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Porto Alegre, 27 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.787

MENOS PESSOAS EM UM CAMPO MAIS MECANIZADO

Pela primeira vez, um censo agropecuário indicou menos de um milhão de pessoas ocupadas em estabelecimentos agropecuários no Rio Grande do Sul. Em 11 anos, o meio rural gaúcho perdeu mais de 248 mil trabalhadores, cerca de 20% do total - possivelmente atraídos por oportunidades na cidade. Os números divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) retratam uma realidade cada vez mais visível no campo: a intensificação da atividade, com o uso crescente de máquinas e equipamentos, e a migração urbana.

- O investimento em tecnologia requer menos mão de obra. Outro fator que explica a redução da ocupação é o fenômeno migratório, com cada vez menos pessoas dispostas a ficar na zona rural - afirma Cláudio Sant'Anna, coordenador técnico do Censo Agropecuário 2017 no Estado.

Os dados da pesquisa mostram que a diminuição dos postos de trabalho foi impactada pelo avanço da mecanização e de tecnologias. O número de tratores aumentou quase 50% no Estado, chegando a 242 mil unidades em 2017. No país, a variação foi semelhante, chegando a marca de 1,2 milhão de unidades. Entre 2006 e 2017, para cada trator adquirido no Estado, três empregos foram eliminados.

- A concentração do número de propriedades, diante da dificuldade dos pequenos competirem, também favoreceu a mecanização e, consequentemente, a menor necessidade de pessoas no campo - acrescenta Nicole Rennó, pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), que faz acompanhamento trimestral da ocupação no agronegócio. A pesquisadora pondera que a queda do número de trabalhadores é maior dentro da porteira do que fora dela - onde se configura o agronegócio. Nas agroindústrias e nos agrosserviços, a tendência de redução de trabalhadores é bem inferior.

- A indústria e os serviços não tiveram uma mudança estrutural na atividade que dispensasse a necessidade de mão de obra, ou seja, a modernização foi menor - destaca a pesquisadora. O avanço da mecanização pode ser relacionado, ainda, com o aumento da produtividade da agropecuária brasileira, que cresce a taxas superiores ao restante da economia. (Zero Hora /Valor econômico)

 
 
 
 

Consultas públicas tratam de segurança alimentar

Segurança alimentar - A Anvisa abre hoje (25/7) o prazo para contribuições para duas consultas públicas. Uma delas, a CP 541, é uma proposta de texto da futura Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) que irá firmar os critérios microbiológicos para alimentos. A outra, a CP 542, é a Instrução Normativa (IN) que trará a lista de critérios estabelecidos.

Os critérios microbiológicos das futuras RDC e IN são aqueles utilizados para validar as medidas de controle adotadas durante a preparação dos alimentos e para definir a aceitabilidade do processo de produção e a segurança do produto final para quem o consome. Critérios microbiológicos servem de parâmetro de aceitação do produto nas ações de fiscalização das vigilâncias sanitárias dos estados e dos municípios, que junto com a Anvisa compõem o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), ou para verificar se as medidas de controle adotadas pelas empresas da cadeia produtiva de alimentos são efetivas.

RDC
A futura RDC será voltada à segurança alimentar e a minimizar o impacto de potenciais perigos alimentares na saúde dos consumidores. A nova norma irá atualizar a RDC 12/2001, que hoje regulamenta esse tema. Ela indica os microrganismos que devem ser avaliados e os limites de aceitação por categorias de alimentos. O que se propõe agora é atualizar a RDC 12/2011 porque os critérios microbiológicos precisam ser revistos ou complementados periodicamente, para atender aos progressos da ciência e da tecnologia de alimentos, às alterações da ocorrência dos micro-organismos patogênicos, às evidências epidemiológicas e ao perfil demográfico dos consumidores, bem como aos resultados de avaliações de risco.

A proposta de revisão da RDC 12/2001 foi elaborada considerando os critérios microbiológicos atualmente estabelecidos por organismos internacionalmente reconhecidos, como as normas adotadas pela União Europeia, Codex Alimentarius e International Commission on Microbiological Specificaons for Foods (ICMSF). As propostas que estão em consulta pública, a CP 541 e CP 542, foram previamente discutidas com diversos segmentos da sociedade, por meio de reuniões técnicas. (Anvisa)

Greve dos caminhoneiros no Brasil prejudicou vendas da Nestlé

A greve dos caminhoneiros no Brasil, no fim de maio deste ano, contribuiu para prejudicar o desempenho das vendas da suíça Nestlé no primeiro semestre de 2018. A companhia informou, em balanço divulgado nesta quinta-feira, 26, que as vendas no Brasil recuaram para 1,72 bilhão de francos suíços entre janeiro e junho, queda de cerca de 15,7% na comparação com os 2,04 bilhões de francos suíços em igual período de 2017.

De acordo com a empresa, a América Latina apresentou crescimento orgânico positivo, mas desacelerou em comparação com o ano anterior. A greve no Brasil "interrompeu as operações e a distribuição e reduziu o crescimento na região em cerca de 80 pontos-base no segundo trimestre". Mesmo assim, com ajuda das demais regiões, a companhia teve crescimento orgânico de 1% na zona geral das Américas. Analistas esperavam queda de 0,5%.

A greve dos caminhoneiros parou o País no fim de maio, com os motoristas protestando contra o aumento nos preços do diesel e exigindo o fim da política de ajuste diário de preços dos combustíveis da Petrobras. Após a paralisação, o então presidente da estatal, Pedro Parente, pediu demissão.

A Nestlé registrou lucro líquido de 5,8 bilhões de francos suíços (US$ 5,84 bilhões) no primeiro semestre de 2018, uma avanço de 18% na comparação com o reportado em igual intervalo do ano passado, de 4,9 bilhões de francos suíços. O resultado foi influenciado principalmente pela receita com alienações, impostos mais baixos e melhor desempenho operacional. O lucro por ação no período subiu 21,4%, para 1,92 franco suíço.

O desempenho superou as estimativas de analistas, que apostavam na estabilidade das vendas no semestre na comparação com igual semestre do ano anterior. Após a divulgação, as ações da companhia chegaram a subir pouco mais de 1%.

As vendas no primeiro semestre foram de 43,92 bilhões de francos suíços, aumento orgânico de 2,8%. De acordo com o CEO da Nestlé, Mark Schneider, a estimativa é aumentar ainda mais o crescimento orgânico no segundo semestre. "Esperamos melhoria das margens com novos benefícios de nossos programas de eficiência e preços mais favoráveis para as commodities", disse. (As informações são do portal Exame)

Alimentação na América Latina: maior parte da população almoça e janta em casa
Os latino-americanos gastam 8% de seu tempo - pelo menos duas horas por dia - preparando refeições para si e suas famílias, com as pessoas passando mais tempo diante do fogão no Equador e na Bolívia. Os dados foram apurados pela Kantar Worldpanel. Segundo o levantamento, os consumidores da região fazem refeições em média 4 vezes ao dia, sendo o almoço a mais importante para 54% dos domicílios, seguido pelo café da manhã, que aparece com 36% no ranking de relevância. Em toda a América Latina, 10% das pessoas preparam refeições que são adaptadas para uma dieta especial - tais como sem glúten, baixo teor de sal ou dietas sem açúcar. Este valor é mais alto entre consumidores com 50 anos ou mais (15%). Reduzir a quantidade de gordura também é importante para a população da região, com 7% escolhendo as refeições porque são leves ou com pouca gordura. Por exemplo, na França comer menos carne e menos produtos animais ganhou popularidade, com pelo menos um membro em mais de um terço (34%) das famílias seguindo esta tendência. Os latino-americanos exigem produtos frescos. A primeira coisa que eles olham na etiqueta do produto é a data de validade: 59% verificam primeiro, enquanto 13% estão preocupados com a quantidade de açúcar, 11% com a quantidade de gordura e 11% com a quantidade de sal. Por causa da preocupação com a saúde, 30% dos consumidores latino-americanos mudaram seus hábitos alimentares no ano passado. Eles aumentaram o consumo de frutas e vegetais e reduziram o sal (20%), açúcar, frituras e carne vermelha, sendo que 5% parou de comprar refrigerantes e 4% parou de beber álcool. Enquanto 7% dos lares reduziram a quantidade de produtos lácteos em sua dieta, 4% aumentaram para tirar partido dos benefícios de uma dieta rica em cálcio. (As informações são da Kantar Worldpanel)

Porto Alegre, 26 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.786

Receita das maiores de lácteos do mundo subiu 7,2% em 2017

O faturamento combinado das 20 maiores empresas de lácteos do mundo avançou 7,2% em dólar no último ano, segundo o levantamento "Global Dairy Top 20", divulgado ontem pelo banco holandês Rabobank. O estudo mostrou ainda uma mudança no segundo lugar da lista das 20 maiores do segmento, que passou a ser ocupado pela francesa Lactalis. Além disso, de acordo com o Rabobank, as operações de fusões e aquisições em lácteos no mundo cresceram de forma expressiva em 2017. O primeiro lugar no ranking do Rabobank continua com a suíça Nestlé, que teve receita de US$ 24,2 bilhões em 2017. Mas a segunda na lista passou a ser a Lactalis, com faturamento de US$ 19,9 bilhões. 

 

A empresa tomou o posto da também francesa Danone, que fechou o ano passado com receita de US$ 17,6 bilhões. O levantamento ressalta que a apesar de a Nestlé seguir "reinando" no ranking, a diferença entre ela e a número dois se estreitou. A Lactalis subiu para o segundo lugar impulsionada pelas aquisições dos negócios de iogurte das americanas Stonyfield e Siggi. Já a Danone perdeu a posição depois de desinvestir na Stonyfield após a compra da fabricante de alimentos orgânicos WhiteWave, de reduzir sua fatia na Yakult e de vender participação na Al Safi Danone, joint venture na Arábia Saudita. Além disso, na Índia, a Danone decidiu focar em produtos de nutrição e vendeu sua fábrica de lácteos a um player local. A cooperativa Fonterra, da Nova Zelândia, subiu para o quinto lugar no ranking da "Global Dairy Top 20", ligeiramente à frente da holandesa FrieslandCampina, que caiu para a sexta colocação. A escandinava Arla Foods permaneceu em sétimo, apesar da aquisição da joint venture com a SanCor e da nova sociedade com a Indofood.

De acordo com levantamento, a recuperação dos preços dos lácteos em 2017 permitiu o crescimento do faturamento combinado das 20 maiores de lácteos no mundo. E as operações de fusões a aquisições no setor cresceram estimuladas pela disponibilidade de capital barato, como também ocorreu em outras áreas. Contudo, destaca o banco, os "meganegócios" concretizados em 2017 - Danone/WhiteWave e Saputo/Murray Goulburn - tiveram impacto limitado no ranking do "Global Dairy Top 20". Como resultado, afirma o relatório, não há novos entrantes na lista das 20 maiores de lácteos pelo segundo ano consecutivo, o que indica dificuldade de romper o limite de US$ 5 bilhões (valor do faturamento da vigésima colocada na lista). Houve 127 negócios de fusões e aquisições no setor de lácteos no mundo em 2017, conforme o levantamento, ante 81 transações em 2016. Até a metade deste ano, segundo o Rabobank, o número de negócios no segmento está em 62, com quase metade ocorrendo na Europa. 

