtos e melhor eficiência A adoção dessas tecnologias possibilita que os produtores consigam oferecer produtos de alta qualidade de forma consistente, atendendo às exigências do mercado e às expectativas dos consumidores. 

3 – Minha produção já tem alguns dos processos automatizados, não preciso modernizar mais   

Mito. Automatizar apenas uma parte da produção pode, de fato, gerar melhorias pontuais. Por outro lado, a modernização contínua e integrada maximiza a eficiência e a competitividade da indústria. Além dos benefícios já citados de padronização e qualidade, a automação também possibilita uma maior diversidade no portifólio de produtos, permitindo criações e inovações com maior valor agregado. Segundo o Tetra Pak Index 2023, 70% dos consumidores afirmam que a saúde se tornou mais importante nos últimos anos; ao mesmo tempo, 70% dizem que os produtos saudáveis não devem ser prejudiciais ao meio ambiente. Com equipamentos modernos e uma linha de produção homogênea, é possível entregar ao consumidor alimentos mais saudáveis e sustentáveis, atendendo às exigências do mercado. Um dos exemplos mais relevantes desse reaproveitamento é o soro do leite, conhecido como whey protein. Antes considerado um resíduo da produção de queijos, hoje ele se tornou um ingrediente essencial na formulação de bebidas proteicas e outros produtos funcionais. “Temos como compromisso apoiar nossos clientes na transformação de desafios em oportunidades. O mercado de whey exemplifica perfeitamente como, por meio da tecnologia adequada, é possível converter subprodutos em soluções inovadoras”, completa Ana Paula Forti.  

4 – Comprar e manter equipamentos de um mesmo fabricante não interfere na eficiência da produção   

Mito. Uma linha de produção homogênea – ou seja, composta por equipamentos oferecidos por um mesmo fabricante – pode ajudar não apenas na eficiência, mas também na segurança e na sustentabilidade da produção. Esse modelo assegura consistência na qualidade dos produtos, pois aumenta a rigorosidade dos processos e reduz os riscos de falhas e contaminação. A padronização dos processos permite uma maior eficiência operacional, diminuindo desperdícios e otimizando o uso de recursos naturais – o que também contribui diretamente com a redução de impactos ambientais. Além disso, a integração entre máquinas também facilita a automação e a digitalização da produção, melhorando o controle detalhado de toda a cadeia produtiva. A Tetra Pak, além de oferecer equipamentos, tecnologias e soluções, também capacita os produtores; dessa forma, a empresa proporciona o aumento da eficiência e da qualidade por meio do funcionamento consistente e uniforme das linhas de produção da indústria de laticínios. (Néctar Comunicação Corporativa)


Jogo Rápido

Grupo Piracanjuba fará investimento de R$ 65 milhões em unidade de Carazinho
A planta carazinhense do Grupo Piracanjuba, que tem como foco a produção de leite e derivados, receberá um investimento de R$ 65 milhões para aprimorar a operação. Desse montante, mais de R$ 36 milhões serão destinados para a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), com produção de biogás, e quase R$ 29 milhões serão para a construção de uma nova caldeira movida à biomassa (eucalipto) e biogás. O diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Grupo Piracanjuba, Jefferson Dias de Araújo, adianta que a planta gaúcha terá capacidade para produzir aproximadamente 7 mil metros cúbicos normais (Nm³) de biogás por dia. “Estamos em fase de finalização dos projetos, assim que isso acontecer entraremos na etapa de licenciamento para a construção”, detalha o dirigente. Ele calcula que as obras iniciarão ainda este ano, com previsão de começar as operações em torno de 10 a 12 meses. Araújo explica que o biogás é um combustível gerado a partir da ação de microrganismos. Esses microrganismos se alimentam de matéria orgânica e um dos subprodutos dessa alimentação é o metano. O metano sai do sistema de tratamento de efluentes com um teor próximo de 70% e capaz de ser queimado para gerar energia. No caso da empresa, ele será queimado substituindo parte da biomassa de eucalipto na geração de vapor na caldeira. Sobre a matéria-prima utilizada, o diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Grupo Piracanjuba destaca que uma indústria de laticínios passa por limpezas frequentes. Nesse processo, a água lava as paredes internas dos equipamentos que estão com residual de leite e os produtos que são fabricados na unidade como o leite UHT, leite condensado, creme de leite e achocolatado. Esse resíduo, que é matéria orgânica, alimenta os microrganismos em um reator biológico, chamado de biodigestor, na Estação de Tratamento de Efluentes. O produto final é uma água limpa, tratada, e o biogás rico em metano. A ação do Grupo Piracanjuba contará com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que recentemente aprovou financiamento no valor de R$ 150 milhões com recursos do Fundo Clima. O valor será destinado para a implantação de quatro Estações de Tratamento de Efluentes Industriais com produção de biogás. Além da unidade de Carazinho, serão contemplados os complexos de Araraquara (SP), Três Rios (RJ) e São Jorge D´Oeste (PR). Os recursos também serão aproveitados para substituir caldeiras que atualmente consomem combustível fóssil nas unidades paulista e fluminense. A captação do biogás nessas quatro plantas, de acordo com o Grupo Piracanjuba, poderá evitar a emissão de 152,7 mil toneladas de CO₂ equivalente (CO₂e) por ano, logo que as plantas atingirem seus máximos de produção. Além disso, são esperadas nessas ETEs a elevação na eficiência, a melhora nos controles operacionais e a redução de custos. (Jornal do Comércio)


 
 
 

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Porto Alegre, 25 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.358


Hulha Negra entrega licença de operação para Unidade Campanha da CCGL

O Prefeito de Hulha Negra, Fernando Campani, entregou a licença de operação da “Unidade Campanha” da CCGL, que está localizada no município.

