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Porto Alegre, 03 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.792

Empresas do agronegócio avaliam ter frota própria contra tabela do frete

O tabelamento do frete, adotado pelo governo para acabar com a paralisação dos caminhoneiros, elevou o custo do transporte de carga em todos os setores e já é considerado um elemento crítico no agronegócio. Para contornar esse choque de preços, produtores agropecuários de diferentes portes avaliam alugar ou até ampliar a frota de veículos de carga. "Com essa nova política de preços, as despesas com o transporte quase duplicaram.

As empresas estudam alugar veículos e até mesmo comprar caminhões como alternativa para reduzir o custo com o transporte", diz o presidente da Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (Anut), Luís Henrique Teixeira Baldez. Como o transporte é um custo básico, até a fixação de preços da próxima safra está atrasada porque os produtores aguardam uma definição do STF (Supremo Tribunal Federal) em relação à constitucionalidade do tabelamento.

Se for mantido, o analista sênior de agronegócio do Itaú BBA, Guilherme Bellotti, prevê a verticalização da operação de transporte, com produtores comprando caminhões. A Cargill, uma das maiores comercializadoras de grãos do mundo, com forte presença no Brasil, já considera contratar seus próprios motoristas para o transporte de grãos na próxima safra de soja. "Com o tabelamento, indústrias e exportadores terão de repensar a forma como irão operar no Brasil, pois se cria ruptura no funcionamento natural da cadeia de suprimentos e desequilibra contratos", diz o diretor de grãos e processamento da Cargill para América Latina, Paulo Sousa, em nota. O executivo considera ainda que as indústrias de processamento de produtos agrícolas e as empresas exportadoras serão obrigadas a mudar seu modelo de atuação. 
 
 

Em vez de comprar os grãos com a retirada nas fazendas ou nos armazéns no interior, serão forçadas a comprar somente com entrega nas fábricas e nos portos. "Pequenos produtores e produtores rurais da agricultura familiar serão forçados a se organizar em cooperativas de frete, com suas frotas próprias, ou perderão competitividade", diz o executivo. Há 30 dias, a cooperativa agrícola Coamo, uma das maiores do país, comprou 151 caminhões para renovar a frota e também aguarda o STF. "A compra de caminhões já estava programada para aumentar a frota e substituir veículos mais antigos, mas não descartamos a aquisição de mais unidades", afirma José Aroldo Galassini, presidente da Coamo. A cooperativa tem 780 unidades em frota própria, 450 caminhões dedicados com a garantia de frete de ida e volta durante o ano inteiro. No pico da colheita, contrata das transportadoras até 2.000 veículos por dia. A JBS, maior empresa do setor de carnes no mundo, já deu um primeiro passo. Tem frota particular e decidiu ampliar o número de veículos. Foram adquiridos 360 caminhões. "A decisão está amparada na estratégia de uma operação sustentável, que garanta a produção e oferta de produtos, reduzindo os impactos de custo causados pela aplicação do tabelamento do frete rodoviário", diz a empresa em nota. O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, conta que muitas empresas já não estão entregando os insumos nas fazendas e os próprios agricultores têm de buscar produtos para dar início ao plantio da próxima safra. A Ocepar é uma cooperativa que responde por cerca de 60% da produção agrícola do Paraná. Ela recebe os produtos, embala e faz a distribuição.

A maior parte do translado de mercadorias é feita por caminhoneiros terceirizados, mas Ricken estima que será preciso adquirir mais caminhões para depender menos dos terceirizados. Com o envio de 4 milhões de sacas de cafés por ano para o porto de Santos (SP), a cooperativa Cooxupé viu o preço do frete neste trajeto aumentar 37% desde que foi instituído o tabelamento. A cooperativa tem 14 mil produtores que entregam suas produções em 17 filiais. "Sem uma solução, vamos ter de partir para a frota própria e, para isso, precisaríamos de cerca de 50 veículos", diz o presidente da Cooxupé, Carlos Paulino. Uma eventual compra em bloco de caminhões pelo setor agrícola movimentaria os negócios das montadoras, que contabilizaram alta de 51,67% nas vendas no primeiro semestre Desconto de R$ 0,46 centavos no preços do diesel (valor corresponde à soma dos valores do PIS/Cofins e da Cide) Zanone Fraissat/Folhapress 03/08/2018 Empresas do agronegócio avaliam ter frota própria contra tabel

deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Essa expansão não é reflexo da paralisação dos caminhoneiros, uma vez que o prazo entre a encomenda de um caminhão e a sua entrega é de até cinco meses. Esse movimento começou em outubro de 2017 durante a Fenatran (Salão Internacional do Transporte de Carga) e está baseado na expectativa de aumento do PIB (Produto Interno Bruto) e na renovação de frota. O vice-presidente de marketing da MercedesBenz do Brasil, Roberto Leoncini, explica que nos últimos dois meses verificou um movimento de pequenos produtores de milho e trigo adquirindo algumas unidades de caminhões. "Mas, de um modo geral, o que vemos é que o nível de consulta aumentou após a entrada em vigor do frete mínimo, mas não se refletiu em encomendas porque as empresas ainda aguardam a decisão do STF para definir sobre a frota própria", diz Leoncini. O presidente da MAN Latin America, Antonio Roberto Cortes, concorda que por enquanto

ainda não há reflexo do tabelamento na venda de caminhões. "As empresas estão fazendo contas para saber se é melhor ter frota própria ou terceirizada. Ainda é cedo para refletir em compras. Tudo vai depender da decisão do STF", diz Cortes. O presidente do Sindilat (Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul), Alexandre Guerra, afirma que o custo do frete para o setor de leite aumentou entre 20% e 100%, dependendo da região. "Dependemos exclusivamente do transporte rodoviário, e o que não conseguirmos negociar com essa elevação dos custos por causa do tabelamento será repassado ao consumidor e isso pode levar à inflação", avalia Guerra. No caso da soja, o presidente-executivo da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), André Nassar, estima que o produto deve ficar até 30% mais caro dependendo da rota e da época do ano. "O ideal seria acabar com o tabelamento, mas caso isso não ocorra é necessário que haja uma tabela mais compatível com o mercado", diz Nassar. O movimento das empresas de adotar frota própria não preocupa a categoria dos caminhoneiros, conforme afirma Wallace Landim, o Chorão, que liderou manifestações durante a paralisação. "É uma forma de pressionar e ameaçar, mas acho muito difícil isso se efetivar, porque é inviável para a empresa arcar com os altos custos da contratação de caminhoneiros pela CLT [Consolidação das Leis do Trabalho]", afirma Chorão. Para ele, o volume transportado é muito grande e mesmo que algumas empresas adquiram frota própria não será suficiente para atender à demanda. "Alguns vão comprar, mas será uma parcela pequena", diz. (Folha de São Paulo) 