Em 2017, diz o banco, o valor das transações ficou abaixo do ano anterior devido ao menor número de grandes operações. Além disso, alguns dos maiores negócios no setor não incluíram empresas que fazem parte do Global Dairy Top 20, como a aquisição da brasileira Vigor pela mexicana Lala. A aquisição da Itambé pela Lactalis, que está entre as maiores, está sub judice. O banco prevê que nas próximas décadas o mercado global de lácteos vai crescer ao menos 30% em volume e valor, como resultado do crescimento populacional, do aumento da renda e da urbanização. A avaliação é que o crescimento orgânico e as aquisições vão direcionar esse avanço. (Valor Econômico)

 
Escassez deixa defesa sanitária preocupada

A escassez da tuberculina, substância utilizada no diagnóstico de tuberculose bovina, tem causado apreensão no setor de defesa sanitária. Uma das alternativas para a continuidade dos testes é a adoção de importações emergenciais, o que vem sendo discutido pelo segmento junto ao Ministério da Agricultura. Pecuária e Abastecimento (Mapa). Nesta modalidade, as aquisições para situações ligadas à exportação foram liberadas. As demais estão em estudo. O cenário preocupa tanto pelo combate à enfermidade quanto pela proximidade da Expointer, já que os animais devem obrigatoriamente apresentar exame negativo para a doença para participar da exposição, que começa daqui a um mês. O problema no abastecimento deve-se a uma demanda superior à oferta no país, segundo o superintendente do Mapa/RS, Bernardo Todeschini. Além disso, a produção da substância no país não teve nenhum incremento. 

Há apenas um laboratório produzindo o material, o Instituto Biológico de São Paulo, que prioriza o atendimento daquele estado. A expectativa é de que uma nova empresa, de origem argentina, comece a operar no país em setembro. "Isso deve começar a colocar tuberculina no mercado a partir de janeiro", aponta Todeschini. Com relação às importações emergenciais, o superintendente ressalta ser necessário que empresas com a intenção de executar a operação procurem o Mapa para manifestar interesse. O diretor de Defesa Agropecuária da Secretaria Estadual da Agricultura, Antonio Carlos de Quadros Ferreira Neto, destacou a necessidade de que o assunto seja solucionado o quanto antes, mas ressaltou que a intenção é trabalhar em conjunto com a Superintendência do Mapa no Rio Grande do Sul. (Correio do Povo)
 
 

Agroindústrias investem em caminhões

Alvo de duras críticas de produtores, agroindústrias e tradings, a tabela de preços mínimos de fretes rodoviários que aguarda sanção do presidente Michel Temer, estimula um número cada vez maior de projetos que preveem a criação ou o reforço de frotas próprias de caminhões para o escoamento das safras. Para cargas a granel como soja e milho, os valores de fretes para longas distâncias até agora propostos representam, em média, altas de cerca de 30% a 50% em relação aos que vinham sendo praticados, de acordo com estimativas. Maior exportadora de soja brasileira, a americana Cargill, que desde a primeira versão da tabela de fretes, usada por Brasília para encerrar definitivamente a recente greve dos caminhoneiros, posicionou-se veementemente contra o tabelamento, voltou a sinalizar que poderá investir em uma frota própria para entrar em operação já nesta safra 2018/19. "Com o tabelamento, indústrias e exportadores terão que repensar a forma como irão operar no Brasil", disse, em comunicado, Paulo Sousa, diretor de grãos e processamento da companhia para a América Latina. Segundo ele, a intervenção do governo no mercado de fretes cria "uma ruptura no funcionamento natural da cadeia de suprimentos e desequilibra os contratos, a ponto de comprometer a confiança na expansão sustentável do agronegócio", além de abrir caminho "para oportunistas trabalharem na informalidade". 

Nesse contexto, a Cargill reforçou que analisa para a safra 2018/19 adquirir frota própria de caminhões e contratar motoristas. A paranaense Coamo, maior cooperativa agrícola da América Latina e outra grande exportadora de grãos, tem sobre a mesa um projeto até mais avançado. O grupo, com sede no município de Campo Mourão, acaba de fechar a aquisição de 152 novos caminhões, que já havia sido aprovada para renovar sua frota própria de 280 veículos. Mas a Coamo só decidirá se de fato seguirá o roteiro previsto e venderá um número semelhante ao total adquirido, que estará à disposição até janeiro, depois que uma tabela definitiva de fretes entrar em vigor. Além dos caminhões próprios, a Coamo opera uma "frota dedicada" de cerca de 600 veículos que pertencem a transportadoras. 

A cooperativa, que movimenta mais de 10 milhões de toneladas de cargas a granel anualmente, também contrata junto a transportadoras serviços para agilizar o escoamento em picos de colheita e, eventualmente, recorre a fretes no mercado spot. A frota própria, composta basicamente por bitrens de sete eixos, responde por 15% da movimentação total de cargas a granel do grupo. Segundo Airton Galinari, superintendente de logística e operações da Coamo, os últimos valores apresentados pelo governo para os fretes chegam a representar aumentos de 80% a 100% em relação aos custos da frota própria - que normalmente opera em curtas distâncias, nas rotas que chegam às cerca de 60 lojas de insumos, peças e maquinários da cooperativa no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul - e de 50% na comparação com os custos da "frota dedicada" de 600 caminhões. Maior empresa de proteínas animais do país, a JBS também está se mexendo por causa do encarecimento dos fretes rodoviários. A companhia acaba de fechar a aquisição de 360 caminhões e estuda ampliar essas compras caso os fretes não sejam revistos, disse uma fonte próxima à empresa de carnes. A frota própria da JBS - que, procurada, preferiu não comentar o assunto - representa mais ou menos um terço do número total de caminhões utilizados em suas operações. Fontes do setor de agronegócios consultadas pela reportagem nos últimos dias afirmaram que é difícil encontrar produtores ou empresas que não estejam avaliando contar com transporte próprio para amenizar a alta dos fretes. Exemplo desse movimento são os laticínios, que reclamam do grande peso dos custos com transporte em suas contas.

 "O setor do leite trabalha exclusivamente com transporte rodoviário e não tem alternativa. Dessa forma, o impacto será mais expressivo no produto", afirmou Alexandre Guerra, presidente do Sindilat, que representa os laticínios gaúchos e defende a livre negociação dos fretes. "Não existe espaço para a adoção de tabelas de valores mínimos. Esse custo quem vai pagar é o consumidor", acrescentou ele em comunicado. O Sindilat confirmou que, para driblar a alta nos custos, algumas empresas do segmento estudam absorver a atividade de transporte ou pelo menos parte dela - alguns laticínios já são responsáveis pela captação do leite nas fazendas produtoras. Para o dirigente, o risco é que o encarecimento do frete leve à revisão de rotas de coleta de leite, o que poderia até acarretar abandono de áreas de pouco volume de produção da matéria-prima. Outra que se debruça sobre a equação dos custos de transporte é a Copersucar, maior comercializadora de açúcar e etanol do país. "Achamos que a chance do tabelamento dar certo é nenhuma. Mas, no limite, faríamos frotas próprias", afirmou Paulo Roberto de Souza, presidente da companhia, ao Valor. Segundo ele, a Copersucar é menos atingida pela medida porque 60% de sua movimentação já se dá por meio de ferrovias. Mas o restante é movimentado em rodovias e justificaria uma frota própria. (Valor Econômico)  

 

Safrinha prejudicada no PR
A estiagem provocou quebra de 22,7% na produção da segunda safra de milho no Paraná. A previsão para a colheita caiu de 12 milhões para 9,2 milhões de toneladas, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná. Mesmo assim não haverá escassez no país, que deve produzir quase 83 milhões de toneladas para um consumo próximo de 60 milhões de toneladas, segundo a Conab. O diretor executivo da Facoagro, Sérgio Feltraco, diz que a quebra paranaense tem influência para o comprador de milho, que paga mais pelo grão dependendo da distância e das condições mercadológicas específicas do lugar onde vai buscá-lo. (Correio do Povo)

Porto Alegre, 25 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.785

Conexão Ciência apresenta os avanços do setor lácteo no Brasil

Avanços do setor lácteo - A produção brasileira de leite deve crescer de 2 a 2,5% em 2018, de acordo com estimativas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O avanço do setor lácteo nas últimas décadas no Brasil é o tema do programa Conexão Ciência, que vai ao ar nesta terça-feira (24) às 19h15 na TV NBR, do governo federal.

O entrevistado, Pedro Arcuri, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora, MG), fala sobre a busca constante pela melhoria da qualidade do leite, que integra os setores públicos e privados no desenvolvimento de ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

Ao longo de mais de quatro décadas, a Embrapa em parceria com outras instituições públicas como universidades, empresas estaduais e instituições privadas como empresas comerciais, instituições de ensino privado, órgãos de representação, entre outras, têm investido na entrega de soluções tecnológicas que vêm contribuindo para o melhor desempenho da cadeia produtiva de leite e lácteos. A visão do setor é tornar o Brasil um exportador global significativo de leite e produtos lácteos de valor agregado.

Entre os resultados obtidos em prol do setor produtivo, Arcuri destaca o Programa de Melhoramento Genético Animal para quatro das mais importantes raças leiteiras, Gir Leiteiro, Girolando, Holandesa e Guzerá; o controle estratégico de carrapatos de bovinos; o desenvolvimento de técnicas de reprodução e multiplicação de bovinos zebuínos leiteiros; e a geração das variedades melhoradas de capim-elefante (BRS Capiaçu e Kurumi) e capim-azevem (Ponteio e Integração).

Durante a entrevista, o chefe de P&D da Embrapa Gado de Leite fala também sobre as ferramentas para a gestão de propriedades leiteiras, entre as quais ressalta o Gisleite, sistema para o gerenciamento do desempenho produtivo dos animais e da propriedade de um modo geral, e o GEPleite - ferramenta informatizada para a gestão econômico-financeira da propriedade leiteira, desenvolvida em parceria com a Cooperativa Santa Clara do Rio Grande do Sul.

"Ideas for Milk": modelo para outras cadeias produtivas
Outra inovação em prol da pecuária leiteira é o evento "Ideas for Milk - desafios de startups", promovido pela Embrapa Gado de Leite desde 2016. Essa iniciativa aproxima empresas pequenas e criativas, chamadas de startups, com as indústrias tradicionais, fornecedores de ferramentas digitais e investidores interessados em ideias inovadoras, que possam virar produtos comerciais. "Trata-se de um ecossistema de inovação para a cadeia do leite, que tem resultado em parcerias e soluções digitais para a produção de leite com mais qualidade, além de processamento e distribuição de leite e lácteos com valores desejados pelos consumidores", explica o pesquisador. A iniciativa está sendo usada como modelo para outras cadeias produtivas, como a do café, por exemplo.

Agricultura 4.0: a pecuária leiteira na era digital
Arcuri destaca também a chamada Agricultura 4.0, que a cada ano tem ganhado mais espaço na agropecuária brasileira, do pequeno ao grande produtor, e gerado um grande impacto na produtividade, assegurando o equilíbrio nas três vertentes da sustentabilidade - social, econômica e ambiental. Segundo ele, a agricultura digital, voltada ao uso de grandes volumes de dados, automação e robótica, aprendizado de máquinas, precisão na aplicação de insumos, também está associada ao conceito do ecossistema de inovação. "A Embrapa Gado de Leite está utilizando parte das suas instalações físicas em áreas de teste de tecnologias digitais, para aumentar a produtividade e facilitar as atividades dos produtores rurais, tanto em esforço físico quanto em acesso a informações para tomar decisões com maior chance de acertos. Para isso, estamos permanentemente buscando novos parceiros para unirem as suas competências às da Embrapa, em todos os níveis", finaliza.