Com o objetivo de otimizar a logística e impulsionar a produção leiteira na região sul do Rio Grande do Sul, a Cooperativa Central Gaúcha Ltda. (CCGL) está investindo na nova Unidade de captação de Leite na Campanha Gaúcha.

Localizada em uma área de 5 hectares entre Bagé e Hulha Negra, a estrutura busca centralizar e modernizar as operações de coleta, processamento e transporte do leite na região, reforçando o compromisso da cooperativa com a eficiência e o fortalecimento dos produtores locais.

Atualmente, a CCGL conta com cerca de 430 produtores na região, responsáveis por uma produção média mensal de mais de 6,2 milhões de litros de leite.

O potencial produtivo, entretanto, é ainda maior. Com o uso de irrigação de pastagens, práticas modernas de manejo e assistência técnica, a produtividade pode atingir entre 15 e 18 mil litros por hectare ao ano, possibilitando um volume diário de 400 mil litros a serem recebidos pela nova unidade.

O cooperativismo será a base desse projeto, incentivando pequenos e médios produtores da Campanha Gaúcha a aumentar sua produtividade e renda. Ao oferecer melhores condições para o escoamento da produção, a CCGL reforça sua missão de promover o desenvolvimento sustentável do setor lácteo.

A nova unidade simboliza um marco no compromisso da CCGL com a inovação e o cooperativismo, garantindo não apenas eficiência logística, mas também a valorização do produtor e o fortalecimento da economia regional, além de permitir que novos produtores venham desenvolver a pecuária de leite na região. (Grupo Pilau via Edairy News)


Agro: premiados no Marcas buscam contornar eventos climáticos em 2025

O Rio Grande do Sul enfrentou diversos eventos climáticos extremos nos últimos anos. Além da enchente de maio de 2024, os gaúchos precisaram lidar com seguidas e intensas estiagens. Nesse cenário, os agricultores foram extremamente afetados. Durante o evento Marcas de Quem Decide, realizado pelo Jornal do Comércio nesta segunda-feira (24), representantes de entidades e cooperativas agropecuárias premiadas demonstraram preocupações com o cenário econômico do segmento e afirmaram buscar contornar as adversidades em 2025. 

À frente da Cotrijal, premiada como a cooperativa agrícola mais lembrada e preferida pelos gaúchos, Nei Manica disse esperar muitos desafios ao longo do ano, mas ressaltou o enfrentamento das dificuldades. “Vamos seguir buscando alternativas para manter o homem no campo, assim como para continuar crescendo e produzindo alimento, que é o mais importante”, comentou.

A Cooperativa Santa Clara, por sua vez, figurou entre as marcas preferidas e lembradas pelos gaúchos na mesma categoria e também celebrou o primeiro lugar no ranking de Produtos Lácteos. O seu presidente, Gelsi Belmiro Thums, conta com um cenário positivo no momento, em que o leite aparece como um dos produtos da agropecuária com preços em alta.
Mesmo assim, ele avalia que o momento traz incertezas: “o leite tem altas e baixas, historicamente vemos picos no preço. É muito incerto e imprevisível”, comenta. Neste cenário, ele acredita que o segredo é manter a calma. “A gente trabalha sempre com cautela e cuidado; jamais fazer projetos ou investimentos que ficariam inviáveis no futuro”, pontua.

Diretamente da Serra Gaúcha, a Vinícola Garibaldi também foi premiada em duas categorias. Além de ser a marca de espumante mais lembrada e preferida pelos gaúchos, conquistou o quinto lugar no segmento de vinhos. Semelhante aos demais produtos que dependem das condições climáticas para sua produção, a cooperativa enfrentou um 2024 de dificuldades.

"A gente veio de um ano muito desafiador, mas que mesmo assim foi positivo para a Garibaldi. Agora, em 2025, recém encerramos uma safra, que foi uma safra normal, dentro da média. E a qualidade dela é muito boa porque o clima foi bastante favorável. A perspectiva para o ano é muito favorável, temos vários lançamentos previstos", avalia o presidente do Conselho de Administração da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Oscar Ló.

Diante das incertezas – climáticas ou econômicas – as cooperativas possuem um importante papel de amparo aos produtores. “O objetivo da cooperativa é desenvolver a economia, a questão social das pessoas, o índice de desenvolvimento humano das comunidades e estar junto na produção de alimentos”, avalia Manica.

Thums, inclusive, relembra a atuação recente em prol do bem comum: “As cooperativas uniram forças, trabalharam muito forte em prol dos cooperados. Elas vivem a comunidade e são também comunidades. As cooperativas são, acima de tudo, famílias. Esse é o diferencial do setor cooperativo”. (Jornal do Comércio)

Suplemento à base de bactérias é novidade na pecuária

A Phibro Saúde Animal levará ao Seminário Novos Enfoques sua mais recente inovação para a pecuária: o suplemento probiótico Bovacillus™. Desenvolvido pela Novonesis e comercializado com exclusividade no Brasil pela Phibro, o produto será apresentado na 27ª edição do evento, que acontece nos dias 20 e 21 de março, no Center Shopping, em Uberlândia (MG). O seminário, promovido pela Consultoria Agropecuária Júnior (ConapecJr), reúne profissionais e estudantes das áreas de agronomia, veterinária e zootecnia interessados em novas tecnologias para a produção e reprodução bovina. 
 
