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Porto Alegre, 16 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.778

   Pesquisa aponta que não há relação significativa entre gordura do leite e doenças cardíacas

A manteiga no pão e o café com leite integral estão absolvidos de males provocados ao coração, aponta estudo publicado esta semana na revista “American Journal of Clinical Nutrition”. Segundo pesquisadores da Universidade do Texas, não existe relação significativa entre o consumo de gordura do leite e doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais, problemas geralmente associados a uma dieta rica em gordura saturada.
— Nossas descobertas não apenas apoiam, mas fortalecem, o crescente corpo de evidências que sugere que a gordura do leite, ao contrário da crença popular, não aumenta o risco de doenças cardíacas e a mortalidade em adultos — afirmou Marcia Otto, professora do Departamento de Epidemiologia, Genética Humana e Ciências Ambientais na Universidade do Texas e autora principal do estudo. — Além de não contribuir para a morte, os resultados sugerem que um ácido graxo presente no leite pode reduzir os riscos de morte por doenças cardiovasculares, particularmente de AVCs.

O estudo avaliou como os biomarcadores dos ácidos graxos presentes na gordura do leite estão relacionados com doenças cardiovasculares e causas de mortes ao longo de um período de 22 anos. Essa metodologia, defendem os pesquisadores, em vez de confiar nos relatos sobre a dieta, dão uma visão mais objetiva ao impacto da exposição de longo prazo desses ácidos graxos.

Participaram das pesquisas cerca de 3 mil adultos idosos, com idade superior a 65 anos, que tiveram medido o nível de plasma de três diferentes ácidos graxos encontrados na gordura do leite. A primeira medição aconteceu em 1992; a segunda, em 1998; e a última, em 2005.

Nenhum dos ácidos graxos medidos foi associado à mortalidade, sendo que um deles pareceu proteger contra mortes provocadas por doenças cardiovasculares. Os participantes com altos níveis desse ácido graxo, que sugeria maior consumo de produtos com a gordura do leite, tinham 42% menos risco de morrer por um acidente vascular cerebral.

— Os consumidores têm sido expostos a tantas informações diferentes e conflituosas sobre dietas, particularmente em relação a gorduras — criticou Marcia. — Por isso é importante termos estudos robustos, para que as pessoas tomem decisões informadas com base em fatos científicos.

Atualmente, o Departamento de Saúde dos EUA recomenda o consumo de produtos livres ou com pouca gordura do leite, com leite desnatado, queijos e iogurtes magros e, quando possível, a substituição por soja. Contudo, ressalta Marcia, alimentos industrializados com baixo teor de gordura normalmente incluem grandes quantidades de açúcar.

— Consistente com pesquisas anteriores, nossos resultados destacam a necessidade de se revisitar as recomendações atuais sobre todos os alimentos com gordura do leite, que são ricas fontes de nutrientes como cálcio e potássio — afirmou a pesquisadora. — Eles são essenciais para a saúde não apenas na infância, mas ao longo de toda a vida, particularmente nos últimos anos quando a desnutrição e condições como a osteoporose são mais comuns. (As informações são do Jornal O Globo) 

 
Sindilat é parceiro do 2º Simpósio Internacional de Governança Corporativa, Cooperativa e Territorial

O Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat) será parceiro na realização do 2º Simpósio Internacional de Governança Corporativa, Cooperativa e Territorial. Promovido pela Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul (Unijuí), o evento acontece nos dias 22 e 23 de agosto, no Centro de Eventos Unijuí (rua do Comércio, 3000, bairro Universitário).  

Composto por um ciclo de palestras e mesas de discussão, o objetivo é fomentar o desenvolvimento de atividades voltadas à investigação e análise dessas governanças em um ambiente científico multi-institucional de âmbito internacional que permitam, em longo prazo, divulgar e debater estudos, pesquisas experiências sobre o assunto. 

Entre os palestrantes estarão o doutor em contabilidade Daniel Knebel Baggio, que falará sobre o sistema de governança no ramo do crédito, e a médica oftalmologista Ana Regina Cruz Vlainich, vinculada à Universidade de São Paulo, que ministrará palestra sobre a governança em cooperativas do ramo cooperativista da saúde. Além do ciclo de palestras, a atividade contará com o lançamento do livro “Governança Corporativa, Cooperativa e Territorial, editado pelo Sistema OCERGS/SESCOOP/RS. No total, o evento vai receber 14 palestrantes que darão suas contribuições sobre os temas ligados à governança. 

A participação no simpósio é gratuita e pode ser realizada por meio do e-mail ppgdes@unijui.edu.br ou pelo telefone (55) 33320598 do Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu em Desenvolvimento Regional da Unijuí até o dia 15/08/2018. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Kantar Worldpanel: lazer deixa de ser prioridade na lista dos gastos mais expressivo

Na época da bonança econômica, ele chegou a ocupar o quarto lugar entre os itens que mais contribuíam para o aumento do gasto dos brasileiros. O tempo passou, as instabilidades vieram, e o lazer deixou de ser prioridade para os consumidores. De acordo com o Holistic View, levantamento da Kantar Worldpanel, o gasto com diversão sequer entrou no ranking dos dez que mais contribuíram para o crescimento dos gastos de 2017.

Aparecem em primeiros lugares transportes, alimentação dentro do lar, habitação, serviços públicos e higiene pessoal. Saúde, artigos de limpeza, bebidas dentro do lar, comunicação e educação fecham a lista. A queda no crescimento do lazer entre 2016 e 2017 pode ser explicado principalmente em função da diminuição das viagens – o único crescimento expressivo nesse quesito foi o aumento no valor empregado ao acesso à internet (contribuição de 2,1% no período analisado).

Em um cenário ainda de forte racionalização e com famílias gastando mais do que sua renda, o cartão de crédito ganhou importância. Em 2007, por exemplo, 27% dos lares usaram essa modalidade de pagamento. Dez anos depois, o índice saltou para 64%. Sendo usado inclusive para compras de alimentos/bebidas, higiene e limpeza.

Analisando as cestas, o estudo aponta que a maior parte delas conseguiu bons resultados em volume, com destaque para mercearia doce, cuja variação atingiu 7,9% no ano passado, e limpeza, que apresentou os índices de 7,7% de variação. Já os perecíveis não conseguiram repetir o êxito, seguindo sem se recuperar, com 4,0% de queda em volume.

Em relação às categorias, grande parte delas conseguiram manter o crescimento apresentado desde 2016, quando uma leve recuperação atingiu o consumo. Entre as que voltaram para despensa estão molho para salada, iogurte, cremes e loção, ração para gatos e cães, alisantes, achocolatado em pó, maionese, creme de leite, salgadinhos, tempero, tintura para cabelos, margarina, lâminas de barbear, shampoo e pós shampoo, esponja de aço e linguiça. Já as que deixaram os carrinhos de compra, apresentando queda contínua nos últimos dois semestres, estão leite pasteurizado, bebidas à base de soja, polpa + purê de tomate, refrigerantes, óleos especiais, caldo/tempero para feijão, hambúrguer e sabão em pedra.  Entraram para a lista dos itens racionalizados cream cheese, petit suisse, sobremesa pronta, detergente líquido para roupas e cereal matinal.

E justamente na hora de eleger o que entra na cesta do supermercado, o consumidor segue apostando na tendência das escolhas inteligentes, com destaque para embalagens econômicas (exemplos: sabonete líquido refil e chocolate em pó plastic bag), que rendem mais, e as grandes, que agregam volume (exemplos: manteiga de 500g, detergente em pó de 2 kg).
Fora de casa, os brasileiros também tiveram de economizar em 2017. Segundo o Holistic View, o gasto com alimentos e bebidas fora do lar representava 21% em 2016. No ano passado, o índice caiu para 19%. Quando estão longe do domicílio, os consumidores investem mais em sanduíches, lanches e salgados, sendo o jantar a refeição menos feita fora de casa, apenas 13,1% da população manteve esse hábito em 2017.

Demais gastos
Os serviços pessoais se recuperaram mais intensamente no ano passado, acima do crescimento do total de gastos. Procedimentos estéticos, serviços de manutenção, como lavanderia e costureira, e personal trainer apresentaram variação positiva de valor gasto na comparação entre 2016 e 2017. Saúde também se destacou, variando positivamente, em função do desembolso com medicamentos. Por outro lado, há contínua redução dos lares que gastam com fumo – atualmente 21%, que reforça a tendência de busca de bem-estar e saudabilidade. Em 2010, o número chegava a 28%.

Puxados pela popularização do smartphone, os gastos com comunicação voltaram a crescer acima da média. De 2016 para 2017, houve variação de 5,1% no valor empregado no quesito impulsionado pelas contas e planos de serviços. Já o gasto com habitação foi um dos que mais diminuiu em 2016, com notadamente a compra e a manutenção de móveis. No ano passado, houve uma recuperação considerável, por meio de mão de obra e materiais de construção. Os serviços públicos voltaram a ficar mais pesados para o orçamento. (As informações são da Kantar Worldpanel)
 

VIGILÂNCIA CONSTANTE CONTRA A RAIVA
O que é real e exige atenção dos pecuaristas é o morcego transmissor da raiva bovina. Depois de enfrentar um surto, com 33 mil casos entre 2011 e 2013, os registros vêm caindo no Estado. Ainda assim, a confirmação recente de diagnóstico em São Lourenço do Sul, lembra que é importante manter os cuidados. Emanoel Kurowski, do núcleo de controle da raiva dos herbívoros da Secretaria da Agricultura, diz que a orientação é a vacinação, que não é obrigatória:
- Temos 10 equipes espalhadas e fazemos controle sistemático, mas dependemos da notificação da unidade local (inspetoria veterinária), que nos aciona.
A doença é transmitida pelo morcego -vampiro. A recomendação para pecuaristas é para que, em notando a presença de mordida no gado, procurem a inspetoria veterinária local. Os sintomas incluem distúrbios nervosos, saliva em abundância e paralisia. O animal fica se "arrastando" e acaba morrendo. (Zero Hora)
 

 

Porto Alegre, 13 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.777

EUA - Queijeiros atingidos pela guerra comercial com a China

EUA x China -  Quase 635 milhões de quilos de queijo norte-americano estão sob armazenamento refrigerado nos Estados Unidos. Isso é aproximadamente 1,8 quilos de queijo por habitante do país, a maior quantidade desde o início dos registros em 1917. Esse volume pode subir ainda mais, já que os dois principais estados produtores - Califórnia e Wisconsin - estão também sendo atingidos pelas retaliações do México e da China. No dia 5 de julho, México e China impuseram tarifas de US$ 986 milhões em exportações de lácteos dos EUA - US$ 508 milhões em queijos pela China e US$ 578 milhões de produtos lácteos pelo México - como retaliação pelos aumentos das tarifas alfandegárias impostas pelo governo Trump sobre as importações de aço e alumínio. As exportações de produtos lácteos dos EUA totalizaram US$ 5,5 bilhões no ano passado, sendo US$ 1,3 bilhões só do México, segundo o USDA, o Departamento de Agricultura dos EUA. 