O Conexão Ciência é produzido em parceria pela Embrapa e a NBR e vai ao ar todas às terças-feiras na TV do Governo Federal, às 19h15. O programa também pode ser assistido pelo canal da NBR no Youtube. Saiba como sintonizar a NBR na página da EBC Serviços na internet. Assista aqui aos programas anteriores. (Página Rural)

 
 

Espanha - A possibilidade de vender leite cru desperta interesse dos pecuaristas

Leite cru/Espanha - A União dos Pequenos Agricultores e Pecuaristas (UPA) se posicionou a favor da venda direta de leite cru por parte das explorações pecuárias espanholas. A recente aprovação de um decreto que regula esta prática na Cataluña despertou o interesse de todo o setor e também certas dúvidas por parte dos consumidores. 

"Os pecuaristas podem gerenciar, sem nenhum problema, um produto sobre o qual existe um interesse crescente", afirmou Román Santalla, secretário da UPA. A regulamentação na Cataluña se faz "urgente", e na sua opinião, a aprovação de uma norma nacional que deixe claro o procedimento dos produtore e "dê garantias" aos consumidores.

Os produtores de leite vêm na venda do leite cru uma oportunidade para diversificar suas explorações e obter um preço justo pelo leite de primeira qualidade. As condições sanitárias das propriedades espanholas são excelentes, acima da média europeia, assegurando, diz a UPA, um leite cru que pode ser vendido sem problema e ser consumido sem medo, levando em conta sempre que é preciso ferver o leite e conservá-lo corretamente - um máximo de 72 horas depois da ordenha - para eliminar possíveis microrganismos.

"Os consumidores sabem que precisam lavar as verduras, cozinham bem a carne ou congelam o pescado para que seu consumo seja perfeitamente seguro. É possível e justo que o leite cru tenha um espaço no mercado espanhol, não vemos nenhum problema nisso", destacou Santalla.

A norma deve ser rigorosa no que se refere aos requisitos sanitários das fazendas que queiram comercializar o leite cru. "O objetivo principal é que os consumidores possam dispor de um produto saboroso, com grande potencial gastronômico e com todas as garantias sanitárias", afirma a UPA, concluindo: "É possível, justo e necessário regulamentar a venda direta de leite cru". (Agrodigital - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

UE - Pequenas reduções na produção de leite podem ter grande efeito no preço

Leite/UE - Faz dois anos, em 18 de julho de 2016, o Comissário Europeu de Agricultura, Phil Hogan, anunciou um programa de redução voluntária de produção de leite na União Europeia (UE). Um estudo realizado pela A.Fink-Kebler y A.Trouvé analisou o programa e chegou às seguintes conclusões:

- O programa voluntário de redução da produção foi um grande êxito, já que com uma pequena redução na produção, conseguiu um grande efeito direto nos preços;

- Os preços aumentaram de 25,68 centavos/quilo, em julho de 2016 para 34,16 centavos/quilo em julho de 2017;
- O programa revê uma alta participação de pecuaristas: 48.200 produtores de leite de 27 Estados Membros da UE participaram (aproximadamente 3% das fazendas leiteiras européias);
- O volume reduzido foi de 833.551 toneladas (aproximadamente 2% do volume de leite do mesmo período no ano anterior);
- Os 4 maiores países produtores de leite mostraram a maior participação no programa: Alemanha (232.300 toneladas), França (152.732 toneladas) e o Reino Unido (90.814 toneladas). No conjunto, os três países representam 57% do volume total de redução. A Holanda reduziu em 56.117 toneladas;
- A Irlanda teve o maior percentual de fazendas participantes (21%) e o volume de redução (4%).

O programa voluntário de redução do volume de leite da UE foi realizado entre outubro de 2016 e janeiro de 2017. Os pecuaristas tiveram a oportunidade de reduzir voluntariamente a produção em troca de uma compensação (14 centavos/quilo de leite reduzido em comparação com o mesmo período de 3 meses do ano anterior). (Agrodigital - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

EUA - O que as indústrias de leite vegetal não querem divulgar

Sem Lactose/EUA - Impulsionados pela inovação "leite sem lactose", a indústria de laticínios está desafiando o domínio dos leites vegetais, com as vendas de "leite sem lactose" nos Estaods Unidos (EUA) estarem perto de alcançar - e talvez mesmo ultrapassar - as vendas de leite de amêndoa. Em 2017, as vendas do leite sem lactose cresceram duas vezes mais rápido do que os leites vegetais (7%). O leite de amêndoa, que tem 75% do segmento de leite vegetais, cresceu 9,3%. Mas, as vendas de leite sem lactose cresceram 13% - quase o dobro da taxa de crescimento dos leites vegetais. Mantendo o crescimento atual, as vendas de leite sem lactose serão iguais às do leite de amêndoa em 2020.

Quatro elementos garantem o sucesso do leite sem lactose:

1 - Produto inovador

2 - Marketing

3 - Versatilidade

4 - Vantagem natural

Produto inovador
Fairlife é a marca de maior crescimento do leite sem lactose, 52%, em 2017, é a número um do segmento. Produzido por ultrafiltração, a marca oferece:

Maior teor de proteína (13 gr por 240ml contra 8 gr para o leite comum).
Sem Lactose.
Metade do açúcar do leite normal (6 gr, contra 12 gr).

A Fairlife foi lançada em 2015. Em 2017 suas vendas chegaram a US$ 228 milhões, apesar de vender a um preço 100% maior que o do leite normal, e ser de 50 a 60% mais cara que marcas de leite vegetal. Seu sucesso vem ajudando a impulsionar o crescimento do segmento sem lactose nos EUA. Mas mesmo a líder do mercado sem lactose, Hood Dairy Lactaid, está bem. As vendas da Hood Lactaid cresceram 4,9% em 2017, atingindo US$ 575 milhões.

Marketing
As indústria de laticínios estão trabalhando melhor no marketing para seus produtos sem lactose, chamando a atenção de pessoas que gostam da nutrição e o sabor proporcionados pelos lácteos. As indústrias de leite sem lactose estão criando uma plataforma mais ampla para o consumo de leite, exatamente momento em que a geração Millennial está sendo atraída para o leite integral, incluindo: Proteínas e Gorduras saudáveis. Nos rótulos surgem ingredientes naturais e "limpos".

Em grande parte, os Millennials estão impulsionando o aumento do interesse por leites sem lactose, especialmente para seus pais, que entendem ser o leite nutritivo e quererem que seus filhos tenham o sabor e a nutrição de lácteos autênticos. Eles também procuram evitar os incômodos estomacais que podem criar o leite integral, e então procuram os lácteos sem lactose.

Versatilidade
O leite de vaca tem a vantagem da versatilidade e pode ser usado em bebidas e na cozinha em uma ampla gama de receitas, bem mais fácil que os leites vegetais.

Vantagem Natural
A longa lista de ingredientes de leites sem lactose é muito maior em comparação com as de leites vegetais, que sempre são consideradas, para muitas pessoas, como produtos super processados e não muito natural. O leite é um ingrediente com a presença natural de suas vitaminas e minerais. O leite vegetal é adicionado de vitaminas e minerais, para ter de 10 a 15 ingredientes. Também qual seria o benefício de um produto "vegetal", que possui, apenas de 6 a 10% de ingredientes originais?

Quanto ao benefício digestivo - o maior impulsionador do crescimento de mercado de leite vegetal é o consumidor que acredita que o leite de vaca causa inchaço ou outro desconforto digestivo - o leite sem lactose oferece o mesmo benefício, retirando a vantagem competitiva dos leites vegetais. Entre um leite sem lactose e saboroso, mais e mais consumidores estão dispostos a escolher a nutrição natural do leite. O leite sem lactose está para o leite vegetal, assim como a manteiga está para a margarina - um é natural e o outro processado. E já se sabe o final dessa história. (Dairy Industries - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
 


FRIO AQUECE CONSUMO DE LEITE
O frio das últimas semanas aqueceu o consumo de leite no Rio Grande do Sul, ajudando a elevar o valor de referência pago ao produtor. O preço do litro projetado pelo Conselho Estadual do Leite (Conseleite) para julho no Estado é de R$ 1,3080, aumento de 5,9% em relação ao consolidado no mês passado. Segundo o professor da Universidade de Passo Fundo (UPF) Eduardo Finamore, a alta no valor do alimento acompanha a tendência nacional e os dados ainda carregam reflexo da greve dos caminhoneiros que interrompeu a coleta em diversas praças do país. Além disso, as pastagens de inverno estão atrasadas em relação a 2017, o que impacta na captação. (Zero Hora) 

 

Porto Alegre, 24 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.784

Alta do frete preocupa laticínios gaúchos 
Os laticínios gaúchos estão preocupados com o reflexo que a nova tabela de frete trará ao preço do leite ao consumidor e seu impacto sobre a inflação no Brasil. O assunto foi alvo de reunião de indústrias associadas ao Sindilat na tarde desta terça-feira (24/7), em Porto Alegre (RS). Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a tabela ora divulgada mexe sensivelmente nos custos da produção e distribuição do leite no Rio Grande do Sul, com elevação que oscila entre 20% e 100% no preço do frete de acordo com a região do Estado. "O setor do leite trabalha exclusivamente com transporte rodoviário e não tem alternativa. Desta forma, o impacto será mais expressivo no produto", pontua. O dirigente defende a livre negociação entre os players do mercado brasileiro. "Não existe hoje espaço para a adoção de tabelas de valores mínimos. Este custo quem irá pagar é o consumidor", ressaltou.  A expectativa, alerta ele, é que o Supremo Tribunal Federal (STF) declare a medida inconstitucional.
 
Para driblar a elevação nos custos de frete, algumas empresas do setor estudam absorver a atividade de transporte ou, ao menos, parte dela. O grande dilema está na distribuição do produto acabado, uma vez que exige maior capilaridade. "A captação do leite no campo já é realizada por algumas empresas", informa. O risco, alerta o presidente do Sindilat, é que o encarecimento do frete acabe resultando na revisão de algumas rotas de coleta de leite o que, em último caso, acarretaria em abandono de áreas de pouco volume. "A indústria não quer excluir nenhum produtor, mas a elevação do frete pode tornar algumas operações inviáveis tanto no que se refere à captação quanto à comercialização", completou Guerra. 

Além disso, o dirigente ainda prevê o efeito cascata da alta do frente nos insumos do setor lácteo. "Temos que pensar que o frente da madeira, do papel, das embalagens e insumos também sofrerá impacto, o que cria efeito cascata sobre a  indústria e no produto que chega ao consumidor". (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Carolina Jardine

Chuva e pastagens freiam captação, e leite passa de R$ 1,30

O frio severo das últimas semanas contribuiu para um maior consumo do leite no Rio Grande do Sul e, consequentemente, para a elevação do valor de referência auferido pelo Conseleite. Segundo dados divulgados na manhã desta terça-feira (24/07), na sede do Sindilat em Porto Alegre (RS), o valor de referência do litro projetado para julho é de R$ 1,3080, 5,9% acima do resultado consolidado de junho, que fechou em R$ 1,2350. O levantamento considera apenas os dez primeiros dias do mês. Segundo o professor da UPF Eduardo Finamore, a tendência é uma realidade nacional, e os dados ainda carregam reflexo da greve dos caminhoneiros que interrompeu coleta e abastecimento em diversas praças do país no final de maio. "O frio está ajudando o produtor neste momento", pontuou o presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, lembrando que a questão cambial também conteve as importações de leite.
 