O médico veterinário Lucas Ghizzi, gerente de produtos e serviços técnicos para bovinos de leite da Phibro, destaca a importância do evento como oportunidade para apresentar soluções inovadoras. "É uma excelente oportunidade para levar a um público bastante qualificado uma solução moderna, eficiente e natural, que proporciona mais saúde e desempenho, por meio da nutrição, para os bovinos de corte e leite. O evento reúne profissionais e estudantes que estão atentos às novidades tecnológicas, principalmente, ao que diz respeito à produção e reprodução de bovinos. Nesse sentido, a Phibro tem muito a contribuir", comenta. 

Bovacillus™ é um suplemento probiótico que contém as bactérias Bacillus licheniformis e Bacillus subtilis, responsáveis por otimizar a digestibilidade e fortalecer a saúde intestinal dos bovinos. O produto pode ser utilizado em todas as fases de desenvolvimento do rebanho, tanto na pecuária de corte quanto na produção leiteira. Além disso, sua formulação permite a inclusão em rações peletizadas, suplementos minerais e sucedâneos lácteos sem comprometer a viabilidade do probiótico. 

Lucas ressalta que o suplemento se alinha às demandas atuais do setor por soluções sustentáveis. “O suplemento aumenta a eficiência alimentar dos bovinos e melhora o retorno financeiro para os pecuaristas, contribuindo para a maior produção de carne e de leite”, conclui. (Agrolink)


Jogo Rápido

 Aumento da demanda e de custo com matéria-prima eleva preços do UHT e da muçarela
A produção de lácteos em algumas bacias leiteiras, intensificando a competição pela matéria-prima em fevereiro o preço médio do leite UHT subiu 1,93% e o da muçarela, 0,33%, em relação ao mês anterior, passando para R$ 4,35/litro e R$ 33,20/kg. Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) aponta que, em fevereiro, o preço médio do leite UHT subiu 1,93% e o da muçarela, 0,33%, em relação ao mês anterior, passando para R$ 4,35/litro e R$ 33,20/kg, respectivamente. De acordo com agentes consultados pelo Cepea, o impulso veio sobretudo do fortalecimento da demanda durante a primeira quinzena do mês. Além disso, o aumento nos custos, dada a elevação nos preços do leite cru, reforçou o movimento de alta destes derivados. (CEPEA VIA TERRA VIVA)


 
 
 

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Porto Alegre, 24 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.357


Associados ao Sindilat RS têm desconto no MilkPro Summit 2025

Os associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) contam com condições especiais para participar do MilkPro Summit 2025, evento que ocorrerá nos dias 15 e 16 de maio, em Atibaia (SP). 

A iniciativa busca reunir produtores, especialistas e investidores para discutir o futuro da produção leiteira no Brasil e no mundo e está dividida entre seis paineis temáticos focados nas mudanças provocadas pela tecnologia. São eles: Tendências para o leite no mundo: produção e consumo; A fronteira da inovação, digitalização e IA aplicada à atividade leiteira; Farmer’s Forum – A visão de negócio de 3 produtores globais; Mudando o jogo na comunicação com o consumidor; Leadership Talk e Estratégia de negócios envolvendo a atividade leiteira. 

Para garantir a inscrição com 10% de desconto, os sócios devem acessar o link disponível no site do Sindilat, clicando aqui. 

O evento também contará com paineis de discussão e momentos para a troca de experiências e ampliação de conexões no setor.

Programação completa você encontra no site:

https://www.milkprosummit.com.br/

Assessoria de imprensa Sindilat com informações do Milkpoint


Consumo de laticínios | Algumas razões científicas para manter o leite na sua alimentação

Essencial para a saúde óssea, esse mineral também participa da contração muscular e do controle da pressão arterial.

Desde tempos imemoriais, o ser humano e o leite compartilham uma longa trajetória. Evidências históricas indicam que já em 5000 a.C. nossos ancestrais dominavam a arte da ordenha, garantindo uma fonte nutritiva essencial à sobrevivência.

No entanto, em tempos recentes, esse vínculo tem sido questionado por um fenômeno conhecido como “terrorismo nutricional”, que rotula certos alimentos como vilões da saúde.

Por outro lado, a ciência vem mostrando que excluir os laticínios da dieta sem justificativa médica pode ser um equívoco. Pesquisas recentes, como um estudo publicado em novembro no Clinical Nutrition, revelam que a maioria dos laticínios não está associada ao risco de pré-diabetes.

Na verdade, os resultados sugerem que o consumo de leite desnatado pode até reduzir as chances de desenvolver essa condição. No entanto, há um alerta: a ingestão excessiva de laticínios ricos em gordura pode trazer efeitos negativos.

O Pré-diabetes e o papel da alimentação
O pré-diabetes caracteriza-se por níveis elevados de glicose no sangue, mas ainda abaixo do limiar diagnóstico do diabetes tipo 2.

Para entender melhor essa relação, cientistas europeus analisaram dados de 7.521 indivíduos do estudo britânico Fenland. Embora a pesquisa não comprove causalidade, os achados abrem novas perspectivas sobre o impacto dos laticínios na saúde metabólica.

Leite e a saúde do coração
Muito se especula sobre a influência dos laticínios nas doenças cardiovasculares. Contudo, estudos recentes indicam que, quando consumidos com moderação, esses alimentos não elevam o risco de problemas cardíacos. No Brasil, o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil) apontou até benefícios para as artérias.

E quanto às inflamações? Até o momento, não há comprovação de que os laticínios sejam gatilhos diretos para processos inflamatórios. Mas para indivíduos com alergias ou intolerâncias, o cenário muda.