 
 
 
Indústria gaúcha resgata perdas

O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), que mede o nível de atividade da indústria gaúcha, obteve em junho o maior avanço mensal da série histórica, iniciada em janeiro de 2003. Ao subir 11,9% em relação a maio, retirados os efeitos sazonais, o índice superou os patamares anteriores à greve dos caminhoneiros. Porém, o resultado, divulgado ontem pela Federação das Indústrias do RS (Fiergs), foi influenciado pelo episódio envolvendo os transportadores, ao incorporar a atividade represada do mês anterior ao nível normal de junho. "Passado o efeito imediato da paralisação, a tendência é de que a indústria retome a trajetória de recuperação no restante do ano. Mas agora a intensidade deve ser ainda menor do que a de antes", diz o presidente da entidade, Gilberto Porcello Petry. 

Ele explicou que a consequência do movimento foi a elevação do preço do frete e dos impostos, impondo ainda mais restrições à recuperação do setor. Dessa forma, o avanço da atividade industrial gaúcha em 2018, previsto inicialmente para próximo de 3%, deverá convergir para o ritmo do final do primeiro semestre, em torno de 2%. Na relação de junho com maio, quatro dos seis indicadores que compõem o IDI-RS tiveram expansão, com taxas históricas para faturamento real (33,8%) e compras industriais (28,2%), a maior e a segunda maior desde 2003. Já as horas trabalhadas na produção (1,2%) e a utilização da capacidade instalada - UCI (1,7 ponto percentual), que foi de 80,5% em junho, cresceram menos. O emprego ficou estável (0,1%), enquanto a massa salarial real caiu 1,1%. Na análise dos resultados anuais, o IDI cresceu 4,6% em junho ante igual mês de 2017, inferior à perda de 6,7% em maio. O reflexo foi forte desaceleração na expansão acumulada anual de 3,5%, até abril, para 1,9% no final do primeiro semestre de 2018, a primeira taxa positiva desde 2013 (4,5%) para o período. (Correio do Povo)

Índia mira projetos que desenvolvem a atividade leiteira

Na Índia, o Ministro da União para Agricultura e Bem-Estar dos Agricultores, Shri Radha Mohan Singh, anunciou o projeto Meghalaya Milk Mission que será realizado por meio da Corporação Nacional de Desenvolvimento Cooperativo (NCDC).

De acordo com Singh, o projeto tem por objetivo auxiliar a meta de dobrar a renda dos produtores até 2022 por meio da promoção da atividade leiteira. O ministro contou que o montante contará com um centro de refrigeração que será utilizado para vários treinamentos destinados a produtores de leite.  

Menos importações
A disponibilidade de leite per capita no Estado de Meghalaya, que faz fronteira com Bangladesh no nordeste da Índia, é muito menor do que a recomendação do Conselho Indiano de Pesquisa Médica (ICMR), que avalia o consumo ideal de leite por pessoa. Com o Milk Mission, será permitido ao estado substituir a importação de leite pela produção própria, de forma a possibilitar maior demanda do produto.

Segundo Shri, há cooperativas em apenas 97 aldeias, sendo que existem 6.449 no estado. Essa quantidade pode servir como potencial para a agricultura e setores relacionados. "As cooperativas podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento do setor de lácteos nos próximos quatro anos", afirmou.

Para coincidir com a Mission 2022 do governo indiano, o NCDC deu início à Mission Sahakar-22, na qual novas oportunidades de emprego serão geradas por meio de cooperativas. "A Sahakaar-22 está fortalecendo a condição econômica dos produtores, aumentando a renda e acelerando o ritmo de desenvolvimento no Estado de Meghalaya".

Aumento no setor de empregos
O governador de Meghalaya, Shri Ganga Prasad, disse que a Mission tem componentes essenciais que abrangem tanto a introdução de novas vacas quanto o desenvolvimento de gado nativo por criação seletiva. "A Mission cobrirá todos os aspectos do setor de lácteos, incluindo a compra de infraestrutura moderna de resfriamento", acrescentou Prasad. Ele afirmou também estar satisfeito que o governo do estado esteja considerando a criação de uma Agência de Desenvolvimento de Lácteos Meghalaya para levar adiante a Mission.

O vice-ministro-chefe, Shri Prestone Tynsong explicou que a Milk Mission ajudará a resolver o problema do desemprego no estado e facilitará o trabalho autônomo. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Menos custos, mais cuidados
O chefe da divisão de febre aftosa do Ministério da Agricultura, Diego Viali dos Santos, disse ontem que a retirada da vacinação contra a doença - prevista para ocorrer até 2022 no Brasil - deve reduzir custos para o pecuarista gaúcho, mas que isso deve ser revertido em uma maior atenção ao rebanho. Conforme Santos, os produtores do Rio Grande do Sul gastam mais de R$ 30 milhões por ano na aquisição das vacinas. Com a suspensão da vacinação, o pecuarista "precisa ficar de olhos mais abertos e notificar qualquer suspeita de sintoma", recomendou. Santos participa do Encontro Nacional de Epidemiologia Veterinária, que se encerra hoje, em Porto Alegre. (Correio do Povo)

Porto Alegre, 02 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.791

O volátil mercado do leite, por marcos Antônio Zordan

Mercado do leite - O comportamento do mercado muda com rapidez, por conta de fatores climáticos, desempenho da economia, taxa de inflação, índice de desemprego etc. São muitas as variáveis imprevisíveis que criam embaraços para os produtores rurais e para os laticínios - atrapalhando o planejamento da produção. 

Neste ano, um fato totalmente imprevisível e de natureza política quase quebrou a espinha dorsal da economia nacional: a greve dos caminhoneiros. O governo não previa a dimensão do movimento e a sociedade não avaliava a extensão dos estragos. O fato é que a agricultura, a indústria, o comércio e os serviços foram duramente afetados. Milhares de empresas sucumbiram e muitas atividades econômicas ainda sentem os efeitos deletérios desse movimento grevista. O mercado do leite foi duramente afetado. Milhões de litros se perderam nas zonas de produção rural ou mesmo nas indústrias de processamento.