O vice-presidente do Conseleite e presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, pontuou que os números do Conseleite refletem a lei da oferta de da procura. Ele explica que as pastagens de inverno em 2018 estão mais atrasadas do que em 2017, o que vem freando o aumento da captação típico desta época. "A produção não está crescendo tanto quanto se esperava. Além disso, as chuvas alagaram algumas áreas e prejudicaram o pastejo, impactando na produção dos animais", avaliou. 
 
De acordo com dados do Conseleite, no mês de julho, o queijo prato liderou a alta com reajuste de 24,79%, seguindo do UHT (7,12%). Finamore ainda pontuou que, considerando a correção inflacionária pelo IPCA, o preço de referência real do leite no Rio Grande do Sul está no maior nível desde 2013. "Isso nos mostra que a atividade está trazendo remuneração ao produtor, mas é claro que a viabilidade de cada propriedade depende sempre do grau de investimento de cada tambo", ressaltou Finamore, citando que os cálculos do Conseleite consideram custos como insumos e depreciação de maquinário, por exemplo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Foto: Carolina Jardine
 

O promissor mercado de lácteos na América Latina

A América Latina é um dos mercados globais que mais cresce para lácteos, com vendas de US$ 430 bilhões em 2017, enquanto as vendas na Europa caem, segundo a Cargill. Na convenção do Institute of Food Technologists em Chicago na semana passada, a Cargill revelou uma pesquisa global recente que fornece insights do consumidor sobre textura, rótulos limpos e redução de açúcar em produtos lácteos. A equipe pesquisou 13 países e mais de 5.200 compradores de alimentos com foco em iogurte, leite aromatizado, sorvete e laticínios.

Eles descobriram que as atitudes globais em relação aos lácteos estão mudando. O consumidor médio se preocupa principalmente com hormônios, alergênicos e a percepção de insalubridade de um produto, enquanto tanto o valor nutricional quanto o rótulo são tendências que impulsionam o consumo de produtos lácteos.

Produtos lácteos de rótulo limpo estão em ascensão, mais procurados na China e na Indonésia. O Reino Unido, a Alemanha e o Japão ainda não têm um mercado predominante de produtos lácteos de rótulo limpo, enquanto os setores dos EUA e da América Latina estão crescendo. De acordo com Mark Fahlin, desenvolvedor de negócios da Cargill, a indústria de lácteos está vendo um declínio geral devido ao  menor consumo de leite fluido no século XXI.

As marcas estão tentando combater o número estagnado de leite fluido desenvolvendo produtos como "leite ultrafiltrado" e bebidas lácteas funcionais. Os EUA e a Europa registraram aumentos de três dígitos nas vendas alternativas de leite à base de vegetais nos últimos 15 anos, embora a Europa ainda fique um pouco atrás dos EUA na demanda de consumo e na inovação de produtos na categoria. A Cargill vê espaço para um crescimento iminente no mercado de produtos alternativos aos lácteos da Europa.

A América Latina tornou-se um dos mercados de produtos lácteos que mais cresce no mundo e registrou US$ 430 bilhões em vendas em 2017, embora a região gaste menos da metade do que a América do Norte e a Europa gastam em suas indústrias de laticínios.

A maioria dos consumidores da América Latina está escolhendo produtos lácteos devido aos benefícios para a saúde óssea, e mais da metade dos entrevistados preferiu o sabor dos produtos lácteos de verdade às alternativas lácteas. Em toda parte, os consumidores de alimentos e bebidas estão cada vez mais sensíveis e conscientes dos rótulos, embora nem todas as categorias sejam criadas iguais. Guloseimas e lanches ganham alguma liberdade por parte dos compradores, mas categorias de alta prioridade, como produtos para crianças e laticínios, chamam a atenção para o rótulo.

"Há apenas algo inerentemente saudável sobre os produtos lácteos e as expectativas dos consumidores. É bem próximo ao leite materno em termos de um dos primeiros alimentos que uma criança consome", disse Fahlin. (As informações são do DairyReporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)


LEITE/CEPEA: Baixo consumo pressiona cotações do UHT e muçarela
Leite UHT - O baixo consumo de leite UHT e queijo muçarela, devido às férias escolares, e a demanda desaquecida de ambos os produtos no início de julho, por causa de seus preços elevados nesse período, pressionaram as cotações. Segundo levantamento do Cepea, entre 16 e 20 de julho, o UHT se desvalorizou 3,46% frente à semana anterior, fechando com média de R$ 3,1954/litro. Quanto ao queijo muçarela, a queda foi de 1,45%, com preço médio de R$ 19,79/kg no mesmo período de comparação. Para as próximas semanas, agentes do setor consultados pelo Cepea esperam que as cotações se estabilizem. (Cepea)

 

 

 

Porto Alegre, 23 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.783

Exportações norte-americanas de lácteos em números
 

Lácteos/EUA - Com o destaque internacional sendo dado às políticas comerciais, e com o México e a China impondo tarifas alfandegárias aos produtos lácteos norte-americanos, é um bom momento para olhar o setor lácteo norte-americano em números. O infográfico é um retrato instantâneo do setor, e mostra que os lácteos criam empregos, e as exportações criam mais ainda. Como?

As exportações expandem a pegada econômica dos lácteos, proporcionando mais empregos em mais lugares. As exportações impulsionam economias rurais, suburbanas e urbanas, criando, ao mesmo tempo, receita tributária adicional para o bem comum. (Medium - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
 

Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da América do Sul - Relatório 29 de 20/07/2018 

Leite/América do Sul - O clima em grande parte da América do Sul está proporcionando conforto animal para as vacas, e a produção de leite está subindo. No entanto, a desvalorização das moedas nacionais, o aumento dos custos operacionais e os baixos preços continuam a desafiar os produtores da região.  De acordo com informações oficiais do Ministério da Agricultura da Argentina, a produção de leite no primeiro semestre de 2018 subiu 7,3% em relação ao mesmo período de 2017. Os agricultores ainda tentam se recuperar da desvalorização do peso argentino. Além disso, os custos operacionais e o aumento no preço dos grãos estão reduzindo as margens, e o preço do leite ao produtor equivale a valores pagos anos atrás. De janeiro a maio, as vendas de queijo no mercado doméstico subiram 9% e as exportações cresceram 25% em volume. A indústria diz que isso poderá melhorar o fluxo de caixa para os produtos, mas, levará algum tempo para que a situação do produtor volte ao equilíbrio.

O bom clima e as pastagens de qualidade estão ajudando a produção de leite do Uruguai crescer. As indústrias não relatam dificuldades para obtenç2ão do leite necessário. De acordo com o site CLAL, de janeiro a maio a captação de leite no Uruguai subiu 6,5% em 2018, em comparação com o mesmo período de 2017. No mesmo período a captação de leite no Chile aumentou 5,8%, mas, os preços estão 59,1% menores.

No maior mercado consumidor da região, o Brasil, a produção de leite também está aumentando. No entanto, analistas do setor relatam vendas fracas no varejo, e apesar da previsão de aumento no consumo da maioria dos produtos lácteos, os preços do leite no mercado spot tiveram queda acentuada nas últimas semanas. De acordo com a Eucolait, as importações brasileiras de leite em pó integral e leite em pó desnatado, de janeiro a junho, caíram 47,7% e 20,2%, respectivamente. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

Carf aceita excluir ICMS do PIS e da Cofins 

Duas decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) determinaram a exclusão do ICMS do cálculo do PIS e da Cofins. Para tributaristas, ambos os acórdãos, de diferentes turmas, indicam que o tribunal administrativo, finalmente, começou a aplicar o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF). Em março do ano passado, o Pleno do Supremo decidiu retirar o imposto estadual da base de cálculo das contribuições, com efeito de repercussão geral. Contudo, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) propôs recurso (embargos de declaração) que ainda não foi analisado pelos ministros.

Turmas do próprio Supremo, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e tribunais regionais federais já aplicaram a decisão do Pleno. Nasceram até mesmo teses paralelas e já há decisões da primeira e segunda instâncias da Justiça, por exemplo, determinando também a retirada do ISS do cálculo das contribuições. Mas o Carf era resistente à tese, segundo advogados. Uma dessas decisões contrárias à exclusão do ICMS foi proferida em julho do ano passado (processo nº 10980.900996/ 2011-83) sob o argumento de que a falta de publicação do acórdão do STF impedia sua aplicação.
Para o tributarista Fabio Calcini, do Brasil Salomão & Matthes Advocacia, parece que agora ganha força no Carf o entendimento de que a tese do ICMS na base de cálculo do PIS e da Cofins está consolidada. "Será bom para haver harmonia no sistema, o que confere celeridade e segurança 

Jurídica", diz. Segundo Calcini, outros contribuintes podem usar as decisões como precedente. "Mas com certeza a PGFN vai recorrer." As duas decisões favoráveis às empresas são deste ano. Uma delas, da 1ª Turma da 3ª Seção, por voto de desempate, favorece uma empresa de materiais de construção (processo nº 10935.906300/201259). "Não se pode negar o posicionamento da mais alta Corte da Justiça brasileira, que expressamente definiu, em caráter de repercussão geral, que o ICMS não integra a base de cálculo tanto do PIS como da Cofins", votou o relator Cássio Schappo. A outra decisão é da 1ª Turma da 2ª Câmara da mesma Seção. Unânime, beneficia uma agroindústria (10530.004513/200811). Segundo o voto vencedor, do conselheiro Leonardo Vinicius Toledo de Andrade, "um órgão administrativo de julgamento não aplicar o decidido em sede de repercussão geral pelo Supremo Tribunal Federal, quando até mesmo o Superior Tribunal de Justiça já não mais aplica o seu entendimento em sentido diverso, é verdadeira afronta ao julgado pela mais alta Corte do país". 

O Carf demorou para aplicar a decisão do Supremo, na opinião do advogado Marco Behrndt, do Machado Meyer Advogados. "Estávamos aguardando por esse posicionamento do Carf, ainda que pendente o julgamento dos embargos de declaração da PGFN", diz. O tributarista lembra que, pelas novas regras do Código de Processo Civil (CPC), esses embargos não têm o poder de suspender os efeitos da decisão já proferida até seu julgamento. "A eficácia da decisão é imediata. A exigência do trânsito em julgado [quando não cabe mais recurso] não encontra guarida no CPC." Após eventual recurso da PGFN contra as decisões do Carf, a Câmara Superior analisará a questão. Para Ana Paula Lui, do Mattos Filho Advogados, a procuradoria alegará que o artigo 62 do regimento interno do Carf exige decisão em repercussão geral e "definitiva" do STF. Procurada, a PGFN preferiu não se manifestar. "Enquanto isso, todos os contribuintes autuados por retirar o imposto do cálculo ou que tiveram pedidos de restituição do ICMS negados podem usar o precedente", diz Ana. "Isso também vale para as autuações aplicadas para cobrar PIS e Cofins [em outras discussões] após o julgamento do Supremo." (Valor Econômico)

Encontro de Jovens da Santa Clara reúne 300 participantes em Paraí 

Motivados para debater o mercado lácteo, cooperativismo, futuro da produção leiteira, sucessão familiar e a transformação digital, cerca de 300 pessoas estiveram presentes no 3º Encontro de Jovens Santa Clara. O evento ocorreu na quinta-feira, 19 de julho, em Paraí. Na abertura do encontro, o presidente da Cooperativa, Rogerio Bruno Sauthier, deu as boas-vindas aos participantes. "Esse é um momento que a Cooperativa oportuniza para o jovem trocar informações e aprender. A produção leiteira é rentável e alguém terá que produzir alimentos no futuro", ressaltou. Após, o diretor Administrativo e Financeiro da Cooperativa, Alexandre Guerra, apresentou dados referentes ao avanço da Santa Clara nos últimos anos e as metas para 2018.