As autoridades mexicanas disseram que sua lista foi elaborada de forma a atingir representantes dos Estados Unidos: aço para o Vice-Presidente Mike Pence do estado de Indiana, queijo do estado Natal do Presidente da Câmara, Paul Ryan, Wisconsin, e lanchas da Flórida, estado do senador Marco Rubio. Além das tarifas, os fazendos dos EUA também temem perder os mercados do Canadá e México se Trump continuar com sua ameaça de sair da ALCA (o Acordo de Livre Comércio da América do Norte). "Se os mercados de exportação se fecharem, poderá chegar ao ponto de termos que jogar fora o leite nos campos", disse ao The New York Times, Jeff Schwager, o presidente da Sartori Co, em Plumouth, Wisconsin. "Terá um efeito em cascata no estado". 

Sartori é produtor de queijo em Plymouth por diversas gerações com leite captado em mais de 100 fazendas do estado. Plymouth já foi sede da Bolsa de Nacional de Queijo, onde os preços das commodities eram fixados. A cidade de 8.445 habitantes, fica cerca de uma hora ao norte de Milwaukee, e é conhecida como a Capital Mundial de Queijo. Cerca de 15% de todos os queijos norte-americanos têm origem na cidade.  A Sartore é detentora de 500 postos de trabalho no estado. A companhia diz que apenas um décimo de sua receita é procedente das exportações que realiza com 49 países, mas, as remessas para outros estados é um segmento que vem crescendo. Os dois maiores mercados externos da Sartori são o México e o Canadá, e o queijo norte-americano mais caro hoje, é de lá. O aumento de preços é suficiente para que os clientes da empresa, incluindo as cadeias de restaurantes, procurem assinar contratos com os concorrentes europeus da Sartori, de acordo com Schwager.  

Ele disse que a superprodução já criou um excesso de leite no mercado, derrubando os preços dos lácteos e ameaçando algumas dos 130 produtores familiares que dependem da Sartori. Schwager estimou que as novas tarifas reduzirão 1,5%, ou cerca de US $ 4 milhões, de seus cerca de US $ 265 milhões em vendas anuais de queijo. Desde o anúncio de que o México revidaria os preços futuros dos lácteos para julho caíram 12%. O preço atual de US$ 34/100 kg fica abaixo da média de 2017. O tonel de 227 kg de cheddar branco na semana passada atingiu seu nível mais baixo desde 2009, de acordo com analistas de commodities. Dick Groves, editor do Cheese Reporter, de Wisconsin, disse que o impacto real da disputa ainda não refletiu nas estatísticas oficiais. 

A BelGioioso Cheese Inc. uma queijaria familiar de segunda geração de Green Bay, Wisconsin, disse que as vendas para o México já caíram. "É um pesadelo", disse Errico Aurcchio, presidente da BelGioioso ao The Wall Street Journal. A BelGioioso está procurando outros clientes no exterior para manter seus negócios. Na Califórnia, Annie AcMoody, diretora de análise econômica da  Western United Dairymen, uma associação em Modesto, disse que as novas tarifas e os mercados pressionados "farão com algumas indústrias de laticínios abandonem o negócio". 

Embora o Estado de Wisconsin possua a maior parte das fazendas leiteiras, 8.500, a Califórnia é a maior produtora de laticínios do país, produzindo 17,7 bilhões de quilos de leite em 2017. O Estado responde por um terço dos produtos lácteos exportados para o exterior, em grande parte leite em pó, produto muito procurado pelo México e pela China. A indústria de laticínios contribui com US $ 43,4 bilhões para a economia do estado de Wisconsin. A Câmara de Comércio dos EUA diz que as tarifas de retaliação contra os EUA ameaçam cerca de um bilhão de dólares das exportações de Wisconsin, incluindo queijo, cranberries e motocicletas Harley-Davidson. Para escapar das tarifas da União Européia sobre as importações dos EUA, a Harley-Davidson disse que transferirá parte da produção para a Europa.

Os produtores de leite dos EUA tiveram que lidar, durante décadas, com o declínio do consumo de leite, e muitos transformaram o leite em queijo. Para vender tudo, existe um comércio agressivo de seus produtos para o México e a Ásia, especialmente na China, aproveitando o aumento do poder aquisitivo dessas populações. O México consome um quarto da exportação de lácteos dos EUA. Se as tarifas permanecerem por mais de seis meses, os produtores de leite precisarão encontrar novos mercados para o queijo, e podem esperar que os preços do leite continuem caindo, segundo um relatório do Rabobank. Schwager disse à ABC News, em Wisconsin, que se a disputa comercial continuar por tempo suficiente, acabará afetando os funcionários da Sartori e as fazendas leiteiras que abastecem a empresa. "São 500 famílias, na parte operacional. Quando olhamos para as fazendas de leite, das quais compramos 100% do leite, são outras 700 famílias. Portanto, 1.200 famílias que dependem de nossas decisões para garantir sua subsistência ", disse ele. Quanto à ameaça de mais tarifas de Trump, Schwager disse: "Não sei se é um blefe, mas espero que haja uma estratégia por trás disso". (The Dairy Site - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Melhoramento genético permite consumo de leite até mesmo para quem tem alergia

Leite A2 - Os produtores de leite brasileiros começaram a explorar um mercado promissor: a produção de leite de vaca permitido até mesmo para consumidores que possuem Alergia à Proteína do Leite (APLV).

O leite, que tem o mesmo sabor e é produzido da mesma forma que o leite comum, tem apenas um segredo: o melhoramento genético dos gados leiteiros. De acordo com o pesquisador da Embrapa, Carlos Martins, há evidências científicas de que algumas raças produzem leite em que a beta-caseína não causa reações em pessoas que possuem alergia a essa proteína.

"Eles identificam no DNA do animal essa característica. Aí é só acasalar sempre um touro A2A2 com uma vaca A2A2 que terá 100% de bezerros A2A2, produzindo leite com a beta-caseína A2A2", explica ao Jornal Opção.

Em Goiás, alguns produtores já voltaram os olhos pra esse nicho de mercado e tem investido na produção. É o caso do Dilson Cordeiro, do município de Cocalzinho. Produtor de leite há 25 anos, Dilson está há oito promovendo o melhoramento genético e hoje 60% do gado leiteiro já produz leite A2. "A procura é grande, todo mundo quer saúde, quer bem-estar. Costumo dizer que esse leite é quase como um remédio, já que hoje muitas pessoas tem alergia."

Alergia x Intolerância
Vale destacar que o leite A2 não é indicado para os casos de intolerância à lactose. A lactose é o açúcar do leite e não uma proteína e a intolerância acontece com pessoas que têm deficiência na produção de uma enzima chamada lactase. Os sintomas da intolerância à lactose são dores abdominais, diarreia, flatulência e abdômen distendido. (Jornal Opção)

 
 

Na realidade, sobram desafios

Desafios/RS - Apesar do frio e da chuva nessa época do ano e as dificuldades em trabalhar em uma empresa a céu aberto, como é a agricultura, o campo não para. Aliás, algumas culturas intensificam o trabalho nesse período para tentar aumentar um pouco o rendimento das suas atividades, como por exemplo, o leite e a fruticultura, entre outras. 

Produtor de morango
Na família Talasca, da comunidade Linha Nova do município de Quatro Irmãos (RS), todo mundo participa dos cuidados e da produção de morangos, o casal Valderi Talasca e Isabel de Morais Talasca juntamente com a filha Gabrieli Talasca. E, ainda, se precisar contam com o apoio dos pais e do irmão.

Segundo Valderi, a família cultiva morangos há dois anos desde que deixou de trabalhar com o leite. "Resolvemos parar por causa da crise no setor, o preço baixo pago por litro, alto investimento. Queríamos investir em mais animais, mas a propriedade é pequena. Daí resolvemos mudar para os morangos", comenta.

Até o momento a cultura de morango está satisfatória para a família, que consegue produzir uma quantidade boa num pequeno espaço. "Isso está gerando uma renda extra significativa, que ajuda nas despesas da casa", explica.

Conforme Valderi, o investimento na estufa que acabou de ficar pronta foi de R$ 15 mil. "Tenho nela 1500 plantas, se eu chegar a produzir 650 gramas por pé nessa safra, eu já consigo tirar esse investimento", observa. A estrutura é feita com madeira tratada para durar de 8 a 10 anos, sendo que as mudas devem ser trocadas a cada 3 a 4 anos. "Aí dá para se ter uma ideia que a margem de lucro é satisfatória", salienta.

Ele explica que o cultivo de morangos não é a principal renda da família, já que é funcionário público no município de Quatro Irmãos e a sua esposa trabalha como doméstica, mas o rendimento dos morangos vem agregar e somar na renda no final do mês. A expectativa de Valderi para safra desse ano é colher em torno de 1400kg a 1500kg de morangos entre as duas estufas.  

Na avaliação do produtor sobre a agricultura e, em especial, a cultura do morango, "primeiro a gente tem que gostar daquilo que faz e fazer com amor. Segundo, procurar buscar informações para conseguir lá na frente melhores resultados, maior produtividade e estar sempre informado".  

Hoje, a maior dificuldade na agricultura, para Valderi, é o alto custo de produção. "Combustível caro, sementes e insumos caros, e na hora de vender teu produto não tem preço. Se trabalha com incerteza e não sabe quanto vai ganhar lá na frente", afirma. E, acrescenta, tem que ter políticas de apoio e incentivo ao produtor. "Não sei como vai ser daqui uns anos, não vai ter quem produzir e os filhos não vão querer ficar no campo. Quem vai produzir o alimento, vamos comer o quê? Isso me preocupa bastante", enfatiza. Por fim, Valderi agradece a parceria da Emater de Quatro Irmãos pelo incentivo e apoio das extensionistas Joviane e Emanueli.

Segundo informativo conjuntural do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, já iniciou na região a colheita do morango com frutos de boa qualidade e com abertura de novas áreas cultivadas.