COM MENOS MATÉRIA-PRIMA NA INDÚSTRIA E MENOS OFERTA NO VAREJO, O CUSTO DE PRODUÇÃO SUBIU E O PREÇO FINAL TAMBÉM.

Na esfera nacional, o preço do leite recebido por produtores subiu em julho pelo sexto mês consecutivo e atingiu recorde real para o mês, de acordo com pesquisas do Cepea (*). O valor líquido recebido em julho, decorrente da captação de junho, registrou aumento de 14% em relação ao mês anterior. Esse robusto aumento foi consequência direta da paralisação dos caminhoneiros, ocorrida no final de maio. Logo após o encerramento do movimento, as indústrias de lácteos correram atrás da matéria-prima para a retomada da produção. Como havia pouca oferta e muita demanda, o preço do leite cru aumentou no mercado primário e no mercado spot. Dois fatores contribuíram com esse cenário de baixa captação em junho: a entressafra no Brasil Central e a situação das pastagens de inverno no sul.

No âmbito de Santa Catarina, essas condicionantes também estiveram presentes. Quinto produtor nacional, o Estado produz mais de 3 bilhões de litros ao ano. Atualmente, o Sul tem peso na produção de leite com volume expressivo, compensando a entressafra em Minas Gerais. O consumidor, entretanto, vergastado pelo desemprego e pela queda da renda familiar, não aderiu aos novos e elevados preços, tanto que, em julho, o movimento altista não se sustentou. Nesse momento, a queda dos preços demonstra que o mercado entra novamente em equilíbrio, com a normalização da produção à campo, a recomposição dos estoques nas unidades de processamento e as cotações em níveis adequados.

A instabilidade deve se manter em agosto porque os estoques estão repletos, a produção está subindo moderadamente e as vendas de queijo, leite em pó e leite longa vida registram leve redução. Ainda tem muito consumidor com estoque adquirido durante a greve, quando o temor do desabastecimento era forte, o que inibe agora o aumento das vendas no varejo.

Nessas condições de oferta normal e consumo contido, não há espaço para a indústria aumentar a remuneração dos produtores rurais. Na prática, Santa Catarina volta a viver o quadro reinante em 20 de maio, antes da eclosão do movimento dos transportadores. Nesse contexto, o produtor rural catarinense tem o desafio de administrar os seus custos e insumos, como energia elétrica, medicamento, instalações, rações, mão de obra, etc. ao tempo em que sofre a concorrência da importação de leite do Uruguai, um dos países mais competitivos em matéria de lácteos. Marcos Antônio Zordan é Diretor de Agropecuária da Cooperativa Central Aurora Alimentos. (Compre Rural)

Qualidade do leite é tema de Dia de Campo em Quevedos

Qualidade do leite/RS - Produtores de leite de Quevedos, na região Central, estão elevando o padrão de qualidade da produção entregue às cooperativas e empresas coletoras regionais, com ações que atendam às exigências sanitárias, desde os processos de ordenha, da saúde das vacas, e do transporte e armazenamento, beneficiando os consumidores, aumentando a rentabilidade do produtor e auxiliando para que ele ganhe mais espaço no mercado. 

O assunto foi debatido nesta quarta-feira (1º/08), durante um Dia de Campo sobre Produção Leiteira, promovido pela Emater/RS-Ascar na propriedade de José Luiz da Silva Oliveira, onde também será também realizada a reunião bimestral da Associação de Produtores de Leite de Quevedos (Aspelq).

Conforme o extensionista do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de Quevedos, Ricardo Streb Marconato, o leite produzido com qualidade é cada vez mais valorizado pelo mercado consumidor. - O evento foi muito importante para os produtores de leite do município, pois os assuntos discutidos nas estações vêm ao encontro das temáticas debatidas nas reuniões anteriores da Aspelq. A situação da produção leiteira no município tem melhorado bastante, pois agora contamos com mais uma empresa coletora, a Coomat, além da cooperativa CCGL, e isso fez com que os nossos padrões de qualidade se elevassem bastante. Já falamos sobre isso nas reuniões, mas é importante ressaltarmos que, independente da cobrança das empresas, devemos sempre colocar um produto de qualidade da mesa das famílias -, assegurou o técnico. De acordo com Marconato, essa qualidade é garantida por uma gestão atenta das propriedades leiteiras no que diz respeito ao processo de produção, da saúde dos bovinos até à entrega final do produto.

A programação iniciou às 13h30, com quatro estações temáticas, sendo a primeira ministrada pela médica veterinária da Prefeitura de Quevedos, Tassiéli Senger, sobre a higiene da ordenha. Na segunda estação, foi apresentada por Ricardo Streb Marconato, com  o tema de piqueteamento de pastagens. A terceira estação contou com a apresentação do assistente técnico de Solos do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, Luiz Antônio Rocha Barcellos, que dissertou sobre solos. Pensando também no aproveitamento excedente do leite na propriedade, a extensionista social do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de Quevedos, Leonor Trevisan, abordou o tema de segurança e soberania alimentar com apresentação e degustação de produtos derivados do leite. (Emater/RS)

WDS 2018 - Destaque para o Desenvolvimento Sustentável

WDS 2018/FIL - O maior evento do setor lácteo, o encontro IDF World Dairy Summit (WDS-2018) que será realizado em Daejeon, na Coreia do Sul, entre os dias 15 e 19 de outubro, tem a expectativa de atrair mais de mil delegados internacionais. 

O tema principal será, Dairy for the Next Generation, [Leite para a Próxima Geração]. O principal orador na abertura da Cúpula será o secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki Moon, que abordará os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU e O Desejável Papel dos Lácteos. O Secretário da Comissão do Codex Alimentarius, Tom Heilandt, fará uma palestra sobre a colaboração no desenvolvimento de padrões globais. Elisabeth Erlacher-Vindel, Chefe de Ciência e Novas Tecnologias da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) falará sobre o uso prudente de antimicrobianos. A palestra de Berhe G. Tekola, diretor de Produção e Saúde Animal da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, terá foco no papel dos produtos lácteos no mercado mundial de alimentos.

O Fórum Mundial dos Líderes do Setor Lácteo, que ocorrerá após a abertura, examinará a compreensão e a projeção futura da indústria de laticínios, levando em consideração tecnologias, mercados emergentes e a realidade asiática.