Entre os temas abordados esteve a "Transformação Digital do Agronegócio Familiar" com a consultora de Marketing Digital Martha Gabriel. Segundo ela, as tecnologias contribuem de diversas maneiras nas tarefas diárias e estão em constante evolução e é preciso acompanhá-las. "É preciso mudar o tempo todo para que se tenha sucesso, pois quando realmente necessitar pode não dar mais tempo", ponderou. A palestrante falou ainda sobre as megatendências: mobiles, data economy (economia de dados), real time (tempo real), social e sustentabilidade.

Palestras
O papel do Cooperativismo esteve presente na fala do presidente da Ocergs, Vergílio Perius: "Os produtores de leite são privilegiados em ser sócios de Cooperativa pela importância que o Cooperativismo possui em regiões que estão inseridos, pois tudo que gera riqueza fica no Estado, na propriedade e na família". 

Com o objetivo de mostrar aos jovens a viabilidade da produção leiteira, o chefe geral da Embrapa, Dr. Paulo do Carmo destacou que "o Brasil tem consumidores e quem se dedica à atividade conseguirá agregar renda. A tendência é que o consumo do leite aumente no futuro".

As tendências de equipamentos e importância dos jovens no cenário do agronegócio e agricultura familiar foram destacadas pela médica veterinária Adriana Thiessen. Para ela, a disponibilidade de terra, a abundância de água e as tecnologias de ponta e o clima são pontos que favorecem a produção agrícola. O 3º Encontro de Jovens contou ainda com o relato dos associados Arialdo Bristot, de Paraí, e Maicon Cecconello, de Sertão. (Assessoria de Comunicação Santa Clara)


Crédito: Estefania V. Linhares/Cooperativa Santa Clara


MAPA Leite: Instrutor faz visitas na região das Missões para sugerir adequações
Mapa Leite - Depois de identificar as principais deficiências dos produtores rurais participantes do programa MAPA Leite, propriedades rurais da Região das Missões estão sendo visitados por um instrutor do SENAR-RS, que, de forma pontual, abordará possíveis melhorias na área de nutrição para bovinos de leite. A cada dia, uma propriedade será visitada e os produtores das áreas vizinhas podem acompanhar as atividades e usar as informações para fazer as adequações em suas propriedades. A próxima rodada acontece de 16 a 20 de julho, começando pelo município de Chapada. O Mapa Leite, fruto de uma parceria entre o Ministério da Agricultura e o SENAR, visa fornecer Assistência Técnica e Gerencial, além da capacitação para produção, transporte e beneficiamento de leite seguro e de qualidade. Cada propriedade cadastrada recebe metodologia específica, através de profissionais com formação em ciências agrárias de nível técnico e superior em Agronomia, Medicina Veterinária ou Zootecnia, capacitados e habilitados pela instituição. No Rio Grande do Sul, 1057 propriedades estão sendo atendidas pelo programa. (Senar/RS)

 

Porto Alegre, 20 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.782

SEM NOVA TABELA
 
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não vai publicar hoje nova tabela com preços mínimos para o frete. Esta era a previsão a partir da medida provisória aprovada no Congresso sobre o tema, mas falta a sanção presidencial. A autarquia segue até 3 de agosto com uma tomada de informações aberta para receber contribuições para a formulação da política. Com isso, segue valendo a primeira polêmica tabela, diz a ANTT. A agência recebeu ontem entidades do agronegócio para tratar do tema. (Zero Hora)

Preço do leite sobe 15,6% em junho e situação só deve mudar a partir de setembro

Preço do leite - A queda na produção de leite com a entressafra fez o preço do produto disparar para o consumidor. Além disso, o analista Alexandre Monteiro, de uma cooperativa no Paraná, lembra que os pecuaristas tiveram que descartar muito leite durante a greve dos caminhoneiros. E isso agravou os efeitos sobre os preços.

Em junho, o leite subiu em média 15,6% no país. A maior alta ocorreu em Belo Horizonte (23,5%). Em São Paulo, o aumento foi de 17,64%. No acumulado do ano, o produto está 28,15% mais caro no país, com destaque para Curitiba (38,55%), Belo Horizonte (37,50%) e São Paulo (36,35%). Monteiro ressalta que a situação só deverá mudar a partir de setembro. "Ali para meados de setembro e outubro, quando a gente começa a ter as chuvas de volta, começa a ter a recomposição da pastagem e, consequentemente, você tem uma produção melhor e volume de leite maior", disse à Rádio Bandeirantes.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, depois das intensas altas no atacado em junho, o ritmo de aumento diminuiu na primeira metade de julho. A elevação foi de 0,7%, frente à quinzena anterior. Já no varejo os preços subiram 2,2% no período. O litro do leite está cotado, em média, em R$ 3,16 no atacado e R$ 3,72 no varejo em São Paulo. Apesar da maior concorrência pelo leite cru com a entressafra nas regiões central e sudeste do país, segundo a consultoria, a demanda interna continua enfraquecida, o que tem limitado as altas de preços dos lácteos. A expectativa para a segunda quinzena é de manutenção das cotações. (Metro Jornal)
 
Com nova alta em junho, custo fecha 1º sem com elevação de quase 6%

Custo de produção - O custo de produção da pecuária leiteira subiu novamente em junho, sendo a sexta elevação consecutiva em 2018. Na "média Brasil" (BA, GO, MG, SP, PR, SC e RS), o Custo Operacional Efetivo (COE), que representa os desembolsos correntes da propriedade, apresentou elevação de 1,44% no mês, acumulando aumento de 5,63% no primeiro semestre de 2018.  A alta do COE foi influenciada pela valorização nos grupos de concentrado, suplementação mineral e de adubos e corretivos. Juntos, eles representam quase metade dos custos anuais da atividade leiteira na "média Brasil". Em junho, o concentrado se valorizou 2,55%, os suplementos minerais subiram 2,57% e os adubos e corretivos, 6,31%. Os aumentos no mês estão atrelados ao encarecimento dos fretes e à desvalorização do Real frente ao dólar.

Para o concentrado, que representa de 25% a 40% do COE, o aumento de 3,3% em junho no preço do leite pago ao produtor favoreceu a relação de troca para o produtor. Em maio de 2018, eram necessários 29,7 litros de leite para comprar uma saca de 60 quilos de milho; já em junho foram necessários 28,4 litros. Trata-se de uma melhora pontual, uma vez que, no mesmo mês de 2017, eram necessários apenas 18,9 litros de leite para se adquirir uma saca de milho. Por outro lado, a relação de troca com o calcário, principal insumo para reformas e formações de pastagens e capineiras nas fazendas, piorou. Em junho/18, foram necessários 270 litros de leite para se adquirir uma tonelada de calcário, alta de 8% frente ao mesmo período do ano passado, quando eram necessários 250 litros para comprar a mesma quantidade do insumo. (Cepea)

EUA - Longo período de preços baixos

Leite/EUA - Apesar dos baixos preços do leite que forçam alguns produtores de leite a economizar cada centavo e outros a venderem o rebanho, Bryan Matthews continua otimista. "Na minha idade eu tenho que ser", diz o produtor de leite de 35 anos. Em todo o país, os produtores de leite estão lutando para sobreviver. O principal culpado: o longo período de preços baixos. A última vez que os preços estiveram fortes foi em 2014. Analistas atribuem  o problema a um grande desequilíbrio entre a oferta e a demanda. Existe muito leite pelo mundo, causando uma queda de preços, que prejudica o agricultor, porque não está mais barato produzir.

Existem outros fatores também. A população está bebendo menos leite, particularmente alternando com alternativas ao leite como as bebidas de soja e amêndoa que inundam o mercado. Sem falar das tarifas que é outro potencial desafio a ser enfrentado pelo setor. "É uma questão de tempo", diz Cynthia Martel, extensionista de uma cooperativa do Condado de Franklin, especializada em lácteos. "Poderão eles esperar um ano? Terão dinheiro suficiente para o fluxo de caixa enquanto os preços do leite voltem a subir?" O Condado de Franklin é um dos grandes produtores do estado, mas, os fazendeiros enfrentam as mesmas dificuldades. O condado não foi poupado e muitas fazendas foram perdidas este ano. Existem 40 fazendas que são apenas sobreviventes no condado, hoje.

 Matthews, que ajuda seu pai em uma fazenda em Callaway, espera conseguir superar o momento. A fazenda está na família desde 1919. Seu bisavô morreu três anos depois de comprá-la. Se sua bisavó, mãe viúva e sozinha conseguiu aguentar durante a Depressão, ele também deverá ser capaz de passar por isso.

"Pessoas antes de você tiveram momentos difíceis e passaram por eles", disse Matthews.

O produtor de leite diz que não se imagina fazendo outra coisa. Matthews estudou economia agrícola na Universidade de Clemson mas, percebeu que não tinha como trabalhar com números em um escritório fechado. Preferiu ficar ao ar livre, na fazenda.

"A produção de leite está em meu sangue", disse Matthews.

A renda do agricultor depende do preço do leite. E existem variáveis complexas ao nível federal e estadual para definir o preço do leite.

"Os fazendeiros não têm controle sobre o seu leite", diz Martel. "Eles não podem negociar. Não é assim que funciona". Elaine Lidholm, diretora de comunicação do Departamento de Agricultura e Serviços ao Consumidor, descreve o preço do leite como sendo "um dos procedimentos mais complicados de toda a agricultura".

A flutuação nos preços do leite não é incomum. O fato dos preços ficarem sob pressão por um longo tempo, não é exceção. Historicamente, diz Martel, era para os preços terem se recuperado até agora. Nos últimos anos, os preços do leite tornaram-se extremamente voláteis, disse Eric Paulson, diretor executivo da Associação dos Produtores de Leite do Estado da Virgínia. Isso é comprado em 2018.

"Obviamente que estamos vendo os preços muito deprimidos em 2018, diz Paulson. Muitas pessoas conhecem quanto ganharão em um ano, eles têm um salário fixo, observa Paulson. Esse não é o caso dos produtores de leite. O leite sai da fazenda, e o produtor descobre quanto ganhou no mês seguinte.

Sendo o leite um produto perecível, ele diz, o produtor não pode estocar e esperar pelo retorno do preço como ocorre com outras culturas. Apesar das fazendas estarem fechado, Lidholm diz que a produção de leite do estado permanece relativamente inalterada. Isso, frequentemente ocorre, porque quando alguém sai da atividade, suas vacas vão para outras fazendas maiores.