Produtor de leite
Conforme o produtor de leite de Quatro Irmãos, Marcos Aurélio Koncikowski, que está há seis anos na atividade, o leite vem vivendo momentos altos e baixos nos últimos anos. "Mais baixos. A atividade vem de anos muito ruins, mas tem promessa de melhora", afirma.

Utilizando mão de obra familiar e um sistema de produção misto com uso de silagem e pasto, Marcos produz hoje em torno de 20 mil litros por mês de leite. Ele destaca que é necessário investir na produção, mas que é muito difícil tendo em vista a instabilidade de preços, tanto do produto leite quanto da matéria-prima, ração, adubo, etc.

Hoje, o leite é a principal fonte de renda da família. O produtor lembra que geralmente os preços animam de junho a outubro, mas depois desse período chegam a ficar, às vezes, abaixo do custo de produção. "Teria que ter alguma garantia de preço justo. Mês passado foi R$1,30. Para esse pagamento do leite de junho vai ter aumento, mas ainda não sei de quanto", observa.

Segundo informativo conjuntural da Emater/RS-Ascar, na bovinocultura de leite, as pastagens para cultivares de inverno estão com bom desenvolvimento vegetativo. O preço médio do litro pago ao produtor está R$ 1,10.

Trigo
De modo geral, as lavouras de inverno como trigo, cevada e aveia estão plantadas na região. As culturas estão em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo, segundo informativo conjuntural da Emater/RS-Ascar. Alguns poucos produtores ainda estão plantando o trigo.

Conforme o técnico agrícola da Copercampos Tiago João Czarnobaj, que presta assistência técnica ao produtor de grãos erechinense Solani Rigo, a cultura do trigo em Erechim diminuiu de 30% a 40% do ano passado para cá e vem abaixando ao longo dos últimos anos.    

De acordo com Tiago, isso é reflexo do baixo preço pago pela saca de trigo e elevado custo de produção. "Nesse ano aumentou muito os insumos, o adubo subiu cerca de 30% em relação ao ano passado. Custo muito alto", observa. Além disso, ressalta Tiago, o trigo é uma cultura de muito risco com incidências de doenças, fungos, geadas. "A tendência do trigo é diminuir ainda mais o plantio", destaca. O técnico enfatiza que para o produtor que plantar trigo, ele não pode colher e vender a produção, "tem que estocar e vender no momento bom. Hoje, o trigo está a R$45 a saca e é compensador".

De acordo com o produtor de grãos Solani Rigo, a cultura de trigo não dá grande lucratividade, mas pode ser importante no conjunto de toda produção de grãos ao longo do ano. Isso porque, com a cultura do trigo se fertiliza o solo com adubação que vai servir para a cultura de verão da soja. Além disso, o trigo serve para o controle de plantas daninhas difíceis de controlar, rotação de cultura, palhada e controle da erosão. Para Solani, o agricultor tem que ser empresário, tem que fazer diversificação, plantar milho, soja, trigo, insistir embora não esteja bom na hora de plantar. No entanto, ressalta Solani, o produtor tem que usar tecnologia na cultura para obter boa produtividade, e assim, "o lucro começa aparecer em cima desses detalhes" (Jornal Bom Dia)

Nestlé lança composto lácteo para crianças na fase pré-escolar
A Nestlé amplia seu portfólio com Nestonutri, composto lácteo para crianças na idade pré-escolar. Feita com 17 vitaminas e minerais, a novidade oferece cálcio, ferro e fibras. O composto lácteo também conta com vitaminas C e D. O lançamento não contém glúten e não apresenta adição dos açúcares - como sacarose e frutose - e aromatizantes em sua formulação. Nestonutri é acondicionado em latas de 800 gramas. (As informações são do Embalagem Marca)
 
 

 

Porto Alegre, 12 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.776

A CONTA DA TABELA DE FRETE JÁ CHEGOU
 
A aprovação na Câmara dos Deputados e no Senado da medida provisória (MP) que estabelece a tabela de frete é motivo de grande preocupação para entidades ligadas ao agronegócio. É porque a conta dessa medida já chegou para o setor e, inevitavelmente, virá também para o consumidor, dada a quantidade de atividades que dependem do transporte rodoviário.

A Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja) alertou, em nota, que o frete mínimo aumentará o custo de produção e inviabilizará a comercialização de muitos produtores, além de aumentar gastos com transporte de itens da cesta básica e provocar alta da inflação. A entidade acrescenta que a MP contraria a lei de oferta e demanda.

- A nossa esperança é de que, quando for julgado o mérito das ações de inconstitucionalidade que estão no Supremo Tribunal Federal, se revise essa questão de valores mínimos - diz Vicente Barbiero, presidente da Associação das Empresas Cerealistas do RS (Acergs).

Segundo levantamento feito pela assessoria econômica da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), o tabelamento foi responsável por dois terços do aumento médio de 44% verificado no valor do frete em pontos do Rio Grande do Sul, na comparação de julho deste ano com igual período em 2017 (veja quadro abaixo).

- Subir mais de 10 vezes o valor da inflação é algo intolerável, que denota um problema sério. Quando aumentamos o preço do frete, estamos, no fim do dia, gerando inflação na veia. Energia elétrica, combustíveis e fretes sempre impactarão todas as cadeias, porque são insumos que elas precisam - avalia Antônio da Luz, economista-chefe do Sistema Farsul.

Ele acrescenta que os maiores prejudicados com a medida são os próprios motoristas autônomos, porque o mercado está parado. Produtores e indústrias com frota própria têm mantido nível de liquidez normal:

- Ninguém está querendo contratar autônomo.

A MP depende agora apenas da sanção do presidente Michel Temer. Na terça-feira, grupo de 39 entidades havia assinado manifesto repudiando a legalização do tabelamento dos fretes. No texto, as representações fazem menção ao fato de a tabela já ter elevado o IPC Fipe de junho para a área de alimentos em 3,14% e de impor danos à comercialização da safra. (Zero Hora)

 
 

Brand Finance revela as cinco principais marcas de produtos lácteos do mundo

A Nestlé dominou o ranking de marcas de alimentos, de acordo com um novo relatório da consultoria independente de avaliação de marcas Brand Finance, no entanto, o crescimento da empresa chinesa de laticínios Yili tem sido 'impressionante'.

Avaliada em US$ 19,4 bilhões, a Nestlé voltou a reivindicar o título de marca de alimentos mais valiosa do mundo, mais que o dobro do valor da segunda colocada Danone (US$ 9,1 bilhões). O valor da marca Nestlé não registrou praticamente nenhuma mudança em relação ao ano passado, com a receita se apresentando - no que a Brand Finance disse - ser apenas um nível satisfatório causado por vendas desafiadoras na América do Norte e do Sul.

David Haigh, CEO da Brand Finance, comentou: "com produtores e analistas acostumados com a falta de mudança entre os líderes da indústria de alimentos e bebidas, o desempenho das marcas de mercados emergentes provavelmente causará uma grande agitação. Já estamos começando a ver isso em marcas como a Yili. O valor da maior marca de laticínios da China saltou à frente de líderes internacionais como Kellogg, Kraft e Heinz".

Potencial da marca Yili
A indústria de lácteos é um dos setores com maior desempenho na indústria alimentícia, registrando um crescimento médio anual de 13%. Dentro do setor, o mercado chinês é o mais dinâmico do mundo, devendo ultrapassar os EUA como o maior mercado para produtos lácteos em 2022. Esse fenômeno é devido à crescente afluência e melhor acessibilidade dos produtos nas cidades chinesas de menor nível. Como os consumidores chineses preferem cada vez mais produtos lácteos que são premium, com benefícios para a saúde e sabores inovadores, marcas líderes, como a Yili, se concentram na mudança da demanda e na inovação de produtos.

A Yili subiu do oitavo lugar no ano passado para o terceiro, após um crescimento de 43%, para um valor de marca de US$ 6,2 bilhões. A marca é dominante no mercado chinês, mas tem um claro potencial para expansão em categorias não lácteas ou internacionalmente, disse a Brand Finance. Embora a Yili esteja à frente da Danone em termos de potencial de marca, a gigante francesa ainda é uma marca mais valiosa, crescendo acima da média da indústria em 15% ao ano.

Principais marcas de lácteos
A Brand Finance também destacou o desempenho da Mengniu, outra marca chinesa de laticínios, que cresceu a um ritmo semelhante ao da Yili, com alta de 45% em relação ao ano anterior, mas a uma base mais baixa, com o valor da marca estabelecido em US$ 3,4 bilhões.

O relatório apontou a maior marca de lácteos em 2018, com um valor de marca de US$ 9,1 bilhões, com a Yili na segunda posição, US$ 6,2 bilhões. A Mengniu saltou para o top 5 com o valor de US$ 3,45 bilhões da marca, enquanto a Arla perdeu um lugar com uma queda de 9% no valor da marca para US$ 3,43 bilhões. A cooperativa indiana Amul também caiu para o quinto lugar, com um valor de marca de US $ 2,5 bilhões. Em termos de potencial de marca, a Brand Finance classifica a Yili como a primeira colocada, seguida pela Danone e pela Mengniu. O relatório completo pode ser baixado aqui > http://brandfinance.com/knowledge-centre/reports/brand-finance-food-and-drink-2018/. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Curiosidade: mexicano cria antibiótico com pele de rã que contribui com o tratamento da mastite

Um pesquisador mexicano criou um antibiótico a partir da pele de rãs que pode contribuir com a cura da inflamação nas glândulas mamárias das vacas (mastite) sem deixar rastros tóxicos no leite, além de ser uma alternativa para combater as bactérias e curar algumas doenças em humanos. Alfonso Islas, acadêmico do campus de Ciências Biológicas da Universidade de Guadalajara, criou e patenteou a substância batizada como "ranimicina", que utiliza as propriedades antimicrobianas que a rã desenvolve de maneira natural para se proteger no meio ambiente. O especialista em imunologia explicou que desenvolveu um estudo financiado pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia mexicana para aproveitar a pele da rã americana, matéria-prima muito usada na culinária na região de Valles de Jalisco.