Alergia ou intolerância? Entenda a diferença
Alergia ao leite é uma reação imunológica exacerbada contra a proteína da bebida, desencadeando sintomas como vômitos, diarreia e dificuldades respiratórias.

Exames específicos ajudam a diagnosticar a condição. Já a intolerância à lactose ocorre devido à baixa produção de lactase, enzima responsável pela digestão do açúcar do leite. Nesse caso, os sintomas incluem inchaço abdominal, gases e desconfortos intestinais. Testes clínicos e genéticos podem confirmar o quadro.

Se a ingestão de laticínios não causa desconforto e não há restrições médicas, não há razão para bani-los da dieta. Pelo contrário, sua exclusão pode resultar em deficiências nutricionais.

Laticínios: Uma fonte de nutrientes essenciais
Leite e derivados são verdadeiros pacotes de nutrição. As diretrizes alimentares recomendam o consumo de três porções diárias, destacando-se o cálcio como um dos nutrientes mais valiosos. Essencial para a saúde óssea, esse mineral também participa da contração muscular e do controle da pressão arterial.

Além disso, os laticínios fornecem proteínas de alta qualidade, como a caseína, indispensáveis para a manutenção muscular e a saciedade. No quesito vitaminas, esses alimentos oferecem vitamina A, várias do complexo B e pequenas quantidades de vitamina D, fundamentais para a imunidade e a fortificação óssea.

No entanto, há um componente que exige atenção: a gordura saturada. O consumo excessivo pode elevar os níveis de colesterol e afetar a saúde cardiovascular. Por isso, a recomendação para adultos é optar pelo leite desnatado e por queijos magros, como minas frescal, cottage e ricota.

Equilíbrio é a chave
O segredo está na moderação e na escolha consciente. Ler rótulos, equilibrar o consumo e não cair em modismos alimentares são passos fundamentais para uma alimentação saudável. Afinal, exageros – para mais ou para menos – podem comprometer a saúde. Quando se trata de nutrição, a melhor receita continua sendo o bom senso. (Fonte Catraca Livre via Edairy News)

Leite/América do Sul

A produção de leite sul-americana supera as expectativas neste verão Analistas e contatos do mercado dizem que a produção de leite sul-americana, como um todo, atende ou supera as expectativas, neste verão. Semana após semana, comerciantes relatam que a produção de leite está relativamente estável, e os volumes estão impulsionando as atividades industriais nos principais países produtores da região. A expectativa é de que a colheita de milho no Brasil irá superar a média dos últimos cinco anos, mas será menor do que a obtida no ano passado. As condições climáticas foram mais favoráveis do que o previsto, neste verão. Como os contratos de compra de commodities lácteas foram fechados para o 1º trimestre, pouca alteração deverá ocorrer no quadro, antes do início de abril. Comerciantes da Argentina e Uruguai informam que as demandas recentes do Brasil e Argélia estão firmes. Existem mais perguntas do que respostas sobre o que ocorrerá no 2º trimestre com a maior produção de leite da região e a volatidade do mercado internacional. 

FONTE: Relatório USDA Tradução livre: www.terraviva.com.br


Jogo Rápido

Argentina: produtor saiu do leite mais barato a um dos mais caros em um ano
Existe alguma atividade que tenha aumentado seus ganhos em 40% em dólares? Foi exatamente o que aconteceu com o setor leiteiro argentino. No início do ano passado, o preço pago aos produtores estava dentro da média histórica de 30 centavos de dólar por litro. Naquele momento, segundo uma comparação do OCLA (Observatório da Cadeia Láctea), depois da grande desvalorização cambial promovida por Milei no início de sua gestão, a Argentina produzia o leite mais barato do mundo. No Uruguai, o preço era 0,36 dólares por litro, no Chile 0,45, no Brasil 0,43, na União Europeia 0,50, nos Estados Unidos 0,49, na China 0,51, e na Nova Zelândia, considerada referência na pecuária leiteira, o valor também era de 0,36 dólares. Um ano depois, o cenário mudou drasticamente. O valor do leite em dólares na Argentina aumentou 40%, chegando a quase 43 centavos de dólar por litro em janeiro. Assim, os produtores argentinos passaram do inferno ao paraíso, pois agora recebem mais em dólares do que seus colegas no Uruguai, Brasil, Nova Zelândia e até China. Hoje, os produtores de leite argentinos recebem um dos preços mais altos do planeta. Os dados de fevereiro mostram uma situação ainda mais favorável: com base nos preços médios pagos aos produtores registrados no SIGLEA, o valor do leite em dólares subiu para 0,429 dólares por litro. Esse número resulta da conversão do preço médio em pesos (447,42 pesos por litro em fevereiro) pelo câmbio oficial do Banco Nación. Em moeda local, a alta anual do leite supera 80%. Muitos produtores estão comemorando: raramente na Argentina o preço do leite pago ao produtor ultrapassou 40 centavos de dólar, e agora eles acreditam que este patamar será difícil de reverter. Algumas condições estruturais ajudaram a provocar esse cenário e indicam que ele pode não durar muito. Um fator determinante foi a escassez de leite ao longo de 2024, resultado da seca de dois anos atrás, que deixou muitos produtores em dificuldades. A baixa oferta elevou os preços tanto em pesos quanto em dólares. Ao longo de quase todo o ano passado, a produção de leite caiu, contribuindo para a alta dos preços. Somente nos últimos três meses, a partir de novembro de 2024, a produção começou a mostrar sinais de recuperação, superando os volumes do mesmo período do ano anterior. Em janeiro de 2025, por exemplo, a oferta de leite dos produtores argentinos foi de 880 milhões de litros, um crescimento de 5,6% em relação a janeiro de 2024. Ainda assim, ao somar os últimos 12 meses, a produção total de leite no país caiu 5%. Outro fator essencial que explica por que os produtores argentinos estão entre os que mais recebem pelo leite no mundo é o atraso cambial. Se o preço do leite em pesos cresceu 82% entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025, mas em dólares subiu apenas 40%, fica evidente que a paridade cambial não evoluiu no mesmo ritmo. Essa discrepância distorce todo o cenário. As informações são do Bichos de Campo, traduzidos e adaptadas pela equipe MilkPoint.