A presidente da International Dairy Federation-Federação Internacional dos Lácteos (IDF/FIL), Judith Bryans, durante o Fórum fará a apresentação da representante da indústria de laticínios coreana Maeil Dairy, Seon Hee Kim, e diretor executivo da chinesa Mengniu Dairy Company, Minfang Lu.  

"O WDS é um evento especial para ampliação do conhecimento científico dentro da comunidade de laticínios e apresenta aos participantes a oportunidade única de compartilhar ideias, aprendizados e melhores práticas com os parceiros globais e especialistas mundiais. Ao fazer isso a FIL/IDF ajuda a moldar pontos de vista sobre competitividade, padrões e fatores chaves que permitam o setor lácteo continuar produzindo lácteos seguros, nutritivos e sustentáveis. Tendo em vista a multiplicidade de mudanças enfrentadas em âmbitos políticos, social, tecnológico e ambiental, o Fórum da Cúpula Mundial dos Laticínios oferece uma rara oportunidade de reunir lideranças do setor lácteo com percepções individuais que permitem projetar o futuro da indústria, com seus desafios e oportunidades", disse Judith Bryans.

O encontro anual também verá o Diretor do Comitê de Coordenação de Programas Científicos, Jean-Marc Delort, presidir a sessão plenária sobre a próxima década. O Professor Emérito da Universidade de Seul, Kyung-soo Chun, fará palestra durante a plenária, sobre 'O Pensamento Sócio-Humanístico da Indústria de Laticínios'.

O segundo dia do encontro será iniciado com uma visão geral do relatório FIL Situação Mundial dos Lácteos 2018, de Jurgen Jansen, da organização holandesa Zuivel. Mingyu Yang, da Yili Dairy, compartilhará suas opiniões sobre a indústria de laticínios da China, enquanto Jim Mulhern da Federação Nacional dos Produtores de Leite dos Estados Unidos falará sobre as políticas comerciais agrícolas de seu país.

O segmento Oportunidades de Mercado em Regiões Emergentes terá abordagens regionais: Ásia, África e América do Sul. Nirajan Karade, Conselho Nacional de Desenvolvimento dos Lácteos da Índia; Ariel Londinsky da FEPALE, Uruguai; e Peter Ngaruiya da ESADA, Quênia; falarão sobre o setor lácteo de seus países e regiões.

A diretora Geral da IDF, Caroline Emond, que presidirá o Fórum de Especialistas Globais em Laticínios, partindo de questões atuais e conquistas, lembrou que Cúpula oferece uma excelente plataforma de trabalho em rede. "Os maiores especialistas do mundo em laticínios irão convergir para a Coreia do Sul para compartilhar conhecimentos e perspectivas sobre a cadeia de valor dos lácteos", disse Emond. "Fazer parte desta rede beneficiará a todos os envolvidos nesse setor dinâmico".

Mercado de Lácteos, Inovação; Segurança Alimentar; e Regulamentação; uso de Tecnologia de Comunicação e Informação para Agricultura Inteligente; bem como Nutrição e Saúde, serão tópicos na agenda dos cinco dias da Cúpula, incluindo visitas técnicas a indústrias de laticínios.  Mais informações: www.idfwds2018.com (FIL/IDF - Tradução livre: www.terraviva.com.br) 

Governo sanciona lei das cantinas escolares
O Diário Oficial do Estado publicou ontem a sanção do governo gaúcho à lei n° 15.216, que estimula a alimentação saudável; e proíbe a comercialização de produtos que colaborem para doenças como obesidade, diabetes e hipertensão em cantinas e similares instalados em escolas públicas e privadas do RS. A legislação já está em vigor, mas Luana Petrini, nutricionista responsável técnica da Secretaria Estadual da Educação, explica que "as cantinas e similares têm um período de três meses para se adaptarem. Depois, estarão sujeitas às penalidades previstas em lei". Os infratores, de acordo com as penalidades previstas na lei federal 6.437, de 20 de agosto de 1977, estão sujeitos a fechamento da empresa e multa, de até R$ 1,5 milhão. Luana ressalta que a medida tem o objetivo de favorecer a alimentação saudável, que já é oferecida na merenda escolar. Conforme a lei, fica proibida a comercialização, no ambiente das escolas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, das redes públicas e privadas, de itens como balas, pirulitos, biscoitos recheados; refrigerantes e sucos artificiais; alimentos industrializados cujo percentual de calorias provenientes de gordura saturada ultrapasse a 10% das calorias totais; alimentos preparados com gordura vegetal hidrogenada ou alto teor de sódio, entre outros. As cantinas também serão obrigadas a oferecer, pelo menos, duas variedades de frutas, inteira ou em pedaços, ou em forma de suco. (Correio do Povo)

Porto Alegre, 01 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.790

Entressafra e resquício de greve fazem preço do leite ter forte alta

A entressafra do leite no Sudeste e Centro-Oeste do país, o ritmo mais fraco da captação de matéria-prima no Sul e os resquícios da paralisação dos caminhoneiros nos últimos dias de maio fizeram os preços ao produtor registrar forte alta, mais uma vez, em julho. Levantamento da Scot Consultoria mostra que no mês passado, os produtores receberam, em média, R$ 1,230 pelo litro do leite entregue em junho. O valor é 5,6% superior ao do pagamento anterior. Em junho, quando os efeitos da paralisação dos caminhoneiros foram mais sentidos, a alta já havia sido significativa, de 4,3%. A pesquisa de preços da Scot é realizada com agentes (como cooperativas e laticínios) em 18 Estados brasileiros. 

Segundo Rafael Ribeiro, analista da Scot, o ritmo de captação de leite no Sul do país está abaixo do esperado para esta época do ano. A razão é o tempo mais seco e os custos de produção maiores em decorrência da alta do milho. O Índice Scot de Captação de Leite mostra que em julho o volume de coletado no Rio Grande do Sul subiu 2% em relação a junho. Os dados são parciais, mas indicam um ritmo de captação bem inferior ao de julho de 2017, quando subiram 5,7% sobre o mês anterior. Na média nacional, houve queda na captação da matéria-prima na mesma comparação, de 1,3%, em função da entressafra no Sudeste e Centro-Oeste. Enquanto os preços de leite cru ao produtor seguiram firmes em julho, a cotação do longa vida no atacado recuou na segunda quinzena do mês, refletindo a demanda desaquecida e a dificuldade das indústrias de repassarem a alta.