Islas homogeneizou pedaços de pele, extraiu as moléculas e assim descobriu que existem 23 péptidos ou moléculas que servem como antibióticos naturais. Com elas, criou uma fórmula que elimina bactérias como a Staphylococcus aureus meticilina e a Pseudomona aeruginosa, causadoras de infecções hospitalares e que mostraram ser resistentes a antibióticos como a penicilina ou seus derivados, afirmou. "Submetemos a fórmula a exames bacteriológicos e com isso foi possível matar bactérias como a Escherichia coli, entre outras", disse o especialista. Um de seus colegas o desafiou a testar o composto em vacas, já que boa parte delas sofrem com mastite. O antibiótico aplicado em 280 vacas doentes conseguiu curá-las em cinco dias e evitou que elas fossem retiradas do processo de produção como ocorre quando recebem o tratamento convencional, pois o antibiótico natural não deixa nenhum resíduo no leite. Isto beneficiaria os produtores de leite, que veriam reduzir as perdas econômicas por retirar as vacas da produção e pela despesa nos antibióticos comerciais.

As patentes mexicanas e internacionais de Islas já permitem a comercialização do antibiótico, cuja dose tem um custo de 2,19 pesos (US$ 0,11). Além disso, uma pele de rã de 40 gramas pode render até 100 doses. O pesquisador já conversou com empresários do México e outros países interessados em adquirir os direitos para comercializar o antibiótico. Paralelamente, Islas realiza estudos para a aplicação do antibiótico em seres humanos. "Temos resultados na aplicação para a acne, fungos e na queratite oftálmica, que surge como complicação de alguma cirurgia", indicou. (As informações são da agência EFE, resumidas pela Equipe MilkPoint)

 

Lactalis quer popularizar no Brasil marca famosa na França
Os queijos e manteigas da marca Président são muito populares na França. No Brasil, porém, são visto como produtos premium pela maioria dos shoppers. Para ganhar mais espaço para Président no mercado brasileiro, a Lactalis, dona da marca, decidiu fabricar parte do portfólio em seis das 14 fábricas da companhia no Brasil. Já são feitos por aqui queijo prato, muçarela, provolone, gruyere, gouda, manteiga e requeijão. Variedades como brie e camembert, que possuem denominação de origem controlada, continuam sendo trazidas da França. Ampliar as vendas de queijos especiais é uma das metas da Lactalis para o mercado nacional. André Salles, presidente da empresa no Brasil, informou que está replicando o modelo bem-sucedido de uma estratégia que ele implantou quando esteve a frente da Brasil Kirin. Na cervejaria, o executivo apostou em cervejas especiais, a exemplo de Eisenbahn,  por garantirem margens mais altas. No ano passado, a Lactalis faturou R$ 3,6 bilhões no Brasil. A empresa é vice-líder do mercado nacional de lácteos. (As informações são do portal Exame)
 
 

Porto Alegre, 11 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.775

Câmara aprova MP que estabelece preços mínimos de frete; texto concede anistia a multas de trânsito 

Medida atende a reivindicação dos caminhoneiros, que paralisaram todas as atividades por 11 dias em maio. Texto não define o valor do preço mínimo, que será estipulado por tabela da ANTT. A Câmara dos Deputados aprovou na tarde desta quarta-feira (11) a medida provisória que estabelece preços mínimos para o serviço de frete. O texto concede anistia às multas de trânsito e de decisões judiciais aplicadas entre os dias 21 de maio e 4 de junho em razão da greve de caminhoneiros.

Havia consenso entre os partidos e a votação ocorreu de maneira simbólica, sem a contagem de votos no painel eletrônico. O texto segue agora para o Senado A medida atende a uma das principais reivindicações dos caminhoneiros para encerrar a greve, que durou 11 dias e paralisou o abastecimento de bens e combustível no país. O texto não define o valor dos preços mínimos. Caberá à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) calcular os pisos mínimos, levando em consideração o tipo de carga, a distância, os custos de pedágio e preço do diesel.

Anistia
A emenda que concede anistia às multas aplicadas aos caminhoneiros foi apresentada pelo deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP). Havia um destaque do PSB para que a anistia fosse retirada do texto, mas o partido concordou com a rejeição do destaque. No entanto, o relator da proposta, deputado Osmar Terra (MDB-RS), costurou um acordo entre os partidos e anunciou em plenário, dizendo falar em nome do governo, que o presidente Michel Temer vai vetar a anistia. A proposta concede anistia às infrações ocorridas entre o dia 30 de maio e 19 de julho, período em que vigorou a medida provisória, antes de virar lei. (G1)

 

GlobalDairyTrade faz mudanças para atrair mais fornecedores

GDT -  O Conselho Supervisor do GDT (Global Dairy Trade) aprovou mudanças de duas regras para incentivar um maior número de vendedores a oferecerem ingredientes lácteos na plataforma de leilões para expandir a amplitude dos preços publicados regionalmente. As alterações permitirão que os vendedores participen da plataforma mantendo um nível de privacidade sobre seus dados comerciais mais sensíveis. O diretor do GDT, Eric Hansen, disse que as mudanças permitirão o aumento de ofertas de produtos no GDT, reduzindo ainda mais as barreiras para a entrada de novos fornecedores. "As mudanças contaram com o apoio unânime de todos os membros do Conselho Supervisor, que inclui representantes de compradores, vendedores e agentes do mercado financeiro", disse Hansen.

Publicação dos Preços
A primeira mudança permitirá que a média de preços seja publicada como um substituto dos preços individuais, ou seja uma informação complementar aos preços individuais de cada vendedor. Isso permitirá que os vendedores participem dos Eventos GDT e tenham seus preços vencedores publicados combinados com outros preços de venda dentro da média regional, em vez de, necessariamente, precisarem publicar o preço individual de cada vendedor. Os atuais vendedores Amul, Arla, Arla Foods Ingredients e Fonterra confirmaram que continuarão publicando seus preços vencedores de cada produto. A segunda alteração acaba com uma lacuna onde o licitante tinha acesso ao preço inicial e à quantidade de produto ofertado, através do log-in privado no website. Essa nova configuração evitará potenciais conflitos entre proponentes e reduz o risco anti-truste, pois evitará que vendedores de um mesmo produto que negocie fora do GDT, tenha acessoa a informações confidenciais. A alteração não terá impacto na transparência pública, pois os dados pré-evento não serão disponibilizados na seção pública do site.

Transparência dos preços
Hansen disse que as duas alterações irão tornar o GDT mais atraente para os vendedores, e irão tonar o GDT habilitado a oferecer benefícios como preços transparentes para uma gama maior de ingredientes lácteos básicos e demais regiões de fornecimento da Europa e Estados Unidos. As mudanças serão implantadas nos próximos meses à medida que as adaptações no sistema forem sendo concluídas. (DairyReporter - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Argentina - Produtores de leite estudam um protesto nacional

Produção/AR - A falta de reajuste do preço do leite, a impossibilidade de acesso ao crédito e a desvalorização cambial são os principais problemas enfrentados pelos produtores de leite. Todos os temas que não têm solução serão discutidos em uma assembleia a ser realizada em Rosario. 

Hoje no Ministério da Agroindústria haverá uma reunião entre o governo, produtores e a indústria. Estará ausente o presidente Mauricio Macri que decidiu não participar talvez sabendo da assembleia organizada pela Confederação Rural Argentina (CRA) para decidir sobre os passos a serem seguidos se não houver resposta de nenhum dos lados. "Acontece que hoje o valor recebido pelo produtor pelo litro de leite está em torno de 6,5 pesos, quando, para cobrir os custos o preço deveria ser 9 pesos por litro", reconheceu a coordenadora do setor Lácteo da Confederação das Associações Rurais de Buenos Aires e do Pampa (Carbap), Andrea Passerini.

Um trabalho do Conselho Regional de Pesquisa Agrícola (CREA), destacou que em maio o índice de custo da produção de leite sofreu aumento de 7,2%. Nesse mesmo mês, La Sereníssima concedeu aumento de 4%, o que significa pagamento entre 6,20 e 6,50 pesos por litro de leite, dependendo da zona. Tudo isto antes à desvalorização cambial. Para junho já informou que pagará 0,30 a mais, ou seja 6,8 pesos por litro. A Sancor ofereceu pagar 7 pesos pelo litro de leite entregue em junho, mas, pela desconfiança gerada pela situação na qual se encontra a empresa, muitos preferem buscar outros compradores.

Fica claro, no entanto, que as empresas estão longe de pagar o que os produtores precisam. As fábricas argumentam que não existe volume suficiente para exportar, motivo pelo qual não se pode pensar em melhorar o valor ao produtor. Com um dólar mais competitivo não se entende onde está o problema. O Centro da Indústria Leiteira (CIL) não respondeu ao pedido de informação feito por esse jornal. Fontes da Agroindústria disseram "estar conscientes da difícil situação dos produtores de leite causada pela desvalorização que gerou distorções dos preços relativos, mas, confiamos na recuperação dos mesmos o mais rápido possível". Definitivamente a crise se amplia de ambos os lados. Como tudo na Argentina, o problema passa pelo preço. Se está abaixo dos custos, não existe rentabilidade possível. (ON24 - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da Oceania - Relatório 27 de 05/07/2018

Leite/Oceania - A Austrália se encaminha para o tempo frio. As geadas estão sendo registradas através do país. Isso limita o crescimento de plantios. A preocupação é sobre a alimentação futura, na próxima temporada. Isso acelerou a contratação de produtos de leite. A produção está em seu menor nível sazonal, mas, muitos produtores estão otimistas em relação à nova temporada de produção de leite. De julho de 2017 a maio de 2018, a produção de leite na Austrália aumentou 3,4% em relação ao ano anterior.

A grande cooperativa de laticínios da Nova Zelândia e maior exportadora mundial de lácteos anunciou esta semana que a produção de leite de maio de 2018 foi 6,6% maior em relação a maio de 2017. Um outono favorável foi responsável pela melhor produção. No acumulado, a temporada 2017/2018 ficou 1% menor em relação à temporada anterior. Alguns observadores temem que o interesse da China por compras possa ser atenuado pela possível desvalorização cambial como resultado da guerra comercial. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva) 

 

LEITE/CEPEA: Cotações se estabilizam em altos patamares
Leite UHT - Os preços do leite UHT e do queijo muçarela se estabilizaram em patamares elevados, conforme apontam dados do Cepea. Entre 1º e 7 de julho, a média do UHT foi de R$ 3,34/litro e a do queijo muçarela, R$ 20,26/kg, ligeiros aumentos de 0,53% e 0,11%, respectivamente, frente ao período anterior. De acordo com pesquisadores do Cepea, essa leve alta está atrelada ao elevado preço da matéria-prima no campo e também à baixa oferta. Segundo colaboradores, nas próximas semanas, os preços devem se manter ou recuar levemente, devido ao baixo consumo. (Cepea)
 
 

 

 

Porto Alegre, 10 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.774

Dados mostram mudanças no hábito de consumo dos lácteos

Enquanto as vendas de leite comum estão em declínio há anos e a produção de iogurte dos EUA caiu após o pico em 2014, novos dados mostram o crescimento contínuo do consumo de queijos, manteiga, café pronto para beber, iogurtes de beber e bebidas proteicas com produtos lácteos. Isso sugere que o crescente interesse por produtos de origem vegetal não levou a uma 'fuga em massa' dos consumidores de lácteos, mas que os hábitos de consumo estão mudando.