 
 
 

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Porto Alegre, 21 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.352


Outono 2025 deverá ser mais quente no RS

O outono iniciou ontem (20/03), às 6h01 da manhã, e deve terminar no dia 20 de junho, às 23h42. É uma estação considerada de transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco.De acordo com o coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS), meteorologista Flávio Varone, vai ser um período com condição de mais neutralidade. “Ao contrário dos últimos anos, que nós viemos passando sobre influência ou do El Niño ou do La Niña, neste ano, não teremos a influência destes fenômenos”, afirma.Chuva: Durante este mês de março e abril, a ocorrência será de pouca chuva.  “Esta condição não recupera mananciais, não recupera reservatórios, devido à estiagem, o que traz consequências para a agricultura”, afirma Varone. Já a partir de maio e, principalmente, em junho, a condição de chuvas melhora no Rio Grande do Sul. “Em resumo, o outono começa com um tempo um pouco mais seco e aos poucos, vai voltando à normalidade, com chuvas mais abundantes nos meses de maio e junho, recuperando esta perda hídrica registrada pelo estado”, declara Varone.Temperatura: As temperaturas no outono serão mais quentes, um pouco acima da média histórica, em boa parte do Rio Grande do Sul, principalmente nos meses de abril e maio. As entradas de massas de ar mais frio, mais robustas, só são esperadas no final do outono. “Isto não quer dizer que não entrem massas de ar frio em alguns períodos, mas serão mais esporádicas”, diz o meteorologista do Simagro. 

PREVISÃO METEOROLÓGICA DE 20 A 26/03/2025

A previsão para os próximos dias indica tempo predominantemente seco na maior parte do Estado, com possibilidade de chuvas isoladas e passageiras nas regiões Norte, Alto Uruguai, Missões, Central, Vale do Rio Pardo, Vale do Taquari, Serra, Campos de Cima da Serra, Metropolitana, Litoral Norte, Sul e Campanha. Os volumes mais expressivos são esperados para as regiões Norte, Missões, Alto Uruguai e Sul. Na quinta-feira (20/03), sexta-feira (21/03) e sábado (22/03), o sistema de alta pressão, que vem atuando nos últimos dias, continuará influenciando o tempo em todo o Estado. Por isso, não há previsão de chuva significativa para nenhuma região nesses dias. Já no domingo (23/03) e na segunda-feira (24/03), efeitos de circulação podem favorecer a formação de alguns núcleos de precipitação isolados e passageiros em grande parte do Estado, com maior probabilidade nas regiões Norte, Missões, Alto Uruguai, Metropolitana, Campanha e Sul. Na terça-feira (25/03) e na quarta-feira (26/03), o sistema de alta pressão volta a predominar, mantendo o tempo seco em todo o Estado, sem previsão de chuva significativa.

Em relação às temperaturas máximas, na quinta-feira (20/03), sexta-feira (21/03) e sábado (22/03), os maiores valores devem ser registrados nas regiões da Fronteira Oeste, Missões e Central, podendo atingir até 35 °C. Nos dias seguintes (23, 24, 25 e 26/03), além dessas regiões, Vale do Rio Pardo, Metropolitana e Litoral Norte também devem apresentar elevação nas temperaturas, podendo chegar a 36 °C na Região Metropolitana. Já em relação à temperatura mínima prevista, os menores valores deverão ser observados nas regiões de Campos de Cima da Serra e Serra, podendo atingir 8 °C em alguns municípios. (SEAPI)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1859 de 20 de março de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

O rebanho leiteiro está em boas condições em função do clima, que proporciona melhor conforto térmico aos animais. As fases da criação variam conforme o planejamento de cada propriedade, sem anormalidades. O estado nutricional das vacas melhorou em virtude da queda das temperaturas, que beneficiaram o pastejo e a recuperação da produção. Em relação ao aspecto sanitário, o clima seco diminuiu os problemas de casco e mastite, embora haja relatos de alta incidência de carrapatos em algumas propriedades.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção de leite caiu 14% nas últimas semanas devido ao calor intenso, que levou os animais a passarem mais tempo na sombra e na água, reduzindo a alimentação. Em algumas localidades, a escassez de água também tem impactado os rebanhos. 

Na de Caxias do Sul, o calor afetou os rebanhos leiteiros, exigindo mitigação com ventiladores, aspersores e manejo de sombra. 

Na de Erechim, o estresse térmico diminuiu a produção, mas muitas propriedades já estão profissionalizadas e adaptadas para enfrentar períodos de calor intenso. 

Na de Frederico Westphalen, o preço do leite continuou estável, e há expectativa de leve melhora nas próximas semanas. A produção segue em queda, influenciada pela sazonalidade e pelas altas temperaturas, que causam estresse térmico, limitando o consumo de alimentos e o bem-estar animal. 

Na de Ijuí, as temperaturas mais baixas proporcionaram aos animais a retomada do consumo de pasto, mas a situação está ainda mais crítica em áreas sem sombra ou controle térmico.