Os preços do leite caíram para os valores da década de 1980, disse Matthews, mas os custos de insumos são os mesmo de 2018.

"Para cobrir as despesas, o agricultor norte-americano - isso vale para o produtor de carne, grãos, e leite - temos que produzir mais!, disse ele. "E as leis da economia dizem que quando produz mais, você colocará mais produto no mercado, e mais produtos no mercado sem aumento de demanda, os preços caem".

Na década de 1970, Mattews disse que a fazenda de sua família ordenhava entre 90 e 100 vacas. Hoje são 155. Embora o rebanho tenha aumentado drasticamente, o número de empregados não aumentou. São apenas, Mattews, seu pai, e outros dois. Todos só precisam fazer mais. "É estressante quando você trabalha o dia todo e vai para casa e começa a pagar suas contas e não há dinheiro suficiente para isso", disse Matthews. "Não importa o quanto você trabalhe, quanto tempo você coloca nele, você não será mais pago". Enquanto isso, Cline Brubaker, outro produtor de leite de Callaway está permitindo que seu rebanho diminua gradualmente. Ele tinha 90 vacas no ano passado, mas, agora reduziu para 30. Ele tentou vender as vacas remanescentes mas, não teve sucesso. Aos 74 anos, Brubaker está de olho na aposentadoria. Tenta encorajar as novas gerações a entrar na pecuária de leite. Não há necessidade de um grande rebanho. Brubaker disse que os baixos preços do leite estão afetando durante os produtores. No momento, ele ganha menos de 100 pounds do que ele ganhava nos anos oitenta. Hoje é mais caro produzir. "Isso está fazendo com que os agricultores como digam, é hora de sair".

Brubaker disse que seu veterinário estava lamentando a quantidade de clientes perdidos ultimamente. E o produtor de leite diz que seus registros explicam facilmente a razão. Os pagamentos ao veterinário não param de aumentar desde 2006. Mas, o crédito do leite - como mostrou Brubaker - hoje é menor em relação ao valor de doze anos atrás. Ele disse ao veterinário que mais clientes serão perdidos. Mesmo aqueles que optam por deixar a atividade enfrentam desafios. Como os preços do leite são baixos, poucos podem comprar o gado à venda. O resultado é que muitas vacas boas vão para o abate. Perguntado quanto tempo ele é produtor de leite, Brubaker diz: "Toda a minha vida". Ele comprou a fazenda Blackwater Valley de seus pais em 1967. A Blackwater Valley está na lista das fazendas centenários, e reconhecida como em operação por pelo menos 100 anos. Ele fica triste ao pensar que essa história poderá chegar ao fim. "Você se apega emocionalmente a isso", diz Brubaker.

Fazem mais de dois anos desde que Debbie e Mike Brubaker desistiram da produção de leite. Mas, Debbie Brubaker ainda se emociona ao falar sobre isso. Por anos, a vida de Debbie Brubaker e seu marido, um fazendo de terceira geração, girava em torno do leite. Mike cuidava da parte operação e Debbie da contabilidade. Ambos participaram do Conselho da Indústria. Quando eles encerraram as vendas em janeiro de 2016, eles também deixaram para trás a comunidade. Debbie Brubaker disse que foi mais difícil do que perder um emprego: eles perderam um estilo de vida. "Sua paixão e todo o resto não desapareceram", disse ela. Ao analisar as suas finanças, Debbie Brubaker chegou à conclusão que deveria escolher entre aumentar o rebanho ou cortar as despesas. Nenhuma das duas opções eram possíveis. A fazenda já havia reduzido o rebanho e dispensado um empregado contrato, e não havia mais despesas a serem cortadas. Então  entregaram o restante do gado para uma empresa de leilões liquidar o plantel. O valor obtido com a venda foi menor do que a avaliação de anos anteriores, mas, ainda foi um bom negócio. Conta que foi difícil para o marido se separar das vacas. "Ele conhecia cada uma delas". Mantiveram a fazenda onde plantam soja e milho. E, substituíram o gado de leite por gado de corte, embora tenham um rebanho de apenas 28 cabeças, conta Debbie Brubaker.

O filho do casal, que era um adolescente quando encerraram a produção de leite, demonstrou interesse em manter viva a tradição da família. Mas, seus pais não tinham certeza de que deveria incentivá-lo. "Com a indústria de laticínios e a luta que tivemos, odeio confessar, mas, não o encorajamos a fazer isso", disse Debbie Brubaker. Ela não sabe como os produtores de leite estão conseguindo sobreviver agora. São anos de recessão. "Nosso coração permanece com os produtores que ainda lutam", completa Debbie Brubaker.

A Associação dos Produtores de Leite do Estado da Virgínia que defende seus membros, principalmente em nível estadual, propõe iniciativas como aumentar as doações de leite para bancos de alimentos, disse o diretor executivo, Paulson. É um produto muito procurado, mas, difícil de transportar. Bancos de alimentos podem ser um novo destino para o leite. E, como é perecível, precisa encontrar uso rapidamente. No entanto, o esforço está em fase inicial, completa Paulson. A associação também está trabalhando para diversificar o processamento de leite no estado. Em 2017, 86% do leite produzido na Virgínia era consumido como leite fluido. Em outros locais, o percentual às vezes é menor do que 25%. Nova Iorque é iogurte, Wisconsin queijo, mas na Virgina é leite fluido. Talvez isso possa mudar. Paulson tem esperança de ver a Virgínia produzindo produtos lácteos cuja demanda esteja crescendo. "Temos um excelente produto. Estamos apenas tentando descobrir como conseguir que as indústrias cheguem até nós", disse ele. (Dairy Herd - Tradução livre: Terra Vivaq)


Mulheres ativas no agronegócio
Muitas mulheres do Vale do Taquari que trabalham no campo são empreendedoras, buscam renda extra fora da propriedade e transitam entre a área rural e a cidade com facilidade. A conclusão é de uma pesquisa divulgada ontem pela Faculdade La Salle Estrela. Das entrevistadas, 44,5% trabalham "dentro da porteira"; 38,9% também têm atividades "antes da porteira", oferecendo suprimentos e serviços às propriedades; e 16,7% atuam "depois da porteira", em negócios ligados ao transporte, armazenamento, industrialização e comércio da produção. (Correio do Povo) 

 

Porto Alegre, 19 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.781

Reunião do Conagro discute regras de rotulagem nutricional

A 7ª reunião do Conselho da Agroindústria (Conagro) da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), realizada nesta terça-feira (17/07), na Fiergs, debateu o possível impacto das mudanças na rotulagem nutricional de alimentos sobre o setor. As novas regras para embalagens, ainda em discussão na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), são criticadas pela indústria alimentícia, que defende um modelo próprio com informações mais completas sobre a composição dos produtos.

No dia 21 de maio, a Anvisa aprovou um relatório preliminar para que sejam incluídos nos rótulos dos alimentos alertas sobre altos teores de açúcar, gordura e sódio. Dessa forma, as embalagens apresentariam um símbolo de advertência quando o produto tivesse excesso de um desses componentes. A agência, então, abriu um período de consulta pública sobre o tema, que se encerra em 20 de julho. "A Anvisa está adotando um modelo que já foi usado em outros países, com prejuízos para o setor produtivo, e que não traz informações suficientes ao consumidor, contribuindo para assustá-lo e 'demonizar' os produtos", avalia o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que participou da reunião.  

Como alternativa, a indústria propõe a adoção de um semáforo nutricional nos rótulos, que indicaria altos, médios ou baixos teores por meio das cores vermelha, amarela e verde com maior destaque. Esse modelo é adotado no Reino Unido, na Coreia do Sul e no Equador Sri, por exemplo, e está sendo discutido na Argentina, no Uruguai e no Paraguai, explica Darlan. "O descontentamento do setor, manifestado pelas entidades empresariais no processo de consulta pública, é com o fato de modelo defendido pela Anvisa vir a ser adotado sem uma discussão maior", diz o secretário executivo do Sindilat.

O dirigente cita os dados de uma pesquisa do IBOPE encomendada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), que ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios brasileiros no final de 2017. De acordo com o levantamento, 67% das pessoas preferem o semáforo nutricional; 89% dos entrevistados afirmaram que o semáforo cumpre os requisitos para auxiliar escolhas mais saudáveis e nutritivas; 64% apontaram o semáforo como o modelo mais útil para controlar o consumo diário de calorias, açúcares e gorduras saturadas e sódio, e 66% o consideraram o modelo que mais facilita a comparação entre produtos. "A pesquisa comprova a preferência pelo semáforo, mas não foi sequer considerada pela Anvisa", critica Darlan.

Segundo o dirigente, a reunião do Conagro reforçou o posicionamento do setor no sentido de que a rotulagem nutricional é importante para que os consumidores tenham informações padronizadas, claras e completas sobre os produtos e façam escolhas baseadas nas recomendações nutricionais e nas suas necessidades de saúde. "A discussão sobre rotulagem de alimentos é essencial, e o processo regulatório deve ser realizado respeitando todas as etapas necessárias para que o novo modelo beneficie toda a sociedade", afirma o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, que também participou da reunião. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Tania C. Sette 

Conseleite SC 

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 19 de Julho de 2018 na cidade de Florianópolis, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Junho de 2018 e a projeção dos preços de referência para o mês de Julho de 2018. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Faesc)

 
 

RS: programa auxilia bovinocultores de leite a aumentar produtividade

Lançado em maio do ano passado, o Programa de Inclusão Social e Produtiva da Propriedade Familiar, idealizado pela cooperativa Languiru, Emater/RS-Ascar e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, tem auxiliado os bovinocultores de leite da região a aumentarem a produtividade. O projeto, que busca a continuidade das pequenas propriedades rurais, em especial as que têm o leite como matriz produtiva, visa a fomentar a Assistência Técnica e Extensão Rural e Social e a estimular os agricultores para a importância de se investir em outros cultivos. O projeto atende cerca de 100 agricultores de 18 municípios doa vales do Caí, Taquari e Rio Pardo, sendo voltado especialmente para bovinocultores que convivem com dificuldades para a produção de volumes de leite que compensem a captação de matéria-prima pela indústria, com uma escala que lhes garanta permanência no mercado. "A intenção é evitar que os produtores deixem a atividade", comenta o gerente regional da Emater/RS-Ascar, Marcelo Brandoli. "Por isso que o programa é voltado a agricultores que trabalham com capacidade máxima de produção de 300 litros de leite ao dia", completa.

É justamente este o caso do bovinocultor Valdírio Eberhardt, da localidade de Santa Manoela, em Paverama. Com 13 vacas em lactação, que dão 250 litros de leite por dia, o agricultor celebra os números, que evoluíram cerca de 30%, se comparado com 2017. Ao lado da esposa Roseli, Valdírio atribui o crescimento a uma atenção maior atenção a questões de higiene na hora da ordenha, à dieta das vacas leiteiras e também à genética do rebanho. "São aprendizados que recebemos em cursos e reuniões e que, por mais que pareçam simples, são bastante significativos", analisa. Situação semelhante vive o produtor Edo Jung, da localidade de Linha Roncador, em Colinas. Com oito vacas em lactação, que rendem 75 litros de leite por dia, ele quase não acredita que esteve em vias de encerrar a atividade leiteira. "Foi o incentivo da Emater que fez com que percebesse a importância dessa renda mensal", avalia Jung, que também é ovinocultor. Com os "pés no chão", como ele mesmo define, o produtor estuda a possibilidade de aumentar o seu plantel e fazer pequenos investimentos. "A gente percebe que há mercado para quem investe no leite", afirma.