De acordo com dados do IRI para o ano civil de 2017, as vendas varejistas nos EUA de leite fluído caíram 2,4% nos canais medidos, enquanto as vendas de alternativas vegetais subiram 4%. No entanto, as vendas de leite aromatizado cresceram 1,8%, as vendas de leite sem lactose aumentaram 13,6%, as vendas de iogurtes subiram 19,2% e as vendas de café refrigerado pronto para consumo - que muitas vezes é misturado com leite - aumentaram 22,8%.

"De manhã, enquanto as pessoas podem não estar mais colocando leite junto dos cereais, elas estão obtendo leite de diferentes maneiras", disse Paul Ziemnisky, vice-presidente executivo de parcerias globais de inovação da Dairy Management, uma organização financiada pelos produtores de leite dos Estados Unidos e importadores e responsável pelo direcionamento do consumo. 

"Talvez eles estejam tomando iogurte grego com granola, latte da Starbucks, Dunkin Donuts com 70-80% de leite, frappé do McDonalds McCafé ou um leite com proteínas de sabor chocolate ou morango. Vale destacar que quando falamos em leite, muitos consumidores pensam em fonte de cálcio, mas, há uma grande oportunidade para a indústria lembrá-los que o produto também possui proteína de alta qualidade. É interessante pensar em maneiras de como o leite pode ser disponibilizado, pois já estamos vendo dados sugerindo que o leite com sabor, por exemplo, está direcionando o consumo de leite nas escolas".

Produtos integrais estão ganhando força
Os produtos lácteos integrais também vêm ganhando força, já que os compradores buscam opções de 4% de gordura láctea nas categorias leite, iogurte, requeijão, queijo natural, queijo cottage, creme azedo e novidades congeladas, segundo dados do IRI, com participação percentual no total de leite aumentando de 33% em 2012 para mais de 40% nos primeiros cinco meses de 2018. Isso é um possível sinal de que provavelmente as vendas de leite desnatado e com baixo teor de gorduras estão 'perdendo terreno'.

O setor de lácteos também tem investido em campanhas que promovam os lácteos como alimentos pouco processados comparado por exemplo, com as opções vegetais. No corredor dos spreads(produtos cremosos, como o requeijão e a manteiga, por exemplo), o posicionamento como 'comida de verdade' está realmente destacando a manteiga, que continuou ganhando força sobre as margarinas à base de óleo vegetal. A opção está sendo vista como mais natural e menos processada. Também, apresenta um rótulo mais simples e limpo, fato que - para os consumidores - também está associado à saúde. Segundo Ziemnisky, os lácteos com mais gorduras estão ganhando força visto que o paladar é mais agradável e eles saciam mais.  Na categoria de sorvetes, marcas como Halo Top, Enlightened e Arctic Zero estão se destacando devido a menor lista de ingredientes e menos calorias.
"Tudo isso serve como um lembrete de que os consumidores têm diferentes preocupações dependendo da categoria e dependendo da ocasião de uso, e que gosto, estados de necessidade emocional e outros fatores são tão importantes quanto a nutrição e a sustentabilidade na tomada de decisões", disse Ziemnisky.

Outras categorias
As vendas de leite com chocolate estão crescendo tanto por causa do sabor, como também, por várias marcas disponibilizarem opções para recuperação esportiva, como a Fairlife. Ela atende a demanda por mais proteínas e menos açúcar e atingiu US$ 250 milhões em vendas no ano passado.

Em vez de se concentrar obstinadamente em cessar o declínio das vendas de leite comum, a nova campanha "Undeniably Dairy", nos Estados Unidos, abrange uma ampla gama de categorias de lácteos que refletem a mudança nos padrões alimentares. "Há muito mais opções ao leite do que apenas o galão branco. Por isso, estamos realmente empenhados em atender aos estilos de vida em evolução dos consumidores".

Lácteos versus bebidas vegetais
Questionado sobre os desafios específicos na categoria de leite fluido, onde o leite está perdendo terreno para as bebidas de amêndoas, caju, coco e outras alternativas à base de plantas, o diretor científico da National Dairy Council, Greg Miller, disse: "Há muita desinformação na internet sobre nutrição e saúde e as vozes mais altas parecem estar vindo do setor vegano. Isso é lamentável, porque os consumidores não percebem que um copo de leite tem 8g de proteína, enquanto um copo de leite de amêndoa tem 1g. A soja tem mais proteína, mas suas vendas estão diminuindo. O leite também contém outros nutrientes que as bebidas à base de plantas não têm, e mesmo quando as fortificam, apenas adicionam cálcio e vitamina D, enquanto o leite contém potássio, iodo, fósforo e vitaminas B2 e B12, além de cálcio [encontrado naturalmente no leite] e a vitamina D [que é adicionada ao leite]. Também sabemos que o cálcio nas bebidas à base de plantas não é tão bem absorvido".

Segundo Greg,  as recomendações atuais de proteína se baseiam em necessidades mínimas, mas dados mais recentes indicam que as pessoas necessitam de uma ingestão mais alta, especialmente à medida que envelhecem e começam a perder massa corporal magra. "Portanto, a ingestão ótima é maior do que a recomendada atualmente. A outra coisa que eu diria é que a qualidade da proteína em bebidas à base de vegetais não é a mesma proteína completa que se obtém no leite de vaca".

Crianças e leite de vaca
Quanto às crianças, disse ele, alguns especialistas em nutrição infantil, como a Canadian Pediatric Society, também começaram a alertar os pais que nem todas as opções de leite à base de plantas são equivalentes ao leite. "Os profissionais de saúde continuam recomendando que as crianças recebam leite suficiente em suas dietas e a Academia Americana de Pediatria está impulsionando e disseminando o consumo do produto nas refeições". (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e resumidas pela Equipe MilkPoint)

 
 

Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da Europa- Relatório 27 de 05/07/2018

Leite/Europa - De um modo geral o aumento da produção de leite da União Europeia (UE) no primeiro semestre de 2018 foi destinada à produção de leite. A expectativa é de que a produção de queijo irá permanecer em níveis elevados porque os mercados estão absorvendo queijos a preços atraentes, e as indústrias acreditam que podem vender mais.

A produção de manteiga é a segunda prioridade. Existe alguma incerteza em relação aos preços da manteiga em um futuro imediato. A produção de leite na UE de janeiro a abril subiu 2% de acordo com a Eucolait. A produção de queijo de janeiro a abril foi 2,4% maior. A média do preço do leite pago aos produtores na UE é de 32,8 €/100 kg, conforme informação apresentada no dia 28 de junho pela Eucolait à Comissão de Economia do Observatório do Mercado Lácteo.

Os Estados Membros da Europa Ocidental acreditam que obtiveram sucesso substancial no desenvolvimento e manutenção de mercados exportadores para vários produtos lácteos. Fontes da UE observam que o sucesso veio depois de muitos anos na construção e manutenção de relações com clientes e Nações. Os exportadores da UE comentam que a estabilidade é um importante fator para manutenção de relações comerciais. Agora, com as recentes medidas, que resultaram na imposição pela China de tarifas sobre as importações de produtos norte-americanos, comerciantes e indústrias da UE estão trabalhando para expandir o alcance das exportações de lácteos. Levando em consideração que as relações comerciais, uma vez rompidas, depois não se unem facilmente, muitos operadores procuram preencher o espaço aberto com a interrupção das exportações de lácteos dos Estados Unidos.

Algumas fontes da UE receberam informações de que a União dos Emirados Árabes (UAE) estão planejando introduzir requisitos de avaliação de conformidade para as importações de produtos lácteos. Isso em decorrência de um decreto que proposto, para que haja avaliação do leite e de produtos lácteos importados para a UAE. Se o decreto for aprovado, deve resultar em mais requisitos de certificação, o que pode elevar os custos de exportação. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
 
 

CRÍTICAS POR TABELA
Entidades do agronegócio assinaram ontem nota conjunta contra o tabelamento de frete. Medida provisória que pode ser votada amanhã no plenário da Câmara é alvo de crítica por parte de 39 entidades, entre as quais a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que divulgou vídeo nas redes sociais. Diversos prejuízos são citados e há alerta sobre o impacto na inflação. Segundo o documento, as exportações de milho serão afetadas - a estimativa é de queda de 10% no volume, em razão do represamento da produção. O texto aponta, também, que produtores rurais não compraram fertilizantes para a safra 2018/2019 no prazo correto por causa da tabela do frete. Eles devem adquirir o insumo a preços mais altos, o que pode acarretar maior custo de produção na próxima temporada e aumento dos preços dos alimentos. Também há tendência, dizem as representações, de a produção cair em razão dos mesmos fatores. (Zero Hora)
 

 

Porto Alegre, 09 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.773

Sindilat participa do Encontro Nacional da Indústria 
 
O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, integrou comitiva da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) no 11º Encontro Nacional da Indústria (ENAI), convenção anual do setor industrial brasileiro realizada em Brasília nos dias 3 e 4 de julho. Organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) desde 2006, o evento reuniu empresários, sindicatos e federações de indústrias para alinhas e validar posicionamentos sobre ações que visam a defesa da indústria nacional.
O encontro levou para o palco candidatos à presidência da República - onde cada um pode se manifestar por tempo determinado. Após os presidenciáveis responderem a três questionamentos feitos pelos representantes das federações presentes, a plateia teve a oportunidade de eleger a pergunta de maior interesse do setor industrial. Para Guerra, iniciativas como essas são importantes para aproximar os presidenciáveis sobre a realidade do setor industrial brasileiro. "Mostramos a preocupação da indústria com o cenário político-econômico e pontuamos as ações necessárias para o setor voltar a crescer", destacou Guerra. O presidente do Sindilat informou ainda que os representantes da indústria entregaram aos candidatos uma agenda com pontos que precisam de atenção do governo, para que no futuro venha a integrar o plano de governo do novo (a) presidente (a). (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Foto: José Paulo Lacerda/CNI (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 

Sindilat é homenageado nos 25 anos da Embrapa Clima Temperado

O Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat) foi homenageado nos festejos dos 25 anos da Embrapa Clima Temperado, instituição federal de pesquisa e fomento à agropecuária com sede em Pelotas/RS.  Ao lado de outras 13 entidades que representam o setor primário, o Sindilat foi o destaque na categoria Cadeia Produtiva, reconhecimento pelo apoio e parceria na construção e divulgação de conhecimento e soluções tecnológicas e inovadoras em prol do desenvolvimento regional.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, recebeu a placa durante a cerimônia realizada no dia 6 de julho, no auditório Ailton Raseira, na sede da Embrapa.  Na oportunidade, o Sindilat também entregou placa alusiva aos 25 anos da empresa de pesquisa reconhecida nacionalmente pela larga história de contribuições para a região de clima temperado brasileira. A Embrapa Clima Temperado desenvolve atividades nas áreas de recursos naturais, meio ambiente, grãos, fruticultura, olerícolas, sistemas de pecuária com ênfase para gado e agricultura de base familiar. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

RESTRIÇÃO DA OFERTA FAZ LEITE SUBIR 28%

A menor oferta de leite levou ao aumento de 28% nos preços pagos ao produtor no primeiro semestre do ano. Apesar da alta, o preço ainda está abaixo do registrado em igual período do ano passado, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP.