 

Conforme o levantamento da Scot, a média na primeira quinzena de julho foi de R$ 3,16 por litro no atacado paulista. Na segunda quinzena, o preço caiu para R$ 3,12. No varejo, saiu de R$ 3,72 por litro para R$ 3,85 na mesma comparação. A expectativa, segundo Ribeiro, é que os preços ao produtor sigam em alta no curto prazo - embora num ritmo mais fraco -, especialmente nos Estados que estão no período de entressafra. 'Pesquisa da Scot sobre os preços do leite nos 18 Estados do país indica que 59% dos entrevistados esperam alta nos preços ao produtor em agosto, 38% acreditam em estabilidade e 3% em queda. (Valor Econômico) 

 

 

Temer critica proposta de rotulagem de alimentos e marca reunião com indústria

Rotulagem de alimentos - Em encontro com empresários ontem em São Paulo, o presidente Michel Temer manifestou contrariedade com uma proposta de rotular alimentos industrializados como forma de alertar para alta concentração de açúcar, sódio ou gorduras saturadas.

Ao participar de um almoço na Fiesp, Temer ouviu críticas a essa iniciativa feitas por Wilson Mello, presidente do conselho da Associação Brasileira da Indústria da Alimentação. Melo disse em discurso que a ideia de colocar triângulos nas embalagens associaria os produtos a um perigo à saúde.

Temer, em sua fala, convocou o empresário para uma reunião na próxima quarta-feira (1º) em Brasília e pediu cautela nessa discussão.

"É importantíssimo. Essa coisa do triângulo, que você [Melo] mencionou, que é sinal de perigo, se não tomar cuidado daqui a pouco bota tarja preta no alimento. Vai prejudicar o setor."

A proposta da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é incluir nas embalagens uma advertência sobre a presença de alto teor de açúcar, gorduras saturadas e sódio. Um grupo de trabalho da agência constatou que o consumidor tem dificuldades para entender informações hoje presentes nos rótulos.

A proposta é inspirada em normas estabelecidas em outros países, como o Chile, que tornou obrigatórios, por exemplo, octógonos pretos informando o alto teor açúcar nas embalagens.

Mello havia dito em seu discurso que essa iniciativa pode causar desemprego na indústria da alimentação, "que é responsável por 10% do PIB brasileiro".

"Tudo passa por uma escolha que Vossa Excelência [Temer] tomará, que é a escolha do novo presidente da Anvisa. Isso acontecerá nos próximos meses. Nosso único pedido é que seja alguém que continue dialogando com a indústria", disse Mello. 

O representante do setor classificou a iniciativa como desproporcional e disse que detratores "criminalizam" essa indústria. (Bem Paraná)

Indústria prevê perdas com novos rótulos

A mudança no modelo de rotulagem de alimentos industrializados pode gerar um impacto negativo na economia de R$ 30 bilhões a R$ 98,8 bilhões por ano, segundo estudo realizado a pedido de fabricantes do setor. O levantamento foi feito pela GO Associados e encomendado pela Rede Rotulagem, formada por 22 entidades da área de alimentos e bebidas e encabeçada pela Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia). 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalia atualmente duas propostas de rotulagem. Uma foi desenvolvida por um grupo que reúne o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a Universidade Federal do Paraná e outras 19 entidades. Esse grupo propõe a adoção, na parte frontal da embalagem, de triângulos pretos, advertindo o consumidor sobre o excesso de ingredientes que podem fazer mal à saúde, como açúcar, sódio e gorduras.

 

As indústrias, por sua vez, propõem a inclusão, na parte frontal das embalagens, de um semáforo destacando informações sobre o volume de açúcar, gorduras saturadas e sódio. A quantidade pode ser classificada como "alta" (em vermelho), "média" (amarelo) ou "baixa" (verde). De acordo com o estudo da GO Associados, o modelo de rotulagem por semáforo pode gerar um impacto negativo na economia entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões. Já o modelo de advertência, sugerido pelo Idec, causaria a perda de quase R$ 100 bilhões.

Wilson Mello, presidente do conselho da Abia, considera que o modelo de advertência, com triângulos em preto, assustam o consumidor, que acaba deixando de comprar os produtos. Como consequência, o consumo de alimentos industrializados pode apresentar uma queda de 10,34%, gerando impacto negativo na indústria de R$ 24,4 bilhões. Segundo o estudo, o modelo de rotulagem proposto pelo Idec também causaria perda de R$ 32,4 bilhões no setor de serviços, devido à menor produção de insumos e à queda do consumo das famílias.

O setor agropecuário teria uma queda de R$ 13,6 bilhões. O estudo da GO indica ainda que a redução no consumo de alimentos, por causa da rotulagem de advertência, pode gerar uma perda de 1,9 milhão de empregos, reduzindo a massa salarial no país em R$ 14,4 bilhões. Do total de cortes de emprego, 808 mil vagas seriam na agropecuária, 723 mil no setor de serviços e 364 mil na indústria - sendo 163 mil apenas na indústria de alimentos e bebidas. O impacto negativo no setor industrial (excluindo as indústrias de alimentos e bebidas) seria de R$ 28,4 bilhões. E a arrecadação de tributos teria uma redução de R$ 8,9 bilhões por ano.

"A decisão sobre a rotulagem de alimentos não deve ter como premissa principal o aspecto econômico. Mas, considerando que os dois modelos de rotulagem apresentam as mesmas informações para o consumidor, acredito que o impacto econômico deva ser levado em conta", afirma Mello. O executivo acrescentou que a estimativa de perdas apresentada no estudo é conservadora. "No Chile, quando foi adotada a rotulagem de advertência, o consumo de alimentos chegou a cair 16%", diz. Mello vai se reunir hoje com o presidente da República, Michel Temer, para falar sobre o tema.

O modelo sugerido pelo Idec foi recomendado pela Anvisa para adoção no país, em relatório preliminar sobre o assunto divulgado em maio. No documento, a Anvisa ponderou que esse modelo é adotado de forma crescente no mercado internacional e ajudou a reduzir o consumo de produtos com níveis altos de açúcar, sódio ou gorduras. Já o modelo defendido pela indústria não trouxe impactos relevantes no consumo de alimentos com altos níveis de açúcares, gorduras e sódio, nos países onde foi implantado, segundo o órgão.

O relatório da Anvisa levou as indústrias a mudarem seu modelo, aumentando o tamanho das letras e números e incluindo a classificação alta, média ou baixa. As indústrias também encomendaram o estudo de possíveis perdas econômicas, para tentar reverter a avaliação do órgão sobre o modelo de semáforo. Para Ana Paula Bortoletto, nutricionista do Idec, a rotulagem por semáforo confunde-se com as cores das embalagens e não geram entendimento para o consumidor sobre o risco de consumir o alimento.