Tanto Jung quanto Eberhardt também celebram o fato de terem um rebanho com alta sanidade e com baixos níveis de Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem Bacteriana Total (CBT), o que rende a eles alguns "valiosos centavos" de bônus, como eles mesmos definem, pagos no final do mês pela Languiru. A qualidade do leite está diretamente relacionada aos cuidados com a higiene e ao aprendizado e a troca de experiências, fomentados por meio de cursos, palestras, seminários e dias de campo, promovidos não apenas por meio desta, mas também de outras políticas públicas. Ambos agricultores eram integrantes da Chamada Pública do Leite, operacionalizada pela Emater/RS-Ascar durante três anos (e finalizada em 2017) e que também buscou estimular a atividade. Da mesma forma, Jung e Eberhardt também receberam recursos para investimentos em áreas com pastagens permanentes e em salas de ordenha, por meio do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper). "São valores que, para os agricultores, podem representar a diferença no que diz respeito à continuidade na atividade", pondera Brandoli. 

 
O Programa de Inclusão Social e Produtiva, que tem o apoio das prefeituras dos municípios envolvidos e do Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (Capa), segue neste ano com outras ações que buscam a sustentabilidade da propriedade, que incentiva os agricultores para a produção de outros cultivos que possam ser comprados pela Languiru. Em breve, uma reunião em Colinas deverá definir a aquisição de excedentes de hortaliças e frutas dos produtores que integram a política pública. Para Jung, que possui uma horta completa em casa, essa pode ser mais uma oportunidade de renda futura. (As informações são do portal Emater-RS)
 
 

Pós-treino: leite achocolatado melhora a recuperação muscular

Quer ter energia para um treino cansativo ou se recuperar de um? Esqueça bebidas esportivas. Um novo estudo indica que a simples mistura de leite com achocolatado pode ser tão boa quanto - e até melhor - para a recuperação muscular demandada pela atividade física. De acordo com um estudo publicado recentemente no periódico científico European Journal of Clinical Nutrition, a combinação fornece nutrientes essenciais para a recuperação pós-exercício, como carboidratos, proteínas, gorduras, água e eletrólitos. Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Universidade Shahid Sadoughi, no Irã, analisaram doze estudos prévios sobre como o leite com achocolatado influencia vários marcadores de recuperação de exercícios, em comparação com uma bebida placebo ou uma bebida esportiva.

Cerca de 150 participantes consumiram a mistura ou alguma outra bebida - incluindo as esportivas - enquanto ou após completarem alguma atividade física, como correr ou andar de bicicleta. Entre os marcadores verificados estavam tempo de exaustão, frequência cardíaca, nível de ácido láctico e cansaço. Os resultados mostraram que, em geral, aqueles que tomaram o leite achocolatado demoraram mais para chegar à exaustão durante o exercício e melhorou a percepção de esforço, a frequência cardíaca e nível de ácido láctico no sangue. Esses benefícios foram iguais ou superiores ao das outras bebidas analisadas, incluindo bebidas esportivas. Apesar disso, ainda são necessárias mais pesquisas para compreender melhor a atuação da bebida no organismo.

"A mensagem para levar para casa é que o leite com chocolate é uma opção de baixo custo e deliciosa para a recuperação e fornece efeitos similares ou superiores em comparação com bebidas comerciais", disse Amin Salehi-Abargouei, principal autor do estudo.

Além do leite com chocolate, smoothies e cereais com leite ou sopa também podem fornecer os nutrientes necessários para a alimentação pós-treino. Beber muita água também é essencial para substituir os fluidos perdidos através do suor.

Chocolate amargo
Outro estudo publicado em 2015 no periódico The Journal of the International Society of Sports Nutrition  mostrou que o chocolate amargo também pode influenciar o desempenho durante treinamento físico. Ao longo do estudo, pesquisadores da Universidade Kingston, no Reino Unido, avaliaram dois grupos de ciclistas: os que consumiam chocolate amargo e os que comiam chocolate branco. Depois de 2 semanas ingerindo cerca de 42 gramas diários de chocolate, os participantes passaram por uma série de exercícios de ciclismo, incluindo exercícios moderados e testes de tempo, que avaliaram os batimentos cardíacos e os níveis de consumo de oxigênio dos ciclistas. Para confirmar os resultados, os voluntários fizeram uma pausa de uma semana, antes de trocar de grupo e repetir a orientação de consumo de chocolate por duas semanas. Aqueles que consumiram chocolate amargo usavam menos oxigênio quando pedalavam em ritmo moderado e pedalaram mais no teste de tempo de dois minutos. "O chocolate amargo aumenta o óxido nítrico, que é o principal mecanismo que acreditamos estar por trás desses resultados. Descobrimos que as pessoas podem efetivamente se exercitar por mais tempo depois de comer chocolate amargo", disse Rishikesh Kankesh Patel, principal autor do estudo, ao site especializado Medical News Today. (As informações são do portal Veja)

Altas no preço do leite longa vida podem se repetir no próximo mês?
As fortes altas no preço do leite longa vida no atacado, provocadas principalmente pelo efeito da greve dos caminhoneiros, desaceleraram em julho. Rafael Ribeiro, analista da Scot Consultoria, fala um pouco mais sobre as expectativas para o próximo mês e como o produtor de leite é afetado por essa alta. Assista a reportagem na íntegra. (Canal Rural)

 

Porto Alegre, 18 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.780

Conseleite/PR

 

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 17 de Julho de 2018 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matériaprima leite realizados em Junho de 2018 e a projeção dos valores de referência para o mês de Julho 2018, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Julho de 2018 é de R$ 2,5331/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

 

Alemanha - Números mostram que a diferença, entre custos e preços do leite, aumenta

Produção/Alemanha - Os dados trimestrais disponíveis sobre a produção de leite na Alemanha mostram que, em abril de 2018, apenas 78% dos custos foram cobertos, enquanto em janeiro o percentual era de 88%. Em abril, os custos de produção foram de 42,70 centavos. Os produtores receberam apenas 33,42 centavos por quilo de leite. Essa combinação, queda nos preços do leite e aumento nos custos está preocupando os produtores de leite na Alemanha. Os dados são do estudo trimestral do Escritório de Sociologia Agrária e Agricultura (BAL).

Para Johannes Pfaller, um produtor de leite do sul da Alemanha e membro do comitê da Comissão Europeia do Leite (EMB), esses números refletem precisamente a situação nas fazendas. "Estamos preocupados que o aumento nos custos de produção continue nas próximas semanas, já que a atual estação seca em muitas partes da Europa está forçando os agricultores a comprar forragem. Como produtores de leite, precisamos de um aumento dos preços e de uma ferramenta de gestão de crises para mitigar os caprichos do mercado." A relação preço/custo ilustra até que ponto o preço do leite cobre os custos de produção. Em abril de 2018 o preço do leite só cobriu 78% dos custos de produção, gerando um déficit de 22%.

 

Uma análise dos custos de produção de leite em 2016 de cinco países da Europa, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, França e Holanda foi disponibilizada, mostra a enorme entre custos e preços que levou a um déficit de até 35%.

 

Mais da metade (53%) do volume de leite total da União Europeia (UE) foi produzido nesses cinco países em 2016, o correspondente a mais de 80 milhões de toneladas.
Detalhes sobre a produção de leite em 2016. (EMB - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
 

Consumo responsável: Depois do leite, a manteiga

Preço justo/França - Em fevereiro deste ano o Intermarché e o Agromousquetaires lançaram o leite "Os produtores agradecem, Merci!", em parceria com 136 produtores de leite da Leiteria Saint Père. Cinco meses mais tarde, o limite de 7 milhões de litros vendidos é ultrapassado. Em julho, a linha "Les éleveurs vous disent Merci!" amplia, e o Intermaché anuncia o lançamento da manteiga.

30% de produtores a mais
Para Thierry Cotillard, Presidente do Intermarché, "esses números ultrapassam em muito nossas previsões mais otimistas que era de 5 milhões de litros em um ano. Isso confirma o engajamento dos franceses em favor de um consumo mais responsável: 69% deles se declararam prontos a pagar um pouco mais caro por produtos que remunerem melhor os agricultores".

Dentro desse contexto mais que favorável o Intermaché lançou neste início de julho a manteiga com o rótulo "Les éleveurs vous disent Merci!", o segundo produto da linha. O Presidente da organização de produtores, Valéry Cheneau, produtor em Santi-Père-em-Rets, está encantado com o projeto: "Cada vez mais produtores, convencidos de nossa abordagem, juntam-se a nós e agora já somos 171, 30% a mais em alguns meses!".

O desempenho da produção
Yves Audo, Presidente do Agromousquetaires, o polo agroalimentar do Grupo Les Mousquetaires, diz: "O desempenho da produção e ausência de intermediários entre produtores, indústria e pontos de venda nos permitiram enfrentar este desafio".

Disponível em todas as lojas do Intermarché, o leite "Les éleveurs vous disent Merci!" se destaca pela transparência sobre a destinação do preço de venda - apresentada em destaque no rótulo. Com o preço de €  440/1000 litros, [R$ 2,05/litro], definidos na parceria para os produtores, esse leite, dentro de sua categoria, é o que melhor remunera o agricultor. (Agro-Media - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Anvisa cria regras para suplementos alimentares
Os suplementos alimentares, como ômega 3, vitaminas e os produtos de proteína do soro de leite (o whey protein), passaram nesta terça-feira, 17, a ter uma regulamentação específica. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um marco regulatório para esses produtos, que até então eram classificados nas categorias de alimentos ou medicamentos no País. (Estadão) 

 

 

Porto Alegre, 17 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.779

    Pecuária leiteira lidera investimentos do Fundesa

Conselheiros do Fundesa aprovaram na tarde desta segunda-feira (16) a prestação de contas do primeiro semestre de 2018. Ao todo, o fundo recolheu este ano – entre contribuições e rendimentos financeiros – R$ 6,56 milhões. No mesmo período, as saídas entre investimentos e indenizações, alcançaram o montante de R$ 3,45 milhões. O saldo atual do Fundesa é de R$ 79,895 milhões.

A pecuária leiteira foi o setor que mais usou os recursos do fundo. Foram R$ 2,394 milhões, dos quais R$ 2,152 milhões em indenizações tanto para a reposição de animais quanto pelo chamado “risco alimentar”, quando os produtores precisam realizar o vazio sanitário e ficam por um tempo sem poder ter animais na propriedade.  “Vemos este investimento no saneamento como um fator positivo para a pecuária leiteira gaúcha. Eliminar a tuberculose e a brucelose do rebanho é um desafio para o setor”, afirma o presidente do Fundesa, Rogério Kerber.