- Todo ano é consequência do anterior. Em 2017, houve amplitude de preços, com o primeiro semestre de valorização e o segundo de queda significativa. A receita do produtor ficou muito volátil - pondera Natália Grigol, pesquisadora do Cepea/Esalq.

O consumo em baixa, pelo menor poder aquisitivo da população, influenciou a formação de preços. O resultado foi o abandono da atividade por muitas famílias e um início de 2018 de preços abaixo de R$ 1. Além disso, a produção está abaixo do esperado.

- A safra não veio como era para vir - detalha Alexandre Guerra, presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados do Estado (Sindilat-RS).

Para julho, a estimativa da indústria é de que haja manutenção dos preços, tanto para os produtores quanto para os consumidores. (Zero Hora)

 
 

Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da América do Sul - Relatório 27 de 05/07/2018

Leite/América do Sul - A produção de leite nas fazendas continua forte e melhorando continuamente na América do Sul, especialmente no Cone Sul. As condições climáticas favoráveis das últimas duas semanas melhoraram o conforto animal, e consequentemente a produção de leite. 

De um modo geral, o volume de leite produzido no momento, está acima dos níveis registrados no ano passado. Além disso, o preço nominal do leite ao produtor permanece relativamente alto, incentivando os produtores a maximizar a entrega de leite. Entretanto, os custos operacionais estão relativamente elevados em decorrência dos efeitos da seca na safra de grãos no primeiro trimestre do ano. A oferta de leite e creme está atendendo as necessidades da indústria. O processamento deve crescer nos próximos dias, já que começam as férias de inverno na maioria das escolas. No varejo as vendas de alguns produtos lácteos, como queijo, manteiga e leite condensado estão muito ativas, principalmente por causa da Copa do Mundo. Em termos de produção de leite, o Uruguai começa a recuperação desde as últimas inundações e excesso de umidade ocorridas duas semanas atrás. No Brasil, a indústria se recupera da greve dos caminhoneiros do final de maio, que paralisou a economia do país por 11 dias. O governo do Brasil estima as perdas econômicas em US$ 2,5 bilhões durante a greve. No entanto, a indústria de laticínios do país já apresenta sinais de normalização. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
 
 

Por que os produtores não doam o leite em vez de jogarem fora quando são impedidos de entregarem à indústria? Responde: Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS)
O leite é um produto vivo e, exatamente por isso, sujeito a rígidas regras de controle de produção. Assim que as vacas são ordenhadas, o alimento é armazenado em tanques resfriadores para que cheguem o mais rápido possível a 4ºC de temperatura. O leite é transportado em tanques isotérmicos até as fábricas, processo que não pode levar mais de 48 horas. Na indústria, o produto cru é analisado e, somente após atestada sua qualidade, é descarregado para ser pasteurizado. Esse processo é obrigatório por lei, pois somente ele garante a destruição dos microrganismos patogênicos que podem estar presentes no alimento. Os produtores que tiveram sua produção retida, o que ocorreu durante a greve dos caminhoneiros, não puderam doar o leite armazenado na propriedade porque ele extrapolou o prazo de 48 horas nos resfriadores e não havia transporte adequado para carregar esse produto de maneira segura. Com os tanques lotados devido à interrupção das rotas por vários dias, os criadores também não tinham resfriador para armazenar o produto. Além das dificuldades dos tambos, é importante alertar que, para ser distribuído para o consumo humano, o leite precisa ser transportado, industrializado e envasado corretamente. (Zero Hora)
 
 

 

 

 

Porto Alegre, 06 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.772

Alimentos têm queda

A tensão gerada pela política comercial protecionista dos EUA fez os preços dos alimentos caírem pela primeira vez desde o início deste ano no mercado internacional. O índice medido pela Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que acompanha uma cesta de produtos no mercado internacional, caiu 1,3% em junho, na comparação com maio, para 173,7 pontos. A maior pressão veio das cotações de trigo, milho e óleos vegetais, incluídos os de soja. 

 

O indicador para os cereais caiu 3,7% na comparação mensal, para 166,2 pontos. "Apesar da piora geral das perspectivas de produção, os preços do trigo e do milho caíram em junho, seguindo tendências similares observadas na maioria das commodities decorrentes do aumento das tensões comerciais. Por outro lado, os preços internacionais do arroz aumentaram", diz relatório da FAO. O indicador de óleos vegetais ficou em 146,1 pontos, com queda de 3% e atingindo a menor pontuação em 29 meses. Houve declínio nos preços de soja, girassol e palma, com o dólar exercendo pressão de baixa. A soja também vem sendo pressionada pela decisão da China de taxar a oleaginosa dos EUA em retaliação às políticas protecionistas do governo Trump. Os lácteos recuaram 0,9% na comparação mensal, com queda nos preços dos queijos compensando a alta do leite em pó desnatado. 

 
A manteiga e o leite em pó integral ficaram estáveis. No caso das carnes, os preços médios internacionais subiram 0,3%, para 169,8 pontos, em função de uma pequena alta nas carnes de ovinos e de suínos, enquanto a bovina e a de frango caíram. "O grande volume de exportações da Austrália explica o declínio na carne bovina, enquanto a ampla oferta de exportação, especialmente do Brasil, em meio à fraca demanda de importação, pressionou os preços das aves". O índice para o açúcar também subiu em junho, 1,2% sobre maio, com as preocupações acerca da queda na produção brasileira. (Valor Economico) 
 
 

Volume importado de leite cai 19% em junho

Segundo os dados mais recentes da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as importações de leite caíram 19% em junho na comparação com maio (em equivalente leite). Em comparação com junho de 2017, a queda foi de 34,4%, consolidando o primeiro semestre de 2018 como o de menor volume importado nos últimos anos. Dessa forma, o déficit da balança comercial láctea no Brasil está aproximadamente 190 milhões de litros em equivalente leite menor no 1º semestre de 2018 frente ao mesmo período de 2017, e mais de 250 milhões de litros menor frente ao 1º semestre de 2016; indicando uma menor "dependência" do leite importado no Brasil. Observe o gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo semestral da balança comercial brasileira de lácteos. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da Secex.

 

Analisando a queda mensal de 19% em junho, grande parte foi por conta da redução no volume importado de leite em pó integral. Com 3,6 mil toneladas, a redução mensal foi de 45% em relação às 6,5 mil toneladas internalizadas no mês anterior. Já no leite em pó desnatado, observou-se um aumento de 5%, sendo importadas 2,2 mil toneladas nesse mês, quando em maio foram importadas 2,1 de leite em pó desnatado.

Para os queijos, as 2,7 mil toneladas representam um aumento de 20% na importação do produto em relação a maio, quando importamos 2,2 toneladas. Nas manteigas, as 0,436 mil toneladas importadas representam estabilidade, variação de 2% frente às 0,428 mil toneladas em maio. Confira os dados da balança comercial láctea na tabela 1:

Tabela 1. Balança comercial láctea em maio de 2018. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da Secex.
 

Para verificarmos a quantidade de leite em pó importada nesse primeiro semestre, fizemos uma análise da soma de quantas mil toneladas (MTon) internalizamos por mês de leite em pó integral e desnatado. Pudemos observar quais estão sendo os efeitos da desvalorização do real frente ao dólar que ocorreu nos últimos meses. O acumulado no ano de 2018 de 38 MTon foi 41% menor do que o acumulado de 2017. Confira a evolução no gráfico 2: (MilkPoint)

Gráfico 2. Acumulado de importações de leite em pó. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da Secex.
 

Brasileiro conhece pouco sobre coleta e reciclagem


(Jornal do Comércio)

 

A EMBRAPA Clima Temperado, com sede em Pelotas, realizou hoje cerimônia especial para celebrar os 25 anos de atuação. A estrutura surgiu da fusão, em 1993, do Centro Nacional de Pesquisas de Fruteiras de Clima Temperado com o Centro Nacional de Pesquisas de Terras Baixas. (Zero Hora) 
 

 

Porto Alegre, 05 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.771

Projeto de lei que limita importações de leite é aprovado por Comissão

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) aprovou, nesta quarta, dia 4, o Projeto de Lei 9044 de 2017, que obriga a adoção de medidas de restrição às importações de leite in natura, leite em pó e soro do leite em pó. O relator, deputado federal Celso Maldaner (MDB-SC), afirmou que 2017 o Brasil importou 1.257 milhões de litros, um volume menor do que as excepcionais importações de 2016, de 1.845 milhões de litros. 

Entretanto, segundo Maldaner, 2017 registrou a segunda maior compra de lácteos, desde o ano de 2001, com o volume importado equivalente a 5,2% do leite adquirido pelas indústrias naquele ano. O produto mais importado foi o leite em pó (61%), seguido pelos queijos (26%), com maior concentração na Argentina e Uruguai. "Sendo assim, é fundamental a aprovação deste projeto, visando além da proteção do meio ambiente, um equilíbrio do comércio internacional de produtos lácteos" explicou o deputado.