"No Canadá, onde foi adotado o modelo de advertência, como o sugerido pelo Idec, a economia de gastos com saúde mais do que compensou eventuais perdas da indústria de alimentos", afirma. A nutricionista também considera "superestimado" o valor das perdas potenciais anunciadas pelas indústrias. A Anvisa discute com representantes do setor privado novas regras para a rotulagem de alimentos industrializados desde 2014. A intenção do órgão é incluir nas embalagens informações sobre a presença de altos teores de açúcares, sódio e gorduras saturadas para estimular a adoção de dietas mais saudáveis.

A discussão já passou por várias fases. Entre junho e julho, a Anvisa realizou uma tomada pública de subsídios para discutir o tema. A Anvisa recebeu pouco mais de 3 mil sugestões de consumidores e especialistas. O órgão informou que o próximo passo será a consolidação desses dados para a formulação do texto final sobre a rotulagem. "Se for necessário, o texto será reformulado e poderá passar por uma audiência pública", informa a Anvisa. Em seguida, o documento será encaminhado para deliberação da diretoria colegiada da Anvisa. Segundo o órgão, não há prazo definido para esse processo. Mas as entidades que debatem sobre o tema estimam que as nova regras de rotulagem de alimentos serão definidas até o fim deste ano, para que o novo modelo entre em vigor a partir de 2019. (As informações são do jornal Valor Econômico)

 

RS recebe lote nesta semana
O Rio Grande do Sul deve receber ainda esta semana um novo lote de tuberculina, antígeno utilizado para o teste de tuberculose bovina. Com isso, está mantida a exigência de exame negativo para a doença para a Expointer. O anúncio foi feito ontem, após reunião entre representantes do Ministério da Agricultura (Mapa), Secretaria da Agricultura e entidades do setor produtivo. Segundo o superintendente do Mapa no Rio Grande do Sul, Bernardo Todeschini, o lote da substância já foi liberado pelo Lanagro e deve chegar ao Estado nos próximos dias. (Correio do Povo)

Porto Alegre, 31 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.789

Languiru impulsiona vendas com embalagens contendo código QR

O laticínio brasileiro Languiru impulsionou as vendas por meio de embalagens contendo código QR da SIG. Eles foram usados em todas as embalagens de leite da marca, incluindo o leite achocolatado (Chocolan), com mais de 12.000 códigos gerados a cada hora, conectando o consumidor com os dados do produto via smartphone.

Crescimento de 6%
A Languiru é uma das maiores companhias de lácteos do Rio Grande do Sul e a embalagem foi testada no sul do Brasil, levando a um crescimento de 6% nas vendas.

"Os códigos QR em nossas embalagens significam que os consumidores podem rastrear o produto desde o início do processo até a prateleira", afirmou Euclides Andrade, diretor gerente da Cooperativa Languiru. "Também nos beneficiamos do monitoramento detalhado do desempenho da cadeia de ponta a ponta, o que nos permite melhorar as operações e a logística", completou.

Brindes 
Os consumidores disseram que foi fácil baixar o aplicativo Languiru, desenvolvido pela SIG, e gostaram que o leite vinha da região. As crianças adoraram as almofadas de emoji que puderam ser resgatadas com cupons e as levaram para a escola a fim mostrá-las aos amigos e professores. Os que compraram maior volume de leite, ganharam mais do que almofadas e puderam concorrer a prêmios que incluíam bicicletas, smartphones e vales de compras.

De acordo com a SIG, 94% dos participantes eram usuários de telefones Android e 6% usuários de iPhone, com 71% dos que usaram o código sendo mulheres, incluindo 56% na faixa etária de 19-30 anos e 35% na faixa etária de 31 a 60 anos.

Siemens
A Languiru planeja usar o Connected Pack integrado, projetado pela SIG e pela Siemens, para dessa forma coletar dados de qualidade do produto em todas as etapas de sua jornada, armazenando as informações em um banco de dados. "Qualidade do início ao fim", foi o slogan usado pela companhia para envolver seus consumidores e agora a empresa vai buscar usar o código QR em seus outros produtos.
Outra vantagem da tecnologia é que ela está vinculada diretamente às linhas de produção da Languiru maximizando a eficiência da fábrica, isso, por meio de uma ferramenta de inteligência da informação conhecida como Power BI. Dirceu Bayer, presidente da Cooperativa Languiru, disse que a tecnologia abriu novas oportunidades para promoções sob medida com seus parceiros varejistas.

"A promoção do sorteio "Comprou, mirou, ganhou", atendeu plenamente às expectativas e melhorou nosso relacionamento com nossos clientes. Através do uso desta tecnologia, podemos aprender mais sobre nossos consumidores, fornecendo informações valiosas para nossas equipes comerciais e de marketing", concluiu Bayer. (As informações são do portal Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

 
Uruguai - preço do leite ao produtor aumentou 1,4% em pesos e caiu 1,2% em dólar
Preços/Uruguai - Em junho o preço médio do leite pago ao produtor foi de 10,39 pesos por litro, o que significa aumento de 1,4% m relação a maio, informou o Instituto Nacional do Leite (Inale). No entanto, em dólares, o preço ao produtor foi de US$ 0,33, registrando queda de 1,2% em relação ao mês anterior. A estimativa é de que preço de referência para o leite com 3,89% de matéria gorda e 3,47% de proteína, tenha o valor de 141,2 pesos por 100 quilos de sólidos, 2% a mais que a remuneração de maio. Em junho de 2018 o preço médio ao produtor aumentou 2,5% em pesos, em relação ao mesmo mês do ano anterior, no entanto, foi 7,2% menor que a apuração em dólar no mesmo mês. Poder de compra caiu em relação a dezembro de 2017 O Inale informou que o poder de compra dos produtores, em pesos, caiu 1,9% na comparação entre julho de 2018 e dezembro de 2017; que o preço do leite em pesos cresceu 10,4% na mesma comparação; e que os custos de produção, também em pesos, subiu 12,6% entre junho de 2018 e dezembro de 2017. (El Observador - Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 
 

Subsídio de US$ 12 bilhões da USDA é bem recebido pela indústria de lácteos

No dia 24 de julho, o Secretário da Agricultura dos EUA, Sonny Perdue, anunciou a implementação de um programa de mitigação tarifária em resposta às tarifas de retaliação que tiveram impactos generalizados na agricultura. Os produtos lácteos têm sido alvo de importantes parceiros comerciais como o México e a China na guerra comercial em curso. A Federação Nacional de Produtores de Leite (NMPF) estima que as tarifas custarão aos produtores de leite US$ 1,8 bilhão até o final de 2018.