Na de Passo Fundo, continuam as vacinações e o controle de mosca-dos-chifres e carrapatos. 

Na de Pelotas, segue a vacinação de terneiras contra brucelose. 

Na de Porto Alegre, a estiagem ampliou o vazio forrageiro entre as pastagens de verão e as de inverno. 

Na de Santa Rosa, a produção de leite sofreu queda de 20% em razão da estiagem, mas já houve 
estabilização. A expectativa é de recuperação da produtividade, auxiliada por ajustes na alimentação e pelo uso de alimentos conservados. 

Na de Soledade, as temperaturas mais amenas amenizaram o estresse térmico no gado leiteiro. (Emater editado pelo Sindilat RS)

Nota de Conjuntura: Mercado de Leite e Derivados - Março de 2025

As perspectivas para o comércio internacional e para a economia mundial como um todo já estão sendo impactadas pela iniciativa dos Estados Unidos de impor tarifas unilaterais decretadas sobre seus parceiros comerciais. Esta é uma estratégia que aparentemente visa corrigir o enorme déficit comercial americano, desvalorizando o dólar e incentivando maior produção de bens e serviços no país. Estas medidas têm gerado incertezas e volatilidade nos mercados, aumentando o risco de recessão nos Estados Unidos e em outras potências econômicas mundiais, o que pode refletir no Brasil.

A produção mundial de lácteos segue se ajustando à demanda, com algum aumento registrado na produção, o que tem permitido recentemente ligeiro recuo nas cotações internacionais de lácteos, após um período de contínuas altas. Após duas quedas consecutivas, o último leilão do GDT registrou estabilidade nas cotações e nos volumes comercializados, com preço médio de USD 4.245/ t.

No cenário doméstico, os principais indicadores macroeconômicos sinalizam para um crescimento da economia em 2025, estimado em 2,0% no último Boletim Focus, embora isso represente significativa redução em relação ao observado no ano de 2024. Os indicadores de emprego e renda seguem favoráveis, garantindo a melhoria do poder de compra da população. Alguns indicadores da atividade econômica como serviços e vendas do comércio apresentaram queda no primeiro mês do ano, mas com resultados positivos em 12 meses. Os últimos dados fiscais apontaram para uma pequena queda de 0,9% na dívida bruta brasileira no início de 2025. Estes dados e a evolução da economia brasileira permitiram a queda da cotação do dólar no início deste ano. Mas ainda há incertezas, em função do crescente aumento das expectativas inflacionárias, das altas taxas de juros e da gestão dos gastos públicos. Isso pode impactar o mercado de trabalho e a renda da população, que vêm apresentando resultados positivos, e sustentando a demanda por leite e derivados.

A produção de leite inspecionada cresceu pelo segundo ano consecutivo, aumentando 3,1% em 2024 em relação ao ano anterior. Este é o resultado de margens e termos de trocas mais favoráveis ao produtor,  viabilizando  a  recuperação  da  produção 

doméstica. No entanto, a importação continua em patamar elevado. Com crescentes volumes exportados, a pecuária de leite argentina tem exibido aumento de produção nos últimos meses. A maior estabilidade econômica, o controle da inflação e a retirada de barreiras às exportações explicam este crescimento e o Brasil é importante destino deste fluxo.

O mês de março marca o início da entressafra do leite no Brasil. Nos cinco meses entre março e julho historicamente a produção mensal cai para abaixo da média observada nos 12 meses do ano. Os preços do mercado spot, que sofreram expressiva elevação no mês de março, sinalizam menor disponibilidade de produto e demanda firme da indústria. A menor disponibilidade doméstica e uma postura mais agressiva de algumas empresas na captação de novos fornecedores de matéria prima podem alavancar o preço ao produtor nos próximos meses (Figura 1).

A atividade econômica mais aquecida nos últimos anos, com o aumento da massa de rendimento das famílias, tem mantido firme a demanda por lácteos. Isso tem possibilitado o aumento da produção nacional de leite mesmo em um cenário de pressão de importações. A evolução recente dos termos de troca tem favorecido a maior oferta doméstica de leite e esta situação pode prosseguir nos próximos meses. As dúvidas sobre a evolução do poder de compra da população e os custos domésticos mais altos que os internacionais lançam incertezas sobre a evolução da produção nacional em um cenário de menor crescimento do emprego e da renda, que é uma das possibilidades para o ano de 2025.

Figura 1. Sazonalidade da produção leiteira inspecionada no Brasil. Médias diárias de produção a cada mês comparada com a média diária anual, expressas em valores percentuais, 2014-2023.

Fonte: Embrapa Gado de Leite, IBGE (2025).

Resumo das informações discutidas na reunião de conjuntura da equipe do Centro de Inteligência do Leite, realizada em 18 de março de 2025.

Autores*: Samuel José de Magalhães Oliveira, Alziro Vasconcelos Carneiro, Kennya Beatriz Siqueira, Lorildo Aldo Stock, Luiz Antonio Aguiar de Oliveira, Manuela Sampaio Lana, Marcos Cicarini Hott, Walter Coelho Pereira de Magalhães Junior. 

*Pesquisadores e analistas da Embrapa Gado de Leite.