Sobre a lei
A proposta é de autoria do deputado Evair de Melo (PV-ES) e autoriza a Câmara de Comércio Exterior (Camex) a adotar medidas de restrição às importações de bens de origem agropecuária ou florestal produzidos em países que não observem normas e padrões de proteção do meio ambiente, compatíveis com as estabelecidas pela legislação brasileira. O PL tem co-autoria dos deputados Sérgio Souza (PMDB-PR) e Zé Silva (SD-MG).

"A legislação brasileira é complexa e rigorosa no que tange à proteção do meio ambiente. Mas, ao mesmo tempo, reforça que essas mesmas regras submetem os produtores à condições que podem ser desvantajosas frente aos concorrentes estrangeiros, em termos de custo de produção e competitividade brasileiros", defende o deputado Evair. 

Na apresentação do PL, no ano passado, Melo afirmou que as commodities agrícolas têm papel de destaque nas exportações do País, mas, com frequência, o produtor brasileiro fica em condição desigual em relação àqueles que têm seus empreendimentos sediados em países que estabelecem menores exigências. 

Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e já foi aprovada pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços e de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; faltando apenas de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Canal Rural)   

Quarta edição do Seminário Regional do Leite é realizada em Ronda Alta

Seminário do Leite/RS - Para fomentar e qualificar a cadeia produtiva do leite na região, a Emater/RS-Ascar, a Prefeitura de Ronda Alta e a Câmara Setorial Regional do Leite promoveram, na terça-feira (03/07), a quarta edição do Seminário Regional do Leite. O município de Ronda Alta sediou o evento e recebeu cerca de 300 participantes no Salão do Esporte Clube Brasil, entre produtores, autoridades e lideranças envolvidas no setor dos 42 municípios das regiões Médio Alto Uruguai e Rio da Várzea.

Nesses 42 municípios da região, a atividade leiteira envolve mais de sete mil famílias de agricultores e desempenha importante papel no desenvolvimento econômico e social das famílias rurais. Por essa razão, o objetivo do Seminário foi proporcionar um espaço para discussão de temas relacionados à atividade leiteira, tanto no aspecto técnico, que envolve a produção de alimento e bem-estar animal, quanto em relação à legislação e ao cenário da atividade, no que diz respeito ao preço e à comercialização. A busca de melhores resultados na produção de leite a partir da intensificação de pastagens foi tema do primeiro painel apresentado no Seminário. O assunto foi ministrado pelo pesquisador da Embrapa Trigo de Passo Fundo, Renato Fontaneli, que apresentou possibilidades de forrageiras, variedades consorciadas e exemplos que podem ser alternativas para os produtores nos períodos de vazios, para manter a produção e a oferta de alimento aos animais.

De acordo com Fontanelli, a produção média de leite produzida na região ainda é muito baixa. Segundo ele, é possível alcançar produtividade maior, a partir do planejamento forrageiro, e do manejo adequado de cada variedade, por meio da intensificação do uso das pastagens de forma sustentável. Com Assistência Técnica é possível manter boas pastagens durante o ano todo. Quanto mais forrageiras de boa qualidade na dieta, menor será o custo de produção. Não existe receita, o planejamento varia de propriedade para propriedade, em função dos recursos humanos e materiais, afirmou o pesquisador.

Outra temática que contribuiu com a programação destacou o conforto e o bem-estar animal através da implantação de sombra nos piquetes, manejadas por meio do Sistema Silvipastoril, e os benefícios que geram. Segundo o pesquisador da Embrapa Florestas, Vanderley Porfírio da Silva, alguns aspectos estão relacionados ao bem-estar animal, como a água, alimento, a proteção, o movimento, os tratos sociais saudáveis, piso confortável e o conforto térmico. Considerando apenas um desses aspectos, o conforto térmico, o pesquisador trouxe o Sistema Silvipastoril como uma possibilidade de produção que contribui para o bem-estar dos animais e agrega novas oportunidades ao produtor. O Sistema Silvipastoril é uma opção tecnológica para a produção animal e madeireira. Consiste da combinação intencional de árvores, pastagens e gado, numa mesma área e ao mesmo tempo. O sistema requer menos energia para a manutenção dos animais, não reduz a ingestão diária dos alimentos e tem maior eficiência na conversão de alimentos. Além disso, a produção de madeira proveniente desse sistema gera renda ao produtor e é um mercado com potencial de expansão a ser explorado, comentou Porfirio.

Dois painéis foram apresentados durante a tarde. A médica veterinária da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Luana D´Avila, tratou sobre o controle da brucelose e tuberculose, destacando o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose, e sobre as vacinas obrigatórias que os produtores devem realizar, entre outros cuidados com essas zoonoses. Na sequência, o zootecnista da CCGL, André Hubert, falou da Instrução Normativa nº62/2011 e a última revisão pela qual passou a IN 62, especialmente das Portarias 38 e 39 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que referem-se ao regulamento técnico de identidade e qualidade do leite cru refrigerado. Por fim, uma explanação coletiva envolvendo representantes da CCGL, da Fetraf, da Coopac e da Emater/RS-Ascar fez referência ao cenário e às perspectivas da cadeia produtiva do leite. Autoridades e lideranças participaram do Seminário Regional do Leite, entre elas o prefeito de Ronda Alta, Miguel Gasparetto, o gerente Regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, Clairto Dal Forno, o assistente técnico estadual de Leite, Jaime Ries, o assistente técnico regional de Sistemas de Produção Animal, Valdir Sangaletti, extensionistas rurais da Emater/RS-Ascar dos 42 municípios da região e demais representantes de entidades ligadas à cadeia produtiva do leite. (Emater/RS)

 

Comissão do Congresso aprova parecer de relator da MP do frete

Em menos de cinco minutos, a comissão mista do Congresso que discute a Medida Provisória 832, que estabelece um preço mínimo para frete rodoviário, aprovou ontem o parecer do deputado Osmar Terra (MDB-RS), que é favorável ao tabelamento, mas com modificações. O texto seguirá para votação no plenário da Câmara. Vice-presidente da comissão, o deputado Darcísio Perondi (MDB-RS) aproveitou que a sessão de terça-feira tinha sido apenas suspensa, após um pedido de vista do parecer feito pelo deputado Evandro Gussi (PV-SP), e reabriu a reunião ontem, mesmo com o plenário esvaziado. A aprovação ocorreu rapidamente, sem discussão do texto. A intenção dos parlamentares era tentar votar a MP na Câmara ainda ontem, mas esse cenário era visto como improvável: outras três medidas provisórias tinham preferência na pauta e o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), pretendia aprovar antes projetos que considera prioritários. A sessão ainda não tinha acabado até o fechamento desta edição, mas o mais provável é que a votação fique para a próxima semana. O prazo preocupa aliados do governo. O Congresso entra em recesso na próxima semana, que já pode ser encurtada, caso o Brasil passe para a semifinal da Copa do Mundo - o jogo seria na terça-feira. A MP ainda precisa passar pelo aval do Senado. 

O Legislativo só retoma os trabalhos em agosto (quando ainda são incertas as votações por causa da eleição) e a tabela tem causado problemas para os fretes. Pela proposta de Terra, a tabela não será um valor mínimo do frete (que, em tese, incorporaria um valor referente ao lucro do caminhoneiro), mas um custo mínimo, que englobaria os gastos como combustível, desgaste do veículo e pedágios. Os valores serão definidos pela ANTT após consulta aos caminhoneiros autônomos, transportadoras e contratantes do serviço a cada seis meses. Quando o óleo diesel tiver variação superior a 10%, a planilha será ajustada. A indústria e o agronegócio, contudo, estão contra esse tabelamento, dizendo que isso fere a livre iniciativa e a lei da oferta e da demanda. Representantes desses setores já entraram com ações judiciais contra a MP e tentam impedir a aprovação pelo Congresso Nacional. Já os caminhoneiros ameaçam uma nova paralisação, se a proposta não for aprovada. (Valor Econômico) 

RS: em Carlos Barbosa, FestiQueijo 2018 apresenta o 4º Concurso Estadual de Queijos
FestiQueijo - Buscando resgatar a riqueza gastronômica, histórica e cultural do Rio Grande do Sul, além de incentivar o consumo de queijo, a Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do RS (Apil/RS) e Associação Gaúcha de Laticinistas (AGL) realizam o 4º Concurso Estadual de Queijos, na cidade de Carlos Barbosa (RS). O evento, agendado para o dia 6 de julho, acontece dentro da programação do FestiQueijo, festival tradicional da serra gaúcha que se estende de 29 de junho até 29 de julho. O FestiQueijo chega a sua 29ª edição como um dos principais eventos gastronômicos do Rio Grande do Sul, trazendo as riquezas produzidas pelas empresas locais. Além do Concurso, acontece também o Curso de Juízes de Queijos. O evento, promovido pela Apil/RS e AGL acontece no Auditório da Tramontina, no centro da cidade. A comissão julgadora será composta, além de especialistas brasileiros, por técnicos internacionais. Farão parte da mesa o coordenador do júri Sergio Borbonet (ex Conaprole, Latu) e Álvaro Urrutia (ex Conaprole), ambos do Uruguai; os argentinos Marcelo Lioi (Ministério da Agricultura da Argentina) e Oscar Piñeyro (ex La Serenissima); vindo do Chile, o consultor internacional Fernando Mayora e o equatoriano Ernesto Toalombo, que é consultor internacional na área de queijos. Representando o Brasil no corpo de jurados, Fábio Scarcelli, presidente da Abiq (Associação Brasileira das Indústrias de Queijo), Luiz Girao, presidente do grupo Betânia Lácteos; Alexandre Leal, Ministério da Agricultura/RS e a Prof. Dra. Neila Richards, da Universidade Federal de Santa Maria. O concurso ainda tem por objetivo continuar incentivando o caminho da integração do setor público e privado, na inovação da avaliação sensorial dos queijos, e desta forma a melhorar continuamente os processos de produção dos mais variados queijos, de variados sabores e formas. Os interessados em participar do concurso, podem entrar em contato com a AGL pelo telefone 54 3227 8645 ou pelo e-mail agl.poa.rs@gmail.com (Página Rural)
 

 

 

 

Porto Alegre, 04 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.770

  Projeções indicam que Brasil deve seguir avançando no comércio global

As projeções da OCDE e da FAO por produtos ilustram como o Brasil continuará como ganhador no comércio agrícola global nos próximos anos. Para as carnes, por exemplo, a previsão do relatório é que em 2027, a produção mundial deverá ter aumentado 15% em relação aos últimos dez anos. Essa produção suplementar virá em 76% dos países em desenvolvimento, com alta significativa da produção de frango. Consumidores nos países em desenvolvimento deverão elevar e diversificar o consumo, podendo escolher em alguns casos carnes mais caras, como de bovinos e de ovinos.