"Apreciamos que o presidente está cumprindo sua promessa de que os produtores dos EUA não suportarão o peso das perdas econômicas geradas pelos atuais conflitos comerciais", disse Jim Mulhern, presidente e CEO da NMPF. "O anúncio reflete os pedidos que a nossa organização fez para que o USDA aliviasse parte da dor financeira que os produtores de leite estão sentindo devido à perda de oportunidades de exportação".

A medida foi importante para os produtores de leite, porque aproximadamente um dia de produção de leite a cada semana vai para o exterior, disse Michael Dykes, presidente e CEO da International Dairy Foods Association (IDFA).

"À medida que o governo avança uma agenda comercial proativa e agressiva, as tarifas retaliatórias de outros países, especialmente da China, têm impactado as exportações de produtos lácteos. A IDFA vê esse alívio como uma ponte temporária destinada a aliviar algumas das dificuldades financeiras enfrentadas pelo setor agrícola, incluindo os lácteos, enquanto a administração trabalha para solidificar múltiplos acordos comerciais internacionais", diz Dykes.

Antes do anúncio desta semana, uma carta foi enviada pela FarmFirst Dairy Cooperative e por outros membros da Midwest Dairy Coalition para Perdue em 13 de julho, solicitando que o USDA utilizasse sua autoridade para prestar assistência aos produtores de leite.

"As exportações de produtos e ingredientes lácteos beneficiaram muito os produtores nos últimos anos e estão se tornando uma parte mais significativa do preço que recebem pelo leite. Eles não devem suportar o impacto desta guerra comercial", disse Jeff Lyon, Gerente Geral da FarmFirst Dairy Cooperative. "Agradecemos a resposta imediata que o USDA está dando em relação a esse problema e agradecemos às nossas organizações parceiras do setor em ecoar nossas preocupações ao Secretário Perdue, ao USDA e à administração Trump".

Detalhes sobre o programa de US$ 12 bilhões ainda estão sendo reunidos, mas mais informações devem estar disponíveis mais perto do Dia do Trabalho, quando o USDA planeja implementar o programa completamente. (As informações são do Farm Journal & MILK Magazine, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Preço avança 14% em julho
O preço líquido recebido pelos produtores pelo litro de leite atingiu R$ 1,4781 em julho, um recorde para o mês, de acordo com o Cepea/Esalq/USP. O valor, que corresponde à média do que é praticado em sete estados brasileiros, inclusive o Rio Grande do Sul, representa uma alta de 14% em relação a junho. Pela análise do Cepea, o aquecimento do preço se deu em razão da paralisação dos caminhoneiros e à tentativa do setor em normalizar suas atividades depois da greve. Desabastecidos, os laticínios acirraram a competição para a compra de leite no campo, com o objetivo de recompor estoques. (Correio do Povo)

Porto Alegre, 30 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.788

LEITE/CEPEA: Preço sobe em julho pelo 6º mês seguido e atinge recorde real para o período

Preço Cepea - O preço do leite recebido por produtores subiu em julho pelo sexto mês consecutivo e atingiu recorde real para o mês, de acordo com pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Já quando considerados todos os meses da série histórica, a média de julho é a maior desde outubro de 2016, também em termos reais (valores foram deflacionados pelo IPCA de jun/18). 

O valor líquido recebido em julho (referente à captação de junho) fechou a R$ 1,4781/litro na "Média Brasil" (inclui BA, GO, MG, SP, PR, SC e RS e não contém frete e impostos), aumento de 14% em relação ao mês anterior. Desde o início do ano, a alta acumulada real é de expressivos 44%. Na comparação com julho/17, houve elevação de 15%, em termos reais. A média deste mês está abaixo da de outubro/16, quando foi de R$ 1,4817/litro.

A expressiva alta em julho esteve atrelada à paralisação dos caminhoneiros, ocorrida no final de maio, e à tentativa do setor em normalizar suas atividades no pós-greve. Desabastecidos, os laticínios acirraram a competição para a compra de leite no campo no correr de junho, com o objetivo de recompor estoques. Além disso, o avanço da entressafra no Sudeste e no Centro-Oeste e o "atraso" das pastagens de inverno no Sul do País seguiram limitando a captação em junho, influenciando a formação dos preços ao produtor em julho.

A valorização da matéria-prima também se refletiu em aumento das cotações dos derivados lácteos em junho. No entanto, em julho, o movimento altista não se sustentou. No acumulado da primeira quinzena de julho, o preço do UHT (leite longa vida) caiu 1,32% e, na segunda metade do mês (dados até 27/07), 9,4%, indicando a dificuldade do consumidor em absorver novas altas. Para agentes do setor, a queda dos preços reflete um novo equilíbrio do mercado, com a normalização dos estoques e com as cotações retornando a patamares condizentes com a demanda - ainda fragilizada por conta da estagnação econômica. 

Neste momento, é importante ficar atento aos preços do leite spot. Durante a primeira quinzena de julho, os valores em Minas Gerais subiram 28,1% em relação ao mês anterior, mas, na segunda metade do mês, houve queda de 6,6%, o que mostra que empresas têm tido dificuldades em manter o ritmo de valorização do leite no campo. 

O QUE ESPERAR PARA AGOSTO? - De acordo com agentes do setor, a oferta deve seguir limitada, fundamentados no clima adverso e no encarecimento dos grãos, o que deve impedir a mudança de tendência no mercado. Assim, a maioria dos colaboradores entrevistados pelo Cepea acredita em uma nova alta para o próximo mês. No entanto, uma parte dos colaboradores acredita em estabilidade nos valores em agosto, devido a dificuldades de consumidores em absorver novas valorizações dos lácteos. (Cepea)
 
Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de junho/18)
 
 
Tabela 1. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquido) em JULHO/18 referentes ao leite entregue em JUNHO/18
 
Fonte: Cepea-Esalq/USP.
Nota: em janeiro de 2017, o CESSR (ex-Funrural) foi reajustado para 1,5%.
 