Jogo Rápido

Leite Cepea
O preço do leite ao produtor subiu neste começo de 2025 a cotação do leite captado em janeiro foi de R$ 2,6492/litro (“Média Brasil”), altas de 2,5% em relação ao mês anterior e de 18,7% frente a janeiro/24. Depois de registrar quedas ao longo do último trimestre de 2024, o preço do leite ao produtor voltou a subir neste começo de 2025. Pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que a cotação do leite captado em janeiro foi de R$ 2,6492/litro (“Média Brasil”), altas de 2,5% em relação ao mês anterior e de 18,7% frente a janeiro/24, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de janeiro). (CEPEA VIA TERRA VIVA)


 
 
 

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Porto Alegre, 20 de março de 2025                                                         Ano 19 - N° 4.351


Conselho Técnico da Pecuária Leiteira tem nova presidência

O Conselho Técnico Operacional da Pecuária Leiteira do Fundesa-RS elegeu essa semana seu novo comando para o próximo biênio. O presidente da Febrac e da Gadolando, Marcos Tang assume a presidência, apoiado pela coordenadora do Programa de Tuberculose e Brucelose na Secretaria da Agricultura, Ana Cláudia Groff, na vice-presidência.Tang sucede Rodrigo Rizzo, da Farsul, que permaneceu no cargo por dois anos. Rizzo destaca os desafios enfrentados em sua gestão, incluindo o ano atípico de 2024 em função da enchente que afetou diretamente a bacia leiteira do Rio Grande do Sul. “Mesmo assim mantivemos, com alguns avanços, o status sanitário do rebanho leiteiro do estado.”Já o novo presidente, Marcos Tang, aponta o papel importante do Conselho Técnico como validador das propostas para avançar na sanidade animal do estado. “Ninguém quer ter problemas sanitários em sua propriedade, mas se tiver, que que eliminar rapidamente e evitar que se propague. E o Fundesa é de extrema importância para dar mais segurança ao produtor e mantê-lo na atividade”, destacou. Para Tang, é uma honra e um grande compromisso ter sido escolhido para o cargo de presidente do CTO.

O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, agradeceu a atuação de Rodrigo Rizzo no cargo e desejou sucesso ao novo presidente Marcos Tang. “A presidência de um CTO exige atenção e diplomacia. É uma difícil tarefa que envolve coordenar atividades e atender as demandas, mantendo uma boa gestão técnica e administrativa.”

Na reunião foi aprovada a nova tabela de indenizações da pecuária leiteira, de acordo com o reajuste da UPF, de 4,71% em relação ao exercício anterior. O novo valor passará pela aprovação do Conselho Deliberativo na Assembleia Geral Ordinária de 15 de abril.

Veja no link abaixo os valores atuais da tabela de indenizações.

https://fundesa.com.br/_files/pasta/1/623b808396e5f.pdf

Sobre os Conselhos Técnicos Operacionais

O Fundesa possui quatro Conselhos Técnicos Operacionais do Fundesa, um de cada cadeia que integra o fundo. Os CTOs são grupos formados por representantes das quatro cadeias produtivas, incluindo técnicos do Ministério e da Secretaria da Agricultura. Têm papel importante no desenvolvimento e na defesa sanitária animal no estado e são responsáveis por propor ações e estratégias voltadas para a sanidade animal. As propostas elaboradas pelos CTOs são analisadas e votadas pelo Conselho Deliberativo do Fundesa. (FUNDESA)


GDT 376: leite em pó se mantém valorizado no mercado internacional

O 376º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) foi realizado nesta terça-feira (18/03) e apresentou movimentos de preços variados entre as categorias de produtos. Leia mais!

O 376º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) foi realizado nesta terça-feira (18/03) e apresentou movimentos de preços variados entre as categorias de produtos.

O GDT Price Index, que representa a média ponderada dos produtos negociados, fechou em USD 4.245/ton, registrando uma estabilidade em relação ao evento anterior, conforme mostrado no Gráfico 1.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

Nos primeiros meses de 2025, o leite em pó integral (LPI), principal produto negociado no GDT, registrou uma sequência de altas que o consolidou em patamares mais elevados. No leilão anterior, porém, apresentou sinais de perda de força, com pequenos recuos. Já no último leilão, o preço médio da categoria se estabilizou, fechando em USD 4.052/ton – um pequeno aumento de 0,2% em relação ao leilão da primeira quinzena de março, conforme ilustra o Gráfico 2.

Gráfico 2. Preço médio LPI

Por outro lado, algumas categorias seguem em alta, como o Cheddar (+1,0%) e a Mozzarella, que avançou 5,1%. Além dessas categorias, destaca-se o patamar de preços da manteiga, que com o avanço de 1,1% no último leilão renovou seus valores máximos no leilão. A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao fim do evento, assim como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 18/03/2025.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
 
Redução no volume negociado

O volume negociado no leilão seguiu em queda. Foram comercializadas 19.540 toneladas, o que representa uma retração de 6,9% em relação ao evento anterior. Esse é o menor volume negociado para um mês de março desde 2018.

Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
 
Impacto nos contratos futuros
Os contratos futuros de leite em pó integral na Bolsa da Nova Zelândia (NZX Futures) seguem apresentando correções de baixas para os próximos meses, com uma expectativa de demanda internacional mais contida e algum crescimento da oferta dos principais países exportadores.
 
Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?
Similar ao último leilão, o cenário de estabilidade no índice mantém os valores internacionais elevados, acima das médias dos últimos anos. Com isso, mercados compradores como Oriente Médio, Norte da África (especialmente a Argélia) e Ásia (com destaque para a China) seguem demandando produtos da Argentina e do Uruguai, intensificando a concorrência com o Brasil.

Nesse contexto, espera-se que o Brasil continue enfrentando uma oferta mais restrita do Mercosul, o que pode contribuir para a manutenção dos atuais preços no mercado interno. 