Os principais exportadores, o Brasil e os EUA, deverão pesar ainda mais nesse segmento e representar 45% das vendas globais de carnes. A demanda continuará forte na Ásia, sobretudo nas Filipinas e no Vietnã. Os grandes importadores incluem a China, Coreia do Sul e Arábia Saudita. Até 2027, o preço de carnes deverá aumentar progressivamente em termos nominais, mas declinar em termos reais.

Para o açúcar, a projeção é de que a produção à base de cana e de beterraba deverá crescer menos rapidamente do que na última década. O Brasil deve se manter como o maior produtor, e Índia, China e Tailândia têm boas perspectivas. O consumo por habitante estagnará nos países desenvolvidos, mas poderá crescer na Ásia e na África. O Brasil continuará a assegurar 45% das exportações mundiais. O preço do açúcar deverá ter ligeira alta em valor nominal, mas também recuar em termos reais.

No caso das oleaginosas, a projeção é que produção mundial aumentará cerca de 1,5% ao ano, num ritmo menor que na última década. O Brasil e os EUA serão os principais produtores com volumes comparáveis. Os preços deverão igualmente declinar em valor real. Para os cereais, a previsão é que a produção mundial deverá crescer 13% entre hoje e o ano de 2027, graças a ganhos de produtividade. A Rússia vai estar mais presente no mercado internacional de trigo — o país já superou a União Europeia na exportação do cereal. A fatia de Brasil, Argentina e Rússia no mercado de milho deverá aumentar e a dos EUA diminuir. Tailândia, Índia e Vietnã seguirão como principais fornecedores de arroz no mercado internacional.

No caso dos lácteos, a projeção é de aumento de 22% na produção mundial entre 2018-2027, graças principalmente ao Paquistão e à Índia. Os dois vão representar 32% da produção mundial de leite em 2027. O essencial da produção suplementar será consumida internamente. A parte da União Europeia nas exportações de lácteos deverá passar de 27% a 29%. Com exceção de leite em pó, os preços do lácteos deverão baixar em termos reais.

Em relação aos pescados, as projeções da FAO/OCDEA indicam que a produção mundial continuará aumentando, mas num ritmo menor. Na China, deve haver uma desaceleração da produção. Os países asiáticos representarão 71% da alta do consumo de pescado. (As informações são do jornal Valor Econômico)
 
 

Chances de El Niño ameno no radar de meteorologistas

O fenômeno climático El Niño, que na safra 2015/16 prejudicou diversas culturas agrícolas no país, entre elas milho e soja, pode se formar no Oceano Pacífico novamente este ano. Mas, segundo meteorologistas, se o fenômeno se confirmar, não deverá ocorrer com a mesma intensidade que a vista há cerca de três anos. "A fase fria do Oceano Pacífico equatorial já acabou e, no lugar de águas frias, a gente já observa no Pacífico central áreas com águas aquecidas, com anomalia [de temperaturas] positivas", explica Paulo Etchichury, sócio-diretor da Somar Meteorologia, descrevendo uma das características do fenômeno climático. Segundo o boletim do escritório de meteorologia da Austrália, a probabilidade de o Oceano Pacífico equatorial apresentar aquecimento anormal durante a primavera e o verão é de 50% - o dobro do observado nesta época do ano em condições normais, segundo o próprio instituto. 

Nos EUA, o centro de previsões climáticas local (CPC, na sigla em inglês) aponta 50% de chances de formação de El Nino no outono do Hemisfério Norte (primavera no Hemisfério Sul), elevando para 65% durante o inverno (verão no Hemisfério Sul). "A presença do oceano aquecido e a indicação de El Niño é favorável para as lavouras [da região] Sul, porque diminui o risco de estiagem prolongada. Para o Centro Oeste e Sudeste, o principal impacto são chuvas de verão mais irregulares", afirma Etchichury. Os meteorologistas ouvidos pelo Valor, contudo, são unânimes em dizer que ainda é cedo para traçar previsões para a formação do El Niño, mas caso o fenômeno se confirme, não deve ser tão severo quanto o de 2015 - o mais forte em 18 anos. "Se ele aparecer, será mais para o fim do ano ou durante o verão de 2019, mas ainda é muito cedo para qualquer opinião, principalmente porque a grande dúvida seria seus efeitos em fevereiro", afirma Ludmila Camparotto, meteorologista da Rural Clima. No Brasil, os efeitos do aquecimento do Pacífico e de um possível El Niño serão sentidos com mais intensidade no Nordeste do país, sobretudo na região do Matopiba (confluência entre os Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). "Se pegarmos as últimas safras, fica clara a influência desses fenômenos na região", ressalta Etchichury. Com o La Niña no fim do ano passado e início de 2018, as áreas de produção do Matopiba apresentaram chuvas regulares na safra 2017/18 após a seca severa de 2015/16 seguida de leve melhora em 2016/17, ano de neutralidade. "Estatisticamente falando, nossas comparações levaram a um ano parecido com 2006/07, mas ainda estamos trabalhando com padrão neutro de viés positivo. 

Se houver El Nino, ainda será de fraca intensidade, e a tendência é de que, se ele aparecer, seja mais pro verão mesmo", aponta Ludmila. No curto prazo, o aquecimento do Pacífico deve exigir mais atenção dos produtores brasileiros com o plantio da safra 2018/19 diante do atraso na regularização das chuvas no Brasil. Paulo Etchichury, da Somar, afirma que, entre outubro e novembro, essas condições devem impedir o avanço de frentes frias sobre o Sul do Brasil. De acordo com o meteorologista, uma ou outra frente fria pode avançar durante a mudança de estação, "mas é preciso tomar cuidado porque, mesmo com chuvas significativas, podemos enfrentar de 10 a 15 dias de seca e temperaturas elevadas", prejudicando o plantio. "Não quer dizer que teremos um janeiro tão seco como naquele ano [2015], mas é um cenário de chuvas abaixo da média. O produtor tem que fazer uma estratégia pra mitigar os efeitos desse risco climático já que teremos uma condição para a próxima safra diferente da anterior", alerta. Na safra 2015/16, afetada pelo El Niño, a colheita de milho no país caiu para 66,5 milhões de toneladas, ante 84,6 milhões de toneladas na safra anterior. Já a produção de soja ficou em 95,4 milhões de toneladas, abaixo das 96,3 milhões do ciclo precedente. A produção de café conilon no Espírito Santo também sofreu com a seca e só agora começa a se recuperar. (Valor Econômico) 

Uruguai – Em dólares o preço do leite ao produtor caiu 5,3%

Preço/Uruguai – O maior preço ao produtor no ano de 10,25 pesos, [R$ 1,27/litro] e 0,34 dólares, significa aumento de 2,2% em pesos e queda de 5,3% em dólares. Em maio o preço médio ao produtor chegou a 10,25 pesos registrando um aumento de 2,2% comparado com abril. 

Mas, se a comparação for feita com os 34 centavos de dólares, houve queda de 5,3% em relação ao mês anterior. Estima-se que o teor de matéria gorda foi de 3,88% e de proteína 3,44%, o que leva a que o preço por cada 100 kg de sólidos seja de 140 pesos, valor 2% superior ao de abril. Em maio de 2018 o preço médio ao produtor ficou no mesmo nível em relação ao ano anterior em pesos. Entretanto, caiu 7,8% e dólares, estimou o Instituto Nacional de la Leche (Inale) (TodoElCampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Evolução dos valores em 2018.

 

BNDES oficializa linha de R$ 1,5 bi para empresas de proteína animal

Após reunião com o presidente Michel Temer, o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, anunciou uma nova linha de capital de giro de R$ 1,5 bilhão para empresas de proteína animal afetadas pela greve dos caminhoneiros. "Houve perdas muito importantes de animais e prejuízo na cadeia e essas empresas necessitam repor esses estoques", afirmou.

Segundo Dyogo, a linha de capital de giro terá o prazo de 60 meses para pagamento, sendo 24 meses de carência. As taxas serão compostas por TLP mais o spread de risco e o spread básico do banco, que varia conforme a empresa. "Isso deve fazer chegar ao tomador final algo em torno de 10% ou 11% ao ano, que é uma taxa bastante atrativa para capital de giro com prazo tão longo", avaliou. O presidente do BNDES disse que o presidente solicitou que ele tornasse pública a decisão do banco. Na semana passada, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) já havia comemorado a liberação da linha de crédito do banco estatal.

Dyogo disse que conversou com Temer também sobre a linha de crédito para colocar energia solar nas empresas e residências. "É uma linha com condições muito boas, com juros de até 4% ao ano com prazo de 12 anos e carência entre 3 a 24 meses. São condições que permitem que a parcelas sejam até inferior ao custo da energia pago pelo consumidor", disse.

Segundo ele, é possível com a linha reduzir o preço da conta de luz e o acesso à linha será feito pelos bancos repassadores do BNDES, inicialmente os bancos públicos. "Estamos preparando uma nova linha que seria distribuída pelos bancos privados". Dyogo disse ainda que o seu trabalho à frente do banco de fomento visa deixar para trás uma história que "era baseada em juros baixos e taxa subsidiadas" e que foram objetos de críticas. "O banco está se organizando de forma direta e disponibilizando recursos para pequenas e médias empresas e com isso estamos fazendo esse processo de transformação", afirmou, destacando que neste processo a digitalização "será a palavra- chave". (As informações são do jornal Valor Econômico)

 

Imunização chega a 98,9%
A primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa – que se estendeu de 1º de maio a 15 de junho – imunizou 98,99% das 13,2 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos do rebanho gaúcho. O resultado, divulgado ontem pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação, foi considerado “excelente” pela veterinária do Programa de Febre Aftosa da pasta, Grazziane Rigon, já que a comprovação da vacinação ultrapassou a meta de 90% do rebanho. Para Grazziane, o alto índice de registro deve-se ao maior prazo que os produtores tiveram para imunizar os animais, já que a campanha foi prorrogada em 15 dias em função da paralisação dos caminhoneiros, à conscientização dos proprietários em relação à prevenção da doença e à atualização do cadastro de animais e georreferenciamento de propriedades rurais, que resulta em um número mais preciso de bovinos e bubalinos no Estado. A segunda etapa da campanha vai imunizar animais com até dois anos de idade em novembro. A primeira vacinou animais de todas as idades. (Correio do Povo)