Tabela 2. Preços em estados que não estão incluídos na "média Brasil" - RJ, MS, ES e CE
 
Fonte: Cepea-Esalq/USP.
Nota: em janeiro de 2017, o CESSR (ex-Funrural) foi reajustado para 1,5%.

 

Mapa completou 158 anos neste sábado

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), responsável pela gestão das políticas públicas de estímulo à agropecuária, pelo fomento do agronegócio e pela regulação e normatização de serviços vinculados ao setor, completou 158 anos neste sábado (28). Sua origem remonta ao tempo do Império, tendo sido criado pelo imperador Dom Pedro II, em 28 de julho de 1860, pelo decreto nº 1.067, ainda como Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.

Em 1892, com a proclamação da República e a secretaria transformada em Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas, os assuntos de agricultura passaram a ser tratados por diretoria dessa pasta. E, em 1909, as atividades foram incorporadas ao, então criado, Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio".

Em 2017, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 96,01 bilhões, registrando crescimento de 13% em relação a 2016. No período, o setor foi responsável por 44,1% do total das vendas externas do Brasil. Com o crescimento do valor exportado sobre o das importações, o saldo da balança do setor foi superavitário em US$ 81,86 bilhões, ante os US$ 71,31 bilhões do ano anterior. Foi o segundo maior saldo da balança do agronegócio da história, inferior apenas ao registrado em 2013 (R$ 82,91 bilhões).

O agronegócio no país compreende desde o pequeno até o grande produtor, reunindo atividades de fornecimento de bens e serviços à agricultura, produção agropecuária, processamento, transformação e distribuição de produtos de origem agropecuária até o consumidor final.

Sob sua gestão se encontram aspectos mercadológico, tecnológico, científico, ambiental e organizacional do setor produtivo e também dos setores de abastecimento, armazenagem e transporte de produtos das safras agrícolas, além da gestão da política econômica e financeira do agro.

Com a integração do desenvolvimento sustentável e da competitividade, o Mapa visa à garantia da segurança alimentar da população e a produção de excedentes para exportação,

O ministério conta com quatro secretarias, 27 superintendências estaduais, unidades locais, rede de seis laboratórios, além de duas vinculadas, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), que abrigam cerca de 11 mil servidores espalhados por todo o Brasil.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) são empresas públicas que atuam sob ingerência e coordenação do Mapa. Também são entes descentralizados do ministério, organizados sobre a forma de sociedades de economia mista, as Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S.A (Ceasa/MG), a Companhia de Armazéns, Silos de Minas Gerais (Casemg), Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). O ministério coordena ações e políticas de 28 Câmaras Setoriais e 8 Câmaras Temáticas relacionadas aos diversos setores produtivos do agronegócio brasileiro. (As informações são do Mapa)

 

Regulação: Portal permite acompanhar temas para 2018 

Agenda Regulatória - A nova página de acompanhamento da Agenda Regulatória 2017-2020 (AR 2017-2020) permite que qualquer cidadão conheça as atividades regulatórias da Anvisa, o que envolve cada tema e saiba o que estará acontecendo ao longo do ano no processo de regulação. 

O conteúdo no portal da Anvisa foi remodelado e apresenta, de maneira simples e objetiva um descritivo sobre o tema que está sendo regulado, os problemas inicialmente identificados e, dentro de cada processo de regulação, exibe o cronograma previsto para 2018, com as etapas e as atividades relacionadas ao fluxo regulatório.

Acompanhamento
A lista de 126 temas da Agenda Regulatória (AR) para o quadriênio 2017-2020 foi aprovada pela Diretoria Colegiada da Anvisa e publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 6 de dezembro de 2017 (confira a publicação na íntegra ou a lista de temas em PDF). A inserção de um tema na AR é a primeira etapa do processo de regulação. Durante o processo é incentivada a participação colaborativa de toda a população e por isso é importante ter transparência e permitir o acompanhamento dos temas da Agenda. Para conferir as informações disponíveis, basta acessar no menu do portal da Anvisa na área de Regulamentação/Agenda Regulatória/ Acompanhamento dos temas (http://portal.anvisa.gov.br/2017-2020/temas) e, no painel exibido, escolher a área de atuação do seu interesse entre os 15 macrotemas da Agenda Regulatória da Agência. Nesta área é apresentada a lista de temas que serão regulados, informações descritivas de cada um e, em seguida, os processos regulatórios relacionados e o cronograma previsto de atividades para este ano. Para mais informações é possível acessar o arquivo com a ficha de planejamento completa sobre o tema. 

A cada atualização, o indicativo da versão da ficha também será alterado. O conteúdo de alguns temas ainda está sendo trabalhado pelas gerências da Anvisa e, assim que for finalizado, as fichas serão incorporadas ao Portal. O objetivo é ampliar o acompanhamento da Agenda com monitoramentos semestrais e assim garantir ainda mais transparência e informações ao público sobre os temas em andamento, já concluídos ou mesmo com indicativo para arquivamento. (Anvisa) 

Argentina - Os produtores insistem em um preço de referência para o leite 
Produção/AR - Estiveram reunidos em Buenos Aires com os ministros das seis províncias que concentram a produção de leite da Argentina. Os produtores precisam construir um horizonte para o setor que se encontra estagnado há vários anos. Na reunião com os ministros das províncias, os produtores de leite reivindicaram preço de referência para o leite cru, políticas bem definidas para o setor lácteo e o compromisso de que as obras de infraestruturas seriam realizadas pelas províncias para melhorar o acesso às fazendas e as estradas das distintas bacias leiteiras. Na reunião, que foi realizada na Província de Santa Fe em Buenos Aires, "foram reiteradas reivindicações que são feitas pelos produtores de leite, há anos, como contar com um mercado mais transparente, com preços de referência e que sejam pagos por sólidos e não por litro de leite, que é uma forma de reconhecer a qualidade", contou ao Clarín rural, Roberto Tion, o secretário de pecuária de Santa Fe. A maioria das reivindicações foi resumida no trabalho apresentando pela Confederação Rural Argentina (CRA), que também vê a necessidade de estabelecer um projeto base para o setor lácteo. "As província também se comprometeram a resolver problemas pontuais em estrada, vias e infraestrutura", assegurou Tion. De imediato, a principal reclamação é em relação ao preço do leite fluido. Os produtores estão recebendo entre 6,70 e 7,00 pesos por litro, e asseguram que precisam de mais de 8 pesos para "cobrir" os custos de produção e tornar o empreendimento viável. (agrositio - Tradução Livre: www.terraviva.com.br)