O Fundesa apresenta contas a cada três meses aos conselheiros. Após a aprovação do balanço, os dados são enviados para as Secretarias da Agricultura e da Fazenda, para o Cade e também para a Assembleia Legislativa. As informações também ficam disponíveis ao público em geral no site do fundo.  “A transparência é um dos pilares na gestão do Fundesa. Seguimos um rigoroso processo para a liberação e aplicação de recursos”, informa Kerber. (Assessoria de Imprensa Fundesa)

 
Crédito: Thaís D’Ávila
 
 

GDT

O resultado do leilão gDT desta terça-feira (17/07) apresentou queda de -1,7% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$3.222/tonelada

Conseleite/MS

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 16 de julho de 2018, atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de junho de 2018 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de julho de 2018.  Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor.  (Famasul)
 

 

Mapa Leite
Depois de identificar as principais deficiências dos produtores rurais participantes do programa Mapa Leite, propriedades rurais da Região das Missões estão sendo visitados por um instrutor do Senar-RS, que, de forma pontual, abordará possíveis melhorias na área de nutrição para bovinos de leite. A cada dia, uma propriedade será visitada e os produtores das áreas vizinhas podem acompanhar as atividades e usar as informações para fazer as adequações em suas propriedades. A próxima rodada acontece de 16 a 20 de julho, começando pelo município de Chapada. O Mapa Leite, fruto de uma parceria entre o Ministério da Agricultura e o Senar, visa fornecer Assistência Técnica e Gerencial, além da capacitação para produção, transporte e beneficiamento de leite seguro e de qualidade. Cada propriedade cadastrada recebe metodologia específica, através de profissionais com formação em ciências agrárias de nível técnico e superior em Agronomia, Medicina Veterinária ou Zootecnia, capacitados e habilitados pela instituição. No Rio Grande do Sul, 1057 propriedades estão sendo atendidas pelo programa. (Página Rural)
 
 

 

Porto Alegre, 16 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.778

   Pesquisa aponta que não há relação significativa entre gordura do leite e doenças cardíacas

A manteiga no pão e o café com leite integral estão absolvidos de males provocados ao coração, aponta estudo publicado esta semana na revista “American Journal of Clinical Nutrition”. Segundo pesquisadores da Universidade do Texas, não existe relação significativa entre o consumo de gordura do leite e doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais, problemas geralmente associados a uma dieta rica em gordura saturada.
— Nossas descobertas não apenas apoiam, mas fortalecem, o crescente corpo de evidências que sugere que a gordura do leite, ao contrário da crença popular, não aumenta o risco de doenças cardíacas e a mortalidade em adultos — afirmou Marcia Otto, professora do Departamento de Epidemiologia, Genética Humana e Ciências Ambientais na Universidade do Texas e autora principal do estudo. — Além de não contribuir para a morte, os resultados sugerem que um ácido graxo presente no leite pode reduzir os riscos de morte por doenças cardiovasculares, particularmente de AVCs.

O estudo avaliou como os biomarcadores dos ácidos graxos presentes na gordura do leite estão relacionados com doenças cardiovasculares e causas de mortes ao longo de um período de 22 anos. Essa metodologia, defendem os pesquisadores, em vez de confiar nos relatos sobre a dieta, dão uma visão mais objetiva ao impacto da exposição de longo prazo desses ácidos graxos.

Participaram das pesquisas cerca de 3 mil adultos idosos, com idade superior a 65 anos, que tiveram medido o nível de plasma de três diferentes ácidos graxos encontrados na gordura do leite. A primeira medição aconteceu em 1992; a segunda, em 1998; e a última, em 2005.

Nenhum dos ácidos graxos medidos foi associado à mortalidade, sendo que um deles pareceu proteger contra mortes provocadas por doenças cardiovasculares. Os participantes com altos níveis desse ácido graxo, que sugeria maior consumo de produtos com a gordura do leite, tinham 42% menos risco de morrer por um acidente vascular cerebral.

— Os consumidores têm sido expostos a tantas informações diferentes e conflituosas sobre dietas, particularmente em relação a gorduras — criticou Marcia. — Por isso é importante termos estudos robustos, para que as pessoas tomem decisões informadas com base em fatos científicos.

Atualmente, o Departamento de Saúde dos EUA recomenda o consumo de produtos livres ou com pouca gordura do leite, com leite desnatado, queijos e iogurtes magros e, quando possível, a substituição por soja. Contudo, ressalta Marcia, alimentos industrializados com baixo teor de gordura normalmente incluem grandes quantidades de açúcar.

— Consistente com pesquisas anteriores, nossos resultados destacam a necessidade de se revisitar as recomendações atuais sobre todos os alimentos com gordura do leite, que são ricas fontes de nutrientes como cálcio e potássio — afirmou a pesquisadora. — Eles são essenciais para a saúde não apenas na infância, mas ao longo de toda a vida, particularmente nos últimos anos quando a desnutrição e condições como a osteoporose são mais comuns. (As informações são do Jornal O Globo) 

 
Sindilat é parceiro do 2º Simpósio Internacional de Governança Corporativa, Cooperativa e Territorial

O Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat) será parceiro na realização do 2º Simpósio Internacional de Governança Corporativa, Cooperativa e Territorial. Promovido pela Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul (Unijuí), o evento acontece nos dias 22 e 23 de agosto, no Centro de Eventos Unijuí (rua do Comércio, 3000, bairro Universitário).  

Composto por um ciclo de palestras e mesas de discussão, o objetivo é fomentar o desenvolvimento de atividades voltadas à investigação e análise dessas governanças em um ambiente científico multi-institucional de âmbito internacional que permitam, em longo prazo, divulgar e debater estudos, pesquisas experiências sobre o assunto. 

Entre os palestrantes estarão o doutor em contabilidade Daniel Knebel Baggio, que falará sobre o sistema de governança no ramo do crédito, e a médica oftalmologista Ana Regina Cruz Vlainich, vinculada à Universidade de São Paulo, que ministrará palestra sobre a governança em cooperativas do ramo cooperativista da saúde. Além do ciclo de palestras, a atividade contará com o lançamento do livro “Governança Corporativa, Cooperativa e Territorial, editado pelo Sistema OCERGS/SESCOOP/RS. No total, o evento vai receber 14 palestrantes que darão suas contribuições sobre os temas ligados à governança. 

A participação no simpósio é gratuita e pode ser realizada por meio do e-mail ppgdes@unijui.edu.br ou pelo telefone (55) 33320598 do Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu em Desenvolvimento Regional da Unijuí até o dia 15/08/2018. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Kantar Worldpanel: lazer deixa de ser prioridade na lista dos gastos mais expressivo

Na época da bonança econômica, ele chegou a ocupar o quarto lugar entre os itens que mais contribuíam para o aumento do gasto dos brasileiros. O tempo passou, as instabilidades vieram, e o lazer deixou de ser prioridade para os consumidores. De acordo com o Holistic View, levantamento da Kantar Worldpanel, o gasto com diversão sequer entrou no ranking dos dez que mais contribuíram para o crescimento dos gastos de 2017.

Aparecem em primeiros lugares transportes, alimentação dentro do lar, habitação, serviços públicos e higiene pessoal. Saúde, artigos de limpeza, bebidas dentro do lar, comunicação e educação fecham a lista. A queda no crescimento do lazer entre 2016 e 2017 pode ser explicado principalmente em função da diminuição das viagens – o único crescimento expressivo nesse quesito foi o aumento no valor empregado ao acesso à internet (contribuição de 2,1% no período analisado).

Em um cenário ainda de forte racionalização e com famílias gastando mais do que sua renda, o cartão de crédito ganhou importância. Em 2007, por exemplo, 27% dos lares usaram essa modalidade de pagamento. Dez anos depois, o índice saltou para 64%. Sendo usado inclusive para compras de alimentos/bebidas, higiene e limpeza.

Analisando as cestas, o estudo aponta que a maior parte delas conseguiu bons resultados em volume, com destaque para mercearia doce, cuja variação atingiu 7,9% no ano passado, e limpeza, que apresentou os índices de 7,7% de variação. Já os perecíveis não conseguiram repetir o êxito, seguindo sem se recuperar, com 4,0% de queda em volume.

Em relação às categorias, grande parte delas conseguiram manter o crescimento apresentado desde 2016, quando uma leve recuperação atingiu o consumo. Entre as que voltaram para despensa estão molho para salada, iogurte, cremes e loção, ração para gatos e cães, alisantes, achocolatado em pó, maionese, creme de leite, salgadinhos, tempero, tintura para cabelos, margarina, lâminas de barbear, shampoo e pós shampoo, esponja de aço e linguiça. Já as que deixaram os carrinhos de compra, apresentando queda contínua nos últimos dois semestres, estão leite pasteurizado, bebidas à base de soja, polpa + purê de tomate, refrigerantes, óleos especiais, caldo/tempero para feijão, hambúrguer e sabão em pedra.  Entraram para a lista dos itens racionalizados cream cheese, petit suisse, sobremesa pronta, detergente líquido para roupas e cereal matinal.

E justamente na hora de eleger o que entra na cesta do supermercado, o consumidor segue apostando na tendência das escolhas inteligentes, com destaque para embalagens econômicas (exemplos: sabonete líquido refil e chocolate em pó plastic bag), que rendem mais, e as grandes, que agregam volume (exemplos: manteiga de 500g, detergente em pó de 2 kg).
Fora de casa, os brasileiros também tiveram de economizar em 2017. Segundo o Holistic View, o gasto com alimentos e bebidas fora do lar representava 21% em 2016. No ano passado, o índice caiu para 19%. Quando estão longe do domicílio, os consumidores investem mais em sanduíches, lanches e salgados, sendo o jantar a refeição menos feita fora de casa, apenas 13,1% da população manteve esse hábito em 2017.

Demais gastos
Os serviços pessoais se recuperaram mais intensamente no ano passado, acima do crescimento do total de gastos. Procedimentos estéticos, serviços de manutenção, como lavanderia e costureira, e personal trainer apresentaram variação positiva de valor gasto na comparação entre 2016 e 2017. Saúde também se destacou, variando positivamente, em função do desembolso com medicamentos. Por outro lado, há contínua redução dos lares que gastam com fumo – atualmente 21%, que reforça a tendência de busca de bem-estar e saudabilidade. Em 2010, o número chegava a 28%.

Puxados pela popularização do smartphone, os gastos com comunicação voltaram a crescer acima da média. De 2016 para 2017, houve variação de 5,1% no valor empregado no quesito impulsionado pelas contas e planos de serviços. Já o gasto com habitação foi um dos que mais diminuiu em 2016, com notadamente a compra e a manutenção de móveis. No ano passado, houve uma recuperação considerável, por meio de mão de obra e materiais de construção. Os serviços públicos voltaram a ficar mais pesados para o orçamento. (As informações são da Kantar Worldpanel)
 

VIGILÂNCIA CONSTANTE CONTRA A RAIVA
O que é real e exige atenção dos pecuaristas é o morcego transmissor da raiva bovina. Depois de enfrentar um surto, com 33 mil casos entre 2011 e 2013, os registros vêm caindo no Estado. Ainda assim, a confirmação recente de diagnóstico em São Lourenço do Sul, lembra que é importante manter os cuidados. Emanoel Kurowski, do núcleo de controle da raiva dos herbívoros da Secretaria da Agricultura, diz que a orientação é a vacinação, que não é obrigatória:
- Temos 10 equipes espalhadas e fazemos controle sistemático, mas dependemos da notificação da unidade local (inspetoria veterinária), que nos aciona.
A doença é transmitida pelo morcego -vampiro. A recomendação para pecuaristas é para que, em notando a presença de mordida no gado, procurem a inspetoria veterinária local. Os sintomas incluem distúrbios nervosos, saliva em abundância e paralisia. O animal fica se "arrastando" e acaba morrendo. (Zero Hora)