Outro ponto relevante sobre o resultado do Global Dairy Trade de 18 de março de 2025 é a incerteza no curto prazo do mercado global de leite. A ameaça de novas tarifas impostas pelos Estados Unidos, especialmente sobre seus vizinhos Canadá e México, impacta diretamente a cadeia láctea. Nos últimos anos, os EUA supriram grande parte da demanda desses países, mas, diante da possibilidade de barreiras comerciais, Canadá e México podem buscar novas fontes de abastecimento, especialmente no mercado europeu. (Milkpoint)

Copom eleva juros básicos da economia para 14,25% ao ano

Preço dos alimentos e incertezas globais influenciaram decisão

A alta do preço dos alimentos e da energia e as incertezas em torno da economia global fizeram o Banco Central (BC) aumentar mais uma vez os juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano.

Além de esperada pelo mercado financeiro, a elevação em 1 ponto havia sido anunciada pelo Banco Central na reunião de janeiro.

Essa foi a quinta alta seguida da Selic. A taxa está no maior nível desde outubro de 2016, quando também estava em 14,25% ao ano. A alta consolida um ciclo de contração na política monetária.

Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto e duas de 1 ponto percentual.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial, ficou em 1,48%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o fim do bônus de Itaipu sobre a conta de luz e o preço de alguns alimentos contribuíram para o índice.

Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,87% em 12 meses, acima do teto da meta do ano passado. Pelo novo sistema de meta contínua em vigor a partir deste mês, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.

No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em março de 2025, a inflação desde abril de 2024 é comparada com a meta e o intervalo de tolerância. Em abril, o procedimento se repete, com apuração a partir de maio de 2024. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de dezembro pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2025 em 4,5%, mas a estimativa pode ser revista, dependendo do comportamento do dólar e da inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de março.

As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,66%, mais de 1 ponto acima do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 5,6%.

Crédito mais caro

O aumento da taxa Selic ajuda a conter a inflação. Isso porque juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas maiores dificultam o crescimento econômico.

No último Relatório de Inflação, o Banco Central elevou para 2,1% a projeção de crescimento para a economia em 2025.

O mercado projeta crescimento um pouco menor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 1,99% do PIB em 2025.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir. (Zero Hora)


Jogo Rápido

Piracanjuba ProForce é nova marca da linha de proteicos da Piracanjuba
Com a qualidade de sempre, produtos com a nova marca começam a ser distribuídos nos principais pontos de vendas do país a partir de março. Na versão UHT, a novidade se estende ao lançamento de dois sabores: Cookies and Cream e Banoffee. A linha de proteicos da Piracanjuba agora tem nova marca, Piracanjuba ProForce. O nome substitui Piracanjuba Whey, mas sem alterar a qualidade dos produtos dessa categoria. A novidade alcança tanto o whey protein em pó como as bebidas prontas para beber com alto teor de proteína. Estas, inclusive, ganham dois novos sabores: Cookies and Cream e Banoffee, que entram no lugar das versões baunilha e banana, respectivamente. Além de atender uma demanda da legislação, a mudança de nomenclatura vem reforçar o compromisso da marca em oferecer soluções proteicas, nutritivas, práticas e saborosas. “Com ProForce ganhamos mais corpo para expansão da linha de proteinados da Piracanjuba, com produtos que envolvam performance e energia”, destaca a diretora de Marketing do Grupo Piracanjuba, Lisiane Campos. A mudança também está em linha com o posicionamento da Piracanjuba, que tem como essência ‘Para viver bem’. “Com Piracanjuba Proforce, a marca amplia a presença na jornada do consumidor, oferecendo um portfólio mais diversificado que acompanha as necessidades dos consumidores, que estão cada vez mais atentos à saúde e ao bem-estar" complementa Lisiane. As primeiras bebidas proteicas da Piracanjuba foram lançadas em 2018. Atualmente, a marca está entre as mais vendidas no ranking de bebida com alto teor de proteína, segundo dados de 2024, da Nielsen. O portfólio, hoje, inclui 11 bebidas, sendo cinco versões com 23g de proteínas e seis com 15g de proteínas. “São opções práticas e gostosas para quem busca reforçar a quantidade diária de consumo de proteína”, cita Lisiane. Além das bebidas, no ano passado a marca lançou suplemento em pó com 21g de proteínas por porção. O produto está disponível nos sabores Chocolate e Milk, em potes com 450g. “Ao ampliar e diversificar nossa linha de proteicos esperamos atender a demanda, cada vez maior, por produtos que se encaixem na rotina de quem prioriza o cuidado com a saúde e o bem-estar. É pensando nesse público, que vai do atleta aos praticantes de atividades físicas leves, que seguimos investindo em inovação e novidades que aliem praticidade a qualidade, característica indispensável aos produtos da marca”, explica Lisiane. O desenho da nova logomarca foi desenvolvido pela FutureBrand e simboliza a energia em movimento, voltada à alta performance. Com curvas suaves, a marca transmite a simplicidade e a fluidez de uma vida em constante movimento. Portfólio diversificado: - Bebidas em embalagens de 250ml e com 23g de proteínas. Atuais sabores disponíveis: Frutas Vermelhas, Cacau, Pasta de Amendoim, Cookies and Cream e Banoffee. Bebidas com 15g de proteínas: Quatro opções na versão 250ml: Chocolate, Morango, Coco e Café +. Duas opções em embalagens de 1 litro: Coco e Chocolate. - Whey protein em pó com 21g de proteínas por porção Em embalagens de 450g, está disponível nos sabores Chocolate e Milk. (As informações são da Pirancajuba)